FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ARQUITETURA … MARQUES... · de Arquitetura e Urbanismo ,...
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FACULDADE MERIDIONAL – IMED
ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO
Alifer Marques Chiossi
Agricultura Urbana, desenvolver projeto Parque Agrícola Urbano
no bairro Santa Marta, Passo Fundo - RS
Passo Fundo
2017
Alifer Marques Chiossi
Agricultura Urbana, desenvolver projeto Parque Agrícola Urbano
no bairro Santa Marta, Passo Fundo - RS
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para
obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista no curso
de Arquitetura e Urbanismo, Escola de Arquitetura e
Urbanismo, da IMED.
Orientador(a): Prof. (ª) Me. Cláudia Anahí Aguilera
Larrosa
Passo Fundo
2017
Alifer Marques Chiossi
Agricultura Urbana, desenvolver projeto Parque Agrícola Urbano
no bairro Santa Marta, Passo Fundo - RS
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para
obtenção do grau de Arquiteto e Urbanista no curso
de Arquitetura e Urbanismo , Escola de Arquitetura
e Urbanismo., da IMED, com Linha de Pesquisa em
morfologia.
Passo Fundo, 26 de Junho de 2017. (data da defesa)
AGRADECIMENTOS
À Faculdade Meridional IMED, por me dispor de uma graduação de qualidade,
por disponibilizar seu espaço de convivência e pelo auxilio em toda minha graduação.
À todos professores, que ao longo do curso transmitiram seus conhecimentos
profissionais.
À minha orientadora Arq. Me. Cláudia Anahí Aguilera Larrosa, pelo apoio e
incentivo ao longo das orientações desse trabalho.
Ao professor Laércio Maculan, por toda sua ajuda e colaboração.
À minha família, por todo apoio e auxilio que me incentivou nos momentos
difíceis e sempre acreditaram no meu potencial.
À minha namorada, pelo companheirismo e apoio.
À todos meus amigos que conquistei ao longo da graduação que colaboraram de
certa forma na minha formação.
RESUMO
Na década de 1980, diversos países no cenário mundial estavam em meio a uma época
emergência, onde grande parte da população passava fome, nesse mesmo período era se procurado
uma nova forma de pensamento ambiental, e a Agricultura Urbana surgi como uma resposta aos
desafios desses governantes. Baseando na criação de ações publicas para o incentivo ao combate da
pobreza mundial, movimentos ambientais classificavam a cidade como um elemento consumidor dos
recursos naturais, estando fora do pensamento ecológico degradando o ambiente natural. Implantando
essa pratica em uma comunidade de baixa renda temos resultados enormes como interação social entre
as famílias, acesso a alimentos não industrializados, melhora na saúde, e aumento com uma renda
extra. Com base nas considerações do tema o presente trabalho tem por objetivo desenvolver o
anteprojeto de um Parque Agrícola Urbano atendendo o bairro Santa Marta na cidade de Passo Fundo
– RS, através de levantamentos em sua área de abrangência foi possível idealizar propostas para a
implantação do projeto, promovendo essa pratica social que ira beneficiar toda a comunidade que ira
ter beneficia do parque.
Palavras-chave: Agricultura Urbana. Parque Agrícola. Segurança Alimentar. Espaço Urbano.
ABSTRACT
In the 1980s, several countries on the world scene were in the midst of an emergency season,
where a large part of the population was starving, a new form of environmental thought was sought in
the same period, and Urban Agriculture emerged as a response to the challenges of these Rulers.
Based on the creation of public actions to encourage the fight against world poverty, environmental
movements classified the city as a consuming element of natural resources, being outside ecological
thinking and degrading the natural environment. Implementing this practice in a low-income
community has enormous results such as social interaction among families, access to unprocessed
food, improved health, and increased income. Based on the considerations of the theme the present
work aims to develop the preliminary project of an Urban Agricultural Park attending the Santa Marta
neighborhood in the city of Passo Fundo - RS, through surveys in its area of coverage it was possible
to idealize proposals for the implementation of the project , Promoting this social practice that will
benefit the entire community that will benefit from the park.
Keywords: Urban Agriculture. Agricultural Park. Food Safety. Urban Space.
LISTA DE FÍGURAS
Figura 1 Localização.............................................................................................................................. 17
Figura 2 Implantação ............................................................................................................................. 18
Figura 3 Acessos e circulações .............................................................................................................. 19
Figura 4 Área de projeto ........................................................................................................................ 19
Figura 5 Acesso ..................................................................................................................................... 20
Figura 6 Fachadas .................................................................................................................................. 20
Figura 7 Zoneamento ............................................................................................................................. 21
Figura 8 Zoneamento ............................................................................................................................. 21
Figura 9 Zoneamento ............................................................................................................................. 22
Figura 10 Área de projeto ...................................................................................................................... 23
Figura 11 Acessos e circulações ............................................................................................................ 24
Figura 12 Zoneamento ........................................................................................................................... 25
Figura 13 Área de implantação .............................................................................................................. 26
Figura 14 Conceito ................................................................................................................................ 26
Figura 15 Conceito ................................................................................................................................ 27
Figura 16 Área de projeto ...................................................................................................................... 27
Figura 17 Localização ........................................................................................................................... 28
Figura 18 Implantação e acessos ........................................................................................................... 28
Figura 19 Zoneamento ........................................................................................................................... 29
Figura 20 horta ....................................................................................................................................... 30
Figura 21 Localização ........................................................................................................................... 31
Figura 22 Delimitação do bairro Santa Marta ....................................................................................... 32
Figura 23 Terrenos propostos ................................................................................................................ 44
Figura 24 Situação e localização terreno 1 ............................................................................................ 45
Figura 25 Topografia do terreno 1 ......................................................................................................... 46
Figura 26 Desnível ................................................................................................................................. 46
Figura 27 Arborização do terreno 1 ....................................................................................................... 47
Figura 28 Skyline fachada da rua Bom Recreio .................................................................................... 48
Figura 29 Skyline fachada da rua João Catapan .................................................................................... 48
Figura 30 Ventos Predominantes, estudo de insolação .......................................................................... 48
Figura 31 Situação e localização terreno 2 ............................................................................................ 49
Figura 32 Topografia do terreno 2 ......................................................................................................... 50
Figura 33 Desnível terreno 2 ................................................................................................................. 50
Figura 34 Arborização do terreno 2 ....................................................................................................... 51
Figura 35 Skyline fachada da rua Bom Recreio .................................................................................... 51
Figura 36 Skyline fachada da rua Tenente Portela ................................................................................ 51
Figura 37 Conceito ................................................................................................................................ 54
Figura 38 Conceito volumétrico ............................................................................................................ 55
Figura 39 Organograma Pavimento térreo terreno 01 ........................................................................... 61
Figura 40 Organograma Primeiro Pavimento terreno 01 ....................................................................... 61
Figura 41 Organograma Primeiro Pavimento terreno 01 ....................................................................... 62
Figura 42 Proposta de Zoneamento 1 .................................................................................................... 62
Figura 43 Proposta de Zoneamento 2 .................................................................................................... 63
Figura 44 Proposta de Zoneamento 3 .................................................................................................... 63
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Programa de necessidades ...................................................................................................... 25
Tabela 2 Programa de necessidades ...................................................................................................... 29
Tabela 3 Desenvolvimento do bairro .................................................................................................... 33
Tabela 4 Cheios e vazios ....................................................................................................................... 34
Tabela 5 Uso do solo ............................................................................................................................. 35
Tabela 6 Uso do solo ............................................................................................................................. 35
Tabela 7 Mapa das alturas ..................................................................................................................... 36
Tabela 8 Gabarito de alturas.................................................................................................................. 36
Tabela 9 Fluxos ..................................................................................................................................... 37
Tabela 10 Vegetação. ............................................................................................................................ 38
Tabela 11,Infraestrutura Urbana ........................................................................................................... 41
Tabela 12,Infraestrutura Urbana ........................................................................................................... 42
Tabela 13,Infraestrutura Urbana ........................................................................................................... 41
Tabela 14 Mobilidade urbana ................................................................................................................ 42
Tabela 15 Zonas urbanas ....................................................................................................................... 43
Tabela 16 Problemas e potencialidades................................................................................................. 57
Tabela 17 Tabela 18: Programa de Necessidades terreno 01. ............................................................... 58
Tabela 18 Programa de Necessidades terreno 02. ................................................................................. 60
Tabela 19 Programa de Necessidades Parque. ...................................................................................... 60
Sumário 1 CAPÍTUL0 1: INTRODUÇÃO ................................................................... 11
1.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 11
1.2 TEMA DO PROJETO .................................................................................... 11
1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO .................................... 12
2 CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................... 14
2.1 AGRICULTURA URBANA: ......................................................................... 14
2.2 AGRIGULTURA URBANA NA ESCALA DO BAIRRO ........................... 16
2.3 O CONCEITO E HISTÓRICO DE PARQUE ............................................... 16
2.4 DIRETRIZES DE PROJETO DE PARQUE .................................................. 16
2.5 ESTUDOS DE CASO .................................................................................... 17
2.5.1 Parque Aranzadi, Pamplon ............................................................................. 17
2.5.2 Agro Food Park ............................................................................................... 22
2.5.3 Parque Agrícola Alta de Lisboa ...................................................................... 27
2.6 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO .................................................................... 30
3 CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO ........ 31
3.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 31
3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL ......................................................... 31
3.3 MAPA NOLLI, USO DO SOLO E ALTURA DAS EDIFICAÇÕES ........... 34
3.4 INFRAESTRUTURA URBANA ................................................................... 39
3.5 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TERRENO ................................ 44
3.6 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS ....................................... 52
3.6.1 Código de Obras ............................................................................................ 52
3.6.2 Código de Obras ............................................................................................. 52
3.6.3 Lei 12651/2012 - Código Florestal Brasileiro ................................................ 52
3.6.4 NBR 9050 ....................................................................................................... 53
4 CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS ................. 54
4.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 54
4.2 CONCEITO DO PROJETO ........................................................................... 54
4.2.1 CONCEITO VOLUMETRICO. ..................................................................... 55
4.3 DIRETRIZES DE ARQUITETURA .............................................................. 56
4.4 DIRETRIZES URBANÍSTICAS ................................................................... 56
5 CAPÍTULO 5: PARTIDO GERAL ............................................................ 58
5.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 58
5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES ............................................................. 58
5.3 ORGANOGRAMA/FLUXOGRAMA ........................................................... 60
5.4 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO ............................................................... 62
REFERENCIAS .............................................................................................. 64
11
1 CAPÍTUL0 1: INTRODUÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
O trabalho de pesquisa desenvolvida visa o estudo das premissas da agricultura
urbana, que consiste em desenvolver projeto de um Parque Agrícola Urbano no bairro Santa
Marta na cidade de Passo Fundo/RS, com o intuito principal de dar usos a vazios urbanos da
localidade desempenhando um papel social na comunidade carente do bairro. Nos últimos
anos a agricultura urbana vem sendo debatida em escala mundial e nacional, aumentando a
aplicação nessas localidades. Seu uso em constate crescimento objetiva suprir o consumo de
alimentos, principalmente nas épocas de instabilidades econômicas e fragilidade no mercado
de trabalho. Com o crescimento espontâneo da prática agrícola urbana ao longo do tempo, é
importante discutir e aplicar os conhecimentos de forma planejada no meio urbano.
1.2 TEMA DO PROJETO
O tema desenvolvido no presente projeto trata da pratica da agricultura urbana, pois
sempre manteve uma ligação estreita com o meio urbano, (BAIROCH, 1985), o meio agrícola
sempre esteve presente nas cidades desde o tempo neolítico e se afirmou até as cidades
modernas, mas que o poder público a ignorou durante o século 20. Essa prática segundo
(PNUD, 1996) 800 milhões de pessoas a praticam no mundo.
Essa produção de alimento proporciona uma melhora na alimentação e na dieta das
famílias, permitindo que possa usar parte de sua renda para outros recursos fundamentais,
diminuindo gastos com alimentação (BRYLD, 2003; MORENO, 2007 ZEZZA E
TASCIOTTI, 2010). Essa prática tem outras funções em seu meio alocado não só apenas a
produção de alimentos, com esse envolvimento da comunidade pode se regenerar laços
sociais comunitários de suas localidades, desenvolvendo processos de educação alimentar,
atividades que visam a melhora de vida e cuidados com o meio ambiente, proporcionando
novos locais físicos como quintais, hortas escolares e parques (LIMA, 2000. apud Cisneros,
2016).
12
A falta de segurança alimentar da população é muito preocupante segundo pesquisa
realizada pelo IBGE(2013) no Brasil ocorreu um aumento nos domicílios com falta de
alimentação de qualidade cerca de 77%, esse aumento é na população que reside em
localidades de periferias nessas localidades se concentra maior número de famílias de baixa
renda, essas pessoas não conseguem manter uma boa alimentação. Em vista no Brasil acesso a
alimentos de qualidade é determinado pelo poder aquisitivo, quem tem maior renda consegue
alimentos melhores, e assim a fome está relacionada à pobreza dessa população menos
favorecida (CALMON e DOS SANTOS, 2016).
Esse aumento da insegurança alimentar vem promovendo atividades agrícolas urbanas,
com a intenção de suprir carências alimentares, agregando conhecimento de utilizar o solo
como fonte de alimento e renda extra e que as famílias desenvolvam a prática da agricultura
urbana. Ela pode ser entendida como a solução para essa insegurança, garantindo que até
2050, dois terços da população ira praticar a agricultura urbana ampliando sua importância em
modo mundial (PESSOA, 2005 e REDWOOD, 2009).
1.3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO PROJETO
A cidade de Passo Fundo – RS com cerca de 197.798 habitantes (IBGE, 2016),
valoriza espaços públicos de convivência e devido a revitalização que recentemente foi
promovida do Parque da Gare (2016) e do Parque Linear do Sétimo Céu (2016), é possível
verificar a importância desses espaços para a população onde seja possível a prática de lazer
valorizando a convivência social.
Outro fator importante é o crescimento urbano, e a ocorrência de zonas periféricas que
são desvalorizadas e abandonadas onde se concentra o maior número de problemas de
urbanização. Nessas localidades se concentra-se grande número de famílias de baixa renda
vivendo em situações precárias, com baixa instrução e escolaridade, e possuem dificuldades
para ingressar no mercado de trabalho ocasionando a dificuldade de sobrevivência dessas
pessoas que residem nesses locais.
A localidade escolhida para a implantação do projeto bairro Santa Marta, localizado
na zona sul da cidade próximo á perimetral sul, habitada por moradores de renda média e
baixa, mas em grande número carentes. Por se tratar de um bairro afastado do centro da
cidade e sua população precisa percorrer grandes distâncias, cruzar a rodovia que separa o
bairro da cidade algumas dessas pessoas sem condições de locomoção ficando difícil o acesso
13
a uma alimentação barata e de qualidade. Em seu território possui diversos vazios urbanos e
áreas verdes sem utilidades, perfeitos para implantação do parque, beneficiando as famílias
que ali residem.
Um parque agrícola no meio urbano justifica-se pela interação social da comunidade, a
coesão territorial, reintegrando áreas verdes sem utilidade, e o mais importante beneficiando a
população que irá utilizar e depender desse local. A diferença de características de um parque
normal para o agrícola é a sua maior finalidade e objetivo é a pratica da agricultura urbana e
seu uso principal e atender a demanda local de consumo de alimentos.
O parque agrícola possui um papel fundamental em comunidades de baixa renda, sua
implantação nessas localidades é de muita importância melhorando o aspecto urbano do
bairro ou cidade, mudando hábitos de seus usuários proporcionando uma melhora de vida nas
pessoas que irão beneficiar- se desse espaço. A implantação do parque no bairro Santa Marta
irá facilitar a mobilidade dos usuários beneficiando a todos, sendo pela produção de alimentos
pela capacitação oferecida onde cada família poderá produzir tanto no parque como em suas
casas, satisfazendo seu consumo e podendo ser uma pequena fonte de renda.
Com aplicação dos conceitos de agricultura urbana a população que reside no bairro
aumentará a interação entre elas, além disso a pratica auxilia em suprir as necessidades
básicas de alimentos, através da segurança alimentar, os alimentos serão de boa qualidade
diminuindo a presença da industrialização, atendendo ao cultivado do próprio alimento,
encurtando a distância percorrida para que o alimento chegue de boa qualidade perto de suas
casas.
O projeto de um parque destinado a agricultura urbana, visa desenvolver o hábito e
transformar esta atividade em parte da rotina cotidiana, onde os moradores possam trabalhar
em conjunto para um maior crescimento da comunidade.
14
2 CAPÍTULO 2: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Esse capítulo desenvolve engloba a fundamentação teórica para o desenvolvimento do
parque agrícola urbano, os seguintes assuntos agricultura urbana conceito e histórico, conceito
e diretrizes de projeto de um parque no meio urbano sua importância para seus usuários.
2.1 AGRICULTURA URBANA:
O tema da agricultura urbana começa a ser debatido a partir da década de 1980, pois
havia uma emergência de pessoas passando fome, época que se procurava um novo
pensamento ambiental, e essa prática vem como uma resposta aos desafios de governantes da
época, com base para a criação de ações públicas contra a alarmante pobreza urbana, e a fome
da população em alta escala na década de 1990. Nesse mesmo período movimentos
ambientalista tinham o pensamento que a cidade estava fora dos processos ecológicos, e a
compreendia como um elemento consumidor dos recursos naturais do campo degradando o
ambiente natural, onde a cidade não produzia nada e sim só se consumia o que era gerado na
zona rural (COUTINHO, 2010).
A implantação desta prática atinge uma dimensão social enorme, onde pode se ter a
inclusão social, acesso a alimentação de qualidade, melhora na saúde oferecendo a população
de baixa renda que não possui condições de comprar alimentos de boa qualidade
(MONTEIRO, 2002). Em países avançados o uso da pratica pode ser vista como
sustentabilidade, e em países onde a grande maioria da população é de baixa renda a pratica
pode ser vista como necessidade para sobrevivência, ou seja, combate a fome, integrando
dimensão social com aspectos ambientais e econômicos (MOUGEOT, 2000).
No Brasil a prática se desenvolveu após a modernização da agricultura onde se teve
uma grande migração da população rural para o meio urbano, essa população imigrante não
foi aceita pela população urbana e não se adaptaram, ocasionando uma discriminação e essas
pessoas começaram a se alocar em zonas periféricas da cidade. Nessas zonas mais afastadas
dos centros cerca de 80% da população possui casas separadas, e entre essas casas acontecem
espaços vazios, e foram nesses espaços que se iniciou a produção alimentar para suprir a
necessidade básica de alimento para suas casas (BOUKHARAEVA, 2005).
No Brasil a agricultura urbana é muito praticada em São Paulo – SP onde começou no
ano de 2004 com poucas hortas e adeptos a prática, essa época a ONG Cidades Sem Fome
15
incentivou a prática. Com o crescimento de pessoas se consolidou ainda mais com a criação
do grupo Hortelões Urbanos, hoje esses grupos possuem mais 65 mil participantes praticantes
nas quatros zonas da maior cidade brasileira.
Em épocas de conflitos da primeira guerra mundial, a Alemanha passa por uma grande
carência de alimentos, em meio essa falta sua população urbana optou por produzir para seu
consumo. (GIRARDET, 2000 apud GONSALVEZ, 2013). Mesmo após esses momentos de
crises a população não abandonou a prática, nos dias atuais é considerado muito mais que área
de cultivos, e um espaço de lazer, interação social, população aprendem a conviver e interagir
com várias faixas etárias exercendo uma atividade física e lazer (SARAIVA 2011). Nessa
mesma época diversos países da Europa aderiram a pratica como Reino Unido e França
começaram a aproveitar espaços vazios urbanos para o cultivo de alimentos (CABANNES,
2012).
Em Cuba a atividade surgiu após o colapso da União Soviética onde desencadeou crise
de (1989), onde o pais perdeu seu parceiro de petróleo e o resultado dessa perda afetou
diretamente a agricultura local, Cuba ficou sem combustível para o transporte do alimento em
seu território. Então o governo cubano para conseguir suprir a necessidades de sua população
criou o programa de cultivo intensivo onde poderia ser aplicado o cultivo livre em qualquer
lugar do solo, beneficiando sua população com resultados positivos (GARRETT, 2008.
GONSALVES, 2013).
Essa atividade nas cidades vem se deparando com dificuldades ocasionadas pela
falta de um planejamento urbano. Autoridades responsáveis por esse planejamento ainda não
aceitam a pratica como uma ferramenta urbana sendo que em muitos países a ignoram e
enquanto outros não promovem nenhum tipo de incentivo para que a mesma se expanda em
seu território urbano (SMIT, 1996; REDWOOD, 2009). A dificuldade da implantação da
agricultura urbana começa já na escolha dos locais para ser praticada, existem lugares
propícios para o cultivo, porque o solo urbano sempre está em constante transformação pelo
risco de poluentes.
A dificuldade aumenta pelas localidades suprimidas por edificações ou ligações ruas e
avenidas, um lote agrícola implantado em um local pode estar beneficiando a população
amanhã já pode ser vendido e no lugar a construção de um edifício, ainda se busca a
valorização dos espaços verdes para a qualidade e bem estar de todos (GONSALVEZ,
2013.KAUFNAN, 2000).
16
2.2 AGRIGULTURA URBANA NA ESCALA DO BAIRRO
Em bairros afastados dos centros urbanos e econômicos das cidades, a agricultura
urbana, é de uso para, sobretudo valorizar a segurança alimentar de algumas famílias que
possuem essa pratica como fonte de renda extra, em meio as crises econômicas ela é bem
vinda a essas pessoas. Esse aumento no faturamento familiar é muito importante, e propicia a
inclusão social desses grupos que muitas vezes são marginalizados pela sociedade,
promovendo à conservação do bairro a biodiversidade local, melhorando sua qualidade de
vida, gerenciando cada vez mais espaços verdes urbanos nos bairros (NUGENT, 2000;
DEELSTRA e GIRARDET, 2000; VAN VEENHUIZEN e DANSO, 2007). É aplicada em
vazios urbanos nos bairros abandonados que transformam-se em depósitos de lixos
(GONSALVEZ, 2013).
2.3 O CONCEITO E HISTÓRICO DE PARQUE
Parques jardins urbanos surgiram nas cidades e logo após apareceram na América
por volta do século XVI. Tratava se de uma consolidação de espaços urbanos
aproximando o homem com a natureza em uma nova paisagem para as cidades
(SEGAWA, 1996). No Brasil esses espaços começaram a ser formados através da
colonização e logo nos primeiros séculos já havia espaços verdes, eram pontos de
concentração da população (REIS FILHO, 1968). O passeio público do Rio de Janeiro foi
uns dos primeiros jardins urbanos construídos no Brasil, sua construção foi ordenada pelo
vice-rei D. Luis Vasconcelos em 1779 e executada por Valentim da Fonceca e Silva
(SEGAWA, 1996).
2.4 DIRETRIZES DE PROJETO DE PARQUE
A importância de um parque numa cidade ou bairro é a contribuição que esse espaço
oferece para a sustentabilidade urbana, transformando o ambiente urbano em um local
natural minimizando diversos problemas das cidades. Entre esses diversos problemas
ambientais ele ajuda a tensão social, onde esse espaço serve para um ambiente de
convivência aproximando as pessoas interagindo com o meio ambiente (PIRES, 2007).
17
As vantagens de se obter espaços abertos é o beneficio estético dos parques, onde
existe uma grande área de vegetação diversificando a paisagem urbana, quebrando aquele
visual de aridez dos prédios nas cidades (CRISPIM, 2003). O espaço de lazer beneficia a
recreação para a população, tirando o estresse de um dia cansativo de trabalho onde a
população possa passar algumas horas de lazer com outras pessoas melhorando o aspecto
visual e psicológico dos usuários (PIRES, 2007).
A prioridade dos parques é dar ênfase ao lazer no meio urbano, melhorar a
qualidade de vida da população tanto o físico quanto o mental, controlar a opressão em
meio a grandes edifícios aprimorar o senso estético urbano também é um eficaz filtro de ar
em meio a cidade. Para desempenhar esse papel sua arborização precisa ser planejada e
aprimorada (LOBODA e ANGELIS, 2005).
Esses espaços com tantos potenciais positivos podem ser muitas vezes banalizados
pelo mau uso, tendo a sua função original esquecida, cedendo espaço para o abandono
atraindo desocupados, criminosos, prostitutas transformando - se em um ambiente
marginalizado no meio da cidade. Pessoas de menor poder aquisitivo ficam sem poder
usufruir de espaços público com qualidade (LOBODA, 2005).
2.5 ESTUDOS DE CASO
2.5.1 Parque Aranzadi, Pamplon
Figura 1 Localização
Fonte: KONPABLOGAK6: 2013
18
2.5.1.1 Autor e localização do projeto:
Projeto localizado em Pamplona, Navarra, Espanha.
Arquitetos Iñaki Alday aldayjover arquiteto - Margarita Jover Biboum.
Área total construída: 20000 m²
Ano do projeto: 2009
2.5.1.2 Implantação
Figura 2 Implantação
Fonte: Adaptado pelo autor com base KONPABLOGAK, 2013
Área desconectada com o entorno devido sua tipologia de terreno, mais caracterizado
por uma área verde.
19
2.5.1.3 Acessos e Circulações
Figura 3 Acessos e circulações
Fonte: Adaptado pelo autor com base KONPABLOGAK, 2013
O parque não possui uma hierarquia de acesso, está rodeado por vários acessos de
todos os lados ligados por pontes que atravessam o canal que rodea a área do projeto.
Em sua circulação pode se notar que não tem uma setorização marcada seus caminhos
são lineares por toda extensão do parque.
Figura 4 Área de projeto
Fonte: hicarquitectura, 2012
20
Edifício localizado no centro do parque consiste em objetivos que reforça a
intensificação do parque. Preserva a viabilidade seu objetivo é divulgar a atividades agrícolas
desenvolvidas no local. Essa interação conceitual que os arquitetos queriam reforçar com essa
interação arquitetônica e paisagística, inserindo culturas agrícolas no meio urbano como
fazem as estufas e túneis passar a relação de estar em meio a zona rural.
Figura 5 Acesso
Fonte: hicarquitectura, 2012
Figura 6 Fachadas
Fonte: hicarquitectura, 2012
21
2.5.1.4 Zoneamento
Figura 7 Zoneamento
Fonte: Adaptado pelo autor com base KONPABLOGAK, 2017
Figura 8 Zoneamento
Fonte: Adaptado pelo autor com base KONPABLOGAK, 2017
22
2.5.1.5 Programa de Necessidades
Área Dimensões (em m²) Mobiliário essencial
Área de Cultivo 80% dimensão do Parque
Escola Preparatória 10% dimensão do Parque
Área de Convivência 10% dimensão do Parque
Tabela 1: Programa de necessidades
2.5.2 Agro Food Park
Figura 9 Zoneamento
Fonte: Archdaily, 2016
2.5.2.1 Autor e localização do projeto:
Projeto localizado na Dinamarca, desenvolvido pela AFP arquitetos.
Ano do projeto 2009 e sua área atual é de 44.000 m², mas sua expansão total pode
chegar a 280 000 m².
23
2.5.2.2 Implantação
Figura 10 Área de projeto
Fonte: Archdaily, 2016
Sua implantação é localizada em uma área de expansão cidade, com o objeto de se
criar nova centralidades urbanas, desenvolvendo um bairro que consiga produzir alimento
suficiente pra demanda local.
24
2.5.2.3 Acessos e Circulações
Figura 11 Acessos e circulações
Fonte: Archdaily, 2016
Esse parque apesar da extensa ele foi projetado pensando em desenvolvimento
sustentável, e seu meio de transporte principal é bicicleta ou um bonde que corta o caminho
principal, os arquitetos queriam que os usuários caminhassem mais e em seus trajetos
observassem o parque e suas atividades.
25
2.5.2.4 Zoneamento
Figura 12 Zoneamento
Fonte: Adaptada pelo autor com base Archdaily, 2016
Sua setorização está de acordo com a melhor locomoção de seus usuários, onde setor
de convivência está localizado ao cento de sua implantação pela mobilidade já que só se pode
transitar sem o uso de automóveis.
2.5.2.5 Programa de Necessidades
Área Dimensões (em m²)
Área de Cultivo 50% dimensão do Parque
Educacional 10% dimensão do Parque
Área de Convivência 20% dimensão do Parque
Serviço 20% dimensão do Parque
Tabela 1 Programa de necessidades
Fonte: autor 2017
26
Figura 13 Área de implantação
Fonte: Archdaily, 2016
O conceito dos arquitetos é a interação das pessoas com praças e que a principal
missão é alimentar o mundo com uma melhor qualidade.
Figura 14 Conceito
Fonte: Archdaily, 2016
27
Figura 15 Conceito
Fonte: Archdaily, 2016
2.5.3 Parque Agrícola Alta de Lisboa
Figura 16 Área de projeto
Fonte: Grupo Comunitário Alta, 2013
28
2.5.3.1 Autor e localização do projeto:
Projeto localizado em Portugal, Alta de Lisboa, desenvolvido por grupo de arquitetos da
prefeitura. Ano do projeto 2009 e sua área atual é de 17.000 m²
Figura 17 Localização
Fonte: Google maps, 2016
2.5.3.2 Implantação e Acessos
Figura 18 Implantação e acessos
Fonte: Avaal, 2011
29
Projeto está localizado no meio da cidade, ao lado de uma rodovia com grande trafego
de veículos que do acesso para um túnel. O parque possui dois acessos um principal e o
secundário que pode ser usado mais como uma passagem rápida pelo parque.
2.5.3.3 Zoneamento
Figura 19 Zoneamento
Fonte: Adaptada pelo autor com base Avaal, 2011
2.5.3.4 Programa de Necessidades
Área Dimensões (em m²)
Área de Cultivo 100% dimensão do Parque
Tabela 2 Programa de necessidades
Fonte: Autor, 2017
O parque é totalmente de uso para cultivo, não possuindo nenhum tipo de construção
arquitetônica, seu conceito é para a comunidade utilize como auxilio em sua alimentação
diária em suas casas.
30
Figura 20 horta
Fonte: Altas hortas, 2011
O parque foi uma iniciativa dos moradores do bairro, e a ideia principal é que o parque
fosse acessível a todos, com base nesse pensamento foi criada a horta acessível, onde pessoas
com dificuldades de locomoção podem colaborar com o parque fazendo plantio de suas
mudas em um ambiente totalmente favorável para suas dificuldades.
2.6 CONCLUSÃO DO CAPÍTULO
Nesse capítulo analisamos toda a formação da agricultura urbana no cenário mundial e
a sua importância para a população, como podemos acessar seu uso é de importância para
famílias de baixa renda através do parque é possível fortalecer a comunidade. Concluímos que
a implantação de parques em comunidades carente aumenta a relação entre as pessoas
aumentando sua interação e ajudando a fortalecer seu bem estar melhorando qualidade de vida
que é o mais importante.
.
31
3 CAPÍTULO 3: DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
3.1 INTRODUÇÃO
Nesta parte será apresentado o diagnóstico da área de implantação.
3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL
A cidade de Passo Fundo localizada no estado do Rio Grande de Sul, na região norte
do estado considerada um polo regional da região do Planalto Médio, seu território abrange
cerca de 780,355 km² e distante cerca de 227,65 km da Capital Porto Alegre.
Figura 21 Localização
Fonte: Autor, 2017
32
A cidade possui cerca de 197.798 habitantes (IBGE, 2016), e tem como fontes
principais da economia agropecuária e comercio e considerada polo regional em saúde e
educação, a relação com a agricultura é muito próxima o agronegócio é uma fonte de renda da
cidade.
O bairro de intervenção é o bairro Santa Marta, localizado na zona sul da cidade
próximo a perimetral sul, tendo divisas com o bairro Donária, Loteamento Fonte e Luz, Vila
Vinte de Setembro e liga a localidade de Capinzal na zona rural da cidade como podemos ver
na imagem abaixo.
Figura 22 Delimitação do bairro Santa Marta
Fonte: Adaptado pelo autor com base google maps, 2017
Seu surgimento foi através de um vilarejo cerca de 100 anos atrás, na época habitado
por poucas famílias, que possuíam plantações em pequenas chácaras na localidade. Ao longo
do tempo foi sendo urbanizada e loteada e começou a ser habitada por pessoas de menor
renda que optavam em comprar terrenos no bairro pelo baixo valor por ser afastado do centro
da cidade, a partir disso fundaram o Bairro Santa Marta, o mapa abaixo mostra como se deu a
urbanização e seu desenvolvimento ao longo das décadas.
33
MAPA DESENVOLVIMENTO DO BAIRRO
Tabela 3 Desenvolvimento do bairro
Fonte: PMPF (2015), adaptado Disciplina Projeto VII – IMED (2017), com colaboração do Autor
34
3.3 MAPA NOLLI, USO DO SOLO E ALTURA DAS EDIFICAÇÕES
MAPA NOLLI BAIRRO SANTA MARTA
Tabela 4 Cheios e vazios
Fonte: PMPF (2015), adaptado Disciplina Projeto VII – IMED (2017), com colaboração do Autor.
A de área de análise do estudo é de toda abrangência do bairro, onde há predominância
de espaços vazios pelo mal parcelamento do território, obrigando que os moradores residam
com grandes espaços sem usos problemáticos e não produtivos, e a maior aglomeração de
construção é próximo a principal avenida.
35
Tabela 5 Uso do solo
Fonte: PMPF (2015), adaptado na Disciplina de Projeto VII –IMED (2017), com Colaboração do Autor.
Tipo de Uso do Solo Nº de Ocorrências % das Ocorrências
Residencial Unifamiliar 222 67,27
Residencial Multifamiliar 2 0,61
Misto 3 0,91
Comércio e Serviço 9 2,72
Religioso 3 0,91
Institucional Educacional 2 0,61
Institucional Outros 1 0,30
Área Não Identificada 88 26,67
Total 330 100 %
Tabela 6 Uso do solo
Fonte: Autor, 2017
MAPA DE USOS
36
Podemos observar que o bairro não possui grande diversidade de usos, predomina-se
residencial unifamiliar (casas), podemos observar o grande número de instituições religiosas,
e maior concentração do comercio é na Av. Miguelzinho Lima considerada como a principal
do bairro.
MAPA DE GABARITO DE ALTURAS
Tabela 7 Mapa das alturas
Fonte: PMPF (2015), adaptado na Disciplina de Projeto VII –IMED (2017), com Colaboração do Autor.
Nº de Pavimentos Nº de Ocorrências % de Ocorrências
1 Pavimento 363 83
2 Pavimentos 14 3
Terrenos Baldios 60 14
Tabela 8 Gabarito de alturas
Fonte: Autor, 2017
37
Nota se pela tabela 7 acima, que a area delimitada pelo bairro tem a caracteristicas horizontais
com maior número de edicicações de um pavimento.
MAPA DE FLUXOS
A cidade de Passo Fundo possui uma malha viária com vias arteriais, coletoras e locais, o
bairro estudado possui um fluxo de média e baixa intensidade apenas com um cruzamento
conflitante em seu acesso principal, possuindo duas vias coletoras que servem de ligação para
bairros em seu entorno, e em sua delimitação possui diversas vias locais de baixo fluxo,
predominando à pavimentação asfáltica, mas possui algumas vias sem pavimentação de terra.
Sentindo de suas vias internas são todas de mão dupla, o passeio público existente grande
parte degradada pelo tempo e em apenas quatros quarteirões no restante os pedestres tem que
transitar pela rua, placas de indicação possui só nas vias principais as de maior fluxo.
Tabela 9 Fluxos
Fonte: PMPF (2015), adaptado na Disciplina de Projeto VII –IMED (2017), com Colaboração do Autor.
38
MAPA DE VEGETAÇÃO DO BAIRRO
Tabela 10 Vegetação.
Fonte: PMPF (2015), adaptado Disciplina Projeto VII – IMED (2017), com colaboração do Autor.
O bairro possui uma massa vegetativa bastante densa e fechada com grande
predominancia de vegetação em todos o quarteiroes, e com maior predominante na rua João
Catapam.
39
3.4 INFRAESTRUTURA URBANA
A partir dos mapas abaixo podemos observar a infraestrutura do bairro, onde possui
em toda sua localidade rede de água e rede de energia elétrica, rede de esgoto consta apenas
na Av. Miguelzinho, grande maioria das residências conta com fossa séptica para tratamento
de esgoto. No bairro possui torres de alta tensão que cortam toda extremidade de seu
território. Esses dados apresentados nos mapas abaixo foram coletados através de arquivos
fornecidos pelas concessionárias responsáveis e através de visitas a localidade.
REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA
Tabela 11 – Rede de água
Fonte: PMPF (2015), adaptado Disciplina Projeto VII – IMED (2017), com colaboração do Autor.
40
REDE DE DISTRIBUIÇÃO ELÉTRICA
Tabela 12 – Rede elétrica
Fonte: PMPF (2015), adaptado Disciplina Projeto VII – IMED (2017), com colaboração do Autor.
41
REDE DE ESGOTO
Tabela 13– Rede esgoto
Fonte: PMPF (2015), adaptado Disciplina Projeto VII – IMED (2017), com colaboração do Autor.
Tabela 11,12,Infraestrutura Urbana
Fonte: PMPF (2015), adaptado Disciplina Projeto VII – IMED (2017), com colaboração do Autor.
42
MOBILIDADE URBANA DO BAIRRO SANTA MARTA
Tabela 14 Mobilidade urbana
Fonte: PMPF (2015), adaptado Disciplina Projeto VII – IMED (2017), com colaboração do Autor.
O bairro conta com duas linhas de onibos urbano, uma passando por todo o bairro e
outra com passagem de ligação para o bairro donaria, estão distribuidas em 14 pontos ao
longo do bairro. A linha princiopal Santa Marta x Entre Rios com intervalo de horarios de 30
em 30 minutos com tempo de chegado ao centro da cidade de 22 minutos, linha secundária
Santo Antonio x Donário com intervalo de horarios de 40 em 40 minutos com estimativa de
chegada ao centro da cidade de 20 minutos, esses dados de horarios fornecidos pelas empresas
responsáveis pelas linhas.
43
MAPA DE ZONAS URBANAS BAIRRO SANTA MARTA
Tabela 15 Zonas urbanas
Fonte: PMPF (2015), adaptado Disciplina Projeto VII – IMED (2017), com colaboração do Autor.
44
3.5 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO TERRENO
A intervenção será proposta em dois terrenos com potencialidades para agricultura
urbana, localizados na parte sul do bairro.
Terrenos
Figura 23 Terrenos propostos
Fonte: Autor, 2017
45
O terreno possui uma área total de 20.110,13 m², e o lote está localizado no limite da zona
rural com a urbana do bairro Santa Marta.
Figura 24 Situação e localização terreno 1
Fonte: Autor, 2017
46
Figura 25 Topografia do terreno 1
Fonte: Autor, 2017
Terreno de implantação do projeto possue cerca de 10 m de desnivel a declividade é
para parte posterior do lote em direção a app.
Figura 26 Desnível
Fonte: Autor, 2017
47
O terreno possui duas fachadas, para rua Bom Recreio e Av João Catapam.
Figura 27 Arborização do terreno 1
Fonte: Autor, 2017
48
Figura 28 Skyline fachada da rua Bom Recreio
Fonte: Autor, 2017
Figura 29 Skyline fachada da rua João Catapan
Fonte: Autor, 2017
Fevereiro 12:00hs Junho 12:00hs
Figura 30 Ventos Predominantes, estudo de insolação
Fonte: Autor, 2017
49
O terreno possui uma área total de 14445.70 m², localizado em duas zonas de
ocupação da cidade da Passo Fundo. Zona Ze: 7.582,06 m², ZPRH: 6863.64.
Figura 31 Situação e localização terreno 2
Fonte: Autor, 2017
50
Figura 32 Topografia do terreno 2
Fonte: Autor, 2017
O terreno 2 possui um desnível de até 10 metros.
Figura 33 Desnível terreno 2
Fonte: Autor, 2017
51
Figura 35 Skyline fachada da rua Bom Recreio
Fonte: Autor, 2017
Figura 36 Skyline fachada da rua Tenente Portela
Fonte: Autor, 2017
Figura 34 Arborização do terreno 2
Fonte: Autor, 2017
52
3.6 SÍNTESE DE LEGISLAÇÕES E NORMATIVAS
No trabalho para seu desenvolvimentos irão ser consideradas as seguintes normas e
legislações, Plano Diretor e Código de Obras da cidade de Passo Fundo, leis ambientais das
áreas de preservações e norma de acessibilidade NBR 9050.
3.6.1 Código de Obras
Os terrenos da implantação do projeto estão localizados em três zonas de ocupação,
terreno 01 está situado fora do perímetro urbano zona rural, terreno 02 ocupasse em duas
zonas de ocupação, ZE zona de ocupação extensiva, ZPRH zona de proteção recuos hídricos
que irão obedecer seguintes.
ZE zona de ocupação extensiva.
TO: 60%
CA: 1,2
ZPRH zona de proteção recuos hídricos.
TO: 20%
CA: 0,2
3.6.2 Código de Obras
Será utilizado código de obras da cidade de Passo Fundo, respeitando todas suas
normativas.
3.6.3 Lei 12651/2012 - Código Florestal Brasileiro
Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação nativa, áreas de
Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal.
As áreas de preservação permanente (APP) são áreas protegidas, coberta ou não por
vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a
53
estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o
solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
Os limites das APPs são contadas a partir do leito regular do curso d’água, sendo
assim, conforme a Lei 12651 (2012), a distância mínima será de: 30 (trinta) metros, para os
cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura. Distância de 50 (cinquenta) metros,
para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura. Distância de
100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos)
metros de largura. Distância de 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de
200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura. Distância de 500 (quinhentos) metros,
para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros.
3.6.4 NBR 9050
Será utilizada norma de acessibilidade universal NBR 9050 (2015).
54
4 CAPÍTULO 4: CONCEITO E DIRETRIZES PROJETUAIS
4.1 INTRODUÇÃO
Nesta parte será apresentado o conceito de projeto e suas principais diretrizes para
melhor entender as intenções do projeto.
4.2 CONCEITO DO PROJETO
O conceito da proposta do projeto remete aos princípios históricos e culturais do local,
retratando a essência da localidade em seus primórdios da sua existência até os dias atuais,
reavivando hábitos e costumes que a população deixou de praticar durante os passar dos anos,
conceituando o tema central, AGRICULTURA URBANA COMO ESSENCIA DE VIDA.
A agricultura urbana apesar de pouco falada possui um histórico muito grande de
várias gerações em diversas localidades, usada como manuseio do solo, garante e garantiu a
sobrevivência de muitas populações em diversas partes do mundo contribuindo ativamente
com a sobrevivência como fonte de alimento e auxilio na renda das famílias.
Figura 37 Conceito
Fonte: Archdaily, 2013
55
O projeto está situado em um bairro que sua herança local vem da agricultura, e o
projeto do Parque Agrícola propõem retomar essa herança deixada de lado, priorizando toda a
massa vegetativa existente nos terrenos de intervenção, trazendo características dessa região
para ser usado para a comunidade, de forma que as pessoas se citam atraídas e trabalhem
juntas para que possam crescer todas juntos e mantendo uma melhor interação entre as
famílias.
4.2.1 CONCEITO VOLUMETRICO.
A semente estrutura formada e fecundada a partir de um ovulo fecundado por
angiospermas e gimnospermas, dessa semente que traz a vida se enraíza na terra, absorvendo
e coletando nutrientes positivos cresce e se transforma em na planta, que produz o alimento,
alimentando gerações e seguindo esse processo por diversas vezes.
Figura 38 Conceito volumétrico
Fonte: Google, 2017
56
4.3 DIRETRIZES DE ARQUITETURA
O proposta desse projeto é propor a implantação do parque no bairro santa marta
buscando desenvolver diversas hortas comunitárias em 3 terrenos para o uso da comunidade,
com estufas, canteiros e pomares, com um local de sede principal onde irar ter setores para
capacitação de moradores para o plantio, espaços para venda, desenvolvendo esse espaço para
as famílias do bairro utilizar como fonte de alimentos de qualidade e renda extra.
Uso de um gabarito de alturas que não prejudique as visuais do entorno dos terrenos.
Utilizar estrutura metálica pela facilidade de manuseio e menor danos ao meio
ambiente.
Propor um sistema de reutilização agua da chuva.
Revestimento em trespa meteon pela sua resistência e durabilidade.
Propor hortas verticais nas fachadas.
Uso de peles de vidros com spider glass para que os usuários tenham relação com o
entorno e vejam todo o processo das hortas no entorno.
Plantio de arvores da mata nativa na área de proteção permanente.
Possuir diversos acessos para que os usuários tenham maior facilidade de acessar o
parque.
Uma horta acessível para que pessoas com algum tipo de deficiência possam praticar e
contribuir com a comunidade.
4.4 DIRETRIZES URBANÍSTICAS
Problemas
Problema Diretriz Estratégia Imagem
Cerca de 80% não
possui passeios
públicos.
Melhora nos Passeios
Públicos
Projetas passeios públicos
para melhora na segurança
paras os pedestres e se
locomover até o parque.
57
Falta de
Segurança para os
ciclistas
Ciclovia Implantação de uma Ciclo
via de ligação direta aos
acessos do bairro
Pontos de Ônibus
degradados e falta
de pontos de taxis
Valorização
transporte público.
Implantação de novos
pontos de ônibus com
maior proteção, e pontos
de taxi.
Potencialidades
Potencialidade Diretriz Estratégia Imagem
Área com
localizada na área
de expansão do
bairro
Valorizar todos os
pontos do bairro
Criar novas centralidades
dando usos a todos os pontos
do bairro.
Mobiliário Urbano Melhora na
infraestrutura e
segurança
Requalificar seu uso, adição
de câmeras de
monitoramento e melhor
iluminação.
Tabela 16 Problemas e potencialidades.
Fonte: Autor, 2017.
58
5 CAPÍTULO 5: PARTIDO GERAL
5.1 INTRODUÇÃO
Nesta parte será apresentado o partido geral do projeto do parque.
5.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES
PROGRAMA DE NECESSIDADES TERRENO 01
Setor Compartimento Mobiliário Área Útil
ACESSO Recepção Cadeiras, mesa 30m²
ADM
Secretária Mesa, cadeiras e armários. 30m²
Reuniões Mesa para 12 pessoas, cadeiras 25m²
Depósito Armários 30m²
Lavabos Fem/Masc Bacia sanitária e lavatório 20m²
SERVIÇO
Almoxarifados Armários 20m²
DML Armários, tanque 10m²
Depósitos Armários 20m²
Dep, Lixo Containers 20m²
Vestiários Armários, lavabos, bancos e chuveiros 25m²
Copa/Sala Funcionários Armários, mesas, cadeiras 30m²
Depósitos Ferramentas Armários 50m²
Separação de
Alimentos
Bancada, pia 20m²
Armazenagem de
Alimentos
Prateleiras, câmera, fria 40m²
Copa cozinha Fogão, bancadas, armários 45 m²
Controle 8 m²
Tabela 17: Programa de Necessidades terreno 01.
Fonte: Autor, 2017
59
MULTIUSO
Oficinas Armários, mesas, cadeiras 50m²
Oficinas Armários, mesas, cadeiras 50m²
Oficinas Armários, mesas, cadeiras 50m²
Oficinas Armários, mesas, cadeiras 50m²
Sanitários Fem/Masc Lavatório, bacias sanitárias 28m²
Venda de Plantas Prateleiras, bancadas 50m²
Restaurante Mesas, balcões e cadeiras 150m²
Tabela 17: Programa de Necessidades terreno 01.
Fonte: Autor, 2017.
PROGRAMA DE NESSESCIDADES TERRENO 02
Setor Compartimento Mobiliário Área Útil
ACESSO Receptação Mesa cadeira 20m²
Almoxarifados Armários 20m²
DML Armários, tanque 10m²
Depósitos Armários 20m²
Dep, Lixo Containers 20m²
Vestiários Armários, lavabos, bancos e
chuveiros
25m²
Vestiários Armários, lavabos, bancos e
chuveiros
25m²
Sala Funcionários Armários, mesas, cadeiras 29m²
Depósitos
Ferramentas
Armários 50m²
Separação de
Alimentos
Bancada, pia 20m²
Armazenagem de
Alimentos
Prateleiras, câmera, fria 20m²
Copa cozinha Fogão, bancadas, armários 40m²
60
Controle 8 m²
MULTIUSO
Feira Balcões, bancadas m²
Sanitários Bacia sanitária, lavatório 20m²
Café Mesas cadeiras 80m²
Tabela 18 Programa de Necessidades terreno 02.
Fonte: Autor, 2017.
PROGRAMA DE NESSESCIDADES PARQUE
Setor Compartimento Mobiliário Área Útil
SERVIÇO
Área de plantio Hortas 20000 m²
Estufas 300 m²
USO COMUM
Mobiliário urbano
Tabela 19 Programa de Necessidades Parque.
Fonte: Autor, 2017.
.
5.3 ORGANOGRAMA/FLUXOGRAMA
Organograma e fluxograma está distribuído em duas edificações, cada uma delas localizada
do dois terrenos existente da proposta do projeto
61
ORGANOGRAMA EDIFICAÇÃO TERRENO 01 PAVIMENTO TÉRREO.
ORGANOGRAMA PRIMEIRO PAVIMENTO TERRENO 01
ORGANOGRAMA PAVIMENTO TÉRREO EDIFICAÇÃO TERRENO 02
Figura 40 Organograma Primeiro Pavimento terreno 01
Fonte: Autor, 2017
Figura 39 Organograma Pavimento térreo terreno 01
Fonte: Autor, 2017
62
ORGANOGRAMA PAVIMENTO TÉRREO EDIFICAÇÃO TERRENO 02
Figura 41 Organograma Primeiro Pavimento terreno 01
Fonte: Autor, 2017
5.4 PROPOSTAS DE ZONEAMENTO
Figura 42 Proposta de Zoneamento 1
Fonte: Autor, 2017
63
A proposta de zoneamento escolhida foi a numero três, para base do desenvolvimento do
projeto, possuindo á melhor distribuição do setores, com uma melhor setorização para seus
usuários, facilitando acessos percursos e usos.
Figura 43 Proposta de Zoneamento 2
Fonte: Autor, 2017
Figura 44 Proposta de Zoneamento 3
Fonte: Autor, 2017
64
5.5 Referencias
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LOBODA, C. R. (2003). Estudo das áreas verdes urbanas de Guarapuava – PR.
66
ANEXO 01:
PESQUISA DESENVOLVIDA COM DICIPLINA DE PROJETO VII
COORDENADA PELO PROFESSOR LAERCIO MACULAN.
67
68
69
70
71
72
73
74
ANEXO 02:
PLANCHAS DE APRESENTAÇÃO.
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85