éTica profissional

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ÉTICA -> É PARTE DA FILOSOFIA > CONSIDERA CONCEPÇÕES DE FUNDO ACERCA DA

VIDA, DO UNIVERSO, DO SER HUMANO E DO SEU DESTINO, ESTATUI PRINCÍPIOS E VALORES QUE ORIENTAM PESSOAS E SOCIEDADES.

> UMA PESSOAS É ÉTICA QUANDO SE ORIENTA POR PRINCÍPIOS E CONVICÇÕES

> TEM CARÁTER E BOA ÍNDOLE

MORAL -> É PARTE DA VIDA CONCRETA

-> TRATA DA PRÁTICA REAL DAS PESSOAS QUE SE EXPRESSÃO POR COSTUMES, HÁBITOS E VALORES CULTURALMENTES ESTABELECIDOS

-> UMA PESSOA PODE SER MORAL (SEGUE OS COSTUMES ATÉ POR CONVENÇÃO) MAS NÃO NECESSARIAMENTE ÉTICA (OBEDECE A CONVICÇÕES E PRINCÍPIOS)

DERIVA DO GREGO -> ÉTHOS – HÁBITO OU COSTUME – MANEIRA EXTERIOR DE COMPORTAMENTO

ÊTHOS – O LUGAR OU PÁTRIA ONDE HABITUALMENTE SE VIVE

Ética aristotélica e dos seus seguidores:◦ estuda o agir a partir de uma concepção do

homem como sendo: um animal político, que tem linguagem e muitas vezes age logicamente (ou deveria fazê-lo) e que precisa desenvolver-se dentro de uma sociedade concreta, num período de tempo, dentro de formas concretas de governo de uma cidade, se quiser ser feliz.

A segunda grande tradição ética: ◦ Estilo anglo-saxônico - corrente do

utilitarismo. ◦ Os seguidores são geralmente muito

pragmáticos - mediatistas (contentando-se com uma moral provisória), são menos especulativos, e raciocinam praticamente assim: o maior valor ético deve consistir em procurar o maior bem possível para o maior número possível de homens

A terceira tradição filosófica que atua e vigora até hoje é a da linha kantiana - centrada sobre a noção de dever

Se queres agir moralmente - racionalmente - age então de uma maneira realmente universalizável – (Kant)

Quatro pressupostos ◦ Liberdade, ◦ Conhecimento◦ Ato Humano ◦ Responsabilidade

É um conjunto de princípios gerais que fundamentam e ajudam a operacionalizar a pratica psicológica (o ato) e sugere normas que explicitam situações profissionais, indicando caminhos como soluções de problemas

Deve expressar a dinamicidade própria da liberdade, do risco e da criação

Mostrar um conjunto de comportamentos que seja representativo da realidade social e cultural, com os quais o Homem convive diariamente inserido no meio ambiente em que se move.

deve refletir princípios gerais, pressupostos básicos que garantam ao agir do profissional, estes elementos de gratificação, quando este agir corresponde ao ideal ético refletido pelo Código

Ética filosófica que apela para uma reflexão, para uma compreensão das singularidades, é ela que faz um apelo à criatividade humana, à liberdade e à espontaneidade

O Código de Ética tem que ser fiel a esta dimensão, pois é esta dimensão da Ética do Homem, da pessoa e não do psicólogo. O Código é uma Ética para o homem que trabalha na ciência psicológica.

Ética faz do psicólogo um profissional enraizado socialmente no mundo visto que uma profissão é forte quando a sociedade reconhece a sua importância e esta se revela eficaz na sua implicação com o contexto social e psicossocial

como ciência de costumes, a ética trata dos deveres sociais do homem e das suas obrigações na comunidade.

A satisfação das aspirações morais faz parte integrante do conjunto dos desejos humanos, pois nenhuma sociedade ou grupo pode viver fora de qualquer regra ou lei. A vida é uma contínua seleção e criação, não é apenas um deixar-se viver.

A conduta moral tem como base a disciplina, a adaptação à vida em grupo e a autonomia da vontade.

Código deve refletir sobre o outro lado do agir humano, reconhecendo simultaneamente a importância do sentimento pessoal perante a norma, a importância de se acreditar num ideal de homem e de vida, permitindo um encontro real entre a norma e o homem, o qual dignifica o seu comportamento.

agir ético vai além do pensar bem e honestamente, é a ressonância de um mundo individual e pessoal mas exige que a consciência, que é “uma síntese em perpetua realização “ se manifeste de modo explícito através de acções claras e visíveis.

Debra Luepnitz (1998) a obrigação moral e ética que a prática requer: o(a) profissional precisa ter consciência do poder e da influência que ele/ela exerce sobre a vida do cliente

Manifestação de poder é a forma como utilizamos o diagnóstico.

A importância de ampliarmos as considerações etiológicas de forma a incluir o social.

Variáveis como sexo, situação sócio-económica, estado civil, raça, etc. geram variações diagnósticas que não podem permanecerem ignorada

Marianne Walters, Peggy Papp, Olga Silverstein, e Betty Carter(1988) oferecem para reflexão as seguintes sugestões:

A(o) profissional precisa estar atenta(o) para identificar os construtos sociais e as mensagens de gênero que condicionam o comportamento e os papéis sociais e para reconhecer as maneiras distintas com que homens e mulheres são ensinados a lidarem e a experiênciarem relações íntimas. Isto implica numa sensibilidade para as manifestações do condicionamento de gênero nas posturas pessoais, nas interações diárias e na capacidade de questionarmos atitudes, valores e comportamentos "normais" que foram objetivados pela sociedade.

A prática clínica é portanto, um ato social, que não pode ser separado das questões sociais que o circundam.

são objeto de uma exigência ética elementar: a atualização profissional ao nível dos

conhecimento científicos dados de investigação e saber – fazer

particulares – nomeadamente ao nível da familiarização com várias técnicas e instrumentos específicos ou objetos de estudos mais recentes, respectivas potencialidades e limites interpretativos

RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05

Agosto 2005

I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão

III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural

IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática.

V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão.

VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada.

VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.

b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente

c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional;

f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional

g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;

h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho

d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade profissional

) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão

Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnicocientífica

h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas

k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação

q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas, grupos ou organizações.

Estudos mostram que a cada ano morrem, no Brasil, 42 mil pessoas vítimas de acidentes de trânsito, 90% dos quais provocados por falha humana.

o motorista brasileiro estaria realmente habilitado para dirigir um veículo que mal conduzido pode representar um risco de morte nas ruas e estradas?

Ao psicólogo perito de trânsito cabe a responsabilidade profissional e ética de triar quem está em condições psicológicas de receber a Carteira Nacional de Habilitação

a Psicologia propôs outra forma de olhar a questão do trânsito, para além dos testes psicológicos, enfocando não apenas o condutor, mas tudo aquilo que participa do sistema trânsito: os pedestres, ciclistas, motociclistas, crianças, jovens, adultos, idosos, deficientes físicos, animais e meio ambiente.

o profissional, que aplica a avaliação psicológica nos candidatos, precisa ter uma conduta ética muito rígida.

o psicólogo precisa ter consciência de que, ao aprovar um candidato, estará dando um aval para que uma pessoa conduza um automóvel por um longo período