Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

40
0,50€ Entrevista a André Castro Desporto Câmara poderá ter que pagar 4,6 milhões de euros de indeminização à construtora do parque de estacionamento Mercado da Areosa em tribunal V P.22 Gondomarenses vão pagar menos 30% e 40% de IMI em 2014 Marco Martins envia para o Ministério Público caso “estranho e mal explicado” do anterior executivo V P.25 e 26 “Nunca vou esquecer o clube da minha terra” V P.4 e 5

description

Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Transcript of Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Page 1: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

0,50€

Entrevista a André Castro

Desporto

Câmara poderá ter que pagar 4,6 milhões de euros de indeminizaçãoà construtora do parque de estacionamento

Mercado da Areosaem tribunal

V P.22Gondomarenses vão pagar menos 30% e 40% de IMI em 2014

Marco Martins envia para o Ministério Público caso “estranho e malexplicado” do anterior executivo

V P.25 e 26

“Nunca vou esquecero clube da minha terra”

V P.4 e 5

Page 2: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

2 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Editorial

POSITIVOA LIPOR venceu o Prémio Desen-volvimento Sustentável 2012/2013. A empresa foi vencedora no setor construção, gestão de infraestru-turas, transporte e logística, tendo sido também considerada a melhor PME. O prémio distinguiu a Lipor por incluir a sustentabilidade na sua visão de negocio. O Prémio Desen-volvimento Sustentável é promovido pela Heidrick & Struggles e o Diário Económico. A distinção procura re-conhecer entidades com as melhores práticas na área da sustentabilidade empresarial.

NEGATIVOExiste, neste momento, uma onda de desrespeito ambiental numa zona de Rio Tinto. Há famílias a abandonarem a habitação e a cidade porque uma estação de serviço tem um serviço de lavagem em funcionamento dentro de uma zona habitacional e várias pessoas frequen-tam agora hospitais devido à enorme inconsciência ambiental que causam distúrbios vários na saúde pública, por parte da Estação da Repsol de Rio Tinto 1, na Rua Fernão de Magalhães. 

Obrigado,António Barbosa

Como o prezado leitor deve estar lembrado, o ve-nerável Mosteiro de S. Cris-tóvão de Rio Tinto foi defi-nitivamente extinto como instituição religiosa, passan-do a abadessa, a prioresa, as monjas e o património da instituição para o Real Mos-teiro de S. Bento da Ave-Ma-ria do Porto, mosteiro sob proteção real e que partiu da iniciativa do rei D. Manuel em querer fundar na cida-de do Porto uma instituição monástica feminina, recain-do a escolha sobre mostei-ros da Ordem de S. Bento. Desde 1518, data do inicio da construção do Real Mos-teiro, junto à antiga “Porta de Carros” nas muralhas do

Porto, que a abadessa D. Inês Borges liderou enérgica mas infrutiferamente uma tenaz resistência contra a extinção do seu mosteiro, o de Rio Tinto, desde apelos ao Papa até ao desafiar de ordens para não acolher mais novi-ças no mosteiro ou mesmo confirmar a apresentação de párocos ou fazer empraza-mentos, bastante depois de 1518. Escreve D. Mariana Pinta, monja professa e 13ª abadessa do Real Mosteiro que, no século XVII, que a entrada das monjas vindas de Rio Tinto e de outros três mosteiros se processou solenemente e com imensa alegria. Mas, o facto é que se alegria houvesse, da parte

de D. Inês Borges terá du-rado muito pouco, pois esta recusou-se a abdicar do seu título de abadessa a favor da nova abadessa de S. Bento de Ave-Maria, gerando um conflito de autoridade que só foi resolvido com a interven-ção do próprio monarca, D. João III, com uma compen-sação de rendas da esmola real e do direito da apresen-tação da Igreja de Valongo, falecendo a última abadessa de Rio Tinto pouco tempo depois. Rio Tinto este depois disso muito ligado à institui-ção do Real Mosteiro de S. Bento de Ave-Maria até ao advento do Liberalismo com a famosa Lei de Desamorti-zação, a qual tornou muita gente rica à custa dos bens fundiários e outros dos mui-tos mosteiros extintos ou em vias de extinção a partir de 1834. Pena que hoje pouco reste da memória e nenhum vestígio físico do antigo mosteiro, mas existe ainda muita da documentação e a vontade de perpetuar a sua memória às futuras gerações da nossa terra.

Paulo Santos SilvaProfessor, Historiador e Escritor

Memórias do Nosso PassadoA reação do Mosteiro de Rio Tinto perante a sua extinção

Caros Leitores,

Os acessos ao site e à página no Facebook do www.vivacidade.org não param de aumen-tar. A publicação do jornal físico, replicado no mundo virtual, de forma gratuita e de acesso livre, tem demonstrado a capacidade de reju-venescer, de atrair novos leitores e de renovar a liderança regional, que temos vindo a assu-mir na imprensa regional metropolitana do Porto.

Esta edição é a primeira, após um longo conjunto, em que o destaque foram as elei-ções locais; pois as autárquicas dominaram naturalmente os conteúdos do jornal nesse período.

Estamos orgulhosos da cobertura verda-deiramente notável e inédita que fizemos das eleições e dos seus resultados; pois não encon-tramos nenhum outro órgão local de informa-ção que tenha feito um trabalho semelhante e o que nos têm dito é que há publicações a replicarem o modelo que definimos. Ou seja, o Vivacidade é hoje não só um produto esta-bilizado, maduro, com imensa visibilidade e impacto mas também visto como um modelo a seguir pelas pessoas interessadas em desen-volver novos projetos nesta área.

Projetos âncora, que sustentem o desen-volvimento, é o que a região Oriental da cidade da zona metropolitana do Porto precisa, pois tirando um ou outro sinal positivo, claramen-te insuficiente para poder vir a transformar a região, não parece haver ainda conciliação política para que se possam desenvolver estru-turas (obras ou organizações) que levem a que os impactos sejam notáveis. Para isto, é preci-so começar a organizar as parcerias certas, que incluam os municípios, as entidades de gestão dos programas e os privados mas que sejam estruturados os princípios dos projetos de tal modo que seja o interesse público completa e absolutamente salvaguardado e protegido.

O país não está em condições de promo-ver uma EXPO 2020 na zona oriental do Por-to, mas que ia ser um projeto fantástico e com impactos a 50 anos disso não há dúvida. Com a organização política atual dos municípios envolvidos não há espaço para pensarmos nisso?

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva AlmeidaRedação:Ricardo Vieira Caldas (CP-9828)Pedro Santos Ferreira (TP-1911)Diretor Comercial:Luiz Miguel AlmeidaPaginação:José VazEdição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOColaboradores: Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Simões, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgE-mail: [email protected]

Sumário:

SociedadePáginas 4 e 5, 8 a 18

BrevesPágina 6

PolíticaPáginas 19 a 22

DesportoPágina 24 a 26

Empresas & NegóciosPágina 27 a 31

OpiniãoPáginas 32 a 36

EmpregoPágina 37

LazerPágina 38

Próxima Edição 19 de dezembro

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

Page 3: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013
Page 4: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

“É mais um caso muito mal gerido e mal explicado e quanto mais mexemos nele piores con-tornos tem”. É assim que Marco Martins define ao Vivacidade, o imbróglio com que a Câmara se deparou nestes últimos dias quan-do descobriu que o Tribunal Ar-bitral decidiu anular o contrato de concessão com a empresa Opção Sublime SA - do grupo ABB - e condenar a câmara ao pagamento de 4,577 milhões de euros à em-presa a título de indemnização. O contrato com a Câmara previa a construção e concessão do parque de estacionamento subterrâneo e, alegadamente, a igual concessão de 250 lugares à superfície.

Já em 2013, a empresa quei-xou-se que estava a ter “prejuízos” alegando que a “alteração ao re-gulamento municipal que restrin-ge o pagamento”, as isenções pre-vistas para cerca de 20 residentes e a “diminuição do número de lugares disponíveis para estacio-namento à superfície” estavam na origem do problema. Segundo a concessionária, deveriam ser 250 e não os atuais 200 lugares dispo-níveis.

Agora, após a decisão do Tri-bunal Arbitral, a nova Câmara viu-se obrigada a contestar a de-liberação interpondo a ação para tentar anular o pagamento.

O presidente da Câmara, Mar-co Martins, considera “estranho” todo este caso já que até faltam al-guns dos documentos de reuniões do executivo anterior. O autarca explicou, em conferência de im-prensa, que o executivo “vai estar atento, não só na pesquisa de no-vos elementos sobre este processo, como na remessa para o Ministé-rio Público” já que considera “es-tranho” o Tribunal Arbitral tomar, em dois meses, uma “decisão tão complexa, a um mês das eleições autárquicas”. Mas, segundo Marco Martins, há ainda outra questão por esclarecer. A Câmara [ainda liderada por Valentim Loureiro], mesmo concordando com a de-cisão do Tribunal, “escreveu ao concessionário dizendo que não fez o pagamento dos 4,6 milhões de euros porque não teve dotação orçamental”.

O novo executivo descobriu ainda, na semana passada, que a autarquia continuava a pagar uma renda de 3500 euros mensais, do espaço usado, entre 2008 e 2011, para acolher os comerciantes du-rante as obras no mercado.

O Vivacidade tentou obter uma reação do Grupo Alexandre Barbosa Borges [detentor da Op-ção Sublime S.A] mas a empresa não se mostrou disponível para prestar declarações.

Proposta da reunião ex-traordinária urgente com voto contra de Maria João Marinho

Apesar do restante executivo ter concordado em interpor com uma ação judicial para o Tribu-nal Administrativo da decisão do Tribunal Arbitral, neste caso do Mercado da Areosa, Maria João Marinho, vereadora da coliga-ção PSD/CDS não se conformou com a decisão e votou contra a proposta. Ao Vivacidade, explica porquê. “Votei contra a proposta de interposição de ação judicial para o Tribunal Administrati-vo,  tendo em conta que a decisão do Tribunal Arbitral foi unânime na sua decisão, de acordo com o árbitro aprovado por unanimida-de em executivo camarário. Res-salvo  que foi com o voto favorá-vel do atual vice-presidente, Luís Filipe Araújo e do vereador Rui Quelhas e não entendo o porquê deste procedimento, que pode colocar em questão o pagamento

dos vencimentos dos funcionários e demais prestadores de serviços”, afirma a vereadora da oposição.

Maria João Marinho diz mes-mo que não se deve “em cons-ciência tomar uma decisão que pode levar a um acréscimo de custos, de muitos milhares de euros, por   uma   decisão   políti-ca” já que “o valor atribuído pelo tribunal era o do custo da obra de empreitada, e o atual executivo ao não sancionar esta decisão, o cus-to para todos os gondomarenses pode ser deveras penoso”.

Questionada sobre a ausência de coerência do seu voto com os votos dos restantes vereadores da coligação PSD/CDS, Maria João Marinho afirma: “É a liberdade de expressão democrática”.

Orçamento camarário com-prometido

Ao Vivacidade, Marco Martins confirma que os 4,6 milhões de euros representam “quase 10% do orçamento da câmara” e que, no caso de a Câmara ter de suportar esse custo, vai “bloquear comple-tamente o município” obrigando a um “reajustamento do orçamen-to” e a uma “diminuição no in-vestimento” que o atual executivo previa para o concelho.

O Mercado da Areosa nos dias de hoje

Pouco passava das 14h30 de uma sexta-feira e nem um cliente circulava nos corredores do novo edifício do Mercado da Areosa.

O dia seguinte, sábado, seria o mais rentável para os comercian-tes do mercado. O rés-do-chão é o piso da excelência para as vendas e, ainda assim, são apenas quatro os espaços que abrem diariamente – apesar do regulamento obrigar os comerciantes a abrirem o espa-ço também durante a semana.

No piso 1, Deolinda Moreira, responsável por um café com es-planada, explica ao Vivacidade que “o negócio é péssimo”. “Se me falta algum cliente habitual, eu dou por ela, por isso os clientes dão para contar pelos dedos. Isto morreu ao nascer porque as pessoas abrem os espaços quando querem. Nunca se viu um café fechar às 19h. No pal-co que seria para eventos, até hoje não vi lá ninguém. Este espaço com esta esplanada era para poder funcionar”, explica revoltada a septuagenária. Apesar de tudo, “há uma certa espe-rança” para o café, por-que o atual presidente da Câmara “prometeu uma remodelação” no

Estacionamento do Mercado da Areosapode custar quase 10% do orçamento da CâmaraA tomada de posse do atual executivo camarário deu-se a 23 de outubro e foi a partir daí que Marco Martins e os restantes vereadores tomaram conhecimento de um caso que, o próprio presidente da Câmara considera “estranho”. Em causa estão 4,6 milhões de euros que a Câmara poderá ter que pagar à empresa concessionária do estacionamento pago do Mercado da Areosa – Opção Sublime, SA – para repor o equilíbrio económico financeiro desta, já que a mesma reclama “prejuízos”. A Câmara não se conforma e interpôs, na terça-feira, uma ação ao Tribunal Administrativo, para anular a condenação ao pagamento da indeminização. A autarquia também já fez saber que o Ministério Público vai receber uma participação para analisar os contornos deste caso.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

4

Sociedade

VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

CMG estuda remodelação do Mercado da Areosa

2005CMG decide intervenção

2007setembro

Mudança para um “mercado provisório”

2008agosto

Início da construção do novo edifício destinado ao Mercado

setembro

A obra começa a ter paragens

2009junho

Page 5: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Estacionamento do Mercado da Areosapode custar quase 10% do orçamento da CâmaraA tomada de posse do atual executivo camarário deu-se a 23 de outubro e foi a partir daí que Marco Martins e os restantes vereadores tomaram conhecimento de um caso que, o próprio presidente da Câmara considera “estranho”. Em causa estão 4,6 milhões de euros que a Câmara poderá ter que pagar à empresa concessionária do estacionamento pago do Mercado da Areosa – Opção Sublime, SA – para repor o equilíbrio económico financeiro desta, já que a mesma reclama “prejuízos”. A Câmara não se conforma e interpôs, na terça-feira, uma ação ao Tribunal Administrativo, para anular a condenação ao pagamento da indeminização. A autarquia também já fez saber que o Ministério Público vai receber uma participação para analisar os contornos deste caso.

5VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Maria de Fátima PereiraPeixeira, 66 anos

“Eu era catraia quando o espaço [do antigo mercado] foi inaugurado e a minha avó fundou isto. Quando me falaram no mercado novo eu até achei uma coisa bonita e fui uma das pessoas que mais apoiei. Só que acho que não gastavam tanto dinheiro e punham-nos o mercado conforme ele era. Puseram-nos aqui e ninguém gosta disto. Estou aqui sozinha de terça a sábado, das 8h às 18h e as minhas colegas vão go-vernar a vida para outro lado. Esta-mos aqui a gramar o mel e o fel. ”

Inquérito de rua

Augusta da GlóriaCliente, 75 anos

“Há 55 anos que venho aqui. Moro na Giesta e gostava mais do merca-do velho do que gosto agora. Estava tão bem como estava.”

Maria Fernanda PereiraPeixeira, 60 anos

“Na intenção deles [Câmara] fize-ram muito bem mas, na verdade, o mercado como estava era muito melhor. Já vendo há 50 anos e te-nho seis ou sete clientes por dia. O problema é que obrigaram as pes-soas a vir para aqui todos os dias e as pessoas não vêm. Não está certo também as pessoas terem que pa-gar o estacionamento.”

Assembleia Municipal aprova adjudi-cação da construção e concessão do parque subterrâneo, por 3,5 milhões de euros, por um período de 35 anos

2010fevereiro

Assinatura do contrato18 de agosto

Início das obrassetembro

Abre o novo mercado eparque de estacionamento; comerciantes deixam mercado provisório

2011setembro Empresa reclama prejuízos

2013

CMG aprova minuta do compromisso arbitral

16 de maio

Convite, para o exercício da função de Árbitro, ao Dr. João Quintela Cavaleiro

30 de maio

A CMG aprova o Regulamento e Arbitragem22 de agosto

Foi proferido Acórdão Sentença26 de agosto

mercado. No espaço ao lado do café, Ma-

ria Morais, proprietária da fruta-ria, espera, ansiosa, com o marido, a entrada de clientes na loja. “A obra que foi feita foi a pior coisa que puderam fazer. Estávamos melhores nos contentores do rés--do-chão do que aqui. Não vem aqui ninguém e estou com ideias de deixar o espaço no final do ano porque não dá para as despesas”, comenta. Quanto ao estaciona-mento pago, a comerciante lamen-ta tudo o que foi feito até agora. “O estacionamento pago correu com a freguesia toda! Tinha duas freguesas que vinham durante a semana e deixaram de vir porque foram multadas. Ontem nem um cliente tivemos.”

No ramo das flores, a crise é a mesma. Sónia Silva, florista, de 46 anos diz que diariamente atende “muito

poucos clientes”. “Isto piorou. Pa-rece mais um centro comercial do que um mercado. Foi-nos prome-tido um espaço exterior e para este espaço virão serviços. Nós nunca devíamos ter vindo para aqui. O grande erro do Valentim foi ter feito isto”, lamenta.

Reconversão e revitaliza-ção do Mercado da Areosa “suspensa”

Marco Martins, ainda em campanha eleitoral, prometera para o Mercado da Areosa, uma “reconversão e revitalização” para devolver o comércio ao local. Agora, após a descoberta do caso do estacionamento, o presiden-te da Câmara explicou ao Vivaci-

dade que esse assunto está “suspenso”. “A nossa ideia era avançar com isso já em 2014. Esta questão não prejudica mas en-quanto não houver uma decisão defini-tiva vamos ter que suspender tudo isso até porque pode o Tribunal de-cretar o encerra-mento da praça, que integra a concessão”.

Page 6: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

6 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Breves

A Banda São Cristóvão Rio Tinto (BS-CRT) irá celebrar no dia 8 de dezembro, pelas 15h00 no Centro Cultural Amália Ro-drigues, em Rio Tinto, o primeiro aniversá-rio da BJ da BSCRT. Ao Vivacidade, Daniel

Ribeiro, presidente da Banda São Cristóvão, reforça a importância da criação da primei-ra BJ de Rio Tinto, “que tantos frutos tem dado e está agora prestes a completar um ano de existência”.

I Aniversário da banda juvenil da BSCRT

A Associação Moradores de Santa Bár-bara, em Fânzeres, celebrou no dia 10 de novembro o 13º aniversário. Dezenas de pessoas celebraram a ocasião no conjunto habitacional que contou com a presença de

Marco Martins, presidente da Câmara Mu-nicipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara de Gondomar e Daniel Vieira, presidente da União de Fre-guesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova.

13.º Aniversário da Associação Moradoresde Santa Bárbara

O Geoclube – Associação Juvenil recebeu no dia 13 de novembro a acreditação para aco-lher e coordenar projetos de Serviço Voluntário

Europeu em Gondomar. Após a distinção atri-buída pela Agência Nacional para a Gestão do Programa Juventude em Ação, os voluntários internacionais irão agora trabalhar na Escola Secundária de Gondomar e na União de Fre-guesias de Jovim, S. Cosme e Valbom, através de uma parceria estabelecida. Os voluntários terão oportunidade de experimentar diferentes estilos de aprendizagem e de trabalho.

Geoclube recebe acreditação de Serviço Voluntário Europeu

No âmbito do programa “Semana Euro-peia de Prevenção de Resíduos 2013” e em parceria com a LIPOR, um grupo de jovens e professores de Rio Tinto vai, de 16 a 24 de novembro, promover uma campanha deno-minada de ‘Reciclar Conhecimento”. O ob-jetivo é sensibilizar a população para “pro-longar a vida dos produtos, produzir menos resíduos e preservar o ambiente”. Para isso, basta entregar no ‘Aventura Dinâmica’ [Av. da Conduta, junto à Rotunda da Kasadek] ou nos postos assinalados com cartaz LIPOR, o suporte de conhecimento que já não quer como, por exemplo, livros, CDs, DVDs, BD, revistas, etc.

Campanha ‘Reciclar Conhecimento’

Mais de 140 mil crianças, de todo o país, incluindo de Gondomar, foram, no dia 20 de novembro, de pijama para a escola. A título de exemplo, o Infantário e Jardim de Infância ‘A Fisga’ foi uma das escolas que participou, unindo-se à causa e celebrando de igual forma o Dia da Convenção Internacional dos Direi-tos da Criança.

Dia Nacional do Pijama celebrado em Gondomar

O Conselho Executivo da Universidade Sénior de Gondomar elegeu José António Macedo como novo Presidente do Conselho Geral da RUTIS (Associação Rede de Univer-sidades da Terceira Idade), na VII Reunião Magna do Conselho Geral, realizada no dia 18 de Outubro de 2013, no salão Moinho de

Vento em Almeirim.A eleição do autarca advém do reconheci-

mento por parte de todas as Universidades Se-niores que integram a Rede de Universidades da Terceira Idade, no que diz respeito ao tra-balho desenvolvido na Universidade Sénior de Gondomar e no seio da RUTIS.

José António Macedo eleitoPresidente do Conselho Geral da RUTIS

O Salão Nobre da Junta de Freguesia de Fânzeres recebeu, no dia 15 de novembro, os representantes das Associações de Pais do Agrupamento de Escolas de Santa Bárbara para tomarem posse. Na cerimónia marca-ram presença e discursaram a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Gondo-

mar, Aurora Vieira, o presidente da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, Daniel Vieira, o presidente da Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondo-mar, Jorge Ascensão, o presidente do Conse-lho Geral do Agrupamento, António Martins e a diretora do agrupamento, Susana Sistelo.

Associações de Pais do Agrupamento de Escolasde Santa Bárbara tomaram posse

A Câmara Municipal de Gondomar, atra-vés do Centro de Educação Ambiental (CEA) da Quinta do Passal, irá organizar as Oficinas Sazonais de Natal 2013, promovidas no âmbi-to do Plano de Educação Ambiental do CEA, com o objetivo de proporcionar às crianças e jovens entre os 6 e os 14 anos, uma ocupação de qualidade na interrupção letiva do Natal e

sensibilizar os participantes e as suas famílias para a adoção de boas práticas ambientais. As Oficinas vão realizar-se nas instalações do CEA da Quinta do Passal, junto ao Polis de Gondo-mar – Valbom, nos dias 18, 19, 20, 23, 26, 27 e 30 de Dezembro 2013 e 2 e 3 de Janeiro de 2014, entre as 8h30 e as 18h. As inscrições são diárias e limitadas às vagas predefinidas.

Oficinas Sazonais de Natal 2013

No dia 14 de dezembro, o Grupo Dança Fame, que faz parte do Grupo Folclórico e Et-nográfico de São Pedro da Cova, irá organizar no Auditório da Junta de Freguesia de São Pe-dro da Cova o I Encontro de Dança Fame. A

iniciativa vai trazer a Gondomar as atuações de oito grupos de dança, nomeadamente o grupo Fame, Dance Movemente, Dance 4U, Dance to Impress, Teenager, Cram’s Five C e Diversidade. A entrada é gratuita.

I Encontro de Dança Fame

Bruxelas deu, esta quarta-feira, dois me-ses a Portugal para limpar definitivamente as “elevadas quantidades” de resíduos tóxicos

nas minas desativadas de S. Pedro da Cova, com a ameaça de recorrer para o Tribunal de Justiça.

Comissão Europeia dá dois meses para remoçãode resíduos tóxicos em S. Pedro da Cova

Page 7: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013
Page 8: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Segundo reza a lenda, num dia frio e tempestuoso de outono, um soldado romano, de nome Mar-tinho, percorria o seu caminho montado no seu cavalo, quando deparou com um mendigo cheio

de fome e frio. O soldado, conhe-cido pela sua generosidade, tirou a sua capa e com a espada cortou--a ao meio, cobrindo o mendigo com uma das partes. Mais adian-te, encontrou outro pobre homem cheio de frio e ofereceu-lhe a ou-tra metade. Sem capa, Martinho continuou a sua viagem ao frio

e ao vento quando, de repente, como por milagre, o céu se abriu, afastando a tempestade. Os raios de sol começaram a aquecer a ter-ra e o bom tempo prolongou-se por cerca de três dias. Desde essa altura, todos os anos, por volta do dia 11 de novembro, surgem es-ses dias de calor, a que se passou a chamar “verão de S. Martinho”.

Coincidência ou não foi mes-mo em dia de sol, a 16 de no-vembro, que o CCD organizou o seu magusto anual, no Multiusos de Gondomar. Mais de 30 mesas compunham a Sala D’Ouro num convívio com os trabalhadores da Câmara e algumas entidades con-vidadas.

Perante cerca de 500 pessoas, Guilherme Cruz, presidente da direção do CCD, discursou na-quela que foi a sua despedida do cargo. Falou do objetivo do even-to que é, no fundo, reunir os tra-balhadores da Câmara já que “no dia a dia nem sempre é possível conviver” entre todos. “É com muito orgulho que saio ao fim de seis anos de mandato porque tive uma equipa excelente. Isto não é obra de uma só pessoa”, despediu--se, falando da situação financei-ra equilibrada do CCD e fazendo um pedido ao novo presidente da Câmara, Marco Martins. “Na-quilo que for possível, continue a olhar por esta instituição. Temos uma falha, que é a falta de uma sede social”.

O presidente da Câmara, pre-sente no magusto, também dis-cursou e começou por responder a Guilherme Cruz. “O tempo em que se dizia sim a tudo, no mo-mento, acabou. Vamos analisar a situação e não vai ficar esqueci-do”, referiu Marco Martins. O pre-sidente aproveitou a ocasião para explicar à plateia que a situação de alguns dos trabalhadores da Câmara que tinham visto os seus contratos rescindidos há cerca de um mês poderão “ter alguma es-perança” porque “a Câmara já de-liberou e, no que der para salvar

[postos de trabalho] fará tudo o que for possível”. “Contem con-nosco”, finalizou.

No magusto marcaram tam-bém presença algumas entidades como quase todos os vereadores da Câmara e presidentes de Jun-ta, assim como o administrador e colaboradores da Águas de Gon-domar.

Em Jovim e Rio Tinto tam-bém não faltaram casta-nhas

No mesmo dia em que o CCD juntava centenas de pessoas em Gondomar, a Associação Cultu-ral Geral Independente dos Tra-balhadores Amadores e Recrea-

tiva (ACGITAR) promoveu uma vez mais o magusto em Atães, Jovim.

Em clima de “festa popular” não faltou a tradicional fogueira e os mais corajosos saltaram-lhe mesmo por cima, numa noite ca-racterizada por muita animação e convívio.

Ao mesmo tempo mas noutra

freguesia, o Sport Clube de Rio Tinto organizava um magusto na sua recém-inaugurada sala Mul-tiusos, no Estádio Cidade de Rio Tinto. Ao som do Duo Broa de Mel, os sócios e simpatizantes do clube juntaram-se e conviveram enquanto comiam castanhas e be-biam jeropiga.

‘Verão de São Martinho’vivido a rigor no concelhoCastanhas assadas e jeropiga fazem as delícias dos gondomarensesFoi perante um dia de sol de novembro, que o Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Gondo-mar (CCD) organizou mais um magusto no Pavilhão Multiusos de Gondomar que juntou cerca de 500 pessoas num almoço onde as castanhas foram as principais protagonistas. Mas não foi só em Gondomar que se viveram os magustos.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

8

Sociedade

VIVACIDADE NOVEMBRO 2013V O Multiusos de Gondomar recebeu, mais uma vez, o Magusto organizado pelo CCD V Alguns sócios e simpatizantes do SCRT juntaram-se para comer castanhas

FOTO

: RVC

FOTO

: PSF

FOTO

S: DR

Page 9: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

O Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto é já uma tradição de novembro na freguesia. Durante cerca de um mês, o Grupo Dramá-tico Beneficente de Rio Tinto (GD-

BART) anima as noites de sábado com peças de teatro de grupos con-vidados e com a peça final, a cargo do grupo de teatro residente.

Satisfeito com a duração do Festival, Alberto Mendes, presiden-te do Grupo Dramático, afirma que a iniciativa “já se tornou uma tradi-ção” e confessa ter dificuldade em

distinguir os atores amadores do Festival de Teatro dos atores pro-fissionais. “Só não são profissionais porque não ganham dinheiro”, diz com entusiasmo.

A 14.ª edição do Festival tem como principal novidade a estreia de uma nova revista à portuguesa, no encerramento do Festival. Ence-

nada por Francisco Nogueira e in-terpretada pelo GDBART, a revista “Mãos à Obra Porto” será o mo-mento mais aguardado do festival, no dia 30 de novembro.

“O 14.º irá superar o 13.º Fes-tival. Só não temos mais pessoas a visitar-nos porque não podemos alargar a sala, mas o sucesso está garantido”, afirma Francisco No-gueira. “Os grupos que aqui vêm são grupos de referência e quase que se oferecem para participar. Te-mos conseguido manter a qualida-de do Festival graças a uma grande equipa responsável pela organiza-ção”, refere.

Apesar da 14.ª edição ser reali-zada apenas na sala de espetáculos do Dramático, Francisco Nogueira admite que numa próxima edição não está colocada de parte a hipó-tese de voltar a ter três palcos em

simultâneo. Nos dias 23 de novembro e 30

de novembro sobem ao palco o Grupo Dramático e Recreativo da Retorta e o Grupo Dramático Be-neficente de Rio Tinto, respetiva-mente. Os espetáculos têm início às 21h45 e a entrada do público é gratuita.

“As palmas do público são o nosso cachê”Desde o dia 2 de novembro que o teatro regressou a Gondomar. Está a decorrer o 14.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto, organizado pelo Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto, que se irá prolongar até ao último sábado de novembro com a estreia de uma nova revista à portuguesa, protagonizada pelo grupo residente.

Texto: Pedro Santos Ferreira

9VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Sociedade: 14.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto

FOTO

: PSF

Page 10: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

António Rosa, o ‘Mourinho dos Gold’ foi mais uma vez o cam-peão das aves nesta edição do Or-nishow, em Gondomar. Com 46 prémios em diversas categorias, destaca-se o melhor ‘diamante de Gould’.

Para a organização, na pessoa de Amílcar Dias, esta foi a “maior exposição” de aves alguma vez organizada em Gondomar como, aliás, “tem sido hábito”. “Tem vin-do sempre a crescer. É mais um ano de crescimento. Por estranho que possa parecer, olhando às cir-cunstâncias económicas do país,

este ano foi o ano em que mais crescemos em número de expo-sitores e de aves. Este ano temos mais mil aves do que no ano pas-sado”, refere o organizador.

São 4300 aves, todas em com-petição e há algumas, mais raras, que apenas se expuseram para o Ornishow.

Já Carla Costa, visitou pela pri-meira vez a exposição. “Vim por-que nunca tinha visto. Sou daqui e acho isto interessante. Há pássaros aqui que nunca vi”, refere.

No Ornishow, quem nunca falta é Alexandre Brito, criador de aves e fundador do Clube de Ca-nários de Postura de Valongo. “Es-tou aqui como criador e sócio n.º um. Venho todos os anos. Esta ex-

posição é sempre valiosa seja para o concelho como para as pessoas

que vêm de fora”, explica Alexandre.

Mais de 4000 aves“invadiram” GondomarVários milhares de aves tomaram conta do Pavilhão Multiusos de Gondo-mar, de 8 a 10 de novembro, naquele que foi o 18.º Ornishow Internacional do Douro. A ornitologia assumiu o destaque na exposição que marca também uma competição dos criadores de aves.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

10

Sociedade

VIVACIDADE NOVEMBRO 2013FO

TO: RVC

A rua Manuel Alves Vieira, em São Pedro da Cova, foi estreita para acolher as várias viaturas de apoio social que a Associação Vai Avante expôs para receberem ‘uma nova irmã’. A Banda Musical de S. Pedro da Cova uniu-se à causa e animou a cerimónia com a sua atuação. De seguida, perante várias dezenas de gondomarenses, cumpriu-se o pro-tocolo tendo a viatura sido devida-mente inaugurada pelo presidente da Câmara, Marco Martins e bati-zada pelo padre da paróquia.

Haverá um Centro de Dia para S. Pedro da Cova?

Após a inauguração oficial da nova viatura de apoio social, seguiram-se os discursos na sala polivalente do Vai Avante. Fernan-

do Duarte, presidente da institui-ção, agradeceu o apoio da Câmara Municipal para a aquisição da car-rinha que, segundo disse, servirá para “apoio domiciliário”. “Temos muitas pessoas a solicitar o nosso serviço e não fechamos a porta a ninguém”, referiu. O presidente da direção do Vai Avante desejou “boa

sorte” ao novo executivo camarário e aproveitou para fazer um pedido diretamente ao presidente. “Nós em S. Pedro da Cova não temos um centro de dia e o que pedia era uma reunião urgente para encontrarmos uma solução na escola centenária que está hoje abandonada”, pediu, referindo-se a uma escola de S. Pe-

dro da Cova. Marco Martins res-pondeu ao pedido referindo que o mesmo iria “ser analisado para, se for possível, assumir esse compro-misso”. “Conte connosco, obvia-mente que iremos ajudar a apoiar as instituições de solidariedade social”, acrescentou. Na cerimónia discursaram também o presidente

da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, Daniel Vieira e o presidente da Assembleia Geral do Vai Avante, Mário Gonçalves.

Daniel Vieira afirmou que “esta carrinha prova que o Vai Avante está a crescer” e Mário Gonçalves refor-çou, admitindo que a associação “tem mais por onde se expandir”.

Vai Avante adquire mais uma viatura para apoio socialInauguração da carrinha marcada pelo pedido de um Centro de Dia para a associaçãoA Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante, de São Pedro da Cova, já pode alargar o apoio na área social em Gondomar. O dia 7 de novembro marcou a inauguração de uma nova viatura adquirida com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar para uma das maiores associações do concelho.

FOTO

S: RVC

FOTO

S: RVC

Page 11: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013
Page 12: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

12

Sociedade

VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

A exposição Porto Noivos passou novamente pelo Pavilhão Multiusos nos dias 16 e 17 de no-vembro. Durante dois dias foram apresentadas as últimas tendências para os casais que planeiam dar o nó. Vestidos de noiva, quintas e hotéis foram apresentadas por 35 expositores, que contaram com a presença de empresas de Gondo-mar.

“Cerca de 50% dos expositores são empresas do concelho de Gon-domar”, explica Hélder Raimundo, responsável pela organização do Porto Noivos. “Este ano tivemos a apresentação dos novos vestidos de noiva para 2014 e organizámos um desfile com os noivos de Gon-domar, com casais que deram o nó nos últimos anos”, refere.

Apesar do número de casa-mentos nos últimos anos ter dimi-nuído, Hélder Raimundo garante que o Porto Noivos estará de re-gresso a Gondomar em 2014, “até

para completar os 10 anos de ex-posição no Porto”.

O organizador admite que a feira de Gondomar é a “mais di-fícil em termos de angariação de expositores”, no entanto não deixa de sublinhar uma das principais características da feira. “Aqui te-mos menos público mas há mais pessoas a fazer negócio”, conclui Hélder Raimundo.

Durante os dois dias passaram pelo Multiusos cerca de duas mil pessoas, que provaram que casar ainda está na moda.

Porto Noivos 2013: Casar ainda está na modaDurante os dias 16 e 17 de novembro o Pavilhão Multiusos recebeu a exposição Porto Noivos 2013, que contou com a presença de 35 expositores de quintas, hotéis e vestidos de noiva. As principais novidades foram os novos vestidos de noiva para 2014 e um desfile realizado por jovens casais de Gondomar.

Texto: Pedro Santos Ferreira

Um esquema de fraude fiscal envolvendo a compra, venda e exportação de ouro foi desmante-lado no início do mês pela PJ do Porto, que fez 115 buscas e sete detidos. A operação “Glamour” resultou em centenas de quilos de ouro apreendidos em cofres de bancos.

Segundo a PJ, o esquema es-tava centrado em Gondomar mas

passava por Lisboa e terminava no Algarve. Estão em causa indi-víduos que direta e indiretamente controlavam várias redes de lojas de compra de ouro e estabele-cimentos de penhores. O grupo dominava ainda um esquema de exportação para Espanha, de ouro derretido e já transformado em barras. O esquema funcionava à margem do Fisco e com decla-

rações abaixo das quantidades e valores reais. Só em 2012, os de-tidos terão lesado e Estado em 30

milhões de euros em IVA e IRC. A cadeia de estabelecimentos

prestamistas “Credital”, com lojas de norte a sul do país, está agora na mira das autoridades. Pedro O., residente em Gondomar mas com atividade conhecida também em Lisboa, será o líder e princi-pal mentor do circuito de fraude fiscal.

O restaurante “Margem

D’Ouro” deverá ser um dos negó-cios colocados em nome de testas de ferro. O restaurante terá sido adquirido no início do mês de outubro por uma sociedade uni-pessoal com sede no restaurante “Dubai”, na marginal do Douro, onde trabalha um dos principais colaboradores de Pedro O. O res-taurante terá custado 1,5 milhões de euros.

Esquema de Fraude Fiscal lesa Estado em 30 milhões de eurosNúcleo duro estava centrado em Gondomar mas passava por Lisboa e AlgarveNo início do mês de novembro a Polícia Judiciária do Porto deteve sete suspeitos de esquema de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Os detidos controlavam várias lojas de compra e venda de ouro e estabelecimentos de penhores à margem do Fisco.

V Na foto: Henrique Raimundo, responsável pelo Porto Noivos

FOTO

S: PSF

FOTO

S: PSFFO

TOS: PSF

Page 13: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013
Page 14: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

“Em Portugal é completamente normal serconsiderado um espertinho em contornar a lei”É luso-americano desde 2002 mas vive no Porto há mais de 20 anos. Best-seller em 11 países, Zimler é autor de “Goa ou o Guardião da Aurora”, “A Sétima Porta”, “O Último Cabalista de Lisboa” e já foi galardoado com vários prémios literários. Jornalista, escritor e professor, Zimler é natural de Nova Iorque e apresentou a sua mais recente obra intitulada de ‘Sentinela’, a 12 de novembro, na Biblioteca Municipal de Gondomar. O livro, um policial, apresenta “um Portugal contemporâneo, um país traído por uma elite política corrupta, que sofre sob o peso dos seus próprios erros históricos”. O Vivacidade tentou conhecer melhor o autor vencedor do Herodotus Award para o melhor roman-ce histórico e a ‘Sentinela’, o policial de que tanto se fala.

Texto: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

Não escreve desde 2010. Porque o fez agora?

O livro demorou-me dois anos e meio a ser feito. Leva-me muito tem-po a fazer um romance.

Algum desse seu tempo, passou-o a tentar perceber como é o dia-a-dia da Polícia Judiciária, tendo acom-panhado agentes e investigadores. Tentou, através de depoimentos, produzir um livro o mais aproxi-mado possível da realidade?

Penso que sim. Essa foi a minha intenção. Quando comecei o proje-to, não tinha a mais pequena ideia de como era o trabalho diário de um polícia. Obviamente tinha uma ideia produzida pelos programas televisi-vos, como por exemplo CSI e outros. Mas suspeitei que o trabalho dos po-lícias na televisão muito pouco tives-se a ver com a realidade e confirmei isso fazendo entrevistas a dois agen-tes da Polícia Judiciária.

Porque quis escrever um policial?Quando começo um livro, come-

ço-o com uma ideia ou uma imagem e a ideia inicial para este romance era escrever sobre um policia daí que se transformou num romance policial.

O narrador deste livro – Henrique Monroe – tem um transtorno psi-cológico [transtorno dissociativo de identidade] e comecei o livro com o objetivo de explorar como é que este transtorno afeta a vida dele e da sua família. Quando li sobre esta condi-ção mental surgiu-me logo a ideia de um policia que aproveita este alter--ego muito perspicaz e muito sensí-vel para falar das vantagens e desvan-tagens de ele ter o transtorno.

Então quis tentar mostrar aos lei-tores uma parte positiva do trans-torno?

Sim.

Pela primeira vez quis falar sobre a realidade e não escreveu um ro-mance histórico...

Uma vez que surgiu esta ideia de um polícia com este transtorno fazia mais sentido a história ser atual ao invés de criar um romance históri-co. Na narrativa o Henrique Monroe [narrador] tem dois filhos, o salário dele foi cortado e ele e a esposa es-tão muitos preocupados. E por isso, sendo um romance atual, era uma consequência natural da persona-gem central do livro explorar a crise económica em Portugal neste mo-mento.

A própria escrita deste livro dife-rencia-se dos seus livros escritos

até agora?Eu escrevi este livro na primeira

pessoa, por isso tenho que encontrar uma voz e um estilo de escrita apro-priado para o narrador. A voz do ‘Úl-timo Cabalista de Lisboa’ do século XVI tinha que ser muito diferente da voz de um polícia de Lisboa em 2012, obviamente. Para mim não é propriamente uma decisão artística, é uma decisão de senso comum.

O Henrique Monroe é um portu-guês atual?

Sim, em parte sim, mas é uma história muito específica e ele é um

polícia diferente. Os procedimentos que ele segue no livro são os proce-dimentos da PJ.

Acabou por utilizar a sua formação como jornalista?

Exatamente, era um trabalho jornalístico.

Pretende tornar este livro numa

chamada de atenção para Portu-gal?

Eu acho que já estamos acor-dados. Monroe é estrangeiro e tem uma perspetiva diferente de Portugal e por isso ele podia chegar a con-clusões que não são óbvias para os portugueses. Por exemplo, ele chega à conclusão que em Portugal o siste-ma de filtragem está completamente avariado. O aparelho político deve-ria rejeitar as pessoas mais egoístas, corruptas e ineficientes, mas em vez disso permite-lhes chegar ao topo. O sistema político devia promover pessoas mais generosas, inteligen-

tes, sensíveis e competentes. Infeliz-mente essa gente está excluída. As pessoas falam de medidas específi-cas mas não falam de coisas básicas, como o problema da moral.

E explica como é que se consegue resolver esse problema?

Não. Eu não sou político e este li-vro é um romance. Eu tenho respos-

ta para Monroe, que no livro dá a sua resposta. Mas na minha opinião este problema é responsabilidade de to-dos nós. Como é que Miguel Relvas conseguiu ser ministro?! Num sis-tema que funcionasse bem ele teria sido excluído. Obviamente o sistema não está a funcionar.

“Portugal – disse ele, abrindo os braços como se abraçasse o país in-teiro – é o país onde as regras não passam de sugestões.” Esta frase, retirada da Sentinela’ traduz o li-vro, na sua opinião?

Na minha opinião, o português é especialista em contornar a lei e em quebrar as regras. Em Portugal é completamente normal ser conside-rado um espertinho em contornar a lei.

No que diz respeito a Gondomar, é a sua primeira apresentação de um livro?

Não, esta é a minha segunda apresentação de um livro em Gon-domar. Estive aqui há um ano.

É importante esta interação com o público?

Sou um defensor da descentra-lização e ter bibliotecas em todos os concelhos, para mim é muito impor-tante. Nos Estados Unidos há várias bibliotecas locais. É um recurso ma-ravilhoso para a população.

FOTO

: RVC

FOTO

S: PSF

14

Sociedade

VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Page 15: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013
Page 16: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

16

Sociedade

VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Foi a 24 de outubro de 1983 que a primeira Clínica de Gon-domar surgiu no mapa. O seu

responsável, António Rodrigues de Sousa, recorda esse momento com emoção. “O esforço foi mui-

to grande mas penso que valeu a pena. Em termos de realização pessoal e em termos de facili-tar a vida dos gondomarenses e da criação de emprego”, refere ao Vivacidade. “Hoje é um dia especial para a Clínica de Gon-domar”, afirma, no dia de cele-bração de aniversário.“À época em que a clínica abriu não havia nenhum sítio onde as pessoas ti-vessem médico em permanência e a Clínica de Gondomar é uma instituição que sempre se preocu-pou em servir e levar um boca-dinho mais além as capacidades e a oferta aos utentes”, explica António Rodrigues de Sousa que

admite que “Gondomar hoje em dia já tem um grande serviço de saúde” mas que “a clínica conti-nua a ser essencial”. “A prova é que, felizmente, os utentes conti-nuam a dirigir-se à clínica e pen-so que ainda somos um ponto de referência na área da saúde no concelho”, atesta.

Hoje, com aproximadamente 80 médicos e 120 funcionários a clínica dispõe de 50 consultórios em S. Cosme e S. Pedro da Cova.

A cerimónia - que incluiu al-guns discursos, a entrega de lem-branças a alguns dos convidados e um bolo de aniversário dos 30 anos da Clínica de Gondomar -

contou com a presença de diver-sos profissionais de saúde da em-presa, acionistas, entidades e com o presidente e as vereadoras da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, Aurora Vieira e Sandra Brandão, respetivamente.

Num discurso breve, na sua primeira cerimónia pública após a tomada de posse, Marco Martins agradeceu o convite à Clínica e fe-licitou a instituição. “É com muito gosto que estou aqui para dar os parabéns e incentivar quem há 30 anos investiu no concelho, contra-tou gente do concelho e trabalhou para o concelho”, afirmou o presi-dente da Câmara.

Clínica de Gondomar completatrês décadas de existência

“Muito trabalho, muito prazer e um local onde a vida dos gondomarenses se tornou mais fácil.” É assim que António Rodrigues de Sousa, responsável pela Clínica de Gondomar,

caracteriza os últimos 30 anos desta instituição. A Clínica de Gondomar não quis dei-xar passar a data em branco e organizou no dia 26 de outubro um encontro com staff

e convidados para celebrar o aniversário e homenagear fundadores e acionistas.

FOTO

: RVC

V Na foto: António Rodrigues de Sousa e Marco Martins

Page 17: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Abandonado durante o inver-no e percorrido durante o verão, o percurso do caminho de ferro de Midões é hoje um projeto eterna-mente adiado. Os planos de reapro-veitamento do espaço remontam a 1980, data em que surgiram os

primeiros projetos para o percur-so de Midões. Do projeto oficial da Câmara Municipal de Gondomar constam instalações museológicas relativas à fundição, minas, cons-trução de um parque de campismo e de percursos de passeios pedes-tres ou a cavalo, mas o percurso de 7km que liga Jancido a Covelo nun-ca chegou a sair do papel.

Segundo Isidro Sousa, presi-

dente da União de Freguesias da Foz do Sousa e Covelo, o espaço “podia impulsionar o desenvol-vimento económico da freguesia caso fosse requalificado”. “É um es-paço agradável, com muita frescura e onde as pessoas se sentem bem porque estão no centro da nature-za”, lembra o autarca, que salienta “a presença de vários animais que as pessoas não encontram nas ci-dades”.

No entanto, Isidro recorda que atualmente o espaço oferece alguns perigos. “A ponte deveria ser requa-lificada por uma questão de segu-rança”, refere.

Durante o executivo de Valen-tim Loureiro o projeto chegou a prever a construção de um circuito pedonal desde a estrada de Jancido até à zona desportiva de Covelo e o prolongamento da extensão do

percurso em cerca de 1km até à Es-trada Nacional 108, onde se preten-dia criar um posto de turismo e um parque de estacionamento. Contu-do, a reestruturação não chegou a ser concretizada.

De acordo com o Gabinete de Comunicação e Imagem da Câma-ra Municipal de Gondomar, “este Executivo Municipal e o Pelouro do Turismo, tomaram conheci-

mento da situação e estão a avaliá--la, sendo certo que está identifica-da a necessidade de regularização do terreno, bem como a construção de uma pequena ponte para que o trajeto possa vir a ser marcado e usado para pedestria.”

O futuro do caminho de Mi-dões continua assim incerto, mas a Câmara de Gondomar garante que existe “interesse no percurso”.

Que futuro para o caminho de Midões?Chegou a ser um dos caminhos de ferro mais utilizados entre 1880 e 1932, quando as minas de Midões exploravam carvão, mas é hoje um espaço abandonado onde a natureza vai avançando sobre o terreno. O percurso de 7km que liga Jancido a Covelo tem futuro incerto, mas na opinião de Isidro Sousa é um espaço “que é preciso requalificar porque oferece algum perigo”.

Texto: Pedro Santos Ferreira

17VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Sociedade

FOTO

S: RVC

FOTO

S: RVC

V Na foto: Isídro Sousa, presidente das freguesias de Foz do Sousa e CoveloV O caminho de Midões tem uma extenção de 7km

Page 18: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Como nasceu o Duo Broa de Mel?

Maria José (MJ) - Conhece-mo-nos num programa festival, namorámos e depois do nosso ca-samento fizemos vários concertos como amadores. Éramos convida-dos para fazer as primeiras partes dos cantores profissionais, onde conhecemos a Amália Rodrigues, Carlos Paião, José Cid, Paco Ban-deira, Cândida Branca Flor... Mas foi preciso deixarmos Rio Tinto e irmos para Lisboa fazer a nossa carreira. Em conversa connosco, o Carlos Paião chegou a dizer: “É pena porque vocês sabem mui-to bem o que andam a fazer e há poucos duos.” Convencemo-nos e começamos a fazer contactos para ir ao Festival da Canção de 1982.

José Carlos (JC) - Correu bem, ficámos em quinto lugar, entre 12 concorrentes. Foi como se tivés-semos ganho o festival (risos). A partir daí começaram a surgir convites e o nosso segundo single “Passear Contigo” atirou-nos para o mundo. Passados dois meses estávamos nos Estados Unidos a apresentar a canção às comunidades portu-guesas.

Mas depois da participação no Festival da Canção, em 1982, têm outra participação em 1983...

MJ - Sim, também participa-mos em 1983, mas arriscámos de-mais. Começámos a trabalhar com músicos muito evoluídos, desde o Armindo Neves, ao Mike Sergeant e Ramón Galarza. Todos eles esta-vam num patamar musical euro-peu e quiseram que cantássemos um funkie, que não tinha nada a ver com o que fazíamos.

JC - Foi uma aventura e aí não ficamos nada bem classificados.

Porque é que hoje em dia não se veem grandes nomes a partici-par nos festivais da canção?

MJ – Porque convencionou-se que quando uma pessoa ou ban-da não fica bem classificada, per-de prestígio. Mas se hoje me fosse feita essa proposta eu não teria muito a perder ao participar no Festival da Canção. No entanto, em 1982, quando o Marco Paulo participou no Festival, foi muito mau para ele naquela altura, por-que ficou mal classificado e ouvi

pessoas a dizer-lhe que ele nunca de-

veria ter concor-rido.

JC - E hoje em dia um cantor que vai atuar à televisão já é pro-fissional. Quanto é que ele passa a cobrar? O mesmo que os outros que já cá andam há muito mais tempo.

O primeiro álbum surge em 1990...

JC – Era moda esperar algum tempo para fazer o primeiro ál-bum. Os editores faziam um disco por ano, com lado A e lado B.

Para quando o próximo álbum?MJ – O próximo álbum foi este

do SCRT (risos). Agora estamos a trabalhar com o Ricardo

Landum, que é o pro-dutor do Tony Car-reira e já estamos a selecionar

temas para o próximo trabalho.

JC – Impõe-se o lançamento do próximo álbum que terá que levar a minha chancela com o slogan de sucesso.

Então já há músicas novas?MJ – Músicas há sempre, bas-

ta dedicar-me a compor (risos).

E onde podemos encontrar os Broa de Mel durante o ano?

MJ – Antigamente podia di-zer-lhe que tinha a agenda feita para o próximo ano, mas agora só em maio e junho é que vamos saber como será o verão. Cantar todos os dias até podemos cantar, mas não recebemos cachet (ri-sos).

Como estão a viver esta nova fase dos Broa de Mel?

MJ - Esta relação com o S.C. Rio Tinto surgiu de um convite que foi feito pela direção. Já ti-nha feito um hino para o futebol feminino e foi curioso porque as coisas completaram-se.

Estou fascinada por ser o clube da minha terra, primeiro

porque o S.C. Rio Tinto está a comemorar 90 anos e nun-

ca teve um hino oficial e depois porque descobri

que o meu pai também era sócio e que o meu

irmão jogou h ó q u e i neste clu-

be. Agora eu também estou ligada ao clube.

JC – Nunca tínhamos ima-ginado fazer um hino para um clube mas estas coisas acontecem naturalmente e quando menos se espera. Não considero um feito inédito, depois de uma carreira de 30 anos de sucesso. Mas para chegar aqui houve um trabalho insano da nossa parte e ouvimos conselhos dos grandes músicos como o José Cid, o Ramón Ga-larza e o Carlos Paião, que foi o principal responsável pelo nosso lançamento.

Este hino revela a facilidade de se adaptarem a novos projetos?

MJ - Eu penso que ser autor e compositor obriga a ter muita criatividade. Evoluímos sempre mas sentimos a necessidade de fazer qualquer coisa diferente, até porque há dificuldades no pano-rama nacional português.

Têm orgulho neste projeto?MJ - Muito orgulho. Eu vivia

em Rio Tinto e este é um regresso às raízes. Durante estes 30 anos de carreira fiz sempre questão de me lembrar dos meus amigos e da minha terra. Não perdi nada.

Na vossa opinião, como está nes-te momento a música popular portuguesa?

JC – Há quantidade mas não há qualidade. Penso que a quali-dade escasseia pela falta de criati-vidade. Provavelmente até haverá criativos mas ainda não emergi-ram.

No âmbito musical temos que ter noção que não podemos reve-lar vozes só para preencher um espaço. Em Portugal temos um músico que grava um álbum e depois gravam um “best of ” e eu pergunto: um “best of ” de quê?!

MJ – Hoje em dia não há car-reiras, há uma ou outra música e para por ali.

“Nunca tínhamos imaginado fazer um hino para um clube”José Carlos e Maria José Gorgal, conhecidos pelos portugueses como “Broa de Mel” estão de regresso a Gondomar. Movidos pelo convite da direção do S. C. Rio Tinto, aceitaram de imediato o desafio de compor um hino para o clube que celebrou este ano o 90.º aniversário. Quanto ao futuro não têm dúvidas “impõe-se o lançamento de um novo álbum”.

Texto: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

FOTO

: RVC

18

Sociedade: Entrevista ao Duo Broa de Mel

VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

V O último trabalho dos Broa de Mel foi o hino para o SC Rio Tinto

Page 19: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

19VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Sociedade

Ao Vivacidade, Aníbal Lira diz sentir-se “honrado pelo convite para um órgão deli-berativo de importância para o concelho de Gondomar” e refere que não vai “em substi-tuição de ninguém”.

“A AM tem uma série de nomes e a classi-ficação dos nomes da lista para a Assembleia não implica nem tem a ver com a candidatu-ra do Partido Socialista à presidência da AM”, afirma, justificando o porquê de ter sido elei-to ao invés de Carlota Teixeira.

O ex-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, esclarece ainda que em alguns assuntos de mais relevo para o concelho a sua voz “poderá ter alguma importância no partido”.

“Vou procurar fazer a minha função de uma forma exemplar e isenta. Vou procurar dignificar a Assembleia. Na minha opinião a

AM tem sido um bocado esquecida, nomea-damente o seu presidente”, acrescenta.

Aníbal Lira preside Assembleia Municipal neste mandatoApesar da candidata à Assembleia Municipal, pelo Partido Socia-lista, ter sido a ex-vereadora Carlota Teixeira foi Aníbal Lira - ou-trora presidente da Câmara de Gondomar - o eleito para presidir a Assembleia Municipal (AM).

O vereador Hélder Figueiredo, natural de Jovim, Gondomar, será o responsável pelo pelouro das Tecnologias de Informação da Câmara Municipal de Gondomar, nos pró-ximos quatro anos. O autarca licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e membro da Or-dem dos Engenheiros Técnicos, garantiu, em entrevista ao Vivacidade, que o cargo do ve-reador “tem um significado especial”. “Tenho uma vontade enorme de contribuir para o de-senvolvimento do concelho. É um desafio que me dará possibilidade de trabalhar de perto com uma equipa heterogénea e com valências nas mais diversas áreas de atuação”, disse o vereador. Sobre o pelouro das Tecnologias da Informação, Hélder Figueiredo aponta como objetivo “garantir a prestação de um serviço público de qualidade contribuindo para a ra-

cionalização da despesa” através da “mudança e modernização administrativa, implementa-ção de soluções informáticas comuns e estí-mulo ao crescimento económico”. “A primeira medida, que já está em curso, visa avançar com a desmaterialização de processos, pas-sando a informação a circular de forma digital de modo mais rápido e económico”, conclui.

Hélder Figueiredo assume pelouro das Tecnologias da InformaçãoEleito vereador da Câmara Municipal de Gondomar pelo Parti-do Socialista nas últimas eleições autárquicas, Hélder Figueiredo, ficou responsável pelo pelouro das Tecnologias de Informação. Ao Vivacidade, o autarca garantiu ter “uma enorme vontade de con-tribuir para o desenvolvimento do concelho”.

FOTO

: DR

FOTO

: DR

Os vales poderão ser descontados em estabelecimentos de mercearia, exclusi-vamente para aquisição de géneros ali-mentares. As candidaturas ao programa

“Natal Solidário 2013” devem ser subs-critas junto da Loja Social ou no De-partamento de Habitação da Câmara de Gondomar.

CMG implementa programa “Natal Solidário 2013”Atendendo às dificuldades socioeconómicas que afetam algumas famílias, fruto da atual conjuntura económica, a Câmara Munici-pal de Gondomar decidiu implementar o programa “Natal Solidá-rio 2013”, uma iniciativa que irá permitir atribuir às famílias mais carenciadas um cabaz de Natal, sob a forma de vales de desconto.

DR

Page 20: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013
Page 21: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013
Page 22: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Gondomarenses com 30% e 40% deredução no IMI em 2014A taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) será, no próximo ano, mais reduzida. A medida defendida já em campanha pelo atual executivo foi aprovada, a 13 de novembro, na primeira reunião pública da Câmara Municipal de Gondomar e a 20 de novembro, em Assem-bleia Municipal. Para 2014, Gondomar terá uma redução de IMI de 30%, para as freguesias urbanas, e de 40%, para o Alto do Concelho.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

A primeira reunião pública da Câmara Municipal de Gondomar decorreu a 13 de novembro no salão nobre, nos Paços do Con-celho. Num clima de cordialida-de entre todos, a CDU e o PSD colocaram algumas questões ao novo executivo optando no en-tanto por votar em unanimidade na maioria dos pontos discutidos na reunião.

O destaque foi para a propos-ta do executivo em reduzir o Im-posto Municipal sobre Imóveis em 40% (para Lomba, Melres, Medas e Covelo) e 30% (para as restantes freguesias). Com a abs-tenção da CDU, a proposta foi aprovada tendo ficado previsto que as novas taxas aplicáveis se-rão de 0,3% para o Alto do Con-celho, 0,35% para as freguesias/uniões de freguesias urbanas e 0,7% para imóveis que ainda não tenham sido avaliados. Este úl-timo valor esteve ainda em dis-cussão na reunião de Câmara, já que inicialmente estaria previsto situar-se nos 0,8%. A vereadora do PSD/CDS, Maria João Mari-nho, propôs a redução à mesa e os restantes vereadores anuíram.

A proposta do executivo foi igualmente aprovada a 20 de no-vembro em Assembleia Munici-pal.

“Discriminação positiva”

“Critérios de discriminação positiva” estão na base da deci-são do novo executivo da Câmara Municipal de Gondomar que de-cidiu não implementar a mesma taxa de IMI para todo o concelho. Assim, em 2014, as freguesias não consideradas urbanas (Lom-ba, Melres, Medas e Covelo) te-rão uma redução da taxa de IMI

em 40% e as restantes freguesias em 30%. O executivo entende que é necessário “contribuir, pela via fiscal, para a coesão territorial e social, e para a justiça social” justificando assim essa mesma discriminação. A CDU não pensa o mesmo e por isso absteve-se de votar na medida. O vereador Joa-quim Barbosa até concorda com a redução da taxa mas não per-cebe a “discriminação” já que, no seu ver, as freguesias urbanas têm outros encargos como “condomí-nios mais caros”, por exemplo.

1,5 milhões de euros a me-nos para a Câmara

Com a aprovação da medida de redução de IMI para 2014, o executivo da Câmara Municipal de Gondomar criou duas certe-zas para o próximo ano. Se por

um lado, os gondomarenses vão pagar menos imposto municipal, por outro a Câmara terá automa-ticamente menos receita no ano que se aproxima.

A redução no Imposto Muni-cipal sobre Imóveis custará à Câ-mara de Gondomar 1,5 milhões de euros. O impacto orçamental calculado pelo executivo de Mar-co Martins fará, no entanto, que a taxa seja uma das mais baixas aplicadas pelos municípios da Área Metropolitana do Porto.

Como calcular o IMI?

Como proprietário de um imóvel poderá questionar-se mui-tas vezes sobre qual a melhor for-ma de saber quanto vai ter que pa-gar de IMI em 2014. A fórmula é simples:

IMI=

Valor Patrimonial tributávelX

Taxa a aplicar definida pelo Município

Quem está isento do paga-mento do IMI?

Segundo o Portal das Finanças, “estão isentos de imposto municipal sobre imóveis os prédios ou parte de prédios urbanos habitacionais construídos, ampliados, melhora-dos ou adquiridos a título oneroso e destinados à habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, cujo ren-dimento colectável, para efeitos de IRS, no ano anterior, não seja su-perior a €153 300, desde que sejam efetivamente afectos a tal fim, no prazo de seis meses após a aquisição ou a conclusão da construção, da ampliação ou dos melhoramentos, salvo por motivo não imputável ao beneficiário.”

22 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Política

Como se pode saber qual será o valor patrimonial tributário de prédio urbano?

Poderá fazer-se uma simulação da avaliação na página oficial da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) na Internet, através do en-dereço www.portaldasfinancas.gov.pt, selecionando no menu late-ral a opção Serviços e, no ecrã de seguida visualizado, sucessiva-mente as opções Simular/Avaliação prédio urbano.

(mais informações sobre o IMI em http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/apoio_contribuinte/guia_fiscal/imi/FAQ_imi2.htm)

INFO

GRAFIA: ZEZ VAZ

Page 23: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013
Page 24: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Jornal “Vivacidade” – 21/11/2013CARTÓRIO NOTARIAL

Sofia Carneiro LeãoCERTIFICADO

-Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura de dezanove de Novembro de dois mil e treze, lavrada a folhas dez e seguintes do livro nº quarenta e seis deste Cartório, EMÍLIA FREITAS MACHADO GARCIA, natural da freguesia de Bucos, concelho de Cabeceiras de Basto e mari-do ANTÓNIO GARCIA, natural da freguesia de Rossas, concelho de Vieira do Minho, casados no regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua do Monte Alto, n.87, em Fânzeres, Gondomar, declararam que, com exclusão de outrem, são os únicos donos e legítimos possuidores do seguinte bem imóvel:------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Prédio urbano, composto de casa de rés-do-chão e primeiro andar, com garagem, com a área coberta de cento e um virgu-la cinquenta metros quadrados e quintal com quatrocentos e noventa e oito virgula cinquenta metros quadrados, sito na Rua do Mon-te Alto, números 87-89, da freguesia de Fânzeres, concelho de Gondomar, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Gon-domar e inscrito na matriz, em nome do justificante marido, sob o artigo 5684 da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova (que corresponde ao anterior artigo matricial 2652 da extinta freguesia de Fânzeres), com o valor patrimonial de 72.020,00 eu-ros.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Que adquiriram o terreno com a área total de seiscentos metros quadrados onde edificaram o referido prédio urbano aos ante-possuidores Serafim de Andrade e esposa Maria Teresa de Oliveira, casados no regime da comunhão geral, residentes na Rua Direita de Pereiró, n.º 1427, no Porto, por compra verbal, em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e setenta e oito, contrato esse que nunca foi formalizado pela competente escritura de compra e venda e, desde essa data, entraram na posse do referido imóvel.-----------------------------------------------------

Que sempre estiveram e se têm mantido na posse e fruição do indicado prédio há mais de vinte anos, usufruindo por isso de todas as utili-dades por ele proporcionadas, cultivando-o, limpando-o e desbastando o mato inicialmente, construindo e mantendo um muro de vedação e, posteriormente, edificando o referido prédio urbano, passando a habitá-lo, procedendo às obras de conservação e melhoramento necessárias, pagando os respectivos impostos, administrando-o com ânimo de quem exercita direito próprio, pacificamente, porque sem violência, pública e continuamente, com conhecimento de toda a gente e sem qualquer interrupção ou oposição de quem quer que seja.---------------------------------

Que dadas as enumeradas características desta posse adquiriram o mencionado prédio por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de primeira inscrição no Registo Predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Está conforme o original. A Notária,

Sofia Costa Pimentel Carneiro Leão

Clube Atlético de Rio Tinto completou 87 anos de vidaSintético foi tema central no jantar comemorativoO Clube Atlético de Rio Tinto juntou mais de uma centena de sócios e simpatizantes para festejar o 87.º aniversário do clube, em Baguim do Monte. O jantar, que contou com a presença do presidente da Associação de Futebol do Porto, Lourenço Pinto, uniu os convidados num misto de celebração e reivindicação pelo relvado sintético há muito solicitado pelo clube.

Foi num clima festivo que o restaurante Cardeal, em Baguim do Monte, recebeu mais de uma centena de sócios e simpatizan-tes do Clube Atlético de Rio Tinto (CART) assim como algumas enti-dades que fizeram questão de mar-car presença.

A abertura dos discursos ficou a cargo de Adriano Jesus, presidente da Assembleia Geral do CART que caracterizou o jantar como “gran-

dioso”, agradecendo a presença de todos. Alberto Claro, presidente da direção do clube, também agrade-ceu às entidades, sócios e convida-dos presentes, levando o seu discur-so para o assunto que mais mereceu discussão nos últimos anos: a neces-sidade de um relvado sintético para o CART, assunto esse que levou o atual presidente da Câmara, Marco Martins, a prometer [na altura da campanha] o sintético como “uma

realidade para 2014”. No jantar comemorativo mar-

caram presença e discursaram tam-bém, Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Hermínio dos Anjos Nunes, repre-sentante da Federação das Coletivi-dades do Concelho de Gondomar, Aníbal Lira, presidente da Assem-bleia Municipal de Gondomar,

Sandra Brandão, vereadora do Des-porto e Juventude da Câmara Mu-nicipal de Gondomar e Lourenço Pinto, presidente da Associação de Futebol do Porto.

Relvado sintético vai cons-tar no orçamento da Câma-ra para 2014

A equipa de seniores do CART, que corre na 1ª Divisão Série 1 da Associação de Futebol do Porto, já vai poder começar a época de 2014/2015 com um relvado sinté-tico. Pelo menos é o que esperam Adriano Jesus e Alberto Claro, de-pois das garantias dadas pela verea-dora da Câmara, Sandra Brandão e, anteriormente, por Marco Martins.

Lourenço Pinto, presidente da

Associação de Futebol do Porto não faltou ao jantar de aniversário do CART e Adriano Jesus diz que “não foi por acaso”. A presença de Lourenço Pinto deveu-se à “gran-diosidade” do clube e o mesmo rei-vindicou também o relvado no seu discurso, oferecendo também ao CART 25 bolas para os atletas.

Para o futuro, o presidente do CART, Alberto Claro, quer mais “transparência” e o cumprimento da promessa do relvado. “O presi-dente da Junta de Rio Tinto também já nos prometeu uma tenda para o próximo aniversário e o de Baguim disse que comparticipava no jantar”, concluiu o presidente que sonha com o próximo aniversário no Par-que Desportivo Fernando Pedrosa, já com um relvado sintético.

24 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Desporto

FOTO

: DR

FOTO

: DR

BasquetebolPróximos jogos

SUB18 - Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série B2

9ª Jornada: CLUB 5BASKET x Juvemaia – 21.11.2013 – 21,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

10ª Jornada: UA António Aroso x CLUB 5BASKET – 27.11.2013 – 20,30 horas – Esc. EB2,3 Manoel Oliveira

(Aldoar)

11ª Jornada: CLUB 5BASKET x Juventude Pacense – 05.12.2013 – 21,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

12ª Jornada: Lousada AC x CLUB 5BASKET – 13.12.2013 – 22,00 horas – Pav. Mun. Lousada

13ª Jornada: CLUB 5BASKET x Maia Basket “B” – 12.12.2013 – 21,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

SUB16 - Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série B2

8ª Jornada: CLUB 5BASKET x CLIP – 23.11.2013 – 17,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

9ª Jornada: CD José Régio x CLUB 5BASKET – 30.11.2013 – 15,00 horas – Pav. Gim. Mindelo

10ª Jornada: CLUB 5BASKET x ACR Vigorosa – 07.12.2013 – 17,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

11ª Jornada: AC Alfenense x CLUB 5BASKET – 08.12.2013 – 11,00 horas – Pav. Alfenense

12ª Jornada: CLUB 5BASKET x Fides Gondobasket – 14.12.2013 – 17,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

SUB14 - Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série D

8ª Jornada: CLUB 5BASKET x Fides Gondobasket – 23.11.2013 – 15,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

9ª Jornada: Académico FC x CLUB 5BASKET – 01.12.2013 – 16,30 horas – Pav. Académico

10ª Jornada: CLUB 5BASKET x Guifões SC – 07.12.2013 – 15,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

SUB13 - Torneio Distrital – Série 3

4ª Jornada: CD José Régio x CLUB 5BASKET – 30.11.2013 – 10,00 horas – Pav. Desportos Vila Conde

5ª Jornada: CLUB 5BASKET x FC Gaia – 14.12.2013 – 15,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

Page 25: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

25VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Desporto

Completou três épocas no Gon-domar antes de dar o salto para o FCP. O que representa para si o Gondomar Sport Clube?

Nunca vou esquecer, é o clube da minha terra. Praticamente foi onde comecei a minha carreira, e onde fiz os meus primeiros amigos no mundo do futebol.

Os atletas que representam hoje o clube poderão olhar para o Castro como um exemplo a seguir?

Penso que sim, porque sou um jogador que já representou a seleção e já joguei em grandes clubes sem nunca esquecer as minhas origens.

Acho que posso ser um exemplo a seguir para muitos atletas devido á minha atitude e profissionalismo demonstrados em todos os clubes por onde passei.

Chegou ao FCP na época 2000/2001 e representou o clube durante oito anos, antes de ser emprestado pela primeira vez. Como viveu a chegada ao clube do coração?

A minha chegada foi vivida com grande felicidade e or-gulho por parte da minha família que sempre foi portis-ta. Senti m u i t a s diferenças,

é um clube extremamente or-ganizado e desde logo me in-cutiram o espírito lutador e vencedor.

No primeiro plantel sé-nior jogou com Vítor Baía, Bruno Alves, Pe-dro Emanuel, Raúl Mei-reles e Lucho Gon-zález. O que r e p r e -

sentou para si treinar com tantos jogadores que estão na história do clube?

Foi uma grande ale-gria poder treinar e fazer amizade com esses joga-dores que via na televisão e de repente se tornaram colegas de equipa.

Na época 2007/2008, foi emprestado ao Olhanen-se. Disse várias vezes que

compreendia a decisão

do FCP e passou a

ser trei-n a d o por Jor-

ge Cos-ta. Pode diz er-s e que se

fosse hoje, teria repetido a expe-riência no Olhanense?

Sim, sem dúvida. Não costumo arrepender-me das decisões que tomo na minha carreira. Foi muito importante ser campeão da segun-da liga, num clube que já não estava na primeira divisão há muitos anos. E por isso também fiquei na histó-ria do Olhanense. Além disso, tive o prazer de conhecer o Jorge Costa, e se já o admirava como jogador, de-

pois de o conhecer como pessoa passei a gostar

ainda mais.

Curiosamen-te o triunfo que permitiu

ao Olhanense consagrar a su-

bida de divisão em 2009 foi contra o Gondo-mar, que acabou por

descer de divisão. Foi um momento único para si?

Foi um mo-mento único

devido ás difi-culdades de

uma equi-pa, como

o Olha-ne ns e . Foi es-pecial

“Acho que posso ser um exemplo a seguir para muitos atletas”André Castro Pereira iniciou a sua carreira no Gondomar Sport Clube com nove anos. Atualmente o gondomarense representa o Kasim-pasa, da Turquia, mas em entrevista ao Vivacidade, Castro não esquece as origens. Da passagem pelo Olhanense, à Liga Espanhola e à Seleção Nacional, o atleta revela que gostaria de ser treinado por José Mourinho e admite que a Turquia acabou por ser a melhor opção.

Texto: Pedro Santos Ferreira

FOTO

: DR

V Com 12 anos, Castro chegou ao Futebol Clube do Porto

Page 26: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

26

Desporto

VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

por ter sido na minha terra, mas fiquei triste por o Gondomar ter descido de divisão.

Duas épocas depois regressa ao FCP para ser novamente empres-tado, desta vez ao Sporting Gijón. No primeiro ano representou o clube em 15 jogos e no segundo ano em 29 jogos, com um total de 14 golos marcados, no conjunto dos dois anos. Que experiências guarda dessa passagem por Espa-nha?

Foi mais uma grande experiên-cia, joguei num dos melhores cam-peonatos do mundo. Cresci muito como jogador ao defrontar grandes equipas e os melhores jogadores

do mundo. Uma das muito boas recordações que guardo é o jogo contra o Real Madrid, no Santiago Bernabéu. Vencemos e quebramos o grande recorde de Mourinho de 9 anos sem perder em casa, nos jogos para o campeonato. Jogo esse que ainda por cima foi no meu dia de aniversário.

Jogou contra Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Qual é para si o me-lhor?

Cristiano Ronaldo por tudo o que tem feito, e pelo exemplo de profissionalismo que ele representa para todos os portugueses.

Com Vítor Pereira foi um dos su-plentes mais utilizados, marcou um golo e fez 25 jogos, no total de todas as competições. Como viveu a disputa do título com o Benfica?

Vivi a disputa do titulo com grande nervosismo e ansiedade, pois foi um dos campeonatos mais equilibrados dos últimos anos.

O título teve um sabor especial? Qual o momento que mais o mar-

cou?Ser campeão é sempre espe-

cial. Pessoalmente o momento que mais me marcou foi o jogo contra a Académica onde marquei um golo. Em termos de coletivo, o momento mais marcante foi o penúltimo jogo, contra o Benfica.

Apesar disso, sentiu que a equipa podia ter feito mais na Liga dos Campeões?

Penso que merecíamos ter ido mais longe na Liga do Campeões, mas o mau jogo contra o Málaga ditou esse afastamento.

No final da época passada o FCP mudou de treinador e vendeu Moutinho e James Rodriguez. João Moutinho não teve dúvidas em nomeá-lo como o seu princi-pal sucessor na equipa titular. Era essa a sua expectativa?

Sim, sempre trabalhei para isso, mas o treinador assim não achou, e por isso decidimos em conjunto que era bom a minha saída.

O Kasimpasa está neste momento a lutar pelo título com o Fener-bache (onde jogam Bruno Alves e Raúl Meireles). Já conta com 10 jogos na Liga Turca e dois golos marcados. No que depender de si

vai dar luta aos seus ex-colegas de equipa (Alves e Meireles)?

Vou fazer tudo o que está ao meu alcance para ajudar o Kasim-pasa a atingir a melhor classificação possível.

Tem acompanhado o campeonato português?

Sim, sempre que posso vejo os jogos.

Apesar do primeiro lugar, o FCP

tem passado por dificuldades, no-meadamente no empate com o Be-lenenses e no percurso da Liga dos Campeões. Na sua opinião, quais são as razões que encontra para justificar estes desaires?

Acho que o FC Porto está a fazer um bom campeonato e espero que seja campeão.

O Castro é mais uma promessa do futebol português que não con-segue afirmar-se no campeonato nacional e por isso vê-se obrigado a procurar outros campeonatos. Sente-se triste por não ter conse-guido a titularidade depois de ter passado pela formação do clube?

Uma coisa é afirmar-me no plantel do FC Porto, outra é afir-mar-me no campeonato nacional. Optei por vir para a Turquia porque achei que era o melhor para mim.

Por fim, acredita que depois de ter representado a seleção nacional nas camadas jovens e nos sub-21 ainda está a tempo de ser um dos eleitos de Paulo Bento para repre-sentar Portugal no Mundial 2014, no Brasil?

Acredito que sim. Vou conti-nuar a trabalhar e dar o meu melhor e esperar que isso se proporcione, porque o sonho de ir a seleção na-cional vou ter sempre.

Por quem gostaria de ser treina-do?

Mourinho, penso que todos os jogadores gostavam de ser treina-dos por ele.

P.123456789

1011121314151617181920

EquipaFC Pedras RubrasSC Rio TintoSobradoSerzedoPadroenseOliv. DouroParedesCandalVila MeãUD ValonguenseAliados LordeloVarzimS. MartinhoS. Pedro da CovaNogueirense FCLeçaLousadaRebordosaInfestaBarrosas

Pontos23212117161616151515151412111088664

P.123456789

10

EquipaBoavistaFreamundeGondomarCamachaSalgueiros 08AmaranteSousenseSC CoimbrõesVila FlorPerafita

Pontos23211614141110553

Campeonato Nacional de Séniores - Série C

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Próximos JogosJornada 1024 NobembroGondomar - SC Coimbrões (15h)Boavista - Sousense (15h)

Próximos JogosJornada 1124 NovembroSC Rio Tinto - Aliados Lordelo (15h)S. Pedro da Cova - Sobrado (15h)

Tabela Classificativade Futebol

CalendárioNacional de RemoPróximas Provas

7 Dezembro - Vila do Conde108º Aniv. CFV - Remo Indoor

8 Dezembro - Praia de Mira3ª Prova Torneio de Escolas + Reg. Complementares

14 Dezembro - LisboaRegata do 85º Aniversário do CFP

15 Dezembro - V. N. GaiaXXV Regata Intern. de Natal ARDP

FOTO

: DR

FOTO

: DR

FOTO

: DR

V Castro ao serviço da Seleção Nacional

V Na foto: Castro e João Moutinho

V Atualmente, o gondomarense representa o Kasimpasa, da Turquia

Page 27: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Fundada a 13 de novembro de 1963 sob a direção de três só-cios, o estabelecimento comercial Cunha, Santos e Abelheira, Lda. (CSA) sopra este ano as 50 velas de aniversário. O mais antigo re-presentante do Grupo Bosch em

Portugal apresenta hoje os vários serviços da marca alemã e comer-cializa todo o material automóvel para todas as marcas.

“Os três fundadores do Cunha, Santos e Abelheira decidiram montar esta empresa e abriram

um serviço Bosch. Cada um deles ficou a gerir um sector da oficina. Tivemos sempre a parte elétrica e a secção diesel”, diz Augusto Silva, um dos sócios-gerentes da CSA.

A empresa conta atualmente com 14 funcionários e equipamen-to de topo, sendo uma das poucas oficinas em Portugal a trabalhar a componente diesel e com distri-buição direta de peças, desde 2004.

“Para além de sermos Bosch Car Service típico, também so-mos um Bosch Diesel Service e há poucos no mercado nacional. Nós temos as três vertentes e nor-malmente uma oficina Bosch não trabalha com Diesel. Em Portugal, só existem 23, em 150 oficinas da

marca”, afirma Jorge Ferreira, res-ponsável pela empresa.

Em 2005, as instalações da CSA foram remodeladas e foi fei-to um investimento na tecnologia Common Rail, que permite “con-tinuar a evoluir no mercado com

base na qualidade da parte técnica e da honestidade”, refere Jorge Fer-reira.

Passados 50 anos a empresa continua estável e é uma marca “com nome no mercado”, conclui Augusto Silva.

Cunha, Santos e Abelheira, Lda. celebra 50.º aniversárioHá 50 anos abria em Portugal o mais antigo representante em território nacional da Bosch. A empresa Cunha, Santos e Abelheira, Lda. celebra este mês o 50.º aniversário e afirma-se no mercado “pela qualidade na parte técnica e na honestidade”. Desde 2004, a empresa passou a ser um distribuidor direto da Bosch em Portugal.

27VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Empresas & Negócios

FOTO

: PSF

FOTO

: PSF

Page 28: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Há uma nova clínica em Rio TintoHPP chega ao concelho com a qualidade de Paulo Amado

A experiência local e internacional, no ramo da ortopedia, de Paulo Amado foi reconhecida. O HPP Saúde (detentor do Hospital Privado da Boavista) expande agora os seus serviços para a Clínica de Rio Tinto, com uma parceria entre o grupo internacional e a antiga Clínica Paulo Amado.

O Largo do Mosteiro, em Rio Tinto, está agora mais completo no que diz res-peito a serviços de saúde. A Clínica de Rio Tinto é já uma realidade e foi inaugurada a 15 de novembro com a presença do pre-sidente da Câmara Municipal de Gondo-mar, Marco Martins e do administrador do HPP Boavista, José Bento.

A partir de agora, a Clínica de Rio Tin-to abre, para o concelho, um vasto leque de especialidades médicas. Exemplos? Or-

topedia, Pediatria, Clínica Geral, Derma-tologia, Oftalmologia, Urologia, Cirurgia Vascular, Cirurgia Geral, Fisiatria, Gineco-logia/Obstetrícia, Pneumologia, Psiquia-tria, Psicologia e Urologia. Para além das especialidades médicas, a Clínica de Rio Tinto inclui também o serviço de análises clínicas e exames de diagnóstico.

Ao Vivacidade, Paulo Amado mos-trou-se bastante satisfeito com a nova clí-nica e explica o porquê da abertura. “Co-meçámos neste edifício há mais de 25 anos e fomos aumentando o grupo, com mais

consultas de clínica geral e ortopedia e depois evoluímos para o segundo consul-tório num edifício aqui ao lado. O grupo começou a expandir-se e fomos crescendo e divergindo para outras atividades, mas sentimos que, quando uma parte do es-critório foi para o Hospital Escola, conti-nuavam a procurar-nos aqui”, começa por explicar. “Como eu também abandonei o projeto do Hospital Escola e do Hospital CUF, surgiu a coincidência do HPP mo-

dificar a sua política de saúde, após terem sido comprados pelo grupo AMIL. Acabá-mos por chegar a um consenso de parce-ria”, acrescenta. “Esta é a primeira parceria do HPP e se correr bem irão haver mais”, finaliza.

Já da parte do HPP, o administrador José Bento apoia a parceria e revela as van-tagens da mesma. “A clínica terá os profis-sionais de saúde do hospital que virão aqui dar consultas em algumas especialidades que não estavam disponíveis nesta região”, esclarece.

28 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Empresas & Negócios

VNa foto: Paulo Amado, médico especialista em ortopedia

FOTO

: RVCFO

TO: RVC

Page 29: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

29VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Empresas & Negócios

“A Festa Mais Louca do Ano” passou no dia 10 de novembro pela Quinta da Azenha de Baixo, em Valbom. O evento organiza-do por Pedro Sousa Cabeleireiros marcou o lançamento do álbum fotográfico e vídeo das “Tendên-cias Pedro Sousa Cabeleireiros” e contou com a apresentação e des-file da nova coleção da estilista Su-sana de Castro.

“No fundo o que eu quis fazer foi dar a conhecer outras empre-sas e apresentar novas tendên-cias”, admitiu Pedro Sousa, que aposta agora em “cortes originais, muito vivos, alegres e urbanos”. O trabalho é resultado de um evento realizado em setembro no sanatório de Valongo. “O meu espaço foi montado na capela. Fi-zemos lá cortes de cabelo e pen-teados, agora vai ser lançado o álbum e um vídeo de promoção”, afirma.

“A Festa Mais Louca do Ano” contou ainda com a presença da estilista Susana de Castro que apresentou alguns modelos da próxima coleção Primavera/Verão. “A coleção só vai ficar pronta em janeiro, mas adiantamos seis mo-delos, para apresentar aqui”, disse a estilista. Sobre as tendências, Susa-na de Castro destacou “os vestidos curtos, esvoaçantes e desnivela-dos” como a grande aposta deste ano.

Na Quinta da Azenha de Baixo estiveram presentes cerca de cem pessoas. A música e animação fica-ram a cargo do DJ AjaCciu. Mar-cos Castro, Carina Photography e Physalis Cake também participa-ram na festa.

Segundo Pedro Sousa, o obje-tivo para 2014 é “repetir o evento que se poderá realizar noutros pal-cos de Gondomar”.

“A Festa Mais Louca do Ano” trouxe glamour a GondomarNo dia 10 de novembro, a Quinta da Azenha de Baixo foi palco da “Festa Mais Louca do Ano”. Pedro Sousa Cabeleireiros e Susana de Castro Atelier uniram-se para apresentar as novas tendências dos penteados e vestidos de casamento. O evento foi organizado por Pedro Sousa que lançou um vídeo e álbum fotográfico.

V Pedro Sousa apresentou na Quinta da Azenha de Baixo as novas tendências para 2014

V Na foto: Susana de Castro

FOTO

: PSF

FOTO

: PSF

FOTO

: PSF

FOTO

: PSF

Page 30: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

“O Cabeças”: As sandes de leitãojá chegaram a MatosinhosSurgiu há 10 anos e é hoje um caso de sucesso. Sandes de leitão e porco no espeto são as especialidades d’O Cabeças que estão agora disponí-veis durante todo o ano, em Matosinhos. Saul e Patrícia, proprietários da empresa, não esquecem como tudo começou e querem manter no novo espaço “o ambiente das festas e romarias”.

O restaurante “O Cabeças” abriu portas no mês passado, em Matosi-nhos. As famosas sandes de leitão e porco no espeto estão agora dis-poníveis durante todo o ano, num espaço moderno e acolhedor. “Os clientes entram aqui e ficam admi-rados com a nossa casa”, dizem Saul e Patrícia, proprietários da empresa.

No entanto, a história de suces-so começou há 10 anos com uma

“brincadeira” de amigos que deci-diram percorrer as festas do nor-te de Portugal a vender sandes de leitão numa caravana. Desde essa altura que o negócio não parou e apesar das dificuldades iniciais, a empresa familiar não desistiu. “Nos primeiros três anos a tendência se-ria desistir, mas fui sempre teimoso e hoje em dia todos conhecem “O Cabeças””, refere.

Apesar do sucesso, “O Cabeças” não pensa em abrandar o ritmo, até

porque o leitão e o porco no espe-to estão presentes em dezenas de festas e romarias. “Tenho clientes que me visitam nas festas, só para comer uma sandes de leitão”, afirma Saul. O objetivo do proprietário é oferecer no restaurante “o ambiente das festas e romarias”.

Segundo Saul, “em equipa que ganha não se mexe” e a estratégia da empresa passa por manter sem-

pre os mesmos fornecedores, que “também fazem parte da equipa”. Para todos os clientes que gostam de leitão “O Cabeças” tem à dispo-sição canecas e pratos com o logóti-po do restaurante, o famoso porco do Cabeças.

O espaço está situado na Av. Serpa Pinto, em Matosinhos, e con-ta com o habitual porco no espeto, a sandes de leitão e o caldo verde, bem como um serviço de Take Away para festas e eventos.

30 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Empresas & Negócios

FOTO

: DR

FOTO

: PSFFO

TO: D

R

Page 31: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Talho do Povo celebrou o São Martinhocom castanhas para todosNo dia 15 de novembro o Talho do Povo ofereceu castanhas assadas aos clientes de Gondomar, Baguim do Monte e Arroteia. Tino de Rans e Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, também estiveram presentes.

O Talho do Povo não deixou passar o Magusto sem oferecer cas-tanhas assadas aos clientes. Durante o dia 15 de novembro os talhos de Gondomar, Baguim do Monte e Arroteia celebraram o São Marti-nho e serviram castanhas assadas.

Segundo Sérgio Sousa, proprietário do Talho do Povo a iniciativa procu-ra “cativar os clientes e dar-lhes um mimo”.

Durante a tarde, o estabeleci-mento de Baguim do Monte contou com a presença de Tino de Rans que aceitou de imediato o convite de Liliana Azevedo. Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte também esteve presente e comeu algumas castanhas na companhia de velhos amigos.

Foram centenas de clientes a le-var “quentes e boas” para casa com um sorriso na cara, admirados com a iniciativa que já não é novidade para Sérgio Sousa. “Temos sempre iniciativas. No Natal vamos disponi-bilizar alguns fundos para oferecer prendas. No ano passado oferece-

mos mais de seis mil prendas. Este ano queremos repetir”, refere.

No próximo dia 29 de novembro

o Talho do Povo terá porco no espe-to no Talho da Arroteia e no dia 14 de dezembro, será realizada a gran-

de Festa de Natal que em 2012 per-correu as ruas de Gondomar com prendas para todos.

31VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Empresas & Negócios

FOTO

: PSF

FOTO

: DR

FOTO

: PSF

Page 32: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

O Impulso Jovem traduz o plano estratégico de apoio à empregabi-lidade jovem pelo Governo, assen-tando num conjunto de medidas de incentivo e estímulo ao empreende-dorismo e à criação do próprio em-prego.

Em junho de 2013, face à avalia-ção deste programa, o Governo pro-cedeu a alterações, definido que pas-saria a haver somente um programa de estágios profissionais, os Estágios Emprego, em vez dos seis programas de estágios existentes até então, de modo a torná-lo mais eficaz. Assim,

a reformulação do programa tem como objetivo ser mais simples para chegar a mais pessoas.

Ele deu impulso à concretização de 1139 ideias de negócio de em-preendedores em início de carreira, qualificou 49800 jovens através de medidas de formação profissional e foi apoiada a contratação de 5903 jo-vens e a frequência de 20703 estágios de emprego até ao final de outubro

Desde da implementação do Im-pulso Jovem, em 2012 até à presente data, foram abrangidos 50013 jovens com idade até aos 24 anos e 27532

até 30 anos.O desemprego dos mais jovens

é o maior problema económico e social que Portugal atravessa, sendo também um problema europeu.

Daí, os líderes dos Estados--membros terem acordado a criação de um novo programa intitulado ‘Garantia Jovem’ que deverá entrar em vigor em janeiro do próximo ano.

Este programa europeu para 2014 e 2015 terá uma afetação finan-ceira de seis mil milhões de euros que estava previsto para o período

2014-2020Em Portugal, este programa irá

dispor de uma verba de cerca de 344 milhões de euros do quadro comu-nitário, por forma a garantir que um jovem possa aceder ao mercado de trabalho, a um estágio profissional, a formação profissional, ou à conti-nuação dos seus estudos, num prazo muito curto, que irá abranger cerca de 90 mil jovens desempregados.

A Europa e em especial Portugal, devem atuar com determinação sob pena de perdermos uma geração de europeus qualificados…

Catarina MartinsBE

Há fronteiras que em democracia não devem ser atravessadas.

Há uma linha vermelha na ação dos governos de estados de direito democráticos, cuja travessia coloca em causa a legitimidade proveniente do voto do povo.

Este Governo e a maioria PPD/PSD-CDS/PP que o suporta no par-lamento estão prestes a atravessar essa barreira ao aprovar um Orça-mento do Estado que, previsivelmen-te, ficará marcado pela declaração de inconstitucionalidade de algumas das normas.

Não será a primeira vez que isso acontece. Na verdade, em três anos de mandato, ainda não conseguimos ter um único orçamento que não tivesse sido alvo de declaração de inconsti-tucionalidade de parte do articulado.

Se juntarmos a isto as declarações de inconstitucionalidade de alguns

diplomas legais produzidos por este Governo, sobretudo na área laboral, e o despacho absolutamente ilegal que visou suspender o processamento do subsídio de férias na administração central até à publicação da lei que veio a suportar esta medida, fica claro que este governo tem cada vez menos le-gitimidade para continuar e que o Presidente da República, no seu papel de garante do cumprimento da Cons-tituição, não pode continuar a com-pactuar com estas violações sucessivas.

Estranhamente, ou talvez não, já todos percebemos que o mesmo Presidente da República que foi tão duro com o Governo PS, não vai fa-zer nada. Nem sequer vai submeter o OE 2014 a verificação preventiva da constitucionalidade das suas normas.

Entretanto, vão-se adensando as mais diversas pressões sobre o Tri-bunal Constitucional vindas de re-

presentantes da Troika, do Primeiro Ministro, de diversos membros do Governo e até de Durão Barroso. Nada de novo. Simplesmente a repe-tição de um espetáculo degradante, com estreia sistematicamente repeti-da nos últimos três anos.

O Estado de Direito não foi sus-penso pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro e uma in-gerência deste tipo não pode ser ad-mitida no seio de uma comunidade alicerçada na defesa dos valores de-mocráticos como é a União Europeia.

Mas o pior de todo este desnorte em que vivemos é mais profundo e reside no facto de os portugueses se encontrarem cada vez mais afogados num mar de empobrecimento e de-semprego, sem terra firme à vista.

O que este orçamento nos vem dizer é que apesar de todos os sacrifí-cios que fizemos, o cumprimento das

metas do défice continua a ser uma miragem e o esforço adicional que nos será exigido em 2014 está muito longe de ser um último contributo.

Contudo, se pararmos um pouco e fizermos um balanço, verificamos que há, de facto, um mérito que não podemos tirar a este governo: de-pois de ter conseguido ser eleito com base em promessas que não só não cumpre como desdiz todos os dias, fez-nos regredir décadas atrás nos nossos padrões de desenvolvimento e bem-estar, instalou uma terrível fratura social entre velhos e novos, trabalhadores do sector público e do sector privado e conquistou a taça de campeão da inconstitucionalidade. Tudo isto com o beneplácito daque-le que jurou cumprir e fazer cumprir a constituição assumindo o papel de garante da estabilidade do Estado. Temos que admitir: é obra!

Impulso Jovem - 2013

A linha vermelha

Margarida AlmeidaPSD

Quase no fim do memorando da troika, todas as metas prometidas falharam. Meio milhão de postos de trabalho destruídos, salários e pen-sões 30% mais baixos, emigração maior que nos anos 60 (a austerida-de esvazia o país como uma guerra), rutura em serviços públicos. E uma dívida pública que sempre a crescer; está em 130% do PIB e será maior em 2014.

Perante este cenário, multipli-cam-se as vozes que nos dão conta do óbvio: a dívida terá de ser rene-gociada. Em todos os períodos da história, nos mais variados cantos do mundo, quando a dívida se torna insuportável – e portanto impagável - a renegociação é inevitável.

Hoje em Portugal o problema não é saber se a dívida será rene-gociada. É saber quando. Se conti-nuamos a adiar o inevitável, chega-remos à renegociação com salários ainda mais miseráveis e num país espartilhado pelos grandes grupos económicos. Cortaram em salários e pensões de 1500€ em 2012, depois de 1000 em 2013, de 600 em 2014. Governo, FMI e Comissão Europeia dizem que 2015 e 2016 terão ainda mais austeridade. Ao mesmo tem-po desmantelam o Estado Social e privatizam as funções do Estado que podem ser lucrativas. Sempre reconhecendo que afinal ainda não é desta que a dívida pública deixa de aumentar.

A saída para a crise precisa pois de coragem e responsabilidade. Iniciar um processo de negociação com credores oficiais e privados que permita reduzir a dívida pública para montantes que sejam susten-táveis. Trocar os atuais títulos de dívida por obrigações do tesouro a 30 anos e com carência de juros até 2020, para que o país possa ter folga para criar emprego e riqueza. In-dexar os juros às exportações, para que os credores apostem no cresci-mento da nossa economia e não no esbulho de salários e pensões. Redu-zir a zero os juros a pagar à troika, porque também eles se financiam a juros zero e quem era suposto aju-dar não pode lucrar à custa da nossa

miséria. E renegociar protegendo os pequenos aforradores, que detêm pouco mais de 5% da nossa dívida pública e não têm responsabilida-de na crise financeira internacional que nos trouxe aqui.

Renegociar a dívida é um ca-minho duro, cheio de dificuldades. Mas é um caminho que percorrere-mos inevitavelmente. A escolha é fa-zê-lo quanto antes, e num processo dirigido pelo Estado português e em nome das pessoas, ou fazê-lo quan-do estivermos bem piores, num processo dirigido pelos credores em nome da finança. Querem consen-sos? Vamos então aos que importam e são a saída para a crise: renegociar a dívida.

A escolha é entre a austeridade e a democracia

Isabel SantosPS

32 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Opinião: Vozes da Assembleia da República

Page 33: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

33VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

José Luís FerreiraPEV

Os números do terceiro trimes-tre de 2013 são francamente enco-rajadores para o nosso país. Não há certamente razões para euforia, mas podemos provavelmente respirar em 2013 melhor que em 2012 e em 2014, esperemos, melhor que em 2013.

Vejamos: o desemprego desce há nove meses e, pela primeira vez des-de 2008, dois trimestres seguidos. E ao contrário do que se escreveu, nem a sazonalidade nem a emigração ex-plicam os números mais recentes. Em primeiro lugar porque a sazo-nalidade funciona, em geral, contra o terceiro trimestre e a favor do se-gundo - quando o que aconteceu foi

uma quebra do desemprego entre o segundo e o terceiro trimestres. Em segundo lugar porque houve um aumento no número de pessoas com emprego - cerca de mais 50 mil pessoas no terceiro trimestre face ao segundo. Não foi por isso por haver menos pessoas em Portugal (por via da emigração) que ocorreu a quebra da taxa de desemprego.

Ao mesmo tempo, com o cres-cimento em cadeia pelo segundo trimestre consecutivo, Portugal sai também oficialmente da recessão. Os dois dados estão, claro, relacionados e teremos, tudo indica, um ano mais positivo do que as previsões iniciais

do próprio governo.Isto são, portanto, boas noticias

que terão um impacto real na vida dos portugueses - facilmente se per-ceberá a mudança naqueles 50000 que agora têm emprego e antes não tinham. Esperemos que Portugal continue nesta trajetória para que os esforços nos últimos anos tenham valido a pena. Portugal fez um ajus-tamento incrível ao virar-se para as exportações quando o consumo interno, alimentado anos a fio pela dívida, não podia continuar a ser o motor da economia. Esse ajustamen-to custou, particularmente na tran-sição e nos setores não-transacioná-

veis, aos portugueses os esforços dos últimos anos. Alguns acenaram com o fantasma duma “espiral recessiva” que se iria alimentar a si mesma. Esse mito ficou desfeito pelos dados mais recentes e mostrou-se que Por-tugal tem um futuro em que não de-pende da dívida e da ação do estado.

Para completar o ciclo, agora, é necessário que se possa devolver aos portugueses o fruto do seu trabalho. Os próximos meses terão de ser mar-cados por reduções de impostos que deixem às famílias e empresas mais rendimento ao seu dispor. Afinal o motor da economia está aí: na ativi-dade e no trabalho privados.

A economia arranca?

Em nome da redução do défice e da dívida pública, o Governo PSD/CDS têm vindo a impor um conjunto de duros sacrifícios aos Portugueses. Sucede que o resultado destas políti-cas tem sido exatamente o contrário, ou seja, com este Governo a dívida pública disparou.

Pouco dado a aprender com os erros, o Governo insiste neste orça-mento em prolongar a austeridade e exige mais e mais sacrifícios aos por-tugueses.

Um orçamento assente em cortes. Mas cortes num só sentido, o sentido do costume. Cortes nos salários e re-munerações de quem trabalha; cortes nas prestações sociais, nas pensões de reforma e de sobrevivência, no

subsídio de desemprego e de doença, cortes nas deduções ao IRS para os trabalhadores e pensionistas, cortes na educação e na saúde, na segurança social e na justiça.

É claro que estes cortes, a so-marem-se aos cortes que há um ano eram provisórios, vão naturalmente emagrecer drasticamente o rendi-mento disponível das famílias, o que irá provocar uma nova contração da procura interna.

Ora se vamos ter uma nova con-tração da procura interna, significa que o objetivo que aponta para o cres-cimento do PIB de 0,8%, não passa de ficção.

Com o forte emagrecimento do rendimento das famílias em 2014 e

com uma subida prevista da taxa de desemprego de 17,4% para 17,7%, como é possível esperar uma melho-ria no consumo privado?

Ora se o consumo privado não vai crescer, a previsão do crescimento do PIB em 0,8%, fica dependente da procura externa. Sucede que todos os dados apontam, nomeadamente do próprio FMI, que fez agora uma revi-são em baixa do crescimento mundial para 2014 face às estimativas anterio-res, para que as nossas exportações não andem tão bem como o Governo espera.

E o mesmo se diga relativamente ao desemprego. Nós sabemos que este governo nunca olhou para este flagelo social como uma prioridade a comba-

ter. Nunca em tão puco tempo foram destruídos tantos postos de trabalho como aqueles que este Governo des-trui. E o Governo prevê agora, neste Orçamento que a taxa de desemprego suba dos 17,4% para os 17,7%.

São números mesmo assim preo-cupantes, de qualquer forma, ao mes-mo tempo que o Governo aponta para essa previsão, impõe neste Or-çamento, que as Camaras Municipais reduzam 2% do seu pessoal e que as empresas públicas despeçam em 3% o número de trabalhadores que tinham em Dezembro de 2012.

Portanto, também a previsão do Governo, de fixar a taxa de desem-prego nos 17,7%, fica comprometida pelas medidas do próprio Governo.

O Orçamento de Estado para 2014

Michael SeufertCDS-PP

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

Iniciou-se no passado dia 23 de outubro um novo ciclo em Gondo-mar, do qual faço parte enquanto membro da Assembleia Municipal. Dou assim os primeiros passos na responsabilidade política, fazendo parte de um projeto que acredito ser frutuoso e imprescindível para Gondomar.

Saio do anonimato civil porque acredito que todos temos um com-promisso para com a sociedade e, neste caso específico, para com a co-munidade a que pertencemos e pela qual devemos lutar. Tenho o desejo de mudança, a vontade de trabalhar, a força para combater, a fé de poder contribuir para um concelho mais

rico, mais profícuo e mais humano.Encaro um compromisso po-

lítico, porque represento os ideais que a maioria dos gondomarenses acreditaram ser necessários nes-te momento especialmente difícil. Enquanto membro do grupo parla-mentar do Partido Socialista, defen-derei uma comunidade mais justa e solidária.

Abraço o compromisso social, porque entendo que, cada um de nós, se deve responsabilizar por dar um contributo real, para que os di-reitos humanos mais básicos e dig-nos estejam ao alcance de todos.

Assumo um compromisso de trabalho, ao responsabilizar-me

como membro de um orgão que tomará decisões por e para Gondo-mar. Serei por isso exigente, comigo e com os outros, para que os proje-tos sociais, económicos e culturais originem verdadeiros benefícios, e que verdadeiramente, as palavras originem atos.

Assinei um compromisso de mudança, porque como a maioria dos gondomarenses, sinto que a inércia e o marasmo tomaram con-ta dos desígnios do concelho nestes últimos anos. A nossa comunidade precisa de mais transparência, mais participação, mais proximidade. Em suma, uma prática de cidadania efetiva.

Por fim, tomo também o com-promisso democrático, de estudar as propostas apresentadas à Assem-bleia Municipal, estar atenta à par-ticipação civil, trabalhar com afinco diariamente para que a soberania seja efetivamente do povo que me elegeu para os representar.

Sou filha da terra, e acredito que o voto de confiança que deram a mim e aos meus colegas da As-sembleia Municipal, veio imbuído de crença num concelho em que a qualidade de vida impere em todos os níveis.

O compromisso está assumido. Que o trabalho esteja à altura de to-dos os vossos anseios.

Palavras de Compromisso

Joana ResendePS

Page 34: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

34 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

António ValpaçosCDU

No quadro em que as últimas eleições autárquicas reformularam por completo a correlação de forças e os intervenientes nos destinos do nosso município para os próximos quatro anos, é importante que os Gondomarenses tenham presente os compromissos assumidos pelas diferentes forças políticas. Em 29 de setembro, cada um teve o direito de com o seu voto escolher o projeto que entendeu ser o melhor para o concelho e é importante que todos os eleitos municipais saibam reco-nhecer a importância desse ato, hon-rando com o que assumiram durante toda a campanha eleitoral. Da parte da CDU, honraremos todos aqueles que decidiram apoiar o nosso pro-

jeto político e as nossas propostas e cumpriremos com os compromissos assumidos.

Em nome da CDU, agradeço a confiança que muitos depositaram em nós, que nos permite hoje ter mais responsabilidades. Elegemos um vereador, temos cinco eleitos na Assembleia Municipal, presidi-mos a Junta de Freguesia da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pe-dro da Cova, estamos no Executivo da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Gondomar (S. Cos-me), Valbom e Jovim, e reforçamos os nossos eleitos em Assembleias de Freguesia um pouco por todo o concelho. Termos hoje mais eleitos da CDU em Gondomar é sem dú-

vida um acréscimo de responsabili-dade para nós mas resultará numa maior capacidade de intervenção, de proposta, na defesa dos interes-ses das populações.

Estamos disponíveis para ouvir o que têm para nos dizer. Estamos dis-poníveis para ouvir todas as ideias e propostas que visem a melhoria das condições de vida dos Gondomaren-ses e para trabalhar em soluções que as concretizem. Pensamos que tal só será possível com o contributo de todos os que queiram connosco tra-balhar e, por isso, estaremos sempre disponíveis para ouvir a população através do nosso gabinete de atendi-mento ao munícipe.

Por outro lado, os Gondomaren-

ses podem sempre contar com o nos-so apoio, podem continuar a confiar em nós, com a nossa firme oposição tanto a nível institucional, como na rua, a tudo que entendamos que seja em seu prejuízo.

A CDU não é apenas uma for-ça de oposição. Nem queremos ser. A CDU é uma força de trabalho e proposta, com conhecimento da realidade. Apresentamo-nos nestas últimas eleições com um projeto de futuro, de ideias e de pessoas, com várias propostas sobre as mais diver-sas áreas de intervenção. Saberemos honrar aquilo que assumimos peran-te os Gondomarenses! Fique atento ao nosso trabalho, verá que as forças políticas não são todas iguais.

Uma questão de princípio: honrar compromissos Fique atento, os partidos não são todos iguais

Rui NóvoaBE

O Orçamento de Estado para 2014, proposto pelo PSD e CDS/PP, assenta numa escolha: o corte de salá-rios e pensões.

O Governo mantém o “enorme aumento de impostos” de 2013 e a este acrescenta um ataque brutal aos rendimentos de quem trabalha ou já trabalhou. Este ataque não resolve os problemas, é a promessa da existência de um segundo pacote de austeridade. Não se trata de substituir medidas do lado da “receita” (mais impostos) por cortes nas “despesas” (salários, pen-sões e serviços públicos).

Na realidade este Orçamento mantém o saque fiscal, e a este acres-

centa uma política de cortes brutal. É um assalto aos salários e às pensões, com o aumento da idade para a refor-ma, cortes salariais nos salários dos funcionários públicos de 2,5% a 12% acima dos 675€, cortes nas pensões da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e cortes nas pensões de sobrevivência a partir dos 600€.

No final de 2013 teremos uma taxa de desemprego real que ultrapassará os 20%, a dívida pública superior a 127% do PIB e o país mais pobre. Para além do seu impacto recessivo, é simples de comprovar que a austeridade não ser-ve o propósito da redução do défice.

O Orçamento do Estado para 2014

é um orçamento de escolhas.Através dele o Governo escolheu

proteger os grandes grupos económi-cos e a banca, a quem exige apenas 4% da fatura do “ajustamento”. Os bancos, que já não pagam IRC, pagam apenas uns míseros 170 milhões de euros de “contribuição extraordinária”. Para as famílias, os trabalhadores, desem-pregados e pensionistas, fica 82% do esforço direto e a promessa de menos serviços públicos. A austeridade fa-lhou e não serve o país: utiliza o dé-fice e a dívida como instrumentos de chantagem para se justificar, porque não existe para os resolver. A escolha do Governo é continuar essa chanta-

gem em 2014.O Bloco de Esquerda rejeita esta

chantagem e apresenta um programa orçamental que assenta no essencial: 1) Uma Reforma Fiscal Corajosa e Jus-ta; 2) Salvar os direitos de quem tra-balha, os Salários e as Pensões; 3) Me-didas para recuperar a economia e o emprego; 4) Imposto Sobre as Grandes Fortunas; 5) Renegociação urgente da dívida pública; 6) Combate ás rendas das PPP; 7) Taxa extraordinária sobre os lucros milionários; 8) contra o sa-que, mais justiça fiscal; 9) Reabilitação Urbana: investimento público em em-prego; 10) Eliminação dos benefícios abusivos no IMI.

O país precisa de um Orçamento que sirva as pessoas

Pedro OliveiraCDS-PP

As últimas eleições autárquicas produziram uma importante trans-formação na representatividade polí-tica do concelho, alterando de forma substancial a correlação de forças existente nos diferentes órgãos mu-nicipais.

De facto, o Partido Socialista (PS), sem margem para quaisquer dúvidas, assumiu essencial protagonismo na condução dos destinos do concelho, garantindo inequívocas maiorias em cada um daqueles órgãos, Executivo e Assembleia Municipal.

Ora, a nosso ver, nada de mais na-tural em tal desfecho, considerando o

manifesto cansaço dos gondomaren-ses na redundante, opaca e desperdi-çada gestão a que o município esteve votado, em especial nos últimos três mandatos. Conforme já expressamos antes foi um período de oportunida-des perdidas, de atraso comparativo injustificado e de enormes equívocos nas prioridades definidas para o con-celho.

Hoje as responsabilidades do PS são imensas. Porque tendo sido prodi-go no passado recente em engendrar todo o tipo de críticas à maioria de então, criticando muitas vezes apenas porque sim, tem agora a incumbên-

cia, bem mais consequente e virtuosa, de definir uma estratégia concreta de reposição do concelho nos trilhos do desenvolvimento, descolando-o da apatia em que está mergulhado. Ve-remos se tem o necessário engenho e arte para o alcançar.

No que nos diz respeito e en-quanto partido representado na AM, estaremos sempre disponíveis para interagir com a atual maioria cola-borando com tudo o que nos motive em prol da mudança e da dignificação dos gondomarenses.

Temos claramente um proje-to diferente. Contudo tal não nos

impedirá de sermos pró-ativos na gestação de consensos o mais alar-gados possível, sempre em busca da solução que estruturalmente melhor salvaguarde o interesse público em jogo.

Competirá claramente ao PS po-tenciar a materialização de tal dispo-nibilidade, flexibilizando posições e dialogando com todos, postura aliás que, em função da sua importância no contexto da relação de forças na AM, muito dignificaria a democracia em Gondomar.

O decurso do presente mandato dar-nos-á pois a devida resposta.

“Veremos”

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

Page 35: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

35VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Opinião

Nunca como nas últimas se-manas se falou tanto na necessida-de de um acordo alargado entre os partidos do arco do poder (PSD, PS e CDS), como forma de assegurar uma saída sustentada da crise eco-

nómica em que o país se encontra mergulhado. À medida que nos aproximamos do fim do programa cautelar negociado com a União Europeia e o Fundo Monetário In-ternacional, coloca-se a questão nuclear de saber se os mercados fi-nanceiros estarão abertos ao finan-ciamento do Estado português, e a que taxas de juro. Daí se discutir tão insistentemente a necessidade de um programa cautelar a partir da saída da troika, em junho próximo. Os mais pessimistas admitem mes-mo que não será suficiente sequer assegurar o dito “programa caute-lar”, pois corremos mesmo o risco de precisar de um segundo resgate internacional, ou seja, um novo pacote de financiamento tutelado pelos nossos financiadores. Nes-te caso, estaríamos a falar de mais medidas de austeridade, e do pro-longamento da penúria económica e social em que nos encontramos desde a assinatura do memorando de entendimento, e que tem asse-gurado o financiamento do Estado

desde 2011. Se uma tal calamidade nos cair em cima da cabeça, então teremos de nos preparar para mais uma década de sacrifícios e austeri-dade… Ora, é justamente por causa desta incerteza que os partidos da maioria, o Governo, o Presidente da República e um elevadíssimo número de instituições e personali-dades têm insistido na necessidade de um acordo alargado, pois há a firme convicção de que sem envol-ver os três partidos do poder (PSD, PS e CDS) num projeto estratégi-co de médio prazo, Portugal não conseguirá financiamento externo nem nos mercados, nem mesmo no âmbito da União Europeia. Porém, aos sucessivos convites e desafios, o Partido Socialista tem respon-dido com um inequívoco “NÃO”, exigindo no mínimo, como contra-partida para uma tal hipótese, que o Presidente da República convoque eleições antecipadas. E é neste jogo de palavras e táticas políticas – tão óbvio quanto subtil – que reside a chave do problema. Pelo simples

facto de tanto Pedro Passos Coelho como António José Seguro saberem que nenhum deles poderá gover-nar no futuro sem a existência de um largo acordo que envolva pelo menos os dois maiores partidos. E se o líder socialista está firmemente convencido que em caso de eleições o seu partido sairá vencedor, o líder social-democrata não ignora que sem envolver os socialistas os nos-sos parceiros europeus não voltarão a abrir os cordões à bolsa, nem no âmbito de um “programa cautelar” pós-troika, e muito menos num novo resgate de largo alcance finan-ceiro. Esta equação política surge assim com meridiana simplicidade: quem pode liderar o próximo go-verno? Ou o PSD cede na realização de eleições antecipadas, e poderá assegurar o tal compromisso com os socialistas; ou insiste em culpar o PS pela falta de um amplo acor-do político, e corre o risco de não conseguir financiamento externo a partir do próximo verão. Claro está que, perante uma tal ameaça, será

o próprio Presidente da República que acabará por tomar a decisão de antecipar as eleições. Ainda aí resta saber se o PSD insistirá em disputá--las com Passos Coelho, ou se uma qualquer rebelião interna no PSD levará à escolha de um novo líder para a refrega eleitoral. Seja como for, é dramático os portugueses mais esclarecidos constatarem que os taticismos políticos de uns e ou-tros podem empurrar o país para um prolongamento da austeridade por tempo indeterminado. Porque, em última instância, a única dúvida que parece restar consiste em saber quem será o Primeiro-Ministro que irá governar Portugal no novo pe-ríodo de austeridade, que todos os dias se adivinha mais dramático e prolongado. E tudo isto, apenas e só porque a ambição do poder con-tinua a cegar de forma tão intensa quer quem nos governa hoje, quer quem assume a ambição de nos go-vernar amanhã. Caso para dizer: os portugueses merecem melhor sor-te…

Taticismo político dos partidos pode pôr em causa saída da crise

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

A escola foi o meu território que me acolheu por volta dos sete anos de idade e onde me senti, des-de o primeiro dia, muito à vontade para exercitar as minhas vivências

pessoais e familiares e conviver com os outros, respeitando-os, nas suas diferenças. Será que ainda é assim? Com os da minha idade, aprendi a questionar valores, co-mecei, sem saber, a construir o meu próprio projeto de vida. Será que ainda é assim? Porque a esco-la, sempre ao lado da família, foi o meu principal espaço de cons-trução de valores, de partilha, de atitudes e de conhecimentos, pelos quais ainda hoje, me rejo. Será que ainda é assim? Sem internet, sem audiovisuais, sem telemóvel, nem escola virtual, mas com um único e grande quadro negro de xisto e uma admiração e um respeito sem par, pela professora, a escola foi para mim, palco de encontro, de construção de conhecimento, de múltiplas aprendizagens, de rela-ções e emoções fortes, de projetos, de alegrias e brincadeiras, muitas brincadeiras… que perduram ain-da na minha memória e nunca, mas nunca se esvaziará dela, a ima-

gem do espaço escola e da profes-sora. Será que ainda é assim? E lá, na escola eu crescia, sempre tendo por referência a família que, nos bastidores, mas muito de perto, acompanhava o meu desafio. Será que ainda é assim? E nos bastido-res, a família, em alerta, atenta e preocupada, seguia-me e acompa-nhava-me de perto, muito de perto e eu, podia recorrer, sempre que precisasse, para buscar nela diálo-go, confiança, autoestima, ajuda, compreensão e se necessário fos-se, uma ou outra repreensão. Será que ainda é assim? Foi na escola, com a segunda socialização - de-pois da primeira bem consolidada na família -, que aprendi a resolver problemas e a ampliar os meus co-nhecimentos sempre na base do saber ouvir, do saber ser e do saber estar. Será que ainda é assim? Foi na escola, ao negociar, ao ceder, ao partilhar, ao representar, ao coo-perar e ao me expor, que aprendi e ainda hoje preservo, os valores do

saber ser e do saber respeitar. Será que ainda é assim? Onde estás tu, ó família dos dias de hoje que se ouve tão de baixinho?!!! O que fa-zes tu, ó escola dos dias de hoje que se ouve tão de mansinho?!!! Como estás tu, ó sociedade dos dias de hoje que grita e fala tão alto?!!! Foi na escola, sempre com a família por perto, que aprendi a ser mais consciente, mais solidária, mais voluntariosa, mais autónoma, de forma a querer fazer parte de uma sociedade mais justa, mais cons-ciente, mais exigente…Mas será que ainda é assim? Não, a socieda-de contemporânea, demarcada pe-los consumismos exagerados, pelas inclusões, pela globalização, pela exploração sem limite dos recursos naturais, pela prevalência de uma cultura globalizada, pelos vícios das mais sofisticadas tecnologias e pela virtualidade de um admirável mundo novo está a precisar de si-lêncio e serenidade para encontrar o seu equilíbrio e o seu caminho,

tendo sempre, obrigatoriamente, como retaguarda a família e a esco-la. E citando Paulo Freire “Escola é ... o lugar que se faz amigos. Não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que ale-gra, se conhece, se estima. O dire-tor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a esco-la será cada vez melhor, na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de con-viver com as pessoas e depois,… descobrir que não tem amizade a ninguém. Nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade… É conviver, é se “amarrar nela”! Ora é lógico… Numa escola assim vai ser fácil! Estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz.”

Será que ainda é assim?

Será que ainda é assim?

Margarida Oliveira Silva

Docente do Ensino Básico

Page 36: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Opinião

O cancro da pele, constitui um dos cancros mais mortais e no en-tanto dos mais fáceis de prevenir. É vigiando a pele e principalmente os sinais na pele, que mostrem áreas negras ou que se modifiquem ao longo do tempo, que nos devemos alertar e recorrer a um Dermatolo-gista.

Este tema, do cancro da pele, ou melhor, da derme, ocorreu-me pois segui um caso clínico, muito recen-te de uma senhora, ainda jovem, que se encontra em dificuldades com a sua saúde, por metástases (células cancerosas que invadem outros órgãos do corpo, originadas por células do cancro inicial), no fígado e pulmão de um carcinoma espino celular, ou seja, um dos can-cros de pele mais mortais. Poderia ter evitado chegar a este ponto, pois reconhece que já tinha notado um sinal na pele, algo de estranho, que escureceu recentemente, mas por-que se encontrava numa área jun-to à zona genital, esse facto, não a deixou à vontade para recorrer ao seu médico, ou mesmo a um der-matologista. Deixou a situação evo-luir, sem nada fazer e só depois de iniciar sintomas de perda de força

e perda de apetite, com tosse, se preocupou a recorrer ao seu médi-co de clínica geral, que de imediato a dirigiu a Dermatologia, especia-lidade que normalmente trata os cancros de pele. Reparem que uma pequena cirurgia local, com aneste-

sia local, retirando o sinal da pele, em tempo útil, teria sido a solução para não chegar a este ponto, agora certamente com uma evolução trá-gica.

Já o referi, em edições anterio-res, que o cancro no geral, é uma doença ainda de difícil tratamento

e mais difícil cura. Está na preven-ção a forma mais eficaz de tratar esta terrível doença, que muitas vidas continua a tirar. É certo que muitos cancros são difíceis de pre-venir, o do pâncreas, o do pulmão, etc., pois, quando se detetam já

estão, muitas vezes, numa fase de adiantada evolução. Serão de pre-venir, sim, com hábitos de vida saudáveis, já do conhecimento das pessoas, tais como o de evitar fu-mar. O mesmo não acontece com o cancro de pele, que se torna fá-cil de prevenir, evitando exposição

solar prolongada, mas principal-mente, vigiando sinais na pele que quando alteram características, tais como, escurecerem, tornarem-se com maior relevo na pele, devem ser observados pelo seu médico ou mesmo recorrer a um Especialista de Dermatologia, para que analise a situação e pondere retirar o mes-mo sinal, enviando posteriormente para exame.

É na prevenção que maior parte das doenças se evitam, em especial o cancro, pelo qual devemos fazer exames clínicos com frequência, análises clinicas, de acordo com o seu médico, enfim consultas médi-cas de clínica geral, de forma regu-lar.

Temos um hábito bem portu-guês de fazer este tipo de coisas, ou quando somos obrigados, ou adiar sempre que podermos... À espera não sei de quê??? A situação eco-nómica também não ajuda, pelo que existe uma preocupação dos centros de saúde, clínicas privadas, etc., de tornar mais eficaz e de me-lhor acesso a um dos maiores bens que devemos preservar, a nossa saúde...

Até breve, estimados leitores…

Cancro da pele, uma doença fácil de prevenir...

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clínico daCLINICA RIO TINTO +

Coordenador da Unidade deMedicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HPP- Boavista.

É do conhecimento público que o major Valentim Loureiro concessionou a privados em Gon-domar quer o sistema de abasteci-mento de água domiciliária, quer a recolha de lixos e limpeza urbana.

Verdade se diga que até hoje não se vislumbraram as vantagens nem de uma nem de outra das concessões. Para além das ques-tões financeiras decorrentes destas decisões, e que estão intimamente ligadas à comparação dos custos que existiam antes das concessões, versus os que hoje o município paga aos concessionários, para o cidadão comum não são visíveis quaisquer melhorias nos serviços prestados.

Ao nível do abastecimento de água às populações, a maior evi-dência da concessão foi o agra-vamento dos custos para os cida-

dãos. E nem vale a pena discutir a questão específica do preço da água por metro cúbico. O que ver-dadeiramente interessa é o que os gondomarenses pagam mensal-mente na fatura, independente-mente da sua composição. Cha-me-se taxas ou serviços, consumos ou disponibilidades, sejam valores imputados pelas empresas, pelo município, ou pelo Estado central, para o cidadão o que conta é o que é obrigado a pagar para ter a água nas torneiras.

Já no que respeita à recolha de lixos e limpeza do espaço público, as coisas não são muito diferentes, sendo que aqui não há propria-mente uma fatura a pagar autono-mamente, mas ela aparece agre-gada ao consumo da água. Resta, pois, avaliar o serviço tal como ele se apresenta aos cidadãos no pró-

prio espaço público.Importa reconhecer que, até ao

momento, se o serviço não piorou, também não aparece visivelmente melhorado na perceção pública. E ninguém ignora que aquela opção indignou algumas juntas de fre-guesia, nomeadamente as da cida-de de Rio Tinto, com os respetivos autarcas a tornarem pública a sua discordância por lhes ter sido reti-rada uma parte das competências delegadas no campo da higiene e limpeza do espaço público.

Ora, sabendo-se que o Partido Socialista foi o grande vencedor das autárquicas, com a liderança do ex-presidente da Junta de Rio Tinto, Dr. Marco Martins, agora no cadeirão da presidência da Câ-mara de Gondomar, no mínimo é exigível que aqueles contratos de concessão sejam analisados ao

pormenor, no sentido de avaliar da sua bondade, e da sua eficácia no terreno.

Os cidadãos não podem con-tinuar na dúvida sobre se o erário público saiu ou não beneficiado com estas concessões, mas não apenas. É necessário avaliar o ser-viço prestado aos cidadãos, e fazer uma análise comparativa com o antes e o depois. Só na transpa-rência total das decisões, e na ava-liação dos resultados poderemos viver em sã convivência social. E hoje, nestas matérias, está instala-da uma gigantesca nuvem de dúvi-das, que terá de ser esclarecida por quem de direito. É isso a que os ci-dadãos têm direito, para benefício de todos. E devem ser informados objetivamente todos e cada um. Não basta uma qualquer nota de imprensa…

Concessão de lixos e água exige reflexãoBisturi

Henrique Villalva

36 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

FOTO

: DR

Page 37: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

Com a apresentação desta pe-tição pretendemos dar um passo importante para resolver um dos maiores entraves à concorrência no setor das telecomunicações em Portugal e conseguir uma alteração legislativa que consagre um perío-do de fidelização máximo inferior ao que hoje vigora (24 meses).

O mercado das telecomunica-ções não permite que os consumi-dores retirem todos os benefícios das várias ofertas disponibilizadas

pelos operadores, nomeadamente pela imposição de períodos contra-tuais mínimos de 24 meses e pena-lizações pelo seu incumprimento.

Períodos de 24 meses são ex-cessivos e desincentivadores da mudança de operador, penalizan-do os consumidores: por um lado, impedem novas e melhores ofertas e, por outro, não respondem aos desafios da sociedade portuguesa atual.

Paralelamente, sempre que o

consumidor tenta mudar de opera-dor durante este período mínimo, são-lhe cobrados encargos despro-porcionados.

Para libertar e consciencializar o consumidor, a DECO convida--o a assinar uma petição a entregar na Assembleia da República, onde exige a diminuição do prazo máxi-mo legal de fidelização, atualmente de 24 meses. A DECO considera também fundamental a criação de uma norma que estabeleça os crité-

rios inerentes aos encargos decor-rentes da cessação antecipada do contrato, bem como a introdução de um critério de razoabilidade e proporcionalidade relativamente ao valor dos encargos cobrados, de forma a garantir transparência e previsibilidade.

Caso concorde com esta inicia-tiva, participe, assinando a petição disponível em www.liberdadena-fidelizacao.pt, até ao dia 6 de De-zembro.

A DECO lançou recentemente a Petição “Liberdade na Fidelização” para entrega na Assembleia da República.O que pretende a DECO com esta iniciativa?

Joana Simões

Jurísta da DECO

Para qualquer esclarecimento adicional pode dirigir-se à DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - Delegação Re-gional do Norte, sita na Rua da Torrinha nº 228, H, 5º andar, 4050-610 Porto, ou através do endereço: [email protected]

37VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Emprego

FOTO

: DR

Page 38: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013

38

Lazer

VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Faça uma viagem e areje a cabeça. Seja franco com quem ama. Diga-lhe o que pensa e terá maravilhosas surpresas. O seu romance poderá sofrer a interfe-rência familiar.

Pode ter que passar alguns momen-tos menos bons neste mês.. Não se dei-xar influenciar, poderá acabar o mês em grande alegria e felicidade. Os seus amigos estão para ajudar.

A sua força está preparada para vir à tona. Ajude-se a si mesmo, possibilitando que as suas qualidades se revelem. Não deixe de ouvir a sua intuição.

Mudanças em marcha. Ganhe o res-peito e a confiança dos seus colegas de trabalho, pois isso possibilitar-lhe-á colocar em prática mais facilmente as suas ideias.

Tudo o que se promete deve ser cumprido. Se não o fizer poderá sofrer recriminações. A harmonia fará com que surjam novas formas de prazer.

A boa influência de uma pessoa da família poderá ser muito importante no seu trabalho. Procure entender o que se passa na alma do seu amor e incentive-o.

Evite dedicar-se a quem não merece. Dê atenção a amigos verdadeiros que se sentem postos de lado. No amor, não se deixe enganar com falsas promessas, esteja atento.

Mês apropriado à recuperação de energias e à meditação. Boa altura para ouvir conselhos de amigos mais velhos. Vá dar boas caminhadas para reflectir melhor.

Evite dedicar-se a quem não merece. Dê atenção a amigos verdadeiros que se sentem postos de lado. No amor, não se deixe enganar com falsas promessas, esteja atento.

Mês apropriado à recuperação de energias e à meditação. Boa altura para ouvir conselhos de amigos mais velhos. Vá dar boas caminhadas para reflectir melhor.

Demonstre as suas emoções. O seu par espera e deseja um gesto de carinho e atenção. Só assim conseguirá um con-vívio melhor.

Pessoa próxima de si poderá trazer--lhe boas notícias que há muito aguarda. Altura ideal para enfrentar as suas novas responsabilidades laborais.

Page 39: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013
Page 40: Vivacidade ed. 88 - Novembro 2013