Autismo esquizofrenia final

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Alunos: Bárbara Santos José Solón Paulo Roberto Ueliton Silva

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Alunos: Bárbara Santos

José Solón

Paulo Roberto

Ueliton Silva

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Em linhas gerais, pode-se afirmar que o autismo é uma síndrome comportamental com etiologias diferentes, na qual o processo de desenvolvimento infantil encontra-se profundamente distorcido. (GILLBERT; RUTTER apud BOSA; CALLIAS, 2000)

Em 1943, o psiquiatra americano Leo Kanner.

autismo é compartilhado entre gêmeos monozigóticos (MZ) e digizóticos (DZ). Como os MZ são geneticamente idênticos e os DZ partilham a mesma quantidade de DNA que qualquer par de irmãos, o achado de um índice maior de concordância (partilhando o diagnóstico) entre pares MZ sugeriria que os genes têm uma importante contribuição à etiologia de um transtorno”. (GUPTA & STATE, 2006, s30)

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Referente à sintomatologia podemos especificar uma série de sintomas que vai ligando a uma determinada época ou idades. Ornitz apud Costa & Nunesmaia, 1983.

Recém Nascido: raramente chora (“um bebê muito comportado”); torna-se rígido quando é pego no colo.

1º ano: • não pede nada, não nota sua mãe; não afetuoso.

2º e 3º anos: • intolerância à novidade nos jogos; indiferente aos contatos sociais.

4º e 5º anos: • ausência do contato visual; resistência às mudanças no ambiente e nas rotinas

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As características essenciais do Transtorno Autista são a presença de um desenvolvimento acentuadamente anormal ou prejudicado na interação social (Apa, 1994).

Pode haver um fracasso em desenvolver relacionamentos com seus pares que sejam apropriados ao nível de desenvolvimento (Apa, 1994).

Os indivíduos mais jovens podem demonstrar pouco ou nenhum interesse pelo estabelecimento de amizades; os mais velhos podem ter interesse por amizades, mas não compreendem as convenções da interação social (Apa, 1994).

O indivíduo com este transtorno pode ignorar outras crianças, inclusive sues irmãos, não tem a idéia da necessidade do outro (Apa, 1994).

 

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O prejuízo na comunicação é marcante, afetando as habilidades tanto verbais quanto não-verbais (Apa, 1994).

Quando a fala chegar a desenvolver, o tibre, a entonação, a velocidade, o ritmo, podem ser anormais (Apa, 1994).

As estruturas gramaticais são imaturas e incluem o uso estereotipado e repetitivo da linguagem, por exemplo, repetição de comerciais (Apa, 1994).

Apresentam interesse limitado pelas coisas (Apa, 1994).

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1- O inicio do transtorno autista começa antes dos três anos de idade. Em alguns casos, desde Um ano (Apa, 1994).

2- As manifestações são difíceis de definir antes dos dois anos de idade (Apa, 1994).

3- Em crianças com idade escolar são comuns alguns progressos, interesse pelo funcionamento social (Apa, 1994).

4- Alguns se deterioram e outros desenvolvem (Apa, 1994).

5- Alguns estudos indicam que uma percentagem pequena de indivíduos com este transtorno, consegue trabalhar quando adultos (Apa, 1994).

6- Mesmo adultos muitos indivíduos ainda continuam demonstrando dificuldade na comunicação e interação social (Apa, 1994).

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Prevalência: 1% da população;Associação com retardo mental: 15% dos

casos;Associação com epilepsia: 5 a 10% dos casos;Razão sexo m masculino/feminino: 2-4:1;Distribuição dos pacientes com autismo

infantil:

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São utilizados os medicamentos abaixo descritos:Neurolépticos;Combinação de vitamina B6-magnésio, fenfluramina,

carbamazepina, ácido valpróico e lítio;Outros com cuidados: risperidona, olanzapina e

haloperidolRecomendações que devem ser seguidas (Gilber,

2005):Não usar medicação para maioria dos pacientes;Dietas convencionais: não são úteis para maioria;Exercícios físicos: muito úteisDieta sensorial;Minimizar ambigüidades e interpretações simbólicas.

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Psicoterapia psicanalítica: abordagem familiar levando em consideração o triângulo (pai, mãe e filho);

Intervenção psicossocial (deve levar em consideração):Crianças autistas interagem de maneira

incomum;Necessidade da interação familiar;Respeito à condição autista e suas limitações;Difusão do conhecimento sobre o autismo;Preparo das instituições para receber crianças

autistas.

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As anormalidades são mais encontradas na região do cerebelo e as mais freqüentes são a hipoplasia e/ou hiperplasia do vérmis cerebelar. Há também o aumento da espessura do córtex lobo frontal, pariental, temporal e occipital.

Alguns pesquisadores ainda negam que exista alguma relação entre essas anomalias e a manifestação dos sintomas

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Diferenças alélicas freqüentes dos marcadores do gene HRAS que ficam localizadas no braço curto do cromossomo 11 sugerindo uma susceptibilidade ao desenvolvimento do autismo.

Há uma maior incidência de distúrbios neuropsiquiátricos em famílias de autistas

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A esquizofrenia é uma doença que ocorre em pessoas com características psicológicas sigulares. (GABBAR, 2006).

Os fatores genéticos têm forte presença no desenvolvimento da esquizofrenia. Alguns estudos bem desenvolvidos sugerem uma concordância para esquizofrenia em gêmeos monozigóticos entre 40% e 50%, enquanto a concordância em gêmeos dizigóticos é semelhante àquela encontrada entre irmãos. (KETY; PLOMIN apud GABBAR, 2006)

Existe a probabilidade de haver uma heterogeneidade genética – em outras palavras, existe provavelmente mais de um gene defeituoso envolvido, e mais de um quadro genético subjacente ao transtorno. (GABBAR, 2006, p. 141)

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Sintomatologia definida por Gabbar, 2006, pode ser feita em três grupos: 1) sintomas positivos, 2) sintomas negativos e 3) relações interpessoais doentes.

1) conteúdo do pensamento (como delírios), distúrbios da percepção (como alucinação) e manifestações comportamentais (como catatonia e agitação), entre outros

2) “ausência” de função, afeto restrito, pobreza de pensamento, apatia e anedonia.

3) sintomas de retraimento, expressões inadequadas de agressão e sexualidade, falta de consciência das necessidades dos outros, excessiva solicitação e incapacidade de fazer contatos significativos com as outras pessoas.

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É muito complicado chegar ao diagnóstico de esquizofrenia, especialmente na fase precoce da doença, porque a característica fundamental desta perturbação é a variabilidade da tipologia dos sintomas e da sua evolução. (Apa, 1994)

Critérios para o diagnostico

Não obstante as dificuldades, há indicações que ajudam o médico a chegar à formulação do diagnóstico de esquizofrenia:

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A) Presença, durante o mínimo 1 mês, de pelo menos dois dos seguintes sintomas:Delírio Alucinações Linguagem desorganizada Comportamentos anómalos Falta de motivação ou de vontade / diminuição

da afectividade/empobrecimento do pensamento

B) Disfunção sócio-laboral

C) Persistência da perturbação durante pelo menos 6 meses

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Alguns sintomas, embora não sejam específicos da esquizofrenia, são de grande valor para o diagnóstico. Seriam:

a) Audição dos próprios pensamentos (sob forma de

vozes).

b) Alucinações auditivas que acometam o

comportamento do paciente.

c) Alucinações somáticas.

d) Sensação de ter os próprios pensamentos

controlados.

e) Sensação de ter as ações controladas e

influenciadas por alguma coisa exterior.

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Há dois motivos básicos que justificam a falta de segurança sobre o curso da esquizofrenia:

a) Falta de critérios uniformes nas pesquisas passadas sobre o assunto. (Apa, 1994)

b) Dificuldade de se acompanhar ao longo de vários anos um grupo grande de pacientes. (Apa, 1994)

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Taxa de prevalência: 1% da população;Começo da doença: mais precoce no homem ;Casos novos: raros antes da adolescência e

depois dos 50 anos;Mulheres: apresentam curso mais brando;Prognóstico: melhor em países menos

desenvolvidos;Países desenvolvidos: é muito mais freqüente.

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Três formas principais de tratamento :Medicamentoso:

sedativos (convencionais): usado para excessiva inquietação.

Incisivos: utilizados para quando paciente apresentar alucinações e delírios.

Educação e intervenções psicossociais;Reabilitação social.

Cuidados no uso de antipsicóticos:A resposta de cada medicação é individual;Em idosos, as associações de fármacos devem ser

evitados;O tratamento deve se iniciar com baixas doses;Esperar pelo menos por 08 semanas efeito do remédio.

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Efeitos colaterais:Parkisionismo;Actisia: perda de calma interna;Distonia aguda: espasmos involuntários;Discinesia tardia: movimentos repetitivos;Síndrome neuroléptica maligna: desregulação

temperatura corporal;Convulsões.

Tratamento de manutenção: uso de neurolépticos de ação prolongada (NAP)

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Devem prevenir as recaídas e evitar a institucionalização (Shirakawa, 2000).

Principais objetivos da psicoterapia:Interromper perda capacidade mental;Restaurar capacidade de cuidar de si;Diminuir isolamento do paciente;Reconhecer e reduzir natureza ameaçadora dos

eventos;Recuperar e promover auto-estima;Estimular independência do paciente;Aumentar defesas frente situações estressantes.

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Abordagem individual:Fase inicial: aliança terapêuticaFase intermediária: conscientização do pacienteFase avançada: proporciona oportunidades de

introspecção.Psicoterapia de grupo: muito utilizado pela ação

conjunta e de interesses comuns.Intervenção familiar: é imprescindível ao

sucesso do tratamento.Abordagem psicossocial em instituições: prática

mais contemporânea. CAPSI , NAPS.

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Existem três explicações fisiológicas principais para a ocorrência da esquizofrenia.

Níveis excessivamente altos de atividade neurológica são responsáveis por muitos sintomas positivos. Esses altos níveis de atividade ocorrem nas áreas onde a dopamina é o principal neurotransmissor.

Sintomas negativos como apatia e pobreza de pensamento e linguagem da esquizofrenia podem ter causa no rebaixamento de atividade neurológica nos lóbulos frontais

Anomalias na estrutura cerebral podem também retardar processos cognitivos e gerar muitos dos sintomas negativos.

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Possuem maior a probabilidade de adoecer aqueles que têm parentes doentes. Quanto menor o grau de parentesco com o individuo atingido maior a probabilidade de manifestação da esquizofrenia.

Se a esquizofrenia tem uma base genética o que faz alguns, no caso dos gêmeos idênticos, manifestarem e outros não?

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