Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

48
Ourindústria 2014: Feira dedicada à ourivesaria trouxe milhares Gondomar Reportagem V P.4 e 5 Gondomar não esqueceu Abril Não faltam iniciativas no 40.º aniversário da revolução Cultura V P.22 Entrevista a Tiago Maia: Guarda-redes gondomarense foi vice-campeão mundial em sub-20 Desporto V P.34 e 35 wProtetora dos animais insiste na construção na Missilva e quer indemnização wCâmara admite projeto mas não “naquele local” wPresidente de Baguim e moradores continuam contra V P.24 e 25 Empresa municipal que gere Multiusos vai encerrar Sociedade V P.11 Caso do canil em Baguim volta à discussão

description

Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Transcript of Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Page 1: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Ourindústria 2014:Feira dedicada à ourivesariatrouxe milhares Gondomar

Reportagem

V P.4 e 5

Gondomar não esqueceu AbrilNão faltam iniciativas no 40.ºaniversário da revolução

Cultura

V P.22

Entrevista a Tiago Maia:

Guarda-redes gondomarense foi

vice-campeão mundial em sub-20

Desporto

V P.34 e 35

wProtetora dos animais insiste na construção na Missilva e quer indemnização wCâmara admite projeto mas não “naquele local”wPresidente de Baguim e moradores continuam contra V P.24 e 25

Empresa municipal que gere Multiusos vai encerrar

Sociedade

V P.11

Caso do canil em Baguim volta à discussão

Page 2: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

2 VIVACIDADE ABRIL 2014

Editorial

POSITIVO

A Avenida da Condu-ta, bem como outras vias municipais, foram recentemente alvo de pinturas de sinalização e conservação no pa-vimento. Fânzeres e S. Pedro da Cova foram as primeiras freguesias seguindo-se S. Cosme e Valbom.

NEGATIVO

Pode passar despercebido aos olhos dos visitantes do Multiusos de Gondomar mas a placa da inauguração do equipamento levou com uma “mancha” em cima.

Baguim do Monte é uma das maiores freguesias urbanas do concelho de Gondomar e do distrito do Porto, que felizmente não sofreu nenhuma agregação ou tentativa de extinção, man-tendo a sua coesão territorial e comunitária.

Rica em tradições e cos-tumes, esta freguesia sempre esteve intimamente ligada ao comércio e aos serviços da “grande” cidade de referência que é o Porto. Muitos dos ha-bitantes de Baguim do Monte estudaram ou estudam, traba-

lharam ou trabalham e passam períodos do seu tempo livre nesta “cidade motor” da grande Área Metropolitana. Esta ca-racterística social fez com que muita população jovem regres-sasse a Baguim do Monte para viver e constituir família após a sua formação. Também se tor-nou uma freguesia atrativa para todos aqueles que procuram habitação numa zona tranqui-la, com bons acessos e próximo das grandes infraestruturas e equipamentos metropolitanos.

No entanto, nos últimos tempos, a população de Baguim do Monte tem-se voltado mais para as restantes freguesias do concelho de Gondomar, princi-palmente a freguesia de Rio Tin-to, com quem partilha o título de cidade e de onde surgiu como freguesia autónoma em 1985. Esta maior aproximação deve-se muito ao facto de se terem desen-volvido e construído importantes vias de comunicação, de onde se destaca a Linha de Metro.

A boa localização geográfica de Baguim do Monte, próximo da autoestrada A4, com rápido acesso ao aeroporto, ao porto de Leixões e à rede ferroviária

nacional, potenciam de sobre-maneira a Zona Industrial da freguesia, que urge dinamizar no sentido de atrair mais in-vestimento industrial para criar emprego e novas oportunidades de vida. A população também tem ao seu dispor uma boa rede de transportes públicos urbanos e interurbanos, bem como vias de acesso rodoviário aos conce-lhos vizinhos.

Situada na primeira grande encosta litoral, com vista privi-legiada para parte do concelho de Gondomar, para a cidade do Porto e para o mar, com vastas áreas para expansão urbana e lazer, Baguim do Monte é uma espécie de “diamante ainda por lapidar”, onde a solidariedade existente entre a população e o clima de alguma tranquilida-de social fazem desta freguesia um local atrativo para consti-tuir família e criar filhos, num ambiente urbano, dinâmico e aprazível.

Baguim do Monte tem uma enorme potencialidade de cres-cimento sustentável, harmo-nioso e com qualidade de vida, assim saibam cumprir as autori-dades competentes. n

Baguim do Monte: Crescer com Qualidade

Nuno CoelhoPresidente da Junta de Baguim do Monte

Na próxima edição, este espaço contará com um artigo de opinião do presidente da Junta da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, Daniel Vieira.

Caros Leitores,

Esta edição do Vivacidade tem um enorme conteúdo de contexto económico, pois é a eco-nomia e as empresas privadas que está a tirar o país da crise e a fazer renascer a esperança nos portugueses e também nos gondomarenses.

São eventos económicos como a poten-cial instalação de um canil no concelho que já é discutido neste jornal e por todo o concelho há muito tempo, a força do setor de ourivesaria que está bem patente na Ourindústria 2014 e as necessárias alterações na gestão do pavilhão Multiusos, que compõem a realidade económica do concelho.

Tendo potencialidades enormes, a localiza-ção, o espaço e a relativa urbanidade escondida por trás de espaços rurais bem recônditos fazem de Gondomar um concelho que pode vir a ter uma das economias mais desenvolvidas da re-gião, pois basta fazer uma gestão parcimoniosa dos recursos, promover os projetos e o financia-mento adequados e os retornos serão imediatos.

Para tal é preciso uma visão estratégica e de longo prazo que, se existe, ainda não está comu-nicada nem formalizada, o que provoca disper-são desadequada de esforços dos privados que querem investir e que querem ajudar a promo-ver e desenvolver a nossa terra.

Além da visão e da estratégia depois é pre-ciso concretização, através de projetos e progra-mas que levem ao desenvolvimento desejado.

Bem sabemos que os nossos autarcas têm tido muitos incêndios para apagar. E têm apaga-do. Mas agora é altura de começar a pensar em prevenir incêndios, em estruturar o nosso con-celho para lá das tricas do dia a dia e promover a estruturação de um plano estratégico para Gon-domar, bem como a discussão pública de quais projetos é que se vão realizar para concretizar essa estratégia.

E ter os privados ao lado do poder muni-cipal nestas definições é fundamental para o sucesso, pois só envolvendo quem pode ajudar, envolvendo quem até pode modificar os seus próprios planos, alinhá-los com grandes objeti-vos e alinhando assim as expectativas de todos, é que se pode vir a tirar dividendos no futuro. n

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação:Ricardo Vieira Caldas (CP-9828)Pedro Santos Ferreira (TP-1911)Diretor Comercial:Luiz Miguel AlmeidaPaginação:António CostaEdição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOColaboradores: Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, António Valpaços, Catarina Martins, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgFacebook: www.facebook.com/jornalvivacidadeE-mail: [email protected]

Sumário:

Reportagem VivacidadePáginas 4 e 5

BrevesPágina 6

SociedadePáginas 8 a 18

CulturaPáginas 19 a 22

DestaquePáginas 24 e 25

PolíticaPáginas 23 e 30

DesportoPágina 31 a 36

Empresas & NegóciosPágina 37 a 39

OpiniãoPáginas 40 a 43

LazerPágina 44 e 45

EmpregoPágina 46

Próxima edição 15 de maio

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

FOTO

: RVCFO

TO: RVC

Page 3: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014
Page 4: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

A XVI Ourindústria decorreu durante os dias 27 a 30 de março. O certame foi composto por uma maioria de expositores gondo-marenses. Para Marco Martins, a Ourindústria “é fundamental para a economia do concelho.” “Nós queremos que Gondomar se afirme e que seja a capital da ourivesaria. Paralelamente, es-tamos em fase de conclusão - de

um projeto do executivo anterior - do Parque Tecnológico da Ou-rivesaria”, referiu. Questionado sobre o número de ourives que existem atualmente no conce-lho, Marco Martins responde: “É sempre um número difícil mas existem cerca de 400 produtores que trabalham diretamente nesta área”.

Ourivesaria na fileira da moda

O Centro de Formação Profis-sional da Indústria da Ourivesaria

e Relojoaria (CINDOR) teve em março mudanças significativas na composição da sua estrutura ad-ministrativa e na direção. Eunice Neves é a atual diretora e marcou presença com um expositor da instituição que preside. Para a diri-gente o balanço do certame “é po-sitivo”. “O vereador José Fernando tinha-nos dito que este ano gos-tava que houvesse aqui um cunho de moda e gla-mour e defini-tivamente essa intenção foi conseguida. A c h a m o s que aqui se respira moda e isso re-sulta muito positi-vamente”, disse Eunice Neves. “Parece-nos que a ourivesaria também precisa de se posicionar muito na fileira da moda, do design e da inovação”, acrescentou. “O conselho de admi-nistração e a direção do CINDOR são muito recentes mas já temos alguns projetos bem definidos e uma ideia muito concreta daquilo que queremos fazer. O slogan que queremos adotar é o de que que-remos que o CINDOR esteja na

moda”, referiu ainda a diretora.

Fabricantes trazem “inte-resse acrescido” à Ourin-dústria

A secretária-geral da AORP, Fátima Santos, viu “com bons olhos” a XVI Ourindústria. “É uma feira muito dedicada ao fa-brico e um pouco diferente das

outras feiras, no-meadamente da

Portojóia, daí o interesse acres-cido. Quem

vem visitar esta feira pode con-

tactar com os fabricantes

da ourivesaria e por isso é que nos

merece esta atenção e carinho especial”, comen-

tou. Quanto às diferenças encontradas este ano, Fátima

diz que se “percebe que se quer mudar alguma coisa.” “Não houve tempo de fazer muito mais mas já se nota uma mudança na imagem e uma vontade de fazer diferente”, declarou. No entanto, há algo que não agradou à AORP. “Nós acha-mos que, sendo uma feira pro-fissional, deveria ter um horário

profissional. Ainda assim, se for do agrado da maioria dos expositores, tendencialmente teremos que con-cordar”, elucidou. “Para crescer a feira ainda tem que mudar muito e concentrar-se na divulgação an-tecipada do evento para trazer po-tenciais compradores”, finalizou.

No terceiro dia do certame, António Marinho, ourives res-ponsável pela António Marinho Lda, celebrou um acordo com a Espaço T – Associação para Apoio à Integração Social e Co-munitária. “Não é a primeira vez que nos associamos ao Espaço T. Resolvemos voltar a associar--nos, até porque este ano celebra--se o 20.º aniversário da asso-ciação. O nosso objetivo é fazer reverter 5% da coleção “Uma Jóia de Princesa” a favor do Espaço T”, afirma António Marinho.

Segundo Cláudia Oliveira, coordenadora do departamen-to de Comunicação e Imagem do Espaço T, toda a ajuda é im-

portante. “Esta parceria já existe há alguns anos e, mais uma vez, estamos associados à empresa António Marinho Lda. A coleção “Uma Jóia de Princesa” vai re-verter 5% a favor da associação, porque apesar de termos muito reconhecimento, atravessamos uma crise financeira”, diz ao Vi-vacidade.

“O espaço T é uma associa-ção do Porto. É um “T” de to-dos, porque o espaço está aberto a toda a gente e promovemos a integração de cada uma das pes-soas através da arte. O mote do Espaço T é que as pessoas sejam mais felizes”, explica Cláudia Oli-veira. n

4

Reportagem Vivacidade

VIVACIDADE ABRIL 2014

António Marinho solidário comassociação Espaço T

Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira

Ourindústria 2014 marcada pelo glamour e inovação na imagemA XVI Ourindústria trouxe glamour, moda e ourivesaria ao Multiusos de Gondomar. Durante quatro dias, o concelho foi a capital da ourivesaria, e afirmou-se no plano nacional. Com um dia extra de abertura ao público, um horário alargado fora do período laboral e um desfile de moda durante o fim de semana, a Ourindústria 2014 trouxe ao concelho mais de cinco mil pessoas.

V

V

O desfile de moda foi uma das novidades da XVI Ourindústria

Na foto: António Marinho, Cláudia Oliveira e José Fernando Moreira

FOTO

: RVC

FOTO: PSF

Page 5: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

“Temos que inovar nesta indústria para tentarmos internacionalizar o nosso produto”, diz José Fernan-do Moreira

Ao Vivacidade, José Fernan-do Moreira, vereador das Feiras, Mercados e Eventos Promocio-nais, mostra-se satisfeito com a organização da XVI Ourin-dústria. “Imprimi um ritmo de

trabalho e uma dedicação im-portante para que tudo corresse bem. Foi o meu primeiro grande evento e o primeiro certame li-gado à ourivesaria, indústria que representa muito para Gondo-mar. Articulei algumas particula-ridades com os expositores, que no início se mostraram avessos à mudança, mas agora estão mais convencidos”, disse o autarca no

último dia da exposição.A feira contou com um dis-

positivo policial reforçado pela PSP, SPDE e Polícia Municipal, para evitar o perigo de assalto. “Tivemos sempre quatro agen-tes da PSP destacados para o Multiusos. Dentro do pavilhão contamos com quatro homens permanentes da SPDE e com um reforço da polícia mu-nicipal, com três agentes”, afirma o vereador.

A pensar na próxima edição, José Fernando Moreira fez circu-lar pelos ourives um inquérito de satisfação. “Uma das minhas vir-tudes é partilhar, ouvir e depois decidir. Fiz passar uma circular nesta feira, onde os expositores tiveram oportunidade de regis-tar as suas opiniões sobre a XVI Ourindústria. O inquérito vai ser recolhido no domingo à noite (30 de Março) e vou lê-lo aten-tamente, para melhorar na próxi-

ma edição. Em 2015 gostaria de ter aqui duas ou três delegações estrangeiras, mas para isso pre-ciso de ter um orçamento que me permita fazer isso”, conclui José Fernando Moreira.

Ourives satisfeitos com as novidades da Ourindústria

Este ano a Ourindústria con-tou com algumas novidades. A feira durou quatro dias - ante-riormente durava apenas três anos - contou com um desfile de moda e horário alar-gado. Na opinião dos ourives as al-terações foram positivas, no entanto, con-sideram que a exposição pode melhorar. “A fei-ra está bem orga-nizada, mas o ho-rário podia ser mais

ajustado. É cansativo para os expositores estar aqui tanto tempo. Por outro lado, ter mais um dia de ex-posição a j u d a a afirmar Gondomar

como a capital da

ourivesaria”, diz Paulo Santos, responsável da Fabybar Jóias.

“Temos um conceito de tra-balho diferente. O nosso artigo é muito específico e difícil de fazer porque é tudo feito manualmen-te, desde puxar o fio até à peça final. É preciso um grande tra-balho manual, porque as peças são feitas por mim, do princípio ao fim”, explica o ourives, sobre a marca.

Já Paulo Sousa, proprietário da José Delfim Monteiro de Sou-

sa & Filho Lda, mais conheci-da por Jodelpa, considera a alteração do horário positiva, mas lamenta a ausência do

presidente da AORP. “Acho que a alteração do horário foi positiva. Conseguimos apanhar algumas microem-presas que durante o dia não

têm possibilidade de vir aqui. No entanto, lamento a ausên-

cia do presidente da AORP, nesta exposição”, diz

o ourives. n

5VIVACIDADE ABRIL 2014

Reportagem Vivacidade

FOTO

: RVC

Ourindústria 2014 marcada pelo glamour e inovação na imagemA XVI Ourindústria trouxe glamour, moda e ourivesaria ao Multiusos de Gondomar. Durante quatro dias, o concelho foi a capital da ourivesaria, e afirmou-se no plano nacional. Com um dia extra de abertura ao público, um horário alargado fora do período laboral e um desfile de moda durante o fim de semana, a Ourindústria 2014 trouxe ao concelho mais de cinco mil pessoas.

O desfile de moda foi uma das novidades da XVI Ourindústria

FOTO

: RVC

FOTO

: PSF

Page 6: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

6 VIVACIDADE ABRIL 2014

Breves

No dia 23 de março realizou-se o 1.º con-certo “Música para Bebés e Papás” na Biblio-teca de Fânzeres. A iniciativa promovida pela Junta da União de Freguesias de Fânzeres e S.

Pedro da Cova teve lotação esgotada com a participação de muitos bebés acompanhados pelos pais. O concerto ficou a cargo do grupo Trupe Sons em Cena.

No dia 6 de abril a União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim cele-brou o Dia Mundial da Atividade Física com

uma aula de zumba na zona de Gramido, em Valbom. Dezenas de gondomarenses partici-param na iniciativa.

A EB 2,3 de Rio Tinto, EB 1 de S. Caetano e a EB Santa Bárbara, de Fânzeres, foram as es-colas de Gondomar distinguidas no dia 19 de março, no âmbito do Projeto “Mil Escolas”, da Águas do Douro e Paiva. O Projeto “Mil Es-

colas” apela à consciência do elevado grau de poluição dos rios e procura sensibilizar a co-munidade para a importância das águas de um rio correrem em espaços saudáveis.

Estão abertas as inscrições para o 9º Tor-neio de Futsal Infantil de Rio Tinto. O torneio está aberto a atletas integrados em equipas, nascidos em 2002, 2003, 2004 e 2005. A data limite de inscrições das equipas é até ao dia 9

de maio e a data limite de inscrição de atletas será até ao dia 9 de maio. A 23 de maio realiza--se o sorteio do torneio que terá início no dia 1 de junho. Os jogos realizam-se todos aos do-mingos de manhã.

O grupo de teatro da Universidade Sénior de Gondomar participou no IX Festival de Teatro Sénior, no dia 27 de março, no Cinetea-tro São Luís, em Pinhel. Os seniores gondoma-

renses apresentaram a peça “O Tio Simplício”, composta por Almeida Garret para a abertura do elegante teatro da Sociedade denominada Thalia, em 11 de abril de 1844.

Faleceu no dia 26 de março, no Hospital São João, no Porto, Nominando Fonseca Cos-ta, pai do vice-presidente e porta-voz do PSD, Marco António Costa. O funeral de Nominan-

do Costa, 76 anos, realizou-se no dia 27 de março no cemitério da Igreja Matriz de Fân-zeres.

Foi no lar D. Miguel que Jerónima Alves, gondomarense, celebrou, a 26 de março, 106 anos de vida. Jerónima festejou o aniversário com alegria durante a tarde e contou com a

presença de Marco Martins, presidente da Câ-mara de Gondomar, na festa. Apesar da idade a gondomarense não perdeu o sentido de humor e admite que agora “namora por sinais”.

A poetisa Ana Luísa Amaral apresentou a 21 de março o romance “Ara”, na Biblioteca Municipal de Gondomar. Autora de oito livros de poesia, dois livros infantis e representada em diversas antologias portuguesas e estran-geiras, Ana Luísa Amaral, acompanhada por Luís Filipe Araújo, vice-presidente e vereador

da cultura da Câmara Municipal de Gondo-mar, explicou como é possível meter poesia na prosa e falou do amor. A sessão contou tam-bém com a participação de dois instrumentis-tas da Banda Musical de Gondomar e leituras poéticas pelo In Skené – Grupo de Teatro de Amadores de Gondomar.

No âmbito das celebrações do Dia Mun-dial da Consciencialização do Autismo, a 2 de abril, o edifício da Câmara Municipal de Gon-domar foi iluminado de azul. A iniciativa teve

como objetivo chamar a atenção de todos so-bre o problema. O autismo é uma perturbação neurológica que afeta cerca de 67 milhões de pessoas no mundo.

1.º Concerto “Música para Bebés e Papás”

Zumba em Gondomar no Dia Mundial da Atividade Física

Projeto “Mil Escolas” distingue três escolas de Gondomar

9.º Torneio de Futsal Infantil de Rio Tinto

Universidade Sénior de Gondomar levou teatro a Pinhel

Marco António Costa de luto em Fânzeres

Jerónima Alves celebrou 106.º aniversário

Ana Luísa Amaral apresentou “Ara”na Biblioteca Municipal de Gondomar

Gondomar associou-se ao Dia Mundial da Consciencialização do Autismo

FOTO

: DR

FOTO

: DR

FOTO

: DR

FOTO

: DR

Page 7: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014
Page 8: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

8

Sociedade

VIVACIDADE ABRIL 2014

Texto: Pedro Santos Ferreira

Câmara de Gondomarinveste 30 mil euros na nova logomarcaA 14 de março a nova marca do município foi apresentada aos gondomarenses. Um mês depois, a Câmara de Gondomar revela o investimento feito na promoção da nova imagem do concelho: 30.000 euros. Ao Vivacidade, Carlos Brás, vereador da Comunicação, garante que a autarquia poupou milhares de euros e reafirma transparência do concurso público de conceção e criação da marca.

Um mês após a apresentação da nova marca da Câmara Muni-cipal de Gondomar (CMG), Car-los Brás, vereador responsável pelo pelouro da Comunicação da autarquia, revela ao Vivaci-dade o valor investido na divul-gação da logomarca “Gondomar é D’Ouro”. No total, o município investiu 30.000 euros no proces-so de conceção, criação e promo-ção da nova imagem.

“Gastar 30.000 euros para promover a nova marca é uma economia de meios. Adquirimos estruturas que ficam para o mu-nicípio e podem ser utilizadas a qualquer momento. Recordo que o prémio são 3.500 euros para a proposta vencedora. Qualquer empresa de comunicação cobra-ria, no mínimo, cerca de 20.000 euros só pela conceção de uma nova imagem”, garante Carlos Brás.

O autarca rejeita as suspeitas de falta de transparência no con-curso público da nova logomar-ca. João Rocha, autor da

proposta vencedora, é designer da empresa Criação Livre, res-ponsável pela campanha do Par-tido Socialista, nas mais recentes eleições autárquicas, contudo, de acordo com Carlos Brás, o processo foi transparente. “Pode parecer estranho ser um desig-ner da mesma empresa que pro-jetou a nossa campanha eleitoral a vencer, mas garanto que o pro-cesso de conceção e criação da nova logomarca foi totalmente transparente. Só após a decisão do vencedor é que fomos verifi-car quem era o concorrente. Era impossível saber antes”, refere.

O vereador sublinha a ne-cessidade de mudar a imagem de Gondomar no exterior, “pelo passado do concelho”. “Em Por-tugal, éramos alvo de chacota no que diz respeito aos eletrodo-mésticos. Sendo ou não funda-mentadas as críticas, certo é que decidimos mudar essa imagem sem abandonar a filigrana. Só assim conseguimos atrair no-vos mercados para o município”, afirma.

No entanto, a CMG continua a utilizar o

material existente com a anterior logomarca para comunicação interna e ainda não dispõe de cartões e papéis timbrados com a nova marca. Segundo Carlos Brás, a mudança será gradual. “Não deitamos papel fora, por isso a substituição será gradual”, conclui.

“Gondomar está bem ser-vido com esta logomarca”, diz vencedor do concurso

João Rocha, autor da propos-ta vencedora do concurso pú-blico para a conceção e criação da nova logomarca “Gondomar é D’Ouro”, mostra-se orgulhoso com a vitória no concurso, so-bretudo pela “elevada concor-rência”. “Sinto-me satisfeito por-que venci um concurso aberto a várias pessoas. Sendo suspeito para falar, creio que Gondomar ficou bem servido com esta lo-gomarca. Achei que a proposta era adequada às características do município”, afirma o designer.

Em entrevista ao Vivacidade, João Rocha garante que

está hoje “mais atento às notícias de Gondomar”, principalmente à promoção dos eventos no muni-cípio.

Segundo o designer, o pro-cesso de criação da proposta envolveu um trabalho de estudo complexo, dificultado pela falta de informação sobre Gondomar. “Tive que estudar a comunica-ção do município nos últimos 20 anos e confesso que não foi fácil. Só encontrava corações de ouro e pouco mais. Tive que pensar numa forma de expor a filigrana e o rio Douro, como elementos distintivos do concelho e achei importante criar uma adaptação da marca para os vários pelouros da CMG, para lhes conferir uma identidade própria”, diz João Ro-cha.

Alheio à polémica da trans-parência do concurso, João considera-se um freelancer que trabalha esporadicamente com a empresa Criação Livre e nega qualquer contacto com o e x e c u t i v o m u n i c i p a l .

“Limitei-me a trabalhar para a empre-sa quando me apresentaram o desafio, mas não vejo qualquer tipo de vantagem do executivo em escolher uma propos-ta só por-que era de um designer que trabalha para a Cria-ção Livre, até porque o prémio era individual .

Fui convidado por essa empresa, como podia ter sido con-vidado por outra”, conclui. n

João Rocha, autor da nova logomarca “Gondomar é D’Ouro”

“O “G” é elegante e clássico e o “Douro” apresenta-se de forma ma-nuscrita e informal. “Gondomar” é a marca institucional, por isso está mais limpa.

Propostas em exposição no Auditório Municipal

Os trabalhos concorrentes ao mais recente concurso público para a conceção e criação da logomarca “Gondomar é D’Ouro” estão em exposição no Auditório Municipal de Gondomar. Na inauguração da exposição, 12 de abril, Marco Mar-tins, presidente da CMG, entregou o prémio correspondente à vitória ao designer João Rocha. A mostra estará patente até 26 de abril.

Mupis da Cemusa sãoproblema para a autarquia

Inconformado com as sucessivas alterações tardias dos mupis (pai-nel publicitário vertical) Carlos Brás admite rever o contrato de conces-são celebrado com a empresa. “O contrato com a Cemusa prevê a utilização do verso dos mupis, por parte da Câmara, ou seja, ficamos sempre com a parte menos visível do painel. Além disso, a empre-sa não altera os cartazes quando precisamos e não podemos estar dependentes da firma que só altera as publicidades quando considera oportuno”, refere o autarca.

FOTO

: DR

FOTO

: PSFFO

TO: PSF

Page 9: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014
Page 10: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

A Associação Valboense “Dan-cing Star” realizou um ‘flashmob’ às portas da Câmara com algumas dezenas de crianças e jovens e até o executivo municipal se “juntou à festa”. O objetivo: alertar a comu-nidade para os maus tratos na in-fância. O ‘flashmob’ foi só o início de um vasto programa.

“Associamo-nos a um convite da Comissão Na-cional de Crianças e Jo-vens em Risco para aderirmos ao mês da prevenção dos mais tratos. É o segundo ano que estamos a reali-zar estas ações e, no ano passado, dirigimos as ações mais para as es-colas e este ano de-c i d i m o s fazer isto também e

sensibilizar mais o público em ge-ral e a comunidade”, disse ao Viva-cidade Otília Castro, presidente da CPCJ de Gondomar.

A campanha ‘Só o Coração Pode Bater’ inaugurou com o ‘flashmob’, a 7 de abril, mas conti-nua até ao mês de junho. Durante várias semanas será possível vi-sualizar um cartaz alusivo à cam-panha em todas as instituições do município e pelas paragens dos transportes públicos.

A CCPJ de Gondomar vai promover ainda vá-

rias ações de formação e atividades pelas es-

colas e em outros es-paços municipais. A

‘(In)Formação sobre o Bullying’, a ‘Lei

de Promoção e Proteção’ são

os nomes das ações de f o r m a ç ã o para alunos do 5.º e 6.º ano e ha-

verá ainda uma dinamiza-

ção de jogos, intitulada de “O Jogo dos Direitos” bem como uma ação de promoção de Competências Sociais. O Concurso do Laço Azul, para a sensibilização da população contra os maus-tratos, e a cami-nhada “Só o Coração pode Bater”,

que vai decorrer no dia 1 de junho do Freixo a Gramido, marcarão o final desta campanha.

Em 2013, a CCPJ de Gondo-mar acompanhou 1050 crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 0 e os 21 anos, tendo tido

maior prevalência problemáticas identificadas como violência do-méstica, abandono e absentismo escolar, negligência e maus tratos psicológicos que originaram a in-tervenção, sendo as escolas as en-tidades que mais as sinalizaram. n

CPCJ de Gondomar lança campanha de prevenção para maus tratos na infânciaNa manhã de 7 de abril, os Paços do Concelho encheram-se de jovens para um ‘‘flashmob’’ organizado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Gondomar que inaugurarou assim o ‘Mês da Prevenção dos Maus-tratos na Infância”.

10

Sociedade

VIVACIDADE ABRIL 2014

Texto: Ricardo Vieira Caldas

VNa foto: Otília Castro

FOTO

: RVC

FOTO

: RVC

FOTO

: RVC

Page 11: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

11VIVACIDADE ABRIL 2014

Sociedade

A Câmara Municipal de Gon-domar tem uma ordem do Tri-bunal de Contas, de agosto, para encerrar a empresa municipal ‘Gondomar – Coração de Ouro’. “Tentamos já neste mandato re-verter essa questão e contestar a decisão do Tribunal. Não con-seguimos e portanto a empresa, com pena minha, vai ter que ser encerrada”, explica Marco Martins ao Vivacidade. “Para já não existe alternativa”, acrescenta.

O edil da Câmara de Gondo-mar afirma que “até ser encon-trada uma solução”, o município “passará a dirigir diretamente o Multiusos.” “Vamos ter que arran-jar um modelo de gestão mas nes-te momento temos que assegurar a transição. Ainda não decidimos nada em concreto”, refere.

O relatório e contas da empre-sa foi aprovado por unanimidade na reunião de Câmara, a 2 de abril, em Foz do Sousa, e o valor do volu-me de negócios de 2013 atingiu os 140 mil euros, dos quais, segundo Marco Martins, “80% é pago pelo próprio município”. Essa situação levará a insolvência da empresa já que a mesma não se consegue au-tossustentar.

O diretor do Multiusos, Nuno

Ferreira, lembra, no entanto que “no fundo o dinheiro é da Câma-ra.” “Ele não sai daqui e é investido em melhorias cá. A administração é 100% da Câmara”, conta. “Existe um protocolo em que a Câmara não paga o total do valor da tabela de preços, paga apenas uma parte”, acrescenta ainda.

Quanto à questão da insolvên-cia, o diretor diz que tudo o que sabe “é pela comunicação social” e considera que “há uma falha de comunicação entre a direção e a Câmara”. “Nós não tivemos ne-nhuma informação em concreto”, conclui.

142 mil pessoas passaram pelo Multiusos em 2013

Não foi o melhor ano mas ain-da assim o número de visitantes do Multiusos registou um cres-cimento face aos anos anteriores. No ano passado, o equipamento

gondomarense recebeu 142 mil pessoas e organizou um total de

94 eventos. Nuno Ferreira é diretor desde

2010 e diz que sempre tentou colo-car o Multiusos na rota dos gran-des eventos, “quer ao nível dos concertos, feiras, como todo o tipo de eventos que se possam fazer neste equipamento.” “Mesmo com a crise temos conseguido manter

os eventos do ano passado e trazer outros novos. Exemplo disso foi a

vinda da Rádio Comercial que po-deria não existir, não fosse o tra-balho de promoção que se fez do Multiusos”, refere.

Multiusos de Gondomar, um ‘elefante branco’?

Para Marco Martins “o Mul-tiusos ainda é um elefante branco.” “Estamos a fazer um esforço para dinamizá-lo e temos conseguido atrair novos investimentos e espe-táculos, como foi o caso da Rádio Comercial, mas a verdade é que é um equipamento subaproveitado. Tem muito mais potencial”, escla-rece. “Nós já fizemos uma revisão da tabela de preços, dentro daqui-lo que era possível fazer”, justifica o presidente da Câmara. Ainda assim, existem coisas para melho-rar na opinião do líder camarário.

“Já há uma linha de autocarros mas estamos a negociar com a Gondomarense para aumentar a oferta para quando houver even-tos. Agora, a grande solução sob o ponto de vista da mobilidade, será quando tiver a estação de metro ao lado”, indica.

Já Nuno Ferreira não concor-da com a designação de ‘elefante branco’ para o pavilhão. “Não con-sidero um elefante branco. É um espaço que tem muito potencial e foi muito utilizado, por exemplo, no ano passado”, diz. “O que me pareceu inicialmente foi que as pessoas não conheciam o Multiu-sos. Esse trabalho tem vindo a ser feito e começamos agora a colher os louros. Cada vez mais estamos a ser contactados por promotores de grandes eventos”, adiciona. n

Empresa municipal que gere Multiusos vai ser encerradaA empresa municipal ‘Gondomar – Coração de Ouro’, que gere o Pavilhão Multiusos de Gondomar desde 2007, vai ser encerrada. Ga-rantia dada por Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, que diz “não haver alternativa”.

V

V

Multiusos registou um crescimento no número de visitantes face a 2012 bem como no número de eventos acolhidos

Na foto: Nuno Ferreira, diretor do Multiusos

FOTO

: RVC

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Page 12: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

12

Sociedade

VIVACIDADE ABRIL 2014

Pouco passava da meia-noite de 20 de março e o grupo constituído por sete pessoas do Vai Avante já rumava à capital para apanhar o voo das 5h30 para uma outra capi-tal, do centro da Europa, Bruxelas.

Selma Sousa foi como repre-sentante dos utentes abrangidos pelo Rendimento Social de Inser-ção e foi a primeira a destacar--se pelo nervosismo em andar de avião e a ansiedade por conhecer Bruxelas. “É a primeira vez que vou a Bruxelas. Aquilo que espero é ter a oportunidade de conhecer o Parlamento e alguns dos elemen-tos que fazem a articulação entre Portugal e o Parlamento Europeu. Quero também perceber um pou-co, o importante papel que as IPSS podem ter na interação com o Parlamento Europeu. Este tipo de iniciativas são uma mais-valia no sentido das IPSS terem também oportunidade de dar a conhecer o seu trabalho além-fronteiras”, contou ao Vivacidade momentos antes de entrar no avião.

Encontro com Passos Coe-lho e chegada a Bruxelas

Se a viagem até à Bélgica já seria uma surpresa para a maior parte das pessoas do grupo, o en-contro no avião com uma pessoa bastante conhecida por todos foi uma surpresa ainda maior. Por coincidência, o primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, juntou-se no mesmo voo rumo a Bruxelas com a finalidade de par-ticipar numa reunião do Conse-lho Europeu. Na chegada à capital europeia, ainda houve tempo para uma fotografia com o chefe do Governo português, para guardar para a prosperidade. A chegada ao centro nevrálgico da União Euro-peia foi calma mas rapidamente se partiu para o hotel onde o grupo iria ficar durante os três dias. No caminho, o Vai Avante teve opor-

tunidade de conhecer 12 pessoas de diferentes pontos do país que se juntaram à comitiva, a convite de Edite Estrela.

Tarde dedicada à EuropaFoi no período da tarde do

dia 20 que o grupo de S. Pedro da Cova ficou a conhecer a instituição parlamentar da União Europeia. O almoço já realizou-se na cantina do Parlamento onde não faltaram as famosas batatas fritas, tão habi-tuais nas ruas de Bruxelas. Patrícia Santos, que representava o Centro Comunitário do Vai Avante, reve-lou ao Vivacidade a importância da presença da IPSS no Parlamento. “Vai ser muito bom dar a conhecer o Vai Avante ao Parlamento”, alu-diu.

A seguir ao almoço, seguiu-se uma breve visita às instalações não foi possível mas conhecer o hemi-ciclo já que o mesmo se encontrava em remodelações. Iniciou-se então a reunião, já prevista, com a euro-deputada Edite Estrela. A socialista explicou aos presentes as bases da União Europeia e como funciona

o Parlamento Europeu. Falou tam-bém da sua experiência enquanto deputada na instância europeia e do prémio que conquistou como melhor deputada na área do em-prego e assuntos sociais, pelos MEP Awards 2014.

Ao Vivacidade, Edite Estrela explicou o conceito desta viagem.

“O Parlamento Europeu autoriza a que cada deputado convide anual-mente um número de visitantes. Depois é opção do deputado con-vidar associações, escolas ou outro tipo de organismos. Eu tento, fazer um grande investimento nas esco-las e universidades – para que os mais jovens possam continuar inte-

ressados no projeto europeu e em-penhados na ligação com a Europa – e também na área social, porque é uma área em que eu me ocupo no Parlamento. O grupo do Vai Avante foi uma sugestão do Partido Socia-lista e achei que devia atender esse pedido pelo trabalho meritório que desenvolvem e porque trabalham

com jovens e idosos e populações que exigem uma atenção especial”, comentou. “É muito importante porque é diferente o conhecimen-to direto, in loco. O saber de como funciona o Parlamento, de como é que se desenvolve o trabalho dos deputados e também conhecer um pouco da cidade onde estamos a trabalhar”, acrescentou a deputa-da. “São experiências marcantes e enriquecedoras. Todos os anos cos-tumo trazer também ao Parlamen-to um grupo de pessoas ligadas às redes sociais, sobretudo ao Twitter”, disse ainda Edite Estrela.

Quanto à ligação dos portu-gueses à União Europeia, a depu-tada acredita que “os portugueses sempre foram europeístas” “E es-pero que continuem a ser porque não vejo futuro para Portugal fora da Europa. Acho que nos últimos tempos a Europa se tem descarac-terizado um pouco e o meu olhar é bastante crítico em relação às políticas que têm sido seguidas, de-signadamente em relação a países como Portugal, que estão a pena-lizar muito os mais desfavorecidos. Tem havido um desinvestimento na proteção social. E há tendência para quando as coisas correm mal, dizer que a responsabilidade é da Europa e quando as coisas correm

bem, dizer que a responsabilidade é nacional”, referiu a socialista.

Por terras da FlandresO dia 20 acabaria com um jan-

tar oferecido pela eurodeputada no ‘L’entrée des artistes’, um restau-rante típico no centro de Bruxelas que servia café português. Balanço do dia? Um dia que os belgas e re-sidentes de Bruxelas consideraram atípico, com muito sol e calor.

No dia seguinte, os convidados de Edite Estrela começaram o dia com a chuva habitual para a época e a visitar a região da Flandres, onde se fala essencialmente flamengo. Gent foi a cidade visitada da parte da manhã, mas o resto do dia foi dedicado a uma cidade que mui-tos consideram “parada no tem-po”, a cidade de Bruges, conhecida pela sua beleza e por um comércio abundante no que diz respeito à indústria do chocolate. Marta Oli-veira foi pelo Vai Avante, em repre-sentação da dança e das atividades culturais da associação. Adorou a experiência. “Acho que a troca cul-tural foi extremamente gratificante. Gostei sobretudo de visitar Bruges e perceber a multiculturalidade que a Bélgica tem, assim como a grande liberdade de expressão”, explicou ao Vivacidade.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Associação Vai Avante visitou o Parlamento EuropeuA Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante, de São Pedro da Cova, visitou de 20 a 22 de março e de 7 a 9 de abril, o Parlamento Europeu em Bruxelas a convite dos eurodeputados socialistas Edite Estrela e Luís Capoulas Santos. O Vivacidade acompanhou a primeira viagem à Bélgica e faz um balanço desta expedição cultural.

V

V

Na foto: Fábio Silva, Ana Silva, Fernando Duarte, Edite Estrela, Patrícia Santos, Lídia Ferreira, Marta Oliveira e Selma Sousa

Na viagem para Bruxelas, o Vai Avante encontrou Pedro Passos Coelho

FOTO

: RVC

FOTO

: RVC

Page 13: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

13VIVACIDADE ABRIL 2014

Sociedade

Balanço final no regresso a casa

No dia 22 de março, sábado, o dia serviu para conhecer melhor Bruxelas e para voltar para Portu-gal.

“Achei a viagem muito inte-ressante. É muito importante esta aproximação entre o Parlamento e os cidadãos. Não me tinha aper-cebido do trabalho dos eurodepu-tados e da importância que têm para o nosso país”, comentou Lídia Ferreira, enviada pela associação gondomarense para representar o Centro de Apoio à Comunidade. Ana Silva já tinha uma ideia do que era o Parlamento Europeu mas “ouvir da boca dos eurodeputados todas as suas experiências é com-pletamente diferente”, considerou. “Penso que as pessoas não sabem

para que é que esta instituição ser-ve e que importância tem para a sociedade”, referiu ainda.

Fábio Rocha representou a ju-ventude e revelou ao Vivacidade a sua opinião no que respeita ao sentimento pela Europa. “Os belgas são mais europeístas, o povo portu-guês é mais por si. Mas tinha a ideia de que um assento no parlamento europeu era como uma reforma dourada e pela explicação que nos deram percebi que existe algum trabalho que vem detrás”, aclarou.

Da parte da presidência do Vai Avante, na qualidade do principal dirigente, Fernando Duarte faz um balanço muito positivo da visita ao Parlamento Europeu. “Correu tudo muito bem. Fomos muito bem recebidos pela deputada Edi-te Estrela. Foi a primeira vez que

a Associação Vai Avante visitou o Parlamento Europeu e é sempre importante perceber como fun-ciona a instituição. A delegação foi praticamente toda composta por jovens, serviu para projetar a pró-pria associação e veio enriquecer a sua história. Estamos agora a par de muitos projetos europeus que se realizam para os jovens”, explicou. “A Associação Vai Avante repre-sentou, de certa forma, todo o as-sociativismo gondomarense e seria ótimo que todas essas associações tivessem um dia a oportunidade de visitar o Parlamento. Também nos proporcionaram depois a visita a outras cidades da Bélgica e ainda estou fascinado pelos edifícios, pela limpeza e pelo turismo”, finalizou o presidente do Vai Avante. n

Associação Vai Avante visitou o Parlamento EuropeuA Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante, de São Pedro da Cova, visitou de 20 a 22 de março e de 7 a 9 de abril, o Parlamento Europeu em Bruxelas a convite dos eurodeputados socialistas Edite Estrela e Luís Capoulas Santos. O Vivacidade acompanhou a primeira viagem à Bélgica e faz um balanço desta expedição cultural.

V Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica

FOTO

: DR

Page 14: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Este ano o Dia do Rio rece-beu especial atenção da Junta de Freguesia de Rio Tinto, do Movi-mento em Defesa do Rio Tinto, da Câmara Municipal de Gondo-mar e dos gondomarenses. Du-rante uma semana, a cidade con-tou com um programa composto por três iniciativas distintas que visaram chamar a atenção de to-dos para o atual estado do rio.

No dia 21 de março os rio-tintenses marcaram presença num debate sobre o rio Tinto, com três oradores convidados, no Centro Cultural Amália Ro-drigues. Paulo Silva, porta-voz do Movimento em Defesa do Rio Tinto (MDRT), Teresa Andersen, arquiteta paisagista, e Adriano Bordalo de Sá, cientista e pro-fessor de ecologia, debateram o futuro do rio, num encontro mo-derado por Nuno Fonseca, presi-dente da Junta de Rio Tinto.

No final os três foram unâni-mes ao reclamar a construção de uma nova ETAR, uma vez que a atual “não serve os interesses am-bientais necessários”, disse Paulo Silva.

Dois dias depois, a 23 de mar-ço, realizou-se a sétima edição da Caminhada pelo Rio Tinto. Cen-tenas de pessoas reuniram-se junto às piscinas municipais de Rio Tinto, onde foi dado o ponto de partida para um percurso pe-las margens do rio que permitiu comparar a poluição do rio an-tes e depois da ETAR do Meiral. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondo-mar, vários membros da vereação e Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto, associaram--se à iniciativa.

A 29 de março, a encerrar as comemorações do Dia do Rio, dezenas de voluntários marca-ram presença na Ribeira da Cas-

tanheira para uma reflorestação das margens do rio. Foram plan-tadas 100 árvores de várias espé-cies.

Balanço positivo da organi-zação

Ao Vivacidade, Paulo Silva, porta-voz do MDRT, mostrou-se satisfeito com as comemorações

do Dia do Rio. “É uma mudan-ça relevante face a 2013. Ficamos contentes porque foram discuti-dos os problemas do rio Tinto e

trouxeram-se ideias importantes para a defesa deste património. Além disso, a Junta de Rio Tin-to esteve presente de uma forma muito ativa”, afirma Paulo Silva.

No entanto, o porta-voz do MDRT, não se considera satis-feito e promete continuar a lutar pela divulgação do atual estado do rio Tinto. “Sem uma divulga-

ção do problema não há visibili-dade, logo não há projetos para resolver. O MDRT tem que ter sinais que as coisas vão mudar e

esses sinais ainda não são claros, mas queremos acreditar que po-dem haver mudanças nos próxi-mos quatro anos”, refere.

Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto, também faz um balanço positivo do Dia do Rio. “Era um compromisso elei-toral comemorar o Dia do Rio, anteriormente aprovado em As-sembleia de Freguesia. A Junta de Rio Tinto e o MDRT uniram-se e comemoraram com um progra-ma único. Acho que resultou em pleno porque todas as iniciativas foram muito participadas”, diz o autarca, que promete continuar a luta pela despoluição do rio Tin-to.

“Cada tubo de saneamento que se retire do rio, cada litro de água suja que seja retirada e tra-tada na ETAR é uma vitória. Esta é que deve ser a filosofia, prin-cipalmente da Águas de Gondo-mar, que precisa de ter uma filo-sofia ambientalista aliada a uma visão comercial que não anule a questão ambiental”, explica.

A Junta de Freguesia de Rio Tinto e o MDRT esperam repetir as comemorações do Dia do Rio, no próximo ano. n

14

Sociedade

VIVACIDADE ABRIL 2014

Texto: Pedro Santos Ferreira João Marques

Dia do Rio alertou Gondomarpara necessidade de preservar o rio TintoA Junta de Freguesia de Rio Tinto e o Movimento em Defesa do Rio Tinto uniram-se para comemorar o Dia do Rio. O programa contou com três iniciativas com o objetivo de consciencializar os gondomarenses para os problemas do rio Tinto. Um debate, uma caminhada e uma reflorestação, foram as atividades realizadas.

“O rio Tinto em Debate”

No dia 21 de março, o Centro Cul-tural Amália Rodrigues recebeu a primeira iniciativa das comemora-ções do Dia do Rio: “O rio Tinto em Debate”. Paulo Silva, porta-voz do MDRT, Teresa Andersen, arquiteta paisagista, e Adriano Bordalo de Sá, cientista e professor de ecologia, debateram a poluição e o entuba-mento do rio.

Centenas de pessoas na 7.ª caminhada

A 23 de março realizou-se a 7.ª Ca-minhada pelo Rio Tinto, que contou com centenas de pessoas. Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, e vários membros da vereação, associaram-se à iniciati-va. A caminhada permitiu observar o atual estado do rio.

Reflorestação de árvores junto à estação da Levada

No dia 29 de março foram planta-das 100 árvores nas margens do rio Tinto, perto da paragem de metro da Levada. A iniciativa contou com a participação de dezenas de vo-luntários. Foram plantados casta-nheiros, medronheiros, ulmeiros e salgueiros, na zona da Ribeira da Castanheira.

FOTO

: DR

FOTO

: DR

FOTO

: DR

FOTO

: PSF

FOTO

: DR

V Marco Martins e Nuno Fonseca associaram-se às iniciativas do Dia do Rio

Page 15: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Luís S., 51 anos, fiscal de obras da Câmara Municipal de Gondo-mar, foi detido em flagrante delito, no início deste mês, pela Polícia Ju-diciária do Porto, quando se prepa-rava para receber um pagamento ilícito, no âmbito de um processo de licenciamento de obras.

Entretanto o fiscal foi suspenso pela Câmara de Gondomar por ser suspeito de aceitar “luvas” no valor de 300 euros para permitir a legali-zação de um anexo, na freguesia da Lomba. A situação foi denuncia-da por Rui Vicente, presidente da Junta de Freguesia da Lomba, que

tinha conhecimento do caso. O autarca contactou Marco Martins, presidente da Câmara de Gondo-mar, que denunciou à PJ do Porto.

O encontro para a entrega dos últimos 100 euros [200 euros já tinham sido pagos] foi combina-do com o proprietário das obras e as notas tinham sido marcadas e fotocopiadas pelos inspetores da PJ. Logo que Luís S. Passou a ter o dinheiro na sua posse, foi detido pelos investigadores, que vigiavam o encontro.

O juiz de instrução criminal proibiu Luís S. de ser fiscal e de contactar testemunhas enquanto durar o inquérito, mas a Câma-ra decidiu suspendê-lo das suas funções e instaurou um processo

disciplinar.Município apela a denúnciasA 3 de abril, a Câmara de Gon-

domar fez saber, em comunicado, que está “disponível para recolher todas as denúncias, compromen-tendo-se a atuar em conformidade”.

A Autarquia salienta, no entan-to, que preferia que estas medidas não fossem necessárias. “O Mu-nicípio não pode deixar de agir e atuar no combate à corrupção e no reforço da transparência, na defe-sa dos interesses de todos os gon-

domarenses. Salienta-se que estas ações não pretendem perseguir os colaboradores da Autarquia, mas antes reforçar o papel de todos os bons colaboradores da Câmara”, pode ler-se no comunicado da Câ-mara de Gondomar. n

Sociedade

Texto: Pedro Santos Ferreira

Fiscal apanhado a receber “luvas” suspenso pela CâmaraUm fiscal de obras da Câmara de Gondomar foi apanhado em flagrante delito a receber “luvas” para licenciar uma obra na Lom-ba. O caso foi denunciado por Rui Vicente, presidente da Junta de Freguesia da Lomba.

15VIVACIDADE ABRIL 2014FO

TO: D

R

Page 16: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

16

Sociedade

VIVACIDADE ABRIL 2014

A XVI edição da Ourindústria, que decorreu de 27 a 30 de março, foi a gota de água para Luís Silva. A Horizonte Mais, uma empresa riotintense de Segurança Priva-da que opera a nível nacional, já não estará em Gondomar daqui a um ano, garante o gerente, e tudo por falta de consideração e estima para com a empresa por parte dos líderes políticos de Gondomar que, entre outros, incluem o atual presidente da Câmara, Marco Martins e o seu antecessor, Valen-tim Loureiro.

“Basta. Não estava nada pla-neado mas estou farto disto. A Horizonte Mais daqui a um ano não estará mais em Gondomar” desabafa Luís Silva. Para o dono da empresa de Rio Tinto, o facto de a Câmara Municipal de Gon-domar “não ter consultado a em-presa” para a possível prestação de serviços de segurança privada e ter contratado uma concorren-te fora do concelho sem qualquer explicação foi o suficiente para pôr um ponto final numa decisão que há muito já pensava tomar. “Fico triste com estas atitudes porque, até à data, não houve se-quer a dignidade de me enviarem um email a dizer que a intenção de adjudicação recaiu sobre uma outra empresa concorrente. Pelo menos que fosse consultado. O reconhecimento que pretendo é o de que nós existimos”, explica Luís Silva ao Vivacidade.

Mais de 90 postos de traba-lho em risco

Com cerca de 290 funcioná-rios - 93 de Gondomar – e nove viaturas, a Horizonte Mais possui o seu raio de ação um pouco por todo o território continental e no Arquipélago dos Açores. Luís Sil-va está decidido a transferir a sede da empresa para os Açores mas não garante a continuidade dos postos de trabalho de Gondomar.

“A Horizonte Mais, neste momen-to, e por razões estratégicas, con-siderando a conjuntura económi-ca e que é transversal, reduziu os quadros de pessoal em cerca de 40%. Não faço futurologia mas o meu interesse é cortar o cordão umbilical com Gondomar. Tem a ver com as pessoas que vêm assu-mindo os destinos do concelho. Decidi em março. A Ourindústria foi o culminar de muitas situa-ções”, refere o proprietário.

“Não existiu falta de comu-nicação” garante vereador

Com vista a esclarecer a “falta de reconhecimento por parte da Câmara” transmitida pelo gerente da Horizonte Mais, Luís Silva, o Vivacidade questionou José Fer-nando Moreira, vereador das Fei-ras, Mercados e Eventos Promo-cionais, que garantiu que “da parte da Câmara Municipal, não existiu falta de comunicação com a em-presa Horizonte Mais”. O autarca refere ainda que para a execução do serviço de segurança/vigilân-cia na Ourindústria 2014, “foram contactadas as seguintes empre-

sas: Charon, Horizonte Mais e SPDE para apresentação de orça-mentos,   tendo em vista a adju-dicação, por ajuste direto, dado que os valores envolvidos não exi-giam concurso público, conforme decorre da lei.” José Fernando Moreira diz que “após análise de todas as propostas apresentadas,

adjudicou-se o serviço à empresa SPDE que apresentou a melhor proposta”, com um valor inferior ao das restantes empresas.

Luís Silva refere que é “é pe-remptoriamente falso que o verea-dor em questão ou quem quer que seja da Câmara de Gondomar” o tivesse consultado e “muito me-

nos a pedir orçamento para a Ou-rindústria 2014”. Diz-se surpreen-dido com a atitude que, segundo conta, a Câmara teve para com a empresa, porque não obteve con-tacto após a decisão e ficou in-clusive com “a nítida sensação de que houve quase que o esconder desta empresa ou da sua pessoa”. “Tomei de imediato diligências no sentido de obter o referido ca-derno de encargos e dirigi-me por email à Câmara de Gondomar, ao cuidado do Sr. Presidente e dos responsáveis pelos aprovisiona-mentos”, conta. “Após a minha insistência, elaborei o referido or-çamento. Consigo entretanto, pela ausência de qualquer informação sobre o desenrolar do “concur-so”, estabelecer contacto com o vereador responsável pelo citado evento e, pese embora o facto de me ter reconhecido, deu-me como desculpa que no momento não era possível falar comigo mas que lhe ligasse decorrida que fosse uma hora. Assim o fiz, não me atendeu, insisti, e até hoje, nunca mais me atendeu nem tão pouco me devol-veu qualquer chamada” explica.

Quanto ao facto de a Horizon-te Mais já ter prestado serviços à CMG em edições anteriores da Ourindústria, o vereador explica

Empresa de segurança privada riotintense pondera fechar em Gondomar e afirmar-se nos AçoresNascida e criada em Rio Tinto no ano 2000, a Horizonte Mais é, neste momento, a única empresa de Segurança Privada do concelho mas vai mudar-se. O sócio gerente da firma, Luís Silva, justifica a saída do município - que pode levar ao despedimento de 90 gondomarenses – com a falta de apoio e consideração que a empresa teve nos últimos anos por parte dos líderes políticos do município.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Horizonte Mais opera há dez anos na Base das Lajes, o “ex-libris da segurança privada”

Com uma “enorme variedade de clientes” desde portarias em universidades, hospitais, Câmaras Municipais, estaleiros de obras, discotecas e organismos do Governo - em particular do Governo Regional dos Açores onde, nos últimos 10 anos houve uma forte aposta da empresa – a Horizonte Mais, dirigida por Luís Silva, enceta diligências junto do Governo de Angola e do Governo de Moçambique para efetuar serviços no âm-bito da segurança privada. Contudo, é nos Açores que Luís Silva mais se orgulha de mostrar a afirmação da firma que criou há 14 anos. Com serviços de segurança e vigilância na Assembleia legislativa do Governo Regional dos Açores e no Hospital da Ilha Terceira e Ilha de S. Miguel, a Horizonte Mais destaca-se no entanto muito mais com a sua presença na Base das Lajes, o “ex-libris da segurança privada” em Portugal. “Considero ser um privilégio e é muito prestigiante para nós prestar serviço na Base das Lajes, assim como com todos os atuais e futuros clientes” explica o proprietário. Há 10 anos que o fazem e Luís Silva não esconde: “não é fácil. Os EUA são dos mercados mais exigentes”. Para vigiar a base são necessários “critérios muito rigorosos”, refere. “Num só dia existem senhas, a que só eu tenho acesso, que são alteradas e destruídas 20 vezes”, acrescenta.

FOTO

: DR

FOTO

: DR

V A Horizonte Mais situa-se em Rio Tinto, desde 2000

Page 17: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

que “apesar da empresa ter de-sempenhado bons serviços nas edições anteriores não se deve, contudo, excluir nenhuma empre-sa do mesmo setor de atividade de poder desempenhar os seu servi-ços,  num evento representativo para o  Município de Gondomar, desde de que reúna as melhores condições”. “Estando na presença de empresas que nos merecem a maior consideração, em futuras edições serão novamente contac-tadas para apresentação das suas propostas”, acrescenta José Fer-nando Moreira.

A saída de Gondomar“Quando em 2000 decidi

apostar neste projeto, hoje por muitos reconhecido, poderia ter apostado em um outro local que não Gondomar”, começa por ex-

plicar Luís Silva. Mas não foi o caso. Por ser a sua “terra natal” e para poder “criar postos de traba-lho e realizar investimentos nas largas centenas de milhares de euros que vão desde imóveis, frota automóvel, fornecedores de far-damentos, e equipamentos com-prados em Gondomar” o dono da empresa riotintense decidiu fixar--se e apostar no concelho. “Mas, nunca, houve qualquer reconhe-cimento pelas entidades que têm gerido os destinos das suas Juntas de Freguesia ou da Câmara Muni-cipal de Gondomar, lembrando-se e só, que a Horizonte Mais existe quando se trata de patrocínios que vão desde os bombeiros a outros eventos”, desabafa Luís Silva. “De-vemos acarinhar quem nos con-sidera e estima”, acrescenta ainda Luís Silva e “em Gondomar isso,

não acontece, portanto...”Questionado pelo Vivacida-

de sobre o porquê de se conside-rar injustiçado, o proprietário da Horizonte Mais pouco disse mas referiu que tudo se resume a uma “questão que se tornou pessoal, por parte do atual presidente da Câmara de Gondomar”, desde o momento em que Luís Silva não apoiou a sua candidatura à Câma-ra, no ano passado, por considerar “uma traição a Rio Tinto” já que “noutros tempos” Marco Martins “lutava para que a freguesia pas-sasse a concelho”. Mas há ainda algo que, para Luís Silva, está na origem do problema de relacio-namento da Horizonte Mais com a Câmara. “O atual presidente da Câmara virou-me as costas após o facto de eu em público e como amigo, o ter advertido em rela-

ção a pessoas com quem ele se fa-zia acompanhar por não ser pres-

tigiante para o mesmo”, explica. n

Empresa de segurança privada riotintense pondera fechar em Gondomar e afirmar-se nos AçoresNascida e criada em Rio Tinto no ano 2000, a Horizonte Mais é, neste momento, a única empresa de Segurança Privada do concelho mas vai mudar-se. O sócio gerente da firma, Luís Silva, justifica a saída do município - que pode levar ao despedimento de 90 gondomarenses – com a falta de apoio e consideração que a empresa teve nos últimos anos por parte dos líderes políticos do município.

Sociedade

17VIVACIDADE ABRIL 2014FO

TO: RVC

V Na foto: Luís Silva, proprietário da Horizonte Mais

Page 18: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

18 VIVACIDADE ABRIL 2014

Sociedade:

“Rights, Camera, Action! Participation and Democracy in Europe”leva alunas de Gondomar a Sardenha

Mais 1,8 milhões de euros a debitar no orçamento camarário

Duas alunas da Escola Secundária de Gondomar vencerem o concurso de vídeo sobre Democracia e Participação Juvenil, organizado pelo Geoclube e foram premiadas como uma viagem a Sardenha.

A Câmara de Gondomar foi condenada pelo Tribunal da Relação do Porto a pagar mais de 1,5 milhões de euros a um particular. Em cau-sa está um terreno, localizado na marginal de Valbom, que foi expropriado há cerca de seis anos, no âmbito do programa Polis.

No seguimento dos Workshops realizados no âmbito do Projecto “Rights, Camera, Action! Participa-tion and Democracy in Europe” o Geoclube levou duas alunas do 11.º

ano da Escola Secundária de Gon-domar a Cagliari - Sardenha.

O Intercâmbio decorreu en-tre os dias 19 e 25 de fevereiro de 2014, organizado pela Associação

TDM 2000 Internacional, e contou com a participação de seis pessoas de seis países da Europa: Portugal, Itália, Grécia, Croácia, Estónia e Eslovénia. O principal objectivo era

abrir um espaço de discussão/deba-te sobre a noção de democracia na Europa, a importância da partici-pação juvenil, e também a impor-tância das eleições europeias que se

avizinham. Deste encontro resultou uma curta-metragem sobre estes temas onde se incluíram entrevistas aos locais, teatro e até um ‘flash-mob’ no centro da cidade.

“Fomos condenados a pagar 1,5 milhões de euros mais juros. Qual-quer coisa na ordem dos 1,8 milhões que a Câmara vai ter que dispor. Uma verba que não está orçamenta-da, que não estávamos a contar e que

obviamente vai ter que ser retirada de outros campos. É totalmente im-prescindível para o funcionamento da autarquia. Este é mais um dos 402 processos em que a Câmara é réu”, elucidou ao Vivacidade, Marco Mar-

tins, presidente da Câmara Munici-pal de Gondomar.

O autarca lamenta todas estas condenações a que a Câmara tem vindo a ser obrigada a pagar. “Já tive-mos, desde o inicio do mandato, três

condenações em última instancia que rebentam com qualquer orçamento de gestão”, diz. “O que vamos fazer, quando tivermos tempo, é pegar pro-cesso a processo e ver se em alguns deles conseguimos chegar a um en-

tendimento e um consenso porque em mera hipótese académica, se cada um dos processos for na ordem dos 100 mil euros, desses 400 processos dá 40 milhões de euros”, indica Mar-co Martins.

FOTO

: DR

“Se reparar com atenção nos

montantes e nas taxas detetará que, este ano, há uma redução de taxas e que isso resulta numa di-minuição do valor a pagar. A Au-tarquia decidiu, para 2014, aplicar uma taxa de 0,30% nas freguesias do Alto Concelho (Lomba, Melres, Medas, Foz do Sousa e Covelo) e de 0,35% nas restantes freguesias, o que se traduz numa redução de 40% e de 30%, respetivamente, da taxa máxima do IMI”, lê-se no ‘info mail’ enviado pelo município para todas as habitações do conce-lho.

Ao Vivacidade, a autarquia explicou que pretende informar a população da redução das taxas de IMI para um melhor esclareci-mento de todos. Contudo, a Câ-mara alerta que pode haver casos onde essa mesma redução da taxa camarária não se reflita numa re-

dução de imposto a pagar. Car-los Brás, vereador das Finanças e Contabilidade da CMG, explica porquê. “Nem em todos os casos, a descida da taxa corresponde a

uma descida do imposto a pagar. Nesses casos isso resulta exclusiva-mente por via da avaliação que as finanças promoveram”, refere.

Quanto a esse possível aumen-

to de impostos em relação ao ano anterior, Carlos Brás é explícito ao referir que “o município não pode intervir na avaliação, só na aplica-ção da taxa”.

Se ainda tem dúvidas veja [no gráfico] quanto paga de IMI, isto claro se a reavaliação do seu imó-vel não interferir.

Câmara alerta:casos de aumento de IMI devem-se a reavaliação das Finanças Os gondomarenses estão a receber nas suas casas a nota de cobrança do Imposto sobre Imóveis (IMI) com uma redução relativa-mente ao ano anterior. A Câmara Municipal de Gondomar (CMG) alerta, no entanto, para possíveis casos em que o contrário possa acontecer, ou seja, em vez de uma redução, o cidadão vai receber um aumento de imposto relacionado com a reavaliação promovida pelas finanças.

Texto: Ricardo Viera Caldas

Page 19: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

19VIVACIDADE ABRIL 2014

Cultura:

Orfeão Estrelas de Silveirinhosorganizou Encontro de Coros

O teatro esteve em debate na Casa da Juventude de Rio Tinto

A silicose ainda é uma doença sem cura

O Orfeão da Associação Social de Estrelas de Silveirinhos celebrou o seu XII aniversário, no dia 6 de abril, em clima de festa. O au-ditório da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova recebeu um En-contro de Coros com vista na celebração do aniversário.

No dia 27 de março, a Casa da Juventude de Rio Tinto realizou nova edição do ciclo “Conversas com Gente Nova”. Os convida-dos debateram “O Teatro em Gondomar”, na presença de deze-nas de jovens.

No dia 5 de abril, Dia Mundial da Saúde, o Museu Mineiro de São Pedro da Cova organizou uma conferência sobre a silicose, doença profissional associada à inalação de poeiras de sílica e frequente nos operários mineiros. A silicose não tem cura e os principais sin-tomas da doença são a tosse e a falta de ar.O Coral Polifónico do Oeste e o Orfeão

Universitário do Porto foram os convidados para o Encontro que juntou no auditório al-gumas dezenas de pessoas.

O concerto começou pelas 16:30h e ter-minou muito perto das 20h. De seguida, foi

oferecida uma ceia aos convidados no edifí-cio da Junta.

Fonte do Orfeão contou ao Vivacidade

que o Encontro proporcionou “uma excelen-te tarde de domingo e um magnífico concer-to que primou particularmente pela qualida-de dos grupos participantes”.

O Encontro de Coros contou com a par-ceria da Junta da União das Freguesias de

Fânzeres e S. Pedro da Cova, com a Câmara Municipal de Gondomar e com o Instituto Português do Deporto e Juventude. n

Sofia Araújo, diretora de atores e encenado-ra do In Skené - Grupo de Teatro de Amadores de Gondomar, Lídia Ferreira, encenadora do grupo de teatro da Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante, e João Sousa, ator e encenador do Grupo Dramático e Benefi-

cente de Rio Tinto, foram convidados pela Casa da Juventude de Rio Tinto, no dia 27 de março para debater “O Teatro em Gondomar”.

“O teatro amador é feito por atores que amam o teatro. Na hora em que acaba o espe-táculo e o público bate palmas é como se tivesse saído o Euromilhões”, disse João Sousa.

Perante cerca de 20 jovens, os representan-tes dos grupos de teatro do concelho falaram

sobre a importância do teatro amador na comu-nidade e deixaram um desafio à plateia: “vão ao teatro e divirtam-se”. n

Para assinalar o Dia Mundial da Saúde o Museu Mineiro de São Pedro da Cova or-ganizou, no dia 5 de abril, uma conferência sobre a silicose – doença profissional muito frequente nos operários mineiros de São Pe-dro da Cova – associada à inalação de poei-ras de sílica que existem nas minas de carvão que laboraram durante quase dois séculos na freguesia.

Manuel Marques, mineiro afetado com silicose, nascido em São Pedro da Cova, em 1926, relatou, num testemunho emocionado, a sua experiência de viver com a doença. O ex-mineiro começou a trabalhar com 15 anos na Companhia das Minas de Carvão de São Pedro da Cova. O esforço e as más condições de trabalho levaram-no a contrair silicose.

Seguiu-se Miguel Domingues, represen-

tante da Unidade de Saúde Familiar de São Pedro da Cova, que fez uma introdução ao tema. O médico apresentou os sintomas da doença ocupacional do pulmão - tosse e fal-ta de ar – e apontou as principais causas para contrair silicose. “O trabalho em rochas, mi-neração, pedreiras e indústrias de cerâmica, entre outras, são as principais atividades de risco. Como a silicose não tem cura, o mais importante é evitar a exposição à sílica”, disse Miguel Domingues.

José Rocha Nogueira, representante da Administração Regional de Saúde do Norte, apresentou depois um enquadramento téc-nico e normativo da doença. Os resultados da vigilância, dados de 1999 a 2013, apre-sentam 18,3% de profissionais afetados com silicose. n

FOTO

: GO

ND

OM

ARTVFO

TO: PSF

Page 20: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

20

Cultura

VIVACIDADE ABRIL 2014

No dia 5 de abril, a peça “Gato por Lebre”, da Contacto – Compa-nhia de Teatro Água Corrente de Ovar, inaugurou a 30.ª edição do Festival de Teatro Amador de Val-bom (FETAV). O festival apresen-ta-se consecutivamente há 30 anos e, segundo Domingos Patrício, presidente da Escola Dramática e Musical Valboense, é para manter. “Temos sempre o objetivo de apre-sentar anualmente este festival”, diz o responsável pela organização do festival.

Para esta edição, o cartaz está recheado de grupos teatrais con-vidados [ver caixa]. No total serão apresentadas 10 peças de teatro, mas Domingos Patrício destaca a apresentação de encerramento,

realizada pelo Grupo de Teatro da Escola Dramática e Musical Val-boense. A peça “Os Emigrantes”, de Slaworir Mrojek, com versão adaptada de João Lourenço e en-

cenação de João Ribeiro, será apre-sentada no dia 7 de junho.

“Considero que estamos a pre-parar uma peça atual e, na minha opinião, é a principal novidade do

30.º FETAV”, afirma Domingos Patrício.

Os espetáculos do FETAV rea-lizam-se aos sábados, pelas 21h45, e têm entrada gratuita. n

30.º FETAV traz dois meses de teatro ao concelhoO Festival de Teatro Amador de Valbom está de regresso a Gondomar. A 30.ª edição vai prolongar-se até junho e no total vão passar 10 peças pelo palco da Escola Dramática e Musical Valboense.

Texto: Pedro Santos FerreiraPróximos espetáculos

“Quando os bonecos ganham vida”Associação Recreativa de Perosinho19 de abril – 21h45

“FUGA”Grupo de teatro “A Teia” - Tondela26 de abril – 21h45

“Gandarela”Grupo Teatral Freamundense3 de maio – 21h45

“Crimes Exemplares”Grupo Dramático de Vilar do Paraí-so10 de maio – 21h45

“Rolha no Trazeiro”Grupo de Teatro do Sporting Club Candalense17 de maio – 21h45

“O destino morreu de repente”Os Plebéus Avintenses24 de maio – 21h45

FOTO

: DR

Page 21: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014
Page 22: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

A 25 de abril de 1974 a Revo-lução dos Cravos depôs o regime ditatorial do Estado Novo vigente desde 1933. Portugal dava assim o primeiro passo rumo à democracia. Quarenta anos depois, em Gondo-mar, a data não foi esquecida. Gondomar celebra abril “como o concelho merece”

A Câmara Municipal de Gon-domar preparou para o mês de abril um vasto conjunto de iniciativas a realizar até ao dia 25 de abril. A Autarquia convidou Otelo Saraiva de Carvalho e Marisa Matias para o Ciclo de Colóquios 25 de abril,

inaugurado por Francisco Assis, Nuno Morais Sarmento e Marco Martins a 7 de abril.

O debate entre o estratega da Revolução dos Cravos e a eurode-putada do Bloco de Esquerda, está marcado para 21 de abril, às 21h30, no Auditório da Escola Secundária de Rio Tinto, e o tema é: “Quarenta Anos, Duas Gerações”.

No dia 25 de abril, estão pre-vistas várias atividades. O dia irá começar com o hastear da bandeira nos Paços do Concelho, às 9h. Pe-las 16h está marcada uma sessão solene da Assembleia Municipal na Biblioteca Municipal de Gondomar e, mais tarde, às 21h30, o grupo OSNOFA atua no Auditório Muni-cipal de Gondomar, com o espetá-

culo “40 Anos de Abril”.Para Marco Martins, presidente

da Câmara de Gondomar, a aposta nas comemorações ajuda a capita-lizar a imagem do concelho. “Fize-mos uma aposta forte nas come-morações, através de um programa que não encareceu, sob o ponto de vista financeiro, e que tem um con-junto de protagonistas e atores na-cionais e históricos que vão ajudar a mudar a imagem que Gondomar tem com exterior. Queremos assi-nalar os 40 anos do 25 de abril para ter uma democracia como o conce-lho merece”, afirma o autarca.

Junta da União das Fregue-sias de Fânzeres e São Pedro da Cova com 40 iniciativas

Em Fânzeres e São Pedro da Cova, as atividades começaram no final do mês de março mas na agenda ainda estão mais de 20 ini-ciativas para celebrar a Revolução dos Cravos.

Destaca-se o programa solene previsto para o dia 25, com início às 9h na Junta de Freguesia de Fânze-res, com a atuação da Banda Musical de São Pedro da Cova. Hora e meia depois, às 10h30, tem início na Junta de Freguesia de São Pedro da Cova, nova atuação da banda, seguida do içar das bandeiras, de uma largada de pombos, uma atuação do Orfeão da Associação Social Estrelas de Sil-veirinhos e a habitual sessão solene.

Até maio estão na agenda vá-rios torneios, exposições, passeios,

ciclos de cinema e concertos na União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova.

Em Rio Tinto e Baguim do Monte também há iniciativas

No dia 25 de abril realiza-se o hastear da bandeira e a largada de pombos na Junta de Freguesia de Rio Tinto, com a participação da Banda de S. Cristóvão de Rio Tinto. A sessão solene está marcada para as 11h no salão nobre da Junta de Rio Tinto.

Em Baguim do Monte a co-memoração fica a cargo do Cen-tro Republicano e Democrático de Fânzeres, com o espetáculo “Uma Vontade de Música”, às 21h30, na sede da associação. n

22 VIVACIDADE ABRIL 2014

Cultura

Gondomar não esqueceu abrilHá inúmeras iniciativas pelo concelho nos 40 anos do 25 de abrilUm pouco por todo o município há iniciativas para celebrar o 40.º aniversário da Revolução dos Cravos. Em Fânzeres, São Pedro da Cova, Baguim do Monte, Rio Tinto e Gondomar (S.Cosme), não faltam atividades para recordar o 25 de abril.

Texto: Pedro Santos Ferreira

Page 23: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

A 15 de abril foi assinado o contrato para a remoção das 88 mil toneladas de resíduos perigosos em S. Pedro da Cova. Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Orde-namento do Território e Energia, deslocou-se à freguesia mineira no âmbito do Roteiro para o Cresci-mento Verde e garantiu que o pro-cesso de remoção arranca “no pra-zo de muito poucos dias”.

O contrato assinado entre o presidente da Comissão de Coor-denação e Desenvolvimento Regio-nal do Norte (CCDRN) e a empresa Ecodeal prevê um investimento de

13 milhões de euros, financiados no âmbito do Programa Operacio-nal de Valorização do Território. Segundo o ministro do Ambiente, os trabalhos demorarão cerca de nove meses, com “70 a 80 camiões por dia”, a retirar as 88 mil tonela-das de resíduos industriais peri-gosos provenientes da Siderurgia Nacional, da Maia, e depositados nas escombreiras das antigas minas de S. Pedro da Cova, entre maio de 2001 e março de 2002.

A resolução do problema am-biental com 13 anos ainda espera a obtenção do visto do Tribunal de Contas. Contudo, Jorge Moreira da Silva, diz que a indicação de que dispõe “em poucos dias” isso irá acontecer. “Logo que um contrato

como este é assinado a obtenção do visto do Tribunal de Contas costu-ma ser bastante célere”, disse o mi-nistro do Ambiente à Lusa.

No entanto, Jorge Moreira da Silva, quer garantir a monitoriza-ção do impacto ambiental da re-moção de resíduos na qualidade da água naquele local. “A Agência Por-tuguesa do Ambiente (APA) está a fazer essa recolha. A indicação que tenho é que não se trata de dados que envolvam uma preocupação ao ponto de serem tomadas medidas drásticas ao nível deste local”, disse o ministro.

Para Marco Martins, presidente da Autarquia, “a tomada de posição pública por parte da Câmara foi decisiva para este desfecho. Agora

há que aguardar pela remoção dos resíduos para, em função da mor-

fologia do terreno, se projetar a re-cuperação daquela zona”. n

Resíduos de S. Pedro da Covaremovidos até ao final deste anoMinistro do Ambiente esteve em Gondomar e assinou contrato para a remoção das 88 mil toneladas de resíduos perigosos em S. Pedro da Cova até ao fim deste ano. Jorge Moreira da Silva, garante que operação começa “dentro de dias”.

Texto: Pedro Santos Ferreira

23VIVACIDADE ABRIL 2014

Política

Page 24: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

24 VIVACIDADE ABRIL 2014

Ermelinda Martins é quem dá a cara e dirige a Sociedade Protectora dos Animais do Porto há 12 anos. Quando assumiu funções de presi-dente, conta, a Protectora “estava fa-lida” mas não foi por isso que atirou “a culpa para os anteriores” dirigen-tes. Fala assim ao Vivacidade para explicar o porquê da sua indignação com o atual executivo da CMG, a respeito da construção de um novo canil para a SPAP, em Baguim do Monte. “As pessoas vão para os sítios para resolver os problemas ou então não vão”, comenta.

Contando “o problema” do iní-cio, a SPAP fez, em 2004, um Pe-dido de Informação Prévio (PIP) à CMG para a construção de novas instalações, em Baguim do Mon-te, que contemplavam um edifício para apoio administrativo, serviços de pessoal e hospital veterinário, um hotel para animais e instalações para receção, tratamento e aloja-

mento de animais para lá enca-minhados. O PIP era, dois

anos mais tarde,

aprovado pela CMG e a SPAP com-pra um terreno com a dimensão de cerca de 80 mil metros quadrados na zona residencial da Quinta da Missilva. Com o PIP aprovado e as licenças de especialidade em or-dem, a SPAP aguardou quatro anos pela licença camarária para poder construir, até que decide, em 2010, dar entrada com um processo ju-dicial no Tribunal para obrigar a CMG a pronunciar-se. A 10 de feve-reiro de 2011, a Câmara decide-se e indefere o licenciamento com base

num parecer emitido pela FEUP em que refere “ser prudente” não aprovar o licenciamento, por ques-tões relacionadas com o ruído. Três meses após a tomada da decisão, a SPAP leva novamente o caso a Tri-bunal para, desta vez, pressionar a CMG a conceder a licença para a construção.

“Quando o problema for re-solvido, a Câmara de Gon-domar vai ser penalizada”

A presidente da SPAP, Ermelin-da Martins quer uma indeminização para a Protectora. Com 10 anos pas-sados desde a intenção de construir umas novas instalações em Baguim e com a chegada de novos líderes políticos ao concelho, Ermelinda acredita que chegou o momento de voltar a pressionar a Câmara para aprovar a licença para o canil. Já no final do ano passado, a presidente almoçou com Nuno Coelho, presi-dente da Junta de Freguesia de Ba-guim do Monte, mas o encontro “em nada resolveu o problema”, conta ao Vivacidade. Depois, tentou a Câ-mara. “Uma voluntária pediu uma audiência com o presidente. Quan-do lá chegamos disseram-nos que o senhor vice presidente nos ia re-

ceber. Eu neguei ser recebida pelo vice-

-presidente. Nós queríamos falar com o presidente. Passados uns dias recebemos uma carta a dizer que tí-

nhamos faltado à reunião com o vice-presidente. Enviei uma carta de resposta a dizer que queríamos ser recebidos pelo presidente e estou à espera da resposta”, refere. “Quando o problema for resolvido, a Câmara de Gondomar vai ser penalizada. E não vai ser assim tão pouco porque neste momento nós queremos cons-truir e ser indemnizados pelo que estamos a perder. Quem vai pagar vão ser os cidadãos de Gondomar e não vão ser os moradores da Quinta da Missilva”, afirma ainda. “Dizem que têm 400 processos no Tribunal e a Protectora mostrou abertura para resolver a questão fora dos Tribunais e a recetividade da Câmara foi zero”, acrescenta.

Da parte da Câmara, o presiden-te Marco Martins não compreende o porquê da presidente da SPAP não ter aceite a reunião com o vice-

-presidente. “Essa senhora pediu uma audiência sobre um processo de urbanismo e como para qualquer pessoa remeteu-se para o vereador do pelouro. A senhora tinha uma audiência e faltou. Se tem alguma questão judicial com a Câmara tem que a colocar, não colocou”, explica Marco Martins ao Vivacidade.

“Pode haver aqui uma bom-ba relógio”

Para Nuno Coelho, presiden-te da Junta de Baguim do Monte, a questão do canil pode ser vista de três vertentes diferentes: a técnica, a do cidadão e a do autarca.

“Tecnicamente o processo teve um determinado andamento, umas determinadas tomadas de decisão pelos serviços municipais, com maior ou menor transparên-cia. Acho que foi com muita pou-

ca transparência. Este processo foi todo gerido num gabinete, na parte do urbanismo, e havia uma sintonia muito direta com o anterior vice presidente da Câmara. Questiono a falta de transparência e a falta de poder de consulta quer da Junta de Freguesia quer do cidadão”, começa por explicar Nuno Coelho. “A visão do cidadão e baguinense que sou, é que eu não sou minimamente con-tra os animais. Aliás, sou um acér-rimo defensor dos animais. Mas há uma coisa pela qual também sou defensor. A minha terra e a quali-dade de vida da minha terra. E isso leva-me a que tenha que questionar uma sadia convivência entre even-tualmente 2000 cães ao lado de eventualmente 2000 humanos e se não vai haver contrariedades e con-flitos no dia a dia. Eu acho que sim enquanto baguinense”, acrescen-

Protetora dos Animais insiste na construção do canil em BaguimSociedade exige indemnização à Câmara por prejuízos causados

O tema não é novo. Tem, aliás, 10 anos mas nunca passou do papel. A Sociedade Protectora dos Animais do Porto (SPAP) está judicialmente envolvida com a Câmara Municipal de Gondomar (CMG) num processo que se arrasta desde 2011 e que tem como objetivo obri-gar o município a conceder a licença para a construção de um canil, num terreno que da SPAP na Quinta da Missilva. A Protectora insiste numa construção urgente e a Câmara, Junta de Freguesia e moradores da urbanizaçãodesaprovam totalmente o equipamento para aquela zona. Pelo meio, fala-se em “falta de transparência e comunicação” em todo este processo.

Destaque

Texto: Ricardo Vieira Caldas

V

V

Atualmente, o canil de SPAP localiza-se no antigo Matadouro da Cidade do Porto e apresenta condiçóes muito desfavo-ráveis para os animais

O novo canil da SPAP está projetado para a Quinta da Missilva, em Baguim

5.

FOTO

: RVC

Page 25: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

25VIVACIDADE ABRIL 2014

Protetora dos Animais insiste na construção do canil em BaguimSociedade exige indemnização à Câmara por prejuízos causados

O tema não é novo. Tem, aliás, 10 anos mas nunca passou do papel. A Sociedade Protectora dos Animais do Porto (SPAP) está judicialmente envolvida com a Câmara Municipal de Gondomar (CMG) num processo que se arrasta desde 2011 e que tem como objetivo obri-gar o município a conceder a licença para a construção de um canil, num terreno que da SPAP na Quinta da Missilva. A Protectora insiste numa construção urgente e a Câmara, Junta de Freguesia e moradores da urbanizaçãodesaprovam totalmente o equipamento para aquela zona. Pelo meio, fala-se em “falta de transparência e comunicação” em todo este processo.

Destaque

ta. “Enquanto presidente de Junta compete-me pôr as duas visões de lado. Compete-me defender acima de tudo a população e a sua qua-lidade de vida. Fico estupefacto com a falta de transparência que existiu no processo. Várias vezes tentei consultar o processo na Câ-mara e nunca consegui. Não tenho o processo comigo, tenho cópias que arranjei por vias travessas e só depois deste executivo entrar é que comecei a ver exatamen-te como está o processo. A falta de transparência veio dar naquilo que a população e os autarcas na Câmara e Freguesia te-miam. Pode haver aqui uma bomba relógio. E a bomba relógio não é boa para a população nem para os animais”, esclarece o autarca.

Projeto com interesse mas “nunca naquele sítio”

Ainda durante o seu último mandato como presidente da CMG, Valentim Loureiro referia que caso a Sociedade Protectora dos Animais consiguisse “assegurar que pode ultrapassar todos os possíveis pro-blemas de ruído” a situação poderia “ser revista”. Para o atual presidente, Marco Martins, “o que existe é um processo que foi indeferido de licen-ciamento e está arquivado”. “O pro-jeto poderia ter interesse mas nunca naquele sítio”, conta. Nuno Coelho partilha da mesma opinião. “Eu gostaria de ver essa estrutura num sitio que não viesse a provocar, mes-mo que ao de leve, questiúncula en-tre os animais e os seus direitos e os

humanos e os seus direitos”, explica. “Se eu acho que a Quinta da Missil-va é a melhor localização? Acho que não. É um erro tremendo colocar ali um equipamento projetado com a dimensão do canil mesmo ao lado de moradias”, acrescenta o presiden-te de Baguim.

No entanto, o autarca admite que “pode haver desenvolvimentos em todos os sentidos” e por isso mesmo já tentou “averiguar a dispo-

nibilida-de da SPAP de poder fazer a cons-trução noutro local, com boas acessibilidades” mas, diz Nuno Coelho, “há falta de propen-são para o diálogo e isso não é bom para ninguém.” “Já propus uma localização atrativa na freguesia à volta dos 40 mil metros quadrados”, conta ainda. Ermelinda Martins diz que o presidente da Junta “só pode estar a brincar”. “Falou-me como se não tivéssemos direitos adquiri-dos e não tivéssemos um terreno já nosso”, afirma. “Isto é um processo político. Não há vontade política para resolver isto”, insiste. “Durante muitos anos, aguentámos e ficamos calados. Isso vai acabar. Estamos a criar uma plataforma de divulgação da Protectora para breve”, conta ao Vivacidade a presidente da SPAP.

Nuno Coelho, por sua vez, ex-plica que “insistir nesta guerra teóri-

ca e no ‘quero, posso e mando’ só dá chatices para todas as partes.” “Que-ro sentar-me à mesa com a Câmara, com a SPAP e com representantes dos moradores e ver uma alternativa viável que não incomode ninguém. Apelo à senhora presidente da SPAP que se sente connosco”, acrescenta. Uma coisa é certa, garante o autarca, “eu estarei sempre ao lado da popu-lação.”

A voz do povoQuando tiveram conheci-

mento do que se poderia passar na urbabanização, os moradores da Quinta da Missilva uniram-se e criaram uma comissão contra a construção do canil. Chegaram in-clusive, a organizar uma manifes-tação. Atualmente, Aníbal Queijo e Simão Sousa assumem-se como porta-vozes desse grupo criado.

O primeiro começa logo por esclarecer ao Vivacidade: “Nós

não somos contra os animais”. Mas “primeiro temos que ter em conta os humanos”, refere Aníbal Queijo. Se dúvidas houvesse, o segundo, Simão Sousa, exibe o seu cartão de filiação ao Partido Pelos Animais e Pela Natureza (PAN). “Sou o filia-do número 600 do PAN. A SPAP não gosta mais de animais do que nós”, afirma. “Quase todos os

moradores da

Quinta da Mis-silva têm

animais. A SPAP está a tentar criar uma guerra com os mo-

radores e é com-plicado porque cria-se um braço

de ferro e depois n ã o haverá mais sosse-go. Eu contraí um empréstimo para comprar uma habitação. É o meu património que vai ser desvaloriza-do. Vão mexer no meu património, em algo que luto todos os dias para o meu filho e vou ter que imputar

essa responsabilidade a alguém”, re-mata Simão.

“Antes de se criar ali um conflito e uma situação insustentável exis-tem alternativas. Gondomar tem muitos terrenos onde o conflito en-tre humanos e animais não existe. Ali existem linhas de água, nasce lá o rio Torto”, adverte o outro mora-dor, Aníbal Queijo. “A SPAP com-prou o terreno e isso foi uma opção. Nós não temos que aceitar nada. Já

lá estávamos antes. Quando compraram assumiram um

risco”, diz ainda Simão Sousa.Já Ermelinda Martins, ex-

plica ao Vivacidade que está a perder dinheiro todos os dias e

que o valor da indeminização que “vai exigir” já vai “nos milhares de euros”. Se tiver licença para cons-truir na Quinta da Missilva, escla-rece que não vai hesitar. “A popu-lação pode revoltar-se mas penso que a polícia em Portugal ainda funciona. Se tivermos o projeto aprovado com a licença e pudermos construir, pode vir toda a gente da Quinta da Missilva porque eu cha-mo toda a polícia para os tirar de lá”, afirma. Contudo, poderá haver al-gumas cedências por parte da SPAP. “Estamos dispostos a discutir com o presidente da Câmara e a ouvir sugestões que passem por colocar árvores e barreiras sonoras”, explica por fim.

Qual o futuro para os ani-mais da SPAP?

Com ou sem canil em Baguim do Monte, os cerca de 800 cães e 100 gatos depositados em pequenas jaulas vivem atualmente em con-dições desfavoráveis, num edifício velho em alto estado de degradação, humidade e sujidade, localizado no antigo matadouro da cidade do Por-to, em S. Roque. Por agora, resta aos canídeos e felídeos esperarem por uma decisão do Tribunal ou por um entendimento da SPAP, Câmara de Gondomar e baguinenses. n

INFO

GRAFIA: LM

A

Page 26: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Anfitriã da primeira reunião

de trabalho a Câmara de Valongo explicou, em comunicado, que “o projeto Pulmão Verde será desen-volvido pelas três autarquias para promover a qualidade das serras, vales, rios e aldeias com um enor-me potencial em termos ecológi-cos, turísticos e desportivos”.

Gondomar, Paredes e Valongo partilham o território das serras de Pias, Castiçal e Santa Justa, área que está incluída na Rede Natura.

As autarquias enfatizam o

“vasto património cultural paisa-gístico e geológico” do seus ter-ritórios, e dizem que “assim que estiver definido, o projeto ‘Pulmão Verde’ será apresentado no Conse-lho Metropolitano do Porto e na Comissão de Coordenação de De-senvolvimento Regional do Norte [CCDR-N], para que possa ser candidatado aos fundos comuni-tários do próximo Quadro Comu-nitário de Apoio”.

Marco Martins quer criar trilhos turísticos

“Havia a necessidade de ar-ticular entre as três autarquias, a vontade de ter um projeto comum.

Tivemos várias reuniões e decidi-mos divulgá-las agora. Estamos a preparar um conjunto de ações e de medidas que levem à criação de trilhos, à organização do territó-rio e, aproveitando a classificação da Rede Natura 2000 que abrange grande parte daquelas serras, po-der obviamente ir buscar alguns recursos comunitários do próximo Quadro 2014-2020”, explica ao Vi-vacidade, Marco Martins.

“No fundo isto também vem na sequência daquilo que era uma das linhas orientadoras da campanha, na questão do Gondomar mais vivo e no aproveitamento dos re-cursos naturais”, acrescenta ainda.

“A ideia é fazer vários trilhos para fazer um ordenamento daquelas

serras sobre o ponto de vista am-biental e turístico”, finaliza.

O pedido de reunião com o se-cretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, surgiu no âmbito do Conselho Metropolitano que se realizou a 28 de fevereiro, na Casa Branca de Gramido, em Valbom. Em causa está o lançamento dos concursos para a concessão dos transportes urbanos de Lisboa e Porto que os autarcas do Grande Porto consideram poder ser feito “em cima do joelho”.

Em entrevista ao Vivacidade, o presidente da Câmara Munici-pal de Gondomar, Marco Martins, disse não perceber como é que “o

secretário de Estado demorou um mês e meio para vir reunir com a Área Metropolitana”. “Pensava que ele vinha trazer um conjunto de novidades e boas notícias para dizer aquilo que o Governo pre-tende e, em função daquilo que o Governo pretendesse, os autarcas negociarem favorável ou desfavo-ravelmente. E aquilo que aconte-ceu foi que, após uma reunião de duas horas, em que o secretário de Estado nada adiantou nem re-feriu sobre aquilo que pretende, veio no final dizer que espera que os autarcas se pronunciem”, ex-

plicou Marco Martins. “Querem lançar um concurso público para a concessão até à saída da Troika. É evidente que não é possível que a Área Metropolitana faça uma pro-posta tecnicamente validada, por-que não tem meios, e ir a tempo do Governo validar e preparar um caderno de encargos. O que está bem claro é que o Governo já tem uma proposta que não quis revelar aos autarcas”, revelou ainda o edil de Gondomar.

Concessões poderão “com-prometer a mobilidade” em

GondomarSe o Governo já tem ou não

uma proposta não se sabe. Mas, para Marco Martins, essa proposta poderá “comprometer a mobilida-de” no concelho. “O que é funda-mental é garantir o acesso univer-sal ao transporte público, garantir um serviço público, e garantir o acesso à intermodalidade e ao an-dante em toda a Área Metropolita-na”, esclareceu ao Vivacidade.

Município vai apresentar proposta

“O que vou fazer - e já transmi-

ti ao presidente do Conselho Me-tropolitano - é fazer uma proposta daquilo que acho que deve ser fei-to para depois o Conselho validar ou usar. Gondomar não deixará de ter uma voz ativa nesta matéria”, disse o presidente gondomarense.

Quanto à atuação de Hermí-nio Loureiro, presidente do Con-selho Metropolitano, Marco Mar-tins acha “ que o presidente tem que ser porta-voz dos interesses dos autarcas” e o mesmo vê “que a maioria das Câmaras não está contente.”

“Pulmão verde”para Gondomar, Paredes e Valongo

“Está bem claro que o Governo já tem umaproposta para as concessões nos transportes”

As câmaras de Gondomar, Paredes e Valongo, querem, através das serras e espaços verdes comuns, constituir o “Pulmão Verde da Área Metropolitana do Porto”, um projeto que teve início no dia 9 de abril, com a formalização de um grupo de trabalho.

O encontro com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, que surgiu a pedido do Conselho Metropolitano do Porto, foi “uma desilusão” para Marco Martins. O plano do Governo para as concessões da STCP e Metro do Porto ainda não é conhecido e os autarcas do Grande Porto temem algo que possa “comprometer a mobilidade”.

26 VIVACIDADE ABRIL 2014

Política

Texto: Ricardo Vieira Caldas

V Serra do Castiçal, em Gondomar

FOTO

: DR

Page 27: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014
Page 28: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

A Assembleia Municipal de

Gondomar reuniu-se extraordi-nariamente no dia 28 de março, para debater os problemas am-bientais do concelho, na Biblioteca Municipal de Gondomar. Muní-cipes, deputados municipais, re-presentantes das empresas Águas de Gondomar (AdG) e Rede Am-biente, do Movimento em Defesa do Rio Tinto (MDRT) e do exe-cutivo municipal, compareceram à assembleia e discutiram, entre outros assuntos, o problema das descargas diretas para o rio Tinto provocados pela Estação de Trata-mento de Águas Residuais (ETAR) do Meiral, as intervenções da AdG nas ruas de Gondomar e a eficiên-

cia da recolha de lixo efetuada pela Rede Ambiente.

“A ETAR do Meiral é proble-mática mas cumpriu sempre com os limites legais. É uma ETAR do melhor que há por aí”, garantiu Jaime Martins, diretor-geral da AdG. Em resposta, Paulo Silva, porta-voz do MDRT, questionou a

legalidade da ETAR. “Pode ser le-gal, mas na verdade o rio está a ser assassinado. A única fonte de po-luição é a ETAR do Meiral porque nota-se a diferença do rio Tinto, antes e depois da ETAR”, disse.

Paulo Renato Reis, administra-dor da Rede Ambiente, empresa responsável pela recolha de lixo em

Gondomar, salientou a qualidade do serviço prestado ao concelho. “Temos excelentes colaboradores em Gondomar, mas queremos tor-nar o concelho uma referência ao nível da reciclagem”, afirmou.

Seguiu-se um período de in-tervenções, pautado por críticas às empresas representadas na Assem-

bleia Municipal. Autarcas e de-putados municipais lamentaram vários descuidos ambientais nas freguesias de Gondomar e apon-taram soluções para resolver estes problemas.

As florestas e a limpeza urbana foram algumas das situações refe-ridas.

Foi a 25 de março, pelas 21h30, que o salão nobre da Junta de Rio Tinto recebeu algumas dezenas de interessados em debater a Europa e ouvir os oradores convidados. Na mesa estavam João Teixeira Lopes e Marcos Nunes, candidatos ao Parlamento Europeu pelo Bloco de Esquerda e Coligação Democrática Unitária respetivamente, Avelino Oliveira, secretário na Comissão Executiva do Partido Socialista e Nuno Fonseca e Eugénio Saraiva, presidente do executivo e da as-sembleia de Freguesia de Rio Tinto.

“Um tema central” conside-rou Eugénio Saraiva, ao referir--se à Europa e ao iniciar o debate, onde aproveitou para mostrar o seu descontentamento em relação ao Partido Social Democrata. “La-

mentamos que o PSD não esteja cá porque é importante debater a Europa. No entanto estamos cá nós”, referiu, acrescentando depois que foi “enviado um convite à es-trutura do partido” e que o mesmo “primeiro confirmou a presença e depois desistiu no dia do debate”.

Nuno Fonseca saudou os pre-sentes, fazendo referência ao “de-bate de esquerda” e deixando um aviso na sala: “Parece-me que a população anda muito longe das eleições europeias. Arriscamo-nos seriamente a ter um recorde de abstenção”, mencionou.

No debate propriamente dito, João Teixeira Lopes começou por tecer duras críticas ao Tratado Or-çamental. “O Tratado orçamental propõe uma espécie de austerida-de interna e infinita e assegurará uma Troika implícita ou explicita permanente. O fim do Tratado or-çamental é um dos aspetos que nos

parece fundamental”, expôs. Da CDU, Marcos Nunes foi

claro: “A política europeia e de direita são duas faces da mesma moeda”. “O PCP tem uma outra política para a Europa. Defende uma rutura das políticas nacionais com as políticas europeias”, acres-centou.

O socialista Avelino Oliveira voltou a falar na abstenção que considerou “o grande problema nas eleições europeias”. “As euro-peias são as eleições com o maior índice de abstenção. Porquê?”, questionou e logo de seguida res-pondeu. “Um maior afastamento da sociedade talvez”, disse. No fi-nal ainda adicionou: “Temos que olhar para a dívida de uma forma diferente. Nas próximas europeias o que está em causa é um novo rumo. Nós precisamos da europa. Sem a Europa não conseguimos sair desta crise”.

Ambiente em discussão na Assembleia Municipal

A “Europa em Debate” na Junta de Rio Tinto

A 28 de março as estações de tratamento de águas residuais, a poluição dos rios, a limpeza urbana e as florestas estiveram em debate na Assembleia Municipal Extraordinária de Gondomar. Representantes da Águas de Gondomar, Rede Ambiente e do Mo-vimento em Defesa do Rio Tinto participaram na discussão.

A poucas semanas das Eleições Europeias de 2014, a Junta de Freguesia de Rio Tinto deu continuidade ao ciclo de debates que tem vindo a organizar, desta vez com a “Europa em Debate”.

28 VIVACIDADE ABRIL 2014

Política

Texto: Pedro Santos Ferreira

Texto: Ricardo Vieira Caldas

VV

V Paulo Silva, porta vóz do MDRT, criticou a empresa Águas de Gondomar

Paulo Silva, porta vóz do MDRT, criticou a empresa Águas de Gondomar

Jaime Martins, diretor geral da AdG, sublinhou qualidade da ETAR do Meiral

FOTO

: DR

FOTO

: DR

FOTO

: RVCFO

TO: RVC

Page 29: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Mais de uma centena de pes-

soas convergiram para o Auditó-rio Municipal de Gondomar para assistirem ao primeiro colóquio das comemora- ções dos 40 anos da R e v o l u -ção do 25 de A b r i l , o r g a -n i z a d o p e l o municí-pio. Fran-cisco As-sis e Nuno Morais Sar-mento fo-ram os con-vidados, num debate mode-rado pelo di-retor de Infor-mação do Porto Canal, Domin-gos de Andra-

de, que contou também com a participação de Marco Martins, presidente da Câmara.

“O 25 de Abril ainda é uma questão fraturante?” Esta foi a primeira questão lançada para o debate, por Domingos de Andra-de. Nuno Morais Sarmento foi o primeiro a responder, afirmando

que “o 25 de Abril foi um despertar para a política.”

“Festejamos sempre a fotografia da revolução como uma recordação.

Nos primeiros tempos é normal que o 25 de Abril

seja celebrado como uma recordação,

mas é al-

tura de começarmos a sublinhar a mudança que o 25 de Abril faz pela questão do desenvolvimen-to.”, referiu o político.

Francisco Assis, declarou que nos últimos 40 anos foi feito “um grande percurso e absorvemos vários aspetos positivos da evolu-ção internacional.” “Com o 25 de Abril entramos no tempo euro-peu”, disse, mas “os egoís-mos nacio- n a i s e regionais p o d e m le var à

dissolução da União Europeia”, alertou.

Já o presidente da Câmara lembrou que “a imagem do 25 de Abril deve permanecer na memó-ria das novas gerações”. “Os jo-vens devem perceber o que trou-xe a revolução do 25 de Abril”, proclamou.

No final, antes de colocadas algumas questões pelo público, Nuno Morais Sarmento ainda avisou: “não podemos olhar para o futuro com nostalgia e saudo-

sismo do passado. Isso seria perigoso. Seria tonto repetir uma solução como o 25 de Abril

em 2014. Não faz sentido. Temos

que resolver os problemas que te-mos hoje, olhando para o futuro.” Francisco Assis também deu a sua opinião. “Os partidos políticos es-tão doentes e terão que se curar para responder aos problemas, mas não vejo outro modelo sem ser o partidário. Mas digam o que disserem a liberdade está cumpri-da. Este país é melhor e radical-mente diferente daquele que exis-tia há 40 anos atrás”, referiu.

‘40 anos de democracia’ comNuno Morais Sarmento, Marco Martins e Francisco AssisO auditório municipal de Gondomar recebeu, a 7 de abril, Nuno Morais Sarmento, Marco Martins e Francisco Assis para debate-rem os ’40 anos de democracia’ naquele que foi o primeiro colóquio das comemorações do 25 de Abril em Gondomar.

Política

Texto: Ricardo Vieira Caldas

29VIVACIDADE ABRIL 2014

Onde estava no 25 de Abril?

Nuno Morais Sarmento “No principio do dia estava na cama [risos]. Depois não hou-ve escola e os meus pais estavam em Espanha. Tenho sete irmãos e, por isso, gerou-se uma comunidade em autogestão em plena revolução, o que foi fantástico. Tínhamos a região militar de Lisboa no cimo da rua, do lado da revolução e na parte de baixo da rua, tínhamos o comando de Lisboa da PSP, que só passou para o lado da revolução no dia a seguir.”

Francisco Assis“Andava na quarta classe em Amarante, lembro-me perfei-tamente. Tinha nove anos e recordo-me de um dia em que não houve aulas. Esse foi talvez o primeiro dia de tomada de consciência política porque tive noção da revolução que estava acontecer. A partir daí assisti a tudo através da televisão.”

Page 30: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Requalificações do Mercado da Areosa e da Feira da Belavista previstas no plano para 2014

Eurodeputada Alda Sousa esteve em plenário de aderentes no concelho

A Câmara Municipal de Gondomar aprovou, no dia 15 de abril, com uma abstenção do vereador da CDU, a 1.ª Revisão às Gran-des Opções do Plano e Orçamento Municipais para 2014 naquela que constitui a maior revisão orçamental dos últimos 20 anos no que se refere ao número de rubricas alteradas.

Um ‘debate sobre as europeias’ serviu de mote para a visita da eurodeputada do Bloco de Esquerda, Alda Sousa, à sede do partido em Gondomar. A bloquista não saiu do concelho sem fazer duras críticas ao Tratado Orçamental.

Na reunião, o documento ado-tado aproveita o saldo de gerência relativo a 2013 de 5,5 milhões de euros.

A Câmara aprovou, ainda, com o voto contra do vereador

da CDU, o Relatório de Gestão e Prestação de Contas de 2013, ano marcado pela “descontinui-dade da liderança autárquica que vinha sendo exercido durante os últimos 20 anos”. Segundo o do-

cumento aprovado, a execução da receita registou um desvio de cer-ca de 13 milhões (86%), enquanto na despesa o desvio da execução foi de 18,5 milhões (80%), o que gerou um saldo a transitar de 5,5

milhões, montante praticamente consumido, entretanto, por vá-rias decisões judiciais adversas ao Município. De resto, os processos judiciais pendentes poderão vir a condicionar futuras execuções or-

çamentais.Os dois documentos serão,

agora, discutidos e votados em As-sembleia Municipal, que se realiza no próximo dia 25 de abril, pelas 15 horas. n

“Estamos a menos de dois me-ses das eleições europeias, as pri-meiras eleições nacionais da era da Troika”, começou a eurodeputada, no plenário em que participou, a 5 de abril. “A Europa mudou muito nestes últimos cinco anos. A pre-texto da crise do sistema financei-ro, passou-se à crise das dívidas soberanas. Nos diferentes países europeus, foram os trabalhadores e os reformados que pagaram as

perdas do sistema financeiro”, co-mentou.

A eurodeputada declarou ain-da que “em 2012 foram necessá-rios quatro euros de austeridade para cada euro de redução do dé-fice. Em 2013 esse rácio já era de 6 para 1”.

No final do seu discurso, Alda Sousa não quis ir embora sem identificar o que considera ser o “problema maior” em Portugal “É

que com ou sem troika, com ou sem programa cautelar, não haverá nenhuma saída limpa, e a austeri-dade ira continuar. Porque o Tra-tado Orçamental, que foi assinado pelo governo do PSD/PP, com o apoio do Partido Socialista, é um garrote permanente sobre o povo português, grego, irlandês e ciprio-ta. Se não nos virmos livres desse tratado, a austeridade vai conti-nuar, e até reforçar-se”, concluiu. n

30 VIVACIDADE ABRIL 2014

Política

Page 31: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

“Sub-16 são referência máxima do Club 5Basket”

Casa da Juventude visitou Estádio do Dragão e Museu do FC Porto

O Club 5Basket é campeão distrital sub-16. A equipa de Rio Tinto surgiu em 2012 e já dá cartas na formação. Eurico Brandão, coordenador desportivo, e Jorge Correia, treinador da equipa sub-16, falaram ao Vivacidade.

No âmbito do programa “Férias Jovens Páscoa 2014”, a Casa da Juventude de Rio Tinto promoveu, no dia 8 de abril, uma visita ao Museu do FC Porto e ao Estádio do Dragão. O Vivacidade acompanhou a comitiva.

Os campeões distritais 2013/2014 da Associação de Bas-quetebol do Porto (ABP), são gon-domarenses. A equipa sub-16 do Club 5 Basket conquistou o título e é neste momento, “a referência máxi-

ma” do clube, segundo Eurico Bran-dão, coordenador técnico da equipa.

Ao Vivacidade, o dirigente mostra-se satisfeito pelo percurso do clube em dois anos. “Quando começamos este projeto a equipa sub-16 não existia e foi um pre-sente que nos caiu nas mãos. Hoje temos seis equipas – sub-8, sub-10, sub-12, sub-14, sub-16 e sub-18 – e

queremos formar uma equipa fe-minina, no próximo ano”, afirma Eurico Brandão.

Para vencer o título foi neces-sário reajustar o plantel, mas ago-ra que o objetivo de ser campeão distrital está cumprido, segue-se o Torneio Inter-Associações. “Esta época recrutamos alguns jogadores e assumimos o objetivo de sermos campeões distritais, que já está cumprido. Dentro do clube todos acreditavam que era possível con-seguir este título, mas a época ain-da não acabou e há mais objetivos para cumprir”, diz Jorge Correia, treinador da equipa sub-16.

Para aumentar a exigência dos atletas, o Club 5 Basket inscreveu a equipa sub-16 no escalão sub-18, para garantir a rotatividade e mo-tivação dos jogadores, “com uma

dificuldade acrescida”. “Esta gera-ção de atletas é fantástica e estão sempre super motivados. Trabalhar com jovens é um pouco mais difí-cil, mas só aceitei o projeto porque há grande seriedade e emprenho”, refere Jorge Correia.

Apesar dos títulos, Eurico Bran-dão espera conquistar um espaço para treinar em Rio Tinto. Atual-

mente, o Club 5Basket treina na Es-cola Básica e Secundária do Cerco, no Porto. “Somos um clube jovem e Rio Tinto tem muitas coletividades com um grande passado histórico. Mas creio que mais do que pedir, temos que conquistar o nosso es-paço e até lá continuamos a fazer o nosso trabalho”, conclui o coorde-nador técnico. n

Cerca de 20 crianças visitaram o Museu do Futebol Clube do Por-to e o Estádio do Dragão, no dia 8 de abril.

Durante três horas o grupo fi-cou a conhecer a história do clube,

contada por um guia que conquis-tou as crianças, numa visita que decorreu em ambiente marcado pela boa disposição dos mais no-vos. O museu do FC Porto desper-tou o interesse dos visitantes, que ouviram atentamente as histórias das conquistas do clube.

“Gostei de ver os troféus do clube e o espaço K, com o golo do

Kelvin. Nunca tinha visto o mu-seu e tinha curiosidade em ver o balneário”, disse Mateus Vieira, 11 anos. Vasco Bertoquini, 8 anos, também ficou satisfeito. “Já tinha ido a museus mas nunca tinha visto o do FC Porto. O que mais gostei foram as estátuas de home-nagem aos jogadores e o autocarro que está no museu”, refere.

Segundo Paula Soares, da Casa da Juventude de Rio Tinto, a visita é uma experiência a repetir. “Esta visita está enquadrada num pro-grama de férias da Páscoa para os jovens. Temos várias atividades, mas esta foi a que suscitou mais interesse por parte das crianças. Esperamos repetir”, afirma.

A visita realizou-se no âmbito do programa “Férias Jovens Pás-coa 2014”, da Casa da Juventude de Rio Tinto e foi acompanhada por Sandra Brandão, vereadora do pe-louro do Desporto e Juventude. n

Desporto

Texto: Pedro Santos Ferreira

Texto: Pedro Santos Ferreira

FOTO

: DR

FOTO

: PSFFO

TO: PSF

FOTO

: DR

FOTO

: PSF

31VIVACIDADE ABRIL 2014

Page 32: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

32 VIVACIDADE ABRIL 2014

Desporto

Reinaldo Ventura visitou Casa da Juventude de Gondomar

“Douro D´Gala” trouxe as danças de salão ao Multiusos

O capitão da equipa sénior de hóquei em patins do FC Porto, Reinaldo Ventura, participou participou nas “Conversas com Gente Nova”, iniciativa organizada pela Casa da Juventude de Gondomar.

O Pavilhão Multiusos de Gondomar foi o palco do 2.º Troféu do Norte e Galiza do Campeonato Regional de Danças de Salão, a 5 de abril.

Os temas centrais da vinda de Reinaldo a Gondomar passaram pelo seu percurso no FC Porto, pela interação com o SL Benfica e o Barcelona e pelos prémios que alcançou até agora.

Com uma sala lotada de crianças, fãs do jogador e do clube, Reinaldo Ventura respon-deu a mais de 30 questões sobre a sua carreira e experiência enquanto jogador de hóquei. “

“Eu gostava de evitar o Barcelona na fi-nal, até porque é a melhor equipa do Mundo”, respondeu a uma criança, sublinhando, por outro lado, que o FC Porto “até gostaria de vingar a derrota por 7-0” sofrida na fase de grupos.

No final, as cerca de 100 pessoas presentes na sala da Casa da Juventude aplaudiram a vin-da do capitão do FC Porto e fizeram fila para a sessão de autógrafos que aí começou. n

Organizada pela Escola de Dança dos Bombeiros Voluntários de Gondomar, a competição foi autenticada pela Federação Portuguesa de Danças Desportivas (FPDD) que classificou o pavilhão como um dos “melhores pavilhões nacionais para receber esta competição”. Durante o ‘Douro D’Gala’ a FPDD fez também questão de mencionar que “Gondomar sabe receber bem a modali-dade e o público”.

A Federação Portuguesa de Danças Des-portivas, na presença da vereadora da Câma-ra Municipal de Gondomar, Aurora Vieira, agradeceu também “todo o empenho que a autarquia têm dado no apoio a esta modali-dade desportiva.”

Quanto à Escola de Dança dos Bombeiros Voluntários de Gondomar, ficou registado o novo desafio para o próximo ano de 2015: a organização de uma Taça de Portugal, ou de um Circuito Nacional da FPDD. n

FOTO

: DR

FOTO

: DR

Núcleo Sportinguista de Gondomar ruge há 12 anosCasa do Sporting em Rio Tinto celebrou o 12.º aniversário com a presença de Bruno de Carvalho, Augusto Inácio e Carlos Lopes. Ao Vivacidade, Manuel Silva, presidente do Núcleo, garante que os 12 anos são apenas o início da coletividade.

A 7 de janeiro de 2002 nasceu, em Rio Tinto, o Núcleo Sportin-guista de Gondomar. Doze anos depois, a casa que representa o Sporting CP está “de boa saúde”.

Após sucessivos adiamentos da celebração do 12.º aniversá-rio, só no dia 5 de abril, é que a coletividade soprou as 12 velas. “Adiamos o aniver-sário porque estávamos à espera que o presidente Bruno de Carvalho viesse festejar connosco”, diz Ma-nuel Silva, presidente do Nú-cleo Sportinguista de Gondomar.

Bruno de Carvalho, Carlos Lo-pes e Augusto Inácio, marcaram presença no almoço comemora-tivo do aniversário do Núcleo, no dia em que o Sporting CP defron-

tou o Paços de Ferreira, no Estádio Capital do Móvel.

Durante o almoço, o presidente sportinguista vincou as mudanças no clube desde a sua chega- da e elo-giou o t r ab a l h o do Nú- cleo de

Gondomar, a norte de Portugal.Bruno de Carvalho aproveitou

a presença de Carlos Lopes, cam-peão olímpico de Maratona de 1984 (Los Angeles) para fazer um apelo. “É bom que o poder político também se lembre de Carlos Lo-pes, porque ele merece o seu lugar no Panteão Nacional”, frisou o di-rigente.

“Vamos passar a ser ‘Spor-

ting de Gondomar’”, diz Ma-nuel Silva

Manuel Silva, presidente do Núcleo de Gondomar, di-rigiu a coletividade de 2001 a 2009 e regressou à liderança

em 2011. Ao Vivacidade, faz um balanço positivo da evolução do Núcleo, mas garante que “podia ser melhor”. “Quando regressei ao núcleo como presidente, em 2011, já devíamos 96 mil euros. Não era brincadeira”, conta Manuel Silva.

A dívida obrigou a uma rees-truturação financeira, que impli-cou o investimento dos sócios do Núcleo. Desde 2011 investiu-se cerca de 10 mil euros em melho-rias das instalações.

Atualmente o Núcleo dispõe de uma equipa sénior de futsal, que compete na Liga Desportiva

de Gondomar e, segundo Manuel Silva, o objetivo é “formar uma equipa de infantis”.

Até 2016 o Sporting CP quer alterar a nomenclatura das casas do clube. “O Núcleo Sportinguista de Gondomar vai passar a ser co-nhecido como Casa do Sporting”, adianta Manuel Silva. n

Texto: Pedro Santos Ferreira

FOTO

: RVC

V Carlos Lopes, campeão olím-

pico de maratona, em 1984

VNa foto: Manuel Silva e Bruno de Carvalho

Page 33: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

33VIVACIDADE ABRIL 2014

Desporto

Na manhã do dia 30 de março o quartel dos Bombeiros Voluntários de Gondomar foi o ponto de encontro para os praticantes e simpatizantes do BTT. A chuva ameaçou estragar a segunda edição da prova, orga-nizada pelos Bombeiros Voluntários de Gondomar (BVG), mas para os ciclistas era só mais um obstáculo. Os atletas ins-critos chegavam a conta gotas e o espírito era de convívio por uma causa solidária. Objetivo: ajudar os BVG com o valor da inscrição.

A falsa partida foi dada no quartel, com os ciclistas a dirigirem-se ao quilómetro zero, junto ao Centro de Saúde de Gondo-mar (S. Cosme). Foram traçados dois per-cursos [maratona e meia maratona], entre Covelo, Foz do Sousa e Gondomar, com o regresso ao quartel a ser feito em anda-mento livre.

Ao Vivacidade, Valter Ra-mos, bombeiro na cor-poração, mos- trou-se satisfeito com a segun-da edição da prova. “O número de parti-c i p a n -t e s

nesta maratona superou a expectativa inicial. Este ano temos três vezes mais do que no ano passado. Tentamos corrigir os erros que cometemos na primeira edição e vamos procurar corrigir os erros desta 2.ª edição, já no próximo ano”, afirma.

Glória aos vencedores [ver caixa] e honra aos vencidos, no fim o valor arre-cadado correspondeu às expectativas da corporação. Os 2500 euros já têm destino e vão ser investidos em novos equipamentos dos BVG.

No horizonte dos Bombeiros de Gon-domar estão outras iniciativas associadas ao desporto. “Agora queremos desenvolver outras atividades, como por exemplo: dan-ça, caminhadas, ciclismo, entre outras...”, diz Valter Ramos.

No quartel, à espera dos ciclistas esta-va um porco no espeto, música e mui- ta animação. Marco Martins, pre-siden- te da Câmara d e G o n d o m a r, j u n t o u - -se aos atletas no final da prova. n

2.ª Maratona BTT Gondomar pôs ciclistas à prova por uma boa causaChuva, lama e um percurso acidentado. A 2.ª Maratona BTT do concelho, organizada pelos Bombeiros Voluntários de Gon-domar, repetiu o sucesso da primeira edição. Em competição por uma boa causa, centenas de ciclistas não faltaram à prova.

Nome Hugo Marques Classe Master BEquipa RodabikeTempo 2:52:18

Nome Daniel BastosClasse Master AEquipa AMA/Martos/HRV/BfourTempo 2:55:16

Nome António da SilvaClasse ElitesEquipa AMA/Martos/HRV/BfourTempo 2:59:30

Nome José ReisClasse Master CEquipa RipolinsTempo 3:47:30

Nome Abilio NunesClasse Master BEquipa KekanelasTempo 2:07:06

Nome Carlos VianaClasse Master AEquipa Lagoela BikeTempo 2:07:08

Nome Tiago RochaClasse ElitesEquipa LongusbikeTeam/Clube BTT Gon-domarTempo 2:12:23

Nome Américo Rodri-gues

Classe Master CEquipa BTT-TT SandimTempo 2:32:23

Nome Paulo RochaClasse JúnioresEquipa LongusbikeTeam/Clube BTT Gon-domar

Tempo 2:43:52

Nome Cristina MarquesClasse FemininoEquipa ND Travanca/Bicicletas AndradeTempo 2:51:05

Vencedores maratona

Vencedores meia maratona

VNa foto: Valter Ramos e Luís Lobo, representante da Câmara de Gondomar

Page 34: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Sempre tiveste uma paixão pelo futebol?

Sempre gostei de futebol. Foi até uma forma de me aproxi-mar do meu avô e do meu primo, porque o nosso avô levava-nos para as escolas Artur Baeta, que agora são as escolas do Dragon Force. Comecei a ir para lá, treináva-mos ao sábado e tínhamos uns tor-neios. Passei a ir para a baliza e o treinador aconselhou-me a ir para as escolas Vítor Baía, que eram só para guarda-redes. O treinador de guarda-redes era o treinador das escolinhas do FC Porto e levou-me para o clube com oito anos.

O Vítor Baía era uma referência para ti?

Sim, sempre foi.

Começaste com oito anos nos infantis do FC Porto. No início, com oito anos, era difícil conci-liar os estudos com o futebol?

Nunca foi difícil porque eu era bom aluno. Estudava pouco em casa, mas conseguia tirar boas no-tas porque estava atento nas aulas e não tinha grandes dificuldades. Fiz o 12.º ano no Colégio D. Dinis, no Porto, e no meu último ano de júnior, com 17 anos, entrei para a Escola Superior de Tecnologia de Saúde no Porto, para tirar o cur-so de fisioterapeuta. No entanto, acabei por não conseguir conciliar com o futebol, porque já treinava com os seniores e não queria per-der essa oportunidade. Mas tencio-no retomar a vida académica.

Como é que te tornaste guarda--redes?

Eu optava sempre por ser de-fesa central e gostava de ficar per-to da baliza. Acabei por participar nuns torneios e nunca havia joga-dores para ir à baliza. Como eu até gostava de ser guarda-redes, aca-bava por defender. Os treinadores

notaram que eu tinha algum jeito e encaminharam-me para a escola Vítor Baía e estive lá seis meses. En-tretanto passei a treinar nas escolas do FC Porto.

Eras portista?Não [risos].

N a m i n h a f a m í l i a era tudo do SL Benfica e até cheguei a ir ver o an-tigo Estádio da Luz quando tinha cinco anos. No ano em que fui treinar para o FC Porto, aos seis anos, os treinado-res estavam a perguntar--nos qual era o nosso clube e houve um miúdo que disse que era do SL Benfica. Foi um escândalo. Quando me pergunta-ram a mim eu disse logo que era do FC Porto [risos]. Depois comecei a ganhar paixão pelo clube, porque é diferente de todos os outros e era o que ganhava sempre.

Lá em casa também mudaram de clube?

O meu pai sempre foi do FC Porto e foi o mais inteligente, dei-xou-me pensar sozinho e decidir por mim. Eu vi que o FC era o me-lhor clube e tornei-me adepto.

Cumpriste toda a tua formação nas escolas do FC Porto e fos-te subindo de escalão. Foi fácil cumprir esse percurso numa equipa de topo?

Até aos iniciados, os guarda-re-des alternavam jogo a jogo. Havia

essa rotatividade. No primeiro ano de juvenis é que comecei a jogar com mais regularidade. O FC Porto não limita os jogadores por idades, porque se um jogador mais novo é melhor que um jogador mais velho, o mais novo é que joga. Acabou por ser uma subida natural.

Em 2011, participaste no Cam-peonato Mundial de Futebol sub-20, na Colômbia. Foste vice-

-campeão mundial, já depois de teres vencido o Cam-

peonato Nacional de Juniores e a Liga

Europa pelo FC Porto. Foi

um ano de sonho?

F o i u m

ano

mu i -to bom. Apesar de nunca ter joga-do na Liga Europa, era o terceiro guarda--redes. Jogava sempre o Hélton e o Beto ia para o banco de suplentes. Num jogo em que o Beto se lesionou eu fui para o banco [FC Porto 3 -1 CSKA Sofia – 15/12/2010]. Acabei por não jogar, mas como estava na ficha desse jogo, também fui consi-derado vencedor. O Beto também não fez nenhum jogo e ganhou a Liga Europa. Foi a mesma situação.

Nesse ano também fui campeão

nacional de juniores e fui para o Mundial sub-20, na Colômbia, onde fomos vice-campeões mun-diais [Portugal perdeu contra o Brasil 3-2, na final, após prolonga-mento].

Houve alguma praxe do plantel portista?

No jogo em que estive no ban-co, para a Liga Europa, queriam rapar-me o cabelo mas não deixei

[risos].

Como foi viver todas essas emoções no mesmo ano?

Vivi uma dualidade de emoções. Foi muito bom

vencer todos aqueles tí-tulos, mas foi péssi-

mo pensar que já tinha

conquistado muita coisa. Julguei que podia ser o melhor do mundo e tinha apenas 17 anos. Sempre trabalhei muito e dava sempre o meu máximo, mas

criei uma ilusão.

Foste mal aconselhado pelos em-presários?

Não posso dizer que o erro foi dos meus empresários porque a decisão era sempre minha. Os em-presários prometiam-me contratos milionários e iludiam-me, mas se eu caísse nessa ilusão a culpa era minha. Como estive sempre no FC Porto e estava habituado ao melhor, pensava que valia muito mais do que as propostas que me ofereciam. Só mais tarde é que percebi que no futebol é preciso crescer por pata-mares.

Acabaste por escolher o CD San-ta Clara. Foi uma boa decisão?

Fui para o Santa Clara no ano em que passei do escalão júnior para a II Liga e se calhar não esta-

va preparado. Há uma grande diferença entre o es-

c a - lão júnior e sénior, ainda para mais quando se

passa de um campeo-nato de junio-

res para a segunda divisão nacional

34 VIVACIDADE ABRIL 2014

“No futebol é preciso crescer por patamares”Em 2011, Tiago Maia, levou o nome de Gondomar à Colômbia, quando representou a Seleção Nacional sub-20, no Campeonato Mundial de Futebol. Portugal acabou derrotado pelo Brasil na final, mas o atleta integrou a comitiva que surpreendeu os portugueses naquele verão. O guarda-redes joga atualmente no SC Espinho, mas ambiciona rumar ao estrangeiro para jogar noutros campeonatos e experimentar novas culturas. Após uma má experiência nos Açores e um ano sem clube, Tiago admite que não voltará a cair nas ilusões dos empresários.

Entrevista: Tiago Maia

Texto: Pedro Santos Ferreira

V Em entrevista ao Vivacidade no Largo do Souto, em Gondomar

FOTO

: PSF

Page 35: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

35VIVACIDADE ABRIL 2014

“No futebol é preciso crescer por patamares”Em 2011, Tiago Maia, levou o nome de Gondomar à Colômbia, quando representou a Seleção Nacional sub-20, no Campeonato Mundial de Futebol. Portugal acabou derrotado pelo Brasil na final, mas o atleta integrou a comitiva que surpreendeu os portugueses naquele verão. O guarda-redes joga atualmente no SC Espinho, mas ambiciona rumar ao estrangeiro para jogar noutros campeonatos e experimentar novas culturas. Após uma má experiência nos Açores e um ano sem clube, Tiago admite que não voltará a cair nas ilusões dos empresários.

Desporto

de seniores. Cheguei a ter um con-vite do Chaves, antes de ir para o mundial da Colômbia, mas preferi

não aceitar porque achava que me-recia melhor, em termos desporti-vos.

Foi difícil sair do Santa Clara, quando percebeste que não con-tavam contigo?

O contrato era de dois anos, mas por acordo entre ambas as partes acabei por sair passado um ano. Quando saí do Santa Clara, ainda estava iludido e pensava que apesar de não ter corrido bem nos Açores, ainda merecia outra opor-tunidade. Voltei a ser contactado por equipas da II Divisão B, mas recusava sempre porque achava que não era o meu patamar. Ridí-culo [risos]. Depois cheguei a ir à Bulgária e até diziam que eu ia as-sinar pelo Beroe, mas não se con-cretizou. Quando voltei a Portugal o mercado já tinha fechado e já não podia ser inscrito. Fiquei um ano sem clube.

Nesse ano, como geriste a tua condição física?

Treinava todos os dias. Foi o treinador José Alves que me acon-selhou a continuar a treinar todos os dias sozinho, sem clube. Tam-

bém cheguei a integrar um programa de

treinos do Sin-dicato de Joga-dores, mas esse

regime de treino acabou quando fecharam as inscrições do mercado de inverno.

Até surgir o convite para o Spor-ting Clube de Espinho.

Sim, em 2013. Mas eu estava bem, em forma, porque conti-nuava a treinar todos os dias e,

nesse ano, nem tive férias. Sur-

giram novamente propostas da II Divisão B [atual Campeonato Na-cional de Seniores], mas achei que

a oferta do SC Espinho - que é um clube centenário - era ideal para mim. Não quis iludir-me mais, ape-sar de ter na mesma empresários a querer iludir-me. Felizmente decidi bem e o treinador acredita em mim.

Esta época está a corresponder aos objetivos do SC Espinho?

Atendendo às dificuldades da equipa, que é feita por atletas mui-to jovens, estamos a fazer um bom campeonato. Temos muita quali-dade, mas no início faltou-nos al-guma maturidade. Muitas vezes o resultado não aparecia e acabamos por estar sempre nos últimos luga-res da tabela. No entanto, sinto-me bem na equipa e vamos conseguir a manutenção [na série D do Cam-peonato Nacional de Seniores] .

Jogar por uma equipa de Gondo-mar nunca foi uma opção?

Nunca optei porque nunca fa-laram comigo. Estive no FC Porto desde os seis anos e depois não ia sair do FC Porto para vir jogar num clube de Gondomar, até porque jo-gava com regularidade.

Mas no futuro pode ser uma hi-pótese?

Aprendi que não devo fechar portas e dizer não. Posso estar na I Divisão ou na II Divisão, mas também posso ter que jogar numa divisão distrital. Houve uma abor-dagem e cheguei a falar com o presidente do Gondomar SC, mas acabei por optar pelo SC Espinho. É uma porta que não está fechada.

Acompanhas o desempenho do Gondomar SC?

Não é um clube que eu sigo, até porque não sou um jogador que vê

muitos jogos de futebol. Apesar de ser de Gondomar não sou adepto do Gondomar SC, mas respeito

muito a instituição e não digo que não possa vir a representar o Gon-domar SC no futuro.

Quais são os teus objetivos?Quero jogar no estrangeiro.

Gostaria de experimentar novos campeonatos, culturas e experiên-cias. Tudo depende das propostas que possam vir a surgir. Não sou um jogador que diz que não quer sair de Portugal por causa da famí-lia.Apesar dos altos e baixos na tua carreira, acreditas que ainda po-des voltar a jogar em equipas de topo?

Continuo a jogar futebol por-que acredito nesse sonho. Caso contrário não continuava a iludir--me. Não se vive do futebol a jogar só por gosto. Todos querem jogar futebol, mas como profissional, o futebol também tem que me garan-tir estabilidade financeira.

Que conselho é que dás aos jo-

vens que querem ser guarda--redes?

Que nunca descurem os estu-dos. É importante ter sempre um plano b e um suporte. Nem todos conseguem ser profissionais de fu-tebol e temos que ter sempre uma vertente académica para agarrar. A família também é muito importan-te porque quando pensamos que sabemos tudo são os familiares que nos ajudam. No futebol para vin-garmos é preciso passarmos por di-ficuldades e num jogo, num erro ou numa má decisão, pode perder-se tudo. Devemos subir aos poucos. n

Tiago Manuel da Silva Maia21 anosGuarda-redes

Cronologia:1998/2011 – FC Porto; 2011/12 – CD Santa Clara; 2012/13 – Sem Clube; 2013/2014 – SC Espinho;

Respostas rápidas:Clube de coração:FC Porto

Palco de sonho:Estádio do Dragão

Melhor época desportiva:Em 2011, na minha última época de juniores, quando tive mais êxitos a nível desportivo.

Adversário mais difícil:Não quero individualizar.

A referência:Tive sempre os jogadores que es-tavam no topo como referência. Quando comecei a jogar era o Vítor Baía.

Como avalias esta temporada:Foi uma época atípica. O FC Porto está habituado a vencer, mas este ano não vai acontecer. No próximo ano é do FC Porto, outra vez.

Futuro na Liga Europa:Ainda é possível para o SL Benfica. Está a jogar bem e pode vencer.

Não sou um jogador que diz que não quer sair de Portugal por causa da família“

V

V

Tiago Maia é, atualmente, o guarda-redes do SC Espinho

Tiago representou o FC Porto durante 13 anos

FOTO

: DR

FOTO

: DR

Page 36: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

36 VIVACIDADE ABRIL 2014

Ao serviço do Gondomar Fut-sal Clube, Lucinda Sousa venceu, a 12 e 13 de abril o Madeira Island Ultra Trail (MIUT). Com 20 ho-ras e 18 minutos marcados como totalidade da sua prova, Lucinda ultrapassou aquela que, à partida, era apontada como a mais forte concorrente à vitória final, De-nise Zimmermann [que obteve 21:22:49]. No 3.º lugar, já algo dis-tante das primeiras, ficaria Helene Ogi [23:44:31].

Inserida no circuito nacio-nal, esta é uma das poucas provas

mundiais cujo percurso é feito quase totalmente nos trilhos da natureza, sendo apenas os últimos dois quilómetros efetuados em es-trada.

  Lucinda Santos Sousa con-cluiu o percurso entre Machico e Porto Moniz com 6600 metros de desnível positivo, ficando em 16.º lugar na tabela geral.

Para Telmo Viana, presidenre do Gpondomar Futasl Clube, do Gondomar Futsal Clube este foi “  sem dúvida um grande feito da nossa atleta gondomarense que or-gulhou todos os seus elementos de equipa bem como todos os gondo-marenses.”

“Como o lema do Clube refere

‘Somos o Que Somos Por Aquilo Em Que Acreditamos’ ela acredi-tou e conseguiu, fruto de muito esforço e sacrifício”, disse ainda ao Vivacidade a fonte do clube.

Ana Maria Amaral, também do Gondomar Futsal Clube, ficou

em 2.º lugar no seu escalão, F40.A 6ª edição do MIUT, decor-

reu entre 10 a 13 de abril, numa organização do Clube de Monta-nha do Funchal. Na prova foram confirmados 479 atletas de 24 na-cionalidades distintas. n

As equipas O’Porto Skaters e Club 5 Basket foram homenagea-das pela autarquia no dia 10 de abril. Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, Luís

Filipe Araújo, vice-presidente, e Sandra Brandão, vereadora do pelouro do Desporto e Juventu-de, receberam os atletas e home-nagearam as equipas pelos títulos conquistados.

Ao início da tarde, foi distin-guida a O’Porto Skaters, campeã nacional de Show e Precisão de

Patinagem Artística 2014, na categoria de precisão sénior. O O’Porto Skaters, tem como ob-jetivo a participação no Cam-peonato Mundial de Patinação Artística sobre Rodas, que se vai realizar em setembro, em Réus, Espanha.

Antes, tinham sido recebidos

os capitães da equipa sub-16 mas-culinos do Club 5 Basket, cam-peões distritais 2013/2014, da As-sociação de Basquetebol do Porto.

Atualmente, o Club 5 Basket tem cerca de cem atletas do esca-lão sub-8 ao sub-18. A equipa tem a pretensão de desenvolver uma equipa feminina. n

Desporto

FOTO

: DR

FOTO

: RVC

FOTO

: DR

P.123456789

1011121314151617181920

EquipaSobradoOliv. Douro ParedesFC Pedras RubrasS. MartinhoSerzedoCandal Aliados LordeloPadroenseSC Rio TintoLeçaUD ValonguenseVarzim B Vila MeãRebordosa LousadaS. Pedro da CovaBarrosasNogueirense FCInfesta

Pontos7056525249484443423938373635343330302827

P.12345678

EquipaSalgueiros 08 Amarante GondomarSC CoimbrõesCamachaSousenseVila FlorPerafita

Pontos2928272422221615

Campeonato Nacional de Séniores - Série C

Fase manutenção2013/2014

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Próximos Jogos19 AbrilPerafita - Gondomar (16h)Salgueiros - 08 Sousense (16h)

Próximos Jogos27 AbrilS. Pedro da Cova - Rebordosa (16h)SC Rio Tinto - FC Pedras Rubras (16h)

Tabela Classificativade Futebol Atleta do Gondomar Futsal Clube

vence Madeira Island Ultra Trail

O’Porto Skaters e Club 5 Basket homenageados pela Câmara de Gondomar

Ao todo são 115 quilómetros feitos quase na sua totalidade pelo meio da natureza durante mais de 15 horas. A gondomarense Lucinda Sousa venceu a prova, no setor feminino, com um total de 20 horas e 18 minutos.

No dia 10 de abril a Câmara Municipal de Gondomar homenageou craques da patinagem artística e do basquetebol. O’Porto Skaters e Club 5 Basket, respetivamente, foram premiados pelos títulos conquistados.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Texto: Pedro Santos Ferreira

V Lucinda Sousa alcançou o 1.º lugar no setor feminino do MIUT.

Page 37: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

37VIVACIDADE ABRIL 2014

Empresas & Negócios

FOTO

: PSF

A Clínica de Rio Tinto é cada vez mais procurada pelos gondomarenses, cinco meses após a inauguração. A clínica, diri-gida por Paulo Amado, médico especialista em ortopedia, dispõe de um espaço único de 300m2 no Largo do Mosteiro, em Rio Tinto, equipado com tecnologia do HPP Saúde (grupo detentor do Hospital Priva-do da Boavista), através da parceria estabe-lecida com o grupo internacional e conta com várias especialidades médicas como ortopedia, fisioterapia, pediatria, fisiatria, ginecologia/obstetrícia, pneumologia, der-matologia, pneumologia, psiquiatria, of-talmologia, psicologia, urologia, cirurgia geral, clínica geral e podologia.

“Desde novembro que somos muito procurados nas várias especialidades, man-tendo uma forte procura naquilo que já nos distinguia, a Ortopedia, mas com cada vez mais procura nas outras especialidades. Fazemos aqui as consultas e se for preciso um exame mais específico os utentes são reencaminhados para o HPP da Boavista, mas recebem os resultados das análises e dos exames aqui. Não há a necessidade de ir duas vezes ao Porto”, explica Paulo Amado, médico especialista em ortopedia.

“Possuímos um serviço de ecografia na clínica, em que o doente pode fazer exame e de imediato receber o resultado em rela-

tório para o seu médico, tudo isto por 20 euros”, acrescenta o ortopedista.

A Clínica de Rio Tinto tem várias par-cerias com seguradoras e prepara-se para celebrar um acordo com a ADSE, tendo em conta a elevada procura dos utentes. Segundo Paulo Amado, o objetivo da clí-nica é ser acessível sem perder qualidade. “Atendendo às dificuldades financeiras dos portugueses, em áreas nevrálgicas como a otorrinolaringologia, oftalmologia, pe-diatria e cardiologia, baixamos o preço das consultas para 40€, porque temos essa preocupação social”, afirma.

Satisfeito com a parceria com o grupo HPP Saúde, Paulo Amado mostra-se or-

gulhoso por ver em Rio Tinto colegas da medicina com qualidade. “Ambas as partes estão satisfeitas com esta parceria. O nú-mero de utentes de Rio Tinto aumentou consideravelmente no HPP. Orgulha-me muito ver aqui colegas de renome na cirur-gia vascular, oftalmologia e outras especia-lidades. Trazemos a qualidade a Rio Tinto e os utentes sentem isso”, diz o ortopedista.

O sucesso da Clínica de Rio Tinto já motivou a procura de outras clínicas do concelho, que se mostraram interessadas em associar-se ao mais recente espaço de Paulo Amado, bem como a médicos locais que ali pretendam trabalhar. n

A tecnologia do HPP ao serviço dos gondomarensesInaugurada a 15 de novembro de 2013, a Clínica de Rio Tinto já é um caso de sucesso. Com a qualidade do HPP Saúde e li-derada por Paulo Amado, ortopedista com experiência inter-nacional, a clínica baixou os preços das consultas, tem acordos com várias seguradoras e prepara-se para celebrar uma parce-ria com a ADSE.

VNa foto: Paulo Amado, médico especialista em Ortopedia e Traumatologia

Page 38: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

38 VIVACIDADE ABRIL 2014

Empresas & Negócios

BomPiso com mais de mil clientesnovos em Ermesinde“A um pneu não basta ter piso, tem que ter bom piso”. Este é o lema do BOMPISO, S.A., empresa de comercialização, importação e exportação de pneus situada às portas de Gondomar, com um espaço de 5000m2 que surpreende os clientes. Só em 2013 a fatu-ração superou os oito milhões de euros.

No dia 30 de novembro de 2012 o BOMPISO, S.A. inaugurou as novas instalações, em Ermesin-de. Um ano e quatro meses depois, o balanço é claramente positivo. Ao Vivacidade, Pedro Silva, dire-

tor de marketing e comunicação da empresa, explica as vantagens do espaço com 5000m2. “Foi o melhor de dois mundos porque estamos perto das anteriores ins-

talações, da sede (Ermesinde) e da filial (Baguim do Monte). Aqui conseguimos ter outras condições e juntamos duas sinergias num só local para servir melhor o cliente”, afirma.

A dimensão do armazém sur-preende os clientes que se mos-tram encantados com a qualidade do atendimento e das instalações. Em números, o BOMPISO somou

mais de mil clientes novos desde a inauguração do novo espaço e em 2013 apresentou um crescimento superior a 35% relativamente ao ano de 2012.

No entanto, a missão da em-

presa nunca está cumprida. Em 2014 o BOMPISO espera atrair mais clientes de Gondomar. “Cap-tamos muitos clientes de Erme-sinde e esperamos obter agora a atenção dos clientes de várias zonas do Grande Porto, inclusive dos gondomarenses. Sabemos que estamos um pouco deslocados de Gondomar mas é fácil chegarem até nós”, diz Pedro Silva.

A marca conta ainda com várias distinções e certificados. Exemplo disso são os certifica-dos Centro Qualidade Michelin que recebem desde 2010, e os ga-lardões PME Líder 2013 e PME Excelência 2013, que atestam a qualidade do serviço pres-tado pela empresa.

No mercado ex-terno, o BOMPISO mantém a aposta em Angola, o prin-cipal foco de expor-tação da empresa, e deixa em aberto a possibilidade de en-contrar novos parcei-ros internacionais.

Para que nada falte ao clien-te, o BOMPISO conta ainda com

um veículo de assistência móvel a viaturas pesadas, disponível 24h por dia, todos os dias da semana. O “SOS Pneu” está equipado com uma máquina capaz de realizar uma troca de pneus na estrada.

Pneus com qualidade e bom piso

Quando se fala em pneus o lema da empresa é só um: “A um pneu não basta ter piso, tem que ter bom piso”. O que começou por ser uma brincadeira de Joaquim Santos, proprietário do BOMPI-SO é hoje a explicação do nome da empresa.

O BOMPISO comercializa as principais marcas de pneus que existem no mercado, mas tem tam-bém ao

dispor do cliente outras marcas. “Trabalhamos com Michelin, Goodyear, Dunlop, Continental, mas também trabalhamos com marcas financeiramente mais acessíveis. Os nossos preços já

incluem a montagem e equili-bragem do pneu, o ecovalor e IVA”, explica Pedro Silva.

A empresa está também pre-parada para receber camiões TIR num espaço próprio capaz de albergar, em simultâneo, cer-ca de três veículos pesados.

Page 39: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Empresas & Negócios

Talho do Povo oferece alimentosaos mais carenciadosO Talho do Povo está a oferecer sacos de alimentos e vales-oferta a quem encontrar a sua equipa na rua. Uma iniciativa de cariz social para “ajudar as pessoas” e cativar novos clientes.

“É uma iniciativa para ajudar as pessoas. Com esta crise, o Ta-lho do Povo disponibiliza dos seus fundos para ajudar um pouco mais os clientes”, diz ao Vivacidade Sér-

gio Sousa, proprietário do Talho do Povo, uma cadeia de ta-

lhos com presença em Gondomar, Baguim do Monte e Arroteia.

Desde o dia 14, o Talho do Povo anda pelas ruas de Ermesin-de, Areosa, Valbom e S. Cosme a

oferecer 10 mil sacos de compras com alimentos, às pessoas que

encontrarem a sua equipa. Na segunda feira, dia 14 de abril, os veículos do Talho do Povo estiveram em Er-mesinde. Na terça, foi a vez

da Areosa e quarta to-cou a Valbom. O últi-

mo dia é quinta-fei-ra, dia 17, perto da

Junta de Fregue-sia de S. Cos-

m e , d a s 10h à s

10h30.Cada saco inclui quatro euros

em bens alimentares como ar-roz, massa, feijão, salsichas, ovos, atum, etc., e “qualquer pessoa que passar na rua e veja o nosso carro tem direito a um saco e vales de compras até 50 euros”, refere Sér-gio Sousa.

A campanha, segundo o pro-prietário, tem “uma vertente so-cial para dar apoio às pessoas”. “Já conseguimos ajudar 3000 pessoas desde segunda-feira e contamos chegar às 5000”, afirma.

O próximo passo será para bre-ve, durante o Verão, com um mega

piquenique em Gondomar, onde “toda a gente vai poder comer e beber”, garante Sérgio Sousa.

39VIVACIDADE ABRIL 2014

10 mil sacos de alimentos oferecidos4€ é o valor de cada saco50€ é o valor máximo dado aos clientes em vales-oferta

Números

FOTO

: LMA

FOTO

: LMA

FOTO

: LMA

FOTO

: LMA

FOTO

: LMA

Page 40: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

40 VIVACIDADE ABRIL 2014

A economia portuguesa possui di-versas vantagens competitivas que urge potenciar, mas também mantém todo um conjunto de desvantagens compe-titivas que é preciso atenuar.

Portugal dispõe de uma rede ro-doviária de elevada capilaridade, o que permite, uma eficiente circulação de mercadorias de norte a sul do país, e com boas ligações à Europa.

Ainda neste âmbito, no setor das telecomunicações, o país posiciona-se muito à frente da média europeia no que se refere à cobertura de serviços básicos de banda larga e de serviços de banda larga super-rápida e tem uma penetração de comunicações móveis entre as mais altas da Europa.

Outra das vantagens competitivas de Portugal é a língua portuguesa, que é hoje falada por mais de 250 milhões de pessoas em países com grande poten-

cial económico, e que são já importan-tes parceiros económicos de Portugal.

Este aspeto é particularmente re-levante no que diz respeito à relação com os países africanos, em especial os PALOP’s, que se constituem como mer-cado privilegiado para as empresas por-tuguesas, não apenas pelas profundas relações históricas existentes mas tam-bém pela partilha linguística e cultural.

A posição geoestratégica do terri-tório nacional, coloca o País no centro de múltiplas transações comerciais e posiciona-nos vantajosamente enquan-to porta privilegiada de saída e entrada de bens e serviços na Europa.

Portugal possui ainda a 3.ª maior Zona Económica Exclusiva da União Europeia e a 11.ª do mundo, traduzin-do-se este ativo natural num enorme potencial para a economia do mar e toda a atividade produtiva que a inclui

a montante e a jusante.Fatores como a segurança, leque

de recursos naturais e as características únicas da população portuguesa con-tribuem também para que Portugal se destaque muito positivamente no con-texto internacional.

Estes fatores contribuem de forma decisiva para a competitividade do se-tor do turismo, como um fator de dina-mização dos outros setores económi-cos, reforçando o reconhecimento de Portugal e dos seus produtos junto das principais economias mundiais.

Portugal apresenta também um número crescente de empresas com atividades de inovação e um acréscimo de despesas em I&D no investimento empresarial.

Por fim há que destacar a grande resiliência do tecido empresarial portu-guês face às dificuldades de contexto e

desafios estruturais enfatizados durante os últimos anos.

A capacidade de exportar produ-tos e serviços apostando cada vez mais numa proposta de valor diferenciada é uma estratégia de sucesso comprovada e que deverá ser replicada para o relan-çamento da economia nacional.

Entre os fatores menos positivos que são habitualmente atribuídos à economia nacional encontram-se a burocracia e os procedimentos exces-sivos, deficiências na articulação do sistema educativo com as necessidades do mercado de trabalho, a insuficiente ligação universidades/empresas, o bai-xo número de patentes por habitante e a lentidão da justiça.

Muitos destes problemas foram alvo de importantes reformas recentes e que urge continuar a implementar. n

Catarina MartinsBE

1. No início do mandato, o primei-ro-ministro acossado pela preocupação dos seus companheiros de partido, face à dureza das medidas aplicadas pelo Governo e os efeitos desta junto do seu eleitorado, sentenciou no meio de uma intervenção: “Que se lixem as eleições!”

As eleições pouco interessavam diante da messiânica tarefa de que a maioria de direita se afirmava imbuída e estava tudo dito.Pouco interessavam até ao momento em que o calendário começou a anunciar a aproximação das europeias. Mal as máquinas partidárias começaram a aquecer os motores para a campanhas das eleições europeias, o as-sunto logo começou a mudar de figura e o aumento do salário mínimo nacional, até aqui sempre rejeitado, foi de ime-diato colocado na agenda política pelo próprio primeiro-ministro.

Não há mal nisso e o PS até já tinha feito diversas vezes essa proposta, como forma de minorar as dificuldades da-queles que têm rendimentos do trabalho mais baixos e dinamizar a economia. O que choca é a forma absolutamente po-

pulista como é feito tal anúncio, com esta pressa todo, em cima da data das eleições, quando se prevê que a aplica-ção da medida só ocorrerá no próximo ano. A clareza, a transparência e o bom senso exigiam outra postura, principal-mente da parte de quem anunciou rene-gar interesses eleitoralistas.

2. O secretário de Estado da Admi-nistração Pública, investido das funções de coordenador do grupo de trabalho para a reforma do sistema de pensões, decidiu promover um encontro com jornalistas durante o qual, em “off”, pas-sou informações sobre a nova fórmula de cálculo das pensões, cuja evolução passará a ficar indexada à natalidade e ao crescimento económico.

Tenho sérias dúvidas sobre os pro-blemas de sustentabilidade que estão a ser apresentados como justificação para estas alterações. Sobretudo, porque o Governo socialista procedeu a uma re-forma que foi alvo das melhores referên-cias por parte da OCDE, exatamente por ter introduzido medidas que permitiam garantir a sustentabilidade do sistema,

mas aguardarei a apresentação dos estu-dos de suporte para devida ponderação. Contudo, independentemente de tudo isso, as opções anunciadas mostram-se, desde já, perigosas e muito longe de me-recer consenso. Introduzir a evolução demográfica e o crescimento econó-mico como factores de ponderação da evolução das pensões, só pode travar e mesmo a fazer diminuir os rendimentos de um dos grupos da população portu-guesa mais expostos à pobreza.

A evolução demográfica tem sido negativa e tende a manter-se assim e a indexação ao crescimento económi-co, exporá os idosos a ciclos de maior pobreza em fases de crise. A tudo isto acresce que a partir do momento em que forem aplicadas tais medidas pas-saremos todos a saber quais as nossas obrigações, no que diz respeito a des-contos para o sistema de pensões, mas jamais conseguiremos ter a certeza daquilo com que podemos contar por parte do sistema. Facto curioso em toda esta história, é que o primeiro-ministro, diante do ruído que a revelação da in-

formação gerou, veio a público dar um puxão de orelhas ao secretário de Es-tado. Atitude prontamente contradita, passados alguns dias pela revelação de um relatório do qual consta o compro-misso do Governo junto da União Eu-ropeia de introduzir estas mudanças.

Sempre que assisto a mais uma des-tas “trapalhadas” já só me ocorre per-guntar: ainda há quem consiga confiar neste primeiro-ministro e neste Gover-no?

3. Comemoramos os 40 anos do 25 de Abril. Uma celebração que fica para sempre marcada pelo destempero da resposta da presidente da Assembleia da República à vontade manifestada pelos militares de Abril de falarem na sessão comemorativa desta efeméride.

Lamento, mas concorde-se ou não com a pretensão destes militares, ao contrário do que foi dito pela senhora presidente, o problema não é deles. Não é só deles, é de todos nós. Diante do cli-ma político em que nos encontramos mergulhados “o que faz falta” é mesmo “avisar a malta”. n

Vantagens competitivas da Economia Portuguesa

O que faz falta...

Margarida AlmeidaPSD

Num dia 1 de Abril, Passos Coelho diz que nunca cortará subsídios de fé-rias e de Natal. Chega ao Governo e, ato imediato, corta os subsídios. Segue-se o enorme aumento de impostos; novos escalões e sobretaxa do IRS para todos, mais a CES para as pensões. Começa pelas pensões a partir de 1350 euros, hoje já chega a quem recebe 1000 eu-ros. Todas as medidas são anunciadas como transitórias para eludir o Tribunal Constitucional. Repetem-se a cada ano, sempre com a desculpa da excecionali-dade da troika. Mas, de facto, são para manter.

Um Secretário de Estado chamou os jornalistas para lhes dizer que as pen-sões não voltam aos valores anteriores

aos cortes “transitórios e excecionais”. Diz mais; a partir de agora as pensões serão constantemente atualizadas, de-pendendo do crescimento da economia e da demografia. Ou seja, cada governo fará o que lhe apetecer e um pensionista nunca sabe com que pensão pode con-tar. O primeiro-ministro ainda disse na Assembleia da República que não sabia de nada, o vice-primeiro-ministro que nada existia. Mas não demitiram o se-cretário de Estado que falou do que não sabiam e não existia. Sabe-se agora por-quê; um documento da Comissão Euro-peia atesta o compromisso do Governo com os cortes e a incerteza permanen-tes nas pensões. Passos Coelho e Paulo Portas conheciam bem o que já tinham

acordado. E as mentiras, como os cortes, não

ficam por aqui. Atingem quem tem pensões a partir de 1000 euros, como atingem quem tem pensões de miséria. O governo, ao contrário do que repete, não aumentou as pensões mínimas. Aumentou apenas as pensões mínimas rurais e sociais nuns quase invisíveis dois euros por mês e deixou congeladas as pensões mínimas contributivas. Não tiveram qualquer aumento as pensões mínimas de quem contribuiu mais de 15 anos e recebe 274 euros, nem de quem contribui até 30 anos e recebe 303,23 euros, nem de quem contribui mais de 30 anos e recebe 379,04 euros. E todos ficaram sujeitos a cortes; o gover-

no cortou prestações sociais de apoio na doença, a quem perde a autonomia e de combate à pobreza.

Hoje sabemos que para este gover-no há algo que ainda vale menos que as pensões: a sua própria palavra. Mas sabemos também que quem construiu a democracia não assistirá de baixos cru-zados à destruição do contrato social; quem sabe o valor da dignidade e da so-lidariedade não cede à mentira e à chan-tagem. O empobrecimento e a incerteza permanente, a que Governo quer con-denar quem trabalhou toda uma vida, evoca um grito das lutas dos precários: “Precários nos querem, rebeldes nos te-rão”, aos 25 como aos 65 anos. n

Pensões e mentiras: o transitório é permanente, o excecional habitual

Isabel SantosPS

Opinião: Vozes da Assembleia da República

Page 41: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

José Luís FerreiraPEV

Com o aproximar das eleições eu-ropeias espera-se o adensar do debate europeu ainda que já se adivinhe a nacionalização destas eleições.

É pena. A Europa e as suas ins-tituições assumem hoje um papel importantíssimo no nosso dia-a-dia nacional e o debate de como nos devemos posicionar face a estas ins-tituições é fundamental. Recorde-se que o Parlamento Europeu é a única instituição que é eleita diretamente pelos cidadãos, pelo que o debate e o esclarecimento se revelam ainda mais importantes.

O programa de assistência finan-ceira, com a troika que conta dois ele-mentos europeus, no entanto, deveria

deixar-nos mais motivados para esse debate: como funcionou a Europa neste momento de dificuldade? Que ajuda obtivemos e que sacrifícios fize-mos? Parece que alguns agentes polí-ticos só querem fazer esse debate para concentrarem os ataques no atual Go-verno. Mais uma vez é pena porque ganharíamos todos em saber o que pensam os diferentes partidos sobre a Europa e sobre a sua ação neste e nou-tros momentos de dificuldade.

E apesar de tudo, não é exatamen-te assim. Do lado do PS, por exemplo, ouve-se uma importante proposta socialista. Mas socialista portuguesa. Só. Fala-se da “mutualização da dívi-da” – da passagem de parte da nossa

dívida para a gestão europeia – como a grande solução para os problemas europeus. É uma proposta possível, ainda que não dependa de nós. Nem dos nossos eurodeputados, já agora. E pelos vistos também não está no horizonte do candidato socialista à Comissão Europeia, o senhor Schulz. Note-se a ironia: enquanto em Por-tugal António José Seguro fala desta como a sua única proposta para as eleições europeias, na dita Europa o candidato que o PS quer que seja o próximo chefe do executivo europeu diz o contrário: mutualização nem pensar.

Parece estranho, mas é assim. E não é novo: após todas as esperanças

portuguesas estarem com o senhor Hollande, do PS francês e depois com o senhor Gabriel, do PS alemão, ra-pidamente se percebeu que nos seus respectivos governos os partidos so-cialistas trabalham como PS portu-guês jura que nunca trabalharia. Es-quece o PS português que na Europa já se percebeu que o passado não é para repetir e que não devemos por isso voltar à irresponsabilidade na gestão da coisa pública que nos trou-xe à bancarrota.

Também disso se deve falar até às eleições. n

A Europa é já ali

Quase três anos de Governo PSD/CDS e quase três anos desde o início da Troika no nosso país, continuamos a ouvir o Governo falar de sinais posi-tivos, de luzes ao fundo do túnel e de milagres económicos.

Mas não ouvimos o Governo falar, por exemplo, dos números do desemprego, da sua evolução desde a entrada da troika até hoje, dos núme-ros da pobreza e da exclusão social, do valor das pensões de há três anos e dos valores que hoje os reformados recebem.

Não ouvimos o Governo falar da bandeira do CDS que passaria a ter uma linha vermelha e que não seria ultrapassada. Do valor dos salários de

há três anos e dos valores de hoje, da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho, antes e depois da tomada de posse deste Governo.

Também não ouvimos o Governo falar da qualidade do Serviço Nacio-nal de Saúde, e de outros serviços pú-blicos. Dos desempregados que antes da troika tinham direito ao subsídio de desemprego e que entretanto o Governo tratou de reduzir drastica-mente. Do abono de família que o Governo retirou a 650 mil crianças e jovens. Dos 200 mil beneficiários que ficaram sem o rendimento social de inserção.

Nem sequer ouvimos o Governo falar da dívida pública que em 2011

estava nos 94% do PIB e que este Go-verno engordou para os 130% do PIB.

O Governo foge destes assuntos, como o diabo foge da cruz. E nós sa-bemos porquê.

Por outro lado e uma vez que o Governo apresentou e sempre foi di-zendo que esta avalanche de cortes e de aumento de impostos, tinham na-tureza provisória, que decorriam ape-nas por causa da presença da troika nos nosso destinos, e uma vez que a troika está de saída, importa agora sa-ber quando é que o Governo pretende proceder às respetivas reposições des-ses cortes provisórios.

Importa saber quando é que, de-pois de 17 de maio, vai o Governo

começar a repor tudo aquilo que foi retirando aos portugueses. Salários, reformas, pensões, subsídios, direitos, prestações sociais, empregos e tudo o resto que o Governo levou “proviso-riamente”.

Sucede que o Governo não o diz e nós começamos a adivinhar os mo-tivos desse silêncio, é que o Governo está a preparar-se para transformar em definitivo aquilo que sempre foi visto, inclusivamente pelo Governo, como provisório.

Mais uma vez o Governo prepa-ra-se para faltar à sua palavra, mais uma vez estamos perto de perceber que o Governo voltou a não falar ver-dade aos portugueses. O costume. n

Três anos de Troika e deste Governo

Michael SeufertCDS-PP

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

Entendo que este espaço onde escrevo mensalmente deve ser exclu-sivamente para abordar questões rela-cionadas com o nosso concelho. Con-tudo, e dada a aproximação da data, sinto-me impelida a reavivar aquilo que o 25 de Abril de 1974 trouxe ao nosso país.

Naquela madrugada há 40 anos atrás, trilhava-se o caminho da Liber-dade. Da liberdade de expressão, de pensamento, de convicções, de esco-lhas. Davam-se os primeiros passos em prol da esperança de uma mudan-ça, mudança essa que viria a resgatar a nação de anos de obscurantismo, medo, pobreza e solidão.

Do enorme significado desta data, elejo a palavra Revolução, que

em si reúne a mudança e a transfor-mação.

Graças ao 25 de Abril de 1974 po-demos e devemos lutar pelos direitos que nos são caros.

Hoje, não faz sentido nem é acei-tável que os destinos de uma comu-nidade sejam decididos numa voz única, unidirecional e, muitas vezes, surda.

Hoje, e em sufrágio, somos nós povo que escolhemos os nossos de-sígnios. É no nosso voto que cabe toda a nossa esperança, toda a nossa expectativa de um trabalho capaz, consciente e representativo.

Não devemos por isso menospre-zar qualquer eleição política. Foi por ela que se fez uma Revolução, é por

ela que devemos demonstrar o maior respeito.

Quando somos chamados a ele-ger uma ideologia, um caminho, um rumo, devemos ser conscienciosos e responsáveis, sob pena de optar pela apatia, inconsciência e até mesmo in-competência.

Das presidenciais, às europeias, das legislativas, às autárquicas, é o nosso dia-a-dia que está em causa. O nosso trabalho, a nossa saúde, a nossa família, o nosso futuro.

Graças ao 25 de Abril de 1974 está nas nossas mãos a capacidade de di-zer basta. E foi o que fez a maioria dos gondomarenses no passado dia 29 de setembro de 2013.

Nesse dia deu-se, numa outra

escala, também uma Revolução. Mudaram-se os agentes, os métodos, o trilho. Apostou-se num concelho mais positivo, mais transparente, mais competente, mais interventivo, de uma maior cidadania.

Tenho a certeza que esses gondo-marenses estão hoje orgulhosos de te-rem votado nesse dia. Orgulhosos de terem escolhido uma equipa capaz, consciente e competente.

Gondomar tem já hoje uma nova presença nacional. É vista pelo seu empenhamento, modernização e ação intensiva.

Citando Sophia de Mello Breyner Andresen, “esta é a madrugada que eu esperava, o dia inicial inteiro e limpo”.

Viva a mudança! n

Da Revolução

Joana ResendePS

41VIVACIDADE ABRIL 2014

Page 42: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

42 VIVACIDADE ABRIL 2014

António ValpaçosCDU

No próximo 25 de Abril comemo-ra-se o 40.º aniversário da Revolução dos Cravos, o 40.º aniversário da que-da do regime fascista que oprimiu os portugueses e os condenou a 48 anos de tirania, pobreza e exclusão.

Com a Revolução dos Cravos con-quistou-se a liberdade de expressão e opinião, o fim da guerra colonial e ainda um conjunto de direitos: direito à saúde, à educação, à habitação, à jus-tiça e ao trabalho, direitos que vieram depois a ser consagrados na Consti-tuição da República Portuguesa.

É certo que muito daquilo a que aspirávamos não foi concretizado e que apesar de todas as lutas travadas

estão ainda hoje por cumprir direitos consagrados na nossa Constituição.

Face ao caminho de desastre eco-nómico que tem vindo a ser seguido pelos partidos do arco da governa-ção, saudar a Revolução dos Cravos e manifestar a intenção de lhe dar seguimento comemorando abril com mais força, pela defesa das conquis-tas e pelos direitos dos trabalhadores e do povo é um imperativo nacional para todos os que não desistem, que resistem, que lutam e que continuam a acreditar “que agora ninguém mais cerra as portas que abril abriu!”.

Portugal vive uma grave e profun-da crise económica e social. Agrava-se

a exploração dos trabalhadores e a de-gradação dos seus direitos, limitam-se as liberdades do povo, conduzem o país para o abismo económico, milha-res de portugueses, sobretudo jovens, são empurrados para o desemprego e para a emigração, a Constituição da República é subvertida e é posta em causa a soberania do nosso país.

As comemorações dos 40 anos da Revolução de Abril devem ser um momento para afirmar a indignação e recusa pelo que estão a fazer ao nos-so povo, ao nosso país, ao poder local democrático, à sua história e ao seu futuro. Um momento de resistência e luta contra esta ofensiva que pretende

ajustar contas com abril, agredindo a democracia, a liberdade, a paz e o de-senvolvimento de Portugal.

Sempre que nos queiram vender a ideia “da inevitabilidade e da resig-nação” para a situação que vivemos e que o caminho que está a ser seguido é o “único possível para sair da crise” lembremos todos os que morreram e lutaram pela liberdade no nosso país, lembremos abril e as suas conquistas e será claro que outro rumo é possível, que é possível reverter esta política que destrói o nosso país a cada dia que passa, basta apenas acreditar que “o povo é que mais ordena”. n

O que é preciso é Abril de novo com a força do Povo!

Rui NóvoaBE

No passado dia 29 de março, realizou-se uma Assembleia Muni-cipal extraordinária para debater os problemas ambientais em Gondomar, para tal, foram convidados a Rede Ambiente, Águas de Gondomar e o Movimento em Defesa do Rio Tinto. Foi sem dúvida um momento impor-tante, pois, permitiu aos eleitos da Assembleia Municipal, da Câmara e a todos os municípes presentes, ficar a conhecer um pouco melhor as causas dos problemas ambientais e as pro-postas para a sua resolução.

Ao longo dos últimos 20 anos, os responsáveis autárquicos viveram de costas voltadas para esta coisa do ambiente. São imensos os problemas, desde a recolha dos lixos passando pelas minas de S. Pedro da Cova, das nossas serras votadas ao abandono, bem como dos nossos rios, Ferreira, Sousa, Torto, e o rio Tinto.

O rio Tinto é de baixo caudal e apresenta uma extensão de pouco mais de 11 quilómetros. Serve mais de 50 mil habitantes, o que implica uma produção diária de sete milhões de litros de efluentes líquidos.

Foi para responder a tal elevada produção de efluentes domésticos, que surgiu a ETAR do Meiral. Esta ETAR possui atualmente uma capaci-dade de entrada de 700 m3/hora, mas, em períodos de chuva intensa chega a atingir um caudal de cerca de 2000 m3/hora, o que faz com que parte do seu efluente seja descarregado no rio, antes do devido tratamento.

Esta ETAR teve recentemente um investimento que rondou cerca de 4,5 milhões de euros por isso não podemos aceitar o argumento de que a empresa labora dentro da lei. A rea-lidade é que sendo o rio Tinto de bai-xo caudal, não vai ter a capacidade de

diluição e de depuração do efluente o que consequentemente irá destruir o rio por completo.

O Bloco de Esquerda exige a di-vulgação permanente dos resultados das análises periódicas acabando com este secretismo que tem existido. Sa-bemos que para além da problemá-tica da ETAR do Meiral, são conhe-cidos outros focos de poluição desde a montante até à foz. Não podemos permitir a existência de emissários no próprio leito do rio que são sen-síveis às intemperes e brotam esgoto frequentemente; as margens não po-dem continuar como depósitos de re-síduos sólidos urbanos; entre outros, a defesa do rio e impõem que sejam tomadas medidas que visem a prote-ção do património histórico e ecoló-gico que é de todos e de todas é, pois necessário, em cooperação com os municípios de Valongo e Porto atuar

com a máxima brevidade.Primeiramente é uma imposição

retirar o efluente do rio Tinto, ou por descarga direta no rio Douro ou encaminhamento para a ETAR do Freixo, após tratamento secundário na ETAR do Meiral; posteriormente é necessária a realização de vistorias e manutenção dos emissários; limpeza das margens; acabar com as ligações ilegais e mistura de águas pluviais com residuais.

Para tal, a Câmara Municipal e a Águas de Gondomar têm de ter uma atitude diferente daquela que têm tido. Embora o rio não possa voltar ao seu estado inicial, podemos melhorar e muito a sua qualidade de modo a de-volver o rio à população. O caminho está traçado e é longo, por isso, temos de começar já para desfrutar e deleitar do que este rio nos pode dar. n

Um Olhar sobre o Rio Tinto

Pedro OliveiraCDS-PP

Todos sabemos que, por razões de salvação nacional, a atual maioria foi obrigada a assumir a governação do país, depois de o PS de José Soca-tes ter deixado Portugal à beira de um enorme “ataque de nervos” e com o seu rating abaixo da fasquia de lixo. Apesar das dificuldades e convenha-mos, de algum experimentalismo nem sempre bem-sucedido, a verdade é que a maioria que nos governa tem almejado redireccionar o país para caminhos bem mais enxutos e con-dizentes com os aplicáveis padrões internacionais de credibilidade.

Todo este acintoso esforço de credibilização da nação, aliás bem reconhecido por todas as instâncias internacionais, tem sido desenvolvi-do com o maior partido da oposição

em sistemática critica, em quotidiano conflito com as opções do governo, como se tudo que o governo faça seja mau, exagerado e mal pensado.

Efetivamente o “luto” do PS pela derrota eleitoral de 2011 durou não mais que um ano, passando, a partir daí, a intervir na política portuguesa, como se nenhuma responsabilidade tivesse para com a herança da atual maioria, como se o PS estivesse fora do poder há vários mandatos.

Ora, tal postura leva-nos a tentar intuir se, de facto, o partido se regene-rou entretanto, sendo hoje claramente diferente daquele da derrota de 2011.

Será que o PS fez a catarse da sua governação socrática e interiorizou o essencial daquilo que não pode voltar a ser feito, no futuro?

Será que o PS pensou a realidade presente e articulou o seu programa de ação em consonância, definindo--se genuinamente como uma verda-deira alternativa de governo?

Será que o PS se dotou de novos protagonistas, avessos a “traquinices” políticas e descomprometidos com os abusos da “geração” Sócrates?

Pois todos sabemos que não. Que o PS se limitou o substituir o seu secre-tário-geral mantendo, basicamente, a mesma praxis, as mesmas pessoas, os mesmos vícios. O PS contínua em igual senda de um populismo gasto e ultrapassado, prometendo dar o que o estado não tem, nada tendo aprendi-do com as sequelas desta violenta cri-se que muito ajudou a criar, mas que só ao povo coube e cabe ainda, pagar.

Como é possível que o PS continue, apesar das constantes invocações nes-se sentido, a recusar gerar consensos nas questões essenciais? Como é pos-sível que, com esta crise, não tenha o PS definitivamente percebido o dra-ma dos portugueses e, por isso, a ne-cessidade de alterar a forma de fazer política em Portugal?

O PS ainda não percebeu que a política mudou. E se é verdade que nós, o povo, temos sofrido estupida-mente com a estratégia de combate à crise mais, cada vez mais muitos de nós, até trememos, com a mera hipótese de o PS voltar ao poder nas próximas legislativas. Haja, então, responsabilidade.

Pedro Moura de OliveiraCDS/PP n

Populismos

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

Page 43: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Estimados leitores, escrevo este pequeno artigo de opinião, aqui na segunda cidade da Polónia, Poz-nan, enquanto espero pelo avião que me há de levar a Frankfurt e daí para o nosso querido Porto.

A Polónia é um país com cer-ca de 40 milhões de habitantes, logo quatro vezes maior do que Portugal, e no entanto, estou aqui neste aeroporto, que serve a cida-de comparada ao Porto, que em nada se compara ao moderníssi-mo e dinâmico aeroporto Fran-cisco Sá Carneiro. Modesto, longe da grandiosidade do nosso, sem mangas de acesso aos aviões, etc. Encontrando-me em serviço como formador pela Sociedade Europeia do Pé e Tornozelo, fomos muito bem recebidos aqui na Polónia, mas com num ambiente ainda a “cheirar” a país do leste, que todos afirmam vir a ser uma potência Eu-ropeia, distanciando-se do que pa-rece, ao condenado Portugal. Aqui, notamos um investimento grande, de construções. Mas as infraestru-turas, as estradas e outros sinais externos de riqueza, estão muito longe do que vemos em Portugal, um dos países com mais autoestra-das por quilómetros quadrados, da Europa. Acredito que a Polónia ve-nha a ser um país economicamente forte no plano europeu. Que o di-

gam os retalhistas como o Grupo Jerónimo Martins, ou até os bancos portugueses, que investiram aqui forte. No entanto, neste momento, a diferença é notória, com o nosso país muito à frente destes países, que no entanto guardam um segre-do, para já: mantêm-se com moeda própria, logo, conseguindo con-trolar os seus movimentos finan-ceiros, apesar de já pertencerem a União Europeia.

Há cerca de 15 dias estive na Li-tuânia, na sua capital Vilnius, numa missão idêntica à que me trouxe à Polónia, e aí então a diferença com

Portugal, diria, é catastrófica, com uma pobreza “franciscana”. Mas o que dizem, é que são países com muito potencial de crescimento, bonitos é certo, com muita histó-ria por todos os cantos, mas que me deixa pensativo, porque é que também não estamos no grupo dos países em desenvolvimento.

Finalmente, não posso esquecer a minha visita a Dublin, na Irlanda, país com que nos comparam cons-tantemente, quer na dívida, quer em todo o percurso de desenvolvi-mento. Então aí, tudo se confunde. Lembro-me de chegar ao aeroporto

de Dublin e esperando eu ir de táxi por uma autoestrada (no aeroporto do Porto, para ir a qualquer cida-de, não faltam autoestradas, das melhores), não é que fui por uma estrada, coitadinha? Ainda pensei que seria o taxista a enganar-me, mas depois confirmei que não. A cidade de Dublin é bonita, sendo a capital, mas Lisboa é muito mais rica. A Irlanda é um país de uma beleza natural incomparável, mas onde estão as infra estruturas, au-toestradas, centros comerciais e aeroportos?

Em conclusão, estimados leito-res, agora sei onde os nossos políti-cos gastaram o dinheiro, que hoje todo o mundo nos reclama, acres-cido do facto que, durante anos, até nos bancos tivemos corrupção que acabou por ficar impune pela justi-ça. Tomara que os nossos políticos consigam tirar partido de todas as infraestruturas que temos, essas sim muito à frente de muitos paí-ses e que consigam fomentar aqui-lo que nos pode salvar, como por exemplo, o turismo, com tudo que esta atividade trás. Só assim pode-remos ter um futuro melhor e dar um futuro melhor às nossas futuras gerações.

Sim, agora percebo para onde foi o dinheiro, que tanta falta nos faz.

Até breve, estimados leitores… n

Recebo todos os dias “tonela-das” de publicidade na minha cai-xa do correio. Esta é uma situação muito incomodativa, pelo que gos-taria de saber se existe alguma for-ma de impedir a receção deste tipo de publicidade.

Nos casos de publicidade entre-gue no domicílio do destinatário, por via postal ou por distribuição direta, a lei obriga que a mesma seja identificável exteriormente de forma clara e inequívoca, designa-damente contendo os elementos indispensáveis para uma fácil iden-

tificação do anunciante e do tipo de bem ou serviço publicitado.

O Código da Publicidade es-tipula, que a publicidade entregue no domicílio do destinatário, por correspondência ou qualquer ou-tro meio, deve conter, de forma clara e precisa o nome, domicílio e os demais elementos necessários para a identificação do anunciante, a descrição rigorosa e fiel do bem ou serviço publicitado e das suas características, bem como o pre-ço do bem ou serviço e a respetiva forma de pagamento, condições de

aquisição, de garantia e de assistên-cia pós-venda. O objetivo que se pretende atingir é impedir que os consumidores sejam incomodados com comunicações publicitárias às quais não pretendem estar expos-tos, no estrito respeito pelo seu di-reito à informação e pelo direito à sua privacidade.

Assim, no caso de se tratar de publicidade não endereçada, os consumidores poderão afixar nas suas caixas do correio por forma visível, um dístico apropriado con-tendo mensagem clara e inequívoca

nesse sentido.Salientar ainda que os consu-

midores também se podem opor a que os seus dados pessoais sejam transmitidos a terceiros ou utiliza-dos para fins de marketing. Para tal, os destinatários deste tipo de men-sagens publicitárias devem solicitar às empresas que procedem ao envio das mesmas que os seus dados se-jam excluídos das suas listas de en-dereços, bem como se abstenham de comunicar os seus dados a ter-ceiros. n

Publicidade não endereçada

Joana Simões

Jurísta da DECO

Para qualquer pedido de informação ou apoio para resolução de conflitos de consumo e situações de sobre-endividamento, dirija-se à DECO ([email protected]) ou ao Gabinete de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar. A autarquia Câmara Munici-pal de dispõe de um protocolo de colaboração com a DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor e presta apoio gratui-to aos munícipes. Contactos: [email protected] | Telefone: 224 660 536 (ext. 2036)

FOTO

: DR

43VIVACIDADE ABRIL 2014

Opinião

“O motivo de sermos um país endividado...”

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clínico daCLINICA RIO TINTO +

Coordenador da Unidade deMedicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HPP- Boavista.

Page 44: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

44

Lazer

VIVACIDADE ABRIL 2014

CHEFE JOÃO PAULO RODRIGUES

PALAVRAS CRUZADAS, SUDOKU E ANEDOTA

Massa:1kg de farinha40g fermento de padeiro220 ml água morna220ml de azeite180g de manteiga7 OvosSal q.b

Ingredientes:1 - Courgette1 - Beringela2 Cenouras raladas8 tomates cherryCebolaAlhoPimento verdePimento vermelhoOrégãos

Confeção:

Colocar a farinha numa mesa, abrir uma cavidade e juntar o sal, fermento padeiro, azeite, manteiga derretida, ovos. Me-xer bem a massa até deixar de colar na mesa. De seguida deixar levedar até a massa duplicar. Saltear os ingredientes previamente cortados aos cubos numa frigideira com o azei-te, alho e cebola picada. Temperar com sal e orégãos. Deixar refogar. Untar uma forma com manteiga e polvilhar com fa-rinha. Dividir a massa em duas partes e com uma parte da massa a cobrir a base da forma. Colocar o recheio e cobrir com a restante massa. Pincelar com a gema de ovo a massa. Por fim, leve ao forno a 180º durante 50min.

RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE

Exposições:Jornais de abril17 de abril a 18 de maio, na Casa Branca de Gramido

“Ao encontro de... Camilo Castelo Branco”Até 23 de maio, na Biblioteca Municipal de Gon-domar

Recriação de Sala de Aulas do Estado Novo17h – 22 até 24 de abril, no Ginásio da Escola Secundária de Gondomar

“Abril com Arte”, pintura ao vivo, mú-sica, teatro e artesanato14h às 19h – 25 de abril, no Largo da Costa, em Fânzeres

Diversos:

40 Anos, 2 Geraçõescom Otelo Saraiva de Carvalho e Marisa Matias21h30 – 21 de abril, no Auditório da Es-cola Secundária de Rio Tinto (AERT3)Poemas e Canções de abril21h30 – 24 de abril, na Casa Branca de Gramido, em Valbom

Regata 25 de abril10h às 13h – Rua dos Marceneiros (Briosos, em Valbom)

“Até Amanhã Camaradas”, de Joaquim Leitão21h30 – 22 de abril, no Auditório da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova

Música:Concerto Banda S. Cristóvão de Rio Tinto9h45 – 25 de abril, no Largo do Mosteiro, em Rio Tinto

Concerto da Banda Musical de Gondomar10h – 25 de abril, na Praça Manuel Guedes, em Gondomar (S. Cosme)

Concerto Orquestra de Sopros da Banda Musical de Melres18h – 25 de abril, no Largo do Pavilhão Gim-nodesportivo das Medas

“Uma Vontade de Música”21h30 – 25 de abril, no Centro Re-publicano e Democrático de Fân-

zeres

“40 Anos de abril”, pelo gru-po OSNOFA21h30 – 25 de abril, no Auditório

Municipal de Gondomar

Literatura:Vitor da Rocha na Comunidade de Leitores

21h30 – 23 de abril, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Festivais:Festival de Folclore21h – 26 de abril, no Salão Paroquial de Fânzeres

Sarau Cultural15h às 19h – 27 de abril, no Centro Paroquial de Baguim do Monte

Desporto:Eurobol 201418 até 20 de abril, no Multiusos de Gondomar

Teatro:30.º Festival de Teatro Amador de ValbomAté 7 de junho, na Escola Dramática Musical Valboense, em Valbom

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

* docente na Actual Gest

BOLA DE LEGUMES

Page 45: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

CARTA AO VIVACIDADE

Colabore com os seus colegas de tra-balho. O trabalho em equipe trará bons resultados. No campo sentimental, siga os seus instintos. O relacionamento com o seu par está a pedir mais diálogo.

Escravos do século XXI

Estuda filho. Estuda e tira boas notas, filho. Vai para a universidade. Compra um apartamento. Casa e tem filhos. Acu-mula, e deixa tudo para os teus. Quem gosta deste cenário? Eu não! Mas preciso dele para ser feliz, algo que fere o meu amor pessoal. Mas foi assim que me en-sinaram!

Aprendemos, desde cedo, que a feli-cidade requer uma boa conta bancária. Somos escravos do dinheiro, somos es-cravos da sociedade. Mas foi assim que nos ensinaram! Diferentes dos escravos do século XVII que eram privados fisica-mente, somos privados de pensamento, é-nos imposto o livre-arbítrio.

Não se enganem, eu gosto do dinhei-ro. Mas prefiro a felicidade, e uma casa, e um carro, e... dinheiro, não é? Eu acre-dito que o mundo é bom, mas não é. É! Às vezes...

Se calhar o melhor é nem pensar nis-to... não sei... não costumo pensar, mas hoje pensei! Pensar... será que foi isso que nos ensinaram?

José Castro – Baguim do Monte

Você tem consciência do seu valor. Não se subestime. Olhe em frente e aceite desafios. Os astros ajudarão. Acredite que é capaz de vencer e a sua força interior não o desapontará!

Os amigos também são para as oca-siões difíceis. Tente seleccionar o melhor possível. Não pense que aquele que o critica não gosta de si. O seu amor poderá estar em risco.

Finalmente chegou o mês certo para se destacar no trabalho e no amor. Acre-dite em si e siga o melhor caminho para colocar em prática os seus objectivos. Não se deixe levar pela rotina e preguiça.

Agora é um mês marcante para si. Poderá receber um convite inesperado da parte de alguém que muito deseja. As noites podem serem repletas de surpresas inesperadas e apaixonadas.

Não deixe que pensamentos derro-tistas tomem conta dos seus projectos. Prepare-se para tirar partido dos momen-tos de turbulência. No plano afectivo,

Junte amigos e familiares poderá sentir o carinho e a atenção que procura. Planeie o seu futuro com atenção e leve adiante os seus planos. Aproveite para reforçar os laços com o seu par e seja muito romântico.

Você anda cansado. Aproveite o mês para explorar lugares desconhecidos ou há muito não visitados. Será uma boa maneira de arranjar forças e aproximar-se dos seus amigos e familiares.

Não se admire ao receber um elogio de uma pessoa que muito estima. Pode ser o princípio de um bom relacionamen-to. Evite argumentar se o assunto não for bastante importante.

Resolva de vez assunto pendente. Não deixe arrastar. É muito difícil avançar sem ter o passado resolvido. Não des-perdice oportunidades e mostre a sua força interior.

Aja conforme as suas convicções. Oportunidades profissionais não irão faltar. Aposte na sua imaginação para conquistar vitórias e realizar sonhos. No romance, o sexo poderá ser intenso.

Apesar do dinheiro não trazer felicidade, dê uma nova orientação às suas economias, pois é importante que consiga organizar-se com os pés bem assentes na terra.

FOTO VIVACIDADENuno Markl

[email protected]

45VIVACIDADE ABRIL 2014

Lazer

LELO e ZEZINHA

Page 46: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014

Emprego

46 VIVACIDADE ABRIL 2014

Page 47: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014
Page 48: Vivacidade ed. 93 - Abril 2014