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Apostila- TDAH e escola. Organização: Jossandra Barbosa Estão reunidos nesta apostilas vários textos retirados da internet , livros e trabalhos acadêmicos sobre conhecimentos teóricos e metodológicos a respeito do trabalho do professore e alunos com TDAH. Compartilhando Conhecimentos Grupo Psicopedagogiando/Facebook www.grupopsicopedagoiando.blogspot.com.br Compartilhando Conhecimentos

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Apostila- TDAH e escola. Organização: Jossandra Barbosa Estão reunidos nesta apostilas vários textos retirados da internet , livros e trabalhos acadêmicos sobre conhecimentos teóricos e metodológicos a respeito do trabalho do professore e alunos com TDAH.

Compartilhando Conhecimentos

Grupo Psicopedagogiando/Facebook www.grupopsicopedagoiando.blogspot.com.br

Compartilhando Conhecimentos

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Introdução

Com o proposito de compartilhar conhecimentos ,

aprendizagens e materiais o grupo psicopedagogiando reuniu

nesta apostila inúmeros textos que tratam da metodologia e

recursos que podem ser tratado com alunos que apresentem o

transtorno de déficit de atenção.

Nem todos os textos apresentam suas fontes e nos servem

apenas como fonte de aprendizagem e reflexão.

Jossandra Barbosa.

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TEXTO 01

Algumas Estratégias Pedagógicas para Alunos com TDAH:

Atenção, memória sustentada:

Algumas técnicas para melhorar a atenção e memória

sustentadas

1 – Quando o professor der alguma instrução, pedir ao aluno para

repetir as instruções ou compartilhar com um amigo antes de

começar as tarefas.

2 – Quando o aluno desempenhar a tarefa solicitada ofereça

sempre um feedback positivo (reforço) através de pequenos elogios

e prêmios que podem ser: estrelinhas no caderno, palavras de

apoio, um aceno de mão... Os feedbacks e elogios devem

acontecer SEMPRE E IMEDIATAMENTE após o aluno conseguir

um bom desempenho compatível com o seu tempo e processo de

aprendizagem.

3 – NÃO criticar e apontar em hipótese alguma os erros cometidos

como falha no desempenho. Alunos com TDAH precisam de

suporte, encorajamento, parceria e adaptações. Esses alunos

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DEVEM ser respeitados. Isto é um direito! A atitude positiva do

professor é fator DECISIVO para a melhora do aprendizado.

4 – Na medida do possível, oferecer para o aluno e toda a turma

tarefas diferenciadas. Os trabalhos em grupo e a possibilidade do

aluno escolher as atividades nas quais quer participar são

elementos que despertam o interesse e a motivação. É preciso ter

em vista que cada aluno aprende no seu tempo e que as

estratégias deverão respeitar a individualidade e especificidade de

cada um.

4 – Optar por, sempre que possível, dar aulas com materiais

audiovisuais, computadores, vídeos, DVD, e outros materiais

diferenciados como revistas, jornais, livros, etc. A diversidade de

materiais pedagógicos aumenta consideravelmente o interesse do

aluno nas aulas e, portanto, melhora a atenção sustentada.

5 – Utilizar a técnica de “aprendizagem ativa” (high response

strategies): trabalhos em duplas, respostas orais, possibilidade do

aluno gravar as aulas e/ou trazer seus trabalhos gravados em CD

ou computador para a escola.

6 – Adaptações ambientais na sala de aula: mudar as mesas e/ou

cadeiras para evitar distrações. Não é indicado que alunos com

TDAH sentem junto a portas, janelas e nas últimas fileiras da sala

de aula. É indicado que esses alunos sentem nas primeiras fileiras,

de preferência ao lado do professor para que os elementos

distratores do ambiente não prejudiquem a atenção sustentada.

7 – Usar sinais visuais e orais: o professor pode combinar

previamente com o aluno pequenos sinais cujo significado só o

aluno e o professor compreendem. Exemplo: o professor combina

com o aluno que todas as vezes que percebê-lo desatento durante

as atividades, colocará levemente a mão sobre seu ombro para que

ele possa retomar o foco das atividades.

8 – Usar mecanismos e/ou ferramentas para compensar as

dificuldades memoriais: tabelas com datas sobre prazo de entrega

dos trabalhos solicitados, usar post-it para fazer lembretes e

anotações para que o aluno não esqueça o conteúdo.

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9 – Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais

importantes de uma tarefa, texto ou prova.

Tempo e processamento das informações

1 – Usar organizadores gráficos para planejar e estruturar o

trabalho escrito e facilitar a compreensão da tarefa. Clique aqui para

ver um exemplo.

2 – Permitir como respostas de aprendizado apresentações orais,

trabalhos manuais e outras tarefas que desenvolvam a criatividade

do aluno.

3 – Encorajar o uso de computadores, gravadores, vídeos, assim

como outras tecnologias que possam ajudar no aprendizado, no

foco e motivação.

4 – Reduzir ao máximo o número de cópias escritas de textos.

Permitir a digitação e impressão, caso seja mais produtivo para ao

aluno.

5 – Respeitar um tempo mínimo de intervalo entre as tarefas.

Exemplo: propor um trabalho em dupla antes de uma discussão

sobre o tema com a turma inteira.

6 – Permitir ao aluno dar uma resposta oral ou gravar, caso ele

tenha alguma dificuldade para escrever.

7 – Respeitar o tempo que cada aluno precisa para concluir uma

atividade. Dar tempo extra nas tarefas e nas provas para que ele

possa terminar no seu próprio tempo.

Organização e técnicas de estudo

1 – Dar as instruções de maneira clara e oferecer ferramentas para

organização do aluno desenvolver hábitos de estudo. Incentivar o

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uso de agendas, calendários, post-it, blocos de anotações,

lembretes sonoros do celular e uso de outras ferramentas

tecnológicas que o aluno considere adequado para a sua

organização.

2 – Na medida do possível, supervisionar e ajudar o aluno a

organizar os seus cadernos, mesa, armário ou arquivar papéis

importantes.

3 – Orientar os pais e/ou o aluno para que os cadernos e os livros

sejam “encapados” com papéis de cores diferentes. Exemplo:

material de matemática – vermelho, material de português – azul, e

assim sucessivamente. Este procedimento ajuda na organização e

memorização dos materiais.

4 – Incentivar o uso de pastas plásticas para envio de papéis e

apostilas para casa e retorno para a escola. Desta forma, todo o

material impresso fica condensado no mesmo lugar minimizando a

eventual perda do material.

5 – Utilizar diariamente a agenda como canal de comunicação entre

o professor e os pais. É extremamente importante que os pais

façam observações diárias sobre o que observam no

comportamento e no desempenho do filho em casa, assim como o

professor poderá fazer o mesmo em relação às questões

relacionadas à escola.

6 – Estruturar e apoiar a gestão do tempo nas tarefas que exigem

desempenho em longo prazo. Exemplo: ao propor a realização de

um trabalho de pesquisa que deverá ser entregue no prazo de 30

dias, dividir o trabalho em partes, estabelecer quais serão as etapas

e monitorar se cada uma delas está sendo cumprida. Alunos com

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TDAH apresentam dificuldades em desempenhar tarefas em longo

prazo.

7 – Ensine e dê exemplos frequentemente. Use folhas para tarefas

diárias ou agendas. Ajude os pais, oriente-os como proceder e

facilitar os problemas com deveres de casa. Alunos com TDAH não

podem levar “toneladas” de trabalhos para fazer em casa num

prazo de 24 horas.

Técnicas de aprendizado e habilidades metacognitivas

1 – Explicar de maneira clara e devagar quais são as técnicas de

aprendizado que estão sendo utilizadas. Exemplo: explicar e

demonstrar na prática como usar as fontes, materiais de referência,

anotações, notícias de jornal, trechos de livro, etc.

2 – Definir metas claras e possíveis para que o aluno faça sua

autoavaliação nas tarefas e nos projetos. Este procedimento

permite que o aluno faça uma reflexão sobre o seu aprendizado e

desenvolva estratégias para lidar com o seu próprio modo de

aprender.

3 – Usar organizador gráfico (clique aqui para ver) para ajudar no

planejamento, organização e compreensão da leitura ou escrita.

Inibição e autocontrole

1 – Buscar sempre ter uma postura pró-ativa. Antecipar as

possíveis dificuldades de aprendizado que possam surgir e

estruturar as soluções. Identificar no ambiente de sala de aula quais

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são os piores elementos distratores (situações que provocam maior

desatenção) na tentativa de manter o aluno o mais distante possível

deles e, consequentemente, focado o maior tempo possível na

tarefa em sala de aula.

2 – Utilizar técnicas auditivas e visuais para sinalizar transições ou

mudanças de atividades. Exemplo: falar em voz alta e fazer sinais

com as mãos para lembrar a mudança de uma atividade para outra,

ou do término da mesma.

3 – Dar frequentemente feedback (reforço) positivo. Assinale os

pontos positivos e negativos de forma clara, construtiva, respeitosa.

Este monitoramento é importante para o aluno com TDAH, pois

permite que ele desenvolva uma percepção do seu próprio

desempenho, potencial e capacidade e possa avançar motivado em

busca da sua própria superação.

4 – Permitir que o aluno se levante em alguns momentos,

previamente combinados entre ele e o professor. Alunos com

hiperatividade necessitam de alguma atividade motora em

determinados intervalos de tempo. Exemplo: pedir que vá ao quadro

(lousa) apagar o que está escrito, solicitar que vá até a

coordenação buscar algum material, etc., ou mesmo permitir que vá

rapidamente ao banheiro ou ao corredor beber água. Este

procedimento é extremamente útil para diminuir a atividade motora

e, muitas vezes, é ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO para crianças

muito agitadas.

http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/dicas-para-

educadores/item/399-algumas-estrat%C3%A9gias-

pedag%C3%B3gicas-para-alunos-com-tdah.html

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TEXTO 02

DICAS PARA ESTIMULAR A APRENDIZAGEM NA SALA DE AULA

Segundo Sandra Rief (2001), especialista em Educação Especial e Recursos de Aprendizagem, algumas condições pré-existentes podem desencadear problemas para portadores de TDAH na sala de aula,

estas condições podem ser:

Físicas: fatores internos como fadiga, fome, desconforto físico

etc.

Meio ambiente: barulho, posição da carteira, localização da sala, etc.

Atividade ou evento específico: alguma coisa frustrante,

tediosa, inesperada, superestimulante.

Tempo específico: hora do dia, dia da semana.

Demonstração de habilidade ou necessidade de atuação: no comportamento nas relações sociais na produção acadêmica (expectativa de fazer algo difícil, desagradável ou que provoque ansiedade).

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Outras: interação negativa com alguém ser alvo de

brincadeiras ou provocações etc.

Com o objetivo de prevenir problemas na sala de aula, o professor deve procurar alterar essas condições pré-existentes. Algumas sugestões:

criar um ambiente “seguro”, reduzindo o medo e o stress. Aumentar a estrutura. Estabelecer uma rotina previsível (são difíceis de se adaptarem

a novas situações). Ajustar os fatores ambientais (temperatura, iluminação, móveis,

estímulos visuais etc.). As regras, limites e procedimentos a serem seguidos devem ser

claramente definidos, ensinados e praticados. O ensino do sucesso de todos. Estrutura as lições de modo a permitir participação ativa e

resposta interessada. Proporcionar mais escolhas e opção a fim de provocar interesse

e motivação. Proporcionar mais tempo e mais espaço; se necessário, mudar

o tempo e o espaço. Proporcionar ritmo adequado. A supervisão deve ser mais freqüente. Aumentar as oportunidades de movimentação física. Ensinar estratégias de auto-controle (relaxamento, visualização,

respiração profunda, resolução de problemas, auto-monitoramento).

Utilizar as estratégias de “cantinho para pensar”, “tempo para se acalmar”, “pausa para descanso”, como medida preventiva.

Utilizar tática de redirecionamento e preparar para as transições. Trabalhar as dificuldades acadêmicas, sociais e

comportamentais. Proporcionar acomodações e adaptações segundo a

necessidade. Proporcionar maior encorajamento e retorno positivo. Aumentar o número de dicas e incentivos, especialmente os

“toques” visuais e sinais não verbais.

Usar voz calma, bem como uma tranqüila linguagem corporal - requisitar, redirecionar e corrigir de maneira eficiente e respeitosa.

PERFIL ACADÊMICO COMUM

Leitura:

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Fluência média, identificação das palavras; Compreensão desigual; Perde-se na leitura freqüentemente; Precisa ler oralmente, não consegue ler silenciosamente; Esquece o que lê; Tem baixo desempenho em trechos longos; Desempenho médio em trechos curtos;

Evita ler.

Linguagem escrita:

Idéias criativas; Problemas de planejamento e organização; Não consegue começar; Caligrafia imatura; Fraco em ortografia; Velocidade lenta; Produção mínima.

Mecânica fraca (letra maiúscula/pontuação).

Matemática:

Altamente inconsistente; Erros por desatenção; Conceitos matemáticos médio/forte; Execução lenta com lápis/papel; Lembrança fraca de fatos. Alinhamento numérico fraco.

Habilidades de estudo/organizado:

Perde coisas freqüentemente; Fraco em anotações; Esquece matérias e tarefas; Fraco em priorizações e planejamentos; Má administração de tempo; Tarefas incompletas. Precisa de esclarecimentos e lembretes freqüentes.

TALVEZ NÓS PRECISAMOS MODIFICAR

Materiais; Métodos;

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Ritmo; Ambiente; Tarefas; Exigências de tarefas; Notas; Testes / Avaliação; Feedback; Reforço; Entrada de idéias / Rendimento; Nível de suporte; Grau de participação; Tempo distribuído; Tamanho / Quantidade.

SETE ELEMENTOS CHAVE PARA O SUCESSO

1º Conseguindo e mantendo atenção:

Uso de novidades e objetos; Técnicas eficazes de questionamento; Uso de organizadores gráficos; Sinais auditivos; Uso de retro-projetores (para uma melhor visualização);

Respostas escritas associadas com atividades auditivas.

2º Administração na sala de aula:

Clareza na comunicação e expectativas; Uso de monitores; Regras e conseqüências expostas; Uso de controle por proximidade; Alunos repetem instruções; Sinais, elogios e reforço para períodos de transição;

Revisão de regras e auto-monitor em situação de grupo.

3º Aprendizado participativo e oportunidades de respostas:

Aprendizado cooperativo:

- uso de parceiros;

- membros do grupo tem papéis determinados;

- responsabilidade e auto monitoria.

Resposta em grupo (quadro de giz).

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4º Organização e habilidades de estudo:

Uso de programas e expectativas da escola; Uso de cadernos e calendários de tarefa; Tarefas esclarecidas e expostas; Sistema de estudo entre parceiros (por tutor).

5º Instrução multisensorial e acomodação para estilos de

aprendizado:

Uso de melodia e ritmo; Apresente instrução visualmente / auditivamente; Fazer uso de computadores; Ambiente físico adequado ao trabalho dos alunos; Ofereça escolhas de onde trabalhar; Áreas privativas e escritórios para estudo; Áreas de sala formal / informal; Uso de fones ante-ruídos e outros artifícios como, por exemplo,

luz local e não luz difusa;

Intervalo para alongamento e exercícios.

6º Modificação na produção escrita:

Testes orais e transcrição escrita; Rubricar trabalhos / tarefas menores; Habilidades de processador de textos e digitação; Uso de opções de papel (ex.: computador ou folha

milimetradas).

7º Práticas de colaboração

Equipes de estudo (equipes de consulta); Ênfase em parcerias com os pais; Ensinar em equipe para facilitar a instrução e a disciplina; Uso de monitores de idades diferentes; Necessidade de tempo para planejamento e apoio

administrativo.

O QUE MANTER EM MENTE COM ALUNOS QUE SÃO UM

DESAFIO

Planeje uma resposta e evite “reagir”; Elogie, encoraje gratifique o desenvolvimento da melhora;

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Mude o que você pode controlar... Você mesmo (atitude, linguagem do corpo, voz, estratégia / técnicas, expectativas, foco);

Seja firme, justo e estável; Permaneça calmo;

Evite bater de frente (medir forças).

ESTRATÉGIAS PARA ATRAIR A ATENÇÃO E PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS

faça uma pergunta interessante e especulativa, mostre uma figura, conte uma pequena estória ou leia um poema relacionado para gerar discussão e interesse para a próxima lição.

Tente um pouco de brincadeira ou tolice, drama (use objetos e estórias) para conseguir a atenção e estimular interesse.

Mistério. Traga um objeto relevante a lição em uma caixa, sacola ou fronha. Isto é uma maneira excelente de gerar especulação e pode levar a criança a ótimas discussões e atividades escritas.

Mostre animação e entusiasmo sobre a próxima lição. Diminua o tempo que o professor fala. Faça o máximo de

esforço para aumentar mais as respostas dos alunos (dizendo ou fazendo alguma coisa com a informação que está sendo ensinada).

O uso de parceiros (duplas) é talvez o método mais eficaz de maximizar o envolvimento do aluno. O formato, de parceiros assegura que todos estejam envolvidos ativamente não apenas alguns. “Vire-se para seu vizinho/parceiro e...” Os formatos de parceiros são ideais, para previsão, compartilhar idéias, esclarecer instrução, resumir informações / treinar / praticar (vocabulários, ortografia, operações matemáticas), compartilhar atividades escritas. Exemplos: “Junte-se a seu colega e dividam suas idéias sobre...”. Depois de dar um tempo para as duplas responderem, peça voluntários para compartilhar com a turma toda. “Quem gostaria partilhar o que você e seu parceiro pensam sobre...”

Formule as lições usando um ritmo animado e uma variedade de técnicas de questionamento que envolvam a classe toda, parceiros e respostas individuais.

Antes de pedir uma resposta oral, faça uma pergunta e peça que os alunos anotem primeiro o que eles acharem que seja correto. Depois peça que voluntários respondem oralmente.

Permita que os alunos usem quadro brancos individuais durante a lição, é motivador e ajuda a manter a atenção. Se usado

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corretamente, é também eficaz para checar a compreensão dos alunos e determinar quem precisa de reforço.

Varie a maneira que você chama o aluno. Por exemplo, “Todos que estão usando brinco, levantem-se esta pergunta é para vocês”. (Alunos deste grupo podem responder ou ter a opção de passar.

Utilize cartões de resposta já preparados para os alunos praticar áreas de conteúdo com uma ferramenta de uso individual. Estes cartões podem ser subdivididos em aproximadamente 3-5 categorias, com respostas escritas naquelas seções (ponto final, interrogação, exclamação). Quando o professor faz a pergunta (lê uma frase), o aluno coloca um pregador de roupa na resposta correta (neste exemplo qual a pontuação é necessária na fase lida); leques de respostas são outra opção (um leque é feito com vários cartões de resposta com um furo e segurado por uma argola).

Quando feito uma pergunta os alunos escolhem o cartão que

melhor responde a pergunta.

Faça uso freqüente de respostas em grupo ou ao mesmo tempo quando há uma única resposta curta. Quando estiver explicando, pare com freqüência e peça aos alunos para voltar atrás e repetir uma ou duas palavras.

Use folhas de resumo que são resumos parciais enquanto você explica a lição ou dá uma palestra, os alunos preenchem as palavras que estão faltando baseado em o que você está dizendo ou escrevendo no quadro.

Uma técnica de instruções direta e outros métodos de questionamento que permitam oportunidade de grande participação (E.: respostas em unissario, resposta em dupla).

Use a estrutura apropriada para cooperação em grupos de aprendizagem (ex.: designação de papéis, tempo limitado, responsabilidade). Não é apenas trabalho em grupo, alunos com TDAH (e muitos outros) não funcionam bem sem as estruturas e expectativas claramente definidas.

Sinalize alunos através da audição: toque de campainha ou sino, bata palmas, toque um acorde de piano / violão, use um sinal verbal.

Use sinais visuais: pisque as luzes, levante as mãos indicando que os alunos levantem as mãos e fechem a boca até que todos estiverem quietos e atentos.

Sinalize claramente: “todo mundo”... Pronto...” Cor é muito efetivo para chamar atenção. Use pincéis coloridos

no quadro branco e para transparência no retro-projetor.

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Contato com os olhos. Os alunos devem estar virados para você quando você está falando, especialmente quando instruções estão sendo dadas. Se os alunos estiverem sentados em grupos, peça aqueles que não estão diretamente voltados para você que virem suas cadeiras e corpos quando sinalizados a fazer isso projete sua voz e certifique-se estar sendo ouvida claramente por todos. Esteja consciente de outros barulhos na sala de aula como ar condicionado e aquecedores barulhentos.

Chame o aluno para perto de você para explicação direta. Posicione todos os alunos para que possam ver o quadro.

Sempre permita que os alunos reposicionem suas carteiras e suas carteiras e sinalizem para você se a visão estiver bloqueada.

Use recursos visuais. Escreva palavras chave ou figuras no quadro enquanto estiver explicando. Use figuras, diagramas, gestos, demonstrações e materiais de alto interesse.

Ilustre, ilustre, ilustre: não importa se você não desenha bem durante suas explicações. Dê a você mesmo e aos alunos permissão e encorajamento para desenhar, mesmo que não tenha talento. Desenhos não precisam ser sofisticados e exatos. Aliás, geralmente quanto mais tolo melhor.

Aponte para o material escrito que você quer enfocar com um apontador ou laser. Nota: retro projetores estão entre as melhores ferramentas para prender a atenção na sala de aula. No retro projetor o professor pode modelar facilmente e destacar informações importantes. Transparências podem ser preparadas com antecedência, poupando tempo. As transparências podem ser parcialmente cobertas, bloqueando qualquer estímulo visual que possa distrair.

Bloqueie material. Cubra ou retire do campo visual aquilo que você não quer que os alunos foquem, removendo as distrações do quadro ou tela.

Ande pela sala – mantendo sua visibilidade. Esteja bem preparado e evite atrasos nas explicações. Ensine tematicamente quando possível – permitindo integração

de idéias / conceitos e conexões. Use técnica de nível mais elevado para perguntas. Faça

perguntas abertas, que requerem raciocínio e estimulam pensamentos abertos, que requerem raciocínio e estimulam pensamentos críticos e discussão.

Use programas de computador motivadores para construção de habilidades específicas e para fixação (programas que fornecem

feedback e auto-correção).

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ESTRATÉGIAS E SUPORTES PARA LIDAR COM PROBLEMAS

SOCIAIS E EMOCIONAIS

Tente variar a organização de assentos para proporcionar uma situação em que o aluno sinta-se confortável.

Dê ao aluno responsabilidade na sala de aula / escola. Reduza o número de tarefa ou modifique para possibilitar um

maior índice de sucesso nos alunos. Tente identificar o que está causando estresse e frustração ao

aluno. Reduza tarefas com papel / lápis e permita outros meios de

produção. Amplie o tempo para completar a tarefa. Use instruções curtas acompanhadas por demonstração ou

exemplo visual. Use um cronômetro para determinar o tempo a ser gasto em

uma tarefa específica. Forneça atividades que o aluno possa ter sucesso

(academicamente e socialmente). Envolva os alunos em atividades de monitoria com crianças

menores. Arranje mensagens para o aluno levar outras salas de aula ou

para secretarias. Descubra o interesse dos alunos e proporcione atividades que

correspondam a esses interesses. Tendem envolver os alunos em atividades extracurriculares. Chame atenção para as potencialidades dos alunos e

demonstre os talentos dele /dela, suas ilhas de competência. Dê responsabilidades ao aluno de ser um assistente do

professor, monitor, modelo, líder do grupo, etc. Converse com professores, funcionários de apoio, orientadores,

assistente sociais sobre esta criança. Aumente a comunicação com os pais. Aumente as oportunidades de encontrar com o aluno

individualmente e estabelecer um relacionamento de apoio. Dê a esta criança um monitor que possa lhe dar suporte e ser

tolerante. Ensine habilidades sociais apropriadas, estratégias de lidar com

situações e resolver problemas. Ensine habilidades sociais apropriadas, estratégias de lidar com

situações. Forme pares de alunos com monitores de séries mais

avançadas ou um amigo especial, entre a equipe. Aumente significativamente as interações positivas, freqüência

de elogios e feedback.

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ENCORAJAMENTO E APRECIAÇÃO

Eu aprecio o esforço que você usou nesta tarefa. Continue pensando nessas boas idéias. Esse B

+ reflete seu esforço. Você deve estar orgulhoso de si

mesmo. Marcos, eu percebi que você estava bem preparado para a aula

de hoje. Realmente ajudou você ter arrumado sua carteira e em ordem o seu caderno.

Eu gosto da maneira que você lidou com aquele problema. Você deve sentir-se bem em ver o progresso que você está

fazendo. Seu esforço está sendo compensado. É isso mesmo... continue praticando e logo você saberá tudo. Aposto que você se dedicou muito nesta questão. Eu percebi que os alunos da mesa 2 realmente se ajudaram e

trabalharam como equipe. Meus parabéns. Leane, você seguiu as instruções rapidamente. Eu aprecio sua

cooperação. Eu percebi que você realmente se dedicou a melhorar sua

caligrafia. Posso ver uma melhora na sua letra. Eu agradeço a maneira que você ajudou a Mariana com o que

ela perdeu ontem por ter faltado a aula. Você realmente é um companheiro responsável.

Olha que melhora ! realmente mostra que você se dedicou com tempo e esforço.

Eu estou confiante que você fará uma boa escolha. Você consegue fazer isto ! Você está ficando melhor em... Essa é difícil. Mas eu tenho certeza que você pode entender. João, você está mostrando um grande auto-controle esta

manhã. Você se lembrou de levantar a mão quando quer falar e

está respeitando o espaço dos outros alunos.

Vanda Rambaldi Psicóloga

Autora Consultada: Sandra Rief

OBS.

Fonte: http://www.tdah.com.br/paginas/gaetah/Boletim8.htm

Acesso em:29/03/2013

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TEXTO 04

DICAS PARA LIDAR COM CRIANÇAS DESATENTAS E

HIPERATIVAS NA ESCOLA.

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1. Use estratégias e recursos de ensino mais flexíveis até perceber

o estilo de aprendizado do aluno. Isso irá ajudá-lo a atingir um nível

de desempenho escolar mais satisfatório.

2. Realize tarefas visuo-auditivas. Tarefas com mais de uma pista,

facilitam a compreensão e assimilação da informação.

3. Desenvolva um método para auto-informação e monitoração. Ao

final de cada semana, reserve alguns minutos para uma conversa

com a criança, a fim de saber como ela está se saindo em sala de

aula. Ouça sua opinião sobre progressos dificuldades. É necessário

que a criança/ adolescente seja um agente ativo no processo de

aprendizado.

4. O aluno deve ter reforços positivos quando for bem sucedido.

Isso ajuda a elevar a sua auto-estima. Procure elogiar e incentivar o

que aquele aluno tem de bom e valioso;

5. Sinalize o aluno, sempre que possível, sobre sua evolução e

sucessos. A criança já convive com tantos obstáculos que precisa

de estímulo positivo sempre que puder.

6. Procure afixar, em algum lugar visível, as regras de

funcionamento em sala de aula. Os alunos se sentem mais seguros

sabendo o que é esperado deles. Peça para eles fazerem placas

com o que se pode e não pode fazer em sala.

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7. Lembre-se que as regras devem ser breves e claras. Use uma

linguagem adequada para o nível de desenvolvimento dos alunos.

Evite sentenças muito longas.

8. Sempre que possível, transforme as tarefas em jogos. A

motivação para o aprendizado certamente aumentará.

9. Estimule a criança a tomar nota dos pontos mais importantes de

cada conteúdo. Isso a ajudará a organizar-se melhor.

10. Dê idéias de estratégias que auxiliam na memorização e

cumprimento de atividades: anotações coloridas, lembretes, uso de

agenda, celular etc...

11. Escrever a mão é uma tarefa difícil para muitas destas crianças.

Considere possibilidades alternativas, como digitação em

computador.

12. Elimine ou reduza a freqüência de testes cronometrados.

Dificilmente, na vida real, a criança terá que tomar decisões tão

rápidas. Estes testes apenas estimulam a impulsividade desses

alunos.

13. Evite colocar o aluno no canto da sala onde a reverberação do

som é maior. Eles devem ficar nas primeiras carteiras, de frente

para o professor e de costas para as demais crianças.

14. Faça com que a rotina da classe seja clara e previsível, crianças

com déficit da atenção têm dificuldades de se ajustar a mudanças

de rotina.

15. Reserve um canto do quadro onde as tarefas do dia fiquem

expostas. Vá riscando uma a uma à medida que elas forem

concluídas. A criança dessa forma irá se organizar melhor no tempo

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de cada atividade e no final ela verá a sua produtividade.

16. Afaste a criança das portas e janelas para evitar que elas se

distraiam com estímulos alheios.

17. Deixe-as perto de fonte de luz para que possam enxergar bem,

se possível em local que não dê sombra.

18. Intercale as atividades de alto e baixo interesse durante o dia.

Não concentre o mesmo tipo de tarefas num só período.

19. Permita o movimento na escola. Peça para a criança ir buscar

materiais, apagar o quadro, recolher trabalhos. Assim ela pode sair

da sala quando estiver mais agitada e recuperar, em seguida, o

autocontrole.

20. Esteja sempre em contato com os pais: Anote no caderno do

aluno as tarefas escolares, mande bilhetes diários ou semanais e

peça aos responsáveis que leiam as anotações.

21. A criança deve ter reforços positivos quando for em sucedida.

Elogie-a no momento da atividade realizada com sucesso.

22. Faça uma recapitulação do que foi dito em sala de aula. Use

preferencialmente esquemas para ilustrar e seja breve na

explicação.

23. Dê ênfase ás palavras mais importantes que designem tempo,

espaço, modo e ação. Por exemplo: A lição é para amanhã.

24. Evite dar várias ordens ao mesmo tempo. Diga uma coisa de

cada vez.

25. Incentive a criança a utilizar estratégias facilitadoras no seu dia-

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a-dia, como acompanhar textos com o dedo, régua, assinalar os

aspectos mais importantes etc...

26. Repita ordens e instruções, faça frases curtas e peça ao aluno

para repeti-las, certificando-se de que ele atendeu;

27. Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalos entre

aulas ou durante tarefas longas e reuniões;

Priscila Felix - Fonoaudióloga

TEXTO 05

Dicas para o professor lidar com déficit de atenção:

1- Evite colocar alunos nos cantos da sala.

2- Eles devem ficar nas primeiras carteiras, de preferência perto do professor.

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23

3- Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam com outros estímulos.

4- Deixe-as perto de fontes de luz.

5- Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual.

6- Faça com que a rotina na classe seja, clara e previsível, crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina.

7- Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em vez de concentrar o mesmo tipo de tarefa em um só período.

8- Repita ordens e instruções, faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las, certificando-se de que ele entendeu.

9- Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalo entre as aulas.

10- Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para buscar materiais, apagar o quadro recolher trabalhos. Assim ela pode sair da sala quando estiver mais agitada, e recuperar o autocontrole.

11- Esteja sempre em contato com os pais: anote no caderno do aluno as tarefas escolares, mande bilhetes diários ou semanais e peça aos responsáveis que leiam as anotações.

12- O aluno deve ter reforços positivos quando for bem sucedido. Isso ajuda a elevar sua auto-estima. Procure elogiar e incentivar sempre que for possível.

13- Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos. Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos.

14- Ir devagar no trabalho. Doze tarefas de 5 minutos cada uma traz melhores resultados do que duas tarefas de meia hora.

15- Mudar o ritmo ou o tipo de tarefa com freqüência.

16- Favorecer oportunidades para movimentos, monitoramentos.

17- Colocar limites claros e objetivos.

18- Assegurar que as instruções sejam claras.

19- Evitar segregar, rádio som. Fazer do canto um lugar de recompensa para atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo.

20- Estabelecer intervalos, recompensa por esforço feito. Isso ajuda a aumentar o tempo da atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento.

21- Preparar com antecedência a criança para as novas situações.

22- Reconhecer os limites da sua tolerância e modificar o programa da criança com TDAH até o ponto de se sentir confortável.

TEXTO 06

Estratégias educativas para crianças com DDA com ou sem

hiperatividade (I) Escrito por Dolores Armas | 07 de marco de 2013

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Na sala de aula há uma grande diversidade de alunos com

capacidades muito diferentes e características. Há aqueles muito

emocionado com grande dificuldade para concentrar sua atenção

onde quer que ele e também tendem a ser muito impulsivo,

respondendo mal planejado e pensado. Estas crianças são

frequentemente diagnosticados com TDAH e por sua vez medicado,

pois elas são consideradas "doentes" crianças dentro do nosso

sistema social e educacional. Depois, há outras crianças com

características semelhantes, exceto que nenhuma mobilidade

excessiva, que são diagnosticadas com ADD sem hiperatividade ,

e também tendem a ser prescrito para o caso de alguém em torno

acadêmica tem sido capaz de parar de vê-lo como uma criança

preguiçosa .

É possível que essas crianças com tanto TDAH e ADD sem

hiperatividade , em outros ambientes educacionais, não foram

identificadas, diagnosticadas e medicadas?

Instituições de ensino despejados todos os problemas / soluções na

criança, se medicar, se você tem que trabalhar mais em casa, se as

famílias devem ajudar você estuda, se você tem que educá-lo

porque ele tem boas maneiras, o que .... que é uma forte pressão

sobre as próprias crianças e suas famílias.

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25

O que acontece nas escolas que servem todos

e cada um de seus alunos respeitando as características pessoais e

as taxas de desenvolvimento e aprendizagem? Você também há

crianças são medicadas e diagnosticado com TDAH e ADD sem

hiperatividade ?

Pensamos que existem algumas características únicas comuns a

todas essas crianças, mas há uma série de sinais que combina

cada assunto de uma maneira e em um grau diferente. Daí a

dificuldade de se encontrar, como uma primeira solução, um

medicamento, e uma dose que alivia os sintomas de cada criança

expressa.

Escolas e professores têm o dever, conforme salientado pelo seu

código de ética, a trabalhar para que todos os estudantes começam

a ter formação, que lhes permite integrar beneficamente na

sociedade em que vivem. realmente é o que fazemos quando

encontramos esses casos de ADD com ou sem hiperatividade ?

Em seguida, apontar algumas ações que desenvolvem em nossas

salas de aula adequadas para todos e cada um dos alunos que

apresentam dificuldades nessa área, ou não são diagnosticadas

com DDA com ou sem hiperatividade .

Estratégias para melhorar na área da linguagem:

- Leitura: quando o tempo prescrito em sala de aula para

desenvolver a mecânica de leitura é breve, é necessário que o

aluno a completar um treino mais tarde. Actualmente, podemos

encontrar várias ferramentas úteis em plataformas educacionais,

que treinam a criança, tanto através de decodificação fonética e

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26

lexical. Além disso, para encontrar satisfação e nenhuma rejeição à

leitura em voz alta, devemos dizer de antemão quem vai ler um

texto para o grupo, ele pode se preparar com antecedência em

casa, e em seguida, fornecer leitura expressiva bom que todos

possam desfrutar .

- Escrita: é preciso entender o porquê, o que escrever, só assim

podemos ajudar nossos alunos. O texto escrito é uma forma de se

comunicar com outras pessoas ou outros ou nós mesmos. Os

burros de carga da escola:

· Apresentação: No caso em que é necessário

escrever para os outros que a nossa letra é legível e

permitir comunicar facilmente ser escrito para nós é

que temos que entender. Sob estas premissas é que

é necessário para todos os alunos, incluindo ADD

com e sem hiperatividade , sofrem as exigências

de apresentação de seus professores (três tabelas

acima, quatro direita, cinco à esquerda, três para

baixo)? É coerente que exigência de uma criança

com controle de impulsos e motor pouco? É como

mais importante ou tipo de conteúdo? Faça mais

substancial frustração gerar para não ser capaz de

acomodar estas exigências apresentação ou gerar

alegria fora coerentemente explicar uma idéia?

Concluiu aqui e dizer que a única condição quando

se escreve para o outro é que o texto é legível e

limpo para facilitar a comunicação, e para nós

quando podemos ser mais descuidado. Assim, a

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27

distribuição de energia melhor se encaixa cada uma

das tarefas diárias.

· Ortografia: dificuldades ortográficas têm origens

diferentes e se juntam em diferentes alunos. Desde

os alunos mais brilhantes para os menos

desenvolvidos, qualquer pessoa pode ter dificuldade

de ortografia. Sabemos que certas práticas, como

copiar ou editar pelo professor no texto em

vermelho, não produz aprendizagem. Cópias se

tornar mecânico. Em casos de alunos com ADD

com ou sem hiperatividade impulsividade não

autorizados a realizar qualquer reflexão através da

tarefa, mas leva a buscar estratégias rápida liberá-lo

de que a tarefa tediosa que é copiado. É mais

aconselhável para focar a correção de textos em

qualquer ortografia ou pergunta textual estabelecida

de antemão e que o aluno é aquele que olhou os

erros e mudanças. Lembrando que a forma que é a

maneira de fazer melhorias.

· Expressão escrita: escrever de forma coerente e

fim sobre o que eles acham que é sempre um

desafio. Há crianças capazes de seguir exatamente

as instruções para fazer um texto, de modo que eles

possam se planejar com antecedência, e há outros

que não conseguem resolver idéias. Por isso, é bom

para oferecer modelos antes de começar a escrever,

ensinar como eles fazem antes de dar importância

ao conteúdo. Crianças com ADD com ou sem

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28

hiperatividade têm grandes dificuldades no

planejamento, por isso é necessário para orientar o

processo de escrita, promover a correção

corporativa, pares, sugerindo áreas específicas para

revisar e melhorar (o início de conectores de frases,

repetições palavras, a busca de alternativas ...)

Mesmo altamente recomendado que permitiria o uso

de processadores de texto, o que lhes permite reler,

alterar, melhorar, custando pouco esforço e de

tempo. Caso contrário, deixá-los usá-lo bolígrafros

recomendo re-play ou canetas que lhes permite

apagar e re-escrever.

Continuar com a matemática e outros aspectos importantes a

considerar.

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29

TEXTO 07

Estrutura de aula:PARA CRIANÇAS COM TDAH

Estabelecer uma rotina diária clara, com períodos de descanso

definidos. Ambiente escolar previsível e organizado ajuda a criança

a manter o controle emocional. As regras e expectativas do

professor e da escola para o grupo devem ser claramente definidas.

Usar esforços visuais e auditivos para definir e manter essas regras

e expectativas, como calendários, cartazes e músicas. As

instruções e orientações devem ser dadas de forma direta, clara e

curta.

Estabelecer consequências razoáveis e realistas para o não-

cumprimento de tarefas e das regras combinadas, que devem ser

compreendidas por todos. Aplicá-las com consistência e bom

senso. Implementar um sistema de controle do comportamento

(verbal e escrito) que seja conhecido previamente e compreendido

pelos alunos, pais, professores auxiliares e funcionários da escola.

Modelar o comportamento e habilidades sociais que se espera dos

alunos. As recompensas e conseqüências devem ser sempre

coerentes com a ação que as motiva.

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30

Focalizar mais o processo (compreensão de um conceito) que o

produto (concluir 50 exercícios). Certifica-se que as atividades são

estimuladoras e que os alunos compreendem a relevância da lição.

Utilizar técnicas eficientes de questionamento.

Adotar uma atitude positiva, como elogios e recompensas para

comportamentos adequados. Alunos com TDAH sempre têm sua

atenção chamada para o que fazem de errado – deve-se, então,

especificar e reforçar positivamente aquilo que fazem certo. Ter

sempre presente a lista de seus pontos fortes e capitalizar em cima

deles, seja para motivar para uma atividade ou para aumentar sua

auto-estima, bem como tratar de minimizar os efeitos negativos de

suas dificuldades.

Usar técnicas de prevenção de situações de conflito por meio de

cuidadoso planejamento. A música é um ótimo instrumento para

relaxar e para ser usado nos momentos de transição de atividades

ou de ambientes. Em razão da mudança na rotina, o aluno com

TDAH facilmente se torna excitado e mais difícil de controlar.

Preparar para essa mudança e propiciar o relaxamento por meio da

música pode diminuir o impacto negativo no comportamento.

Quando o aluno começar a ficar agitado, frustrado ou atrapalhar o

trabalho da classe, redirecionar para uma outra atividade ou

situação, como, por exemplo, levar um recado para fora da sala,

organizar os livros na prateleira, dar de comer para o mascote da

sala, apagar o quadro. Procurar sempre falar em voz calma e firme.

Ignorar as transgressões leves que não forem intencionais e ensinar

a turma a ignorar os comportamentos inadequados menos sérios,

bem como elogiar e reforçar comportamentos positivos dos colegas.

Utilizar estratégias de ensino ativo no processo de aprendizagem.

Com o objetivo de se evitar o excesso de informação, o professor

deve fornecer o esclarecimento necessário na estruturação das

tarefas, apresentando as chaves significativas para sua execução.

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Deve-se tomar um cuidado especial na graduação de dificuldade

das atividades, evitando dar grandes saltos de problemas fáceis

para muito difíceis. O conteúdo deve ser dado passo a passo.

Alternar as atividades mais brilhantes com as menos interessantes,

evitar tarefas monótonas e repetitivas. Dar retorno constante e

imediato. Incentivar a leitura em voz alta, recontar histórias, falar por

tópico, ajudando a organizar idéias.

TEXTO 08

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TDAH e o dever de casa

Qua, 16 de Janeiro de 2013 17:24Escrito por ABDA

Acessado em 13/03/13 http://www.tdah.org.br/br/textos/textos/item/405-tdah-e-o-dever-de-casa.html?tmpl=component&print=1

TDAH – Como ajudar seu filho com os deveres de casa

Abaixo seguem algumas dicas sobre a criança com TDAH e a dificuldade de completar/realizar o dever de casa. 1 – Por que a criança com TDAH tem tanta dificuldade em realizar o dever de casa? Para a maioria das crianças com TDAH, o dever de casa é motivo de desespero. Para as crianças que não tem o transtorno também não é fácil, mas elas não ficam horas lutando para terminar as tarefas passadas pelos professores. Todo o processo desde que o dever de casa é ditado ou entregue pelo professor até a hora em que ele é compreendido pelo aluno, é complexo e envolve comportamentos que são desafiantes para as crianças com TDAH. Para começar, a criança deve ouvir, entender e anotar corretamente o dever de casa em seu caderno. Com a ajuda do professor, a criança deve saber quais itens (caderno, livro, apostila, etc.) ela deve levar pra casa e quais devem ficar na escola, caso haja essa possibilidade. Quando chegar em casa, a própria criança deve dizer aos pais se o professor enviou tarefa para fazer em casa. Caso isso não aconteça, os pais devem checar a agenda e/ou o caderno da

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criança para ver se há alguma comunicação por parte da escola. Por ser uma tarefa tediosa e difícil para a criança com TDAH, muitas delas escondem o fato de que possuem dever de casa. Nesses casos, a verificação por parte dos pais torna-se mais importante ainda. O próximo passo é a preparação para realizar a tarefa de casa. Aconselhamos sempre um local arejado, com boa iluminação e livre de barulhos e estímulos externos (como trânsito, outras crianças brincando, música, internet, etc.). Logo após a preparação, vem a realização do dever de casa. A criança necessita prestar atenção, focar e resistir a distrações, além de um esforço extra para o que considera ser ‘’chato’’ e ‘’tedioso’’. É importante que ela faça o dever de casa com calma para que saia legível. A ajuda dos pais é essencial para que a criança aprenda com a tarefa que está realizando. Todo o material escolar deve ser arrumado logo após a realização da tarefa. Guardar livros, apostilas, cadernos, folhas, etc., com antecedência é de extrema importância para que a criança não se esqueça de levar para a escola o dever completo. 2 – Atividades externas ajudam no dever de casa? A televisão tem sido identificada como um dos muitos elementos distratores que causam problemas escolares nas crianças. Enquanto as crianças se aborrecem quando interrompem seus programas favoritos para fazer o dever de casa e/ou outras tarefas menos interessantes, ainda não existem estudos que comprovem o baixo rendimento escolar devido uso excessivo da televisão. Alguns estudos mostram baixo rendimento escolar de crianças que assistem TV até tarde, enquanto outros não mostram relação alguma. Já as atividades extracurriculares chamam a atenção dos pais devido ao tempo que tomam enquanto as crianças poderiam fazer o dever de casa. Como a maioria das crianças com TDAH tem dever de casa e atividades extracurriculares, pode ser difícil dividir esse tempo em cada atividade. Estudos mostram que crianças que participam de atividades extracurriculares tem melhor desempenho escolar, especialmente se forem atividades que o aluno também pratique na escola. Porém, essa relação se torna ineficaz quando as atividades tomam todo o tempo da criança. 3 – Como posso tornar o dever de casa mais interessante? Como sabemos, as pessoas com TDAH se entediam facilmente e dificilmente se motivam. Portanto, seja criativo quando for estudar

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ou fizer o dever de casa. Tente novos métodos de estudo e continue se reinventando. Alguns relatos de pais de crianças com TDAH incluem a mudança do local de estudo. Por exemplo, em um dia ensolarado, estudar em um parque com pouco movimento, na varanda de casa, em um cômodo diferente, ou mostrar ‘’ao vivo’’ objetos para uma criança que está aprendendo novas palavras. Interpretar cenas históricas, pintar palavras em cartolinas e simular entrevistas também são bons exemplos. 4 – Como ajudar meu filho a se organizar? Como a maioria das crianças com TDAH, suas mochilas e seus quartos estão frequentemente desorganizados. Dedique boa parte do seu tempo a ajudar seu filho na sua organização pessoal. Provavelmente você terá que ajudá-lo mais vezes do que acha necessário. Na hora do dever de casa, ajude-o a organizar o material de forma que ele não se perca, assim como quando for arrumar a mochila após a tarefa. O uso de capas plásticas e identificação de matérias por cor são altamente recomendados. As capas plásticas ajudam na organização do material, além de prevenir que nada se perca nem seja esquecido na hora de levar o dever feito para a escola. Já as matérias escolares e seus materiais podem ser identificados por cores diferentes. Por exemplo: Se você escolher, junto com a criança, que a cor para matemática será amarelo, então compre (ou encape) um caderno amarelo, use lápis de cor amarelo, encape o livro com plástico/contact amarelo, etc. Assim ficará melhor para a criança se organizar, uma vez que as pessoas com TDAH se orientam melhor pelo estímulo visual. 5 – Devo dar pausas durante o dever de casa do meu filho?

Como todo caso de TDAH, essa resposta depende de como a criança responde a essa pausa. Caso ela volte da folga normalmente e sem procrastinar, é válida a permissão do intervalo. Porém, se esses pequenos minutos de lazer causam mais problemas que alívio, eles devem ser evitados. Para a maioria das crianças com TDAH, uma simples interrupção pode significar uma enorme dificuldade na hora de voltar a fazer o dever de casa. Ao invés de interromper o dever de casa, você pode fazer um pequeno ‘’descanso mental’’, dando pontos, ou pequenas recompensas como figurinhas adesivas ou doces. Conforme a criança vê o seu bolo de figurinhas aumentar e os seus deveres de

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casa feitos, o seu interesse pelas tarefas escolares também aumentará. 6 – Devo castigar meu filho quando ele não fizer o dever de casa?

Fazer o dever de casa já é difícil para a maioria das crianças que tem TDAH, que talvez elas escolhessem serem castigadas. Pais e psicólogos dizem que os castigos, alem de não se mostrarem eficazes, ainda pioram a situação. Situações como deixar a criança sem jantar, não deixar que ela durma até que o dever seja feito ou bater, simplesmente não funcionam. Professores devem evitar colocar alunos com TDAH de castigo, sem recreio ou hora de almoço ou mandar para casa o dever de casa incompleto como uma tarefa extra. Essas intervenções podem se mostrar úteis com alunos que não tenham TDAH, mas, com aqueles alunos que tem TDAH, esses métodos simplesmente não funcionam. A criança pode ficar traumatizada, e tarefas simples como terminar um dever de casa, podem se tornar um fardo pesado. Todas as pessoas necessitam de um tempo livre, com a família e com os amigos. Privar a pessoa com TDAH desse tempo livre é emocionalmente debilitante e apenas aumenta os problemas que ela pode ter. 7 – Como os professores podem ajudar? Os professores querem que seus alunos sejam vitoriosos e tentam ajuda-los de todas as maneiras. Um encontro com o professor no início do ano para acertar alguns pontos a respeito do seu filho é uma boa opção. Mas lembre-se: Os professores não gostam que você lhes ensine como fazer seu trabalho. Apenas sugira algumas ideias que ele possa aproveitar durante o ano letivo. Aqui vão algumas ideias:

Dizer explicitamente quando for hora de anotar a tarefa de casa Anotar tarefa no quadro Ler a tarefa em voz alta Dar as lições usando um livro de tarefas Anunciar em voz alta quando for o dia de entregar o dever de casa Designar um aluno para recolher as tarefas Dar adesivos, pontos, carimbos, etc., como incentivo quando um

aluno completar a tarefa Recolher as tarefas antes do sinal Dar aulas usando tabelas/calendários para longas tarefas

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TEXTO 09

TDAH – Dicas de manejo para os pais

1. Reforçar o que há de melhor na criança.

2. Não estabelecer comparações entre os filhos. Cada criança apresenta um comportamento diante da mesma situação.

3. Procurar conversar sempre com a criança sobre como está se sentindo.

4. Aprender a controlar a própria impaciência.

5. Estabeleça regras e limites dentro de casa, mas tenha atenção para obedecer-lhes também.

6. Não esperar ‘’perfeição’’.

7. Não cobre resultados, cobre empenho.

8. Elogie! Não se esqueça de elogiar! O estímulo nunca é demais. A criança precisa ver que seus esforços em vencer a desatenção, controlar a ansiedade e manter o ‘’motorzinho de 220 volts’’ em baixas rotações está sendo reconhecido.

9. Manter limites claros e consistentes, relembrando-os

frequentemente.

10. Use português claro e direto, de preferência falando de frente e olhando nos olhos.

11. Não exigir mais do que a criança pode dar: deve-se considerar a sua idade.

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Estudo

1. Escolher cuidadosamente a escola e a professora para que a criança possa obter sucesso no processo de ensino-aprendizagem.

2. Não sobrecarregar a criança com excesso de atividades extracurriculares.

3. O estudo deve ser do jeito que as crianças ou os adolescentes bem entenderem. Tudo deve ser tentado, mas se o resultado final não corresponder às expectativas, reavalie após algumas semanas e peça novas opções; vá tentando até chegar à situação que mais favoreça o desempenho.

4. Tenha contato próximo com os professores para acompanhar melhor o que está acontecendo na escola.

5. Todas as tarefas têm que ser subdivididas em tarefas menores que possam ser realizadas mais facilmente e em menor tempo. Regras do dia-a-dia

1. Dar instruções diretas e claras, uma de cada vez, em um nível que a criança possa corresponder.

2. Ensinar a criança a não interromper as suas atividades: tentar finalizar tudo aquilo que começa.

3. Estabelecer uma rotina diária clara e consistente: hora de almoço, de jantar e dever de casa, por exemplo.

4. Priorizar e focalizar o que é mais importante em determinadas situações.

5. Organizar e arrumar o ambiente como um meio de otimizar as chances para sucesso e evitar conflitos. Casa

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1. Manter em casa um sistema de código ou sinal que seja entendido por todos os membros da família.

2. Manter o ambiente doméstico o mais harmônico e o mais organizado quanto possível.

3. Reservar um espaço arejado e bem iluminado para a realização da lição de casa.

4. O quarto não pode ser um local repleto de estímulos diferentes: um monte de brinquedo, pôsteres, etc. Comportamento

1. Advertir construtivamente o comportamento inadequado, esclarecendo com a criança o que seria mais apropriado e esperado dela naquele momento.

2. Usar um sistema de reforço imediato para todo o bom comportamento da criança.

3. Preparar a criança para qualquer mudança que altere a sua rotina, como festas, mudanças de escola ou de residência, etc.

4. Incentivar a criança a exercer uma atividade física regular.

5. Estimular a independência e a autonomia da criança, considerando a sua idade.

6. Estimular a criança a fazer e a manter amizades.

7. Ensinar para a criança meios de lidar com situações de conflito (pensar, raciocinar, chamar um adulto para intervir, esperar a sua vez). Pais

1. Ter sempre um tempo disponível para interagir com a criança.

2. Incentivar as brincadeiras com jogos e regras, pois além de ajudar a desenvolver a atenção, permitem que a criança organize-se por meio de regras e limites e, aprenda a participar, ganhando,

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perdendo ou mesmo empatando.

3. Quem tem TDAH pode descarregar sua “bateria” muito rapidamente. Se este for o caso, recarregue-a com mais frequência. Alguns portadores precisam de um simples cochilo durante o dia, outros de passear com o cachorro, outros de passar o fim de semana fora, outros ainda de ginástica ou futebol. Descubra como a “bateria” do seu filho é melhor recarregada.

4. Evite ficar o tempo todo dentro de casa, principalmente nos fins de semana. Programe atividades diferentes, não fique sempre fazendo a mesma coisa. Leve todos à praia, ao teatro, ao cinema, para andar no parque, enfim, seja criativo.

5. Estabeleça cronogramas, incluindo os períodos para ‘’descanso’’, brincadeiras ou simplesmente horários livres para se fazer o que quiser.

6. Nenhuma atividade que requeira concentração (estudo, deveres de casa) pode ser muito prolongada. Intercale coisas agradáveis com tarefas que demandam atenção prolongada (potencialmente desagradáveis, portanto).

7. Procure sempre perguntar o que ela quer, o que está achando das coisas. Não crie uma relação unidirecional. Obviamente, os pedidos devem ser negociados e atendidos no que for possível.

8. Use mural para afixar lembretes, listas de coisas a fazer, calendário de provas. Também coloque algumas regras que foram combinadas e promessas de prêmio quando for o caso.

9. Estimule e cobre o uso diário de uma agenda. Se ela for eletrônica, melhor ainda. As agendas devem ser consultadas diariamente. Lembre-se

1. Procure o máximo de informações possível sobre o TDAH: leia livros, faça cursos, entre para organizações como a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (www.tdah.org.br), faça contato com outros pais para dividir experiências bem e mal sucedidas.

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2. Tenha certeza do diagnóstico e segurança de que não há outros diagnósticos associados ao TDAH.

3. Tenha certeza de que o tratamento está sendo feito por um profissional que realmente entende do assunto.

4. Lembre-se que seu filho (a) está sempre tentando corresponder às

expectativas, mas às vezes não consegue. Deve sempre lembrar-se

aos pais que estes devem ser otimistas, pacientes e persistentes

com o filho. Não devem desanimar diante dos possíveis obstáculos.

Algumas Estratégias Pedagógicas para Alunos com TDAH:

Atenção, memória sustentada:

Algumas técnicas para melhorar a atenção e memória

sustentadas

1 – Quando o professor der alguma instrução, pedir ao aluno para

repetir as instruções ou compartilhar com um amigo antes de

começar as tarefas.

2 – Quando o aluno desempenhar a tarefa solicitada ofereça

sempre um feedback positivo (reforço) através de pequenos elogios

e prêmios que podem ser: estrelinhas no caderno, palavras de

apoio, um aceno de mão... Os feedbacks e elogios devem

acontecer SEMPRE E IMEDIATAMENTE após o aluno conseguir

um bom desempenho compatível com o seu tempo e processo de

aprendizagem.

3 – NÃO criticar e apontar em hipótese alguma os erros cometidos

como falha no desempenho. Alunos com TDAH precisam de

suporte, encorajamento, parceria e adaptações. Esses alunos

DEVEM ser respeitados. Isto é um direito! A atitude positiva do

professor é fator DECISIVO para a melhora do aprendizado.

4 – Na medida do possível, oferecer para o aluno e toda a turma

tarefas diferenciadas. Os trabalhos em grupo e a possibilidade do

aluno escolher as atividades nas quais quer participar são

elementos que despertam o interesse e a motivação. É preciso ter

em vista que cada aluno aprende no seu tempo e que as

estratégias deverão respeitar a individualidade e especificidade de

cada um.

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4 – Optar por, sempre que possível, dar aulas com materiais

audiovisuais, computadores, vídeos, DVD, e outros materiais

diferenciados como revistas, jornais, livros, etc. A diversidade de

materiais pedagógicos aumenta consideravelmente o interesse do

aluno nas aulas e, portanto, melhora a atenção sustentada.

5 – Utilizar a técnica de “aprendizagem ativa” (high response

strategies): trabalhos em duplas, respostas orais, possibilidade do

aluno gravar as aulas e/ou trazer seus trabalhos gravados em CD

ou computador para a escola.

6 – Adaptações ambientais na sala de aula: mudar as mesas e/ou

cadeiras para evitar distrações. Não é indicado que alunos com

TDAH sentem junto a portas, janelas e nas últimas fileiras da sala

de aula. É indicado que esses alunos sentem nas primeiras fileiras,

de preferência ao lado do professor para que os elementos

distratores do ambiente não prejudiquem a atenção sustentada.

7 – Usar sinais visuais e orais: o professor pode combinar

previamente com o aluno pequenos sinais cujo significado só o

aluno e o professor compreendem. Exemplo: o professor combina

com o aluno que todas as vezes que percebê-lo desatento durante

as atividades, colocará levemente a mão sobre seu ombro para que

ele possa retomar o foco das atividades.

8 – Usar mecanismos e/ou ferramentas para compensar as

dificuldades memoriais: tabelas com datas sobre prazo de entrega

dos trabalhos solicitados, usar post-it para fazer lembretes e

anotações para que o aluno não esqueça o conteúdo.

9 – Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais

importantes de uma tarefa, texto ou prova.

Tempo e processamento das informações

1 – Usar organizadores gráficos para planejar e estruturar o

trabalho escrito e facilitar a compreensão da tarefa.

PALAVRA- DEFINIÇÃO- FIGURA

APLICAÇÃO EM UMA FRASE

SINÔNIMO - ANTÔNIMO - SUFIXO

2 – Permitir como respostas de aprendizado apresentações orais,

trabalhos manuais e outras tarefas que desenvolvam a criatividade

do aluno.

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3 – Encorajar o uso de computadores, gravadores, vídeos, assim

como outras tecnologias que possam ajudar no aprendizado, no

foco e motivação.

4 – Reduzir ao máximo o número de cópias escritas de textos.

Permitir a digitação e impressão, caso seja mais produtivo para ao

aluno.

5 – Respeitar um tempo mínimo de intervalo entre as tarefas.

Exemplo: propor um trabalho em dupla antes de uma discussão

sobre o tema com a turma inteira.

6 – Permitir ao aluno dar uma resposta oral ou gravar, caso ele

tenha alguma dificuldade para escrever.

7 – Respeitar o tempo que cada aluno precisa para concluir uma

atividade. Dar tempo extra nas tarefas e nas provas para que ele

possa terminar no seu próprio tempo.

Organização e técnicas de estudo

1 – Dar as instruções de maneira clara e oferecer ferramentas para

organização do aluno desenvolver hábitos de estudo. Incentivar o

uso de agendas, calendários, post-it, blocos de anotações,

lembretes sonoros do celular e uso de outras ferramentas

tecnológicas que o aluno considere adequado para a sua

organização.

2 – Na medida do possível, supervisionar e ajudar o aluno a

organizar os seus cadernos, mesa, armário ou arquivar papéis

importantes.

3 – Orientar os pais e/ou o aluno para que os cadernos e os livros

sejam “encapados” com papéis de cores diferentes. Exemplo:

material de matemática – vermelho, material de português – azul, e

assim sucessivamente. Este procedimento ajuda na organização e

memorização dos materiais.

4 – Incentivar o uso de pastas plásticas para envio de papéis e

apostilas para casa e retorno para a escola. Desta forma, todo o

material impresso fica condensado no mesmo lugar minimizando a

eventual perda do material.

5 – Utilizar diariamente a agenda como canal de comunicação entre

o professor e os pais. É extremamente importante que os pais

façam observações diárias sobre o que observam no

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43

comportamento e no desempenho do filho em casa, assim como o

professor poderá fazer o mesmo em relação às questões

relacionadas à escola.

6 – Estruturar e apoiar a gestão do tempo nas tarefas que exigem

desempenho em longo prazo. Exemplo: ao propor a realização de

um trabalho de pesquisa que deverá ser entregue no prazo de 30

dias, dividir o trabalho em partes, estabelecer quais serão as etapas

e monitorar se cada uma delas está sendo cumprida. Alunos com

TDAH apresentam dificuldades em desempenhar tarefas em longo

prazo.

7 – Ensine e dê exemplos frequentemente. Use folhas para tarefas

diárias ou agendas. Ajude os pais, oriente-os como proceder e

facilitar os problemas com deveres de casa. Alunos com TDAH não

podem levar “toneladas” de trabalhos para fazer em casa num

prazo de 24 horas.

Técnicas de aprendizado e habilidades metacognitivas

1 – Explicar de maneira clara e devagar quais são as técnicas de

aprendizado que estão sendo utilizadas. Exemplo: explicar e

demonstrar na prática como usar as fontes, materiais de referência,

anotações, notícias de jornal, trechos de livro, etc.

2 – Definir metas claras e possíveis para que o aluno faça sua

autoavaliação nas tarefas e nos projetos. Este procedimento

permite que o aluno faça uma reflexão sobre o seu aprendizado e

desenvolva estratégias para lidar com o seu próprio modo de

aprender.

3 – Usar organizador gráfico para ajudar no planejamento,

organização e compreensão da leitura ou escrita.

Inibição e autocontrole

1 – Buscar sempre ter uma postura pró-ativa. Antecipar as

possíveis dificuldades de aprendizado que possam surgir e

estruturar as soluções. Identificar no ambiente de sala de aula quais

são os piores elementos distratores (situações que provocam maior

desatenção) na tentativa de manter o aluno o mais distante possível

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44

deles e, consequentemente, focado o maior tempo possível na

tarefa em sala de aula.

2 – Utilizar técnicas auditivas e visuais para sinalizar transições ou

mudanças de atividades. Exemplo: falar em voz alta e fazer sinais

com as mãos para lembrar a mudança de uma atividade para outra,

ou do término da mesma.

3 – Dar frequentemente feedback (reforço) positivo. Assinale os

pontos positivos e negativos de forma clara, construtiva, respeitosa.

Este monitoramento é importante para o aluno com TDAH, pois

permite que ele desenvolva uma percepção do seu próprio

desempenho, potencial e capacidade e possa avançar motivado em

busca da sua própria superação.

4 – Permitir que o aluno se levante em alguns momentos,

previamente combinados entre ele e o professor. Alunos com

hiperatividade necessitam de alguma atividade motora em

determinados intervalos de tempo. Exemplo: pedir que vá ao quadro

(lousa) apagar o que está escrito, solicitar que vá até a

coordenação buscar algum material, etc., ou mesmo permitir que vá

rapidamente ao banheiro ou ao corredor beber água. Este

procedimento é extremamente útil para diminuir a atividade motora

e, muitas vezes, é ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO para crianças

muito agitadas.

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TEXTO 10

Técnicas para Ensinar Alunos com DDA a Controlar Suas

Mentes

Com reais portadores de DDA, eu gostaria de começar a ensinar-

lhes a controlar suas mentes com simples exercícios não escolares.

A maneira mais bem sucedida, e não ameaçadora, é usar itens

como animais de estimação, alimentos ou algum outro item

concreto que eles gostem e não se relacionem com a escola.

Por exemplo, posso pedir que eles me digam qual é sua comida

preferida e depois me descrevam com o que ela se parece. Quando

conseguem fazer isto com sucesso (e eu nunca encontrei um que

não fosse capaz), eu os ajudo a tomarem consciência de que eles

têm uma imagem interna do que ela se parece.

Então, usando ressignificação, prestidigitação lingüistica e padrões

de linguagem hipnótica, eu começo a abrir a possibilidade de que

eles podem fazer seus próprios ajustes nas suas imagens internas.

Começo então, a explorar as submodalidades com as suas imagens

internas (por exemplo) de uma pizza, um sorvete ou uma maçã. Eu

peço para eles mudarem o tamanho, a distância, a cor, a

localização espacial, o brilho, etc.

Uma vez consigam fazer isto com uma comida, eu os mando fazer

isso com uma pequena palavra. Algumas vezes começo com

apenas uma letra, depois duas letras, então três, etc. Eu,

minuciosamente, trabalho para fazerem a letra ou palavra cada vez

maior e/ou mais perto. Depois de um tempo, quando eles podem

fazer uma palavra grande e perto de três a cinco letras, peço para

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46

manterem firme a imagem enquanto me dizem a última letra, então

a letra logo antes dela, depois a próxima e assim por diante.

De repente, eles compreendem que soletraram a palavra de trás

para frente – algo que eles não podiam fazer apenas alguns

momentos antes. Eu os faço continuar a soletrar a palavra e outras

palavras de trás para frente várias vezes mais, porque fica cada vez

mais fácil quanto mais vezes eles fizerem isso. Eles geralmente

ficam assombrados e não sabem o que pensar sobre a nova

experiência.

Uso a oportunidade para trabalhar suas crenças sobre suas

capacidades e identidade, sobre o que significa controlar sua

própria mente e sobre escola e aprendizagem.

A partir de agora torna-se um processo de construir mais exemplos

de sucesso. Assim, dou a eles palavras e números mais compridos

para fazer imagens e soletrar de trás para frente até que acreditem

que agora eles podem controlar suas imagens.

Neste ponto, começo a ensiná-los como aprender e como executar

as várias tarefas escolares exigidas deles para terem sucesso na

escola ou, trabalho nos sintomas específicos do DDA e os ensino

como controlá-los.

Isso, normalmente, depende se o “sintoma DDA” está atrapalhando

o aprendizado de como ser bem sucedido na escola e/ou em casa.

O Sintoma do DDA da Distração

Pelo fato dos estudantes com sintomas de DDA estarem

enxergando múltiplas imagens que são instáveis ou se movem

muito rapidamente, é difícil para eles permanecerem focados em

uma tarefa. Por essa razão eles são percebidos como sendo

distraídos. Eles nunca pensaram no fato de que não tem que

continuar a olhar, ao mesmo tempo, todas as imagens.

Para ensinar-lhes um caminho diferente, eu os faço entrarem num

modo desatento no qual eles têm as múltiplas imagens. Dou

instruções para eles imaginarem se esticando e tentando agarrar

uma das imagens e “puxando-as para baixo, para perto e fazendo-a

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47

muito grande – do mesmo modo como fizeram com a imagem da

maçã ou com as palavras que soletraram de trás para frente!”

Quando fazem isto, eles têm uma resposta normalmente

surpreendente por que todas as outras imagens somem (ficam

bloqueadas) e eles podem se focar na imagem grande e perto.

Começo então a falar sobre a habilidade da concentração que

consiste em selecionar uma das muitas imagens, puxá-la para

perto, fazê-la maior e lidando com a imagem até estarem prontos.

Depois, colocando-a de volta no lugar, tentar agarrar outra, puxar

para perto e fazê-la maior.

A coisa mais espantosa disso tudo, é que a mente inconsciente

deles parece compreender a idéia depois de apenas algumas

demonstrações e, mais tarde, vai fazer isto automaticamente. É

como se as suas mentes estivessem procurando por uma solução,

e tão logo lhes é oferecida uma que funcione, agarram-se muito

ligeiro a ela. Uma vez que os estudantes aprendam isso e

acreditem, que é possível eles controlarem suas mentes e a

experiência interna, os outros sintomas do DDA parecem ir embora

muito rapidamente.

O Sintoma do DDA da Hiperatividade

Nesta hora, muitos dos sinais de hiperatividade começam a ir

embora. Como a hiperatividade era causada por múltiplas imagens,

instáveis, com velocidade e pelo medo de perder o controle da sua

mente, a habilidade de trazer uma imagem para perto e torná-la

maior, focar-se nisso traz mais calma para eles. Para que isso se

torne realidade, você deve antes tratar de qualquer fúria reprimida

que eles tenham.

O comentário mais comum dos estudantes ou dos pais que estão

observando-os é “Eles nunca foram assim antes!” ou “Eles nunca

foram capazes de fazer isto antes!” ou “Eles nunca ficaram tanto

tempo concentrados numa tarefa!” A instrução para quando eles

são hiperativos é “Quando você se sentir perdendo o controle ou

ficando hiperativo, concentre-se em uma coisa de cada vez,

trazendo-a mais perto e tornando-a maior.” Eu normalmente ancoro

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48

ou estabilizo isso num estado mais relaxado e focado e, mais tarde,

disponibilizo a ancora para eles.

O Sintoma do DDA da Impulsividade

Eu descobri que a impulsividade pode ser tratada de quatro

maneiras: com a interrupção da compulsão em situações

específicas; com a mudança da crença normalmente em torno da

sua vulnerabilidade; com uma estratégia de intervenção na qual nós

instalamos uma estratégia para deter-se um momento e a pensar

em outras coisas (a Dança do DDA), e por tratar com a raiva

reprimida como eu me referi antes (a raiva pode causar a

impulsividade algumas vezes – é uma bomba de tempo).

Muitos dos alunos com sintomas do DDA têm a compulsão de olhar

fisicamente a qualquer interferência externa, particularmente se a

interferência é auditiva. Se eu julgar que é a resposta típica do nível

de compulsão, então irei liderá-los através de uma série de quebras

de compulsão com ênfase naqueles específicos que trazem a eles

os maiores problemas. Enquanto estou fazendo isso, eu estou

instruindo a sua mente inconsciente para generalizar a quebra da

compulsão.

Outros estudantes com sintomas do DDA, especialmente os

hiperativos, têm uma crença deles mesmos que os fazem muito

sensíveis ao seu mundo exterior. Por serem tão diferentes, sentem-

se muito vulneráveis.

Eles têm sido, realmente, severamente admoestados, criticados e

ridicularizados. Algumas vezes, eles estão quase paranóicos e

excessivamente sensíveis ou alertas ao que está acontecendo em

volta deles. Para alguns, esta sensibilidade é uma habilidade de

sobrevivência. Em alguns tipos de casos, eu elicito suas crenças

limitantes e as altero.

O tratamento mais comum que eu uso para a impulsividade está no

nível estratégico. Descobri que muitos alunos com sintomas de

DDA simplesmente programaram suas mentes e corpos para reagir

de um modo impulsivo. Eles têm feito isto por boas razões mas

agora a razão não está mais lá. Simplesmente projetando ou

instalando uma estratégia apropriada de tomada de decisão sobre

Page 50: 01-Apostila-TDAH e escola.pdf

49

como pensar antes de agir, parece que funciona bem. Ou, se você

puder encontrar um contexto no qual eles já reagem normalmente,

funciona muito rapidamente recontextualizar a estratégia.

O Sintoma do DDA de Esquecimento

Eu trabalho com esquecimento em três níveis: como se comunicar

para os pais e o professor; como processar as instruções auditivas

para o aluno com sintomas do DDA, e como utilizar a estratégia

para lembrar quando fazer algo.

Visto que muitos estudantes com sintomas do DDA tem uma firme

sinestesia visual-cinestésica, a interferência auditiva não é

processado a não ser que eles sobreponham as palavras em

experiência visual ou cinestésica. No momento, isto é uma

habilidade bastante fácil para ensinar a eles.

Parece ser importante para o processo de comunicação ensinar os

pais e professores a usarem a linguagem visual e/ou a ter certeza

de que os alunos com sintomas do DDA processam visualmente

suas instruções. Muitos pais e professores assumem que só porque

eles disseram para algo ser feito, significa que isso foi processado.

Não é assim! O aluno com sintomas do DDA tem que sobrepor as

instruções para o campo visual ou cinestésico, ou os pais ou

professor tem que se comunicar visualmente ou demonstrar isso.

Muitas pessoas, incluindo os alunos com sintomas do DDA, podem

se beneficiar de uma estratégia de como se lembrar de fazer coisas

quando elas querem fazê-las. Simplesmente ensinando-lhes a

projetar e a instalar a experiência interna do que elas querem se

lembrar de fazer e então ancorando isto a uma pista de acesso

externa confiável, realiza milagres. (veja a seção como lembrar

coisas a fazer)

O Sintoma do DDA de Falta de Organização

A intervenção mais comum que eu utilizo na falta de organização é

ensinar-lhes as habilidades da “segmentação para baixo”. Por

causa da maneira que as suas mentes trabalhavam no passado,

eles nunca pensaram que era possível ter um conceito geral ou

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50

idéia, mantê-la fixa nas suas mentes enquanto as dividiam em

passos ou partes.

Visto que a habilidade primária da organização é tomar tarefas

complexas e dividi-las em tarefas menores ou passos e priorizá-las,

os alunos com sintomas do DDA nunca aprenderam antes esta

habilidade básica. Agora que eles sabem como estabilizar as idéias

nas suas mentes, esta habilidade é o próximo passo natural a

aprender.

O Sintoma de DDA de Procrastinação

Muito da procrastinação tem a ver com o tomar uma decisão. O

processo de tomada de decisão é reunir informações de alta

qualidade, estabelecer prioridades e fixar prazos finais realísticos.

Agora que os seus mundos internos estão mais estáveis, eles

podem aprender estas habilidades as quais eram estranhas até

agora para eles.

Integração

Depois que eu trabalho com um estudante (portador ou não de

DDA), acho muito útil integrar todo o trabalho realizado ao fazê-los

caminhar através do “Alinhamento dos Níveis Lógicos” de Robert

Dilts. Eu descobri que isso acelera consideravelmente o processo

de integração e me permite verificar problemas potenciais.

Também descobri, que se os pais estão observando a caminhada,

parece que eles são afetados positivamente pelos comentários do

seu filho em cada nível. É quase que como se eles mudassem a

perspectiva de que a sua prole “é um problema” para “tem muitos

recursos.” Eu suspeito que isso é porque os pais mudam o nível

lógico de como eles percebem seus filhos (por exemplo, mudam do

nível do comportamento para o nível da identidade).

Sumário

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51

O portador de DDA precisa não somente aprender as capacidades

e crenças de ser um bom estudante, mas primeiro, e mais

importante, eles precisam aprender a controlar suas mentes.

Usando exemplos não ameaçadores, como comida, eles podem

aprender a ajustar suas submodalidades e começar a acreditar que

eles podem controlar suas imagens internas.

Uma vez que eles aprendam isso, mude suavemente para “tarefas

escolares simples”. Ao mesmo tempo, use ressignificação,

prestidigitação linguística e padrões de linguagem hipnótica para

alterar as suas crenças sobre as suas capacidades, valores e

identidade como um estudante ou uma pessoa de valor.

ALIMENTOS QUE AJUDAM A COMBATER A

ANSIEDADE/hiperatividade

Carnes e peixes: esses alimentos são a principal fonte de triptofano,

aminoácido juntamente com a vitamina B3 e o magnésio que são os

responsáveis pela produção de serotonina, um neurotransmissor

importante no processo do sono, do humor e regulador dos níveis

de ansiedade. Além de outros benefícios contra os sintomas da

ansiedade.

Banana: atua no combate da depressão e no alívio de alguns dos

sintomas da ansiedade, devido ao alto teor de triptofano da banana,

que ajuda na produção de serotonina.

Leite, ovos e derivados magros: a presença de um tipo específico

de aminoácido, o triptofano, ameniza os sintomas da ansiedade.

Frutas cítricas: as frutas cítricas apresentam vitamina C, ela auxilia

na diminuição da secreção de cortisol, que é o hormônio liberado

pela glândula adrenal em resposta ao estresse e a ansiedade. O

consumo atua no bom funcionamento do sistema nervoso e

aumenta a sensação de bem-estar.

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52

Carboidratos: está presente em alimentos como: Pães, arroz, aveia,

feijão, massas, batata, mel, jabuticaba, uvas, maçãs e todos que

fazem parte de este grupo alimentar. A quantidade recomendada é

entre seis e nove porções diárias.

Espinafre: o espinafre contém folato (ácido fólico), vitamina

antidepressiva natural, atua no combate à ansiedade porque

quando está em baixas concentrações no organismo acaba

diminuindo os níveis cerebrais de serotonina, e isto faz dele um dos

alimentos contra a ansiedade.

Cuide da sua alimentação e tenha uma vida melhor e saudável.

Viva bem e em paz com seu corpo!

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TEXTO 11

TDAH e Escolas

Acessado em 19/03/2013

http://www.tdah.org.br/br/sobre-tdah/dicas-para-

educadores/item/400-tdah-e-escolas.html

Antes de qualquer coisa, os professores devem fazer uma avaliação

dos pontos abaixo:

Qual é a dificuldade mais importante do aluno com TDAH? O que

mais atrapalha no desempenho escolar daquele aluno?

Ao conseguir responder essas perguntas, o professor cria melhores

condições para traçar as estratégias que aplicará em sala de aula.

Quando se conhece aquilo que de fato tem atrapalhado o bom

desempenho de um determinado aluno fica mais fácil pensar em

solução viáveis e eficazes.

Depois disso, o segundo passo importante é saber distinguir o que

a pessoa com TDAH é capaz de fazer do que ele não é

(principalmente ao lidar com comportamentos disruptivos) e assim

não criar expectativas irreais. Talvez essa seja uma das partes mais

difíceis, mas não desanime, observar o aluno e estudar sobre o

TDAH são as melhores formas de se preparar para fazer essa

ditanção sobre o que é sintoma e/ou consequencia do transtorno

daquilo que não é. Nesse sentido, cuidado para não repreender o

tempo todo: sintomas primários NÃO podem ser punidos!

Recompensar progressos sucessivos ao invés de esperar pelo

comportamento perfeito! Essa é uma dica de ouro!

Independente de ser alguem com TDAH, essa dica deve valer

para todos e para todo processo de mudança importante. Para

o TDAH é ainda mais válido porque tem mais dificuldade em

lidar com recompensas a longo prazo.

Não deixar flutuações de humor ou cansaço interferirem no trabalho

de inclusão e agir da mesma forma mesmo quando as situações se

modificam. Na implementação das estratégias de sala de aula o

papel do professor é de extrema importância, é quase imensurável

a diferença que um professor informado e motivado corretamente

pode fazer para seus alunos!!!

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54

Todos os recursos abaixo podem e dever usados para as alunos

TDAH. Construí-los de uma forma divertida e em grupo com os

alunos ajuda ainda mais a engajá-los na importância de tais

ferramentas.

o Lembretes em agendas e/ou cadernos

o Listas de tarefas

o Anotações em provas e trabalhos

o Quadro de Avisos e cronogramas, servindo como ferramentas

organizadoras de horários e datas importantes.

o Uma outra dica ainda dentro dessa dica é eleger juntos com os

alunos alguns representantes para serem responsáveis por cada

um desses recursos.

O importante é o resultado e não o processo. Esse é um dos

conceitos da educação inclusiva que não pode ser perdido de

vista. O ideal não é tentar encaixar a todo custo um aluno com

especificidades em um modelo educacional que mais dificulta

do que facilita o aluno com TDAH a desenvolver sua

competência.

Conversar com a criança e seus pais sobre o método mais fácil de

estudo em casa. Isso facilita muito a vida dos que tem TDAH.

Proponha aos pais alguns “experimentos” de formas de estudos

diferentes até que seja encontrada a mais adequada para aquele

aluno, contanto que inclua uma programação de estudo com

intervalos e assim não acumular matéria.

Ambientes com muitos distratores / estímulos externos devem ser

evitados. Uma sala de aula deve contar apenas elementos

necessários para a situação de aula daquele momento. Murais com

muitas informações ficam melhor colocados nos corredores por

exemplo. Músicas ou barulhos externos com frequência também

devem ser evitados.

No ambiente escolar, evitar instruções muito longas e parágrafos

muito extensos! Isso certamente será apreciado e facilitará o

aprendizado de todos os alunos sem exceção.

Por exemplo: Provas com enunciados longos funcionam muito mais

como "armadilha" do que uma tentativa de escalrecimento da

pergunta. Espaço entre as perguntas e clareza nas instruções são

imprescindíveis para uma melhor realização de provas.

Uma boa forma de envolver todos os alunos e principalmente os

que tem TDAH é solicitar que um aluno a repita a instrução que

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55

você acabou de dar para a realização de uma determinada tarefa

(alternância entre os alunos / aumenta a atenção de toda a turma)

Atividades que exijam maior integridade da atenção sustentada

devem ser feitas preferencialmente no início da aula, ou seja, as

tarefas que demandem mais atenção contínua por um péríodo de

maior devem ser priorizadas e assim serem feitas no início da aula.

Por exemplo: Provas deverão acontecer no primeiro tempo de aula.

No último tempo o aluno já teve várias aulas, de várias matérias,

que acabam funcionando como elementos de distração e podem

prejudicar todos os alunos, especialmente os que tem

desnecessariamente.

Conscientizar os alunos com TDAH do tipo de prejuízo que o

comportamento impulsivo pode trazer tanto para ele quanto para o

grupo. Os alunos com TDAH precisam se dar conta de que

interromper a fala da professora ou a andamento das atividades

pode ser altamente improdutivo para ele e para o grupo. Isso deve

ser feito individualmente e de forma que não culpe o aluno. Apenas

sirva como uma conversa esclarecedora.

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TEXTO 12

Tdah Na Escola: Estratégias De Ação Pedagógica

1 INTRODUÇÃO

Segundo a Enciclopédia Livre (2009) na década de 1980, a partir de novas investigações, passou-se a ressaltar aspectos cognitivos da definição de síndrome, principalmente o déficit de atenção e a impulsividade ou falta de controle, considerando-se, além disso, que a atividade motora excessiva é resultado do alcance reduzido da atenção da criança e da mudança contínua de objetivos e metas a que é submetida.

Sendo assim, reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde), tendo inclusive em muitos países, lei de proteção, assistência e ajuda tanto aos que têm este transtorno ou distúrbios quanto aos seus familiares.

Os fatores de risco, que podem estar relacionados ao TDAH, como meio ambiente (nicotina, bebidas consumidas durante a gravidez; exposição ao chumbo até 3 anos), problemas neonatais (falta de oxigênio, traumas obstétricos, rubéola intra-uterino, encefalite, meningite pós-natal, subnutrição e traumatismo craniano), fatores orgânicos (atraso no amadurecimento e alterações cerebrais) e ainda problemas familiares ( meio familiar caótico, alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução, famílias com baixo nível socio-econômico ou famílias com apenas um dos pais), todos estes fatores podem colaborar com os sintomas do TDAH.

Segundo Koch e Rosa (2009) a hiperatividade e déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum).

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O que acontece com as crianças com hiperatividade é que perdem o interesse rapidamente, sentindo-se atraídas por atividades recompensadoras, divertidas e que necessitem de esforço para serem resolvidas, ou seja, que sejam diferentes e que chamem a atenção.

Entretanto nem todos que apresentam esses aspectos são hiperativos, para ser realmente constatado é necessário realizar diagnóstico específico, feito por profissionais especializados. A falta de diagnóstico e tratamento apropriado acarretam grandes prejuízos à vida do aluno, tanto profissional, como social, pessoal e afetiva, sem tratamento, outros distúrbios podem associar-se ao quadro, a auto-estima fica cada vez mais comprometida e a pessoa vai se isolando do mundo.

Dessa forma, após a confirmação do diagnóstico, faz-se necessário iniciar o tratamento específico para cada caso, que pode ser clínico, terapêutico e medicamentoso, buscando proporcionar melhoria na qualidade do processo ensino e aprendizagem.

Além disso, os professores precisam ter conhecimento sobre o assunto e buscar um trabalho diversificado, utilizando estratégias variadas de acordo com seu aluno, para que o mesmo consiga obter sucesso no âmbito escolar.

DESENVOLVIMENTO Segundo Koch e Rosa (2009) a hiperatividade e déficit de atenção é um problema mais comumente visto em crianças e se baseia nos sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum).

O que acontece com as crianças com hiperatividade é que perdem o interesse rapidamente, sentindo-se atraídas por atividades recompensadoras, divertidas e que necessitem de esforço para serem resolvidas, ou seja, que sejam diferentes e que chamem a atenção.

Entretanto nem todos que apresentam esses aspectos são hiperativos, para ser realmente constatado é necessário realizar diagnóstico específico, feito por profissionais especializados. Como cita o site Banco de Saúde (2009) que a falta de diagnóstico e tratamento correto acarretam grandes prejuízos à vida profissional, social, pessoal e afetiva da pessoa portadora. Sem tratamento,

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outros distúrbios podem associar-se ao quadro, a auto-estima fica cada vez mais comprometida e a pessoa vai se isolando do mundo.

Considera-se que a hiperatividade é um problema de saúde mental, como destaca Rohde e Benczick:

O TDAH é um problema de saúde mental que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar; podendo ser acompanhado de outros problemas de saúde mental. (ROHDE e BENCZICH in ENCICLOPÉDIA LIVRE, 2009)

Fatores de Risco O risco para o TDAH parece ser de duas a oito vezes maior nos pais das crianças afetadas do que na população em geral.

O site Banco de Saúde (2009) complementa citando que há fatores do meio ambiente que podem estar relacionados ao TDAH:

A nicotina de cigarros fumados pela mãe gestante bem como bebidas alcoólicas consumidas, podem ser causas significativas de anormalidades no desenvolvimento cerebral.

Crianças expostas ao chumbo entre 12 e 36 meses de idade pode ser outro fator.

Problemas neonatais como falta de oxigênio, traumas obstétricos, rubéola intra-uterino, encefalite, meningite pós-natal, subnutrição e traumatismo craniano são fatores que também podem contribuir para o surgimento do TDAH. De acordo com Rohde (2009) é importante ressaltar que a maioria dos estudos sobre possíveis agentes ambientais apenas evidenciaram uma associação desses fatores com o TDAH, não sendo possível estabelecer uma relação clara de causa e efeito entre eles.

Os fatores orgânicos, como atraso no amadurecimento de determinadas áreas cerebrais, e alterações em alguns de seus circuitos estão atualmente relacionados com o aparecimento dos sintomas. Dessa forma, todos esses fatores formam uma predisposição básica (orgânica) do indivíduo para desenvolver o problema, que pode vir a se manifestar quando a pessoa é submetida a um nível maior de exigência de concentração e desempenho.

Além da genética, a Encilopédia Livre (2009) cita os “problemas familiares como: um funcionamento familiar caótico, alto grau de

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discórdia conjugal, baixa instrução, famílias com baixo nível socio-econômico, ou famílias com apenas um dos pais”, podem colaborar com os sintomas.

Assim, a exposição a eventos psicológicos estressantes, como uma perturbação no equilíbrio familiar, ou outros fatores geradores de ansiedade, podem agir como desencadeadores ou mantenedores dos sintomas.

Sintomas

De acordo com Koch e Rosa (2009) o TDHA se manifesta de três formas:

1. Desatenção;

2. Hiperatividade/ impulsividade;

3. Desatenção e hiperatividade.

Para que uma pessoa ter TDHA, o grau de desatenção e impulsividade necessita acontecer de forma intensa, interferindo no relacionamento social do indivíduo, em todos os ambientes que freqüenta – escola, trabalho, casa – pois muitas vezes falta de limites e regras se confunde com o problema, causando diagnósticos errôneos e rotulação à criança.

De acordo com a Enciclopédia Livre (2009) hoje já se sabe que a área do cérebro envolvida nesse processo é a região orbital frontal (parte da frente do cérebro) responsável pela inibição do comportamento, pela atenção sustentada, pelo autocontrole e pelo planejamento para o futuro.

O principal sintoma, segundo o site Banco de Saúde, é a dificuldade em manter o foco da atenção e/ou manter-se quieta, estes sintomas podem se manifestar de diversas maneiras:

As crianças com TDAH, em especial os meninos, são agitados ou inquietas, freqüentemente têm apelido de "bicho carpinteiro" ou coisa parecida.

Na idade pré-escolar, estas crianças mostram-se agitadas, movendo-se sem parar pelo ambiente, mexendo em vários objetos.

Mexem pés e mãos, não param quietas na cadeira. Falam muito e constantemente pedem para sair de sala ou da

mesa de jantar.

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Têm dificuldades para manter atenção em atividades muito longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes.

São facilmente distraídas por estímulos do ambiente externo, mas também se distraem com pensamentos "internos", dando a impressão de estarem "voando".

Nas provas, são visíveis os erros por distração (erram sinais, vírgulas, acentos, etc.).

Pela falta de atenção, esquecem recados ou material escolar, aquilo que estudaram na véspera da prova.

Tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não lêem a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, agem antes de pensar).

É comum apresentarem dificuldades em se organizar e planejar aquilo que querem ou precisam fazer.

Seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual.

Segundo Koch e Rosa (2009) uma pessoa apresenta desatenção, a ponto de ser considerado como transtorno de déficit de atenção, quando tem a maioria dos seguintes sintomas ocorrendo a maior parte do tempo em suas atividades:

freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras;

com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades recreativas;

com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais, não chegando ao final das tarefas;

Freqüentemente tem dificuldade na organização de suas tarefas e atividades;

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com freqüência evita, antipatiza ou reluta em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa);

freqüentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades;

é facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa principal que está executando;

Com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias;

As autoras ainda citam que além dos sintomas anteriores referentes ao excesso de atividade em pessoas com hiperatividade, podem ocorrer outros sintomas relacionados ao que se chama impulsividade, a qual estaria relacionada aos seguintes aspectos:

freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas;

Com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez;

freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por exemplo, intrometendo-se em conversas ou brincadeiras de colegas).

Rohde e Benczick (in Enciclopédia Livre, 2009) caracterizam o TDAH em dois grupos de sintomas:

Sintomas relacionados à desatenção

Não prestar atenção a detalhes; Ter dificuldade para concentrar-se; Não prestar atenção ao que lhe é dito;

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Ter dificuldade em seguir regras e instruções; Desvia a atenção com outras atividades; Não terminar o que começa; Ser desorganizado; Evitar atividades que exijam um esforço mental continuado; Perder coisas importantes; Distrair-se facilmente com coisas alheias ao que está fazendo; Esquecer compromissos e tarefas; Problemas financeiros; Tarefas complexas se tornam entediantes e ficam esquecidas; Dificuldade em fazer planejamento de curto ou de longo prazo. Anúncios Google

Os sintomas relacionados à hiperatividade/impulsividade

Ficar remexendo as mãos e/ou os pés quando sentado; Não permanecer sentado por muito tempo; Pular, correr excessivamente em situações inadequadas; Sensação interna de inquietude; Ser barulhento em atividades lúdicas; Ser muito agitado; Falar em demais; Responder às perguntas antes de concluídas; Ter dificuldade de esperar sua vez; Intrometer-se em conversas ou jogos dos outros.

Diagnóstico Koch e Rosa (2009) destacam que cerca de 3 a 6% das crianças na idade escolar (mais ou menos de 6 a 12 anos de idade) apresentem hiperatividade e/ou déficit de atenção. Isso porque quando a criança inicia o aprendizado na escola começa a

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demonstrar seus sinais, pelo fato do ajustamento à escola, a seguir regras e ritmo de aprendizagem que geralmente não acompanham.

A avaliação diagnóstica deve ser realizada a partir dessa idade pelo fato das crianças de 4 ou 5 anos apresentarem comportamentos agitados propícios da idade. Entretanto a maioria das pessoas adultas com hiperatividade já apresentavam os sintomas na infância.

O DSM-IV e a CID-10 incluem um critério de idade de início dos sintomas causando prejuízo (antes dos 7 anos) para o diagnóstico do transtorno. Entretanto, este critério é derivado apenas de opinião de comitê de experts no TDAH, sem qualquer evidência científica que sustente sua validade clínica42. Sugere-se que o clínico não descarte a possibilidade do diagnóstico em pacientes que apresentem sintomas causando prejuízo apenas após os 7 anos. (ROHDE,2009)

De acordo com Koch e Rosa (2009) na infância, o transtorno é mais comum em meninos e predominam os sintomas de hiperatividade. Com o passar dos anos, os sintomas de hiperatividade tendem a diminuir, permanecendo mais freqüentemente a desatenção, e diminuindo a proporção homem x mulher, que passa a ser de um para um.

Segundo Rohde (2009) um estudo recente de neuroimagem estrutural evidenciou que a trajetória neuroevolutiva de aumento dos volumes intracerebrais das crianças com TDAH segue um curso paralelo ao das sem o transtorno, porém sempre com volumes significativamente menores, o que sugere que os eventos que originaram o quadro (influências genéticas ou ambientais) foram precoces e não-progressivos. As diferenças entre casos e controles não pareceram relacionadas ao uso de medicações psicoestimulantes.

Por isso o diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde capacitado, geralmente neurologista, pediatra ou psiquiatra, podendo ser auxiliado por alguns testes psicológicos ou neuropsicológicos, para o acompanhamento adequado do tratamento.

O diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, como cita o Banco de Saúde (2009) é realizado pelo médico, em especial o psiquiatra, por meio de:

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História clínica, Testes e avaliações, como o questionários ASRS-18 e SNAP-IV. Exames complementares, tais como exames de sangue, avaliação

da visão e audição, exames neurológicos e de imagens para descartar diagnósticos diferenciais.

De acordo com os autores citados, para se diagnosticar um caso de TDAH é necessário que o indivíduo apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade; além disso os sintomas devem manifestar-se em pelo menos dois ambientes diferentes e por um período superior a seis meses.

Tratamento Clínico X terapêutico X medicamento Após o diagnóstico faz-se necessário que a criança inicie o tratamento específico para seu caso, proporcionando melhores condições de aprendizado tanto na casa como na escola, visto que haverá o conhecimento por parte dos pais e professores de como lidar com a hiperatividade. Koch e Rosa (2009) destacam que o tratamento para TDHA envolve o uso de medicação, geralmente algum psico-estimulante específico

para o sistema nervoso central, uso de alguns antidepressivos ou outras medicações.

Os medicamentos mais comumente utilizados no Brasil são:

Metilfenidato, Imipramina, Nortriptilina, Bupropiona, Clonidina. É de fundamental importância que seja avaliada criteriosamente a utilização medicamentos, visto que apresentam muitos efeitos colaterais, e quando nao traz melhora significativa não justificada a sua utilização. Mas se for bem administrado traz beneficios ao hiperativo, como cita a Enciclopédia Livre (2009) que mais de 80% dos portadores de TDAH beneficiam-se com o uso de medicamento, onde a duração do tratamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso em si.

Além disso, deve haver um acompanhamento do progresso da terapia, através da família e da escola, buscando melhora na atenção da criança devido à mudança de hábitos que ocorre com a melhora significativa dos sintomas

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De acordo com o site Banco de Saúde (2009) a terapia cognitivo comportamental (TCC) é indicada para o tratamento do TDAH com ótimos resultados. Não existe até o momento nenhuma evidência científica de que outras formas de psicoterapia auxiliem nos sintomas de TDAH.

Comprovadamente a terapia cognitiva comportamental é que dá melhores resultados. O terapeuta deve funcionar como um treinador, dando instruções e sinalizando ("perceba como está se perdendo em detalhes... como está desviando de seu objetivo..., pare, volte àquele assunto...")

A terapia colabora com as crianças que apresentam TDHA, focando-se na mudança de velhos hábitos que já fazem parte do dia-a-dia, como adiamento crônico, desorganização, pensamentos negativos, buscando sempre resgatar auto-confiança e da auto-estima, geralmente muito abaladas.

O tratamento de crianças com TDAH exige um esforço entre os profissionais das áreas médica, saúde mental e pedagógica, em conjunto com os pais. Por meio desta combinação há uma intervenção multidisciplinar, envolvendo treinamento dos pais quanto à verdadeira natureza do TDAH e em desenvolvimento de estratégias de controle efetivo do comportamento, bem como um programa pedagógico adequado, aconselhamento individual e familiar, quando necessário, evitando o aumento de conflitos na família.

A criança com TDAH necessita treinar o controle do comportamento, para que possa realizar as atividades propostas com mais desenvoltura, deve-se utilizar o reforço positivo combinado com punições num modelo denominado custo de resposta, melhorando assim sua atenção e concentração.

De acordo com Rohde (2009) o DSM-IV subdivide o TDAH em três tipos, quais sejam: a) TDAH com predomínio de sintomas de desatenção; b) TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade; c) TDAH combinado.

Estratégias de ação pedagógica O sucesso na sala de aula exige uma série de estratégias, onde a maioria das crianças com TDAH pode permanecer na classe normal, com pequenos arranjos na arrumação da sala, utilização de

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um auxiliar e/ou programas especiais a serem utilizados fora da sala de aula.

Os professores devem conhecer técnicas e estratégias que auxiliem os alunos com TDHA a terem melhor desempenho, sendo que em alguns casos é preciso ensinar ao aluno técnicas específicas para minimizar as suas dificuldades.

Quando os alunos com TDAH se dedicam a fazer algo estimulante ou do seu interesse, conseguem permanecer mais tranqüilas. Isto ocorre porque os centros de prazer no cérebro são ativados e conseguem dar um "reforço" no centro da atenção que é ligado a ele, passando a funcionar em níveis normais.

Uma das propostas de tratamento são as seções terapêuticas, sendo elaborada com envolvimento de profissionais e familiares, além disso professores e equipe pedagógica necessitam ser orientados no acompanhamento dos procedimentos necessários a serem empreendidos no dia-a-dia, em busca de melhorias no processo de ensino e aprendizagem.

Partel (2009) cita dicas para mudança de comportamento:

Evitar a utilização de reforços negativos, para que os mesmos não sejam aumentados.

Utilizar mais reforços de extinção – um comportamento sem IBOPE provavelmente sairá do ar.

Sempre utilizar reforços positivos, pois se a qualquer comportamento adequado (mesmo que para pais e professores não passe de mera obrigação), houver recompensa e/ou reconhecimento, esse tipo de comportamento tende a aumentar cada vez mais.

Quando se pretende modificar um comportamento indesejável, deve-se decidir por qual o comportamento positivo quer substituí-lo, para depois ir punindo o comportamento oposicional indesejável, com punições brandas, como por exemplo a perda de privilégios, mantendo a relação de uma punição para três ou mais situações de elogio e recompensa. A tendência é a extinção natural das punições.

Não se deve perder a perspectiva dos objetivos, evitando a irritabilidade, a impaciência, a confusão e atitudes enfurecidas frente ao aluno com TDAH.

É necessário manter o ritmo, respirando fundo e lembrando que o

adulto é o educador.

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Deve-se ter muita sabedoria e paciência para equilibrar amor com regras e limites claros na educação.

Objetiva-se a preparação da criança e/ou adolescente para viver em sociedade, para que se integre, com boa auto-estima, sabendo respeitar limites (seus e dos outros).

Olhar de fora da cena, como se fosse um estranho imparcial, racional, sem qualquer envolvimento emocional.

Deve-se enfocar o comportamento negativo, deficiente e destrutivo que necessita ser mudado, lembrando sempre que o aluno tem uma incapacidade, uma dificuldade, e não falta de caráter: ele não consegue controlar o que fala ou faz e com certeza tem qualidades e potenciais a serem valorizados.

É MUITO MAIS DIFÍCIL DECEPCIONAR ALGUEM QUE CONFIA EM NÓS.

Além disso, a sala de aula par atender alunos com TDAH necessita ser organizada e estruturada, utilizando material didático adequado à habilidade da criança, havendo avaliação frequente e imediata, estabelecendo regras claras, planejamento previsível e carteiras separadas, deve-se utilizar os prêmios como meio estimulador ao aluno, sendo os mesmos coerentes e frequentes, fazendo parte do trabalho com a turma.

Em alguns momentos as interrupções e pequenos incidentes devem ser ignorados, pois têm menores consequencias. Deve-se sim trabalhar estratégias cognitivas que facilitam a auto-correção, assim como melhoram o comportamento nas tarefas, devem ser ensinadas.

As atividades devem ser variadas, mas buscando sempre ser interessantes para os alunos, e ainda as expectativas do professor devem ser adequadas ao nível de habilidade da criança e deve-se estar preparado para mudanças.

Os professores devem ter conhecimento do conflito incompetência x desobediência, e aprender a discriminar entre os dois tipos de problema. É preciso desenvolver um repertório de intervenções para poder atuar eficientemente no ambiente da sala de aula de uma criança com TDAH.

Santos (2009) traz sugestões para Intervenções do Professor para ajudar a criança com TDAH a se ajustar melhor à sala de aula:

l Deve-se proporcionar uma boa estrutura, organização e

constância (exemplo: sempre a mesma arrumação das cadeiras ou carteiras, programas diários, regras claramente definidas).

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l Colocar a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor, na parte de fora do grupo.

l Encorajar freqüentemente, elogiar e ser afetuoso, para que os alunos não desanimem facilmente.

l Procurar dar responsabilidades que possam cumprir fazendo com que se sintam necessárias e valorizadas.

l Iniciar sempre com tarefas simples e gradualmente mudar para mais complexas.

l Proporcionar um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de madeira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude.

l Proporcionar trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favorecer oportunidades sociais.

l Trabalhar em grupos pequenos, buscando atingir melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais.

l Manter comunicação com os pais, pois geralmente, eles sabem o que funciona melhor para o seu filho.

l Proporcionar mudança do ritmo ou o tipo de tarefa com frequencia para eliminar a necessidade de ficar enfrentando a inabilidade de sustentar a atenção, e isso vai ajudar a auto-percepção.

l Dar oportunidades para movimentos monitorados, como uma ida à secretaria, levantar para apontar o lápis, levar um bilhete para o professor, regar as plantas ou dar de comer ao mascote da classe.

l Reconhecer as deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH, fazendo adaptações necessárias. (Exemplo: se a atenção é muito curta, não deve esperar concentração em uma única tarefa)

l Dar recompensa pelo esforço, persistência e o comportamento bem sucedido ou bem planejado.

l Trabalhar com exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade.

l Avaliação continua sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.

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l Proporcionar contato aluno/ professor, permitindo um “controle” extra sobre o aluno na execução da tarefa, possibilitando oportunidades de reforço positivo e incentivo para um comportamento mais adequado.

l Colocar limites claros e objetivos; tendo uma atitude disciplinar equilibrada e proporcionar avaliação frequente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado.

l Fornecer instruções claras, simples e dadas uma de cada vez, com um mínimo de distrações.

l Não segregar o aluno que talvez precise de um canto isolado com biombo para diminuir o apelo das distrações.

l Fazer do canto um lugar de recompensa para atividades bem feitas em vez de um lugar de castigo.

l Desenvolver um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos.

l Proporcionar intervalos previsíveis sem trabalho que o aluno pode ganhar como recompensa por esforço feito, aumentando o tempo da atenção concentrada e o controle da impulsividade através de um processo gradual de treinamento.

l Perceber se há isolamento nas atividades recreativas barulhentas, pode indicar dificuldades de coordenação ou auditivas que exigem uma intervenção adicional.

l Preparar com antecedência para as novas situações, pois tem sensibilidade em relação às suas deficiências e facilmente se assusta ou se desencoraja.

l Trabalhar com métodos variados (som, visão, tato), entretanto, novas experiências envolvem muitas sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), e provavelmente irá precisar de tempo extra para completar a tarefa.

l Reconhecer que os alunos com TDAH necessitam de aulas diversificadas, modificando o programa para que o aluno senta conforto.

l Ter comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola, ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.

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Também é necessário que o professor realize pesquisas sobre TDAH, com o intuito de melhorar a aprendizagem dos alunos que apresentam esse déficit, traçando estratégias para que os mesmos não e sintam entediados e não atrapalhem o andamento das aulas, o professor poderá:

Substituir as aulas monótonas aulas mais estimulantes que venham prender a atenção do aluno.

Utilizar recursos variados que não são habituais na sala de aula (informática, experiências, construção de maquetes, atividades desafiadoras de criar, construir e explorar.

Procurar trazer os alunos para perto do quadro, podendo acompanhar melhor o processo educativo, se está conseguindo acompanhar o ritmo, ou se é necessário desacelerar um pouco.

Fazer um roteiro das atividades do dia, para que o aluno perceba as regras pré-definidas e que todos devem cumpri-las.

As tarefas devem ser curtas, para que ele consiga concluir a tarefa e não pare pela metade, o que é muito comum.

Não utilizar cores muito fortes na sala e na farda como amarelo e vermelho, cores fortes tendem a deixar os alunos mais agitados,

excitados e menos atentos. Procure colocar tons mais neutros e suaves.

Possibilitar a saída do aluno algumas vezes da sala para levar bilhetes, pegar giz em outra sala, ir ao banheiro, assim estará evitando que ele fuja da sala por conta própria.

Elogiar o bom comportamento e as produções, ajudando a elevar sua auto-estima.

Utilizar uma agenda de comunicação entre pais e escola, evitando que as conversas se dêem apenas em reuniões.

Aproveitar as aulas de educação física como auxílio na aprendizagem dos alunos que parecem ter energia triplicada (ginástica ajuda a liberar a energia que parece ser inesgotável, melhora a concentração com exercícios específicos, estimula hormônios e neurônios, a distinguir direita de esquerda já que possuem problemas de lateralidade que prejudicam muito sua aprendizagem).

or meio das orientações e estratégias citadas o professor poderá melhorar o desenvolvimento tanto do aluno como da turma, uma vez que todos irão se adaptar ao novo trabalho realizado em sala de aula.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Por meio do artigo percebe-se que ainda há pouco conhecimento sobre TDAH, sendo necessário que todos os envolvidos neste processo (professores, equipe pedagógica, alunos e pais) tenham conhecimento sobre TDAH, pois um dos maiores problemas está no fato de que ainda há pouco conhecimento no âmbito escolar e entre os pais, havendo ainda, rotulação dos alunos que são acusados injustamente de mal-educados, preguiçosos, desastrados, desequilibrados, justamente porque não foi diagnosticado e tratado a tempo.

No âmbito escolar os materiais utilizados devem ser são organizados contendo explicações claras e objetivas, e o tempo de durabilidade previsto para a realização das atividades devem ser quantificados de forma diferente das exigências d sala comum.

O ambiente em sala de aula para o aluno com TDAH necessita ser projetado com algumas considerações a fim e permitir um retorno favorável para o aprendizado dessas crianças, podendo conter cartazes explicativos com normas de funcionamento estimulando os lembretes necessários para os alunos desatentos.

Pode-se constatar que o professor desempenha um papel fundamental no diagnóstico do TDAH, devendo o mesmo ser orientado para distinguir um aluno sem limites de um que apresenta o problema, visto que este distúrbio só fica evidente no período escolar, quando é preciso aumentar o nível de concentração para aprender.

Deste modo, os alunos com TDAH necessitam ter na escola um acompanhamento especial, já que não consegue conter seus instintos, tumultuando a sala de aula, a vida dos colegas e dos seus professores. Além disso, é preciso aplicar uma ação didática-pedagógica direcionada para estes alunos, visando estimular sua auto-estima, levando em conta a sua falta de concentração, criando atividades diversificadas para que não haja um comprometimento durante sua aprendizagem.

Considera-se que o professor juntamente com toda a equipe da escola necessitam desenvolver um trabalho de mediadores, sendo fundamental o processo de observação do rendimento e avaliação dos alunos com TDAH, uma vez que por meio desse processo estarão conhecendo a situação de aprendizagem bem como conhecerão as necessidades específicas dos seus alunos,

buscando no coletivo o desenvolvimento pleno dos alunos, fazendo sempre que necessário as adaptações curriculares, trabalhando

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com um modelo de ensino a partir do diferencial cognitivo e sócio-afetivo de cada um.

Assim, as estratégias a serem utilizadas buscam incentivar o aluno com TDAH e tornar a aula dinâmica para preencher sua atenção, a maioria dos alunos com esta necessidade especial pode permanecer na classe regular, com pequenas adaptações no ambiente estrutural da escola, modificação de currículo e estratégias adequadas a cada situação.

REFERÊNCIAS ANTONY, Sheila. A Criança Hiperativa: Uma Visão da Abordagem Gestáltica.

Enciclopédia Livre. Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.

KOCH, Alice Sibile; Ros Dayane Diomário da. Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.

PARTEL, Cleide Heloisa. Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

ROHDE, Luis A.; HALPERN, Ricardo. Transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade: atualização.

SANTOS, Lucy. Compreensão, avaliação e atuação: uma visão geral sobre TDAH.

http://www.artigonal.com/educacao-artigos/tdah-na-escola-

estrategias-de-acao-pedagogica-1863499.html

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TEXTO 13

Sugestões de alternativas para inclusão da criança com

diagnóstico de TDAH:

Por Jamile Mascarenhas (psicopedagoga)

Sente a criança com TDAH dentro do padrão de assentos normal, mas perto de sua mesa;

Para minimizar distrações, sente a criança com TDAH perto da

frente, para que fique de costas para as outras crianças;

Tente colocar um bom exemplo nas proximidades – tutoria de colega e aprendizagem cooperativa são desejáveis;

Se possível, tenha disponível uma área silenciosa e de baixa

distração.

Estabelecer um sistema de levantar a mão, se todos quiserem falar. Isto encorajará uma criança com TDAH a pensar antes de falar. Uma medida similar é ter uma pausa de cinco segundos antes de aceitar qualquer resposta – isto ajudará uma criança com TDAH a desacelerar;

Controlar níveis de barulho, usando um pôster “semáforo” com uma seta móvel. Verde sinaliza “conversa livre”, laranja sinaliza “sussurro apenas” e vermelho sinaliza “silêncio total”. Fornecer lembretes visuais simples como este pode ser muito eficaz para crianças com TDAH;

Fornecer um brinquedo de estresse para que a criança com TDAH tenha alguma coisa para fazer com suas mãos quando for

necessário sentar quieta. Uma bola de espuma é o ideal, já que não fará barulho se cair e não machucará ninguém se atirada.

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Esperar. Todas as situações de espera são difíceis para crianças com TDAH. Solução:

Limitar o tempo de espera sempre que possível;

Nomear uma criança sem TDAH como “colega de estudo”;

Usar computadores para atividades adicionais.

Esquecer as regras e instruções tão logo elas sejam fornecidas. Solução:

Use auxiliares de memória, por exemplo, pistas visuais para controlar a conversa em classe – verde para “continuar” e vermelho para “parar”;

Minimize instruções orais e peça à criança para repeti-las de volta para você;

Use temporizadores de areia ou de cozinha para tarefas cronometradas.

Dificuldades de sentar e se concentrar. Solução:

Deixe que a criança rabisque ou desenhe enquanto você está falando;

Deixe-a sublinhar com marcadores de texto;

Permita que se levante caso ficar sentada esteja muito difícil.

A criança está aborrecendo toda a classe. Solução:

Seja específico (a) com suas exigências;

Evite um tom de voz bravo ou sarcástico;

Deixe a criança ir para uma área de trabalho designada e trabalhar com fones de ouvido, ou ir para outra sala de aula, para aliviar a pressão sobre o grupo.

A criança não consegue monitorar a si mesma. Solução:

Reforce comportamento positivo. “Obrigado (a) por levantar a mão” é muito eficiente.

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A criança é facilmente distraída e não permanece na tarefa. Solução:

Deixe a criança usar uma área independente, longe do restante do grupo;

Permita que fones de ouvido sejam usados. A música certa pode ter um efeito calmante e que o ajude a focar;

Durante trabalho em grupo, restrinja grupos para somente mais um aluno.

Uma consideração importante para se ensinar crianças com TDAH é estrutura:

Um calendário regular de segunda a sexta-feira com um padrão consistente de lições é preferível. O pior cenário é: diferentes aulas, ocorrendo em diferentes dias, em diferentes salas de aula, com professores diferentes;

Regras escolares simples e claras, apresentadas idealmente de forma altamente visual e publicadas com destaque podem ajudar efetivamente no manejo do comportamento.

A sala de aula ideal:Coloque a criança com TDAH na frente, para minimizar a distração por outros alunos;

Circunde a criança com TDAH com alunos modelos;

Encoraje tutoria de colega e aprendizagem cooperativa;

Coloque a criança com TDAH sentada longe das portas, janelas e painéis, que possam ser fontes de distração.

Fonte: http://www.tdahevoce.com.br/professores/gerenciar-o-tdah/estrategias-de-ensino.aspx

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TEXTO 14

Orientações aos Professores Para o Trabalho Com o Aluno

com TDAH

No cotidiano escolar, em muitas situações, se torna necessário ao

professor ser flexível na utilização do espaço físico, na utilização de

materiais e equipamentos, na organização e reorganização de

grupos de trabalhos, na estruturação de planejamentos e em

procedimentos e processos de avaliação.

A seguir algumas Orientações aos Professores Para o Trabalho

Com o Aluno com TDAH:

1. Sente-se com o aluno a sós e pergunte como ele acha que

aprende melhor.

Utilize estratégias e recursos de ensino flexíveis até descobrir o

estilo de aprendizagem do aluno.

2. Tente estabelecer regras claras, através do levantamento de

possibilidades com o grupo que o rodeia e saiba exercer com

respeito sua função de mediadora, de preferência em um clima

ameno, para que seja criado um vínculo com o grupo e lembre-se

nada de autoritarismo, muito menos uso de “força” (aqui no sentido

de imposição).

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3. Lembre-se de que as regras e instruções devem ser breves e

claras. Use uma linguagem adequada para o nível de

desenvolvimento do seu aluno. Evite sentenças muito compridas.

Sempre que possível, transforme as tarefas em jogos.

Provavelmente a motivação para a aprendizagem será maior.

4. Para muitas crianças com TDAH, o ato de escrever a mão é

difícil. Por isso, dê alternativas, como a digitação em computador.

5. Evite testes com tempo marcado, pois estas crianças raramente

irão tomar decisões tão rápidas, desse modo o aumento da

impulsividade será mais constante, prejudicando-as.

Avalie mais pela qualidade e menos pela quantidade das tarefas

executadas. O importante é que os conceitos estejam sendo

aprendidos.

6. Não exija silêncio ou imobilidade, por que eles não conseguem

por natureza física, e alguns colegas deles também, apenas

demonstre com atitudes a necessidade de algumas vezes adotar a

solicitação de controle pessoal e procure para “eles” alguma

alternativa neste momento, saiba o porque de dizer o “não”, seja

coerente e explique.

7. Se o vínculo entre você e sua turma já estiver formado, se

necessário fale de você, ou então procure dar exemplos de vida

próximos a eles, mas se puder falar de você mostre-se tão gente

quanto ele, com acertos e erros, às vezes o exemplo muda tudo...

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78

Parte integrante Monografia de Especialização em Saúde Mental na

Infância e Adolescência – SCMRJ/2005. Ana Paula Costa

8. Não exponha ninguém ao ridículo, para não dar chances de ser

exposto também, mas não se feche por causa disto. Esta será uma

chance rara de mostrar que sempre se pode voltar atrás, talvez aqui

você esteja dando outra lição importante de vida e de aprender

também. Tudo sempre vale a pena.

9. Tenha consciência que o exemplo é fundamental, então; o

ditado: “faça o que eu falo, não faça o que eu faço”, não pode ser

realidade... Vamos analisar o porque, “faça o que eu falo, e não o

que eu mando, autoridade se conquista e não se impõe, afinal você

também só respeita que se fez respeitar aos seus olhos, o inverso

também é real; e então porque eu falo, eu estou tentando acreditar

em você e não é só um conselho, eu acredito e faço o que eu falo,

até hoje para mim e outras pessoas que conheço deu certo, evitou

muitos problemas.

10. A solidão preconceituosa é um sentimento que não faz bem à

ninguém; e faz com que isto (o motivo da solidão), se transforme

em várias situações que poderão ter conseqüências para todos no

futuro.

11. Em qualquer atrito que envolva uma criança com TDAH, escute

os dois lados e façam se ouvir e saber que não serão punidos antes

de esclarecida a situação para ambos, se é que serão punidos, pois

assumir a própria responsabilidade do ato diante do outro já é muito

difícil, mas há outro ponto, é preciso que se saiba que o

autocontrole dos envolvidos pode ser muito diferente, antes de

responsabilizar uma das partes por causa de outros antecedentes,

sempre há uma nova chance, e para uma criança com TDAH, a

chance de reparar seus erros é fundamental para sua

autoconfiança. Não generalize as más situações, prefira a boas, isto

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79

dá oportunidade de generalizá-las também e assim se pode evitar a

violência e provar que “a inteligência é sempre melhor que a força”.

12. Dê uma chance de readquirir a confiança em si, em você,

mesmo, diante do grupo e de seus modelos, mas fale sobre isto e

deixe bem clara esta situação, sem agressividade, deixe descobrir

que como ele todos merecem respeito, pois ninguém é perfeito.

Faça isto com conversa sérias e tranqüilas, em passeios ou

situações próprias e mostre-lhe várias situações e conseqüências,

pensem juntos, mesmo que não pareça ou ele disfarce muito bem,

só o fato de estar ali com você já pode fazer diferença.

13. Não deboche de possíveis descuidos e desentendimentos, nem

chame mais atenção para estes fatos do que suas boas ações.

Converse sobre as duas situações e se ele perder matéria por

causa desta conversa ou deste tempo, talvez no futuro mereça o

dez que não vai tirar agora. E se passar isto para outras pessoas,

nunca mais vai precisar de nota e você será sempre uma nota dez

para ele.

14. Disponha-se a acreditar que aquele que der o primeiro passo

para descobrir estas boas atitudes, poderá se transformar no

modelo e assegurar o vínculo afetivo positivo com as crianças

portadoras do TDAH, bem como com os demais alunos da turma,

fazendo com que se acredite em laços de amizade perto ou longe

de seus modelos.

15. Não acredite na palavra “não sei”, insista inteligentemente e

aceite a tentativa e os erros, mostre-lhes que alguns erros são

pontes para o acerto seu e às vezes de outros, também.

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80

Parte integrante Monografia de Especialização em Saúde Mental na

Infância e Adolescência – SCMRJ/2005. Ana Paula Costa

16. Estimule à participação do aluno na elaboração de projetos de

investigação ou de pesquisas de acordo com seus interesses

particulares ou suas habilidades. Desenvolvimento de atividades

culturais e científicas como Feiras, Mostras e Semanas de Estudo,

destinadas a apresentação de temas desenvolvidos durante um

trabalho escolar. Elaboração de fichas de conteúdos estimulantes,

desafiadores e curiosos para estudos independentes a todo o grupo

escolar.

17. Alie-se aos pais, esclarecendo-os, pois este vínculo

estabelecido com seu aluno é fundamental que ocorra

principalmente na família, dando sustentação para um trabalho de

reforço positivo, tão necessário para que ele acredite na

possibilidade de reconquistar seu lugar.

18. Aceite que nem sempre fazer concessões é perder o orgulho, às

vezes é construir regras pessoais, disciplina, respeito e conquistar

um amigo, só por isto já vale a pena, mas você pode também estar

construindo um espaço “seu”.

19. Estimule o desenvolvimento do respeito pelos demais seres

humanos, independentemente de suas características, talentos e

competências. A criança com TDAH pode se tornar impaciente com

pessoas que funcionam em nível ou ritmo diferente do seu. Isto é

prejudicial para seu desenvolvimento pessoal e social, podendo ter

conseqüências destrutivas para seu próprio processo de

aprendizagem, bem como para a sociedade.

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20. É sempre bom lembrar: nem tudo o que é bom para a maioria

dos alunos “normais”, é bom para um aluno com “TDAH” ou

compreensível a ele; mas tudo o que é bom para o aluno com

“TDAH” ou para os diferentes será bom com os demais.

21. Disponha-se e agüente firme, ajudar é muito difícil, mas a

recompensa é maravilhosa.

Parte integrante Monografia de Especialização em Saúde Mental na

Infância e Adolescência – SCMRJ/2005. Ana Paula Costa

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TEXTO 15

Atividades educacionais para estudantes com TDAH

Escrito por Zoe Erkinatti | Traduzido por César Campos

Um transtorno comportamental da infância comumente diagnosticado, o transtorno de déficit de atenção com

hiperatividade, ou TDAH, é estimado que afete de 3 a 7 dentre 100

crianças em idade escolar, de acordo com as estatísticas da

American Psychiatric Association (Associação Americana de

Psiquiatria). Os sintomas principais do TDAH incluem desatenção,

hiperatividade e impulsividade. Sabe-se menos sobre estudantes

universitários com TDAH. No entanto, muitas técnicas educacionais

melhoram a aprendizagem dos alunos com TDAH de todas as idades. Estas incluem apresentações de sala de aula que utilizam

seções mais curtas e distintas e integração de atividades práticas.

Atividades para Dificuldade em Concluir Tarefas

A concentração é difícil para os estudantes com TDAH. Um dos principais problemas para os indivíduos com TDAH é a

dificuldade em concluir tarefas sem erro, de forma clara e

organizada. Existem várias atividades que podem ajudar os

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estudantes a concluir com êxito as suas tarefas. A primeira é ter a

ajuda do instrutor para que os alunos dividam a tarefa em pequenas

partes que possam ser resolvidas de uma vez. Os instrutores

também devem adicionar os prazos finais de cada seção para

ajudar a evitar a demora. A segunda é que os alunos trabalhem em

grupos para trocar informações, ou se ajudem com a tarefa. Além

disso, os estudantes podem verificar o trabalho de outros membros da equipe. A combinação destas atividades ajuda os indivíduos com

TDAH a prosseguir com a tarefa, corrigir erros e concluir seus

trabalhos.

Atividades para Envolver os Alunos

Projetos de equipe, definição de grupo e monitores são ferramentas úteis.

Os alunos com TDAH têm dificuldade em se concentrar por longos

períodos de tempo. Há atividades que vão aumentar o envolvimento

dos alunos na aprendizagem. Trabalho de grupo é um exemplo de

atividade que ajuda os alunos, porque os membros da equipe fazem perguntas e encontram maneiras de trabalhar juntos para resolver o

problema. Outra atividade é dar aos alunos um esboço dos tópicos

da aula e incluir perguntas que eles devem responder durante a

aula. O estudante está prestando atenção nas palavras do instrutor com mais cuidado porque está procurando as respostas. Outra

atividade é usar jogos durante a aula. Dar pontos por encontrar

informação na aula ou coletar informações de slides, ou de outros

materiais. Por exemplo, se a aula é sobre mamíferos, peça aos alunos para elaborarem uma lista de todas as características físicas

de mamíferos abordados durante a aula. No final da aula dê pontos

para o aluno com a lista mais longa e correta. Finalmente, use mini-

aulas dentro da aula. Apresente uma breve palestra de 10 a 15

minutos. Em seguida, peça aos alunos para concluírem uma

atividade antes de irem para a próxima parte da aula.

Atividades para Minimizar Distrações

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Atividades de sala de aula destinadas a estudantes com TDAH funcionam com todos os alunos. Estudantes com TDAH são facilmente distraídos por ruído ou atividades de outros alunos, atividades externas (visíveis através da

janela ou da porta) ou por atividades de animais de estimação, ou

outros instrutores, ou mesmo assistentes na sala de aula. Os

instrutores podem planejar atividades que tenham menos distrações e ajudem o aluno a manter o foco no trabalho. Um exemplo é

planejar uma atividade em área organizada, onde o único item de

interesse seja a atividade. Remova distrações da sala de aula. Isto

torna menos provável que o aluno desvie sua atenção da sessão para verificar o aquário ou a atividade na gaiola do coelho. Feche as

cortinas das janelas e as portas, e torne o ambiente o mais tranquilo

possível. Certifique-se de que outros indivíduos na sala também

estejam prestando atenção na aula ou atividade e não trabalhando em outro projeto. Use um projeto prático e dê orientações para cada

etapa. Peça aos alunos para repetirem as instruções, ou para

descrever o que estão fazendo. Isto permite que o instrutor observe

se o aluno compreende a atividade. Além disso, use vários meios ou ferramentas para diferentes atividades. Use quadros brancos,

computadores, papel colorido, slides, filmes ou modelos para

demonstrar a atividade de aprendizagem. O aluno deve demonstrar

o que aprendeu, usando a mesma ferramenta para indicar informações ou selecionar partes da sessão de aprendizagem que

foram especialmente interessantes. Estes tipos de atividades

funcionam bem com todos os alunos e melhoram a aprendizagem

do estudante.

http://www.ehow.com.br/atividades-educacionais-estudantes-tdah-

lista_4237/