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FACULDADE MERIDIONAL – IMED ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO Cintia Sonale Rebonatto O papel dos Drinking Motives como preditores proximais do consumo de bebidas alcoólicas em estudantes de ensino superior Passo Fundo 2019

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FACULDADE MERIDIONAL – IMED

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

Cintia Sonale Rebonatto

O papel dos Drinking Motives como preditores proximais do

consumo de bebidas alcoólicas em estudantes de ensino superior

Passo Fundo

2019

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Cintia Sonale Rebonatto

O papel dos Drinking Motives como preditores proximais do

consumo de bebidas alcoólicas em estudantes de ensino superior

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração da Escola de Administração da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Administração, sob a orientação do Prof. Dr. Carlos Costa.

Passo Fundo

2019

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CIP – Catalogação na Publicação

R292p REBONATTO, Cintia Sonale O papel dos drinking motives como preditores proximais do consumo de bebidas

alcoólicas em estudantes de ensino superior / Cintia Sonale Rebonatto. – 2019. 121 f., il.; 30 cm.

Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade IMED, Passo Fundo,

2019. Orientador: Prof. Dr. Carlos Costa. 1. Estudantes universitários - Uso de álcool. 2. Bebidas alcoólicas –

Motivação. 3. Ensino superior - Drogas - Abuso. I. COSTA, Carlos, orientador. II. Título.

CDU: 615.099

Catalogação: Bibliotecária Angela Saadi Machado - CRB 10/1857

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Cintia Sonale Rebonatto

O papel dos Drinking Motives como preditores proximais do

consumo de bebidas alcoólicas em estudantes de ensino superior

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração da Escola de Administração da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Administração, sob a orientação do Prof. Dr. Carlos Costa.

Aprovada em: _______de__________________de 2019

BANCA EXAMINADORA

___________________________________ Orientador: Dr. Carlos Costa (PPGA-IMED) - Presidente

___________________________________ Examinador: Dra. Shalimar Gallon Costa (PPGA-IMED) – Membro

___________________________________ Examinador: Dra. Giana de Vargas Mores (PPGA-IMED) – Membro

___________________________________ Examinador: Dra. Vanessa Rissi (PPGP-IMED) – Membro

Passo Fundo

2019

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“Little deeds of kindness,

Little words of love,

Make our pleasant earth below

Like the heaven above.”

Júlia A. Carney (1845)

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AGRADECIMENTOS

Pesquisadores costumam ser criaturas solitárias que trabalham na segurança de suas mesas e

sob o olhar atento de seu orientador. A realidade, no entanto, mostra que tal trabalho só pode

ser alcançado através do envolvimento de diferentes pessoas, cada uma das quais contribuiu de

forma inequívoca para a conclusão do mestrado à sua maneira, pelo que obrigada! Isso torna

esta dissertação mais do que apenas algumas letras em uma folha de papel. Em termos de

conteúdo, essas palavras ganharam sentido porque tive a sorte de poder ficar de pé sobre os

ombros dos gigantes, parafraseando Isaac Newton. Além disso, esta dissertação tem um

significado emocional para mim, que está no apoio que recebi de minha família e amigos nos

últimos anos. Acima de tudo, agradeço a Deus que me brindou com a oportunidade de

permanecer tempo suficiente na terra para apreciar essa conquista. Entretanto, há pessoas que

merecem um agradecimento especial.

Marcelo, obrigada por estar presente em todos os momentos em que as coisas ficaram um pouco

mais difíceis e por compartilhar minha alegria nos momentos de sucesso. Obrigada por me

acalmar quando entrei em pânico e por me trazer de volta quando eu estava um pouco fora.

Obrigada por me inspirar quando eu estava sem inspiração. Agradeço-lhe pelo seu ouvido

sempre atento e pelo tempo que sempre reservou para pensar junto comigo sobre os próximos

passos ou para ajudar a tomar decisões difíceis. Obrigada por sempre ser minha bússola

naqueles momentos em que não estava mais claro qual era o caminho.

Alberto, obrigada por ser esse filho carinhoso, preocupado e por compreender todas as minhas

ausências. Estou orgulhosa de você ser esse jovem esforçado, responsável e independente. Sem

o seu apoio, nada disso teria valido a pena.

Priscila, sem você provavelmente não haveria esta dissertação inteira. Agradeço-lhe o apoio

moral nos últimos anos, também por suas palavras encorajadoras e pelas inúmeras conversas

sobre pesquisa e tópicos menos relacionados à pesquisa. Desde então, tem sido uma constante

durante todo o mestrado, sempre ajudando com conselhos e ações, pelos quais agradeço.

Agradeço especialmente aos professores Drª Shalimar Gallon e Dr. Jandir Pauli por me darem

a confiança e a liberdade necessárias para explorar temas inusitados, permitindo-me estabelecer

novos horizontes em termos de educação e pesquisa. A todos os meus co-autores, obrigada pelo

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apoio, cooperação e sugestões, já que esses elementos foram importantes para a qualidade de

todos os meus trabalhos de pesquisa e desta dissertação.

Uma palavra especial de agradecimento a você professor Dr. Adriano Pasqualotti por examinar

a validade dos meus resultados de pesquisa e por sanar minhas dúvidas, tantas e tantas vezes.

Agradeço a sua esposa Dr.ª Graciela Pasqualotti por tão gentilmente me receber na casa de

vocês aos domingos à noite e feriados.

Professor Dr. André Pereira, obrigada por iniciar comigo na pesquisa e por continuar

participando do meu mestrado, mesmo que à distância. Professora Sandra Vanni, obrigada pelo

incentivo e todo o carinho, sempre sinto saudades. Professora Dirce Teresinha Tatsch, obrigada

por me dispensar de várias tarefas de trabalho, para que eu pudesse me concentrar em participar

do meu primeiro congresso internacional, sua colaboração foi essencial para este momento.

Agradeço ao professor Dr. Ivan Dourado pelo apoio à esta pesquisa.

Quero agradecer as minhas colegas Ana, Luciana e Márcia, recebi muita ajuda, conselhos e

apoio de vocês e me diverti muito com cada uma. A minha querida amiga Simone Steffens pelo

carinho e sua disposição para me ajudar.

Também gostaria de expressar uma palavra de agradecimento aos demais colegas, à

coordenação do programa, professores e aos funcionários da IMED. Meu muito abrigada aos

coordenadores e diretores das instituições de ensino participantes do estudo. Sem sua

colaboração este trabalho teria sido bem mais difícil.

Finalmente, agradeço ao meu orientador Dr. Carlos Costas pelo seu incentivo, eles foram muitas

vezes inspiradores e expressaram seu know-how, bem como a sua nova perspectiva sobre o

ensino e pesquisa. Obrigada pela sua paciência e compreensão durante o percurso.

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RESUMO

A prevalência do consumo excessivo de bebidas alcoólicas tem sido preponderante em estudantes de ensino superior, tornando-se fator de preocupações para a sociedade em virtude de prejuízos físicos, psicológicos e sociais, não somente a quem as consome, mas a todos de seu entorno. Fato que tem recebido crescente atenção por parte dos pesquisadores em diversos países. No Brasil, entretanto, ainda são incipientes as pesquisas relativas à análise dos fatores relacionados a etiologia do comportamento de beber tomando por referência aspectos baseados em características psicológicas. Um construto psicológico e disposicional relacionado ao consumo de álcool, ainda pouco explorado por pesquisadores brasileiros, é o dos Drinking Motives (DM). Os DM qualificam os indivíduos que de fato consumirão álcool, pois a decisão de beber já foi tomada. Ante a isso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o padrão de consumo problemático de bebidas alcoólicas e o papel dos Drinking Motives como preditores proximais da intensidade do consumo de álcool em estudantes de Instituições de Ensino Superior (IES). Para tanto, esta dissertação divide-se em dois artigos científicos elaborados a partir de um estudo empírico, de abordagem quantitativa, descritiva e de corte transversal, com 800 estudantes de graduação de IES de natureza jurídica privada, situadas no norte do Rio Grande do Sul. A coleta de dados formalizou-se mediante uma survey, por meio de um questionário autoaplicável. Os dados foram submetidos a estatística descritiva, análise de regressão Logística Multinomial (Artigo 1) e análises de regressão Linear Múltipla método Enter (Artigo 2), levando-se em conta a normalidade dos dados. Concernente ao uso problemático de álcool, os resultados obtidos indicam que o início precoce aumenta consideravelmente a probabilidade de um estudante pertencer as categorias de usuário de Risco e Nocivo para o álcool. No que tange aos motivos para a ingestão de bebidas alcoólicas, observou-se que existem diferenças entre os tipos de motivos que levam o jovem a beber. Os acadêmicos estão consumindo álcool para suprir necessidades de tendência interna, alguns deles bebem por motivos de Realce (beber para ficar bêbado), enquanto outros fazem uso da substância por motivos de Coping (beber para enfrentar situações de ansiedade e depressão). Destacando-se que essas motivações foram as maiores preditoras diretas do uso excessivo de bebidas alcoólicas entre os participantes. Percebeu-se que os DM caracterizaram a intensidade do consumo de bebidas alcoólicas como um contínuum, indo desde o consumo não abusivo ao excessivo da substância. Desse modo, esta dissertação contribui para a expansão e compreensão das relações entre variáveis sociodemográficas e o uso problemático de álcool, bem como para o aprofundamento do conhecimento a cerca dos motivos que efetivamente estão associados ao uso excessivo de bebidas alcoólicas, à frequência de consequência negativas decorrentes, aos contextos e situações de uso de bebidas alcoólicas. Considerando os resultados obtidos, chama-se a atenção tanto dos gestores públicos como os de instituições educacionais (não somente as de ensino superior) para a necessidade de serem desenvolvidos e adotados mecanismos de prevenção, a partir do perfil social e motivacional individual dos estudantes, o que alcançaria os grupos mais vulneráveis. A partir disso, a gestão pública e privada, e os profissionais da saúde poderão pensar em intervenções educacionais direcionadas ao treinamento de resistência para impedir a modelagem do uso de álcool. Salientando-se que essas medidas devem considerar o envolvimento da família nesse processo, visto que os acadêmicos têm iniciado o consumo precocemente e antes do ingresso no ensino superior. Palavras-chave: Consumo de álcool. Estudantes universitários. Drinking Motives. Motivos para beber. Bebidas alcoólicas.

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ABSTRACT

The prevalence of excessive alcohol consumption has been predominant in higher education students, becoming a factor of concern for society due to physical, psychological and social damages, not only to those who consume them, but to everyone around them. This fact has received increasing attention from researchers in several countries. In Brazil, however, research on the analysis of factors related to the etiology of drinking behavior is still incipient, based on aspects based on psychological characteristics. A psychological and dispositional construct related to alcohol consumption, still little explored by Brazilian researchers, is the Drinking Motives (DM). MDs qualify individuals who will actually consume alcohol because the decision to drink has already been made. In view of this, the present study aimed to evaluate the problematic pattern of alcohol consumption and the role of Drinking Motives as proximate predictors of the intensity of alcohol consumption in students of higher education institutions (HEIs). To this end, this dissertation is divided into two scientific articles prepared from an empirical, quantitative, descriptive and cross-sectional study, with 800 undergraduate students of private legal institutions, located in the north of Rio Grande do Sul. Data collection was formalized through a survey through a self-administered questionnaire. Data were submitted to descriptive statistics, Multinomial Logistic Regression Analysis (Article 1) and Multiple Enter Method Linear Regression Analysis (Article 2), taking into account the normality of the data. Concerning the problematic use of alcohol, the results obtained indicate that early onset considerably increases the likelihood of a student belonging to the Risk and Harmful user categories for alcohol. Regarding the reasons for drinking alcohol, it was observed that there are differences between the types of reasons that lead young people to drink. Academics are drinking alcohol to meet their inner-tendency needs, some of them drinking for Enhancement (drinking to get drunk), while others make use of Coping (drinking for anxiety and depression). Noting that these motivations were the largest direct predictors of excessive alcohol use among participants. It was noticed that DM characterized the intensity of alcohol consumption as a continuum, ranging from non-abusive to excessive consumption of the substance. Thus, this dissertation contributes to the expansion and understanding of the relationships between sociodemographic variables and problematic alcohol use, as well as to the deepening of knowledge about the reasons that are effectively associated with the excessive use of alcohol, the frequency of negative consequences. to the contexts and situations of alcohol use. Considering the results obtained, the attention of both public managers and educational institutions (not only those of higher education) draws attention to the need to develop and adopt prevention mechanisms, based on the students' individual social and motivational profile, which would reach the most vulnerable groups. From this, public and private management and health professionals can think of educational interventions aimed at resistance training to prevent the modeling of alcohol use. Note that these measures should consider the involvement of the family in this process, since academics have started consumption early and before entering higher education. Keywords: Alcohol consumption. University students. Drinking Motives. Reasons to drink. Alcoholic beverages.

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LISTA DE FIGURAS

CAPÍTULO II

Figura 1 - Modelo motivacional do uso de álcool sob a perspectiva de Cooper (1994), Cox e Klinger (1988, 1990) ............................................................................................................ 26 Figura 2 - Antecedentes das expectativas individuais do consumo de álcoolErro! Indicador não definido. Figura 3 – Efeitos de mediação cognitiva indutores das expectativas individuais sobre os efeitos do álcool ................................................................................. Erro! Indicador não definido. Figura 4 - Expectativas individuais a respeito dos efeitos químicos esperados com o consumo de álcool ................................................................................. Erro! Indicador não definido. Figura 5 - Modelo motivacional do uso de álcool: valência e fonte dos efeitos esperados Erro! Indicador não definido. Figura 6 - Modelo teórico de pesquisa utilizado na avaliação dos Drinking Motives como preditores de variáveis relacionadas ao hábito de beber dos acadêmicos (Artigo 2) .............. 28

CAPÍTULO III

Figura 1 – Etapas da pesquisa .............................................................................................. 29 Figura 2 – Procedimentos metodológicos adotados na etapa empírica da pesquisa ............... 30

CAPÍTULO IV

Figura 1 – Saída do teste da Razão de Verossimilhança no software SPSS para a adequação do ajuste do modelo ..................................................................... Erro! Indicador não definido. Figura 2 – Resultado do Pseudo R-Quadrado no software SPSSErro! Indicador não definido.

CAPÍTULO V

Figura 1 – Modelo teórico do estudo ....................................... Erro! Indicador não definido.

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LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO IV– ARTIGO 1

Tabela 1 - Distribuição de risco para o consumo de álcool dos acadêmicos, conforme as categorias do AUDIT (n=612), dados expressos em porcentagem, Passo Fundo, RS, 2019 ............................................................................................... Erro! Indicador não definido. Tabela 2 - Resultados da Regressão Logística Multinomial para o perfil de usuários problemáticos de álcool: estimativas dos coeficientes, teste de Wald, Odds Ratio ........... Erro! Indicador não definido. Tabela 3 - Resultado da Regressão Logística Multinomial: classificação da assertividade do modelo, Passo Fundo, RS, 2019 .............................................. Erro! Indicador não definido.

CAPÍTULO V – ARTIGO 2

Tabela 1- Análises descritivas dos Drinking Motives .............. Erro! Indicador não definido. Tabela 2 - Drinking motives como preditores proximais de variáveis dependentes relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas ........................................... Erro! Indicador não definido.

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LISTA DE QUADROS

CAPÍTULO III

Quadro 1 - Síntese do desenvolvimento da dissertação, hipóteses testadas a partir do modelo teórico de pesquisa, técnicas estatísticas utilizadas e contribuição teórica ............................. 31

CAPÍTULO IV - ARTIGO 1

Quadro 1 – Variáveis de investigação do estudo...................... Erro! Indicador não definido.

CAPÍTULO V - ARTIGO II

Quadro 1 – Resumo das hipóteses da pesquisa ........................ Erro! Indicador não definido.

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO ....................................................................................... 15

1.1 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 17 1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA ...................................................... 21 1.3 OBJETIVOS .................................................................................................................. 21 1.3.1 Objetivo geral ............................................................................................................ 22 1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................................. 22 1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO .............................................................................. 22 CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................... 24

2.1 MODELO MOTIVACIONAL DO USO DE ÁLCOOL ................................................. 24 2.2 DETERMINANTES INDIVIDUAIS DO CONSUMO DE ÁLCOOL ............................ 27 2.3 MODELO TEÓRICO DE PESQUISA ........................................................................... 27 CAPÍTULO III - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................ 29

CAPÍTULO IV - O PADRÃO DE CONSUMO PROBLEMÁTICO DE ÁLCOOL ENTRE

ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR E OS FATORES ASSOCIADOS ................. 32

1 INTRODUÇÃO ................................................................... Erro! Indicador não definido. 2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................. Erro! Indicador não definido. 2.1 PADRÕES DE CONSUMO DE ÁLCOOL DE ALUNOS DO ENSINO SUPERIOR Erro! Indicador não definido. 2.2 CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS DO USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS .......... Erro! Indicador não definido. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .......................... Erro! Indicador não definido. 3.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA ........................................... Erro! Indicador não definido. 3.2 INSTRUMENTOS DE PESQUISA .................................. Erro! Indicador não definido. 3.3 COLETA DE DADOS ...................................................... Erro! Indicador não definido. 3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS ......................... Erro! Indicador não definido. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................ Erro! Indicador não definido. 4.1 PADRÃO DE CONSUMO DO ÁLCOOL DOS ACADÊMICOSErro! Indicador não definido. 4.2 MODELO EXPLICATIVO DO USO PROBLEMÁTICO DE ÁLCOOL (AUDIT) .. Erro! Indicador não definido. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................... Erro! Indicador não definido. CAPÍTULO V - DRINKING MOTIVES COMO PREDITORES DE VARIÁVEIS

RELACIONADAS AO HÁBITO DE BEBER EM ESTUDANTES DE ENSINO

SUPERIOR ........................................................................................................................ 33

1 INTRODUÇÃO ................................................................... Erro! Indicador não definido. 2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................. Erro! Indicador não definido.

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2.1 DRINKING MOTIVES .................................................... Erro! Indicador não definido. 2.2 CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS DECORRENTES DO CONSUMO DE ÁLCOOL Erro! Indicador não definido. 2.3 CONTEXTOS E SITUAÇÕES DE USO DE ÁLCOOL .... Erro! Indicador não definido. 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .......................... Erro! Indicador não definido. 3.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA ........................................... Erro! Indicador não definido. 3.2 INSTRUMENTOS DE COLETA E MENSURAÇÃO DOS DADOSErro! Indicador não definido. 3.3 COLETA DOS DADOS ................................................... Erro! Indicador não definido. 3.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS DADOS ......................... Erro! Indicador não definido. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................ Erro! Indicador não definido. 4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES ............... Erro! Indicador não definido. 4.2 PAPEL PREDITOR DOS DRINKING MOTIVES ............. Erro! Indicador não definido. 4.3 RESULTADOS DO TESTE DAS HIPÓTESES ............... Erro! Indicador não definido. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................... Erro! Indicador não definido. CAPÍTULO VI - DISCUSSÃO GERAL DOS RESULTADOS ....................................... 34

CAPÍTULO VII - CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................. 38

7.1 IMPLICAÇÕES TEÓRICAS ......................................................................................... 39 7.2 IMPLICAÇÕES GERENCIAIS E RECOMENDAÇÕES .............................................. 40 7.3 LIMITAÇÕES DA PESQUISA E SUGESTÕES DE ESTUDOS FUTUROS ................ 42 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 43

ANEXO 1 - INSTRUMENTO DE PESQUISA ................................................................. 58

APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO .......... 61

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CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO

Os estudantes de ensino superior tendem mais ao consumo de álcool em comparação

com os estudantes que não frequentam cursos de graduação, se mensurado em termos de

consumo excessivo ou pesado (Heavy Drinking), beber compulsivamente (Binge Drinking) ou

uso problemático (AUDIT). Sendo, por tanto, mais propensos a se tornarem dependentes do

uso de álcool (COLLINS; PENCER; STEWART, 2018; KENNEY; ANDERSON; STEIN,

2018; ANDRADE; DUARTE; OLIVEIRA, 2010). Nesse contexto, o consumo excessivo de

álcool, incluindo a frequência dos episódios de Binge Drinking e consequências negativas,

constituem uma preocupação de saúde pública e um problema comum entre jovens e,

principalmente, em estudantes universitários, visto que esses frequentemente estão

classificados em umas das categorias de uso problemático para o álcool (MAPHISA; YOUNG,

2018; STOCKINGS et al., 2016; SWENDSEN et al., 1998; WICKI; KUNTSCHE; GMEL,

2010).

Essa preocupação é justificada uma vez que o álcool é considerado como a substância

psicoativa mais consumida em todo o mundo, uma das cinco principais causas de doença,

incapacidade e morte para todas as faixas etárias. Cerca de 5,9% das mortes globais são

atribuídas ao consumo de bebidas alcoólicas (WHO, 2017). Inclusive, sendo apontado como o

principal fator de risco para a incapacidade física em indivíduos entre 10 a 24 anos

(MEZQUITA et al., 2018; WHO, 2017).

Embora a maioria dos estudantes passe por um processo de amadurecimento no período

de transição para a vida adulta, o que pode refletir em uma diminuição dos episódios de Binge

Drinking (JENNISON, 2004), muitos persistem no uso compulsivo de bebidas alcoólicas. Isso

resulta em maior risco para o alcoolismo ao longo da vida, impactando tanto em aspectos

pessoais como profissionais (SHER; GREKIN; WILLIAMS, 2005).

Apesar dos crescentes prejuízos que o uso excessivo de álcool venha causando, pouco

significativas têm sido as mudanças de comportamento oriundas da legislação e políticas

públicas vigentes (MEDEIROS et al., 2012; PANTANI; PINSKY, 2017; STOCKINGS et al.,

2016). A eficácia dessas ações é impactada por uma série de variáveis e sujeita à atuação de

vários agentes, a serem levados em consideração no momento de seu planejamento (CAREY

et al., 2018; DING et al., 2018; LOOSE; ACIER; EL-BAALBAKI, 2018; PELICIOLI et al.,

2017).

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Assim, para garantir que esses esforços alcancem os resultados a que se propõem, torna-

se relevante entender os antecedentes e a etiologia do comportamento de beber, com destaque

para os Drinking Motives (DM) (Motivos para beber) (KUNTSCHE et al., 2014; COOPER,

1994; COX; KLINGER, 1988). Segundo essa visão, razões específicas para o consumo estão

associadas com um padrão único de precursores e de consequências decorrentes do uso do

álcool, que se relacionam a quatro tipos de motivos influenciadores na decisão de um indivíduo

de consumir álcool: motivos de tipo Social; motivos de tipo Coping; motivos de tipo Realce, e

motivos do tipo Conformidade (COX et al., 2006; COOPER, 1994; COX; KLINGER, 1988).

O modelo dos quatro motivos para beber é baseado na suposição de que as pessoas

bebem para atingir resultados específicos que consideram importantes e que o comportamento

de beber pode servir a distintas funções ou pode ser motivado por diferentes necessidades.

Assim, uma pessoa pode, por exemplo, consumir álcool em excesso porque seu grupo de pares

ou colegas também o faz ou em função de sua família consumir; e há outras que o fazem por

motivos do tipo Social (beber por momentos festivos) (KENNEY et al., 2018; FITZPATRICK

et al., 2016; HUNG et al., 2011; KUNTSCHE et al., 2005; AGRAWAL et al., 2008; COOPER,

1994) . Em resumo, os motivos para beber representam um quadro decisional subjetivamente

derivado para o consumo de álcool com base na experiência pessoal, situação e expectativas

individuais (CARPENTER; HASIN, 1998; COX; KLINGER, 1988).

Seguindo essa linha de raciocínio, o desenvolvimento de estudos que identifiquem os

condicionantes de maior influência no consumo e na manutenção do hábito de beber em

estudantes de ensino superior apresenta um caráter de impacto social, pois impulsiona a

compreensão sobre esse fenômeno (BASTOS; COSTA; VASCONCELOS, 2017;

MACKINNON et al., 2017). Ademais, permitem gerar subsídios empíricos que poderão

fundamentar futuras ações de redução do consumo abusivo baseadas no perfil motivacional

individual, o que pode trazer benefícios consideráveis, uma vez que as ações preventivas e

interventivas formuladas pelas IES podem ser direcionadas aos grupos cujo perfil seja

considerado de risco (COUTURE et al., 2017; KUNTSCHE et al., 2014).

A incipiência de políticas direcionadas ao uso de bebidas alcoólicas nas IES do Rio

Grande do Sul representa um indicativo da necessidade de serem fornecidos subsídios para que

as instituições possam auxiliar na gestão do problema de forma direcionada (REBONATTO et

al., 2018). Desta maneira, essas instituições estarão efetivamente assumindo seu compromisso

social, sua responsabilidade quanto agente formador e difusor de ações inovadoras e

sustentáveis.

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Tal entendimento orientou a presente dissertação, que foi balizada na investigação do

uso problemático de bebidas alcoólicas e no papel preditor dos Drinking Motives sobre a

intensidade do uso de álcool e de outras variáveis relacionadas ao hábito de beber em estudantes

de ensino superior de IES privadas.

1.1 JUSTIFICATIVA

O uso abusivo de álcool entre jovens tem estado associado a várias consequências

adversas e problemas relacionados à saúde, tais como desmaios, depressão, tentativas de

suicídio, gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis, violência, abuso sexual,

acidentes de trânsito, problemas com a lei, morte violenta, queda no rendimento escolar,

prejuízo no desenvolvimento e na estruturação de habilidades cognitivas (DIBELLO et al.,

2018; GEISNER et al., 2018; KLABUNDE et al., 2017; O’HARA; ARMELI; TENNEN, 2015;

NÉMETH et al., 2011; MERRILL; READ, 2010; BABOR, 2010). Segundo o World Health

Statistics: monitoring health for the Sustainable Development Goals (SGDs), o aumento do

consumo do álcool em si não representa um problema, porém, alerta que o uso excessivo e a

falta de políticas públicas adequadas para a regulação e o controle do consumo podem

transformá-lo em ameaça (WHO, 2017).

Nos últimos anos, o consumo de bebidas alcoólicas pelos estudantes de ensino superior

brasileiros parece ter aumentado quando comparado a resultados encontrados na literatura

(MENDONÇA; JESUS; LIMA, 2018; OLIVEIRA; FARINHA; JUNIOR, 2016). Ademais, o

ingresso no ensino superior é marcado por uma série de mudanças na rotina dos jovens. Esse

panorama de transição, associado às expectativas e incertezas em relação à formação acadêmica

e ao contexto, para muitos estudantes, constitui-se em uma experiência estressora (HAAS et al.,

2012; GUERREIRO-CASANOVA; POLYDORO, 2011; TAM PHUN; SANTOS, 2010).

Diante desse cenário, pode ser importante estabelecer esforços de prevenção nesse período de

vida, ou mesmo antes, alicerçados na compreensão dos antecedentes do comportamento de

beber, como a influência de agentes motivadores (COOPER, 1994; COX; KLINGER, 1988).

Considerando-se os estudos que trazem evidências sobre a eficácia da prevenção,

intervenção precoce na redução de danos em jovens para tabaco, álcool e drogas ilícitas,

verificam-se lacunas no que tange ao alcance e assertividade dessas medidas junto ao público

jovem (JOHNSTON et al., 2018; HALL et al., 2016; NORDLUND, 2016; STOCKINGS et al.,

2016). A pesquisa de Midford et al. (2018) com estudantes de ensino médio australianos sobre

o alcance das políticas públicas governamentais serve como exemplo da afirmativa anterior.

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Uma vez que a investigação concluiu que a educação sobre o álcool fornecida aos estudantes

de ensino superior australianos não influenciou diretamente na redução dos danos ocasionados

pelo uso excessivo de álcool. Esses resultados servem de alerta para a necessidade de que as

medidas destinadas a contenção dos prejuízos causados pelo uso de bebidas alcoólicas sejam

pensadas de maneira diferente, de forma mais direcionada.

Estudo prévio realizado, antes da coleta de dados desta dissertação, com 99 IES,

abrangendo faculdades e universidades, tanto públicas como privadas, no Rio Grande do Sul,

observou a baixa taxa de programas e medidas educativas institucionais para tratar do tema

(REBONATTO et al., 2018). Cerca de 79,8% das IES participantes do estudo não possuíam ou

realizaram quaisquer tipos de ações preventivas direcionadas ao uso de bebidas alcoólicas e

suas consequências nos últimos cinco anos. Causa preocupação a questão de pesquisas

brasileiras citarem a ocorrência de declarações dos alunos afirmando nunca terem recebido

informações sobre o consumo de álcool provenientes de suas IES (CAVALCANTE et al.,

2012).

Além disso, pesquisadores advertem para o fato de que mesmo tendo conhecimento dos

riscos e consequências do uso de bebidas alcoólicas, os universitários brasileiros não

demonstram ter reduzido o consumo (PICOLOTTO et al., 2010). Indicando a relevância de as

IES iniciarem a adoção de políticas de prevenção e combate ao consumo excessivo. Políticas

que poderão ser planejadas com base em estudos, como o descrito nesta dissertação. Isso, posto

que esses jovens comporão o grupo de futuros profissionais do Brasil, além do alto custo social

que os problemas decorrentes do uso de álcool acarretam e, também, a considerável oneração

aos sistemas públicos e privados de saúde.

Em razão disso, iniciativas têm surgido no sentido de identificar fatores que auxiliem a

compreender a etiologia desse comportamento complexo e que possam direcionar ações

preventivas e interventivas com base no perfil dos usuários de álcool, ou seja, especificamente

aos grupos considerados vulneráveis (MACKINNON et al., 2017; KUNTSCHE et al., 2014;

NÉMETH et al., 2011). Nesse sentido, torna-se relevante a investigação dos Drinking Motives,

pois esses atuam tanto como preditores e mediadores do uso de álcool e suas consequências,

pois eles integram um complexo conjunto de variáveis (rede monológica), servindo como uma

ponte para fatores distais e indicadores do uso de álcool (ADAMS et al., 2012; HOSIER; COX,

2011; COOPER et al., 1995; KUNTSCHE et al., 2005; COOPER, 1994; COX; KLINGER,

1988) .

Os motivos podem, portanto, explicar uma quantidade substancial de variações nos

padrões de consumo de álcool e fatores situacionais, como por exemplo contextos e situações

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de uso, tipo de relacionamento, as normas sociais, residência, problemas decorrentes do uso.

Os motivos para beber podem ser capazes de explicar cerca de 50% da variância no consumo

de álcool entre os jovens (MERRILL; READ, 2010; KUNTSCHE et al., 2007).

Em síntese, os motivos de beber representam os indivíduos que efetivamente irão

consumir álcool, pois a decisão de beber já foi tomada (COX; KLINGER, 1988). Por essa razão

os aspectos motivacionais do consumo de álcool têm recebido crescente atenção dos

pesquisadores. Contudo, o impacto dos motivos para beber beber sobre a intensidade do uso de

bebidas alcoólicas, contextos, situações de uso, consequências negativas decorrentes da

substância ainda não foi profundamente avaliada em estudantes de ensino superior brasileiros

(HAUCK FILHO; TEIXEIRA, 2011). O levantamento global realizado pelo grupo de

pesquisadores do The Drinking Reasons Inter-National Collaboration (DRINC) corrobora tais

resultados, uma vez que o Brasil figura no relatório com apenas uma pesquisa relativa a agentes

motivadores, realizada no Rio Grande do Sul, com universitários de uma IES pública, situada

na capital do estado (COUTURE et al., 2017).

De acordo com o DRINC, esses tipos de pesquisa são relevantes por permitirem a

reunião de informações que podem contribuir para a elaboração de um plano de tratamento

global, tendo como foco estudantes de ensino superior com problemas de uso do álcool. O

DRINC pondera que essas inciativas possibilitam que tanto profissionais (gestores públicos e

privados, médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais) quanto pesquisadores

trabalhem em conjunto na execução de programas e intervenções, independentemente do

contexto cultural, com foco específico em estudantes de ensino superior.

Mediante a busca sistemática por publicações nas bases de dados Scielo, Spell e

EBSCO, referente ao tema hábito de beber em universitários no período 2005 a 2017, utilizando

os descritores ‘motivos beber’, ‘motivação álcool’, ‘consumo álcool’ e ‘drinking motives’,

verificou-se que que grande parte dos estudos em âmbito nacional, envolvendo o público

universitário e o consumo de álcool, é realizada em área de saúde. Além disso, destina-se ao

levantamento do padrão de consumo e diagnóstico de problemas decorrentes do uso de álcool,

tendo seus dados coletados mediante o uso de apenas um instrumento psicométrico,

especificamente o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). Interessa, notar a

prevalência de amostras compostas por estudantes de um único curso, normalmente dos cursos

de medicina, enfermagem, educação física e psicologia; onde os estudantes são provenientes de

universidades públicas (MACHADO et al., 2016; SANTOS; PEREIRA; SIQUEIRA, 2013;

JOMAR; SILVA, 2013; JOMAR; ABREU, 2011; PETROIANU et al., 2010; PICOLOTTO et

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al., 2010; MESQUITA; NUNES; COHEN, 2008; TOCKUS; GONÇALVES, 2008; PEREIRA

et al., 2008; MARDEGAN et al., 2007; BALDISSEROTTO et al., 2005).

Corroborando com o exposto, o uso do uso de álcool entre estudantes no ensino superior,

transformou-se em um problema mundial, mas a grande parte das pesquisas sobre este tópico é

conduzida em contexto norte-americano (JONES; ANDREWS; FRANCIS, 2017) e europeu

(COUTURE et al., 2017), focalizando principalmente os determinantes individuais do

consumo. No entanto, uma pesquisa sólida a nível de Brasil ainda é lenta. Corroborando com

isso, poucos estudos empíricos no Brasil investigaram o constructo motivação como preditor

do uso de bebidas alcoólicas, o que já havia sido ponderado por Hauck Filho e Teixeira (2011).

Ante aos aspectos mencionados é que ocorre a diferenciação da presente dissertação dos

demais estudos nacionais e sua relevância, nela são levados em conta além dos determinantes

de nível individual, características psicológicas que permitem traçar um perfil motivacional

individual de consumo. Integrando essas ideias, o aprofundamento de estudos que identifiquem

os principais aspectos motivadores do consumo em universitários e fatores socioambientais se

encaixa como necessidade para compreender o uso de álcool em ambiente acadêmico

(MARINO et al., 2018; MÜLLER; KUNTSCHE, 2011; MARTENS et al., 2003), pois esses

indivíduos estão na fase inicial de suas vidas, traçando seus objetivos, prestes a atingir seu

período economicamente produtivo.

Ademais, o meio acadêmico favorece a discussão da temática consumo de álcool, razão

pela qual considera-se que a disseminação de informações sobre os efeitos nocivos do consumo

exagerado de álcool pode contribuir para a prevenção de danos à saúde e dos agravos sociais

decorrentes desse. O que pode ser conseguido por meio de pesquisas acadêmicas capazes de

fornecer subsídios às IES, no intuído de que essas possam contribuir com os órgão públicos na

gestão da problemática do abuso de álcool junto aos jovens, não mais baseadas em mero

levantamento de dados sobre os padrões de consumo.

Tendo em vista que essas instituições são espaços que favorecem a disseminação de

informações ao público jovem. Salienta-se que estratégias integradas e sustentáveis de

monitoramento, prevenção e controle são necessárias, e devem envolver um esforço conjunto

de familiares, IES e órgãos governamentais. Tais argumentos reforçam a relevância social, a

contribuição acadêmica aos estudos organizacionais contemporâneos e justificam esta

dissertação.

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1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

A execução de um estudo mais abrangente sobre o hábito de beber entre estudantes

universitários implica abordar os complexos e múltiplos fatores que são motivadores e

condicionantes ao consumo. Dessa forma, realizada uma revisão geral da literatura acadêmica,

para esta pesquisa foi selecionado o construto dos Drinking Motives (Social, Realce, Coping e

Conformidade) (KUNTSCHE, 2011; KUNTSCHE et al., 2005; COOPER, 1994; COX;

KLINGER, 1988) . Esse constructo representa o conjunto de variáveis a serem analisadas que

pretendem responder a problemática norteadora deste estudo que consiste no questionamento:

de que forma os Drinking Motives atuam como preditores diretos da intensidade do consumo

de bebidas alcoólicas em estudantes de ensino superior?

Ao obter as respostas para o questionamento proposto, espera-se compreender o papel

dos motivos para beber como preditores proximais da intensidade do uso de álcool em

acadêmicos, consequências negativas decorrentes, contextos (uso bares, em casa) e situações

(uso com colegas, familiares, amigos do mesmo sexo) de consumo de bebidas alcoólicas.

Pressupõe-se que compreendendo a motivação predominante em contexto universitário

seja possível auxiliar os alunos a reduzirem o consumo excessivo de álcool e minimizar as

consequências prejudiciais que podem resultar da bebida, pois as ações institucionais podem

ser direcionadas aos grupos propensos ao uso excessivo. A exemplo disso têm-se as ações de

marketing social (BASTOS; COSTA; VASCONCELOS, 2017; JONES; ANDREWS;

FRANCIS, 2017) e as chamadas intervenções breves sobre o uso de álcool (LOPES, 2009).

Subsidiando informações para a criação de ações preventivas que envolvam a conscientização

da família, grupo de pares e comunidade em geral como sugerido por Jones, Andrews e Francis

(2017).

1.3 OBJETIVOS

A partir da questão de pesquisa, serão apresentados, a seguir, o objetivo geral e os

objetivos específicos, propostos para a presente pesquisa.

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1.3.1 Objetivo geral

Avaliar o padrão de consumo problemático de bebidas alcoólicas e o papel dos Drinking

Motives como preditores da intensidade do consumo de álcool e de outros desfechos

relacionados ao hábito de beber em estudantes de Instituições de Ensino Superior privadas.

1.3.2 Objetivos específicos

a) identificar o perfil socioeconômico e o padrão de consumo de bebidas alcoólicas

dos acadêmicos;

b) analisar a relação entre as características socioeconômicas e outras variáveis

relacionadas ao hábito de beber dos estudantes com o padrão de consumo problemático de

álcool;

c) identificar os Drinking Motives prevalentes entre os acadêmicos;

d) explorar a forma com que os diferentes tipos de Drinking Motives se relacionam

com a intensidade do uso de álcool, frequência de consequências negativas decorrentes,

contextos, situações de uso e idade de início do uso de bebidas alcoólicas.

1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

Para que os objetivos sejam alcançados, a presente dissertação está dividida em sete

capítulos. No Capítulo I é apresentada a introdução geral do estudo, sua justificativa e a

delimitação do tema e do problema de pesquisa. O Capítulo II trata da fundamentação teórica,

envolvendo a discussão sobre os motivos de uso de bebidas alcoólicas e os determinantes

individuais de consumo. No Capítulo III são descritos resumidamente os procedimentos

metodológicos adotados uma vez que serão detalhados no decorrer de cada artigo.

Os Capítulos IV e V são dedicados a apresentação e discussão dos resultados em formato

de dois artigos científicos oriundos a partir dos dados coletados para a realização desta

dissertação. O artigo correspondente ao Capítulo IV, intitulado ‘O padrão de consumo

problemático de álcool entre estudantes de ensino superior e os fatores associados’, descreve o

padrão de uso de bebidas alcoólicas segundo as quatro categorias do Alcohol Use Disorders

Identification Test (AUDIT). O segundo artigo, Capítulo V, analisa os motivos que levam os

acadêmicos a consumirem bebidas alcoólicas e o papel dos DM como preditores proximais da

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intensidade do uso de álcool, problemas decorrentes, contextos, situações de uso e idade de

experimentação da substância. A esse artigo o título atribuído foi ‘Drinking Motives: preditores

de variáveis relacionadas ao hábito de beber em universitários brasileiros’. Uma discussão geral

sumarizando os principais resultados dos dois estudos é apresentada no Capítulo VI, a qual

fornece o resgate teórico dos temas abordados em cada artigo. No capítulo VII são expostas as

considerações finais da dissertação, implicações teóricas e gerenciais, bem como as

recomendações às IES. Culminando com a descrição de suas limitações e sugestões de

pesquisas futuras.

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CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com os objetivos propostos, neste capítulo apresenta-se o referencial teórico

que fundamenta esse estudo. Trazendo como destaque o modelo motivacional do uso de álcool

dos Drinking Motives de Cox e Klinger (1988; 1990) e complementado por Cooper (1994).

Conclui-se este capítulo com o modelo teórico de pesquisa a ser testado.

Partes deste capítulo foram suprimidas a fim de evitar conflito de interesses no

momento da publicação do manuscrito.

2.1 MODELO MOTIVACIONAL DO USO DE ÁLCOOL

A Teoria da Aprendizagem Social (Social Learning Therory - SLT) (BANDURA, 1997)

sugere que fatores cognitivos são importantes mecanismos preditores dos resultados

comportamentais (por exemplo, consequências do consumo de álcool) e uma via comum pela

qual fatores mais distais exercem influência (SHER et al., 1999). Desse modo, a SLT oferece

um quadro abrangente por meio do qual é possível entender o consumo de álcool e suas

consequências. Em consonância com essa teoria, uma variável cognitiva observada como sendo

proximalmente importante para o consumo de álcool é o dos motivos para beber, Drinking

Motives - DM.

No início dos anos 1990, Stacy, Newcomb e Bentler (1991) argumentaram que a

motivação cognitiva dos indivíduos para se envolverem em comportamentos como beber, usar

drogas ou fumar, é um fator-chave nas teorias sobre comportamentos relacionados à saúde. Para

esses autores, as expectativas percebidas pelas pessoas em relação às consequências (positivas

ou negativas) de suas ações podem afetar a decisão de ingerir álcool e, consequentemente, a

possibilidade de se tornarem usuárias regulares ou dependentes do álcool e desenvolverem

problemas relacionados a esse consumo.

Corroborando essa teoria, estudos posteriores sugerem que, para uma compreensão

adequada do desenvolvimento de padrões de consumo, o conhecimento de motivos

psicológicos para consumir álcool pode ser essencial (COOPER et al., 1995; COOPER, 1994).

Além desses autores, ainda em consonância com o trabalho de Cox e Klinger (1988), outros

pesquisadores asseveram que os motivos para beber são distintos das expectativas do uso álcool,

podendo prever tanto quanto mediar ou moderar o comportamento de consumo do álcool

(MERRILL; READ, 2010; AGRAWAL et al., 2008; KUNTSCHE et al., 2007, 2005;

MARTENS et al., 2003) . Nesse sentido, concordam que tanto as expectativas ao uso, quanto

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os motivos para o uso de bebidas alcoólicas são constructos a serem considerados em pesquisas

sobre o hábito de beber em estudantes universitários.

Assim, o modelo teórico dos motivos para usar bebidas alcoólicas, representado pela

Figura 1, assume que as pessoas, quando consomem álcool consciente ou inconscientemente,

avaliam se tomam a decisão de beber, com base em suas expectativas sobre a mudança em seu

estado afetivo quando do consumo (COX; KLINGER, 1988). Tais expectativas são

determinadas por uma gama de fatores históricos (reatividade bioquímica ao álcool,

características de personalidade, influências socioculturais, socioambientais, e incentivos

passados ou reforço para beber que contribuíram para as experiências passadas de uma pessoa

com o consumo de álcool, fatores atuais (qualidade dos incentivos positivos e negativos) e

situacionais (disponibilidade do álcool e pares que bebem) (COOPER, 1994; COX; KLINGER,

1988). Os autores postulam que os fatores históricos e atuais contribuem para expectativas sobre

o efeito químico direto (intensificador do humor) e indireto do álcool (aceitação pelos pares)

através de processos cognitivos (pensamentos, sentimentos, percepções e memórias).

Com base nas fontes dos efeitos esperados do consumo de álcool (interna, pelo efeito

direto do álcool; ou externa, pelo efeito indireto de uso do álcool, por exemplo, o ambiente

social) e no resultado de todos os efeitos esperados do uso do álcool, denominado de valência

(aumentar o afeto positivo ou reduzir o afeto negativo), quatro principais categorias surgem

como antecedentes do consumo de álcool (COX; KLINGER, 1988). Tratam-se dos motivos

Sociais (reforço positivo externo, para obter algum tipo de recompensa social, beber para

aproveitar uma festa); motivos de Realce (reforço positivo interno, para melhorar humor ou

bem-estar); motivos de Conformidade (reforço negativo externo, beber para evitar a rejeição

social); e motivos de Coping (reforço negativo interno, para lidar com as emoções negativas,

ou ainda, beber para evitar ou reduzir afetos negativos) (KUNTSCHE et al., 2005; COOPER,

1994; COX; KLINGER, 1988).

Verifica-se, assim, que o constructo psicológico e disposicional dos DM se encontra

entre os determinantes mais proximais do uso de álcool (HAUCK FILHO; TEIXEIRA;

COOPER, 2012; FILHO; TEIXEIRA, 2011; KUNTSCHE et al., 2010, 2007) . Ou seja, apesar

da complexa rede de fatores que influenciam o comportamento de beber, os motivos assumem

um papel decisivo. Nesse aspecto, são vistos como o caminho final e comum por meio do qual

fatores mais distais (por exemplo, personalidade e expectativas positivas, fatores

socioambientais) encontram-se relacionados ao consumo (HAUCK FILHO; TEIXEIRA;

COOPER, 2012). Esses comportamentos de consumo são conceitualmente distintos das

expectativas ao uso do álcool (KUNTSCHE et al., 2010, 2007).

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Figura 1 - Modelo motivacional do uso de álcool sob a perspectiva de Cooper (1994), Cox e Klinger (1988, 1990)

Fonte: Adaptado de Kuntsche et al. (2005).

As expectativas são crenças individuais sobre o efeito do uso do álcool (KUNTSCHE

et al., 2010; AGRAWAL et al., 2008; URBÁN; KÖKÖNYEI; DEMETROVICS, 2008;

ENGELS et al., 2005). Quando um indivíduo faz uso do álcool para obter o efeito desejado

(como beber por uma razão ou motivo específico), ele provavelmente tem uma expectativa

sobre o álcool. No entanto, as expectativas sozinhas não levarão necessariamente ao evento de

beber, porque nesse momento o indivíduo ainda tem que decidir se beberá ou não. Uma vez

tomada essa decisão, ele beberá por uma razão específica (um dos quatro DM) que se relacione

com suas expectativas sobre o uso do álcool.

Portanto, um motivo para beber sempre conduz a um evento de beber, porque nesse

momento a decisão de beber já foi tomada (KUNTSCHE et al., 2005; COOPER, 1994; COX;

KLINGER, 1988). A decisão de beber depende de todos os fatores do modelo, porém, esses se

manifestam de forma distinta entre os indivíduos, e num mesmo indivíduo de formas diferentes

ao longo do tempo (COX; KLINGER, 1988). Em síntese, o comportamento de beber é

motivado por diferentes necessidades ou cumpre funções distintas, sendo caracterizado por

padrões únicos de antecedentes e consequências.

Tendo em vista que os motivos funcionam como uma porta de entrada entre o

comportamento de beber e fatores mais distais, como as expectativas de álcool, são capazes de

refletir a lógica que leva as pessoas a beber, com base nos efeitos esperados atribuídos ao álcool

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(KUNTSCHE et al., 2007). A esse respeito, Mazzardis et al. (2010) e Hauck Filho,Teixeira e

Cooper (2012) afirmam que as quatro dimensões de motivos relacionam-se positivamente a

intensidade de consumo de álcool, consequências negativas decorrentes do uso, contextos e

situações de uso em estudantes de ensino superior.

2.2 DETERMINANTES INDIVIDUAIS DO CONSUMO DE ÁLCOOL

2.3 MODELO TEÓRICO DE PESQUISA

Embasada na fundamentação teórica retratada, expõe-se o modelo teórico que delimita

os objetivos desta dissertação (Figura 6). Esse modelo reflete conjuntamente as hipóteses

testadas no artigo apresentado no Capítulo V .

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Figura 2 - Modelo teórico de pesquisa utilizado na avaliação dos Drinking Motives como preditores de variáveis relacionadas ao hábito de beber dos acadêmicos (Artigo 2)

Fonte: Elaborada pela autora (2019).

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CAPÍTULO III - PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O percurso metodológico adotado encontra-se descrito em detalhes nos artigos oriundos

desta dissertação. Contudo, a Figura 1 apresenta as etapas da pesquisa, a etapa empírica e a

etapa pós-empírica. Neste caso, a etapa empírica se refere aos dois artigos finais.

Figura 1 – Etapas da pesquisa

Fonte: Elaborada pela autora (2019).

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Para melhor entendimento das técnicas adotadas, a Figura 1 sumariza os procedimentos

metodológicos utilizados na etapa empírica da pesquisa. Representa o Artigo 2 e o Artigo 3.

Figura 2 – Procedimentos metodológicos adotados na etapa empírica da pesquisa

Fonte: Elaborada pela autora (2019).

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Uma síntese do desenvolvimento desta dissertação conforme os seus objetivos,

hipóteses testadas, técnicas de análise dos dados e contribuição teórica encontra-se exposta no

Quadro 1.

Quadro 1 - Síntese do desenvolvimento da dissertação, hipóteses testadas a partir do modelo

teórico de pesquisa, técnicas estatísticas utilizadas e contribuição teórica Objetivos específicos da

dissertação Hipótese Análise dos dados Contribuição

a) conhecer o perfil socioeconômico, contextos e situações de uso de bebidas alcoólicas e, consequências negativas oriundas desse consumo.

- Análise descritiva Artigo 1

b) analisar a relação entre as características socioeconômicas e outras variáveis relacionadas ao hábito de beber em estudantes universitários com o padrão de consumo problemático de álcool.

- Regressão Logística Multinomial

Artigo 1

c) identificar a motivação do consumo de bebidas alcoólicas prevalente entre os acadêmicos.

- Análise descritiva Artigo 2

d) explorar a forma com que os diferentes tipos de Drinking Motives se relacionam com a intensidade do uso de álcool, frequência de consequências negativas decorrentes, contextos, situações de uso e idade de início do uso de bebidas alcoólicas.

H1: Motivos de Realce relacionam-se positivamente ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. H2: Motivos de Coping relacionam-se positivamente ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. H3: Motivos Sociais relacionam-se positivamente ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. H4: Motivos de Conformidade relacionam-se positivamente ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas. H5: Motivos de Coping relacionam-se positivamente a frequência de consequências negativas decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas. H6: Motivos Sociais relacionam se positivamente a frequência de consequências negativas decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas. H7a: Motivos Sociais relacionam-se positivamente ao consumo de bebidas alcoólicas em contextos de uso específicos. H7b: Motivos Sociais relacionam-se positivamente ao consumo de bebidas alcoólicas em situações de uso específicas.

Regressão Linear Múltipla (Método Enter)

Artigo 2

Fonte: Elaborado pela autora (2019).

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CAPÍTULO IV - O PADRÃO DE CONSUMO PROBLEMÁTICO DE ÁLCOOL ENTRE

ESTUDANTES DE ENSINO SUPERIOR E OS FATORES ASSOCIADOS

Este capítulo foi suprimido a fim de evitar conflito de interesses no momento da

publicação do manuscrito.

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CAPÍTULO V - DRINKING MOTIVES COMO PREDITORES DE VARIÁVEIS

RELACIONADAS AO HÁBITO DE BEBER EM ESTUDANTES DE ENSINO

SUPERIOR

Este capítulo foi suprimido a fim de evitar conflito de interesses no momento da

publicação do manuscrito.

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CAPÍTULO VI - DISCUSSÃO GERAL DOS RESULTADOS

Ao longo dos diferentes estudos que foram realizados nesta dissertação, constatou-se a

inexistência de políticas sobre o uso consciente de bebidas alcoólicas. Adicionalmente, vários

padrões interessantes se tornaram claros em relação às características sociodemográficas dos

estudantes que apresentaram padrões de consumo problemático (AUDIT) de bebidas alcoólicas

no ensino superior. Consistente com as diferenças entre o provável perfil de um estudante

categorizado como consumidor problemático de bebidas alcoólicas (Artigo 1).

Obtiveram-se evidências de que o padrão de consumo das mulheres aumentou tanto em

frequência, como quantidade (Binge Drinking) e a periodicidade dos episódios de Binge quando

se comparam os achados obtidos a outras pesquisas no país (FACHINI; FURTADO, 2013;

CAVALCANTE et al., 2012). Entretanto, os episódios de uso excessivo e a frequência desses

episódios ainda são prevalentes entre os homens (PELICIOLI et al., 2017). Essa diferença foi

encontrada para diferentes tipos de padrões de consumo.

Esses resultados se comparam a uma tendência geralmente observada na literatura

cientifica, de que os homens bebem mais que mulheres (VISNJIC et al., 2015). Isso talvez

ocorra, porque beber entre os homens, ainda hoje, é provavelmente mais aceito socialmente e

menos prejudicial nos homens, uma vez que o consumo (excessivo) e a embriaguez geralmente

têm uma reputação ligada a masculinidade e tendem a ser menos aceitos quando realizados por

mulheres (DE VISSER; MCDONNELL, 2012). Além disso, existem as diferenças fisiológicas

que também podem explicar os padrões de consumo em maior quantidade em homens. Nesta

dissertação as análises de regressão Logística Multinomial sugerem que ser do sexo feminino é

um fator protetivo para o uso problemático de bebidas alcoólicas. O sexo feminino possuía uma

relação inversa com o uso problemático quando esse era o Uso de Risco e a categoria de

referência o Uso de Baixo Risco (Zona I).

Em relação ao status de vida, em geral, o uso problemático foi observado em estudantes

que residiam com os pais. Estes achados são diferentes do estudo de Visnjic et al. (2015),

segundo os autores os estudantes que apresentavam uso excessivo e problemático moravam em

companhia de colegas e em repúblicas. Indicando que no interior do Brasil o aumento do

controle parental não parece exercer um efeito protetor (HAM; HOPE, 2003). Diferente ao que

afirmam Pelicioli et al. (2017), pois estudantes que residem sozinhos ou distantes das famílias

tenderiam ao uso problemático de bebidas alcoólicas e a maior frequência de episódios de Binge

Drinking. Contudo, apesar do maior percentual de alunos usuários problemáticos residirem com

familiares, essa variável não se demonstrou significativamente associada às categorias de

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consumo problemático. Por outro lado, nas análises de regressão logística possuir familiares

que consomem bebidas alcoólicas demonstrou uma relação positiva com o padrão de Uso de

Risco para bebidas alcoólicas de acordo com o AUDIT.

A média idade do primeiro uso de álcool dos estudantes foi aos 15,19 anos, uma média

dentro da variação (10-17 anos) vista no Rio Grande do Sul, para estudantes da área da saúde

(BAUMGARTEN; GOMES; FONSECA, 2012). A faixa etária de experimentação das bebidas

alcoólicas foi uma característica presente, bem como sua influência sobre o padrão de uso

problemático. Foram descritas relações positivas entre essa variável e os padrões de uso Risco

e o Uso Nocivo. Um graduando que experimentou álcool com 12 anos ou menos teve maior

probabilidade de pertencer ao grupo de Risco (2,8 vezes mais chances) e ao grupo de padrão

Nocivo (9,8 vezes mais chances) para o consumo de bebidas. Essas chances reduziram a medida

que a idade de experimentação aumentava, indicando que quanto mais tarde ocorrer o início do

consumo, menores serão os prejuízos ao indivíduo. Ainda, indica que o início do consumo de

bebidas alcoólicas no Brasil se dá muito antes da entrada do jovem na vida acadêmica.

O Artigo 2, que investigou a motivação prevalente dos estudantes para o consumo de

bebidas alcoólicas e o papel preditor das quatro dimensões dos Drinking Motives, encontrou

uma ordem semelhante para a motivação de beber como relatado na literatura internacional e

nacional. No geral, os motivos Sociais são os mais frequentemente relatados para o consumo

de bebidas alcoólicas, seguidos pelos de Realce, Coping e Conformidade (VAN DAMME et

al., 2013; HAUCK FILHO; TEIXEIRA, 2012; KUNTSCHE; KUNTSCHE, 2009; MERRILL;

READ, 2010; NÉMETH et al., 2011).

A análise dessa lista de motivos foi ampliada quando relacionada ao Uso de Risco

(quantidade excessiva e frequência do beber pesado episódico). Determinando uma relação

positiva entre os motivos de consumo do tipo Realce e Coping com a intensidade de uso e o

consumo de Risco que é consistente com a literatura (NÉMETH et al., 2011; MERRILL;

READ, 2010; KUNTSCHE et al., 2005;). Um resultado que não replicou o estudo de Van

Damme et al. (2016) que encontrou essa relação positiva para os motivos de tipo Social.

Os achados da presente dissertação sugerem que sejam realizados estudos aprofundados

em âmbito nacional, pois os apurados nesta pesquisa não acrescentam robustez aos achados da

referida pesquisa e, tão pouco, a pesquisa ocorrida em contexto universitário brasileiro de

Hauck Filho, Teixeira e Cooper (2012). Fato que gera dúvida sobre até que ponto a cultura do

beber é orientada socialmente no ensino superior em IES privadas do Rio Grande do Sul. Em

estudantes de ensino superior flamencos essa cultura parece ser explicada, provavelmente por

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que os motivos de consumo social estavam relacionados a indicadores de uso excessivo de

bebidas alcoólicas (VAN DAMME et al., 2013).

Acredita-se que a vigência dessas normas sociais se diferencie entre as culturas, como

discutido em outras pesquisas internacionais, pois a cultura de consumo varia de acordo com o

contexto de uso de bebidas alcoólicas. Tais diferenças podem se dar em virtude da legislação

diversa entre países, o que explicaria distinções nos padrões de consumo e motivação para o

consumo de bebidas alcoólicas (NEMETH et al., 2011; MERRILL; READ, 2010; KUNTSCHE

et al., 2005). Cada cultura possui seu próprio conjunto de regras e normas de consumo, que são

obtidas e reforçadas por processos de socialização, afetando as atitudes e os motivos para beber

(KUNTSCHE et al., 2007; BORSARI; CAREY, 2006; COX; KLINGER, 1988).

Talvez a prevalência da motivação de Realce e de Coping entre os acadêmicos

observados se deva ao fato de que os motivos pelos quais os estudantes consomem álcool e sua

relação com a intensidade de consumo varie ao longo do semestre acadêmico como sugerem

Van Damme et al. (2017). Este estudo revelou que a motivação interna para beber (motivos de

Realce e Coping) foram preditores significativos de um grande número das variáveis

dependentes analisadas, quando em comparação com os motivos externos (motivos Sociais e

de Conformidade). O que se justificaria em virtude de o período em que se realizou grande parte

da coleta dos dados ter sido no final do semestre letivo, um período marcado por uma maior

exigência acadêmica.

Como descrito na seção 2.2, os incentivos positivos e negativos atuais na vida de um

indivíduo determinam, respectivamente, o afeto positivo e negativo que ele experimentará,

contribuindo para a decisão dele em consumir e o motivo pelo qual irá consumir bebidas

alcoólicas. Quando a quantidade ou a qualidade dos incentivos positivos são, em um

determinado momento, precárias e difíceis de perseguir, isso faz com que um baixo impacto

positivo seja experimentado. Como por exemplo, sentir-se entediado em seu trabalho quando

um prazo importante se aproxima. Esse peso pode ser adicionado à expectativa de que o álcool

pode facilmente mudar essa emoção e aumentar o afeto positivo (COX; KLINGER, 1988). Isso

também ocorre quando os incentivos negativos estão presentes e um efeito negativo alto é

experimentado (sentir-se estressado para realizar uma prova). Então, as expectativas são

nutridas sobre o álcool amenizando essas emoções (COX; KLINGER, 1988).

Tomando como base o ponderado por Van Damme et al. (2017), estes resultados podem

sugerir que, enquanto alguns acadêmicos ainda bebem por motivos externos (social e

Conformidade), durante o período de exames apenas os motivos internos em geral estão

relacionados a comportamentos não adaptativos. Uma razão pela qual compreender a

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motivação interna é importante em relação ao comportamento não adaptativo e ao consumo

pesado em diferentes períodos da vida acadêmica. Pois, segundo os autores os efeitos

experimentados por meio dos motivos internos para uso de bebidas alcoólicas nos períodos de

maior exigência durante a vida acadêmica podem induzir ao consumo de álcool por motivos

similares ou específicos no futuro (por exemplo, em um episódio mais estressante ao longo da

vida). Por conseguinte, gerando prejuízos ao indivíduo e a sociedade como um todo, visto que

isso pode conduzi-lo a dependência alcoólica.

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CAPÍTULO VII - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados obtidos quando da investigação do uso problemático de álcool e o papel

preditor dos DM sobre os desfechos do consumo de bebidas alcoólicas evidenciam que os

avanços nas medidas de prevenção e combate ao uso excessivo de álcool em estudantes

universitários no Brasil dependem de múltiplas variáveis. Isto é, não somente focadas no

levantamento do padrão de consumo.

Uma consideração importante a ser feita reside no fato de uma política institucional

clara em relação ao uso de álcool parecer faltar ou não ser claramente comunicada aos alunos,

no caso de estar disponível. Ademais os resultados obtidos demonstraram um elevado

percentual de acadêmicos que afirmam não haver sido realizada ou desconhecerem campanhas

preventivas sobre a temática na sua IES. Por serem as Universidades e Faculdades responsáveis

pela formação dos futuros profissionais essas instituições possuem um papel social a ser

desempenhado junto a comunidade como um todo. Ademais, o contexto acadêmico torna-se

um espaço propício e ideal para a disseminação de informações a respeito dessa temática, pois

nesse ambiente circulam um grande número de jovens. Esses dados são, posteriormente,

corroborados

Os achados decorrentes do Artigo 1 permitiram identificar preditores do comportamento

de uso problemático de álcool como o estado civil, sexo, consumo familiar, faixa etária de

experimentação. Adicionalmente, que os estudantes iniciaram o consumo muito jovens, com os

amigos que não eram da IES. O que pode indicar que o contexto universitário não tem

influenciado com maior relevância o uso problemático de álcool, pois os graduandos já

iniciaram o consumo antes do ingresso no ensino superior. Possivelmente em acadêmicos

brasileiros o consumo problemático e os diversos prejuízos decorrentes do álcool estejam mais

relacionados a sua história pregressa e não ao consumo de álcool decorrente das influências do

meio acadêmico. Hipótese que pode ser reforçada uma vez que, atualmente o contexto de

consumo mais significativo foi o uso em festas e baladas em companhia de amigos que não são

colegas.

No Artigo 2, os Drinking Motives contribuíram significativamente para explicação da

variância de diversas das variáveis dependentes analisadas. Pode se observar que os motivos de

Realce e Coping foram responsáveis pela explicação de grande parte das variáveis dependentes

das análises de regressão. Mesmo existindo correlação entre os tipos de motivos, surgiram

diferenças entre explicações das variáveis dependentes. Um exemplo disso é que apesar dos

motivos de Realce e Coping explicarem a frequência de consequências negativas o mesmo não

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ocorre para a totalidade das variáveis dependentes que compreende a intensidade de consumo,

os contextos e situações de uso. Tão pouco, para a idade de experimentação uma vez que os

motivos de Realce não possuíam relação com essa variável, enquanto a motivação do tipo

Coping tende a ter uma relação negativa com a mesma. Já os motivos de Conformidade

explicaram somente a idade de experimentação.

7.1 IMPLICAÇÕES TEÓRICAS

Este estudo somou a literatura nacional, pois abordou o consumo de bebidas alcoólicas

sob duas perspectivas. A primeira teve como foco o uso problemático de bebidas alcoólicas e a

criação de um modelo teórico que fosse capaz de explicar a probabilidade de algumas variáveis

sociodemográficas predizerem os padrões de consumo tidos como de Risco, Nocivo ou que

indicassem a possível Dependência Alcoólica. A utilização da técnica de regressão Logística

Multinomial, que numa linguagem mais simples representa a probabilidade de um indivíduo

com ‘x’, características pertencer a um dos grupos de VDs, é pouco utilizada no Brasil quando

se trata do consumo de bebidas alcoólicas por estudantes de ensino superior. Seu uso é

preponderante em artigos publicados em periódicos da área da saúde (BITTENCOURT, 2003).

A segunda, analisou um constructo psicológico pouco explorado no Brasil,

principalmente em IES privadas no interior da região sul. No país o número de pesquisas tendo

com suporte o modelo teórico dos motivos para beber de Cox e Klinger (1988) e Mary Lynne

Cooper (1994) é significativamente menor que em contexto internacional.

Contribui-se, ainda, ao evidenciar o consumo de bebidas alcoólicas no ensino superior

não apenas com base no mero levantamento do padrão de consumo, mas sim traçando perfis de

consumo individuais baseados em características psicológicas. Sugerindo tanto aos gestores

públicos quanto aos das IES que busquem formas de prevenir o uso problemático com base no

perfil individual do jovem, assim auxiliando de forma mais eficaz os pertencentes aos grupos

de risco.

Do mesmo modo, avança na literatura, pois verificou a existência de um ‘gap’ de

pesquisa na análise dos motivos para beber como preditores dos contextos de uso, sugerindo

que para as futuras análises sejam levados em consideração a potencial diferença dos tipos de

amigos no uso de álcool ou grau de amizade. Uma vez que, como demonstrou a presente

pesquisa, os acadêmicos são motivados de forma diversa quando acompanhados por amigos e

quando em presença dos colegas.

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7.2 IMPLICAÇÕES GERENCIAIS E RECOMENDAÇÕES

Os resultados dos estudos nesta dissertação fornecem informações que podem melhorar

o desenvolvimento de futuras ações sobre o uso indevido de bebidas alcoólicas no ensino

superior brasileiro. Conforme demonstrado no terceiro artigo os motivos de consumo Realce e

Coping desempenham um papel importante no consumo excessivo de álcool e são fatores de

risco conhecidos (NÉMETH et al., 2011; MERRILL; READ, 2010).

Considerando os resultados obtidos, chama-se a atenção tanto dos gestores públicos

como os de instituições educacionais (não somente as de ensino superior), para a necessidade

de serem desenvolvidos e adotados mecanismos de prevenção, a partir do perfil social e

motivacional individual dos estudantes, o que alcançaria os grupos mais vulneráveis. A partir

disso, a gestão pública e privada, e os profissionais da saúde poderão pensar em intervenções

educacionais direcionadas ao treinamento de resistência para impedir a modelagem do uso de

álcool.

Gestores de Instituições de Ensino Superior podem se beneficiar dos resultados obtidos

como norteadores de intervenções futuras que podem ser desenvolvidas dentro das mesmas por

profissionais como psicólogos, psicopedagogos, dentre outros. Embora pesquisas sugiram que

algumas formas de intervenções têm apenas um impacto relativamente pequeno em estudantes

universitários, ambas as revisões também relataram grande heterogeneidade entre os estudos

incluídos (FOXCROFT et al., 2015).

Ao olhar para estudos individuais, foram também relatados resultados promissores,

como por exemplo para as intervenções breves (IB) (SAWICKI et al., 2018) e para intervenções

de feedback normativo personalizado em estudantes que bebem pesado e que mostraram

reduções significativas nas percepções equivocadas das normas sociais, comportamentos de

consumo ou consequências relacionadas ao álcool (LEWIS; NEIGHBORS, 2006).

Quanto à medidas interventivas específicas para motivos de Coping e Realce (motivos

internos), os estudos consultados sugerem que essas intervenções devem enfocar o consumo

prejudicial principalmente em períodos de alta exigência acadêmica, por que a relação com os

indicadores de uso excessivo ou pesado é mais significativa nesses períodos (VAN DAMME

et al., 2017; KUNTSCHE; VON FISCHER; GMEL, 2008). As IES podem adaptar essas

intervenções por meio da disseminação de dicas específicas para os alunos se recuperarem

durante os períodos estressantes, oferecendo atenção especial aos alunos nesses momentos por

meio de canais diferentes, setores de atenção ao estudante com profissionais treinados ou

estudantes de psicologia ou ações de marketing nas dependências das IES.

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Encontraram-se na literatura uma série de estratégias de intervenção promissoras que

podem ser usadas para direcionar os motivos internos para beber. Existem as que incentivam

os alunos a atividades livres de substâncias, como praticar atividade física (WEINSTOCK,

2010). Há também as que sugerem ouvir música como estratégia de enfrentamento (JONKER;

KUNTSCHE, 2014).

A aprendizagem de habilidade de Mindfulness é particularmente citada como uma

estratégia dirigida especificamente ao motivos do tipo Coping (BRAVO et al., 2016;

MERMELSTEIN; GARSKE, 2015; REYNOLDS; KEOUGH; O’CONNOR, 2015). Durante o

treinamento de habilidades de mindfulness, os estudantes são estimulados a se tornarem

conscientes das suas experiências atuais e aprendem a aceitá-las e lidar com elas. Mermelstein

e Garske (2015) concluem que a técnica tem o potencial de substituir o álcool em se tratando

dessa questão. Como se pode citar, essa técnica já tem sido testada para adoção em IES como

coadjuvante nas estratégias de redução de danos do uso de bebidas alcoólicas

(MERMELSTEIN; GARSKE, 2015). Quando consultadas as bases dados Scielo, Ebsco e Spell

em busca de estudos brasileiros, no período entre 2012 e 2018, envolvendo essa técnica e sua

utilização em contexto universitário, não foram encontrados estudos referentes ao seu uso por

IES no Brasil.

Entendendo os Drinking Motives como o preditor mais proximal do consumo alcoólico

no ensino superior, as intervenções podem enfatizar alunos de cursos específicos, ao direcionar

seus esforços específicos determinantes em nível individual, como por exemplo os estudantes

da área da saúde. Algumas outras estratégias que podem ser sugeridas aos gestores são o

desenvolvimento e implementação de políticas que restrinjam certos itens no campus, por

exemplo, latas de cerveja vazias, garrafas, copos. Proibir a distribuição de panfletos, elaborar

um código de conduta para os alunos, adotar políticas judiciais duplas para abordar o

comportamento inadequado dentro e nas proximidades do campus (WOLFSON et al., 2012). O

envolvimento dos pais nesse processo é fundamental. Mesmo no ensino superior, os pais têm

um papel influente no comportamento de beber de seus filhos. Portanto, as intervenções no

ensino superior também devem tornar os pais conscientes dessa influência e recomendá-los a,

por exemplo, permanecer envolvidos e interessados nas atividades e amigos de seus filhos

(VAN DAMME et al., 2015b).

O uso de álcool é um problema complexo com alta prevalência mundial no ensino

superior e múltiplas consequências físicas, psicológicas e sociais negativas a curto e a longo

prazo. Intervenções de promoção da saúde voltadas para esse problema se beneficiariam de uma

abordagem diferenciada, uma vez que as informações constantes nesta dissertação

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identificaram múltiplos determinantes no nível individual (motivos para beber) e vários fatores

socioambientais (pares e pais e instituições educacionais) que influenciam o uso de álcool entre

estudantes do ensino superior. Dado que os Drinking Motives estão entre os determinantes mais

proximais do uso de álcool, esses motivos merecem atenção especial em intervenções futuras.

7.3 LIMITAÇÕES DA PESQUISA E SUGESTÕES DE ESTUDOS FUTUROS

Sugerem-se como estudos futuros, a análise longitudinal das variáveis presentes nessa

dissertação, adicionando-se outras, a fim de verificar se esse padrão de uso de álcool realmente

se mantém ao longo do período de permanência nas IES e, se o consumo tende a reduzir após

a conclusão do curso. Esses achados poderiam ser valiosos, uma vez que permitiriam avaliar a

evolução do comportamento de consumo, bem como a existência da necessidade de os

programas educativos serem pensados de acordo com cada fase da vida do jovem. A forma com

que outros fatores, como por exemplo, os motivos para o consumo de bebidas alcoólicas atuam

como preditor direto da intensidade de uso da substância pelos estudantes é um viés pouco

explorado no Brasil e interessante para investigação pelos administradores de IES. Por meio

dos Drinking Motives é possível se traçar um perfil do consumidor jovem com base em suas

características psicológicas e, por conseguinte, ações preventivas.

A influência dos pais sobre os motivos para beber dos acadêmicos e, por conseguinte

no consumo excessivo também deve ser considerada, bem como a influência dos pares. Nesse

aspecto sugere-se analisar o papel dos Drinking Motives como variável moderadora dessa

relação. Outra sugestão seria que em investigação futura o DMQ-R fosse revalidado junto a

estudantes somente de instituições privadas, visto que há alguns termos cuja a tradução para a

língua portuguesa não condiz com o linguajar atual dos jovens.

Como fatores limitantes dessa pesquisa destacam-se a sistematização do grupo amostral,

isto é amostra por conveniência. Os dados coletados a partir de um instrumento autoaplicável,

podem favorecer a omissão pelo estudante o que contribuiria para subestimar a prevalência do

consumo de bebidas alcoólicas nessa população, o que foi conjuntamente avaliado como

limitação.

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ANEXO 1 - INSTRUMENTO DE PESQUISA

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resp

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dent

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cada

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nen

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uaçã

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ados

indi

vidu

ais s

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repa

ssad

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.

1

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61

APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERM

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NSEN

TIM

ENTO

LIV

RE E

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ma

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junt

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sobr

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desta

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usa

em p

artic

ipar

não

aca

rretar

á qu

alque

r

pena

lidad

e ou

mod

ifica

ção

na f

orm

a em

que

é a

tendi

do(a

) pe

los

pesq

uisa

dore

s, qu

e tra

tarão

a s

ua

iden

tidad

e co

m p

adrõ

es p

rofis

siona

is de

sig

ilo.

Os r

esul

tados

obt

idos

pela

pes

quisa

, a

parti

r da

s

info

rmaç

ões p

resta

das,

estar

ão à

sua

disp

osiçã

o qu

ando

fina

lizad

a. Se

u no

me

ou in

form

ação

que

indi

que

sua

parti

cipaç

ão n

ão s

erá

liber

ada

sem

a su

a pe

rmiss

ão. S

ua id

entid

ade

não

será

divu

lgad

a em

nen

hum

a

publ

icaçã

o qu

e po

ssa

resu

ltar

do

estu

do.

Os

pesq

uisa

dore

s se

re

spon

sabi

lizam

pe

la gu

arda

e

conf

iden

cialid

ade d

os da

dos.

Você

rec

eber

á du

as v

ias o

rigin

ais d

este

term

o, um

a de

verá

ser

ass

inad

a e

devo

lvid

a ao

pesq

uisa

dor

e ou

tra f

icará

em

seu

pod

er.

Os p

esqu

isado

res

tratar

ão a

sua

ide

ntid

ade

com

pad

rões

prof

issio

nais

de si

gilo

, aten

dend

o a l

egisl

ação

bra

sileir

a (Re

solu

ções

Nº 4

66/1

2; 4

41/1

1 e a

Por

taria

2.201

do C

onse

lho

Nacio

nal d

e Sa

úde

e su

as c

ompl

emen

tares

), ut

iliza

ndo

as in

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açõe

s so

men

te pa

ra f

ins

acad

êmico

s e ci

entíf

icos.

Eu,

Cinti

a Son

ale R

ebon

atto e

o P

rofes

sor D

outor

Car

los C

osta,

estar

emos

semp

re à d

ispos

ição

para

qualq

uer e

sclar

ecim

ento

acerc

a do

s assu

ntos

relac

iona

dos a

o es

tudo

, no

mome

nto e

m qu

e de

sejar

,

atrav

és do

telef

one (

54) 9

99 97

3127

e (5

4) 99

9 490

131.

O Co

mitê

de É

tica e

m Pe

squis

a da I

MED

, tam

bém

pode

rá se

r con

tado p

elo te

lefon

e (54

) 304

5-90

81 ou

no en

dereç

o, Ru

a Sen

ador

Pin

heiro

, 304

- Pa

sso F

undo

- RS.

É im

porta

nte q

ue sa

iba q

ue a

sua p

artic

ipaç

ão n

este

estu

do é

volun

tária

e que

pod

e rec

usar-

se a

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cipar

ou in

terro

mper

a su

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rticip

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a qu

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r mom

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sem

pena

lidad

es o

u pe

rda d

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nefíc

ios

aos

quais

tem

dire

ito.

No e

ntanto

, vo

cê s

erá

ressa

rcido

cas

o ten

ha q

ualq

uer

desp

esa

deco

rrente

da

parti

cipaç

ão n

a pe

squi

sa. A

dev

olutiv

a do

s res

ultad

os o

btido

s pela

pes

quisa

será

reali

zada

por

meio

de

docu

mento

a se

r env

iado p

or e

-mail

a to

dos o

s par

ticip

antes

do es

tudo

.

Pedi

mos a

sua

assin

atura

neste

con

senti

mento

, para

con

firma

r a su

a com

pree

nsão

em

relaç

ão a

este

conv

ite, e

sua d

ispos

ição

a con

tribu

ir na

reali

zaçã

o de

ste tr

abalh

o, em

conc

ordâ

ncia

com

a Res

oluç

ão

CNS

n° 46

6/12 q

ue re

gulam

enta

a rea

lizaç

ão de

pesq

uisa

s env

olve

ndo s

eres

huma

nos.

Desd

e já a

grad

ecem

os a

sua a

tençã

o.

Cinti

a Son

ale R

ebon

atto

Eu,

____

____

____

____

____

____

____

____

____

__,

maior

de

18

an

os,

após

a

leitu

ra de

ste

cons

entim

ento,

ace

ito p

artici

par d

a pe

squi

sa “

Mot

ivaç

ões e

Pre

dito

res

Soci

ais

Rela

cion

ados

ao

Cons

umo

de

Bebi

das

Alco

ólic

as e

m E

studa

ntes

Uni

vers

itário

s”,

realiz

ada

pela

mestr

anda

Cin

tia S

onale

Reb

onatt

o,

prof

esso

r Dr.

Ivan

Pen

teado

Dou

rado,

do p

rogr

ama d

e Pós

-Gra

duaç

ão e

m Ci

ência

s Amb

ientai

s da U

niver

sidad

e

de P

asso

Fun

do –

UPF

, so

b a

coor

dena

ção

de C

arlos

Cos

ta, P

hD.,

do P

rogr

ama

de P

ós-G

radu

ação

em

Admi

nistr

ação

da

IMED

. Dec

laro

ter s

ido

info

rmad

o(a)

acer

ca d

o ob

jetiv

o, da

for

ma d

e pa

rticip

ação

e d

e

utili

zaçã

o da

s inf

orma

ções

des

te es

tudo

, bem

com

o da

libe

rdad

e pa

ra int

erro

mper

a pa

rticip

ação

a q

ualq

uer

mome

nto,

sem

que i

sso p

ossa

caus

ar-m

e prej

uízo

de q

ualq

uer n

aturez

a. A

devo

lutiva

dos

resu

ltado

s obti

dos p

ela

pesq

uisa

será

realiz

ada

por m

eio de

docu

mento

a se

r env

iado p

or e

-mail

a to

dos o

s par

ticip

antes

do es

tudo.

Assin

atura.

........

........

........

........

........

........

........

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......./

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.......

E-ma

il.....

........

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........

..(se

dese

jar re

cebe

r a de

volut

iva)