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FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO Pablo Emilio Porth Lara Cidade Compacta: Condomínio multifuncional em Altura na Barra Sul, Balneário Camboriú/SC Passo Fundo 2016

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FACULDADE MERIDIONAL – IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO

Pablo Emilio Porth Lara

Cidade Compacta: Condomínio multifuncional em Altura

na Barra Sul, Balneário Camboriú/SC

Passo Fundo 2016

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Pablo Emilio Porth Lara

Cidade Compacta: Condomínio multifuncional em Altura

na Barra Sul, Balneário Camboriú/SC

Relatório do Processo Metodológico de Concepção do Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar do Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação do professor Me. Laércio Stolfo Maculan.

Passo Fundo 2016

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Pablo Emilio Porth Lara

Cidade Compacta: Condomínio multifuncional em Altura

na Barra Sul, Balneário Camboriú/SC

Banca Examinadora:

Prof. Me. Laércio Stolfo Maculan – Orientador

Prof.ª Amanda Schüler Bertoni - Integrante

Prof.ª Claudia Anahí Aguilera Larrosa - Integrante

Passo Fundo 2016

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AGRADECIMENTOS

Agradeço еm primeiro lugar а Deus qυе iluminou о mеυ caminho durante esta caminhada.

À minha família, pоr sua capacidade dе acreditar еm mіm е investir еm mim.

Agradeço também а todos оs professores qυе mе acompanharam durante а graduação, еm

especial ао Professor e orientador Laércio responsável pelo conhecimento e incentivo para

abordar tal assunto.

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RESUMO

O uso de edifícios multifuncional em lotes urbanos pode ser uma alternativa viável de diminuir o uso de automóveis nos centros urbanos, aumentar interação com as pessoas e diminuir os deslocamentos. Esse fato, somado à necessidade de moradias cria uma possibilidade de expansão da cidade sem afetar as infraestruturas na cidade de Balneário Camboriu – SC. Os atuais edifícios não abordam a multifuncionalidade gerando alto congestionamento em horas de pico, e uma serie de agravantes. Este estudo apresenta uma proposta de projeto de uma edifico em altura multifuncional para a cidade de Balneário Camboriu, hoje, podendo ser definida como uma cidade super verticalizada. Para dar suporte ao desenvolvimento do trabalho, foram feitos estudos dos condicionantes do entorno do lote, levantamentos, condições climáticas da cidade, leis municipais, normas brasileiras e conceitos teóricos nacionais e internacionais. Além disso, foram elaborados estudos de caso de dois projetos internacionais e um nacional para conhecer o funcionamento, organização espacial e soluções dos projetos em diferentes climas e sistemas de governo. Como resultado destes estudos, é apresentado neste trabalho um estudo preliminar para um edifício em altura com conceitos de cidade compacta, que visa propor alternativas de soluções para o problema inicial, incluindo proposta de uma marina pública e espaços de convivência para a população em geral. Ao final, conclui-se que a proposta é urbana, social e economicamente viável para o município de Balneário Camboriú, sendo uma solução adequada para o problema proposto. Palavras-chave: edifício multifuncional, cidade compacta, densificação.

RESUMEN El uso de los edificios multifuncionales en lotes urbanos puede ser una alternativa viable para reducir el uso de automóviles en los centros urbanos, aumentar la interacción con las personas y reducir los turnos. Este hecho, unido a la necesidad de vivienda crea una posibilidad de ampliar la ciudade sin afectar a la infraestructura en la ciudad de Balneario Camboriú - SC. Los edificios actuales no abordan la multifuncionalidad generar altos niveles de congestión en las horas punta, y una serie de agravantes. Este estudio presenta una propuesta de proyecto de un tiempo multifuncional inluding para la ciudad de Balneario Camboriu, hoy en día, se puede definir como una ciudad vertical súper. Para apoyar el trabajo de desarrollo, se hicieron estudios del lote condiciones, las encuestas, las condiciones climáticas de la ciudad, leyes municipales, normas brasileñas y conceptos teóricos nacionales e internacionales de los alrededores. Además, los estudios de caso de dos proyectos internacionales y una nacional están diseñados para satisfacer la operación, organización y soluciones de proyectos en diferentes climas y sistemas de gobierno espacial. Como resultado de estos estudios, que se presenta en este trabajo un estudio preliminar para una altura del edificio con los conceptos de la ciudad compacta, cuyo objetivo es proponer alternativas de solución para el problema inicial, incluyendo propuso una marina pública y espacios de vida para la población general. Por último, se concluye que la propuesta es urbana, social y económicamente factible para la ciudad de Balneário Camboriú, es una solución adecuada al problema propuesto. Palabras clave: edificio multifuncional, ciudad compacta, expansión urbana, densificación.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Alteração do valor m² de junho/15 á junho/16 ............................................ 10

Figura 2: Taxa de crescimento médio anual da população no periodo de 2000 á

2010. ......................................................................................................................... 11

Figura 3: Grafico da população de Balnerario Camboriu .......................................... 11

Figura 4: Ação dos ventos em edificios retangulares ................................................ 18

Figura 5:Núcleo central estrutural ............................................................................. 19

Figura 6:Desenhos torre Cayan - Dubai .................................................................... 20

Figura 7: YatchHouse - SC........................................................................................ 20

Figura 8: tipos de nucleos ......................................................................................... 21

Figura 9:Tipos de núcleo e malhas estruturais .......................................................... 22

Figura 10:Fundações Burj Khalifa ............................................................................. 22

Figura 11: Tipo de malha estrutural ........................................................................... 22

Figura 12: Estrutural - lajes e vigas ........................................................................... 22

Figura 13: Execução lajes nervuradas ...................................................................... 26

Figura 14: Bosco Verticale ........................................................................................ 27

Figura 15: Edifico Millennium Palace ........................................................................ 27

Figura 16: 44th Street ................................................................................................ 28

Figura 17:Mapa Localização ..................................................................................... 35

Figura 18: Cidade de Balneario Camboriu e pontos referenciais .............................. 36

Figura 19: Imagem Satelite 2004 .............................................................................. 37

Figura 20: Imagem Satelite 2016 .............................................................................. 37

Figura 21: Localização do lote no entorno ................................................................ 38

Figura 22: Cheios e vazios 1 ..................................................................................... 38

Figura 23: Cheios e vazios contraste ........................................................................ 38

Figura 24: Sistema viário ........................................................................................... 39

Figura 25: Corte passeio - Av. Atlantica .................................................................... 40

Figura 26: Corte da via - Av. Atlantica ....................................................................... 40

Figura 27: Uso e ocupação do solo ........................................................................... 41

Figura 28: Gabaritos de alturas predominantes ........................................................ 42

Figura 29: Infraestrutura urbana ................................................................................ 43

Figura 30: Terreno ..................................................................................................... 44

Figura 31: Implantação perfil do terreno .................................................................... 45

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Figura 32: Perfil do terreno ........................................................................................ 45

Figura 33: Visuais ...................................................................................................... 46

Figura 34: Visual A .................................................................................................... 46

Figura 35: Visual B .................................................................................................... 46

Figura 36: Visual C .................................................................................................... 46

Figura 37: Visual D .................................................................................................... 46

Figura 38: Orientação solar e ventos ........................................................................ 47

Figura 39: Direção ventos predominates ................................................................... 47

Figura 40: Zoneamento urbano ................................................................................. 48

Figura 41: Conceito: Vegetação orla - espaço lazer .................................................. 50

Figura 42:Conceito: grande demanda de pessoas. Comercio/residencial ................ 50

Figura 43:Conceito: visual ......................................................................................... 50

Figura 44:Conceito: torção da torre ........................................................................... 50

Figura 45:Conceito: visuais cidade/mar .................................................................... 50

Figura 46:Conceito: marina publica ........................................................................... 50

Figura 47:Conceito: vegetação .................................................................................. 51

Figura 48:Conceito: vegetação .................................................................................. 51

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Vantagens da aplicação da vegetação em edificios. ................................. 17

Tabela 2: Ação dos ventos em edificios retangulares ............................................... 18

Tabela 3: Concreto, lajes e elevadores mais usuais. ................................................ 23

Tabela 4: Reservatorios e Elevadores para edificios altos ........................................ 24

Tabela 5: Implantação - estudos de caso .................................................................. 28

Tabela 6: Setorização - estudos de caso .................................................................. 29

Tabela 7: Fluxograma, setores - estudos de caso ..................................................... 30

Tabela 8: Forma - estudos de caso ........................................................................... 31

Tabela 9: Habitabilidade - estudos de caso .............................................................. 33

Tabela 10: Estrutural - estudos de caso .................................................................... 34

Tabela 11: Diretrizes urbanas – Marina Pública ........................................................ 52

Tabela 12: Pré-Dimensionamento ............................................................................. 52

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SUMÁRIO

Conteúdo

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 9

1.1 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 10

1.2 Objetivos .................................................................................................................. 11

1.2.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 11

1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 12

1.3 DELIMITAÇÃO DO Tema .......................................................................................... 12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA ................................................................................... 12

2.1 Cidade compacta ..................................................................................................... 12

2.2 Verticalização .......................................................................................................... 13

2.2.1 Vantagens da verticalização ..................................................................... 15

2.2.2 As desvantagens da Verticalização ........................................................... 16

2.3 Microclima ............................................................................................................... 16

2.4 Diretrizes projetuais para a verticalização .............................................................. 19

2.4.1 O Concreto de alta resistência. ................................................................. 19

2.4.2 A Estrutura de edifícios em altura ............................................................. 19

2.4.3 Sistemas prediais e elevadores ................................................................. 24

2.4.4 Fachadas .......................................................... Erro! Indicador não definido.

2.4.5 Lajes ........................................................................................................ 26

2.4.6 Habitabiliade ........................................................................................... 26

3 ESTUDOS DE CASO .................................................................................................. 27

a) Condomínio Habitacional – Bosco Verticale .............................................. 27

b) Edifício Millennium Palace ....................................................................... 27

c) 44th street ............................................................................................... 28

3.1 Função ..................................................................................................................... 29

3.2 Programa de necessidades espaços de lazer .......................................................... 30

3.3 Forma....................................................................................................................... 31

3.4 Tecnologia ............................................................................................................... 34

4 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ............................................................. 35

7.1 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL ............................................................................. 35

7.2 A CONTEXTUALIZAÇÃO URBANA ............................................................................. 36

7.3 EVOLUÇÃO URBANA DE 2004 A 2015. .................................................................... 36

7.4 DIAGNÓSTICOS DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO .......................................................... 37

7.5 Sistema viário .......................................................................................................... 39

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7.6 Uso do solo .............................................................................................................. 40

7.7 Infraestrutura urbana .............................................................................................. 43

7.8 sistema de Transporte ............................................................................................. 44

7.9 ÁREA DE IMPLANTAÇÃO .......................................................................................... 44

7.10 análise das Visuais ................................................................................................... 45

7.11 Condicionantes climáticos ....................................................................................... 46

7.12 Síntese da legislação geral e específica ................................................................... 47

7.13 Plano Diretor e Código de obras ............................................................................. 48

7.14 Outras leis e normas ................................................................................................ 49

8 Conceito ................................................................................................................. 49

8.1 DIRETRIZES URBANAS .............................................................................................. 51

9 DEFINIÇÃO DO PROGRAMA DE NECESSIDADES ........................................................ 52

9.1 Programa de necessidades E pré-dimensionamento .............................................. 52

9.2 Fluxograma .............................................................................................................. 54

9.3 PARTIDO GERAL - Zoneamento ............................................................................... 55

10 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 57

11 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 58

12 Anexos ................................................................................................................... 61

13 Apendices ....................................................................... Erro! Indicador não definido.

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1 INTRODUÇÃO

As cidades contemporâneas baseadas em zonas – residencial, comercial, tem que

ser repensada. De acordo com Rogers e Gumuchdjian (1997) as cidades atuais ainda

estão com pensamento moderno na forma de organização, com edifícios, ruas e ate

quadras monofuncionais, com apenas um uso especifico, onde reforça o uso do

automóvel e deixa de lado a relação entre as pessoas.

As cidades tornaram-se a principal forma de degradação ambiental, de acordo com

Rossa (2014) ao multiplicarem sua população e consumir imensos espaços físicos. Nos

dias atuais as cidades crescem tão rapidamente, que a administração não consegue

implementar a infraestrutura adequada de maneira suficiente, gerando os grandes

subúrbios e favelas. A saúde esta comprometida, moradia esta desqualificada,

apresentam problemas de congestionamentos tanto nos transportes públicos como pelos

automóveis particulares, e problemas de acessibilidade, a cidade dispersa já não é mais

funcional (Rossa, 2014). Existe um modelo oposto a esta urbanização dispersa, modelo

que se baseia-se na concentração, densificação, conectividade e multifuncionalidade:

cidades compactas. Para Rogers e Gumuchdijan, cidade compacta é onde prioriza-se a

mobilidade urbana deixando-a eficiente, menor emissão de CO2 , uma maior dinâmica

entre espaços multifuncionais, espaços públicos e os cidadãos.

O edifício inserido no contexto de cidade compacta, abordado nessa pesquisa e

proposta de projeto tem como diretrizes tecnológicas empregadas na construção que

favorece a ambiência da edificação juntamente com princípios da sustentabilidade como a

diminuição de uso do automóvel, economia de uso do concreto, fundações com cargas

pontuais, entre outras. Com um projeto bem elaborado, o objetivo principal é integrar

vários usos a edificação diminuindo deslocamentos das pessoas e a expansão territorial,

causado pela procura de moradias no local.

Como espaços públicos, o projeto prevê uma Marina Publica para a cidade, e a

expansão do deck já existente, para atrair mais turistas e usuários de embarcações,

visando suprir as necessidades do local.

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1.1 JUSTIFICATIVA

Balneário Camboriú é uma das cidades que mais cresce no país, e com uma das

medias de renda mais alta do país. O município está entre as dez mais bem colocadas,

sendo a quinta no ranking de qualidade de vida que considerou zonas urbanas com mais

de 100 mil habitantes (IBGE, 2010).

O estudo "Lado B: o Brasil fora das capitais e zonas metropolitanas", realizado em

2015, classificou a renda média familiar desses municípios de acordo com projeções sócio

demográficas, utilizando dados como o Pnad – Pesquisa Nacional por Amostras de

Domicílio, Censo, estimativas da população e potencial de consumo, em fontes como o

IPC Marketing. Enquanto que a média nacional em renda familiar é de R$ 3.900, Balneário

Camboriú apresenta sua média em R$ 6.184 – 58,5% maior.

Diante dessa enorme procura de moradias na cidade, a construção de prédios é

ainda o mais viável para Balneário Camboriú, pois é o 11º município mais populoso do

estado e o 2º menor em área total IBGE (2010). A cidade não tem para aonde se expandir,

por estar entre morros altos, e o mar, a única alternativa para suportar a grande demanda

de pessoas é projetar habitações verticais.

Como pode-se observar na figura 02, o aumento de valor do metro quadrado chegou

a R$ 8.300,00 o maior valor desde junho do ano passado. Do inicio do ano ate junho os

imóveis so valorizaram.

Figura 1: Alteração do valor m² de junho/15 á junho/16

Fonte: Agente imóvel, Mercado Imobiliario (2016)

A população de Balneário Camboriú apresentou no ano de 2010, crescimento de

47,15% desde o Censo Demográfico realizado em 2000. De acordo com o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010) a população da cidade alcançou

108.089 habitantes, o equivalente a 1,73% da população do Estado. O gráfico a seguir

demonstra a evolução populacional do município nos últimos Censos.

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O comparativo dos dados dos Censos Demográficos do IBGE demonstrou que

Balneário Camboriú apresentou, entre 2000 e 2010, uma taxa média de crescimento

populacional da ordem de 4,71% ao ano, conforme gráfico a seguir.

Figura 2: Taxa de crescimento médio anual da

população no periodo de 2000 á 2010. Fonte: IBGE (2010).

Figura 3: Grafico da população de Balnerario Camboriu.

Fonte: cartografia IBGE (2010).

Diante da grande demanda de pessoas de alta renda e a falta de terrenos para

construções horizontais, a construção de condomínios verticais é a solução, porem com

tantas opção de habitação, tendo varias opções de escolha, até mesmo o residencial mais

alto do país com mais de 175m de altura é necessário que as construtoras se preocupem

com impactos de uma edificação deste porte que, alias, são inúmeras. Entre eles

podemos citar: a sobrecarga na estrutura, a impermeabilização do solo, a formação de ilha

de calor, mobilidade urbana e grande consumo de energia (LEITE, 2013).

Utilizar princípios da cidade compacta, uma cidade vertical na qual os moradores do

tal edifício, residem, trabalhem, e desfrutem de lazer, sem precisar se deslocar longas

distancias, e que não agrida o meio em que se envolve, e que supra as necessidades dos

moradores de alta renda, que é o público que mais procura Balneário Camboriú, seja pra

passar férias ou até mesmo se aposentar devido à alta qualidade de vida, e exclusividade.

Usando novas tecnologias, nas esquadrias na pele de vidro, iremos diminuir o uso

excessivo de climatizadores, na estrutura usaremos perfis metálicos diminuindo, assim, a

sobrecarga nas fundações, que diminuirá consideravelmente as dimensões dentre outras

inovações com mais detalhes no projeto arquitetônico.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Desenvolver um projeto de um edifício multifuncional em altura, que atenda a

legislação urbana atual, utilizando princípios de cidade compacta, em um terreno

localizado no Bairro Barra Sul na cidade de Balneário Camboriú - SC.

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1.2.2 Objetivos Específicos

Propor um edifício multifuncional em altura que utilize os princípios de cidade

compacta.

Prever no projeto soluções para o micro clima e ambiência para projetos de

edifícios em altura.

Estudar diretrizes projetuais para a concepção e desenvolvimento de

edifícios multifuncionais em altura, através da análise de técnicas

construtivas, materiais de construção, composição formal e ambiência

urbana.

1.3 DELIMITAÇÃO DO TEMA

O território da Barra Sul em Balneário Camboriú-SC foi escolhido para implantação

do projeto por já esta em andamento vários edifícios super verticalizados. Outra questão

que estes empreendimentos não abordam ações pertinentes referentes a cidades

compactas. A paisagem natural da Barra Sul é outro fator que foi determinante para

escolha do terreno, pois a área conta com a presença da orla, da foz do rio e do teleférico.

O Bairro é carente de usos comerciais. O uso multifuncional foi adotado para

diminuir o número de viagem do bairro para o centro ou para outros bairros. O uso

comercial no térreo por ser uma área lindeira ao teleférico e em frente a orla, e a

localização do restaurante na cobertura é para aproveitar a visuais sendo um equipamento

em que publico em geral da cidade possa usufruir.

O projeto se destina a classe média alta ou classe alta, pois o bairro se caracteriza

em ter numero reduzido de lotes, os preços dos terrenos são elevados, é preciso

aumentar a densidade.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Neste capitulo trata-se da fundamentação teórica para o desenvolvimento de uma

proposta de verticalização baseado em conceitos de cidade compacta, com base a

estudos do território e novas tecnologias, surgirá melhorias e implementos para o projeto

do edifício. Os temas estudados são: Cidade Compacta, Verticalização, Microclima e

diretrizes projetuais para construção de edifícios altos.

2.1 CIDADE COMPACTA

Uma cidade compacta é identificada como sustentável, pois em uma mesma parte

de solo urbano, serão concentrados vários usos, diminuindo assim o uso do automóvel e

gerando menos poluição. As cidades bem projetadas, compactas e conectadas, apoiando

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uma grande diversidade de usos – onde pessoas vivem, trabalham e se têm lazer em

quarteirões próximos – num ambiente urbano sustentável e bem integrado ao transporte

público, e adaptável as mudanças. (ROGERS et al., 2005).

A autora Jacobs (1961) faz um critica a renovação urbana dos EUA, mas defende a

ideia de densidade, pois assim gera a diversidade de classes e culturas. Pessoas residem,

trabalham e tem seus momentos de lazer, sem precisar pegar o carro, mini cidades dentro

da cidade. Em espaços menores o poder público ou privado, tem um domínio maior a

respeito de segurança, coleta de lixo, tratamento de esgoto, distribuição de água, a

infraestrutura em geral é mais eficiente.

Em cidades horizontalizadas, o custo para esticar a infraestrutura é altíssimo,

sistema viário, iluminação, saneamento, segurança. Em condomínios horizontais, longe

dos centros urbanos, os residentes são pegos pela falsa segurança que acham que

possuem, pois eles estão cercados em muros altos e cercas elétricas, mas ficam distante

da sociedade e são escravos do automóvel, gerando mais transito e poluição, e assim que

sair da sua ‘segurança’ tem o risco de serem assaltados no transito. As pessoas de idade

e crianças ficam presas nessas ‘fortalezas’ e crescem sem a experiência de conviver com

outras pessoas de diferentes classes sociais. (JACOBS, 1961)

Cidade compacta não precisa ser necessariamente enorme arranha céus, Gehl

(2013) afirma que até o quinto andar é possível ao morador ter contato com a rua e com a

vivência urbana. A pessoa que esta elevada ate 13,50metros ainda tem uma comunicação

visual das pessoas que passam na rua, já os habitantes nos andares superiores têm um

isolamento da via publica.

A mobilidade da população é o problema mais grave para as cidades verticalizadas,

devido ao grande número de pessoas em um único lote urbano, as mesmas precisaram

de um transporte público eficiente. Caso contrário utilizaram os automóveis, que vai contra

o conceito de cidades compactas (JACOBS, 1961).

2.2 VERTICALIZAÇÃO

Linha do tempo com Inovações tecnológicas nas construções de arranha-céus

Tabela 1: Evolução na construção de arranha céus:

Equitable Life Building – 1870 – Nova York – EUA

O Primeiro arranha céu, de apenas 43 metros, contendo 7 andares, foi construído na cidade de Nova York em 1870, porem o grande problema naquela época era a mobilidade, devido a altura a única forma de chegar ate os andares superiores era de escada. Devido isso os andares superiores não eram muito procurado, apesar de ter boa iluminação, ventilação, e longe do barulho das ruas, subir escadas cansa, então os alugueis eram mais baratos. Depois que surgiu o elevador, também surgiu um grande problema, os mesmos eram segurados apenas por uma corda, sendo assim quando

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ela rompia nada segurava o elevador. Foi então que Elisha Otis, exibiu na feira mundial de Nova York a invenção.

Monadnock – 1893 – Chicago – EUA

Maior prédio comercial do mundo com 16 andares, mas para suportar essa altura as paredes inferiores tiveram que ser feitas com 2metros de espessura, com todo esse peso o prédio começou a afundar 50cm.

Fuller Flatiron – 1902 – Nova York – EUA

O Primeiro símbolo de Nova York, localizado entra a Quinta Avenida e a Broadway, com 87 metros de altura, e 22 andares. Devido ao prédio ser em uma esquina e o terreno em forma triangular e estreito, seria impossível fazer paredes com 2metros de espessura. Surge então a estrutura metálica, fazendo o prédio ser mais leve e paredes com dimensões muito menores que 2metros, e podendo alcançar alturas inimagináveis.

United Nations – ONU – 1952 – Nova York

Contendo 39 andares, e 168metros de altura graças ao esqueleto metálico, o prédio da ONU em nova York foi o primeiro a contar com paredes cortinas, fachada totalmento em vidro, fazendo entrar muita luz para o ambiente, porem, o calor era inevitável. Então surgiu o ar condicionado.

World Trade Center – 1973 – Nova York

Agora com a estrutura metálica o WTC chega a marca de 417 metros de altura. Mas um edifício desse porte demorava muito tempo para ser construído, e em uma cidade que ‘tempo é dinheiro’, com construções não pode ser diferente, os empreendedores queria uma construção mais rápida. Surge então as peças pré-fabricadas, chegavam na obra já completamente prontas seria apenas montar ‘in loco’. Porem a mais de 300 metros de altura, surge outro problema, como chegar com essas peças ate lá.

Willis Tower – 1970 – Chicago – EUA

Quanto mais alto o homem conseguia construir, mais problemas surgiam, agora com a Willis Tower em Chicago com mais de 100 andares e 442 metros de altura, o problema principal era o vento. Os projetistas então deslocaram a estrutura de aço do interior para o exterior do prédio, o Exoesqueleto, aumentando a resistência do edifício ao vento. O Exoesqueleto suporta ventos de até 90km/h, fazendo o ultimo pavimento se deslocar apenas 15cm. Em edifícios maiores de 500metros de altura a ação do vento é devastadora, em prédios retangulares o problema principal é o vórtice, são surgimento de minitornados nas extremidades do prédio, áreas de baixa pressão que suga a edificação de lado, forças perpendiculares ao sentido do vento.

Burj Khalifa – 2010 - Dubai

O atual prédio mais alto do mundo com 828 metros de altura e 160 andares, com elevadores super-rápidos, todo de estrutura metálica fachadas em vidro, bordas arredondas para não haver vórtice.Os painéis de usados na fachada são de vidros duplos, sendo que na face externa foi revestida com uma fina camada de metal, que faz o raios serem refletidos, porem não detêm os raios ultravioletas, assim a face interna é revestida com uma camada fina de prata, fazendo isolar totalmente as áreas internas do Burj. Abrigos contra incêndio No Burj Khalifa, existem salas de abrigo a cada 30 andares resistentes ao fogo até 2hrs, com sistema de ar bombeado com tubulação resistente ao fogo.

Fonte:Adaptação de “Big, Bigger, Biggest” National Geographic, 2011.

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2.2.1 Vantagens da verticalização

Segundo Souza (1994) o processo de verticalização se dará primeiro no local de

moradia da classe dominante, e áreas de expansão da classe media respectivamente. A

verticalização não poderá ser evitada, grandes edifícios são e serão cada vez mais

importantes para as cidades, pois o crescimento da população é cada vez maior. O

mesmo autor, afirma que o ato de projetar não apenas para gerar lucro ou moradia, e sim

qualidade de vida para os habitantes, com menores danos ao entorno, e meio ambiente.

A verticalização é um dos símbolos do capitalismo, segundo Façanha (1998), pois

se trata de uma geografia dos espaços metropolitanos, o qual representa o surgimento de

edifícios em uma determinada área da cidade, implicando alterações na prosperidade e no

uso do solo.

A verticalização é atrelada a valorização dos terrenos, onde áreas bem equipadas

de infraestruturas e acessibilidade terão maiores números de edifícios em altura. O

processo de demolição anda em conjunto com a verticalização, pois em áreas que foram

mais consolidadas e existem moradias horizontais, ou edifícios baixos, bem possíveis que

as mesmas serão demolidas para dar espaço para grandes condomínios verticais

(FAÇANHA, 1998).

A verticalização é um processo natural nos centros urbanos, onde encontra se cada

vez menos espaços vagos na malha urbana, e cada vez mais pessoas a procura de

moradias na cidade. Segundo Correa (2000) a verticalização é a multiplicação do solo,

revalorização do espaço, que resulta o aumento do aproveitamento do terreno.

Com espaços físicos cada vez mais escassos nas grandes e nem tão grandes

metrópoles, a verticalização é uma forma de aproveitar melhor o espaço para termos

grande número de famílias ou empresas habitando um mesmo espaço urbano. A

verticalização nada mais é que a expansão urbana, devido ao crescimento populacional

de uma cidade afirma Correa (2000).

Já Margotto (2014) defende a ideia que é preciso fazer as cidades mais densas,

para a infraestrutura ser mais viável economicamente, e garantir o funcionamento mais

eficiente. Onde ele apresenta o termo de ‘descontinuidade’, que são espaços vazios na

malha urbana, que foram ficando desinteressados pra quem estava construindo (mercado

imobiliário). Para ele São Paulo tem que deixar de se expandir horizontalmente, e sim

ocupar os espaços vazios, deixando mais densos. Pois querendo ou não, o espaço

urbano um dia acabará, e devido ao grande numero de pessoas cada vez maiores nas

cidades, a única maneira de haver habitações seja de alto ou baixo padrão, será uma em

cima da outra.

O mesmo Autor defende que com a construção de edifícios, grande número de

pessoas habitando mesmo espaço urbano, a infraestrutura da cidade fica mais funcional.

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16

Com um projeto bem elaborado, por vez é fácil conter diversas tecnológicas voltadas à

sustentabilidade, economia de água, energia.

2.2.2 As desvantagens da Verticalização

Porem existem desvantagens como, a sobrecarga na estrutura, a impermeabilização

do solo, a formação de ilha de calor, mobilidade urbana e grande consumo de energia.

Problemas que podem ser resolvidos diante de um projeto bem elaborado (LEITE, 2013).

Para Tows e Mendes (2011) o aumento de prédios em altura é um crescimento

quantitativo, que altera a paisagem urbana e o modo de viver na cidade. As

consequências da verticalização vão desde aspectos ecológicos, políticos, climáticos,

fisio-biologicos, éticos e até psicológicos.

A grande verticalização em área litorâneas, em especial em orlas marítimas, se da

para um público de classe media e alta, devido isso o número de carros é alta, soma dos

moradores e mais os que circulam, gera um tráfego intenso nessas áreas.

Para Alvaro Puntoni (2014) em todos os tipo de cidades, sejam elas pequenas

medias e grandes, ocorre a verticalização desnecessária, e o únicos que podem acabar

com isso, não são os arquitetos, e sim as pessoas que habitam as cidades, os usuários

dela, a sociedade, os políticos, só eles sabem o rumo que a cidade esta indo, e como ela

será no futuro. E conforme vai passando o tempo o comprador, usuário, vai querendo

sempre mais, prédios com mais áreas de lazer, apartamentos maiores, mais vagas de

garagem, devido as necessidades das famílias, ou apenas para inflar o ego.

2.3 MICROCLIMA

O ser humano quer voltar a ter esse acolhimento do verde em suas residências, e

espaços abertos nos edifícios é fundamental para uma boa habitabilidade, terraços

jardins, fachadas verdes, são só algumas das possibilidades de trazer de volta essa

natureza que antes era só dominante em residências horizontais, ou fora do perímetro

urbano.

De acordo com Costa (2011), com grande numero de edifícios altos, ocorre no

entorno o fenômeno denominado ilha de calor no qual a temperatura do ar é mais alta do

que na paisagem natural circundante. Isso é agravado com a falta de vegetação no local,

e pela poluição do ar, ocorre porque as superfícies pavimentadas absorvem, retém e

refletem mais energia solar do que superfícies vegetadas. Esta elevação da temperatura

em torno das edificações afeta o conforto térmico e, consequentemente, aumenta a

necessidade de energia para o condicionamento artificial dos ambientes internos.

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17

Para Mascaró e Mascaró (2015), “a vegetação atua sobre os elementos climáticos

em microclimas urbanos, contribuindo para o controle da radiação solar, temperatura e

umidade do ar, ação dos ventos e da chuva e para amenizar a poluição do ar”.

A redução no consumo de energia para climatização das edificações e mais beleza

estética aos edifícios. Quanto maior a superfície coberta, maiores também podem ser

esses benefícios (Costa, 2011).

Tabela 2: Vantagens da aplicação da vegetação em edifícios.

Vantagens Descrição

Climatização e proteção de

construções –

As plantas evitam a incidência direta da luz solar, da chuva, protegendo

as edificações de inter-Peres, assim atua como um escudo do calor e

frio, isolamento térmico. Diminuindo assim consideravelmente o uso de

climatizadores, gerando baixo consumo de energia para o edifício.

Melhorias microclimáticas e da

qualidade do ar

Como citado no subtítulo anterior, uma forma de purificar o ar poluído

dos grandes centros. Gases e partículas poluentes são retirados do ar e

são lentamente decompostos e mineralizados, tornando-se adubo.

Regulador das ilhas de calor As plantas agem com um isolamento térmico, impedindo que as

paredes aqueçam ou armazenem calor, assim não será refletido o

mesmo.

Redução da poluição sonora e

visual

As paredes verdes também gera um isolamento contra ruídos, uma

redução de reflexões sonoras. Alem de esteticamente ser atrativo aos

olhos.

Aumento da biodiversidade Com o surgimento de novas faixas verdes na malha urbana, a

biodiversidade de fauna e flora poderá ser um agente atrativo a parte

para a edificação.

Efeitos ornamentais e estéticos As fachadas jardins são elementos ornamentais e de valorização visual.

Segundo Costa (2011) são uma forma de adicionar elementos naturais

á vida urbana. Trazem vida as cidades quebram a monotonia das

grandes metrópoles.

Fonte: Adaptado de Costa (2011).

O vento por sua vez quando atinge uma edificação, distribui pressões nas

superfícies externas do edifício, segundo Rogerio Versage (2009), estas pressões

dependem da direção e velocidade do vento, densidade do ar, orientação da superfície e

características do entorno. Geralmente a pressão do vento é a barlavento e a sotavento.

Porém essas pressões podem ser negativas ou positivas, dependendo da direção e forma

da edificação.

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Tabela 3: Ação dos ventos em edificios retangulares

Vento a Barlavento:

Produz um esforço de pressão sobre a

edificação, empurrando-o na direção e sentido

do vento.

Vento a sota-vento:

Produz um esforço de sucção sobre a

edificação, puxando-a na direção e sentido do

vento.

Ação combinada dos ventos:

Produz um esforço de pressão sobre a

edificação à barlavento empurrando na direção

e sentido do vento e também produz esforço de

sucção.

Fonte: Adaptação NBR-6123 - Forças devidas ao vento em edificações, Autor 2016.

Em edifícios retangulares a ação dos ventos é mais prejudicial à estrutura, pois

como a superfície é maior a pressão que o vento incide na fachada é maior fazendo o

vento uma parte do vento bater na fachada e voltar, e outra contornar o edifícios gerando

um grave problema nas arestas, a sucção. (ASHRAE ,2003).

Figura 4: Ação dos ventos em edificios retangulares

Fonte: Laboratório de Aerodinâmica das Construções.UFRGS.2010

Para evitar que edifícios altos balancem muito devido ao vento o autor Tom Harris

(2015) mostra em seu artigo que os engenheiros constroem núcleos centrais

especialmente fortes por toda a área central do edifício. No Empire State Building, no

edifício Chrysler e em outros arranha-céus dessa era, a área ao redor do poço do elevador

central é fortificada por treliças de aço ligadas por vigas diagonais. Os mais recentes

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edifícios têm um ou mais núcleos de concreto construídos no centro do edifício, ou nas

laterais.

Em uma edificação de forma torcida a ação dos ventos é minimizada com a ajuda de

varias arestas, fazem com que o vento passe pela edificação de forma que não deixa e a

pressão nas faces, resultando a não formação de sucção nos vértices.

Figura 5:Núcleo central estrutural

Fonte:Autor, 2016.

2.4 DIRETRIZES PROJETUAIS PARA A VERTICALIZAÇÃO

2.4.1 O Concreto de alta resistência.

O concreto para arranha céus, segundo Peinado (2014) o recomendado é o

concreto de alta resistência (CAR) acima de 50 MPa em edifícios gera um baixo custo,

ganho de área útil com pilares mais esbeltos, aumento da durabilidade dos elementos

estruturais e menor impacto no meio ambiente. Em um estudo de um edifico de 23

pavimentos feitos por Hugo (2014) com o uso do CAR a economia, seria de

aproximadamente 17% no custo dos pilares, e ainda haveria ganho de cerca de 29% do

espaço ocupado pelos pilares nos 23 pavimentos, que se tornaria área útil. Esse ganho de

área se deve à possibilidade de os pilares serem mais esbeltos com o uso do concreto de

alta resistência, que no estudo, mediriam 63 cm x 63 cm, em vez de 75 cm x 75 cm do

concreto convencional.

A justificativa de Peinado (2014) é que a maior resistência permite que se use

menos concreto na execução também é possível reduzir consumo de fôrmas e aço

tornando as estruturas com menor peso próprio e diminuição da carga nas fundações.

Para a concretagem acima de 300 metros usa-se uma bomba e mastro feito

especialmente para esses tipo de arranha-céus feitos pela empresa Schwing, já em uso

no Brasil pela empresa Pasqualotto e GT em Balneário Camboriu.

2.4.2 A Estrutura de edifícios em altura

Segundo De Simone (2015) a maior parte dos arranha-céus do Brasil e do mundo é

construída com concreto sólido, o que acaba ocupando um espaço precioso em seus

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andares, e torna-se uma construção mais densa e pesada. Ao usar paredes de aço

composto, que são estruturas mais versáteis e de dimensões menores e fazendo também

o caixilhos da pele de vidro, os engenheiros conseguiram reduzir a espessura dessas

paredes pela metade.

O mesmo autor explica que em curto prazo a técnica é mais cara, porém as

vantagens são o espaço extra em cada um dos andares, o valor mais alto na venda do

apartamento, a estrutura mais leve, o canteiro de obra mais limpo, pré fabricação das

peças, precisão e agilidade na montagem. Na figura 06 mostra uma estrutura de um

prédio torcido, onde torna-se leve, apenas o núcleo interno todo de concreto, resulta em

uma planta livre .

Figura 6:Desenhos torre Cayan - Dubai Fonte: GORETTI, Pet Civil, UFJF, 07/2013.

Maior condomínio residencial do país é o Yachthouse Residence Club, que está

sendo construído em Balneário de Camboriú: são duas torres gêmeas com 74

pavimentos, altura de 253,8m, área de 129.556 m². O responsável é o engenheiro civil

Renato da Rosa, responsável pelos prédios mais altos do Brasil, todos localizados em

Balneário Camboriú/SC, defende que os municípios brasileiros liberem o gabarito de altura

dos edifícios, como uma forma de verticalizar o crescimento das cidades e atrair

investimentos.

Figura 7: YatchHouse - SC

Fonte: Skyscrapercity, 2015.

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21

Segundo Rosa (2016) as fundações das duas torres foram executadas 910 estacas

de hélice contínua, a maior fundação de obra de edifício residencial no país e da América

do Sul. Os consumos da obra por completo totalizam a área de formas de 320.950m², o

consumo total de concreto 79.000m³, de aço 8.540.000kg e em blocos cerâmicos 955.000

unidades. Na figura 08 abaixo mostra graficamente diferente posições do núcleo principal

para a estrutura e destacado em vermelho o núcleo usado para a proposta.

Figura 8: Tipos de núcleos estruturais Fonte: REVEKAR, Akshay. PIPPAL, Durgesh. High-rise structural systems, 2013.

Ricardo França (2015) ressalta que, a geometria do edifício é fator principal na

definição das cargas dos ventos, projeto estrutural sendo que o projeto arquitetônico

precisa andar junto desde o começo, de forma a se chegar às soluções mais eficazes.

"Quando as plantas diminuem, os edifícios ficam mais esbeltos. Uma conversa preliminar

para discutir o partido estrutural pode gerar um partido arquitetônico, nesses

casos".(FRANÇA, 2015 apud LIMA, 2015).

Os projetos estruturais de edifícios altos vêm utilizando, de forma geral, uma

combinação de pilares-parede (núcleos) e pórticos, conforme explica o engenheiro

Ernandi Fey (2015), gerente de engenharia da Embraed Empreendimentos de Balneario

Camboriu. "Na definição da tipologia estrutural, devem ser considerados aspectos como

as elevadas cargas, a ação do vento, a estabilidade global da edificação, a rigidez da

estrutura e a esbeltez da edificação” (FEY, 2015 apud LIMA, 2015).

De acordo com Eduardo Lima (2015) os pilares-parede denominados núcleos

organizam-se geralmente em torno de um núcleo rígido de concreto, em diferentes

formatos onde encontra-se todas as circulações verticais do edifícios. Dependendo do

projeto, podem se distribuir em dois ou mais núcleos diferentes. O vigamento do edifício é

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assegurado com a instalação de pilares nas periferias, em sistema de malhas, conectados

ao núcleo central por meio de vigas.

Como o núcleo do edifício é a estrutura mais robusta as fundação precisam de um

estudo aprofundado. "Se o solo tem baixa capacidade admissível, pode ser necessário

recorrer a grandes blocos de coroamento. Mas muitas vezes é preferível trabalhar com

estacas mais profundas" (FRANÇA, 2015 apud LIMA, 2015).

A solução de fundação dependerá da qualidade do solo e do tipo estrutural. “Os

pórticos geram cargas mais comportadas e fáceis de absorver na fundação. Já o pilar-

parede usado nos núcleos das edificações resulta em uma fundação que concentra mais

esforços em poucos pontos”, compara França (2015). Nas imagens abaixo identifica-se

tipologias de núcleo e malhas estruturais (imagem 10) e estaqueamento nas fundações

com coroamento (imagem 11), na tabela 04 mostra tecnologias mais usuais na concepção

de arranha céus.

Figura 9:Tipos de núcleo e malhas estruturais

Figura 10:Fundações Burj Khalifa

Fonte: REVEKAR, Akshay. PIPPAL, Durgesh.

High-rise structural systems, 2013.

Fonte: REVEKAR, Akshay. PIPPAL, Durgesh.

High-rise structural systems, 2013.

Figura 11: Tipo de malha estrutural

Figura 12: Estrutural - lajes e vigas

Fonte: KKLIM E ASSOCIATES, 2011. Fonte: TORRICOS. JT Associates, 2014.

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23

Tabela 4: Concreto, lajes e elevadores mais usuais.

Edificio One World Trade Center

Altura total: 541 m.

Tipo de concreto: resistência 96 MPa na

base a 55 MPa no topo.

Lajes: Steel deck e estruturas metálicas

eriféricas que formam um antiprisma, que

demandou a concepção e a fabricação de nós

especiais para garantir a rigidez e a

transferência de cargas da estrutura.

Nova York - EUA

Torre Residencial Millenium Palace,

Altura: 177 m de altura

ìndice de esbeltez: 8,46

lajes: Nervurada armada

Tipo de Concreto: concreto de fck 40 MPa

das fundações ao 10o pavimento, 35 MPa até

o 20o pavimento e 30 MPa até o topo.

Balneário Camboriu – SC -Brasil

Edifício Katherine

Altura: 146m

Núcleo: mais robusto para obter planta livre

Fundações: 21 estacas-barretes de 120 cm x

250 cm, coroadas por um bloco com mais de

500 m3 de concreto.

São Paulo – Brasil

Complexo Tour Genève

Altura:200m

Concreto: 50 MPa, para resistir à

compressão e prover baixíssima

permeabilidade à corrosão litorânea.

Circulação: 10 elevadores de alta velocidade

(3,0m/s)

João Pessoa – PB - Brasil

Fonte: Adaptação, Eduardo Lima, 2015.

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2.4.3 Sistemas prediais e elevadores

De acordo com Farina (2015) da INPrediais nos sistemas hidráulicos, os materiais

aplicados, tanto os tubos plásticos quanto os metálicos, têm limites de operação, tubos de

PPR para agua quente por exemplo, conduzindo água a 20°C, toleram pressões de 120

metros de coluna d'água (mca) a 250 mca e agua fria é de 40mca. Farina também afirma

o uso de redutores de pressão nas tubulações devido a altura. Já no sistema de esgoto

também são comuns desvios das tubulações, planejadas para minimizar os efeitos das

quedas livres de sólidos provenientes de pavimentos muito elevados.

Sobras de espaços nos shafts são essenciais na execução da obra devido a altura e

inúmeras tubulações a precisão do alinhamento dos pavimentos teria que quer perfeito,

além disso, o edifício se movimenta por causa dos ventos. Então, é prudente trabalhar

com larguras maiores. Farina (2015)

A arquiteto Filipe Boni (2015) que atuou em projetos de edifícios altos em Balneário

Camboriu e Curitiba explica que para otimizar as circulações verticais do edifício leva-se

em consideração a carga, quantidade e velocidade dos elevadores. (BONI, 2015 apud

LIMA, 2015).

Fazer zoneamento dos elevadores, de acordo com os diferentes usos (no caso de

edifícios mistos) deixa-o mais eficiente. Frequentemente, agrupam-se elevadores que

servirão a parcela inferior dos pavimentos e outros que atenderão os andares superiores,

aponta Batlouni. Também é necessário dispor de sistemas tecnológicos mais avançados,

que antecipam a chamada do elevador a partir do momento que o usuário passa pela

portaria.

Tabela 5: Reservatórios e Elevadores para edifícios altos:

Desenho esquemático de rede hidráulica

com bombas e reservatórios

Edifício Shanghai Tower, na China. O

arranha-céu de uso misto foi dividido em

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25

intermediários para evitar sobrepressões

na tubulação.

nove zonas, atendidas por 106

elevadores locais e expressos - entre

eles, o elevador mais rápido do mundo,

que se deslocará a quase 65 km/h (18

m/s)

Fonte: Adaptação, Eduardo Lima, 2015.

2.4.4 ENVOLTÓRIO

Segundo um debate realizado por Lourençon (2011), sobre a tipos de vidros

utilizados em grandes fachadas mostra que os vidros mais modernos são capazes de

refletir o calor sem prejudicar a luminosidade transmitida para o interior dos ambientes,

são chamados de vidros refletivos seletivos ou controle solar erroneamente chamados de

vidros espelhados a diferença se explica porque os refletivos têm que ser laminados e

duplos. Sobre o vidro é aplicada uma camada de metalização para aumentar a proteção.

Sem a mesma, o vidro pode oxidar, envelhecer, ficar opaco e manchar.

Lourencon (2011) explica também que mais recentemente os vidros refletivos

também foram divididos em classes conforme sua seletividade, ou seja, o potencial que

possuem de barrar o calor sem barrar a luz. Assim, um vidro com seletividade 1 deixa

passar a mesma quantidade de calor e de luz, enquanto que um vidro com seletividade

0,5 deixa passar o dobro de luz do que de calor.

Carvalho (2011) afirma que a cor do vidro também interfere no desempenho, o vidro

verde, por exemplo, bloqueia mais a entrada de calor sem prejudicar muito a entrada de

luz.

Segundo Paulo Duarte(2011) o uso de vidro de controle solar é importante em

qualquer ocasião, porque aumenta o conforto. Mas o problema é que, arquitetos e

projetistas não usam e o projeto não é adequado como deveria ser, com sombreamento e

janelas posicionadas em forma de acordo com a orientação solar.

Em entrevista feita com Silvio Ricardo Bueno de Carvalho(2011) explica que os

vidros refletivos reduzem significativamente a entrada de calor (fator solar mais baixo) e

controle a entrada de luz (transmissão luminosa), e assim promove economia no gasto de

energia elétrica com ar-condicionado e iluminação artificial, deixando o empreendimento

com mais eficiência energética.

Outra vantagem do uso de painéis de vidro é que o processo é realizado sem

necessidade de andaimes suspensos. "São utilizados gruas, guindastes ou minigruas. As

operações de chegada e manuseio dos módulos são feitas pelo lado interno da obra, com

a equipe apoiada no piso", afirma Medeiros (MEDEIROS, 2015 apud LIMA, 2015).

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"É possível trabalhar com perfil mais robusto na fachada que recebe mais ventos e

utilizar perfis menos robustos nas outras", aponta Jorge Batlouni (2015). O mesmo vale

para os vidros: andares superiores podem exigir vidro laminado de 14 mm ou 16 mm,

enquanto os de baixo podem utilizar vidros de 12 mm de espessura.

Segundo Paiva (2014) no edifício Pearl River Towe na China foram usadas fachadas

ventiladas, um sistema com vidros triplos de alta performace com brises externos

automatizados. As fachadas ventiladas com envidraçamento duplo ou triplo permitem

maior flexibilidade no layout das salas, pois, devido às temperaturas reduzidas e

favoravelmente operacionalizadas pela radiação, os ocupantes podem sentar-se bem

perto das paredes.

2.4.5 Lajes

O sistema de fôrmas para execução de lajes nervuradas conta com encaixes

especiais que evitam o preenchimento completo das nervuras com concreto. Assim,

formam-se passagens para as instalações elétricas e hidráulicas por dentro da estrutura,

otimizando o aproveitamento do pé-direito dos pavimentos, afirma LIMA (2015). Observa-

se na imagem 14.

Figura 13: Execução lajes nervuradas Fonte: Eduardo Campos Lima – Revista techne.pini. 2015

2.4.6 Habitabiliade

Em pesquisas sobre habitabilidade de um edifício alto, Bruna Dalcin (2015)

moradora em um apartamento no 30º andar conta sua vivencia, Bruna afirma que morar

em um andar alto traz vantagens de desvantagens, segunda ela vista privilegiadas, menos

insetos, menos ruídos, privacidade e grande ventilação são o lado bom de morar em

pavimentos altos. Nas desvantagens Bruna afirma que na hora da mudança os elevadores

dificultaram a subida de alguns moveis também por conta de poucos elevadores, o fluxo

de pessoas ficou comprometido (DALCIN, 2015).

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27

3 ESTUDOS DE CASO

a) Condomínio Habitacional – Bosco Verticale

Figura 14: Bosco Verticale Fonte: Archdaily, 2015.

Bosco Verticale iniciou-se o projeto no ano de 2006 pelo escritório Boeri Archittetti,

está localizado em Milão na Italia, foi concluído em 2011, com área construída

aproximadamente de 50.000m² cada torre, seu orçamento foi de 65 milhões de euros, e o

valor de cada apartamento depois de pronto é de 1,5milhões de euros á 4,7milhões de

euros.

b) Edifício Millennium Palace

Figura 15: Edifico Millennium Palace Fonte: FG Construtora, 2014.

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Millennium Palace localizado em Balneário Camboriu/SC, projeto é do Arquiteto

Eugenio Nelson, construtora responsável pela obra é a FG Empreendimentos, uma das

grandes responsáveis por toda a verticalização da cidade, empreendimento foi concluído

em 2014, e o valor dos apartamentos é de 7 milhões de reais á 15 milhões de reais.

c) 44th street

Figura 16: 44th Street Fonte:ODA NEW YORK.2015.

Edifício na rua East 44th Street, numero 303, em fase de projeto na cidade de Nova

York – EUA, ainda sem denominação com 41 pavimentos e área de cada pavimento de

822,00m² e área de construção de aproximadamente de 35.570m², projeto elaborado pelo

ODA NewYork no ano de 2015.

a) IMPLANTAÇÃO

Tabela 6: Implantação - estudos de caso

Como é a relação da implantação do projeto com a malha urbana?

Imagens Descrição

Ed

. B

os

co

Ve

rtic

ale

Ampla área verde terreo, recuo em uma torre, eixos para passagem pedestres

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29

E

d.M

ille

nn

ium

Pa

lac

e

Localizado em toda a quadra, é composto por 35 apartamentos, apenas 1 a cada pavimento. Seu entorno é caracterizado por edifícios com mais de 20 pavimentos, área já consolidada. Sem recuos

Ed

. 4

4th

str

ee

t

Entorno consolidado, grandes edifícios, 1 face do terreno com frente pra rua. Implantando no centro de nova York, em Manhattan, 303, East 44th street. Única alternativa para habitações em Manhattan é a verticalização, devido isso ODA NY propôs uma torre em um espaço urbano pequeno na malha da cidade. O edifício descrito o por eles, com uma nova realidade urbana.

Fonte: Autor, 2016.

Em dois dos estudos foi implantados na malha urbana já consolidada por grandes

edifícios, devido isso a torre situa-se em todo a terreno urbano, já no Bosco Verticale por

ter uma terreno mais amplo ouve um recuo de uma das torres para que os usuários

circulassem entre os prédios.

3.1 FUNÇÃO

Tabela 7: Setorização - estudos de caso

Quais setores são comuns entre os estudos analisados?

Imagens Descrição

Ed

. B

os

co

Ve

rtic

ale

Por ser um edifício residencial, foi analisado o pavimento tipo, nas imagens abaixo, verifica-se que existe um núcleo principal que consiste as circulações verticais, assim como as estruturas principais da torre. O zoneamento dos apartamentos se da por Setor social em vermelho onde encontra-se salas de lazer para os residentes, setor de serviço em azul, cozinha e ares de serviços, e em amarelo o setor íntimo , dormitórios e suítes. (figura)

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30

E

d.M

ille

nn

ium

Pa

lac

e

Circ. Vertical Serviço, social, intimo Condomínio habitacional composto por uma única torre, na orla de Balneário comboriu. Apenas um apartamento por pavimento, sendo os pavimentos inferiores são lazer e garagem. Pavimento tipo subdividido em setores conforme a imagem a seguir. No centro do pavimento encontra-se um núcleo usado para circulações verticais, como 3 elevadores, 2 sociais e 1 de serviço, e escada. Entrada de serviço do apartamento se da por um elevador próprio, independente do acesso social.

.

Ed

. 4

4th

str

ee

t

Condomínio habitacional de apenas uma torre, com dimensões pequenas, com um apartamento por pavimento. Dividido em setores. Circ. Vertical Serviço, social, intimo.

Fonte: Autor, 2016.

Em geral os estudos tiveram uma setorização dos ambientes entre intimo, social e

serviço.

3.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES ESPAÇOS DE LAZER

Tabela 8: Fluxograma, setores - estudos de caso

Programa de necessidades, quais os compartimentos os estudos tem em comum?

Imagens Descrição

Ed

. B

os

co

Ve

rtic

ale

Apartamento divido em setores. Serviço Social Intimo

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31

E

d.M

ille

nn

ium

Pa

lac

e

Apartamento divido em setores. Serviço Social Intimo

Ed

. 4

4th

str

ee

t

Apartamento divido em setores. Serviço Social Intimo

Fonte: Autor, 2016.

Cada setor com seus fluxos, onde o setor social destinado com maior intensidade,

respectivamente serviço e de menor intensidade o intimo, destinado apenas para os

moradores.

3.3 FORMA

Tabela 9: Forma - estudos de caso

Como é a composição das fachadas?

Imagens Descrição

Ed

. B

os

co

Ve

rtic

ale

Os prédios são compostos por uma geométrica regular, com subtração e adição de volumes, os terraços são posicionados em lugares estratégicos para que todos tenham abrigo contra chuva. Completamente assimétrico, os elementos que se destacam são os terraços avançados, deixando o prédio esteticamente atrativo visualmente. Ritmo, assimétrico, complexo, contemporâneo

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32

E

d.M

ille

nn

ium

Pa

lac

e

Simétrica, ritmo, repetição, hierarquia, clássico. Organização dos espaços é feita em malha. Base geométrica retangular de acordo com as dimensões do terreno. Apresenta hierarquia no acesso frontal principal, como observa-se na imagem a seguir. Elementos marcantes na arquitetura deste edifício são as colunas demarcando os acessos. Com uma adição de volume na fachada principal obtém-se uma entrada imponente com um pé direito alto e colunas dóricas. Na imagem a seguir identifica se a simetria da construção, e repetições dos pavimentos.

Ed

. 4

4th

str

ee

t

Assimétrico, ritmo, linear vertical, complexidade. Planta não tem uma simetria proporcional, é feita em malha, proporcionada pelos pilares. Na volumetria observa-se um ritmo feito com os espaços abertos. Segue uma forma linear vertical.

Fonte: Autor, 2016.

Estudos distintos em sua volumetria, onde único simétrico é o Ed. Millenium Palace,

usa uma arquitetura mais clássica com simetria e ritmo. Já os estudos internacionais

usaram uma arquitetura mais contemporânea.

Marcação de acesso, como foi obtida?

Imagens Descrição

Ed

. B

os

co

Ve

rtic

ale

Marquise: delimitando o acesso

Ed

.Mille

nn

ium

Pa

lac

e

Hierarquia no acesso, colunas, adição de volumes, simetria, altura. De marcando um acesso imponente, chamativo.

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33

E

d. 4

4th

str

ee

t Sem imagens de acesso

Fonte: Autor, 2016.

Ambos com hierarquia de acesso, porem o Ed. Bosco Verticale com uma hierarquia

menor utilizando apenas marquise, já o Ed. Millennium com uma demarcação de acesso

mais imponente.

2.2.6 Habitabiliade

Tabela 10: Habitabilidade - estudos de caso

Habitabilidade, foi utilizada alguma técnica para tornar a edificação habitável?

Imagens Descrição

Ed

. B

os

co

Ve

rtic

ale

Grandes jardins nas fachadas, melhora o microclima. Com as plantas em casa terraço elas vão reduzir os ruídos urbanos, a limpar o CO2 e a poeira do ar da cidade. Além disso vai ajudar a reduzir o efeito de ilha de calor urbano, existente na cidade. As plantas servem com um isolamento térmico, no interior do edifício ficará um clima sempre agradável, e fresco. As torres abrigaram apartamentos que não têm a necessidade de uso de climatizadores artificiais e produzem, com suas águas cinzas, a maior parte da irrigação das plantas. Além disso os sistemas de energia eólica e fotovoltaica irão contribuir, juntamente com o microclima referido para aumentar o grau de auto-suficiência energética das duas torres.

Ed

.Mille

nn

ium

Pa

lac

e

Pele de vidro na fachada para a iluminação dos ambientes, com vidros com controle solar. A fachada com pele de vidro proporciona uma grande iluminação interna. Porem um grande consumo de energia. Espaços de lazer amplos e convidativos. Vidro solar é um vidro reflexivo geralmente usado em fachadas com grande incidência solar, como no caso do Ed. Millennium. O vidro é composto por duas folhas, e com tratamento de sais e agentes químicos

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34

E

d. 4

4th

str

ee

t

Jardins em pavimentos superiores, espaços de convívio, natureza. Nota-se que os projetistas focaram o projeto em espaços abertos e de convívio dos moradores e visitantes. Devido lote urbano ter dimensões que não proporcionaria uma praça ou espaços amplos no térreo, ODA propôs espaços de convivo no decorrer da edificação, composto por 7 áreas de lazer com uma visão de 360º da cidade.

Fonte: Autor, 2016.

3.4 TECNOLOGIA

Tabela 11: Estrutural - estudos de caso

Qual o sistema estrutural? Qual a Modulação Estrutural?

Imagens Descrição

Ed

. B

os

co

Ve

rtic

ale

Núcleo Principal(vermelho)com estruturas mais pesadas.

Ed

.Mille

nn

ium

Pa

lac

e

Malha de pilares(vermelho) No Ed. Millennium foram implantados varias tecnologias para a comodidade dos habitantes, como a biometria de acesso aos apartamentos e vidros com controle solar, tanto os apartamentos como na área comum têm automação, iluminação, som e ar condicionado são controlados por um único painel.

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E

d. 4

4th

str

ee

t

Núcleo principal. Com pé direito de 5 metros nos jardins, garantindo que a luz natural entre por eles. A forma do núcleo e da estrutura nos espaços abertos foi concebida para reduzir a carga dos ventos que pesa sobre o edifício, sem comprometer as vistas para a cidade.

Fonte: Autor, 2016.

4 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

7.1 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL

Balneário Camboriú é um município da Região Metropolitana da Foz do Rio Itajaí, no

litoral norte do estado de Santa Catarina, no Brasil. Possui, segundo o censo do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística no ano de 2014, uma população de 124.557

habitantes, sendo o 11º município mais populoso do estado e o 2º menor em área total.

(IBGE 2016).

Destaca-se como o município com maior densidade demográfica de Santa Catarina,

com mais de 2.350 habitantes por quilômetro quadrado. Balneário Camboriú possui uma

das maiores densidades de prédios do Brasil.

Figura 17:Mapa Localização Fonte: GOOGLE MAPS 2015. Modificações autor.2016

Baln.Cam boriu

Ita ja i

Itapem a

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36

7.2 A CONTEXTUALIZAÇÃO URBANA

Via principal para a entrada na cidade é a BR101, que corta a cidade ao meio, e fácil

acesso devido ao ótimo estado de conservação. Na figura 18 mostra a relação do terreno

com o restante da cidade e á acessos rodoviários. Com a apenas duas vias para chegar

ate o terreno, pois encontra-se em uma área afastada do centro da cidade, porem o fluxo

de pessoas é intenso devido aos pontos turísticos no bairro.

Figura 18: Cidade de Balneário Camboriu e pontos referenciais Fonte: Autor, 2016

7.3 EVOLUÇÃO URBANA DE 2004 A 2015.

Devido aos limites naturais do município, como o alto relevo, oceano atlântico e o rio

Camboriu, a cidade não sofreu expansão territorial. Como se observa nas figuras 19 e 20,

em 2004 até 2016 a densidade de edificações aumentaram consideravelmente, antes se

concentravam mais nas 2 primeiras quadras a frente do mar, passou a ser mais denso ate

4 ou 5 quadras distante da praia. Nota-se então uma grande busca de moradias pelas

pessoas, para residirem em Balneário Camboriu.

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37

Figura 19: Imagem Satelite 2004

Figura 20: Imagem Satelite 2016

Fonte: GOOGLE MAPS 2015. Modificações

autor.2016

Fonte: GOOGLE MAPS 2016. Modificações

autor.2016

7.4 DIAGNÓSTICOS DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

O terreno escolhido para implantação do projeto está localizado na Av. Atlântica, na

Barra Sul, em Balneário Camboriu, atualmente funciona um estacionamento para o

teleférico, que se trata de um ponto turístico bastante conhecido na cidade.

Terreno está situado em uma área nobre da cidade, com menos edifícios

construídos por isso torna-se um local com valor de mercado mais elevado da cidade. Seu

entorno, é de ocupação residencial multifamiliar em altura de alto nível. Conta também

com a marina da cidade, Marina Tedesco, também encontra-se próxima ao terreno,

facilitando a chegada de moradores e visitantes com seus barcos.Na imagem abaixo

identifica-se os equipamentos.

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Figura 21: Localização do lote no entorno

Fonte: Autor, 2016

Foi elaborado um estudo de diagnóstico sobre a região do lote escolhido, foi

pesquisado dado como ocupação dos lotes, uso do solo e volumetria do entorno. Nas

figuras 22 e 23 é mostrada a ocupação atual do solo urbano, em um esquema de cheios e

vazios.

Figura 22: Cheios e vazios 1

Figura 23: Cheios e vazios contraste

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39

Nota-se um grande adensamento de edificações ao longo da orla de Balneário

Camboriu, devido a uma serie de fatores relatados anteriormente as edificações estão

cada vez mais constantes nessa região, por ainda conter espaços vazios, a tendência é a

ocupação total da área muito devido a legislação atual que incentiva a verticalização.

7.5 SISTEMA VIÁRIO

O sistema viário do entorno do lote é composto de vias com sentido único de tráfego

e segue a malha da cidade, apresentando único tipo de material em sua pavimentação,

asfalto e nenhum problema de cruzamento, devido ao sentido único das vias conforme

mostrado na Figura 24. Foi possível identificar no entorno vias arteriais, coletoras e locais,

seguindo as definições do Código de Trânsito Brasileiro, as vias estruturais formam a

estrutura viária principal da cidade, destinadas a receber a maior carga de tráfego,

definindo os principais acessos da cidade e ligações interurbanas, de acordo com o código

de transito brasileiro.

Figura 24: Sistema viário Fonte: Autor, 2016

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40

Passeio obrigatoriamente como esquema a seguir, 6 metros de largura obedecendo

as normas (figura 25) a via mede 9,00 metros (figura 26).

Figura 25: Corte passeio - Av. Atlantica

Figura 26: Corte da via - Av. Atlantica

Fonte: Plano diretor - BC, 2014

Fonte: AUTOR, 2016

7.6 USO DO SOLO

No levantamento do entorno em relação ao uso do solo, na figura 27, por ser na

orla marítima nota-se a predominância de edificações residenciais multifamiliar vertical de

alto padrão. Trata-se de uma área onde os empreendimentos são de alto padrão, devido a

isso as edificações são apenas de um uso, e grande verticalização devido a especulação

imobiliária. A grande quantidade de edificações em construção, onde todas são de

residências multifamiliar vertical. Na figura 24, demonstra a grande verticalização do

espaço urbano, onde 50% dos lotes estudados são de edifícios multifamiliar em altura, a

área já está consolidada com esse tipo de empreendimento que gera mais rentabilidade

para as construtoras.

Uso do solo

Figura 24 - Gráfico do uso do solo urbano Fonte: Autor, 2016

50%

24%

6%

8%

3%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Residencias multifamiliar vertical

Comercio

Serviço

em construção

Vazios urbanos

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41

Figura 27: Uso e ocupação do solo Fonte: Autor, 2016

Na Figura 28 representa o gráfico que apresenta a predominância de edificações de

mais de 20 pavimento no entorno do lote. Essa condição de volumetria representa 52%

dos casos. As edificações de 2 pavimentos representam 24% do total considerado, nota-

se uma exceção de 2 torres com mais de 70 pavimentos ainda em construção.

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42

Figura 28: Gabaritos de alturas predominantes Fonte: Autor, 2016

Número de pavimentos

Figura 27 - Gráfico número de pavimentos Fonte: Autor, 2016

21%

24%

26%

6%

2%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

até 20 pavimentos

até 2 pavimentos

mais de 20 pavimentos

mais de 30 pavimentos

mais de 70 pavimentos

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43

7.7 INFRAESTRUTURA URBANA

O terreno é servido por redes de infraestrutura já existentes no local, sendo elas:

rede elétrica trifásica, rede de esgoto pluvial, rede de água e rede de esgoto. A cidade tem

uma rede coletora de esgoto com 60 quilômetros de extensão que despeja 350 litros por

segundo na estação concessionária responsável é a EMASA, a mesma pela rede de

abastecimento de água potável. Rede de energia é de responsabilidade da CELESC.

A arborização é em toda a orla com arvores de pequeno porte. Através da Figura 29

pode-se visualizar a disposição das redes de infraestrutura existentes, bem como estão

representados pontualmente os postes de eletricidade e árvores existentes no passeio

público.

Figura 29: Infraestrutura urbana

Fonte: Autor, 2016

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7.8 SISTEMA DE TRANSPORTE

Não há pontos de ônibus no local, porem existe a linha de bonbindinho que passa a

cada 40 minutos por ambas as vias que circulam o terreno, não existe a necessidade de

parada, o mesmo para aonde o pedestre precisar ao longo da Av. Atlântica.

7.9 ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

O Lote como base para a proposta de um edifício em altura tem testada de 57,20

metros para a Avenida Atlântica, e 62,20 metros com a Avenida Normando Tedesco,

conforme pode se observado na figura 30.

Figura 30: Terreno Fonte: Autor, 2016

A área de implantação possui 2.917,00 m² e sua topografia é plana sem nenhuma

curva de nível, devido a ser usado como estacionamento atual do Parque Unipraias, como

observa-se na figura 24.

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45

Figura 31: Implantação perfil do terreno

Fonte: Autor, 2016

Figura 32: Perfil do terreno

Fonte: Autor, 2016

7.10 ANÁLISE DAS VISUAIS

O lote escolhido está em um extremo da cidade e a partir dele é possível visualizar

toda a orla da cidade, além de todas as edificações vizinhas importantes Através do

esquema da Figura 33 pode-se visualizar as localizações e orientações de algumas

fotografias da cidade registradas a partir do terreno, apresentadas nas figuras na

sequencias.

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46

Figura 33: Visuais

Fonte: Autor, 2016.

Figura 34: Visual A

Fonte: Autor, 2016

Figura 35: Visual B

Fonte: Autor, 2016

Figura 36: Visual C

Fonte: Autor, 2016

Figura 37: Visual D

Fonte: Autor, 2016

7.11 CONDICIONANTES CLIMÁTICOS

Segundo o IBGE (2014), a cidade de Balneário Camboriu está inserida no clima

temperado e a uma altitude de 2 metros acima do nível do mar.

Na Figura 38 foi esquematizada a insolação incidente no terreno estudado,

utilizando como ponto de referência o centro do terreno.

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Figura 38: Orientação solar e ventos

Fonte: Autor, 2016

Na imagem a seguir percebe-se o sentido dos ventos predominantes em Balneario

Camboriu, segundo windfinder (2016). O vento predominante são Sul, sudeste, Leste e

Nordeste.

Figura 39: Direção ventos predominates Fonte: Windfinder, 2016

7.12 SÍNTESE DA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA

Para o município de Balneário Camboriu, consultaram-se as legislações específicas

aprovadas pelo Poder Legislativo, sendo estas o Plano Diretor e Código de Obras.

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7.13 PLANO DIRETOR E CÓDIGO DE OBRAS

Figura 40: Zoneamento urbano Fonte: Plano diretor Balneraio Camboriu. Autor, 2016

Segundo o zoneamento definido pela Lei LEI Nº 2794, de 14 janeiro de 2008, que

dispõe sobre o Plano Diretor da Cidade, o terreno da proposta está inserido na Zona de

Ambiente Construído Consolidado Qualificado de Alta Densidade (ZAACC-IA), sendo os

índices construtivos dessa zona são o coeficiente de aproveitamento máximo (CA): 3,5

podendo ser aumentada com uso de solo criado e a Taxa de Ocupação (TO): 40%, a taxa

de ocupação da base poderá ser até 100% a partir do recuo.

O recuo frontal definido pela zona é de 6 metros e os laterais serão isentos até

16,00 m de altura. Acima dessa altura, os recuos serão calculados pela fórmula: Recuo =

H / 12, sendo H a altura da edificação, não podendo nunca o recuo ser inferior a 2,50 m. O

recuo de fundos também será isento até 16,00 m. Acima dessa altura, o recuo máximo

será de 5 metros.

Gabarito máximo de altura da base é de 16,00m contados do nível médio do meio

fio até a laje superior do ultimo pavimento de garagem, altura da torre sem restrição,

possibilidade de apenas 1 pavimento de subsolo, a taxa de permeabilidade mínima do lote

é de 15%, área privativa mínima da unidade habitacional é de 100m² e unidade comercial

de 50m², unidade máxima de habitação é de 210 unidades e 90 unidades comerciais, em

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relação a vagas de garagem, 2 vagas para unidades habitacionais de até 200m² e 1 vaga

para cada 25m² de área de uso comercial.

7.14 OUTRAS LEIS E NORMAS

Também serão base para consultas as seguintes normas e leis:

- NBR 9050: Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos

Urbanos. Consultada para cálculo e dimensionamento de rampas, sanitários, escadas e

elementos de acessibilidade universal.

- NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios: consultada cálculo e

dimensionamento de escadarias, dutos de ventilação, elevadores, rotas de fuga e outros

elementos de saídas de emergência.

- Resolução CONSEMA Nº 10 DE 31/10/2012: Normas para execução e aprovação

de projetos e determina critérios para o licenciamento ambiental de Estruturas de Apoio

Náutico – EANs - Santa Catarina. Será estudada mais a fundo posteriormente.

8 CONCEITO

Esta é uma etapa importante do projeto para determinar as relação propostas e

como se obterá a efetiva integração entre intenção e proposta arquitetônica.

Quanto a relação como o território, o bairro Barra Sul, está em curso a especulação

imobiliária, devido ao público que procura Balneário Camboriú, a legislação urbanística

que está em vigor e aos cidadãos que ali residem, a proposta do projeto é propor uma

edificação que dentro desta realidade respeite o entorno e através de um projeto de

condomínio vertical a acompanhe as edificações do entorno (figura 42) e do resto da orla

da cidade baseado em conceitos de cidade compacta.

Quanto ao perfil dos moradores e usuários do bairro, a relação proposta é com base

nos equipamentos do entorno, como a praia, o teleférico, a Marina, e edifícios que foram

construídos e que estão em andamento, propor um empreendimento de alto padrão e alto

valor simbólico para o público de alto nível.

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Figura 41: Conceito: Vegetação orla – implementada no projeto

Figura 42:Conceito: grande demanda de pessoas. Comercio/residencial

Fonte: Autor, 2016

Fonte: Autor, 2016

Figura 43:Conceito: visual

Figura 44:Conceito: torção da torre

Fonte: Autor, 2016 Fonte: Autor, 2016

Figura 45:Conceito: visuais cidade/mar

Figura 46:Conceito: marina publica

Fonte: Autor, 2016 Fonte: Autor, 2016

Quanto aos visuais, com uma referência extremamente forte da cidade, o mar,

explora-se as visuais usando pele de vidro nas fachadas voltadas para o oceano,

deixando que o mar ‘invada’ os apartamentos, de todo o setor social de cada unidade terá

uma vista para o mar. Para uma interação maior com a cidade no conceito ouve uma

torção do prédio para a esquerda, no sentido da cidade, fazendo assim todas unidades

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51

habitacionais com vista para o mar e a cidade (figura 45), facilitando na estrutura e

minimizando a ação dos ventos na edificação.

Figura 47:Conceito: vegetação

Figura 48:Conceito: vegetação

Fonte: Google, 2016 Fonte: Google, 2016

Com o rotacionamento da edificação, deixa evidente a importância do entorno,

explorando suas visuais.

Explorar as visuas da cidade, do mar e

dos morros, vegetação no entorno.

Fonte: Autor, 2016

Com a implantação de um restaurante no topo do edifico e a torção da torre prioriza-

se a vista para o mar, trazendo novas sensações para o público. Em um projeto desse

porte a percepção das pessoas sobre a edificação é muito importante, portanto com

estudos do local a decisão de implementar um restaurante no topo do edifício faz com que

o público de diferentes partes da região veja o empreendimento de forma significativa na

cidade, um equipamento do projeto que todos podem usufruir.

8.1 DIRETRIZES URBANAS

Como projeto urbanístico para Balneário Camboriú o projeto propõem uma marina

pública para a cidade para atracar todos tipos de embarcações de até 70 pés e

catamarãs, para dar aos usuários de embarcações escolha na hora de guardar seus

barcos, e não deixar essa ação apenas para um grupo de empreendedores, devido ao

grande numero de pessoas que circulam no local em alta temporada o deck atual não

suporta essa demanda, a decisão de implementar uma praça maior com equipamentos de

ginástica e mais bancos faz com que supra as necessidades do local.

Em relação ao estado das vias e do entorno em geral esta tudo em perfeitas

condições, devido ao grande numero de turistas a prefeitura de Balneário Camboriu é ágil

referente a infraestrutura urbana que esta em constante manutenção.

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Tabela 12: Diretrizes urbanas – Marina Pública

Imagem atual Problemas

Circulação de muitas pessoas

Pequena área de deck,

Marina monopolizada.

Sem abrigo para usuários de

transporte publico

Imagem com a proposta Proposta

Marina pública

Praça com equipamentos

ginástica.

Grande área de circulação e

caminhada.

Mais quiosques.

Parada de ônibus protegida.

Fonte: Autor, 2016.

9 DEFINIÇÃO DO PROGRAMA DE NECESSIDADES

9.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO

Para as seguintes áreas para o pré-dimensionamento, foi analisado em especifico o

estudo de caso do Ed. Millennium Palace em Balneário Camboriú, para deixar mais viável

em usabilidade do público alvo, também foi utilizado as plantas já feitas da proposta.

Tabela 13: COPré-Dimensionamento

Setor Nome do compartimento Área útil em

Terreo COMERCIAL Salas comerciais/galeria 1.270,80

RESIDENCIAL Hall/portaria/lounges 348,00

Acesso Banhistas 24,00

CIRC.VERTICAL Elevadores/escada/banheiro 125,00

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53

RAMPA 203,00

SERVIÇO Docas restaurante 86,00

Acesso func./estacionemento 84,00

Lixo/gás/gerador/entrada luz 82,00

ÁREA TOTAL: 2.222,00

1º pav. RESIDENCIAL Mezanino hall 150,00

SERVIÇO Serviço torre 41,00

RAMPA 90,00

CIRC.VERTICAL Elevadores/escada 125,00

Acesso torre 51,00

GARAGEM 1.726,00

ÁREA TOTAL: 2.058,00

2º3º4º RAMPA 90,00

SERVIÇO torre 41,00

CIRC.VERTICAL Elevadores/escada 125,00

GARAGEM 2.033,00

ACESSO Torre 51,00

ÁREA TOTAL: 7.020,00

5º pav. RESIDENCIAL Piscina externa 730,00

playground 80,00

Espaço pet 283,00

Quadra 285,00

Piscina aquecida 85,00

Espaço descanço 180,00

Sauna úmida 20,00

Sauna seca 30,00

Lan house 40,00

Academia 85,00

Boate 98,00

Sala jogos - Cartas 40,00

SERVIÇO Equipamentos 57,00

ÁREA TOTAL: 2.340,00

Mezanino RESIDENCIAL Jogos 88,00

Salão de festas 292,00

Espaço gourmet 125,00

CIRC.VERT, Elevadores/escada 125,00

ÁREA TOTAL: 630,00

7º á 25º COMERCIAL Sala comercial 180,00

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Recepção 26,00

Cozinha 13,00

Banheiros 16,00

SERVIÇO 15,00

CIRC.VERT. Elevadores/escada 125,00

COMERCIAL 2 Sala comercial 2 total 255,00

ÁREA TOTAL: 12.620,00

27º á 82º RESIDENCIAL Setor social 120,00

Setor itimo 170,00

Setor serviço 60,00

UNIDADE COMPLETA 2 351,00

CIRC..VERT. Elevadores/escada 62,00

ÁREA TOTAL: 48.069,00

83º PAV RESTAURANTE Salão 565,00

Cozinha 73,00

Serviço 70,00

Banheiros 84,00

CIRC.VERT. Elevadores/escada 62,00

ÁREA TOTAL: 854,00

Área Total Construída 75.813,00m²

9.2 FLUXOGRAMA

Para um zoneamento e fluxos eficiente foi adotado acessos diferenciados para cada

tipo de uso. Sendo assim, moradores não encontraram usuários das áreas comerciais.

Circ.Vertical social

Circ.Vert.Serv.

Hall

Acesso habit.

Acesso serv.

Portaria

Lounges

Torre Resid.

Lazer

Academia

S p a

Jogos

Piscinas

QuadraS.Festas

Boate

Acesso comercial

Galeria comercial

acesso torre comercial

Restaurante

Torre comer.

Mezanino Lazer

Aptos.

GourmetJogos

Salas Comerciais

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9.3 PARTIDO GERAL - ZONEAMENTO

Proposta de zoneamento de setores: subsolo e térreo

No térreo será feita uma galeria de lojas e souveirs (azul) um grande hall(amarelo)

com pé direito duplo com vários ambientes e mezanino, entrada principal

monumental feita pela Av. atlântica voltada para o mar, com uma grande porta de

4metros.

Proposta de zoneamento de setores: 2º e 3º pavimentos

No 2º pavimento a maior parte será de garagens apenas uma parte que formara o

mezanino do hall com mais alguns ambientes(amarelo).

No 3º pavimento área total de garagens.

4º pavimento segue em garagens.

N

7º pav.

27º pav.

47º pav.

67º pav.

86º pav.

N

7º pav.

27º pav.

47º pav.

67º pav.

86º pav.

Subsolo Térreo

circ.vertical (núcleo)

rampas

Garagem

ComércioHall - torre residencial

Serviço - torre

galeria comercialacesso residencial

acesso serviço

NN

7º pav.

27º pav.

47º pav.

67º pav.

86º pav.

2º pavimento 3º pavimento

circ.vertical (núcleo)

rampas

GaragemHall - torre residencial

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Proposta de zoneamento de setores: 5º pavimentos

No 5º pavimento será a área externa de lazer do edifício (laranja) voltado para o mar

aproveitando a visual conforme o conceito e o lazer interno será feito já no corpo da

torre(amarelo) deixando assim que as salas comerciais comecem o seu tipo alguns

metros acima do lazer dos residentes.

Proposta de zoneamento de setores: TORRE

Do 7º ao 26º pavimento será todo de salas comerciais com elevadores específicos e

todo seu apoio como banheiros, PNE, copa/cozinha etc...

Do 27º ao 82º pavimento tipo com 2 unidades habitacionais em cada pavimento.

E no 83º pavimento terá um restaurante para o público com elevador especifico.

NN

4º pavimento 5º pavimento

circ.vertical (núcleo)

rampas

Garagem

Lazer Externo Lazer Interno - torre

vista para o mar

N

7º pav.

27º pav.

47º pav.

67º pav.

86º pav.

N

7º pav.

27º pav.

47º pav.

67º pav.

86º pav.

27º ao 85º pavimento7º ao 26º pavimentocirc.vertical (núcleo)

Tipo Comercial

Tipo Residencial

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10 CONCLUSÃO

Através desse estudo chegou-se a uma proposta que poderá ser implantada na

cidade de Balneário Camboriú de forma que cumpra com os seus objetivos e sirva para o

propósito definido inicialmente.

Grande vantagem da utilização de conceitos de cidade compacta com maior número

de moradias possíveis é o preenchimento da área urbana e adensamento de áreas onde a

densidade pode ser aumentada, diminuindo a expansão da cidade, diminuindo custos

diretos, como transporte público, redes de infraestrutura, deslocamento da população para

o centro da cidade e outros bairros.

A proposta atende as necessidades da cidade, que é suprir a grande procura por

moradias. O projeto também favorece a população com que poderá usufruir do

restaurante no topo do edifício aproveitando a incrível visual da cidade e do mar.

Durante a fase de desenvolvimento da proposta, foram inseridas soluções que

ajudam na ambiência do edifício como o uso do vidro de controle solar, ampla área de

lazer com vegetações, pé direito elevado, jardim vertical no térreo para minimizar a ação

da ilha de calor melhorando a ambiência urbana.

Foi aproveitada a volumetria do edifício em forma torcida para minimizar a ação dos

ventos, reduzir a carga nas estruturas e diminuir o efeito de túnel de vento no entorno,

com o uso do concreto de alta resistência de 80mpa resultou em pilares mais esbeltos

com dimensões menores consequentemente menos uso de concreto, que resultou em

uma planta mais limpa sem pilares robustos, o uso do núcleo estrutural possibilitou ter

uma planta livre para vários usos diferenciados, já no sistema de elevadores foi adotado

zoneamentos para diferentes situações e usos do edifícios deixando mais eficiente e

melhorando a habitabilidade, contando com elevadores de ultima geração que se

deslocam á 18m/s.

A proposta de implementar uma marina pública no local, faz com que os usuários de

embarcações possam ter a escolha de onde guardar seus barcos, tirando assim o

monopólio das marinas onde apenas um grupo de empreendedores comandam essa

ação. Juntamente com a marina, será realizado um deck que supra as necessidades do

grande número de turistas que frequentam o local, além do mais o deck terá espaços de

convívio, quiosques e muitos bancos voltados para a melhor vista da cidade.

O terreno escolhido está localizado na área nobre da cidade com grande numero de

pessoas frequentando diariamente, sendo assim a infraestrutura totalmente instalada e

sendo possível ter a visual mais bonita da cidade. Assim, o projeto teve a preocupação de

atender a todos estes requisitos e solucionar da melhor forma possível o problema

proposto.

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11 REFERÊNCIAS

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12 ANEXOS

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