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AJES – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO INTERDISCIPLINAR COM ÊNFASE
EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
APROVADA
NOTA: 7,0
QUALIDADE NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA ESCOLA RAIO DE SOL
maryalucy25@hotmail.com
ACADÊMICA: MARIA LÚCIA DE LIMA ANDRADE
ORIENTADORA: Prof.ª Ma. MARINA SILVEIRA LOPES
COLNIZA/2012
AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO INTERDISCIPLINAR COM ÊNFASE
EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
QUALIDADE NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA ESCOLA RAIO DE SOL
ACADÊMICA: MARIA LÚCIA DE LIMA ANDRADE
ORIENTADORA Prof.ª. Ma. MARINA SILVEIRA LOPES
Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Pós-Graduação em Educação interdisciplinar com ênfase em educação infantil e alfabetização.
COLNIZA/2012
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todas as pessoas que nos auxiliaram para que pudéssemos concluir este
projeto com sucesso.
Os meus familiares que tiveram carinho e a compreensão e me animaram nos
momentos difíceis.
A Deus que com infinita bondade me reanimou dando força necessária para continuar
perseverante, nos momentos em que mais precisei.
DEDICATÓRIA
Dedico este projeto de pesquisa, a todos profissionais que atuam na área da Educação
ou se interesse pelo assunto e queiram fazer a diferença em seus passos como educador.
RESUMO
Os tipos de letramento mudam, porque são situados na história e acompanha a mudança de cada contexto tecnológico, social, político, econômico ou cultural em uma dada sociedade. Além disso, os letramentos são modificados pelas instituições sociais, de acordo aos interesses de cada classe. As práticas sociais e os eventos em geral são mediados e efetivados por gêneros orais, escritos e agora também, os digitais. O uso intenso das novas tecnologias de informação e comunicação faz com que o letramento emerja cada vez mais no domínio dos vários gêneros presentes da modernidade. Antes de entrar na escola a criança já esta em constante contato com um meio alfabetizador, o ambiente que o cerca, com mil formas, cores e imagens. Para que esse ambiente se torne efetivamente alfabetizador, a criança precisa estar preparada para percebe - lá em seu sendo de observação e sua curiosidade precisa ser despertada. O presente trabalho apresenta um breve histórico da única instituição pública de ensino da pré-escola do Município de Colniza, modelo de Educação Tradicional, modelo de Educação Interacionista, modelo de Educação Construtivista Piagetiniano, obteve como objetivo identificar os métodos utilizados pelos profissionais atuantes na Educação Infantil, entender a motivação profissional e o grau de afetividade envolvendo docente e educando. A pesquisa foi realizada através de observação e um questionário de pergunta e resposta aberta. Fiquei feliz pelo trabalho desenvolvido nessa presente pesquisa acredito ter conseguido alcançar meus objetivos. Todos envolvidos nesse trabalho afirmaram trabalhar na Educação Infantil principalmente pelo gostar dessa área e em segundo pela necessidade, a maioria declarou utilizar como método de trabalho a concepção interacionista e construtivista, quanto a relação profissional é boa e contribui no processo ensino aprendizado do professor e aluno Palavras-chave: Alfabetização, Letramento, Escola Raio de Sol, Pré-Escola
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................08
CAPÍTULO I: BREVE HISTÓRICO DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
INFANTIL DE COLNIZA.................................................................................................10
CAPÍTULO II: A EDUCAÇÃO INFANTIL BRASILEIRA...............................................15
1.1. MODELO DE EDUCAÇÃO TRADICIONAL.............................................................16
1.2 .MODELO DE EDUCAÇÃO INTERACIONISTA.......................................................18
1.3. MODELO DE EDUCAÇÃO CONSTRUTIVISTA PIAGETINIANO..........................19
CAPÍTULO III: A REALIDADE NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL RAIO DE
SOL.................................................................................................................................21
CONCLUSÃO.................................................................................................................24
REFERÊNCIAS..............................................................................................................25
INTRODUÇÃO
O ensino de hoje ainda tem as mesmas características do sistemas que estava em
vigor no século XIX, é fácil dizer que cada um precisa construir seu conhecimento, muitos
estudos mostram isso. Mas para ter uma abordagem construtivista, é necessário colocar à
disposição dos estudantes e professores estímulos na fase do letrar e alfabetizar ao mesmo
tempo.
A LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1996) incorporou a Educação Infantil
como primeira etapa da educação básica, que passa a ter como objetivo exercer duas
funções o cuidar e o educar, perdendo o caráter de cunho assistencialista. Sendo assim a
Educação Infantil teve que reelaborar e resgatar a concepção de criança, de educação e de
serviço prestado.
Uma classe com dezenas de crianças sentadas durante quatro horas, fazendo ao
mesmo tempo as mesmas atividades cansativas e estressantes nada tem a ver com bom
desenvolvimento. Um novo sistema escolar deve permitir a movimentação e a integração a
diversos grupos. É muito difícil passar da teoria para a prática, isso implica em quebra de
paradigmas, os quais muitos educadores não estão devidamente preparados para isso.
Diante desse contexto, essa pesquisa, pretende abordar os tipos e modelos de
educação por meio de uma investigação bibliográfica no decorrer do processo e
transformações históricas da Educação, e pesquisa de campo com os envolvidos no processo
ensino aprendizagem no Município de Colniza.
Sendo a Educação Infantil o alicerce da criança faz-se necessário um trabalho de
pesquisa que aponte quais benefícios e qualidade que esta trás para a alfabetização e para o
letramento na Escola Municipal de Educação Infantil Raio de Para tal levantamos os
seguintes questionamentos: Qual a importância do letramento na Educação Infantil? A
estrutura familiar influência no desenvolvimento da Alfabetização e Letramento do Aluno?
Quais são as vantagens no desenvolvimento e aprendizado da criança que é introduzida na
Educação Infantil, comparada as demais que não frequentaram essa etapa de Educação
Infantil?
Como objetivo geral da pesquisa contribuir para o desenvolvimento pedagógico. Bem
como, identificar os métodos utilizados pelos profissionais atuantes na Educação Infantil,
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entender a motivação desses profissionais na sua função docente e compreender o grau de
afetividade envolvendo professor/aluno.
Num primeiro momento, para os procedimentos metodológicos, levantamos os autores
que tratam do tema, a seguir realizamos uma pesquisa de campo. Os procedimentos para
coleta de dados darem-se á através de diálogo informal, seguido de entrevista. A entrevista foi
realizada em um universo de 11 pessoas, sendo 09 professoras que atuam no Jardim II,
1diretora e 1 coordenadora de ensino, dentre os entrevistados destacaram–se 5 professoras
formadas em pedagogia para Educação Infantil, 4 formadas em pedagogia para séries
iniciais, 1 professora cursando pedagogia para séries iniciais e educação infantil, 1 professora
graduada no ensino médio. As entrevistadas responderam a um questionário aberto,
acompanhei os trabalhos das referidas professoras, visitei a Instituição por diversas vezes,
sempre observando e dialogando com colegas professoras. Notei que as professoras em
exercício davam o Maximo de seus esforços físicos e psicológicos para acompanhar o ritmo
das turmas, trabalhar na educação infantil, não é tarefa fácil, ao mesmo tempo em que é
prazerosa é estressante. Exige acima de qualquer infraestrutura e estrutura base psicológica.
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CAPÍTULO I
BREVE HISTÓRICO DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO
DE COLNIZA
Segundo dados do Regimento Interno da Escola Municipal de Educação Infantil Raio
de Sol que está situada na Rua das Bromélias, S/nº, Bairro Centro, neste município de
Colniza – MT, CEP: 78335-000, oferece a Educação Infantil, Pré-escola, atendendo crianças
de 04 a 05 anos de idade, funcionando no período matutino e vespertino, correspondendo
uma carga horária de 800 horas, distribuídas em 200 dias letivos . A jornada escolar diária é
de 04 (quatro) horas de trabalho efetivo dentro ou fora de sala de aula, incluindo o recreio.
Tem como base uma concepção de educação que estimule a reflexão sobre a posição
que está reservada as crianças na escola, na comunidade e na Nação, que esta esteja
sempre voltada na vanguarda da luta contra as exclusões, que contribua para promoção,
integração e construção da cidadania, privilegiando para tanto o educar para vida e, a
liberdade e o trabalho.
O prédio da escola é constituído de 10 salas de aula, cada uma com área de 24.25m²,
setor administrativo é composto de 01 secretaria com área 24.25m², 01 administração com
área 24.25m², sala dos professores com área 24.25m², composta de 01 banheiro com área
1.95 m², , o setor de serviços é composto por 01 cozinha com área de 24,25m², 01 refeitório
coberto com área de 52,42 m², 01 varanda coberta com área de 17,55 m² ambos destinados a
uso dos alunos, em soma a área total construída da escola é de 755,72m², toda a obra em
alvenaria, piso cerâmico, esquadrias metálicas, instalações elétricas e hidráulicas internas,
forro em PVC, cobertura de telhas do tipo romana, área livre de 3.884,28m².
A Escola Municipal de Educação Infantil Raio de Sol recebeu esta denominação
devido a realização de um projeto elaborado e executado pelos professores da Escola
Municipal Bom Jesus que trabalhavam com as turmas de Educação Infantil.
O projeto foi apresentado à comunidade escolar e a administração do Município de
Colniza – MT. Com a desenvoltura e o contexto do mesmo, o poder executivo se encantou
pelo trabalho realizado pela equipe do projeto, ficando determinado que a próxima escola a
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ser criada levaria este nome de Raio de Sol, representando a luz, energia e encanto em
aprender.
O diretor e coordenador da Escola Raio de Sol foi escolhido por nomeação chefe do
executivo do serem visto como um dirigente de confiança da administração municipal. Em
relação à dinâmica administrativa da Escola Raio de Sol, a mesma não possui autonomia
administrativa própria, contando para tanto com a direção e Secretaria de Escrituração,
vinculados à Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
O setor de Escrituração Escolar, vinculados a SEMEC, Secretaria Municipal de
Educação e Cultura, é informatizado e dirigido por uma secretária. Os serviços de
Escrituração Escolar estão em dia, possuindo arquivos com os seguintes documentos: Livro
ata de matrícula; Livro ata de reunião pedagógica; Livro ata de reunião com a comunidade
escolar; Diário de classe; Pastas com documentos pessoais e profissionais do corpo docente
e dos agentes de serviços gerais e quadro do corpo docente.
A Estrutura Pedagógica conta com o serviço de 01 coordenadora pedagógica para
orientar e programar a proposta pedagógica, junto ao corpo docente através de reuniões e
encontros pedagógicos, promovidos na escola.
A Escola Raio de Sol possui Regimento Escolar e Projeto Politico Pedagógico - PPP.
O mesmo foi criado e reformulado sem a participação da comunidade escolar. A maioria dos
professores desconhecem a prática educativa prevista no regimento e no PPP da instituição,
por falta de interesse do gestor escolar e falta de interesse dos próprios educadores.
Segundo o Regimento Escolar (2009) a Escola Municipal de Educação Infantil Raio
de Sol, tem por finalidade oferecer atendimento, na modalidade direta, de cuidar e educar as
crianças do município de Colniza. Sendo a Educação Infantil o alicerce que sustenta a
construção do conhecimento, sua estruturação dentro do PPP, faz tornar acessível
indiscriminadamente a todas as crianças, elementos da cultura que enriquecem seu
desenvolvimento e inserção social. Propicia o desenvolvimento da identidade das crianças,
por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação.
O calendário escolar da Escola Raio de Sol é elaborado pela Secretaria de
Educação, seguindo o mesmo das demais escolas municipais do município. A matrícula é de
caráter inicial, renovada, por transferência e extraordinária, seguindo determinações previstas
na Resolução 150/99.
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Esta instituição possue uniforme, mas nem todos os pais aderiram, pois grande parte
são carentes e o município não disponibiliza a doação do mesmo. Assim a entrada dos alunos
uniformizados deixa de ser uma exigência da escola passando a ser opção dos pais.
A constituição das turmas, na Escola Raio de Sol é dividida em turmas do pré I (04
anos) e pré II (05 anos), as mesmas são formadas por em média 22 crianças em cada turma,
totalizando em 08 turmas de 04 anos e 11 turmas de 05 anos, correspondendo a mais ou
menos 418 alunos. A Escola Raio de Sol possui também 02 turmas de 06 anos, extensão da
Escola Municipal de Ensino Fundamental Bom Jesus.
O quadro de funcionários é composto da seguinte maneira: 01 diretora pós-graduada,
01 coordenadora formada em Pedagogia para as Séries Iniciais, 02 professores formados em
Pedagogia para as series iniciais, 07 professores formados na área da educação infantil, 01
professora com Magistério cursando Pedagogia, 04 monitora cursando Pedagogia, 01
professora com Ensino Médio cursando Pedagogia, 04 merendeiras, 04 zeladoras e 03 vigias.
Os educadores possuem encontros da Sala do Professor, uma vez ao mês onde são
discutidas questões relevantes para o melhor desenvolvimento dos educandos com temas
escolhidos com antecedência através de reuniões pedagógicas juntamente com a
coordenação da escola. Nestes encontros também são planejados os projetos a serem
desenvolvimentos com as crianças e comunidade escolar.
Na Escola Municipal de Educação Infantil Raio de Sol os professores dispõem de
momentos para desenvolverem suas atividades em sala de aula, no pátio, na sala de vídeo e
o momento da socialização, eles seguem um cronograma, pois são muitas turmas para pouco
espaço.
As atividades mais regulares nesta instituição são as rodas de conversa, músicas,
danças, jogos, atividades livres e dirigidas e dramatizações, alguns professores planejam
passeios de acordo com datas comemorativas com antecedência e todos são executados
visto que a Escola depende do transporte Escolar da Secretária de Educação do Município
pouco se trabalha com cantigas de roda devido à falta de espaço nesta instituição a mesma
não possui pátio nem quadra com cobertura para acomodar as crianças. Os educadores
procuram desenvolver as atividades dirigidas no primeiro momento, deixando as crianças
mais à vontade após o intervalo, momento este, marcado pela escovação dos dentes e
limpeza do pátio e higienização dos banheiros.
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A Escola Raio de Sol não disponibiliza de um espaço adequado para o
desenvolvimento integral das crianças, as salas são pequenas, e no pátio não possui árvores.
O educador busca adequar seu planejamento com a realidade da instituição. Alguns projetos
desenvolvidos pela escola têm como culminância a participação da comunidade escolar, onde
os trabalhos são expostos para os pais ou responsáveis.
Concepção esta que garanta as aprendizagens essenciais para a formação dos
cidadãos autônomos, críticos, participativos, solidários, capazes de atuar com competências e
responsabilidade na comunidade em que e na qual espera ver atendido suas necessidades
individuais, sociais, econômicas, políticas, afetivas e culturais.
Em seu modelo e principio de gestão a Escola Municipal de Educação Infantil Raio de
Sol, posiciona-se em relação ás questões sociais, considerando os seguintes valores: ação-
correta, a não violência, a ética, respeito-mútuo, justiça, diálogo e solidariedade.
Há anos, os conflitos por melhores modelos e proposta de Educação vêm sendo
colocadas em xeque, pois muito se fala de qualidade, mas será que estamos tendo
progressos na área da Educação.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010), as
propostas pedagógicas para Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios:
• Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade do respeito ao bem
comum, ao meio ambiente e ás diferentes culturas, identidades e singularidades.
• Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito a
ordem democrática
• Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de
expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.
Farei abordagens sobre os três modelos de Educação, para que compreendamos os avanços
da Educação faz se necessário abordar o modelo ao qual é alvo de comparações aos
modelos atuais, por se destacar pela quantidade de conteúdos e imposição a seu modelo de
metodologia aplicada ao educando.
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Segundo Piletti (2000), a concepção tradicional enfatiza o domínio do conhecimento e o
exercício da autoridade. Para esta concepção os sentidos não participam da produção do
conhecimento, por que a experiência sensorial não tem valor. Na Escola tradicional, o
planejamento consiste em adequar todo conteúdo ao tempo disponível para seu
desenvolvimento. A Educação Tradicional, ao tratar o aluno como objeto a modelar e equipar
do exterior por um processo de transmissão do saber do professor para o aluno, submetendo
a situação educativa ao primado do objeto e não reconhecendo ao educando o estatuto de
sujeito, fonte de iniciativas e de ações, compromete o desenvolvimento do processo de
personalização do que aprende. O conteúdo era um fim em si mesmo, no entanto, as novas
conquista no campo da Educação vieram mostrar que o mais importante não é dar ao aluno
um grande volume de informações, mas sim promover o desenvolvimento integral e
harmonioso do aluno, envolvendo as áreas cognitivas, afetivas e psicomotoras nesse
pensamento o Modelo de Educação construtivista e Interacionista vem buscando revolucionar
a Educação Brasileira.
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CAPITULO II
A EDUCAÇÃO INFANTIL BRASILEIRA
Segundo ROCHA et al (2007), o golpe militar de 1964 abortou todas as iniciativas de
revolucionar a educação brasileira, sob o pretexto de que as propostas eram subversivas.
Com o fim do regime militar, em 1984 e com a eleição direta de Tancredo neves, seu
falecimento e a posse de José Sarney, pensaram-se então que era possível novamente,
discutir as questões da educação de forma democrática e aberta. As questões educacionais
já haviam perdido cunho pedagógico e assumiu um caráter político. Os pensadores passaram
a falar de educação num sentido mais amplo do que questões pertinentes a escola, a sala de
aula, á didática e a dinâmica escolar, fato esse que os impediu posteriormente a atuar em
suas funções por questões políticas. As creches em especial foram definidas como
necessárias a algumas famílias de maneira especial as de baixa renda que não tinham onde
deixar os filhos, assumindo uma visão assistencialista de ensino.
Segundo ROSEMBERG,1999) ,a expansão de atendimento de ensino infantil começou
por volta da década de 1970 seguindo um modelo de baixo custo o que propiciou a entrada
do denominado leigo na área. Já em 1980 o governo proclamava a necessidade da pré
escola, porém não destinava fundos orçamentários para este fim, sendo necessário ser
respaldado por parcerias com a (UNICEF) Fundo Internacional de Emergência das Nações
Unidas para a Infância e (UNESCO) Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura.
Já no ano de 1992 o senador Darcy Ribeiro apresentou um novo projeto que somente
foi aprovado no ano de 1996 o qual amparado pela constituição de 1988, art.208, inciso IV,
trouxe uma nova perspectiva para educação infantil, incluindo-a no Sistema Educacional
Brasileiro. Só recentemente é que se iniciaram as discussões que defendem esse nível
educativo como direito das crianças e de suas famílias, direitos estes reconhecidos e
garantidos pelo (ECA) Estatuto da Criança e do Adolescente, (RCNEI) Referencial Curricular
Nacional para Educação Infantil. (COEDI) Cadernos da Coordenação Geral de Educação
Infantil todos estes em consonância de redefinição das funções da Educação Infantil,
evidenciando a especificidade da educação infantil e diferenciando da concepção
fundamentada na escolarização e assistencialista.
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Os movimentos históricos contribuíram significativamente para a melhoria do
atendimento infantil. A criança tem ganhado espaço, conquistado direitos, contado com um
lugar de destaque e de privilégios em teorias e discursos. Contudo para melhoria é necessário
qualificar a prática das políticas básicas de ação interssetorial, desenvolver um processo de
planejamento e programação que constitua um espaço de poder compartilhado e de
articulação de interesses, saberes e práticas das diversas ações envolvidas.
Segundo os Parâmetros Nacionais de qualidade na educação infantil, (BRASIL 2006, p.
10) é importante reafirmar que a história da construção de uma Educação Infantil de
qualidade no Brasil já percorreu muitos caminhos, já contou com muitos protagonistas, já
alcançou resultados significativos e já identificou obstáculos a serem superados. Aprender
com essa história e retomá-la, nesse momento, é a tarefa que nos aguarda em mais essa
etapa de um processo dinâmico e coletivo. Para tanto, faz-se necessário obter consensos a
serem sempre revistos e renovados, de forma democrática, contemplando as necessidades
sociais em constante mudança e incorporando os novos conhecimentos que estão sendo
produzido sobre as crianças pequenas, seu desenvolvimento em instituições de Educação
Infantil, seus diversos ambientes familiares e sociais e suas variadas formas de expressão.
(BRASIL, 2006).
Conforme Carolina Bergier (2012,p.16), “diversificar os ambientes e variar ainda
mais os materiais é um dos ingredientes básicos para deixar fluir a arte dos pequenos, que,
nesse modelo de trabalho infantil o lúdico faz toda diferença, levar em conta o interesse da
criança é o principal objetivo da ação a ser conquistada. A organização dos espaços deve
ocorrer na medida certa para não frear a curiosidade e espontaneidade dos pequenos”.
1.1. MODELO DE EDUCAÇÃO TRADICIONAL
Segundo GADOTTI (2000), a educação tradicional surgiu na Idade Antiga em meio aos
anseios de uma sociedade escravista e destinava-se a uma pequena minoria que possuíam
de certo poder aquisitivo financeiro.
Ainda, segundo GADOTTI (2000), a educação tradicional e a nova têm em comum a
concepção da educação como processo de desenvolvimento individual, onde todos
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independente de classe social ou cultura lutam pela lei de sobrevivência e competição na
aquisição de melhores condições econômicas. No entanto a originalidade da educação desse
século é o deslocamento de enfoque do individual para o social, para o político e para o
ideológico. A pedagogia institucional é um exemplo disso.
Existem coisas que não podem ser medidas pelos padrões convencionais, elas
possuem outra dimensão, outro volume, outro peso é o caso da Educação tradicional, que é
visada como algo arcaico, porém tem suas raízes impregnadas na cultura de todos os
aspectos culturais das localidades e regiões.
De acordo com EMILIA FERREIRO (2001), existe uma polêmica tradicional sobre a
ordem em que devem ser introduzidas as atividades de leitura e as de escrita. Na tradição
pedagógica Norte Americana, a leitura precede regularmente a escrita. Na América latina, a
tradição tende a utilizar uma introdução conjunta das duas atividades (e por isso tem ser
imposta a expressão lecto–escritura). No entanto espera-se que a criança possa ler antes de
saber escrever por si mesma sem copiar.
Muito se discute sobre as vertentes pedagógicas que devem ser aplicadas na
atualidade, muitas discussões e estudos continuam na busca por soluções, as utopias são
severas, porém não se pode deixar de esclarecer que muitos avanços foram conquistados
desde a chegada dos europeus e principalmente os jesuítas ao Brasil.
De acordo com ESPÍNDOLA (2006), o objetivo principal da Educação Infantil, não é
preparar para vida posterior, nem prevenir seus fracassos, mas desenvolver um trabalho em
parceria que vá de encontro às reais necessidades básicas da criança, capaz de lhe garantir
desenvolvimento saudável, contribuindo no difícil processo de democratização da educação
brasileira. Investindo em propostas curriculares adequadas, materiais pedagógicos e espaço
físico condizentes com as necessidades das crianças.
No entanto para FREIRE (1996), saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas
criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção. Se faz necessário,
quando se entra em uma sala de aula estar aberto a indagações, á curiosidades, as
perguntas dos alunos, a sua inibições, um ser critico e inquiridor, inquieto, é preciso insistir na
busca pela aquisição do conhecimento do aluno.
Ensinar exige convicção de que a mudança é preciso, é compreender que a educação
é uma forma de intervenção no mundo, é uma forma de liberdade e autonomia do ser
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humano. Conforme a REVISTA NOVA ESCOLA (2012) nos últimos tempos, o acesso à
Educação cresceu, mas, a despeito dessa boa notícia, a qualidade do ensino não melhorou.
Segundo Elisângela Fernandes
Há uma década, a porcentagem de cidadãos considerados plenamente alfabetizados permanece inalterada: 26%, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), realizado pelo Instituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, em São Paulo. O levantamento avalia, por meio de uma prova, as habilidades de leitura, escrita e Matemática da população entre 15 e 64 anos. A classificação prevê quatro níveis: analfabetismo, alfabetismo rudimentar, básico e pleno. Os resultados divulgados em 2012 também revelam boas notícias, como a queda de 39% para 27% do número de analfabetos funcionais - categoria que reúne os níveis analfabetos e alfabetismo rudimentar. ( IN: r evistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/analfabetismo-dez-anos-depois-nao-saimos-lugar-697865.shtml)(edição 254, agosto de 2012)
Através desses dados pode-se perceber que a quantidade vale mais que a qualidade
de ensino. Cabe ao poder Público Federal, Estadual e Municipal assegurar Políticas Públicas
voltadas para a necessidade de qualidade de vida dos cidadãos brasileiros, instituindo e
garantindo os princípios básicos do ser humano. Portanto fazem-se necessárias Políticas
Públicas educacionais que se configurem no âmbito das Políticas Públicas sociais.
1.2. MODELO DE EDUCAÇÃO INTERACIONISTA
Segundo MAIA (2011), desde a época de Platão, o termo educação foi centro de
debates, para ele era dar ao corpo e a alma toda beleza e perfeição que fosse possível.
Durkheim a considerava a preparação para a vida. Para Pestalozzi, a Educação do ser
humano deve responder às necessidades de seu destino e as leis da natureza. Para José
Mártir, é depositar em cada homem toda obra da humanidade vivida, é prepara o ser humano
para á vida.
Para VYGOTSKY (1984), desenvolvimento e aprendizagem são processos interativos.
No entanto, cabe ao processo de aprendizagem, realizado num contexto social específico,
possibilitar o processo de desenvolvimento. O aprendizado pressupõe uma natureza social
específica e um processo pelo qual as crianças penetram na vida intelectual daqueles que o
cerca. O desenvolvimento do sujeito humano se dá a partir das constantes interações com o
meio social em que vive, já que as formas psicológicas mais sofisticadas emergem da vida
social. O desenvolvimento pleno do ser humano depende do aprendizado que realiza num
determinado grupo cultural, a partir da interação com outros indivíduos.
Segundo BERMUDES (2011) Wallon estuda a pessoa completa analisa - a em seus
domínios afetivo, cognitivo e motor de forma integrada, mostrando como se dá, no transcorrer
do desenvolvimento a interdependência e predominância. Na analise critica sobre a Escola
Nova, ele se refere às diferentes doutrinas desse movimento, mostrando os equívocos
ocorridos, por não conseguirem superar as dicotomias individuo versus sociedade, sobre as
quais se assentava o ensino tradicional, a crítica que Wallon faz a Escola Nova é
principalmente quanto à opção que os sistemas educacionais fazem, ora privilegiando o
Individuo ora a sociedade.
As obras de Piaget levam a conclusão de que o trabalho de educar crianças não se
refere mera transmissão de conteúdos e sim de capacidade de estimulação do pensamento.
1.3. MODELO DE EDUCAÇÃO CONSTRUVISTA PIAGETINIANO
Conforme ALMEIDA (2006) A teoria piagetiniana pode ser classificada em duas áreas
principais: a que procura explicar a formação da estrutura cognitiva, tema central de sua
psicologia evolutiva, e a que se desenvolve em torno da epistemologia genética. De acordo
com PIAGET (apud ALMEIDA, 2006) o papel da ação é fundamental, pois a característica
essencial do pensamento lógico é ser operatório. Ele contribuiu e contribui muito ainda nos
dias atuais como precursor da pedagogia, porém ele próprio nos enfatiza que
Estou convencido de que nossos trabalhos podem prestar serviços a Educação, à medida que vão além de uma teoria do aprendizado e permite vislumbrar outros métodos de aquisição de conhecimentos. Isso é essencial. Mas, como não sou pedagogo, não posso dar nenhum conselho aos educadores. A única coisa que posso fazer é fornecer fatos, além do mais considero que os educadores estão em condição de encontrar por si mesmo novos métodos pedagógicos. (FREIRE apud ALMEIDA, 2006, p. 85).
Nesse sentido pode-se conceber sua teoria como auxiliadora nas atividades
pedagógicas no que se diz aos fatos analisados com crianças através de suas pesquisas e
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conclusões, mas não nos direciona como e devemos proceder na metodologia de ensino para
aplicá-las com os alunos.
A corrente construtivista mostra o aprendizado como um processo de construção do
conhecimento, onde o grande percussor do aprendizado e o próprio aluno, pois é ele o maior
e melhor responsável pelo seu desenvolvimento intelectual, o professor é um mero mediador
desse conhecimento e desenvolvimento.
Segundo PILETTI (2000), para Jean Piaget o pensamento é a base em que se assenta
a aprendizagem. O pensamento é a maneira de a inteligência manifestar-se. A inteligência,
por sua vez, é um fenômeno biológico, condicionado pela base neurônica do cérebro do
corpo inteiro, e sujeito ao processo de maturação do organismo.
FREIRE (1996) coloca que a função do professor no processo construtivista é o de
proporcionar oportunidades, instigador na construção e reconstrução do conhecimento. A
pedagogia construtivista é uma proposta democrática, o que não significa deixar o aluno o
agir somente por conta própria, o esperar pelo aluno na atividade, essa proposta veio para
superar e inovar uma proposta arcaica onde o aluno era apenas um mero expectador e
receptor de informações.
Aliando as ideias dos pensadores vemos que a proposta construtivista requer diálogo,
abertura para aceitação, do novo, da pesquisa como base de formação e construção do
saber, a experiência concreta, a aquisição dos procedimentos lógicos do pensamento. O
aluno é um agente na sua própria construção e na construção do mundo, mas um agente cuja
ação se desenvolve no contexto de uma prática social e histórica, que inclui tanto as sujeições
e potencialidades da natureza do meio ao qual convivem.
Na escola Municipal de Educação Infantil Raio de Sol é notável as dificuldades ali
encontradas, porém a força de vontade de cada profissional envolvido faz com que a tarefa
seja menos árdua e mais prazerosa, a Educação predominante nesta instituição nos leva a
refletir sobre a real necessidade de políticas públicas voltadas para melhoria do ensino
público nesse país.
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CAPÍTULO III
A REALIDADE NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL RAIO DE SOL
O presente trabalho de pesquisa teve por objetivos identificar os métodos utilizados
pelos profissionais atuantes na Educação Infantil, entender a motivação profissional e o grau
de afetividade envolvendo docente e educando. Instigar através desse trabalho embasamento
para melhoria na qualidade de Ensino dos profissionais comprometidos com a Educação. A
pesquisa foi desenvolvida através de observação e um questionário de pergunta e resposta
aberta.
A entrevista realizada em um universo de 11 pessoas, sendo 09 professoras que
atuam no Jardim II, 1diretora e 1 coordenadora de ensino, dentre os entrevistados
destacaram–se 5 professoras formadas em pedagogia para Educação Infantil, 4 formadas em
pedagogia para séries iniciais, 1 professora cursando pedagogia para séries iniciais e
educação infantil, 1 professora graduada no ensino médio.
Em entrevista as professoras relataram sobre as possibilidades de qualidade de
trabalho verso quantidade de alunos elas frisam que “Não é possível desenvolver um bom
trabalho, pois as salas estão superlotadas, as crianças requerem mais espaço físico e salas
de aula mais arejadas.” (ENTREVISTADA A).
ENTREVISTADA B “É complicado atender 22 crianças sozinhas numa sala de aula
com espaço físico tão apertado é quase impossível desenvolver atividades diferenciadas”.
Professora C“ Não é fácil atender tantas crianças, pois são várias as culturas e as
problemáticas familiares e o espaço físico não ajuda muito”.
Nesse contexto o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil nos enfatiza
que;
“O espaço na instituição de educação infantil deve propiciar condições para que as crianças possam usufruí– lo em beneficio do seu desenvolvimento e aprendizagem. Para tanto é preciso que o espaço seja versátil e permeável á sua ação, sujeito ás modificações propostas pelas crianças e pelos professores em função das ações desenvolvidas deve ser pensado e rearranjado, considerando as diferentes necessidades de cada faixa etária, assim como os diferentes projetos e atividades que estão sendo desenvolvidos.” (RCNEI,1998 p.69.)
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Pela citação podemos perceber que a prioridade a ser considerada é o pleno
desenvolvimento da criança, os quais necessitam de um espaço especialmente preparado
onde possam se engajar livremente e aprender de forma atrativa.
As professoras D, E, F e G, respondem quando perguntadas sobre se o letramento
esta presente no seu dia a dia e se elas consideram seus alunos letrados. A professora D,
responde que “Sim, pois meus alunos reconhecem as letras.”
A professora F diz “Com certeza, ele faz parte de nossa realidade, em meio a
inúmeras dificuldades encontradas no sistema escolar, o letramento esta presente em todas
as culturas sendo esta a porta para a entrada na escola. Considero meus alunos letrados.
A professora G, “Sim o letramento está presente em meu dia a dia, partindo do
principio que, ele é a base para estimular e trabalhar com meus alunos, parto do
conhecimento prévio que cada um traz consigo.”
De acordo com da Revista Nova Escola (2004), uma professora dilacerada pela chama
e a vontade de fazer com que seus alunos fossem alfabetizados e letrados trocou as paredes
da sala de aula pelas areias da praia. Acreditava que dessa maneira conseguisse pela
realidade que os cercava despertar pelo processo de alfabetização e letramento.
Em entrevista a Professora Katia relata “Quero ensinar mais que sons e grafias de
letras e fonemas, a areia faz às vezes do caderno e um graveto vira lápis”. “Ali, atentos a
diferentes textos, a turma aprende como a leitura e a escrita fazem parte do cotidiano”.
(CORREIA,K, 2004, p.48).
Independentemente das didáticas e metodologias a ser utilizado ou defendido por
professores, pesquisadores ou autores de livros de alfabetização, o que não pode relegar a
um segundo plano é que a alfabetização, na perspectiva do letramento, não é um mito, é uma
realidade. Segundos a professora da Escola Municipal de Educação Infantil Raio de Sol, para
se desenvolver um melhor trabalho de alfabetização e letramento nesta escola é necessária a
participação da família, um apoio pedagógico, uma brinquedoteca e uma estrutura física e
pessoal qualificada.
Compreender que, para alfabetizar letrando, é preciso o professor assuma certas
posturas, de modo á prática pedagógica seja conduzida no sentido de viabilizar a formação de
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uns sujeitos que não apenas decodifica/codifica o código escrito, mas que exerça a escrita
nas diversas situações sociais que lhes são demandadas.
Cabe ao professor realizar o trabalho de aquisição da tecnologia da escrita, bem
como criar situações de aprendizagem que se aproximem do uso real da escrita fora da
escola. Nenhuma prática pedagógica é neutra. Todas estão apoiadas em certo modo de
conceber o processo de ensino aprendizagem e o objeto dessa aprendizagem. São
provavelmente estas praticas que tem efeitos mais duráveis a longo prazo, no domínio da
língua escrita como em todos os outros.
A participação da família no processo de alfabetização e letramento das crianças da
Escola de Educação Infantil Raio de Sol do Município de Colniza acontece por uma minoria
de famílias, muitos argumentam a falta de tempo, outros a paciência e os demais nem tentam
colaborar. Os professores frisam a importância da família neste processo de ensino
aprendizado como extremamente fundamental, sendo que é no seio familiar que as crianças
recebem as primeiras noções de Educação, a escola surge como um complemento.
É possível integra o conhecimento das famílias nos projetos e demais atividades
pedagógicas. Não só as questões culturais e regionais podem ser inseridas nas
programações por meio da participação de pais e demais familiares, mas também as
questões afetivas e motivações familiares podem fazer parte do cotidiano pedagógico. Por
exemplo, a história, a história da escolha do nome das crianças, as brincadeiras preferidas
dos pais na infância, as histórias de vida etc. podem tornar- se parte integrante de projetos a
serem trabalhados com as crianças.
Fiquei feliz pelo trabalho desenvolvido nessa presente pesquisa acredito ter
conseguido alcançar meus objetivos. Todos envolvidos nesse trabalho afirmaram trabalhar na
Educação Infantil principalmente pelo gostar dessa área e em segundo pela necessidade, a
maioria declarou utilizar como método de trabalho a concepção Interacionista e construtivista,
a relação profissional é boa e contribui no processo ensino aprendizado do professor e aluno.
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CONCLUSÃO
A sociedade por ser constituída de valores é capar da alienação do pensamento, fato
esse que nos leva a refletir sobre o real papel da educação brasileira. Contribuir para o
desenvolvimento Pedagógico de professores leigos não é tarefa fácil, tendo em vista que não
se existe receita para a melhor metodologia.
Compartilhando do mesmo ideal, nota-se o anseio dos profissionais desta Instituição na
busca de soluções, planejamento e metodologia que instiguem o educando ao mundo da
curiosidade, na busca natural pela aquisição de conhecimentos necessários e fundamentais
para seu processo de ensino aprendizagem gradativo.
Criticar, sugerir é fácil, fazer a diferença em sala de aula que é o difícil. Nesse sentido
pode se perceber nas falas das professoras acima citadas que de alguma maneira todas
estão procurando uma maneira de acertar na metodologia.
Conforme relatos acima citados a parceria realizada entre escola e comunidade é o
que de alguma maneira vem colaborando para o melhor desempenho do processo ensino
aprendizado dos educandos. A metodologia aplicada vem de encontro à realidade e as
problemáticas enfrentadas pela administração pública como a falta de incentivo e políticas
públicas voltadas pela melhoria da qualidade de ensino aprendizado. Metodologia essa que
procura cada vez mais engajar e unir concepções de educação tradicional, Interacionista e
construtivista.
Percebemos professores comprometidos com o fazer pedagógico, professores otimista
por mudanças e melhorias. Quando são desenvolvidos estudos e pesquisas nesta instituição
é notável o entusiasmo e a consolidação pela melhoria. Essa visão se torna clara quando se
percebe que professores que hora atuantes na educação Infantil não á deixam por outras
áreas. O comprometimento e a vontade pelo fazer a diferença acaba sempre falando mais
alto que a valorização pessoal.
Nota-se que o dialogo e as trocas de experiências entre professores são validas e que
esse estudo colaborou numa postura critica e decisiva quanto o ser professor no letramento e
alfabetização de educando da Educação Infantil.
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