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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM /PSICOPEDAGOGIA E EDUCAÇÃO INFANTIL NOTA: 8,5 A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS MATEMÁTICOS NOS ANOS INICIAIS Edinalva dos Santos [email protected] Orientador: Prof. Dr. Ilso Fernandes do Carmo. ALTA FLORESTA/2014

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM /PSICOPEDAGOGIA

E EDUCAÇÃO INFANTIL

NOTA: 8,5

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS MATEMÁTICOS NOS ANOS INICIAIS

Edinalva dos Santos

[email protected]

Orientador: Prof. Dr. Ilso Fernandes do Carmo.

ALTA FLORESTA/2014

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM /PSICOPEDAGOGIA

E EDUCAÇÃO INFANTIL

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS MATEMÁTICOS NOS ANOS INICIAIS

Edinalva dos Santos

Orientador: Prof. Dr. Ilso Fernandes do Carmo.

“Monografia apresentada como exigência parcial para obtenção do Título de Especialização em Neurociências e Aprendizagem/ Psicopedagogia e Educação Infantil.”

ALTA FLORESTA/2014

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Dedico aos meus familiares pelo apoio e paciência, e principalmente a minha mãe por ter me dado tanto incentivo ao passar desses três anos e meio, dedico também a uma pessoa que me ajudou muito hoje meu amigo no passado meu marido.

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AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus, pelo seu amor, pela companhia fiel, pelo colo, pelo carinho, e a possibilidade de realizar esse sonho; Agradeço a todos os professores que compartilharam conosco experiências e saberes, possibilitando-nos crescimento intelectual, profissional e pessoal;

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Verdades da Profissão de Professor Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho. Paulo Freire

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RESUMO

A brincadeira faz parte do cotidiano das crianças e na escola, não poderia

ser diferente, principalmente nas aulas de Educação Física. Os jogos pedagógicos

são para a criança mais que um simples ato de brincar, ele fornece informações que

podem contribuir para atingir objetivos preestabelecidos, além de ser útil para

estimular o desenvolvimento integral da criança. O jogo é um recurso que

desenvolve e educa de forma prazerosa, desse modo a utilização de jogos no

processo de ensino- aprendizagem é considerado um instrumento auxiliar do

processo educativo do ser humano. A principal perspectiva deste trabalho é

investigar as contribuições dos jogos pedagógicos para estimular o desenvolvimento

integral da criança A presente pesquisa teve como objetivo principal averiguar o uso

de jogos pedagógicos como ferramenta fundamental para os processos de ensino

aprendizagem e construção do conhecimento do aluno. No desenvolvimento deste

trabalho, foi utilizado a pesquisa bibliográfica através de uma análise de dados

encontrados e sua contextualização em que se enfocará a importância dos jogos

nos anos iniciais. Conclui-se que os jogos pedagógicos são uma alternativa para

auxiliar nos processos de ensino-aprendizagem e favorece a construção do

conhecimento do aluno melhorando o desempenho em alguns conteúdos de difícil

entendimento, além de atuar no aspecto cognitivo, desenvolvimento da

concentração, motivação e integração, por atuar como instrumento de auxílio para

desenvolver determinado conteúdo em sala de aula, através de situações concretas.

Palavras-chave: Aprendizagem; Desenvolvimento; Jogos Pedagógicos

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SUMARIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 07 CAPÍTULO I JOGOS MATEMÁTICOS ..................................................................... 11 CAPÍTULO II: JOGOS E BRINCADEIRAS ................................................................ 17

CAPITULO III: OS JOGOS NO CONTEXTO ESCOLAR .......................................... 19

CAPITULO IV: OS JOGOS E O ENSINO APRENDIZAGEM .................................... 25 CONSIDERACÕES FINAIS ...................................................................................... 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 32

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INTRODUÇÃO

Os jogos matemáticos nos anos inicias tendo em vista que os resultados

esperados são muito significativos para a aprendizagem onde estas habilidades são

essenciais na atualidade dos profissionais da educação. Os professores que

trabalham com os jogos matemáticos tornam-se a aula estimuladora. O professor ao

mostrar para o aluno que tem que deixar de ver a matemática como um disciplina

difícil e complicada e vê-la com outros olhos.

Os jogos deve ser considerado para os professores dos anos iniciais como

um parâmetro de conhecimento dos alunos, e assim estabelecer oportunidade de

aprendizagem através do decorrer de seu processo.

Com os jogos matemáticos as crianças encontram equilíbrio entre o real e o

imaginário e faz com que a criança amplie seus próprios conhecimentos sobre o

raciocínio lógico.

Nos jogos matemáticos os professores podem encontrar vários objetivos nos

conteúdos conceituais que desenvolvem com os jogos, isto também pode levar há

um trabalho interdisciplinar contribuindo com o desenvolvimento cognitivo nas áreas

do conhecimento. Outro fator inerente que deve ser ressaltado aqui que é

necessário que cada jogo sempre haja uma nova experiência a ser desenvolvida e

trabalhada com a criança e assim facilitara essa aprendizagem.

Como os jogos as crianças se manifesta em entender a sua própria

realidade, e as sua necessidade em superar obstáculos e situações vivenciadas.

O professor deve aplicar os jogos e a brincadeira em grupo e deve utilizar e

desenvolver a habilidade de fazer com que acriança pense de maneira

independente.

Com os jogos professor pode-se trabalhar com varias disciplina onde

permite ao aluno alcançar seu conhecimento. Mais importante. Os jogos

matemáticos é uma forma natural das atividades de se trabalhar com as crianças

mais ativas mentalmente e envolver conceitos já estudados, e colocar situações de

jogos para explorar conhecimentos e se exercitar as mesmas e chegar ao um

resultado convincente.

Através dos jogos nos anos iniciais temos que ter claro no nosso conceito

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pedagógico que o jogos será um o fim e sim o meio para chagarmos ao objetivo

esperado. Portanto os professores deverão oferecer uma multiplicidade de ações

desafiadora que motivem a criança de forma estimuladora de sua realidade.

Os jogos nos anos iniciais desenvolveram a capacidade do aluno de se

trabalhar com essas dificuldades, e proporcionar não só aprendizagem, mas um

determinado conceito sobre a matemática. Com os jogos nos anos iniciais o

desenvolvimento das crianças deve um crescimento cognitivo através da exploração

das idéias dos alunos em socializar com os demais. .

Porém e necessário uma abordagem lúdica que desenvolva uma trajetória

de socialização de conhecimento com os colegas de sala. Vale salientar que o

cotidiano escolar requer conhecimento e desafios de explorar situações e problemas

vivenciados pela sociedade

O problema levantado é de que os jogos matemáticos devem ser

desenvolvidos de maneira objetiva e direta. Assim os professores devem levar em

conta a importância de escolher o conteúdo mais presente no cotidiano do aluno e

gerar um conhecimento através da realidade e aprendizagem da criança. Como são

utilizados os jogos de matemática nos anos iniciais?

As hipóteses são de que os jogos sendo usado adequadamente ajudaram o

aluno a desenvolver gradativamente o raciocínio matemático. Desta forma o

professor poderá trabalhar conceitos de jogos matemáticos nas series iniciais de

desenvolver, e a estimular os alunos aprender muito mais rápido e fácil. Com o

desempenho da criança em exercitar agir e pensar os jogos matemáticos se torna

um divertimento.

O jogo é uma forma natural e humana das crianças ficarem mais ativa e

conhecedora da realidade de aprender matemática brincando. Com a participação

ativa das crianças os jogos em grupo poderão estimular o emocional e moral de

cada criança no seu desenvolvimento cognitivo.

O objetivo geral é de conhecer quais contribuições pedagógicas que o jogo

matemático proporciona para os docentes da escola Estadual 19 maio para uma

maior efetivação de ensino aprendizagem de alunos dos anos iniciais.

Os objetivos específicos são identificar a importância dos jogos matemáticos

nos anos iniciais como se dá aquisição do processo de ensino e aprendizagem;

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distinguir como estabelecem em sala de aula diferentes formas de ensinar a

matemática utilizando os jogos e as brincadeiras e conhecer como se desenvolver o

raciocínio lógico matemático em sala de aula utilizando o jogos e as brincadeiras.

O presente trabalho está dividido em quatro capítulos. No primeiro capitulo

será descrito sobre os jogos matemáticos. No segundo sobre jogos e brincadeiras.

No terceiro capítulo será descrito os jogos no contexto escolar. E por fim será

descrito sobre os jogos e o ensino aprendizagem.

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CAPÍTULO I JOGOS MATEMÁTICOS

.

Em primeira instância a pesquisa será embasada nas idéias de Maria

Montessori (1983). O método Montessori parte do concreto rumo ao abstrato.

Baseia-se na observação de que meninos e meninas aprendem melhor pela

experiência direta de procura e descoberta. Para tornar esse processo o mais rico

possível, a educadora italiana desenvolveu os materiais didáticos que constituem um

dos aspectos mais conhecidos de seu trabalho.

Os jogos matemáticos em si, é um elemento essencial na exploração do

mundo real de cada criança. Onde elas se formam através de seus conhecimentos

naturais, é aprimorando este processo que a criança adquire conhecimentos direitos

e deveres.

São fundamentais estes conhecimentos e preceitos sobre o pensamento

escolar do aluno no seu cotidiano escolar.

Para MONTESSORI (1983, p. 98), o equilíbrio é a riqueza natural do

individuo, para realidade de hoje.

O papel do professor, é fundamental para a formação do indivíduo e

influenciá-lo na sua formação e conceito de, trabalhar com brinquedos para seu

desenvolvimento escolar. O brinquedo comporta no hábito escolar de cada criança e

sua realidade.

Para BATISTA (2001), esses conhecimentos já nascem consigo mesmo,

precisam-se usufruir estes conhecimentos matemáticos onde se possa estabelecer

sua formação de valorizar o indivíduo para o mundo.

De acordo MONTESSORI (1983), os jogos matemáticos têm com prioridade

de incentivar a criança no seu desenvolvimento sensorial e motor. Devemos

procurar o equilíbrio na distribuição da riqueza material e cultural, dando a cada

aluno a oportunidade necessária de produzir seus recursos necessários para uma

vida digna.

MONTESSORI (1983), diz que a criança aprende mais através de objetos

colocado em seu mundo, é se movimentando que ela se desenvolve e se torna mais

ágil. Com poder dos jogos cria sua situação imaginaria e permite-a ir além de se

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próprio conhecimento.com jogo a criança tanto pode aceitar como também a

discordar isto ira estimular a criança no seu desenvolvimento.

Várias formas de ensinar as crianças com jogos na própria casa com

produtos reciclados caixa de fósforos usada palito de sorvete etc.

Embora existissem no comercio vários jogos com cubos e peças de encaixe são interessantes que escola possua para seus alunos em grupos pequenos possam explorar esses desafios, a impossibilidade de compra não impede que sejam os mesmos providenciados com sucatas para seu uso em situações diversas. Mesmo sem o emprego de regras, a atividades já é pelo manuseio e conversa interior um produtivo estimulo. (ANTUNES 2006, p. 26).

ANTUNES (2006), diz que acriança aprende através se seu cotidiano

familiar, no seu cotidiano familiar a criança aprende como; olhar a vidraça, parede

moveis ela esta estimulando essas idéias de identificação de objetos.

Na escola essa atividade pode ser precedida de exercícios mais significativos, nos quais os alunos descobrem, inicialmente em sólidos geométricos ou em figuras de papelão, as formas e, depois, em uma excursão pelo pátio da escola ou outro lugar qualquer deve ser estimulados a descobri-las. Alem de passeio, revistas, desenhos, figuras e outras exposições podem permitir essa aventura da descoberta de formar as ,que vai sendo acrescida progressivamente de outras novas. (ANTUNES, 2006, p. 29).

Para o autor, falar sobre olimpíadas de matemática com a criança é para o

professor testar a sua capacidade de raciocino, mas de levar em conta a capacidade

do aluno até onde ele pode ir a seus limites de raciocinar. É importante que quando

for feito estas olimpíadas em sala o professor estimular a criança com uma medalha.

Para que a criança não perca o seu estimulo de aprendizagem e que ela

busque se exercitar seus pensamentos lógico-matemáticos. As atividades de jogos

em sala é necessário que o professor informe os alunos todas as regras a ser

trabalhada antecipadamente,isto faz o aluno começar a se exercitar seu

pensamentos .

ANTUNES (2006), descreve que a criança desde pequena já se desenvolve

o interesse por jogos relacionado às brincadeiras, elas inventam fantasias que na

medida em que se desenvolvem o brincar com os objetos. Os objetos de encaixar

tirar ponha já existe uma regra de conquista qual exige a atenção da criança.

Esta realização muitas vezes são atividades lúdicas, como no jogo de

boliche. cartas entre outros jogos que pede prende a tenção da criança .

Ocupa um lugar especial na vida da criança de modo geral

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De acordo com essa ideia, muitos se tem discutido sobre a importância do brincar no processo de desenvolvimento das crianças.

“De acordo com Grando “tantos os trabalhos de Piaget”, quanto os de Vygotsky e seus respectivos seguidores, apontam para importância dos jogos no desenvolvimento da criança”. (RIBEIRO,2009, p.19).

Para eles o brincar com jogos matemáticos é muito importante para o

desenvolvimento da criança. Isto era possibilitar o interesse das crianças no

desenvolvimento matemático. O aluno quanto o professor sentirá mais prazer em

desenvolver a aula com os trabalhos de jogos em grupos.

A importância dos jogos de aproximação a criança do conhecimento cientifico, vivendo virtualmente situações de soluções de problema que os aproxima daqueles que o homem realmente enfrenta ou enfrentou. “Ou seja, nesse movimento de aproximação da criança com situações e ações adulta, no enfrentamento situações vivenciada ou simulada nos jogos as quais demandam refletir, analisar e criar estratégia para desenvolver problema s, estabelece-se um caminho para desenvolvimento do pensamento abstrato. (RIBEIRO,2009, p, 19).

É necessário compreender e entender muito bem os jogos que queremos

propor para os alunos, e as estratégias que serão adotados aos alunos para assim

começar um processo de ensino e aprendizagem.

É vantagem proporcionar jogos nas aulas de matemática para desapertar o

interesse pela disciplina abordada. Os jogos nos exercícios em sala ajudam a

criança na sua realização de aprendizagem e na imaginação reais de aprendizagem.

Com os jogos possibilitam a aprendizagem da criança no aspecto cognitivo.

Na medida em que os alunos se envolvem com os jogos as situações ficam muito

mais concretas no seu desenvolvimento contextual.

Outra possibilidade altamente significativa e ainda pouco explorada no contexto das aulas de matemática, é a de jogos elaborados e proposto pelo professor que priorizam a aprendizagem matemática pela via dos jogos (ou seja muito mais que exercitar ou fixar determinada idéias , são jogos por meio dos quais se aprende matemática. Nessa perspectiva ,encontram-se os jogos que permitem que novos conhecimentos matemáticos sejam construídos . (RIBEIRO, 2009,.p 39 )

Na aprendizagem dos jogos, segundo BATISTA (2001), é deixar a criança

se exercitar o dia a dia vivenciando naturalmente, isto irá estimular o raciocínio

lógico da criança. O professor deve encontrar um jeito de se trabalhar com os jogos

nos quais aprenda-se com situações desafiadora para a criança, como investigação

de como jogar e aprender ao mesmo tempo.

Onde possibilite criar seu próprio raciocínio a partir de jogar e aprender o

desencadear dos jogos matemáticos. O jogo bem elaborado, segundo BATISTA

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(2001), é muito importante para se trabalhar com os alunos, ao realizarmos jogos

criamos dúvidas onde acriança junto com o professor irá solucioná-la.

Com boa estratégia o desenvolvimento da criança será bem avaliado

interessando para o professor quanto para o aluno.

Isto corresponderá a uma construção de conhecimentos no perfil de cada

aluno e seu caráter individual.

PIAGET (1975), diz que ao se trabalhar com a criança devemos observar

primeiro os conhecimento da criança que é dado de dentro para fora não o contrario

a criança tem liberdade de escolher o que mais lhe interessa e que seja mais

significativo para ela.

Assim, leva a criança ao desenvolvimento cognitivo, o professor não deve

impor uma atividade que acha importante pra si, tem que ver se a criança ira se

assimilar bem ao conteúdo. Tomar cuidado com os materiais aplicado é muito

importante para evitar frustrações para a criança em seu processo de aprendizagem.

Na teoria peagetiana a criança é um livro para exploração no meio em que

vive explorara os materiais didáticos. O professor desempenha um papel importante

na vida criança cabe ao educador desenvolver o raciocínio com jogos matemáticos,

principalmente as atividades concretas e estimuladoras.

Vale salientar a realidade da criança e seu conhecimento adquiridos no seu

ambiente familiar.

PIAGET (1975), diz que a criança já nasce com seus conhecimentos lógicos,

conhecimento físico, lógico matemático e conhecimento social arbitrário.Sabemos

que para se trabalhar com criança neste processo de aprendizagem deixar ela se

desenvolver seu raciocínio por seus próprios interesse e nível.

O professor deve simplesmente proporcionar a criança apenas atividades e

os materiais para seu desenvolvimento cognitivo.

Ao longo da história o ser humano constituiu seus conceitos matemáticos por meio da utilização de objetos concretos (pedra,sementes etc.)para contar seus pertences ,limitar seu território e construir de utilização pessoal. Será que o educador chegou para homem primitivo dizendo :”hoje vamos aprender e contar “?É claro que não .Os conceitos matemáticos foram sendo construído gradativamente ate chegarmos ao presente avanço tecnológico. (ARANÃO ,1996, p, 27 ).

Isto acontece e muito com as crianças desde momento em que ela recebe

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um objeto automaticamente já sabe que é I 1, você der mais de 1 objeto para outra

criança ela sentira discriminada. Ela já tem seu entendimento lógico e real

,consegue distinguem o mais e o que é menos.( a criança com 3 anos já tem este

entendimento lógico).

Assim, o conceito de nº. Não pode ser ensinado, pois a criança deve construí-lo por intermédio de ação sobre o meio, cabendo ao educador encorajá-lo a pensar ativa e automaticamente em todos os tipos de situações deter a horário rígido para se aprender matemática . Devem- se aproveitar todos os momentos para enriquecer o processo de construção desse conhecimento. (ARAMÃO, 1996, p.33).

Para que a criança possa adquirir os conhecimentos matemáticos, e estar se

beneficiando de materiais alternativos como tampinha de garrafa, caixa de fósforos

palito de fósforo usado entre outros. São materiais fácil acesso que podemos estar

juntado em nossa própria casa isto permitira à mesma possa se exercitar seus

próprios conhecimentos adquirido juntamente com sua família.

(...) É sábio, por exemplo ,que o conhecimento matemático não se constitui num conjunto de fatos a serem memorizados que meros que idéias de matemática que a criança aprendem na educação infantil serão de grande importância em toda sua vida escolar cotidiana. (ARANÃO ,1996, ,p,9)

Com o trabalho de matemática nas series iniciais os professores estarão

encorajando as crianças a se desenvolver melhor na medida em que forem se

descobrindo o prazer de se trabalhar com jogos e perceber a realidade de forma

natural.

Com este desenvolvimento do contexto de matemática a criança desenvolve

várias formas de conhecimento matemáticos e aumenta mais suas experiência no

mundo e ampliar seu conceito sobre a matemática e como trabalhar com ela. A

matemática não significa pensar, mas como se trabalhar e se expressar o raciocínio

lógico matemático. É acreditar que a criança é capaz de desenvolver a oportunidade

de estabelecer hábito de solucionar problemas e resolver os problemas

matemáticos.

Por esse motivo, nossa proposta didática esta fundamentada ,entre outras coisas ,na crença de que para alem de habilidades lingüísticas e lógicos- matemáticas é necessário que os alunos da educação infantil tenham chances de ampliar suas competências,espaciais,pictóricas ,corporais, musicais interpessoais e intrapessoais . (ARANÃO,1996,p,10).

Quando o aluno incorpora a matemática ele está realizando as atividades

com mais segurança e ao mesmo tempo desenvolvendo o raciocínio e propiciar as

reflexões lógicas. Na concepção de ensinar o professor deve ser cuidadoso em

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planejar as atividades garantir o caminho certo para um bom ensino e

aprendizagem. O trabalho em classe para o desenvolvimento matemático é

essencial para que tenha um desenvolvimento escolar regular. É bom relatar para

que isto aconteça o ambiente deve ser positivo para explorar o raciocínio da criança.

(...) Explorar, investigar ,descrever ,representar, seus pensamentos ,suas ações são procedimentos de comunicação que devem estar implícitos na organização do ambiente de trabalho com classe.

Exatamente porque representar, ouvir, falar, escrever são competências básicas de comunicação, essenciais para aprendizagem de qualquer conteúdo em qualquer tempo, sugerimos que ambiente previsto para o trabalho contemple momentos para produção e leitura de textos ,trabalho em grupos ,jogos elaboração de representações pictóricas e a elaboração e leituras de livros pelas crianças . (ARANÃO,1996, p.11).

As brincadeiras de jogos pode ser definido de acordo com os

conhecimentos das crianças, deixar a criança, falar ouvir pensar e se expressar o

que ela tem de melhor para se interagir com os demais . A importância das

brincadeiras nas séries iniciais é que nelas utilizamos os jogos para desenvolver as

habilidades das crianças no momento em que ela observa a s brincadeiras o

significo da aprendizagem escolar se torna um habito.

Talvez na escola ainda não tenhamos atentados para o fato de brincadeiras e jogos como amarelinha ,pegador ,corda terem exercido ao longo da historia importante papel no desenvolvimento das crianças e,por isso,ainda estejam tão distantes de todas as aulas .quando brinca ,a criança se defronta com desafio e problemas ,devendo constantemente buscar soluções e a ela colocada .brincadeiras auxilia a criança a criar uma imagem de respeito a si mesma ,manifestar gosto e desejo ,duvidas mal-star criticas e aborrecimento,etc.(...) .(ARANÃO,1996, p.14).

No brincar a criança descobre novas maneiras de se descobrir a sua

percepção de fazer matemática através das brincadeiras. As crianças adquirem uma

flexibilidade em seu raciocínio lógico para seu convívio.

Com jogos matemáticos a criança leva a observar a seus próprios

conhecimentos e se desenvolver o que tem de melhor consigo mesma.

As brincadeiras levam a criança propiciar estratégia de como trabalhar com

a matemática, ou seja, levar a aluno a ter conhecimentos de jogos ajuda

raciocinarem melhor. Os jogos devem propiciar nas series inicial assim a criança

aprende a ter noção de como aprende brincando.

Qualquer adulto que observe uma criança brincando percebe que esta situação contribui para inserção social .Quando brincam,as crianças confrontam-se com uma variedades de problemas interpessoais e sociais :”Quem vai ser o primeiro ?”;Porque não a minha vez agora ?”Ela não cumpriu o combinado”. (SMOLE ,2000, p, 14).

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Todas as crianças têm esta noção de ser sempre a primeira nas brincadeiras

desde que nasce ela nos primeiros anos de vida ela chora quando quer chamar a

atenção dos seus pais, quando chora ela sabe que alguém ira buscá-la então ela já

nasce com este conhecimento próprio de reconhecimento maternal. .

Para Piaget, o movimento constrói um sistema de esquema de assimilação e organiza os reais a partir de estruturas espaço temporais. Em Piaget encontramos que as percepções e os movimentos, ao estabelecerem relação como meio exteriores elaboram a função simbólica que gera a linguagem, e esta da origem á representação e ao pensamento(...). (SMOLE ,2000, p. 14).

A matemática utilizada nas brincadeiras infantis e bem elaborada, segundo

BATISTA (2001),ajuda a criança a explorar seu conhecimento enquanto se

desenvolve seu aprendizado nas brincadeiras infantis. Por outro lado o brincar traz

os primeiros conhecimentos para a criança perceber o que está a sua volta, e a

relacionar a noção de espaço tempo e duração, força altura e a fazer estimativas

envolvendo todas essa grandeza. Os jogos simbólicos de faz de conta é uma

ferramenta essencial para primeira formação da criança e onde elas criam fantasias

e adquirem criatividades sobre o mundo. As crianças criam suas próprias

oportunidades de imaginação de ver ,e conhecer seu próprio mundo.

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CAPÍTULO II: JOGOS E BRINCADEIRAS

De acordo com SMOLE (2000), a criança na infância, é o tempo das

brincadeiras fazer parte de sua vida infantil ela já tem o seu tempo marcado de como

se conhecer cada momento de brincar correr pular. Nesta faixa etária criança se

estabelece seu tempo e segundo do que mais lhe interessa e sua liberdade. Quando

ela esta brincando os sinais são vitais no rosto da criança o prazer e sua satisfação

de conjugar o mundo a realidade e as fantasias.

Na abordagem sociológica, os aspectos analisados nas brincadeiras são: o processo de socialização infantil, a interação entre as crianças, as formas de participação de cada elemento, o desempenho de papeis, o nível de aceitação de cada participante do grupo lúdico as atitudes e preconceitos, surgimento de liderança, entre outros (LUCENA, 2008, p. 28).

Para Lucena (2008), o jogo e visto como a criança se desenvolve brincado e

aprende ao mesmo tempo, ela consegue interagir uma com as outras de um modo

diferente do adulto, que precisa se conhecer para interagir. A criança quando brinca

faz seu imaginário criar formas e ação independente do objeto que esteja a sua

frente, este estimulo possibilitam situações favoráveis para ela.

Nas brincadeiras do período pré-escolar ,as operações e ações da criança são sempre reais e sociais.Nelas ,a criança assimila a realidade; dessa forma,o brincar é o caminho pelo qual ela compreende o mundo em que vive e que será chamada a mudar (...). (KISHIMOTO, 2002, p,37 )

KISHIMOTO (2002), diz que nesta fase a criança realça muito mais seus

interesses pelas brincadeiras, sua característica é muito mais real nesta fase,

quando ela inicia o seu processo escolar ela já leva na bagagem a sabedoria de

como manusear as brincadeiras tradicionais. Que as brincadeiras são onde a

criança vivencia toda sua trajetória ate chegar à escola é intercambio onde o

professor desenvolve as atividades verificando o nível de cada criança de acordo

com seu potencial de sua cultura familiar. É importante que professor incorpore as

atividades de jogos no cotidiano escolar da criança. Pra autora o papel do professor

é orientar a criança de modo que se descubra por si própria respeitando limites e

graus de cada um.

O enriquecimento de cada criança são suas descobertas oferecidas pelo

professor as brincadeiras que propiciam aprendizado desejado pelo educador

proposto. A brincadeira no aprendizado tem uma força muito importante para que a

criança expresse seus sonhos e fantasias e ações adquiridos no seu no seu mundo

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social.

“Da mesmas forma ,jogos e brincadeiras podem ser utilizados para ajudar

os alunos a superar os bloqueios que geralmente existem na aprendizagem de

conceito s matemáticos.” (KISHIMOTO, 2002, p. 47).

Nos jogos habituas das crianças elas começam desde bebê a se descobrir

durante seu crescimento familiar, a cada dia que se passa ela descobre varias

maneiras trabalhar com jogos desde cedo,assim facilitará a aprendizagem da

criança no crescimento escolar.

A autora relata no livro que é importante o professor incentivar a criança

desenhar, escrever,este incentivo deve ser aplicado desde a pré-escola,para que

isto ocorra deve se estimular o uso ensino dos jogos matemáticos nas aulas para

estimular o alunos .

O professor deve usar uma estratégia de trabalhar com a criança usando os

erros e acertos, e aplicar um texto significativo onde possa dar sentido para a

criança, ou uma situação que ela tenha vivenciado para prender a atenção e tenha

sentido sobre o conteúdo aplicado.

Com a utilização dos jogos com estratégia de ensino, o professor auxilia o aluno a ter uma atuação a mais consciente e internacional possível,a fim de que ele possa ter um resultado favorável.É importante,também ,criar oportunidades para que o aluno avalie e repense o raciocínio que levou ao erro. Assim, utilização dos jogos requer uma organização previa e avaliação constantes, (KISHIMOTO, 2002, p. 50 ).

A jogos matemáticos no cotidiano e habitual dos professores ajudam a

conduzir seus alunos praticar e exercitar o seu raciocínio matemático, pois dessa

forma o aluno absorve mais a forma de aprendizagem de que está tão presente e se

faz necessária a nossa sociedade, visando assim significado positivo . Observar o

mundo. é compreender, é a relação significante e significado, ou seja, de se

trabalhar jogos matemáticos desenvolvimento do ensino/aprendizagem.

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CAPITULO III: OS JOGOS NO CONTEXTO ESCOLAR

A inserção de jogos pedagógicos no contexto de ensino deve, segundo

BATISTA (2001), possibilitar a afetividade, prazer, cooperação, imaginação e

criatividade, por meio das relações que estabelecem com os outros, adultos e

crianças.

De acordo com ANTUNES (2005), as atividades lúdicas devem ser

vivenciadas pelos educadores, é um ingrediente indispensável no relacionamento

entre as pessoas, bem como uma possibilidade para que a afetividade, prazer,

autoconhecimento, cooperação, autonomia, imaginação e criatividade cresçam,

permitindo que o outro construa por meio da alegria e do prazer de querer fazer e

construir.

A experiência do brincar cruza diferentes tempos e lugares, passado,

presente e futuro, sendo marcada ao mesmo tempo pela continuidade e pela

mudança.

Para BATISTA (2001), a criança pelo fato de se situar em um contexto

histórico e social, ou seja, em um ambiente estruturado a partir de valores,

significados, atividades e artefatos construídos e partilhados pelos sujeitos que ali

vivem, incorpora a experiência social e cultural do brincar por meio das relações que

estabelecem com os outros, adultos e crianças.

Quando as crianças brincam, elas têm oportunidade de desenvolver

curiosidade, nesse contexto o jogo pedagógico no ensino representa uma atividade

lúdica, que envolve a criança através da competição e desafio, levando-a a conhecer

seus limites e suas possibilidades para se arriscar.

ANTUNES (2005), afirma que quando as crianças brincam, demonstram

prazer e alegria em aprender. Elas têm oportunidade de lidar com suas energias em

busca da satisfação de seus desejos. E a curiosidade que os move para participar

da brincadeira. Dessa forma é desejável buscar conciliar a alegria da brincadeira

com a aprendizagem escolar.

De acordo com ANTUNES (2005, p. 41), “o aspecto afetivo se encontra

implícito no próprio ato de jogar, uma vez que o elemento mais importante é o

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desenvolvimento do indivíduo que brinca.”

BORIN (1996, p. 45) afirma que “o prazer que se sente com a resolução de

uma dificuldade tão propriamente criada e tão arbitrariamente definida, que o fato e

a solucionar tem apenas a vantagem da satisfação íntima de o ter conseguido.”

Para BORIN (1996), o jogo no contexto de ensino representa uma atividade

lúdica que envolve o desejo e o interesse do jogador pela própria ação do jogo, e

mais, envolve a competição e o desafio que motivam o jogador a conhecer seus

limites e suas possibilidades de superação de tais limites, na busca da vitória,

adquirindo confiança e coragem para se arriscar.

O trabalho com jogos pedagógicos deve desencadear e desenvolver

conceitos, levando o sujeito a pensar sobre os conteúdos ou conceitos, além de

proporcionar satisfação e prazer.

Para BATISTA (2001), no entanto, o trabalho com jogos deve ser

desencadeador, mediador ou aplicador-fixador do trabalho de desenvolvimento de

conceitos, levando o sujeito a pensar sobre os conteúdos ou conceitos matemáticos

por meio dos jogos e da resolução de problemas, pois, no jogo em si, não está

envolvida a ideia de desenvolvimento conceitual. BORIN (1996, p 45), afirma que

“isso ocorre porque o conceito não tem somente operacionalidade, mas também

operacionalidade de linguagem que é própria da linguagem formal.” De acordo com

ANTUNES (2005), essa é uma linguagem especializada frente à linguagem natural

da criança. Muitas vezes, o jogo não abrange a construção do conceito em sua

completude. Seguramente, ele auxilia sim na operacionalidade do conceito, servindo

como auxiliar didático para se chegar à formalização daquele.

BORIM (2002, p. 45):

a situação lúdica como a atividade na qual o sujeito perpassa por momentos de tensão criativa e alegria, que o levam a um sucesso praticamente imediato, proporcionando satisfação e prazer dotados de um fim em si mesmo.

Para BATISTA (2001), o interesse principal da didática é estudar e descrever

as condições necessárias para facilitar e otimizar a aprendizagem, por parte dos

alunos, dos conteúdos de ensino. Ocupa-se então de estudar os sistemas didáticos,

alunos e professores, saber e as inter-relações entre esses componentes dentro de

um contexto.

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Os jogos pedagógicos servem para a exploração do mundo atitudes, pois as

crianças podem discutir, criticar, vivenciar situações de construção na formação

integral do sujeito, bem como o conhecimento dos costumes de diversas regiões, até

de outros países.

Segundo BATISTA (2001, p. 65), “a aprendizagem através do jogo ocorre

quando este possibilita a criação de regras que definem quem perde e quem ganha.

O jogo é construtivo porque pressupõe uma ação do indivíduo sobre a realidade.”

De acordo com BORIN (2002), os jogos possuem funções essenciais, de

ampla relevância na formação do sujeito, dentre elas podemos citar que o jogo serve

para a exploração do mundo que rodeia quem joga, bem como explorar suas

próprias atitudes. Desta forma o jogo, dentro de suas possibilidades de mudanças e

adaptações, também modifica e aprimora o relacionamento interpessoal.

Segundo ANTUNES (2005), o educando, através do jogo, pode analisar,

discutir, criticar, vivenciar situações de construção e aquisição de conceitos

relevantes que interferem na formação integral do sujeito, pois quando jogamos,

agimos com o significado de nossas ações, pois isto faz com que desenvolvemos

nossas vontades e assim nos desperta a consciência das escolhas e decisões.

Para RIBEIRO (2009), o jogo presente nas aulas de educação física na

escola deve estar pautado no ensino lúdico, com a constante preocupação em

contemplar seus objetivos educacionais, pois os educandos têm o enorme poder de

simbolizar, ou seja, entender a ação, desta forma, partindo do princípio que tudo que

é vivenciado corporalmente é entendido e apreendido de maneira mais fácil, não

desprezando as atividades corporais.

De acordo com ANTUNES (2005), ao planejar os jogos para suas aulas, o

professor deve contemplar em seus conteúdos o histórico da memória lúdica da

comunidade onde os educandos estão inseridos, apresentando a estes os

conhecimentos de jogos das diversas regiões brasileiras e até de outros países.

O professor de educação física em seus planejamentos, deve promover,

através da prática educativa, possibilidades de comunicação, expressão, lazer e

cultura na construção de uma proposta para a educação física na escola.

De acordo com BORIN (2002), o professor de educação física na escola

deve promover, em suas aulas, um resgate dos jogos populares tornado-o elemento

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necessário em seus planejamentos. As aulas de educação física são um espaço

privilegiado para o trato com este conhecimento cultural, pois as brincadeiras e jogos

são elementos essenciais na formação do sujeito.

AGUIAR (2002, p. 14), afirma que “através do lúdico o educando vai

incorporando certo valor à sua personalidade desta forma vai ampliando seu

conhecimento de mundo.”

Segundo RIBEIRO (2009), pedagógica deve ter um antes e um depois, ou

seja, seguindo a práxis ação-reflexão-ação, que constituem os itens substanciais em

toda ação pedagógica. De acordo com GUEDES (2006, p 65), o professor de

educação física deve localizar em cada objetivo implícito e explícito no conteúdo

jogo os benefícios psicológicos e fisiológicos e suas possibilidades de utilização

como instrumento de comunicação, expressão, lazer e cultura na construção de uma

proposta para a educação física na escola.

O uso de jogos e curiosidades tem o objetivo de mudar a rotina da classe e

despertar o interesse do aluno envolvido.

O jogo é elemento do ensino que possibilita colocar o pensamento do sujeito

como ação. GUEDES (2006), afirma que o jogo é o elemento externo que irá atuar

internamente no sujeito, possibilitando a chegar a uma nova estrutura de

pensamento e ao ser colocada diante de situações de brincadeira, a criança

compreende a estrutura lógica do jogo e, consequentemente, a estrutura matemática

presente neste jogo.

Jogos em grupo fornecem caminhos para um jogo estruturado no qual eles (alunos) são intrinsicamente motivados a pensar e a lembrar as combinações numéricas. Jogos em grupo permitem também que as crianças decidam qual jogo elas querem jogar, quando e com quem. Finalmente esses jogos incentivam interação social e competição (KAMII, 1991, p. 26)

O jogo desempenha um papel importantíssimo na educação, pois permite a

mo imaginário infantil e o desenvolvimento integral da criança.

Para KAMII (1991), o jogo é visto como um conhecimento feito ou se

fazendo, que se encontra impregnado do conteúdo cultural que emana da própria

atividade. o jogo desempenha um papel importantíssimo na educação, ao permitir a

manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos

intencionalmente, função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da

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criança. Através do jogo temos a possibilidade de abrir espaço para a presença do

lúdico na escola, não só como sinônimo de recreação e entretenimento. Os jogos, se

convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a construção

do conhecimento matemático.

A aprendizagem através de jogos permite que o aluno faça da aprendizagem

um processo divertido. GUEDES (2006, p. 51), afirma que para isso

Ensinar por meios de jogos é um caminho para o educador desenvolver aulas mais interessantes, descontraídas e dinâmicas, podendo competir em igualdade de condições com os inúmeros recursos a que o aluno tem acesso fora da escola, despertando ou estimulando sua vontade de frequentar com assiduidade a sala de aula e incentivando seu desenvolvimento no processo ensino aprendizagem, já que aprende e diverte, simultaneamente (SOLER, 2003, p. 26).

Os jogos trabalhados em sala de aula devem ter regras, onde são

trabalhados as habilidades que compõem o raciocínio lógico, para que os alunos

busquem caminhos para atingirem o objetivo final.

GUEDES (2006, p. 51), afirma que os jogos trabalhados em sala de aula

devem ter regras, e essas podem ser classificadas da seguinte maneira, os jogos

estratégicos, onde são trabalhadas as habilidades que compõem o raciocínio lógico.

Os jogos de treinamento, os quais são utilizados quando o professor percebe que

alguns alunos precisam de reforço num determinado conteúdo e quer substituir as

cansativas listas de exercícios. Neles, quase sempre o fator sorte exerce um papel

preponderante e interfere nos resultados finais, o que pode frustrar as ideias

anteriormente colocadas.

Para KAMIL (1991), na escola, os conceitos são ensinados sempre no seu

aspecto estatísticos e não em seus aspectos dinâmicos. Isso talvez se deva ao fato

de que os aspectos estáticos dos conceitos podem ser indicados e memorizados,

enquanto os dinâmicos só podem ser compreendidos por meio do raciocínio.

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CAPITULO IV: OS JOGOS E O ENSINO APRENDIZAGEM

Ao se elaborar metodologias diversificadas, que procurem levar o sujeito a

pensar, questionar e propor soluções para problemas da vida, através da inserção

de jogos nas aulas de Educação Física, constitui uma forma interessante de propor

problemas, de modo atrativo e favorecer a criatividade na elaboração de estratégias

de resolução de problemas e busca de soluções.

CATUNDA (2005), afirma que atualmente, percebe-se que, no país e no

exterior, diversas instituições de ensino, por meio de pesquisas, procuram elaborar

metodologias de ensino diversificadas e que procurem levar o sujeito a pensar,

questionar e se arriscar a propor soluções para problemas da vida.

No Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física

(BRASIL, 1998), em relação à inserção de jogos nas aulas, pontuam que estes

constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que estes

sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de

estratégias de resolução de problemas e busca de soluções que propiciam a

simulação de situações-problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que

estimula o planejamento das ações.

CATUNDA (2005), diz que a intervenção pedagógica com jogos nas aulas,

propõe sete momentos distintos: familiarização com o material do jogo,

reconhecimento das regras, jogar para garantir regras, intervenção pedagógica

verbal, registro do jogo, intervenção escrita e jogar com competência.” Na

familiarização com o material do jogo, os alunos entram em contato com o material,

construindo-o ou experimentando-o mediante simulações de possíveis jogadas.

As regras e o registro do jogo podem auxiliar o professor a intervir nas

jogadas por meio de questionamentos, podendo criar intervenções.

Para GUEDES (2006, p. 68), o jogar para garantir regras é o momento do

jogo pelo jogo, momento do jogo espontâneo e de exploração de noções contidas no jogo. o professor pode intervir verbalmente nas jogadas por meio de questionamentos e observações, a fim de provocar os alunos para analisar suas jogadas.

O professor e/ou os alunos elaborem situações-problema sobre o jogo para que os próprios alunos resolvam. A resolução dos problemas de jogo

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propicia uma análise mais específica sobre o mesmo, na qual os problemas abordam diferentes aspectos que podem não ter ocorrido durante as partidas. O registro do jogo também se faz presente nesse momento (MACEDO, 2000, p. 56).

O trabalho pedagógico com jogos propõe situações reais através das

estratégias utilizadas pelos alunos nas jogadas fazendo com que ele reflita através

das mais variadas situações do jogo.

De acordo com DARIDO (2003), como último momento do trabalho

pedagógico com jogos, propõe o jogar com competência, o retorno à situação real

de jogo. É importante que o aluno retorne à ação do jogo para que execute

estratégias definidas e analisadas durante a resolução dos problemas. Pode-se

garantir esta satisfação mediante a utilização de jogos no ensino, não no sentido do

prazer do novo, de consumir jogos, mas pelo prazer de ser ativo, pensante,

questionador e reflexivo no processo de aprender.

Ensinar e aprender pode e deve ser uma experiência feliz. GUEDES (2006,

p. 19), diz que curiosamente quase nunca se cita a felicidade dentro dos objetivos

educativos, mas é bastante evidente que só poderemos falar de um trabalho

docente bem feito quando todos alcançarmos um grau de felicidade satisfatório. “O

jogo representa uma situação-xilemática que se traduz sob a forma de um problema,

uma vez que o sujeito é desafiado a elaborar estratégias, testá-las e confirmá-las.”

Os jogos como um instrumento didático facilita o aprendizado como meio de

exploração e invenção e auxilia o professor a desenvolver com seus alunos

atividades prazerosas em sala de aula.

SMOLE (2000), propor ações nas aulas de que possam servir de estímulo

para o desenvolvimento de todas as competências, usando instrumentos

pedagógicos como jogos que auxiliam o professor no que ele se propõe desenvolver

com seus alunos

E os jogos neste sentido são usados como um instrumento didático de

ensino. SMOLE (2000), diz que o jogo serve como meio de exploração e invenção,

reduz a consequência de erros e dos fracassos da criança, permitindo que ela

desenvolva sua iniciativa, sua autonomia e autoconfiança. Sendo que o jogo é uma

atividade séria que não tem consequências frustrantes para a criança, e sendo

usado como didática de ensino nas aulas e facilita o aprendizado das crianças.

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Os recursos didáticos têm um papel importante no processo de ensino

aprendizagem como facilitador do aprendizado e os jogos pelo seu aspecto lúdico

podem motivar e despertar o interesse do aluno, bem como comunicar suas ideias,

buscando consensos e negociações.

De acordo com SMOLE (2000), afirma que as situações de jogo promovem,

também, oportunidades para a criança se descentrar, coordenar pontos de vista e

compreender o sentido e o porquê das regras. No jogo, as ações das crianças

devem ser cooperativas. Neste sentido elas estarão sempre comunicando suas

ideias, buscando consensos e negociações.

Os jogos promovem desafios e conhecimentos e a criança demonstra prazer

em apreender

Para MACEDO (2000, p. 87),

os jogos promovem desafios, geram prazer e novos conhecimentos. Mas, para que isto aconteça, é preciso criar um ambiente propicio para o uso do jogo em sala de aula e explorá-lo com base nas possibilidades pedagógicas.

Prazer e alegria não se dissociam jamais. O brincar é incontestavelmente uma fonte inesgotável desses dois elementos. O jogo, o brinquedo e a brincadeira sempre estiveram presentes na vida do homem, dos mais remotos tempos até os dias de hoje, nas mais variadas manifestações. O jogo pressupõe uma regra, o brinquedo é o objeto manipulável e a brincadeira, nada mais é que o ato de brincar com o brinquedo ou mesmo com o jogo. Jogar também é brincar com o jogo. O jogo pode existir por meio do brinquedo, se os brincantes lhe impuserem regras. Percebe-se, pois, que jogo, brinquedo e brincadeira têm conceitos distintos, todavia estão imbricados; e o lúdico abarca todos eles (MACEDO, 2000, p. 13).

Quando uma criança brinca, demonstra prazer em aprender e tem

oportunidade de lidar com suas emoções em busca da satisfação e desejos. De

acordo com BORIN (2002), ao vencer as frustrações aprende a agir

estrategicamente diante das forças que operam no ambiente e reafirma sua

capacidade de enfrentar os desafios com segurança e confiança. A curiosidade que

a move para participar da brincadeira é, em certo sentido, a mesma que move os

cientistas em suas pesquisas. Assim seria desejável conciliar a alegria da

brincadeira com a aprendizagem escolar.

As situações acadêmicas, provavelmente a mais produtiva é a que envolve o jogo, quer na aprendizagem de noções, quer como meios de favorecer os processos que intervêm no ato de aprender e não se ignora o aspecto afetivo que, por sua vez, se encontra implícito no próprio ato de jogar, uma vez que o elemento mais importante é o envolvimento do individuo que brinca. A atividade lúdica é, essencialmente, um grande laboratório em que

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ocorrem experiências inteligentes e flexivas e essas experiências produzem conhecimento (MACEDO, 2000, p 69).

Os jogos de regras permitem conquistas cognitivas, emocional, moral e

social, uma vez que produzem conhecimento, tomada de decisões e estímulo para o

desenvolvimento da competência, além de oferecerem oportunidades para os alunos

estabelecerem uma relação com a aquisição de conhecimento, através de atividades

desafiadoras os alunos vão adquirindo autoconfiança e cuidar dos materiais

utilizados.

Para MACEDO (2000, p. 69)

pode–se dizer, com base nas características que definem os jogos de regras, o aspecto afetivo manifesta-se na liberdade da sua prática, essa inserida num sistema que a define por meio de regras, aceito espontaneamente.

Num contexto de jogo, a participação ativa do sujeito sobre o seu saber é

valorizada por pelo menos dois motivos. BORIN (2002), afirma que o fato de

oferecer uma oportunidade para os alunos estabelecerem uma relação positiva com

a aquisição de conhecimento, pois conhecer passa a ser percebido como real

possibilidade. Alunos com dificuldades de aprendizagem vão gradativamente

modificando a imagem negativa do ato de conhecer, tendo uma experiência em que

aprender é uma atividade interessante e desafiadora. Por meio de atividades com

jogos os alunos vão adquirindo autoconfiança e são incentivados a questionar e

corrigir suas ações, analisar e comparar pontos de vista, organizar e cuidar dos

materiais utilizados.

Os jogos auxiliam também na descentralização, que consiste em desenvolver a capacidade de ver algo a partir de um ponto de vista que difere do seu, e na coordenação dessas opiniões para chegar a uma conclusão. Criam um novo esquema no qual se encaixam estímulos, onde a criança pode realizar qualquer tarefa, pois o estímulo é parte importante da educação uma vez que bem elaboradas (BORIN, 2002, p. 8).

MACEDO (2000, p. 58), afirma que “a criança “aprende a fazer algo fazendo”

e não apenas armazenando informações ou preenchendo folhas e mais folhas de

exercícios.” De acordo com ANTUNES (2005, p. 78),

o fator afetivo é de suma importância para a criança para desenvolver seu intelecto, é com a aprendizagem, a motivação e a disciplina que se consegue o autocontrole da criança e seu bem estar.

Ajudar uma criança a ser feliz não significa aliviá-la de suas ambições e desejos e nem impedir que substitua o sorriso desse momento pela lágrima do instante seguinte, posto que isto impossível, mas levá-la a descobrir que podemos conviver com as emoções e que entre a frustração e a dor pode existir curtos instantes pelos quais vale a pena viver. Não podemos jamais

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confundir: a uma ‘falsa’ felicidade que se esconde no imediatismo – é a felicidade pela bala que se ganha, pelo cigarro que se fuma, pela droga na qual se vicia – e há uma felicidade autêntica e verdadeira que é um estado permanente de segurança, alegria, autoestima, coragem, etc. (CATUNDA, 2005, p. 78).

De acordo com MACEDO (2000, p. 78), “é através dos jogos que as crianças

aprendem a lidar com situações problemas que as levam a pensar. A participação

em jogos de grupo também representa uma conquista cognitiva, emocional, moral e

social”.

É importante o uso de jogos no processo de ensino e aprendizagem, pois as mesmas são consideradas um instrumento auxiliar do processo educativo do ser humano. As atividades lúdicas são essenciais, é nelas que ocorrem as experiências inteligentes e reflexivas, e a partir disso se produz o conhecimento. Os jogos para as crianças são fundamentais para desenvolverem diferentes condutas e também a aprendizagem de diversos tipos de conhecimentos. Podemos, então, definir os jogos como experiências e liberdade de criação no qual as crianças expressam suas emoções, sensações e pensamentos sobre o mundo e também um espaço de interação consigo e com os outros. (BORIN, 2002, p. 65).

Os jogos estimulam a resolução de problemas e a criança a vivenciar o

aprendizado através da associação do concreto, fazendo uma ligação para o

conhecimento.

Através das atividades lúdicas, as crianças demonstram prazer e alegria em

aprender e podem estimular os alunos na construção do pensamento lógico,

auxiliando os alunos a se tornarem mais críticos, interessados e participantes das

aulas.

Para MACEDO (2000), o encantamento, de atividades lúdicas como os

jogos, brincadeiras e brinquedos faz parte da história do homem. Quando crianças

brincam, demonstram prazer e alegria em aprender, desta maneira a brincadeira

passa a ser um ingrediente indispensável no relacionamento entre as crianças,

assim como uma possibilidade para que a afetividade, prazer, autoconhecimento,

cooperação, autonomia, imaginação e criatividade cresçam, permitindo que a

criança construa por meio da alegria e do prazer e do querer construir.

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CONSIDERACÕES FINAIS

Observou-se no decorrer da pesquisa que o jogo tem vários objetivos, dentre

eles desenvolver habilidades e a assimilação do conteúdo em sala de aula, o

professor deve, inclusive, aproveitar a realidade que cerca o educando para facilitar

sua aprendizagem no dia a dia.

O estudo ainda propõe identificar se a utilização dos jogos como meio que

favorece a criança um ambiente agradável e motivador, ajuda no desenvolvimento

da criatividade e contribui para o desenvolvimento intelectual da criança. Acredita-se

que o uso de jogos na escola trará excelentes benefícios no processo ensino-

aprendizagem, dentro e fora da sala de aula, tornando o ensino mais interessante,

fazendo com que a criança faça descobertas e a viver experiências que estimulem

seu aprendizado.

Os jogos educativos promovem interesses, satisfação e prazer, além da

construção do conhecimento. Desse modo a utilização de jogos didáticos como

recurso no processo de ensino-aprendizagem, é primordial, além de levar os alunos

a dedicarem-se aos estudos e novos conhecimentos em sala de aula.

O professor precisa estar atento ao orientar e estimular a aprendizagem

através de jogos, para direcionar a atividade e os objetivos que deseja atingir

durante esta atividade, permitindo que o aluno, através do lúdico, vivencie os

conceitos e desenvolva seu raciocínio.

Os jogos estão presentes no cotidiano escolar e permitem ao professor

explorar momentos de prazer e imaginação junto às crianças. Através de vários tipos

de jogos, a criança desenvolve o pensamento lógico e conseguirá vivenciar,

desenvolver o imaginário associando com o concreto, fazendo dessa ligação uma

ponte para o conhecimento.

Ao se incentivar às crianças através de jogos e brincadeiras, estaremos

contribuindo para a construção do conhecimento significativo e não apenas com

vistas ao desenvolvimento da ludicidade, mas oportunizando a criança a

compreender o mundo que a rodeia. Ao fornecer jogos a criança, o professor estará

facilitando o processo de socialização, comunicação, construção de conhecimento,

além do desenvolvimento pleno e integral no processo de ensino-aprendizagem.

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Observou-se que ao longo desta descrição que a utilização dos jogos

pedagógicos com o objetivo de proporcionar determinadas aprendizagens, e sua

utilização se faz necessária para atingir determinados objetivos, bem como uma

alternativa para se melhorar o desempenho dos estudantes em alguns

conteúdos de difícil aprendizagem. Neste sentido, o jogo como ferramenta da

aprendizagem, propõe estímulo e interesse do aluno, além de ajudar a construir

novas descobertas e enriquecer a aprendizagem, possibilitando a aproximação do

conhecimento dos alunos.

Verificou-se também que os materiais didáticos como ferramentas

fundamentais para os processos de ensino e aprendizagem, e que o jogo didático

caracteriza-se como uma importante alternativa para auxiliar e favorecer a

construção do conhecimento ao aluno, pois este material pode favorecer

conhecimentos prévios e sua utilização bem como a construção de novos

conhecimentos e mais elaborados.

Conclui-se que os jogos pedagógicos são uma alternativa para auxiliar nos

processos de ensino-aprendizagem, por favorecerem na construção do

conhecimento do aluno. Eles devem ser utilizados com o objetivo de proporcionar

determinadas aprendizagens, melhorando o desempenho dos alunos em alguns

conteúdos de difícil entendimento, esses jogos além de atuar no aspecto cognitivo

do aluno, ele também atua no desenvolvimento da concentração, além de motivar e

integrar o aluno a um grupo. Os jogos pedagógicos, nesse sentido, atuam como um

importante instrumento, proporcionando ao professor um auxilio extra para

desenvolver determinado conteúdo em sala de aula e permitindo ao aluno vivenciar

situações concretas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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