Alexandra Raquel Marques Moreira da Silva Nº de aluno ... · O 6º ano do Mestrado Integrado em...

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Alexandra Raquel Marques Moreira da Silva Nº de aluno: 2008001 Turma 7 Ano lectivo 2013/2014

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Alexandra Raquel Marques Moreira da Silva

Nº de aluno: 2008001

Turma 7

Ano lectivo 2013/2014

Índice

1. Introdução .......................................................................................................................................... 1

2. Descrição sumária das actividades (estágios parcelares) ......................................................... 1

2.1. Saúde Mental ...................................................................................................................... 1

2.2. Medicina Geral e Familiar ................................................................................................. 2

2.3. Pediatria .............................................................................................................................. 3

2.4. Ginecologia e obstetrícia .................................................................................................. 4

2.5. Cirurgia Geral ...................................................................................................................... 4

2.6. Medicina Interna ................................................................................................................. 5

2.7. Outras actividades ............................................................................................................. 6

3. Análise Crítica ......................................................................................................................... 6

4. Anexos ......................................................................................................................................... 9

“What we do during our working hours determines what we have;

what we do in our leisure hours determines what we are.”

George Eastman

“O médico que só sabe Medicina, nem Medicina sabe"

Abel Salazar

Mestrado Integrado em Medicina | Relatório Final

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1. Introdução

O 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina (MIM), sendo um ano profissionalizante e o último

ano antes de iniciar a vida clínica, tem como principais objectivos adquirir novos conhecimentos,

aprimorar aptidões e consolidar e aperfeiçoar outros previamente adquiridos, estimulando no

futuro médico a criação do raciocínio clínico orientado e estruturado. Perspectiva-se o

estabelecimento de uma “ponte” entre o papel de observador e o papel de executante, no sentido

de aquisição/consolidação das competências pessoais e profissionais que permitem e regem o

exercício da profissão médica. Segundo as orientações fornecidas, o presente relatório resume

parte do trabalho desenvolvido durante o último ano da minha formação na Faculdade de

Ciências Médicas, decorrido entre Setembro de 2013 e Junho de 2014, sendo constituído pela

presente introdução, seguindo-se uma breve descrição das actividades desenvolvidas em cada

um dos estágios parcelares, descritos por ordem cronológica. Termina com uma reflexão crítica

sobre o ano e o curso num contexto geral.

2. Descrição sumária das actividades (estágios parcelares)

2.1. Saúde Mental

Regente: Prof. Dr. Miguel Xavier | Orientador: Dr. Joaquim Gago. Duração e local de estágio:

16/09/2013 – 11/10/2013, CHLO – Equipa Comunitária de Oeiras e HSFX (Serviço de Urgência).

Actividades desenvolvidas: O estágio iniciou-se com sessões teóricas nos dois primeiros dias,

sendo que no restante tempo estive integrada na Equipa Comunitária de Oeiras, tendo contactado

com diferentes valências da Psiquiatria: consultas comunitárias e fórum socio-ocupacional( “Farol

do Bugio”), internamento e reuniões de serviço e de equipa no Hospital Egas Moniz, e serviço de

urgência no HSFX. A par destas, tive ainda a possibilidade de assistir a duas perícias médico-

legais no Tribunal de Cascais e de assistir ao congresso “International Forum on Innovation in

Mental Health“. Trabalhos: história clínica, tradução de capítulos do livro “Psychoeducation

Manual for Bipolar Disorder”, relatório parcelar de estágio.

Objectivos e reflexão: além dos objectivos definidos na Unidade Curricular tracei alguns

objectivos mais particulares tais como aprofundar a abordagem diagnóstica e terapêutica da

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apresentação aguda de algumas patologias. A frequência das consultas e Farol do Bugio, foi

importante pois mostrou-me as vantagens numa abordagem terapêutica a vários níveis, com uma

equipa plurivalente, relativamente a uma abordagem meramente farmacológica. Contribuiu

francamente para ultrapassar o estigma quanto às doenças mentais graves, sendo que a doença

bipolar e esquizofrenia eram as patologias em que sentia maior insegurança relativamente à

forma como deveria conduzir a entrevista, pelo que aumentei a minha autoconfiança. Gostaria de

ter visto maior variedade de patologias, pois as consultas limitavam-se às que referi

anteriormente. No Serviço de Urgência contactei com uma maior diversidade, e casos em que não

se justifica a ida ao SU, úteis para outras áreas, pelo que gostaria de ter tido uma maior

componente de SU no estágio.

2.2. Medicina Geral e Familiar

Regente: Prof. Dra. Isabel Santos | Orientadores: Dr. Carlos Canhota (ARS Lisboa e Vale do

Tejo) e Dr. Licínio Fialho (Estágio Rural). Duração e local de estágio: 14/10/2013 – 08/11/2013,

USF São Julião – Oeiras e USF Global (Nazaré). Actividades desenvolvidas: Efectuei consultas

autonomamente (supervisionadas posteriormente), acompanhei várias outras (consultas de

hipertensão arterial, diabetes, obesidade, saúde infantil e juvenil, planeamento familiar) e

acompanhei e participei ainda nos procedimentos de enfermagem. Trabalhos: diário do exercício

orientado (DEO)

Objectivos e reflexão: alguns dos objectivos foram compreender melhor a dinâmica dos

Cuidados de Saúde Primários e as diferenças na relação médico-doente entre o meio Rural e

Urbano e no papel do médico na adopção de estilos de vida saudáveis; desenvolver aptidões no

sentido do uso racional dos recursos de saúde disponíveis, de intervenção num contexto de

dificuldades socioeconómicas, e adequar as opções terapêuticas às preferências do doente.

Adquirir maior autonomia e autoconfiança quer a nível de diagnóstico, quer no pedido de meios

complementares de diagnóstico, terapêutica e referenciação para outras especialidades.

Considero ter cumprido os objectivos, tendo aperfeiçoado as minhas aptidões na relação médico-

doente, colheita de histórias clínicas, realização do exame objectivo, prescrição terapêutica,

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adaptação do discurso a diferentes contextos e aconselhamento no âmbito da medicina

preventiva. Adquiri bastante autonomia na abordagem de pacientes com as patologias mais

frequentes, dirigindo eu mesma, consultas. Penso que o DEO, pela complexidade que tinha,

acabou por condicionar o estágio, não tendo aproveitado tanto como poderia. Gostaria de ter tido

um maior período de estágio para poder aperfeiçoar áreas que foram menos comuns naquele

período. Refiro o excelente relacionamento interpessoal em ambas as USF, nomeadamente com

a equipa de enfermagem, e os conhecimentos fora da medicina que também me foram

transmitidos, que irei pôr em prática no meu futuro.

2.3. Pediatria

Regente: Prof. Dr. Luís Varandas | Orientador: Dr. Edmundo Santos. Duração e local de

estágio: 11/11/2013 – 6/12/2013, HSFX. Actividades desenvolvidas: Tive oportunidade de

contactar com várias vertentes da pediatria, desde berçário, enfermaria, Serviço de Neonatologia,

onde destaco o contacto com recém-nascidos de muito baixo peso. Serviço de Urgência e

consultas (cirurgia pediátrica, imunoalergologia pediátrica, consulta de baixo peso e neurologia

pediátrica). Assisti ainda a sessões clínicas, quer por parte dos profissionais do serviço de

pediatria, quer pelos meus colegas do 6º ano. Trabalhos: história clínica, seminário sobre

cetoacidose diabética, relatório parcelar de estágio.

Objectivos e Reflexão: Tive como objectivos, aprofundar o meu conhecimento das principais

patologias pediátricas, o seu diagnóstico e terapêutica, assim como a nível de exame físico nas

diferentes faixas etárias. Aumentar o índice de suspeição de doenças através de sintomas

inespecíficos ou atípicos. Aumentar o meu contacto com lactentes e exame objectivo a estes.

Considero ter cumprido os objectivos a que me propus, e ter, na realidade, superado as minhas

expectativas, pela variadíssima gama de situações que pude observar, principalmente no serviço

de urgência. A noção de alcançarmos o que seria inimaginável no passado, foi bem evidente na

consulta de baixo peso e no serviço de Neonatologia. O SU trouxe-me a maior variedade de

situações pelo que foi a componente de que mais gostei. Gostaria de ter tido um período de

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estágio maior e ter ido a mais consultas, pois esta enorme diversidade na pediatria agradou-me

imenso, algo dificultado pelo facto de ter ficado doente durante o estágio.

2.4. Ginecologia e obstetrícia

Regente: Prof. Dr.ª Fátima Serrano | Orientadores: Dr. Jorge Costa. Duração e local de

estágio: 09/12/2013 – 17/01/2014, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do HVFX. Actividades

desenvolvidas: Assisti a consultas com o meu tutor onde tive contacto com patologia

ginecológica geral e oncológica, mama, infertilidade e seguimento pós-operatório. No SU tive

ainda contacto com a patologia obstétrica e vigilância obstétrica, realização de ecografia vaginal e

obstétrica e de participar e assistir a cesarianas e partos no bloco de partos. No internamento,

acompanhei o pós-operatório de mulheres na unidade de ginecologia e o puerpério de mulheres

na unidade de obstetrícia. Tive ainda oportunidade de participar e assistir a cirurgias no bloco

operatório. Pude ainda assistir à apresentação oral dos meus colegas do 6º ano. Trabalhos:

Apresentação oral sobre Placenta Prévia e relatório parcelar de estágio.

Objectivos e reflexão: tive como principais objectivos, rever os conhecimentos teóricos já

abordados anteriormente, de modo a reconhecer os riscos e situações anormais, quando procurar

ajuda especializada. Desenvolver alguns gestos técnicos, assim como recolha de história

obstétrica e ginecológica e aprender mais sobre a ecografia nesta área. Em termos de parto,

gostaria de assistir a partos e ajudar em alguns. Acabei por não ajudar nenhum parto eutócico,

mas pude ajudar em cesarianas. Saliento ainda a promoção de autonomia na realização do

exame ginecológico e de ecografia pélvica e a possibilidade de ajudar em cirurgias, sendo que o

meu tutor me deu alguma flexibilidade de escolha quanto ao que queria observar e fazer mais,

algo que tornou o meu estágio bastante positivo.

2.5. Cirurgia Geral

Regente: Prof. Dr. Rui Maio | Orientador: Dr. Gonçalo Luz. Duração e local de estágio:

27/01/2014 – 21/03/2014, Departamento de Cirurgia Geral do HBA. Actividades desenvolvidas:

Acompanhei as actividades do meu tutor nas consultas de Cirurgia Geral, enfermaria e bloco

operatório (incluindo cirurgia de ambulatório). No SU acompanhei outros médicos, na pequena

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cirurgia. Trabalhos: apresentei no Mini-Congresso um caso clínico subordinado ao tema

“Síndrome de Mirizzi”, história clínica e relatório parcelar de estágio.

Objectivos e reflexão: iniciei este estágio com o objectivo de reconhecer as principais patologias

cirúrgicas e consolidar conhecimentos sobre o seu diagnóstico, terapêutica e necessidade de

referenciação; observar e realizar diversos procedimentos técnicos, nomeadamente ao nível da

pequena cirurgia e de cirurgia no bloco operatório. Considero ter cumprido os objectivos a que me

propus, tendo tido oportunidade de conhecer e ter contacto com várias patologias. A nível prático,

apesar de a rotina da enfermaria e o bloco operatório não permitirem uma grande intervenção no

que diz respeito às técnicas cirúrgicas, acabei por colmatar esse facto com o Serviço de urgência.

Foi também aí que tive maior contacto com novos diagnósticos, dado que a consulta tinha maior

componente de seguimento e optamos por nos dividirmos, já que havia um rácio de 3:1 alunos –

tutor. Estive ainda no estágio de Anestesiologia, onde cumpri também os objectivos, tendo

intubado, administrado fármacos, entre outros e tendo adquirido vários novos conhecimentos.

Aponto como problemas, o rácio de 3:1 e a menor possibilidade de ajudarmos na parte cirúrgica.

2.6. Medicina Interna

Regente: Prof. Dr. Fernando Nolasco | Orientadores: Dra. Filipa Marques e Dra. Inês Araújo.

Duração e local de estágio: 24/03/2014 – 23/05/2014, Unidade de Insuficiência Cardíaca e

Medicina III do HSFX. Actividades desenvolvidas: Participei nas actividades da enfermaria, do

serviço de urgência e da consulta externa. Assisti ainda a sessões formativas semanais, que

decorriam no edifício da faculdade e ainda seminários dados por colegas do 6º e 4º anos.

Trabalhos: Apresentação oral sobre Insuficiência Cardíaca e relatório parcelar de estágio.

Objectivos e reflexão: tinha como objectivos desenvolver conhecimentos a nível da patologia

cardíaca em situações graves e aprender a manusear situações agudas. O estágio não

correspondeu às minhas expectativas pois não me foi dada a hipótese de escolher as áreas que

queria aperfeiçoar. Integrei a equipa e por esse motivo desenvolvi algumas capacidades, quer

sejam de colheita de anamnese, exame objectivo, relevância de pedidos de ECD e respectiva

interpretação, prescrição e ajustes terapêuticos, trabalho de equipa, e principalmente a realização

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de histórias clínicas e diários clínicos e ainda notas de óbito. Não me foi possível assistir ao nível

de consulta de IC, que queria, uma vez que havia menos gente na enfermaria e era necessário

estar lá. Acabei por também não desenvolver tanto os meus conhecimentos de IC aguda, como

gostaria, já que me eram atribuídos doentes fora da UIC. Foi em última análise, importante, pois

adquiri novas capacidades em procedimentos em que não estava tão à vontade e que fazem

parte do internato do ano comum e das rotinas de uma enfermaria.

2.7. Outras actividades

Ao longo do ano lectivo, participei por iniciativa própria em actividades extra-hospitalares:

“Robotics, the new frontier to treat arrythmia” no dia 17 de Fevereiro de 2014, e “Robotic Cardiac

Surgery”, no dia 18 de Fevereiro de 2014, ambos no Hospital da Luz, a propósito do congresso

“Leaping Forward” e ainda o congresso “Hipertensão Arterial e Insuficiência Cardíaca” no dia 11

de Abril de 2014, que decorreu na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Realizei

ainda um estágio em Medicina Interna na Indonésia, durante o período que se antecedeu ao 6º

ano (Julho- Setembro), tendo tido equivalência à cadeira Opcional. Refiro em última análise a

área não médica, tendo frequentado ao longo de todo o ano, cursos intensivos de Alemão em

horário pós-laboral, realizando os níveis A1.1,A1.2, A2.1 e A2.2 e ainda cursos segundo o sistema

MOOC, subordinados ao tema das Relações Internacionais. Em anexo junto os certificados de

participação dos congressos a que assisti e do estágio na Indonésia.

3. Análise Crítica

Considero que este ano foi de enorme importância para a minha formação, ouso dizer o mais

importante. Ao longo de vários anos a questionar-me se este seria o lugar certo, neste ano

percebi que sim. Os anos anteriores serviram para formar uma base de conhecimentos que só

neste ano se tornaram visíveis. Percebi os conhecimentos que tinha adquirido e pude começar a

utilizá-los no dia-a-dia das práticas médicas que fui experienciando, integrando as equipas. Foi

então feita uma ponte entre os anos de cariz mais observatorial e os próximos, de executante. Foi

um ano difícil, por ter de conciliar várias actividades, quer os estágios e estudo teórico para estes,

trabalhos e relatórios, quer as 9 horas de alemão semanais e preparação, com trabalhos e

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exames, o estudo do Harrison e ainda um especial gosto pela área de Relações Internacionais

relativamente aos conflitos entre países e a tentativa de estudar de forma autodidata. A frequência

de congressos ajudou-me a perceber melhor o que quero seguir como especialidade e a ter

contacto com a componente internacional da medicina e de partilha de experiência entre países,

que sempre me fascinou. Ainda a respeito da internacionalização na medicina, foi particularmente

importante o meu estágio de MGF, um congresso acerca da mobilidade na medicina e o internato

médico no estrangeiro, e ainda a avaliação final de Saúde Mental, os quais desmistificaram e me

fizeram acreditar numa carreira internacional. Não tenciono terminar aqui a minha formação

académica, pensando numa licenciatura em relações internacionais a nível da gestão de conflitos

entre nações, e alem do alemão, uma outra língua, antes de avançar para uma carreira no

estrangeiro e, já durante ou após a especialização, eventualmente tentar conciliar o trabalho

hospitalar, com investigação e uma componente académica, um desejo provavelmente

despoletado por ter sido monitora de bioquímica em anos anteriores, tendo o desejo de contribuir

para a formação teórica de outras pessoas. Este curso deu-me conhecimentos teóricos e práticos

dentro da medicina, mas acima de tudo treinou a minha capacidade de pesquisar informação,

seleccionar fontes e informação relevante e isso penso ser o mais importante. Todos os anos, os

avanços na medicina trazem novas terapêuticas e novos mecanismos fisiopatológicos. A medicina

não é estanque e por esse motivo, mais importante do que saber as matérias que aprendi durante

o curso, penso ser a capacidade de pesquisar e manter-me actualizada ao longo do tempo, algo

que obviamente não seria possível se não tivesse tido uma base de conhecimentos de vários

anos, sólida, que permita acrescentar e subtrair pequenas partes de informação que se alterem.

Além disso, as competências a nível humanístico, com os doentes e a relação entre profissionais,

que nos mostra as vantagens de uma boa cooperação entre profissionais médicos e ainda entre

médicos e não médicos, salientando o estágio de Saúde Mental e de MGF. Como críticas ao

curso aponto o excesso de aulas teóricas de um método expositivo, acreditando que aulas mais

interactivas entre alunos e professores, assim como a realização de trabalhos, promovendo maior

tempo de aquisição de conhecimentos por pesquisa e estudo do próprio e cooperação entre

colegas, e menor tempo em exposição de matéria, trariam benefícios. Uma maior utilização de

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recursos informáticos em casa poderia trazer vantagens, permitindo uma maior proximidade entre

aluno e professor e poupando tempo de aulas no campus da faculdade, já que os horários

constituem também eles mesmos um problema. Um contacto com doentes mais precoce, desde o

primeiro ano, traria uma maior motivação por parte dos alunos. A atribuição de um tutor por aluno,

que o “apadrinhasse” e acompanhasse ao longo dos 6 anos, a quem o estudante pudesse

recorrer e o que o incentivasse a um trabalho mais clínico e científico, poderia promover um CV

mais forte e uma motivação maior, com treino de mais competências. A existência de mais

cadeiras não típicas: medicina em contextos de confronto, catástrofe e em países

subdesenvolvidos, geriatria, saúde global,… e mesmo não médicas, nomeadamente gestão,

política, inglês e outras línguas, dispositivos biomédicos, filosofia, entre outras, poderiam também

acrescentar valor e permitir uma formação superior num maior leque de áreas que acredito

constituírem vantagens num futuro profissional. Penso que deveriam também ser mais

incentivados os estágios clínicos e científicos no exterior e voluntariado, quer em países

desenvolvidos como em países subdesenvolvidos, com atribuição de créditos extra, pois até este

ano, não nos trazia vantagens académicas. Em última análise, o rácio de alunos por assistente de

1:1 traria claras vantagens, já que no 4º e 5º anos, o rácio foi altamente limitativo e 1:1 permite

uma maior proximidade entre tutor e aluno e por isso, maior intervenção deste nas actividades

médicas e desenvolvimento do raciocínio clínico. Agradeço a esta casa por me ter preparado para

o mercado de trabalho e me ter permitido exceder as minhas capacidades, fortalecendo aspectos

em que era mais fraca, nomeadamente no que diz respeito ao acompanhamento contínuo do

estudo, a capacidade de abdicar de fins-de-semana, tempo livre e dos dias de sol, pelo trabalho.

Ainda, a visão de que o tempo é a componente mais importante da vida e a mais escassa, pelo

que devemos aproveitá-lo para nos cultivarmos com outras áreas; Por me mostrar exemplos de

conduta que quero seguir na minha profissão, por me permitir pensar sobre a morte e a justiça e

me mostrar um pouco do que é o fracasso e impotência do médico perante certos

acontecimentos, embora reconheça que ainda tenho um longo caminho a percorrer nessa parte. E

em última instância, por me ensinar a dar de mim, tempo e dedicação, para ajudar os outros, e me

mostrar a felicidade em, muitas vezes, poder fazer a diferença na vida de alguém.

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4. Anexos

“Robotics, the new frontier to treat arrythmia” no dia 17 de Fevereiro, no Hospital da Luz, a

propósito do congresso Leaping Forward

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Robotic Cardiac Surgery, no dia 18 de Fevereiro

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Congresso de Hipertensão Arterial e Insuficiência Cardíaca no dia 11 de Abril de 2014

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Estágio na Indonésia