Empreendedorismo e Comercio Exterior

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Empreendedorismo y comercio exterior básico

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  • UNIVERSIDADE PARANAENSE

    MANTENEDORA Associao Paranaense de Ensino e Cultura APEC

    REITOR

    Carlos Eduardo Garcia

    Vice-Reitora Executiva Neiva Pavan Machado Garcia

    Vice-Reitor Chanceler Candido Garcia

    Diretorias Executivas de Gesto Administrativa

    Diretorias Executivas de Gesto Acadmica

    Diretor Executivo de Gesto dos Assuntos Comunitrios Cssio Eugnio Garcia

    Diretora Executiva de Gesto da Cultura e da Divulgao Institucional Cludia Elaine Garcia Custodio

    Diretora Executiva de Gesto e Auditoria de Bens Materiais Permanentes e de Consumo Rosilamar de Paula Garcia

    Diretor Executivo de Gesto dos Recursos Financeiros Rui de Souza Martins

    Diretora Executiva de Gesto do Planejamento Acadmico Snia Regina da Costa Oliveira

    Diretor Executivo de Gesto das Relaes Trabalhistas Jnio Tramontin Paganini

    Diretor Executivo de Gesto dos Assuntos Jurdicos Lino Massayuki Ito

    Diretora Executiva de Gesto do Ensino Superior Maria Regina Celi de Oliveira

    Diretor Executivo de Gesto da Pesquisa e da Ps-Graduao Rgio Marcio Toesca Gimenes

    Diretor Executivo de Gesto da Extenso Universitria Adriano Augusto Martins

    Diretor Executivo de Gesto da Dinmica Universitria Jos de Oliveira Filho

    Diretorias dos Institutos Superiores das Cincias Diretora do Instituto Superior de Cincias Exatas, Agrrias, Tecnolgicas e Geocincias Giani Andra Linde Colauto

    Diretora do Ncleo dos Institutos Superiores de Cincias Humanas, Lingustica, Letras e Artes, Cincias Sociais Aplicadas e Educao Fernanda Garcia Velsquez

    Diretora do Instituto Superior de Cincias Biolgicas, Mdicas e da Sade Irinia Paulina Baretta

    Diretorias das Unidades Universitrias Diretor da Unidade de Umuarama Sede Nlvio Ourives dos Santos

    Diretor da Unidade de Toledo Roberto Ferreira Niero

    Diretora da Unidade de Guara Sandra Regina de Souza Takahashi

    Diretora da Unidade de Paranava Edwirge Vieira Franco

    Diretor da Unidade de Cianorte Jos Aparecido de Souza

    Diretor da Unidade de Cascavel Gelson Luiz Uecker

    Diretor da Unidade de Francisco Beltro Claudemir Jos de Souza

  • SEMEAD SECRETARIA ESPECIAL MULTICAMPI DE EDUCAO

    A DISTNCIA

    Secretrio Executivo Carlos Eduardo Garcia

    Coordenao Geral de EAD Ana Cristina de Oliveira Cirino Codato

    Coordenador do Ncleo de Cursos Superiores nas reas de Educao, Lingustica, Letras e Artes e Cincias Humanas

    Heiji Tanaka

    Coordenador do Ncleo de Cursos Superiores da rea de Cincias Sociais Aplicadas

    Evandro Mendes Aguiar

    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca da UNIPAR Reviso de Normas Bibliogrficas Ins Gemelli Diagramao e Capa Sandro Luciano Pavan * Material de uso exclusivo da Universidade Paranaense UNIPAR com todos os direitos da edio a ela reservados.

    U58e UNIPAR - Universidade Paranaense.

    Empreendedorismo e comrcio exterior / Jorge Augusto

    Gutierre Pona ( Org.). Umuarama : Unipar, 2014. 68 f.

    ISBN: 978-85-87505-77-4

    1. Empreendedorismo. 2. Ensino a distncia - EAD. I.

    Universidade Paranaense. II. Ttulo.

    (21 ed.) CDD: 658.421

  • SUMRIO

    EMPREENDEDORISMO E COMRCIO EXTERIOR

    Apresentao ....................................................................................................................... 5

    Introduo ............................................................................................................................ 9

    UNIDADE I - INTRODUO AO EMPREENDEDORISMO .................. 13

    Objetivos .............................................................................................................................. 13

    Contextualizao da unidade ...................................................................................... 13

    O termo empreendedorismo ....................................................................................... 14

    O empreendedor ............................................................................................................... 16

    O processo empreendedor ........................................................................................... 18

    O empreendedorismo no Brasil ................................................................................. 23

    Pr-requisitos para a compreenso da unidade ................................................. 24

    Atividades para compreenso do contedo.......................................................... 24

    Material bibliogrfico e livros complementares ................................................. 27

    Artigos, sites e links ......................................................................................................... 28

    Filmes recomendados .................................................................................................... 28

    Proposta para discusso on-line ................................................................................ 29

    Bibliografia bsica ............................................................................................................ 29

    Bibliografia complementar .......................................................................................... 30

    UNIDADE II: ESTRUTURA DE UM PLANO DE NEGCIOS ............... 31

    Objetivos .............................................................................................................................. 31

    Contextualizao da unidade ...................................................................................... 31

    Fases do plano de negcios .......................................................................................... 34

    Elaborao de planilhas oramentrias e de vendas ........................................ 35

    Pr-requisitos para a compreenso da unidade ................................................. 38

    Atividades para compreenso do contedo.......................................................... 39

    Material bibliogrfico e livros complementares ................................................. 39

    Artigos, sites e links ......................................................................................................... 40

  • Filmes recomendados .................................................................................................... 40

    Proposta para discusso on-line ................................................................................ 41

    Bibliografia bsica ............................................................................................................ 42

    Bibliografia complementar .......................................................................................... 42

    UNIDADE III: CRIAO DE UM PLANO DE NEGCIOS ..................... 43

    Objetivos .............................................................................................................................. 43

    Contextualizao da unidade ...................................................................................... 43

    Cuidados na criao do plano de negcios ............................................................ 45

    Formatos de plano de negcios .................................................................................. 47

    Modelo do plano de negcio simplificado ............................................................. 48

    Modelo do plano de negcios padro ...................................................................... 49

    Modelo do plano de negcios do Sebrae nacional.............................................. 49

    Pr-requisitos para a compreenso da unidade ................................................. 50

    Atividades para compreenso do contedo ......................................................... 50

    Material bibliogrfico e livros complementares ................................................. 51

    Artigos, sites e links ......................................................................................................... 51

    Filmes recomendados .................................................................................................... 52

    Proposta para discusso on-line ................................................................................ 52

    Bibliografia bsica ............................................................................................................ 53

    Bibliografia complementar .......................................................................................... 53

    UNIDADE IV: BREVES CONCEITOS DO COMRCIO EXTERIOR .. 55

    Objetivos .............................................................................................................................. 55

    Contextualizao da unidade ...................................................................................... 55

    Histria dos blocos econmicos ................................................................................. 57

    Por que exportar ............................................................................................................... 58

    Pr-requisitos para a compreenso da unidade ................................................. 62

    Atividades para compreenso do contedo ......................................................... 63

    Material bibliogrfico e livros complementares ................................................. 66

  • Artigos, sites e links ......................................................................................................... 66

    Filmes recomendados .................................................................................................... 67

    Proposta para discusso on-line ................................................................................ 67

    Bibliografia bsica ............................................................................................................ 68

    Bibliografia complementar .......................................................................................... 68

  • Apresentao

    Diante dos novos desafios trazidos pelo mundo contemporneo e o surgimento de

    um novo paradigma educacional frente s Tecnologias de Informao e

    Comunicao disponveis que favorecem a construo do conhecimento, a

    revoluo educacional est entre os mais pungentes, levando as universidades a

    assumirem a sua misso como instituio formadora, com competncia e

    comprometimento, optando por uma gesto mais aberta e flexvel, democratizando o

    conhecimento cientfico e tecnolgico, atravs da Educao a Distncia.

    Sendo assim, a Universidade Paranaense - UNIPAR - atenta a este novo cenrio e

    buscando formar profissionais cada vez mais preparados, autnomos, criativos,

    responsveis, crticos e comprometidos com a formao de uma sociedade mais

    democrtica, vem oferecer-lhe o Ensino a Distncia, como uma opo dinmica e

    acessvel estimulando o processo de autoaprendizagem.

    Como parte deste processo e dos recursos didtico-pedaggicos do programa da

    Educao a Distncia oferecida por esta universidade, este Guia Didtico tem como

    objetivo oferecer a voc, acadmico(a), meios para que, atravs do autoestudo,

    possa construir o conhecimento e, ao mesmo tempo, refletir sobre a importncia

    dele em sua formao profissional.

    Seja bem-vindo(a) ao Programa de Educao a Distncia da UNIPAR.

    Carlos Eduardo Garcia

    Reitor

  • Seja bem-vindo caro(a) acadmico(a),

    Os cursos e/ou programas da UNIPAR, ofertados na modalidade de educao a

    distncia, so compostos de atividades de autoestudo, atividades de tutoria e

    atividades presenciais obrigatrias, os quais individualmente e no conjunto so

    planejados e organizados de forma a garantir a interatividade e o alcance dos

    objetivos pedaggicos estabelecidos em seus respectivos projetos.

    As atividades de autoestudo, de carter individual, compreendem o cumprimento

    das atividades propostas pelo professor e pelo tutor mediador, a partir de mtodos e

    prticas de ensino-aprendizagem que incorporem a mediao de recursos didticos

    organizados em diferentes suportes de informao e comunicao.

    As atividades de tutoria, tambm de carter individual, compreendem atividades de

    comunicao pessoal entre voc e o tutor mediador, que est apto a: esclarecer as

    dvidas que, no decorrer deste estudo, venham a surgir; trocar informaes sobre

    assuntos concernentes disciplina; auxili-lo na execuo das atividades propostas

    no material didtico, conforme calendrio estabelecido, enfim, acompanh-lo e

    orient-lo no que for necessrio.

    As atividades presenciais, de mbito coletivo para toda a turma, destinam-se

    obrigatoriamente realizao das avaliaes oficiais e outras atividades, conforme

    dispuser o plano de ensino da disciplina.

    Neste contexto, este Guia Didtico foi produzido a partir do esforo coletivo de uma

    equipe de profissionais multidisciplinares totalmente integrados que se preocupa

    com a construo do seu conhecimento, independente da distncia geogrfica que

    voc se encontra.

    O Programa de Educao a Distncia adotado pela UNIPAR prioriza a

    interatividade, e respeita a sua autonomia, assegurando que o conhecimento ora

    disponibilizado seja construdo e apropriado de forma que, progressivamente, novos

    comportamentos, novas atitudes e novos valores sejam desenvolvidos por voc.

  • A interatividade ser vivenciada principalmente no ambiente virtual de aprendizagem

    AVA, nele sero disponibilizados os materiais de autoestudo e as atividades de

    tutoria que possibilitaro o desenvolvimento de competncias necessrias para que

    voc se aproprie do conhecimento.

    Recomendo que durante a realizao de seu curso, voc explore os textos

    sugeridos e as indicaes de leituras, resolva s atividades propostas e participe dos

    fruns de discusso, considerando que estas atividades so fundamentais para o

    sucesso da sua aprendizagem.

    Bons estudos!

    e-@braos.

    Ana Cristina de Oliveira Cirino Codato

    Coordenadora Geral da EAD

  • Caro(a) acadmico(a), Este Guia Didtico composto de informaes e exerccios de anlise,

    interpretao e compreenso dos contedos programticos da disciplina de

    Empreendedorismo e Comrcio Exterior do Curso de Graduao em que voc se

    encontra matriculado.

    O Guia Didtico foi elaborado por um Professor Conteudista, embasado no plano

    de ensino da disciplina, conforme os critrios estabelecidos no Projeto Pedaggico

    do Curso. Abaixo, apresentamos, resumidamente, o currculo do Professor

    Conteudista responsvel pela elaborao deste material:

    Disciplina: Empreendedorismo e Comrcio Exterior

    Autor: Jorge Augusto Gutierre Pona

    Mestre em Desenvolvimento Regional e Agronegcios pela Universidade Estadual do Oeste do Paran - UNIOESTE, Especialista em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Paran - UFPR, Especialista em Docncia do Ensino Superior pela Universidade Paranaense - UNIPAR, Graduado em Administrao pela Universidade Paranaense - UNIPAR. Alm do professor conteudista, existe uma equipe de professores e tutores mediadores

    devidamente preparados para acompanh-lo e auxili-lo, de forma colaborativa, na

    construo de seu conhecimento.

    Bons momentos de estudos!

    e-@braos.

    Evandro Mendes Aguiar

    Coordenador do Ncleo de Cursos Superiores da rea de Cincias Sociais Aplicadas

  • INTRODUO

    Caro aluno seja bem vindo aos estudos da disciplina de Empreendedorismo e

    Comrcio Exterior.

    Este material foi desenvolvido pensando em ajud-lo a como se planejar e organizar

    seus estudos, no em absoluto a ntegra de nossa matria, e por essa razo no

    deve ser usado como nica fonte de estudos, mas apenas como um material de

    apoio e organizao de suas rotinas estudantis.

    Sua leitura importante, e t-lo em mos durante seus perodos de estudos e de

    nossas aulas virtuais ser muito proveitoso.

    Quero incentiv-lo a algumas prticas que podero lhe levar ao xito estudantil, encare-

    as como um incentivo e em especial, persiga-as como novos comportamentos a serem

    assimilados:

    Leia! A prtica da leitura fundamental para que voc consiga compreender o que

    voc estar estudando. Alis, ler deve ser uma prtica constante em sua vida. Leia

    sempre, todos os textos que lhe sero recomendados e outros tantos que chegarem s

    suas mos e que se relacionem com os contedos de qualquer que seja a disciplina.

    Para quem no est acostumado a ler, isso pode parecer cansativo no incio, mas em

    pouco tempo, com sua perseverana, a leitura ser um ato prazeroso.

    Organize seu tempo! Alm de assistir s aulas audiovisuais (gravadas e as

    transmitidas ao vivo), voc dever estabelecer um perodo de estudos individual

    dirio. Essa uma prtica que ir diferenciar sua carreira acadmica.

    Relacione-se para os estudos! Alm de estudar individualmente, procure conhecer

    seus colegas de grupo, criando uma network de estudo, para debater dvidas e

    dividir seus mtodos. Seja organizado e zeloso, crie uma sistemtica para os

    contatos com os membros dessa network, no espere ser contatado, mande e-mail,

    use as redes sociais, interaja!

    Questione! Use e abuse dos tutores para questionar e tirar suas dvidas. No

    espere ser questionado, seja proativo! Nossas aulas audiovisuais sero para

    exposio de contedos, explicao de fatos e partes mais relevantes da disciplina,

  • mas os livros trazem muito mais contedo enriquecedor, o tempo em sala de aula

    curto para que possamos explorar tudo, portanto leia e estude, e depois questione

    seu tutor.

    Participe! No seja um mero espectador, participe de nossas aulas audiovisuais

    transmitidas ao vivo e divida com os outros suas dvidas.

    Seja organizado! J que escolheste a carreira de Gestor, sugiro que desde agora,

    use as normas a seu favor. Fique atento aos editais oficiais da Instituio e do

    Curso, respeite prazos estabelecidos para no ter dor de cabea em sua vida

    acadmica. Anote e registre datas e eventos, organize seus materiais de forma

    sistemtica. Enfim, administre sua carreira acadmica como administraria os

    recursos de uma empresa.

    Por fim, Bons Estudos!

  • UNIDADE I - INTRODUA O AO EMPREENDEDORISMO

    OBJETIVOS A SEREM ALCANADOS NESTA UNIDADE

    Prezado(a) Acadmico(a), ao terminar os estudos dessa unidade, voc dever ser

    capaz de:

    Discutir a diferena entre o empreendedor e o gerente;

    Explicar o termo empreendedor;

    Entender e explorar o processo do empreendedorismo;

    Dissertar sobre a evoluo do empreendedorismo no Brasil e no Mundo, descrevendo sobre os benefcios que o empreendedorismo oferece sociedade;

    Descrever o que um paradigma e como ele interfere e se relaciona com o empreendedorismo.

    Para que esses objetivos sejam alcanados, de extrema importncia que voc

    desenvolva seus estudos com seriedade e dedicao, lendo as literaturas

    recomendadas e os captulos dos livros didticos que forem referenciados neste

    guia.

    Bons estudos!

    CONTEXTUALIZAO DA UNIDADE

    O empreendedorismo uma revoluo silenciosa, que ser para o sculo 21 mais do que a revoluo industrial foi para o sculo 20 (TIMMONS, 1990).

    A palavra empreendedorismo vem sendo usada em demasia nos ltimos anos, alis

    difcil conhecer algum que nunca a tenha ouvido.

  • Programas do Governo Federal foram criados para incentivar o empreendedorismo;

    entidades como o SEBRAE divulgam, estimulam e ensinam sobre

    empreendedorismo o tempo todo e desde muito cedo, atravs por exemplo de jogos

    do tipo DESAFIO SEBRAE, voltados para o pblico universitrio; diversas

    universidades no Brasil, veem adotando em suas matrizes curriculares a

    obrigatoriedade de disciplinas sobre empreendedorismo; programas de televiso

    mostram histrias de empreendedores que revolucionaram suas vidas. Enfim, a todo

    tempo somos bombardeados com esse termo, mas voc sabe o que e o que

    significa empreendedorismo?

    Existem vrias definies para empreendedorismo, vamos aqui tentar elucidar

    algumas, e, principalmente, instigar em voc, estudante, a necessidade da busca da

    completa compreenso do que significa empreendedorismo; estude e reflita nos

    textos, pelos quais nos basearemos, pois, parafraseando Scrates, A sabedoria

    comea na reflexo.

    O Termo Empreendedorismo

    Conforme nos esclarece Hisrich (2009, p. 27):

    Apesar de todo esse interesse, ainda no surgiu uma definio concisa e universalmente aceita. O desenvolvimento do termo empreendedorismo paralelo, em grande parte, ao prprio desenvolvimento do termo. A palavra entrepreuner francesa e, literalmente traduzida, significa aquele que est entre ou intermedirio.

    Usando ainda o mesmo autor, pode-se entender melhor o significado desse

    intermedirio, explorando o exemplo de Marco Polo, quando tentou estabelecer

    rotas comerciais para o Extremo Oriente. Marco Polo foi um mercador e explorador,

    e o conceito que se tinha dos mesmos (mercadores e exploradores) naquela poca,

    era mesmo de intermedirios, que assinavam contratos com pessoas de recursos

    para vender suas mercadorias. (HISRICH, 2009).

    J na idade Mdia, o termo tambm foi usado para se referir a um tipo especial de

    clrico, que era responsvel pelas obras arquitetnicas, como castelos e

    fortificaes, prdios pblicos, abadias e catedrais. (HISRICH, 2009).

  • Veja como o conceito desse termo ganhou peso entre esses dois perodos.

    Recentemente, j no sculo XX, uma definio mais ampla da palavra

    empreendedorismo, foi usada pelo economista Joseph Alois Schumpeter em 1950,

    para descrever uma pessoa com criatividade e capaz de fazer sucesso com

    inovaes. Mas o grande guru da Administrao, Peter Drucker, definiu

    empreendedorismo como sendo a procura por mudanas, a reao a elas, e o ato

    de as explorar como se fossem oportunidades. (STONER, 1999).

    Entretanto, no Brasil, a palavra empreendedorismo, vem sendo associada ao ato de

    abrir ou desenvolver novas empresas ou negcios, geralmente pequenos negcios,

    ou negcios que nascem da capacidade de indivduos que possuem poucos

    recursos e que, atravs de seus esforos, conseguem construir organizaes fortes.

    Como pode-se observar, na origem do termo, empreendedorismo muito mais do

    que abrir novas empresas, portanto, no podemos limitar o ato de empreender

    criao ou ao desenvolvimento de novas organizaes ou produtos. Vejamos

    algumas definies mais abrangentes e atuais do empreendedorismo:

    Segundo Dornelas (2005), a Harvard Business School considera que

    empreendedorismo a identificao de novas oportunidades de negcio,

    independentemente dos recursos que se apresentam disponveis ao empreendedor. J

    o Babson College expe que o empreendedorismo uma maneira holstica de pensar

    e de agir, sempre com obsesso por oportunidades, e balanceada por uma liderana.

    Gostaria, portanto que o termo empreendedorismo que usaremos neste guia, e para

    nos comunicar, fosse encarado de um modo realista e profissional, com planejamento e

    compromisso.

    Empreendedorismo o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforo necessrios, assumindo os riscos financeiros, psquicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfao e da independncia financeira e pessoal. (HISRICH, 2009, p. 27).

    Percebemos, com essas definies, que o termo nos leva ao ato de se lanar, ou de

    se dispor a fazer, a realizar. Bom, geralmente nesses processos de mudanas,

    existe um fator que causa certa discusso: o risco.

  • O Empreendedor

    Se estamos falando do fazer algo novo, do fazer sucesso com inovaes, de uma

    maneira diferente de agir frente situaes j estabelecidas, estamos,

    inevitavelmente, falando tambm dos riscos associados a essas mudanas. E aqui

    entramos na discusso de um outro erro nas definies populares do

    empreendedorismo: o ato de assumir riscos.

    Frequentemente, ouvimos histrias de pessoas que foram precursoras de grandes

    mudanas, ou fundadoras de grandes organizaes, e no meio dessas histrias,

    comum ressaltar a coragem das pessoas responsveis, e, em muitas vezes, as

    caractersticas de um quase super-heri.

    Bom, quem sabe, em um passado no muito distante, lanar-se com tanta coragem

    fosse algo mais simples do que agora. Hoje, entretanto, com os mercados

    globalizados, com a concorrncia mais acirrada e com a economia mais

    profissionalizada, o fator risco ganha um tom diferente.

    Portanto, no podemos interpretar o empreendedorismo como sendo um ato de

    assumir riscos. A melhor definio da varivel risco para o empreendedorismo seria:

    o ato de assumir riscos CALCULADOS. Pois, mais do que se lanar em algo novo,

    ou de ser agente de mudanas, o empreendedor de sucesso calcula e estuda as

    suas possibilidades e os riscos envolvidos no processo, entrando com slidas bases

    para enfrentar os cenrios que poder se defrontar.

    Se for esse o tipo de empreendedor que iremos estudar, e para que o

    empreendedorismo ocorra nos mais diferentes nveis organizacionais, existe sempre

    a necessidade de que pessoas faam; cabe agora discutirmos um pouco mais

    sobre esse perfil empreendedor. O empreendedor aquele que faz acontecer,

    antecipa-se aos fatos e tem uma viso futura da organizao (DORNELAS, 2008, p. 1).

    O empreendedor aquele que destri a ordem econmica existente atravs da introduo de novos produtos e servios, pela criao de novas formas de organizao, ou pela explorao de novos recursos e materiais. (SCHUMPETER, 1949, apud DORNELAS, 2008, p. 22).

  • O empreendedor no uma pessoa melhor ou pior que qualquer outra pessoa, e, ao

    contrrio do que muita gente supe, tambm no nasce pronto; por certo, algumas

    das caractersticas necessrias ao bom empreendedor, algumas pessoas j a

    possuem, por natureza, mas todas as habilidades podem ser adquiridas por meio de

    estudos e experincias prticas.

    O empreendedor deve ter a capacidade de tomar iniciativa, de criar meios para que

    as oportunidades percebidas por ele sejam realizadas; o empreendedor deve ter a

    habilidade de organizar mecanismos sociais, financeiros e econmicos, de forma

    criativa, a fim de transformar recursos e situaes em proveito prtico; deve ter

    paixo pelo que faz; deve possuir habilidades de um bom lder, para que possa

    influenciar pessoas a acreditarem em suas ideias, e a trabalharem por elas; deve ter

    a disposio de assumir riscos calculados, bem como a possibilidade de fracassar.

    Se pudssemos dispor essas habilidades em um grfico, poderamos identificar com

    mais facilidade o melhor perfil de um empreendedor:

    Figura 1 - Quem o empreendedor?

    FONTE: Adaptado de Dornelas, 2005

  • Para continuar seus estudos sobre o perfil do empreendedor, faa a leitura dos

    captulos 1 e 2 do livro Empreendedorismo: Transformando idias em negcios, do

    professor Jos Carlos Assis Dornelas, da editora Campus/Elsevier.

    O processo empreendedor

    Agora que voc j conhece, e est familiarizado com, o conceito de

    empreendedorismo, deve saber que o mesmo no algo que ocorre de forma

    desordenada, ou no planejada. Por certo, voc j deve ter ouvido belssimas

    histrias de sucesso, onde o empreendedor que tinha muito pouco, abriu seu

    pequeno negcio h algumas dcadas, e, mesmo possuindo pouco estudo,

    conseguiu construir verdadeiros imprios nos negcios. Bom, ningum est

    questionando essas informaes, mas exporei aqui alguns dados que podem fazer

    voc repensar qual a real proporo desses fatos no concorrido mundo dos

    negcios.

    O ltimo levantamento realizado pelo SEBRAE-SP indica que 27% das empresas fecham no primeiro ano, 38% encerram suas atividades at o segundo ano, 46% fecham antes do terceiro ano, 50% no concluem o quarto ano, 62% fecham at o quinto ano e 64% encerram suas atividades antes de completarem seis anos de atividade. (SEBRAE-SP, 2008, p.19).

    Observe o Grfico 1 e tente analisar esses dados. Por que tantas empresas

    morrem com to pouco tempo de fundao?

    Grfico 1 - Sobrevivncia e mortalidade acumulada das empresas. (Estado de So Paulo rastreamento realizado em outubro de 2006 a maro de 2007).

  • Fonte: Adaptado do observatrio das MPEs do SEBRAE-SP

    Segundo as anlises feitas pelo prprio SEBRAE-SP nessa pesquisa, ficou claro

    para os analistas que existem vrios motivos que levam as organizaes, ainda em

    seus estgios iniciais, a encerrarem suas atividades; esses analistas fazem uma

    analogia que eu gostaria de trazer a vocs: diz respeito aos acidentes areos.

    Todos os acidentes resultam de uma sequncia de eventos e nunca de uma causa isolada. Os acidentes aeronuticos resultam, quase sempre, da combinao de vrios fatores diferentes, os chamados fatores contribuintes. Carlos Rogrio Salles, Professor de Regulamento de Trfego Areo. (SEBRAE-SP, 2008, p. 57).

    Provavelmente voc deve estar se perguntando o que os acidentes areos tm em

    comum com a mortalidade de empresas. Por certo, os acidentes em si, nada, mas, o

    porqu dos mesmos acabarem acontecendo.

    Muitas pessoas, s vezes com as melhores intenes, decidem abrir seus prprios

    negcios. Elas possuem inmeros motivos que as levam a tomar essa deciso, mas,

    na grande maioria das vezes, o fazem sem qualquer planejamento; em outras

    palavras, elas no vo em busca de conhecimento sobre seus negcios, e, por isso,

    no seguem os passos prudentes do processo empreendedor.

  • Segundo o SEBRAE-SP, pode-se destacar alguns dos principais motivos de

    mortalidade de empresas, por meio de suas pesquisas. Vejamos alguns deles:

    Figura 2 - Principais causas da mortalidade das empresas

    Fonte: adaptao aos dados do Observatrio das MPEs do SEBRAE-SP

    Observem que problemas como o comportamento dos scios, o planejamento prvio

    e a gesto dos negcios, aparecem no topo da lista sobre mortalidade de empresas.

    Por essa razo, deve-se estudar e aplicar o processo empreendedor de forma

    coerente e responsvel.

    Vejamos quais os passos desse to importante processo, e como importantes

    autores tratam sobre o tema, o definem e os ensinam.

    Processo empreendedor o processo de buscar um novo empreendimento, seja introduzir novos produtos em mercados existentes, de produtos existentes em novos mercados, e/ou a criao de uma nova organizao. (HISRICH, 2009, p. 31).

    Portanto, pode-se dizer que o processo de empreender, requer muito mais do que a

    simples resoluo de problemas em uma situao administrativa comum ou

    cotidiana. O empreendedor necessita encontrar, avaliar e desenvolver uma

    Fatores contribuintes da mortalidade de empresas

    1. Ausncia do comportamento empreendedor

    2. Ausncia do planejamento prvio

    3. Deficincia na gesto empresarial

    4. Insuficincia de polticas de apoio

    5. Problemas de conjuntura econmica

    6. Problemas "pessoais"

    Principais Recomendaes

    As caractersticas empreendedoras (conhecimentos, habilidades e atitudes) aparecem no topo da lista. Participao em cursos sobre empreendedorismo podem ajudar.

    O planejamento antes da abertura fundamental. Ferramentas como o Plano de Negcio so indispensveis para quem almeja empreender.

    Muitas pessoas ao empreender, no sabem ou desconhecem temas sobre gesto de empresas. Cursos de gesto empresarial, participao em palestras e aes conjuntas com empresas do mesmo ramo podem ajudar.

    Apesar de as polticas de apoio estarem evoluindo, o empreendedor deve conhecer aspectos tributrios, polticos, burocrticos e financeiros de seu negcio.

    A conjuntura vem melhorando, mas preciso ter continuidade no crescimento da economia, na estabilidade de preos e na recuperao da renda. O empreendedor deve conhecer e entender sobre a economia.

    As empresas continuam sendo muito afetadas por problemas de seus scios, tais como: problemas de sade, problemas particulares, problemas com scios... A profissionalizao da administrao da empresa a melhor soluo para reduzir os impactos desses problemas.

  • oportunidade, vencendo as foras que geralmente resistem mudanas ou a

    criao de algo novo. (HISRICH, 2009).

    Existem quatro fases distintas que devem ser estudadas e pensadas por todo aquele

    que pretende empreender, como observa-se na Figura 3, apesar de essas fases

    apresentarem-se de forma sequencial, nenhuma delas precisa ser completamente

    terminada, para que se d incio outra. Em outras palavras, elas no devem ser

    tratadas de forma isolada, pois esse processo contnuo.

    Figura 3 - O processo empreendedor

    Fonte: adaptado de Hisrich, 2009

    A fase 1, identificao e avaliao da oportunidade, consiste em estudar a

    oportunidade que se apresenta ao empreendedor, em criar e a dimensionar essa

    oportunidade, em mensurar o valor real versus o valor percebido da mesma, em

    avaliar os riscos e os retornos da oportunidade que se apresenta, em considerar

    sobre a oportunidade e as aptides e metas pessoais do empreendedor, e em

    estudar de forma sria a situao dos competidores dessa oportunidade.

    A fase 2, desenvolvimento de um plano de negcio, refere-se ao estudo e criao de

    uma ferramenta muito importante para a abertura de todo e qualquer negcio, na

    1 Identificao e avaliao da oportunidade.

    2 Desenvolvimento do plano de negcio.

    3 Determinao dos recursos necessrios.

    4 Administrao da empresa resultante.

  • verdade, de um documento formal, com o qual o empreendedor ter a oportunidade

    de conhecer mais sobre o negcio e ser confrontado com realidades prticas desse

    empreendimento. Trataremos melhor dessa fase dentro das unidades II e III.

    A fase 3, determinao dos recursos necessrios, consiste na mensurao do total

    dos investimentos que a oportunidade requer, na verificao dos recursos que o

    empreendedor possui, e na diferena entre esses dois ndices, identificando os

    recursos disponibilizados em fornecedores e outros parceiros, e principalmente,

    desenvolvendo o acesso aos recursos faltantes e necessrios. Essa etapa

    compreende um dos captulos do plano de negcio, assim, teremos como melhor

    explor-lo, tambm nas unidades II e III.

    E, por fim, a fase 4, administrao da empresa resultante, refere-se fase na qual

    muitos erram; corresponde gesto empresarial do novo negcio. Deve-se estudar e

    desenvolver o estilo administrativo, conhecer as principais variveis para o sucesso,

    identificar problemas e possveis problemas, implantar sistemas e mtodos de controle

    e gesto, e desenvolver estratgias de crescimento e de sustentabilidade da empresa.

    Timmons, importante autor e estudioso sobre o empreendedorismo, resume esse

    processo de empreender em uma figura bastante marcante e significativa; observe a

    Figura 4 e reflita sobre o que ele quer nos passar.

    Figura 4 - Processo empreendedor (modelo TIMMONS)

    Fonte: adaptao de Dornelas, 2005.

  • O empreendedorismo no Brasil

    Com a abertura econmica no Brasil, no incio de 1990, o tema empreendedorismo

    comeou a tomar fora em nosso pas. Nessa ocasio, entidades como o SEBRAE

    (Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas) e o SOFTEX

    (Sociedade Brasileira para Exportao de Software) foram criados, e comearam a

    fomentar assuntos relacionados ao ato de empreender.

    Devido a questes de conjuntura econmica, pouco se falava em criao de

    pequenas empresas no Brasil; antes daquele momento, no havia nem apoio nem

    informaes que pudessem auxiliar aos que pretendiam inovar nos negcios.

    O Brasil sempre foi tido como sendo um pas de empreendedores; pesquisas

    anuais do Global Entrepreneurship Monitor GEM, apontam o Brasil sempre bem

    posicionado no ranking dos pases que possuem a melhor relao entre o nmero

    de habitantes adultos que comeam um novo negcio e o total dessa populao.

    Mas, importante considerar que estar bem colocado nessa lista, no significa

    necessariamente que h qualidade nesses empreendimentos. Segundo Dornelas

    (2005), a criao de empresas, por si s, no leva ao desenvolvimento econmico, a

    no ser que esses negcios estejam focando oportunidades no mercado.

    Por isso, cada vez mais, em nosso pas, polticas e programas de incentivo e ensino

    sobre o empreendedorismo tm sido criados, para garantir que, alm de criar

    empresas, o povo brasileiro seja capaz de empreender por oportunidade e no

    apenas por necessidade; isso significa dizer que precisamos, segundo Dornelas

    (2005, p. 28), de empreendedores visionrios, que sabiam onde chegar, criando

    empresas com planejamento prvio, tendo em mente o crescimento que se quer

    buscar para a empresa, e visando a gerao de lucros, empregos e riqueza. Assim,

    teremos maior sustentabilidade no desenvolvimento econmico.

  • PR-REQUISITOS PARA A COMPREENSO DA UNIDADE

    Para compreenso desta unidade muito importante:

    Desenvolver o conceito do que empreender, sabendo definir seu significado e sua colaborao no desenvolvimento econmico de uma nao;

    Saber identificar e analisar o perfil empreendedor, suas caractersticas e personalidade;

    Compreender a seriedade da mortalidade prematura de empresas em nosso pas e compreender como o empreendedorismo pode auxiliar a reverter esse problema;

    Saber e compreender o processo de empreender, suas fases e particularidades;

    ATIVIDADES PARA COMPREENSO DO CONTEDO

    1) Por que estudar empreendedorismo? Qual a motivao que leva as pessoas a discutirem o assunto?

    2) O que empreendedorismo? O que ser empreendedor? D um exemplo de um empreendedor que voc conhea. Por que voc considera essa pessoa como empreendedora? Das caractersticas do empreendedor, listadas no livro do professor Dornelas, quais essa pessoa possui?

    3) O empreendedor um super-homem, ou apenas um administrador? Explique.

    4) Qual a importncia da inovao no processo empreendedor? Quanto criatividade, pode influenciar o processo de inovao?

    5) Sobre o empreendedorismo correto afirmar:

    (a) Surgiu no Brasil; um termo novo; e, aps sucesso na realidade brasileira, profissionais do mundo todo esto vindo ao Brasil para aprender e divulgar esse novo mtodo;

    (b) Nos Estados Unidos, pas onde o capitalismo tem sua principal caracterizao, o termo entrepreneurship conhecido e referenciado h muitos anos, no sendo, portanto, algo novo ou desconhecido;

    (c) a cincia que estuda as relaes da gesto comercial, no meio administrativo das novas empresas;

  • (d) Surgiu em Israel, em 1945, como resposta ao desafio de assimilar um nmero crescente de imigrantes; uma gama de iniciativas tem sido implantada por meio de Programas de Incubadoras Tecnolgicas;

    (e) Nenhuma das alternativas anteriores est correta.

    6) O movimento do empreendedorismo no Brasil comeou a tomar forma em de 1990, quando entidades como SEBRAE (Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas) e SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportao de Software) foram criadas. Antes disso, praticamente no se falava em empreendedorismo e em criao de pequenas empresas. Sobre isso correto afirmar:

    (a) Os ambientes poltico e econmico do pas no eram propcios, e o empreendedor praticamente no encontrava informaes para auxili-lo na jornada empreendedora;

    (b) Os ambientes polticos e econmicos do pas no eram propcios, e a figura jurdica da pequena empresa no existia, o que inviabilizava novas empresas;

    (c) Os ambientes polticos e econmicos do pas no eram propcios, e o empresrio, apesar de receber financiamento governamental para abertura de novas empresas, no estava habituado a assumir riscos e desenvolver parcerias pblico-privadas;

    (d) Os ambientes polticos e econmicos do pas eram propcios, e o empreendedor praticamente no encontrava mo-de-obra especializada para a abertura de novas empresas;

    (e) Os ambientes polticos e econmicos do pas eram propcios, e o empreendedor encontrava informaes para auxili-lo na jornada empreendedora, s no empreendia por falta de capital, algo sempre escasso em nosso pas.

    7) Sobre a relao EMPREENDEROR e ADMINISTRADOR correto afirmar:

    (a) Todo Administrador ou Empresrio um Empreendedor nato;

    (b) Todo Administrador um Empreendedor e os termos se completam;

    (c) S quem tem formao tcnica em administrao tem possibilidade de se tornar Empreendedor;

    (d) Para um Empreendedor, ser bem sucedido em seus empreendimentos no ambiente atual, deve possuir atributos de um bom administrador, alm de caractersticas extras;

    (e) As figuras do administrador e empreendedor so distintas, o empreendedor no ambiente atual no precisa de atributos de um administrador para ter sucesso em sua empresa.

  • 8) Assinale V para as frases que so verdadeiras, e F para as frases que so falsas:

    ( ) Os Empreendedores so natos, ou seja, nascem j com as caractersticas que so necessrias para o sucesso;

    ( ) Enquanto a maioria dos empreendedores nasce com um certo nvel de inteligncia, empreendedores de sucesso acumulam habilidades relevantes, experincias e contam com o passar dos anos;

    ( ) A capacidade de ter viso e perseguir oportunidades aprimora-se com o tempo;

    ( ) Empreendedores so como jogadores que assumem riscos altssimos;

    ( ) Empreendedores so aqueles que tomam riscos calculados;

    ( ) Empreendedores evitam riscos desnecessrios;

    ( ) Empreendedores gostam de compartilhar o risco com outras pessoas;

    ( ) Empreendedores dividem o risco em partes menores;

    ( ) Os empreendedores so como lobos solitrios, e no conseguem trabalhar em equipe;

    ( ) Os empreendedores so timos lideres;

    ( ) Os empreendedores so excelentes criadores de times, equipes que trabalham sobre o mesmo ideal;

    ( ) Empreendedores desenvolvem bons relacionamento no trabalho com colegas, parceiros, clientes e fornecedores.

    9) O processo empreendedor composto das seguintes partes:

    (a) Inovao, Evento Inicial, Implementao, Crescimento;

    (b) Evento Inicial, Boa Ideia, Plano de Negcio, Maturao;

    (c) Inovao, Planejamento, Organizao, Direo;

    (d) Ser demitido, Oportunidade, Planejamento, Controle;

    (e) Inovao, Implementao, Crescimento, Ambiente.

  • 10) Vrios fatores influenciam o processo empreendedor, no fazem parte deles os seguintes:

    (a) Fatores pessoais e sociolgicos;

    (b) Ambiente e fatores organizacionais;

    (c) Cultura e networking;

    (d) Fator surpresa e sorte;

    (e) Fatores pessoais e ambiente.

    11) Sobre as caractersticas dos empreendedores de sucesso incorreto afirmar:

    (a) So visionrios, tem viso de como ser o futuro para seu negcio e sua vida, e o mais importante: eles tm a habilidade de implementar seus sonhos;

    (b) Criam valor para a sociedade, utilizam seu capital intelectual para criar valores para a sociedade, com a gerao de empregos, dinamizando a economia e inovando, sempre usando a criatividade em busca de solues para melhorar a vida das pessoas;

    (c) So bem relacionados, sabem construir rede de contatos que os auxiliam no ambiente externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de classe;

    (d) Ficam ricos, mas ficar rico no o principal objetivo dos empreendedores. Eles acreditam que o dinheiro consequncia do sucesso dos negcios;

    (e) Motivao principal: promoo e outras recompensas tradicionais da organizao, como status, poder, secretrias, etc.

    MATERIAL BIBLIOGRFICO E LIVROS COMPLEMENTARES

    Para que voc conhea um pouco mais sobre o assunto dessa unidade, sugerimos

    que faa a leitura complementar abaixo citada:

    DOLABELA, F. O segredo de Lusa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo transformando idias em negcios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. cap. 1-4. HISRICH, R. D. Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009. cap. 1-5.

  • ARTIGOS, SITES E LINKS

    Caro(a) Aluno(a),

    Vamos agora disponibilizar para voc alguns artigos e links, atravs de sites na

    internet, para que possas acessar e realizar estudos sobre assuntos ligados ao tema

    da Unidade I. No deixe de aproveitar a oportunidade.

    Artigos:

    DORNELAS, J. C. A. Os mandamentos do empreendedor de sucesso. Disponvel em: . Acesso em: 01 dez. 2009.

    MAGALHES, R. J. 5 coisas sobre empreendedorismo que nenhuma escola de negcios ensina. Disponvel em: . Acesso em: 01 dez. 2009.

    Sites:

    http://www.sebrae.com.br

    http://www.sebraepr.com.br/

    http://www.empreende.com.br/

    http://www.botaprafazer.com.br/

    http://www.endeavor.com.br/

    FILMES RECOMENDADOS

    Na unidade I, voc estudou sobre o conceito e a evoluo do empreendedorismo.

    Foi apresentado ao processo de empreender e descobriu que a criatividade e a

    inovao so quesitos importantes para que o empreendedorismo acontea. Como

    ATIVIDADE COMPLEMENTAR, indicamos um filme/documentrio pelo qual voc

    poder refletir mais sobre a questo da inovao, criatividade, e sobre os

    paradigmas que podem influenciar, negativamente ou positivamente, no processo

    empreendedor. O filme sugerido :

  • A QUESTO dos paradigmas. Produo de Charthouse International Learning. So Paulo: Siamar, [20--]. 1 filme (38 min), son., color.

    Roteiro para anlise:

    Promova uma discusso entre voc e seus colegas sobre esse tema. Observe

    quantos paradigmas existem em sua empresa, e ao redor de tudo o que voc

    acredita. Reflita sobre isso e disserte como suas atitudes podem mudar a percepo

    dos seus paradigmas.

    PROPOSTA PARA DISCUSSO ON-LINE

    Caro(a) Acadmico(a),

    Mesmo aps exaustivos estudos sobre os temas da Unidade I, natural que voc

    tenha desenvolvido suas ideias e opinies a respeito da matria. Compartilhe com

    seus colegas e Professor Tutor a suas concluses para enriquecer ainda mais os

    conhecimentos at agora adquiridos. Acesse nossa plataforma de ensino-

    aprendizagem (Moodle) e participe dos Fruns de discusso. Listamos abaixo

    algumas questes para fomentar as suas discusses.

    1) Todos os gerentes e administradores podem ser considerados empreendedores?

    2) As caractersticas do empreendedor so natas, ou seja, as pessoas j nascem com elas, ou possvel desenvolver as mesmas com estudos?

    3) Como, na prtica, voc observa o processo de empreender em sua cidade e comunidade? Quais as diferenas entre o que estudamos e o que voc est acostumado a visualizar?

    4) Como voc encara a mortalidade das empresas em nosso pas? Voc acredita que os estudos sobre empreendedorismo podem mudar essa situao? Explique.

    BIBLIOGRAFIA BSICA

    DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo transformando ideias em negcios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

  • HISRICH, R. D. Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009.

    SEBRAE-SP. 10 Anos de monitoramento da sobrevivncia e mortalidade de empresas: SEBRAE-SP. So Paulo: Sebrae-SP, 2008.

    BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

    STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E.; GILBERT JUNIOR, D. R. Administrao. Rio de Janeiro: LTC, 1999. DOLABELA, F. O segredo de Lusa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. ______. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

  • UNIDADE II: ESTRUTURA DE UM PLANO DE NEGO CIOS

    OBJETIVOS A SEREM ALCANADOS NESTA UNIDADE

    Prezado(a) Acadmico(a), ao terminar os estudos dessa unidade, voc dever ser

    capaz de:

    Definir o que um plano de negcio, quem o prepara, quem o l e como avaliado.

    Entender o escopo e o valor do plano de negcio para investidores, financiadores, funcionrios, fornecedores e clientes.

    Identificar as necessidades e as fontes de informao para cada seo crtica do plano de negcio.

    Apresentar exemplos e uma explicao passo a passo do plano de negcios.

    Apresentar questes teis para o empreendedor em cada estgio do processo de planejamento.

    Para que esses objetivos sejam alcanados, de extrema importncia que voc

    desenvolva seus estudos com seriedade e dedicao, lendo as literaturas

    recomendadas e os captulos dos livros didticos que forem referenciados neste guia.

    Bons estudos!

    CONTEXTUALIZAO DA UNIDADE

    Um negcio bem planejado ter mais chances de sucesso que aquele sem planejamento, na mesma igualdade de condies. (DORNELAS, 2005, p. 93).

    Segundo Belinda Guadarrama apud Hisrich (2009, p. 217): o plano de negcios,

    frequentemente criticado por ser um sonho de glria, seguramente o documento

    mais importante para o empreendedor no estgio inicial.

  • No estgio dos estudos que voc est, j deve ter sido confrontado com outros

    conceitos sobre planos e planejamento. Deve j ter estudado sobre plano de

    marketing, sobre planejamento estratgico e outros tantos temas relacionados ao

    ato de planejar.

    importante deixar claro que o planejamento uma atividade empresarial que

    nunca termina, pois o gestor deve constantemente revisar e replanejar suas

    atividades, e formas de atuao, enquanto a administrao busca atingir suas metas

    de curto ou longo prazo. (HISRICH, 2009).

    Como foi exposto na unidade anterior, o plano de negcio parte fundamental do

    processo empreendedor. Portanto, o empreendedor deve, segundo Dornelas (2005),

    saber planejar suas aes e delinear as estratgias da empresa a ser criada ou em

    crescimento.

    O plano de negcios um documento preparado pelo empreendedor em que so descritos todos os elementos externos e internos relevantes para o incio de um novo empreendimento. com frequncia uma integrao de planos funcionais, como os de marketing, de finanas, de produo e de recursos humanos. (HISRICH, 2009, p. 219).

    Em linhas gerais, esse documento que deve ser redigido pelo prprio

    empreendedor, descrevendo quais so os objetivos do novo empreendimento, ou

    seja, sua misso e viso no mercado, e como o negcio ser administrado, para que

    esses objetivos sejam alcanados. O plano de negcio deve descrever esses

    passos, de modo a tentar restringir ao mximo os riscos e as incertezas do

    empreendimento, ainda no papel, possibilitando assim, por meio de previses de

    cenrios futuros, que erros no sejam cometidos no mercado real.

    Podemos tambm usar uma definio mais simples, mas nem por isso menos

    correta sobre o plano de negcio. Na cartilha Como Elaborar um Plano de Negcio,

    do SEBRAE Nacional, o plano de negcio definido como sendo um Mapa de

    Percurso do empreendedor, por meio do qual o novo empreendedor impulsionado

    a buscar informaes sobre o seu ramo, os produtos e servios que ir oferecer,

    seus clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, os pontos fortes e

    fracos do seu negcio, contribuindo para a identificao da viabilidade de sua ideia,

    e para gesto da empresa.

  • Ainda, usando essa definio, e adaptando o exemplo usado por Hisrich em seu

    livro sobre empreendedorismo, imagine que voc esteja decidido a ir at Salvador-

    BA, em suas prximas frias, de carro com sua famlia. H vrias rotas possveis,

    cada uma exigindo planejamento de tempo e custos diferentes. Como

    empreendedor, voc deve tomar importantes decises e reunir a maior quantidade

    de informaes possveis para preparar seu roteiro (plano) de viagem.

    Bom, por certo, como viajante prudente que voc no deixar de ponderar, entre as

    vrias opes de rotas que voc possui, quais as que tm as melhores condies

    externas; como por exemplo, a existncia de oficinas mecnicas, para eventuais

    reparos; condies climticas; condies fsicas das estradas; questes de pedgio; a

    melhor paisagem para ajudar a voc relaxar em suas frias; e disponibilidades de hotis

    e pousadas no meio do caminho, para repousar seguramente com sua famlia.

    Mesmo que esses fatores no possam ser controlados por voc, bvio que os

    considera e os estuda em seu plano para tomada de sua deciso.

    H ainda outros fatores que comporiam seu plano de viagem: orar quanto vai gastar

    em cada rota; quilometragem; consumo de combustvel para cada situao; preo de

    dirias em hotis e pousadas; preo dos pedgios; alimentao e pequenos lanches. E

    vai verificar o quanto voc tem disponvel para gastar no percurso.

    Com certeza, ir pensar tambm no percurso que voc far diariamente; quantas

    horas voc ir dirigir, e se possui outra pessoa em sua famlia que tambm possa

    ajud-lo na direo, de forma a ficar menos cansativo o percurso.

    A elaborao de um plano de negcio no to diferente do que esse plano. , em

    sua elaborao, que o empreendedor ir planejar, por exemplo, as regulamentaes

    legais de sua atividade, a concorrncia, mudanas sociais, mudanas nas

    necessidades do consumidor ou nova tecnologia, controle na produo ou na

    prestao de servios, o quadro de pessoal que lhe ser necessrio e sua

    qualificao, quanto dinheiro ser necessrio e quanto ele dispe.

    Podemos dizer aqui que, apesar do consenso popular, que o brasileiro um povo

    criativo e persistente existe at frases de impacto sendo divulgadas em mdias de

    massa, dizendo que o brasileiro no desiste nunca tambm notria a falta de

  • habilidade, e de cultura do planejamento, em nosso povo. Isso, sem dvida, algo

    que deveria entristecer a todos.

    Por isso, gostaramos de, aqui, destacar a importncia do plano de negcio, para

    que o empreendedor possa diminuir seus riscos ao decidir abrir seu negcio, ou

    modificar o j existente. Existem alguns fatores crticos que devem ser considerados,

    segundo Pinson & Jinnett (1996), apud Dornelas (2005, p. 98):

    1 Toda empresa necessita de um planejamento do seu negcio para poder gerenci-lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, cliente, etc;

    2 Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negcios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negcio;

    3 Poucos empresrios sabem como escrever adequadamente um bom plano de negcios. A maioria destes so micro e pequenos empresrios, que no tem conceitos bsicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa, ponto de equilbrio, projees de faturamento, etc. Quando entendem o conceito, geralmente no conseguem coloc-lo objetivamente em um plano de negcios.

    Enfim, um plano de negcio deve ser pensado pelo seu empreendedor, para lhe

    permitir respaldo, na estrutura administrativa que adotar; orar as reais

    necessidades de capital para investimento, permite ao empreendedor se situar no

    ambiente mercadolgico, que est prestes a entrar, e permite, por meio de sua

    confeco, um processo de aprendizagem e autoconhecimento ao empreendedor.

    Deve-se sempre responder com o plano de negcio s seguintes questes: Onde

    estou agora? Para onde estou indo? Como chegarei l? Qual o meu negcio? O

    que realmente eu vendo? Qual o meu mercado-alvo?

    Fases do Plano de Negcios

    Para ajud-lo a compreender o plano de negcio, adotaremos aqui uma metodologia

    do SEBRAE Nacional, que divide essa importante etapa do negcio em duas fases

    ou partes, so elas: a elaborao do plano de negcio; a construo do seu plano de

    negcios.

  • Para compreender e desenvolver seus estudos dessa fase, voc deve acessar

    nossa plataforma de ensino-aprendizagem, clicar no arquivo CARTILHA COMO

    ELABORAR UM PLANO DE NEGCIO. Esse material, de autoria do senhor Cludio

    Afrnio Rosa, consiste em um roteiro detalhado para a compreenso do Plano de

    Negcio, em uma viso direcionada ao pequeno empreendedor, que visa dar incio a

    pequenos negcios.

    Com ele em mos, proceda leitura das fases do plano de negcio; nele, alm de

    explicaes detalhadas de cada fase, h exemplos, dicas de como escrever, e

    roteiros para coletas de informaes.

    Aps isso, ainda em nossa plataforma, clique no arquivo, em Microsoft Excel,

    Construindo seu Plano de Negcio, tambm de autoria do Sebrae Paran; trata-se

    de um programa para construir seu plano de negcio. Nele, todas as etapas

    descritas na cartilha so colocadas em prtica, e voc ter oportunidade de

    experimentar, na prtica como ocorre o processo de construo de um plano de

    negcio, simulando situaes e cenrios diferentes para o mesmo modelo de

    negcio. Alm de intuitiva, essa planilha far voc refletir sobre a importncia de

    seguir as fases do plano de negcios.

    Vamos l! hora de praticar e vivenciar na prtica o que voc leu at aqui!

    Aps realizar essa atividade, acesse o site: www.planodenegocios.com.br, e veja

    quanto material disponvel para que voc: compreenda e aprenda sobre esse

    instrumento; e veja que, por mais metdico que ele possa parecer, mais comum e

    necessrio do que a maioria das pessoas imagina.

    Elaborao de Planilhas Oramentrias e de vendas

    Uma das etapas mais importantes do Plano de Negcio, sem menosprezar as

    demais, a etapa do plano financeiro. aqui que boa parte dos empreendedores de

    primeira viagem costuma menosprezar as atividades de planejamento, pois

    acreditam em demasia em suas foras de vendas e em questes mercadolgicas,

    que acreditam conhecer.

  • O oramento empresarial inicial e suas previses de vendas, so dados muito

    importantes, assim como os demais, e devem ser tratados com muitssimo rigor e

    imparcialidade.

    Listar todas as possveis despesas, incidentes na abertura, no o bastante, o

    empreendedor deve ter em mente que gerenciar a vida financeira de seu negcio, e

    administrar um fluxo de caixa positivo, na maioria das vezes, at mais importante

    do que o lucro contbil nos primeiros anos de atividade da empresa, para garantir

    sua perpetuidade.

    Por essa razo, vamos detalhar aqui etapas fundamentais que devem ser estudadas

    e discutidas por voc, estudante de empreendedorismo.

    Para abrir seu empreendimento, voc dever planejar qual o montante de

    investimento para o seu negcio; o que chamamos de Investimento Total. O

    Investimento Total consiste na soma de outros trs itens:

    Investimentos Fixos;

    Capital de Giro;

    Investimentos Pr-Operacionais.

    O investimento fixo, consiste na soma dos valores de todos os bens que voc deve

    comprar para que seu empreendimento funcione adequadamente. Nele podemos

    citar: construes, reformas, mquinas e equipamentos, mveis e utenslios,

    equipamentos de informtica, taxas de franquia, veculos, e outros.

    Deve-se ter especial cuidado nessa etapa, ao relacionar pontualmente a quantidade,

    o valor individual e o total, levando sempre em considerao os seguintes aspectos

    importantes.

    So eles: o empreendedor deve tomar cuidado para evitar imobilizar recursos, isto ,

    comprar em demasia, bens que no so considerados lquidos, ou seja, todo

    investimento fixo, consiste em dinheiro aplicado de forma que no ver o retorno do

    mesmo no giro de seu negcio. Por isso, melhor alugar do que comprar, nas etapas

    iniciais; considere terceirizar algumas atividades, para evitar ter que comprar

    mquinas em demasia, em um incio to incerto; veja a possibilidade de comprar

  • com melhores condies, por meio de leiles, lojas de usados, classificados, etc.

    Todo recurso que puder guardar para o giro de seu empreendimento, ser melhor

    investido l, do que em imobilizados.

    O Capital de Giro um dos valores mais importantes, para o incio de

    empreendimentos saudveis. Geralmente, os pequenos empresrios desconhecem

    seu real valor, para suas operaes, e acabam debilitando suas organizaes na

    questo financeira.

    O capital de giro o montante de recursos necessrios para o funcionamento normal da empresa, compreendendo a compra de matrias-primas ou mercadorias, financiamento das vendas e o pagamento das despesas. Ao estimar o capital de giro, para o comeo das atividades da empresa, voc dever apurar o estoque inicial e o caixa mnimo necessrio. (ROSA, 2007, p. 46).

    O estoque inicial representa o total de investimento monetrio que o empreendedor

    dever disponibilizar para criar o seu estoque, seja ele de matrias-primas,

    embalagens, produtos para revenda, materiais de uso na produo ou na prestao

    de servios, enfim, todos aqueles indispensveis s operaes de sua empresa.

    Essa etapa tambm deve ser gerenciada de perto pelo empreendedor, pois ele deve

    optar pela compra dos itens de maior giro, realizar pesquisas com fornecedores,

    negociar melhores condies e manter controle apurado de todos esses itens.

    Por fim, o Caixa Mnimo o capital prprio necessrio para movimentar o

    empreendimento. , na verdade, uma reserva, necessria para que a empresa

    possa cobrir todos os seus custos e despesas at que as vendas aos seus clientes

    entrem em seu caixa, atravs de recebimentos.

    Para calcular o caixa mnimo necessrio conhecer os prazos mdios de suas

    compras e de suas vendas, bem como o prazo de permanncia de estoques, isto ,

    o tempo que cada produto permanece dentro de seu estabelecimento, desde a sua

    compra, at a sua venda.

    Acompanhe o exemplo de clculo na Cartilha do Sebrae, especificamente nas

    pginas 48 a 51.

  • Outra importante planilha que deve ser desenvolvida pelo empreendedor, e

    constantemente atualizada e estudada, a planilha de vendas. Trata-se de uma

    planilha bastante simples, como mostra o modelo na Figura 5, onde o empreendedor

    deve acompanhar diariamente as vendas de cada produto ou servio, realizados em

    sua empresa, prevendo tambm as vendas futuras, de acordo com a sazonalidade

    do setor de seu empreendimento.

    Figura 5 - Planilha de vendas

    Fonte: SEBRAE

    PR-REQUISITOS PARA A COMPREENSO DA UNIDADE

    Para compreenso desta unidade muito importante:

    Conhecer a importncia do ato de planejar;

    Entender como o Plano de Negcio pode auxiliar o empreendedor a conhecer mais sobre o negcio que pretende criar;

    Compreender as fases do plano de negcio, e a importncia de cada um deles no ato de empreender.

  • ATIVIDADES PARA COMPREENSO DO CONTEDO

    1) Que critrios voc utilizaria para definir a estrutura de plano de negcios de cada tipo de empresa?

    2) Rena um grupo de quatro a seis pessoas e dirijam-se a trs bancos de varejo diferentes; solicite os formulrios de requisio de financiamento utilizados para as empresas que procuram essas instituies financeiras. Quais itens do formulrio so respondidos por meio de um plano de negcio? Quais no so? A que concluso vocs chegaram a esse respeito, ou seja, os bancos entendem ou no o conceito do plano de negcios, e por qu?

    3) Com o mesmo grupo, acesse nossa plataforma de ensino-aprendizagem (Moodle) e clique no texto do Estudo de Caso O dentista que virou dono de restaurante chins. Discutam o mesmo e respondam individualmente (on-line) as questes de 3.1, 3.2 e 3.3:

    3.1) Aps conhecer a histria da China In Box, e saber que Robinson no elaborou um plano de negcios, e mesmo assim sua empresa cresceu rapidamente, a que voc atribui o sucesso desse negcio? O plano de negcios no teria utilidade para Robinson, quando ele resolveu abrir a empresa? E, atualmente, voc acha que Robinson tem e usa um plano de negcios, ou a expanso da rede se d de forma emprica?

    3.2) De que forma o plano de negcios poderia ajudar na gesto da China In Box? Por que Robinson decidiu criar a rede de franquias? Qual a outra forma que a empresa poderia crescer?

    3.3) Quais so as qualidades empreendedoras mais marcantes em Robinson? E quais no so? Recorrendo ao modelo de Timmons (pgina 45 e 46 de DORNELAS, 2005), que fator parece ter sido mais importante na histria da criao da empresa: pessoas, recursos ou oportunidades? Por qu?

    MATERIAL BIBLIOGRFICO E LIVROS COMPLEMENTARES

    HISRICH, R. D. Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009. cap. 7-10.

    DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo transformando idias em negcios. 2.

    ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. cap. 5.

    ROSA, C. A. Como elaborar um plano de negcio. Braslia: SEBRAE, 2007.

  • ARTIGOS, SITES E LINKS

    Caro(a) Aluno(a),

    Vamos agora disponibilizar para voc alguns artigos e links atravs de sites na

    internet, para que possas acessar e realizar estudos sobre assuntos ligados ao tema

    da Unidade II. No deixe de aproveitar a oportunidade.

    Artigos:

    DORNELAS, J. C. A. Por que escrever um plano de negcios? Disponvel em: . Acesso em: 01 dez. 2009. DORNELAS, J. C. A. Plano de negcios: o segredo do sucesso do empreendedor. Mito ou realidade? Disponvel em: . Acesso em: 01 dez. 2009. BOAS, E. P. V.; FERRAZ, C. C. P. Jnior. Que cuidados tomar na fase de implementao do plano de negcios. Disponvel em: . Acesso em: 01 dez. 2009.

    Site:

    www.endeavor.org.br/cases-index Acesse esse site, procure a guia Cases, e

    procure assistir os seguintes casos de sucesso: SPOLETTO, BELEZA NATURAL,

    SUBWAY e MEXTRA. E promova um debate com seus colegas.

    FILMES RECOMENDADOS

    Na unidade II, voc estudou sobre plano de negcios. Foram apresentadas a voc as

    tcnicas de planejar, para poder colher um bom empreendimento. Como ATIVIDADE

    COMPLEMENTAR, indicamos um filme pelo qual voc poder refletir mais sobre a

    necessidade de empreender, de forma muito divertida. O filme sugerido :

  • BEE MOVIE: a histria de uma abelha. Direo: Steve Hickner e Simon J. Smith. So Paulo: Paramount Pictures Brasil, 2007. 1 filme (91 min), son., dublado.

    Questionamentos do filme:

    Promova uma discusso entre voc e seus colegas sobre as atitudes de Barry. Fale

    sobre o inconformismo dele em dar continuidade vida no mesmo local onde

    nascera, crescera, estudara e onde teria que trabalhar at o fim dos seus dias.

    Comente sobre em quem ele espelhou sua carreira (Ases do Plen); esse grupo

    utilizava roupas e equipamentos especiais, que os distinguiam das outras abelhas,

    e, com esse diferencial, podiam visitar o mundo, fora da colmeia. Barry descobriu,

    em seu prprio habitat, que podia quebrar paradigmas, at ento incutidos no modo

    de vida daquela comunidade. Reflita sobre isso e disserte sobre mudanas.

    PROPOSTA PARA DISCUSSO ON-LINE

    Caro(a) Acadmico(a),

    Mesmo aps exaustivos estudos sobre os temas da Unidade II, natural que voc

    tenha desenvolvido suas ideias e opinies a respeito da matria. Compartilhe com

    seus colegas e Professor Tutor a suas concluses, para enriquecer ainda mais os

    conhecimentos at agora adquiridos. Acesse nossa plataforma de ensino-

    aprendizagem (Moodle) e participe dos Fruns de discusso. Listamos abaixo

    algumas questes para fomentar as suas discusses.

    1) Como difcil prever, com preciso, o futuro; um plano de negcio til? O que torna um plano de negcio excelente?

    2) Seria melhor para o empreendedor gastar mais tempo vendendo seu produto, em vez de investir tanto tempo redigindo um plano de negcios?

    3) Se for necessrio, usar um plano de negcios para levantar capital, por que o empreendedor revelaria os principais riscos da empresa, detalhando-os no plano de negcio?

    4) Qual a finalidade do plano de negcio se o pblico for:

  • a) Um empreendedor;

    b) Um investidor;

    c) Um fornecedor-chave;

    d) Como esse plano de negcio poderia ser adaptado a esses pblicos diferentes? melhor ter apenas um plano de negcio para todos os pblicos?

    BIBLIOGRAFIA BSICA

    DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo transformando idias em negcios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. HISRICH, R. D. Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009. ROSA, C. A. Como elaborar um plano de negcio. Braslia: Sebrae, 2007.

    BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

    ALMEIDA, F. Como montar seu negcio prprio: os segredos do projeto de negcios. Belo Horizonte: Leitura, 2001. STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E.; GILBERT JUNIOR, D. R. Administrao. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

    DORNELAS, J. Plano de Negcios: o portal do empreendedor. http://www.planodenegocios.com.br/ Acesso em 01/12/09.

  • UNIDADE III: CRIAA O DE UM PLANO DE NEGO CIOS

    OBJETIVOS A SEREM ALCANADOS NESTA UNIDADE

    Prezado(a) Acadmico(a), ao terminar os estudos desta unidade, voc dever ser

    capaz de:

    Entender como o empreendedor deve desenvolver o plano de negcio;

    Saber como devem ser colocadas as informaes em cada seo do plano de negcio;

    Saber como efetuar a anlise de mercado.

    Para que esses objetivos sejam alcanados, de extrema importncia que voc

    desenvolva seus estudos com seriedade e dedicao, lendo as literaturas

    recomendadas e os captulos dos livros didticos que forem referenciados neste guia.

    Bons estudos!

    CONTEXTUALIZAO DA UNIDADE

    Um bom plano de negcio deve mostrar claramente a competncia da equipe, o potencial do mercado-alvo e uma ideia realmente inovadora, culminando em um negcio economicamente vivel, com projees financeiras realistas. (DORNELAS, 2005, p. 123).

    A partir do momento em que voc esteja convencido de que a melhor maneira de se

    planejar um novo empreendimento atravs da elaborao de um Plano de

    Negcio, que tambm j foi apresentado a ele, que sabe de seus aspectos mais

    importantes, ou como ele pode atuar como um agente de aprendizagem e

    conscientizao do novo empreendedor, para com seu sonho, deve tambm saber

    como cri-lo.

  • Nesta unidade exporemos alguns dos modelos mais usuais de plano de negcios;

    saiba, por exemplo, que no existe um nico e ideal tipo de plano de negcio, mas

    vrios, que se adaptam a cada realidade, e cada tipo de empreendimento.

    Apesar de existir muitos tipos distintos de planos de negcios, todos apresentam

    uma estrutura muito prxima, pois a inteno com o plano a apresentao da

    ideia, do modelo e do estilo de gesto, e da forma de implantao.

    Adotando o modelo proposto pelo livro base, usando para essa disciplina, (Dornelas,

    2005), e fazendo pontes com o modelo apresentado pela cartilha do Sebrae

    Nacional, e da planilha de apoio do Sebrae Paran, exporemos as principais sees

    do Plano de Negcios, e explicaremos como cada uma deve ser trabalhada.

    Por se tratar de um documento importante para o empreendimento, e por ser

    utilizado para apresentao s instituies financeiras, fornecedores, parceiros e

    futuros investidores, destacamos a importncia de que o mesmo seja realizado de

    maneira muito rigorosa, tanto no aspecto de contedo, como no quesito esttico.

    necessrio entender que a criao de um Plano de Negcios no se baseia s no

    preenchimento de um conjunto de perguntas e respostas de algum tipo de texto, com

    modelo predeterminado; alis, esse tipo de formato de criao de planos de negcios,

    alm de no ser bem-sucedido, no convence os prprios empreendedores, conforme

    comenta Dornelas (2005).

    Formular planos de negcios no deve ser considerado apenas uma atividade

    exclusiva de empreendedores que pretendem abrir seus negcios. Estudantes e

    pessoas interessadas em atividades empresariais, tambm deveriam ter o hbito de

    estudar determinados nichos mercadolgicos. A metodologia usada na criao de

    um plano de negcio fornece ao seu criador a possibilidade de entender e saber

    mais sobre aquela atividade, portanto pode-se considerar um instrumento de estudo,

    de ensino e de aprendizagem.

    Bom exemplo desse tipo de ao, a realizao de concursos de plano de negcios.

  • Uma tendncia que vem se manifestando nas universidades americanas, onde se ensina empreendedorismo a alunos de graduao e ps-graduao em administrao e empreendedorismo (como os cursos de MBA Master in Business Administration) so os concursos de planos de negcios. So geralmente promovidos pelas prprias universidades, com o apoio de instituies, incubadoras de empresas, bancos de investimento, capitalistas de riscos, entre outros, e visam a identificar negcios em potencial junto a esses estudantes. A principal motivao dos estudantes so prmios, geralmente em dinheiro, para os melhores planos de negcios. (DORNELAS, 2005, p. 114).

    Destacamos aqui a importncia de se pesquisar, e quem sabe, inscrever-se em

    concursos como esses, que ocorrem tambm no Brasil, pois, com certeza auxiliar

    muito em seus estudos e em conhecimento para a vida em organizaes, uma vez

    que estimula a capacidade de planejar, de forma coerente, colocando o estudante

    em um cenrio onde precisar usar de ferramentas de planejamento, apresentadas

    nos bancos escolares.

    Por isso, estimulamos voc, acadmico, a visitar o site www.planodenegocios.com.br, e

    obter mais informaes sobre concursos como esses descritos acima, e a outras

    atividades importantes sobre o plano de negcios.

    O ato de elaborar o plano, far com que voc vivencie a importncia que tanto

    frisamos sobre o planejamento. Leia a frase a seguir e reflita sobre ela antes de

    continuar seus estudos.

    Se eu tivesse nove horas para cortar uma rvore, passaria seis horas afiando meu machado. (ABRAHAN LINCON, Communication in management ", p. 113, Owen Hargie, David Dickson, Dennis Tourish - Gower Publishing, Ltd., 1999).

    Cuidados na criao do Plano de Negcios

    Bom, todos aqueles que almejam desenvolver um bom plano de negcios devem

    reunir alguns atributos e analis-los primeiro.

    Primeiramente, necessrio saber se o empreendedor:

    [...] rene as condies necessrias para elaborar o plano de negcios, entendam por condies necessrias, aspectos pessoais, como motivao, disposio para enfrentar a atividade empreendedora, adequao da idia personalidade, quanto aspectos relativos ao negcio, como grau de

  • conhecimento do setor, de desenvolvimento da idia, do produto, das vises emergentes e central. Enfim, ele precisa verificar se est preparado para fazer o Plano de Negcios. (DOLABELA, 2008, p. 239).

    Portanto, como muito bem colocado pelo autor, acima, um cuidado que deve se

    considerar na criao do plano de negcio saber avaliar a prpria maturidade, para

    comear a fazer o plano de negcios.

    Outro ponto importante a considerar a busca fiel das informaes. No se deve

    colher informaes no confiveis, ou mesmo, que no expressem a realidade para

    o setor especfico do seu negcio.

    No se deve elaborar planos de negcios s pressas; planejamento exige tempo e

    maturao das anlises e informaes coletadas.

    Comece elaborando uma prvia do plano de negcios, ou seja, um Plano de

    Negcios Simplificado, onde j constem todas as sesses do plano final, com o qual

    voc possa planejar como dever buscar os dados e informaes necessrias

    realizao comprometida com cada sesso do seu Plano.

    Durante o processo de criao do plano, a nfase sempre deve ser dada ao

    NEGCIO, e no tecnologia ou ao produto/servio, ou mesmo inovao que o

    produto possa trazer. Ter foco na misso do seu negcio, aumentar as chances de

    o planejamento refletir a realidade do empreendimento.

    Descrever com clareza sobre a oportunidade encontrada, as anlises de mercado

    (feitas de forma coerente) os dados operacionais, as anlises financeiras e a equipe

    empreendedora de seu negcio.

    Elabore cada uma das sesses de forma muito sria, no enfatize nenhuma em

    relao outra, todas as etapas so importantes.

    No confunda suas necessidades com necessidades coletivas, e no caia na

    armadilha de achar que o que voc considera importante considerado importante

    pela maioria; em outras palavras, haja como um cientista, ctico a impresses, mas

    prtico com os dados confiveis.

  • Estabelea um cronograma para a criao e o desenvolvimento do plano de

    negcios; saber claramente o que voc quer no o bastante, necessrio

    organizar seu tempo para que no haja desperdcios ou atropelos. E seja metdico

    para com esse cronograma.

    Como muito bem lembra Dolabela (2008), o momento de recorrer a conhecimentos

    tericos e prticos, acumulados anteriormente, portanto, relembre assuntos

    importantes, j vistos em outras disciplinas, como o Plano de Marketing, em

    mercadologia, o Planejamento Estratgico, estudado em Estratgias, conceitos de

    contabilidade, custos, finanas, vistas em disciplinas que englobam essas reas.

    Crie o hbito de questionar sempre. Tudo que existe e as informaes necessrias

    para a criao do plano, tm um porqu. Por isso, questione os dados colhidos, as

    informaes obtidas, no apenas com o intuito de evitar desvios, mas principalmente

    para tentar no ser pego por paradigmas.

    Na redao do Plano de Negcios, seja bastante claro, utilize de linguagem simples,

    no seja redundante, cite sempre as fontes dos dados e das informaes que expe

    em seu plano, e no se esquea de ser sempre afirmativo, pois oraes condicionais

    podem causar dvidas. (DOLABELA, 2008).

    Bom, se voc deve ser afirmativo, no seja apenas por ser essa uma das regras,

    mas sim por que dever ter sempre certeza do que afirmar em seu plano.

    Formatos de Plano de Negcios

    Exporemos, a seguir, alguns modelos de planos de negcios, para que voc se

    familiarize com eles. Lembramos o que j foi dito acima: no h um nico ou melhor

    tipo de plano de negcios, mas sempre o que melhor se adapta a uma realidade.

  • Modelo do Plano de Negcio Simplificado (DOLABELA, 2008)

    Nome da empresa: Scios:

    1. Definio do negcio e perfil dos empreendedores 1.1. Qual o negcio da empresa? 1.2. Qual o setor em que a empresa vai atuar? 1.3. Os integrantes da empresa julgam-se em condies de abrir um negcio, com todos os sacrifcios e riscos envolvidos? 1.4. Os integrantes da empresa conhecem o ramo em que a empresa vai atuar? Justificar.

    2. Anlise de mercado 2.1 Pesquisa de mercado 2.1.1. O setor bom para se investir? Por qu? 2.1.2. Sobre os clientes: Qual o seu perfil? Quantos so? Onde esto? Quais so as necessidades dos clientes? Qual ser a forma de atender s necessidades dos clientes? 2.1.3. Concorrncia: Quais os principais concorrentes? Qual percentagem do mercado detm? 2.2. Plano de Marketing 2.2.1. Descrio do produto/servio 2.2.2. Qual o diferencial, a vantagem competitiva? 2.2.3. Qual ser o preo? 2.2.4. Como ser feia a propaganda? 2.2.5. Como o produto ser distribudo? Escolha do ponto. 2.2.6. Previso de vendas. 2.2.7. Qual o percentual das vendas em relao ao mercado total?

    3. Investimentos (R$) 3.1. Descrio e valores dos mveis e equipamentos 3.2. Descrio e valores dos veculos 3.3. Descrio e valores das reformas 3.4. Descrio e valores das despesas pr-operacionais 3.5. Descrio e valores de outros

    4. Anlise financeira 4.1. Custos dos produtos a. Custos do produto (material) b. Salrios e encargos com pessoal (produo) c. Depreciao de mquinas da produo d. Manuteno de mquinas da produo 4.2. Despesas operacionais a. Salrios e encargos com pessoal (administrativo) b. Prestao de servios (contador...) c. Aluguel d. Manuteno (mquinas das administrao) e. Comisses de vendedores/representantes f. Outros

    5. Receitas (R$) a. Preo de venda b. Quantidade vendida.

    6. Demonstrao dos Resultados do Exerccio

  • Modelo do Plano de negcios padro (DORNELAS, 2005)

    1. Capa 2. Sumrio 3. Sumrio Executivo 4. Descrio da empresa 5. Produtos e Servios 6. Mercado e Competidores 7. Marketing e Vendas 8. Anlise Estratgica 9. Plano Financeiro 10. Anexos

    Utilize captulo 6 do livro de Dornelas, a partir da pgina 123, e estude como ele

    descreve cada sesso descrita acima.

    Modelo do Plano de Negcios do Sebrae Nacional, utilizado na Cartilha Como

    elaborar um plano de negcio, de Claudio A. Rosa:

    1. Sumrio Executivo 2. Anlise de Mercado 3. Plano de Marketing 4. Plano Operacional 5. Plano Financeiro 6. Construo de Cenrios 7. Avaliao Estratgica 8. Avaliao do plano de negcio

    Outros modelos importantes de serem consultados e estudados

    Alm dos apresentados acima, sugerimos tambm que voc busque no site do

    Sebrae Paran, a planilha para elaborar um plano de negcio, ela tambm est

    disponvel em nossa plataforma Moodle.

    Outro modelo muito interessante e eficaz o modelo distribudo por meio de um

    software desenvolvido em parceria entre o Sebrae So Paulo e o Sistema FIESP,

    conhecido como SP Plan. Trata-se de um sistema informatizado para montagem de

    planos de negcios, acesse o site http://apps.fiesp.com.br/spplan/ e baixe o

    aplicativo para o seu computador, e explore essa ferramenta. Nela h modelos de

    planos de negcios, exemplos e dicas.

  • A Bahia j me deu rgua e compasso meu caminho pelo mundo, eu mesmo trao. Gilberto Gil (Aquele Abrao, cano composta em 1969).

    PR-REQUISITOS PARA A COMPREENSO DA UNIDADE

    Para compreenso desta unidade muito importante que voc:

    Entenda o processo de criao do plano de negcio, e como mont-lo;

    Reflita sobre os cuidados na criao e montagem de um plano de negcios;

    Saiba identificar modelos de planos de negcios, assimile as diferenas de cada um e possa escolher um modelo para cada tipo de negcio.

    ATIVIDADES PARA COMPREENSO DO CONTEDO

    1) Por que a anlise de mercado considerada uma das partes mais importantes do plano de negcios?

    2) Se um empreendedor no tiver recursos para elaborar uma pesquisa de mercado, como ele deve proceder para que seu plano de negcios fique bem fundamentado?

    3) O que voc faria para obter informaes dos competidores de um negcio a ser criado, se as informaes relativas aos mesmos no fossem de fcil acesso?

    4) Por que importante conhecer os competidores e suas estratgias de negcios?

    5) Acesse nossa plataforma de ensino-aprendizagem (Moodle) e baixem o texto do Estudo de Caso Habibs: a histria de um mdico que lidera o fast-food brasileiro. Discuta com colegas o mesmo e respondam individualmente (on-line) as questes de 5.1, 5.2 e 5.3

    5.1) O caso Habibs semelhante ao caso China In Box. Ambas as empresas

    tornaram-se uma grande rede de franquias no setor de alimentos. Quais as

    diferenas entre estas empresas? Como cada uma cresceu? Qual o

    diferencial de cada uma?

    5.2) O setor de franquias tem crescido consideravelmente no Brasil nos ltimos

    anos. Pesquise no site da ABF (www.abf.com.br) outras oportunidades de

    franquias, recorra aos Captulos 3 e 4 do livro do Dornelas (2005), para analis-

  • las, e, em grupos, debatam quais as melhores oportunidades existentes. Entre

    em contato com as redes escolhidas e analise como elas trabalham, as taxas

    que cobram, as possibilidades de financiamento existentes, os treinamentos

    proporcionados e os exemplos de sucesso e insucesso de franqueados que

    adquiriram uma franquia.

    5.3) O empreendedor Alberto Saraiva era mdico e tornou-se dono da maior

    rede brasileira de franquias de alimentos do pas. A que voc credita seu

    sucesso? Por que muitos empreendedores acabam sendo bem-sucedidos

    em reas diferentes daquelas de sua formao?

    MATERIAL BIBLIOGRFICO E LIVROS COMPLEMENTARES

    DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

    ARTIGOS, SITES E LINKS

    Artigos:

    CAMPOS, A. Modelo de plano de negcios: como fazer os seu com efetividade. Disponvel em: . Acesso em: 01 dez. 2009. FERREIRA, C. F. C. Plano de negcio: moda ou exigncia. Disponvel em: . Acesso em: 01 dez. 2009. FERREIRA, C. F. C. Um plano de negcio pode valer R$ 120.000,00! .Disponvel em: . Acesso em: 01 dez. 2009.

  • Sites:

    http://www.empreendacomsucesso.com.br/

    http://www.empreendedores.net/

    http://pegntv.globo.com/

    http://www.papodeempreendedor.com.br/

    FILMES RECOMENDADOS

    Como ATIVIDADE COMPLEMENTAR, indicamos um filme pelo qual voc poder

    refletir mais sobre como o empreendedorismo e a motivao pode transformar vidas,

    e consequentemente a sociedade a sua volta. O filme sugerido :

    A PROCURA DA FELICIDADE. Direo e roteiro: Gabriele Muccino e Steve Conrad. Produo de Todd Black. So Paulo: Sony Pictures Entertainment, 2006. 1 filme (117 min), son., color., dublado e legendado.

    Questionamentos do filme:

    Promova uma discusso entre voc e seus colegas sobre as atitudes de Chris

    Gardner. Por que voc acredita que ele conseguiu reverter a situao de sua vida?

    Ele tinha algo de especial? O empreendedorismo pode ser considerado uma das

    foras que auxiliou nessa incrvel mudana?

    PROPOSTA PARA DISCUSSO ON-LINE

    Caro(a) Acadmico(a),

    Mesmo aps exaustivos estudos sobre os temas da Unidade III, natural que voc

    tenha desenvolvido suas ideias e opinies a respeito da matria. Compartilhe com

    seus colegas e Professor Tutor as suas concluses, para enriquecer ainda mais os

    conhecimentos at agora adquiridos. Acesse nossa plataforma de ensino-

  • aprendizagem (Moodle) e participe dos Fruns de discusso. Listamos abaixo

    algumas questes para fomentar as suas discusses.

    1) Como identificar uma ideia que pode dar origem a uma oportunidade?

    2) O sonho de um empreendedor, pode ser considerado elemento de suporte a sua realizao?

    3) Como deve se portar o empreendedor que pretende iniciar seus estudos sobre sua empresa, ou seja, iniciar seu plano de negcio? Como ele deve ir em busca de informaes?

    4) Como a rede de relacionamentos (networking) pode auxiliar no processo empreendedor e na elaborao eficaz de um plano de negcios?

    BIBLIOGRAFIA BSICA

    DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo transformando idias em negcios. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. HISRICH, R. D. Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009. ROSA, C. A. Como elaborar um plano de negcio. Braslia: Sebrae, 2007.

    BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

    DOLABELA, F. Oficina do empreendedor. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.

  • UNIDADE IV: BREVES CONCEITOS DO COME RCIO EXTERIOR

    OBJETIVOS A SEREM ALCANADOS NESTA UNIDADE

    Prezado(a) Acadmico(a), ao terminar os estudos dessa unidade, voc dever ser

    capaz de:

    Entender como ocorre a comercializao entre pases;

    Saber sobre a evoluo histrica e a formao dos blocos econmicos;

    Conhecer as vantagens que um empreendedor tem ao exportar.

    Para que esses objetivos sejam alcanados, de extrema importncia que voc

    desenvolva seus estudos com seriedade e dedicao, lendo as literaturas

    recomendadas e os captulos dos livros didticos que forem referenciados neste

    guia.

    Bons estudos!

    CONTEXTUALIZAO D