Vivacidade ed. 82 - Maio 2013

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0,50€ Comemorações do 25 de Abril ocorreram um pouco por todo o concelho Clube Atlético de Rio Tinto Marco Martins e Fernando Pau- lo garantem relvado sintético para breve Sociedade V V P.6 e 7 P.16 Jorge Ascenção da FAPAG é o novo presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais Líder da CONFAP já pertence aos cinco primeiros da candidatura independente à CMG e vê-se como “possível” vereador da educação P.41 Escola Profissional de Gondomar Alunos já preparam II Viagem Medieval que começa no último dia de maio Política BE renova candidatura de Ana Paula Canotilho “Há tantas coisas prioritárias e urgentes para resolver em Gondomar” V P.24 e 25 V P.8 Debate do PS Comendador Rui Nabeiro, líder da Delta Cafés apoia a candidatura de Marco Martins V P.35 V Desporto OFERTA: 10 bilhetes duplos para a ‘Festa da Lusofonia’, no Multiusos de Gondomar, a 22 de junho P.45 V

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Vivacidade ed. 82 - Maio 2013

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0,50€

Comemorações do 25 de Abrilocorreram um pouco por todo o concelho

Clube Atlético de Rio TintoMarco Martins e Fernando Pau-lo garantem relvado sintético para breve

Sociedade

VV

P.6 e 7

P.16

Jorge Ascenção da FAPAG é o novo presidente da Confederação Nacional das Associações de PaisLíder da CONFAP já pertence aos cinco primeiros da candidatura independente à CMG e vê-se como “possível” vereador da educação P.41

Escola Profissional de GondomarAlunos já preparamII Viagem Medievalque começano último dia de maio

Política

BE renova candidatura de Ana Paula Canotilho“Há tantas coisas prioritárias e urgentes para resolver em Gondomar”

V P.24 e 25

V P.8

Debate do PS Comendador Rui Nabeiro, líder da Delta Cafés apoia a candidatura deMarco Martins

V P.35

V

Desporto

OFERTA: 10 bilhetes duplos para a ‘Festa da Lusofonia’, no Multiusos de Gondomar, a 22 de junho P.45V

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2 VIVACIDADE MAIO 2013

Editorial

POSITIVOComeça a 25 de maio, no Largo do Souto, em Gon-domar, mais uma edição da Feira Nacional de Artesana-to.Todos os dias, para além dos inúmeros artesãos e entida-des presentes no certame, haverá um programa de ani-mação cultural e musical. A iniciativa decorre até 2 de junho.

NEGATIVOMesmo antes da a sua inaugu-ração a 18 de fevereiro deste ano, a Via Nordeste – que liga a Rotunda da Rua Amália Ro-drigues (Parque Nascente) e a Rotunda de Rebordãos, em Rio Tinto - foi alvo de várias críticas. Agora, com o troço já “ativo” coloca-se outro proble-ma: os mecos de sinalização destruídos com a passagem de carros “mais distraídos”.

Para muitos de nós, a Primeira Guerra Mundial ou Grande Guerra como é vulgarmente designada entre nós, foi tão somente o primeiro grande confli-to do século XX, o qual prometia ser a “guerra para acabar com todas as guerras”. No Portugal da 1ª República (1910-1926), havia duas tendências que apoiavam cada um dos la-dos em conflito, a angló-fona abarcando a maioria dos políticos e ideólogos republicanos tendo com figura de proa Afonso Costa e a germanófila re-presentada entre outros por Sidónio Pais. Apesar das colónias portuguesas

de Angola e de Moçam-bique serem atacadas por forças alemãs, desde 1914, a partir do Sudoeste Afri-cano (atual Namíbia) e da Tanganica (atual Tan-zânia), só em novembro de 1916 se formaliza a situação de guerra entre Portugal e a Alemanha e, em 1917, com o apoio téc-nico e logístico britânico, é enviado para a Flandres o Corpo Expedicionário Português. Nesse corpo foram integrados solda-dos oriundos de todo o país, incluindo do Conce-lho de Gondomar. Muito do estudo sobre estes sol-dados e a sua participação neste conflito estar ainda

por fazer, apesar de haver documentação e biblio-grafia significativa sobre a temática. De acordo com informações fornecidas pelo arquivo histórico militar de Lisboa, estão a organizar uma base de dados online chamada Di-gitarq que possibilitará a pesquisa aos utilizadores. Acabei por saber, atra-vés deste mesmo arquivo, que dos que fizeram parte do Corpo Expedicioná-rio Português, constavam como falecidos seis nomes oriundos do Concelho de Gondomar, constando dois destes como sendo de Rio Tinto, sendo os seus nomes e posto: Au-gusto da Silva, soldado, e José Pereira, corneteiro. Para quando se edificará um monumento em Rio Tinto que homenageie os que prestaram serviço e aqueles que deram a sua vida pela Pátria, seja na Primeira Guerra Mundial ou mesmo na Guerra Co-lonial?

Paulo Santos SilvaProfessor, Historiador e Escritor

Memórias do Nosso PassadoA Grande Guerra

Caros Leitores,

As eleições para as autarquias de outubro de 2013, apesar de ainda não estarem marcadas pelo Presidente da Republica, estão já a dominar a comunicação social. Mas não só, também as ruas e vias da cidade estão já a ficar alegremente abrilhantadas com os cartazes dos candidatos.

Sendo certo que para vencer eleições – quaisquer eleições – é preciso um trabalho árduo de preparação e sistematização dos processos de comunicação e de começar a trabalhar muito cedo e muito a sério, também é verdade que a ânsia de mostrar o que somos capazes de fazer pode ser improcedente e, especialmente numa altura de austeridade e de enorme necessidade de controlo de custos e mesmo das pequenas despesas por parte das famílias, a exposição de-masiado cedo pode ser muito mal interpretada.

A situação em que se encontram os candida-tos a Gondomar leva a que seja necessária uma enorme contenção de palavras, de atos e uma enorme sistematização em tudo o que tenha vi-sibilidade para que as pessoas entendam e rece-bam as mensagens. Não há dúvida, o vencedor vai ser aquele que transforme a sua mensagem numa força positiva e abrangente e que consiga unir e organizar as suas hostes, sendo a força das equipas, das mensagens, dos programas e das ações no terreno o que vai com certeza definir os resultados finais.

Confesso que não gosto dos primeiros si-nais. Os especialistas em marketing político que, com toda a certeza, estão a aconselhar os candi-datos, têm que saber que pelo menos aqueles que concorrem para ganhar estão a cometer erros básicos tremendos e a única vantagem que uns têm sobre os outros é que todos o estão a fazer.

Conheço pessoas que tinham decidido vo-tar num(a) dado(a) candidato(a), mas assim que viram os seus primeiros cartazes ficaram inde-cisos. Conheço pessoas que tinham decidido por outro(a) candidato(a), mas quando viram as suas páginas no facebook mudaram de orienta-ção. Conheço, finalmente, pessoas que ficaram muito entusiasmadas com o perfil de outro(a) candidato(a) mas quando tiveram o primeiro contacto com as suas mensagens mudaram de ideia…

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva AlmeidaRedação:Ricardo Vieira Caldas (TP-1732)Diretor Comercial:Luiz Miguel AlmeidaPaginação:José VazEdição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOColaboradores: Álvaro Gonçalves, Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, António de Sousa, Bruno Oliveira, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Silva, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luís Alves, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Oliveira, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Costa, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgE-mail: [email protected]

Sumário:

BrevesPágina 4

SociedadePáginas 6 à 8

AssociativismoPágina 10 à 13

DesportoPáginas 14 à 17

Empresas & NegóciosPáginas 18 à 21

DestaquePáginas 24 e 25

OpiniãoPáginas 26 e 27

PolíticaPáginas 28 à 39

Ofertas & EmpregoPágina 45

LazerPágina 46

Próxima Edição20 de junho

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal.Envie-nos as suas fotos para [email protected]

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4 VIVACIDADE MAIO 2013

Breves

A Associação de Pais da Escola EB 2,3 de Rio Tinto n.º 2 organizou, em conjunto com vários elementos da comunidade educativa, no dia

21 de abril, uma caminhada com o objetivo de angariar fundos para melhorar a cozinha dos alunos do ensino especial. Para a presidente

da Associação de Pais, Fátima Pin-to, “a caminhada tornou se num momento  bastante descontraído e muito agradável para todos os que

participaram”. Na caminhada esti-veram presentes Conceição Lou-reiro, em representação da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Otília Cas-

tro, em representação da Câmara Municipal de Gondomar e encar-regados de educação, professores e auxiliares.

Associação de Pais da EB 2,3 de Rio Tinto nº2 organizou caminhada de angariação de fundos

Enquadrado na relação com a comunidade, a Escola Secundária de Gondomar está a organizar uma Caminhada Solidária em Gondomar. Será no dia 10 de junho, segunda--feira, 10h, com concentração no Es-

tádio do Sport de Rio Tinto, na rua S. Mamede, junto à estação de metro de Baguim. O objetivo é de promover, em especial nos jovens, a solidarieda-de, ajudando a associação Amigos do Padre Moura de Baguim do Monte e

estimular a atividade desportiva. As inscrições têm um custo de 2

euros e vão ocorrer durante o mês de maio. Cada participante terá direi-to a uma camisola e água no dia do evento.

Caminhada pelos Amigos do Padre Moura a 10 de junho

A poucos meses das Eleições Autárquicas, o candidato do Par-tido Socialista a S. Cosme, Carlos Alberto e o candidato do Partido Social Democrata a Baguim do

Monte, Manuel Baía, desistem da candidatura que haviam já confir-mado anteriormente.

Em causa estão “motivos pro-fissionais”, por parte de Carlos Al-

berto e “questões do foro pessoal”, no caso de Manuel Baía – que os impedem de continuar as candida-turas.

Para já o PSD de Baguim já

substituiu o lugar para João Freire mas da parte do PS de S. Cosme, até ao momento do fecho da edição, o Partido Socialista ainda não tinha decidido novo candidato.

Candidatos do PS de S. Cosme e do PSD de Baguim desistem da candidatura

Desta vez o convidado foi o jor-nalista Hugo Correia. Maria José Guimarães organizou mais um de-bate na Escola EB 2,3 de Rio Tinto - onde leciona - dando continuidade

a uma rubrica que criou em conjun-to com a Brigada do Cidadão [um grupo de alunos] e com a Associação de Pais do Agrupamento, intitulada de “conversa com”. No debate, Hugo

Correia enfatizou a ideia de “espe-rança” no futuro e de “lutar pelo que queremos” tendo dado o seu próprio exemplo de sucesso no mundo do jornalismo.

Maria José Guimarães organiza debate sobre “perseguir o sonho”

O Geoclube - Associação Juvenil de Ciência, Natureza e Aventura orga-nizou no passado dia 10 de maio de 2013 a Conferência: “União Europeia: O que pode fazer pela Juventude?” no auditório completamente preenchido da Escola Secundária de Gondomar.

Os oradores foram Carlos Ferreira, presidente da direção do Geoclube, Sandra Jekabsone, Voluntária de Ser-viço Voluntário Europeu em Lisboa e Marisa Matias, Eurodeputada do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu. Sandra Jekabsone falou da

sua experiência como voluntária em Lisboa no âmbito do Serviço Voluntá-rio Europeu. Marisa Matias apresen-tou a sua perspetiva presente e futura da União Europeia e da Juventude no contexto social e económico atual em Portugal e na Europa.

“União Europeia: O que pode fazer pela Juventude?”

Foi recentemente divulgado mais um estudo da Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) rela-

tivo ao Prazo Médio de Pagamento das Câmaras Municipais. O Mu-nicípio de Gondomar encontra-se

entre os melhores pagadores a nível nacional com 21 dias, em dados re-ferentes ao final de 2012. Esses dias

correspondem ao prazo médio de pagamento de Gondomar – quando a média nacional é de 137 dias.

Câmara de Gondomar paga a 21 dias

O Partido Socialista de Gon-domar homenageou no dia 12 de maio, Carlos Pires, ex-presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto,

pelo trabalho feito pela freguesia. A homenagem deu-se um dia antes do 5º aniversário do seu falecimento e juntou dezenas de socialistas no

cemitério de Rio Tinto a ouvirem as palavras de Artur Sá Reis, atual secretário da Junta de Rio Tinto e amigo do falecido.

PS homenageia Carlos Pires, ex-presidente da J. F. Rio Tinto

A reunião-jantar dos Rotários de Gondomar, na Estalagem Santiago, decorreu na última terça feira de abril. Desta vez, o convidado foi Luciano Pereira, advogado portuense que

prendeu a assistência falando da Ma-çonaria como “um movimento que ganhou protagonismo graças ao apa-recimento de uma nova classe social emergente que viria a ser conhecida

por burguesia”. A reunião de abril foi também aproveitada para o presiden-te, António Pais, entregar o emblema de sócio a um novo elemento do clu-be, Nuno Cruz. No final houve ainda

tempo para anunciar a realização de um Espetáculo de Variedades, pro-movido pelo Rotary Club de Gondo-mar, pelas 21.30 horas, no Auditório Municipal no dia 25 de maio.

Maçonaria e cidadania foi tema no Rotary Club

Carlota Teixeira é cabeça de lista para a Assembleia Municipal. O nome de Carlota Teixeira, atual vereadora sem pelouro da Câmara Municipal de Gondomar, foi apro-vado, ontem à noite, em reunião da Comissão Política Concelhia do

Partido Socialista de Gondomar, como cabeça da lista a apresentar à Assembleia Municipal nas próxi-mas autárquicas. Trata-se de uma proposta conjunta de Marco Mar-tins, candidato à Presidência da autarquia, e de Luís Filipe Araújo,

líder do PS/Gondomar. No anterior mandato, a militante socialista foi deputada à Assembleia de Freguesia de Valbom. Natural de Amarante, é licenciada em Psicologia, sendo pós-graduada em Gestão de Recur-sos Humanos e mestre em Ciências

do Serviço Social. Carlota Teixeira tem, ainda, um doutoramento em Psicologia Política e Cidadania. Carlota Teixeira é técnica superior no Centro Distrital da Segurança Social do Porto e, também, psicólo-ga clínica.

Carlota Teixeira é a cabeça de lista para a Assembleia Municipal pelo PS

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5VIVACIDADE ABRIL 2013

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25 de AbrilRevolução dos Cravos lembrada em Gondomar 39 anos depois

A 25 de Abril de 1974, um golpe de Estado militar acabou com o regime ditatorial do Estado Novo no país e trouxe a esperança pela liberdade aos portugueses. Quase quatro décadas depois, a data continua a ser recordada e celebrada nas mais variadas localidades de Portugal e Gondomar não foi exceção. O Vivacidade passou por Baguim do Monte, Fânzeres, Rio Tinto, S. Cosme e S. Pedro da Cova e mostra aqui como

se viveram os ideais da liberdade nestas freguesias.

O feriado nacional não foi sinónimo de descanso para muitos dos gondoma-renses que assistiram e inte-

graram as comemorações do 39.º aniversário do 25 de Abril nas

várias freguesias de Gondomar. Em Baguim do Monte, o pro-

grama da Junta de Freguesia se-guiu a mesma linha dos anos anteriores, apenas com um reco-nhecimento público ao estudante Alberto Cavaleiro Pacheco, ven-cedor das Olimpíadas Portuguesas de Matemática.

“Estamos a precisar de uma revolução social”

O presidente da Junta, Nuno Coelho, explicou ao Vivacidade a importância do dia para Baguim. “É uma data marcante, principal-

mente para nós que chegamos em outubro de 2005 e

que, desde o primeiro 25 de Abril de 2006 começamos a comemo-

rar o dia. Já há uns anos que não

era comemorado nesta Junta de Freguesia”, referiu. Para o au-tarca “hoje em dia é

muito mais importan-te comemorar o 25 de Abril porque os discursos dos partidos políticos que foram feitos na cerimónia [ses-são solene da junta] podem ser re-tirados do contexto em 74, 75, 76...” “Porque o que nós vivemos hoje é aquilo que vivíamos em 1973, ou seja, é um ataque às liberdades, a tudo aquilo que é público e prin-cipalmente é um desrespeito pelo cidadão”, justificou. “Estamos a precisar de uma revolução social, sociológica e principalmente uma revolução que possa alertar o sis-tema político e os políticos daquilo

que as pessoas estão a necessitar no dia a dia, que são questões bá-sicas, de alimentação, dos serviços de saúde, da educação, da justiça e

daquilo que são os rendimentos de um trabalho justo e honesto, acres-centou Nuno Coelho. O presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte explicou também ao Vivaci-dade que lamenta que “os eleitos do PSD e CDS não tenham aparecido à comemoração do 25 de Abril” “E ainda com a agravante de ter-mos tido ontem uma Assembleia de Freguesia e de termos voltado a reiterar o convite para que todos os membros da Assembleia estives-sem presentes”, disse.

Fânzeres organizou mais uma vez um ciclo-paper

As comemorações do 25 de Abril contaram, na freguesia de Fânzeres, de novo com uma prova de ciclo-paper. Envolvendo deze-

nas de participantes, os atletas pu-deram conhecer melhor a freguesia e passar uma manhã em sã convi-vência e diversão. O tiro de partida foi dado pelo presidente da Assem-bleia de Freguesia, Joaquim Cunha e no final da jornada a presidente da Junta, Fernanda Vieira, acolheu os atletas e procedeu à entrega dos prémios a todos os participantes. Houve ainda tempo para a exibi-ção do grupo de cantares do centro de convívio José Martins, abertura de exposição evocativa da data, na sede da Junta e sessão solene no Sa-lão Nobre.

Assembleia de Freguesia Especial marcou o dia em Rio Tinto

Na freguesia mais populosa do concelho, o 25 de Abril foi marcado pela presença de ‘deputados’, alunos do 4º ano das EB1’s de Rio Tinto e do Externato Camões, na Assem-bleia de Freguesia. Marco Martins, presidente da Junta, explicou ao Vivacidade que Rio Tinto organiza sempre “um conjunto de atividades que envolve a população”. “Reto-mámos a ‘Corrida da Liberdade’ – depois de ter sido interrompida aquando da construção do metro – e temos feito sempre iniciativas diferentes, a Assembleia Especial com crianças, o concerto da Banda Juvenil e da Banda S. Cristóvão de Rio Tinto e a sessão solene”, afir-mou. Esta data é, para o autarca, “muito importante” para lutar pelos valores da democracia. “No poder local o 25 de Abril tem um peso es-pecial porque o poder local é uma das maiores conquistas de Abril. Cada vez mais somos confrontados com aquilo que é uma vontade de negar o poder local, não só com esta pouca vergonha da agregação de freguesias mas também porque ainda há pouco um vereador da Câmara de Gondomar disse que a Junta de Rio Tinto faz “guerrilha

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Sociedade

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V 25 de Abril em Baguim do Monte

V 25 de Abril em Fânzeres

Texto: Ricardo Vieira Caldas Andreia Sousa

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E FÂNZERES

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25 de AbrilRevolução dos Cravos lembrada em Gondomar 39 anos depois

A 25 de Abril de 1974, um golpe de Estado militar acabou com o regime ditatorial do Estado Novo no país e trouxe a esperança pela liberdade aos portugueses. Quase quatro décadas depois, a data continua a ser recordada e celebrada nas mais variadas localidades de Portugal e Gondomar não foi exceção. O Vivacidade passou por Baguim do Monte, Fânzeres, Rio Tinto, S. Cosme e S. Pedro da Cova e mostra aqui como

se viveram os ideais da liberdade nestas freguesias.

Vencedores do concurso cravos de abril 2013

A Junta de Freguesia de Baguim do Monte promove todos os anos o concurso ‘Cravos de Abril’.

O concurso é promovido junto dos estabelecimentos de ensino pú-blicos da freguesia e consiste na construção de “cravos gigantes” alu-sivos ao 25 de Abril, onde a criatividade e a reciclagem são a base das peças. A escola e o jardim-de-infância que elabora o cravo vencedor, na sua categoria, ganha um Cheque para aquisição de material escolar. Este ano os premiados foram o Jardim de Infância de Entrecancelas, a Escola Básica 1.º Ciclo de Torregim e a A.R.C.U.CRA.

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política” e portanto há pessoas que não têm capacidade, nem demo-cracia suficiente para entender que o poder local precisa muito disto para, com legitimidade, reivindicar aquilo que é melhor para o seu ter-ritório”, esclareceu Marco Martins.

Ana Cardoso foi a vence-dora deste ano dos ‘carta-zes do 25 de abril’

Uma vez mais a 15ª cerimónia de entrega de cartazes do 25 de abril, realizou-se no dia 24 de abril pelas 15 horas no Auditório Mu-nicipal de Gondomar. Desta vez a vencedora foi Ana Carolina Ferrei-ra Cardoso, da Escola Básica Mar-ques Leitão de Valbom, que viu a sua obra a ser divulgada em mupis

por todo o concelho e contou ainda com a edição de 150 serigrafias.

Esta cerimónia foi realizada com a organização conjunta da Câmara Municipal de Gondomar (CMG) e a Escola Secundária de

Gondomar (ESG), junto das es-colas do concelho e teve como “objetivo principal o despertar da população jovem para o conheci-mento de um dos períodos mais marcantes e decisivos da nossa história”.

A comemoração contou com a presença presidente da CMG, Va-lentim Loureiro, da subdiretora da Escola Secundária de Gondomar, Lília Silva, e dos vereadores Castro Neves e Fernando Paulo.

Entre palavras de agradecimen-to e felicitação, Lília Silva deixou um concelho/um sentimento aos jovens perante o que sentiu naquela manhã olhando pela primeira vez o cartaz vencedor e proferiu que tudo é uma questão de “tempo”.

Valentim Loureiro discursou

perante a plateia, falando sobre as razões do 25 de abril e para que efeito o mesmo foi realizado pelos “Capitães de Abril”. Finalizou o seu discurso, despedindo-se de todos os presentes e “felicitando e dese-

jando um futuro feliz” aos jovens estudantes gondomarenses.

O desfecho desta cerimónia foi realizada com a entrega dos diplo-mas de participação e de uma seri-grafia a todos os concorrentes deste concurso assim como aos diretores e seus representantes.

Também na Freguesia de S. Cosme (Gondomar), mas com a organização da Junta, as come-morações do 25 de Abril levaram a Fanfarra de Gondomar a tocar pelas ruas da freguesia e a termi-narem no largo da Junta, onde o presidente, António Macedo, fez questão de entregar cravos a todas as mulheres presentes.

No mesmo dia, António Ma-cedo mostrou ao Vivacidade a importância de lutar pelos valores do 25 de Abril aplicando “medidas concretas no combate ao desem-prego”, por exemplo. Assim, no iní-cio do mês de junho está prevista a inauguração da Oficina Social (perto da Junta de Freguesia de S. Cosme) e já no dia 24 de maio, o presidente inaugurará, no 1.º piso do edifício da Associação Humani-tária dos Bombeiros Voluntários de Gondomar (São Cosme), a ‘incu-badora de emprego’, medida inte-grada no projeto Jobtown que visa, por exemplo, “tentar revitalizar a Filigrana de Gondomar” através da criação de emprego e da adaptação e aproveitamento dos recursos do concelho.

“S. Pedro da Cova é uma terra de liberdade”

Nas palavras de Daniel Vieira, presidente da Junta, “S. Pedro da Cova é uma terra de liberdade, é uma terra de Abril.” Foi em S. Pe-dro da Cova onde mais se viram e sentiram as comemorações do 25 de Abril.

Com 24 atividades, desde o rally-paper ao torneio de futsal e

às diversas atuações de ranchos e grupos de teatro, as comemora-ções na freguesia decorreram de 6 de abril a 1 de maio. “Aqui lutou-se

pela conquista da liberdade e aqui se comemora a liberdade e por isso a freguesia tem 24 iniciativas para assinalar o 25 de Abril. Não há ne-nhuma outra Junta de Freguesia, quer no concelho quer no distrito, que tenha esta dinâmica nestas co-memorações. Consideramos que

hoje, mais do que nunca, é neces-sário falar dos valores de Abril, não só na dimensão da liberdade e da política mas também da dimensão

da democracia cultural, social e económica”, referiu Daniel Vieira aquando da sessão solene em que participou. “Somos uma junta de Esquerda, com um programa de Esquerda, com o povo e assumi-mo-nos como uma junta de Abril”, finalizou.

V 25 de Abril em Rio Tinto

V 25 de Abril em S. Cosme

V 25 de Abril em S. Pedro da Cova

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“Vai ser uma continuidade da feira anterior e esperemos que esta continuidade se mantenha no tem-po”, disse Agostinho Lemos, diretor da EPG, que começou a explicar ao Vivacidade que “o envolvimento da comunidade escolar tem sido maior e a feira já foi preparada com mais tempo.” “Os alunos e professo-res têm vindo a discutir este tema também em contexto de formação e muitos dos trabalhos – para não dizer todos - são feitos pelos nossos alunos”, referiu.

No primeiro dia da II Viagem Medieval, a EPG prevê receber 2000 alunos das escolas da fregue-

sia de S. Pedro da Cova e ain-da algumas esco-las do resto do con-celho, bem como de outros concelhos, como a Maia. O resto da progra-mação – nos três dias de feira – incluirão peças de teatro, animação de rua, danças, um cortejo medie-val e um mercado alusivo à época com cerca de 30 barraqui-nhas.

“É este envolvimento que nós pretendemos ter e também preten-demos dar alguma visibilidade à escola”, afirmou Agostinho Lemos. “Um dos objetivos que está subja-cente a este evento é que ele seja

um reunir de esforços e de trabalho dentro da es-cola”, acrescentou.

O investimento para a realização da II Viagem

Medieval, no recinto ime-diatamente próximo à EPG,

ultrapassará, segundo Agostinho Lemos,

“seguramente os 7000 euros”.

EPG com viagem marcada à época medievalFeira é já nos dias 31 de maio e 1 e 2 de junho junto à escola profissional, em S. Pedro da Cova

Alunos, professores, funcionários, todos ajudam a preparar a II Viagem Medieval organizada pela Escola Profissional de Gon-domar (EPG), pelo segundo ano consecutivo. Animação de rua, teatro, dança, cuspidores de fogo e um mercado medieval são algumas das atra- ções que vão estar presentes este ano na Feira em S. Pedro da Cova.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Sociedade

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A EPG, organizadora do evento, oferece aos seus alunos um leque variado de cursos profissionais. Disponíveis já para o ano letivo seguinte estão, por exemplo, os cursos de técnico de turismo, técnico de energias renováveis e de técnico de proces-samento e controlo e qualidade alimentar. Poderão ainda também vir a existir cursos vocacionais como o de instalação e reparação de computadores.

VNa foto: Agostinho Lemos, diretor da Escola Profissional de Gondomar

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Associação Vai Avante encheu o Multiusos de solidariedade

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Associativismo

O programa foi variado. Ro-mana, Broa de Mel, Curt&Grosso

Ensemble, Duo Marco & Manuel, Maria do Sameiro e os atores do ‘Balas e Bolinhos’ compuseram parte da equipa que animou o dia 27 de abril no Multiusos de Gon-domar. A Associação Vai Avante,

de S. Pedro da Cova, juntou fa-distas, grupos corais, bandas fi-larmónicas, ranchos, grupos de teatro, entre outros e criou um dia solidário envolvendo cerca de 900 voluntários e 1023 artistas solidá-

rios. Para a Vai Avante “foi uma

afirmação da capacidade de uma IPSS que sabe dar uma resposta na área cultural e organizar um evento onde envolveu a comuni-dade Gondomarense, e também comemorar a Revolução de Abril.”

Os objetivos do evento “foram cumpridos”, segundo a associação, e pôde-se comprovar que “os gon-domarenses são solidários, pois colaboraram na participação do evento.”

A Instituição foi a que mais beneficiou com o evento, dado que “os voluntários foram de um grande empenhamento”.

Várias foram as coletividades do concelho presentes na inicia-

tiva da Vai Avante e houve até espaço para discursos. No palco, esteve o presidente da associação, Fernando Duarte, bem como os vereadores da Câmara Municipal de Gondomar, Castro Neves, Fer-nando Paulo e Isabel Santos e o presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova, Daniel Vieira. Durante o evento marcaram tam-bém presença, entre outros, Mar-co Martins, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Carlos Brás, líder da bancada socialista em Gondomar e Mário Gonçal-ves, candidato independente a Fânzeres -S. Pedro da Cova.

A Vai Avante garantiu ao Vi-vacidade que dará “continuidade a este evento nos anos futuros.”

‘Gondomar Solidário’ foi o nome escolhido para a iniciativa organizada pela Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante. O evento levou 9 mil pessoas ao Pavilhão Multiusos no dia 27 de abril.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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ASSOCIAÇÃO DE SÃO BENTOFundada em 1895 RIO TINTO www.associacaosaobento.com

Societária da LIGA DAS ASSOCIAÇÕES MUTUALISTAS DO PORTO e da MUTUÁLIA - Federação Mutualista

A - Subsídio de Funeral +

SUBSÍDIO DE FUNERAL

- Associados admitidos antes de 7 de Setembro de 2012: . 630,00 Euros para o Associado Titular. 220,00 Euros para o Cônjuge. 125,00 Euros para Filhos até aos 15 anos- Associados admitidos a partir de 7 de Setembro de 2012: . 630,00 Euros para o Associado Titular

REGULARIZAÇÃO DE QUOTAS. Só têm direito aos Benefícios da Modalidade subscrita os Associados que não tenham em atraso mais que três quotas mensais à data da ocorrência que justifi-car a atribuição do benefício.

Prazo de Garantia Adicional para atribuição do Subsídio de Funeral(Regulamento de Benefícios, artigo 18º, 1):“Os Associados que tenham sido admitidos há menos de 35 anos e que devam quantia superior a 3 quotas mensais não têm direito a receber os subsídios de funeral referidos (...) caso o óbito ocorra antes de decorrido o prazo de dez dias por cada mês de atraso após o respectivo pagamento.”

MAIS INFORMAÇÕES NA SEDE DA ASSOCIAÇÃORua da Boavista, 394, 4435-123 RIO TINTO

Funcionamento da Secretaria De 2ª a 6ª feira Sábado Manhã: 9h00-12h00 Manhã: 9h00-12h00 Tarde: 14h00-18h00

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PARTICIPA e INSCREVE-TE - a tua partilha de HOJE semeia um AMANHÃ MELHOR para todos

Estatutos da Associação e Regulamento de Benefícios atualizados em 2012

Assistência médica e de enfermagemSolidariedade Associativa

B - Assistência médica e de enfermagem + Solidariedade Associativa

C - Solidariedade Associativa + Assistência médica e de enfermagem

MODALIDADES/VALÊNCIAS Idade de Acesso Carência Inicial Quota MensalAté aos 55 anos

Sem limite de idade

Sem limite de idade

3 anos

Sem carência

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2,00 euros

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Encargos de inscrição: 0-20 anos de idade: gratuito 21-40 anos de idade: 3,00 euros Mais de 40 anos de idade: 5,00 euros

ASSOCIADOS

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- Na Sede da Associação

Horário: - segunda-feira, às 9 h 00 - terça-feira, às 14 h 15 - quinta-feira, às 16 h 00

- Na Liga das Associações Mutualistas do Porto Rua Rodrigues Sampaio, 99 -1º PORTO Telefones 222 001 711 e 223 395 490 . Consultas de Várias Especialidades . Clínica Dentária / Laboratório de Prótese Dentária . Médico e Enfermagem ao Domicílio Telefone 222 010 126 . Farmácia da Liga Rua Formosa, 404 PORTO

PROTOCOLOS

Para servir melhor os nossos Associados- e com maior atenção para aqueles que vivem fora de Rio Tinto -

a Direcção está a negociarMAIS E MAIS VANTAJOSOS PROTOCOLOS

com Farmácias, Clínicas e outros Serviços Sociais.

MUTUALISMO E SOLIDARIEDADE SOCIAL - UNS COM OS OUTROS E TODOS POR TODOS

N O V I D A D E S - A V I S OCONSULTAS MÉDICAS

Clínica Geral - na Sede da Associação, em Rio Tinto

Para evitar aos nossos Associados tempos de espera prolongadaÉ OBRIGATÓRIA A MARCAÇÃO ANTECIPADA DAS CONSULTAS

Dirija-se à Secretaria da Associaçãoou pessoalmente ou pelos telefones 22 489 01 07 / 96 766 05 02

até às 17.00 do dia útil anterior ao da consulta

Clube Gondomarense comemorou 108 anos

Na mesa de honra desta sessão solene estiveram Valentim Lourei-ro, presidente da Câmara Munici-pal de Gondomar, acompanhado pelos vereadores Fernando Paulo e Joaquim Castro Neves, José Antó-nio Macedo, presidente da Junta de

Freguesia de Gondomar (S. Cos-me), um representante do movi-mento associativo concelhio, além de Elói Viana, Laurentino Ramos e António Pacheco, respetivamente, presidente da Assembleia Geral, Direção e do Conselho Fiscal da coletividade aniversariante.

A intervenção de Laurentino Ramos, presidente da direção, fi-cou marcada pela explicação das

mudanças que foi necessário fazer para, nos tempos de crise que vi-vemos, tornar a coletividade sus-tentável, bem como recordar que a promessa feita pelo presidente da Câmara, durante o último ato de posse, de ampliação de mais um piso, não se concretizou devido a quezílias partidárias que surgiram durante a reunião camarária e que acabaram por inviabilizar a apre-sentação da proposta.

No seu discurso, Valentim Loureiro deixou palavras de sau-dade e evocação dos fundadores do Clube Gondomarense, desta-cou “a jovialidade de uma coletivi-dade com 108 anos de existência, que é uma verdadeira escola da vida”, para depois deixar uma pa-lavra de apreço aos dirigentes do clube, pelo “trabalho que têm leva-do a cabo, através de uma gestão

criteriosa e bem organizada”.Uma sessão solene que termi-

nou com um porto de honra, bem como com a partilha do bolo de aniversário e o cantar de parabéns ao Clube Gondomarense.

De referir que as comemora-ções do 108.º aniversário do Clu-be Gondomarense englobaram a realização, no passado dia 11 de maio, de uma noite de fados, que

contou com a presença de diversas individualidades, nomeadamen-te os vereadores Fernando Paulo e Joaquim Castro Neves, Cristina Castro, adjunta do presidente da Câmara, assim como José António Macedo, presidente da Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cos-me), bem como um sarau de poe-sia, que decorreu no passado dia 18 de maio.

O Clube Gondomarense, a coletividade mais antiga do concelho, assinalou, no passado dia 21 de maio, o 108.º aniversário, com a realização de uma sessão solene comemorativa, que teve a participação de várias entidades, muitos associados e representantes de diversas coletividades do concelho.

Texto: Francisco Fonseca

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Associativismo

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Page 12: Vivacidade ed. 82 - Maio 2013

Externato Paulo VI formou 10% dos melhores alunosda Universidade do Porto

O estudo avalia o desempenho académi-co obtido pelos estudantes com mais de 135 ECTS (European Credit Transfer and Accu-mulation System) – créditos alcançados por cadeira, no ensino superior - realizados ao fim de três anos.

Por forma a homenagear esses estudan-tes e também os que obteram prémios este ano nas Competições Nacionais de Ciência e Português da Universidade de Aveiro, o Co-légio Paulo VI realizou uma cerimónia, no dia 10 de maio na cantina no edifício.

Dulce Machado, diretora do Colégio Pau-lo VI, mostrou ao Vivacidade o seu agrado pelos resultados obtidos pelos alunos desta instituição. “Mais um ano em que consegui-mos sair vencedores e desde o primeiro ciclo até ao secundário. Acho que é o momento de prestar uma homenagem por todo o talento

e todo o esforço que os alunos tiveram nesta competição”, comentou a diretora.para Dul-ce Machado, o grande “segredo da vitória” é o facto de o colégio ser “uma família”. “A mo-tivação” para os resultados “deve-se também ao trabalho e esforço dos professores para tentar que todos consigam ir mais além das suas capacidades”, acrescentou.

Para o ano haverá mais porque, segundo a diretora, “os alunos são os primeiros entu-siastas desta competição.”

Segundo dados da Universidade do Porto referentes ao ano de 2012, 10% dos estudantes que entraram para a maior academia de ensino superior do país são provenientes do Externato Paulo VI.

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12 VIVACIDADE MAIO 2013

Associativismo

Festa da Cervejae XXII Feira de Artesanatode novo em Rio Tinto

A Festa da Cerveja contará, no primeiro dia, com a atuação do grupo ‘Prata Latina’. Durante os restantes dias concertos não vão faltar. Sentido Proibido, FMI Show Band, Banda Lusa e o famoso Marcus – a encerrar a festividade – são as maiores atrações desta

sétima edição. Na Feira de Artesanato des-te ano, 20 stands vão compor o espaço com cerca de 40 artesãos – todos de Rio Tinto.

A Festa da Cerveja e a XII Feira de arte-sanato contam mais uma vez com o apoio da Junta de Freguesia de Rio Tinto.

Mais um ano, mais uma edição da Festa da Cerveja de Rio Tinto. Desta vez a animação tem lugar na cidade de 6 a 10 de junho. Ao mesmo tempo, a população pode contar também com a XII Feira de Artesanato.

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Criada Associação ‘Somos Fado’Coletividade procura sedeem município interessado

A tomada de posse da direção da nova coletividade teve lugar em Leça do Balio, no dia 18 de maio, mas a associação ainda não tem sede. Luís Silva, atual presidente da As-sembleia Geral da “Somos Fado” explicou ao Vivacidade que a direção está “a tentar junto de vários autarcas a hipótese de conseguir um espaço em qualquer uma das freguesias ou concelhos”.

Para o presidente da Assembleia e tam-bém fundador da associação o fado “come-ça cada vez mais a ser divulgado muito por força das novas casas que vão surgindo pelo país e ilhas”. “Quase até me arriscava a dizer que, após, o reconhecimento a nível Mundial como Património Imaterial, deixou de existir o devido respeito como o mesmo merece e surgiram novas vozes independentemen-te das suas idades que em alguns casos sem bem–vindas mas, na maioria, são literalmen-te dispensáveis pelo descuido, pela falta de

sentimento e trato que o Fado merece mas é a minha inocente opinião”, referiu.

Lúcia Ferreira é, para além de fundado-ra também, a primeira presidente da direção desta nova coletividade.

O principal objetivo da Associação “Somos Fado” é a  “divulgação do Fado e a promoção de eventos no sentido de ajudar quem mais precise nomeadamente, pessoas com deficiência motora ou a neces-sitarem de cuidados médicos e cujas Famílias estão carenciadas de meios financeiros.”

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13VIVACIDADE MAIO 2013

Associativismo

Museu da Banda São Cristovão de Rio Tinto inauguradoNova carrinha batizada no mesmo dia

Neste dia, para além da celebração espe-cial que lhe é atribuída – 25 de abril -, foi também o dia “ideal” para mais uma vez semear o nome da banda riotintense que, segundo o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, “ao longo dos anos levou bem longe o nome desta cidade e deste concelho”.

Entre agradecimentos, a banda foi elo-giada pelo maestro, António Ventura, que discursou dizendo que a banda “tem um

papel muito importante na comunidade, transmitir valores de cidadania”. Assim, esta banda de música tem vindo a “formar mu-lheres e homens com uma outra capacidade cultural”, que “sem apoio das entidades não seria possível.”

Com a disponibilidade de todos foi pos-sível “somar a muitos outros”, dois projetos agora concretizados para “preservar e guar-dar as nossas memórias” – palavras do pre-sidente da Banda de São Cristovão de Rio Tinto, Daniel Ribeiro.

A banda de Rio Tinto tem, na opinião do vereador da cultura da Câmara Munici-pal de Gondomar, Fernando Paulo, “desen-volvido serviços em prol da afirmação do desenvolvimento cultural” o que tem con-tribuído assim para este crescimento signi-ficativo. ANDREIA SOUSA

No passado dia 25 de abril, na casa da Banda de São Cristovão de Rio Tinto, com a presença de figuras do concelho de Gondo-mar foi inaugurado o tão esperado Museu e batizada a nova viatura desta banda.

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Dia da Europa celebradona Secundária de Valbom

O debate com o tema “A europa um pro-jeto em crescimento”, teve o deputado como principal orador, embora com umas pala-vras iniciais ao tema do diretor da escola, Jorge Portugal. A sessão começou com a te-mática sobre a “origem histórica da Europa” e José Castro, explicou como funciona toda a relação europeia com o resto dos países, sendo salientado a “política individualista de certos países que se julgam com a supre-macia económica.”

Durante o debate houve ainda tempo para discutir as politicas europeias comuns que, para o deputado, “deixam de lado pro-blemas individuais, não olhando a proble-ma de produtividade”.

Antes das perguntas lançadas pelos alu-nos presentes, houve ainda tempo para pen-sar sobre de que “maneira a europa deve gerir as relações internacionais, e competir com o mercado internacional”.

A data de 9 de maio, Dia da Europa, foi comemorada na Escola Secundária de Valbom pela Justa Crítica Associação Jovem que promoveu um debate com o deputado da Assembleia Munici-pal do Porto, José Castro.

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Desporto

VIVACIDADE MAIO 2013

Ao derrotar, no dia 21 de abril, a equipa de São João de Ver, por 6-3, o Unidos Pinheirense garan-tiu o primeiro lugar na Série B da 3.ª Divisão e a consequente subida ao segundo escalão do futsal por-tuguês.

Em entrevista ao Vivacidade, o presidente do Futebol Clube Uni-dos Pinheirense, Marco Vigário,

contou que começou com os se-niores no ano de 2005 mas que foi há três anos que optou por tentar “modificar a filosofia do clube” e colocar o escalão dos seniores no mais “alto lugar possível”. “O meu sonho é polos-los a jogar na pri-meira divisão. Quero ver se para o ano consigo tornar o sonho reali-dade”, confessou. Mas para conse-guir, Marco Vigário explicou que não é preciso apenas “ter bons jo-gadores”, a equipa tem de ter um investimento avultado. “Para ter-

mos os melhores jogadores, isto não é de graça. Pesquisámos as várias equipas, fomos buscar uns cá, outros lá, temos três jogadores de formação cá porque também te-mos que apostar neles, que são de cá da terra. E claro que damos um incentivo: temos prémios de jogo, e alguns subsídios de transporte de quem vem mais longe. E isso tam-bém motiva os jogadores, como é óbvio”, disse o presidente.

Rui Jorge, treinador principal dos seniores, clarificou a chegada da equipa à segunda divisão. “Des-de o início da época montámos

uma equipa atempadamente para estes objetivos que eram, como se veio a concretizar, ser campeão nacional série B da terceira divi-são. Os jogadores “têm-se portado muito bem”, disse.

Taça de Portugal “supe-rou as expectativas”

Para o treinador Rui Jorge a conquista dos quartos de final “su-perou as expectativas da equipa”. “Um dos outros objetivos, digamos que não tão obrigatório mas que estava lá, era atingir os oitavos de

final da taça de Portugal. Conse-guimos atingir os quartos de final, superámos esse objetivo, portanto foi acima do que estávamos à espe-ra mas o objetivo número um era subir à segunda nacional e penso que eles corresponderam a 100% e acho que estão todos de parabéns: tiveram dentro do que nós nos propusemos e até superaram essas expectativas” declarou o treinador ao Vivacidade.

Subir à primeira divisão é, por agora, para Rui Jorge, um “objeti-vo extremamente ambicioso.” “Eu quando falo nisso aqui neste clube as pessoas ficam um bocado ‘assus-tadas’. Não queremos assumir isso, nós queremos fazer uma boa prova na segunda nacional, jogo a jogo, vamos ver o que nos dá, mas sem-pre com o princípio de trabalho, de atingir um feito grande”, assumiu.

Pinheirense sobe para a segunda divisãoA equipa de Futsal do Futebol Clube Unidos Pinheirense conseguiu, no dia 21 de abril, assegurar o primeiro lugar na Série B da 3.ª Divisão Nacional e, assim, subir de escalão.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Após uma fase regular em que venceu os 10 jogos que realizou, e uma meia-final disputada ontem frente ao FC Gaia com nova vitó-ria pela diferença de 11 pontos, o clube riotintense culminou numa prova que lhe trouxe o título.

O azul e laranja do clube foi bem visível na bancada do Pavi-lhão Municipal de Valbom, com pais, tios, avós, amigos e simpa-tizantes do clube a assistirem e a torcer pelos atletas.

O clube de Rio Tinto ganhou o seu primeiro título. Ao Vivaci-dade, o coordenador desportivo do Club 5Basket, Eurico Bran-dão, expôs a importância da vi-tória para o clube. “Esta vitória é muito importante. Em primeiro lugar por ser a primeira do nosso jovem clube. Em segundo lugar,

porque vem de certa forma dar continuidade a um espírito de vi-tória do grupo de jogadores”, dis-se. Eurico Brandão afirmou tam-bém que “esta vitória colocou Rio Tinto e Gondomar na rota dos

títulos da modalidade”. “Estamos, sem dúvida nenhuma, numa di-nâmica muito interessante. Para além dos Sub16, temos equipas de Sub8, Sub10, Sub12 e Sub13 a competir oficialmente nas pro-

vas da Associação de Basquetebol do Porto, E com isto já contamos com um número muito próxi-mo dos 60 atletas”, acrescentou o coordenador desportivo. Próxi-mo objetivo?

“Desportivamente, e na pró-xima época, queremos participar no Campeonato Nacional com a equipa de Sub16 e ter uma equipa de Sub14 a competir oficialmen-te”, aprontou.

Club 5Basket sagra-secampeão distrital da 2ª Divisão de Sub16Há agora uma nova data importante para registar no calendário do Club 5Basket. A equipa de Sub16 sagrou-se, no dia 12 de maio, campeã distrital da 2ª divisão ao vencer os Salesianos por 81 - 73.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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15VIVACIDADE MAIO 2013

Desporto

Tudo começou no final de 2009 com simples jogos entre seis, sete amigos que se juntavam aos domingos. A frequência das “reu-niões” começou a aumentar: de uma vez por mês a duas vezes por mês, de quinzenais a semanais.

O amor ao desporto foi atrain-do outras pessoas, contabilizando--se neste momento 32 elementos. A maior parte é gondomarense, mas também existem pessoas de Valongo, Porto, Gaia, entre outros.

A “brincadeira” tornou-se séria e, em 2012, a equipa de Gondomar foi convidada a participar no tor-

neiro nacional de Woodsball [mo-dalidade de paintball] que se rea-liza anualmente, organizado pela empresa Emboscada, de Vila Nova de Gaia. Alcançou o segundo lugar regional e foi depois disputar a final a Lisboa, tendo vencido.

Este ano já disputaram a pri-

meira etapa do torneio, que termi-naram em primeiro lugar. Na se-gunda etapa, voltaram a ocupar o primeiro lugar na classificação ge-ral, que esperam manter nas duas etapas que ainda têm pela frente e na final, em que participam quatro equipas do norte e quatro equipas

do sul.Já a equipa B subiu do sexto

para o quinto lugar na geral e, caso consigam chegar ao quarto lugar nas próximas duas etapas, terão oportunidade de disputar a final da sua categoria.

O principal segredo para o su-cesso, segundo o cofundador Rui Pacheco, foi o “acreditar no poten-cial para vencer”. “Não temos gran-des jogadores, temos bons joga-dores, mas o principal é a força de vontade, a determinação”, assegura.

Um dos maiores problemas que se lhes afigura é o facto de o paintball ser uma modalidade muito cara. Este ano já tiveram al-guns apoios, embora a maior parte dos custos seja suportada pelos jo-

gadores. Outro dos problemas está relacionado com os escassos locais disponíveis que têm para treinar. “Há muitas equipas e é complicado arranjar vaga para todas”, explica Rui Pacheco. No futuro, têm espe-rança em obter um apoio por parte da Câmara Municipal de Gondo-mar na obtenção de um terreno de treino.

Neste momento, o objetivo é trabalhar para que a equipa seja “mais conhecida, mais valorizada”. “Há dois anos éramos uma ‘equipa-zeca’ que andava aí a dar uns tiros com o resto do pessoal”, ironiza o cofundador. “Hoje, já se fala nos ‘100 Bolas’, existe inclusive um re-conhecimento internacional”, con-clui.

100 Bolas Paintball Team Equipa de Gondomar reconhecida a nível internacionalSão amantes de paintball, venceram o torneio de 2012 e preparam-se para vencer o deste ano. Os ‘100 Bolas Paint-ball Team’ são pouco conhecidos em Gondomar mas já bastante reconhecidos a nível nacional e até internacional.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Foi com um agradecimento à Câmara Municipal de Gondo-mar e à Junta de Freguesia de Rio Tinto, por terem colaborado com o clube nestes últimos anos que o presidente cessante do CART, Luís Silva, começou o seu dis-curso de ‘despedida’. “Um muito obrigado pelo que têm feito por este clube. As pessoas não se aper-cebem mas na realidade, tanto a Câmara como a Junta de Fregue-sia têm colaborado muito mes-mo com o Clube Atlético de Rio

Tinto”, disse. Luís Silva realçou as “grandes dificuldades” que o clu-be atravessa a nível financeiro e o papel importante que a Câmara e a Junta têm tido nesse sentido. O agradecimento, no entanto, não se cingiu apenas às duas instituições mas também aos atletas. “A todos os atletas que vestem e envergam a gloriosa camisola do Atlético de Rio Tinto, o nosso sincero obriga-do”, acrescentou. O trabalho “ár-duo” que reconheceu da parte da direção anterior terminou e por isso, antes de dar a palavra à res-tante mesa, Luís Silva disse que “a nova direção vai agora iniciar um trabalho que não é fácil”. “É um

trabalho que vai precisar de ajuda de todos, sem exceção, portanto desejo muitas felicidades”, finali-zou.

“Vou chatear fortemen-te quem ganhar a Câmara”

Já na boca de Adriano de Jesus,

novo presidente da Assembleia Ge-ral do CART, o discurso foi marca-do principalmente pelo assunto do sintético. Adriano de Jesus fez um apelo ao futuro presidente da Câmara para que na época de 2014/2015 o sintético “seja uma realidade.” E foi essa mesma reali-dade que foi prometida, momentos a seguir, pelo candidato do PS à Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins como pelo can-didato Independente, Fernando Paulo.

Para o próximo triénio 2013/2016, Alberto Claro assumirá o lugar de presidente da direção do Clube Atlético de Rio Tinto.

Marco Martins e Fernando Paulo prometemrelvado sintético para o Atlético de Rio TintoA sessão de tomada de posse dos novos corpos gerentes do Clube Atlético de Rio Tinto (CART) para o triénio 2013/2016, realizada no dia 25 de Abril no Parque de Jogos Fernando Pedrosa, ficou marcada pela promessa de implementação de um campo de relvado sintético - há muito reivindicado pelo CART - já para a partir de 2014. A garantia foi dada quer pelo candidato do PS à Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins como pelo candidato Independente, Fernando Paulo.

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Desporto

VIVACIDADE MAIO 2013

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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O clube de Gondomar asse-gura, para além do título, a subi-da de divisão. Em entrevista ao Vivacidade, o treinador da equi-pa, Fábio Martins, explicou que a vitória foi “muito importante”. “É o nosso segundo ano a traba-lhar. O ano passado conseguimos chegar à fase final, não consegui-mos atingir os objetivos, ficámos em terceiro lugar, não consegui-mos cumprir. Este ano consegui-mos, estivemos mais fortes, mais coesos, a equipa também deriva muito da nossa formação e este ano, com mais experiência, con-seguimos alcançar o título”, con-tou o treinador. A capitã, Paula Domingues, partilha da mesma

opinião. “Foi muito importante por todo o trabalho que se reali-zou durante a época, por alguns momentos menos bons de lesões que tivemos este ano. Acho que foi o culminar de um trabalho de um ano inteiro”, expôs.

Para Fábio Martins, o objeti-vo é “conseguir através da forma-ção ter um suporte que permita a equipa chegar mais longe”. A última vitória deve-se “à equipa toda”, esclareceu o treinador que acompanha a equipa há quatro épocas. A estratégia para a pró-xima época é fácil, na opinião da vice-capitã da equipa, Rute Pe-reira. “Temos de pensar em sur-preender porque a verdade é que ninguém está a contar com esta equipa, e é uma equipa jovem e temos que se calhar mostrar que somos melhores do que o que

elas estão a contar”, disse.Os jogos desta Fase Final

do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, em seniores femini-nos, realizaram-se no Pavilhão

Municipal de Anadia, em prova organizada em conjunto pela Federação Portuguesa de Volei-bol e pelo Clube de Voleibol de Aveiro.

Refira-se que só no último jogo – e já no quinto e derradei-ro “set” – é que a equipa da Ala Nun’Álvares de Gondomar asse-gurou a conquista do título.

Equipa sénior feminina da Ala Nun’Álvaresé campeã nacionalA equipa de Seniores Femininos da Ala Nun’Álvares de Gondomar sagrou-se Campeã Nacional da 3.ª Divisão - época 2012-2013. A fase final da prova, que se disputou em Anadia entre os dia 19 e 21 de abril, determinou que a equipa de Gondomar ficasse com o primeiro lugar e com o respetivo título.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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V Na foto: Fernando Paulo, Adriano de Jesus e Marco Martins

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Desporto: Futebol

Ao intervalo o SCRT, perdia por duas bolas a zero. Contudo, apesar da equipa riotintense estar em desvantagem, a frescura do in-tervalo trouxe outro ânimo à equi-pa e esta conseguiu   responder eficazmente ao Barrosas com dois golos marcados por Rui Miguel e Joel Alves. No desfecho da jorna-da o S.C. Rio Tinto garante um 1 ponto, numa recuperação fantás-tica num jogo bastante disputado pelas duas equipas.

Último jogo em casa marcado pela vitória e pela homenagem aos atletas

No dia 12 de maio, o último jogo em casa do SCRT contra o

Perosinho ficou fechado com a vitória por 2-0 da equipa da casa.

Num jogo sempre dominado pela equipa da casa, o primeiro golo foi de Tino, camisola 6, após cruzamento de Miguel aos 17 mi-nutos da 1.ª parte.

Apesar de um domínio cons-tante do SCRT e de muitas opor-tunidades desperdiçadas, o Rio Tinto fechou o marcador só com mais um golo, marcado por Kika após cruzamento de Duarte aos 8 minutos da 2ª Parte. A equipa

gaiense tentou fazer frente ao S.C. Rio Tinto mas poucas foram as vezes que criou perigo na baliza defendida por Freitas.

Minutos antes do jogo, o Sport Clube de Rio Tinto homenageou todos os seus alunos e atletas do

clube por escalões sendo, para o Rio Tinto, estes “o futuro do clu-be”. João Rocha da Academia do SCRT, explicou ao Vivacidade que estes atletas são “elementos funda-mentais para a evolução e expan-são do clube”.

Sport Clube de Rio TintoEmpate no último jogo dá o 4.º lugar na divisãoA última jornada do campeonato disputou-se no dia 19 de maio, entre o Barrosas e o Sport Clube de Rio tinto (SCRT). A equipa, que começou a perder, recuperou na segunda parte e ficou no quarto lugar da tabela classificativa.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Organizada pela Associa-ção CAIS, em colaboração com o “Projeto Mais Jovem”, a prova disputada no Olival ,Vila Nova de Gaia, trouxe, pela sétima vez consecutiva, o título de Cam-peão Distrital para os represen-tantes de Gondomar.

A equipa gondomarense sagrou-se campeã após quatro jogos sem qualquer derrota e, assim, garantiu a representação do Distrito do Porto no Cam-peonato Nacional a ter lugar na cidade Aveiro, entre 19 e 23 de junho. O palmarés da formação gondomarense na modalidade de Futebol de Rua é, inegavel-mente, um caso raro em Portu-gal. Penta-campeã Distrital, a

equipa de Gondomar sagrou-se, em duas ocasiões, Campeã Na-cional [2008 e 2010]. É, também,

a formação que mais vezes mar-cou presença na fase final desta prova.

A equipa do “Projeto EntrEs-colhas – Geração D’Ouro E5G”, constituída por Miguel Silva, Bruno Cardoso, Daniel Cardoso, Daniel Silva, David Rocha, José Vigário, Nuno Tavares e Bruno Almeida, é tecnicamente lidera-da por Jorge Martins – contan-do ainda com o apoio de Célia Antunes, Cátia Freitas e Vânia Moreira.

O “Projeto EntrEscolhas – Geração D’Ouro E5G” é imple-mentado no Município de Gon-domar no âmbito do “Programa Escolhas” (5.ª Geração). A en-tidade promotora é a Câmara Municipal de Gondomar, sendo entidade gestora a Associação Gondomar Cultural.

O Torneio Nacional de Fu-tebol de Rua é uma competição de futebol inclusivo que também tem servido, através da Final Nacional, como forma de serem escolhidos os jogadores que, de-pois, representam Portugal em cada Mundial. Este ano o mun-dial será realizado na Cidade de Poznan, na Polónia, em agosto.

Equipa de Gondomarvence Campeonato Distrital de futebol de ruaA equipa do ‘Projeto EntrEscolhas – Geração D’Ouro E5G’, em representação do Município de Gondomar, venceu, no dia 11 de maio, o Campeonato Distrital de Futebol de Rua.

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Empresas & Negócios: BORGES & BORGES, LDA

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A Sociedade de construções,BORGES & BORGES, LDA, constróina Avenida Dr. Mário Soaresum empreendimento de luxo

Com a obra na sua fase de conclusão a firma BORGES & BORGES, com mais de 30 anos de experiência, representada pelo bem conhecido na praça “Sr. Borges”, confidencia-nos que se sente bastante or-gulhoso pela obra feita pois tentou aliar à qualidade dos materiais as novas tecnolo-gias e satisfeito com o desenrolar das ven-das, pois já transaccionou mais de 60% do Edifício.

O sucesso das vendas diz-nos o Sr. José

Borges, que tem sido assessorado pelo Sr. Pedro Isidoro, se deve em 1º lugar aos materiais de qualidade aplicados, quer in-teriormente onde destacamos as cozinhas personalizadas e superiormente lacadas, com utilização de ferragens Grasse e to-talmente equipadas com electrodomésti-cos Whirpool, quer exteriormente, onde o ALUCOBOND material que se caracte-riza, entre outras qualidades, por melho-rar as condições energéticas e climatéricas dos edifícios, por eliminar a humidade de condensação e por proteger a parede es-trutural. Mas também pela oportunidade que dá aos seus clientes, na personali-zação dos espaços, pois como todos nós sabemos, por melhores materiais que se possam aplicar ou pela generosidade e distribuição dos espaços interiores, é um enorme prazer para o cliente poder dizer, “este apartamento tem dedo meu.”

Com as dificuldades que o país tem no acesso ao crédito, a Firma BORGES & BORGES consegue para os seus clientes neste edifício, financiamento com total Apoio do Santander Totta, com Spread de 2.25%.

Há um empreendimento em construção na Avenida Dr. Mário Soares (antiga Avenida da Conduta) junto à rotunda da estação terminal do Metro de Fânzeres e a algumas centenas de metros do Centro da Venda Nova e Rio Tinto, com uma excelente loca-lização. Este empreendimento orçado em cerca de 2.500.000€, é constituído por 18 frações, das quais, 3 são estabelecimentos comerciais e 15 de habitação, com tipologias T1-T2-T3-T4.

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Empresas & Negócios

A “20 metros de Baguim do Monte” e com toda a comodi-dade para o estacionamento das viaturas, a venda de leitão assado de ‘Joaquim Pacheco’ não podia estar a correr melhor. Assado à moda da Bairrada, o tradicional leitão pode ser acompanhado de batata frita e vinho Castiço – para já disponíveis apenas na ‘versão takeaway’. Inaugurado a 27 de março na zona industrial

Joaquim Pacheco: leitão com tradiçãoEspaço de ‘takeaway’ às portas de Baguim do MonteCom cinco fornos a lenha, a experiência de uma geração e preços competitivos, o novo estabelecimento ‘Joaquim Pacheco’ tem sido uma referência para os que pro- curam o ‘leitão à Pacheco’. Para já existe apenas a venda para fora mas, brevemente, o espaço irá contar com um restaurante no piso superior.

de Ermesinde, perto da Igreja de Santa Rita, na rua Monte da Bela, o espaço “não abriu por acaso”.

Leitão com história

Joaquim Pacheco - como gos-ta que lhe chamem - filho de Zé Pacheco, deu nome ao novo es-tabelecimento e decidiu abrir o espaço para homenagear o avô, Joaquim Pacheco, fundador do negócio de família e comerciante de leitões vivos. Para além dos lei-tões inteiros, o novo espaço vende para fora sandes de leitão, a famo-sa batata frita, o vinho Castiço e o bolo Joaquim Pacheco, especiali-dade da casa.

Mais postos de trabalho

Brevemente será também inaugu-rado o restaurante, no primeiro piso do edifício, que contará com cerca de 50 lugares sentados e terá o mesmo

horário de abertura da loja. Atual-mente com cinco postos de trabalho, a inauguração do restaurante dentro de um mês permitirá a criação de mais emprego.

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Empresas & Negócios

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Amortecedores e escapes são na casa Meira

A única empresa especialis-ta em amortecedores e escapes a nível nacional tem “o orgulho” de ter há 21 anos, clientes que fazem centenas de quilómetros para usu-fruir dos seus serviços.

Experientes na área e com gosto pela arte, personalizam e adaptam os serviços de uma for-ma personalizada. Exemplos? A “recuperação dos amortecedores, que consiste no sistema de perso-nalização e adaptação às caracte-

rísticas de cada carro e do cliente”. O principal fator que os dis-

tingue das outras casas é o facto de terem adotado “um sistema único” - o rebaixamento de molas a frio. Não existente em mais ne-nhuma outra casa, este “é um sis-tema que não danifica, não estraga nem destempera o ácido, não dei-xando que perca as suas qualida-des particulares”, afirma Francisco Meira, um dos irmãos.

Marcas, tipos de amor-tecedores e garantias

O trabalho que nesta casa

é feito pelos irmãos Meira não exige marcas específicas, mas procuram que os produ-tos lhes deem “a garantia da continuidade de qualidade”. Os amortecedores que transmitem esta confiança e com o quais tra-balham, são “os amortecedores a óleo – ou mistos”.

Sem medo de trabalhar, ma-nuseiam com vários tipos de amortecedores como por exem-plo “os amortecedores mark per-son, que são aqueles que têm o apoio de mola, e mesmo ainda os amortecedores de origem dian-teiros, sendo quase todos estes a

óleo exceto em raras exceções como os amor-

tecedores telescópios que são os mais antigos”. Ainda outro tipo de materiais com que trabalham, mas em pouca quantidade, são os eixos e a casquilhagem, devido à sua especificidade.

De acordo com o estabelecido na lei em vigor, “esta casa dá uma garantia de dois anos a todos os produtos aplicados novos e nos serviços de recuperação que são realizados é dada uma garantia de um ano e meio ou aos 20 mil quilómetros, no caso dos amorte-cedores”. Em outros casos como os referidos rebaixamentos, “a

garantia é dada até aos primeiros dias de uti-lização do veículo se o cliente notar alguma mudança”.

Neste estabeleci-mento, a crise não foi um problema acen-tuado. Houve uma pequena diminuição na prestação dos ser-viços, mas “tendo em conta que é um merca-do bastante alargado”, a diferença não foi muito significante.

Únicos no rebaixamento de molas ‘a frio’, a casa Amortecedores Meira, na Estrada Exterior da Circunvalação, abriu portas em 1992, através de quatro irmãos que trabalham juntos e são especialistas no que fazem.

Restantes serviços dos Amortecedores Meira• Rebaixamento de molas a frio;• Braços de direção;• Reparação, afinação e assistência personalizada em amortecedores;• Venda e assistência técnica de amortecedores, Koni, Monroe, Sachs, LIp, Bilstein, etc.• Adaptação de amortecedores para rebaixamentos extremos;• Amortecedores de porta de mala;• Venda e montagem de escapes para automóveis;• Catalisadores Universais e de origem;• Ponteiras de escape;• Apoios e suportes para escapes;• Molas especiais de rebaixamento (várias marcas: Eibach, Vogtland, etc.);• Reparação de charriot (montagem de casquilhos e silent block do eixo);• Silent Block do eixo traseiro e dianteiro de várias marcas e modelos expl. Fiat Stilo, Golf III,IV, Audi, Passat, BMW, etc.• Rolamentos de Amortecedores;• Ponteiras de direção;• Discos travão;• Calços travão.

Texto: Andreia Sousa

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Talho do Povofaz porco andar de bicicletaLoja de S. Cosme comemorou o segundo aniversário com muita animação

Já alguma vez viu um porco a andar de bicicleta? Se a resposta é ‘não’ então é porque não participou no segundo aniversário do Talho do Povo 2. Em pleno centro de Gondomar, o número 150 da rua 25 de Abril ofereceu a quem passava uma aparato-sa festa para assinalar a celebração.

Com a já habitual campanha publi-citária pelas ruas de Gondomar, desta vez, o Talho do Povo não se fi-cou por aí. Um porco pedalava e acenava aos gondomarenses enquanto divulga-va a festa popular do Talho do Povo 2. Animação com palhaços, desgarradas de acordeão, a presença do António da ‘Casa dos Segredos’ e uma atuação do Rancho Folclórico de Zebreiros, com-puseram o dia festivo levando centenas de pessoas ao talho que já é reconhecido além concelho.

No meio de tan-ta novidade, o principal

chamariz continuou a ser o que de mais normal o Talho

do Povo oferece: qualidade dos seus produtos, a preços muito reduzidos.

Sérgio Sousa, gerente do Talho do Povo, já fez saber anteriormente ao Vivacida-de que este tipo de iniciativas

“serão para repetir futuramen-te”. Neste momento, o Talho do

Povo existe em Baguim do Monte, S. Cosme e S. Mamede de Infesta.

O 25 de abril não foi só sinónimo de ‘Revolução dos Cravos’ para Gondomar. Este ano, o concelho contou com uma autêntica re-volução nos preços nas carnes, fumeiros, m e r c e a r i a e congelados que o Talho do Povo deu a conhecer aos seus clientes. O motivo? Para além das já habituais promoções, a data do se- g u n d o aniversário do Talho do Povo 2, em S. Cosme.

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Contas de 2012 aprovadas em reunião de CâmaraO executivo da Câmara Municipal de Gondomar aprovou, por maioria, o Relatório de Gestão e Prestação de Contas relativo ao ano de 2012. Este foi, refira-se, apenas um dos 28 pontos em aná-lise na reunião pública de Câmara de 18 de abril.

Valentim Loureiro quis apresentar, “com exatidão e de forma pormenorizada”, toda a atividade da Autarquia ao longo de 2012. Destacando que “desde 1994 sempre se im-plementou uma política centrada na resolu-ção dos problemas das pessoas, das famílias, das associações e das empresas, tendo es-pecial atenção no rigor financeiro da nossa gestão”, o presidente da Câmara de Gondo-mar disse que “apesar de todos os constran-gimentos que sofreram, face às dificuldades que o país tem estado a atravessar”, se conse-guiu “um rigoroso rumo no sentido do cres-cimento e do desenvolvimento, satisfazendo

as necessidades da geração atual, sem com-prometer o futuro”.

Estabelecendo uma comparação com outras autarquias – que “atravessam situa-ções financeiras extremamente complica-das” – Valentim Loureiro explicou que tal não se verifica em Gondomar. “O Governo criou o Programa de Apoio à Economia Lo-cal (PAEL), de mil milhões de euros para apoio aos municípios em situação de dese-quilíbrio estrutural financeiro e com dívidas em atraso a fornecedores... E Gondomar não está no conjunto de 263 municípios que ti-veram de recorrer” a tal programa, indicou.

Realçando que “o Estado atrasou-se bas-tante no pagamento de obras comparticipa-das pelo QREN, já pagas pela Câmara aos construtores”, o presidente disse que, no final de 2012, o valor dessa dívida do Estado atin-gia mais de onze milhões de euros, oito rela-tivos à construção de escolas e 3,3 milhões do Programa Polis. Quanto à receita, a taxa de execução (em 2012) cifrou-se em 76% do valor orçamentado. No que respeita às des-pesas de funcionamento, apesar da inflação, do aumento de impostos, do incremento dos encargos com a Segurança Social e com a avaliação dos Imóveis para efeitos do IMI, Gondomar conseguiu diminuir o seu mon-

tante em 1%. Além de que, salientou Valen-tim Loureiro, também o passivo municipal sofreu uma redução de 8%. Sobre esta ques-tão – e para esclarecer os que ainda possam “alimentar” dúvidas – o Presidente da Câ-mara Municipal de Gondomar fez questão de “traçar” um retrato de tal passivo. Cerca de metade, 47,5%, respeita à dívida à EDP, que resultou de faturação não paga referente a energia fornecida entre 1978 a 1988, e que no final de 1994 atingia um valor superior a 200 milhões de euros. Depois de negocia-do, já com a gestão de Valentim Loureiro, o valor da dívida foi fixado em pouco mais de

68 milhões. Neste acordo foi, ainda, incluído um débito de quatro milhões de euros aos SMAS do Porto, referente ao fornecimento de água em 1992 e 1993. O presidente da Câmara de Gondomar indicou, ainda, que grande parte do investimento foi canalizado para a Educação, Habitação Social e para um conjunto alargado de programas de apoio às pessoas e às famílias. Só a “utilização eficien-te dos recursos possibilitou manter e incre-mentar todos os serviços e programas ini-ciados”, ao contrário do que “tem ocorrido noutros municípios, que têm vindo a fazer grandes cortes”, defendeu ainda. Da reunião pública da Câmara de Gondomar ficaram, também, os elogios a Valentim Loureiro por parte dos partidos do Executivo, PS e PSD. Justino dos Santos, do PS, gabou “a cordiali-dade, respeito, o sentido político e sentido de justiça” de Valentim Loureiro. Rui Quelhas, do PSD, salientou o facto de se ter conse-guido “rapidamente curar aquelas pequenas feridas depois das eleições de 2009 e tivemos aqui uma posição construtiva”.

Em reunião de Assembleia Municipal , a 29 de abril, o relatório e contas de 2012 foram debatidos e votados. No final, ficou a aprovação por maioria com 21 votos a favor, 16 abstenções e quatro votos contra.

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Entrevista: Ana Paula Canotilho

Porquê Gramido?Porque é o único sitio pedo-

nal que temos em Valbom que podia ser muito bem aproveitado do ponto de vista turístico e co-meça-se a verificar a degradação do espaço, na falta de limpeza,

na falta de despoluição do rio, que também não torna o local

tão agradável quanto isso.

O espaço não foi bem geri-do pelo atual executivo da CMG?

Acho que não. As infraestru-turas estão criadas, agora há que ter manutenção, que não tem. Mesmo a praia de Gramido con-tinua toda suja.

O Bloco de Esquerda (BE) foi um impulsionador deste tro-ço em Gramido. Sente algum orgulho no seu partido, no que diz respeito a esta questão?

Claro que sinto. A ideia foi muito boa, a reabilitação desta zona é fantástica, poderia ir muito mais longe do que aquilo que está – o projeto inicial era muito maior – mas tem que ter manutenção. Não se podem criar infraestrutu-ras e depois abandoná-las.

Porque se candidatou pela segunda vez à Câmara Munici-pal de Gondomar?

Essa foi uma decisão dos meus camaradas. No entanto, o facto de ser a segunda vez não traz pro-blema absolutamente nenhum. Aquilo que defendi na primeira candidatura continuo a defender na segunda. As questões sociais, as questões ligadas ao ensino, o trabalho que eu faço e que o BE tem feito não têm tido o apoio da Câmara. É um trabalho de proxi-midade que nos tem sido vedado por sermos “de esquerda”. Acho isso muito mau.

Ao nível das ideias a apre-sentar para o concelho de Gon-domar, o que diferencia a sua candidatura das restantes já apresentadas?

Por aquilo que eu tenho visto, a nossa candidatura é de maior proximidade com a popula-ção. Temos no nosso programa orientações básicas tanto para as questões do ambiente, como na questão de uma reorganização camarária diferente, sem hierar-quias. A população deve dizer

aquilo que pretende de quem está no executivo, deve haver uma partilha muito maior e eu não vejo isso nas outras candidaturas. Tal como algumas preocupações sociais que também não vejo nas restantes candidaturas – e vê-se isso nas Assembleias Municipais – porque quando se chega a al-tura votam todos ao lado do po-der. Portanto há diferenças muito grandes.

Sendo professora de profis-são, tem uma especial preocupa-ção pela área da educação?

Claramente. É a área onde trabalho mais, não só como pro-fessora mas também com os meus alunos.

Como vê o panorama educa-tivo concelhio atualmente?

Tenho que começar por dizer que existem 10 mil pessoas que nunca foram à escola no conce-lho, o que é muito grave e preo-cupante. Depois vejo também questões como os cursos notur-nos que eram muito importantes para as pessoas voltarem à escola e se valorizarem. E se queremos crescer em Gondomar temos que apostar na educação e na cultura. É evidente que não está tudo mau. Houve imensos centros escolares que foram feitos e são muito bons. Mas há outro trabalho que falta. Com a crise que estamos a viver, os problemas económicos têm-se acentuado. Eu sempre defendi a escola pública e os livros, na mi-nha opinião, devem ser gratuitos enquanto escolaridade obriga-tória. As Câmaras deveriam dar esses livros às crianças. A questão dos bancos de livros é uma boa medida mas não é suficiente e não abrange toda a gente. Por outro lado, uma outra preocupação que tenho é o facto de as Câmaras não estarem a dar às crianças necessi-

“Estamos todos no mesmo pé de igualdade. Não vejo ‘concorrências’ fortes”Ana Paula Canotilho é, uma vez mais, a eleita do Bloco de Esquerda para encabeçar a lista de candidatura à presidência da Câmara Municipal de Gondomar (CMG) nas próximas Eleições Autárquicas. ‘Mulher das Artes’, ativista e feminista, é também mestre em Educação Género e Cidadania pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto e professora no Agrupamento de Escolas de Valbom, destacada para Águas Santas. No seu currículo constam também funções como a de membro da Coordenadora Distrital do Porto e da coordenadora concelhia de Gondomar do BE. Nasceu em Coimbra mas vive no concelho há mais de duas décadas. A apresentação pública da sua candidatura deu--se no dia 18 de maio na Escola Dramática e Musical Valboense mas a candidata já havia sido aprovada no dia 13 de abril em plenário de aderentes e proposta anteriormente pela concelhia do Bloco de Esquerda. O Vivacidade entrevistou Ana Paula Canotilho em Gramido e quis saber o porquê da candidata ter escolhido a margem do Douro para o encontro.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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“Estamos todos no mesmo pé de igualdade. Não vejo ‘concorrências’ fortes”Ana Paula Canotilho é, uma vez mais, a eleita do Bloco de Esquerda para encabeçar a lista de candidatura à presidência da Câmara Municipal de Gondomar (CMG) nas próximas Eleições Autárquicas. ‘Mulher das Artes’, ativista e feminista, é também mestre em Educação Género e Cidadania pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto e professora no Agrupamento de Escolas de Valbom, destacada para Águas Santas. No seu currículo constam também funções como a de membro da Coordenadora Distrital do Porto e da coordenadora concelhia de Gondomar do BE. Nasceu em Coimbra mas vive no concelho há mais de duas décadas. A apresentação pública da sua candidatura deu--se no dia 18 de maio na Escola Dramática e Musical Valboense mas a candidata já havia sido aprovada no dia 13 de abril em plenário de aderentes e proposta anteriormente pela concelhia do Bloco de Esquerda. O Vivacidade entrevistou Ana Paula Canotilho em Gramido e quis saber o porquê da candidata ter escolhido a margem do Douro para o encontro.

tadas reforços alimentares antes de irem para casa. Em Gondomar, a pobreza é muito grande a esse respeito. Foi feita uma propos-ta nesse sentido, na Assembleia Municipal, e foi chumbada, o que

acho incrível. Como é que uma proposta desta natureza social é chumbada numa Assembleia?

Qual considera ser a área mais prioritária numa mudança em Gondomar?

É difícil de responder. Há tan-tas coisas prioritárias e urgentes de resolver. Comecemos pela ges-tão. As questões dos lobbies são

fundamentais para se mudar. Não podemos continuar a ter pessoas que irão para um executivo com a continuidade de uma linha em que os lobbies estão em primeiro plano. A privatização das águas

tem que mudar, a água é de toda a gente. As questões ambientais têm que mudar. Depois temos a questão do emprego. Temos um dos concelhos com mais desem-prego no norte. A promoção de emprego é urgente e quando fa-lamos em empresas municipais vemos que só dão emprego a ami-gos. Era importante que houves-se uma promoção de um sistema

social de empresas em que fossem detetadas também as questões da precariedade, dos recibos verdes e da discriminação de géneros. Nas questões sociais, não podemos ficar pelo programa DÁ. O BE

propõe um Plano de Emergência Social para reformados e desem-pregados. Depois existe outra questão que são os mega-agru-pamentos que são ingovernáveis. São políticas do Governo Central mas que as Câmaras, em muitos locais, estão contra e estão em grandes lutas. Nos mega-agrupa-mentos não há proximidade, não se criam laços de afetividade com

os alunos e é só para poupar por-que os prejuízos são muito maio-res e vão-se notar a médio-longo prazo.

Com as restantes candida-turas à Câmara confirmadas es-pera uma “concorrência” forte para as eleições de 2013?

Não. Todos estamos no mes-mo pé de igualdade. Não vejo ‘concorrências’ fortes. A eleição vai depender dos programas de cada um dos candidatos e do que a população decidir.

Numa fase mais próxima das eleições haverá alguma possibi-lidade de coligação do BE com um outro partido?

Essa é uma questão que vamos resolver na altura. Para já, não há coligações. É ponto assente. É uma questão do partido se pro-nunciar.

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O que penso de...Valentim LoureiroÉ um indivíduo extremamen-te populista. E o populismo é uma forma de poder que ele arranjou e de manipulação das pessoas. É o “eu quero, posso e mando” na capa de que está tudo muito bem e “sou muito social”.

José Luís OliveiraÉ mais do mesmo. Não o co-nheço.

Fernando PauloConheço-o perfeitamente, dis-cordo com ele politicamente em muitas das coisas. É uma pessoa acessível mas que está na onda das relações de poder institucionais e a forma de es-tar dele sempre foi no intuito de depois vir a substituir Va-lentim Loureiro.

Marco MartinsConheço-o mal. Acho que tem feito uma grande luta por Rio Tinto.

Rui NóvoaTem feito um bom trabalho. É um homem muito esforçado e tem lutado muito na Assem-bleia Municipal. Acho que ele tem levado propostas muito boas que só não são aprova-das porque são do Bloco de Esquerda.

Catarina MartinsÉ uma mulher de armas que está a fazer um bom trabalho.

Pedro Passos CoelhoEu nem tenho palavras para descrever Pedro Passos Coe-lho. Porque acho que numa democracia ele já não estaria lá. A culpa não é só dele. Ele não se preocupa com o povo, preocupa-se com ele.

António José SeguroNão sei qual é a diferença [em relação a Pedro Passos Coe-lho].

Cavaco SilvaÉ inadmissível o que ele está a fazer. Estar ao lado de um Governo que não pensa nas populações. Não está a ter um papel isento de Presidente que era aquilo que se esperava.

Aquilo que defendi na primeira candidatura continuo a defender na segunda.“

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V Ana Paula Canotilho candidata-se pela segunda vez à Câmara Municipal de Gondomar

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1 – Depois do Tribunal Consti-tucional ter chumbado várias nor-mas do Orçamento do Estado – o que, aliás, só não era previsível para o Governo – os diversos órgãos de

soberania dão sucessivos sinais de terem entrado em estado de alu-cinação política. O Presidente da República, que acionou o primeiro recurso para os juízes do Palácio Raton, parece ter sido colhido por uma espécie de rebate de cons-ciência, e não tardou a apelar a um consenso político alargado, como quem diz que as alternativas devem ser encontradas em diálogo entre o Governo e a oposição. A Assembleia da República tem-se desdobrado em declarações contraditórias, ora pare-cendo empenhada na busca das tais alternativas, ora forçando a tecla de uma mudança radical de políticas e protagonistas. O Governo, ator-doado no meio da tempestade, ora se mostra determinado a dar conti-nuidade ao rumo traçado por uma severa austeridade, ora apregoa que está aberto a alternativas que lhe se-jam apresentadas para compensar o buraco orçamental aberto pelo chumbo do Tribunal Constitucio-nal. E até os tribunais – quarto órgão de soberania – se mostram confusos

e em navegação à vista. 2 – Foi neste quadro que no iní-

cio deste mês o Primeiro Ministro se decidiu vir à televisão, para anun-ciar um novo pacote de medidas, a que chamou estruturais, para tentar manter o barco nacional a navegar no meio de tão severa ondulação. Fê-lo de uma forma vaga, pese em-bora ele próprio tenha quantificado o anúncio de tais linhas de orienta-ção orçamental em mais de quatro mil milhões de euros. Os principais alvos deste pré-anunciado novo pa-cote foram os trabalhadores da fun-ção pública e os pensionistas. Um conjunto de cortes, despedimentos e de taxas – estas em bom rigor são novos impostos! – que, segun-do Passos Coelho, representam um passo decisivo para a tão apregoada reforma do Estado. Poucos acredi-tam na exequibilidade das medidas anunciadas. Mas, verdade se diga, elas foram apresentadas de forma tão vaga que só mesmo quando forem transpostas para discussão parlamentar no âmbito da próxi-

ma revisão orçamental poderemos avaliar o seu real alcance prático, e o seu reflexo nos rendimentos das famílias e cidadãos. Mas se forem le-vadas à prática nos moldes anuncia-dos, é absolutamente claro que esta-mos perante o maior corte até agora desenhado nas funções do Estado. Pela simples razão de que só mesmo redefinindo todas as funções sociais do Estado poderemos enquadrar tão severo pacote de austeridade.

3 – Ora, os objetivos anuncia-dos por Passos Coelho implicam uma profunda redução da despesa pública, no que concerne aos custos da própria máquina administrativa. E para tanto, não há milagres: se o Estado pretende gastar muito me-nos com os serviços públicos, neces-sariamente esses mesmos serviços terão de ser reequacionados, quer em quantidade, quer em qualidade. Basta olhar para uma das parcelas anunciadas, que aponta para a dis-pensa de trinta mil funcionários públicos. Para além de agravar ne-cessariamente a taxa de desempre-

go, é óbvio que este objetivo terá de ter algum reflexo na prestação dos serviços que o Estado oferece aos ci-dadãos. A menos que se aceite desde já que há trinta mil funcionários do Estado que não fazem absolutamen-te nada… Se a isto juntarmos a re-dução de benefícios prestados aos cidadãos, sobretudo nas pensões de reforma, saúde, educação e seguran-ça social, é absolutamente claro que estamos a entrar no osso do chama-do Estado Social. Se por reforma do Estado se entende entrar a matar nestas prestações, então os portu-gueses terão de ser chamados a dizer que Estado Social estão dispostos a pagar. Porque não pode haver chu-va no nabal e sol na eira se os dois estiverem fisicamente lado a lado. Ou estamos dispostos a pagar ainda mais impostos, ou temos de aceitar que o dinheiro não cai do céu, e, por isso, teremos de nos conformar com um Estado Social bem mais magro do que aquele a que nos habituamos nas últimas décadas. Este é o cerne da questão!

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Opinião

Novo pacote de austeridade é um golpe no estado social

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Atualmente, as entidades ban-cárias exigem cada vez mais garan-tias, para que o crédito possa ser concedido, nomeadamente, um fiador ou um avalista. Em primeiro lugar, convém referir que ambas as

figuras são garantias pessoais, isto é, para além do devedor principal, uma ou mais pessoas poderão ser obrigadas a pagar uma divida que não contraíram, respondendo com o seu património.

Fiador:Garante de forma pessoal o

cumprimento pontual e integral do crédito do devedor principal, através do recurso ao seu patrimó-nio, podendo ser chamado a cum-prir com a obrigação independen-temente do incumprimento do devedor principal ser total ou par-cial. Isto significa que basta existir um mero atraso para que o credor responsabilize o fiador.

Avalista:Pessoa que se responsabiliza de

forma pessoal pelo cumprimento total ou parcial da divida subja-

cente ao título de crédito, perante um terceiro (avalizado).

A diferença entre estas duas figuras, reside, na sua essência, no facto de o fiador, ao contrário do avalista, ter a possibilidade de

poder recusar o cumprimento da obrigação, enquanto ainda existi-rem bens do devedor para serem executados e, claro, desde que não tenha renunciado a essa faculdade. O avalista, por seu lado, pode vir

a ser chamado a responder com o seu património pelo pontual cumprimento da dívida titulada no título de crédito, sem que antes tenham sido executados todos os bens do devedor.

Em caso de incumprimento do devedor principal,que implicações advêm para os fiadores/ avalistas?

Claudia Gomes Sousa

Jurísta da DECO

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Para qualquer esclarecimento adicional, pode dirigir-se à DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - Delegação Regional do Norte – Rua da Torrinha nº 228, H, 5º andar, 4050-610 Porto, [email protected]

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27VIVACIDADE MAIO 2013

Opinião

Decorreram no passado dia 11 de maio, as V Jornadas do Pé Por-to-Barcelona, no Hospital Escola.

Sim as quintas jornadas, como o tempo passa... Desde há cinco anos que eu e um grande ami-go meu de Barcelona, Dr. Xavier Martin Oliva, uma autoridade na cirurgia do pé em Espanha, resol-vemos iniciar umas jornadas mé-dicas, dedicadas à cirurgia ortopé-dica do pé e tornozelo. Sendo uma área da Ortopedia em que nos destacamos, conseguimos reunir todos os anos, uma vez no Porto, outra em Barcelona, os maiores nomes da cirurgia do pé Ibérica, num franco e vivo debate de casos clínicos, alguns deles de resolu-ção bem difícil. Este ano foi em Gondomar, com a participação de muitos jovens cirurgiões Ibéri-cos. Pode-se afirmar que a nossa terra foi a Capital Ibérica do Pé. Reconhecido por todos, o nosso serviço de ortopedia do hospital escola é já uma referencia nacio-nal e internacional da cirurgia do

pé e tornozelo, onde todo o tipo de cirurgias se realizam, desde o tratamento dos mais simples joa-netes, até às sofisticadas próteses

do tornozelo, onde somos uma dos poucos centros Europeus com maior experiência nesta técnica, recebendo visitas e estágios de médicos. Obviamente que termos a possibilidade de termos um dos blocos cirúrgicos mais sofisticados da europa e um centro de anato-mia e cirurgia experimental, onde os cirurgiões podem-se treinar em técnicas cirúrgicas, usando peças de cadáver preparadas para esse

efeito, constitui uma mais valia.Recebemos doentes de todo

Portugal continental e ilhas, mes-mo de Espanha e Inglaterra. Ape-

sar de apenas 6 meses de vida, a unidade de ortopedia do he+ já operou cerca de 80 doentes, o que constitui, um número simpáti-co, dado sermos uma instituição privada de saúde. Infelizmente o ministério da saúde insiste em ignorar este hospital , não dando possibilidade a que muitos mais doentes, pudessem usufruir da qualidade dos nossos serviços de saúde. Continuamos a prefe-

rir tratar as pessoas com menos qualidade dado a sobrecarga de muitos dos nossos hospitais, que apesar de bons profissionais, não

tem muitas vezes boas condições de trabalho e curiosamente os ser-viços são mais caros. Imaginam quanto custa ao Estado uma con-sulta de especialidade num hos-pital público? Ronda os 90€?! Por isso fica mais barato a um doente com ADSE ir a um privado que a um hospital público, mas enfim, até parece que somos o país mais rico da europa. Até breve, estima-dos leitores…

Gondomar, capital Ibérica da cirurgia do pé

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clinico do Hospital Escola de Gondomar

Nem tudo o que se faz em Gondomar é mal feito. Felizmente há muitas coisas que foram bem pensadas e bem executadas. O que muitas vezes tem faltado é ser con-sequente com o que de bom existe. O caso do Multiusos é paradigmá-tico.

O Multiusos é, antes de mais, uma peça de arte arquitetónica. Desenhado por Álvaro Sisa Viei-ra, traduz o traço genial do mais

premiado arquiteto nacional, e um dos mais conceituados a nível in-ternacional. Mas também é certo que acusa, em alguns aspetos, as tradicionais falhas de funcionali-dade que caracterizam muitas das obras daquele arquiteto. Falhas, aliás, fáceis de ultrapassar, não fora a escassez de meios financei-ros que existe hoje em todo o País e em todas as autarquias.

Deixando, porém, para outra ocasião as tais falhas de funciona-lidade, é bom relevar tudo o que é positivo. O Multiusos tem as di-mensões adequadas, é polivalente, tem conforto, é esteticamente ir-repreensível, dispõe do estaciona-mento adequado, está servido pela maior e melhor via do concelho, é arejado, e é bonito…

Para além disto é gerido pela única empresa municipal de Gon-domar, e o figurino de gestão tem--se mostrado adequado, global-mente falando. A sua utilização é multivariada, de acordo com as suas funcionalidades.

O que falta, então, ao Multiu-sos? Falta facilidade de acessos por via de transportes públicos. E isto é muito grave, e representa um fortíssimo estrangulamento à sua plena utilização. Porque para ali só pode ir quem tiver transporte próprio. E todos os indicadores deste tipo de equipamentos de-monstram que, sem transportes públicos frequentes e acessíveis a toda a gente estas arenas estão for-

temente condenadas.Por isso, urge uma fortíssima

ação política por parte da Câma-ra Municipal para negociar com os operadores de transportes, so-bretudo a STCP e a Gondomaren-se, no sentido de fazer passar por ali uma das suas carreiras. Uma carreira que necessariamente de-veria permitir a ligação à estação terminal do Metro e a Valbom, atravessando a espinha dorsal de

Gondomar pelo centro da cidade, e fechando em anel as ligações ao Porto.

Admite-se que não seja fácil convencer os operadores para este trajeto. Os rácios de tráfego são determinantes nestes processos de avaliação. Mas para isso é que exis-tem os acordos, nomeadamente com os poderes políticos. Aqui fica o desafio para os próximos candi-datos à Câmara de Gondomar.

O que falta ao multiusos?Bisturi

Henrique Villalva

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Apesar dos progressos registados nas últimas décadas, Portugal conti-nua a ter lacunas graves nos domínios da qualificação e da formação. A taxa de abandono escolar é uma das mais elevadas da União europeia e persis-te um défice de qualificação técnicas, recorrentemente referenciado por agentes de diversos setores como um bloqueio ativo ao crescimento das empresas. Com vista a colmatar este défice, recentemente foram toma-das medidas que contribuíram para reduzir este atraso face à média dos nossos parceiros europeus tais como: o alargamento do ensino obrigatório até ao secundário; a maior exigência em todos os níveis de ensino; a maior articulação entres as ofertas profissio-

nalizantes e o ensino politécnico.Ao nível da formação, os cursos

de aprendizagem dual atualmente disponibilizados constituem uma das respostas a estes desafios e têm em muito contribuído para qualificação dos jovens com idades entre os 15 e os 24 anos. Atualmente, o ensino dual tem equivalência ao 12º ano de escolaridade e constitui um modelo de ensino que conjuga os conheci-mentos teóricos com competências desenvolvidas no posto de trabalho, as quais representam 40% da carga le-tiva total. O sucesso deste modelo de aprendizagem depende fortemente do envolvimento e atuação das em-presas e das entidades empregadoras, em parceria com as entidades forma-

doras. Assim, é fundamental afirmar e reforçar a rede de parceiros atuais e criar um clima de franca cooperação institucional que sustente a captação do potencial ainda por explorar que o ensino dual representa. Até 2020, Portugal deverá dispor de uma força de trabalho com um nível médio de qualificação em convergência com os seus parceiros europeus e alinhadas com as necessidades reais das em-presas. Para que estes objetivos sejam atingidos é necessário dar priorida-de às componentes que se destacam tais como: reforçar a componente experimental e pratico-profissional promovendo um maior alinhamento do conhecimento adquirido com o requerido pelas empresas; enriquecer

os conteúdos e diversificar as ofertas de formação técnica em consonância com as reais necessidades das em-presas; sensibilizar os estudantes e as famílias para a importância de forma-ção técnica tendo em vista a dinami-zação da procura desta tipologia de qualificações e proceder à qualifica-ção e reforço contínuo de competên-cias técnicas dos atuais trabalhadores. É fundamental, promover uma maior articulação e cooperação entre insti-tuições de ensino e empresas. Por fim, dever-se-á aumentar o nível medio de qualificação e reconhecimento inter-nacional do corpo docente em Portu-gal, de forma a potenciar a qualidade e adequabilidade da oferta formativa no País.

Catarina MartinsBE

À hora a que escrevo está reunido o Conselho de Estado para debater a política “pós-troika”. Cavaco Silva tenta legitimar o governo, depois de semanas desastrosas e face a um povo que já não dá sequer o benefício da dúvida ao Governo, ao Presidente ou à Troika. O descrédito não tem mo-tivos difusos. Tem os mais concretos dos motivos: o empobrecimento do país, a crise social, a dívida imparável e impagável. Vejamos uma parte deste povo: pensionistas. Ou o cisma grisa-lho, em versão Paulo Portas. O mes-mo Paulo Portas que diz proteger os pensionistas em discursos inflamados mas assinou por baixo todas as polí-ticas do governo. E quais foram elas?

Redução das pensões: por via de cor-tes, de mais impostos, de retirada do complemento solidário para idosos. Redução do acesso à saúde: aumen-to de taxas moderadoras, redução da comparticipação em medicamen-tos, hospitais lotados que diminuem tempos de internamento e enviam para casa, sem apoio nem condições, idosos dependentes com saúde muito fragilizada. Menos apoio: diminuição do financiamento aos serviços públi-cos e às IPSS e que garantem apoio aos idosos (lares, centros de dia, apoio domiciliário). Habitação em perigo: lei das rendas facilita despejos e pro-move aumentos colossais das rendas mais antigas e é tão complicada de

perceber que muitos inquilinos ido-sos não sabem ativar a proteção de 5 anos sem aumento a que têm direito. Família dependente: com o desem-prego galopante, e tanta gente sem emprego nem nenhuma proteção so-cial (sem acesso a subsídio de desem-prego nem RSI), são cada vez mais as famílias em que a magra pensão dos avós é o único rendimento de várias gerações. Insulto em horário nobre: governantes e comentadores da área do PSD e CDS vão repetindo a cada dia que os pensionistas são um peso para o país e para as gerações mais novas (esquecendo que trabalharam toda a vida, que construíram o de-senvolvimento e a modernidade que

vivemos com a democracia, que con-tribuíram solidariamente toda a vida, que a segurança social, como o país, assenta na solidariedade intergeracio-nal). Política de terror: a cada semana manchetes anunciam novos cortes, ou novos impostos, ditos ou desditos conforme a encenação de momento da coligação. Uma brincadeira cruel com as expectativas das pessoas que insulta cada pensionista e enterra mais a economia. Basta. Todos e to-das, de todas as áreas, de todo o país, de todas as gerações, têm razões con-cretas para desejar a denúncia do me-morando e um presidente capaz de fazer o que tem de ser feito: demitir o governo e convocar eleições.

Estratégia para o Crescimento e Emprego – Educação e Formação

Cisma grisalho

Margarida AlmeidaPSD

O Parlamento, algo surpreenden-temente porventura, aprovou na ge-neralidade um projeto de lei sobre a possibilidade de coadoção de crianças em famílias com pais do mesmo sexo. Tratando-se duma votação na genera-lidade e tendo em conta que recolheu “apenas” 99 votos a favor (quando a maioria absoluta é de 116 votos) é caso para dizer que tudo pode acontecer e não será de estranhar se acabar por ser chumbada na votação final. No entanto vale a pena pensar um pouco na ques-tão que o projeto coloca. Quando em Portugal se legalizou casamento entre pessoas do mesmo sexo, introduziu-se no código civil uma referência expressa

à proibição de adoção por estes casais. Ou seja, o legislador entendeu que não poderiam nunca estes casais adotar crianças. No entanto há várias razões em que uma criança vive com dois pais ou duas mães – nomeadamente quando um dos membros do casal é pai biológico ou adotivo da criança. Esta realidade existe, é aliás indepen-dente de haver ou não casamento gay legal, e gera alguns problemas. Refira--se ainda que mesmo que uma pessoa não pudesse adotar individualmente estas situações continuariam a ocorrer na mesmas com filhos biológicos prin-cipalmente no caso de mães lésbicas podem sempre ocorrer numa união

homossexual. Isto para deixar claro que filhos – adotivos ou biológicos – em lares com dois pais do mesmo sexto podem sempre existir e é seguro con-cluir que já acontecem há muitos anos. Se nestes casos o pai que tem o vínculo com a criança morre, cria-se uma situa-ção em que julgo ser importante asse-gurar o interesse da criança. Não parece que abrir um processo de adoção novo para que o parceiro sobrevivo possa adotar a criança com quem já vivia seja no interesse da criança. Imagino que possa mesmo acontecer a contestação dessa nova adoção por familiares do pai morto o que, novamente, não imagino como possa servir o interesse da crian-

ça. Levantam-se naturalmente alguns problemas. Por muito que nos queiram convencer certos grupos, uma criança tem um pai e uma mãe não tem dois pais ou duas mães. No caso em apreço as crianças não têm mais nenhum vín-culo familiar que com o adotante – está assim expressamente previsto no pro-jeto – mas isso não muda a realidade sobre como são concebidas as crianças. Será por isso interessante acompanhar os trabalhos na especialidade para per-ceber se se resolvem alguns problemas que o projeto apresenta ou se não há ainda outras formas de garantir o que é, no me entender sem dúvidas, o supe-rior interesse da criança.

Coadoção

Michael SeufertCDS/PP

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Política: Vozes da Assembleia da República

VIVACIDADE MAIO 2013

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José Luís FerreiraPEV

É verdade que as pensões consti-tuem o principal meio de subsistência para a generalidade dos reformados e pensionistas e a qualidade de vida dos reformados e dos pensionistas está mui-to dependente do montante das suas pensões. E também é verdade que uma boa parte da população idosa do nosso País é objeto de pobreza e de exclusão social e que o combate à pobreza pas-sa forçosamente pela dignificação do valor das reformas e pela remoção dos obstáculos ao acesso aos apoios sociais. Mas ao invés disso o Governo, depois de tudo o que fez aos reformados e pensionistas insiste em voltar a atacar os reformados. Pretende agora aplicar

aquilo a que chama a taxa de sustenta-bilidade, às pessoas que já vivem numa situação insustentável. Seria justo que o Governo ponderasse outras alternativas a esta cruel intensão, até porque esta designada Taxa Social Única dos pen-sionistas, garante uma receita, pouco acima dos 400 milhões de euros e por-tanto o Governo poderia perfeitamente lançar, por exemplo, uma contribuição extraordinária de solidariedade sobre as grandes empresas dos setores regula-dos, o que seria uma solução para evitar a imoralidade que o Governo pretende. Sucede que o Governo PSD e CDS não tem dado mostras de possuir um pin-go de sensibilidade social e não mostra

qualquer interesse em aprender com os erros crassos sucessivamente cometidos nas suas previsões macroeconómicas, continua a ignorar os efeitos recessivos das opções que tem tomado e a ignorar a degradação do nível de vida que as suas políticas têm provocado à genera-lidade das famílias. Continua a ignorar o aumento da pobreza e da exclusão so-cial que as suas opções têm potenciado e continua a ignorar os efeitos recessivos e os efeitos que as suas políticas têm pro-vocado ao nível da receita fiscal. Ora um Governo assim, só pode ser um Gover-no cego e que não ouve ou não quer ou-vir os portugueses. Os reformados têm sido severamente penalizados e estamos

a falar de pessoas que não têm outra alternativa, nem sequer podem sonhar em voltar ao mercado de trabalho. Vi-vemos uma verdadeira desgraça social, com os números do desemprego que envergonham o Governo, com um uni-verso assustador de desempregados sem qualquer apoio social e com milhares de reformados a viver abaixo do limiar da pobreza. E perante isto, o Governo ain-da quer impor novas reduções no pobre poder de compra dos reformados. Não pode ser. É uma vergonha. Um Governo que não consegue, respeitar os compro-missos com as pessoas, sobretudo com os reformados é um Governo que já há muito deveria estar na reforma.

O Governo quer penalizar de novo os reformados

Portugal vive um tempo em que o risco de pobreza está presente. O au-mento do desemprego, acompanhado pela redução do rendimento disponível para uma significativa parcela dos por-tugueses, obriga-nos a uma permanen-te inquietação. A evolução demográfi-ca, algumas vezes encarada como causa e noutras como consequência, também não tem sido favorável. Constata--se um gradual aumento do peso dos grupos etários seniores e uma redução da população jovem, com a natural e crescente diminuição do peso da po-pulação ativa. É neste contexto que as instituições sociais sem fins lucrativos assumem um papel de incontestado relevo na sociedade, ao promoverem o desenvolvimento e a coesão social, implementando políticas de inclusão, no âmbito de um processo de cidada-nia ativa e socialmente responsável,

baseando-se em princípios e valores nobres como os da solidariedade e a justiça, tantas vezes alicerçados e acari-nhados pela nobreza de um ambiente participativo em regime de voluntaria-do. Hoje, no concelho de Gondomar, existem trinta e três Instituições Parti-culares de Solidariedade Social (IPSS). Já parecem longínquos os tempos em que só existiam três... Este aumento exponencial justifica-se pela prioridade que foi dada pelo Presidente da Câ-mara, Maj. Valentim Loureiro ao em-preendedorismo social. Tantas vezes assumindo a liderança dos processos, que incluiu a criação e a organização de uma rede social, ressalta a todos e a todo o tempo, o papel do insubstituível Dr. Fernando Paulo. Enquanto alguns exigiam mais uma ou outra rotunda, mais uma ou outra urbanização, ele op-tou pelo apoio social, preparando desta

forma o futuro, ajudando e cuidando daqueles que claramente são mais ca-renciados. Eu próprio tenho um enor-me orgulho em ser, nos últimos vinte anos, Presidente da Assembleia Geral da Associação Social Recreativa Cultu-ral e Bem Fazer VAI AVANTE, em S. Pedro da Cova, da qual sou sócio desde os meus onze anos de idade. Esta asso-ciação é liderada por uma equipa qua-lificada, de grande empenho e compe-tência profissional. IPSS sólida que se constituiu numa das maiores entidades empregadoras do concelho de Gondo-mar. A sustentabilidade financeira da instituição sempre foi acautelada. As dificuldades são convertidas em de-safios. A nossa entrega é compensada pelo ânimo e motivação que recebemos diariamente dos nossos Utentes e dos nossos concidadãos. Mas infelizmente também temos conhecimento de si-

tuações de insolvência em instituições cujos dirigentes não foram capazes de mobilizar a sociedade em torno do seu projeto, não criando o valor que lhes permitisse um equilíbrio económico--financeiro estável. Os apoios públicos, ao nível da administração central do Estado, têm diminuído. As entidades reguladoras, devem criar quadros le-gais estáveis e coerentes. As políticas públicas devem ter um impacto posi-tivo no Terceiro Setor que se constitui numa alavanca da estrutura de gover-nação das sociedades contemporâneas. A inovação social tem de se assumir como um instrumento nas organiza-ções sem fins lucrativos. Com uma pos-tura empreendedora, caminhando em parcerias, criando sinergias, sem nunca ignorar as especificidades e as diferen-ças que caracterizam e conferem iden-tidade própria às organizações.

A nobreza e importância do terceiro setor

Mário GonçalvesMovimento IndependenteValentim LoureiroGondomar no Coração

29VIVACIDADE MAIO 2013

Política: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

Carlos BrásPS

A Assembleia Municipal é o órgão deliberativo da autarquia municipal, tem também, definidos por lei, alguns poderes de fiscalização e de acompa-nhamento do executivo municipal. São membros da assembleia os eleitos locais e os presidentes de junta. As matérias mais importantes do município como por exemplo os Orçamentos e os Rela-tórios e Contas da Câmara precisam de aprovação na Assembleia Municipal, assim como alguns contratos de maior valor. É o órgão mais representativo do município. Em Gondomar o grupo municipal do PS é, desde as eleições de 2009, o mais numeroso por ter 11 elei-tos diretos e 6 presidentes de junta, no

entanto, os independentes de Valentim coligaram-se com o PSD tendo resul-tado uma alteração da vontade eleito-ral. Fruto desta aliança, a Assembleia Municipal (AM) perdeu influência e a maioria assim constituída subestimou-a com frequência. Não obstante a vontade do Partido Socialista e de outros grupos municipais a AM não conseguiu levar a cabo um programa de ação próprio. Pretendia-se dignificar a AM e aproxi-má-la dos cidadãos tendo sempre como objetivo a interpretação dos mais pro-fundos anseios e problemas de Gondo-mar. A maioria constituída na Câmara não colaborou no desenvolvimento de um papel mais ativo da AM. Esta AM

foi orientada pelos independentes e pelo PSD e transformou-se num veículo de aprovação da vontade da Câmara tendo a oposição sido desrespeitada muitas vezes. Ainda assim e graças à persistên-cia do Partido Socialista foram obtidos alguns sucessos ao longo do mandato. Foi possível, depois de muita luta, apro-var a gravação em áudio das sessões da AM, foram também aprovadas algumas moções importantes acerca de questões ambientais, de saúde, dos transpor-tes, do património edificado e outras. Foram formulados muitos pedidos de informação que ficaram nos gabinetes da Câmara e não foram respondidos, outros foram respondidos depois de

anos de insistência. Eu próprio várias vezes pedi informação escrita acerca de diversos assuntos pertinentes. Alguns ainda hoje não obtiveram resposta. O pedido de informação acerca dos mon-tantes gastos pela Câmara de Gondo-mar em honorários pagos a advogados foi repetidamente formulado por mim ao longo destes 4 anos. Os eleitos locais e os gondomarenses devem saber como é gasto o dinheiro público em Gondo-mar. Recebi recentemente a informação. A Câmara Municipal de Gondomar gastou nos últimos 4 anos cerca de 223 000 euros em advogados para defender os vereadores com pelouro no executivo municipal.

Câmara de Gondomar gastou mais de 220 000 € em advogados

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Política: Vozes da Assembleia Municipal

VIVACIDADE MAIO 2013

Cristina NogueiraCDU

Aproximam-se as eleições autár-quicas e a nossa paisagem fica conta-minada por outdoors com fotografias deste e daquele que com mais ou me-nos, Photoshop e outras maquilha-gens, se multiplicam em promessas. Os que detêm o poder afadigam--se em inaugurações! É o caso dos já construídos centros escolares, que es-tando alguns, em funcionamento há um ano serão agora, com as eleições à porta, inaugurados. Dignas de re-gisto da canção de Adriano Correia, «O Senhor Morgado!», que tão bem canta “eleições à porta… Ainda na área da Educação o tão famoso projeto “Gondomar, sabe voar” que tinha sido suspenso, este ano torna a entrar em vigor, ou não houvesse a esperança de captar uns votos dos pais (distraídos?)

à conta da viagem de avião das crian-ças. O pelouro da educação, cultura, desporto e ação social tem dinheiro para viagens de avião! Tem quase me-tade do orçamento total da Câmara, o que é de louvar, se for bem gerido! Em 2012 dos 18.218.264 euros das GOP realizadas, 8.485.76 euros foram do pelouro do Dr. Fernando Paulo. A nós, parece-nos estranho é que com este dinheiro se aposte em propagan-da eleitoral quando muito há a fazer. Em vez de as crianças irem de avião a Lisboa, certamente que a educação ganharia se fosse colocado nas escolas pessoal auxiliar de forma permanen-te e com formação qualificada. Não é isso que acontece! Grande parte das assistentes operacionais das escolas, são colocadas ao abrigo de progra-

mas do Centro de Emprego, de forma precária e pouco motivadora que têm um prazo de duração curto. Este ano parte destas auxiliares viram os seus contratos terminarem em meados de maio o que deixou as escolas com um problema para resolver a 2 meses do fim do ano letivo. Depreendia-se que isto pudesse acontecer com qualquer outra atividade profissional, mas num trabalho com crianças, não será preci-so perceber muito de pedagogia para se concluir que isto pode provocar grande desestabilização nas crianças e nas escolas. Em vez de as crianças irem de avião a Lisboa, certamente que a educação ganharia se o prolongamen-to de horário dos Jardins de Infância fosse feito em espaços adequados e com animadoras contratadas e forma-

das, em vez de ser por pessoal auxiliar sem qualquer tipo e formação. Em vez de as crianças irem de avião a Lisboa, certamente que a educação teria mui-to a ganhar se as novas escolas fossem equipadas com material adequado, em quantidade suficiente e de qualida-de. O que é certo é que o pelouro da Câmara Municipal que mais dinheiro absorve do seu orçamento até agora conseguiu: 19,9% de desempregados; 11.149 pessoas sem qualquer escola-ridade; na educação pré-escolar 2966 alunos matriculados, contrariamente a concelhos como a Maia com 3504, Matosinhos com 4172 ou o Porto com 7816. Estes são apenas meros exem-plos, já que por motivos de espaço, não podemos nesta crónica elencar o muito mais que haveria a fazer.

Gondomar pode saber voar, mas é preciso educar!

Rui NóvoaBE

Na passada sexta feira o Bloco de Es-querda fez a apresentação da sua candi-datura à Câmara e à Assembleia Munici-pal de Gondomar. O local escolhido, foi a Escola Dramática Valboense e não foi por acaso que escolhemos Valbom para apresentar as candidaturas. Fizemo-lo como forma de protesto e de solidarieda-de com a sua população contra este ato antidemocrático imposto por este go-verno do PSD/CDS que foi a extinção da freguesia de Valbom. Infelizmente não foi só Valbom que foi extinta, também S. Pedro da Cova, Jovim, Medas e Covelo foram extintas sem que as suas institui-ções e os seus habitantes fossem sequer ouvidos. Estou certo de que os Gondo-marenses saberão dar a devida resposta

já nas próximas eleições autárquicas aos candidatos apoiados pelos responsá-veis deste ato tão hostil às populações. Todos sabemos que a sua extinção não representa qualquer ganho, pelo contrá-rio mas, mesmo assim uns figurões do PSD e CDS/PP (com destaque para o ex-ministro Relvas) decidiram afrontar o poder local e prejudicar as populações, extinguindo a freguesia. Aceitei de novo o desafio de ser o primeiro candidato à Assembleia Municipal por entender que as políticas que tem gerido o nosso concelho não resolveram os problemas básicos e fundamentais de Gondomar e, porque estou certo de que é possível fazer melhor com outras políticas e ou-tras prioridades. É muito importante co-

nhecer as propostas que cada candidato tem para Gondomar e não se deixem levar por falsas promessas que todos os dias vão ouvir ou por obras que nunca saem do papel. Neste momento o que é preciso é dar uma resposta imediata aos problemas sociais com apoios concretos às famílias que estão a passar mal. Para mim será esta a primeira das priorida-des, dar resposta aquilo que mais afeta infelizmente uma grande parte da nossa população. Em vez de irem para a quin-ta da Malafaia gastar milhares de euros gastem-nos com as famílias que já não tem comida para alimentar os seus fi-lhos. Não se aproveitem da miséria para fazer campanha eleitoral! Quero dar importância ao que verdadeiramente

importa lutando pela melhoria da quali-dade de vida do povo de Gondomar, em particular com os mais desfavorecidos. Há oito anos fui eleito pela 1ª vez para a Assembleia Municipal, e orgulho-me de ter sabido honrar os que me confiaram o seu voto. Nunca tive dúvidas sempre que esteve em causa a defesa dos cidadãos. Não me resigno perante dificuldades e não aceito este falso progresso que nos querem fazer crer que existe. Comigo podem estar certos de que os interes-ses das populações de Gondomar serão sempre melhor defendidos, este é o meu compromisso com os Gondomarenses a minha campanha será por Gondomar com todos com uma Esquerda de Con-fiança.

Gondomar para todos com uma esquerda de confiança

Pedro Moura de OliveiraCDS/PP

O CDS/PP integra a coligação eleitoral autárquica ‘Gondomar com esperança’. Não se trata de mais uma coligação com propósitos meramente eleitoralistas ou o simples delinear de uma estratégia autárquica defensiva e garantistica dos interesses egoísti-cos do partido. Na verdade os últi-mos vinte anos de gestão autárquica em Gondomar foram marcados por todo um conjunto de oportunidades perdidas nunca tendo as diferentes maiorias lideradas pelo Major Va-lentim logrado catapultar o concelho para patamares mínimos de reco-nhecimento de um desenvolvimento integrado, equilibrado e sustentado.

A ação autárquica nunca deixou de se fazer ao sabor das necessidades do momento, numa espécie de “navega-ção à vista”, sem que portanto alguma vez fosse repercussão de uma estra-tégia pensada, estudada e preparada, para transformar Gondomar num centro polarizador de modernidade e qualidade de vida na região. Os últi-mos vinte anos em Gondomar foram de sonhos pequeninos, de conversas de orelha, e de muitos umbigos di-latados. Então hoje, o concelho está doente e incaracterístico, com rácios de eficácia e eficiência do trabalho autárquico desenvolvido, presos ao último terço do cômputo dos conce-

lhos da área metropolitana em que se insere. Por tudo isto chegou definiti-vamente a hora de Gondomar mudar. Mudar a estratégia. Mudar as políti-cas e os políticos. Mudar em prol da convicção. Os Gondomarenses não podem continuar a ser parcimoniosos com quem lhes deu apenas equívocos e pouco mais. O ciclo é propício e a esperança é muita. O CDS confia que estão reunidas as condições políticas para que Gondomar reentre num pro-cesso de credibilidade política, pois os atores da “coligação da esperança” de há muito têm vindo a pensar o futuro de Gondomar. Com efeito, que mais--valia poderão os Gondomarenses es-

perar agora de quem nos últimos vin-te anos os governou tão sem critério, sem ideias, sem um plano mínimo ordenador? O CDS está neste proje-to autárquico com propósitos bem definidos de levar a bom porto esta vontade transformadora da realidade política do concelho, intervindo livre e responsavelmente na materialização de uma séria alternativa à redonda prática politica da atual maioria, con-fiando em paralelo na capacidade mo-bilizadora e disponibilidade absolutas do seu parceiro de coligação em, em conjunto, fazer urdir um movimento de vitória que faça devolver a espe-rança a todos os Gondomarenses.

Gondomar com esperança

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Os arredores das cidades grandes têm tendên-

cia a tornarem-se cidades-dormitório, com cres-cimento desordenado em que o desenvolvimento se mede em quilos de betão por metro quadrado, sem se cuidar da criação de espaços públicos de convívio e de lazer, ou da mobilidade, sem respeito pelo passado ou pelo futuro. Rio Tinto não fugiu à regra: desprezo pelo ambiente e pelos espaços verdes; transportes inadequados, regulamentação urbanística adiada o mais possível para facilitar a especulação imobiliária e as inerentes negociatas.

Acresce que, em de Rio Tinto, o conceito cimen-teiro de progresso, tem vindo a destruir a herança histórica em grande parte ligada à herança natural constituída pelo rio e suas margens. O entuba-mento do rio ou a paródia à volta do mercado, que devia vir a ser um centro cívico, são apenas dois exemplos. Não cabe neste espaço o rol dos atrope-los às leis e ao bom senso, mas é urgente travar a noção cimenteira de progresso e aproveitar a pausa imobiliária da crise do capitalismo para repensar

a cidade com respeito pelas pessoas e pelo patri-mónio natural e cultural: mobilizando a população para rever estratégias urbanísticas e de mobilidade, denunciando abusos e usando os meios legais para os combater. Na maior parte das vezes o que tem faltado é vontade e coerência politicas. Um exem-plo? Começar por baixar os custos de ligação à rede de saneamento das habitações com descargas para o rio pode ser uma maneira de começar a sua despoluição. Não chega, mas será um começo.

Podemos desde já dizer que há três ou quatro eixos que são fundamentais. Como é sabido a Câ-mara ao longo dos anos antecipou sempre os pro-blemas sociais, que ameaçam certos setores da po-pulação e portanto, o eixo de intervenção na área social continuará a ser uma aposta muito forte na

cidade de Rio Tinto. Para além disso, entendemos que de facto a Câmara tem de ter em Rio Tinto, um eixo muito forte, ligando a defesa e a salvaguarda do meio ambiente com a requalificação do espaço público. Nessa perspetiva também apresentare-mos por um lado um projeto para a construção do parque urbano, por outro também de inter-venção sobre o rio Tinto e de melhoramento e de requalificação do espaço público, investindo tam-bém quer nas ciclovias, percursos pedonais, mas também criando condições para que nesta área as pessoas se sintam bem em viver lá. Rio Tinto é uma cidade de grande dimensão, com Rio Tinto e Baguim do Monte, e nós entendemos também que devemos investir na questão dos transportes. Não

devemos de deixar de considerar a ligação entre a cidade de Rio Tinto e o concelho de Gondomar. Apesar da cidade já estar a ser servida ao centro da cidade, só fica completa se completarmos a rede do metro, trazendo-o até ao centro de Gondomar. Depois, não menos importante, é a questão do in-vestimento económico de todo o concelho, mas naturalmente também de Rio Tinto. É para nós também fundamental por um lado criar condições para a atratividade e por outro poder estimular a questão do emprego. A nível da descentralização de competências da Câmara para a Junta de Fre-guesia, também entendemos que há serviços de proximidade que podem ser desenvolvidos pela Junta em melhores condições do que a própria

Câmara. Investir nas pessoas, nas famílias, nas instituições e nos grupos mais vulneráveis da po-pulação será sempre a nossa prioridade. Neste mo-mento estamos a ouvir um conjunto de instituições e há já contactos com as instituições de Rio Tinto no sentido também de os escutar, de conhecermos e aprofundarmos aquilo que também são os pro-blemas e aquilo que são as medidas que devem ser desenvolvidas. Portanto, teremos de privilegiar a parte do ambiente, a parte da área social e do es-paço público e a construção do parque urbano é sempre um compromisso e uma obra que assumi-remos já de imediato, mas depois apresentaremos em devido tempo para os outros eixos também os investimentos concretos.

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Política: Medidas para Rio Tinto

VIVACIDADE MAIO 2013

Fernando Paulo - Independente

A Câmara não tem um plano para Rio Tin-to. A maior freguesia do concelho não tem ne-nhum plano para se desenvolver, para crescer, para criar infraestruturas. Não tem uma biblio-teca, não tem pavilhão para além dos que exis-tem das escolas, não tem um parque urbano e o único equipamento cultural que existia está fe-chado e está às moscas inexplicavelmente quan-

do há muitas coletividades de Rio Tinto que o podiam dinamizar. Depois também, a Câmara cometeu muitos erros para fazer negociatas. En-tubou o rio, desviando o leito em 96 e 97 para construir prédios, demoliu o antigo mercado da antiga feira de Rio Tinto - na altura com a des-culpa do Fórum Cultural - e a seguir veio pro-por quatro torres para ali, matou o mercado da Areosa com o investimento de quatro milhões de euros que não serve para nada. Alteraram a feira de Rio Tinto para um local sem qual-quer tipo de condições, não tem uma política de apoio e dinamização da economia local para tornar mais dinâmico e mais ativo aquilo que é o pequeno comércio, as feiras e os mercados e que criam muito, muito emprego, e continua a licenciar superfícies comerciais de média e

grande dimensão sem consultar ninguém e ob-viamente sem nunca ouvir a Junta de Freguesia. Depois, continua a não ter uma política para Rio Tinto. Perderam-se os vários Quadros Co-munitários de Apoio, perdeu-se o QREN - onde havia fundos disponíveis de financiamento para reabilitar o rio sob o ponto de vista das margens, o caminho pedonal - e agora tudo isso foi perdi-do e hoje chegamos a uma altura em que não há dinheiro. A Câmara sempre teve uma política de abandono à freguesia de Rio Tinto. Não só obviamente porque continua a querer ter ao seu dispor equipamentos como a Quinta das Frei-ras, que poderiam ser geridos pela Junta, como a Casa da Juventude ou como o Centro Cultu-ral e continuam a não respeitar, nem a Junta de Rio Tinto nem as outras juntas na sua maioria.

Surpreende-me que com isto tudo, que está á vista da população, que um vereador da Câma-ra, agora candidato a presidente, venha acusar a Junta de Rio Tinto de ‘guerrilha política’, por de-fender o seu território. Afinal, ele teve nas suas mãos durante 20 anos, resolver estes problemas e não o fez! Sob o ponto de vista social, obvia-mente fruto não só política municipal, mas da política nacional, temos um grande número de desempregados, que se lamenta e que é com muita pena que se vive. E acima de tudo não pode haver obviamente uma política de existen-cialismo mas o que temos que fazer é dinamizar a economia, criar incentivos à fixação de indús-trias e de emprego, captar investimento, sermos empreendedores para que, a taxa de desempre-go possa baixar significativamente.

Marco Martins - PS - Na qualidade de presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto

Joaquim Barbosa - CDU

Neste momento nós podemos dizer, apesar de o programa ainda estar a ser fechado, que vamos tratar da Junta de Freguesia de Rio Tin-to, delegando competências. Questões como tratar de todos os espaços verdes da fregue-sia vão passar para a Junta, questões como a conservação das passadeiras irão passar para a Junta, questões como pequenos acidentes, pequenas obras vão passar para a Junta, para que haja proximidade e que se possa acom-panhar. Iremos também, delegar à Junta, a gestão da Quinta das Freiras e também de ou-

tros equipamentos que a Junta esteja disposta a assumir. O que é que vamos fazer? Criar um parque urbano, é uma batalha que eu defen-di porque há outros que agora, ao fim de 20 anos, é que se lembraram de Rio Tinto. Vamos também complementar e concluir o parque escolar, nomeadamente na zona da Triana que ficou desprotegida. E, acima de tudo, vamos também apostar na capacidade de investi-mento e na dinamização da economia local e medidas que obviamente são gerais para todo o concelho, mas que em Rio Tinto por ser a

freguesia mais populosa terão necessariamente mais impacto. E claro continuar todo o traba-lho que tem sido feito já, de despoluição do rio Tinto e se houver fundos disponíveis para tal, vamos candidatarmo-nos a uma requalificação das margens do rio Tinto e com isso também resolver em definitivo o problema da ETAR do Meiral. Obviamente que o Centro Cultural tem de ser ocupado, tem de ser um local de serviço da população. E a Câmara tem muitos equipamentos de sua propriedade que estão disponíveis e vazios, e portanto, vamos com

isso também aproximar a Câmara dos cida-dãos e aquilo que este executivo fez de fechar os serviços em Rio Tinto e levá-los para Gon-domar vai mudar. Vamos voltar a ter serviços da Câmara em Rio Tinto. Isso é uma garantia porque os riotintenses não têm que ir à sede do Concelho tratar dos seus problemas. Na qua-lificação do espaço público, vamos criar uma ciclovia que vai abranger também Rio Tinto e ligar uma parte da zona urbana do concelho para que as pessoas possam também praticar mais desporto, isso é algo que assumimos.

Marco Martins - PS - Na qualidade de candidato à Câmara Municipal de Gondomar pelo PS

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Primeiro de tudo, até porque é da minha área, há uma medida que foi tomada que eu não posso concordar. Quando houve o protocolo dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) com a Administração Regional de Saúde (ARS), não foi tomada em consideração, nem das pró-

prias autarquias - a local e a camarária - a di-mensão da cidade de Rio Tinto que é de quase 70 mil habitantes. Não tiveram em atenção que o hospital de referência, que até a essa data era o Hospital de São João, distava desta freguesia sensivelmente dois, três, quatro, cinco minutos. O hospital de referência passou a ser o Hospital de Santo António e isso não trouxe nenhuma mais valia para a população. Pretendo mudar isso! Atendendo que a saúde é um bem a que nós todos temos direito, porque é que nós não vamos ser facilitadores na acessibilidade? Mui-tas vezes uma questão de dez minutos é decisivo em termos de vida ou de morte. Em relação às infraestruturas, temos por exemplo a Quinta

das Freiras que é realmente uma estrutura e um equipamento que é uma mais valia, mas que não tem tido de todo um acompanhamento e uma manutenção ajustada ao espaço. Devia ter tido outro tipo de tratamento. Agora tem de ser pensar também noutro parque alternativo, sem dúvida nenhuma. Há o Parque Oriental, mas que é da cidade do Porto E isso faz-me abordar outra questão, que é a segurança. É uma coisa que nós devemos também mudar, sensibilizar se calhar as estruturas nacionais da PSP, a reorga-nizarem-se e a dinamizarem mais. Porem mais polícia na rua nas zonas mais sensíveis aos as-saltos e aos furtos para que as pessoas também se sintam mais seguras. Também não há ainda

um cuidado muito grande com a segurança ro-doviária dos peões, é preciso adaptar melhor à população que é muito grande. A freguesia de Rio Tinto merece ser tratada com toda a dig-nidade que ela merece e com a dimensão, por-que eu acho que está um bocadinho afastada. E podia-se muito aproveitar a sua localização, aproveitar as ligações, a intermunicipalidade. Muitas pessoas ainda não sentem Rio Tinto como a sua cidade. Sentem Rio Tinto como o seu local de dormitório, portanto, não vêm Rio Tinto como um local de investimento, de criar vida e criar dinâmica, emprego e trabalho e co-mércio e indústria. Acho que é por aí também que temos de começar a capacitar.

Maria João Marinho - PSD/CDS

Uma freguesia como Rio Tinto, com uma densidade populacional tão elevada, necessi-ta de um planeamento urbanístico adequado,

algo que até hoje não tem vindo a acontecer. A inexistência de uma biblioteca e de outros equipamentos sociais e culturais; o estado de abandono da Quinta das Freiras e a sua falta de recuperação; a falta de melhores acessibi-lidades e transportes com maior frequência pendular para uma população elevada como a de Rio Tinto; a falta de espaços verdes e um política ativa de proteção e conservação do meio ambiente natural: todos estes elemen-tos são prejudiciais ao desenvolvimento des-ta freguesia. Uma das nossas prioridades é a

imediata despoluição e reabilitação do rio Tinto, rio cuja agressão ambiental afeta as po-pulações de Valongo, Baguim do Monte e Rio Tinto, algo que se deve às descargas ilegais que são constantes e não fiscalizadas, e ao facto de as ETAR’s não funcionarem devidamente, tor-nando-se um problema de saúde pública.

O Mercado semanal também levanta ques-tões muito pertinentes como o facto de ser um espaço exíguo, sem condições de segurança e higiene condignas, e não permitir o mesmo número de espaços de venda de que dispu-

nha o antigo mercado, prejudicando também aqueles que exerciam a sua atividade comer-cial.

Consideramos que é necessária mais trans-parência, democracia e participação política por parte dos cidadãos e das cidadãs, sendo certo que o Orçamento Participativo é um ins-trumento basilar para esse efeito, envolvendo e responsabilizando assim os/as cidadãos/ãs na gestão e tomada de decisão do que é de to-dos/as e permitindo uma maior pluralidade de visões para a freguesia.

Ana Paula Canotinho - BE

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Política: Medidas para Rio Tinto

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Política

Ânimos exaltados em reunião de CâmaraPS e PSD chumbam passeio de 167 mil euros para idosos

O objetivo da proposta do ve-reador da Ação Social e Saúde da Câmara Municipal de Gondomar (CMG) e candidato pelo movi-mento independente à presidên-cia da autarquia nas próximas elei-ções autárquicas, Fernando Paulo, era aprovar a realização de despe-sas até 167.500 euros para custear uma viagem a 7500 membros do Clube ‘Idade Mais’ à Quinta da Malafaia, em Esposende, no qua-dro do Programa ‘Arraial Minho-to’. A questão gerou alguma polé-mica na reunião camarária e foi rejeitada pela oposição.

Em comunicado, o presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Gondomar, Luís Filipe de Araújo, referiu que “é, no mí-nimo, estranho que se tenha ten-tado retomar uma ação com estas características em ano de eleições autárquicas.” Na notificação pode ainda ler-se que “a candidatura de Marco Martins pelo Partido So-cialista à CMG regista e lamenta que não se olhe a meios para apro-veitar um dia de felicidade junto de gente fragilizada, com recurso a dinheiros públicos e em tem-pos de crise.” Para os socialistas a proposta da reunião de câmara mostrou “um vereador, que é par-te diretamente interessada no pro-cesso eleitoral autárquico e que se aproveita das funções que ainda

desempenha para colher óbvios dividendos políticos.”

Fernando Paulo reagiu ao co-municado apresentado pelo PS também por escrito. “Os vereado-res do movimento independente Valentim Loureiro Gondomar no Coração, que lidera a câmara, não mudaram de opinião em relação a esta matéria, apenas por ser ano eleitoral. Já os vereadores do PS e do PSD decidiram privar os bene-ficiados da sua festa, apenas por razões de mero interesse eleitoral”, referiu Fernando Paulo no comu-nicado. Para o candidato do movi-

mento independente, “o comuni-cado entretanto emitido [pelo PS] também não é rigoroso: a reunião foi privada e não pública; fazem publicidade a uma quinta que não é mencionada na proposta; não é verdade que a última ini-ciativa date de 2009.” A terminar o comunicado Fernando Paulo, enquanto candidato às próximas eleições pelo movimento inde-pendente “desafia Marco Martins [PS] e Maria João Marinho [PSD], ambos confortavelmente ausen-tes da reunião, a esclarecerem os eleitores se, caso fossem eleitos,

cancelariam os benefícios que o Município de Gondomar, há duas décadas, oferece aos seus cidadãos de maior idade ou se, uma vez no poder, voltariam a mudar de opi-nião.”

Vereador Leonel Viana chegou a admitir “entregar a pasta”

Durante a reunião privada camarária e chegada a altura de votar na proposta do vereador Fernando Paulo, Leonel Viana, vereador do PSD e com o pelou-

ro da Gestão Urbanística, uniu-se aos colegas do partido e rejeitou a sugestão. Valentim Loureiro não mostrou agrado na decisão de Leonel e terá dito para o vereador “repensar a sério a sua posição”, por ter a seu cargo um pelouro. Gerou-se entretanto uma discus-são que chegou a pôr em causa, por parte do vereador, a entrega da “pasta” da Gestão Urbanística. Ao Vivacidade, Leonel Viana dis-se não querer fazer qualquer tipo de comentários ao que se sucedeu visto “tratar-se de uma reunião privada da Câmara”.

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Seis votos contra, dos vereadores do PS e PSD, foram suficientes para chumbar a proposta de Fernando Paulo, vereador da Ação Social e Saúde, de levar 7500 idosos do Clube ‘Idade Mais’ à Quinta da Malafaia, em Esposende, no quadro do Programa ‘Arraial Minhoto’. A reunião de Câmara, a 16 de maio, gerou discussão ao ponto do vereador do PSD, Leonel Viana, admitir mesmo “entregar a pasta”.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Política

VIVACIDADE MAIO 2013

Prossegue remodelaçãodo Centro Social da Lomba

Em reunião no Salão Nobre da CMG, Valentim Loureiro entregou um cheque no valor de 28.210,60 de euros para cum-prir o previsto no pagamento de 30% do subsídio atribuído com a assinatura do Contrato-Programa, sendo os restantes pagos à medida de apresentação de autos de medição.

Na cerimónia da assinatura esteve também presente o presidente da Direção do Centro Social da Lomba, Joaquim Via-na [também presidente da Junta de Fre-guesia da Lomba] e o vereador da Ação Social da CMG, Fernando Paulo.

O Centro Social da Lomba, Instituição Particular de Solidariedade Social, tem vindo a desenvolver um intensa ativida-de no apoio à terceira idade, dinamizan-do as respostas de Centro de Dia, com 21

utentes, Serviço de Apoio Domiciliário, com 17 utentes, e Lar de Idosos, com 25 utentes e, a partir de agora com mais 22, perfazendo um total de 47.

A obra de remodelação das atuais instalações do Lar Nossa Senhora do Ó e alargamento para mais 22 camas em Lar foi aprovada no âmbito de uma can-didatura de “Apoio ao Investimento em Respostas Integradas de Apoio Social” do POPH - Programa Operacional de Poten-cial Humano.

O investimento total da obra é de cer-ca de 1.049.795,00 de euros e o financia-mento do POPH é de 60% dos valores de referência, cabendo ao Centro Social da Lomba assegurar a parte restante, dos quais a Câmara atribuiu, através do pre-sente Protocolo, um apoio de 15%.

As obras de alargamento nas atuais instalações do Lar Nossa Senhora do Ó já podem continuar. A Câmara Municipal de Gondomar (CMG), na pessoa do presidente, Valentim Loureiro, procedeu no dia 13 de maio à assinatura de Contrato-Programa de Desenvolvimento Social com o Centro Social da Lomba.

Ex-socialista Jorge Santos apoia Maria João MarinhoAntigo assessor de Mário Cal Brandão faz duras críticas a movimento independente

“Estava cansado de alguma in-triga que infelizmente mói muito na vida política…” É assim que Jorge Santos justifica a sua saída do Partido Socialista, em 2001, no qual desempenhou funções de assessor de Mário Cal Brandão, no Governo Civil do Porto de 1983 a 85, fez parte da comissão exe-cutiva distrital de apoio a Antó-nio Guterres, em 1991 e, entre outras coisas, foi candidato a vereador, membro da Assem-bleia Municipal e candidato a depu-tado, em 1991. Afastado uns

anos da vida política, Jorge Santos nunca abandonou no entanto a sua “paixão”. Agora, a poucos me-ses das Eleições Autárquicas, apoia o “projeto de Maria João Marinho que é uma gondomarense”.

“Só pelos antepassados da Ma-ria João e aquilo que

ela viveu na sua infância, tem um berço de-mocrático. E dá para acreditar

nas propos-tas da

Ma-r ia

João, que acho que é uma aposta vencedora para Gondomar”, co-meça por dizer. O ex-socialista pensa também que a candidatura do PSD envolve “muita coragem” porque a candidata vai “deixar o conforto da medicina e dedicar-se à sua terra”. Questionado sobre o porquê de não apoiar a candidatu-ra socialista, de Marco Martins, à Câmara, Jorge Santos praticamen-te não quis comentar, tendo apenas referido que não “confunde amiza-des com a política”. “Conheço bem o Marco Martins e a sua família com a qual me liga com laços de amizade e tenho um princípio co-migo que é sagrado, não gosto de cuspir para o prato. Seria da minha parte incorreto estar a falar de al-guém que tenho fortes ligações no plano pessoal incluindo com a sua

família, não comento isso”, referiu.

“Candidatura de Gondo-mar no coração é para os amigos, servidores e fami-liares do Valentim Lourei-ro”

Não sendo neste momento “militante de nenhum partido”, Jorge Santos recusa comentar as escolhas dos restantes partidos ou movimentos porque uma questão de “respeito”. Contudo, isso não lhe impede de fazer algumas críti-cas à “política praticada pelo movi-mento de Valentim Loureiro”.

“Em relação aos independen-tes é a política de ‘mais do mes-mo’. Acho que está esgotado, acho que os gondomarenses precisam de mudar de página e acho que a

candidatura de Gondomar no co-ração é para os amigos, servidores e familiares do Valentim Loureiro incluindo a sua filha, que eu conti-nuo convencido que a sua filha vai ser candidata”, afirma.

Do atual executivo, Jorge San-tos destaca positivamente a figu-ra do vice presidente da Câmara Municipal de Gondomar, José Luís Oliveira [atualmente, militante do PSD], que classifica como a “for-miguinha da Câmara, o verdadei-ro líder”. “Nos últimos tempos tem levado muitos murros no estôma-go e é o bode expiatório de culpas alheias”, comenta.

Para Jorge Santos, a “aposta” é em Maria João Marinho, “uma mulher livre, que não está na cor-da bamba, nem está na luta pela sobrevivência”.

Começou na política aos 14 anos no PS. A partir daí, Jorge Santos só largou o partido em 2001. No entanto, afirma que “não deixou a política”, a grande “paixão” da sua vida. Em conversa com o Vivacidade, o ex-socialista elogia a médica, candidata do PSD à pre-sidência de Gondomar, tecendo fortes críticas ao movimento independente, liderado por Fernando Paulo.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Política

VIVACIDADE MAIO 2013

“Esperança em Gondomar” foi a expressão mais ouvida na apresentação dacandidatura de Maria João Marinho à Câmara Municipal

Sempre tendo em conta a sua profissão de médica e coordenado-ra do Centro de Saúde de Gondo-mar, Maria João Marinho chegou ao auditório inundada de cumpri-

mentos e palavras de apoio à sua candidatura.

Antes do discurso da candi-data, Álvaro Castelo Branco, pre-sidente da distrital do CDS/PP do Porto, proferiu algumas palavras de “apoio incondicional à candida-tura” do PSD, e disse estar convicto de que “Maria João Marinho vai

ser a próxima presidente da Câma-ra de Gondomar”. Não muito dife-rentes foram as palavras de Virgílio Macedo, presidente da distrital do PSD do Porto, que mostrou uma “forte crença na visão” da candi-data e revelou também o apoio à candidatura de forma “convicta e entusiasta”.

No seu discurso, Maria João Marinho teceu alguma críticas à autarquia e atual executivo cama-rário, por “não terem noção do pa-pel social verdadeiro e da realidade do cidadão”. A candidata criticou também o facto de a Câmara “sa-ber que existem crianças que vão para a escola sem comer e pouco fazer”. Na apresentação da sua can-didatura a neta do fundador do PSD de Gondomar, baseou-se no

lema “mudar o futuro para mudar Gondomar” e esclareceu os presen-tes sobre o projeto de “mudança e modernidade” que quer apresentar aos gondomarenses. “A autarquia pretende organizar-se para fora e não para os interesses dela própria”, disse. “Apostamos numa forma nova de viver Gondomar, capaz de

dar voz as causas da justiça social e da solidariedade”, acrescentou.

Na cerimónia estiveram ainda presentes José Luís Oliveira, vice--presidente da Câmara, alguns de-putados como, por exemplo, Mar-garida Almeida e os candidatos a presidentes das Junta das Fregue-sia.

Com o Auditório Municipal completamente lotado, Maria João Marinho apresentou a sua candidatura, no dia 4 de maio, com a presença de João Grancho, Secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, Virgílio Macedo e Álvaro Castelo Branco.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Valentim Loureiromantém-se como presidenteaté ao fim do mandato

Em junho de 2008, o presidente da Câ-mara foi condenado a dois anos e meio de prisão com pena suspensa e perda de man-dato, pelo crime de prevaricação no processo ‘Apito Dourado’. O Tribunal de Gondomar defendia que a perda de mandato poderia

dar-se em qualquer um dos períodos em que exercia funções mas Valentim Loureiro argu-mentava que apenas poderia ter acontecido no segundo, aquando da condenação. Agora, após o recurso apresentado pelo autarca, o Tribunal da Relação veio dar-lhe razão.

Se até há bem pouco tempo havia dúvidas, o Tribunal da Rela-ção do Porto já as retirou. O presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Valentim Loureiro, já não vai perder o mandato que atualmente exerce.

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Apresentação de candidatos já em maio e junho25 de maio

Câmara Municipal de Gondomar e Juntas de FreguesiasCandidato: Marco Martins e candidatos às Juntas de Freguesia e à Assembleia MunicipalPartido: PSLocal e hora: Pólis de Valbom, em Gramido – 17hPresenças: António José Seguro, secretário-geral do PS

Junta de Freguesia de Rio TintoCandidato: Maria José GuimarãesPartido: Coligação PSD/CDSLocal e hora: Rua dos Regueirais nº8 - Rio Tinto, próximo à Escola do “Monte da Burra” – 18hPresenças: candidata pela coligação PSD/CDS à presidência da Câmara Municipal de Gondomar, Maria João Marinho

10 de junho

União de Freguesias Fânzeres – S. Pedro da CovaCandidato: Daniel Vieira e Maria José CardosoPartido: CDULocal e hora: Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Secundária de S. Pedro da Cova – 16h30

15 de junho

Junta de Freguesia de Baguim do MonteCandidato: João Freire e restante equipa Partido: Coligação PSD/CDSLocal e hora: Quinta do Paço, Baguim do Monte – 18hPresenças: candidata pela coligação PSD/CDS à presidência da Câmara Municipal de Gondomar, Maria João Marinho

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Marco Martins conta com o apoio de Rui Nabeiro, líder da Delta CafésEmpreendedorismo foi o tema de mais um debate do PS

Rui Nabeiro traçou, em li-nhas gerais, os passos mais sig-nificativos do seu percurso pro-fissional, desde “a empresa que cresceu num barracão” ao grupo que, hoje, mantém interesses em áreas muito diversificadas. O fundador da Delta Cafés subli-nhou a importância da valori-zação das pessoas enquanto tal e explicou que muito antes dos gestores se preocuparem com a questão da responsabilidade social já ele, na sua empresa, a exercia, com a instalação de vá-rios serviços de índole social, médica e de enfermagem.

Já Samuel Soares, diretor--geral da Samsys-Soluções In-formáticas, PME de Excelência com sede em Rio Tinto, centrou a sua intervenção no exemplo da sua própria empresa, onde as pessoas e a cultura interna são as palavras-chave. Reconhecer as pessoas pelo bom trabalho que fazem, envolver os elementos da equipa nas decisões, apoiar as equipa nas situações pessoais, providenciar a estabilidade no trabalho, colocar trabalhos desa-fiantes e interessantes, promover oportunidades de crescimento e evolução na carreira e trabalhar a lealdade pessoal e com o pro-jeto são algumas das ideias deste empresário. 

Destaque ainda para Manuel

dos Santos, que recordou a sua breve passagem pela Secretaria de Estado do Comércio para homenagear publicamente três pessoas – Sebastião Alves, Soa-res Santos e Rui Nabeiro – que lhe bateram à porta “não para sugerir alterações legislativas, ou pedir subsídios do PROCOM”, antes “se disponibilizaram” para o ajudar, “para aconselhar e es-timular”.

Mandatários querem uma “mudança” e um pro-jeto “das e para as pes-soas”

No debate do PS foram tam-bém apresentados os mandatá-rios para a juventude, Cláudia Vieira, e sénior, Ferreira da Silva.

“Credibilizar as instâncias políticas assente no pilar da transparência e onde as pessoas estão sempre em primeiro lugar é, sem dúvida, um projeto das pessoas e para as pessoas, um projeto de confiança e no qual todos devemos acreditar”, afir-mou Cláudia Vieira. A mandatá-ria nasceu e reside em S. Pedro da Cova, é licenciada em Psico-logia e pós graduada em Con-sulta Psicológica e Psicoterapias. Integra, desde 2006, os corpos sociais da Associação Social Recreativa Cultural Bem Fazer Vai Avante, onde desempenha, atualmente, as funções de presi-dente-adjunta.

Pelo seu turno, Ferreira da

Silva, natural e residente em Rio Tinto há 77 anos, vereador da Câmara de Gondomar duran-te dois mandatos e mandatário de Mário Soares nas eleições de

1986 para a Presidência da Re-pública, explicou que é preciso acontecer uma “mudança” no concelho e que a aposta “mais acertada” é a candidatura socia-lista. 

Nesta iniciativa, a terceira da candidatura enquadrada nos cinco pilares fundamentais iden-tificados por Marco Martins, participaram, ainda, candidatos

do Partido Socialista à presidên-cia de juntas de freguesia e, ain-da, atuais e ex-autarcas eleitos quer pelo PSD, quer pela CDU, além de Manuel dos Santos, em

representação da Federação Dis-trital do Partido Socialista.

Na sua intervenção final, Marco Martins assumiu “quatro compromissos, quatro ideias” para a Câmara Municipal de Gondomar. “A Câmara deve-rá ser facilitadora e atrativa do investimento”, defendeu Marco Martins, que voltou a prometer “a criação de um Gabinete de

Apoio ao Empreendedorismo”, por forma a que os empresários “não tenham que esperar meses e meses pela resolução de um simples processo”. O candida-

to socialista propõe-se, ainda, fomentar o surgimento de “em-baixadores económicos, dentro e fora do país”, que criem con-dições para que o investimen-to se fixe em Gondomar e, “de uma vez por todas, que se usem os mecanismos fiscais que estão legislados, reduzindo impostos e taxas” que proporcionem essa atração empresarial.

Com o auditório da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova completamente lotado, Rui Nabeiro, da Delta Cafés, e Samuel Soares, da Samsys-Soluções Informáticas, marcaram presença como principais oradores de um debate. Organizado pela candidatura de Marco Martins à Câmara Municipal de Gondomar, o debate foi dedicado ao tema “Empreendedorismo e Responsabilidade Social”. No evento foram ainda conhecidos os mandatários da candidatura, Cláudia Vieira e Ferreira da Silva, da Juventude e Sénior, respetivamente.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Política

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V Na foto: Comendador Rui Nabeiro, Luís Filipe Araújo e Marco Martins

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40 VIVACIDADE MAIO 2013

Rio Tinto recebeu o ‘Dia da Família’

O principal objetivo deste evento foi a divulgação de informação nos workshops e o alerta para este tipo de problemas com a possibilidade de fazer uma avaliação ime-diata através dos rastreios disponíveis com profissionais nas áreas. Foi um dia promovi-do por diversas atividades. De acordo com o programa estabelecido, os workshops iniciaram-se pouco depois das dez horas da manhã, tendo como temas “problemas de visão, a perda de memória e os cuidados a ter em casa dos idosos”. Estes “workshops

foram acompanhados em simultâneo por rastreios de saúde gratuitos”. Após a pausa do almoço, foi dada continuidade ao even-to, prosseguindo-se da mesma forma que a primeira parte da iniciativa. Os temas que se seguiram foram “os mitos da alimenta-ção e o poder da comunicação nas relações públicas interpessoais”. Para além destas atividades, houve também uma exposição de carros clássicos. Como sessão de encer-ramento deste evento, foi feita uma atuação da tuna feminina. ANDREIA SOUSA

Em parceria com a Junta de freguesia, no dia 18 de maio, a Home Instead, uma empresa gondomarense de apoio domiciliário não clínico, organizou um plano de atividades vocacionadas para o ‘Dia da Família’. Praticadas ao longo de todo o dia e dirigidas à população em geral, as atividades, gratuitas, realizaram-se na Escola EB 2,3 n.º1 de Rio Tinto.

“TMN” escolhe símbolo de Gondomar para ilustrar confiança

A imprensa nacional divulgou, recen-temente, uma campanha publicitária na qual a Filigrana de Gondomar aparece como principal e único suporte visual. A “TMN” escolheu um coração de filigrana, da autoria de um ourives de Gondomar, para associar a empresa ao galardão de “Marca de Confiança” na categoria de ope-radores móveis.

A escolha da empresa não foi mera-mente casual. A Direção de Comunicação e Imagem Corporativa da PT confirmou que a escolha deste símbolo – tradicional-mente associado a Gondomar – se justifi-cou por a filigrana e a “TMN” serem mar-cas de confiança dos portugueses.

A “TMN” já recebe o selo de marca de confiança há 12 anos e, por isso, “trata-se de um marco tão grandioso e tradicional quanto uma peça de filigrana”, salienta a PT.

Os atributos que permitiram a con-quista deste prémio foram a experiên-cia pessoal com a marca, a excelência do serviço de atendimento, o conhecimento das necessidades dos clientes, a oferta de

produtos e serviços de grande qualidade e, ainda, fiabilidade da marca. E a tais atribu-tos decidiram associar uma imagem de um coração de filigrana de Gondomar.

‘Semana da Orientação Vocacional’ em Rio Tinto dá dicas aos alunos que querem ir estudar para fora

Eduardo Alvarez, técnico de informa-ção da universidade pública espanhola de Salamanca, foi a novidade deste ano na ‘Semana da Orientação Vocacional’ orga-nizada pela ESRT.

Apesar de cada vez maior mobilidade dos estudantes portugueses para o estran-geiro, Eduardo Alvarez contou ao Vivaci-dade, que, para Espanha, tem-se verificado uma “diminuição de entradas” de portu-gueses nas universidades do país vizinho. “Diminuiu muito o numero de alunos por causa da mudança de normativas de acesso à universidade espanhola e por-quê? Porque a primeira normativa falava apenas da validação da Ficha ENES. Como os cursos mais procurados – como medi-

cina – tiveram bastantes alunos inscritos, surgiu uma normativa e criaram um ‘filtro’ em que é necessária a realização de um exame de acesso de química e biologia. E isso já filtrou um pouco mais o número de estudantes que entram nas universidades espanholas”, aclarou o técnico espanhol.

Em Espanha, segundo Eduardo, o “curso mais procurado pelos portugueses é medicina”, seguindo-se “ciências farma-cêuticas”. Apesar da diminuição de portu-gueses inscritos em Espanha, na Univer-sidade de Salamanca, só em matriculados do ano passado, constam cerca de três dezenas de estudantes, falando apenas nas licenciaturas de medicina e ciências far-macêuticas.

O Gabinete de Apoio ao Aluno da Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT) disponibilizou a todos os seus alunos, de 13 a 17 de maio, ajuda no caminho até ao ensino superior. A escola contou com a participação de diversas instituições do ensino superior, público e privado e ainda com um técnico da Univer-sidade de Salamanca, que aconselhou os estudantes que pre-tendem ir estudar para Espanha.

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Jorge Ascenção é o novo líder da CONFAP‘Defensor dos pais’ já integra a lista dos cinco primeiros pelos independentes à Câmara

Nasceu em Fânzeres e “cresceu no meio da agricultura”, como ex-plicou ao Vivacidade. Jorge Ascen-ção é o novo presidente da CON-FAP e tem ideias muito concretas na defesa pelas Associações de Pais do país. No seu programa, tudo se baseia em duas grandes áreas, uma “virada para o movimento associativo de pais” e outra para a “política educativa”, sem nunca es-quecer “as políticas para a família”. Para Jorge Ascenção é necessário, neste momento, “tentar dinamizar as federações concelhias e as asso-ciações de pais para promover um trabalho nas escolas, portanto dig-no, fundamentado e esclarecido”.

“O outro lado com que nos preo-cuparemos e que será provavel-mente a que terá mais visibilidade, tem a ver com a política educativa, acompanhar estas preocupações das famílias acerca das medidas que vão sendo tomadas na educa-ção e, portanto estar atentos numa postura construtiva, numa postura de diálogo e de pro-postas para aquilo que nós entendemos poder ser a solução mais ajustada”, esclareceu. “Perce-bemos que os tempos são difíceis e que não podemos ter o ideal embora so-nhemos com o ideal. Não

desistiremos de procurar aquilo que consideramos ideal na edu-cação que é uma escola global”, acrescentou.

Questionado pelo Vivacida-de sobre a sua reação aquando da tomada de posse na CONFAP, Jorge Ascenção respondeu: “estou

imensamente preocupado com o lugar que estou a ocupar, pela responsa-bilidade que ele coloca em cima dos ombros”.

“Assumo com mui-ta honra, mas com a preocu-pação de quem se sente respon-sável pelo que está a fazer e pelo que as-

sumiu. E

considero que o feedback que te-nho quer dos meus companheiros do movimento associativo de pais, em Gondomar, quer das autar-quias, quer das escolas, das pes-soas foi de muito orgulho em que Gondomar assumisse a liderança da CONFAP”, acrescentou.

“Acredito seriamente no

projeto que Fernando Pau-lo procurará desenvolver”

Para além dos cargos que atualmente ocupa na defesa das Associações de Pais do concelho e do país, Jorge Ascenção é tam-bém um dos primeiros da lista de Fernando Paulo na candidatura à presidência da CMG. O apoio ao candidato independente é claro e Jorge Ascenção diz acreditar “se-

riamente no projeto que Fernan-do Paulo procurará desenvolver”. Considerando-o “se não o melhor, um dos melhores vereadores do país”, Ascenção confessa no entan-to que “não sabe” no é que Fernan-do Paulo pensou para ele. No en-tanto, numa hipotética vitória do candidato independente à CMG, Jorge Ascenção não descarta a vereação da Educação. “Não será difícil, se ele ganhar as eleições, ver com bons olhos trabalhar essa área, como outras na área social ou outra que ele entenda que tenha a ver com as minhas capacidades”, referiu. “Estou disponível para tra-balhar com quem quer que seja. Se for na educação terei muito gosto em continuar a trabalhar com as escolas da mesma forma que tenho trabalhado até hoje”, conclui.

É desde o dia 20 de abril o sucessor de Albino Almeida, na liderança da Confederação Nacional das Associações de Pais (CON-FAP). Jorge Ascenção acumula agora esse cargo com o de presidente da Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondo-mar (FAPAG), que já lhe pertencia anteriormente. Na sua mente, tem ideias para o país e o concelho e estratégias como o apoio à candidatura de Fernando Paulo à Câmara Municipal de Gondomar (CMG).

Texto: Ricardo Vieira Caldas Andreia Sousa

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Marca riotintense exposta na cidade de Nova Iorque

A empresa riotintense ob-tém muitos dos seus clientes em Nova Iorque, através da ela-boração de trabalhos tais como “a decoração de hotéis, lojas e grandes projetos de design inte-rior”. Desta vez coube à Massimo Dutti - empresa pertencente ao grupo galego Inditex, dedicado à manufatura de roupa – a en-comenda de 28 peças para a sua loja bandeira na 5ª Avenida, em Nova Iorque.

A Delightfull explicou ao Vi-vacidade que a Massimo Dutti é já um “cliente habitual” e que

este não é o único exemplo de peças encomendadas para Nova Iorque, tendo já também alguns exemplares no Paramount Hotel.

O ‘Coltrane’, nome do can-deeiro, foi uma peça “monu-mental” criada com uma “ex-pectativa elevada” por parte dos designers da marca. “É compos-to por um dossel e a respectiva corda, podendo manusear o ân-gulo pretendido para cada tubo que compõe este projeto”, expli-cou ao Vivacidade uma fonte da empresa.

A marca de Gondomar de-tém uma margem de 90% de ex-portação das suas encomendas. Sendo já uma marca com noto-riedade na Europa, é em alguns

países, como no Reino Unido ou na Alemanha, um best seller. Desta forma, a empresa terá “re-percussões positivas” facilitando assim, o “aumento de procura dos pedidos de informação” so-bre a mesma.

Contudo, apesar da interna-cionalização da marca, a empresa explicou que Gondomar também poderá ganhar com um “maior investimento que tem vindo a ser feito no aumento e melhoramen-to de infraestruturas” na unidade fabril, em Rio Tinto. O objetivo é “sempre melhorar dia após dia por forma a estarmos em sinto-nia com os melhores do mundo”, relatou a fonte da empresa ao Vi-vacidade.

Um candeeiro inspirado no compositor de jazz norte americano John Col-trane foi o suficiente para permitir a continuidade da divulgação da marca Delightfull, uma empresa riotintense. Desta vez a Delightfull viu a sua obra de arte encomendada para a loja bandeira da empresa espanhola Massimo Dutti, na famosa 5ª avenida em Nova Iorque.

Texto: Andreia Sousa

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D. Manuel Clemente esteve em Gondomar na ‘Peregrinação dos Frágeis’

A Peregrinação dos Frágeis, que se realizou pela quarta vez, foi uma celebração eucarística pre-sidida por D. Manuel Clemente, ainda Bispo do Porto e ontem no-meado Patriarca de Lisboa. Junta-ram-se idosos, doentes, deficien-tes e, naturalmente, muitos fiéis.

Esta foi uma cerimónia em que se apelou à solidariedade fraterna e que visava quebrar dinamismos de exclusão e solidão – alertando, ao mesmo tempo, para a necessidade de uma cultura de inclusão e co-munhão. Este encontro, realizado no Multiusos Gondomar, contou

com uma vasta equipa de volun-tários que, entre outros, integrou médicos, bombeiros, enfermeiros e escuteiros.

D. Manuel Clemente termi-nou a sua intervenção de forma muito simples, mas significativa: “Por tudo o que por mim fizeram, um muito Obrigado Gondomar!”. O ainda Bispo do Porto, no final do encontro, abordou Valentim Loureiro, presidente da Câmara Municipal, para lhe transmitir um agradecimento muito espe-cial pelo facto de ser, desde 2012, Cidadão de Honra de Gondomar. Em franca conversa com Valentim Loureiro, D. Manuel Clemente re-cordou as palavras do Presidente

da Câmara quando, já em janeiro de 2012, dizia que “está predesti-nado para vir a ser o futuro Car-deal Patriarca”.

A salientar que a Câmara Mu-nicipal distinguiu D. Manuel Cle-mente com a Medalha de Honra da Cidade de Gondomar (Grau

Ouro) em 26 de janeiro de 2012. D. Manuel Clemente referiu-se a Gondomar como um local onde tem encontrado “coisas magnífi-cas, quer na área social, desportiva ou cultural”, acrescentando que “este é um concelho humanista e humanizador”.

Gondomar foi um dos “palcos” escolhidos para a realização da Peregrinação dos Frágeis, iniciativa promovida pela Pastoral da Saúde da Diocese do Porto. O mesmo evento teve lugar, também, em S. Martinho do Bougado, Espinho e Penafiel. No concelho de Gondomar juntaram-se, no dia 19 de maio, Domingo de Pentecostes, perto de duas mil pessoas no Multiusos.

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EB1 da Giesta cedida para a Associação Dancingstars

A Dancingstars dinamiza uma escola de dança que conta com mais de 200 crianças e jovens. Presentemente, estão em instalações alugadas, que já não têm capacidade para o desenvolvimento da sua atividade. Com a cedência das novas instalações, a CMG tem como objetivo impulsionar na associação um melhor “desenvolvimento das suas ati-

vidades culturais, recreativas e desportivas.”Na assinatura do contrato de comodato,

a 13 de maio, estiveram presentes Valentim Loureiro, presidente da CMG, Maria João Correia, presidente da Direção da Dancin-gstars, Sandra Brandão, presidente da As-sembleia Geral da Dancingstars e Fernando Paulo, vereador da Ação Social da CMG.

O espaço anteriormente ocupado pela EB1 da Giesta, em Valbom vai, a partir de setembro, dar lugar à sede da Dancingstars - As-sociação Valboense de Dança. A cedência, a título de comodato, do edifício escolar desativado foi contratualizada pela Câmara Municipal de Gondomar (CMG) no dia 13 de maio.

Mandato Aberto – Deputados do PCP contactam instituições de Gondomar

Na esquadra da PSP de S. Cosme, com os 30 anos do Bairro do Monte Crasto, onde nasceu e se integra, só muito recentemente viu a concretização de algumas pequenas obras, há muito reclamadas, sendo que, se-gundo os deputados, “permanece a situa-ção caricata de os carros da polícia terem de sair em marcha atrás, já que a rua onde se encontra a esquadra não tem saída para o exterior, questão que a Câmara poderia há muito ter resolvido.” Funcionando como serviço de proximidade e não registando um nível preocupante ou aumento significativo de criminalidade, o momento da visita com o deputado Honório Novo, foi no entanto assinalado por um assalto violento a um ou-rives em pleno centro da cidade. No posto da GNR de Fânzeres – outra das instituições visitadas pelos deputados comunistas - é no-tória a “exiguidade do espaço disponível para o trabalho dos guardas”. A reunião, em que esteve presente o comandante territorial do Porto foi realizada de pé, por entre as mesas de trabalho da secretaria do posto, que com-porta 29 guardas para 43000 habitantes. O projeto de mudança para novas instalações

encontra-se a “marinar” já há bastante tem-po e depende, sobretudo, da autarquia. Foi confirmado que o Posto de GNR de Medas, freguesia do alto concelho, está situado em S. Cosme, curiosamente num território da jurisdição da PSP, bem longe das populações que cobre, por isso “se fala do Posto Virtual de Medas”. Na visita ao Agrupamento de Es-colas de Gondomar, o deputado Jorge Ma-chado tomou conhecimento das dificulda-des decorrentes do agrupamento de escolas, nomeadamente nas que decorrem da dupla dependência da autarquia e do poder central que coarta a autonomia escolar e dos cons-trangimentos financeiros. Soube-se também que “em algumas escolas do agrupamento, nomeadamente jardins de infância, há crian-ças que passam fome”. Ainda no âmbito do mandato aberto, mas sem os deputados e já no dia seguinte por dificuldades de agenda, alguns responsáveis concelhios do PCP fo-ram recebidos no Centro Social da Paróquia de Rio Tinto onde se inteiraram da “grave situação social que se vive na freguesia e co-nheceram as das atividades valências sociais da instituição e da paróquia.”

Os deputados Honório Novo e Jorge Machado visitaram algu-mas instituições de Gondomar, no dia 29 de abril, e reuniram com os respetivos responsáveis.

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‘Caminhada da Família’ juntou centenas de pessoas na margem do Douro

A Villa Urbana de Valbom - estrutura da Associação do Porto de Paralisia Cerebral- realizou, na manhã de 18 de maio, a “Cami-nhada da Família”. A iniciativa juntou perto de três centenas de utentes, familiares, fun-cionários e amigos. O exemplo foi dado por

Aurora Cunha. A conhecida atleta – que nos tempos mais recentes se tem dedicado a diversas causas sociais – liderou a vasta co-mitiva que, nas margens do Rio Douro, fez o trajeto de Ribeira de Abade até ao Clube Naval Infante D. Henrique.

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O Vivacidade oferece 10 bilhetes duplos às primeiras 10 pessoas que responderem corretamente à seguinte questão:- Qual a nacionalidade do grupo Irmãos Verdades?As respostas deverão ser enviadas para o e-mail [email protected] juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, morada e código postal). Cada vencedor será notificado por e-mail.

PASSATEMPO FESTA DA LUSOFONIA

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Lazer

VIVACIDADE MAIO 2013

Pessoa próxima de si poderá trazer-lhe boas notícias que há muito aguarda. Al-tura ideal para enfrentar as suas novas responsabilidades laborais.Nºs da sorte: 3-9-14-16-28-29-40

Demonstre as suas emoções. O seu par espera e deseja um gesto de carinho e atenção. Só assim conseguirá um convívio melhor.Nºs da sorte: 1-6-20-35-39-45-48

Mês apropriado à recuperação de ener-gias e à meditação. Boa altura para ouvir conselhos de amigos mais velhos. Vá dar boas caminhadas para reflectir melhor.Nºs da sorte: 3-4-11-26-28-36-49

Evite dedicar-se a quem não merece. Dê atenção a amigos verdadeiros que se sentem postos de lado. No amor, não se deixe enganar com falsas promessas, esteja atento.Nºs da sorte: 2-8-9-24-26-39-47

A boa influência de uma pessoa da família poderá ser muito importante no seu traba-lho. Procure entender o que se passa na alma do seu amor e incentive-o.Nºs da sorte: 1-8-19-21-29-36-45

Tudo o que se promete deve ser cumpri-do. Se não o fizer poderá sofrer recrimi-nações. A harmonia fará com que surjam novas formas de prazer.Nºs da sorte: 2-8-21-23-36-37-41

Mudanças em marcha. Ganhe o respeito e a confiança dos seus colegas de trabalho, pois isso possibilitar-lhe-á colocar em prá-tica mais facilmente as suas ideias.Nºs da sorte: 2-3-10-19-26-27-47

A sua força está preparada para vir à tona. Ajude-se a si mesmo, possibilitando que as suas qualidades se revelem. Não deixe de ouvir a sua intuição. Nºs da sorte: 6-8-19-20-40-45-48

Pode ter que passar alguns momentos menos bons neste mês.. Não se deixar in-fluenciar, poderá acabar o mês em grande alegria e felicidade. Os seus amigos estão para ajudar.Nºs da sorte: 3-7-16-20-28-36-42

Faça uma viagem e areje a cabeça. Seja franco com quem ama. Diga-lhe o que pensa e terá maravilhosas surpresas. O seu romance poderá sofrer a interferência familiar. Nºs da sorte: 1-3-5-17-23-30-41

Não acredite em tudo o que lhe pro-metem. Examine com cuidado. A saúde causa-lhe alguma preocupação. Trate de saber se há ou não razão para isso.Nºs da sorte: 3-4-29-35-36-42-47

Assuntos familiares poderão trazer-lhe al-gumas preocupações. Tente ser conciliador. As relações afectivas poderão compensar esta situação. Rompa a rotina que tanto a aborrece.Nºs da sorte: 8-9-13-17-36-48-49

Ao longo das 12 próxi-mas edições, o Jornal Viva-cidade vai publicar e pas-sar a explicar a heráldica das freguesias pertencen-tes ao concelho de Gondo-mar, gentilmente cedidas pelas respetivas juntas de freguesias.

Como forma de lançamento damos

a conhecer o brasão e a respectiva ex-

plicação da Freguesia de Rio Tinto.

No brasão de Rio Tinto, podemos

verificar que o brasão possui uma es-

pada espetada num rio tinto de sangue

sobre um fundo azul, que retrata a len-

da que atribuiu o nome a esta localida-

de. Esta foi a batalha entre Cristãos e

Mouros, que terá sido saldada com um

elevado número de mortes. Completan-

do assim este brasão, observamos tam-

bém do lado direito as espigas de trigo

e de milho que em tempos evocaram a

importante atividade agrícola, e ainda

do lado esquerdo a roda dentada que

simboliza a indústria que se desenvol-

veu a partir deste século.

BRASÕES DE GONDOMAR

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