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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR COM ÊNFASE EM GESTÃO
DE PESSOAS
APROVADA NOTA: 9,0
A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NO CONTEXTO ESCOLAR
Gisselle Alexandra Martins Davi
e-mail: [email protected]
Orientador: Prof. Dr. Ilso Fernandes do Carmo
JUÍNA/2016
AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR COM ÊNFASE EM GESTÃO
DE PESSOAS
A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NO CONTEXTO ESCOLAR
Gisselle Alexandra Martins Davi
Orientador: Prof. Dr. Ilso Fernandes do Carmo
“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Administração Escolar com Ênfase em Gestão de Pessoas.”
JUÍNA/2016
“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas
transformam o mundo.”
Paulo Freire
AGRADECIMENTOS
Agradeço em especial à Direção do Colégio Presbiteriano de Juína que me
incentivou e apoiou em todos os aspectos, ao meu esposo que sempre me motivou
a alcançar meus objetivos.
RESUMO
O objetivo deste estudo foi analisar a importância do envolvimento da família
no contexto escolar. A metodologia empregada foi a revisão de literatura. Concluiu-
se que escola e família são “duas faces da mesma moeda”, ou seja, são
organizações e sistemas que devem agir e interagir em sincronismo, promovendo
ações mútuas, trocando conhecimentos e complementando uma à outra, no
processo de ensino-aprendizagem da criança, sendo da mesma forma consideradas
peças-chave e insubstituíveis neste processo.
Palavras-chave: Família. Escola. Ensino aprendizagem. Educação infantil.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .........................................................................................................06
1. Família: conceitos e papéis....................................................................................09
2. Escola e seus papéis ...........................................................................................15
3. Participação da família nos resultados escolares .................................................17
4. DISCUSSÃO .........................................................................................................32
CONCLUSÃO ............................................................................................................35
REFERÊNCIAS .......................................................................................................36
INTRODUÇÃO
Educação é um projeto que não se desenvolve sozinho, é necessário o
envolvimento de vários setores da sociedade civil, de forma a promover um melhor
gerenciamento e direcionamento das fases do ensino e assim alcançar êxito no
processo educativo.
Assim a família é convidada a estar presente e inserida no contexto das
instituições de ensino, pois se constitui de uma representação fundamental dessa
participação da sociedade civil.
Dessa forma, escola e família apresentam uma interligação que não pode
ser menosprezada no processo de ensino-aprendizagem da criança.
Na visão de SOUZA (2009), a escola é para a sociedade uma extensão da
família, porque é através dela que a sociedade consegue influência para
desenvolver e formar cidadãos críticos e conscientes.
Para SANTOS e TONIOSSO (2014), a educação sempre ocupou um espaço
importante na sociedade, na qual a escola e a família desempenham papéis
fundamentais na transmissão dos conhecimentos. Entretanto, há muitos desafios em
relação às responsabilidades que cada instituição possui no trabalho pedagógico.
Na visão de SOUZA (2009), atualmente, a escola tem encontrado
dificuldades em assimilar as mudanças sociais e familiares e incorporar as novas
tarefas que a ela têm sido delegadas, embora isso não seja um processo recente.
No entanto, a escola precisa ser pensada como um caminho entre a família e a
sociedade, pois tanto a família quanto a sociedade voltam seus olhares exigentes
sobre ela.
Para PICANÇO (2012), levando em conta o enfoque sociológico, a relação
escola-família é vista em função de determinantes quer sejam ambientais ou
culturais. A relação entre a educação e a classe social mostra certo conflito entre as
finalidades socializadoras da escola (valores coletivos) e a educação familiar
(valores individuais), ou seja, entre a organização da própria família com os objetivos
da escola.
Ainda, para SANTOS e TONIOSSO (2014), o contexto familiar será o
primeiro ambiente em que a criança irá criar seus vínculos e relacionamentos, e a
partir de tais relações o indivíduo criará seus modelos de aprendizagem como
também terá seus primeiros conhecimentos acerca do mundo à sua volta, criando
noções básicas que influenciarão na sua vida escolar.
SOUZA (2009), aponta que o ambiente familiar, bem como suas relações
com o aprendizado escolar, revela-se um campo pouco explorado, porém muito
importante para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças.
Apesar disto, sabe-se também que, atualmente, um dos grandes desafios
para a escola no século XXI é envolver cada dia mais os pais na educação escolar
dos filhos.
Diante destas considerações iniciais, o objetivo deste estudo é analisar a
importância do envolvimento da família no contexto escolar.
Ainda, são objetivos específicos:
- Levantar referencial acerca do assunto;
- Analisar os papéis da escola e da família na formação dos sujeitos sociais;
- Identificar as semelhanças e diferenças entre escola e família;
- Refletir a respeito da família nos dias de hoje;
- Verificar a influencia da família como a primeira instituição de educação do
aluno;
- Identificar conflitos gerados pela desestruturação das famílias e que geram
reflexos na vida escolar dos filhos;
- Analisar os efeitos da participação da família no aprendizado escolar;
- Refletir sobre a necessidade da parceria entre escola e família;
- Relatar os reflexos positivos da presença dos pais em atividades escolares.
Este trabalho será desenvolvido com pesquisa bibliográfica e qualitativa, a
fim de conceituar o tema proposto, fundamentado nos autores.
Esta pesquisa está pautada numa abordagem qualitativa, já que se pretende
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descobrir, descrever, compreender e interpretar os dados alcançados por meio da
investigação sugerida. Assim, buscamos exercer um contato direto e interativo com
o objeto de estudo.
A pesquisa se pauta num estudo bibliográfico, Tal consideração decorre do
fato de a pesquisa bibliográfica ser considerada “atividade de localização e consulta
de fontes diversas de informações escritas, para coletar dados gerais ou específicos
a respeito de um tema.” (LIMA, 1997, p. 02). Em outras palavras, um trabalho
bibliográfico consiste em levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de
informações relacionadas à pesquisa.
No capítulo 1 especificamente será abordado o conceito de família e seu
papel, levando-se em consideração que, é na família que a criança encontra os
primeiros “outros” e com eles aprende o modo humano de existir. Seu mundo
adquire significado e ela começa a constituir-se como sujeito. Isto se dá na e pela
troca intersubjetiva, construída na afetividade, e constitui o primeiro referencial para
a sua constituição identitária conforme considera SZYMANSKI (2004). No capítulo 2,
aborda-se o papel da escola como influenciadora na vida escolar da criança para
que se torne um adulto pleno e realizado, colaborando para formação de um bom
profissional e um cidadão digno, contribuindo assim para melhoria da sociedade em
questão. No capítulo 3, observa-se a influência da participação da família nos
resultados escolares, SANTOS e TONIOSSO (2014), acredita-se que o bom
desempenho escolar da criança está diretamente ligado à participação dos pais na
vida escolar do indivíduo. No capítulo 4, apresenta-se a discussão dos conceitos
anteriores.
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1. FAMÍLIA: CONCEITOS E PAPÉIS
PICANÇO (2012), afirma que o termo família é derivado do latim famulus,
que significa “escravo doméstico”. Este termo foi criado na Roma Antiga para
designar um novo grupo social que surgiu entre as tribos latinas, ao ser introduzido à
agricultura e também escravidão legalizada. No Direito romano clássico a "família
natural", conforme designada, é baseada no casamento e no vínculo de sangue.
SOUZA (2009), cita que a Família é vista como a base da sociedade, porém
diante das mudanças econômicas, políticas e, sobretudo sociais, vê-se a instituição
familiar estruturada de forma totalmente diferente de anos atrás.
Para PICANÇO (2012), a família natural é o agrupamento constituído
apenas dos cônjuges e dos seus filhos. A família natural tem por base o casamento
e as relações jurídicas deles resultantes, entre os cônjuges, pais e filhos. Se nesta
época predominava uma estrutura familiar patriarcal em que um vasto leque de
pessoas se encontrava sob a autoridade do mesmo chefe, nos tempos medievais
(Idade Média), as pessoas começaram a estar ligadas por vínculos matrimoniais,
formando novas famílias. Dessas novas famílias fazia também parte a descendência
gerada que, assim, tinha duas famílias, a paterna e a materna. Com a Revolução
Francesa surgiram os casamentos laicos no Ocidente e, com a Revolução Industrial,
tornaram-se frequentes os movimentos migratórios para cidades maiores,
construídas em redor dos complexos industriais. Estas mudanças demográficas
originaram o estreitamento dos laços familiares e as pequenas famílias, num cenário
similar ao que existe hoje em dia.
SOUZA (2009), cita que o antigo padrão familiar, antes constituído de pai,
mãe e filhos e outros membros, cujo comando centrava-se no patriarca e/ou
matriarca, deixa de existir e em seu lugar surgem novas composições familiares. Ou
seja, famílias constituídas sob as mais variadas formas, desde as mais simples,
formadas apenas por pais e filhos, outras formadas por casais oriundos de outros
relacionamentos, composta por avós e netos, o que não significa que estas novas
formações não possam ser consideradas famílias. Constituídas de forma diferente,
mas famílias.
Conforme PICANÇO, a semelhança do que se passa nas outras sociedades
ocidentais, embora mais tardiamente, a família tem sido objeto de profundas
transformações, mercê de aspetos tão variados que decorrem do económico, do
social, do político, da organização do trabalho e do emprego, do jurídico, da cultura,
da religião e das mentalidades.
SZYMANSKI (2004), afirma que o processo de socialização se dá no
convívio familiar e, em especial, por meio das práticas educativas desenvolvidas
com a finalidade de transmitir hábitos, valores, crenças e conhecimentos que se
acredita serem úteis para a inserção dos filhos na sociedade.
Na visão de PICANÇO (2012), a família tem vindo a ser transformadas
através dos tempos, acompanhando as mudanças religiosas, económicas e
socioculturais do contexto em que se encontram inseridas. Atualmente, caracteriza-
se como sendo um espaço sociocultural que deve ser continuamente renovado e
reconstruído.
Sendo assim, entende-se que a família é fundamental na formação de
qualquer indivíduo, culturalmente, socialmente, como cidadão e como ser humano,
visto que, todo mundo faz parte da mais velha das instituições que é a família.
Porém, ao tratarmos da família relacionando-a com a escola, faz-se necessário um
estudo sobre o panorama familiar atual, não esquecendo que a família através dos
tempos vem passando por um profundo processo de transformação (SOUZA, 2009).
PICANÇO (2012), aponta que a organização familiar é feita tendo em conta
um conjunto de valores sociais e culturais, transmitidos por gerações anteriores que
influenciam as relações interpessoais e as competências individuais. As
necessidades do aluno não podem ser encaradas só em função das aprendizagens
académicas, mas numa perspectiva globalizante, onde aluno, escola e família se
adaptam mútua e progressivamente.
Ainda, para PICANÇO (2012), as práticas de envolvimento parental
compreendem não só a comunicação e o trabalho voluntário na escola, mas também
o apoio educativo em casa, a participação em grupos de consulta e a participação
na tomada de decisões. Ainda, observa-se que a aproximação dos professores aos
pais e o envolvimento destes no apoio educativo aos filhos pode contrariar aquela
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nefasta tendência, libertando o professor de exigências irrealistas e fazendo com
que os pais voltem a assumir as suas funções tradicionais de primeiros educadores
das crianças e adolescentes.
SZYMANSKI (2004), considera que a criança em família apresenta um agir
que, em geral, é aprendido por imitação e tende a repetir padrões vividos pelos pais
em suas famílias de origem, além de carregar a crença de conhecimentos e
habilidades inatas para o desempenho da função de pai e mãe e de que família
“sempre foi assim”.
Para SOUZA (2009), a família é o primeiro e principal contexto de
socialização dos seres humanos, é um entorno constante na vida das pessoas;
mesmo que ao longo do ciclo vital se cruze com outros contextos como a escola e o
trabalho.
Na visão de PICANÇO (2012), a família caracteriza-se como sendo o
primeiro suporte vital que temos nos primeiros anos de vida, é nela que temos que
nos apoiar e consequentemente teremos que apoiar, pois cada elemento da família
(seja ela grande ou pequena) necessita do nosso apoio, da nossa companhia, do
nosso carinho, da nossa sabedoria, da nossa alegria, das nossas palavras de
conforto, resumindo, é na família que está todo o equilíbrio que o ser humano
necessita à boa integração na sociedade e fundamentalmente à sua sobrevivência.
Para SANTOS e TONIOSSO (2014), observa-se uma estreita relação entre
escola e família, permeada pelo enfrentamento de diversos desafios relacionados
com o papel e responsabilidade que cada instituição possui na formação integral da
criança.
Diante dos atropelos da vida moderna que acarretam a falta de tempo dos
pais para uma boa convivência com os filhos, a velocidade com que essas
transformações têm ocorrido, além do grande número de separações e divórcios,
dificulta para as famílias oferecer o que costumamos chamar de “educação de
berço”. Essas mudanças e o aumento da expectativa de vida, a diminuição do índice
de mortalidade, o aumento de mulheres ingressando no mundo do trabalho, além do
aumento das separações e divórcios, anteriormente citados, foram algumas das
heranças deixadas pelo século XX. (SANTOS, 2009).
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PICANÇO (2012), afirma que, além de todas estas mudanças ainda
podemos encontrar outras transformações que alteraram o conceito família:
1) Maior urbanização e isolamento da família nuclear;
2) Emancipação da mulher e o seu acesso ao mundo do trabalho, que veio
provocar mudanças nos papéis tradicionais e no funcionamento da família;
3) Adiamento do casamento e do primeiro filho;
4) Maior esperança de vida e maior número de idosos;
5) Maior número de divórcios; Possibilidade de escolha – com quem casar, onde
viver, quantas crianças ter, etc.
SANTOS (2009), aponta que a família contemporânea, assim como a
instituição do casamento parece estar vivenciando uma grande mudança. E, em
decorrência, percebe-se um aumento considerável de pequenas famílias chefiadas
por jovens esposas tentando se firmar financeiramente.
Conforme PICANÇO (2012), alguns fatores que atualmente atingem e
condicionam a estrutura familiar são caracterizados como:
- A horizontalização da comunicação entre as pessoas, que hoje caracteriza as
sociedades modernas favorecendo a relação entre membros da mesma geração
e desfavorecendo a produzida verticalmente de uma geração para a seguinte;
- A administração do tempo que jamais se fará do mesmo modo das gerações que
nos antecederam, pois o tempo familiar é alternado não só com o tempo de
trabalho como também com os tempos de lazer e formação;
- O trabalho e a consagração de igualdade entre o homem e a mulher que origina
grandes transformações na existência, formação, vivência e até dissolução
familiares passando a existir uma maior partilha das responsabilidades
familiares, designadamente no que se refere à educação dos filhos e à
orientação e desempenho das atividades domésticas;
- Os fatores demográficos como a queda de nupcialidade, fecundidade e
crescimento natural, o aumento dos nascimentos fora do casamento, o
retardamento do nascimento do primeiro filho e diminuição da dimensão média
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das famílias, o aumento da esperança de vida e da taxa de dependência dos
idosos, têm vindo a provocar adaptações importantes no desenvolvimento da
instituição familiar.
SZYMANSKI (2004), considera que é na família que a criança encontra os
primeiros “outros” e com eles aprende o modo humano de existir. Seu mundo
adquire significado e ela começa a constituir-se como sujeito. Isto se dá na e pela
troca intersubjetiva, construída na afetividade, e constitui o primeiro referencial para
a sua constituição identitária.
SZYMANSKI (2004), cita que a cultura familiar apresenta-se impregnada de
valores, hábitos, mitos, pressupostos, formas de sentir e de interpretar o mundo, que
definem diferentes maneiras de trocas intersubjetivas e, consequentemente,
tendências na constituição da subjetividade.
SOUZA (2009), aponta que as mudanças nas configurações familiares nos
remetem a entender as famílias nos dias de hoje com vínculos mais significativos,
priorizando os laços de afetividade que une os seus componentes e não mais a
união através da celebração do casamento monogâmico ou do simples envolvimento
de caráter sexual. A Constituição hoje exige respeito à dignidade humana,
considerando os laços afetivos condicionantes para a constituição familiar,
independente de carga genética.
SZYMANSKI (2004), afirma que o ambiente familiar é propício para oferecer
inúmeras atividades que envolvem a criança em ações intencionais, numa situação
de trocas intersubjetivas, que vão se tornando mais complexas ou envolvendo mais
intencionalidades, em uma perspectiva temporal.
Segundo SANTOS e TONIOSSO (2014), para que se possa entender
melhor o conceito de família, autores consideram-na como sendo a "célula mater da
sociedade", pois desempenha papel importante no desenvolvimento biológico e
social, como também se torna a instituição da qual se origina tantas outras.
SANTOS e TONIOSSO (2014), afirmam que a família moderna, constituída
por pai, mãe e filhos, foi formada a partir de diversas mudanças do pensamento
religioso e político, em que somente após três séculos passou a valorizar o
sentimento de família, como também o sentimento da infância. Até meados do
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século XVII, a criança era vista como um adulto em miniatura; vivia exposta a tudo o
que os adultos participavam; até mesmos os artistas da época representavam as
crianças com as mesmas características dos adultos, distinguindo apenas o
tamanho. Entretanto, a partir do século XVIII a infância passa a ter um espaço
reservado na sociedade moderna, começa-se a valorizar a imagem da criança, como
sendo uma fase distinta e peculiar, que merecia cuidados específicos, na qual
passariam a ser tratadas como indivíduos merecedores de necessidades específicas
relativas à infância.
SZYMANSKI (2004), aponta que, ao se pensar em famílias como locus de
desenvolvimento, deve-se lembrar de que elas divergem quanto à concepção de
infância e, em consequência, irão possibilitar diferentes oportunidades à criança.
Além do mais, podem não ocorrer às condições de desenvolvimento que ela poderia,
saberia ou gostaria de oferecer, por razões internas e externas, ligadas a sistemas
sociais mais próximos ou mais amplos. Ao levar-se em conta a família como um
contexto de desenvolvimento, não se pode olhá-la como atuando isoladamente das
demais instituições sociais.
SOUZA (2009), ressalta que as mudanças sócio-políticas-econômicas das
últimas décadas vêm influenciando na dinâmica e na estrutura familiar, acarretando
mudanças em seu padrão tradicional de organização. Diante disso, não se pode
falar em família, mas sim famílias, devido à diversidade de relações existentes em
nossa sociedade.
PICANÇO (2012), afirma que a família desempenha ainda o papel de
mediadora entre a criança e a sociedade, possibilitando a sua socialização,
elemento essencial para o desenvolvimento cognitivo infantil. Sendo um sistema
aberto que se desenvolve na troca de relações com outros sistemas, tem sofrido
transformações, as quais refletem mudanças mais gerais da sociedade. Dessa
maneira surgem novos arranjos, diferentes da família nuclear anteriormente
dominante, constituída pelo casal e filhos. Qualquer que seja a sua estrutura, a
família mantém-se como o meio relacional básico para as relações da criança com o
mundo.
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2 ESCOLA E SEUS PAPÉIS
A escola deve promover uma educação universal, que provoque nos
estudantes de todos os níveis e de todas as idades motivação de aprender e a
disciplina do aprendizado permanente. A escola precisa ser aberta, acessível a
todos, ao que são altamente educados, e aos que, por qualquer razão não tiveram
acesso a uma educação avançada anteriormente.
SANTOS e TONIOSSO (2014), afirmaram que a escola se apresenta como
objeto importante nesse processo, já que devido à formação que os profissionais
possuem, é cabível que haja uma iniciativa por parte desta instituição para que se
estabeleça uma relação harmoniosa e produtiva entre as duas partes envolvidas.
Para SOUZA (2009), as responsabilidades da escola hoje vão além de
simples transmissora de conhecimento científico. Sua função é muito mais ampla e
profunda. Tem como tarefa árdua, educar a criança para que ela tenha uma vida
plena e realizada, além de formar o profissional, contribuindo assim para melhoria da
sociedade em questão.
PICANÇO (2012), afirma que a escola não deve ser só um lugar de
aprendizagem, mas também um campo de ação no qual haverá continuidade da
vida afetiva que deverá existir a 100% em casa. É na escola que se deve
conscientizar a respeito dos problemas do planeta: destruição do meio ambiente,
desvalorização de grupos menos favorecidos economicamente, etc. Na escola deve-
se falar sobre amizade, sobre a importância do grupo social, sobre questões afetivas
e respeito ao próximo. É de extrema importância o estudo da relação família/escola,
onde o educador/professor se esmera em considerar o educando, não perdendo de
vista a globalidade da pessoa, percebendo que, o jovem, quando ingressa na rede
escolar, não deixa de ser filho, irmão, amigo, etc.
Na escola, que é a instituição responsável pela transmissão formal e
sistemática do conhecimento, as interações pessoais acontecem de várias maneiras
e envolvem todos os participantes da comunidade escolar, aluno-aluno, professor-
professor, professor-pais, aluno-professor, e outros, sendo, pois, um fator que
merece a atenção especial do supervisor pedagógico, já que a forma como as
pessoas interagem entre si estão intimamente associadas aos avanços ou
retrocessos do projeto educativo da escola.
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3 PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NOS RESULTADOS ESCOLARES
SANTOS e TONIOSSO (2014), afirmam que a política de participação dos
pais é algo que intriga os profissionais da educação, já que se acredita que o bom
desempenho escolar da criança está diretamente ligado à participação dos pais na
vida escolar do indivíduo. Sendo assim, como fazer com que tal relação entre escola
e família propicie condições favoráveis para que o aluno alcance o sucesso escolar?
O que a escola deve fazer para que a família se interesse pelos assuntos
relacionados à educação do seu filho?
PICANÇO (2012), considera que o território da família foi invadido pelo
sistema escolar, tanto no plano afetivo como no plano instrumental: a escola
preocupa-se cada vez mais com o desenvolvimento da criança em domínios que não
apenas o cognitivo e cada vez mais deixa uma menor margem de intervenção
familiar face, por exemplo, às escolhas da criança no domínio da atividade
profissional, uma vez que os projetos profissionais que os pais alimentam para os
seus filhos são frequentemente contrariados pela escolaridade.
Na visão de SOUZA (2009), a experiência escolar tem mostrado que a
participação dos pais é de fundamental importância para o bom desempenho escolar
e social das crianças.
Conforme PICANÇO (2012), a função que a família desempenha, não só
não é nada fácil como deve ser exigida a responsabilidade a todos os que convivem
com a(s) criança(s), desde os pais, irmãos, outros familiares, aos adultos que a
rodeia, papel esse que a maior parte das vezes, as famílias não estão preparadas
para exercê-lo.
Sendo assim, mostra-se como dever da família, da comunidade, da
sociedade em geral e do Poder Público assegurar com absoluta prioridade, a
efetivação dos direitos referentes à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte,
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à liberdade e a convivência familiar e
comunitária. (SOUZA, 2009).
SANTOS e TONIOSSO (2014), afirma que o ser humano se encontra em um
processo constante de socialização com o meio no qual vive, a partir das interações
com os indivíduos a sua volta estabelece relações afetivas e sociais que irão nortear
sua trajetória no processo histórico. Nessa perspectiva sócio histórica, a família se
torna um instrumento primordial e fundamental na formação do individuo.
PICANÇO (2012), afirma que, seja qual for o motivo que está na base da
constituição da família, na maior parte das vezes são os laços de consanguinidade
que estão na sua origem, mas seja qual for essa origem, o que realmente interessa
é que existam afetos, interesses, valores comuns a todos os elementos que a
compõem e que as relações que estabelecem entre si sejam fortes e verdadeiras,
permitindo um bom ambiente familiar. Sendo assim, as redes familiares que criamos
ao longo da nossa vida são fundamentais para o nosso sucesso a curto, médio e
longo prazo.
Para PICANÇO (2012), a intervenção dos pais na educação dos filhos é
indiscutivelmente essencial. Dar apoio e cuidados adequados ao filho é uma
responsabilidade bastante exigente. Muitas vezes, os pais estão
preocupados/envolvidos com os outros problemas (profissionais, pessoais,
económicos, financeiros) que se esquece de dar atenção aos seus filhos, o que leva
muitas vezes a um afastamento entre pais e filhos, e é precisamente isso que não se
quer. Dessa forma, considera que é fundamental nos dias de hoje que as escolas
devam acima de tudo ser promotoras de políticas/estratégias que promovam uma
maior aproximação dos pais à escola.
SOUZA (2009), destaca que é essencial que a família esteja engajada no
processo ensino-aprendizagem. Isto tende a favorecer o desempenho escolar, visto
que o convívio da criança com a família é muito maior do que o convívio com a
escola.
SZYMANSKI (2004), ressalta que as famílias que oferecem às crianças e
adolescentes mais atividades organizadas, gradualmente aumentando sua
dificuldade, nas quais possam se engajar por períodos de tempo mais longos,
facilitam os processos de desenvolvimento. Essas atividades não só ampliam suas
habilidades cognitivas e sociais, como também vão consolidando sua posição na
constelação familiar. As trocas intersubjetivas na família, numa situação de apoio
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mútuo, oferecem oportunidade de desenvolvimento para todos os envolvidos, não só
para as crianças.
Para SZYMANSKI (2004), a família, como contexto de desenvolvimento, é
um fenômeno muito complexo, cuja compreensão é dificultada pelo número de
condições envolvidas, internas e externas a ela, interdependentes, e que
apresentam efeitos cumulativos ao longo do tempo. A relação com o ambiente social
mais amplo tem efeitos no modo como age com seus filhos e interfere no tipo de
desenvolvimento que promove.
SANTOS e TONIOSSO (2014), afirma que a família passou a ter um papel
mais afetivo na formação da criança, enfatizando também a educação como fator
importante nas relações estabelecidas. A partir do momento que a infância era
reduzida, a criança se via atrelada ao universo adulto, no qual aprendiam as tarefas
cotidianas por pessoas mais velhas na condição de aprendizes. Nesse período não
havia escolas, as crianças recebiam o conhecimento de forma direta e informal, por
meio dos familiares. Dessa forma, a família se torna a primeira instituição
responsável pela formação do indivíduo.
Sendo assim, o ambiente escolar e familiar no qual o aluno está inserido
pode vir a acarretar um mau desempenho escolar seja por falta de estímulos,
incentivo ou condições de ensino. Portanto, quando se fala em desempenho escolar,
o ambiente familiar não deve ser relegado a segundo plano, mesmo quando se trata
da educação formal, função considerada especificamente da escola, pois como se
sabe o aprendizado tem início muito antes da vida escolar e sabe-se também que ao
chegar à escola, a criança já traz consigo uma considerável gama de
conhecimentos, embora diferenciados em função do meio no qual vive. (SOUZA,
2009).
Segundo SANTOS e TONIOSSO (2014), a família desempenha um papel de
grande importância no desenvolvimento do indivíduo, já que será a principal
transmissora das condutas e valores que permearão o comportamento do ser que
com ela convive. A partir disso, aprofundaremos no contexto familiar brasileiro e
suas influências nas relações estabelecidas com outras instituições da sociedade, tal
como o ambiente escolar.
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Muito embora os diferentes arranjos familiares que se sucederam e
conviveram simultaneamente ao longo da história, a família ainda se constitui com a
mesma finalidade: preservar a união monogâmica baseada em princípios éticos
onde o respeito ao outro é uma condição indispensável. (SOUZA, 2009).
SANTOS e TONIOSSO (2014), afirmaram que a família é vista como um
espaço privilegiado de socialização, no qual a criança terá suas primeiras práticas de
convivência e divisão de responsabilidades, buscará junto com os outros integrantes
da família meios de sobrevivência e, será o lugar em que iniciará seu exercício para
a prática da cidadania, com os critérios de igualdade, respeito e dos direitos
humanos. Especificamente no ambiente familiar, a criança aprende a administrar e
resolver os conflitos, a controlar as emoções, a expressar os diferentes sentimentos
que constituem as relações interpessoais, a lidar com as diversidades e
adversidades da vida.
SOUZA (2009), acredita que as mudanças serão sempre bem vindas,
principalmente quando surgem para fortalecer ainda mais a instituição familiar, base
do indivíduo na vida social, embora a família tenha deixado de ter apenas um
modelo para se dividir em inúmeros modelos.
Na visão de SANTOS e TONIOSSO (2014), apesar da família ser
considerada a primeira e mais importante instituição da sociedade, é perceptível a
desvalorização de tal instituição por parte das outras células que regem o sistema
político-social brasileiro. Constata-se que a situação social vivenciada no contexto
familiar está intimamente ligada ao desenvolvimento de seus integrantes que se
encontra inatingida pela política oficial.
Na visão de SOUZA (2009), a família se modifica através da história, mas
continua sendo um sistema de vínculos afetivos onde se dá todo o processo de
humanização do indivíduo. Um ambiente familiar estável e afetivo parece contribuir
de forma positiva para o bom desempenho escolar da criança. Dessa forma, um lar
deficiente, mal estruturado social e economicamente, tende a favorecer o mau
desempenho escolar das crianças. Sabe-se que, quando algo não vai bem ao
ambiente familiar, o escolar será também de certa forma afetado. Desta forma,
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percebe-se que a grande maioria das dificuldades apresentadas pelas crianças é
proveniente de problemas familiares.
SANTOS e TONIOSSO (2014), afirmam que os pais ou responsáveis deve
ter atenção especial à vida de seus filhos, estando atentos aos cuidados e
necessidades que cada criança possui no seu processo de desenvolvimento.
Entretanto, é importante ressaltar os segmentos sociais que se encontram a
disposição dos pais, a instituição escolar é fundamental na educação formal que
todo indivíduo deve adquirir para o seu preparo ao exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, contudo, cabe aos pais direcionar a criança para uma
formação sistemática, enfatizando a educação como esfera significativa para seu
desenvolvimento integral.
SOUZA (2009), ressalta que, desta forma, percebe-se que a família possui
papel decisivo na educação formal e informal, pois, além de refletir os problemas da
sociedade, absorve valores éticos e humanitários e aprofunda os laços de
solidariedade.
NOGUEIRA (2005), aponta que os pais tornam-se, assim, os responsáveis
pelos êxitos e fracassos (escolares, profissionais) dos filhos, tomando para si a
tarefa de instalá-los da melhor forma possível na sociedade. Para isso mobilizam um
conjunto de estratégias visando elevar ao máximo a competitividade e as chances
de sucesso do filho, sobretudo face ao sistema escolar, o qual, por sua vez, ganha
importância crescente como instância de legitimação individual e de definição dos
destinos ocupacionais.
Para SZYMANSKI (2004), o processo de socialização como um continuum,
a família deve estar preparada para dar as condições necessárias aos seus filhos
para que possam cumprir as expectativas da escola.
Na visão de SOUZA (2009), a família, em consonância com a escola e vice-
versa, são peças fundamentais para o pleno desenvolvimento da criança e
consequentemente são pilares imprescindíveis no desempenho escolar. Entretanto,
para conhecer a família é necessário que a escola abra suas portas, intensificando e
garantindo sua permanência.
21
SZYMANSKI (2004), afirma que a consideração da família como um
fenômeno histórico, social, psicológico e educacional leva à consideração da
necessidade de um trabalho multidisciplinar para o atendimento da mesma, incluindo
a possibilidade de atendimento individualizado e incluindo também as redes socais
das quais a(s) família(s) faz (em) parte. Além do mais, para preservar a família como
um contexto de desenvolvimento, o planejamento de um programa de atenção
deverá contemplar tanto fatores intrafamiliares como extrafamiliares.
SOUZA (2009), aponta que, dessa forma, mostra-se indispensável à
participação da família na vida escolar dos filhos, pois crianças que percebem que
seus pais e/ou responsáveis estão acompanhando de perto tudo o que está
acontecendo, que estão verificando o rendimento escolar – perguntando como foram
as aulas, questionando as tarefas etc. – tendem a se sentir mais segura e, em
consequência dessas atitudes por parte da família, apresentam melhor desempenho
nas atividades escolares.
SANTOS e TONIOSSO (2014), aponta que é a instituição que complementa
o trabalho que foi iniciado no seio familiar, a qual terá como incumbência
desenvolver os aspectos educacionais pedagógicos do indivíduo, sendo de grande
importância o entrosamento família-escola na execução da tarefa educativa.
Para SOUZA (2009), a família deve, portanto, se esforçar para estar mais
presente em todos os momentos da vida de seus filhos, inclusive da vida escolar. No
entanto, esta presença implica envolvimento, comprometimento e colaboração. O
papel dos pais, portanto, é dar continuidade ao trabalho da escola, criando
condições para que seus filhos tenham sucesso tanto na sala de aula como na vida.
SOUZA (2009), destaca que a escola tem encontrado dificuldades em
assimilar as mudanças sociais e familiares e incorporar as novas tarefas que a ela
têm sido delegadas, embora isso não seja um processo recente. No entanto, a
escola precisa ser pensada como um caminho entre a família e a sociedade, pois
tanto a família quanto a sociedade voltam seus olhares exigentes sobre ela.
Na visão de SOUZA (2009), a escola é para a sociedade uma extensão da
família, porque é através dela que a sociedade consegue influência para
desenvolver e formar cidadãos críticos e conscientes.
22
Para PICANÇO (2012), levando em conta o enfoque sociológico, a relação
escola-família é vista em função de determinantes quer sejam ambientais ou
culturais. A relação entre a educação e a classe social mostra certo conflito entre as
finalidades socializadoras da escola (valores coletivos) e a educação familiar
(valores individuais), ou seja, entre a organização da própria família com os objetivos
da escola.
A educação é fator preponderante no processo de formação de qualquer
sociedade, e a escola, por sua vez, enquanto instituição educativa desempenha um
papel primordial no desenvolvimento de qualquer sujeito e oferece perspectivas para
a ampliação da cidadania de um povo, sendo palco de diversas interações.
A interação com outras pessoas é uma característica da vida humana, pois,
desde que nasce a criança se relaciona com outros semelhantes, adultos ou
crianças, formando vínculos afetivos e sociais, influenciados por valores culturais de
seu contexto.
O termo interação é bastante antigo sendo utilizado nas mais variadas
ciências designando as relações e influências mútuas entre duas ou mais pessoas,
dois ou mais fatores, sujeitos ou entes. Assim, a interação significa uma relação
recíproca onde cada fator é capaz de alterar o outro, a si próprio e também a relação
existente entre eles.
SANTOS e TONIOSSO (2014), partindo dos princípios da Constituição
Federal Brasileira, é evidente que as duas instituições devem trabalhar de forma
cooperativa, num processo de colaboração: Art. 205. A educação, direito de todos e
dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Neste contexto, a
necessidade de encontrar caminhos que cooperam para a relação vivenciada hoje
pelas escolas e famílias é evidente, diante de tantos confrontos que ambas
enfrentam na construção de valores morais e éticos na conduta de jovens e adultos
inseridos no contexto escolar.
Ainda, para SANTOS e TONIOSSO (2014), o contexto familiar será o
primeiro ambiente em que a criança irá criar seus vínculos e relacionamentos, e a
23
partir de tais relações o indivíduo criará seus modelos de aprendizagem como
também terá seus primeiros conhecimentos acerca do mundo à sua volta, criando
noções básicas que influenciarão na sua vida escolar.
Conforme SOUZA (2009), uma boa relação entre a família e a escola deve
estar presente em qualquer trabalho educativo que tenha como principal alvo, o
aluno. A escola deve também exercer sua função educativa junto aos pais,
discutindo, informando, orientando sobre os mais variados assuntos, para que em
reciprocidade, escola e família possam proporcionar um bom desempenho escolar e
social às crianças.
SOUZA (2009), aponta que o ambiente familiar, bem como suas relações
com o aprendizado escolar revela-se um campo pouco explorado, porém muito
importante para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças.
Para PICANÇO (2012), ao longo do tempo, a relação escola-família foi
sofrendo algumas transformações, evoluindo de uma relação assimétrica, onde era
atribuído um maior poder à escola e um papel mais passivo aos pais, para uma
relação mais simétrica, de maior proximidade e onde a colaboração estreita entre
família e escola é desejável.
Para SOUZA (2009), as responsabilidades da escola hoje vão além de
simples transmissora de conhecimento científico. Sua função é muito mais ampla e
profunda. Tem como tarefa árdua, educar a criança para que ela tenha uma vida
plena e realizada, além de formar o profissional, contribuindo assim para melhoria da
sociedade em questão.
PICANÇO (2012), aponta que o diálogo entre a família e a escola, tende a
colaborar para um equilíbrio no desempenho escolar. Neste contexto, o
envolvimento dos pais com a escola deve favorecer a reflexão de diferentes
aspectos pedagógicos e psicológicos dos seus filhos, com vista a melhorar, de modo
efetivo, o seu desempenho escolar. A importância da participação ativa da família
com a escola tem sido alvo de diversos estudos, tendo em conta fatores como o
comportamento dos alunos em sala de aula e os problemas de adaptação.
SOUZA (2009), acredita que a escola e a família, assim como outras
instituições, vêm passando por profundas transformações ao longo da história. Tais
24
mudanças acabam por interferir na estrutura familiar e na dinâmica escolar de forma
que a família, em vista das circunstâncias, entre elas o fato de as mães e/ou
responsáveis terem de trabalhar para ajudar no sustento da casa, tem transferido
para a escola algumas tarefas educativas que deveriam ser suas.
Na visão de PICANÇO (2012), atualmente, a problemática do envolvimento
parental é umas das mais importantes temáticas neste momento, visto que o
desenvolvimento das crianças na escola é extremamente importante, porque se as
crianças forem bem acompanhadas no seu processo escolar em parceria com os
pais, estas crianças serão com certeza uns cidadãos com uma perspectiva de vida e
também escolar muito melhor, sendo profissionalmente exemplares.
SANTOS e TONIOSSO (2014), ressaltaram que a escola e a família são
eixos fundamentais no processo de desenvolvimento do ser humano, entretanto
ainda há divergências no papel que cada um deve desempenhar dentro do processo
pedagógico.
Para PICANÇO (2012), mostra-se de extrema importância que se comece a
dar mais atenção a esta parceria entre a escola e a família, por é a partir dela que
estão uns alicerces seguros para que os educandos e consequentemente alunos
consigam desempenhar o seu papel de uma forma mais segura e motivada, tendo
em vista o seu bom percurso e progresso na vida escolar e familiar.
Sendo a escola uma instituição inserida num todo social mais amplo e
complexo, há um consenso sobre o fato de que a educação é uma tarefa coletiva da
sociedade. Isso quer dizer que, embora seja dirigida por uma equipe de pessoas que
nela trabalham, elas não pode ficar a margem do contexto em que se insere.
Sabemos que a escola é um lugar onde atuam diferentes pessoas e vontades e,
portanto, nela são exercidos múltiplos papéis.
PICANÇO (2012), afirma que no ambiente familiar, a relação com a escola e
a descontinuidade entre ambas são em minha opinião aspectos fundamentais para a
problemática da participação dos pais na escola.
Gestores, professores e outros especialistas da educação, corpo técnico
administrativo e alunos que juntos constituem a comunidade escolar.
25
As famílias também participam dessa comunidade, ainda que de forma
diferenciada.
PICANÇO (2012), afirma que é fundamental que se compreenda como é a
relação existente entre professores e alunos, alunos com alunos, professores com
encarregados de educação, encarregados de educação com educandos, existindo
desta forma várias “relações” entre toda a comunidade escolar. É ainda importante
identificar, que papel é dado ao diretor de turma na escola e qual o seu
relacionamento com os alunos e com as famílias da sua direção de turma, assim
como, o tipo de envolvimento parental existente na escola e que tipo de atividades
são desenvolvidas pela escola para envolver pais, encarregados de educação,
alunos, professores, diretores de turma.
Para SOUZA (2009), porém, não existe uma fórmula mágica para se efetivar
a relação família/escola, pois, cada família, cada escola vive uma realidade
diferente. Igualmente, a interação família/escola se faz necessário para que ambas
conheçam sua realidades e construam coletivamente uma relação de diálogo mútuo,
buscando meios para que se concretize essa parceria, apesar das dificuldades e
diversidades que as envolvem. O diálogo promove uma maior aproximação e pode
ser o começo de uma grande mudança no relacionamento entre a Família e a
Escola.
SANTOS e TONIOSSO (2014), ressaltaram que diversas são as relações
que escolas e famílias desempenham no desenvolvimento do indivíduo, em que a
família é vista como a primeira e principal instituição de aquisição de valores e
cultura, que prepara o indivíduo para as demais relações que irá estabelecer
posteriormente, como foi citada anteriormente.
SANTOS e TONIOSSO (2014), afirma que a escola, juntamente com a
família, detém diversas atribuições na formação integral do indivíduo, tal como: Uma
de suas tarefas mais importantes, embora difícil de ser implementada, é preparar
tanto alunos como professores e pais para viverem e superarem as dificuldades em
um mundo de mudanças rápidas e de conflitos interpessoais, contribuindo para o
processo de desenvolvimento do indivíduo.
26
Assim, a função social da escola ultrapassa a troca do conhecimento
sistemático em sala de aula. A escola é também, um importante espaço de
convivência humana, lugar de socialização, de encontros e descobertas.
Para SANTOS e TONIOSSO (2014), analisando especificamente a
perspectiva educacional, a família desempenha uma função importante na educação
formal e informal. A instituição família, bem como a instituição escolar, são
ferramentas primordiais no desenvolvimento social, emocional, cultural e cognitivo
do individuo, ao mesmo tempo em que são transmissoras do conhecimento e dos
valores éticos culturais.
Dessa forma, na medida em que a família não cumpre com suas funções
básicas, consequentemente, irá gerar problemas adicionais que acarretarão no
desenvolvimento do indivíduo que ali convive com os demais membros, justificando-
se assim a importância de uma boa estruturação familiar, bem como as relações
saudáveis dessa instituição com os demais segmentos sociais, priorizando neste
trabalho a instituição escolar. (SANTOS; TONIOSSO, 2014).
SOUZA (2009), considera que é indispensável que a família esteja em
harmonia com a instituição, uma vez que a relação harmoniosa só pode enriquecer e
facilitar o desempenho educacional das crianças.
SANTOS e TONIOSSO (2014), afirma que o papel que a família e a escola
devem desempenhar na vida cotidiana do ser humano é fonte de grandes estudos e
investigações. Na Constituição Federal de 1988, foram incluídos alguns artigos que
dizem respeito aos direitos de cada cidadão, bem como os deveres que cada
indivíduo possui.
Para SOUZA (2009), tendo em vista todas as mudanças ocorridas na família
ao longo da história em função de diversos fatores, entre eles a emancipação
feminina, que os papéis da escola foram ampliados para dar conta das novas
demandas da família e da sociedade. Para o autor, negar este fato é agir fora da
realidade, pois as mudanças na família além de afetar a sociedade como um todo,
afeta também a educação dos filhos refletindo indiscutivelmente sobre as atividades
desenvolvidas pela escola.
27
SANTOS e TONIOSSO (2014), ressaltaram que em seu estudo verificou-se
que a família desempenha significativa importância no desenvolvimento do
indivíduo, ao mesmo tempo em que a escola se torna uma fonte inesgotável de
conhecimento e valores culturais.
SANTOS (2009), aponta que as experiências familiares aliadas ao trabalho
escolar resultam numa melhora eficaz em relação ao nível de aprendizagem e
consequentemente do rendimento escolar, pois, fica claro no discurso diário dos
professores que os alunos que recebem atenção significativa por parte da família,
tendem a apresentar um melhor rendimento escolar, ao passo que aqueles que não
recebem atenção adequada apresentam quase sempre desempenho escolar abaixo
do esperado. Foi o que o autor observou em seu estudo com alunos da quinta série
do ensino fundamental. Quando a família passou a frequentar a escola e relacionar-
se melhor com seus filhos e com os professores, estes mostraram uma melhora
sensível em seus rendimentos.
Para SANTOS e TONIOSSO (2014), as relações estabelecidas entre escola
e família ao longo da história sempre ocupou um espaço importante no âmbito
educacional, já que as duas instituições são as principais responsáveis pela
formação integral do indivíduo. Contudo, cada uma desempenha papeis distintos,
porém complementares, na educação que é fornecida para a criança.
Para SANTOS (2009), tal relação deve ter como ponto de partida a própria
escola, visto que os pais têm pouco ou nenhum conhecimento sobre características
de desenvolvimento cognitivo, psíquico e tão pouco entendem como se dá a
aprendizagem, por isso a dificuldade em participar da vida dos filhos
Ainda, observa-se que o contexto familiar é o primeiro espaço de
socialização, e será nele que o indivíduo aprenderá os valores e conhecimentos que
nortearão sua vida. Entretanto, a escola também se encontra imersa na tarefa de
educar o ser humano, na medida em que o trabalho realizado pelos profissionais
que ali atuam, visam o desenvolvimento integral do indivíduo, enfatizando o trabalho
pedagógico na construção de um ser preparado para os saberes escolares, bem
como para a vida em sociedade. (SANTOS; TONIOSSO, 2014).
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SOUZA (2009), afirma que a vida familiar e vida escolar perpassam por
caminhos concomitantes. É quase impossível separar aluno/filho, por isto, quanto
maior o fortalecimento dessa relação família/escola, tanto melhor será o
desempenho escolar desses filhos/alunos.
Na visão de PICANÇO (2012), mostra-se muito importante que família e
escola se unam na criação de uma “aliança” com vista a conseguirem ajudar
educandos e consequentemente alunos, de forma a que os consigam tornar
cidadãos ativos e capazes de agir na sociedade dos nossos dias.
Para SOUZA (2009), mostra-se importante que família e escola saibam
aproveitar os benefícios desse estreitamento de relações, pois isto irá resultar em
princípios facilitadores da aprendizagem e formação social da criança.
SOUZA (2009), apontou para a necessidade de uma parceria entre Família e
Escola, visto que, apesar de cada uma apresentar valores e objetivos próprios no
que se refere à educação de uma criança, necessita uma da outra e, quanto maior
for à diferença maior será a necessidade de relacionar-se. Essas diferenças e
necessidades ficaram evidentes durante as entrevistas e reuniões realizadas com as
famílias para a realização deste trabalho.
SOUZA (2009), afirma que nem a escola e nem a família precisam modificar
a forma de se organizarem, basta que estejam abertos à troca de experiências
mediante uma parceria significativa. A escola não funciona isoladamente, faz-se
necessário que cada um dentro da sua função, trabalhe buscando atingir uma
construção coletiva, contribuindo assim, para a melhoria do desempenho escolar das
crianças.
PICANÇO (2012), afirma que a articulação entre a escola e a família pode
ajudar a ultrapassar as dificuldades e a contribuir para a aquisição ou a melhoria dos
hábitos de estudo ao longo de toda a escolaridade. Neste processo, a organização
familiar é feita tendo em conta um conjunto de valores sociais e culturais,
transmitidos por gerações anteriores que influenciam as relações interpessoais e as
competências individuais.
SANTOS e TONIOSSO (2014), afirma que cabe às duas instituições auxiliar
o indivíduo no seu processo de desenvolvimento, sendo que um ambiente saudável,
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cercado de incentivos e boas relações, tende a fazer com que o aprendizado da
criança seja positivo.
Na visão de PICANÇO (2012), há uma eminente necessidade de se
construir uma relação entre escola e família, deve ser para planear, estabelecer
compromissos e acordos mínimos para que o educando/filho tenha uma educação
com qualidade tanto em casa quanto na escola. Entende-se também que “a relação
entre a Escola e a Família tem vindo a ser alvo de todo um conjunto de atenções:
através de notícias nos meios de comunicação, de discursos de políticos, da
divulgação de projetos de investigação e de nova legislação”.
SOUZA (2009), aponta que a interação família/escola é necessária, para que
ambas conheçam suas realidades e suas limitações, e busquem caminhos que
permitam e facilitem o entrosamento entre si, para o sucesso educacional do
filho/aluno.
SOUZA (2009), ressalta que a escola e a família precisam se unir e juntas
procurar entender o que é Família, o que é Escola, como eram vistas estas
anteriormente e como são vistas hoje, e ainda o que é desenvolvimento humano e
aprendizagem, como a criança aprende etc., pois os aprendizes se ajudam uns aos
outros a aprender, trocando saberes, vivências, significados, culturas. Trocando
questionamentos seus, de seu tempo cultural, trocando incertezas, perguntas, mais
do que respostas, talvez, mas trocando.
PICANÇO (2012), considera que há a necessidade de se ajudar os pais e
encarregados de educação a ultrapassar alguns obstáculos, e ainda ajudando toda a
comunidade educativa, acreditando nos benefícios que esta envolvência trará à
escola, tendo a responsabilidade de ajudar as autoridades escolares a perceberem
que esta é uma aliança fundamental e cada vez mais urgente sendo de extrema
importância criarem-se espaços para receber os pais/encarregados de educação,
pedindo colaboração de outros técnicos de educação.
SOUZA (2009), afirma que encontrar formas de interagir com as famílias e
comunidade de modo a favorecer um trabalho conveniente e propício a todos se
constitui num grande desafio para a escola. Diante dessas premissas, percebe-se
que o papel da escola supera a condição de mera transmissora de conhecimentos.
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PICANÇO (2012), aponta que, atualmente, existe cada vez mais a
necessidade de a escola estar em perfeita sintonia com a família. Sendo assim, a
escola é uma instituição que complementa a família e juntas tornam-se lugares
agradáveis para a convivência de todos.
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2. DISCUSSÃO
Educação é um projeto que não se desenvolve sozinho, é necessário o
envolvimento de vários setores da sociedade civil, de forma a promover um melhor
gerenciamento e direcionamento das fases do ensino e assim alcançar êxito no
processo educativo.
Assim a família é convidada a estar presente e inserida no contexto das
instituições de ensino, pois se constitui de uma representação fundamental dessa
participação da sociedade civil.
A Lei Diretrizes e Bases da Educação Básica (LDB), observando a
importância dessa correlação família/escola, já prevê em seu artigo 2º que “A
educação, dever da família e do estado (...) tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando (...) e sua qualificação para o trabalho.” ( LDB, 1996
p. 9 ) ou seja, os objetivos e finalidades da educação passam necessariamente pela
presença e participação da instituição familiar.
A escola e o estado têm suas responsabilidades não podendo eximi-las, mas
ao contrário essa parceria torna-se ainda mais eficaz esse processo.
É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem
como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir, visando o
alcance de bons resultados no processo ensino aprendizagem.
A comprovação de que uma parceria atuante da família com a escola faz
com que os filhos sintam-se mais estimulados e incentivados por seus pais,
esforçando-se assim para elevar sua aprendizagem.
Atualmente percebe-se que quase sempre os pais são chamados na escola
somente quando os filhos começam a apresentar dificuldades de aprendizagem ou
comportamento, com ao qual a escola não consegue lidar.
Os conflitos se manifestam de várias maneiras, na maioria das vezes
quando há problemas em sala de aula, culpa-se a família pela ausência, buscam-se
justificativas até mesmo na mídia ou na tecnologia (celulares, internet e outros),
Assim os pais sentem-se frustrados e impotentes diante das situações adversas
onde não está preparado para lidar.
Através da literatura hora revisada, ficou notória a constatação de que
escola e família tem papel conjunto no processo educativo e no aprendizado do
aluno e do ser humano como pessoa.
Neste contexto, ainda, por certo que a interação existente entre professor e
aluno, é um dos componentes mais importantes para o sucesso do ensino-
aprendizagem. Nesta situação, quando não há uma convivência positiva entre estes
dois sujeitos não há aprendizagem de qualidade.
O professor enquanto agente formador e gerenciador dos processos de
aprendizagem dentro da escola, torna-se o responsável por cuidar para que no
cotidiano da instituição, as manifestações de interação colaborem para o alcance
dos objetivos educacionais, cabendo a ele, inclusive, mediar as relações entre
professores e alunos, que nem sempresão satisfatórias.
Já a família, corroborando com a visão de SANTOS e TONIOSSO (2014), é
o ambiente o primeiro ambiente em que a criança irá criar seus vínculos e
relacionamentos, e a partir de tais relações o indivíduo criará seus modelos de
aprendizagem como também terá seus primeiros conhecimentos acerca do mundo à
sua volta, criando noções básicas que influenciarão na sua vida escolar.
Inserida neste contexto, ainda, a escola tem como função contribuir para o
ensino-aprendizagem e na formação educacional do ser humano. No entanto, a
escola, corroborando com a visão de SOUZA (2009), nada mais é – e assim que
deve ser encarada – como uma extensão da família, porque é através dela que a
sociedade consegue influência para desenvolver e formar cidadãos críticos e
conscientes.
Concordando com esta visão, para PICANÇO (2012), a escola é uma
instituição que complementa a família e juntas tornam-se lugares agradáveis para a
convivência de todos.
Sabe-se também que a educação é fator preponderante no processo de
formação de qualquer sociedade, e a escola, por sua vez, enquanto instituição
educativa desempenha um papel primordial no desenvolvimento de qualquer sujeito
33
e oferece perspectivas para a ampliação da cidadania de um povo, sendo palco de
diversas interações.
No entanto, reafirmamos que, para que a escola cumpra sua função de
facilitar o acesso ao conhecimento é necessário promover o desenvolvimento de
seus alunos, sendo para isto indispensável que todos os que estão envolvidos no
processo – professores e família - trabalhem em sintonia, proporcionando o pleno
desenvolvimento dos educandos.
Desta feita, é essencial também que, conforme apontado por SOUZA (2009),
que a escola saiba exercer sua função educativa junto aos pais, discutindo,
informando, orientando sobre os mais variados assuntos, para que em
reciprocidade, escola e família possam proporcionar um bom desempenho escolar e
social às crianças
34
CONCLUSÃO
Conclui-se que escola e família são “duas faces da mesma moeda”, ou seja,
são organizações e sistemas que devem agir e interagir em sincronismo,
promovendo ações mútuas, trocando conhecimentos e complementando uma à
outra, no processo de ensino-aprendizagem da criança, sendo da mesma forma
consideradas peças-chave e insubstituíveis neste processo.
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NOGUEIRA, M. A. A relação família escola na contemporaneidade: fenômeno social/interrogações sociológicas. Análise Social, Lisboa, 40(176): 563-578, 2005. PICANÇO, A.L.B. A relação entre escola e família – as suas implicações no processo de ensino-aprendizagem. Lisboa, 2012.Trabalho de Conclusão de Curso (Mestrado em Ciências da Educação), Escola Superior de Educação João de Deus, Lisboa, Portugal.. SANTOS, D.M. Como a psicopedagogia pode contribuir no tratamento das crianças autistas. Rio de Janeiro, 2009. Especialização (Psicopedagogia), Universidade Candido Mendes, Pós Graduação Lato Sensu, Rio de Janeiro, RJ, 2009. SANTOS, L.R.; TONIOSSO, J.P. A importância da relação escola-família. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro-SP, 1 (1): 122-134, 2014. SOUZA, M.E.P. Família/escola: a importância dessa relação no desempenho escolar. Santo Antônio da Platina, 2009. Trabalho de Conclusão de Curso, Programa de Desenvolvimento Educacional – Paraná, Universidade Estadual do Norte do Paraná. SZYMANSKI, H. Práticas educativas familiares: a família como foco de atenção psicoeducacional. Rev. Estudos de Psicologia, PUC-Campinas, 21 (2): 5-16, maio/ago. 2004.