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Relaes Econmico-Financeiras com o ExteriorPoltica de comrcio exteriorO governo brasileiro, em ambiente de apreciao do real e de recuperao relativamente modesta da economia mundial, introduziu, em 5 de maio, medidas importantes de poltica de comrcio externo objetivando criar condies favorveis para o aumento da competitividade das exportaes brasileiras, ressaltando-se: i) maior agilidade na devoluo de crditos tributrios federais: estipula que empresas que tenham exportado, no mnimo, 30% do faturamento nos ltimos dois anos, recebero 50% dos crditos de PIS/Pasep, Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e IPI acumulados nestas operaes em at 30 dias aps a respectiva solicitao. A empresa dever ser exportadora h pelo menos 4 anos, ser tributada pelo lucro real, adotar nota fiscal eletrnica e possuir histrico de pedidos de ressarcimento indeferidos no superior a 15% do total solicitado nos ltimos dois anos. Pela Portaria n 348, de 16 de junho de 2010, o Ministrio da Fazenda instituiu o procedimento de ressarcimento dos crditos apurados a partir de 1 de abril de 2010, e pela Instruo Normativa n 1.060, de 3 de agosto de 2010, a Receita Federal do Brasil regulamentou a matria; ii) excluso da receita de exportaes do faturamento total para enquadramento no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuies das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte (Simples): a iseno ser igual ao limite estabelecido para faturamento no mercado interno, R$2,4 milhes por ano. Vale ressaltar que as micro e pequenas empresas respondem por 1,2% do valor exportado e 48,3% do nmero de empresas exportadoras; iii) drawback iseno no mercado interno: criado pela Medida Provisria n 497, de 27 de julho de 2010, convertida na Lei n 12.350, de 20 de dezembro de 2010, prev que os insumos nacionais utilizados nas exportaes realizadas no perodo t-1 podem ser adquiridos, no perodo t, com alquota zero de ICMS; iv) eliminao, em seis meses, do redutor de 40% do imposto de importao sobre autopeas; v) criao do Fundo Garantidor de Comrcio Exterior (FGCE), que permitir maior agilidade nas garantias prestadas, com cobertura de riscos comerciais e remunerao em funo dos riscos assumidos, cabendo ao BNDES a administrao do risco do FGCE;

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vi) criao da Agncia de Crdito Exportao do Brasil S.A (EXIM Brasil), subsidiria integral do BNDES, agncia especializada em comrcio exterior com o objetivo de conferir maior celeridade e efetividade ao apoio s operaes de exportao no psembarque, transferindo as operaes de comrcio exterior para o EXIM Brasil; vii)reduo do custo de financiamento exportao de bens de consumo, estendendo a estes produtos a equalizao da taxa de juros pelo Tesouro Nacional no financiamento s exportaes na modalidade pr-embarque, anteriormente restrita aos bens de capital. A medida foi regulamentada pela Resoluo n 3.851, de 29 de abril de 2010, e alterada posteriormente, em 30 de setembro de 2010, pela Resoluo n 3.910, que prorrogou o prazo para contratao de 31 de dezembro de 2010 para 31 de maro de 2011. Os recursos aportados para esta linha foram provenientes do BNDES e totalizaram R$7 bilhes. Em julho, o BNDES criou a linha de crdito denominada EXIM Automtico, para operaes de ps-embarque, para o financiamento de compradores localizados nos pases da Amrica do Sul, com prazos de trs a cinco anos. Os desembolsos so feitos ao exportador, no Brasil, aps o embarque, vista e em reais, ressaltando-se que a importncia principal dessa linha de crdito decorre da concentrao das exportaes brasileiras de bens de capital para os pases da regio. No ano, os desembolsos vinculados s operaes de comrcio exterior do BNDES, incluindo o setor de servios, totalizaram US$11,2 bilhes, ante US$8,3 bilhes em 2009, respondendo por 5,6% das exportaes brasileiras. Para a indstria, foram desembolsados US$9,9 bilhes, relacionados a 1.081 operaes, destacando-se o setor de materiais de transporte (fabricao e montagem de veculos automotores, embarcaes, equipamentos ferrovirios e aeronaves), com 310 operaes e desembolsos de US$3,7 bilhes; seguindo-se o setor mecnico, com 279 operaes e desembolsos de US$1,8 bilho. O setor comrcio e servios absorveu US$1,3 bilho dos desembolsos em 183 operaes, e o setor agropecurio, US$30 milhes, em cinco operaes. Os desembolsos do BNDES vinculados a operaes de comrcio externo aumentaram 34,9% no ano, ante expanso anual de 32% das exportaes. As operaes do Programa de Financiamento s Exportaes (Proex) atingiram US$4043,6 milhes em 2010, dos quais US$504,9 milhes referentes modalidade financiamento e US$3.538,7 milhes, equalizao das taxas de juros. No mbito da primeira modalidade, ocorreram retraes de 1.509 para 1.478 no nmero de operaes, e de 400 para 371, no relativo a exportadores. Os principais setores econmicos que utilizaram o Proex-Financiamento em 2010 foram o agronegcio, 57%, seguindo-se os segmentos txtil, couros e calados, 26%; mquinas e equipamentos, 11%. Os principais blocos econmicos ou regies de destinos das exportaes cursadas por esta modalidade do Proex foram Cuba, 37%; Unio Europeia, 25%, Apec, 18%.

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As emisses de ttulos que lastreiam as operaes de equalizao da taxa de juros somaram US$118,3 milhes, ante US$157,8 milhes em 2009. No ano, foram realizadas 2.657 operaes por 31 exportadores, ante 2.513 em 2008, envolvendo 35 empresas. A anlise setorial evidencia que 46% do valor das exportaes foram realizadas no segmento transporte, que inclui as vendas externas da Empresa Brasileira de Aeronutica S.A. (Embraer), seguindo-se as participaes dos setores mquinas e equipamentos, 36%, e servios, 18%. Os principais destinos das exportaes cursadas pelo ProexEqualizao foram a Unio Europeia, 37%; os pases da frica, 20%; Acordo de Livre Comrcio da Amrica do Norte (Nafta) e demais pases-membros da Associao LatinoAmericana de Integrao (Aladi), 13% cada; Mercado Comum do Sul (Mercosul), 8%. As grandes empresas responderam por 57% do valor das exportaes efetivadas por esta modalidade, ante 86% em 2009. Em relao s medidas de defesa comercial, ressalte-se a aprovao, pela Cmara de Comrcio Exterior, da Resoluo n 63, de 17 de agosto, e pelo Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC), das Portarias n 18 e 21, de, respectivamente, 18 de agosto e 25 de outubro. Estas normas regulamentaram a aplicao de medidas antidumping ou compensatrias contra prticas elisivas, tambm denominadas de ciurcumvention ou triangulao. Ainda na rea de defesa comercial, a Resoluo n 43, de 17 de junho, da Cmara de Comrcio Exterior, regulamentou o acordo negociado entre o Brasil e os EUA, que suspendeu a retaliao brasileira em bens e propriedade intelectual at 2012. Como parte das compensaes negociadas, foi criado um fundo de apoio aos cotonicultores nacionais de US$147,3 milhes anuais, gerido por conselho gestor formado por trs representantes do setor privado e trs do governo brasileiro. A retaliao autorizada pela Organizao Mundial do Comrcio (OMC) decorreu do descumprimento pelos EUA das determinaes dos painis do algodo e do rgo de apelao da Organizao. No mbito da defesa comercial, estavam em vigncia, no final do ano, 68 medidas de direitos antidumping, uma de compromisso de preo e outra de salvaguarda, relacionadas a 44 produtos de 20 pases ou blocos, com destaque para a China, os EUA e a ndia. Neste ano, foram aplicadas quatro medidas de direito antidumping contra a China, sobre calados, cobertores de fibras sintticas e canetas esferogrficas; e uma contra os EUA e o Mxico, sobre resina de policloreto de vinila. Em 28 de dezembro, a Cmara de Comrcio Exterior (Camex), pela Resoluo n 92, de 27 de dezembro de 2010, elevou de 20% para 35% a alquota do Imposto de Importao para 14 tipos de brinquedos acabados, com vigncia at 31 de dezembro de 2011. A medida alcanou principalmente os brinquedos fabricados na China, origem de aproximadamente 80% destas importaes.

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Com relao ao Mercosul, em dezembro, por ocasio do encerramento da presidncia pro tempore brasileira em Foz de Igua, o Conselho do Mercado Comum estabeleceu, pela Deciso n 56/10, o cronograma de eliminaes de excees s tarifas externas comuns em dez anos, com o objetivo de consolidar o bloco como uma unio aduaneira. Outra medida nessa direo, adotada pela Deciso n 57/10, foi a reviso do Regime Comum de Importao de Bens de Capital e Bens de Informtica e Telecomunicaes, com vistas entrada em vigor de regime a partir de 1 de janeiro de 2013, para Argentina e Brasil, e a partir de 1 de janeiro de 2015, para Paraguai e Uruguai. O regime de ex-tarifrio permite a reduo do Imposto de Importao para os bens de capital, de informtica e de telecomunicaes no produzidos nos pases do bloco. Em maio de 2010, foram retomadas as negociaes relativas a um acordo de livre comrcio entre o Mercosul e a Unio Europeia. Os scios do Mercosul exigem definies sobre o tratamento dos subsdios agrcolas europeus, ao passo que a Unio Europeia se preocupa com a abertura industrial no Mercosul. Oportuno observar que este processo negociador reproduz, de certa maneira, as dificuldades que bloquearam a concluso da Rodada Doha na OMC desde o final de 2008. No plano legislativo brasileiro, pelo Decreto n 7.159, de 27 de abril de 2010, foi promulgado o Acordo de Livre Comrcio entre o Mercosul e o Estado de Israel, assinado em Montevidu, em 18 de dezembro de 2007, e pelo Decreto Legislativo n 217, de 7 de abril de 2010, aprovado o texto do Acordo-Quadro entre o Mercosul e a Repblica rabe do Egito, assinado em Puerto Iguaz, Argentina, em 7 de julho de 2004. Dentre as medidas de facilitao das operaes do comrcio exterior, a Secretaria de Comrcio Exterior, pela Portaria n 10, de 25 de maio de 2010, consolidou normas e procedimentos relativos a operaes de comrcio exterior. Foi criado o Siscomex Exportao Web (Novoex), em substituio ao mdulo do Sistema Integrado de Comrcio Exterior (Siscomex Exportao), que passar a ser acessado diretamente na internet, sem a necessidade da instalao de programas adicionais nos computadores dos usurios. Pelo sistema, os usurios podem gravar os Registros de Exportao (REs) e os Registros de Crdito (RCs), estes ltimos feitos para as exportaes financiadas com recursos tanto privados como pblicos. Com as novas funcionalidades, o Novoex possibilita o aproveitamento de informaes de registros anteriores e permite que os usurios faam REs por lotes. O Novoex apresenta ainda interface mais interativa para os usurios, maior visibilidade do processo pelo exportador e pelo anuente, e permite a simulao prvia do RE. Desde o dia 17 de novembro, o Novoex est em funcionamento de forma conjugada com o antigo sistema, que deixar de operar em janeiro de 2011, conforme definido pela Secretaria de Comrcio Exterior, pela Portaria n 29, de 8 de dezembro de 2010. Outra mudana normativa relacionada concesso de preferncias resultante de um acordo comercial foi introduzida pela Portaria n 33, publicada em 28 de dezembro de

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2010, pela Secretaria de Comrcio Exterior do MDIC. A norma tornou mais rgidos os critrios de emisso do certificado de origem, documento que atesta a origem da mercadoria e assegura que foi produzida com base em critrios previamente estabelecidos. A medida prev que as entidades adotem um sistema de processamento online dos documentos que possibilite a emisso de certificados de origem com assinatura digital, com implementao prevista para 1 de julho de 2011. Em 29 de junho de 2010, o Conselho das Zonas de Processamento de Exportao (CZPE) publicou a Resoluo n 8, estabelecendo procedimento para declarar a caducidade do ato de criao de Zonas de Processamento de Exportao (ZPE). Havia dez ZPEs aprovadas at outubro de 1994, que tinham o prazo at 1 de julho deste ano para comprovar a criao das empresas administradoras e o incio das obras de infraestrutura. Em 2010, foi publicado o decreto de criao das seguintes ZPEs: Aracruz (ES), Suape (PE), Macaba (RN), Ass (RN), Pecm (CE), Fernandpolis (SP), Bataguassu (MS), Boa Vista (RR), Aracruz (ES), Parnaba (PI), Senador Guimard (AC), Barra dos Coqueiros (SE).

Poltica cambialA conduo da poltica cambial visou, no decorrer do ano, evitar que a liquidez em moeda estrangeira resultasse em excessiva volatilidade e desequilbrios no mercado de cmbio. Nesse ambiente, o Banco Central manteve a poltica de fortalecimento de reservas internacionais, comprando, liquidamente, US$42 bilhes no ano. A alquota do IOF para capital estrangeiro em operaes de renda fixa foi elevada, de 2% para 4%, em 4 de outubro de 2010, por meio do Decreto n 7.323, e de 4% para 6%, em 18 de outubro de 2010, por meio do Decreto n 7.330. Adicionalmente, foi elevada, de 0,38% para 6%, a alquota do IOF sobre a margem de garantia para os investimentos estrangeiros em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros, exigindo-se a aplicao da medida em todas as operaes no mercado futuro. Complementarmente, o Conselho Monetrio Nacional, pela Resoluo n 3.914, de 19 de outubro de 2010, vedou a realizao de operaes de aluguel, troca e emprstimo de ttulos, valores mobilirios e ouro ativo financeiro realizadas pelas instituies financeiras e demais instituies autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil a investidor no residente. O CMN determinou, por meio das Resolues n 3.912 e 3.915, de 7 e 28 de outubro de 2010, respectivamente, a realizao de contrato de cmbio em todas as migraes internas de recursos em real provenientes de aplicaes em renda varivel efetuadas por investidor no residente, realizadas em bolsa de valores ou em bolsa de mercadorias e futuros, inclusive os recursos destinados constituio da margem de garantia, inicial ou adicional. Assim, foi eliminada a possibilidade do investidor no residente ingressar

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divisas para investimento no mercado de renda varivel, com incidncia da alquota de 2% do IOF, posteriormente redirecionando esses recursos para o mercado de renda fixa, no qual se aplica alquota de 6%. Ainda com o objetivo de adequar oferta e demanda no mercado de cmbio, o CMN, por meio da Resoluo n 3.911, de 6 de outubro de 2010, ampliou, de 750 dias para 1.500 dias, o prazo para o Tesouro Nacional adquirir dlares no mercado para fazer frente ao servio da Dvida Pblica Federal externa (DPFe). O Tesouro Nacional manteve a estratgia de aquisio de recursos no mercado de cmbio para pagamento de juros e principal da dvida externa, com liquidaes de US$9,3 bilhes. Adicionalmente, visando alongar prazos, reduzir custos e aumentar os pontos da curva de juros da dvida soberana, foi introduzida a reabertura do Global 41, em setembro, totalizando US$550 milhes, e do BRL 28, em outubro, perfazendo US$655 milhes. O acordo de swap de moedas com o Federal Reserve, institudo pela Resoluo CMN n 3.631, de 30 de outubro de 2008, e prorrogado duas vezes, foi encerrado em 1 de fevereiro de 2010. O CMN introduziu, por meio da Resoluo n 3.833, de 28 de janeiro de 2010, a obrigatoriedade de registro das operaes de proteo (hedge) realizadas com instituies financeiras do exterior ou em bolsas estrangeiras. O registro passou a ser realizado por meio de instituio financeira e demais instituies autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil em sistema administrado por entidades de registro e de liquidao financeira de ativos autorizados pelo Banco Central ou pela Comisso de Valores Mobilirios. A instituio responsvel pelo registro dever manter a documentao relativa ao registro e operao de hedge. Devido necessidade de adequao de sistemas operacionais, tanto das instituies quanto das entidades que efetuam o registro das operaes, a norma entrou em vigncia a partir de 15 de maro de 2010. O Banco Central do Brasil introduziu, por meio da Circular n 3.506, de 23 de setembro de 2010, nova metodologia de clculo da taxa do Sistema de Controle e Informaes das Taxas de Cmbio (Ptax) e seu cronograma de implantao. O clculo da Ptax passar a ser realizado atravs de quatro consultas dirias s instituies credenciadas como dealers de cmbio e os resultados de cada consulta sero definidos pela mdia das respectivas cotaes, excludos os dois maiores e os dois menores valores informados. A taxa Ptax passar a representar a mdia aritmtica simples das quatro consultas e ser divulgada por volta das 13:00 horas. O incio da fase de homologao da nova metodologia ocorrer em 21 de janeiro de 2011 e a substituio da metodologia anterior, em 1 de julho de 2011. O Conselho Monetrio Nacional instituiu, com a publicao da Resoluo 3.854, de 27 de maio de 2010, a declarao trimestral, obrigatria para pessoas fsicas e jurdicas que tenham ativos no exterior que totalizem valor igual ou superior a US$100 milhes. A

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declarao trimestral ter como referncia as seguintes datas: 31 de maro, 30 de junho e 30 de setembro de cada ano. As pessoas fsicas e jurdicas que possuam, no dia 31 de dezembro de cada ano, ativos no exterior de valor igual ou maior que US$100 mil continuaro a ter que prestar a declarao anual de capitais brasileiros no exterior. A Resoluo n 3.844, de 24 de maro de 2010, consolidou as disposies gerais sobre capital estrangeiro no Pas relacionadas a registro de fluxos de investimentos diretos, crditos externos, royalties, transferncias de tecnologia e arrendamentos mercantis externos. O Banco Central do Brasil, por meio da Circular n 3.491, de 24 de maro de 2010, regulamentou a matria. As disposies das normas aprovadas foram includas no Regulamento do Mercado de Cmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), em ttulo e captulos prprios, de modo a organizar e sistematizar o arcabouo regulamentar em vigor. As principais inovaes adotadas foram: i) As transferncias financeiras do e para o exterior, em moeda nacional ou em moeda estrangeira, relativas aos fluxos de capitais estrangeiros de que trata a Resoluo CMN n 3.844, passam a seguir as regras gerais aplicveis ao mercado de cmbio brasileiro. Nesse sentido, as transferncias devem respeitar os princpios da legalidade, fundamentao econmica e respaldo documental; ii) foi eliminada a necessidade de autorizaes especficas ou manifestaes prvias do Banco Central; iii) Os agentes envolvidos ficam dispensados de fornecer ao Banco Central informaes que a Instituio pode obter por meio de outras fontes e/ou mecanismos internos. Adicionalmente, o CMN alterou as regras para alienao de Depositary Receipts (DR) no exterior, tendo facultado, pela Resoluo CMN n 3.845, de 24 de maro de 2010, s companhias residentes no Pas emissoras e/ou ofertantes de DR, manter no exterior o produto da sua alienao. Essa faculdade, entretanto, no se aplica a DR de instituies financeiras, que seguem regras prprias. Para fins de atualizao do registro no Banco Central de investimento estrangeiro, o valor obtido com a alienao de DR no ingressado no Pas no prazo de cinco dias passou a ser automaticamente considerado pelo custodiante nacional como mantido no exterior. Caso o investidor estrangeiro opte pelo resgate de DR e registro do montante em nova modalidade de investimento, como, por exemplo, investimento estrangeiro direto ou renda fixa, a mudana fica condicionada realizao de operao simultnea de cmbio. O Banco Central regulamentou esta medida pela Circular n 3.492, de 24 de maro de 2010. Em continuidade ao processo de aperfeioamento do mercado de cmbio brasileiro, o Banco Central do Brasil, por meio da Circular n 3.493, de 24 de maro de 2010, atualizou o RMCCI, ressaltando-se as seguintes alteraes:

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i) eliminao da exigncia de contratos simultneos de cmbio nos pagamento de prmios e indenizaes vinculadas a resseguro internacional, quando transitados em contas em moeda estrangeira tituladas pelo setor segurador; ii) autorizao s instituies financeiras brasileiras no bancrias e autorizadas a operar com cmbio a manter mais de uma conta em moeda estrangeira em uma mesma praa no Brasil, ampliando a concorrncia nas negociaes de transferncias internacionais por meio desses agentes, beneficiando ao final os remetentes e recebedores de recursos em moeda estrangeira; iii) eliminao da necessidade de ficha cadastral especfica para operaes de cmbio, uma vez que as regras gerais que tratam de preveno e combate lavagem de dinheiro j requerem tal providncia; iv) permisso aos postos de cmbio de instituio autorizada a operar no mercado de cmbio para executar as mesmas operaes permitidas s suas agncias, ampliando a oferta de servios bancrios; v) criao de seo especfica sobre o uso de ordens de pagamento em reais oriundas do exterior; vi) ampliao do prazo de liquidao dos contratos celebrados pela Secretaria do Tesouro Nacional de 360 para at 750 dias, a contar da data da contratao, equiparando os prazos das operaes do Tesouro aos das operaes cambiais efetuadas no mercado interbancrio. A Receita Federal do Brasil passou a exigir, com a publicao da Instruo Normativa n 1.092, em 2 de dezembro, o fornecimento, na Declarao de Informaes sobre Movimentao Financeira (Dimof), institudo pela Instruo Normativa n 811, de 28 de janeiro de 2008, dos dados sobre operaes cambiais relativas s aquisies de moeda estrangeira; converses de moeda estrangeira em moeda nacional e transferncias de moedas estrangeiras para o exterior.

Movimento de cmbioEm cenrio de elevada liquidez internacional, em que as economias emergentes seguiram captando expressivos fluxos de capitais externos, o mercado de cmbio brasileiro registrou ingressos lquidos de US$24,4 bilhes em 2010, ante US$28,7 bilhes no ano anterior. O segmento comercial registrou dficit de US$1,7 bilho, ante supervit de US$9,9 bilhes no ano anterior, em decorrncia de elevaes respectivas de 22,1% e 32,3% nas contrataes de exportaes e de importaes, que totalizaram, na ordem, US$176,6 bilhes e US$178,2 bilhes. O segmento financeiro, em oposio, proporcionou ingressos lquidos de US$26 bilhes, ante US$18,8 bilhes em 2009, resultado de crescimentos respectivos de 12,5% e 11% nas contrataes de compras e de vendas de moeda estrangeira.

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Quadro 5.1 Movimento de cmbio contratadoUS$ milhes PerodoExportaes Total ACC PA Demais

ComercialImportaes Saldo

FinanceiroCompras Vendas Saldo

Saldo

(A)

(B)

(C) =(A)+(B)

2008 2009 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano 2010 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano

187 984 10 261 10 482 12 202 13 801 12 390 11 975 9 886 12 867 9 819 14 304 13 148 13 532 144 666 10 723 10 085 16 221 12 750 16 301 13 961 13 984 14 984 14 741 17 195 17 338 18 306 176 590

46 110 45 305 96 569 2 392 2 625 3 232 2 400 2 746 2 960 2 107 2 459 2 477 2 596 2 485 2 895 1 515 1 902 2 863 4 115 4 532 2 939 2 320 3 238 2 112 2 444 3 677 4 195 6 354 5 954 6 107 7 285 5 112 6 076 5 459 7 170 5 231 9 265 6 986 6 442

140 084 47 900 9 729 7 611 9 098 8 884 10 838 12 123 11 529 12 812 11 689 134 742 10 863 13 826 13 389 13 631 14 749 14 762 532 2 871 3 104 4 917 1 551 -148 1 339 1 492 1 458 9 924 -140 2 394 -639 2 671 -788 -777

421 240 470 123 -48 883 18 397 21 947 -3 550 16 382 18 412 -2 030 22 022 25 923 -3 901 21 267 24 754 -3 487 27 538 25 955 34 999 33 776 33 881 29 778 25 830 24 212 32 186 27 597 24 863 22 432 39 186 36 065 1 583 1 223 4 103 1 618 4 590 2 432 3 120

-983 -3 018 841 -797 1 430 3 134 1 076 1 270 2 957 1 365 14 598 3 890 1 986 28 732 1 075 -399 2 114 2 248 2 605 -4 279 712 -680 13 726 6 917 2 225 -1 910 24 354

12 719 -2 833 13 044 -3 225

39 705 26 599 13 106

14 666 -1 135

31 374 35 851 77 441 3 332 2 684 3 202 3 035 3 355 3 025 2 774 3 250 2 622 3 408 3 603 3 328 1 481 2 541 3 658 2 684 4 070 3 892 4 335 3 162 3 984 5 910 4 860 9 361 7 031 8 876 7 043 6 875 8 572 8 136

336 257 317 450 18 808 23 083 21 868 23 765 21 879 27 829 28 109 27 897 25 010 30 494 30 560 28 655 27 166 27 502 26 299 34 550 29 409 27 332 25 609 1 215 1 886 -280 2 887 -66 1 490 1 203 5 141 1 722

12 371 -2 285

24 959 28 450 -3 491

16 868 -1 884 17 730 -2 989 15 418 16 836 17 797 1 777 502 509

49 171 32 456 16 716

3 500 10 288 3 424 10 311 4 438 10 540

53 118 55 536 -2 418 378 355 352 351 26 004

37 618 41 169 97 802

178 240 -1 650

A atuao do Banco Central no mercado cambial resultou em compras lquidas de US$42 bilhes, ante US$36,5 bilhes em 2009, dos quais US$41,4 bilhes no mercado spot e US$535 milhes relativos a retornos de operaes de emprstimo em moedas estrangeiras. A posio de cmbio dos bancos passou de comprada em US$3,4 bilhes, ao final de 2009, para vendida em US$16,8 bilhes, ao final de 2010. O real registrou apreciao nominal de 4,31% ante o dlar norte-americano em 2010, com a cotao de venda da Ptax atingindo R$1,6662/US$ . Os ndices da taxa real efetiva de cmbio, deflacionados pelo ndice de Preos ao Produtor Amplo Disponibilidade Interna (IPA-DI) e pelo IPCA, registraram apreciaes respectivas de 11% e 7,7% no ano.

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

89

Balano de pagamentosA consolidao do processo de recuperao da economia brasileira em 2010 se traduziu em aumento expressivo na demanda por bens e servios importados e na elevaoQuadro 5.2 Balano de pagamentosUS$ milhes Discriminao 1 sem Balana comercial (FOB) Exportaes Importaes Servios Receitas Despesas Rendas Receitas Despesas Transferncias unilat. correntes Receitas Despesas Transaes correntes Conta capital e financeira Conta capital Conta financeira Investimento direto (lquido) No exterior Participao no capital Emprstimos intercompanhias. No pas Participao no capital Emprstimos intercompanhias. Investimentos em carteira Ativos Aes Ttulos de renda fixa Passivos Aes Ttulos de renda fixa Derivativos Ativos Passivos Outros investimentos Ativos Passivos Erros e omisses Resultado do balano2/ 1/

2009 2 sem 11 381 83 043 71 662 -11 130 14 997 26 128 -19 050 4 137 23 186 -1 673 -2 432 759 -17 125 52 610 548 52 062 21 569 8 286 -3 355 11 641 13 283 12 188 1 095 48 886 4 990 3 106 1 884 43 896 34 041 9 855 -56 29 -85 -18 337 -18 015 -323 -251 35 234 -1,76 17 811 Ano 25 290 152 995 127 705 -19 245 27 728 46 974 -33 684 8 826 42 510 -3 338 -4 736 1 398 -24 302 71 301 1 129 70 172 36 033 10 084 -4 545 14 629 25 949 19 906 6 042 50 283 4 125 2 582 1 542 46 159 37 071 9 087 156 322 -166 -16 300 -30 376 14 076 -347 46 651 -1,52 30 121 1 sem 7 884 89 187 81 303 -13 512 14 864 28 376 -19 731 3 124 22 855 -1 512 -2 344 833 -23 847 42 950 494 42 456 3 215 -8 881 -12 110 3 229 12 096 12 256 -160 22 790 -375 896 -1 271 23 166 9 737 13 429 -17 74 -91 16 468 -12 079 28 547 -2 437 16 666 -2,32 15 964

2010 2 sem 12 337 112 728 100 391 -17 295 16 957 34 252 -19 835 4 229 24 064 -1 276 -2 316 1 040 -23 518 56 712 625 56 087 33 704 -2 638 -14 673 12 035 36 342 27 860 8 481 40 221 -4 408 5 315 -9 724 44 629 27 948 16 682 -95 59 -154 -17 743 -30 496 12 753 -760 32 434 -2,21 17 880 Ano 20 221 201 915 181 694 -30 807 31 821 62 628 -39 567 7 353 46 919 -2 788 -4 661 1 873 -47 365 99 662 1 119 98 543 36 919 -11 519 -26 782 15 263 48 438 40 117 8 321 63 011 -4 784 6 211 -10 995 67 795 37 684 30 111 -112 133 -245 -1 274 -42 575 41 301 -3 197 49 101 -2,27 33 844

13 909 69 952 56 043 -8 115 12 731 20 846 -14 635 4 689 19 324 -1 664 -2 303 639 -7 177 18 691 581 18 110 14 464 1 798 -1 190 2 988 12 665 7 718 4 948 1 397 -866 -524 -342 2 263 3 030 -768 212 294 -81 2 037 -12 361 14 399 -96 11 417 -1,15

Memo: Transaes correntes/PIB Amort. mdio e longo prazos3/

12 310

1/ Inclui transferncias de patrimnio. 2/ Registra crditos comerciais, emprstimos, moeda e depsitos, outros ativos e passivos e operaes de regularizao. 3/ Registra amortizaes de crdito de fornecedores, emprstimos de longo prazo e de papis de longo prazo colocados no exterior. Exclui amortizaes de emprstimos pelo Banco Central e amortizaes de emprstimos intercompanhias.

90

Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

Investimentos estrangeiros diretos e necessidade de financiamento externo2 1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6

Grfico 5.1

Acumulados em 12 meses

%

Fev Abr Jun Ago Out Dez Fev Abr Jun Ago Out Dez Fev Abr Jun Ago Out Dez Fev Abr Jun Ago Out Dez 2007 2008 2009 2010

Saldo de transaes correntes/PIB

Necessidade de financiamento externo/PIB

Obs.: Necessidade de financiamento externo = dficit de trans. correntes - invest. estrangeiro direto lq.

das remessas lquidas de renda, com impacto sobre o dficit em transaes correntes, que totalizou o recorde de US$47,4 bilhes no ano. Em sentido inverso, a solidez macroeconmica do pas, expressa em expectativas de risco declinante e retornos crescentes para os investimentos, favoreceu o ingresso lquido de US$99,7 bilhes na conta capital e financeira. O supervit do balano de pagamentos totalizou US$49,1 bilhes em 2010.

Balana comercialA balana comercial registrou supervit de US$20,3 bilhes em 2010, dcimo resultado positivo em sequncia. O recuo de 19,8% em relao ao ano anterior refletiu os aumentosQuadro 5.3 Balana comercial FOBUS$ milhes Ano Exportao Importao Saldo Fluxo de comrcio 2009 2010 Variao %Fonte: MDIC/Secex

152 995 201 915 32,0

127 722 181 649 42,2

25 272 20 267 -19,8

280 717 383 564 36,6

Exportao e importao FOB60 45 30 15 0 -15 -30 Dez Mar 2006 2007 Jun Set Dez Mar 2008 Jun Set Dez Mar 2009 Jun Set Dez Mar 2010 Jun Set Dez

Grfico 5.2

ltimos 12 meses (variao %)1/

Fonte: MDIC/Secex 1/ Sobre igual perodo do ano anterior.

Exportao

Importao

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

91

anuais respectivos de 42,2% e 32% registrados nas importaes e nas exportaes, que totalizaram, na ordem, US$181,6 bilhes e US$201,9 bilhes. Vale ressaltar que nos ltimos meses do ano ocorreram indcios de alterao desta dinmica, com desacelerao no ritmo de expanso das importaes. A corrente de comrcio, aps registrar retrao em 2009, cresceu 36,6% em 2010.Grfico 5.3

ndice de termos de troca130 122 114 106 98 90 II Trim IV Trim II Trim IV Trim II Trim IV Trim II Trim IV Trim II Trim IV Trim II Trim IV Trim II Trim IV Trim 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte: Funcex

2006 = 100

Os termos de troca mantiveram-se na tendncia de expanso observada em 2009, atingindo, ao longo do ano, consecutivos recordes. Este desempenho e o aumento no volume de mercadorias comercializado impulsionaram a acelerao do fluxo do comrcio exterior em 2010.Quadro 5.4 ndices de preo e quantum de exportaoVariao % sobre o ano anterior Discriminao Preo Total Bsicos Semimanufaturados ManufaturadosFonte: Funcex

2009 Quantum -10,7 2,9 -5,0 -22,8 Preo

2010 Quantum 9,5 11,4 6,6 8,9

-13,4 -17,5 -20,3 -5,8

20,5 30,4 29,0 8,5

O crescimento anual das exportaes, refletindo elevaes de 20,5% nos preos e de 9,5% no quantum, traduziu expanses generalizadas nas vendas em todas as categorias de fator agregado, atingindo 44,7%, 37,1% e 17,7% nas relativas a produtos bsicos, semimanufaturados e manufaturados, respectivamente. A elevao nos embarques de produtos bsicos refletiu elevaes de 30,4% nos preos e de 11,4% no quantum. Em relao aos preos, destacaram-se os aumentos anuais nos relativos a minrios de ferro, 86,7%; petrleo, 44,8%; minrio de cobre, 45,9%; caf cru, 26,1%; e carnes de suno, 25,9%. A evoluo da quantidade exportada esteve associada, em especial, s expanses relativas a milhos em gros, 38,5%; petrleo,

92

Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

21,4%; minrios de ferro, 16,4%; e farelo de soja, 11,1%, contrastando com as retraes nas quantidades referentes a fumos em folhas e carne de suno.

Grfico 5.4

ndice trimestral de preo e quantum das exportaes brasileiras2006 = 100 Extrao de minerais metlicosPreo 340 294 248 202 156 110 I II 2008 III IV I II 2009 III IV I II 2010 III IV 155 140 125 110 95 80

Preo 180 162 144 126 108 90

Produtos alimentcios e bebidas

Quantum 170 152 134 116 98 80

I II 2008 Preo 200 187 174 161 148 135 I II 2008

III IV

I II 2009

III IV

I II 2010

III IV

Agricultura e pecuria

Quantum 200 173 146 119 92 65

Preo 172 157 142 127 112 97 I II 2008

Metalurgia bsica

Quantum 97 92 87 82 77 72

III IV

I II 2009

III IV

I II 2010

III IV

III IV

I II 2009

III IV

I II 2010

III IV

Preo 133 129 125 121 117 113

Veculos automotores, reboques e carrocerias

Quantum 100 88 76 64 52 40

Preo 215 183 151 119 87 55 I II 2008

Extrao de petrleo

Quantum 205 175 145 115 85 55

I II 2008

III IV

I II 2009

III IV

I II 2010

III IV

III IV

I II 2009

III IV

I II 2010

III IV

Preo 147 139 131 123 115 107 I II 2008

Produtos qumicos

Quantum 121 114 107 100 93 86

Preo 140 135 130 125 120 115 I II 2008

Mquinas e equipamentos

Quantum 111 100 89 78 67 56

III IV

I II 2009

III IV

I II 2010

III IV

III IV

I II 2009

III IV

I II 2010

III IV

ndice de quantumFonte: Funcex

ndice de preo

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

93

No mbito dos produtos semimanufaturados, que assinalaram crescimentos de 29% nos preos e de 6,6% no quantum, registraram-se elevaes significativas nos preos de acar de cana em bruto, 479,8%, consistente com as restries de oferta na ndia, principal produtor mundial da commodity; celulose, 40,2%; couros e peles, 34,7%; e produtos semimanufaturados de ferro ou ao, 32,3%. Em relao ao comportamento do quantum exportado na categoria, destacaram-se as expanses anuais nas vendas de acar de cana em bruto, 16,3%; produtos semimanufaturados de ferro ou ao, 12,5%; e ferro-ligas, 28,8%; e os recuos nos referentes a leo de soja, 19,5%; alumnio em bruto 27,2%; e madeira serrada ou fendida 48,9%. As vendas externas de produtos manufaturados traduziram aumentos de 8,5% nos preos e de 8,9% no quantum. Ocorreram elevaes expressivas nos preos dos itens acar refinado, 29,9%; leos combustveis, 24,8%; polmeros de etileno, propileno e estireno, 36,3%; e hidrocarbonetos e seus derivados, 50,9%. Relativamente s quantidades exportadas, destacaram-se os aumentos nos itens automveis de passageiros, 33,8%; autopeas, 30,2%; veculos de carga, 59%; e partes de motores para veculos automveis, 78,5%, em oposio aos recuos registrados nas quantidades exportadas de polmeros de etileno, propileno e estireno, 15,1%; lcool etlico, 42,6%; fio-mquina, 19,7%; e suco de laranja, 19,1%. As exportaes dos oito principais setores representaram, de acordo com a Fundao Centro de Estudos do Comrcio Exterior (Funcex), 78,3% do total exportado pelo pas em 2010. Observaram-se, no ano, expanses de preos em todos os segmentos citados, com destaque para as relativas a minerais metlicos, 77,4%; petrleo, 46,7%; e metalurgia bsica, 18,6%. Entre as elevaes nas quantidades exportadas, ressaltemse as referentes a veculos automotores, reboques e carrocerias, 41%; mquinas e equipamentos, 27,3%; e minerais metlicos, 21,7%. A expanso anual das importaes decorreu de elevaes de 37% nas quantidades adquiridas e de 3,9% nos preos. Ocorreram aumentos nas aquisies em todas asQuadro 5.5 ndices de preo e quantum de importaoVariao % sobre o ano anterior Discriminao Preo Total Bens de capital Bens intermedirios Bens de consumo durveis Bens de consumo no durveis Combustveis e lubrificantesFonte: Mdic (elaborao Bacen)

2009 Quantum -11,3 -1,8 -8,6 -1,2 -1,1 -36,0 -16,9 -15,7 -20,9 -6,7 2,0 -14,2 Preo

2010 Quantum 3,9 -3,7 2,6 3,6 10,4 22,3 37,0 43,3 36,6 52,9 18,0 21,6

94

Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

categorias de uso, com nfase na expanso de 59,3% nas relativas a bens durveis, seguindo-se as elevaes nas compras de combustveis e lubrificantes, 50,7%; matriasprimas e produtos intermedirios, 39,8%; bens de capital, 37,5%; e bens de consumo no durveis, 29,1%. A evoluo anual dos embarques de matrias-primas e produtos intermedirios refletiu elevaes de 2,6% nos preos e de 36,6% no quantum. O crescimento anual registradoGrfico 5.5

ndice trimestral de preo e quantum das importaes brasileiras2006 = 100 Mquinas e equipamentosQuantum 160 143 126 109 92 75 I II 2008 III IV I II 2009 III IV I II 2010 III IV Preo 124 120 116 112 108 104 I II 2008 III IV I II 2009 III IV I II 2010 III IV

Preo 170 161 152 143 134 125

Produtos qumicos

Quantum 255 229 203 177 151 125

Preo 125 122 119 116 113 110 I II 2008

Veculos automotores, reboques e carrocerias

Quantum 270 236 202 168 134 100

Preo 200 177 154 131 108 85

Coque, refino de petrleo e combustveis

Quantum 240 209 178 147 116 85

III IV

I II 2009

III IV

I II 2010

III IV

I II 2008

III IV

I II 2009

III IV

I II 2010

III IV

Preo 123 119 115 111 107 103

Material eletrnico e de comunicaes

Quantum 158 141 124 107 90 73

Extrao de petrleoPreo 200 175 150 125 100 75 I II 2008 III IV I II 2009 III IV I II 2010 III IV Quantum 130 122 114 106 98 90

I II III IV

I II III IV

I II III IV

Preo 137 129 121 113 105 97 I II 2008 Fonte: Funcex

Metalurgia bsica

Quantum 230 204 178 152 126 100

Preo 130 127 124 121 118 115

Mquinas, aparelhos e materiais eltricos

Quantum 230 204 178 152 126 100

III IV

I II 2009

III IV

I II 2010

III IV

ndice de quantum

I II 2008

III IV

ndice de preos

I II 2009

III IV

I II 2010

III IV

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

95

no quantum foi impulsionado, principalmente, pelos aumentos relativos a laminados planos de ferro ou ao, 166,2%; cloreto de potssio, 76,9%; e naftas, 59%. Quanto aos preos, destacaram-se as elevaes nos associados a ctodos de cobre, 51,6%; circuitos integrados e microconjuntos, 31,7%; e naftas, 29,9%, em contraste com os recuos anuais observados nos preos de cloreto de potssio, 39,5%, e de laminados planos de ferro ou ao, 14,6%. As compras externas de bens de capital traduziram variaes de -3,7% nos preos e de 43,3% no quantum, esta evidenciando as expanses nas quantidades adquiridas de mquinas e aparelhos de terraplanagem, 91,9%; bombas, compressores e ventiladores, 61,9%; e motores, geradores e transformadores eltricos, 43,3%. O recuo de preos da categoria refletiu, em especial, as redues nos relativos a circuitos impressos, 20,5%; mquinas e aparelhos de terraplanagem, 16,7%; e instrumentos e aparelhos de medida, 5,6%. No mbito das importaes de bens de consumo durveis, que registraram elevaes de 3,6% nos preos e de 52,9% no quantum, destacaram-se os aumentos no quantum de partes de aparelhos transmissores, 136,2%; lmpadas, tubos eltricos e faris, 129,2%; e mveis e suas partes, 76,2%, e nos preos de partes de aparelhos transmissores, 8,8%; e automveis de passageiros, 5,5%. Em relao s aquisies de bens de consumo no durveis, que refletiram expanses de 10,4% nos preos e de 18% no quantum,Quadro 5.6 Exportao por fator agregado FOBUS$ milhes Discriminao Total Produtos bsicos Produtos industrializados Semimanufaturados Manufaturados Operaes especiaisFonte: MDIC/Secex

2006 137 807 40 285 94 541 19 523 75 018 2 981

2007 160 649 51 596 105 743 21 800 83 943 3 311

2008 197 942 73 028 119 756 27 073 92 683 5 159

2009 152 995 61 957 87 848 20 499 67 349 3 189

2010 201 915 90 005 107 770 28 207 79 563 4 140

Exportao por fator agregado FOB50 30 10 -10 -30 Dez Mar 2006 2007 Jun Set Dez Mar 2008 Jun Set Dez Mar 2009 Jun Set Dez Mar 2010 Jun Set Dez

Grfico 5.6

ltimos 12 meses (variao %)1/

BsicosFonte: MDIC/Secex 1/ Sobre igual perodo do ano anterior.

Semimanufaturados

Manufaturados

96

Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

ressaltaram-se os crescimentos nas quantidades importadas de produtos de perfumaria e toucador, 43,2%; produtos hortcolas preparados, 53,6%; e brinquedos e jogos, 38,7%, e nos preos de calados e suas partes, 17,2% e produtos de perfumaria e toucador, 9,4%. As aquisies externas dos oito principais setores importadores responderam por 71,9% do total em 2010. Ocorreram aumentos no quantum importado em todos os segmentos, ressaltando-se os relativos a coque, refino de petrleo e combustveis, 86%; metalurgia bsica, 76,4%; mquinas e equipamentos, 50,9%; e veculos automotores, reboques e carrocerias, 50,2%. As variaes de preos no apresentaram comportamento uniforme nos setores considerados, observando-se crescimento anual nos relativos a extrao de petrleo, 24,9%, e coque, refino de petrleo e combustveis, 24,5%; e recuos nos referentes a mquinas e equipamentos, 6,5%, e produtos qumicos, 4%. As exportaes mdias dirias totais assinalaram crescimento anual de 31,4% em 2010, reflexo de expanses nas vendas de produtos bsicos, 44,7%; semimanufaturados, 37,1%; e manufaturados, 17,7%.

Quadro 5.7 Exportao FOB Principais produtos bsicosVariao % de 2010 sobre 2009 Mdia diria Produto Minrios de ferro e seus concentrados leos brutos de petrleo Soja mesmo triturada Carne e midos de frango Caf cru em gros Farelo e resduos da extrao de leo de soja Carne de bovino Fumo em folhas e desperdcios Milho em gros Minrios de cobre e seus concentrados Carne de suno Algodo em bruto Bovino vivo Carnes salgadas, includas as de frango Minrios de mangans e seus concentrados Tripas e buchos de animais Caulim e outras argilas caulnicas Minrios de alumnio e seus concentrados Miudezas de animais, comestveis Castanha de caju Demais produtos bsicosFonte: MDIC/Secex 1/ Variao percentual do valor unitrio em US$/kg. 2/ Variao percentual da quantidade medida em quilogramas. 3/ Participao percentual no total da categoria de produtos bsicos.

Valor 117,4 75,8 -3,7 19,7 37,2 2,3 27,2 -9,9 69,5 53,5 9,8 19,5 47,9 5,8 90,9 5,5 8,4 70,7 1,4 -1,4 18,9

Preo

1/

Quantidade

2/

Participao %

3/

86,7 44,8 -5,0 13,4 26,1 -7,9 24,4 21,4 22,4 45,9 25,9 18,2 18,7 10,7 32,5 -16,1 -3,1 -23,3 3,0 13,2 -

16,4 21,4 1,4 5,5 8,8 11,1 2,3 -25,8 38,5 5,2 -12,7 1,1 24,6 -4,4 44,1 25,7 11,8 122,6 -1,5 -12,9 -

32,1 17,9 12,3 6,4 5,8 5,2 4,3 3,0 2,5 1,4 1,4 0,9 0,7 0,6 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,3 3,5

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

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A mdia diria dos embarques de produtos bsicos atingiu US$359 milhes, elevando-se 44,7% no ano. As exportaes dos trs principais produtos da categoria minrio de ferro, petrleo e soja responderam por 62,3% das vendas do segmento e registraram variaes anuais respectivas de 117,4%, 75,8% e -3,7%. Os pases asiticos foram o principal destino das exportaes de produtos bsicos, US$161 milhes dirios, equivalentes a 45% das vendas da categoria e a 72% das exportaes mdias dirias direcionadas regio, e registrando aumento anual de 54,9%. A China constituiu o mercado de 63,5% dos produtos bsicos exportados sia, seguindo-se Japo, 12,5%; e Coreia do Sul, 5,6%. Os principais produtos embarcados para a regio foram minrios de ferro e seus concentrados, 47,1% do total da categoria; soja, 20,2%; e petrleo, 13,3%. As exportaes mdias dirias de produtos bsicos Unio Europeia (UE) totalizaram US$85 milhes, expandindo-se 31,2% no ano e passando a representar 23,7% dos embarques da categoria e 49,5% das exportaes brasileiras ao bloco. A Alemanha se tornou o principal pas de destino de produtos bsicos no mbito da UE, 22% do total, seguindo-se os Pases Baixos, 21,2%; Espanha, 10,4%; Frana, 9,7%; e Itlia, 9,1%. Destacaram-se as vendas de minrios de ferro e seus concentrados, 26,9% do total; farelo de soja, 15,5%; caf cru em gros, 13,5%; soja, 10,8%; e petrleo, 10,5%, ressaltando-se que as vendas de minrios de ferro e seus concentrados expandiram 214,9% e as de soja recuaram 33,9%, no ano. Os embarques de produtos bsicos Amrica Latina e Caribe registraram mdia diria de US$34 milhes, dos quais 16,9% direcionados aos pases do Mercosul. Ressalte-se que as exportaes a este bloco aumentaram 48,9% no ano e equivaleram a 9,5% das exportaes da categoria e a 17,7% das vendas regio. Os principais pases de destino foram Santa Lcia, 32,2%; Venezuela, 16,1%; Chile, 15%; e Argentina, 13,8%. Os embarques para a regio se concentraram em petrleo, 51%, do quais 63,1% para Santa Lcia; minrios de ferro e seus concentrados, 15,4%; e bovinos vivos, 7,3%. As vendas mdias dirias de produtos bsicos aos EUA atingiram US$24 milhes, elevando-se 46,8% no ano e representando 6,7% dos embarques da categoria e 30,8% do total direcionado ao pas. Estas exportaes concentraram-se em petrleo, 64,2% do total; caf cru em gros, 17,7%; e fumo em folhas, 4%. As exportaes mdias dirias de produtos bsicos aos demais pases somaram US$54 milhes, elevando-se 36,7% no ano, respondendo por 15,1% das vendas da categoria e por 38,9% do total exportado a esses pases. Os produtos bsicos adquiridos por esse grupo de pases se concentraram em carne de frango, 23,7%; carne de bovino, 21,5%; minrio de ferro e seus concentrados, 19,7%; e carne de suno, 6,3%, destacando-se as participaes da Rssia, 17,2% do total; Arbia Saudita, 15,9%; Ir, 9,4%; e Egito, 8,6%.

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Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

Quadro 5.8 Exportao por fator agregado e regio FOBMdia diria US$ milhes Produto 2009 Valor Valor Variao % sobre 2009 Total Bsicos Semimanufaturados Manufaturados Operaes especiais Amrica Latina e Caribe Bsicos Semimanufaturados Manufaturados Operaes especiais Mercosul Bsicos Semimanufaturados Manufaturados Operaes especiais EUA1/ Bsicos Semimanufaturados Manufaturados Operaes especiais Unio Europia Bsicos Semimanufaturados Manufaturados Operaes especiais sia Bsicos Semimanufaturados Manufaturados Operaes especiais Demais Bsicos Semimanufaturados Manufaturados Operaes especiaisFonte: MDIC/Secex 1/ Inclui Porto Rico.

2010 Participao % No total 100,0 44,6 14,0 39,4 2,1 23,8 4,2 0,9 18,6 0,0 11,2 0,7 0,3 10,2 0,0 9,6 3,0 1,6 5,0 0,1 21,4 10,6 3,0 7,6 0,1 27,9 20,1 4,9 2,8 0,0 17,4 6,7 3,6 5,3 1,8 No bloco 100,0 17,7 3,7 78,4 0,1 100,0 6,4 2,5 91,0 0,2 100,0 30,8 16,4 52,0 0,8 100,0 49,5 14,2 35,7 0,6 100,0 72,0 17,7 10,2 0,1 100,0 38,9 20,5 30,3 10,3

612 248 82 269 13 143 23 4 115 0 63 2 1 60 0 63 16 8 38 0 136 65 15 55 1 161 104 35 21 0 109 40 19 40 11

804 359 112 317 16 191 34 7 150 0 90 6 2 82 0 78 24 13 40 1 172 85 24 61 1 224 161 40 23 0 140 54 29 42 14

31,4 44,7 37,1 17,7 29,3 34,1 48,9 62,8 30,1 21,7 42,2 132,5 87,4 37,6 35,3 23,2 46,8 52,3 6,6 23,4 26,2 31,2 58,6 12,2 -17,1 39,3 54,9 13,0 6,8 7,7 27,7 36,7 51,6 5,5 35,8

Os embarques de bens semimanufaturados registraram mdia diria de US$112 milhes em 2010, expandindo-se 37,1% no ano. A pauta da categoria concentrou-se em acar em bruto, 33% do total; celulose, 16,8%; produtos semimanufaturados de ferro ou ao, 9,2%; ferro-ligas, 7,2%; ouro em formas semimanufaturadas, 6,3%; e couros e peles, 6,1%, que responderam, em conjunto, por cerca de 80% das exportaes da categoria.

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

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Quadro 5.9 Exportao FOB Principais produtos semimanufaturadosVariao % de 2010 sobre 2009 - mdia diria Produto Acar de cana em bruto Pastas qumicas de madeira Produtos semimanufaturados, de ferro/ao Ferro-ligas Ouro em formas semimanuf., uso no monetrio Couros e peles, depilados, exceto em bruto Ferro fundido bruto e ferro spiegel leo de soja em bruto Alumnio em bruto Catodos de cobre Madeira serrada/fendida longitud. >6mm Borracha sinttica e borracha artificial Ligas de alumnio, em bruto Manteiga, gordura e leo, de cacau Catodos de nquel Zinco em bruto Madeira em estilhas ou em partculas Mates de nquel Ceras vegetais Sucos e extratos vegetais Demais produtos semimanufaturadosFonte: MDIC/Secex 1/ Variao percentual do valor unitrio em US$/kg. 2/ Variao percentual da quantidade medida em quilogramas. 3/ Participao percentual no total da categoria de produtos semimanufaturados.

Valor 55,0 43,0 48,9 42,3 27,0 49,7 13,9 9,0 -11,2 4,4 -21,2 35,5 40,7 201,7 -13,0 4,3 43,6 21,0 65,3 95,0 9,2

Preo

1/

Quantidade

2/

Participao %

3/

479,8 40,2 32,3 10,5 26,6 34,7 11,9 35,4 21,9 6,8 54,3 66,3 59,3 84,1 12,0 -13,3 36,5 5,0 15,0 87,8 -

16,3 2,0 12,5 28,8 0,3 11,1 1,7 -19,5 -27,2 -2,2 -48,9 -18,5 -11,7 63,9 -22,3 20,3 5,2 15,2 43,7 3,8 -

33,0 16,8 9,2 7,2 6,3 6,1 4,2 3,9 3,4 1,5 1,2 1,1 0,7 0,7 0,6 0,5 0,5 0,4 0,4 0,3 1,8

A sia foi o principal destino dos produtos semimanufaturados, US$40 milhes dirios, correspondendo a 35,3% das vendas da categoria e a 17,7% do total exportado regio, com crescimento anual de 13%. As exportaes sia se concentraram em acar de cana em bruto, 27,9% do total; celulose, 16,4%, dos quais 40,1% para a China; produtos semimanufaturados de ferro ou ao, 15,2%; ferro-ligas, 9,5%; e leo de soja em bruto, 8,9%. Os principais pases de destino na regio foram China, 36,4% do total; Japo, 11,7%; Coreia do Sul, 10,5%; e ndia, 10,2%, com recuo de 33,6% explicado, especialmente, pela retrao nas exportaes de acar de cana em bruto e leo de soja em bruto. As exportaes de produtos semimanufaturados direcionados UE registraram mdia diria de US$24 milhes, com crescimento anual de 58,6%, representando 21,7% das vendas da categoria e 14,2% do total exportado ao bloco. Os Pases Baixos foram o principal destino, 29,2% do total; seguindo-se Itlia, 20,6%; Reino Unido, 18,7%; e Blgica, 7%. As exportaes de celulose representaram 36,7% do total; seguindo-se as relativas a ouro em formas semimanufaturadas, 14,4%; ferro-ligas, 11,6%; e couros e peles, 9,3%.

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Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

As vendas mdias dirias de produtos semimanufaturados aos EUA aumentaram 52,3% no ano, para US$13 milhes, equivalendo a 11,3% das exportaes da categoria e a 16,4% do total embarcado ao pas. Os principais itens foram celulose, 26,5% do total; ferro fundido bruto e ferro spiegel, 19,4%; produtos semimanufaturados de ferro ou ao, 12,4%; e ferro-ligas, 7,3%. As exportaes mdias dirias de bens semimanufaturados Amrica Latina e Caribe somaram US$7 milhes, com expanso anual de 62,8%, equivalendo a 6,3% do total da categoria e a 3,7% das vendas brasileiras a esses pases. Esta pauta se concentrouQuadro 5.10 Exportao FOB Principais produtos manufaturadosVariao % de 2010 sobre 2009 - mdia diria Produto Automveis de passageiros Avies Acar refinado Partes e peas p/veculos automveis e tratores leos combustveis (diesel, fuel-oil etc.) Produtos laminados planos de ferro/ao xidos e hidrxidos de alumnio Veculos de carga Polmeros de etileno, propileno e estireno Motores/geradores/transform. eltricos e partes Partes de motores p/veculos automveis Aparelhos transm. ou receptores e componentes Calados, suas partes e componentes Bombas, compressores, ventiladores etc. Mq. e apar. p/ terraplanagem, perfurao etc. Pneumticos Papel e carto para fins grficos Suco de laranja no congelado Tratores Hidrocarbonetos e seus derivados halogenados etc. lcool etlico Motores para veculos automveis Medicamentos para medicina humana e veterinria Chassis c/motor e carroarias p/vec. automveis Rolamentos e engrenagens, partes e peas Mveis e suas partes Fio-mquina e barras de ferro ou ao Compostos de funes nitrogenadas Mquinas e apar.p/uso agrcola (exceto tratores) Suco de laranja congelado Demais produtos manufaturadosFonte: MDIC/Secex 1/ Variao percentual do valor unitrio em US$/kg. 2/ Variao percentual da quantidade medida em quilogramas. 3/ Participao percentual no total da categoria de produtos manufaturados.

Valor 35,6 2,5 43,4 41,0 27,9 10,8 33,1 74,7 15,7 -9,3 64,4 -17,5 8,9 31,3 124,2 20,5 24,7 18,8 63,3 44,1 -24,5 82,8 16,1 33,4 47,5 10,7 10,1 28,7 73,0 -3,3 8,5

Preo

1/

Quantidade

2/

Participao %

3/

1,3 8,2 29,9 8,3 24,8 13,8 12,7 9,9 36,3 -9,4 -7,9 -26,7 0,7 2,6 -3,0 8,6 8,3 18,0 10,0 50,9 31,6 11,3 11,6 3,2 -9,4 9,6 37,1 28,0 10,8 19,5 -

33,8 -5,3 10,4 30,2 2,5 -2,6 18,1 59,0 -15,1 0,1 78,5 12,6 8,1 28,0 131,0 11,0 15,1 0,7 48,4 -4,5 -42,6 64,2 4,1 29,2 62,8 1,0 -19,7 0,5 56,1 -19,1 -

9,5 8,5 7,4 7,3 5,5 3,9 3,7 3,6 3,5 3,5 3,2 3,2 3,2 3,2 2,9 2,9 2,6 2,3 2,2 2,2 2,2 2,1 2,1 2,0 1,7 1,6 1,6 1,6 1,5 1,5 68,0

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

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em produtos semimanufaturados de ferro ou ao, 25,8% do total; acar de cana em bruto, 25,7%; borracha sinttica e borracha artificial, 7,2%; e ferro-ligas, 5,9%. Os principais destinos na regio foram Argentina, 27,1% do total; Venezuela, 25,9%; Mxico, 19%; e Peru, 5,9%. Os embarques mdios dirios de produtos semimanufaturados aos demais pases atingiram US$29 milhes, registrando aumento anual de 51,6% e passando a representar 25,5% das vendas da categoria e 20,5% do total direcionado ao grupo. Entre os itens exportados a esses pases, ressaltem-se as vendas de acar de cana em bruto, responsvel por 75% do total; ouro em formas semimanufaturadas, 9,9%; alumnio em bruto, 6%; e leo de soja em bruto, 3%. Os principais pases de destinos foram Rssia, 22% do total; Sua, 13,2%; Ir, 10,6%; e Arglia, 8%. A mdia diria das vendas de bens manufaturados totalizou US$317 milhes em 2010, crescimento anual de 17,7%. Os principais produtos exportados foram automveis de passageiros, 9,5% do total; avies, 8,5%; acar refinado, 7,4%; autopeas, 7,3%; e leos combustveis, 5,5%. O principal destino das exportaes de produtos manufaturados foi Amrica Latina e Caribe, mdia diria de US$150 milhes, com aumento anual de 30,1% e respondendo por 47,3% das vendas da categoria e por 78,4% dos produtos embarcados para a regio. As vendas se concentraram em automveis, 10% do total; autopeas, 6,8%; veculos de carga, 4%; leos combustveis, 3,8%; e aparelhos transmissores ou receptores, 3,2%. As exportaes de bens manufaturados se direcionaram especialmente para Argentina, 44,7% do total; Mxico, 8,6%; Chile, 7,8%; Paraguai, 6,3%; e Venezuela, 5,4%. As vendas mdias dirias de produtos manufaturados direcionados UE somaram US$61 milhes, aumentando 12,2% no ano e representando 19,4% das exportaes da categoria e 35,7% dos embarques para o bloco. Esta pauta concentrou-se em avies, 9% do total; suco de laranja, 6%; tubos flexveis de ferro e ao, 4,1%; partes de motores de automveis e automveis, 3,5% cada; e calados, 3,2%. Os pases com maior participao foram Pases Baixos, 25,4% do total; Alemanha, 20%; Reino Unido, 11,8%; Blgica, 10,6; Espanha, 8,3%; e Frana, 7,5%. A mdia diria das exportaes de manufaturados para os EUA registrou aumento anual de 6,6%, somando US$40 milhes e equivalendo a 12,7% do total da categoria e a 52% das vendas ao pas. Os principais itens embarcados foram partes de motores para automveis e obras de mrmore e granito, com participaes individuais de 4,8% no total; hidrocarbonetos e seus derivados, 4,7%; avies, 4,3%; pneumticos, 4%; motores, geradores e transformadores eltricos, 3,7%; e calados, 3,4%. As exportaes mdias dirias de bens manufaturados sia atingiram US$23 milhes em 2010, elevando-se 6,8% no ano, com participaes respectivas de 7,2% e 10,2%

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Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

nas vendas brasileiras da categoria e regio. Esta pauta concentrou-se em avies, 9,4% do total; leos combustveis, 9,2%; acar refinado, 9,1%; lcool etlico, 6,4%; e produtos laminados planos de ferro ou ao, 5,5%. A China foi o principal mercado desses produtos na regio, 24,3% do total; seguindo-se Japo, 15,3%; Cingapura, 13,8%; ndia, 12,8%; e Coreia do Sul, 8,1%. A mdia diria de manufaturados brasileiros adquiridos pelos demais pases registrou expanso anual de 5,5% em 2010, para US$42 milhes, representando 13,4% das vendas da categoria e 30,3% dos embarques a esses pases. Estas exportaes se concentraram em acar refinado, 25,5% do total; xidos e hidrxidos de alumnio, 14,2%; avies, 6,2%; mquinas e aparelhos para terraplanagem e perfurao, 2,8%; e motores, geradores e transformadores eltricos, 2,6%. Os principais destinos foram Canad, 11,4% do total; frica do Sul, 8,5%; Emirados rabes Unidos, 7,9%; Angola, 6,7%; e Nigria, 4,9%. As operaes especiais transaes especiais, consumo de bordo e reexportaes atingiram mdia diria de US$16 milhes em 2010, elevando-se 29,3% no ano eQuadro 5.11 Exportao por intensidade tecnolgica FOBUS$ milhes - mdia diria Discriminao 2009 Valor Total Produtos industriais Alta tecnologia Aeronutica e aeroespacial Equipamentos de rdio, TV e comunicao Outros Mdia-alta tecnologia Veculos automotores, reboques e semi-reboques Produtos qumicos,excl. farmacuticos Mquinas e equipamentos mecnicos n. e. Outros Indstria de mdia-baixa tecnologia Produtos metlicos Produtos de petrleo refinado e outros combustveis Outros Indstria de baixa tecnologia Alimentos, bebidas e tabaco Madeira e seus produtos, papel e celulose Txteis, couro e calados Produtos manufaturados n.e. e bens recicladosFonte: MDIC/Secex Nota: 2010, 251 dias teis; 2009, 250 dias teis.

2010 Var.% 31,4 22,2 2,5 2,9 17,5 -5,8 32,9 48,8 24,8 28,9 15,1 18,6 18,8 15,8 21,5 21,7 20,3 29,5 23,3 11,6 Part.% 100,0 63,6 4,6 2,3 0,9 1,4 18,0 6,9 4,7 4,5 1,9 14,6 8,8 3,3 2,4 26,4 19,0 4,3 2,4 0,7

612 418 36 18 6 12 109 37 30 28 13 99 60 23 16 175 127 27 15 5

804 511 37 19 7 11 145 56 38 36 15 117 71 27 19 212 153 35 19 6

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

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concentrando-se em leos combustveis utilizados em reabastecimento de navios e aeronaves, 86,2% do total, e reexportaes, 8,9%. As exportaes mdias dirias de produtos industriais totalizaram US$511 milhes em 2010, registrando aumento anual de 22,2%. Esses produtos representaram 63,6% das exportaes brasileiras, distribuindo-se em indstrias de baixa tecnologia, 26,4% do total; mdia-baixa tecnologia, 14,6%; mdia-alta tecnologia, 18%; e alta tecnologia, 4,6%. As exportaes de produtos industrializados de baixa tecnologia somaram US$212 milhes dirios, registrando expanso anual de 21,7%. As vendas concentraram-se no setor de alimentos, bebidas e tabaco, destacando-se as relativas a acar de cana em bruto, 17,5% do total; carne de frango, 10,9%; farelo de soja, 8,9%; carne de bovino, 7,2%; e acar refinado, 6,5%. Alm desses produtos, destacaram-se as vendas de celulose, 8,9% do total; couros e peles, 3,2%; e calados, 2,8%. Os Pases Baixos se tornaram principal destino desses produtos, 7,7% do total; seguindo-se os EUA, 7,4%; Rssia, 6,9%; China, 6,3%; e Ir e Arbia Saudita, 3,3% cada. Os embarques mdios dirios de produtos industrializados de mdia-alta tecnologia cresceram 32,9% no ano, para US$145 milhes. Destacaram-se as vendas do setor automotivo, com nfase em automveis, 12,2% do total; autopeas, 9,4%; veculos de carga, 4,7%; partes de motores para automveis, 4,2%; e motores para automveis, 2,8%; e as referentes a polmeros de etileno, propileno e estireno, 4,6%; motores, geradores e transformadores eltricos, 4,5%; bombas, compressores, ventiladores, 4,1%; mquinas e aparelhos para terraplanagem, 3,8%; e hidrocarbonetos e seus derivados, 2,9%. Os principais destinos desse segmento foram Argentina, 30,4% do total; EUA, 11,5%; Mxico, 6,4%; Alemanha, 4,9%; Chile, 4,8%; Paraguai, 3,3%; e Pases Baixos, 2,9%. A mdia diria das vendas de produtos industrializados de mdia-baixa tecnologia atingiu US$117 milhes, registrando crescimento de 18,6% em relao a 2009. Esta pauta se concentrou em leos e combustveis para provisionamento de navios e aeronaves (consumo de bordo), 12,2% do total; produtos semimanufaturados de ferro ou ao, 8,9%; leos combustveis, 8,8%; ferro-ligas, 7%; produtos laminados planos de ferro ou ao, 6,2%; ouro em formas semimanufaturadas, 6,1%; xidos e hidrxidos de alumnio, 5,9%; e pneumticos, 4,7%. Os principais pases de destino foram EUA, 13,6% do total; Argentina, 10%; Pases Baixos, 7,2%; Sua, 3,7%; e Reino Unido, 3,3%. As exportaes de produtos de alta tecnologia registraram mdia diria de US$37 milhes, elevando-se 2,5% no ano e concentrando-se em avies, 42,8% do total; aparelhos transmissores ou receptores, 15,9%; e medicamentos, 10,4%. A Argentina se tornou o principal destino desses produtos, 15,7% do total; seguindo-se os EUA, 13,4%; Alemanha, 5,4%; China, 5,2%; Espanha, 4,5%; e Reino Unido, 3,6%.

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Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

A mdia diria das importaes registrou, em 2010, crescimento anual generalizado em todas as categorias de uso, com nfase no aumento de 59,3% nas aquisies de bens de consumo durveis aumentaram, seguindo-se os relativos a combustveis e lubrificantes, 50,7%; matrias-primas e produtos intermedirios, 39,8%; bens de capital, 37,5%; e bens de consumo no durveis, 29,1%.Quadro 5.12 Importao FOBUS$ milhes Discriminao Total Bens de capital Matrias-primas e produtos intermedirios Bens de consumo Durveis No durveis Combustveis e lubrificantesFonte: MDIC/Secex

2006

2007

2008

2009

2010

91 351 120 617 172 985 127 722 181 649 18 924 45 274 11 955 6 076 5 879 15 197 25 125 59 381 16 027 8 251 7 776 20 085 35 933 83 056 22 527 12 710 9 817 31 469 29 698 59 754 21 524 11 614 9 910 16 746 40 995 83 884 31 426 18 579 12 847 25 344

Importao de matrias-primas x produo industrialImportao 160 143 126 109 92 75 Dez 2006 Abr 2007 Ago Dez Abr 2008 Ago Dez Abr 2009 Ago Dez Abr 2010 Ago Dez

Grfico 5.7

ndices dessazonalizados Mdia mvel de 3 meses

Produo industrial 115 110 105 100 95 90

Importaes de matrias-primasFonte: IBGE e Funcex

Produo industrial

Importao por categoria de uso final FOB60 45 30 15 0 -15 -30 Dez Mar 2006 2007 Jun Set Dez Mar 2008 Jun Set Dez Mar 2009 Jun Set Dez Mar 2010 Jun Set Dez

Grfico 5.8

ltimos 12 meses (variao %)1/

Fonte: MDIC/Secex 1/ Sobre igual perodo do ano anterior.

Bens de capital

Matrias-primas

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

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As importaes de matrias-primas e produtos intermedirios registraram mdia diria de US$334 milhes em 2010, correspondendo a 46,2% das aquisies brasileiras no perodo. As importaes de produtos qumicos e farmacuticos, produtos minerais, acessrios de equipamento de transporte, e produtos intermedirios partes e peas responderam por 76,1% das compras dessa categoria. A evoluo do valor importado dos principais produtos desta pauta resultou, em especial, de aumentos no quantum, ressaltando-se, em relao aos preos, que apenas os relativos a acessrios de equipamento de transporte e a outras matrias-primas para agricultura recuaram no perodo. As aquisies mdias dirias de matrias-primas e produtos intermedirios provenientes da sia somaram US$96 milhes em 2010, elevando-se 48,7% no ano e concentrandose em circuitos integrados e microconjuntos eletrnicos, 13,2% do total; produtos laminados planos de ferro ou ao, 8%; partes e acessrios para computadores, 6,3%; e autopeas, 5,9%. Estas compras originaram-se, em especial, da China, 42,2% do total; Japo, 13,7%; Coreia do Sul, 11,4%; ndia, 6,8%; e Taiwan, 6,7%. A mdia diria das importaes de matrias-primas e produtos intermedirios oriundas da UE totalizou US$77 milhes em 2010, aumentando 29,4% no ano e passando a representar 49,4% das aquisies provenientes do bloco e 23% das relativas categoria. Destacam-se as compras de autopeas, 11,9% do total; compostos heterocclicos, 6,4%; rolamentos e engrenagens, 4,6%; medicamentos, 3,5%; inseticidas, formicidas e herbicidas, 3,4%. Os principais pases fornecedores foram Alemanha, 31,8% do total; Frana, 14,6%; Itlia, 10,3%; Espanha, 8,4%; e Reino Unido, 7,8%. As importaes de matrias-primas e produtos intermedirios provenientes da Amrica Latina e Caribe registraram mdia diria de US$63 milhes, aumentando 34,6% no ano e correspondendo a 18,7% das importaes da categoria e a 51% do total adquirido do bloco. Esta pauta concentrou-se em catodos de cobre, 12% do total; naftas, 9%; trigo em gros, 8,4%; autopeas, 6,3%; e minrios de cobre e seus concentrados, 5,9%. Os principais pases fornecedores foram Argentina, 40,2% do total; Chile, 21,9%; Mxico, 10,3%; e Uruguai, 6,6%, registrando-se, no ano, retrao da participao da Argentina e expanso das relativas a Chile e do Mxico. As importaes da categoria originrias dos EUA totalizaram mdia diria de US$55 milhes, aumentando 27,9% no ano e respondendo por 16,3% das compras da categoria e por 50,3% do total importado dos EUA. Destacaram-se, no perodo, as participaes das aquisies de motores e turbinas para aviao e suas partes, 10,8% do total; polmeros de etileno, 3,6%; partes e peas para avies e helicpteros, 3,4%; e rolamentos e engrenagens, 3,1%. A mdia diria das importaes de matrias-primas e produtos intermedirios originrias dos demais pases cresceu 70,9% no ano, maior expanso entre os blocos e regies, totalizando US$44 milhes e representando 13,2% das importaes da categoria e 39%

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Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

Quadro 5.13 Importaes FOB Principais produtosVariao % de 2010 sobre 2009 - mdia diria Produto Bens de capital Maquinaria industrial Mq. e aparelhos de escritrio, servio cientfico Partes e peas para bens de capital para indstria Equipamento mvel de transporte Acessrios de maquinaria industrial Demais bens de capital Matrias-primas e produtos intermedirios Produtos qumicos e farmacuticos Produtos minerais Acessrios de equipamento de transporte Produtos intermedirios - partes e peas Outras matrias-primas para agricultura Demais matrias-primas e produtos intermedirios Bens de consumo no durveis Produtos farmacuticos Produtos alimentcios Vesturio e outras confeces txteis Produtos de toucador Bebidas e tabacos Demais bens de consumo no durveis Bens de consumo durveis Automveis de passageiros Mquinas e aparelhos de uso domstico Objetos de adorno ou de uso pessoal Partes e peas para bens de consumo durveis Mveis e outros equipamentos para casa Demais bens de consumo durveis Combustveis e lubrificantes Combustveis Lubrificantes e eletricidadeFonte: MDIC/Secex 1/ Variao percentual do valor unitrio em US$/kg. 2/ Variao percentual da quantidade medida em quilogramas. 3/ Participao percentual em cada categoria de uso final.

Valor 37,5 36,9 28,2 34,1 51,3 52,7 36,9 39,8 32,4 82,2 37,0 34,3 24,4 27,2 29,1 19,2 40,8 36,1 46,3 23,5 23,3 59,3 54,3 109,9 31,6 38,1 87,3 53,6 50,7 50,0 79,8

Preo

1/

Quantidade

2/

Participao

3/

100,0 -16,2 6,4 -21,7 3,7 -2,7 -38,1 63,3 20,4 71,3 45,9 56,8 121,2 32,9 18,0 12,9 11,9 7,6 16,7 100,0 4,0 13,7 -13,8 0,9 -12,4 4,4 27,3 60,3 59,0 33,1 42,0 21,9 27,4 21,3 13,8 13,6 8,0 15,9 100,0 5,0 10,6 2,8 11,4 -4,4 5,2 13,5 27,3 32,4 31,3 29,2 17,3 34,3 30,3 10,0 6,1 4,0 15,2 100,0 5,5 20,1 -0,8 -7,6 -8,7 -4,6 46,3 74,9 32,7 49,6 105,2 61,0 49,1 21,5 16,2 5,1 4,9 3,1 100,0 20,7 -1,5 24,2 82,6 96,9 3,1

do total importado desse grupo de pases. Esta pauta concentrou-se nos itens nafta, 18,9% do total, cloreto de potssio, 14,8%; produtos laminados planos de ferro ou ao, 6,1%; ureia, 5,8%; fertilizantes, 5,3%; superfosfatos, 2,7%. Os principais pases fornecedores foram Arglia, 17,3% do total; Canad, 15,4%; Rssia, 14,2%; Sua, 8,5%, Israel, 6,5%. Ressalte-se a importncia desse grupo de pases para o fornecimento de insumos agrcolas, em especial de fertilizantes.

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Quadro 5.14 Importaes por categoria de uso e regio FOBMdia diria - US$ milhes Produto 2009 Valor Valor 2010 Variao % sobre 2009 Total Bens de capital Bens de consumo durveis Bens de consumo no durveis Combustveis e lubrificantes Matrias-primas e produtos intermedirios Amrica Latina e Caribe Bens de capital Bens de consumo durveis Bens de consumo no durveis Combustveis e lubrificantes Matrias-primas e produtos intermedirios Mercosul Bens de capital Bens de consumo durveis Bens de consumo no durveis Combustveis e lubrificantes Matrias-primas e produtos intermedirios EUA Bens de capital Bens de consumo durveis Bens de consumo no durveis Combustveis e lubrificantes Matrias-primas e produtos intermedirios Unio Europia Bens de capital Bens de consumo durveis Bens de consumo no durveis Combustveis e lubrificantes Matrias-primas e produtos intermedirios sia Bens de capital Bens de consumo durveis Bens de consumo no durveis Combustveis e lubrificantes Matrias-primas e produtos intermedirios Demais Bens de capital Bens de consumo durveis Bens de consumo no durveis Combustveis e lubrificantes Matrias-primas e produtos intermediriosFonte: MDIC/Secex 1/ Inclusive Porto Rico.1/

Participao % No total 100,0 22,6 10,2 7,1 14,0 46,2 17,0 1,6 3,1 1,7 1,9 8,6 9,1 1,2 2,3 1,2 0,2 4,3 15,0 3,8 0,5 0,8 2,3 7,5 21,5 6,6 1,4 2,0 0,8 10,6 30,9 8,8 5,1 1,8 1,9 13,3 15,6 1,6 0,2 0,7 7,0 6,1 No bloco 100,0 9,6 18,1 9,9 11,4 51,0 100,0 12,9 24,8 13,1 2,1 47,2 100,0 25,6 3,5 5,5 15,2 50,3 100,0 30,8 6,5 9,5 3,8 49,4 100,0 28,6 16,4 5,9 6,1 43,0 100,0 10,4 1,1 4,5 45,0 39,0

511 119 46 40 67 239 91 9 16 9 11 47 52 6 11 7 2 26 81 23 3 5 7 43 117 37 7 11 2 59 145 44 20 10 6 65 78 6 1 4 41 26

724 163 74 51 101 334 123 12 22 12 14 63 66 9 16 9 1 31 109 28 4 6 16 55 156 48 10 15 6 77 224 64 37 13 14 96 113 12 1 5 51 44

41,7 37,5 59,3 29,1 50,7 39,8 35,0 34,9 42,6 34,1 26,5 34,6 26,2 37,1 43,5 32,5 -36,2 19,6 34,4 23,0 26,0 16,5 123,4 27,9 33,3 30,1 44,1 28,3 204,3 29,4 54,7 44,4 83,8 36,5 129,8 48,7 45,2 89,1 40,4 18,8 25,1 70,9

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Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

As aquisies mdias dirias de bens de capital totalizaram US$163 milhes em 2010, representando 22,6% das compras externas brasileiras no ano, com nfase no impacto do aumento nas quantidades importados, em oposio ao recuo assinalado nos preos da maior parcela dos itens da categoria. As importaes de maquinaria industrial representaram 32,9% do total; seguindo-se as relacionada a mquinas e aparelhos de escritrio e servio cientfico,18%; partes e peas para bens de capital para indstria, 12,9%; e equipamento mvel de transporte, 11,9%. As importaes de bens de capital provenientes da sia aumentaram 44,4%, para US$64 milhes dirios, com participaes respectivas de 39,2% e 28,6% nas compras da categoria e do bloco. As aquisies se concentraram em mquinas automticas para processamento de dados e suas unidades, 10% do total; motores, geradores e transformadores eltricos, 8,1%; circuitos impressos, 7,4%; dispositivos de cristais lquidos (LCD), 5,9%; bombas, compressores e ventiladores, 4%. Os principais pases de origem foram China, 55,5% do total; Japo, 15,6%; Coreia do Sul, 12,3%; e Taiwan, 5,1%. As importaes de bens de capital procedentes da UE atingiram mdia diria de US$48 milhes, expanso anual de 30,1%, respondendo por 30,8% do total importado do bloco e por 29,4% das compras da categoria. Os produtos com participao mais significativa foram instrumentos e aparelhos de medida e verificao, 7,4% do total; bombas, compressores e ventiladores, 6,8%; motores, geradores e transformadores eltricos, 6,6%; mquinas e aparelhos de terraplanagem e perfurao, 3,8%; e aparelhos para interrupo e proteo de energia, 3,8%. As compras originaram-se, em especial, da Alemanha, 35,2% do total; Itlia, 17,2%; Frana, 9%; ustria, 5,9%; Espanha, 5,5%; e Reino Unido, 4,9%. Ressalte-se o crescimento anual de 95,9% das importaes originrias da ustria, sobretudo em razo da expanso nas aquisies de mquinas de vazar, para metalurgia, aciaria ou fundio, e de motores, geradores e transformadores. A mdia diria das importaes de bens de capital provenientes dos EUA aumentou 23%, para US$28 milhes, correspondendo a 17% das compras da categoria e a 25,6% do total importado do pas. Destacaram-se as compras de instrumentos e aparelhos de medida de verificao, 9,3% do total; bombas, compressores e ventiladores, 7,6%; avies, 7%; mquinas e aparelhos de terraplanagem e perfurao, 7%; instrumentos e aparelhos mdicos, 6,7%; e mquinas automticas para processamento de dados e suas unidades, 5%. As importaes de bens de capital originrias da Amrica Latina e Caribe somaram US$12 milhes dirios em 2010, elevando-se 34,9% no ano e equivalendo a 7,2% das compras da categoria e a 9,6% do total importado do bloco. As aquisies de veculos de carga responderam por 53,1% do total, desempenho consistente com os acordos de preferncia comercial no setor automotivo firmados pelo Brasil com pases da regio, em especial com Argentina e Mxico. Outros produtos relevantes nesta pauta foram bombas, compressores e ventiladores, 3,4%; nibus e outros veculos, 3,4%;

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

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instrumentos e aparelhos de medida e verificao, 3,3%; e aparelhos transmissores e receptores de telefonia celular, 2,4%. Os principais pases de origem foram Argentina, 71,4% do total, e Mxico, 23,5%. Ressalte-se, no perodo, o aumento de 98,7% nas importaes de bens de capital procedentes do Uruguai. As compras de bens de capital procedentes dos demais pases atingiram mdia diria de US$12 milhes, 89,1% superior de 2009, registrando participaes respectivas de 7,2% e 10,4% nas compras da categoria e naquelas provenientes deste bloco. Destacaram-se as aquisies de veculos e materiais para vias frreas, 19,8% do total; motores, geradores e transformadores, 7%; bombas, compressores e ventiladores, 5,6%; instrumentos e aparelhos de medida e de verificao, 5,1%; mquinas e aparelhos de impresso, tipogrfica ou offset, 3,9%. Os principais pases de origem foram Sua, 35,2% do total; Canad, 16,4%; Israel, 6,7%; Noruega, 5,9%; Turquia, 3,3%; e Rssia, 2,9%.Importao por categoria de uso final FOB75 50 25 0 -25 -50 Dez Mar 2006 2007 Jun Set Dez Mar 2008 Jun Set Dez Mar 2009 Jun Set Dez Mar 2010 Jun Set Dez

Grfico 5.9

ltimos 12 meses (variao %)1/

Bens de consumoFonte: MDIC/Secex 1/ Sobre igual perodo do ano anterior.

Combustveis e lubrificantes

A mdia diria das importaes de combustveis e lubrificantes, evidenciando elevaes respectivas de 22,3% e 21,6% nos preos e no volume importado, somou US$101 milhes em 2010, aumentando 50,7% no ano e passando a representar 14% das importaes do pas. As aquisies de petrleo em bruto, mesmo registrando recuo de 13,5% no volume importado, responderam por 39,8% das compras nesta categoria de uso, seguindo-se leos combustveis, 20,5%; hulhas, 11,5%; gs natural, 8,4%; e querosene de aviao, 4,2%. Os principais pases fornecedores foram Nigria, 23,1% do total; EUA, 16,3%; Bolvia, 8,4%; Arbia Saudita, 7,8%; e ndia, 7,4%. A exemplo do observado em anos anteriores, a Nigria foi o principal supridor de petrleo, respondendo por 55,5% das compras brasileiras do produto, e a Bolvia foi integralmente responsvel pelo fornecimento de gs natural. As importaes de bens de consumo durveis registraram crescimento anual de 59,3% em 2010, o maior entre as categorias de uso, atingindo mdia diria de US$74 milhes e correspondendo a 10,2% das aquisies externas do pas. Vale ressaltar que a trajetria destas importaes refletiu, em especial, o aumento de 52,9% no quantum importado,

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Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

o mais acentuado em todas as categorias de uso. As principais regies de origem das importaes foram a sia, 49,4% do total; Amrica Latina e Caribe, 30%; e UE, 13,7%, e os principais pases fornecedores, China, 23,9%, Argentina, 21%; Coreia do Sul, 15,1%; Mxico, 7,6%; e Alemanha, 6,3%. As compras de bens de consumo durveis se concentraram em automveis de passageiros, 46% do total; partes de aparelhos transmissores e receptores, 16,5%; e artigos e aparelhos de prtese, ortopedia e suas partes, 3,1%.Quadro 5.15 Importao por intensidade tecnolgica FOBUS$ milhes mdia diria Discriminao 2009 Valor Total Produtos industriais Alta tecnologia Equipamentos de rdio, TV e comunicao Farmacutica Outros Mdia-alta tecnologia Produtos qumicos,exclusive farmacuticos Mquinas e equipamentos mecnicos n. e. Veculos automotores, reboques e semi-reboques Outros Indstria de mdia-baixa tecnologia Produtos metlicos Produtos de petrleo refinado e outros combustveis Outros Indstria de baixa tecnologia Alimentos, bebidas e tabaco Txteis, couro e calados OutrosFonte: MDIC/Secex Nota: 2009, 250 dias teis; 2010, 251 dias teis.

2010 Var.% 41,7 44,1 29,8 43,9 33,6 17,5 39,6 27,1 41,2 50,2 55,6 83,0 67,7 133,1 46,2 35,3 26,4 42,0 39,7 Part.% 100,0 87,6 19,7 7,2 4,5 8,0 41,4 14,1 12,0 10,2 5,2 18,8 7,6 7,5 3,7 7,6 2,8 2,7 2,1

511 440 110 36 24 49 215 80 61 49 24 74 33 23 18 41 16 14 11

724 634 143 52 33 58 300 102 87 74 38 136 55 54 27 55 20 20 15

A mdia diria das importaes de bens de consumo no-durveis totalizou US$51 milhes em 2010, aumentando 29,1% no ano resultado de elevaes de 18 % no quantum e de 10,4% nos preos e equivalendo a 7,1% das aquisies externas brasileiras. Os principais itens adquiridos nesta categoria de uso foram medicamentos, inclusive veterinrios, 34,1% do total; produtos de perfumaria e toucador, 4,1%; produtos hortcolas em conserva, 3,1%; brinquedos e jogos, 2,8%; calados e partes, 2,4%. As principais regies de origem foram a UE, 28,8% do total da categoria; sia, 25,8%; e Amrica Latina e Caribe, 23,8%; e os principais pases fornecedores foram a China, 14,4% do total; Argentina, 13,8%; EUA, 10,5%; Alemanha, 7,3%; e Sua, 4,2%.

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

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A anlise das importaes por intensidade tecnolgica evidencia expanso anual de 44,1% nas compras de produtos industriais, que atingiram mdia diria de US$634 milhes e responderam por 87,6% das importaes totais, distribudas em compras de produtos de mdia-alta tecnologia, 41,4% do total; de alta tecnologia, 19,7%; mdiabaixa tecnologia, 18,8%; e de baixa tecnologia, 7,6%. A mdia diria das importaes de produtos de mdia-alta tecnologia cresceu 39,6% no ano, totalizando US$300 milhes, com os itens produtos qumicos no farmacuticos, mquinas e equipamentos mecnicos, e automveis respondendo, em conjunto, por 87,4% destas aquisies. As compras de produtos de mdia-alta tecnologia originaram-se, em grande parte, da sia e UE, e dos EUA e Amrica Latina e Caribe, com participaes individuais respectivas de 28,6% e 16,3% no total. As compras mdias dirias de produtos de alta tecnologia somaram US$143 milhes em 2010, elevando-se 29,8% no ano. Vale ressaltar que estas importaes se concentraram nos itens equipamentos de rdio, televiso e comunicao, 36,7%, e produtos farmacuticos, 22,9%, e originaram-se, em especial, da sia, 47,2% do total; UE, 23,1%; e EUA, 19,2%. As aquisies de produtos de mdia-baixa tecnologia atingiram mdia diria de US$136 milhes e registraram aumento anual de 83% em 2010, com nfase no impacto da recuperao dos preos internacionais de petrleo e derivados. Estas importaes, concentradas em produtos metlicos, 40,4% do total, e produtos de petrleo refinado e outros combustveis, 40,1%, foram provenientes, em grande parte, da sia, 30,4% do total; Amrica Latina e Caribe, 20,3%; e UE, 18,3%. As importaes mdias dirias de produtos de baixa tecnologia totalizaram US$55 milhes, aumentando 35,3% no ano, com nfase na representatividade das aquisies de alimentos, bebidas e tabaco, 36,4%, e de produtos txteis, couros e calados, 35,9%. As compras deste segmento provieram, em especial, da sia, 43,7% do total; Amrica Latina e Caribe, 25,2%; e UE, 18%.

Intercmbio comercialA corrente de comrcio, evidenciando maior dinamismo nas transaes bilaterais com os principais parceiros, retomou a trajetria de crescimento em 2010, totalizando fluxo mdio dirio recorde de US$1,5 bilho, ante US$1,4 bilho de 2008. O intercmbio dirio com os pases asiticos registrou mdia diria de US$448 milhes. O aumento anual de 46,6% refletiu crescimentos de 39,3% nas exportaes e de 54,7% nas importaes, que totalizaram US$224,2 milhes e US$223,7 milhes,

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Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

respectivamente. O comrcio bilateral com a China representou 50,2% do fluxo com a regio, seguindo-se as participaes do Japo, 12,6%, e da Coreia do Sul, 10,8%.

Quadro 5.16 Balana comercial por pases e blocos FOBMdia diria US$ milhes Discriminao 2009 Exportao Importao Total Aelc1/

2010 Saldo 101 -3 52 11 6 4 0 -0 -0 41 0 19 -15 8 3 -3 -3 29 5 -5 5 16 -4 20 -9 9 -18 29 Exportao Importao 804 10 191 90 74 10 6 17 15 69 9 172 32 14 15 14 17 41 18 19 19 224 28 123 15 58 78 101 724 14 123 66 57 2 6 16 15 25 11 156 50 7 11 19 19 7 13 30 12 224 28 102 34 60 109 76 Saldo 81 -4 68 24 16 8 -0 1 -1 45 -2 16 -18 7 4 -5 -2 34 6 -10 7 1 1 21 -19 -2 -31 26

612 7 143 63 51 7 5 11 11 58 7 136 25 13 11 12 12 33 15 17 14 161 17 84 10 49 63 82

511 10 91 52 45 2 5 11 11 17 6 117 39 5 8 14 15 4 10 22 8 145 21 64 19 40 81 53

Amrica Latina e Caribe Mercosul Argentina Paraguai Uruguai Chile Mxico Demais Canad Unio Europia Alemanha Blgica/Luxemburgo Espanha Frana Itlia Pases Baixos Reino Unido Demais Europa Oriental sia2/

Japo China Coria, Repblica da Demais EUA3/

Outros Memo: Nafta OpepFonte: MDIC/Secex 1/ Islndia, Liechtenstein, Noruega e Sua. 2/ Exclui o Oriente Mdio. 3/ Inclui Porto Rico.

81 53

98 41

-18 12

102 63

135 53

-33 10

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

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O fluxo de comrcio com a UE atingiu mdia diria de US$328 milhes, elevando-se 29,5% no ano. As exportaes somaram US$172 milhes e as importaes, US$156 milhes, registrando aumentos anuais respectivos de 26,2% e 33,3%. Os trs principais parceiros na regio foram Alemanha, 25,2% do fluxo dirio com o bloco; Pases Baixos, 14,6%; e Itlia, 11%. O intercmbio comercial mdio dirio com os pases da Amrica Latina e Caribe atingiu US$314 milhes. O aumento de 34,4% em relao a 2009 decorreu de expanses respectivas de 34,1% e 35% nas exportaes e nas importaes, que atingiram, na ordem, mdias dirias de US$191 milhes e de US$123 milhes. Os principais parceiros na regio foram Argentina, 41,8% do total; Chile, 10,6% e Mxico, 9,6%. A mdia diria do fluxo de comrcio com os EUA somou US$186 milhes, registrando crescimento anual de 29,5%. A mdia diria das exportaes totalizou US$78 milhes e a das importaes, US$109 milhes, representando aumentos anuais de 23,2% e 34,4%, respectivamente.

ServiosA conta de servios apresentou gastos lquidos de US$30,8 bilhes em 2010, aumento anual de 60,1% explicado, principalmente, pelos dficits das contas viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, computao e informao, e royalties e licenas. As despesas lquidas com aluguel de equipamentos totalizaram US$13,8 bilhes em 2010, ante US$9,4 bilhes no ano anterior, ampliao determinada pelo aumento da utilizao, no pas, de bens de capital de propriedade de no-residentes, com desdobramentos favorveis sobre o nvel da capacidade produtiva da economia. O dficit da conta de viagens internacionais, que registrou valores recordes para receitas e despesas, atingiu US$10,5 bilhes em 2010, resultado 87,8% superior ao registrado no ano anterior e mais acentuado no segundo semestre do ano, em resposta ao ambiente de acelerao da atividade econmica interna e da apreciao da taxa de cmbio. Os gastos de estrangeiros no pas e de brasileiros no exterior atingiram, na ordem, US$5,9 bilhes e US$16,4 bilhes, registrando aumentos respectivos de 11,6% e 50,7% no ano. Os gastos lquidos com uso de cartes de crdito somaram US$5,9 bilhes, elevando-se 71,5% na mesma base de comparao. As despesas lquidas com transportes totalizaram US$6,4 bilhes em 2010, crescimento anual de 63,2%, evoluo compatvel com os aumentos nas importaes e nas viagens de brasileiros ao exterior, que impactam os gastos com fretes e passagens. As despesas lquidas com fretes cresceram 50,7% no ano, enquanto os gastos lquidos com passagens,

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Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

Quadro 5.17 ServiosUS$ milhes Discriminao 1 sem Total Receitas Despesas Transportes Receitas Despesas Viagens Receitas Despesas Seguros Receitas Despesas Financeiros Receitas Despesas Computao e informaes Receitas Despesas Royalties e licenas Receitas Despesas Aluguel de equipamentos Receitas Despesas Servios governamentais Receitas Despesas Comunicaes Receitas Despesas Construo Receitas Despesas Relativos a comrcio Receitas Despesas Pessoais, culturais e recreao Receitas Despesas Empresariais, profissionais e tcnicos Receitas Despesas -8 115 12 731 20 846 -1 708 2 001 3 709 -1 887 2 567 4 454 - 648 190 838 - 112 590 702 -1 259 92 1 351 - 866 193 1 059 -4 371 25 4 396 - 591 614 1 205 89 170 80 4 6 1 414 772 358 - 357 37 394 3 178 5 476 2 298 2009 2 sem -11 130 14 997 26 128 -2 218 2 039 4 258 -3 706 2 738 6 444 - 794 183 977 70 980 910 -1 327 117 1 444 -1 212 241 1 453 -5 022 25 5 047 - 825 869 1 695 97 183 86 6 9 3 201 671 470 - 520 44 564 4 119 6 899 2 779 Ano -19 245 27 728 46 974 -3 926 4 040 7 966 -5 594 5 305 10 898 -1 442 373 1 815 - 42 1 570 1 612 -2 586 209 2 795 -2 078 434 2 512 -9 393 50 9 442 -1 416 1 483 2 899 186 353 166 11 14 4 615 1 443 828 - 878 80 958 7 297 12 374 5 077 1 sem -13 512 14 864 28 376 -2 980 2 306 5 286 -4 118 2 933 7 051 - 565 213 778 135 976 841 -1 628 126 1 754 -1 196 192 1 388 -6 188 27 6 216 - 789 618 1 407 96 214 118 12 15 3 138 464 326 - 589 44 633 4 160 6 735 2 575 2010 2 sem -17 295 16 957 34 252 -3 425 2 626 6 051 -6 385 2 986 9 371 - 547 203 751 259 1 096 837 -1 667 84 1 752 -1 257 205 1 462 -7 563 27 7 590 - 567 909 1 476 68 221 153 10 13 4 138 663 525 - 575 64 639 4 218 7 859 3 641 Ano -30 807 31 821 62 628 -6 406 4 931 11 337 -10 503 5 919 16 422 -1 113 416 1 529 394 2 073 1 679 -3 296 210 3 505 -2 453 397 2 850 -13 752 54 13 806 -1 356 1 527 2 883 164 435 271 22 29 6 276 1 128 851 -1 163 108 1 271 8 378 14 594 6 216

V Relaes Econmico-Financeiras com o Exterior

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Quadro 5.18 Viagens internacionaisUS$ milhes Discriminao 1 sem Total Receita Despesa Cartes de crdito Receita Despesa Servios tursticos Receita Despesa Outros Receita Despesa -1 887 2 567 -4 454 -1 491 1 265 -2 755 -227 181 -408 -169 1 121 -1 290 2009 2 sem -3 706 2 738 -6 444 -1 922 1 910 -3 832 -360 152 -512 -1 425 676 -2 101 Ano -5 594 5 305 -10 898 -3 412 3 175 -6 587 -587 333 -920 -1 594 1 797 -3 391 1 sem -4 118 2 933 -7 051 -2 280 2 162 -4 442 -384 194 -578 -1 454 577 -2 031 2010 2 sem -6 385 2 986 -9 371 -3 570 2 154 -5 724 -589 202 -791 -2 227 630 -2 857 Ano -10 503 5 919 -16 422 -5 850 4 316 -10 166 -972 396 -1 369 -3 680 1 207 -4 887

totalizando US$2,7 bilhes, aumentaram 59,3%. Outros itens de transporte somaram despesas lquidas de US$1,1 bilho, elevando-se 117,3% em relao a 2009. As receitas lquidas com servios financeiros, que incluem servios bancrios, comisses, garantias e corretagens, totalizaram US$394 milhes em 2010, ante despesas lquidas de US$42 milhes no ano anterior. Essa reverso decorreu de expanses de 32% nas receitas, que atingiram US$2,1 bilhes, e de 4,2% nas despesas, que, refletindo as comisses pagas sobre emprstimos, rubrica mais significativa dessa conta, somaram US$1,7 bilho. Os servios de seguros registraram gastos lquidos de US$1,1 bilho, ante US$1,4 bilho, em 2009. As despesas recuaram 15,8% no ano, atingindo US$1,5 bilho, e as receitas ampliaram-se em 11,6%, para US$416 milhes, reflexo da elevao de crditos em seguros diretos e receitas de seguros de fretes. As despesas lquidas com servios de computao e informao totalizaram US$3,3 bilhes no ano, ante US$2,6 bilhes em 2009. As despesas, apresentando elevao anual de 25,4%, atingiram US$3,5 bilhes, com destaque para o aumento nos gastos relacionados a servios de computao. As receitas, estveis, mantiveram-se no patamar de US$210 milhes. Os pagamentos lquidos ao exterior de royalties e licenas, que incluem servios de fornecimento de tecnologia, direitos autorais, licenas e registros para uso de marcas e de explorao de patentes e franquias, atingiram US$2,5 bilhes em 2010. O acrscimo anual de 18% refletiu o aumento de 13,5% nas despesas.

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Boletim do Banco Central do Brasil Relatrio Anual 2010

Quadro 5.19 TransportesUS$ milhes Discriminao 1 sem Total Receitas Despesas Transporte martimo Receitas Despesas Passagens Receitas Despesas Fretes Receitas Despesas Outros Receitas Despesas Transporte areo Receitas Despesas Passagens Receitas Despesas Fretes Receitas Despesas Outros Receitas Despesas Outras vias de transporte Receitas Despesas Passagens Receitas Despesas Fretes Receitas Despesas Outros Receitas Despesas 1/ Inclui transporte terrestre.1/

2009 2 sem -2 218 2 039 4 258 -1 103 1 663 2 766 -0 0 1 -1 020 623 1 643 -83 1 040 1 123 -1 099 291 1 391 -1 021 141 1 162 24 114 90 -102 36 138 -16 85 101 0 0 0 -33 65 98 17 20 3 Ano -3 926 4 040 7 966 -2 097 3 283 5 380 -1 1 1 -1 746 1 161 2 906 -351 2 122 2 473 -1 802 612 2 414 -1 668 329 1 997 60 222 161 -194 61 256 -26 145 172 1 1 0 -55 112 167 27 33 5 1 sem -2 980 2 306 5 286 -1 761 1 851 3 612 -1 0 1 -1 165 686 1 850 -596 1 165 1 761 -1 203 332 1 535 -1 159 149 1 307 33 136 103 -77 47 124 -16 123 139 1 1 0 -39 97 136 22 25 3

2010 2 sem -3 425 2 626 6 051 -1 790 2 210 4 000 -1 0 1 -1 428 831 2 259 -362 1 379 1 741 -1 598 314 1 912 -1 498 111 1 610 27 154 128 -126 48 174 -36 102 138 0 0 0 -50 79 129 13 23 9 Ano -6 406 4 931 11 337 -3 551 4 061 7 612 -1 0 1 -2 593 1 517 4 109 -957 2 544 3 501 -2 801 646 3 447 -2 657 260 2 917 60 291 231 -203 95 299 -53 225 277 1 1 0 -89 176 265 35 48 12

-1 708 2 001 3 709 -994 1 62