Jornal Vivacidade

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PUB Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: [email protected] Ano 11 - n.º 117 - abril 2016 Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Pedro Santos Ferreira PUB Encontro Internacional de Marionetas: festival já tem cartaz fechado > Pág. 15 Sociedade Arco do Bojo: grupo de música tradicional portuguesa comemora bodas de prata no Auditório Municipal de Gondomar > Págs. 8 e 9 Reportagem Vivacidade Hugo Santos: entrevista ao andebolista gondomarense do FC Porto > Pág. 33 Desporto “Pulmão Verde”: municípios formalizaram Parque das Serras do Porto > Pág. 28 Política 25 de Abril de 1974: três histórias da Revolução dos Cravos > Págs. 24 e 25 O Vivacidade ouviu as histórias de três exemplos de luta pela liberdade

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Ano 11 - n.º 117 - abril 2016 Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Pedro Santos Ferreira

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Encontro Internacional de Marionetas: festival já tem cartaz fechado> Pág. 15

Sociedade

Arco do Bojo: grupo de música tradicional portuguesa comemora bodas de prata no Auditório Municipal de Gondomar> Págs. 8 e 9

ReportagemVivacidade

Hugo Santos:entrevista ao andebolista gondomarense do FC Porto> Pág. 33

Desporto

“Pulmão Verde”: municípios formalizaram Parque das Serras do Porto> Pág. 28

Política

25 de Abril de 1974: três histórias da Revolução dos Cravos

> Págs. 24 e 25

O Vivacidade ouviu as histórias de três exemplos

de luta pela liberdade

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2 VIVACIDADE ABRIL 2016

Editorial

SUMÁRIO:

BrevesPágina 4

ReportagemVivacidadePáginas 8 e 9

SociedadePáginas 6 a 18

CulturaPáginas 20 a 22

PolíticaPáginas 23 a 32

DestaquePáginas 24 e 25

DesportoPáginas 33 a 38

Empresas & NegóciosPágina 39 e 40

OpiniãoPáginas 41 a 43

LazerPáginas 44 e 45

EmpregoPágina 46

PRÓXIMA EDIÇÃO19 de maio

BISTURI | Henrique Villalva

Um dos problemas mais co-muns do tecido rodoviário do concelho de Gondomar é a fal-ta de sinalização adequada do tráfego urbano.

Todos sabemos que sobre-tudo as freguesias mais oci-dentais do concelho, ou seja as que estão mais próximas do perímetro urbano da cidade do Porto, são também as mais po-pulosas, e que, por isso mesmo, são responsáveis por um pesa-do fluxo de trânsito no acesso ao Porto.

Se é verdade que as princi-pais artérias de entrada e saída na cidade exercem funções de vias estruturantes, e, como tal, concentram o grosso do tráfe-go, não é menos verdade que a circulação no interior destes centros é também muito in-tensa, sobretudo nas horas de ponta, normalmente até como fuga ao congestionamento das vias principais.

Ora, não é raro constatar

que se registam frequentes aci-dentes nesta malha urbana, ora atingindo transeuntes dentro e fora de passadeiras, ora ape-nas entre veículos que chocam. E a principal razão deste tipo de acidentes é quase sempre a deficiente ou mesmo a inexis-tência de sinalização para os automobilistas.

Há uns meses atrás o exe-cutivo camarário investiu de forma bastante visível na si-nalização de passadeiras, mui-tas delas até com indicadores luminosos. E ao nível da cir-culação de peões foi notória a melhoria da segurança. Infeliz-mente, o mesmo não se pode dizer com a disciplina nas re-gras de prioridade de passagem de veículos.

Basta atravessar algumas urbanizações de maior densi-dade residencial para se cons-tatar que faltam sinais de STOP em ruas secundárias, em rela-ção a vias principais de circu-

lação. É por isso que a priori-dade à direita é tantas vezes desrespeitada, pondo em causa a segurança de veículos e ocu-pantes.

Torna-se, pois, necessário, proceder a um levantamento de observação directa do compor-tamento dos automobilistas, para se definir quais as vias a quem deve ser dada prioridade de circulação, em função dos fluxos de tráfego, e em função do próprio desenho ou conce-ção da malha urbanística.

Umas dezenas de sinais de STOP criteriosamente insta-lados em artérias secundárias, no interior de muitas urbani-zações, evitariam muitos danos em viaturas, e, quantas vezes, assegurariam de forma bem mais eficaz a segurança de pes-soas e bens. Haja quem olhe para isto, em todo o concelho, mas, sobretudo, nas freguesias de Fânzeres, Valbom, Baguim do Monte e Rio Tinto. ■

Segurança, precisa-se

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Caros leitores,Com o 25 de Abril de 1974 o povo

ganhou a possibilidade de intervir nas decisões e de expressar, através dos seus representantes, as suas vontades procu-rando-se que as tais decisões fossem pro-ducentes para o desenvolvimento de um país mais forte, em que as pessoas fossem mais defendidas. Um país em que, espe-cialmente os mais fracos, pudessem ser apoiados e ajudados pela sociedade, de modo a não fazer depender a sobrevi-vência de ninguém de esmolas ou da boa vontade de entidades (a Igreja, por exem-plo) ou de pessoas beneméritas.

Passaram 42 anos. Este ano especial-mente, o 25 de Abril é comemorado efusivamente, especialmente porque, em 2016, conquistaram-se quatro feriados, os funcionários públicos ganharam cinco horas de descanso semanal e vamos ter um cartão de cidadania!

No dia 2 de abril também devíamos ter comemorado efusivamente os 40 anos da aprovação da constituição da República Portuguesa, em 1976, que foi aprovada por uma larga maioria de deputados que foram eleitos pelo povo especialmente para esse efeito. Esta data talvez até me-recesse um feriado.

Há 40 anos a realidade política, social e o conceito de bem estar das pessoas era completamente diferente da realidade de hoje. É evidente que, especialmente nas

duas primeiras décadas da democracia existiram avanços civilizacionais signifi-cativos mas também é evidente que, nas duas últimas décadas, e por muitas vezes, fomos impedidos de melhorar o funcio-namento do país por causa da existência de uma Constituição que é, em muitos pontos, retrógrada e que exprime opi-nião política própria e bem diferente da opinião do povo. Mais, não é uma Cons-tituição conceptual mas sim uma Cons-tituição programática, condicionando a vontade futura do povo.

É por isto que o que é urgente não é a simples revisão da Constituição que mui-tos defendem mas sim a criação de uma nova Constituição que sirva de refunda-ção ao Estado português e que nos possa dar um instrumento verdadeiramente es-tratégico para que possamos resolver de vez os nossos grandes problemas formais e estruturais.

Só há duas formas de se vir a criar uma nova Constituição: 1 - fazer uma nova re-volução; 2 - fazer um protocolo de enten-dimento entre a maior parte dos partidos para criar uma nova Assembleia Consti-tucional que possa criar um documento verdadeiramente digno do nosso país.

E só haverá um facto que pode levar a que as pessoas ou os partidos venham a aceitar ou provocar uma destas formas: a completa falência e incapacidade do Es-tado de pagar as suas contas. ■

FICHA TÉCNICARegisto no ICS/ERC 124.920Depósito Legal: 250931/06

Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação: Pedro Santos Ferreira (CP-10017)Departamento comercial: Serafim Ribeiro (Tel.: 910 600 079)Paginação: Carina Moreira

Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de ComunicaçãoSocial, S.A.Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do MonteAdministrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do MonteTel.: 919 275 934

Colaboradores: Ana Portela, André Cam-pos, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Germana Rocha, Guilher-mina Ferreira, Henrique de Villalva, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodri-gues, João Pedro Sousa, José António Fer-reira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nó-voa, Rui Oliveira, Salomé Ferreira, Sandra Neves e Tiago Nogueira.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio: www.vivacidade.orgFacebook: facebook.com/vivacidadegondomarE-mail: [email protected]: [email protected]

A conceção arquitetónica do Basho Sushi House – da autoria do gabinete de Paulo Merlini – levou o espaço gondomarense à final do pré-mio Architizer A+, um galardão atri-buído pelos cibernautas. O espaço não foi eleito vencedor mas merece nota positiva por marcar a diferença.

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

Não sabendo a quem recorrer vim, através deste meio, denunciar uma situação que está a tornar-se perigo-sa. Moro na Travessa Professor Egas Moniz, São Cosme, e, atualmente, os cabos de iluminação da rua encon-tram-se entrelaçados com os ramos das árvores. Se algum parte, não sei o que poderá acontecer.

O leitor,Paulo Silva

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4 VIVACIDADE ABRIL 2016

Breves

Rio Tinto em Festajá tem data

A próxima edição do Rio Tinto em Festa já tem data marcada. Durante os dias 8 a 12 de ju-nho há música e muita animação no espaço da antiga feira riotintense.

Clube Gondoclássicosde Portugal anunciaVIII Concentração

O Clube Gondoclássicos de Portugal anun-ciou a VIII Concentração de Clássicos e Pré--clássicos de Gondomar. A iniciativa está mar-cada para o dia 19 de junho, no largo da Feira de São Cosme, junto à sede do clube. Durante a tarde realiza-se uma gincana no parque da feira.

Secretária de Estado visita Cruz Vermelha de Gondomar

A Secretária de Estado da Cidadania e da Igualdade, Catarina Marcelino, visitou a Dele-gação de Gondomar da Cruz Vermelha Portu-guesa a 16 de abril. Durante a visita à sede da instituição, em Baguim do Monte, a represen-tante do Governo foi acompanhada por Cristina Louro, vice-presidente nacional da Cruz Verme-lha Portuguesa.

Universidade Sénior de Rio Tinto integra Port4Ageing

A Câmara Municipal do Porto apresentou a 11 de abril a candidatura da região do Porto à classificação de Sítio de Referência Europeu na Área do Envelhecimento Ativo e Saudável, a atribuir pela Comissão Europeia. A Universida-de Sénior de Rio Tinto é uma das 76 entidades parceiras do projeto Porto4Ageing e é, para já, a única na área das Universidades Seniores.

Rio Tinto apresenta logótipo doConselho Local de Juventude

O logótipo do Conselho Local de Juventu-de de Rio Tinto foi apresentado a 15 de abril, no salão nobre da Junta de Freguesia. A rio-tintense Cátia Morgado foi a autora da pro-posta vencedora do concurso.

4.º Encontro de Desportos Gímnicos

O Multiusos de Gondomar vai receber entre os dias 15, 16 e 17 de abril do próximo ano o 4.º Encontro de Desportos Gímnicos. O evento vai contar com a participação de cerca de 350 atletas do distrito do Porto das diferentes disciplinas de ginástica, designadamente a acrobática, aeróbi-ca, artística, de grupo, rítmica e trampolins.

“Conta-me um Conto” recebe 20 candidaturas

Encerrado o prazo de entrega de trabalhos, a 2ª edição do concurso “Conta-me um Conto”, promovido pela União de Freguesias de Fânze-res e São Pedro da Cova, reuniu 20 contos de 20 autores, mais do dobro dos trabalhos entregues na 1ª edição. A lista de vencedores será publica-da a 20 de maio.

Rio Tinto comemorouDia do Rio

A Junta de Freguesia de Rio Tinto assinalou o Dia do rio Tinto com um conjunto de iniciati-vas, organizadas em parceria com o Movimento em Defesa do Rio Tinto. No dia 9 de abril reali-zou-se uma plantação de árvores na margem do rio Tinto e no dia 11 de abril foi inaugurado o lavadouro do rio da bica.

Gondomar Futsal Clube apresenta nova imagem

O Gondomar Futsal Clube apresentou a 10 de abril as novas camisolas para a secção de atle-tismo. A “cobaia” foi o atleta Bruno Vigário que recebeu de Telmo Viana, presidente da direção do clube, a primeira camisola com um design moderno e alusivo à filigrana de Gondomar.

Lipor vence Prémio Excelência no Trabalho

A Lipor venceu o Prémio Excelência no Tra-balho, na categoria das médias empresas Sector Público. O prémio pretende galardoar as enti-dades que mais investem e apostam na área de clima organizacional e desenvolvimento do ca-pital humano.

Mosteiro FC estreounovos equipamentos

O Mosteiro FC estreou a 2 de abril os no-vos equipamentos oferecidos pela Junta de Rio Tinto à equipa de infantis de futsal. Os atletas ostentam agora o símbolo de Rio Tinto na ca-misola. A estreia ocorreu no pavilhão da Escola Secundária de Rio Tinto.

VIII Fidestreet Basketno Largo do Souto

No dia 25 de abril o Largo do Souto recebe a 8ª edição do Fidestreet Basket. A competição de basquetebol 3x3 tem inscrições abertas até ao dia do evento e prevê a participação de atletas nascidos desde 1999. Os vencedores do torneio terão direito a prémios.

Jornalistas por um diaNo dia 14 de abril, os alunos de Educação

Especial do Colégio Paulo VI foram jornalis-tas por um dia. Os estudantes participaram na iniciativa do Jornal de Notícias e recordaram os 124 anos de história daquela instituição. Os alu-nos visitaram a redação e paginaram uma pági-na impressa do conhecido jornal.

Junta de Baguim alargaRua Nova do Crasto

A Junta de Freguesia de Baguim do Monte está a proceder ao arranjo total do piso da Rua Nova do Crasto. A empreitada prevê também a substituição da rede de drenagem das águas pluviais, novos passeios e um alargamento do percurso.

Associação Dignidadee Futuro festejou6.º aniversário

A Associação Dignidade e Futuro de Gon-domar comemorou, no dia 9 de abril, o 6.º ani-versário da coletividade. A ocasião serviu tam-bém para angariar fundos para a construção do lar São Francisco de Assis no terreno cedido pe-los padres Capuchinhos. A obra orçada em um milhão de euros terá capacidade para 60 utentes.

Clube Gondomarense debate participação política da juventude

O Clube Gondomarense realiza a 22 de abril um debate sobre o tema “Participação política e cívica da juventude”. A iniciativa contará com Daniel Vieira, presidente da União de Fregue-sias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, e José Miguel Bettencourt, jurista e investigador universitário. Magda Rocha, jorna-lista da RTP, será a moderadora do debate que vai decorrer no auditório da ACIG.

Geoclube marcou presença na BulgáriaEntre os dias 1 e 3 de abril o Geoclube – As-

sociação Juvenil esteve representado em Plo-vdiv, Bulgária, na 6ª reunião do projeto “Joyneet: Job Opprtunities for Youth with the Network of European Towns”. O projeto prevê a mobilidade de jovens com o objetivo de fomentar a expe-riência, conhecimentos e rede de contactos para promover a empregabilidade dos jovens.

Atletas de Rio Tinto no Campeonato do Mundo de Artes MarciaisA Associação Nacional de Kenpo e Discipli-

nas Associadas (ANKDA) levou três atletas rio-tintenses ao Campeonato do Mundo de Todos os Estilos (Artes Marciais). A prova decorreu nos dias 18, 19 e 20 de março nas Caldas da Rai-nha. Hugo Carvalho trouxe a medalha de bron-ze na categoria -57kg. A deslocação contou com o apoio da Junta de Rio Tinto.

Gondomar recebeu country manager do FacebookPaulo Barreto marcou presença no seminá-

rio “Os novos desafios do comércio eletrónico”, iniciativa do Município de Gondomar, desen-volvida em parceria com a Associação Nacional de Jovens (ANJE), no Gondomar Gold Park. Paulo Barreto é desde o início de 2013 o country manager para Portugal do Facebook. A iniciati-va realizou-se a 12 de abril.

Grupo Desportivo de Baguim pede apoio à autarquiaNo dia 1 de janeiro o edifício sede do Grupo

Desportivo de Baguim do Monte ficou alagado após o rebentamento de um cano de água. Fer-nanda Pereira, presidente da direção da coletivi-dade, pede agora o apoio da Câmara de Gondo-mar para recuperar os estragos causados.

Ala Nun’Álvares de Gondomar é campeã nacional de equipasA Ala Nun’Álvares de Gondomar sagrou-

-se campeã nacional de equipas em ténis de mesa, no escalão de cadetes masculinos. O Campeonato Nacional de Equipas de inicia-dos, cadetes e sub-21, realizou-se entre os dias 3 e 4 de abril, em Leiria. Miguel Cunha, Zé Miguel Magalhães, João Silva e os treinado-res Pedro Oliveira e Maria Nogueira foram os mais fortes da competição.

EDC Gondomar garante presença na “final four”da Taça de Portugal

A equipa sénior feminina de futsal da Es-cola Desportiva e Cultural de Gondomar ga-rantiu lugar na “final four” da Taça de Portu-gal. O clube de Rio Tinto derrotou a equipa do União Atlético Povoense por 4-2 e assegurou a continuidade na prova. A “final four” reali-za-se na Póvoa de Varzim entre 5 e 8 de maio.

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6 VIVACIDADE ABRIL 2016

Sociedade

Ourindústria: certame reuniumais de 70 expositores em Gondomar

Gabinete do Apoio ao Aluno e à Famíliaconta com 60 voluntários

A 18ª edição da Ourindústria realizou-se entre os dias 17 e 20 de março, no Multiusos de Gondomar. Ao Vivacidade, José Fernando Moreira, ve-reador do Município, consi-dera que o certame “atingiu a

idade adulta”.

Fundado em 2001, o Gabinete do Apoio ao Aluno e à Famí-lia (GAAF) da Escola Básica de Santa Bárbara, Fânzeres, conta já com 60 alunos volun-tários envolvidos no projeto, orientados por 10 professores da escola.

A Ourindústria atin-giu a maioridade. A 18ª edição foi considerada o “ano zero” do cer-

tame e trouxe uma “revo-lução total” ao evento. “Quero que a iniciativa, além de ter sucesso lo-cal, venha a ter relevân-cia nacional e interna-cional”, disse

Em 2001, surgia na Escola Básica de San-ta Bárbara o GAAF, um projeto dedicado à integração de alunos problemáticos, com carências económicas e dificuldades acadé-micas. Mais tarde, em 2006, o conceito do grupo foi reformulado. Hoje são mais de 60 alunos, do 7.º ao 9.º ano de escolaridade, integrados no GAAF. “É um gabinete onde os professores tutores, 10 no total, acompa-nham os alunos em regime de tutoria. Os alunos vêm para aqui encaminhados pelos diretores de turma e todos os anos há cada vez mais estudantes a querer participar neste projeto”, explica Eduarda Pontífice, funda-dora e coordenadora do grupo.

Durante o ano letivo, o GAAF desenvol-ve diversas iniciativas solidárias com impac-to na freguesia. “A entrega de cabazes de Na-

Voluntárias aprovam oprojeto

Ana Santos, aluna do 8.º ano:“Este projeto é importante para os alu-nos que participam e também para os que beneficiam dele. É importante ser-mos voluntários e trabalharmos com a

diferença”

Catarina Direito, aluna do 8.º ano:“Todas as semanas ajudamos os me-ninos com mais dificuldade. Fizemos cabazes de Natal e de Páscoa e parti-cipamos no Dia Paralímpico na Escola”

José Fernando Moreira, vereador das Feiras, Mercados e Eventos Promocionais na aber-tura da mais recente edição. “Os próximos anos serão de afirmação e mudança”, salien-tou, assumindo o compromisso de “melho-rar e internacionalizar” a exposição.

“Mais do que o sucesso que esta 18ª edi-ção conseguiu, há que destacar que já se co-meçou a trabalhar para a concretização do certame em 2017”, salientou José Fernando Moreira.

A Ourindústria ocupou o Multiusos de Gondomar entre os dias 17 e 20 de março. O

evento foi organizado pela Câmara Munici-pal de Gondomar, em parceria com a AORP – Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal e o CINDOR – Centro de Forma-ção Profissional da Indústria de Ourivesaria, entre outros parceiros ligados ao setor.

Durante o evento foram entregues os prémios Troféu Originalidade (distingue a melhor montra/stand) e Trofeu Inovação/Criatividade (distingue a melhor peça). Os prémios foram conquistados pela Incubado-ra de Joalheiros e Arlindo Moura Jewellery, respetivamente.

> Entrega do Troféu Originalidade > Entrega do Troféu Inovação / Criatividade

“Atingimos a idade adultado evento”

Ao Vivacidade, José Fernando Morei-ra mostra-se orgulhoso com a 18ª edição da Ourindústria. “Este ano implementa-mos as mudanças necessárias e julgo que a partir de agora a Ourindústria vai ser melhor. Vamos também apostar numa maior divulgação do evento e estamos já a trabalhar na próxima edição, conforme anunciei na inauguração”, clarifica o au-tarca. ■

Foto PSF

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tal aos mais carenciados foi a nossa primeira iniciativa. Apercebemo-nos também que al-guns alunos vinham com fome para as aulas e não tinham roupa. Começamos a juntar algumas roupas e hoje temos um roupeiro ao dispor da Escola. São os alunos, professo-res e educadores que contribuem para esse espaço”, afirma a mentora do GAAF.

Este ano, o projeto está a trabalhar o tema “Conviver com a diferença” e conta com várias atividades de apoio concretiza-das e vocacionadas para os 86 alunos com necessidades educativas especiais da EB Santa Bárbara”, conclui a responsável.

O GAAF integra anualmente o projeto “Escolas Solidárias” da Fundação EDP. ■

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> Ação de Natal Solidário > Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

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8 VIVACIDADE ABRIL 2016

Reportagem Vivacidade

Entrevista Arco do Bojo:

“São 25 anos muito positivos porque acrescentamosqualidade à música tradicional portuguesa”O Grupo de Música Tradicional Portuguesa – Arco do Bojo está a comemorar as bodas de prata. No dia 24 de abril, pelas 21h30, vão ser recordados 25 anos de histórias e músicas do grupo no Auditório Municipal de Gondomar e, a esse propósito, entrevistamos Paulo Araújo, mentor do projeto.

O Grupo de Música Tradicional Portugue-sa - Arco do Bojo completa este ano o seu 25.º aniversário. Que significado tem esta data para o grupo?

Paulo Araújo (PA) – Para nós significa 25 anos a tocar ininterruptamente e só isso já nos faz ter orgulho no nosso percurso. Jul-go que são 25 anos muito positivos porque

acrescentamos qualidade à música tradi-cional portuguesa e levamos a nossa mú-sica a Portugal inteiro.

Hoje, a música tradicional portu-guesa ainda é muito procura-

da?PA – Infelizmente ou-

ve-se cada vez menos a música tradicional

portuguesa nas fes-tas e romarias do

nosso país. São músicas com raízes ances-

trais e que passam de

geração em geração, por isso

deviam s e r r e s -p e i -t a -das.

Conte-nos a história da fundação do gru-po...

PA – Este grupo surgiu por brincadeira de um conjunto de amigos que se reuniam em minha casa a tocar vários instrumentos. Fazíamos umas brincadeiras e tocávamos umas músicas mas começaram a aparecer entidades locais que nos convidavam para animar as suas festas. Eram concertos dados por carolice.

Qual foi o primeiro concerto oficial do Arco do Bojo?

PA – O nosso primeiro concerto oficial surgiu após um convite da Junta de Fregue-sia de Baguim do Monte, presidida por Aida Branco, para integrarmos as comemorações do 25 de Abril na freguesia, em 1991. Atua-mos no Largo de São Brás pela primeira vez. Esse espetáculo foi diferente dos outros por-que atuamos com o nosso nome oficial. Esse é considerado o ponto de arranque para o percurso que fizemos.

Esse concerto trouxe novos convites?PA – Após esse concerto percebemos

que o grupo era um assunto sério. Come-çamos a ser mais profissionais nos ensaios, a comprar instrumentos e a ter outros cui-dados. Foi nesse concerto que deixamos de ser um grupo de amigos e passamos a ser os Arco do Bojo.

O número dos elementos do grupo foi sempre variável?

PA – No início não tínhamos um grupo fixo. Estavam sempre a sair e a entrar novos elementos. Depois dos primeiros concertos tivemos que ser mais sérios em relação ao grupo. É nessa altura que começam a surgir contratos assinados para os nossos espetá-culos.

Foi fácil ou difícil o grupo impor-se na música tradicional portuguesa?

PA – Com os concertos acabamos por

Discografia do Grupo de Música Tradicional Portuguesa - Arco do Bojo

“Cantigas”2000

“Retratos”2006

"Baile (en)Cantado"2013

“Estreca e Rega”1996

Texto: Pedro Santos Ferreira

> Formação do Grupo em 2006

> Formação do Grupo em 2015

> Em 2007, num concerto realizado em Braga

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9VIVACIDADE ABRIL 2016

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“São 25 anos muito positivos porque acrescentamosqualidade à música tradicional portuguesa”

Historial do Grupo:

São 25 anos de música tradicional por-tuguesa. O grupo “Arco do Bojo” come-çou na “Cave do Paulo”, em Baguim do Monte, com um grupo de amigos que se uniram para “tocar umas músicas e aproveitar o momento para se diverti-rem”, conta Paulo Araújo.O primeiro convite surgiu no Dia da Liberdade, em 1991, naquela que foi a primeira atuação “oficial” do grupo. O concerto abriu portas ao grupo que começou a percorrer todo o país em romarias, feiras de artesanato, festivais de música, entre outros espetáculos.Em 1996, surge o primeiro álbum edi-tado - “Estreca e Rega” – com trechos recolhidos em diversos cancioneiros populares e arranjos do próprio grupo com recurso a instrumentos tradicio-nais. Em junho de 1999, depois de cumpri-das as formalidades legais, é registada a Cooperativa Cultural Grupo de Música Tradicional Portuguesa Arco do Bojo. No ano seguinte, o grupo grava o se-gundo CD, intitulado “C’antigas”, fru-to de recolhas efetuadas em diversos cancioneiros populares portugueses. Em 2006, surge o terceiro disco, “Re-trato(s)”, com a particularidade da capa e interiores serem ilustrados com fotos dos elementos do grupo em tra-jes do século XVIII. O quarto disco, intitulado “Baile (En)cantado”, surge em 2013. No trabalho são utilizados instrumentos tradicionais como sintetizadores e guitarras elétri-cas, embora as músicas continuem a ser fruto de arranjos baseados na re-colha de exemplos do cancioneiro po-pular português.

ter alguma visibilidade na imprensa regio-nal e local. Os convites surgiram natural-mente e conseguimos impor-nos no pano-rama nacional.

Na altura existiam mais convites para atuarem?

PA – Nos anos 90 existiam alguns grupos de música tradicional portuguesa que já estavam implementados como, por exemplo, o Grupo Cantares do Minho. Entretanto, com o avolumar de concertos também começamos a ter necessidade de cobrar cachê para comprarmos instru-mentos e material para os nossos concer-tos.

O primeiro CD do grupo surge em 1997. É uma data importante para a banda?

PA – Logicamente. Foi com o nosso primeiro CD que dissemos “presente” à música tradicional portuguesa. Neste mo-mento já temos quatro cd’s editados mas o primeiro é sempre especial.

O grupo soube sempre gerir a entrada e saída de músicos ou chegou a causar problemas?

PA – Não. As entradas e saídas foram sempre pacíficas e ainda hoje damo-nos todos bem.

Quantos músicos passaram pelo grupo?PA – Seguramente cerca de 30 pessoas.

É fácil recrutar novos músicos?PA – Tentamos sempre que sejam pes-

soas conhecidas. Temos agora um jovem de 15 anos a tocar connosco, mas é cada vez mais difícil recrutar novos músicos de música tradicional portuguesa.

O estúdio da banda foi sempre em sua casa?

PA – Começou por ser em casa da mi-nha mãe e depois passou a ser na minha.

É lá que ensaiamos e onde guardamos os nossos instrumentos e materiais.

A Junta de Baguim do Monte anunciou o projeto de criar uma Academia das Coletividades na freguesia, onde ficaria sediado o Arco do Bojo. Esta iniciativa está confirmada?

PA – Sinceramente, não sei. Ouço falar em muita coisa mas não sei como está esse processo. Entretanto, em 1999, o grupo constituiu-se como Cooperativa Cultural e, nesse âmbito, também desenvolvemos outras atividades, nomeadamente o Con-curso Gastronómico Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte, entre outras iniciativas. Seria positivo para nós termos essa sede na Escola Básica de Ba-guim do Monte.

Para festejar este 25-º aniversário o gru-po vai dar um concerto especial no dia 24 de abril, no Auditório Municipal de Gondomar...

PA – Vai ser um momento importan-te da nossa história. Vamos tocar cerca de 20 músicas e vamos reunir músicos que já passaram pelos Arco do Bojo. Além da parte musical vai servir para reencontrar-mos amigos do nosso passado.

Como estão a decorrer os ensaios?PA – Estamos a afinar pormenores mas

posso dizer que estão a correr muito bem.

Na sua opinião, ao longo destes 25 anos foi sempre reconhecido pelos gondoma-renses e pelas instituições e associações do concelho?

PA – Julgo que sim. As autarquias têm sido o nosso maior apoio, além das comis-sões de festas.

Na música, 25 anos passam depressa?PA – Vinte e cinco anos passam muito

depressa [risos]. ■

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> Concerto em Custóias, no ano passado

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Sociedade

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POSTO DE VIGIAManuel TeixeiraJornalista e Professor Universitário

Orçamento de Costarompe pelas costuras

1 – Ainda o Orçamento do Estado não tinha completado um mês sobre a sua entrada em vigor já se levantava um coro de vozes vatici-nando a sua inexequibilidade, por se considerar que as projeções eco-nómicas em que ele se baseia não eram realistas. Mas à medida que o tempo vai passando, as vozes críticas têm vindo a aumentar, consti-tuindo hoje uma sirene de alarme que poucos ousam contrariar.

A nível interno, quer o Banco de Portugal quer o Conselho de Fi-nanças Públicas foram inequívocos ao considerar que as metas previs-tas no orçamento para o corrente ano eram excessivamente otimistas. No dizer destas entidades, nem o crescimento económico, nem a recei-ta pública atingirão os valores previstos. De todo o modo, o Governo teima em reafirmar a sua fé naqueles indicadores macroeconómicos.

2 – É claro que não basta o otimismo governamental para alterar a realidade. E num curto espaço de tempo, quer o FMI - Fundo Mone-tário Internacional, quer a Comissão Europeia, secundada pelo Banco Central Europeu, vieram rever em baixa as perspetivas de crescimento da economia mundial e europeia, respetivamente, fazendo soar entre nós as campainhas de alarme. Hoje, só os lunáticos ousam contrariar as previsões dos mais credenciados analistas internos e externos.

Há mesmo quem diga que o próprio Ministro das Finanças já reco-nhece, em circuitos reservados, que vai ser necessário rever em baixa as metas orçamentais, e adotar medidas extraordinárias. Que é como quem diz, vêm aí novos cortes, novos aumentos de impostos, ou as duas coisas ao mesmo tempo. Ou seja, a fatura das promessas eleitorais do PS vai chegar mais cedo do que o esperado inicialmente.

3 – Paralelamente, começa a ser anunciada uma tempestade sem retorno no sistema bancário nacional. Para muitos, a rendição dos bancos portugueses passará pelo domínio absoluto dos grandes gru-pos financeiros internacionais, com especial destaque para os nossos vizinhos espanhóis. Para outros, o Estado não terá como escapar a uma intervenção de nacionalizações controladas e temporárias de al-guns dos nossos bancos.

Tudo isto são profecias demasiado duras para que António Cos-ta possa dormir descansado. E o desassossego será tanto mais penoso quanto se sabe que a maioria de esquerda já fez saber que não está dis-ponível para subscrever novas faturas que penalizem os portugueses em geral, e os contribuintes em especial. Caso para dizer que António Costa precisa de muita luz para encontrar saídas limpas para tanto ne-grume. E será que a sua equipa está em condições de lhe iluminar o caminho? ■

De 23 de março a 10 de abril a Co-missão Social de Freguesia da Junta de Rio Tinto promoveu o “Rio Tinto Saudável”, um conjunto de iniciati-vas que visam a promoção da saúde e bem-estar na freguesia.

Milhares de pessoas encheram as ruas de Rio Tinto a 25 de março, Sexta-fei-ra Santa, para assistirem à passagem da procissão do Enterro do Senhor.

A Junta de Freguesia de Rio Tinto, através da Co-missão Social de Freguesia, voltou a realizar a feira de saúde “Rio Tinto Saudável”. O evento ganhou uma se-mana extra e, segundo Nuno Fonseca, presidente da autarquia riotintense, “veio para ficar”.

Como manda a tradição, a procissão alusiva ao Enterro do Senhor voltou a realizar-se na Sexta-feira Santa. A manifestação religiosa procura recordar o cortejo fúnebre de Jesus Cristo, segundo a fé cató-lica. O cortejo, organizado pela Comissão das Sole-nidades da Semana Santa da Paróquia de Rio Tinto, teve início ao final da tarde e contou com a presença de várias individualidades do concelho e milhares de pessoas.

Segundo a agência Ecclesia, “as procissões do Enterro do Senhor estabeleceram-se em Portu-gal por devoção dos fiéis, nos finais do século XV e princípios do século XVI, vindas de Jerusalém”. “Esta procissão começou por ser feita com o Santís-simo Sacramento: uma das hóstias consagradas na missa solene de Quinta-feira Santa era encerrada

Rio Tinto Saudável: iniciativas promoveram saúde e bem-estar

Enterro do Senhor trouxe milhares a Rio Tinto

Entre 23 de março e 10 de abril, foram várias as ini-ciativas realizadas no âmbito do “Rio Tinto Saudável”. Entre palestras, conferências, aulas de zumba, yoga, boccia e kin ball, visitas e uma caminhada, a adesão foi considerada “muito positiva”.

No dia 10 de abril realizou-se a caminhada solidária pela Liga Portuguesa contra o Cancro (LPCC), evento que encerrou o “Rio Tinto Saudável”. O percurso de cinco quilómetros foi percorrido por dezenas de cami-nhantes que se juntaram para apoiar a causa da LPCC.

O “Rio Tinto Saudável” conta com 15 entidades parceiras envolvidas na organização das atividades programadas. ■

numa urna, sendo conduzida sob o pálio para um ‘túmulo’”, refere a agência de notícias da Igreja Ca-tólica em Portugal. “Após o Concílio de Trento, esta procissão seria proibida fora das igrejas, o que fez surgir um novo modo de a realizar, com a substi-tuição do Santíssimo Sacramento pela imagem do Senhor Morto”. ■

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O ex-guarda-redes internacio-nal Vítor Baía visitou a 24 de março a sala de estudo Letras Urbanas, em Baguim do Monte, para entregar o diploma de con-tribuição para o projeto “Um Lugar para o Joãozinho”.

No dia 17 de abril realizou-se a 9ª Caminhada pelo Rio Tinto, organizada pelo Movimento em Defesa do Rio Tinto (MOVE). A iniciativa contou com a adesão de centenas de pessoas.

A 4ª edição do “É preciso ter lata” angariou um total de 29 toneladas de alimentos, alcan-çando mais três toneladas do que no ano anterior.

No dia 23 de abril, a linha La-ranja (F) estará interrompida entre as estações de Fânzeres e Levada, devido a uma inter-venção técnica na rede.

“Fizeram um excelente trabalho e por isso viemos trazer-vos este diploma. Es-tamos muito gratos pelo vosso apoio”. Foi desta forma que Vítor Baía, ex-guarda-redes agradeceu o contributo de 1550 euros da co-munidade da sala de estudo Letras Urbanas, sediada em Baguim do Monte.

Dos mais novos aos mais crescidos, os alunos da sala de estudo juntaram-se para saudar a visita do antigo internacional por-tuguês, embaixador do projeto “Um Lugar para o Joãozinho”. A iniciativa luta pela construção do novo hospital pediátrico do Hospital São João e conta com o apoio de várias instituições, mecenas, associações, comunidades locais e individuais.

Para Helena Guerra, proprietária da sala de estudo baguinense, o diploma de partici-

Cidadãos de todas as idades uniram-se para percorrer as margens do rio Tinto num percurso traçado entre a cidade a que dá nome e a zona de Pêgo Negro, no Porto.

À semelhança do que já vem sendo hábi-to, a caminhada do MOVE foi um momento de comemoração do rio e das suas tradições. Os caminhantes tiveram a oportunidade de recordar, ficar a conhecer as potencialida-des ecológicas do rio Tinto e o que resta do

Numa causa contra a fome, a iniciativa “É Preciso ter lata”, obteve 117.655 latas de conserva, num total de 43 esculturas, 350 participantes, 50 voluntários e 2000 visitan-tes, conseguindo dar apoio a 91 instituições de solidariedade e projetos comunitários.

Este ano, Gondomar recebeu, nos dias 29 e 30 de março, a 4ª edição do concurso, que trouxe 37 escolas de todo o país. No dia 1 de abril, o Multiusos de Gondomar abriu as portas ao público para a exposição. O concurso premiou sete agrupamentos nos seguintes critérios: Favorita do júri: Agrupa-mento de Escolas D. Pedro I (Canidelo); Fa-vorita do público: Agrupamento de Escolas Júlio Dinis (Gondomar); Melhor estrutura: Agrupamento de Escolas Leonardo Coim-bra Filho (Porto); Melhor uso de rótulos: Escola Secundária de São Pedro da Cova; Escultura com mais lata(s): Agrupamento de Escolas Gonçalo Mendes da Maia (Maia); Menção honrosa: Agrupamento de Escolas de Eiriz (Paços de Ferreira) e Melhor refei-

O período de condicionamento será en-tre as 6h e a 1h da manhã, mas haverá ou-tras opções para os afetados, no entanto, a circulação do Metro nesta linha decorrerá normalmente entre as estações da Senhora da Hora e Levada.

“De forma a assegurar alternativas, a STCP irá disponibilizar autocarros para os passageiros com título Andante válido para as zonas em questão”, garante a Metro do

Vítor Baía agradeceu apoio da sala de estudoLetras Urbanas

Centenas de pessoas participaram na 9ª Caminhada pelo Rio Tinto

“É preciso ter lata” bate recorde em Gondomar

Linha de Fânzeres interrompida a 23 de abril

pação nesta iniciativa é motivo de orgulho pelo trabalho desenvolvido pelos alunos. “Revertemos para esta causa com cerca de 1500 euros. A verba foi angariada através da venda de calendários feitos pelos nossos alunos. Cada calendário custou três euros”, refere a responsável.

Sílvia Marques, da Associação “Um Lu-gar para o Joãozinho” valorizou a iniciativa e considerou todos os apoios para a causa “de extrema importância”. ■

património arquitetónico associado ao rio, através do investigador e coordenador na-cional do Projecto Rios, Pedro Teiga.

Segundo o MOVE, “com esta caminha-da, fica mais uma vez demonstrado que o rio Tinto tem potencial ecológico e humano. A população já as (re)conhece e reclama o rio para si”, alerta o Movimento.

A entidade responsável pela organiza-ção da Caminhada pelo Rio Tinto continua, contudo, a reclamar a preservação do curso de água por “um caminho linear e transpa-rente em prol de um rio despoluído, renatu-ralizado, com áreas verdes envolventes, am-plas e que permitam espraiar as suas águas e o acesso da população à vida que se pretende que o rio tenha”.

Recorde-se que o MOVE completa este ano o seu 10.º aniversário. ■

ção: Agrupamento de Escolas Sá de Miranda (Braga).

Segundo Dénis Conceição, presidente da Associação “É Preciso ter Lata! – Cans-truction Portugal”, a edição presente em Gondomar foi histórica. “Nunca estivemos num espaço tão bom como este e não ve-mos outro melhor do que este. Além disso, tivemos um excelente acompanhamento da autarquia que mostrou grande capacidade de resolver problemas. Temos uma série de escolas de Gondomar que responderam ao nosso desafio. Estamos num momento feliz do nosso projeto. Fomos muito bem recebi-dos”, afirmou o organizador.

Apesar da vontade de manter o espírito itinerante do projeto, Dénis Conceição aca-bou por afirmar que não podem dizer que não a um regresso a Gondomar. ■

Porto em comunicado. No que diz respeito aos horários dispo-

níveis, os autocarros irão circular nas mes-mas horas do metro e existirá paragens em todas as estações de metro comprometidas: Rio Tinto, Campainha, Baguim, Carreira e Venda Nova. Porém, a estação de Levada continuará a funcionar na normalidade para os passageiros que desejem viajar na direção contrária a Fânzeres, ou seja, rumo ao Por-to. Assim, a STCP conseguirá contornar as eventuais dificuldades causadas pela inter-venção.

“A Metro do Porto garante, desta forma, que o corte da linha Laranja entre Fânzeres e Levada não afetará a rotina de viagens dos clientes da empresa”, conclui a empresa. ■

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Centro Social de Soutelo organiza2ª Run SocialO Centro Social de Soutelo (CSS), em parceria com os projetos associados e a Run River – Escola de Atletismo de Rio Tinto, organiza a 21 de maio a 2ª Run Social. A cor-rida terá um percurso de 10 quilómetros.

Estão abertas as inscrições para a 2ª Run Social. A prova visa estimular a prá-tica desportiva saudável e aproximar as instituições à comunidade, potenciando a entreajuda e solidariedade. Este ano, por cada inscrição, dois euros revertem a fa-vor da construção do Centro Geriátrico do CSS.

A 2ª Run Social terá uma corrida (10 quilómetros), caminhada (5 quilómetros) e uma Run Kids (milha e meia milha), com partida e chegada junto ao estádio do SC de Rio Tinto. Podem participar atletas de todos os âmbitos desportivos, em repre-sentação de clubes, instituições, empresas,

Entrega dos kits e valor das inscrições:

O preço das inscrições varia entre os cinco e oito euros. A Run Kids está mar-cada para as 11h e a corrida e caminha-da têm partida às 17h. O levantamento dos kits da prova será realizado na fun-zone, junto ao estádio do SC Rio Tinto, das 9h às 16h.

famílias e individuais.“A Run Social é uma iniciativa que veio

para ficar. Este ano contamos superar o número de inscritos da primeira edição [500 inscritos]”, afirma Tiago Silva, mem-bro da organização.

As principais novidades da 2ª edição prendem-se com a logística da prova, gra-ças ao apoio do SC Rio Tinto. O clube ce-

deu os balneários para os banhos após o decorrer da prova. Estão também previs-tos vários momentos de animação na zona de partida.

O percurso da prova será percorrido junto à linha do metro de Fânzeres, desde o estádio do Sport até à Cidade Jovem.

André Pereira, atleta do SL Benfica será o padrinho da 2ª Run Social.

A corrida é organizada pelo CSS, a As-sociação Juvenil Relata Talentos e a Run River – Escola de Atletismo de Rio Tinto.

As inscrições para a prova estão dis-poníveis na página http://www.runsocial.admeus.net/. ■

> A 1ª edição realizou-se junto ao Centro Social de Soutelo

> Animação desportiva e muitas surpresas

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Sociedade

No passado dia 9, a EscolaSecundária de Gondomar (ESG) dinamizou mais uma atividade relacionada como centésimo aniversário daescola: o Dia Aberto.

Matos Fernandes, ministro do Ambiente, integrou a sessão de abertura do II Encontro de Educação Ambiental a 8 de abril, na Sala D’Ouro do Mul-tiusos de Gondomar.Ao contrário do que é comum, a ESG

abriu as suas portas num sábado, para re-ceber alunos, encarregados de educação e toda a comunidade interessada. Para dar dinamismo a este dia, realizaram-se diver-sas iniciativas, com o apoio de entidades de referência. Na área do ensino, estiveram representadas instituições ligadas ao ensino superior como a Universidade Fernando Pessoa, Portucalense e o Instituto Universi-tário da Maia (ISMAI). No que diz respeito à saúde, esteve presente o Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa que pas-sou o dia a fazer rastreios gratuitos. O Ins-tituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e o CINDOR também marcaram presença.

Ao Vivacidade, Lília Silva, diretora da Escola Secundária de Gondomar, desven-dou o motivo do evento. “O Dia Aberto foi uma iniciativa que surgiu integrada nos

Cerca de 180 professores do ensino básico e secundário, técnicos da Adminis-tração Pública e empresários participaram no II Encontro de Educação Ambiental. O evento regressou à Sala D’Ouro do Mul-tiusos de Gondomar e teve como temas centrais a economia circular, o desperdício alimentar e as propostas de ensino das alte-rações climáticas.

Matos Fernandes, ministro do Ambien-te, foi o convidado de honra do evento or-ganizado pela Câmara Municipal de Gon-domar, Centro de Formação Júlio Resende, Lipor, Direção-geral dos Estabelecimentos Escolares, Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto e Escola Profissional do Instituto Nun’Álvares.

ESG de portas abertasà comunidade

Ministro do Ambiente inaugurou II Encontro de Educação Ambiental

100 anos da escola. Desta forma, tivemos o cuidado de ter dois espaços representativos das artes e ofícios do concelho de Gondo-mar, que também começaram na escola: o ouro, onde tivemos o CINDOR, e o nosso curso de restauro. Neste último tivemos uma banca com alunos do curso vocacio-nal que fizeram uma mostra daquilo que é o restauro, para fazer recrudescer a talha, que é uma arte do concelho”, explicou a di-retora.

O Dia Aberto foi considerado “um su-cesso” e conseguiu atrair centenas de pes-soas que se mostraram interessadas na ini-ciativa. Segundo Lília Silva, “a atividade foi uma aposta ganha e tem tudo para ter mais edições”. ■

“O evento tem todas as condições para continuar em Gondomar”

Ao Vivacidade, José Fernando Moreira, vereador do Ambiente da Câmara Munici-pal de Gondomar, mostra-se satisfeito pela adesão ao Encontro de Educação Ambien-tal. “A articulação entre os técnicos, os ora-dores e os professores foi muito positiva. Julgo que o evento tem todas as condições para continuar em Gondomar. O principal objetivo é dedicar esta formação a profes-sores vocacionados para a área ambiental, com workshops que contam para a pro-gressão na carreira dos docentes”, conclui o autarca. ■

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O restaurante Basho Sushi House, projetado pelos arqui-tetos Paulo Merlini e André Santos, foi finalista dos pré-mios Architizer A+, em duas categorias.

O “Oporto Tattoo Expo” re-gressou ao Multiusos de Gon-domar entre os dias 8 e 10 de abril. Pela convenção passa-ram 10 mil aficionados da ta-tuagem.

O projeto da Basho Sushi House foi es-colhido entre candidaturas de todo o mundo para os prémios da plataforma norte-ame-ricana online Architizer A+, nas categorias “the Architizer A+ Júri” e “Architizer A+ Po-pular Choice”. Paulo Merlini e André Santos são os arquitetos responsáveis pelo projeto

Tatuadores e tatuados juntaram-se em Gondomar na 2ª edição da convenção “Oporto Tattoo Expo”. Durante três dias o Multiusos de Gondomar foi local de para-gem obrigatória para os amantes da arte da tatuagem. No total passaram pela nave central do pavilhão gondomarense cerca de 250 tatuadores que representaram 20 paí-ses.

“Este ano, tivemos todos os continentes representados, com participantes da África do Sul, Indonésia, Estados Unidos, Rússia, Brasil, Cuba, entre outros. Portugal é o país mais representado”, disse Ilídio Moreira, organizador do evento, ao nosso jornal.

O “Oporto Tattoo Expo” aumentou o número de stands para 123, “a lotação má-xima do Multiusos”, adiantou Ilídio Morei-ra. O responsável pela convenção mostrou-

Oporto Tattoo: convenção juntou 10 mil amantesdas tatuagens

Prémios de arquitetura destacam gondomarenses

do espaço de pequena dimensão (25 metros quadrados), mas com uma forte componente criativa.

A particularidade do restaurante reside na instalação de luz criada pelos 12 mil pau-zinhos, utensílio oriental que cobre o teto da sala de refeições do restaurante.

As votações para o prémio encerraram no dia 1 de abril e os arquitetos não trouxeram o galardão para Gondomar, contudo, esta não é a primeira nomeação para prémios interna-cionais do gabinete Paulo Merlini Arquitec-tos. No ano passado, o atelier foi distinguido com uma menção na BID’14, a bienal Ibero--Americana de Desenho, com o projeto de-senvolvido para a “Gondodoce”. ■

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se satisfeito com o espaço mas não garantiu a continuidade do evento em Gondomar.

Fernando Rocha, humorista, voltou a ser embaixador do evento, desta vez acom-panhado por Pedro Neves, colega de pro-fissão. Parte do valor dos bilhetes reverteu a favor da delegação de Gondomar da Cruz Vermelha Portuguesa. ■

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O Encontro Internacional de Marionetas (EI!) regressa a Gondomar entre 26 e 29 de maio. A segunda edição do evento foca-se no teatro de ma-rionetas no Oriente e nas técni-cas artísticas ancestrais destes povos.

As marionetas vão invadir Gondomar entre os dias 26 e 29 de maio. A 2ª edição do EI!, organizada pela companhia Teatro e Marionetas de Mandrágora e o Município de Gondomar, acolhe companhias inter-nacionais e nacionais, com apresentações de sala e rua, exposições, conversas, feiras, mostras e concertos.

“Este ano vamos dedicar-nos às técni-cas orientais de marionetas. Convidamos a artista japonesa Beniko Tanaka, que uti-liza técnicas modernas e respeita as técni-cas tradicionais do Oriente. Além disso, vamos ter companhias portuguesas e Jordi Bertran, um dos artistas mais conceituados desta arte”, explica Clara Ribeiro, do Teatro e Marionetas de Mandrágora.

A principal novidade reside na mu-dança dos espetáculos do Multiusos para o Auditório Municipal de Gondomar. “É um local central e permite-nos tirar partido do jardim da Biblioteca Municipal para a rea-lização de novas iniciativas. No Multiusos de Gondomar tivemos alguns problemas relacionados com a visibilidade do público”, confessa Clara Ribeiro.

Para Luís Filipe Araújo, vereador da Cultura do Município, o EI! é “uma aposta ganha”. “Na 1ª edição contamos com uma

Encontro Internacional de Marionetas realiza-se de 26 a 29 de maio

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grande adesão durante todo o evento e ti-vemos espetáculos de elevada qualidade. A ideia que temos é manter a qualidade dos espetáculos e alargar a oferta”, refere o au-tarca.

Ao Vivacidade, Luís Filipe Araújo des-taca ainda o “trabalho meritório” do Teatro e Marionetas de Mandrágora, companhia que, no entender do vice-presidente da au-tarquia, “transporta o nome de Gondomar pelas melhores razões”.

As apresentações dividem-se entre Gondomar (São Cosme), Valbom e Rio Tinto, contudo, a organização confessa ao nosso jornal a ambição de “fazer chegar o EI! a todas as freguesias do concelho”.

Centro Cultural de Rio Tintoacolhe Marionetas de Mandrágora

Ao Vivacidade, Luís Filipe Araújo ga-rantiu a mudança da companhia de Teatro e Marionetas de Mandrágora para o Centro Cultural de Rio Tinto. “Está pensada a inte-gração da associação no Condomínio das Artes. Julgo que a situação ficará resolvida até ao verão”, conclui. ■

Destaques do EI! 2016:

26 de maio“Antologia”, Companhia Jordi Bertran (Espanha) 27 de maio“Claralua”, Beniko Tanaka (Japão)28 de maio“Convrsa ‘Marionetas no Oriente’”, Elisa Vilaça (Macau)29 de maio“Benilde Bzzzoira”, Teatro e Mario-netas de Mandrágora

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Sociedade

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A Câmara de Gondomar e a organização Miss Portuguesa continuam à procura de candi-datas ao título Miss Gondomar. O prazo de entrega de candida-turas encerra a 30 de abril.

A XI Feira de Saúde de Baguim do Monte encerrou a 18 de mar-ço com a presença da secretária de Estado da Inclusão das Pes-soas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.

As candidatas a Miss Gondomar, com idades entre os 17 e os 35 anos, continuam a ter a possibilidade de inscrever-se no concurso que vai eleger a representante do concelho na final do concurso Miss Portu-guesa, entidade que dá seguimento ao anti-go título Miss Portugal e elege as represen-tantes portuguesas aos principais certames de beleza mundiais.

O prazo de entrega de candidaturas termina no final deste mês e obedece a vá-rios requisitos como, por exemplo: ter uma altura mínima de 1,68m, ser simpática e cooperativa, ter sentido de responsabilida-de e elevado grau de profissionalismo, ter

A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência marcou presença no encerramento da XI Feira de Saúde de Baguim do Monte e apadrinhou a contra-tação da quarta funcionária da autarquia, uma telefonista cega.

A última iniciativa da XI Feira de Saúde lotou o salão nobre da Junta de Freguesia que teve casa cheia para assistir ao seminá-rio “Integração profissional da pessoa com deficiência”, causa praticada pela Junta que conta com 11 funcionários que têm defi-ciências físicas e mentais. Quatro dos quais têm já contratos laborais estáveis. Os res-tantes estão a fazer estágios remunerados

Miss Gondomar: candidaturas encerram no final de abril

Secretária de Estado encerrou XI Feira de Saúde de Baguim

disponibilidade para as obrigações ineren-tes ao concurso, ser solteira, não ter filhos e não estar grávida, entre outras exigências do regulamento estipuladas no regulamen-to do concurso.

Ao Vivacidade, Carlos Brás, vereador da Câmara Municipal de Gondomar, mos-tra-se satisfeito com a promoção desta ini-ciativa. “Achamos que fazia todo o sentido revitalizar este concurso e que permitiria criarmos uma oportunidade para as jovens gondomarenses”.

Contudo, o autarca alerta as candidatas para a responsabilidade inerente ao estatu-to de Miss Gondomar. “Este concurso não é uma brincadeira, é um assunto muito sério porque as candidatas assumem o compro-misso de estar disponíveis para promover a imagem do Município sempre que for necessário. Além disso, têm que contribuir para a rede social e ajudar pessoas ou famí-lias mais carenciadas”, conclui Carlos Brás.

A Miss Gondomar será eleita a 29 de maio na Expo Gondomar. ■

ou inseridos em programas ocupacionais.A conferência de encerramento contou

com a presença de Carla Vale, diretora do Centro de Emprego de Gondomar, Veró-nica Vieira, da Associação Nuno Silveira e Ana Alves, do Centro de Reabilitação Pro-fissional de Gaia.

A Câmara Municipal de Gondomar, o Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) de Gondomar e o Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 3 fizeram-se repre-sentar na iniciativa destinada aos técnicos de instituições locais. ■

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A empresa Águas de Gondo-mar (AdG) realizou um estu-do de mercado que avalia de forma positiva o grau de satis-fação dos clientes no que diz respeito à qualidade dos ser-viços prestados.

Um estudo de mercado realizado por uma empresa independente especializada, durante o mês de dezembro de 2015, jun-to de clientes domésticos e não-domésticos concluiu resultados “globalmente muito positivos” sobre a qualidade dos serviços prestados pela AdG. As conclusões deste estudo foram resultantes das respostas de cerca de 400 clientes, com entrevistas pre-senciais e telefónicas.

Dos resultados obtidos, conclui-se que cerca de 70% dos inquiridos considera sa-tisfatória a muito satisfatória a qualidade da água. Contudo, apenas 53% bebe água da torneira, uma realidade à qual a AdG “está atenta e em relação à qual tem atuado atra-vés de campanhas de sensibilização para o consumo da água da torneira, cuja qualida-de da água ronda os 99,96%”.

Para Jaime Martins, diretor-geral da AdG, “a água que é distribuída na rede pú-blica é de qualidade e garante uma eleva-

Gondomarenses elogiam qualidade da água da rede pública

da segurança em termos sanitários, como comprovam as centenas de análises que to-dos os anos são efetuadas em laboratórios devidamente acreditados, cujos resultados são controlados pelas autoridades compe-tentes”, frisa o responsável.

Oitenta por cento dos clientes domés-ticos revelam estar muito satisfeitos com o atendimento presencial e telefónico assim como com a identificação e simpatia dos colaboradores, o que se traduz em elevados níveis de satisfação no que à eficácia do ser-viço prestado diz respeito.

Já no que diz respeito à fatura, 60% dos clientes manifestam uma opinião positiva.

“As respostas resultaram num grau de satisfação bastante satisfatório, o que per-mite concluir que estamos a seguir uma es-tratégia adequada, orientada para o cliente, numa clara aposta na segurança, na quali-dade do serviço e na confiança”, conclui o diretor-geral da AdG. ■

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17VIVACIDADE ABRIL 2016

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A Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima vai visitar Gondomar entre os dias 26 e 27 de abril. A solene procissão de velas está marcada para as 21h do dia 26.

No dia 2 de abril, a Igreja Ma-triz de Rio Tinto recebeu o tra-dicional “Concerto de Páscoa”.

Imagem Peregrina de Fátima visita Gondomar

Concerto de Páscoa na Igreja de Rio Tinto

A Vigararia de Gondomar vai receber a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de

Fátima. No dia 26 de abril, pelas 11h30, está pre-vista a chegada da Ima-gem Peregrina à Igreja de Baguim do Monte e a respetiva celebra-ção de acolhimento.

Pelas 13h a Imagem partirá em

cor te jo solene para a Igreja Jubi-l a r Vi-

A Igreja Matriz de Rio Tinto recebeu três grupos musicais, que transmitiram um clima de harmonia e conciliação, espelhan-do a realidade da Páscoa.

O concerto começou com a atuação do Coral Juvenil do Orfeão de Rio Tinto, di-rigido pela maestrina Andreia Lopes, que tocou temas como “Pie Jesus”, “Halelluja” e “Amém”. De seguida decorreu a participa-

carial de S. Cosme. Durante o dia está pre-vista a deslocação para o Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa. À noite, pe-las 21h, realiza-se a solene procissão de ve-las pelas ruas da cidade de Gondomar, com partida da Igreja Jubilar e passagem pelos Bombeiros e Câmara Municipal.

A procissão, ponto alto das solenidades, termina no local de partida com a oferta das flores feitas pelas crianças e adolescentes da catequese da Vigararia e respetivos familia-res.

No dia 27 de abril, durante a manhã, rea-liza-se a despedida da Imagem que partirá para o Quartel do Carmo, no Porto, acom-panhada por um cortejo automóvel.

A iniciativa está inserida no Ano Santo da Misericórdia. O Jubileu Extraordinário foi convocado pelo papa Francisco e termi-na no dia 20 de novembro. “Os anos santos são uma tradição do povo de Deus no Anti-go e no Novo Testamento. Servem para co-memorar a morte e ressurreição do senhor e existem anos santos extraordinários, como é o caso deste. Este Ano Santo é, no entender do papa Francisco, uma oportunidade para redescobrirmos o rosto misericordioso de Deus e esse rosto é Jesus”, esclarece o padre Alípio Barbosa. ■

ção da Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, sob orientação do maestro Hélder Magalhães, que deliciou os ouvintes com as músicas “Pleiades”, “Paseo” e “Music for Play”. Para finalizar a noite de Páscoa, atuou o Orfeão de Rio Tinto e Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins. Este grupo, que foi novamente dirigido pelo maestro Hélder Magalhães, demarcou-se ao tocar a “Gloria” de Vivaldi, obra seguida de vários números. Assim sendo, a Igreja Matriz de Rio Tinto conseguiu estimular a comunidade para o espírito pascal com este evento. ■

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São gondomarenses e génios da ma-temática. Une-os a ambição de enveredar por uma profissão ligada à matemática e, a comprovar pelos resultados obtidos na mais recente edição da OPM, estão no bom caminho.

Luís Rocha frequenta o 7.º ano da Es-cola Básica e Secundária de Rio Tinto. Venceu a medalha de ouro na categoria j ú n i o r (6.º e 7.º anos) da

prova, naquela que foi a sua

segunda parti-cipação. “Par-ticipei com a ambição de ganhar uma meda-lha e apesar

de achar que era possível

acabei por ser sur-

Sociedade

APPC levou exemplo(s) a Lisboa

Ases da matemática: Alberto Pachecoe Luís Rocha arrecadaram ouronas Olimpíadas nacionais

A Associação do Porto de Para-lisia Cerebral (APPC) partici-pou, no dia 31 de março, no 3.º Congresso Nacional da Forma-ção Profissional.

Alberto Pacheco, 17 anos, e Luís Rocha, 12 anos, conquis-taram as medalhas de ouro nas respetivas categorias na última edição das Olimpíadas Portuguesas de Matemática (OPM).

A iniciativa, que visou dinamizar o setor da formação profissional, designou-se “Pen-sar a Formação” e assumiu como objetivo a partilha de experiências e conhecimentos dos especialistas da área da formação profis-sional em Portugal.

Entidades como a APPC, Universidade

de Aveiro, Microsoft, Jerónimo Martins, en-tre outras, partilharam o palco do auditório do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) para apresentarem os modelos de formação

das suas organizações.Os cerca de 500 congressistas foram

participantes ativos na reflexão sobre as po-tencialidades das práticas de formação com

vista à integração e renovação das compe-tências em contexto de trabalho.

Marlene Fonseca, gestora da formação da APPC, participou como oradora no pai-nel “Capacitação e Inclusão Social: Boas Prá-ticas em contexto de trabalho”, apresentando o modelo “Prática em Contexto de Trabalho dos Cursos Profissionais de Formação Ini-cial”. As questões levantadas por Marlene Fonseca serviram de ponto de partida para a moderação de João Carlos Dias – que, após a discussão, encerrou o painel reconhecendo que “muito se tem feito, mas com toda a cer-teza ainda há muito para fazer”. ■

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preendido com a conquista da medalha de ouro. Acho que este prémio pode ser o iní-cio de uma carreira ligada à disciplina de matemática”, afirma o pequeno génio.

Ao Vivacidade, Luís Rocha confessa o desejo de poder vir a trabalhar na NASA e

espera chegar “ainda mais longe” nas pró-ximas categorias das OPM. “No próximo ano, se vencer uma medalha, vou disputar o apuramento para as Olimpíadas Interna-cionais. Acho que com algum trabalho con-sigo chegar lá”, refere o estudante.

Por sua vez, Alberto Pacheco, aluno do 12.º ano do Colégio Paulo VI, arrecadou mais uma medalha de ouro para o seu his-tórico, na categoria B que engloba os alu-nos do ensino secundário. “É divertido sa-ber que consegui destacar-me entre tantos alunos (90) na final da prova. É mais uma conquista pessoal e representa uma valori-zação do meu esforço. Fiquei satisfeito por-que tenho consciência que não podia ter feito melhor”, diz em declarações ao nosso jornal.

No horizonte do aluno está a licenciatu-ra em Matemática Aplicada e Computação no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Contudo, o próximo objetivo “é ir a Hong Kong, em julho, representar Portugal”, as-sume Alberto Pacheco.

O estudante admite treinar para as provas através da resolução de problemas realizados nas edições anteriores e procura melhorar as suas pres- t a -ções, ano após ano.

Alberto Pa-checo foi ho-menageado pelo Colé-gio Paulo VI em de-zembro de 2015. ■

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> Alberto Pacheco, 17 anos > Luís Rocha, 12 anos

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20 VIVACIDADE ABRIL 2016

CulturaPUB

A Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins (OPGB) está a realizar uma tempora-da regular de concertos em Gondomar. Ao Vivacidade, o projeto inserido na Associação Cultural de Plectro e o Municí-pio fazem um balanço positivo da iniciativa.

No dia 8 de maio a OPGB atua no salão paroquial de Jovim. O espetáculo está in-serido na temporada regular de concertos do projeto cultural sediado em Rio Tinto. A iniciativa passou pelo Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende no dia 13 de março e pelo Auditório da Banda Musical de Mel-res no dia 10 de abril.

Ao Vivacidade, António Vieira, diretor artístico da OPGB da Associação Cultu-ral de Plectro, mostra-se satisfeito com a “oportunidade fantástica pela qual ansiava há bastante tempo”. “Sem qualquer tipo de falsas modéstias, todos os nossos concertos têm enorme adesão por parte do público. E esse mesmo público sempre pediu datas e locais fixos no nosso concelho de resi-dência. Podemos ter uma temporada anual planeada, em vez de estarmos sujeitos à sazonalidade de uma agenda, é importan-tíssimo para o crescimento da orquestra e respetivos músicos e ajuda a fidelizar ainda mais o nosso público”, refere o músico.

António Vieira espera “fidelizar os gon-domarenses” para os segundos fim de se-mana de cada mês. “Queremos que esses domingos sejam para ir ouvir a Orquestra”, admite.

Luís Filipe Araújo, vereador da Cultura da Câmara de Gondomar, também con-sidera a temporada regular de concertos

Temporada regular de concertos é “aposta ganha” para o Município

“uma aposta ganha”. Na opinião do autarca, “está cumprido o desejo do Município de ver concretizado um exercício da música, designadamente de plectro, de forma des-centralizada”.

A temporada regular de concertos da OPGB termina a 12 de junho com um es-petáculo realizado no Monte Crasto.

Festival Internacional de Música de Plectro dá continuidade aos concertos

Após a temporada regular de concertos realiza-se o Festival Internacional de Músi-ca de Plectro em Gondomar. O evento está agendado para os dias 8, 9 e 10 de julho. “Está confirmada a Orquestra de Cordas Dedilhadas do Minho e o Duo Chamor-ro-Mateo (Espanha), bem como a própria OPGB que irá atuar no concerto de en-cerramento do festival”, garantiu António Vieira ao nosso jornal. ■

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21VIVACIDADE ABRIL 2016

Cultura

Festival de Teatro de Valbomprolonga-se até maioEstá a decorrer o 32ª Festival de Teatro Amador de Valbom (FETAV), organizado pela Es-cola Dramática e Musical Val-boense (EDMV). António Pe-dro, presidente da direção da EDMV, considera o evento “es-sencial para a coletividade”.

O In Skené – Grupo de Teatro Ama-dor de Gondomar inaugurou a 32ª edição do FETAV no dia 2 de abril. Entretanto, passaram pela sala Gil Vicente da EDMV os Nova Comédia Bracarense (9 de abril) e o Grutaca – Grupo de Teatro Amador Camiliano (16 de abril).

O Festival realiza-se ininterrupta-mente desde 1984 e assume caráter obri-gatório para a atual direção da Escola Dramática. “No dia em que acabar o FE-TAV a Escola fecha as portas. São 32 edi-ções consecutivas e esta iniciativa é obri-gatória para nós”, afirma António Pedro, presidente da coletividade.

Para a presente edição “as expectativas são elevadas”, admite o dirigente. “Esta-

mos condicionados pelos apoios para re-unir outros grupos na programação, mas já temos um festival com tradição e que todos conhecem”, refere António Pedro.

O presidente da direção da EDMV lamenta, contudo, a redução do apoio fi-

nanceiro da Câmara Municipal de Gon-domar. “Em 2015, referente ao FETAV de 2014, recebemos cinco mil euros da autarquia. Este ano vamos receber apenas 1855 euros”, explica ao Vivacidade.

A escassez de apoios e patrocinadores

> Direção da Escola Dramática e Musical Valboense na plateia da Sala Gil Vicente

levou a direção a ponderar a cobrança de “um valor simbólico” pelos espetáculos do FETAV, no entanto, “rapidamente per-cebemos que não seria adequado”, acres-centa António Pedro.

O dirigente assume como objetivo principal para o atual mandato o “sonho de reativar o grupo de teatro da EDMV e chamar mais gente à Escola”, diz o di-rigente depois de queixar-se sobre a “ex-cessiva preocupação da direção anterior com a imagem exterior da associação”.

“Esta direção tem tentado dinamizar a EDMV, mas não é fácil. Os 400 sócios que temos são idosos e temos um número de sócios com menos de 40 anos muito reduzido. Não houve um rejuvenesci-mento dos associados e esta direção está a tentar inverter essa tendência”, conclui António Pedro.

FETAV continua a 7 de maioO próximo espetáculo do FETAV rea-

liza-se no dia 7 de maio. O Grupo Dra-mático e Recreativo de Retorta traz a cena a peça “Mulheres”. O espetáculo tem início às 21h30, na Escola Dramática e Musical Valboense. ■

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Cinco bandas vão unir-se para um concerto de homenagem aos antigos trabalhadores das minas de carvão de São Pedro da Cova. O concerto realiza-se a 23 de abril, junto ao Cavalete do Poço de São Vicente.

O escritor Pedro Chagas Frei-tas realizou a 9 de abril um encontro com leitores na Bi-blioteca de Fânzeres.

Músicos defendem património industrialde São Pedro da Cova

Pedro Chagas Freitas encontrou leitoresna Biblioteca de Fânzeres

Quarenta anos após o encerramento da exploração mineira de carvão em São Pedro da Cova, a memória e o património indus-trial são as marcas históricas deixadas na freguesia. Há cada vez menos mineiros para recordar as histórias e o Cavalete do Poço de São Vicente e o antigo complexo mineiro de São Pedro da Cova, classificados como Mo-numento de Interesse Público, continuam

“Queres Casar Comigo Todos os Dias?”, “Prometo Falhar”, “In Sexus Veri-tas”, “Ou é Tudo ou Não Vale Nada” e “Eu Sou Deus” são algumas das obras do es-critor Pedro Chagas Freitas. O autor con-vidou os leitores a conhecerem melhor os seus livros na Biblioteca de Fânzeres.

O momento de confraternização pro-porcionado pela União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova serviu para as fãs esclarecerem algumas dúvidas e tro-car opiniões com o escritor. Pedro Chagas Freitas prometeu “retirar ideias do encon-tro para escrever novas histórias”.

A iniciativa lotou o espaço fanzerense e foi moderado por Maria José Cardoso, responsável pelas iniciativas culturais do executivo da União de Freguesias.

Escritor tem mais de 20obras publicadas

Pedro Chagas Freitas foi jornalista,

sem um projeto que torne possível a criação de um espaço museológico naquela zona histórica.

Assim, a 23 de abril, pelas 21h30, junto ao Cavalete do Poço de São Vicente, em São Pedro da Cova, cinco bandas de música reú-nem-se para dar um concerto que visa uma homenagem aos antigos trabalhadores das minas de carvão da freguesia, bem como alertar para a necessidade urgente de prote-ger e recuperar o património industrial de São Pedro da Cova.

A iniciativa tem o apoio da Câmara Mu-nicipal de Gondomar e da União de Fregue-sias de Fânzeres e São Pedro da Cova.

Vão atuar as bandas “Os Stukas”, “Do-mingos & Samorais”, “Super Pock”, “Comer Tatu é Bom”, “Sleep Walkers” e está prevista uma atuação final em conjunto. ■

guionista, operário fabril, barman, na-dador salvador, jogador de futebol, entre muitas outras profissões. O autor orienta “desorientadas sessões de escrita criativa” por todo o país. Gosta de gatos, cães e pes-soas. Não gosta de eufemismos e de baca-lhau assado. ■

Foto PSF

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22 VIVACIDADE ABRIL 2016

Cultura

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Luís Aleluia e Noémia Costa inauguramFestival de Teatro de São Pedro da CovaA comédia “Absolutamente Fabulosos”, interpretada por Luís Aleluia, Noémia Costa e Joana Figueira vai abrir o VI Festival de Teatro de São Pe-dro da Cova no dia 7 de maio.

A 6ª edição do Festival de Teatro de São Pedro da Cova já tem cartaz fechado. Os atores Luís Aleluia – reconhecido como “o menino Tonecas” – Noémia Costa e Joana Figueira vão levar à cena, a 7 de maio, a comédia “Absolutamente Fabulosos”, no palco da Cripta da Igreja de São Pedro da Cova. O espetáculo inaugura o conjunto de cinco sessões que se prolongam até ao dia 4 de junho.

“O Festival de Teatro é sempre um mo-mento cultural importante nesta fregue-sia. São cinco sessões de teatro e intensa vida cultural, por isso convido todos a saí-rem de casa e a renunciarem ao sofá”, diz Fernando Rosas, pároco de São Pedro da Cova.

Em 2015, a União de Freguesias de

Cartaz do VI Festival de Teatro de São Pedro da Cova:

7 de maio - “Absolutamente Fabulo-sos”, por Luís Aleluia, Noémia Costa e Joana Figueira;14 de maio – “O Inspector”, pelo Grupo Independente de Gaia;21 de maio – “Falando de Cartos”, pelo Grupo de Teatro Atlantida de Matamá (Espanha);28 de maio – “A Grande Máquina”, pelo Grupo Paroquial de Teatro de São Pedro da Cova/Orfeão de São Pedro da Cova;

Fânzeres e São Pedro da Cova associou-se à organização do evento e deu novo impulso à iniciativa. “Para a União de Freguesias a cultura tem uma primazia no nosso mandato. Entendemos que devemos levar a cultura a toda a população, a preços económicos, e este Fes-

tival enquadra-se nessa estraté-gia”, explica Maria José Cardo-so, secretária do executivo da União de Freguesias.

“No ano passado passaram pelo Festival de Teatro cerca de 300 pessoas por espetáculo e, este ano, há condições para ter-mos mais pessoas porque acres-

> Padre Fernando Rosas e Maria José Cardoso no Salão Paroquialcentamos mais uma data à programação”, admite o padre Fernando Rosas.

Os bilhetes para os espetáculos já es-tão à venda na Junta de Freguesia de São Pedro da Cova e na Paróquia da fregue-sia. Está disponível um passe para as cinco sessões (12 euros). Os bilhete único para o espetáculo inaugural custa cinco euros. A entrada nas restantes sessões fica por três euros. ■

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O que pensam os autarcaslocais sobre o 25 de abril?

José Andrade, PS, União de Fregue-sias de Melres e Medas:

“O 25 de Abril completa-se com uma política de competência e responsabili-zação, nivelando os desempenhos por cima, e criando círculos eleitorais onde imperem os líderes locais de sucesso no trabalho com as suas comunidades, ao contrário dos escolhidos pelos partidos numa lógica meramente monárquica ou senão, desafiem os partidos que clamam a democracia, a listar os nomes dos seus responsáveis desde 1974 e verifiquem quantas vezes se repetiram, se repetem e repetirão nos cargos de responsabilidade. Vivemos num tempo em que a demo-cracia não conseguiu transpor as antigas muralhas de Lisboa e onde os Portugue-ses sentem que, Lisboa está para a Europa como as Freguesias para Lisboa”. ■

Política

O que pensam os autarcaslocais sobre o 25 de abril?

Nuno Coelho, PS, presidente da Jun-ta de Freguesia de Baguim do Monte:

“O 25 de Abril não é, nem nunca será, só uma data histórica ou um feriado. É preciso relembrar o que foi e o que é o 25 de Abril: liberdade que possibilitou o pro-gresso. O reconhecimento do poder local, bem como da importância e autonomia das autarquias, com eleições livres e uni-versais vieram alavancar o envolvimento das populações na política e nas decisões a tomar para o desenvolvimento local das comunidades. Daí até aos dias de hoje, Baguim do Monte experimentou o maior desenvolvimento jamais ocorrido e con-seguiu afirmar-se como uma comunida-de autónoma, com costumes e tradições próprias e capaz de delinear e decidir o seu próprio caminho de desenvolvimento. Se mais não fosse, enquanto baguinenses também devemos isto ao 25 de Abril de 1974 e a todos quantos o concretizaram”. ■

Nuno Fonseca, PS, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto:

“O 25 de abril sempre foi para mim uma data muito significativa e mar-cante. Desde jovem que tenho uma es-treita ligação à Associação 25 de Abril, sendo membro da direção da Delega-ção do Norte. Como cidadão que já nasceu após a Revolução dos Cravos, a data continua a ter para mim uma importância fundamental, até porque a cada dia que passa sentimos que pre-cisamos de aprofundar a democracia e protegê-la para que aos poucos não se vão perdendo as conquistas que fize-mos e que nos distinguem como país e como povo”. ■

Rui Vicente, PS, presidente da Jun-ta de Freguesia da Lomba:

“Não presenciei a revolução mas gostava muito de ter participado no 25 de Abril de 1974. Todos reconhecem, de uma forma ou de outra, que o 25 de Abril representou um salto no desenvol-vimento político-social do país.

Depois do 25 de Abril passou a haver mais partidos políticos, passou a haver liberdade de opinião, deixou de haver a PIDE, a Guerra Colonial acabou, ho-mens e mulheres passaram a ter os mes-mos direitos e muitas mais outras coisas mudaram. Hoje, todos temos acesso à liberdade, à educação, à saúde, à demo-cracia e muito mais, graças à Revolução dos Cravos”. ■

José António Macedo, PSD, União de Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim:

“Falar no 25 de abril de 1974 é lem-brar o direito que conquistámos para diariamente exercermos a democra-cia, para nos expressarmos de forma livre, sem receios e com esperança num futuro melhor. Falar de Abril em 2016 é celebrar não só os 42 anos da Revolução dos Cravos, mas também os 40 anos da Constituição da Repú-blica Portuguesa. São duas datas im-portantíssimas da nossa história e que marcam a conquista e a garantia dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos portugueses. Falar do 25 de abril é, como sempre digo, estar junto das pessoas e com as pessoas!”. ■

Marco Martins, PS, presidente da Câmara Municipal de Gondo-mar:

“O 25 de Abril de 1974 não teve reflexos diretos na minha vida pes-soal porque nem sequer era... nasci-do. Sem brincadeira, o 25 de Abril de 1974 teve reflexos diretos na vida de todos nós, quer naqueles que viveram a revolução, quer naqueles que, como eu, beneficiaram dela. E o maior be-nefício, para mim, é poder responder tão naturalmente quanto me é possí-vel a esta pergunta. Parece que não é nada, mas é imenso”. ■

Isidro Sousa, PS, presidente da União de Freguesias de Foz do Sousa e Covelo:

“Já lá vão 42 anos em que a história do nosso País mudou, numa mudança radical. Éramos um País onde não se podia dizer nada e, felizmente, passa-mos a puder dizer quase tudo, graças aos corajosos militares que estavam ao ser-viço do nosso País, e que tiveram a in-teligência de provocar o derrube de um regime governativo. Hoje vivemos num País onde se respira liberdade, mas de-vemos ter cuidado ao usar esse direito, sem atropelar a liberdade dos outros”. ■

Daniel Vieira, PCP, presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova:

“Abril é liberdade, é transformação, é sonho! Abril é esperança. Esperança na justiça social, no emprego com di-reitos, na saúde e educação públicas de qualidade. Abril é cultura e desporto para todos. É paz! Abril é participação. É o poder local democrático ao servi-ço das populações. E por ser tudo isto, Abril é presente e é futuro! É agora. Que se cumpra Abril. Que se faça um Abril novo.

Em Fânzeres e São Pedro da Cova daremos especial atenção às comemo-rações populares do 25 de Abril, sendo um momento privilegiado de partici-pação e envolvimento do movimento associativo, das escolas e das forças vivas”. ■

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Destaque

Histórias de Abril: em Gondomar há relatosda Revolução dos Cravos por contarO 25 de Abril de 1974 mudou a vida dos portugueses. Trou-xe liberdade, democracia e di-reitos, acabou com um regime ditatorial que vigorava há 41 anos, a Guerra do Ultramar e as prisões políticas. Mudou Portugal. Em Gondomar, ain-da há histórias por contar de quem viu, apoiou e sentiu a Revolução dos Cravos. José Ricardo, Modesto Martins e Luiz Gonzaga fazem parte dessa lista de testemunhas e também eles são homens de Abril.

Texto: Pedro Santos Ferreira

Em abril de 1974, dia 25, pelas 22h55, era transmitida pelos Emissores Associados de Lisboa a primeira senha que colocava em marcha um grupo de militares que se opunham ao regime di-tatorial do Estado Novo. “E depois do Adeus”, do músico Paulo de Carvalho, marcou o início da Revolução dos Cra-vos, “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, confirmou o golpe, Joaquim Furtado leu o primeiro comunicado do

M o v i -

mento das Forças Armadas (MFA) ao país e, ao final do dia, Marcello Caeta-no rendeu-se no Quartel do Carmo, em Lisboa.

Caía a ditadura, levantava-se a liber-dade, festejada pelos portugueses, em Portugal e no mundo.

Hoje, 42 anos após a Revolução, ain-da há relatos por contar do Dia da Li-berdade. Em Gondomar, o Vivacidade descobriu três testemunhas de Abril, três homens que discordaram do regime ditatorial, três vidas que mudaram com o movimento dos Capitães de Abril.

“Havia um sentimento deincerteza no Largo do Carmo porque os militares nãosabiam o que se estava a pas-sar no resto do país”

Onde estava no 25 de Abril de 1974? “Estava lá, no Quartel do Carmo, em Lisboa”, responde José Ricardo. Nascido e criado em Coimbra, o atual coordena-dor-geral do Centro Social de Soutelo recorda o primeiro contacto com a “di-ferença de opinião”. Ainda adolescente viria a deparar-se com um cartaz afixa-do na aldeia onde morava com as fra-ses: “Salazar deve morrer. Não faz falta à Nação!”. “O autor da frase”, conta, “foi preso por ter na sua posse esse panfleto, mas, em sua defesa, disse ao juiz que ti-nha-se esquecido de pontuar o panfleto. Assim sendo, o que o panfleto devia di-zer era: “Salazar deve morrer? Não, faz falta à Nação”. Para um miúdo de oito

anos, como eu, este acontecimento per-mitiu-me perceber que existia a possi-bilidade de discordância e que era pos-sível pensar de outra maneira”, lembra José Ricardo.

Por diversas circunstâncias da vida, mudou-se com a família para a Marinha Grande, Leiria, onde viria a formar-se. Aos 17 anos foi trabalhar para uma fá-

brica de plásti-cos e teve o

pr imeiro contacto com a Ju-

v e n -

tude Operária Católica (JOC), organi-zação que viria a integrar. “As reuniões da JOC partiam sempre da leitura de textos bíblicos. Isso deu-me oportuni-dade de contactar com outros membros que tinham mais experiência e liga-ção à célula nacional da organização, membros com uma maior consciência política e outro tipo de envolvência no próprio movimento. Foi aí que comecei a perceber que podíamos fazer reuniões de outra maneira, com a possibilidade de discutirmos problemas dos jovens operários, que era o nosso caso”, conta José Ricardo.

Mais tarde, em 1970, viria a dedicar-

se à distribuição do jornal “Juventude Operária” nas fábricas locais. A distri-buição valeu-lhe a primeira repreensão do patrão apesar de agir “sempre dentro do limite legal”. Em Portugal acentuava-se a ideia de liberdade, “sobretudo nos jovens”.

A Guerra do Ultramar não passou de uma ameaça e José Ricardo conse-guiu “escapar” à mobilização para as ex-colónias portuguesas. “Era contra a Guerra. O meu pai possibilitou-me a capacidade de dar o salto para França, onde tinha família, mas não o fiz. Pre-feri ir para a tropa, dar o meu melhor e garantir a recruta em Portugal. Aca-bei por ficar nas Caldas da Rainha, mas fiz a especialidade na Póvoa de Varzim. Depois iria regressar a Lisboa, onde fi-quei destacado perto da Direção-Geral da JOC”, diz ao nosso jornal.

“Na JOC tínhamos um grupo exclu-sivo de militares. A saída das Caldas da Rainha foi discutida num seminário, em Coimbra, entre o 16 de março e o 25 de abril de 1974. Sabíamos que algo ia acontecer depois disso, mas não sabía-mos quando. Contudo, decidimos cola-borar com o movimento de oposição”, recorda.

O que estava para acontecer, aconte-ceu, em Lisboa e no resto do país. No dia da Revolução dos Cravos, José Ri-cardo foi acordado pela mulher em so-bressalto: estava a decorrer uma revolu-ção, ouvira na rádio. “Vesti-me, formei um grupo de colegas da JOC e fui para o Largo do Carmo. Lá, havia um senti-

> José Ricardo, 65 anos

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25VIVACIDADE ABRIL 2016

nomeadamente institucionais”, afirma Gonzaga.

Entre 1966 e 1969 foi mobilizado para Moçambique, onde conheceu Sal-gueiro Maia, capitão de Abril. “Quando soube que ele tinha sido um dos princi-pais responsáveis pela Revolução fiquei muito contente. Mais tarde transmi-tiu-me a ideia que não estava satisfeito com a forma como as coisas estavam a

correr durante o PREC e afastou-se do mediatismo por opção própria. Era um homem com capacidade de liderança, bem formado e com uma grande com-ponente social”, recorda Luís Gonzaga.

“Nunca senti a influência da PIDE e nunca fui incomodado, no entanto, sabíamos que durante o Estado Novo mais de duas pessoas era ajuntamento e isso condicionava a nossa liberdade. A Revolução trouxe-nos liberdade e naquele dia nunca mais acabou a festa”, finaliza. ■

Histórias de Abril: em Gondomar há relatosda Revolução dos Cravos por contar

mento de incerteza porque os militares não sabiam o que se pas-sava no resto do país”, co-meça por lembrar.

José Ricardo assistiu às movimen-tações, entradas e saídas do Quartel do Carmo, ao tiroteio ordenado por Sal-gueiro Maia e à saída de Marcello Cae-tano na chaimite, após entregar o poder aos generais Spínola e Costa Gomes.

Ainda hoje, em entrevista, José Ri-cardo emociona-se a recordar o mo-mento histórico, a alegria da popula-ção, o entusiasmo nas ruas, a liberdade. “Sinto que dei a minha pequena con-tribuição para o 25 de Abril, através da JOC. Hoje, 42 anos depois, considero a educação uma das principais conquistas dessa data porque foi graças ao meu pai, que me possibilitou a oportunidade de estudar, que encontrei uma forma de ganhar consciência política”, conclui José Ricardo.

“Fazia-me espécie nãopodermos falar em liberdade”

Modesto Martins estava em Por-

to Alexandre, atualmente designada Tômbua, Angola, no dia 25 de Abril de 1974. Apesar da distância, as notícias da Revolução não tardaram a chegar e também nas ruas de Angola gritou-se liberdade.

Porém, o gondomarense de Melres, hoje com 80 anos, viveu 38 anos em ditadura, situação que não nega, nem esquece. “Vivemos uma ditadura de 40 anos e isso é inegável. A mim fazia-me espécie não podermos falar em liberda-de. Eu era um jovem e não gostava de ser reprimido”, admite Modesto Mar-tins.

Na memória está também um pe-queno contributo para a campanha do General Humberto Delgado durante as eleições presidenciais de 1958. “Eu tinha 21 anos e já podia votar. Passei à porta da sede de candidatura do Gene-ral Humberto Delgado, no Porto, e fui recebido por Mário Cal Brandão. Disse-lhe que em Melres quem mandava era o presidente da Junta e o padre da pa-róquia da freguesia. Ele respondeu-me que precisava de mais moços como eu, deu-me um cartão e enviou-me à pro-cura do Albino Araújo. Foi dessa forma que tive uma procuração passada pelo General Humberto Delgado para ser delegado na mesa de voto no dia das eleições presidenciais”, recorda.

Na década de 60, o gondomarense mudou-se para Angola e foi “à procura de uma vida melhor”. Em Angola acom-panhava as notícias de Portugal, mas só regressaria ao país em 1976, após o

> Modesto Martins, 80 anos

> Luís Gonzaga, 72 anos

25 de Abril. Ao Vivacidade, admite que nunca sentiu consequências da Guerra do Ultramar até “começar a ouvir tiros dos movimentos de libertação angola-na”. No Dia da Liberdade veio para a rua festejar a queda do regime fascista.

A Revolução tornou-o um “retor-nado”, palavra que não gosta de utilizar por ter “uma conotação negativa”. “Aca-bei por deixar tudo em Angola e perdi o que tinha durante o processo de des-colonização. Não choro o que perdi e festejei a Revolução. Era necessário im-por a mudança, apesar de ter provocado algumas injustiças, sobretudo com os portugueses que estavam nas colónias”, afirma a testemunha de Abril.

Ao Vivacidade, Modesto Martins as-sume a data como um “momento mar-cante e inesquecível nas memórias de quem a viveu”.

“Nunca perdoarei à ditadura a ignorância em que me deixou até ao 25 de Abril”

Luiz Gonzaga veio de Bragança para Gondomar. Foi um dos fundadores do Centro Social de Soutelo e tinha 32 anos no 25 de Abril de 1974. “Em Bragança não se falava do Estado Novo nem do Salazar. A política não existia para os jovens de Bragança e era uma realidade muito distante. Nunca perdoarei à dita-dura a ignorância em que me deixou até ao 25 de Abril. Contudo, o meu pai era um homem com intensa atividade as-sociativa e isso deixou-me influências,

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26 VIVACIDADE ABRIL 2016

Política

Francisco Louçã e Marco Martinsdebateram Abril em GramidoContra as “ditaduras financei-ras” da Europa, contra a “erra-da política de refugiados” e, até, contra “uma justiça ‘feita’ nas primeiras páginas dos jornais”, Francisco Louçã foi o convida-do das “Conversas de Abril”, iniciativa promovida pela Câ-mara Municipal de Gondomar.A “Revolução dos Cravos” faz já parte do passado, mas há sempre novas conquistas a atingir, disse Francisco Louçã, defendendo que deveremos ser um país com mais memória...

Francisco Louçã foi o convidado de mais uma “Conversa de Abril”. O conhe-cido político, professor e comentador es-teve na Casa Branca de Gramido naquela que foi a segunda conversa de um ciclo que já se realiza pelo terceiro ano conse-cutivo.

Este ciclo de conferências, promovido pela Câmara de Gondomar, trouxe, na presente edição, os depoimentos e as vi-vências de Joaquim Furtado (4 de abril), Francisco Louçã (11 de abril) e de Fer-nando Alvim (18 de abril).

Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, desta-cou o facto de, com estas “conversas”, se pretender dar a conhecer as opiniões e experiências de várias pessoas, de dife-rentes quadrantes políticos e com distin-ta intervenção cívica. “São conversas que servem para refletir e para se fazer um balanço das conquistas de Abril”, disse Luís Filipe Araújo. Conquistas que, real-çou, “não devem ser esquecidas”.

E precisamente para evitar tal esque-cimento, na “Conversa” de 11 de abril juntaram as opiniões de Francisco Louçã e de Marco Martins, presidente da Câ-mara Municipal de Gondomar – que, em solução de recurso, supriu a ausência da presença anunciada de Pedro Marques Lopes (que faltou por questões pessoais).

Nascido em Lisboa, economista de formação, Francisco Louçã foi deputa-do, elemento ativo do Bloco de Esquerda e é professor de Economia na Universi-dade de Lisboa. Autor de vários livros, a

Texto: Rui Barbosa > Luís Filipe Araújo fez a introdução do debate

> Joaquim Furtado e Luís Filipe Araújo

> Fernado Alvim e Luís Filipe Araújo

sua mais recente (e notória) intervenção pública tem sido feita enquanto comen-tador televisivo. E, mais recentemente, como membro do Conselho de Estado.

Numa palestra que “passeou” por quase todo o mundo – abordando as-suntos tão distintos como a “Revolução dos Cravos”, o “impeachment” no Brasil, a situação dos refugiados, as imposições económicas da Troika ou, até, a Sísifo e a Mitologia Grega –, Francisco Louçã proporcionou uma verdadeira aula de História.

Na Mitologia Grega, Sísifo, pastor de ovelhas, era considerado o mais astucioso entre todos os mortais. Naquelas histó-rias com mais capítulos que qualquer das melhores novelas, Sísifo é “condenado” a empurrar uma pedra até o lugar mais alto da montanha. Só que, previsivelmente, e como castigo por querer enganar os deu-ses (e a morte), a pedra voltava a rolar e regressava à base. E Sísifo, mais uma vez, tinha que repetir a tarefa. Eternamente...

Foi este o mito que Francisco Louçã usou para retratar a situação de Portu-gal. E, em paralelo, considerar que as conquistas de Abril se devem atingir de forma repetida. Com esforço. Tal como aconteceu com Sísifo.

“Para Sísifo o esforço era inútil... Acho que, para nós, não o é. São sempre novas conquistas que se alcançam!”, defendeu Francisco Louçã. “Somos um país com muito passado, mas com pouca memó-ria”, afirmou Francisco Louçã, defenden-do que “o mais interessante do 25 de abril

de 1974 não foi o fim da ditadura mas, antes, a revolução que depois surgiu”. E, como exemplo, referiu a luta democrática que se espalhou por todo o país, passan-do pelas autarquias, escolas e fábricas.

Comparando as dificuldades da de-mocracia a uma “simples” reunião de condóminos, o palestrante disse que “hoje ainda há muitas razões para ha-ver revolta”. Admitindo a possibilidade, genericamente defendida, de Portugal ser “um país de gente pacífica”, Francis-co Louçã deixou, ainda assim, um aviso: “Cuidado com o povo... Já fez uma revo-lução... Pode, até, vir a fazer outra.”

Marco Martins, Presidente da Câmara de Gondomar, não “viveu” a “Revolução dos Cravos”. Assim como Pedro Ferreira, jornalista do “Vivacidade” que moderou o debate. Mas, salientaram os dois, foi essa mudança que permitiu, agora, a rea-lização destas conversas. E a participação de ambos nas mesmas...

“Gostava de ter vivido esses tempos. Não pelos sacrifícios impostos, mas pela vontade que, acredito, teria de lutar e combater contra o que considero in-justo”, disse o presidente da Câmara de Gondomar. Marco Martins acredita que, precisamente pela idade, “cabe aos jovens terem ainda mais responsabilidade em defender e promover os valores do 25 de Abril”.

Dos muitos assuntos em que houve plena acordo entre os dois participantes na conversa, a (quase) única discordância centrou-se no voto. Marco Martins disse

O jornalista Joaquim Furtado e o radialista Fernando Alvim comple-taram o painel de convidados da presente edição das “Conversas de Abril”. O primeiro passou pela Biblioteca Municipal de Gondomar e o segundo esteve no Centro Cul-tural de Rio Tinto.

Joaquim Furtado e Fernan-do Alvim completaram as“Conversas”

que o voto “deveria ser obrigatório”. Fran-cisco Louçã considera que tal opção “não iria resolver os problemas”.

De resto, nas inúmeras questões já no final colocadas pelo público presente, ficaram as críticas de Francisco Louçã à “ditadura financeira” da Europa, à “errada política de refugiados” e, até, à situação da Justiça em Portugal. “Não concordo, de forma alguma, com uma justiça que, por vezes, é ‘feita’ nas primeiras páginas dos jornais”. É que, rematou, “o jornal ‘Correio da Manhã’ não pode ser o Su-premo Tribunal de Justiça de Portugal...”

Nestas “Conversas de Abril” parti-ciparam, já, Otelo Saraiva de Carvalho, Marisa Matias, Gabriela Canavilhas, Ilda Figueiredo, Paulo Ferreira da Cunha, Francisco Assis, Nuno Morais Sarmento, Joana Amaral Dias, Rui Rio e Fernando Gomes. ■

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28 VIVACIDADE ABRIL 2016

Política

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Gondomar, Paredes e Valongo formalizaram Parque das Serras do PortoA escritura de constituição da associação de municípios Par-que das Serras do Porto foi ce-lebrada no dia 18 de abril, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova.

Marco Martins, Celso Ferreira e José Manuel Ribeiro, presidente dos municí-pios de Gondomar, Paredes e Valongo, formalizaram a constituição do Parque das Serras do Porto. O projeto engloba as serras de Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas, numa área de cerca de seis mil hectares e integra uma zona com elevado potencial económico, cultural e ambiental.

Há cerca de dois anos, quando os atuais presidentes de Câmara dos três municípios assumiram o “Pulmão Verde”, a iniciativa teria que ser “mais do que um conjunto de intenções, ou um somatório de vontades”, afirmou o edil gondomarense. “Hoje o que todos nos temos de fazer passar é a marca Porto, Porto como região, como capital de

todo o Norte do país, como destino turís-tico”, afirmou Marco Martins, explicando a abrangência do conceito e do alcance da denominação Parque das Serras do Porto.

O autarca considerou que o futuro do projeto depende do “empenhamento e dedicação de cada um de nós”, referin-do-se aos autarcas, e defendeu a necessi-dade de “passar à ação”, “sem ilusões”. Por fim, Marco Martins recordou ainda que o

projeto Parque das Serras do Porto só terá efeitos práticos “daqui a meio ano”.

José Ribeiro considerou a escritura “um primeiro passo” e recordou a infância “nestas serras”. “Estamos a abrir uma caixa de Pandora que nunca mais ninguém con-seguirá fechar”, garantiu o presidente do Município de Valongo, “porque este passa a ser um dos maiores ativos da Área Me-tropolitana do Porto”.

> Celso Ferreira, Marco Martins e José Manuel Ribeiro > A cerimónia realizou-se no Museu Mineiro de São Pedro da Cova

Já Celso Ferreira, de Paredes, enalteceu a dimensão do projeto à escala da AMP, só comparável ao Metro do Porto, segundo o autarca que apelou ainda à abertura do “Pulmão Verde” à sociedade civil.

O Parque das Serras do Porto, que se vai desenvolver ao longo de décadas, pre-vê a requalificação de uma vasta área de cerca de seis mil hectares e lança as bases da criação de uma unidade para a região. ■

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PolíticaPUB

Em maio, o Volvo S80 de 2006, carro utilizado por Valentim Loureiro durante o período em que foi presidente da Câmara de Gondomar, vai pela terceira vez a hasta pública.

A Câmara de Gondomar anun-ciou a 8 de abril a intenção de alargar a rede de saneamento para “números muito próxi-mos dos 95%”. Segundo Marco Martins, está a ser preparada uma candidatura que visa o Alto Concelho e São Pedro da Cova.

Carro de Valentim Loureiro continua à venda

Gondomar prepara candidatura para alargar saneamento

A Câmara Municipal de Gondomar vai tentar vender, pela terceira vez, o carro utilizado por Valentim Loureiro durante o período em que o major foi presidente do Município. O Volvo S80 de 2006, a gasóleo e com 2400 cc de cilindrada, poderá ser comprado por 3675 euros, em hasta públi-

O presidente do Município de Gondo-mar quer que “em breve” a rede de sanea-mento atinja “números muito próximos dos 95%”. A garantia do autarca foi dada à margem do II Encontro de Educação Am-biental, realizado na Sala D’Ouro do Mul-tiusos de Gondomar.

Em declarações à agência Lusa, Marco Martins disse estimar que o investimento necessário ronde os cinco milhões de eu-ros, projeto que será “consensualizado” que com a concessionária da rede no concelho, a Águas de Gondomar, com recurso a fun-dos comunitários.

Atualmente, Gondomar tem uma co-

ca, no dia 17 de maio, às 10 horas, no salão nobre da autarquia.

A decisão foi aprovada na última re-união pública da Câmara de Gondomar, realizada no edifício da Ala Nun’Álvares de Gondomar a 13 de abril.

Marco Martins, edil gondomarense, ex-plicou que o carro tem mais de 260 mil qui-lómetros e, há cerca de dois anos, precisou de reparações no valor de cerca de 15 mil euros, devido a “avarias sucessivas”. Para o autarca o veículo será agora vendido a “pre-ço de saldo”.

Recorde-se que em setembro do ano passado, na segunda tentativa de venda, o valor base de licitação eram 7500 euros. ■

bertura de saneamento de 85% e a candi-datura que está a ser preparada envolve as zonas de Foz do Sousa, Covelo, Medas e Melres, bem como, na zona urbana de São Pedro da Cova, cerca de 500 habitações da encosta da Bela Vista que surgiram no pas-sado de forma ilegal, existindo casos que se arrastam há 30 anos.

O autarca aproveitou ainda a presença de Matos Fernandes, ministro do Ambien-te, para recordar três “grandes projetos” que estão em curso no concelho. Marco Martins destacou a constituição do “Pul-mão Verde”, a colocação do intercetor no rio Tinto e o alargamento da rede de sanea-mento que quer alargar. ■

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30 VIVACIDADE ABRIL 2016

Política

OPINIÃO

É frequente nos contratos de empréstimo para compra de habitação e, também nos de arrendamento, ser solicitada a apresentação de fiador. Mas, ao se assumir ser fiador de alguém, está a assumir-se o compromisso de pagar a dívida caso o devedor não o faça.

Aceitar ser fiador deve ser uma decisão ponderada e esclarecida quanto às obrigações que se assumem. Ao tornar-se fiador o seu património está a ser dado como garantia de uma dívida de terceiro pois fica obrigado perante o credor a responder pelas dívidas do devedor, em caso de incumprimento.

Se, em consciência, o consumidor aceitou ser fiador e avaliou o impacto de tal decisão, deve assegurar-se previamente de que no documento que vai assinar consta que “não prescinde, do benefício de excussão prévia”. É que, se prescindir de tal benefício, o credor pode optar logo de início por indicar os seus bens (e não os do devedor) à penhora.

Caso tenha essa indicação e, mesmo assim, a penhora ocorra sobre os seus bens, o fiador pode opor-se se não tiver ficado demonstrada a insuficiência do património do devedor, ou seja, enquanto não estiverem executados todos os bens do devedor principal para satisfazer da obrigação.

Muitos fiadores querem deixar de o ser, mas regra geral, só poderão desvincular-se, se o credor e o devedor estiverem de acordo. Mas é pouco provável que o credor aceite a redução de garantias.

O fiador deve estar atento à informação que consta na Central de Responsabilidades de Crédito relativa ao crédito de que aceitou ser fiador. Esta é uma base de dados, onde consta toda a informação individual sobre as responsabilidades de crédito dos consumidores.

Resta muitas vezes ao fiador pagar a dívida, claro que fica com o direito do credor sobre o devedor e pode exigir a este o cumprimento da obrigação. Mas, na prática, se o devedor não conseguiu pagar a dívida ao credor, muito dificilmente a conseguirá pagar ao fiador, a menos que a sua situação financeira sofra uma alteração significativa.

Para pedidos de informação e apoio em questões de consumo e/ou de sobre-endividamento dirija-se à Delegação Regional do Norte da DECO ou ao Gabinete de Apoio ao Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar. A autarquia tem um protocolo de colaboração com a DECO e presta apoio gratuito aos munícipes. ■

O que acontece se surgir uma situação de dificuldade e o devedor deixar de pagar o crédito à habitação.Quem terá de pagar a dívida?

Foto PSFFoto PSF

> O debate realizou-se no Salão Nobre do Centro Republicano e Democrático de Fânzeres

> Goreti Teixeira, António Oliveira, Pedro Bacelar Vasconcelos e Augusto Flor, no painel

A Constituição da República Portu-guesa, o poder local e o movimento associativo e popular estiveram em debate, no dia 2 de abril, no salão no-bre do Centro Republicano e Demo-crático de Fânzeres.

O constitucionalista Pedro Bacelar Vasconce-los, o professor catedrático jubilado da Escola de Direito da Universidade do Minho, António Cân-dido Oliveira, e o antropólogo Augusto Flor deba-teram a Constituição portuguesa no dia em que se comemoraram 40 anos da aprovação do documen-to. A conferência foi moderada pela jornalista Go-reti Teixeira.

Pedro Bacelar Vasconcelos inaugurou o encon-tro e considerou “essencial” reavivar a memória dos portugueses sobre o Processo Revolucionário em

Constituição esteve em debate no CentroRepublicano eDemocrático de Fânzeres

Curso (PREC), decorrido em 1975. “O que se pas-sou entre 25 de abril de 1974 e 2 de abril de 1976 é verdadeiramente extraordinário e deve ser alvo de uma investigação séria”, considerou o constitucio-nalista.

Por sua vez, Augusto Flor começou por referir que durante o Estado Novo “uma sessão destas era impensável e seria considerada um ato subversivo”. O antropólogo focou-se no subtema do encontro – “O poder local democrático e o movimento asso-ciativo popular” – e caracterizou o espírito de asso-ciativismo “uma mais valia para todos nós”.

Já António Cândido Oliveira catalogou o pro-cesso democrático como “inacabado”.

A sessão foi promovida pelo Centro Republica-no e Democrático de Fânzeres e a Comissão Pro-motora do 25 de Abril da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, em parceria com a Câmara Municipal de Gondomar. ■

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Política

Município apresentou Rota da Filigranano Multiusos de Gondomar

Orçamento Participativo:Rio Tinto reúne 17 propostas

A Rota da Filigrana foi apre-sentada no dia 20 de março du-rante o encerramento de mais uma edição da Ourindústria, no Multiusos de Gondomar.

A 1ª edição do Orçamento Participativo de Rio Tinto re-cebeu 17 propostas. A adesão dos riotintenses “superou” as expectativas do presidente da Junta, Nuno Fonseca.

Está aberta ao público a Rota da Fili-grana. O mais recente produto turístico do Município de Gondomar foi publicamente apresentado no encerramento da Ourindús-tria. “Trata-se de um produto turístico que quer levar os turistas às oficinas dos ourives para dar a conhecer o processo produtivo das peças. É um produto que entrou bem no ouvido das pessoas e sinto que havia neces-sidade de um produto deste género”, começa por dizer Carlos Brás, vereador do Turismo da Câmara Municipal de Gondomar.

O projeto arranca com sete parceiros li-gados ao setor da ourivesaria: CINDOR, AC Filigranas, António Marinho, ARPA, Con-ceição Neves, J. Monteiro de Sousa & Filhos, Lda. e Topázio.

Contudo, ressalva o vereador, a Rota é “um produto dinâmico”, aberto às candida-turas de novos parceiros. “A Rota continua aberta a todos os filigraneiros que queiram participar. É um produto dinâmico porque cada um dos parceiros tem uma realidade

Painéis de arte urbana, parques in-fantis, reabilitação de um parque infantil, criação de estacionamento para bicicletas, criação de um palco associativo, criação de um estúdio de gravação para bandas, construção de um ateliê para as lojas so-ciais, entre outras, são algumas das pro-postas apresentadas à 1ª edição do Or-çamento Participativo (OP) da Junta de Freguesia de Rio Tinto.

Para Nuno Fonseca, presidente da Jun-ta, o número de propostas entregues – 17 – “superou as expectativas iniciais”. “Isto é uma prova que a Junta de Rio Tinto tem grande alcance. É importante referir que a Câmara Municipal teve apenas 11 propos-tas na 1ª edição do OP e teve 19 propostas na edição deste ano, das quais cinco eram de Rio Tinto. A Junta, só nesta 1ª edição do OP, conseguiu 17 propostas”, afirma o

distinta”, afirma o autarca.Ao Vivacidade, Carlos Brás destaca a

possibilidade de acompanhar o processo produtivo dos ourives, além da oportunida-de de contactar com “a verdadeira e genuí-na filigrana gondomarense”. “Quem vir o processo de produção vai perceber melhor

o produto final e saber distinguir a filigrana artesanal de outro tipo de filigrana”, refere o vereador. Será também possível adquirir pe-ças após as visitas. A Rota da Filigrana está, segundo Carlos Brás, a “despertar o interesse das operadoras turísticas” que têm já agen-dada uma Fam Trip para o dia 12 de maio.

“Os profissionais vão conhecer o nosso pro-duto para depois poderem encaminhar-nos os turistas interessados na Rota”, conclui o autarca. A Rota da Filigrana é um produto gerido pelo Turismo de Gondomar e tem na Casa Branca de Gramido um posto de infor-mações, designado “welcome center”. ■

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autarca riotintense.Segundo o presidente da Junta de Rio

Tinto, “as propostas dividem-se pelo terri-tório da freguesia e muitas delas são ideias genéricas. Há três propostas de constru-ção de parques infantis. Há ainda propos-tas que a Junta implementará mesmo que não sejam vencedoras do OP”.

A próxima fase do OP - apreciação das propostas – decorre até 30 de abril. “A vo-tação realiza-se no dia 2 de maio. Até ao dia 15 de maio há um período de recla-mações e no mês de junho realizam-se as votações. Segue-se o período de execução da obra”, explica Nuno Fonseca.

O Orçamento Participativo da Junta de Rio Tinto tem prevista uma verba de 10 mil euros. ■> Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto

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32 VIVACIDADE ABRIL 2016

constrangimentos”. A encerrar os trabalhos, Jaime Toga, da Comis-

são Política do PCP, valorizou a reunião e o papel decisivo das dezenas de militantes que assumem as tarefas regulares do partido no concelho de Gondo-mar.

Durante a Assembleia foi também aprovada a Resolução Política que faz uma análise à realidade do concelho, à organização do PCP em Gondomar e que aponta as linhas do partido para as principais propostas para o concelho. ■

deração que Gondomar é o terceiro maior município com população em cidades da Área Metropolitana do Porto (AMP) e o quarto maior em população, sendo que é o pior classificado da AMP do ponto de vista so-cial e dos indicadores demográficos e o que tem maior movimento pendular diário, do ponto de vista da mo-

bilidade”.“Tendo em

consideração que esta pro-posta ques-tiona a lógica metropolitana e municipal, o Município de Gondomar recusa manter quaisquer con-venções que tenham por base propos-tas definitivas, sem que se conheçam os critérios utili-zados”, esclare-

ce o comunicado enviado à imprensa.Marco Martins, presidente da Câmara de Gondo-

mar, classificou o processo de “vergonhoso e escanda-loso”. ■

Política

* Mestre em Medicina DesportivaCoordenador da Unidade Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do Hospital lusíadas PortoCoordenador da secção do Pé e Tornozelo da SPOTDiretor do Departamento Médico do Vitória SCMembro do Bording Educacional Europeu da EFAS

Onde poderia estar um Hospital... em Rio Tinto

Grandes obras nascem de grandes oportunidades e, por ve-zes, o destino reserva-nos coisas positivas ou simplesmente, ou-tras não acontecem. Se não tivesse surgido a oportunidade de se construir um aeroporto como o que temos no Porto, ou mesmo uma obra magnífica como a casa da Música, não seria hoje que essa oportunidade surgiria. Às vezes uma grande obra nasce da coincidência de fatores convergentes, por vezes, de um simples ato ou uma feliz conversa no tempo certo e em “boa hora”. Tal não aconteceu na altura em que se projetava o Hospital Univer-sitário, que apenas por infeliz influência, não aconteceu onde deveria ter nascido, sendo deslocalizado para um terreno dis-tante, pouco acessível, com dimensões exageradas, enfim, todo um conjunto de características que não favorecem a bonita obra que nasceu, com enorme potencial, mas claudicante dos aspetos já descritos. Bem tentei mudar o rumo do destino, mas sozinho, sem influencia política (infelizmente preponderante na socieda-de que vivemos), incapaz de contrariar outras opiniões, a obra nasceu magnífica, noutro local para outro tipo de utentes.

Tudo isto porque, este domingo, passei junto dos terrenos abandonados do antigo mercado de Rio Tinto junto à bonita zona da Quinta das Freiras, com uns colegas meus, que elogia-vam aquilo em que se tem transformado Rio Tinto, e questio-naram-me porque estava com aspeto abandonado, o referido terreno. Lá contei a minha história com os vários projetos por vezes evocados sobre o que lá se iria construir. Torres de bairros? (espero que nunca) parque municipal? Centro cultural? um hos-pital? E aqui deixei a minha opinião do que gostaria que tivesse sido construído: um hospital, publico ou privado, com toda a ló-gica, com uma linha de autocarro a passar de um lado, comboio por trás e metro pela frente. Que outro local em Rio Tinto ou até mesmo no concelho de Gondomar tem a feliz convergência de tantos transportes? Nenhum! Acrescendo o facto de que se situa paredes meias com a cidade do Porto e com vias de comunicação de excelência para todo o país. Questionava-me, o meu amigo, presidente da Junta de Rio Tinto na altura, Dr. Marco Martins, se justificaria ter um hospital privado em Rio Tinto? Acho que o sucesso do Hospital de Alfena, construído num local sem acesso de transportes tão significativo, com uma população local muito menor, num local em que nada previa ter êxito, responde bem a esta questão. Claro que sim Sr. presidente existem estudos que bem comprovam a viabilidade de um projeto destes em Rio Tin-to e, pessoalmente, naquele lugar, que assim continua abando-nado, ferindo a paisagem, quiçá à espera de uma oportunidade, ou uma feliz coincidência, que valorize a cidade e as suas gentes.

Até lá vamos vivendo.Até breve, estimados leitores… ■

VIVA SAÚDEPaulo Amado*Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

CDU debateu “Cultura e Património em Gondomar”:

No dia 9 de abril a Casa Branca de Gramido, Valbom, acolheu o debate “Cultura e Património em Gondomar”. A iniciativa organizada pela CDU Gondomar contou com os oradores Joaquim Bar-bosa, Ruben de Carvalho e Pedro Bragança.

No dia 2 de abril, a Biblioteca Muni-cipal de Gondomar recebeu a 11ª As-sembleia Concelhia de Gondomar do Partido Comunista Português (PCP).

A Câmara de Gondomar considerou “desarticulada e injusta” a proposta de verbas a atribuir no âmbito dos fundos comunitários do Portugal 2020.

PCP debateu políticaspara o concelho

Município considera “injusta” proposta do Norte 2020

Cerca de 80 delegados aderiram à 11ª Assem-bleia Concelhia de Gondomar do PCP. Cristiano Castro, da Direção da Organização Regional do Por-to (DORP) e responsável da organização concelhia do partido, abriu a Assembleia a destacar “o esforço realizado pela organização do PCP na preparação da Assembleia, ao mesmo tempo que dava resposta às exigências do quadro político, se empenhava no esclarecimento dos trabalhadores e da população e mobilizava uns e outros para a lutas concretas e por uma sociedade mais justa e solidária”.

O encontro teve como objetivo principal a defi-nição de “caminhos para superar as dificuldades e

Em reu-nião com a Autoridade de Gestão (AG) do Programa Operacional Regional do Norte 2020, o Município de Gondomar foi confrontado, a 1 de abril, com uma propos-ta de dotação financeira de 15,5 milhões de euros a atri-buir a três dos eixos funda-mentais dos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano (PEDU): mobilidade, regeneração urbana e comunidades desfavorecidas.

Segundo o Município, a proposta “não tem consi-

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33VIVACIDADE ABRIL 2016

Desporto

“Só quero jogar no FC Porto e fazer uma carreira irrepreensível com esta camisola”

Hugo Santos:

Hugo S a n t o s ,

atleta gondomarense de 24 anos, joga andebol no FC Porto há já vários anos, sente o clube como poucos e fez dos obstáculos verdadeiras cata-pultas para alcançar o sucesso na sua “tão querida” ponta-es-querda. Os dois momentos em que foi emprestado a outros clubes demonstraram a sua enorme q u a l i -

dade e vontade de vencer, sendo que o seu regresso aos dragões acabou por ser uma conse-quência disso mes-mo.

Como foi a tua caminha-da no FC Porto até à titularidade?

Hugo Santos (HS) - Nem sempre foi fá-cil, tinha um treinador muito exigente... Foi complicado lidar com ele [Obradovic] prin-cipalmente no início, até ter a sua confiança, que foi uma tarefa bastante difícil. Passei por momentos menos bons, mas depois chegou uma altura em que me senti realmente prepa-rado para jogar mais tempo e estar presente em mais momentos ao longo da época. Cla-ro que a ajuda dos meus colegas também foi fundamental para atingir esse estatuto.

E qual é para ti o significado de representar o FC Porto?

HS - É um orgulho gigante, visto que também sou portista desde pequenino e este é o meu clube do coração. É sempre melhor estarmos num clube em que nos identifica-mos com a cultura e onde sentimos verdadei-ramente o símbolo que carregamos ao peito.

Tens a ambição de jogar no estrangeiro? HS - Claro que toda a gente gostava de

experimentar outros patamares competiti-vos. Contudo, sinto que aqui em Portugal não podia estar melhor. Estou perto da minha fa-

mília, da m i n h a

namorada, dos meus

amigos e jogo no melhor clube de todos os tempos. Conquista-mos sete campeonatos

seguidos e não poderia estar mais feliz neste mo-

mento.

E jogar por outra equipa em Portugal, é uma hipótese

para ti?HS - Nunca digo nunca na

minha vida. Porém, no que de-pender de mim só quero jogar no

FC Porto e fazer uma carreira irre-preensível com esta camisola vestida.

E como é ser atleta de alta competição? Ti-veste que abdicar de muita coisa?

HS - Claro que sim. O andebol requer muita dedicação e não posso fazer certas coisas que a maioria das pessoas faz. Tenho que estar menos tempo com os meus amigos e com a minha namorada do que aquilo que realmente gostava. Conviver menos à noite. Nem sempre é fácil conciliar a carreira des-portiva com a minha licenciatura em Des-porto, apesar de fazer um esforço para que tal aconteça. Ser atleta de alta competição é isto, também tem alguns pontos negativos, mas faz parte da vida que escolhi.

Quanto à modalidade que te apaixona, quando é que despertou a paixão pelo an-debol?

HS - Tudo começou na companhia dos meus dois irmãos. O mais velho, o Nuno, também jogava no FC Porto e desde pequeno que eu ia com o meu irmão do meio, o Pedro, ver os treinos dele e começávamos lá a brin-car... Entretanto, o próprio Pedro também

começou a jogar no FC Porto e eu, com esse acompanhamento assíduo, também des-

pertei uma paixão pela modalidade e comecei a praticar.

E porque não o futebol? O que fez a diferença?

HS - Apesar de também gostar muito de futebol, con-vivia mais com o andebol e acho que fui ganhando al-gum jeito para jogar. Aper-ceberam-se da minha qualidade e hoje acho que

foi a melhor opção.

Sempre jogaste como ponta-esquerda ao longo

da tua carreira?HS - Nas camadas jovens joguei sempre

como central, mas tenho noção que quanto mais ia subindo - escalões e exigência compe-titiva - com o meu porte físico ia tornando--se cada vez mais complicado competir como central. A partir dos Juvenis passei para a ponta-esquerda e desde então continuo lá. É totalmente diferente, mas agora sei que tomei uma boa decisão e é onde me sinto melhor a jogar andebol.

Queres falar-me um pouco da tua alcunha de "penetra"?

HS - Isso já é um bocado do passado [ri-sos]. Foi durante a minha formação. Por ser pequenino e na altura jogar como central eu conseguia ultrapassar os meus adversários por espaços muito reduzidos, onde mais nin-guém conseguisse passar.

Entretanto já representaste a nossa seleção nacional. Como foi o sentimento de receber a primeira convocatória?

HS - É sempre muito bom ser chamado à seleção portuguesa. Na altura não estava à es-pera, foi por uma infelicidade de um jogador que costuma ser convocado. Foi um orgulho gigante a minha primeira internacionalização e acho que o nosso país tem ganho mais vi-sibilidade no panorama internacional, sendo que a excelente participação do FC Porto na Champions também ajudou.

Tens algum ídolo no andebol?HS – Todos temos os nossos ídolos. As

minhas grandes referências são o Uwe Gen-sheimer, ponta-esquerda do Rhein-Neckar Löwen, e o Martin Stranovsky, um atleta eslo-vaco que também joga como ponta-esquerda.

Alguma vez jogaste por algum clube gon-domarense?

HS - Não, nunca tive essa oportunidade.

Gostarias de ser mais reconhecido pela au-tarquia, uma vez que a Câmara Municipal de Gondomar organizou uma Gala do Des-porto e tu não estavas nomeado?

HS - Penso que todos gostamos de ser reconhecidos pelos nossos méritos. Mas isso não é uma prioridade para mim nem fico desiludido com essa falta de reconhecimento por parte da autarquia. No entanto, claro que é sempre agradável sermos reconhecidos pela terra onde crescemos e vivemos.

Como está a ser esta fase da tua carreira, uma vez que te encontras lesionado?

HS - Nunca é fácil ficar de fora, muito menos nesta altura pois estamos numa fase de grandes decisões. No entanto, sei que es-tou próximo de voltar e estou a fazer muito por isso.

Quais são, na tua opinião, as grandes bases para teres alcançado este sucesso?

HS - As grande bases são a paixão, a qua-lidade do trabalho e, sem qualquer dúvida, todo o apoio das pessoas que estão mais pró-ximas de mim. Sem tudo isto era realmente impossível. ■

Percurso:

- FC Porto desde os 7 anos de idade- Vigorosa por empréstimo no escalão de Juvenis- No escalão de Juniores foi jogar pelos Seniores do ISMAI- Regressou ao FC Porto na temporada de 2013/2014

Títulos: 4 Campeonatos Nacionais 1 Supertaça Portuguesa1 Campeonato Olímpico Universitário

Texto: Tiago Nogueira

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35VIVACIDADE ABRIL 2016

Desporto

TABELACLASSIFICATIVADE FUTEBOL

CNS - Fase SubidaZona NorteP.12345678

EquipaFafeVizelaEstarrejaBragançaGondomarVilaverdense FCFC Pedras RubrasAnadia

Pontos22191817111165

ÙÙ

Próximos jogos (24/04):vilaverdense FC - Gondomar

CNS - FaseManutenção - Série C

Próximos jogos (24/04):Sousense - Sobrado

EquipaSC SalgueirosCinfãesVila RealSousenseTirsenseAmaranteSC CoimbrõesSobrado

Pontos3527272524232016

P.12345678

ÙÙÙ

Próximos jogos (24/04):Baião - SC Rio TintoLeça - S. Pedro da Cova

Divisão Pro-EliteNacional - AF PortoP.123456789

1011121314151617181920

ÙÙ

EquipaAliança de GandraRebordosaValadares GaiaParedesSC Rio TintoPedrouçosOliv. DouroLixaAliados LordeloLeçaBarrosasAD GrijóVila MeãPadroenseFC VilarinhoCandalSerzedoBaiãoS. Pedro da CovaPerafita

Pontos6865645549414140403838363636333029292924

Ù

Carlos Fernandes e Válter Cardoso vencem 11.º Rali de Gondomar

Clube Ornitológico de Gondomaré referência na modalidade

Nos dias 1 e 2 de abril, Gon-domar recebeu a 11ª edição do Rali de Gondomar, a con-tar para o Campeonato FPAK Ralis e para a Taça Ralis FPAK Terra. Este evento, organiza-do pelo Gondomar Automóvel Sport, juntamente com o apoio da Câmara Municipal de Gon-domar, contou com centenas de espetadores.

O Clube Ornitológico de Gon-domar arrecadou 82 medalhas na última edição do Campeo-nato do Mundo de Ornitologia. Ao Vivacidade, Amílcar Dias, vice-presidente do Clube, expli-ca o segredo para o sucesso.

Se o primeiro dia ficou marcado pela adrenalina das corridas, o segundo acolheu a entrega dos prémios aos vencedores. Ape-sar do tempo chuvoso, o Multiusos de Gon-domar juntou umas dezenas de espetadores,

que resistiram até ao fim da cerimónia. Carlos Fer-

nandes e Válter Car-doso, ao volante

de um Mit-s u b i s h i

E V O VI, ar-recada-ram o

Prestes a comemorar as bodas de pra-ta, o Clube Ornitológico de Gondomar é já uma referência nacional e internacional na modalidade. No 64.º Campeonato do Mun-do, realizado entre os dias 21 e 24 de janei-ro, em Matosinhos, a associação conquis-tou 82 medalhas (25 de ouro, 26 de prata e 31 de bronze) distribuídas por 25 criadores nas diversas categorias em competição: ca-nários de cor, canários de porte, exóticos e psitacídeos.

Amílcar Dias, vice-presidente do Clu-be, atribui o sucesso à “magnífica equipa que trabalha na coletividade há oito anos”. “A nossa equipa tem desenvolvido a ornito-logia em Gondomar e no país. Desde 1991, o Clube lutava pelo desenvolvimento da or-nitologia no concelho de Gondomar mas, em 2008, esta direção resolveu dar novo ímpeto às atividades desenvolvidas, no-

primeiro prémio, enquanto Luís Mota e Ale-xandre Ramos, num Mitsubishi EVO VII, fi-caram na segunda posição. A dupla formada por Pedro Antunes e Alexandre Rodrigues, que competiu com um Peugeot 208 R2, com-pletou o pódio.

A décima primeira edição do Rali de Gondomar contou com os percursos em Gens e Covelo, mas apresentou uma novida-de: um terceiro trajeto em Gens. Desta forma, as alterações trouxeram mais dinamismo à prova. O Rali voltou a apresentar-se na força máxima, tendo sido um evento que contou com a adesão de centenas de admiradores do automobilismo. ■

meadamente à exposição anual que reali-zamos [Ornishow]”, explica ao Vivacidade.

O evento mudou-se para o Multiusos de Gondomar e ganhou dimensão com a passagem de 600 para 4000 aves expostas. “Temos a convicção que ainda podemos crescer mais”, refere Amílcar Dias após la-mentar a mudança do local da exposição para o Pavilhão Municipal de Covelo, em 2015. “No ano passado não realizamos a ex-posição no Multiusos de Gondomar e isso trouxe uma redução no número de aves ex-postas. Sabemos que a autarquia tem difi-

Ornishow passa a Interna-cional C.O.M. do Douro

Este ano a exposição Ornishow garan-tiu a qualificação de prova internacio-nal. O Ornishow está agendado para os dias 11 a 13 de novembro. O local da exposição continua por definir.

Criadores de prestígio do Clube Ornitplógico de Gondomar

António Rosa | 52 anos, Póvoa de Varzim12 medalhas conquistadas no 64.ºCampeonato do Mundo de Ornitologia

“Dei um abanão ao ranking mundial e aju-dei a tornar Portugal uma potência mundial ao nível dos Diamantes de Gold. Nasci na Póvoa mas considero Gondomar a minha segunda cidade. O Clube Ornitológico de Gondomar ajudou-me a crescer”

Artur Lima | 39 anos, Matosinhos5 medalhas conquistadas no 64.ºCampeonato do Mundo de Ornitologia

“O segredo para o sucesso é o conheci-mento que vamos adquirindo ao longo dos anos. Tentamos compensar as nossas falhas e essa é a magia da criação. É um orgulho pertencer ao Clube Ornitológico de Gondomar que dá um grande apoio aos seus criadores associados”

culdades em ceder-nos um pavilhão mas as melhores alternativas seriam Fânzeres, São Pedro da Cova, Valbom ou Jovim, na im-possibilidade de regressar ao Multiusos. No entanto, é essencial afastarmo-nos do rio”, admite Amílcar Dias.

O Clube Ornitológico de Gondomar é o maior clube ornitológico do país e tem 400 sócios criadores de aves. ■

Foto DR

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> Amílcar Dias do Clube Ornitológico de Gondomar

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36 VIVACIDADE ABRIL 2016

Desporto

Campeonato aorubro, pouco por jogar e

tudo por desvendar

VIVA DESPORTOTiago NogueiraJornalista / estudante de psicologia

Chegamos à altura das grandes decisões, onde se exige grande competitividade e respeito máximo. Águias e leões estão separados apenas por dois pontos quando restam quatro jornadas para o final do Campeonato. Sendo que o Sporting ainda terá que jogar no Estádio do Dragão e em Braga, e o SL Benfica deslocar-se-á a Vila do Conde e ao Funchal. Muita coisa pode mudar e quem pensar que o título está já decidido comete, quanto a mim, um erro primário.

Esta última vitória do Sporting, em Moreira de Cónegos, correspondeu a uma das exibições menos conseguidas da equipa de Jorge Jesus esta época. No entanto, o golo de Slimani foi suficiente para arrecadar os três pontos e colocar muita pressão na formação orientada por Rui Vitória, que apesar de não ter também convencido, recebeu e venceu o Vitória de Setúbal por 2-1, com Jonas a colocar-se de novo na liderança da Bota de Ouro, com 31 golos, a par do suspeito do costume Cristiano Ronaldo. Este avançado brasileiro é um verdadeiro craque que combina na perfeição com Nico Gaitán, juntos dão um espetáculo que se transforma num autêntico bálsamo para quem procura constantemente o bom futebol.

O FC Porto e o Sporting de Braga venceram, confortavelmente, as suas partidas - 4-0 ao Nacional e 3-0 ao Tondela, respetivamente - consolidando assim as suas posições na tabela classificativa. A reeleição de Jorge Nuno Pinto da Costa para a presidência do maior clube da Invicta é também motivo de destaque. Acredito que será o homem indicado para lidar com este momento tão delicado que a sua instituição atravessa. Não só pelo conjunto de competências que o levaram ao sucesso por diversas vezes e que fizeram que o FC Porto tivesse um Museu digno de registo, mas também pelo respeito enorme e pela confiança que, no fundo, os sócios do clube continuam a ter.

Já no fundo da classificação, a quantidade de pontos muda, mas a emoção e a paixão continuam lá. Exatamente da mesma forma e em larga escala. Tondela com 20 pontos, Académica com 24, Boavista e União da Madeira com 26. Ainda tudo é possível, os adeptos destes quatro clubes estão com uma crença enorme, o apoio é em massa e todos os jogos são agora encarados como verdadeiras finais. Quanto a mim, a equipa boavisteira é a melhor das quatro e penso que acabará por conseguir manter-se no principal escalão do futebol português, resta saber qual será a outra... Pouco por jogar, tudo por desvendar, assim vai o nosso Campeonato recheado de emoção, tanto pelo título como pela manutenção. ■

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> Marco Teixeira, secretário, e Abílio Bessa, presidente, da Academia Albino Nogueira

> Tomada de posse da Associação na Junta de Baguim

ligadas ao futebol – Federação Portuguesa de Fu-tebol, Associação Futebol do Porto e a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol – e mereceu o apoio da Câmara Municipal de Gondomar e da Junta de Freguesia de Baguim do Monte.

Objetivo? “Promover a captação e formação de potenciais novos árbitros”, esclarece Abílio Bessa, presidente da direção.

“Queremos formar árbitros, esse é o nosso obje-tivo. Este projeto está aberto a árbitros, ex-árbitros, observadores, cronometristas e candidatos a árbi-tros. Podem aparecer cá e treinar connosco antes de tomarem a decisão de ser árbitros”, explica o árbitro ao Vivacidade.

A Academia já está a funcionar no Polidespor-tivo do Crasto, contudo, o dirigente aponta baterias para julho, mês em que a associação começa a pre-parar a próxima época.

“Vamos focar-nos no futsal mas não fechamos as portas a árbitros do futebol de 11. Muitos jovens não sabem que podem começar na arbitragem a partir dos 14 anos, mas é possível. Contudo, não vamos atirar ninguém às feras e comprometemo-nos a acompanhar os nossos formandos durante um ano”, acrescenta Abílio Bessa.

Em Baguim, a Academia terá três espaços dis-poníveis: Polidesportivo do Crasto, o auditório da Junta de Freguesia de Baguim do Monte e o Pavilhão Municipal da freguesia. O presidente da AAAN acredita que o local é ideal para a atividade da associação. “Estamos situados num local central e podemos organizar aqui as nossas atividades. Fo-mos bem acolhidos por Gondomar e temos tudo para singrar”, refere o árbitro.

Albino Nogueira foi o nome escolhido pela di-reção num gesto de homenagem ao dirigente da AF Porto, homem que “sempre vestiu a camisola da ar-bitragem”, conclui Abílio Bessa. ■

Formar árbitros, acolher ex-árbitros e ex-profissionais ligados à arbitra-gem são os objetivos da mais recente associação gondomarense. A Acade-mia de Arbitragem Albino Nogueira tomou posse a 10 de março na Junta de Baguim do Monte.

Academia Albino Nogueira quer formar árbitrosem Baguim

A Academia de Arbitragem Albino Noguei-ra (AAAN) – Associação de Árbitros de Futsal, sediada em Baguim do Monte, no Polidesportivo do Crasto, surgiu por brincadeira, numa conversa entre árbitros de futsal que pretendiam criar um espaço de convívio entre colegas da arbitragem. O projeto cresceu rapidamente e, em fevereiro, era as-sinada a escritura da associação, em Matosinhos.

A ideia foi acolhida pelas principais entidades

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37VIVACIDADE ABRIL 2016

Desporto

“Tenho sempre que diferenciar-me das outras atletas para ser chamada [à seleção nacional]”

Cátia Martins:

Cátia Martins, 21 anos, é mesatenista da Ala Nun’Álvares de Gondomar e foi uma das atletas es-

colhidas para representar Portugal na últi-ma edição do Campeonato do Mundo, na Malásia. Ao Vivacidade, a gaiense, que re-presenta a Ala de Gondomar há nove anos, reconhece que o concelho tornou-se a sua

segunda casa e aponta os objetivos para a presente época.Qual era o objetivo de

Portugal?CM – Quería-

mos fazer uma pro-va melhor do que a nossa última pres-tação no Campeo-nato do Mundo. Infelizmente não foi possível e só conseguimos seis pontos na fase de grupos.

Esta foi a tua

quarta representação no Campeonato do Mundo, como atleta sénior. Que significa-do tem representar Portugal a nível inter-nacional?

CM – É sempre um orgulho e um privilé-gio. É um reconhecimento do nosso trabalho.

És atleta da Ala Nun’Álvares de Gondomar. O facto de representares a equipa de ténis de mesa da Ala facilita a tua chamada à se-leção nacional?

CM – Jogar na Ala não significa ser au-tomaticamente convocada para a seleção. Tenho sempre que diferenciar-me das outras atletas para ser chamada.

Quando é que surge a tua dedicação à mo-dalidade?

CM – Nos jogos juvenis de Gaia. Todas as escolas participam nessa competição em várias modalidades. Participei nesse torneio e o coordenador do evento, que era treinador de ténis de mesa, disse que eu tinha aptidão para a modalidade. Na altura disse que não queria mas acabei por experimentar o ténis de mesa e gostei. Comecei a jogar com nove anos e acabei por dar continuidade.

Consideras Gondomar a tua segunda casa?CM – Sim, porque passo mais tempo em

Gondomar do que em Gaia [risos].

Já tiveste propostas para regressar a Gaia?CM – Já tive mas estou bem aqui. Tenho

boas condições na Ala.

Há algum título que recordes com mais ca-rinho?

CM – O 3.º lugar no Campeonato da Eu-ropa de Cadetes por equipas foi talvez o mais especial. Nunca mais se esquece.

Para esta época quais são os principais ob-jetivos da Ala?

CM – Queremos ser campeãs da 1ª divi-são nacional e ser campeã no Campeonato

Nacional de Seniores. Além disso, estamos a disputar a Taça de Portugal que também faz parte dos nossos objetivos.

Como tem sido conciliar a tua carreira des-portiva com a licenciatura que estás a tirar na Escola Superior de Enfermagem (ESEP)?

CM – Foram quatro anos diferentes. Es-tou na fase final do meu curso e neste mo-mento estou em estágio. Sempre que falto tenho que compensar mas tenho tido um apoio fundamental dos professores e do meu treinador.

A ESEP fez-te uma distinção pela tua repre-sentação no Campeonato do Mundo. Foi importante seres reconhecida pela institui-ção?

CM – Foi bom mas também foi estranho [risos]. Muita gente desconhecia a minha carreira desportiva e foi estranho ter a Escola toda a saber o que eu fazia, mas todos vieram dar-me os parabéns e isso é sempre bom.

Quando concluíres o curso vais conciliar a enfermagem com o ténis de mesa?

CM – Sim. Espero acabar o curso este ano e procurar emprego. Ao mesmo tempo não quero deixar o ténis de mesa porque este des-porto é muito importante para mim. ■

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Casa FC Porto de Rio Tinto homenageouglória do clubeA Casa FC Porto de Rio Tin-to homenageou a 10 de abril o ex-guarda-redes Armando, antiga glória do clube, na Jun-ta de Freguesia de Rio Tinto. A iniciativa realizou-se à mar-gem da inauguração da nova sede da filial portista.

O salão nobre da Junta de Rio Tinto es-teve lotado para assistir à homenagem ao ex-atleta Armando, guarda-redes históri-co do clube, que representou o FC Porto em finais dos anos cinquenta e nos pri-meiros anos da década de setenta.

A homenagem preparada pela Casa FC Porto de Rio Tinto deixou a antiga glória do clube sem palavras. Segundo José Carlos Rocha, presidente da direção da filial portista em Rio Tinto, o gesto vai repetir-se “de dois em dois meses”. “Deve-mos cumprir o nosso papel e homenagear todos os atletas do FC Porto. É isso que esta casa irá fazer a partir de agora”, disse o dirigente.

Armando agradeceu a homenagem e retribui com sorrisos após recordar a for-mação no pelado da Constituição, a Taça de Portugal conquistada pelo FC Porto contra o SL Benfica (57/58), os emprés-timos ao Gil Vicente e Salgueiros, a con-quista da Taça de Portugal pelo SC Braga (1966), o regresso ao FC Porto e o final de carreira novamente no SC Braga.

Para a história ficou também a meda-

lha de Comportamento Exemplar, atribuí-da pela Federação Portuguesa de Futebol, após 400 jogos realizados sem ser casti-gado, e o recorde de grandes penalidades defendidas num único jogo, quatro, contra o Celta de Vigo.

Cecília Pedroto, mulher de José Maria Pedroto, ex-treinador do FC Porto, entre-gou a distinção atribuída pela filial ao ex-guarda redes do clube.

> Cecília Pedroto (à esq.) entregou o galardão ao ex-guarda-redes do FC Porto

Nova sede inaugurada apósa homenagem

Após a homenagem os associados diri-giram-se às novas instalações da Casa FC Porto de Rio Tinto, na Praça da Estação. José Carlos Rocha aproveitou a ocasião para pedir o apoio dos adeptos portistas ao clube e ao presidente Pinto da Costa. “Confio no presidente e acredito que vai trazer novamente o FC Porto para o ca-minho das vitórias. A equipa precisa do nosso apoio”, lembrou o responsável pela filial que pediu “mais garra e atitude” ao plantel portista.

Eurico e Eduardo Luís, antigas glórias do clube, marcaram presença na inaugu-ração da nova sede. ■

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38 VIVACIDADE ABRIL 2016

Desporto

SC Montezelo: presidência nofeminino apresenta resultadosO Sport Clube Montezelo foi fundado em 1979 e, hoje, tem uma característica que o dis-tingue dos restantes clube: Arminda Gomes é presidente, desde 2008, e tem vindo a alte-rar a realidade desta equipa.

Em conversa com a presidente da dire-ção do SC Montezelo, Arminda Gomes, o nosso jornal ficou a perceber como funcio-na este clube. A presidente, uma figura in-contornável desta associação, explicou-nos o motivo de ter começado esta aventura no clube. Apesar de, segundo a mesma, tudo ter começado numa brincadeira entre ami-gos, hoje, a dirigente assume o cargo de for-ma séria e veste a camisola do Montezelo todos os dias.

“Quando iniciei o meu percurso como presidente, há oito anos, o clube tinha cerca de 30 ou 40 atletas, nos escalões de juvenis e juniores. Passado pouco tempo tivemos uma proposta para criar uma academia e conseguimos reunir muitos miúdos. Isso fez com que tivéssemos a oportunidade e obrigatoriedade de criar mais escalões por-que ficamos com muitos atletas de diferen-tes idades. No espaço de um ano passamos de 30 para 150 jogadores, o que obrigou a criarmos sete escalões”, explica Arminda Gomes, avançando ainda que a direção conseguiu criar condições para ter equipas técnicas a acompanhar cada escalão.

O Sport Clube de Montezelo, clube com 364 sócios, consegue conciliar duas realidades, que por vezes parecem incom-patíveis na prática futebolística: a vontade de vencer todos os jogos, com o carinho por todos os atletas. “A mulher tem uma

visão diferente. Os homens das equipas téc-nicas querem ganhar todos os jogos. Eu, se calhar, não vejo a coisa por aí. Eu quero é que os miúdos tenham lanche no final do jogo, que vão satisfeitos para casa e que no dia seguinte estejam cá para o treino. Sei que às vezes é muito difícil transmitir estes valo-res e isto não quer dizer que eu não queira

> A conquista do relvado sintético é o grande objetivo da direção > A dirigente desportiva acompanhada por Marco Martins

> Arminda Gomes preside o clube desde 2008

ganhar os jogos. Claro que fico muito triste quando perdemos”, afirmou, especificando um pouco as vantagens de ter uma mulher como presidente um clube de futebol.

Apesar de ainda existirem pessoas que acham irreal ter uma mulher à frente de um clube, Arminda Gomes é a prova de que não só é possível, como benéfico.

“Sempre fui muito respeitada. Quando não percebo, deixo falar quem percebe e quem sabe. Mas, por um lado, tento gerir este clube como uma empresa. Tem que ser. Por outro lado, tento profissionalizar o mais possível quem cá está. Cada vez mais tenho pessoas formadas à frente dos escalões. As exigências são cada vez maiores. No início, quando ia às reuniões da Liga Desportiva de Gondomar, as pessoas achavam piada. Havia sempre uma condescendência por eu ser a única mulher e eu deixava as pes-soas falar. No entanto, não abdico dos meus princípios morais, daquilo que eu acredito e que acho justo. Tento sempre ser, tanto na minha vida profissional como pessoal, uma pessoa justa. Por aquilo que eu acho que não é correto ou que influencia o bom de-senvolvimento do meu clube ou dos meus atletas, vou até ao fim. Atualmente tenho uma conotação negativa por ser do contra, o que se calhar associam ao facto de ser mulher”, admitiu a presidente.

Quanto ao futuro no Montezelo, Ar-mida Gomes tem os objetivos bem defi-nidos. Com a finalidade de continuar a evoluir e com a mira na rentabilização deste espaço durante o dia, a presidente pretende dar um passo em frente. “Há muitas necessidades na freguesia. Era um gosto ter aqui crianças com deficiências a jogar futebol em campeonatos inseridos dentro dos planos de estudo. E neste pro-jeto também gostava de incluir uma equi-pa de futebol feminino federada, porque sei que temos mulheres com capacidade para dar o litro”, começou por apontar. “O principal objetivo para o futuro do clu-be é o relvado sintético, o resto vem por acréscimo. Com o sintético consigo criar emprego, ter aqui crianças com deficiên-cia a jogar durante o dia, mulheres… E queremos finalmente federar a equipa sé-nior”, finaliza a dirigente. ■

Texto: José Pedro Oliveira

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Empresas & Negócios

39VIVACIDADE ABRIL 2016

Associação São Bento tem projeto para novo espaço de saúdeA Associação de Socorros Mú-tuos de São Bento das Pêras de Rio Tinto vai alargar as suas valências com um novo espaço de saúde pensado para os associados, junto ao edifí-cio sede da associação mutua-lista.

A Associação São Bento tem à dis-posição dos 45 mil associados uma sé-rie de serviços e seguros inovadores que ignoram o estado de saúde das pessoas e não têm limites de idade de adesão ou permanência. A associação mutualista é parceira da Mutuália e tem pensado um novo edifício para breve.

O projeto foi aprovado em Assem-bleia-Geral Extraordinária, em julho de 2013, contudo, a atual direção presi-dida por Cláudio Melo, no cargo desde 2014, decidiu reformular a ideia origi-nal. “O nosso novo espaço para a saúde vai nascer no adjacente ao nosso edi-fício sede. É um espaço que a anterior direção comprou em 2013 e que, desde 11 de julho de 2013, quando foi apro-vada a construção não teve progressos”, lamenta o dirigente.

Ao Vivacidade, Cláudio Melo expli-ca o que mudou. “Esse edifício vai ter três pisos. O projeto inicial só tinha dois pisos mas esta direção procurou acrescentar um piso adicional para ti-rar mais rentabilidade daquele espaço. Neste momento estamos a aguardar a aprovação da Câmara Municipal de Gondomar para termos um piso adi-cional”, refere o presidente da Associa-ção São Bento.

No projeto está também previsto um parque de estacionamento no ter-reno situado entre os dois edifícios da associação mutualista, que vai possibi-litar “a entrada e saída de ambulâncias”.

> Cláudio Melo, presidente da Associação de Socorros Mútuos de São Bento das Pêras

O novo edifício vai representar um investimento entre os 200 e os 250 mil euros e poderá estar concluído “até ao final do mandato desta direção, em 2018”.

Segundo Cláudio Melo, os associa-dos estão de acordo com a mais recente aposta da Associação São Bento, consi-derado “o grande objetivo para o man-dato da atual direção”.

Instituição de referência nomutualismo nacional

Em Portugal, a Associação São Bento é considerada uma referência no mutualismo e tem o estatuto de segunda maior associação mutualista a nível nacional. “Somos fundadores da Associação Mutualista e, para nós,

As novas instalações:

Três pisos com:- Receção;- Sala de espera com WC;- Plataforma elevatória;- Sala de enfermagem e tratamentos;- Sala de sujos e despejos;- Dois vestiários (masculino e feminino);- Dois consultórios médicos;- Sala de arrumos para roupa limpa;- Dois WC;- Espaço amplo para criação de um anfiteatro;- Parque de estacionamento;

O que é o mutualismo?

O mutualismo é um sistema privado de proteção social que visa criar e promo-ver organizações de política mutualis-ta, sociedades de seguros mutualistas e fundos de pensões mutualistas. O mutualismo foi precursor do moderno sistema de seguros, cujos princípios assentam na reciprocidade dos servi-ços e na entreajuda.

isso representa uma responsabilidade acrescida. Além disso, fazemos parte do Conselho de Administração da Mu-tuália. Se nos reconhecemos como uma das maiores associações do país, temos que estar representados nestas organi-zações”, salienta Cláudio Melo.

“A direção atual não se poderá can-didatar novamente aos órgãos sociais desta associação. Até ao final do man-dato queremos continuar a desenvolver o nosso espírito mutualista e continua-mos empenhados em criar novas valên-cias para os nossos associados, a preços reduzidos ou gratuitamente, no caso das consultas médicas. O mutualismo é um sistema privado de segurança social que tem como propósito ajudar”, con-clui. ■

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40 VIVACIDADE ABRIL 2016

Empresas & Negócios

A primeira reunião trimestral das agências Norte da Rede Imobiliária Century 21 reali-zou-se a 14 de abril, no Audi-tório Municipal de Gondomar.

A Century 21 Arquitectos, agente imo-biliário que abriu em Rio Tinto no ano pas-sado, foi responsável pela organização da primeira reunião trimestral das agências Norte da Rede Imobiliária Century 21.

Joana Resende, gerente da agência de Gondomar, mostrou-se orgulhosa por re-

Gondomar acolheu reunião trimestral da Century 21

Letras Urbanas: sala de estudopara todas as idadesA sala de estudo Letras Urba-nas, situada na Rua do Outei-ro, Baguim do Monte, tem ao dispor dos alunos explicações coletivas e individuais em to-das as áreas, transporte, ati-vidades extracurriculares e alimentação. O Vivacidade foi conhecer o espaço gerido pelo casal Helena e José Guerra.

Tomaram conta do espaço em abril de 2012 e, desde então, não pararam de crescer. Helena e José Guerra, o casal responsável pela sala de estudo Letras Urbanas, aceitou o convite da anterior gerência e decidiu assu-mir o risco de investir num projeto comum aos dois. “Quando assumimos a gerência ficou tudo igual porque conseguimos man-ter os professores e os alunos que tínhamos, isso foi muito importante para nós”, explica a gerente.

Empreendedores, Helena e José não pa-raram de crescer e dinamizaram o espaço

Valências da sala de estudo Letras Urbanas:

- Ensino pré-escolar;- 1.º, 2.º, 3.º ciclos e ensino secundário;- Todas as disciplinas a todos os níveis;- Transporte com motorista e veículo certificado;- Atividades extracurriculares;- Alimentação;

situado na Rua do Outeiro, em Baguim. Co-meçaram com 60 alunos inscritos, hoje são 107. “Começamos a apostar nas explicações individuais, num maior número de ativida-des durante as férias escolares e em saídas mais frequentes. Essas iniciativas marca-ram a diferença em relação à concorrência e tem sido uma aposta ganha”, afirma Helena Guerra.

Concorrência que a gerente da sala de estudo Letras Urbanas não teme, apesar das “ameaças constantes”. “Costumo dizer que não faço milagres e que a igreja fica lá em

cima [Largo de São Brás]”, remata a respon-sável.

A exigência é a regra máxima da sala de estudo, local onde os alunos, do 1.º ciclo ao ensino secundário, entram para trabalhar. “Nós somos muito exigentes porque sabe-mos que para os pais isto representa um grande investimento. É difícil convencer os miúdos a estudar ao final do dia depois de um dia inteiro de aulas mas eles sabem que não somos um ATL. Aqui estuda-se”, acres-centa José Guerra.

Ao dispor dos alunos estão quatro pro-

fessores que dão explicações coletivas e indi-viduais, entre as 7h30 e as 19h30, de segunda a sexta-feira.

Para os responsáveis pelo espaço, os pro-fessores residentes estão “impedidos de dar matéria” e estão apenas habilitados a acom-panhar as dificuldades e a matéria que os alunos estão a dar na escola”, refere Helena Guerra.

As inscrições para o próximo ano letivo ficam disponíveis no dia 1 de maio e prolon-gam-se até ao dia 8 de junho. “Em setembro criamos um período de aceitação para pais que nos procuram à última hora”, finaliza a proprietária da sala de estudo. ■

ceber os vários colegas no concelho. Esti-veram presentes agências de Vila Nova de Gaia, Porto, Póvoa de Varzim, Viana do Castelo, entre outras, reunidas no primeiro grande evento do ano da Century 21.

Durante a manhã realizou-se um ped-dy-paper, já durante a tarde os agentes Cen-tury 21 estiveram reunidos no Auditório Municipal. O encontro serviu para discutir estratégias conjuntas, analisar os resultados do primeiro trimestre e premiar os resulta-dos das várias agências e consultores.

A reunião acolheu 13 agências e contou com a presença de 120 colaboradores. ■Rua José Falcão, 15 – 1.º D – 4050-316 PORTO – Telef. 222 046 480 • Fax: 222 046 489 - [email protected]

CARTORIO NOTARIAL(Lic. JOSÉ MÁRIO RESSE LASCASAS DOS SANTOS)

(Rua José Falcão nº 15 – 1º direito, Porto)

______Certifico, narrativamente, para fins de publicação que por escritura lavrada em trinta e um de Março de dois mil e dezasseis, no livro de notas para escrituras diversas deste Cartório Notarial número duzentos e vinte e seis.M, de folhas quarenta e quatro a folhas quarenta e cinco, EMÍLIA MARIA CARDOSO SAMPAIO, NIF 210 285 354, casada no regime de comunhão de adquiridos com António Horário de Sousa Bispo, residente no Largo Maternidade Júlio Dinis, nº.10, Porto, se afirmou, com exclusão de outrem , dono e legítimo possuidor do veículo automóvel com a matrícula GB –sessenta e quatro – noventa e sete, marca “Renault”.________________Que o identificado veículo automóvel está registado desde dezanove de Abril de mil novecentos e setenta e oito, a favor de José António Dias Pereira, com última residência conhecida no lugar da Bela Vista, São Pedro da Cova, união das freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, concelho de Gondomar.___________________________Que não possui qualquer título formal para a dedução de novo trato sucessivo que lhe permita registar a seu favor em Conservatória do Registo de Veículos, o identificado veículo.___________________________________Que o referido automóvel veio à sua posse no ano de mil novecentos e oitenta e sete, por contrato verbal de compra e venda com o referido José António Dias Pereira, celebrado nesse ano._____________________________Pese embora lhe tenham sido entregues pelo titular inscrito o livrete e título de registo de propriedade do veículo e a respectiva declaração de compra e venda, que todavia por ela foram extraviados, o certo é que até ao momento e apesar de todas as diligências efectuadas, para regularizar a situação não foi possível efectuar a seu favor o registo de propriedade do veículo.__________________________________________________________Assim, desde aquele ano de mil novecentos e oitenta e sete, sempre esteve na posse do automóvel, praticando actos materiais de defesa e conservação, nomeadamente recolhendo-o na sua residência, procedendo à sua reparação, limpeza, manutenção e recolha, pagando os respectivos impostos, agindo sempre por forma correspondente ao exercício pleno do direito de propriedade, de boa fé por ignorar lesar direito alheio, pacífica, contínua, púbica e sem violência à vista e com o conhecimento de toda a gente, e, pois, sem oposição, embargo ou estorvo de quem quer que seja.____________________________________________________________________Que, atendendo às enunciadas carcaterísticas de tal posse, facultou-lhe a aquisição por usucapião do referido veículo automóvel, direito este que, pela sua própria natureza é insusceptível de ser comprovado pelos meios normais._______________________________________________________________________________________Está conforme o original, declarando-se, que na parte omitida nada há que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte extractada._______________________________________________________________________Cartório Notarial do Lic. José Mário Resse Lascasas dos Santos, sito à Rua José Falcão nº 15 – 1º direito, 31 de Março de 2016.

Jornal Vivacidade 21/04/2016 PUB

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41VIVACIDADE ABRIL 2016

Opinião: Vozes da Assembleia da República

Analfabetismo: um problema do passado ou do presente?Luís Monteiro | BE

Estamos em Abril, perto da data de come-moração da Revolução dos Cravos. E uma das conquistas que, justamente, a revolução do 25 de Abril nos trouxe foi o direito à Educação.

Em 1970, 49,8% da população portuguesa, com 14 ou mais anos, não possuía nem fre-quentava o ensino primário elementar. Um importante dado da situação da Educação em Portugal anterior ao 25 de Abril, que vemos frequentemente esquecido em análises e refle-xões do presente.

Passadas mais de quatro décadas, a alfa-betização da população conheceu políticas públicas concretas. Mas nem tudo está feito e

resolvido, ao contrário do que possa parecer. Este debate não é, portanto, do passado, mas está muito atual.

Existiam em Portugal cerca de 552 mil pes-soas analfabetas, segundo os dados do último censo, de 2011, correspondentes a uma taxa de analfabetismo de 5,2%. De então para ago-ra, elevados níveis de abandono e insucesso escolar permitem supor que estes números não sofreram uma alteração significativa.

Portugal é, no contexto europeu, um dos países com os valores mais elevados neste in-dicador.

Muitas das ofertas formativas para adultos

que foram sendo implementadas não con-templam a dimensão da alfabetização privile-giando antes o reconhecimento e validação de competências e a formação profissional.

O “Relatório” do Orçamento de Estado para 2016 refere que o Governo pretende realizar em 2016 um “(…) investimento na educação de adultos e formação ao longo da vida, atra-vés da criação de um Programa de Educação e Formação de Adultos que assegure a supera-ção do défice de qualificações escolares da po-pulação ativa portuguesa e a melhoria da qua-lidade dos processos de educação-formação de adultos. Para alcançar estes objetivos, será

implementado um conjunto de medidas que procuram impulsionar a aprendizagem ao longo da vida para todos, promovendo a compatibilização das necessidades individuais das pessoas com as ofertas educativas e forma-tivas disponíveis.”

Este Programa tem de prever medidas con-cretas que contemplem também a alfabetiza-ção, seja de jovens adultos que abandonaram precocemente o sistema de ensino seja de adultos que não chegaram a frequentar qual-quer nível de escolaridade. Não é tempo de baixar os braços. ■

Quem quer bons amigos, arranja-os!Germana Rocha| PSD

O Partido Socialista já nos habituou a mo-mentos verdadeiramente insólitos no que à amizade diz respeito.

Já nos habituamos a que os primeiros-mi-nistros do Partido Socialista tenham amigos como mais ninguém tem, com uma bondade inexcedível.

Nos últimos tempos, temos, de facto, assis-tido a episódios que nada auguram de bom, no que à atual governação do País diz respei-to:

Primeiro, assistimos a um ministro a pro-meter “salutares bofetadas” no Facebook a dois colunistas do jornal “Público” que o haviam criticado, e a consequentemente ser obrigado a demitir-se.

Depois, assistimos à saída do chefe do Es-tado-Maior do Exército, devido a um pedido de explicações público por parte do ministro da Defesa, e por fim, ao secretário de Estado da Juventude e Desporto a bater com a porta ao ministro da Educação, por estar em pro-fundo desacordo com o seu modo de estar em cargos públicos. Resta-nos saber quem será o senhor ou a senhora que se segue…

António Costa criticou João Soares, dizen-do que nem à mesa de café se pode deixar de lembrar de que é membro do governo, mas pelos vistos, é, mais uma vez, “olha para o que eu digo e não olhes para o que eu faço”, pois António Costa pôs um amigo de café, e não só, a negociar dossiers de extrema im-

portância para a economia do País, mesmo não sendo titular de qualquer vínculo con-tratual com a Administração Pública, mais um benemérito que não olha a meios quan-do de ajudar o melhor amigo se trata.

De facto, não está em causa o advogado Diogo Lacerda Machado, ser o seu melhor amigo e pessoa da sua elevada confiança, mas antes a falta de transparência e escrutí-nio na representação do Estado em diversos processos de grande responsabilidade, como a TAP, o BPI e os lesados do BES. É que as suas ligações a António Costa, de facto, vêm de longe mas não nos trazem grandes recor-dações, a não ser a de que não há almoços grátis, e que na vida tudo tem um preço.

Ao que parece, a afetação de parte do Fundo de Estabilização da Segurança Social (1.400 milhões de euros) à Reabilitação Ur-bana, também terá sido uma ideia peregrina de mais um grande amigo de António Costa, verba essa que se deveria destinar ao paga-mento das pensões dos contribuintes, e não a repetir uma receita, cujos resultados não foram os melhores, arriscando-se, assim, a pôr em causa o equilíbrio financeiro de um sistema que se reveste de importância vital para a sobrevivência das famílias, que não querem voltar a assistir a filmes do passado, cujos protagonistas principais são amigos a oferecerem muito a troco de poucochinho! ■

Portugal vai crescer menos do que estava à esperaCecília Meireles | CDS

Este mês, o Governo apresentou, com pompa e circunstância, o seu Plano Na-cional de Reformas. Poderia ser uma boa oportunidade para discutirmos a sério que reformas queremos fazer em Portugal nos próximos anos. Até porque, se é verdade que quase todos concordam com a necessi-dade de fazer reformas em abstrato, depois raras vezes é possível chegar a acordo sobre uma única reforma em concreto. Mas a ver-dade é que, se o Plano podia ser uma boa oportunidade em teoria, na prática está a revelar-se apenas mais uma oportunidade perdida.

O documento, ou melhor, os 35 slides que constituem a apresentação (porque é disso que se trata), oferecem muitos lugares comuns, poucas ideias e ainda menos pro-postas concretas. Tudo visto e ponderado, temos muitas coisas que fazem sentido, mas muito poucas são concretizadas ou sequer originais. Já aquilo que é original, pelo con-trário, faz muito pouco sentido.

Uma das originalidades que menos sen-tido faz é apresentar o Plano sem uma úni-ca conta e, sobretudo, sem o Programa de Estabilidade. Isto quer dizer que estamos a discutir reformas sem saber que meios Por-

tugal vai ter para as pôr em prática, e sem ponderar que efeitos elas vão ter no cres-cimento da economia ou no emprego. Ou seja, em vez de um plano de reformas, aqui-lo que temos na realidade é uma espécie de plano de experiências.

E isto é ainda mais preocupante quando todas as semanas temos uma nova institui-ção, nacional ou internacional, a dizer que Portugal vai crescer menos do que se estava à espera. A semana passada, por exemplo, quer o FMI quer a Universidade Católica vieram dizer isto mesmo.

E porquê? Por meras razões de conve-

niência política. Porque enquanto esti-vemos a discutir ideias vagas, pode parecer que o Governo e os partidos que o apoiam – PS, BE, PCP e PEV – estão todos de acordo. Mas quando começamos a discutir propos-tas concretas e as suas consequências, é bas-tante provável que as divergências comecem a aparecer.

E é por isto que a discussão do Programa de Estabilidade tem sido adiada, e vai ser feita numa velocidade relâmpago. A gerin-gonça pode sair a ganhar, mas Portugal sai definitivamente a perder. ■

Page 42: Jornal Vivacidade

42 VIVACIDADE ABRIL 2016

Opinião: Vozes da Assembleia da República/Municipal

Paraísos fiscais: pecados com perdão consentidoJosé Luís Ferreira | PEV

Os paraísos fiscais são a imagem da injusti-

ça que reina no sistema. Esta é uma realidade que já há muito conhecemos e por isso o escândalo tornado público por via do “Panamá Papers” não constitui propriamente uma surpresa. Já há muito que sabemos da exis-tência dos paraísos fiscais, inclusivamente dentro da União Europeia e já há muito que também sabemos para que servem e a quem servem. Já há muito que sabemos que as “offshore” apenas servem para criar e acolher empresas fictícias onde se gere dinheiro de origem pouco digna e até criminosa.

Sabemos também que as pessoas que utilizam os paraísos fiscais têm como objetivo não pagar impostos, fugir à lei, fugir ao pagamento das suas obrigações fiscais e esconder dinheiro, tantas vezes, proveniente de negócios pouco claros, de negócios sujos. Sabemos ainda que o dinheiro que circula nos “offshore” é dinheiro roubado à economia e aos contribuintes e quem utiliza es-tes mecanismos são as grandes fortunas e os mais poderosos. Sabemos isto tudo há já muito tempo.

E portanto, a grande virtude das denúncias

agora feitas pelo “Panamá Papers” foi, não só, dar uma ideia ao mundo da dimensão e da gravidade deste problema e desta imoralidade, mas tam-bém trazer o assunto para cima da mesa global, deixando claro para todos, que as pessoas que trabalham, as pessoas com menos rendimentos são obrigados a pagar os seus impostos, enquan-to uma minoria, os senhores do dinheiro, se dão ao luxo de nada pagarem, ficando libertos dessa responsabilidade que é pagar impostos como os outros. É uma batota consentida absolutamente imoral. Segundo dados do Banco de Portugal, de 2014 para 2015, o dinheiro português colocado nas “offshore” aumentou 13%. Estamos a falar de quase 10 mil milhões de euros. Mas o património de empresas ou cidadãos nacionais, não decla-rado, poderá atingir 69 mil milhões de euros. É muito dinheiro, sobretudo se tivermos em conta que os números se referem a um período de crise, uma crise, pelos vistos só para alguns.

Impõe-se, portanto, um combate sério a esta batota que permite que uns poucos vivam em paraísos fiscais, para a maioria das pessoas viver num verdadeiro e penoso inferno fiscal. Para além desta injustiça e desta imoralidade fiscal,

é ainda necessário ter em conta que os paraísos fiscais foram palco de alguns dos acontecimentos da crise que hoje vivemos, como seja a falência de bancos ou as fraudes em larga escala. É preciso ter em conta que essas atividades estão, muitas vezes, associadas à economia clandestina, à eva-são fiscal, à fraude fiscal, ao crime organizado, à lavagem de dinheiro e, por vezes, a muitas práti-cas que fragilizam a estabilidade mundial, como seja o negócio da droga e, até, o negócio de ar-mamento.

Mas, pior, se tivermos presente que esta verda-deira economia de casino é inseparável do agra-vamento das desigualdades sociais, da pobreza e da insustentabilidade do modelo económico que vai reinando no mundo. Por cá, sempre se lem-brará os processos escandalosos do BCP, do BPP ou do BPN, que indiciaram práticas relacionadas com empresas sediadas exatamente em paraísos fiscais e cuja fatura, nalguns casos, acabou por ser paga pelos contribuintes portugueses.

Na nossa perspetiva, os paraísos fiscais têm de ser olhados como um elemento estranho à nossa democracia, que apenas servem para as grandes fortunas criarem mecanismos altamente elabora-

dos, para fugir aos impostos ou para proceder ao branqueamento de capitais.

Por isso é preciso pôr fim aos paraísos fiscais. E se é verdade que um Governo não pode impôr o fim dos paraísos fiscais fora das suas fronteiras, também é verdade que qualquer Governo pode e devia ter a obrigação de canalizar esforços, junto dos restantes Estados e das Organizações Interna-cionais de que faz parte, para procurar medidas e encontrar soluções no sentido de acabar com os paraísos fiscais. Não faz qualquer sentido que existam zonas absolutamente intocáveis, onde a supervisão financeira não entra, onde a coopera-ção judicial fica à porta e onde os próprios Esta-dos preferem fingir que não existem ou então que está tudo bem, que faz parte do sistema. Que é assim e pronto. Nem faz sentido nem os cidadãos compreendem, como é que um simples contri-buinte que se esquece das suas obrigações fiscais é perseguido pelo Estado, mas quando se trata da grande criminalidade fiscal, os Estados fingem que nada se passa. Não pode ser, tem de haver formas de pôr fim a este verdadeiro e monstruoso pecado com perdão consentido.

Para tal haja vontade e coragem política. ■

Parque das Serras do PortoJoana Resende | PS

Hoje, 18 de abril de 2016, deu-se mais um

passo para o desenvolvimento da nossa região e da nossa paisagem. Hoje, lavrou-se a escri-tura pública de constituição da associação de Parque das Serras do Porto. A associação, que engloba os municípios de Valongo, Paredes e Gondomar, terá sede em Valongo e será pre-sidida em primeiro lugar pelo presidente da Câmara de Paredes.

A associação foi constituída para desenvol-ver o projeto “Pulmão Verde” com o objetivo de promover a natureza e a vida ao ar livre nas serras do Porto, e é inédita naquilo que é fazer política em prol do bem comum, em conjunto e com o mesmo objetivo.

As três autarquias da Área Metropolitana do Porto uniram os seus esforços para levar a cabo uma maior proteção das zonas verdes que têm vindo a sofrer com a poluição, lançando com esse intuito este projeto que engloba uma área com cerca de 5.700 hectares.

Os três municípios estão por isso empenha-dos em alavancar de forma sustentável as po-tencialidades naturais dos terrenos que têm em comum: as serras de Santa Justa, Pias e Casti-çais que pertencem à Rede Natura 2000, além das serras das Flores, Santa Iria e Banjas.

Contaram-se 70 longos anos, em que várias iniciativas foram pensadas com o objetivo de proteger e, da mesma forma, promover as pai-sagens destas serras. Elencaram-se alguns pro-

jetos, de iniciativa de vários partidos políticos, que por várias razões nunca foram concretiza-dos.

Na cerimónia que decorreu em Gondomar, Marco Martins sublinhava que depois desta formalização, depende agora do empenho de cada um dos intervenientes de passar para a ação, tomando a região do Porto (a marca Por-to) como capital de todo o Norte do país, como destino turístico de eleição.

Os objetivos máximos são a promoção am-biental, a valorização da natureza e da vida ao ar livre. Mas o projeto visa ainda promover ini-ciativas conjuntas de “turismo, lazer, animação, formação, emprego, inclusão, sustentabilidade, inovação, competitividade e internacionaliza-

ção da economia”.Esta é a forma mais autêntica de se fazer

política. Olhar além do nosso território para daí trazermos o que há de melhor. Projetar em conjunto, não olhando a cores políticas mas apenas na estratégia em prol da população e do bem comum. Acordar em trabalhar em con-junto, partilhando das mesmas preocupações, desafios e sucessos, trazendo para o nosso mu-nicípio o melhor possível, não deixando contu-do de o partilhar.

É uma visão ampla e de futuro. Pensando hoje naquilo que se pode fazer pela nossa pai-sagem, pelo nosso turismo e economia local, e projetando esses desafios no tempo, no futuro de todos. ■

Celebrar Abril, cumprir a ConstituiçãoDiana Ferreira | PCP

Neste Abril celebra-mos 42 anos da revo-

lução portuguesa, momento incontornável da história do nosso país, que pôs fim a 48 anos de ditadura fascista e realizou profundas trans-formações democráticas: políticas, económicas, sociais e culturais.

Libertadoras conquistas que sucessivos gover-nos, especialmente o último governo PSD/CDS, foram atacando, com as suas opções políticas de desbaste de direitos e rendimentos. Pretendendo ajustar contas com Abril, agrediram a democra-cia, a soberania, a liberdade e o desenvolvimento do país – uma agressão que não foi mais profun-

da porque pela frente encontrou a luta dos traba-lhadores e do Povo.

Neste Abril celebramos os 40 anos da Consti-tuição da República Portuguesa – aprovada a 2 de Abril de 1976. Uma Constituição que, sendo inseparável desse indelével processo revolucio-nário iniciado em 25 de Abril de 1974 e dos valo-res projetados de liberdade, democracia, justiça social, paz e soberania é, essencialmente, resul-tado da luta dos trabalhadores e do povo portu-guês que viram nela refletidos os seus direitos, as suas aspirações, as conquistas e as profundas transformações e mudanças que protagoniza-ram, num tempo de viragem e rutura com a dita-

dura fascista, a opressão e o colonialismo.Muito há quem queira diminuir o significado

do 25 de Abril e a importância das suas conquis-tas. Muito há quem queira desvalorizar e des-truir a Constituição da República, o que tem de democrático e progressista e a tradução que faz, em direitos consagrados, das conquistas econó-micas, políticas e sociais alcançadas com o 25 de Abril.

Apesar do empobrecimento sofrido por su-cessivas revisões constitucionais, o seu texto e os valores de Abril em si espelhados, revestem-se de profunda atualidade. Num momento em que é imprescindível repor direitos e rendimentos,

garantir melhores condições de vida aos traba-lhadores e ao povo português e percorrer um ca-minho de desenvolvimento, progresso e justiça social, a Constituição da República Portuguesa é referente de valores e princípios, transportando em si a força inspiradora de um projeto galvani-zante, como é a construção de um Portugal com futuro, livre, democrático e desenvolvido.

A sua atualidade e a sua estreita ligação às mais profundas aspirações dos trabalhadores e do povo português, são a garantia de que a sua defesa há-de ser sempre obra do Povo que a ins-pirou e construiu com a sua luta.

A Constituição é tua. Defende-a! ■

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43VIVACIDADE ABRIL 2016

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

Exigem-nos mais austeridade pois, se-gundo eles, todos estes anos de medidas e mais medidas que nos levaram a um empo-brecimento não chegaram. É preciso mais!

Isto não tem fim! Pela voz de Mário Dra-ghi são precisos mais cortes nos salários e no Estado Social. Todos os sacrifícios a que fomos obrigados, ainda não chegam para pagar aos banqueiros.

É verdade que a nossa economia tem pro-blemas que carecem de mudança. Mas es-sas mudanças não carecem de cortar ainda mais os salários e, muito menos, pela sub-serviência de Portugal às ordens de institui-ções europeias que, como sabemos, foram

criadas no abstrato e nada têm a ver com a nossa vida concreta. Nem tão pouco res-pondem ou resolvem os nossos problemas. O que o país precisa é de mais investimento público, pois é ele que nos possibilita mais emprego e melhoria salarial e não de mais imposições externas que só nos trazem mais miséria e empobrecimento. Só com mais economia e emprego seremos capazes de combater o endividamento externo.

Todos sabemos que a solução para o país passa pelo controlo da riqueza e pela sua distribuição e não por um sistema financei-ro permanentemente envolvido em escân-dalos e offshores que envolvem centenas de

milhões de euros. É preciso acabar com estes roubos per-

manentes e investir numa economia virada para o combate ao défice energético, apos-tando nas energias renováveis, na reabili-tação urbana e nos transportes coletivos. Assim, como na soberania e na segurança alimentar, porque ao não produzirmos o suficiente, como acontece, deixamos que o valor da riqueza que podia ficar cá dentro vá toda para fora do nosso país.

Estas são algumas medidas que são ne-cessárias, mas que necessitam de gente com coragem para as apresentar. Qualquer eco-nomista sabe que nenhuma economia se

recompõe sem in-vestimento público.

Muitos dos que passam o tempo na co-municação social a dizer mal do investi-mento público, nada dizem sobre a vergo-nha dos milhões que são desviados para as offshores.

Até quando vamos permitir que fujam com milhões sem pagar um tostão, levando bancos e empresas à falência e, ao mesmo tempo, desviando para paraísos fiscais o di-nheiro que nos pertence?!

Para quando o fim deste sistema corrup-to e de evasão fiscal? ■

Levar o combate da corrupção e evasão fiscal até ao fimRui Nóvoa | BE

EstupefaçõesPedro Oliveira | CDS-PP

Temos visto nos últimos meses o Bloco de Esquerda (BE) numa azáfama inusitada - como se o mundo acabasse amanhã - de inter-venção política, influenciando, pressionando e mesmo impondo ao governo de António Cos-ta, o cumprimento de toda uma plêiade de ini-ciativas e soluções, integradas naquele que é o seu populista e, por isso, incoerente, roteiro de ação transformadora da realidade económica e social dos portugueses.

Tal ímpeto desembocou agora em mais um enorme equívoco, seja pelo timing inapropria-do para a discussão do tema, seja pela falta de dignidade do próprio tema, demonstrando antes uma ridícula preocupação de discrimi-nação do género feminino que, com toda a certeza, a maioria das mulheres não sente.

Com efeito entende o BE tornar-se impe-rioso alterar a designação do cartão de identi-dade dos portugueses deixando de se chamar “Cartão do Cidadão” para se passar a designar “Cartão da Cidadania”, pois entende que só dessa forma se conseguirá afastar um intenso pendor de subalternidade das mulheres rela-tivamente aos homens que o nome encerra, anulando a nova designação proposta esse las-tro de dependência anacrónica e sem sentido.

Pois bem, estamos estupefactos. Estando o País no estado financeiro crítico

em que se encontra, com muitos dos seus ci-dadãos a verem ainda mensalmente a serem reduzidos os seus sempre frágeis “quantuns” salariais, e tendo o BE um papel essencial na sustentação da atual maioria competindo-lhe

portanto, coadjuvar o Partido Socialista no encontrar de soluções que alterem substan-cialmente o quotidiano financeiro penoso em que os portugueses se encontram, o BE centra a sua preocupação interventiva não nesse item essencial do dia-a-dia dos portugueses mas, pasme-se, na alteração da designação do “Car-tão do Cidadão”, por não carregar a necessária neutralidade que devia, entre géneros.

Desde logo o timing é péssimo para “lan-çar” o debate de tema tão singular. Os portu-gueses (todos os portugueses) têm hoje preo-cupações bem mais prementes e basilares que lhe não deixam espaço nem tempo para fait divers ocos e inconsequentes.

Depois, é manifestamente duvidosa a per-tinência da discussão de um tema que jamais

dividiu os portugue-ses, sejam eles homens ou mulheres, servindo antes como uma arti-ficialidade para fomentar dissensões absoluta-mente desnecessárias entre eles.

Por fim, tal alteração terminológica repre-sentaria a abertura de uma espécie de “Caixa de Pandora”, pois são tantos os exemplos de nomes, conceitos, designações e similares, no contexto lexical português, que se tornaria processo infindável e sem efeito útil previsível.

Clamamos portanto para que os senhores dirigentes do BE, sejam eles homens ou mu-lheres, se deixem de perfecionismos lexicais, e se preocupem mais em garantir a efetiva melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, sejam eles também homens ou mulheres. ■

Por uma política de emprego com direitos é urgenteacabar com a precariedade

António Valpaços | CDUA precariedade laboral é hoje das marcas

mais negativas da situação social do país. A precariedade laboral atinge uma parte muito significativa dos trabalhadores sendo trans-versal a qualquer atividade económica. A precariedade laboral tem como elemento co-mum a insegurança de vínculos laborais, os baixos salários e a limitação de direitos fun-damentais.

É urgente reverter esta situação! É urgente garantir aos trabalhadores portugueses esta-bilidade no emprego, garantir que os direitos são cumpridos porque a precariedade laboral também é a precariedade na família, a preca-riedade na vida.

Não é aceitável esta realidade continue em

expansão como o provam os contratos de trabalho realizados nos últimos dois anos, que representam quase 85% do total dos con-tratos de trabalho. E, como se não bastasse, acompanhando estes contratos de trabalho vem a desregulação de horários de trabalho que assume as mais diversas formas como a da “adaptabilidade horária”, o “banco de ho-ras” ou a fórmula de “horários concentrados” que mais não visam que aumentar o horário, através de trabalho não remunerado.

Mas se esta é uma realidade que atinge os trabalhadores em geral, não podemos esque-cer que os mais jovens estão cada vez mais a ser vítimas destes flagelos sociais, com a agravante de que muitos milhares de jovens

inscritos nos centros de emprego não terem qualquer prestação de desemprego.

A OCDE reconhece que Portugal está em 4.º lugar na lista dos países com mais insegu-rança no trabalho e na parte de baixo da tabe-la dos piores países em termos de qualidade das remunerações de trabalho.

É este modelo de mão-de-obra barata, pre-cária e desqualificada que é preciso inverter. A derrota do Governo do PSD/CDS permite termos esperança para no imediato poder-mos combater esta grave situação social que temos no País.

Por isso o PCP apresentou recentemente o pacote de medidas para acabar com a preca-riedade laboral, das quais destaco: um Plano

Nacional de Comba-te à Precariedade La-boral; Transformar a presunção de contrato de trabalho em prova efetiva da existência de contrato de trabalho; Estabelecer sanções económicas, fiscais e contributivas para as entidades patronais que recorram a formas de contratação precária; Reforçar os meios e competências da ACT.

É necessário e urgente promover a esta-bilidade de emprego, cumprindo e fazendo cumprir o direito ao trabalho e à segurança no emprego previsto na Constituição. As pro-postas atrás enunciadas entre outras mais são o caminho certo a seguir pela valorização do trabalho e dos trabalhadores. ■

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44 VIVACIDADE ABRIL 2016

Lazer

Amor: Sentir-se-á muito nostálgico durante este mês. Seja mais otimista! Pratique o pensamento positivo e as ações construtivas agora!Saúde: lembre-se que o desânimo se reflete negativamen-te na saúde. Tenha pensamentos positivos e verá que se sentirá melhor.Dinheiro: Evite precipitar-se, dê um passo de cada vez.

Amor: Pense bem antes de se envolver numa nova rela-ção. Desenvolva a sua clareza mental, emocional e es-piritual.Saúde: Mês estável e cheio de energia positiva.Dinheiro: É um bom momento para negócios, propício à venda de imóveis.

Amor: Deixe o seu orgulho de lado e opte por conversar calmamente com a sua cara-metade. Abra o seu coração e seja fiel ao que ele lhe transmite.Saúde: Possíveis problemas respiratórios. Dinheiro: Avance com a abertura de um negócio próprio, mas informe-se bem antes de o fazer.

Amor: Evite pensamentos negativos. Adote uma postura mais descontraída perante a vida. Descubra a força imen-sa que traz dentro de si!Saúde: Tendência para apanhar uma pequena constipa-ção. Dinheiro: Acontecimentos inesperados farão com que seja promovido mais cedo do que julga.

Amor: Poderá viver uma aventura de grande importância para si. Mostre toda a sua força, determinação e criativi-dade, e ponha em prática os seus projetos com paixão.Saúde: Dê mais atenção às dores de cabeça.Dinheiro: Não seja tão materialista, pois só tem a perder com isso.

Amor: Aposte no diálogo e na compreensão. Que a luz da sua alma ilumine todos os que você ama!Saúde: Estão previstos alguns problemas digestivos. Dinheiro: Excelente oportunidade para equilibrar as suas contas.

Amor: Poderá viver uma aventura de grande importância para si. Mostre toda a sua força, determinação e criativi-dade, e ponha em prática os seus projetos com paixão.Saúde: Dê mais atenção às dores de cabeça.Dinheiro: Não seja tão materialista, pois só tem a perder com isso.

Amor: O companheirismo é a base de qualquer relação. Fale sobre o que é necessário e seja carinhoso.Saúde: Combata a tendência para se isolar e refletir de-masiado.Dinheiro: Algo inesperado poderá acontecer e colocar em causa a sua competência. Mostre o que vale com determi-nação e coragem!

Amor: Procure ser mais compreensivo com quem o rodeia. Procure dizer coisas boas, a palavra tem muita força!Saúde: Ao longo deste mês poderá ser incomodado por alguns problemas de coluna.Dinheiro: Acredite nas suas capacidades profissionais.

Amor: Uma data muito importante aproxima-se, não se esqueça dela. Exercitar a arte de ser feliz é muito diver-tido!Saúde: Proteja-se, não ingira nada que seja nocivo para o seu organismo. Dinheiro: Uma viagem de trabalho irá obrigá-lo a ausen-tar-se durante mais tempo do que o previsto.

Amor: Deixe o orgulho de lado e peça desculpa sempre que errar. Se quer ser verdadeiramente vitorioso, vença-se a si próprio!Saúde: Proteja-se do frio, ou pode ser surpreendido por uma constipação.Dinheiro: Cuidado com os gastos supérfluos.

Amor: Surgirá um novo interesse romântico na sua vida. Procure intensamente sentimentos sólidos e duradouros, espalhando em seu redor alegria e bem-estar!Saúde: Regular. Sem nada de grave a assinalar. Dinheiro: Prosperidade para a vida financeira.

HORÓSCOPOMaria HelenaSocióloga, taróloga e apresentadora

210 929 [email protected]

Algumas questões éticas têm sido levantadas na comunicação social re-lativamente ao fim de vida, nomeada-mente a eutanásia, a morte assistida e os cuidados paliativos. Estas temáticas carecem de esclarecimento e informa-ção adequadas. O Testamento Vital está relacionado com estas questões.

Sabe que existe um documen-to onde cada cidadão pode definir os cuidados de saúde que pretende ou não receber no caso de se encontrar incapaz de expressar a sua vontade? Este documento chama-se Diretiva An-tecipada de Vontade (DAV), ou Testa-mento Vital, e é regulamentado pela lei nº25/2012 de 16/07/2012.

Quem poderá fazer um Testamen-to Vital? Qualquer pessoa, com idade igual ou superior a 18 anos, cidadão nacional, estrangeiro ou apátrida, que se encontre capaz de decidir autono-mamente. O Testamento Vital é um

documento normalizado, realizado por iniciativa própria, onde se declaram os cuidados de saúde que se pretende ou não receber caso se encontre incapaz de expressar a sua vontade pessoal e autónoma, em situações de doença muito grave que possam colocar a vida em risco. A pessoa pode, por exemplo, recusar ser submetida a reanimação cardiorrespiratória, a meios artificiais de suporte de vida e a medidas de alimentação e hidratação artificiais. Como e onde pode preencher este documento? Deve aceder ao Portal do Utente (https://servicos.min-saude.pt/utente/), descarregar o formulário com o Modelo da Diretiva Antecipada de Vontade, imprimi-lo e preenchê-lo. Posteriormente, deverá ser entregue no Agrupamento de Centros de Saúde da sua área de residência (em Gondo-mar, será no Gabinete do Utente, no Centro de Saúde de Rio Tinto) para re-

gisto na plataforma do Registo Nacio-nal do Testamento Vital (RENTEV). A sua validade é de cinco anos, a contar da data de ativação e pode ser altera-do ou anulado a qualquer momento. O Testamento Vital permite ainda a no-meação de um procurador de cuidados de saúde que poderá ser chamado a decidir pelo doente.

A evolução da Medicina permitiu um aumento da longevidade, acom-panhado pelo envelhecimento da po-pulação e pelo aumento das doenças crónicas, e a sociedade defronta-se com novas questões relativamente ao fim de vida. Uma das respostas a essas novas questões é o Testamento Vital, que permite a cada pessoa manifestar antecipadamente a sua vontade de forma consciente, livre e esclarecida, relativamente ao tipo de cuidados mé-dicos a ser submetida quando não for capaz de o expressar. ■

VIVA PREVENIDOCatarina NogueiraMédica Interna do 2.º ano de Medicina Geral e Familiar na USF Fânzeres

Testamento VitalINGREDIENTES PARA 4 PESSOAS. 500 g de massa folhada. 1 ovo, batido. 2 colheres de sopa de margarina. 1 alho-francês, às tiras. 1 pimento vermelho, sem sementes e cortado em tiras. 1 pimento amarelo, sem sementes e cortado em tiras. 50 g de cogumelos, laminados. 75 g de pontas de espargos. 2 colheres de sopa de farinha de trigo. 6 colheres de sopa de caldo de legumes. 6 colheres de sopa de leite. 4 colheres de sopa de vinho branco seco. 1 colher de sopa de orégãos, picados. 1 colher de sopa de azeitonas às rodelas pretas. Sal. Pimenta

Preparação:Derreta a manteiga numa frigideira e salteie o alho-francês, mexendo frequentemen-te, durante 2 minutos. Junte os restantes legumes e cozinhe, mexendo, durante 3-4 minutos.- Adicione a farinha e cozinhe durante 1 mi-nuto. Retire a frigideira do lume e adicione o caldo de legumes, o leite e o vinho bran-co. Volte a colocar a frigideira ao lume e deixe ferver, mexendo, até espessar. Inclua os orégãos e tempere com sal e pimenta a gosto. Junte as azeitonas.- Tenda metade da massa sobre uma su-perfície ligeiramente polvilhado com farinha para formar um rectângulo de 38 x 15 cm.- Estenda a outra metade da massa com a mesma forma mas um pouco maior a toda a volta. Coloque o rectângulo mais pequeno num tabuleiro de forno revestido com papel vegetal humedecido.- Deite o recheio de forma uniforme em cima do quadrado mais pequeno, deixando uma margem de 1 cm nas extremidades.- Usando uma faca afiada, faça fendas para-lelas na diagonal ao longo do rectângulo até 2,5 cm de cada extremidade longa.- Pincele as extremidades do rectângulo menor com ovo batido e coloque o rectân-gulo maior por cima, unindo firmemente as pontas para as selar.- Pincele toda a torta com ovo para a tor-nar brilhante e coza no forno previamente aquecido a 200° C durante 30-35 minutos, até ganhar volume e ficar dourada.

Chef João Paulo Rodrigues* docente na Actual Gest

TARTE FOLHADA DE LEGUMESRECEITA CULINÁRIA

Foto DR

SOLUÇÕES:

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45VIVACIDADE ABRIL 2016

Lazer

Qual a melhor experiência de cinema do Porto?VIVA TEC | Fábio Silva

Vivemos numa época onde é possível experienciar o cine-ma de diferentes formas. O Vivacidade deixa aqui uma lista dos formatos existentes nas salas do Grande Porto.

Real D 3D – O formato mais abrangente nas salas nacio-nais é também dos mais económicos. Aqui, são projetadas duas imagens em ângulos distintos. Os óculos fornecidos permitem que o olho esquerdo e direito recebam imagens de dois ângulos distintos, criando o efeito tridimensional. As sessões 3D são mais caras que as normais (2D), sendo necessário o pagamento de uma taxa adicional e, caso não tenha um par de óculos em sua posse, terá de os comprar. Os óculos são pertença do espetador, podendo ser usados em filmes futuros.

Dolby Atmos – aqui, o mais importante é o som, que en-volve a audiência em todas as direções (360º). É uma tecno-logia recente em Portugal, que chegou apenas em dezembro passado, aquando da estreia de “Star Wars: O Despertar da Força”. No Porto, só existe no Parque Nascente.

IMAX – O maior ecrã do Norte encontra-se no Marshop-ping. O “nosso” IMAX abriu em abril de 2015 e, desde então, tem sido casa de alguns dos maiores blockbusters dos últi-mos tempos. O ecrã curvo de grandes dimensões envolve a audiência e, aliado uma qualidade de imagem superior e a um sistema que reproduz os sons de forma detalhada, torna o IMAX numa das melhores experiências cinematográficas da atualidade. O preço por bilhete é de 10€.

4DX – o formato mais recente, cuja experiência se baseia imergir o espetador nas sensações que decorrem no ecrã, como vibrações, vento, fumo, aromas e até jogos de luzes. As próprias cadeiras acompanham a ação, desde pequenos movimentos ao ritmo da câmara até a verdadeiros “tremores de terra”, quando a ação está na ribalta. No Norte, a única sala disponível encontra-se no GaiaShopping e cada bilhete tem o custo de 12€.

Como pode ler, há muito por onde escolher. Com uma maior diversidade de formatos, o cinema deixou de ser ape-nas uma imagem projetada no ecrã. Agora, é possível ver a sessão que mais se adapta ao seu gosto: prefere um ecrã grande, ou dá mais importância ao som envolvente? Expe-rimente e crie os seus gostos, pois o Porto tem muito para oferecer!

Um homem encontra um amigo na ruae diz-lhe:– És igualzinho à minha sogra, a única diferençaé o bigode.O amigo diz:– Mas eu não tenho bigode!- Mas a minha sogra tem.

A rapariga leva o namorado a casa para lhe apresentar os pais.A futura sogra entrevista o rapaz:– Com que então queres ser meu genro, não é?– Para dizer a verdade, nem por isso, mas… casando com a sua filha, não tenho grande escolha, não é?

AGENDA CULTURAL VIVACIDADEEXPOSIÇÕES

Até 25 de abril“Passadiço D’Ouro”, fotografia de Júlio Pereira, no Clube Gondomarense

Até 30 de abril“Poetas Portugueses”, retratos de Avelino Leite, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Até 7 de maio“Souto Moura em Exposição”, no Centro Cultural de Rio Tinto

Até 8 de maio“Emerenciano”, Pensar de Lá para Cá, no Auditório Municipal de Gondomar

Até 20 de maioExposição Cartazes de Abril, na Biblio-teca Municipal de Gondomar

Até 21 de maioRetrospetiva de Alzira Braga, na Casa Branca de Gramido

Até 21 de maioPrograma Eco-Escolas, na CEA Quinta do Passal

MÚSICA21h30, 23 de abrilConcerto Jorge Palma, no Auditório Municipal deGondomar

21h30, 24 de abrilConcerto 25 anos de carreira “Arco do Bojo”, no Auditório Municipal de Gondomar

21h30, 30 de abril“O Canto de Intervenção em Portugal e no Mundo”, pela Associação Aja Norte, no Auditório Municipal de Gondomar

CINEMA11h e 16h, 19 de março“Hotel Transylvania”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

DIVERSOS11h30, 23 de abrilContar Abril às novas gerações, na Biblioteca Municipal de Gondomar

9h às 12h30, 23, 24 e 25 de abrilColheita de Sangue, no Multiusos de Gondomar

21h, 29 de abril“Pesado Sacrifício – Guerra Colonial”, pelo jornalista Jaime Froufe de Andra-de, no Clube Gondomarense

21h30, Sábados até 4 de junho 32.º Festival de Teatro Amador de Valbom, na Escola Dramática e Musi-cal Valboense

TEATRO

Envie a sua foto para [email protected]

Local: Percurso Pedonal do Rio Douro, GondomarVIVA FOTO | João Pires

CARTOON | Ricardo Ferreira

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46 VIVACIDADE ABRIL 2016

Emprego

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua dis-ponibilização e a sua publicação.

Telefone 224 662 510R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420-225 GondomarE-mail: [email protected]

CENTRO DEEMPREGO

DE GONDOMAR

Profissão INSTALAD. AR CONDICIONADO

Nº de Oferta 588667563

Regime TEMPO COMPLETO. CONTRATO A TERMO.

Informação EXP. REPARAÇÃO/MANUTENÇÃO DE SISTEMAS AR CONDICIONADO, MONTAGEM CONDUTAS, ETC.

Freguesia RIO TINTO

Profissão CARPINTEIRO DE LIMPOS

Nº de Oferta 588663370

Regime TEMPO COMPLETO. TERMO CERTO.

Informação COM EXPERIÊNCIA.

Freguesia FOZ DO SOUSA

Profissão MOTORISTA PESADOS

Nº de Oferta 588638042

Regime TEMPO COMPLETO.

Informação TRANSPORTE INTERNACIONAL (FRANÇA, ITÁLIA, BÉLGICA E LUXEMBURGO).

Freguesia GONDOMAR

Profissão VETERINÁRIO

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Regime TEMPO COMPLETO. TERMO CERTO.

Informação LICENCIATURA EM MEDICINA VETERINÁRIA.

Freguesia S. COSME

Profissão ANIMADOR SOCIO-CULTURAL

Nº de Oferta 588661304

Regime TEMPO PARCIAL. TERMO INCERTO

Informação OBRIGATÓRIO POSSUIR TCC (TRANSPORTE COLETIVO DE CRIANÇAS).

Freguesia S. PEDRO DA COVA

Profissão ASSENT.REVESTIMENTOS

Nº de Oferta 588665818

Regime TEMPO COMPLETO. CONTRATO A TERMO.

Informação COM EXPERIÊNCIA EM APLICAÇÃO DE CHÃO (VINILICO, MADEIRAS E OUTROS).

Freguesia S. PEDRO DA COVA

Profissão MECÂNICO AUTOMÓVEIS

Nº de Oferta 588653955

Regime TEMPO COMPLETO. CONTRATO SEM TERMO.

Informação EXPERIÊNCIA COMO MECÂNICO DE LIGEIROS OU PESADOS. MEDIDA ESTÍMULO EMPREGO.

Freguesia U.F. DE MELRES E MEDAS

Profissão DESIGNER GRÁFICO

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Regime TEMPO COMPLETO. CONTRATO A TERMO.

Informação COM EXPERIÊNCIA NA ÁREA.

Freguesia BAGUIM DO MONTE

Profissão COSTUREIRA ESTOFOS

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Regime TEMPO COMPLETO. TERMO CERTO.

Informação COM EXP. DINÂMICA E CAPACIDADE DE PRODUÇÃO. MEDIDA ESTÍMULO EMPREGO.

Freguesia U.F. DE FÂNZERES E SÃO PEDRO DA COVA

Profissão OURIVES

Nº de Oferta 588666665

Regime TEMPLO COMPLETO. CONTRATO A TERMO.

Informação COM EXPERIÊNCIA.

Freguesia VALBOM

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