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PARANÁ

GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA – UEPG

A Leitura e a Escrita a partir da oralidade dos Contos de Fadas

Autor: Pedro dos Santos

Orientador: Dr. Fábio Augusto Steyer

Co-orientadora: Ms. Ana Rosely Troyner Yamamoto

Minhas estórias da Carochinha, meu melhor livro de leitura capa escura, parda, dura, desenhos preto e branco.

Eu me identificava com as estórias. Fui Maira e Joãozinho perdidos na floresta.

Fui Pele de Burro. Fui companheira de Pequeno Polegar e viajei com o Gato de Sete Botas. Morei com os anõezinhos.

Fui a Gata borralheira que perdeu o sapatinho de cristal na correria da volta, sempre à espera do príncipe encantado,

desencantada de tantos sonhos nos reinos da minha cidade.

Cora Coralina. Vintém de cobre. Goiânia, Editora da Universidade Federal de Goiás, 1984.

Resumo

Através deste artigo se almeja uma reflexão do ensino-aprendizagem utilizando contos de fadas, tendo como referência o processo da leitura, no intuito de proporcionar o conhecimento e a interpretação através da narração oral, transformando a arte de contar história num contexto da tradição do imaginário. O ato de educar exige propostas com atividades diversificadas, atrativas e significativas, visto que um dos problemas dos alunos é a leitura. A realidade educacional é bem mais complexa nos nossos tempos; os alunos não leem, não interpretam; ocorre uma mecanização nas suas ações. Neste sentido cabe à escola oferecer um arranjo diferenciado nas aulas. Estimular os alunos através dos livros dos contos de fadas e das tecnologias de informação (TIC) possibilita o entendimento de que a leitura é introspectiva e assimilativa na concepção da apreensão linguística, reforçando a leitura, a escrita e a interpretação no processo cognitivo e através do imaginário para se chegar ao conhecimento do mundo letrado, simbólico e narrativo. Foi proporcionado aos alunos do 6º ano trabalhar contos de fadas com acesso e aprofundamento de conhecimentos históricos através dos meios disponíveis: programas de televisão, material cinematográfico, revistas educativos, livros, além de outros recursos que a escola dispunha. Os contos de fadas trabalhados nesse projeto são: A Bela adormecida e Cinderela.

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Palavras-chave: leitura; escrita; contos de fadas; interpretação; reestruturação.

1. Introdução

Este artigo tem a finalidade de analisar o trabalho realizado com o projeto

“Breves convites às possibilidades de tornar significativa a leitura e a escrita através

de narrativas dos contos de fadas e sua reestruturação gramatical”, que foi

desenvolvido nas dependências do Colégio Estadual “Presidente Costa e Silva” –

E.F.M, na cidade de Sengés, através do PDE (Programa de Desenvolvimento

Educacional), em 2011. O público envolvido foi composto pelos alunos do 6º ano,

com as turmas “A” e “B”, sendo que o material pedagógico utilizado foram os contos

de fadas A Bela Adormecida e Cinderela. A partir destes contos também ocorreram

estratégias para o ensino da Língua Portuguesa.

O ato de educar nos exige propostas com atividades diversificadas, atrativas

e significativas. A realidade educacional é bem mais complexa neste século XXI, os

alunos não leem, não interpretam, ocorre uma mecanização nas suas ações. Neste

sentido, o projeto ofereceu um arranjo diferenciado nas aulas através desses contos.

No contexto dos contos de fadas A Bela Adormecida e Cinderela se efetivou um

ensino de leitura e escrita significativa, para que os alunos embarcassem na

trajetória da formação de leitores, dentro de uma consciência reflexiva-crítica-

construtiva, dado que os mesmos vêm do 5º ano apresentando dificuldades na

aprendizagem.

As Orientações Pedagógicas do Ensino Fundamental de Nove Anos

apresentam que “o ato de ler é uma atividade cognitiva por excelência, pois envolve

processos de percepção, memória, inferência e dedução sobre um conjunto

complexo de componentes, presentes tanto no texto como na mente do leitor. Sendo

assim, a atividade envolve desvelamento e produção de sentidos para se chegar à

compreensão” (p.142). Elencando essas produções se oportunizou ao aluno

conhecimentos de uma linguagem culta, o qual é indispensável no processo escolar.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação básica do Estado do

Paraná: Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade. (PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. 2008. p. 7)

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Os alunos necessitavam de uma oportunidade da apropriação da linguagem e

da escrita; neste momento, apareceu o papel do professor como mediador,

alterando substancialmente o sentido das aulas, projetando os contos de fadas A

Bela Adormecida e Cinderela no sentido de uma perspectiva de ensino e

aprendizagem no desenvolvimento significativo do que está sendo lido, promovendo

este propósito pedagógico na contemporaneidade.

A escolha dos contos de fadas como tema desta intervenção pedagógica na

escola foi um convite atrativo para aprendizagem com a intenção de possibilitar

melhorias à leitura, interpretação e posteriores escritas do aluno na sala de aula.

Com a linguagem existente nos contos, foram explorados os conteúdos de leitura e

interpretação textual, direcionando o aluno para as habilidades linguísticas,

associando-as aos padrões da escrita culta, de uma maneira prazerosa e atrativa,

envolvendo-o no mundo da fantasia, ao mesmo tempo fazendo-o entender a

diferença entre o imaginário e a realidade em que o mesmo está inserido.

Esta pesquisa acompanhou e sintetizou essas histórias e fez-se chegar à

produção de narrativas, na qual a sua função foi de oferecer ao educando o tempo

de construir e vivenciar esses contos, que é a base para chegar ao conhecimento, à

interpretação e melhoria da qualidade de leitura e escrita. Eles exploram a

linguagem dos alunos para interpretação dos textos que narram uma história que

fundamenta os hábitos e costumes das pessoas dentro de um universo imaginário,

analisando o contexto da época histórica que foi criada.

Na atividade preparada, cujo tema foi melhorar oralidade, leitura e escrita,

mediou-se constantemente o assunto, deixando o aluno consciente do papel dele,

que é interpretar e saber sobre o que está acontecendo na história apresentada. A

ideia foi fazer uma ponte entre passado e presente, onde o pretexto é o ensino da

Língua Portuguesa.

Uma boa teoria permite a descrição de fenômenos que sem ela pareceriam

incompreensíveis e imprevisíveis.

Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais:

A ideia de que se expressar com propriedade oralmente ou por escrito é

“coisa para a aula de Língua Portuguesa”, enquanto as demais disciplinas

se preocupam com o “conteúdo”, não encontra ressonância nas práticas

sociais das diversas ciências. Um texto acadêmico, ou mesmo de

divulgação científica, é produzido com rigor e cuidado, para que o

enunciador possa orientar o mais possível os processos de leitura do

receptor. (PCNS. L.P 1998. p. 31)

Na seleção do acervo literário há que considerar que os contos de fadas A

Bela Adormecida e Cinderela. Tanto no que se refere à linguagem quanto à

produção, são textos literários que se caracterizam pelo uso de recursos linguísticos

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significativos e atraentes. O aluno produz as narrativas, conta sobre outra história e

coloca circunstâncias de sua vida nestas narrativas históricas; ele pratica a escrita,

atividade almejada na vida escolar. Pensar um aluno que não lê na escola, isso não

é admissível, pois não poderá interagir com os meios de comunicação e muito

menos integrar-se à sociedade e ao mundo do trabalho. Ao envolver-se com a

escrita, precisa dominar o sistema de leitura. Assim, os contos de fadas A Bela

Adormecida e A Cinderela auxiliaram neste processo de aquisição da habilidade de

escrita.

Como afirma Gusso (2010):

[...] longe de ser mera recepção passiva, a leitura envolve engajamento e ativação de conhecimentos prévios: interacional de mundo, da língua, do gênero textual. Enquanto o indivíduo lê, seu cérebro rasteia lembranças e conhecimentos, formulando hipóteses, aceitando, julgando ou rejeitando o que o autor escreveu. É por essa razão que se diz que os sentidos do texto são produzidos pelo leitor, a partir de seus objetivos e de sua ação sobre a linguagem materializado no texto. (GUSSO. 2010. p. 14)

A narrativa é a expressão por excelência da apreensão do cognitivo a forma

lógica que faz sentido. A utilização dos contos de fadas tem possibilidade da

apropriação da Língua Portuguesa, do ler e escrever da melhor maneira de se

chegar à norma culta; é uma ferramenta para dar conta dos vários processos de

cognição dos alunos. Ao integrar essas histórias dentro de um senso narrativo onde

a simbologia e o imaginário interiorizam o processo da narrativa levando o aluno do

discurso simples às formas mais sofisticadas, o qual é condicionado, mas

determinado para ir além desse condicionamento, isso fez do aluno alguém que

adquiriu consciência cognitiva daquilo que lhe foi apresentado.

Neste sentido, Gusso argumenta:

Leitura e contação são diferentes. Enquanto aquela se apóia no livro, esta é dependente da memória, que pode se valer de histórias da tradição oral ou de textos impressos memorizados literalmente. Entre as duas formas de contar existem diferenças quanto ao vocabulário empregado, pois os textos escritos apresentam diversidade lexical maior, além do uso de palavras típicas da escrita para estabelecer a sequência dos fatos, que na modalidade oral realiza-se basicamente com o uso das formas “e” e “daí”. Portanto, a contação com reprodução fiel do texto escrito (bem como ocorreu com a leitura) é uma forma de aproximar a criança da cultura escrita, uma experiência que lhe permitirá ir incorporando as características específicas do registro escrito, conhecimento que lhe será de grande valia no momento em que passar a produzir textos que exijam maior grau de formalidade. (GUSSO. 2010. p. 146)

Com o saber adquirido nas atividades dos contos de fadas, os alunos

obtiveram melhorias na leitura e escrita.

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A Secretaria de Estado do Paraná (SEED) argumenta que

Refletir sobre o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também as contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. Mesmo vivendo numa época denominada “era da informática”, a qual possibilita acesso rápido à leitura de uma gama imensurável de informações, convivemos com o índice crescente de analfabetismo funcional, e os resultados das avaliações educacionais revelam baixo desempenho do aluno em relação à compreensão dos textos que lê. (SECRETARIA. 2008. p. 48)

Ao trabalhar a leitura através destes contos, é notável que esta

contemporaneidade exista em todos os meios de comunicação. A sociedade vive

momentos de analfabetismo funcional, portanto, através do uso dos contos de fadas

como instrumento didático na melhoria do ensino aprendizagem, elencou uma

motivação no imaginário dos alunos do 6º ano para que se apropriassem do gosto

pela leitura, melhorando a escrita e principalmente entendendo o que estavam

lendo.

Os contos de fadas são histórias que abrangem o significado das

personagens e suas ações no tempo e no espaço. Desta forma, ao preparar o

conteúdo com o imaginário dos contos de fadas se desperta uma saída na

recuperação do ler e escrever na norma culta que a escola exige no processo

escolar.

De acordo com Busatto

Enquanto os contos aguardam a voz que os tornará reais, uma personagem elabora reflexões sobre a arte de contar histórias, e se enrola nas teias do tempo, ora se vendo no incunábulo desta tradição, misturada a bardos e gritos, sherazades e avós; ora se vendo num tempo futuro, disputando o espaço com a imediatez e a instantaneidade do ciberespaço, tentando andar de braço dado com a era da informática, ao se lançar como uma cibercontadora. (BUSATTO. 2006. p. 9)

Sendo o imaginário explorado, intui-se que os resultados almejados sem

imposições e aulas maçantes. Através do contar das histórias dos contos de fadas

de forma lúdica, os alunos apreciaram o movimento das personagens, promovendo

o convite prazeroso de uma aprendizagem significativa com fixação no

conhecimento linguístico.

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Como afirma Busatto,

Criadas nas últimas décadas do século XX, a “contação de histórias” é um neologismo, uma expressão que se refere ao ato de contar histórias (durante o texto que se segue, estarei alternando “contação de histórias” e “narração de histórias”. Ambos querem dizer a mesma coisa. Por não estar definido para mim qual usar, alternarei os dois conceitos). Uso, também, as definições: contador tradicional, para aquele sujeito-contador da atualidade, o qual elegeu a expressão “contador de histórias” para definir uma profissão, que começa a tomar corpo. (BUSATTO. 2006. p. 9)

Ao contar uma história na atualidade se utiliza os recursos tecnológicos que

podem ajudar os alunos. Nesta situação há dois meios que podem auxiliar os

alunos, o cinema e a televisão, pelos quais se vivencia imagens e sons. A partir

destas simbologias recebem muitas informações e ao aprimorá-las para o seu dia a

dia fundamentam a leitura contemporânea no desenvolvimento cognitivo. Entretanto,

na escola, este conhecimento deve ser aprimorado para o aluno desenvolver os

conhecimentos.

Nas contações de histórias verifica-se que ainda existem os contadores, mas

agora elas estão adaptadas para o mundo atual. As histórias narradas pela televisão

transformam os alunos, dando a eles tudo pronto; os sons e as imagens produzidos

pela mídia produzem um sentido prazeroso, então os contos de fadas são

ferramentas capazes de melhorar a leitura, interpretação e a escrita na escola.

Na articulação entre a percepção individual e a coletiva foram os contos de

fadas usados para a individualidade e coletividade. As histórias, oriundas da tradição

ou da contemporaneidade, sempre serão importantes e necessárias, sejam aqueles

que narram contos da tradição, sejam aqueles que narram autores contemporâneos.

Os contos de fadas foram utilizados nesse projeto no intuito de tornar a matéria viva,

significante e transformadora. O hábito de contar histórias é saudável e se deve

validá-lo, reconhecendo seu uso na sala de aula, no ensino da Língua Portuguesa.

De acordo com Gusso,

Ouvir contos é uma forma de ler; portanto realizar contação e leitura de obras literárias para as crianças é uma condição imposta ao professor, em especial àquelas dos anos iniciais. Fábulas, contos de fadas, poemas curtos, lendas, literatura infanto-juvenil, quadrinhas são gêneros da arte literária, altamente indicado para esses momentos. (GUSSO. 2010. p. 146)

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Neste âmbito, a partir do uso da narração oral, ocorre um acréscimo no

interesse pelos contos, tanto contemporâneo quanto da tradição, também pelos

livros e significativamente pela leitura. O professor, nesse contexto, compactuou e

facilitou a construção de cidadania.

Segundo Faria,

A literatura para crianças hoje abrange diferentes tipos de contos, entre os tradicionais e os modernos. Segundo Léon, os contos tradicionais (contos de fadas, contos maravilhosos etc.) “tocam aspectos muito importantes de nossa natureza e de nossa história, pois o conto constrói/estabelece o ser humano como um ser de linguagem e de cultura, para o qual todas as atividades de sobrevivência (alimentos, roupas, relacionamento com animais e plantas) adquirem dimensões imaginárias e simbólicas”. Por isso, contos de fadas, lendas em geral de todos os povos, fábulas e histórias populares continuam a ser apreciados e a fascinar as crianças. (FARIA. 2010. p. 24)

A experiência faz a confirmação da teoria, onde só o aluno pode dimensionar

como as histórias dos contos soaram e ressoam dentro de si. A repercussão do

conto e a confirmação de que uma narrativa simbólica confirma o sentido do ouvinte-

receptor, pois estabelece por meio do artístico, uma experiência estética e espiritual,

mas ponderações sobre a arte de contar histórias são visíveis, tanto no imaginário,

imaginação e sagrado, onde a narração oral de histórias tem como função a de uma

ponte entre as diferentes realidades, no intuito de efetivar o ler e escrever do aluno

que apresenta dificuldades na transição do 5º ano para o 6º ano do ensino

fundamental e sua apropriação linguística.

2. Desenvolvimento

Este artigo analisa a implementação da Unidade Didática a partir do projeto

“Breves convites às probabilidades de tornar significativa a leitura e a escrita,

através de contos de fadas e sua reestruturação gramatical”, apresentando alguns

contos que são lidos como iniciativa pedagógica, para desenvolver o “ouvir”, que é

um suporte importante na narrativa oral, na interpretação e na escrita. Como é

importante para a formação de qualquer aluno ouvir histórias; escutá-las é o início

da aprendizagem significativa. A partir desse critério, o aluno tem um caminho

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absolutamente infinito de descobertas e de compreensão do mundo. A importância

do contar, de que maneira contar, com o que contar, foi chave da atenção para as

atividades que aconteceram. Chamar atenção no ouvir foi o grande passo, os alunos

precisavam saborear primeiro (gostar).

Portanto, dois contos tornaram-se referência para este trabalho pedagógico: A

Bela Adormecida e Cinderela; eles foram fundamentais para as atividades práticas

com os alunos. Quando se estimulou a imaginação dos alunos, chegou-se mais

perto dos interesses deles. As atividades da produção didática sobre a narração dos

contos foram uma forma eficaz de fazer releituras do universo infantil, sendo que

foram elaborados novos conteúdos a partir das informações recebidas. A grande

importância para o desenvolvimento de leitura e compreensão de textos estava

focada na vivência social, política e cultural do aluno; levaram-se também em conta

as mais diversas circunstâncias comunicativas que eles utilizavam.

Na exploração do “ouvir” dos alunos com fundamentos para a escrita notou-se

que os alunos ficaram atentos quando foram lidos alguns contos, pois a magia

estava em escutar uma história que explorasse o imaginário de cada um. Percebeu-

se o quanto encantou quando se contou uma história nesse gênero textual. Foi um

momento em que houve uma conversa sobre a fase comportamental nesta faixa

etária da adolescência, 6º ano, que eles precisavam saber sobre a formação na área

de leitura; portanto, foi conversado com os alunos de que os conhecimentos são

adquiridos através de leituras significativas para a vida escolar e social em

formação.

Antes da leitura de cada conto de fadas aplicou-se uma proposta de reflexão

sobre a história a ser ouvida, de onde surgiu um levantamento de hipóteses do que

aconteceria na narrativa; foram estratégias que despertaram o interesse e a

curiosidade dos alunos e acionaram os conhecimentos prévios de que eles

dispunham para o processo de compreensão dos contos. A leitura foi o método mais

eficaz de ler muitos textos é acumular vivências. Só assim conseguiu-se formar uma

leitura de mundo.

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Ao fazer uma análise da narrativa oral, Cléo Busatto( 2006) diz,

que uma das particularidades da narrativa é a sua ação realizando-se sem que sejam necessários os recursos técnicos. Numa narração, quanto mais perto o público do narrador, mais pessoal e particularizada fica a narração. Somente esse detalhe já muda a atuação do contador de histórias. Muitas são as maneiras de se contar uma história. O teatro é uma delas, assim como o cinema, a música, a dança, a pintura, a literatura, entre tantas. Se encontrarmos diferenças, também encontramos elementos únicos às duas expressões artísticas, como a capacidade de lidar com a memória das emoções, criação de imagens internas que se projetam durante a atuação, domínio técnico do corpo e da voz, capacidade de concentração na ação, ciência de estar presente no espaço físico onde se desenrola a ação, clareza das intenções e dos objetivos que permeiam um texto, e um sentimento de verdade que perpassa essas performances. (BUSATTO. 2006. P.34)

A produção didática foi bem significativa aos alunos porque desenvolveu uma

reflexão para o mesmo quando ele ouviu, refletiu e escreveu. Os contos de fadas

transmitiram valores essenciais à formação dos alunos. Nesse contexto os alunos

fizeram releituras das histórias relatadas através de pesquisas online, recriando os

contos.

No início do processo de implementação os alunos foram levados à biblioteca

do colégio para conhecimento do acervo, onde ficaram de 20 a 30 minutos

oportunizando-se das leituras com os diversos contos da literatura infantil. Também

havia um canto para leitura no corredor do colégio, que se tornou um local mágico

proporcionando condições para desenvolver o apelo aos livros, através da

curiosidade para projeções ao imaginário. Através das leituras dos contos e

compreensão dos mesmos mergulharam na reflexão e comparação do mundo da

fantasia com a realidade; refletiram o conhecimento para construção do saber e

visão de mundo, tomando gosto pela leitura prazerosa.

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Figura 1: Imagem do cantinho da leitura

Fonte: Pedro dos Santos, Colégio Estadual “Presidente Costa e Silva” EFM

2. 1. A Bela Adormecida

O conto A Bela Adormecida foi narrado na sala de aula com os alunos

sentados em semicírculo. No início da leitura se fez um breve comentário da

biografia do autor da história onde foi mostrada a capa do livro e indagou-se os

alunos sobre o comportamento da princesa. Após a leitura deu-se oportunidade aos

alunos de relatarem as partes mais apreciadas, julgarem os atos das personagens e

fazerem comentários gerais sobre a história. A troca de experiências (bagagem

linguística) aconteceu com trabalhos orais em duplas, um sempre alertando o outro

do não percebido onde os níveis de observação deviam ser semelhantes.

Uma abertura ocorreu para que os alunos participassem oralmente em forma

de interpretações, tais como:

1. Relatassem partes da história que chamavam mais atenção, através de

falas com entonação.

2. Foi aberto um espaço, onde demonstravam o interesse e desinteresse pela

leitura.

3. Montaram um jornal notícia, falando sobre o que aconteceu depois do final

da história com as personagens.

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A atividade oral tornou-se mais ativa em relação aos alunos, para não ficar

somente o professor relatando, explicando, mostrando a história. A abertura pelo

interesse foi muito importante, o aluno expressou seu ponto de vista e não somente

aceitou o que lhe foi imposto, mas ouviu a opinião do outro. As falas foram criativas

e deram vida à história; os outros corrigiram brincando e havia coragem para se

aventurar. A correção do trabalho oral do outro foi um desafio e uma

responsabilidade prazerosa. Mostrar os erros dos outros foi mais fácil do que

enxergar os próprios. Por um olhar diferente, pensou-se: Toda história realmente

tem um fim? Quando essa história termina realmente? Pode-se mudar essa

trajetória? E na vida real?

Maria Alice Faria (2010), portanto, argumenta:

que toda narrativa, ao se desenvolver no tempo, se divide em momentos-chave no fluir das ações. Chamamos de sequências narrativas a essas divisões da história. As mesmas sequências narrativas, por sua vez, podem se compostas de diferentes cenas justapostas. Assim, a sequência de uma narrativa é o “conjunto de cenas que se referem à mesma ação”, como definem Rabaça & Barbosa (1987). E as cenas são “unidades de ação” que, juntas, formam uma sequência. Um bom trabalho com o desmonte da estrutura narrativa para compreender suas partes é ajudar os alunos a entenderem esses momentos-chave da história. O bom criador (ou contador) de histórias sabe estabelecer com competência os cortes da narrativa, ou seja, deixar bem claro, no desenrolar da história, o início e o fim de sequências e suas cenas. Esses cortes têm uma função importante para a compreensão dos fatos narrados. A primeira delas é marcar os momentos significativos da história. (FARIA. 2010. p. 35)

Figura 2: Atividades Orais sobre o conto de fadas.

Fonte: Pedro dos Santos, Colégio Estadual “Presidente Costa e Silva” EFM

Após a leitura do conto A Bela Adormecida se fez uma discussão sobre a

história; o que ela quis transmitir: valores, ética, entre outros comportamentos. Cada

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aluno escreveu seu conto como se ocorressem hoje, dentro de um parâmetro

moderno, com acesso à informação e novos costumes. Após as interações se fez a

correção/reestruturação de alguns textos para ser apresentado para a turma. A

experiência a partir da reescrita do texto no gênero “contos de fadas” ajudou a

concretizar a melhoria da leitura e escrita, por meio de histórias contadas. A reescrita

conjunta facilitou os que não traziam bagagem suficiente; esse trabalho pedagógico

fez que observassem a colocação de pontuações, formação de frases e orações

coerentes e coesas.

O conto de fadas inspirou a contação de outras histórias, as quais foram

compartilhadas e representadas através do conto de “Mil e uma Noites”, de

Sherezade, a princesa sábia e bela, que conta histórias noite após noite ao rei Sharir

para ganhar mais um dia de vida. Desta forma foi mostrado aos alunos um pouco da

cultura árabe. Assim, os alunos perceberam que mais que a beleza, a sagacidade

também é importante. Os resultados foram prazerosos e com muita participação e

discussão das ideias.

Outros contos também foram explorados: Chapeuzinho Vermelho, João e

Maria, Rapunzel etc. Após a leitura destes contos, foram feitas perguntas que

tratavam de características particulares de cada história, possibilitando que os

alunos as reconhecessem. Eles responderam as questões; a princípio,

individualmente, depois se fez uma discussão da temática com o grande grupo.

Nesse momento foi importante a participação do professor. Isso possibilitou o

aperfeiçoamento dos conhecimentos em conjunto. No momento seguinte a esse

pequeno debate, dividiu-se a turma em pequenos grupos e ofereceu para cada

grupo um conto de fadas clássico. Depois de realizadas as leituras, cada grupo

expôs seu conto para a turma.

Na atividade “Quem conta um conto ganha um ponto” o aluno teve como

referência uma pessoa da comunidade onde vive ou uma personagem das histórias

já conhecidas e contou tudo o que sabia a respeito da mesma. Se essa pessoa ou

personagem teve um final feliz, ele devia criar um final trágico e se teve um final

trágico devia criar um final feliz. Esta atividade teve como objetivo estimular a

criatividade, combater a intolerância, valorizar a expressão oral, dar ênfase a

entonação e expressar ideias com segurança e fluência.

Após o trabalho pedagógico com debates, dinamizou-se uma votação na sala

de aula a fim de escolher um filme que abordasse contos de fadas renovados para

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assistir em aula; entre as opções, surgiram: Shrek, Deu a louca na Chapeuzinho, A

Nova Cinderela ou Encantada. Foi escolhido o filme “Deu a louca na Chapeuzinho” e

após assistido foram feitas anotações das diferenças e semelhanças entre o conto

de fada A Bela Adormecida e o que foi veiculado no filme. Após o término, abriu-se

espaço para a discussão; com esses dados, elaborou-se um quadro comparativo

que ficou exposto no mural da sala.

Outro filme foi assistido pelos alunos: A Bela Adormecida. Nessa atividade os

alunos receberam figuras de fadas para pintarem e colocarem o nome do presente

que cada um daria a Bela (virtude, qualidade). E também a figura da Bruxa que não

foi convidada para a festa do batizado de Aurora. As figuras foram expostas num

varal dentro da sala de aula.

Analisando os contos maravilhosos, o estudioso russo, Vladimir Propp,

observou que quase todos apresentam situações parecidas como:

O herói se distancia de sua casa,

Uma proibição é imposta a ele,

É submetido a provas,

realiza as tarefas que lhe são impostas,

São fornecidos meios mágicos,

Há uma luta entre a personagem principal e seu antagonista,

O antagonista é vencido,

O herói regressa a sua casa ou a seu país,

É reconhecido,

O antagonista é desmascarado e punido,

O herói se casa.

(http://pt.scribd.com/doc/48847959/Situacoes-no-conto-maravilhoso-Wladimir-

Propp.) Acessado em: 27/06/2012.

Após os alunos assistirem o filme “A Bela adormecida” foi proposto que

observassem quais das situações enumeradas por Vladimir Propp ocorreram na

história. Em seguida os alunos formaram um semicírculo e apresentaram as suas

escolhas situacionais para os colegas.

Apresentado o seguinte enunciado “com o beijo do príncipe e a quebra do

feitiço, Aurora ficou sabendo que a bruxa é irmã das fadas. Ela chama a bruxa e

com um beijo a perdoa do mal e o feitiço é quebrado, ela se torna uma linda fada”.

Após a reflexão deste enunciado, os alunos pintaram novamente a bruxa, o antes e

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o depois (a bruxa que virou fada) e o nome da virtude que ela deu para Aurora. Os

alunos desenharam e pintaram a Terra da Fantasia de acordo com os seus sonhos

onde moram seres encantados, duendes e inclusive as fadas madrinhas; Terra esta,

onde Bela adormecida, Cinderela, Bela e a fera, Rapunzel são personagens que

sempre vão passar férias. Esses desenhos foram expostos no mural da escola. Esta

atividade foi para refletir sobre as pessoas que “erram”, mas tem o direito de serem

perdoadas, tendo uma segunda chance.

2. 2. A Cinderela

Numa segunda etapa, o conto a Cinderela foi apresentado aos alunos para

perceberem as mudanças de menina para mulher, esposa, mãe; assim, os alunos

observaram o processo de crescimento e amadurecimento neste período da

adolescência, com o intuito de identificar-se com as personagens na geração do

imaginário construtivo da identidade de ser na história e na construção inicial do

aluno crítico e perceptivo na sociedade em que está inserido.

Os alunos sentados em círculo comentaram as atitudes das personagens do

conto refletindo sobre os sentimentos da bruxa e demais personagens. Portanto,

essa análise sobre o comportamento demonstrou se ocorreu o entendimento da

narrativa como processo de vida no tempo. Pelos relatos orais e a escrita das

narrativas, todos puderam ser ouvidos e, depois confeccionado uma capa para o

conto, onde foram feitos desenhos e narrativas sobre as vivências dos alunos;

assim, foi produzido um livro com ilustrações e narrativas já reestruturadas.

As narrativas produzidas pelos alunos serviram de suporte linguístico, da

seguinte maneira: escolheu-se uma ou duas narrativas para serem escritas na

integra no quadro; da maneira que o aluno escreveu, iniciou-se a reestruturação

desde o título até o ponto final com introdução, meio e fim; culminou-se essa

“arrumação” do ler, escrever, interpretar reestruturando as narrativas.

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Figura 3: Atividade de reestruturação textual.

Fonte: Pedro dos Santos, Colégio Estadual “Presidente Costa e Silva” - EFM

Após todas as atividades linguísticas propostas no trabalho dos dois contos,

os alunos escolheram um deles para uma apresentação teatral na escola. O teatro é

uma marca registrada no colégio. Os alunos, a partir dessa iniciativa, tornaram-se

mais participativos, encorajados de forma lúdica e prazerosa. Foi através de

encontros semanais que se teve possibilidade de ensaios teatrais e

acompanhamento da construção do conhecimento dos alunos para aquisição da

leitura e escrita.

Os alunos ouviram o conto A Cinderela e assistiram ao filme; posteriormente

essa história foi representada através do teatro, tendo como personagens os alunos

do sexto ano. Notou-se que a aplicação dessa atividade levou os alunos a se

desinibirem, havendo uma aproximação do nível alfabético ao ortográfico.

Na encenação do conto A Cinderela se percebeu o respeito e a liberdade às

formas como esses alunos se expressaram para atingir a norma padrão, a fim de se

comunicar com as outras pessoas. Dentro das possibilidades, cada aluno construiu

a visão de mundo. Este potencial explorado através dos contos de fadas tornou-se a

forma mais rápida e conveniente de transformar o processo de aprendizagem em

conteúdo de ensino.

As atividades teatrais com o conto de fadas A Cinderela foram bem

diversificadas e exploraram as habilidades visuais, auditivos, motoras e imaginárias.

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Para buscar a compreensão do texto teatral fez-se necessário que o aluno

adquirisse conhecimento linguístico e mecanismo de produção de sentido. O

vocabulário e a escrita trabalharam as relações entre as palavras e o texto; a análise

das palavras com sentidos implícitos ou explícitos dependeu do contexto juntamente

com a diferenciação da linguagem formal e informal.

O contexto teatral da história trabalhou o imaginário (conflitos internos), a

linguagem não verbal (sons e imagens); a vivência das personagens na produção

teatral trouxe circunstâncias de vida aprendidas através da compreensão do texto,

facilitou a imersão da personagem atribuindo sentimentos presentes em cada

momento da história.

Quando foi lido para os alunos o conto de fadas, conquistou-se pouco a

pouco, não com uma leitura obrigatória, forçada, mas sim aquela que se deu a

liberdade para escolher e apropriar-se de seu mundo real. Os alunos do sexto ano

gostaram muito de ser ouvidos e de um tempo para contarem suas vivências. Assim,

tornaram-se cúmplices e essa cumplicidade gerou um interesse maior por parte do

aluno, onde retomaram sua atenção dedicada com o conhecimento e aprendizagem

adquirida. E para conseguir essa cumplicidade nada melhor do que trabalhar com

esse conto que trouxe um pouco do real, do cotidiano.

Em tom de brincadeira foi desenvolvida a linguagem, e conseguiu-se chamar

atenção dos alunos através da criatividade para com os contos de fadas, tais como:

O lobo na história da bela Adormecida, os quatro porquinhos cantores e músicos, a

beleza da Madrasta da Branca de Neve, a falta de óculos da fada madrinha de

Cinderela. Foi feito um trabalho pedagógico voltado ao diferente para despertar o

interesse dos alunos pela leitura e escrita, errando de propósito algumas histórias

conhecidas para ver do que o aluno era capaz; invertendo os papéis das

personagens e criando uma história ao contrário, para despertar o prazer pela

leitura.

O lúdico não estava apenas no ato de brincar, estava também no ato de ler,

no apropriar-se da literatura como forma natural de descobrimento e compreensão

do mundo. As atividades de expressão lúdico-criativa, portanto, atraíram a atenção

dos alunos e puderam se constituir em um mecanismo de reforço da aprendizagem.

Interações lúdicas além de favorecerem o desenvolvimento motor e psicomotor

levaram os alunos a refletirem não só sobre a variedade da fala como seus

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diferentes níveis de uso e formalismo; mostrar o quanto a fala e a escrita não se

dissociam e se influenciam mutuamente.

Os alunos reescreveram seu próprio conto renovado, para posterior

construção de um livro que foi feito de maneira interdisciplinar com a disciplina de

Arte, na qual os alunos puderam ilustrar o conto, utilizando-se das características da

história em quadrinhos.

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3. Considerações finais:

Ao proporcionar situações diversificadas de leitura para os alunos, permite-se

que eles também escolham suas leituras, falem sobre o que leem, troquem ideias e

sugestões, aprendendo com a experiência do outro. É preciso também ajudá-los a

indagar o texto para a construção de sentidos, estimulando a criação com pistas

textuais. A aprendizagem significativa ou contextualizada ocorre quando o educador

pode relacionar o conhecimento às suas práticas cotidianas. Isso se torna possível a

partir do momento em que a vivência do educando e seu conhecimento prévio de

mundo são resgatados em sala de aula, dando ao aluno oportunidade real de falar,

ouvir, ler e escrever em sala e o que acontece fora dela.

É necessário mostrar aos alunos que eles utilizam a leitura em sua prática

social e, ao aplicá-la, percebam a relevância deste aprendizado. Estas atividades,

portanto, não poderiam ser vistas simplesmente como um mecanismo de leitura que

visasse decifrar a palavra, sem que o significado estivesse presente, deixando de

lado a verdadeira função da leitura que é proporcionar uma aprendizagem que

desenvolve habilidades, reflexões, conhecimentos e permite agir na sociedade de

maneira intensa e direta.

Os contos de fadas na sala de aula servem como forte motivação para

melhorar a aprendizagem oral e escrita; desenvolvem um processo reflexivo na

ação. Um ensino cuja capacidade de refletir é estimulada através da interação entre

Professor e Aluno em diferentes situações práticas. A intelecção de um conceito

passa necessariamente pela leitura da palavra. A leitura é a decodificação da

mensagem pela captação e acompanhamento do raciocínio do autor. Sabe-se que o

processo educacional não começa na escola. Ele se inicia a partir das primeiras

relações afetivas com a mãe, pai e família. As condições psíquicas para o

aprendizado estão em íntima relação com o desenvolvimento dos primeiros vínculos

afetivos e no decorrer desse processo com o desenvolvimento da personalidade. A

escola desenvolve a construção dessa aprendizagem do conhecimento, oferecendo

uma leitura prazerosa a partir dos contos de fadas, os quais auxiliam na melhoria do

desenvolvimento da escrita formal de forma mais natural.

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4. Referências

Breves convites às possibilidades de tornar significativa a leitura e a escrita através de narrativas de contos de fadas e sua reestruturação gramatical. Ponta Grossa: UEPG. 2011.

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em: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 02/09/2010.

O Propósito Pedagógico da Leitura através de um breve estudo dos Contos de Fadas na nossa contemporaneidade. Ponta Grossa: UEPG. 2010

Parâmetros Curriculares Nacionais. Língua Portuguesa. Brasília: MEC. 1998.

Pró-Letramento Alfabetização e Linguagem. Programa de Formação Continuada

de Professores dos Anos/Séries Iniciais do Ensino Fundamenta. Brasília: MEC.

2007.

Reflexões sobre a educação no próximo milênio. Secretaria de Educação a

Distância. Brasília: MEC. SEED, 1998.

Revista Pátio. Educação Infantil. São Paulo, Artemed, n. 24, Ano VIII,

Julho/Setembro, 2010.

FARIA, Maria Alice. Como usar a Literatura Infantil na sala de aula. São Paulo:

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GUSSO, Ângela Mari. Ensino Fundamenta de Nove Anos – Orientações

Pedagógicas para Anos Iniciais. Curitiba: SEED, 2010, p. 135-151.

KRAMER, Maria Luiza. Histórias Infantis e o lúdico encantam as crianças.

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SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica, primeiras, primeiras aproximações. São

Paulo: Cortez, 1991.

TOLKIEN, J.R.R. Sobre Histórias de Fadas. 2. Ed. São Paulo: Conrad, 2010.