Administração de medicamentos[1]

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ADMINISTRAO DE MEDICAMENTOS

VIAS DE ADMINISTRAO DE MEDICAMENTOS

Oftlmica; Otolgica; Nasal; Oral; Sublingual;

Intramuscular; Endovenosa; Retal; Vaginal; Intradmica.

ADMINISTRAO DE MEDICAMENTOS Administrao de medicamentos um dos deveres de maior responsabilidade da equipe de enfermagem. Requer conhecimentos de farmacologia e teraputica mdica no que diz respeito a ao, dose, efeitos colaterais, mtodos e precaues na administrao de drogas.

REGRAS GERAIS Todo medicamento deve ser prescrito pelo mdico. A prescrio deve ser escrita e assinada. Somente em caso de emergncia, a enfermagem pode atender prescrio verbal, que dever ser transcrita pelo mdico logo que possvel. Nunca administrar medicamento sem rtulo. Verificar data de validade do medicamento.

REGRAS GERAIS No administrar medicamentos preparados por outras pessoas. Interar-se sobre as diversas drogas, para conhecer cuidados especficos e efeitos colaterais. Melhor horrio; Diluio e tempo de validade;

REGRAS GERAIS Ingesto com gua, leite, sucos; Antes, durante ou aps as refeies ou em jejum; Incompatibilidade ou no de mistura de drogas; Tendo dvida sobre o medicamento, no administr-lo; Manter controle rigoroso sobre medicamentos disponveis.

OS CINCO CERTOS DROGA CERTA; DOSE CERTA; VIA CERTA; HORA CERTA; PACIENTE CERTO.

FATORES QUE DETERMINAM A ESCOLHA DA VIA

Tipo de ao desejada. Rapidez de ao desejada. Natureza do medicamento.

VIA ORAL

VIA ORAL - VANTAGENS Auto-administrao; Econmica; Fcil Confortvel, Indolor; Possibilidade de remover o medicamento; Efeitos locais e sistmicos.Formas farmacuticas: cpsulas, comprimidos, etc...

VIA ORAL - DESVANTAGENS Absoro varivel (ineficiente) Perodo de latncia mdio a longo Ao dos sucos digestivos Interao com alimentos Pacientes no colaboradores (inconscientes) Sabor Fenmeno de primeira passagem pH do trato gastrintestinal

Contra-indicaes

Pacientes incapazes de deglutir/inconscientes. Em casos de vmito. Quando o paciente est em jejum para cirurgia ou exame.

MATERIAL Pratinhos ou copinhos descartveis. Conta-gotas. Copo graduado.

TCNICA Lavar as mos. Identificar o recipiente com o nome do paciente, nmero do leito, medicamento e dose. Colocar os medicamentos nos recipientes identificados, diluindo-os se for necessrio. Levar a bandeja para junto do paciente. Perguntar o nome do paciente.

TCNICA Colocar o comprimido na mo ou na boca do paciente. Se for lquido, dar no copinho descartvel. Oferecer-lhe gua ou leite. Verificar se o paciente deglutiu o medicamento: nunca deix-lo sobre a mesa-de-cabeceira. Colocar o material em ordem. Lavar as mos. Checar o horrio e fazer as anotaes.

A via oral constitui um dos mtodos de administrao de medicamentos mais comuns por ser uma via: PRTICA; ECONMICA; SEGURA.

VIA SUBLINGUAL

VIA SUB-LINGUAL DESVANTAGENS

Pacientes inconscientes Irritao da mucosa Dificuldade em pediatria

VIA SUBLINGUAL Consiste em colocar o medicamento debaixo da lngua e deixar que seja absorvido pela mucosa bucal.

TCNICA Lavar as mos. Separar o medicamento . Colocar o medicamento sob a lngua e pedir para abster-se de engolir a saliva por alguns minutos, a fim de que a droga seja absorvida. Checar o horrio e fazer as anotaes necessrias.

Administrao Parenteral O termo parenteral refere-se a todas as vias de administrao de medicamentos que no a oral, entretanto, o mesmo usado mais comumente para indicar as vias de injeo.

A via parenteral tem como vantagem a rpida e mais completa absoro; portanto, com resultados mais previstos, podendo se determinar a dose do medicamento com mais preciso; um mtodo anti-econmico, por ser necessrio utilizar-se material caro e exigir toda uma tcnica especializada.

INJEO INTRAMUSCULAR (IM)

INJEO INTRAMUSCULAR (IM) a deposio de medicamento dentro do tecido muscular. Depois da via endovenosa a de mais rpida absoro; por isso o seu largo emprego.

TCNICA DE APLICAO INTRAMUSCULAR Rever a prescrio do medicamento; Lavar as mos; Separar o medicamento e coloc-lo na bandeja, devidamente identificado com o nome, enfermaria, leito, droga; Preparar o medicamento; Levar o medicamento ao cliente; Cham-lo pelo nome;

Explicar o procedimento em linguagem ao seu alcance e ao do medicamento; Escolher o local; Fazer a assepsia da pele com algodo embebido em lcool a 70%; Introduzir a agulha firmando o msculo; Aspirar o lquido; Injetar lentamente a soluo;

Firmar o msculo e retirar rapidamente a agulha; Fazer hemostasia, comprimindo o local com algodo embebido em lcool a 70%; Desprezar o material e colocar a bandeja no lugar; Checar a administrao do medicamento no pronturio.

POSIO DO BISEL A posio do bisel da agulha na aplicao intramuscular deve ser lateralizado.

Escolha do local para aplicaoa) A distncia em relao a vasos e nervos importantes; b) Musculatura suficientemente grande para absorver o medicamento; c) Espessura do tecido adiposo; d) Idade do paciente; e) Irritabilidade da droga; f) Atividade do cliente.

Dimenses de agulhas em relao ao grupo etrio, condio fsica e tipo de soluo ( Injeo IM)Espessura da tela subcutnea Adulto: magro normal obeso Criana: magra normal obesa Solues aquosas 25 x 6 ou 7 30 x 6 ou 7 20 x 6 ou 7 25 x 6 ou 7 30 x 6 ou 7 Solues oleosas e suspenses 25 x 8 30 x 8 25 x 8 30 x 8

Horta & Teixeira

MSCULOS DELTIDE. GLTEO. VASTO LATERAL DA COXA.

CONSIDERANDO Giovani (2002), o volume mximo a ser administrado pela via intramuscular de 4ml, levando-se em considerao a estrutura muscular do paciente que varia com a regio e a idade, no adulto o volume mximo absorvido pela regio gltea de 4ml, a do vasto lateral da coxa 3ml e do deltode no mximo 2ml.

CONSIDERANDO Koch et all (1996), o volume mximo de volume para aplicao na regio gltea de 5ml, no deltode 3ml, no fazendo referncia a regio vasto lateral da coxa.

VOLUME MXIMO A SER INJETADO EM CADA MSCULO

DELTIDE GLTEO VASTO LATERAL

3 ML. 5 ML. 3 ML

Giovani et al (1993) relatam 07 casos de pacientes do Hospital das Clnicas da Faculdade de Medicina da USP apresentando Necrose Tecidual decorrente da injeo intramuscular de Diclofenaco Sdico, onde a maioria desses utilizaram o Diclofenaco para analgesia.

DELTIDE Um detalhe anatmico importante a ser considerado a proximidade do nervo radial. 3 a 5 cm abaixo do acrmio da escpula; 3 a 3,5 cm acima da margem inferior do deltide; O volume mximo a ser introduzido no deltide no deve ultrapassar 3 ml.

ngulo 90C

MSCULO DELTIDE

MSCULO GLTEO Um detalhe anatmico importante a ser considerado a proximidade do nervo isquitico. Traando um eixo horizontal na salincia da regio sacra e outro vertical, originando na tuberosidade isquitica, a aplicao na regio latero-superiorexterna. O volume mximo a ser introduzido no glteo no deve ultrapassar 5 ml.

MEDICAMENTOS DE DEPSITO DEVEM SER ADMINISTRADOS POR VIA INTRAMUSCULAR PROFUNDA.

INTRAMUSCULAR PROFUNDA Benzetacil; Voltaren; Cataflam; Anticoncepcionais injetveis; Medicamentos oleosos.

VASTO LATERAL DA COXA NERVO FEMURAL; FAIXA DE 7 A 10 CM NO TERO MEDIAL DA COXA; APLICAO NO TERO MDIO EM SUA REGIO CENTRAL. VOLUME MXIMO A SER INJETADO 3,0 ML.

VIA OTOLGICA

TCNICA DE INSTILAO NO OUVIDO Lavar as mos; Explicar o que vai ser feito; Solicitar ao cliente que sente; O polegar e o indicador da mo direita apreendem o pavilho da orelha e o tracionam para cima e para trs, com a finalidade de retificar o meato acstico externo; Instilar o medicamento.

VIA OFTLMICA

INSTILAO NOS OLHOS Lavar as mos; Reunir o material e lev-lo at o cliente; Explicar o procedimento; Solicitar ao cliente que incline a cabea levemente para trs (O cliente poder ficar sentado ou deitado); Afastar as plpebras com o polegar e o indicador de uma das mos de modo a visualizar o saco conjuntival inferior;

Solicitar ao cliente que olhe para cima; Instilar o medicamento no saco conjuntival inferior, segurando o conta gotas a 3 cm de distncia do olho; Registrar o cuidado executado bem como reaes adversas.

VIA NASAL Lavar as mos; Explicar o procedimento ao cliente; Paciente sentado com a cabea inclinada para trs, ou deitado; Fazer a instilao segurando o conta-gotas um pouco a cima da narina, dirigindo a ponta para a linha mdia da concha superior do etmide; Orientar ao paciente para manter a cabea inclinada durante 3 a 5 minutos.

VIA SUBCUTNEA

Lavar as mos; Separar o medicamento e coloc-lo na bandeja, devidamente identificado com nome, quarto e leito do paciente; Preparar o medicamento; Levar o medicamento ao paciente e cham-lo pelo nome; Explicar em linguagem ao seu alcance;

Escolher o local; Fazer anti-sepsia da pele; Segurar a rea em torno do local, injeo em forma de coxim; Injetar a agulha rapidamente num ngulo de 90 na regio eleita; Agulha 13,0 x 4,5; Aspirar o lquido; Firmar a regio e retirar rapidamente a agulha; Fazer hemostasia com algodo.

CONSERVAO E TRANSPORTE DE INSULINA Frascos de insulina nunca devem ser congelados (Temperatura < 2C); Evite expor os frascos luz do sol, pois a insulina pode sofrer degradao; Evite deixar os frascos em locais muito quentes como Ex: Porta luvas do carro, perto de fogo etc..; As insulinas devem ser armazenadas em geladeira, na porta ou parte inferior;

A insulina que esta em uso poder ser mantida em temperatura ambiente (15 a 30C) por at um ms, nesse caso deixar o frasco no local mais fresco da casa como Ex: Perto do filtro de gua; No usar insulina se notar alteraes da cor e presena de grnulos.

Lavar as mos; Rolar o frasco entre as mos, para misturar a insulina, no agitar o frasco; Limpar a tampa do frasco usando algodo com lcool; Retirar o protetor

VIA RETAL - VANTAGENS Circulao sistmica Pacientes no colaboradores (semiconscientes, vmitos) Impossibilidade da via oral Impossibilidade da via parenteralFormas farmacuticas: supositrios e enemas

VIA RETAL - DESVANTAGENS

Leso da mucosa Incmodo Expulso Absoro irregular e incompleta

VIA RETAL Lavar as mos; Reunir o material e lev-lo at o cliente; Cercar a cama com biombos; Explicar o procedimento paciente; Colocar o impermevel; Calar luvas; Colocar o paciente em posio de SIMS, com exposio da regio anal; Lubrificar a sonda com vaselina

CLSTER Afastar os glteos com auxlio de uma gaze; Solicitar ao cliente que inspire profundamente e introduzir, vagarosamente, mais ou menos 8 a 10 cm da sonda no reto; Injetar o Fleet-enema; Pedir ao paciente que retenha o lquido o mximo possvel (mais ou menos uns 10 minutos).