Vivacidade ed. 86 - Especial Autárquicas - Setembro 2013

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0,50€ Debate Vivacidade Marco Martins, Ana Paula Canotilho e Joaquim Barbosa debateram o futuro de Gondomar V P.4 Campanhas nas ruas de Gondomar Política Tribunal Constitucional chumba Independentes Candidatos e Fernando Paulo reagem à exclusão V P.6 IV Feira Medieval de Rio Tinto 15 mil pessoas regressaram à Idade Média na Quinta das Freiras V P.21 OFERTA: 10 bilhetes duplos para o espetáculo “Balas & Bolinhos - Mesmo à frente do teu focinho!” a 5 de outubro no Multiusos de Gondomar P.30 V V P.10 a 17 Sociedade Romaria do Rosário Mais de um mês de festa e tradição em Gondomar V P.23

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Vivacidade ed. 86 - Especial Autárquicas - Setembro 2013

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0,50€

Debate VivacidadeMarco Martins, Ana Paula Canotilho e Joaquim Barbosa debateramo futuro de Gondomar

V P.4

Campanhas nas ruas de Gondomar Política

Tribunal Constitucional chumba IndependentesCandidatos e Fernando Pauloreagem à exclusão

V P.6

IV Feira Medievalde Rio Tinto15 mil pessoas regressaramà Idade Médiana Quinta das Freiras

V P.21

OFERTA: 10 bilhetes duplos para o espetáculo “Balas & Bolinhos - Mesmo à frente do teu focinho!” a 5 de outubro no Multiusos de Gondomar P.30V

V P.10 a 17

Sociedade

Romaria do RosárioMais de um mês de festa etradição em Gondomar

V P.23

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2 VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Editorial

POSITIVOGondomar tem, a partir do dia 12 de setembro, em funcionamento, um Centro de Educação Am-biental. A estrutura, integrada na obra de requalificação urbana e ambiental da frente ribeirinha do Douro (na freguesia de Valbom), foi um investimento da Câmara Municipal de Gondomar no âm-bito do Programa Polis.

NEGATIVOExmos. (as) Srs. (as),Este matagal está localizado a 50 metros da rotunda da igreja de Rio Tinto. Entre a Avenida Gon-çalo Sá, e a rua Vale Flores.Quem poderá tratar desta vergo-nha?

Carlos Jorge Silva,Leitor do Jornal Vivacidade

O rei D. Afonso Henri-ques concedeu carta de couto em 20 de Maio de 1140, à pri-meira abadessa do Mosteiro de Rio Tinto, Hermesenda Guterres, tendo coutado o território em volta do mos-teiro, estabelecido os seus limites, bem como direitos e obrigações dos moradores do referido couto. A “nulla necessitate compulsus” refe-rida no documento parece prender-se mais com consi-derações de afirmação políti-ca e com necessidades econó-micas do primeiro monarca num contexto de lutas de Re-conquista contra os mouros e de independência nacional face a Leão e Castela de que os 500 morabitinos de ouro exi-gidos em troca por D. Afonso Henriques são disso prova. Os monarcas seguintes foram

confirmando estes direitos, embora forçando, por vezes e a seu favor, algumas altera-ções, uma vez que compro-metia a crescente necessidade de afirmação e centralização do poder real. D. Dinis, em 1324, chega mesmo a proi-bir a constituição de novos coutos, o seu alargamento e a interditar nestes a guarida de malfeitores. O rei D. Afonso IV, em 1347, forçava os mora-dores do Couto, em conjunto com os da Maia, a pagarem fintas e talhas (impostos da mesma natureza extraordi-nária, mas desta vez a nível concelhio, usados essencial-mente para suprir necessida-des financeiras por motivo de obras municipais), mas aqui a abadessa conseguiu que o monarca isentasse os mora-dores do Couto de Rio Tinto

deste pagamento. D. Pedro chega mesmo a mandar coa-gir os moradores de Rio Tinto em 1367 a pagar as Anuduvas (imposto do trabalho braçal gratuito, que obrigava as gen-tes a trabalhar na construção e reparação de castelos e pa-lácios, muros, fossos e outras obras militares), a levarem mantimentos e a trabalharem nas obras das muralhas da ci-dade do Porto. Sabemos tam-bém pela documentação, dos períodos medieval e moder-no, que era anualmente eleito pelos moradores um juiz do couto, sendo confirmado pela abadessa de Rio Tinto. Embo-ra não saibamos o dia em que era realizada a sua eleição – talvez no dia do padroeiro S. Cristóvão, sabemos que tinha por funções mandar executar penhoras, julgar causas cíveis, efetuar detenções dentro do Couto e entregar fora do mes-mo pessoas procuradas pela justiça. Por último, sabemos que a abadessa de Rio Tinto podia constituir quadrilhei-ros para manter a ordem, de acordo com um documento de 1525. Todos estes direitos passariam a ser exercidos pe-las abadessas de S. Bento da Ave-Maria do Porto a partir de 1535.

Paulo Santos SilvaProfessor, Historiador e Escritor

Memórias do Nosso PassadoA evolução dos direitosdo Couto de Rio Tinto

Caros Leitores,

Esta é uma edição muito orientada para a política local. O Vivacidade promoveu uma am-pla discussão sobre as eleições para as autárqui-cas em Gondomar, tendo produzido e realizado um conjunto de atividades que permitem ter materializado informação completa e detalhada sobre as formas de fazer e de pensar dos diferen-tes candidatos.

Esta edição seria naturalmente diferente se a candidatura do movimento independente, li-derada pelo atual vereador Fernando Paulo, não tivesse sido impedida de concorrer ao ato elei-toral, pois os impactos do movimento de inde-pendentes no Município são muito relevantes e haveria uma outra história para contar sobre o período de campanha eleitoral.

Votar é um ato de escolher. Quando se vota, escolhe-se entre pessoas, equipas, projetos, ideias e programas. O eleitor inteligente deve procurar fazer as suas escolhas de modo infor-mado, procurando saber quem são as pessoas que constituem a equipa de cada um dos con-correntes, procurando saber como as equipas se organizam, quais são as medidas que vão pro-curar fazer, quais são as ideias que vão procurar concretizar.

Isso hoje é mais fácil do que há duas sema-nas atrás, pois os candidatos ouviram o nosso apelo na edição anterior e, na sua maioria, publi-caram programas eleitorais dignos desse nome nos seus sites. Dado a situação de estarmos a alguns dias das eleições, achamos que uma aná-lise, neste momento, desses programas poderia ser mal interpretada e por isso não a fazemos.

A equipa é um elemento determinante na capacidade de realizar os programas e concre-tizar as ideias. São as equipas que permitem ter bons resultados ou maus resultados. Já há uns anos aqui disse, que devia ser obrigatório para os políticos apresentarem as suas equipas e de que forma visualizam o funcionamento das pessoas de acordo com as suas competências e perfil. Ou seja, não apenas dizer quem são, mas também explicar como vão ser dispostas as pessoas e de que modo cada um contribuirá para os resulta-dos pretendidos.

Claro, o bom líder é aquele que consegue estruturar a sua equipa de modo a que os resul-tados definidos sejam atingidos.

Gondomar precisa de um bom líder, de uma boa equipa, de boas ideias, de um bom projeto e de um bom programa para poder ser melhor.

Espero que os Gondomarenses consigam escolher a pessoa certa.

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva AlmeidaRedação:Ricardo Vieira Caldas (TP-1732)Diretor Comercial:Luiz Miguel AlmeidaPaginação:José VazEdição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOColaboradores: Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Simões, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Oliveira, Pedro Santos Ferreira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgE-mail: [email protected]

Sumário:

PolíticaPáginas 4 a 6 e 10 a 20

DesportoPágina 8

SociedadePáginas 21 a 25

Empresas & NegóciosPágina 26

OpiniãoPáginas 27 e 28

EmpregoPágina 29

LazerPágina 30

Próxima Edição 24 de outubro

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

Autárquicas 2013 ao minuto

www.vivacidadeautarquicas2013.com

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Política

VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

O Auditório da Associação Co-mercial e Industrial de Gondomar (ACIG) foi palco de um debate or-ganizado pelo Jornal Vivacidade no dia 19 de setembro. Durante cerca de duas horas, o auditório teve casa

cheia para ouvir os argumentos dos candidatos à Câmara Municipal de Gondomar: Marco Martins (PS), Ana Paula Canotilho (BE) e Joaquim Barbosa (CDU).

O debate moderado por Ger-mano Almeida, jornalista da TVI24 e MaisFutebol, teve início com uma questão sobre a decisão do Tribu-nal Constitucional (TC) ao chum-

bar as candidaturas do Movimento Independente Valentim Loureiro Gondomar no Coração aos órgãos autárquicos de Gondomar. Os can-didatos lamentaram o facto dos In-dependentes não serem excluídos dos boletins de voto e dirigiram ao eleitorado de Valentim Loureiro um apelo: “votem em consciência”.

Já sobre as principais priorida-des, Marco Martins apontou a ex-tensão do metro até à sede do conce-lho. “Gondomar tem que exigir essa construção ao governo central”, disse o socialista, que justificou a proposta como “economicamente sustentá-vel”.

Ana Paula Canotilho centrou as prioridades do Bloco de Esquerda nos “cidadãos”, enquanto Joaquim

Barbosa admitiu que a “primei-ra coisa a fazer é sentar e perceber os problemas das pessoas”.

Quanto ao relacionamento que pretendem manter com o go-verno caso sejam eleitos, os candi-datos defende-ram perspetivas diferentes. Marco Martins pretende renovar a imagem

que concelho tem no país: “É com mais clareza que Gondomar tem que se afirmar”, salientou. Ana Paula Ca-notilho pediu “firmeza nas decisões” e prometeu “nunca implementar” medidas que não concorda. Joaquim Barbosa defendeu a continuação da “luta pelo socialismo”, apesar de res-salvar que esse “não tem que ser um objetivo imediato”.

Entre as críticas ao executivo que liderou Gondomar durante 20 anos, os candidatos destacaram a má ges-tão municipal do mercado da Areo-sa, do estacionamento e das mais-va-lias que davam emprego, como por exemplo, a ourivesaria, “que deixou de ser um trabalho de autor”, segun-do Ana Paula Canotilho.

“O balanço que fazemos de Gondomar pode ser medido pelo resultado que temos. O número de desempregados é de 20%. Gastou-se dinheiro, algum bem gasto e outro mal gasto e em alguns dos casos a

construção é de péssima qualidade”, afirmou Joaquim Barbosa.

Marco Martins não negou o de-senvolvimento do concelho, mas em comparação com Matosinhos e Maia, considerou ser insuficiente para um percurso de 20 anos.

Entre as propostas dos candida-tos Marco Martins prometeu uma descida do IMI, enquanto o candi-dato da CDU sublinhou a importân-cia do combate ao desemprego e pela qualidade de vida. Ana Paula Cano-tilho vincou o esforço do Bloco de Esquerda por melhorar a resolução dos problemas sociais.

Os candidatos encerraram o debate com um apelo unânime aos gondomarenses para que no dia 29 de setembro se dirijam às urnas e votem conscientemente. Maria João Marinho, a candidata da coligação PSD/CDS-PP não participou no debate alegando que a campanha de rua era mais importante.

Vivacidade organizou debatecom candidatos à Câmara Municipal de GondomarA 19 de setembro o Jornal Vivacidade organizou um debate com os candidatos à Câmara Municipal de Gondomar: Marco Martins (PS), Ana Paula Canotilho (BE) e Joaquim Barbosa (CDU). A candidata do PSD/CDS-PP, Maria João Marinho, não compareceu por considerar que nesta fase da corrida eleitoral, a campanha de rua é essencial.

Texto: Pedro Santos Ferreira

V O Auditório da ACIG encheu para assistir à troca de ideias entre os candidatos

V Na foto: Marco Martins, Ana Paula Canotilho,Germano Almeida, Miguel Almeida, José Pinto e Joaquim Barbosa

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CARTÓRIO NOTARIALSofia Carneiro Leão

CERTIFICADOCertifico, para efeitos de publicação, que por escritura de dezanove de Setembro de dois mil e treze, lavrada a folhas vinte e sete

e seguintes do livro nº quarenta e cinco deste Cartório, LUCINDA DE SOUSA GUIMARÃES MELRO, natural da freguesia de Valbom, concelho de Gondomar, e marido SILVESTRE VIEIRA MELRO, natural da freguesia de Miragaia, concelho do Porto,

casados no regime de comunhão geral de bens, residentes na Rua da Giesta, nº 154, em Valbom, Gondomar, declararam:

Que, com exclusão de outrem, são únicos donos e legítimos possuidores do seguinte bem imóvel: Prédio urbano, actualmente composto por casa de rés-do-chão e andar, com a área coberta de oitenta e sete metros quadrados e a

área descoberta de noventa metros quadrados, sito na Rua da Giesta, nº 154, freguesia de Valbom, concelho de Gondomar, NÃO DESCRITO na Conservatória do Registo Predial de Gondomar e inscrito na matriz, em nome do justificante marido, sob o artigo 2050, com o valor patrimonial de 61.280,00 euros.

Que desconhecem a proveniência do referido artigo. Que adquiriram o terreno com a natureza rústica, com a área total de cento e setenta e sete metros quadrados, onde edificaram

o referido prédio urbano, por compra e venda verbal feita a eles, em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e setenta e três pelos ante-possuidores, pais da justificante mulher, José Augusto Guimarães e Ermelinda Alves de Sousa, residentes que foram na Rua da Giesta, nº 264, em Valbom, Gondomar, contrato esse que nunca foi formalizado pela competente escritura de compra e venda e, desde essa data, entraram na posse do referido imóvel.

Que sempre estiveram e se têm mantido na posse e fruição do indicado prédio, há mais de quarenta anos, usufruindo por isso de todas as utilidades por ele proporcionadas, limpando-o inicialmente, cultivando-o, construindo e mantendo um muro de vedação e, posteriormente, edificando o referido prédio urbano, passando a habitá-lo, pagando os respectivos impostos, administrando-o com ânimo de quem exercita direito próprio, pacificamente, porque sem violência, pública e continuamente, com conhecimento de toda a gente e sem qualquer interrupção ou oposição de quem quer que seja.

Que dadas as enumeradas características de tal posse adquiriram o mencionado prédio por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição no Registo Predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial.

Está conforme o original. A Notária,

Sofia Costa Pimentel Carneiro Leão

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Política

VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

O Tribunal Constitucional (TC) decidiu manter a decisão recorrida, rejeitando a candidatura do Grupo de Cidadãos Eleitores denominado «Valentim Loureiro Gondomar no Coração”  à Assembleia Municipal de Gondomar e à Câmara Munici-pal de Gondomar. A decisão veio dar razão ao Tribunal da Comarca de Gondomar que, a 27 de agosto, decidiu que o Movimento Inde-pendente não cumpria todos os requisitos para a validação da sua candidatura. Em causa estariam alegadas falhas na recolha de assina-turas e o facto da candidatura não ter, até à data, apresentado a lista completa dos candidatos em todas as folhas que o Tribunal considera necessárias de serem apresentadas aos assinantes. Os Independentes recorreram da decisão do Tribunal de Gondomar, evocando que a sa-nação da irregularidade solicitada pelo mesmo, “apenas deveria ter lugar pela junção da folha anexa omitida [com a lista completa de candidatos], não podendo ser ju-dicialmente imposto pelo tribunal a elaboração e apresentação de no-vas listas de subscritores, aliás ma-terialmente inexequível no prazo curto de 3 dias”. O Constitucional não aceitou a explicação e a 16 de setembro ficou decidido que a can-didatura não avançava.

Fernando Paulo, surpreso, alega que fizeram o mesmo há quatro anos

“Foi com surpresa e total indig-nação que recebemos o chumbo do TC, por razões de facto e de direito, atendendo a que o processo de can-didatura foi devidamente instruído e reunia todos os requisitos de ad-missibilidade. O nosso processo é similar aos processos das demais candidaturas independentes e que vão a votos no próximo dia 29 de se-tembro e foi melhor instruído relati-

vamente ao processo que foi a votos há 4 anos. Não há razões para sacri-ficar o núcleo essencial do direito de participação dos eleitores”, explicou em entrevista ao Vivacidade. O ex--candidato considera que a decisão do TC é de “curta de fundamenta-ção e apega-se a um critério formal, penalizando aquilo que consideram ser a falta de rigor na organização dos formulários de candidatura e desvalorizando a evidente vontade e direitos dos cidadãos.”

Assinaturas poderão ter sido recolhidas antes da lista de candidatos estar completaAntes mesmo da decisão do Tribu-nal de Gondomar de não aceitar a candidatura do Movimento Inde-pendente, o mesmo órgão jurídico notificou os restantes partidos para se pronunciarem sobre o recurso apresentado pelos Independentes. Dos quatro partidos, o PS, a coli-gação PSD/CDS e o BE não deram provimento ao recurso e defende-ram a manutenção da decisão re-corrida.

Com os pareceres de cada parti-do, levantou-se uma outra questão. A 17 de junho, o Jornal de Notícias noticiava que o candidato Fernando Paulo iria apresentar a sua candida-tura formalmente no dia 6 de julho sendo que, segundo a candidatura,

teriam já sido recolhidas “3000 assi-naturas das 4000 necessárias”.

Essas assinaturas teriam então sido recolhidas antes de serem co-nhecidos todos os candidatos. O Movimento Independente Gon-domar no Coração apresentava, por exemplo, a 1 de junho o can-didato a Baguim do Monte, Adélio Silva, a 6 de julho, a candidata da lista à Câmara, Sílvia Gandarela e a 2 de agosto o candidato à presi-dência da Assembleia Municipal, Valentim Loureiro, nome que aliás estaria na origem do próprio mo-vimento. Como se explica então a recolha de assinaturas antecipa-das? O PSD/CDS critica, no seu

parecer ao Tribunal de Gondomar precisamente essa questão. “No final do mês de julho de 2013, o Major Valentim Loureiro ainda não sabia se teria algum papel no âmbito do Movimento que tinha o seu nome, indicava a notícia do Jornal VivaCidade, publicado a 25 de julho de 2013”, lê-se. “Todavia, causa-nos isto alguma estranheza ainda pelo facto do mesmo ape-nas a 2 de agosto ter anunciado publicamente a sua candidatura à presidência da Assembleia Muni-cipal de Gondomar, como consta do próprio site do Movimento, bem como de notícia dada a co-nhecer pelo JN. Sendo ainda mais escandaloso o facto do prazo de apresentação de candidaturas ter o seu término no dia 5 de agosto de 2013, e só em 2 de agosto ter sido feita a apresentação do Movimento perante os respetivos órgãos judi-cias competentes, e nesse mesmo dia ter sido o Major apresentado como candidato à Presidência de Assembleia Municipal”, refere o parecer do PSD/CDS.

Futuro de Fernando PauloQuestionado pelo Vivacidade

sobre qual será agora o seu percurso profissional, o ex-candidato à Câ-mara, Fernando Paulo, responde: “Sou professor e já tinha uma car-reira profissional antes de exercer

a função temporária de vereador, que acabou por se prolongar por 20 anos. Hoje, a par da atividade aca-démica que procurei manter, tenho uma experiência, em várias áreas, que me permitirá um leque de op-ções ainda mais alargado”.

Haverá uma candidatura do Movimento daqui a 4 anos? “Este é o momento de deixarmos os elei-tores votarem e depois será tempo de avaliarmos os eleitos pelo que vierem a fazer. Como cada gondo-marense, saberei, no final do pró-ximo mandato, assumir as minhas responsabilidades. Tudo o mais que se possa dizer nesta altura será pre-maturo.”

Independentes vão apa-recer nos boletins de voto, apesar da decisão do TC

Apesar da candidatura ter sido chumbada pelo Tribunal Consti-tucional, o nome do Movimento Independente Valentim Loureiro Gondomar no Coração irá cons-tar nos boletins de voto do dia 29 de setembro. Os atuais candidatos contestam e Fernando Paulo reage: “Embora não seja matéria que se enquadre nos Pelouros que tutelo, julgo que à Câmara compete execu-tar a decisão do Tribunal de Gondo-mar que decidiu manter o nome de Valentim Loureiro Gondomar no Coração nos boletins de voto.”

Independentes chumbados pelo ConstitucionalAssinaturas do Movimento podem ter sido recolhidas antes da lista estar completaFoi a de 16 de setembro que ficou decidido. O Movimento Independente Valentim Loureiro Gondomar no Coração está fora da corrida autárquica. O Tribunal Constitucional não concedeu provimento ao recurso interposto pelos Independentes à decisão do Tribunal da Comarca de Gondomar, de não aceitar as candidaturas do Movimento aos órgãos autárquicos.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Reações dos candidatos à Câmara

Marco Martins (PS)

“Tenho pena que o Fernando Paulo não vá às urnas comigo. Mas a democracia tem regras e as leis são para ser cumpridas. Vou conti-nuar a fazer campanha como sempre fiz.”

Maria João Marinho (PSD/CDS)Até ao fecho da edição, a candidata da coligação PSD/CDS, não quis prestar declarações sobre esse assunto.

Joaquim Barbosa (CDU)

“Não me pronuncio sobre as decisões dos tribunais. Os problemas dos gondomarenses não se resolvem com a decisão do TC. Quer o PSD, quer o PS, estiveram em diversas ocasiões sintonizados com as políticas de Valentim Loureiro. Quem anda à chuva molha-se.”

Ana Paula Canotilho (BE)

“É a decisão correta uma vez que há irregularidades nas listas de candidatura. É um fim de um ciclo. Foi Valentim Loureiro que trouxe Gondomar para baixo, com um maior nível de desemprego e co-nhecido pelos piores motivos. Isto era uma fraude. Foi feita justiça.”

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V Fernando Paulo e Movimento Independente reagiram ao chumbo do Tribunal Constitucional

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Desporto

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Em ‘tempos de crise’ também nas provas desportivas o GAS – Gondomar Automóvel Sport - conseguiu uma prova semelhante à dos anos anteriores. Com uma lista de 37 inscritos – um núme-ro menor face aos 45 inscritos da edição passada - a prova abriu com a Super-Especial no centro

da cidade de Gondomar, que uma vez mais foi “um excelente espe-táculo com milhares de pessoas a assistir”.

Para Paulo Magalhães, presi-dente do GAS, esta prova foi mais um sucesso. “Claro que tivemos falhas. Os pisos estavam muito duros, mas no somatório geral

acho que conseguimos mais uma vez ter uma excelente prova, mui-to competitiva, com muito públi-co e muito segura”, acrescenta o presidente do clube. “Temos que agradecer à nossa equipa que é grande e que se empenha muito para este resultado e também a que colabora e principalmente a quem nos apoia, em particular a Sistelmar e a Câmara Municipal de Gondomar”, refere.

O Rali Cidade Gondomar foi disputado debaixo de imenso ca-lor e com o piso dos troços muito duros, uma característica da pro-va. Alguns dos candidatos à vitó-ria acabaram por desistir o que retirou algum interesse no que diz respeito à parte desportiva da prova.

O maior destaque vai para a vitória do piloto Carlos Martins que cedo ascendeu à liderança da

prova acabando com este resulta-do por sair de Gondomar com o título nas quatro rodas motrizes.

No segundo lugar ficou Vitor Pascoal, num Lancer Evo habi-tuado a bons resultados em Gon-domar. Alguma falta de ritmo inicial, assumida pelo piloto, e o facto de não ter o acerto desejado

no carro, não permitiu a Pascoal lutar pela vitória.

Luís Mota que já venceu esta prova recorreu desta vez ao Evo IV e assegurou o terceiro lugar do pódio, sendo que para o Regional Norte, Mota foi o vencedor nas 4RM. Fernando Teotónio, com o seu EVO foi 4º.

Carlos Martins vence Rali de GondomarO Rali Cidade de Gondomar 2013 foi, de acordo com a organização, mais um sucesso, “pela qualidade, competitividade e pelo público que teve”. A edição deste ano, realizou-se a 13 e 14 de setembro e teve como vencedor Carlos Martins.

V Carlos Martins foi o vencedor do 8.º Rali Cidade de Gondomar V Provas realizaram-se a 13 e 14 de setembro em algumas freguesias do concelho

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Política

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Ana Paula Canotilho é a única dos quatro candidatos que concor-re pela segunda vez consecutiva à presidência da Câmara Municipal de Gondomar. Considera-se, por isso a mais experiente no que diz respeito à campanha para as elei-ções no concelho. O Largo do Sou-to é o local combinado pela can-didata para o encontro com a sua equipa, no dia 20 de setembro.

Pouco depois das dez e meia da manhã, os bloquistas unem-se para levar a população a “virar à esquer-da”. Esta é, na opinião de Ana Paula Canotilho, “a grande oportunida-

de” que as pessoas têm de mudar a imagem que o concelho absorveu nestes últimos 20 anos. É o fim de um ciclo. “É preciso mudar”, diz Canotilho. A marcha inicia-se.

“Não tem uma canetinha?”, pergunta um popular, mal começa a campanha. “Não utilizamos o di-nheiro dos seus impostos para gas-tar com canetas”, responde a candi-data, que logo acrescenta: “Leia as nossas propostas”.

A comitiva do Bloco de Es-querda deixa o Largo do Souto e começa a fazer um percurso pelo centro de Gondomar. Um megafo-ne com músicas alternativas dá rit-mo à marcha bloquista que passa à frente da Junta de Freguesia de S.

Cosme (Gondomar) e pela Biblio-teca Municipal de Gondomar.

Já na rua 25 de Abril, várias são as pessoas que aceitam de bom gra-do o programa do Bloco. Uma se-nhora, na casa dos 50 anos de ida-de, vai mais longe na conversa com Ana Paula Canotilho. “Se me arran-jar uma casa para limpar, voto em si”, afirma. Canotilho, ri-se. Mais à frente, outro senhor conta que é emigrante, os pais são emigrantes e que os filhos vão emigrar. No fim, incentiva a bloquista. “Continue esta luta que é importante”, profere. No caminho da campanha, há mes-mo quem queira ler o programa e não consiga. Ana Paula Canotilho explica a uma senhora com sessen-ta e poucos anos, os pontos princi-

pais do seu programa.

Bairros de Gondomar: um problema a resolver

Meio dia em ponto e a caravana do Bloco de Esquerda - constituída por quatro carros – entra no Bairro da Giesta, em Valbom.

Ana Paula Canotilho mostra--se seriamente preocupada com “os espaços envolventes” do bairro. “Este é um dos grandes problemas em Gondomar”, refere.

Num café, enquanto distribuía o programa aos populares, a candi-data insiste para com os que já não acreditam na classe política: “Não pensamos em betão, pensamos na qualidade de vida das pessoas”. As

pessoas denunciam a presença de ratazanas no bairro e o facto da ca-nalização no bairro “ser horrível”. “Nós estamos aqui. O presidente da Junta não gosta de nós”, lamenta uma mulher.

Até à hora do almoço, há espa-ço para uma visita às novas insta-lações da coletividade “Dancing Star” e por uma passagem pelo Conjunto Habitacional do Monte, onde são denunciados os mesmos problemas do bairro da Giesta. O almoço, esse foi no restaurante Adega Azul, em S. Pedro da Cova.

“O rio Douro tem que ser despoluído” dizem os can-didatos de Gondomar, Gaia e Porto

A tarde foi dedicada ao encon-tro dos candidatos de Gondomar, Porto e Vila Nova de Gaia, marca-do pelo Bloco de Esquerda, para apresentarem o projeto comum de despoluição do rio Douro. Pelo caminho, ainda houve tempo para passar pela cooperativa de habita-ção dos funcionários judiciais, em S. Cosme, onde a candidata enfa-tizou a ideia de que “não são só os bairros sociais que têm problemas com os espaços envolventes geri-dos pela Câmara”.

Às 15h25, o cais da Ribeira do Porto acolhe vários bloquistas da Área Metropolitana e o encon-tro com José Soeiro, candidato portuense, dá-se no momento. O objetivo é atravessar a margem do Douro num barco rabelo, de-nunciando vários problemas da poluição do rio. Às quatro menos um quarto o barco deixa a margem do Porto e dirige-se para Gaia. No caminho, já na companhia tam-bém de Eduardo Pereira, candida-to a Gaia, Ana Paula Canotilho explica o propósito do projeto. “Consideramos que não é possível fazer uma despoluição do rio Dou-ro sem que seja uma despoluição conjunta, com todos os concelhos. Depois temos a requalificação das

margens do Douro que também tem que ser conjunta”, explica.

José Soeiro, candidato ao Porto não vê porque não existem mais projetos comuns como este. “O rio Douro não tem as fronteiras dos concelhos. Precisamos de um pla-no intermunicipal para a despolui-ção do rio Douro”, declara.

Com o barco a atracar 25 mi-nutos depois, Ana Paula Canotilho prossegue a campanha para Mel-res. No carro, a candidata revela que “no Porto, a campanha tem outra dimensão.” “Os artistas plás-ticos têm estado em contacto com o BE”, afirma. Já em Gondomar, “isso não acontece”, explica Cano-tilho.

Ao chegar a Melres, a blo-quista cruza-se com a campa-nha da CDU e do PSD/CDS e é recebida minutos depois pelo presidente da fregue-sia, Jorge Correia. Por altura

da Feira das Nozes, a população de Melres recebe com ânimo a can-didata do Bloco de Esquerda e o candidato à União de Freguesias de Melres e Medas, Manuel Bento.

Na arruada, o candidato vai comentando a situação da recente união das freguesias. “Enquanto não for normal, a agregação das freguesias vai ser muito difícil”, diz. “Há muita rivalidade entre Medas e Melres”, completa.

Com o pôr-do-sol junto ao rio, Ana Paula Canotilho continua a campanha junto do palco do 22º Festival Nacional de Folclore de Melres. A boa recetividade da po-

pulação deixa-a surpreendida.

“Tenho mais apoio em Melres do que pen-sei”, confes-sa. “Muitos

p o p u l a r e s dizem que já

Ana Paula Canotilho esperaque Gondomar vire “à esquerda”De Gondomar a Valbom, passando pelo Porto, o Vivacidade correu parte do concelho com a candidata do Bloco de Esquerda à Câmara de Gondomar, num dia de campanha dedicado às populações. Melres também recebeu a visita de Canotilho que terminou o dia em Fânzeres, com o apoio de um dos principais líderes do partido, Pedro Filipe Soares.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

V Candidata a Gondomar a ouvir as preocupações das pessoas em S. Cosme

V Candidatos do BE Eduardo Pereira (Gaia), Ana Paula Canotilho e José Soeiro (Porto)

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11VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Política

conhecem a candidata”, comenta.Às 20h, regresso a casa e pausa para jan-

tar.

A noite traz o comício e o apoio de Pedro Filipe Soares

A refeição fez-se a correr porque, ao mesmo tempo, preparava-se tudo para o

comício das 21h30 do Bloco, no Largo Júlio Dinis, em Fânzeres.

José Espírito Santo, candidato à União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova começou o discurso e interrompeu a oratória com um momento musical de Orlando Mesquita. Ouviam-se aplausos de algumas dezenas de pessoas presentes no Largo, sobretudo militantes e simpatizantes do partido.

Rui Nóvoa, candidato à Assembleia Municipal, seguiu-se nos discursos e logo chegou a vez de Ana Paula Canotilho. Mas o momento mais esperado da noite foi a in-tervenção do líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares. “O BE não é diferente em Lisboa do que é em Gondo-mar”, declara em voz alta. “Hoje é o espaço

dos vossos”, afirma Pedro Filipe Soares, no meio dos aplausos.

Ao Vivacidade, o bloquista da Assem-bleia da República mostra total apoio à candidatura de Paula Canotilho no final do ciclo eleitoral. “Quis com esta participa-ção, dar o apoio e a força nesta fase crucial. Achamos que pode ter um bom resultado

no dia 29 e por isso damos aqui uma aten-ção especial. O panorama político em Gon-domar mudou”, refere. Quanto à escolha da candidatura, Pedro Filipe Soares indica que a mesma “foi dos bloquistas” e mostra--se satisfeito. “Conheço-a há algum tempo e aquilo que tenho ouvido dos gondoma-renses é que ela não é só a candidata ideal para o BE, mas para muitos gondomaren-ses”, expõe.

Balanço do dia? “A campanha está num crescendo. Vamos ter que estar ainda mais perto das populações. Senti muito mais apoio do que há uns dias atrás. É importan-te as pessoas reconhecerem-nos pelo nosso trabalho social”, explica a candidata à pre-sidência da Câmara Municipal de Gondo-mar, Ana Paula Canotilho.

Candidatos do BE Eduardo Pereira (Gaia), Ana Paula Canotilho e José Soeiro (Porto) V Arruada em Melres com a candidata à Câmara e candidato à União de Freguesias, Manuel Bento

V Líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, manifesta o seu apoio a Ana Paula Canotilho

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Passam 10 minutos das 10h da manhã. O ponto de encontro marcado para o início de mais um dia de luta pelos “camaradas” da CDU foi o Restaurante Madureira’s da Venda Nova. Por esta altura o Renault Twingo de Teresa Lopes, já “canta” a Carvalhe-sa, mú-s i c a

a d o -tada pelo PCP como hino da Fes-ta do Avante e uma das pr incipais marcas do Partido Comunista Português.

“Onde andam os camaradas?”, pergunta Joaquim Barbosa, can-didato à Câmara Municipal de Gondomar pela Coligação De-mocrática Unitária (CDU). Na corrida autárquica tempo é di-nheiro e com a chegada dos “ca-maradas” de Rio Tinto, a pergun-

ta é simples: “qual é o programa para hoje?”. A resposta é

imediata, o dia começa em Rio Tinto, com Joa-

quim Barbosa, Antó-nio Valpaços, can-didato à Assembleia

Municipal, e Adé-rito Machado,

candidato à Junta de

F r e -g u e -

sia de Rio Tinto,

a percorrerem os cafés e lojas da cidade e

a distribuir os habituais panfletos com o programa eleitoral.

Café a café os candidatos dão--se a conhecer, até que na rua,

uma senhora atira o primeiro elo-gio: “olha que carinhas larocas”, diz ao ver a fotografia de Joaquim Barbosa com António Valpaços. “Está na hora de mudar, vote na CDU no dia 29”, respondem em coro.

Na pastelaria Trigo Dourado, um homem confronta o candida-to da CDU com a questão do sa-neamento: “Fiz uma obra por 20 mil euros e ficou o saneamento por ligar, isto admite-se?”, ques-tiona. Joaquim Barbosa relembra que a CDU votou contra a priva-tização das águas e saneamento, naquela que considera ser “uma questão importante para o par-tido”. Após dois minutos de con-versa e “esclarecimento”, como Barbosa gosta de chamar, o ho-mem admite que “este ano o voto vai para a CDU”.

Por volta das 11h, pausa para “um pequeno reabastecimento” na pastelaria Gondodoce, per-to da Escola Secundária de Rio Tinto. Na rua, são cada vez mais as pessoas que se dizem “fartas” da política, mas a campanha da CDU esforça-se por mudar essa ideia e sempre que podem os candidatos pedem “confiança na CDU” e um voto contra os “mes-mos de sempre”. Rua acima, rua abaixo, o caminho percorrido pe-los camaradas leva-os de volta ao ponto de partida. Joaquim Bar-bosa pergunta a Adérito Macha-do: “para onde vamos agora?”, ao que Adérito responde: “Largo do Mosteiro, em Rio Tinto. Fazemos o Centro Comercial e os cafés ali na zona”.

Lá segue a caravana para o Largo, guiados pela Carvalhesa, que anuncia a chegada da CDU. Ao passar pelos cafés que prepa-ram os habituais pratos do dia, Joaquim Barbosa confessa que a fome já aperta e “com este chei-rinho é mais complicado”. Em 20 minutos a zona é percorrida e decide-se parar para almoçar, até porque para a tarde está reserva-da uma visita a Melres, no alto do concelho.

De tarde cumpriram-se as tradições de Melres

Às 14h15 na viagem para Mel-res, fala-se dos cartazes roubados e das tábuas colocadas na noite anterior, “que até ficaram bem, ali no Centro Ciclista de Gondomar”, diz o camarada Ilídio. À chegada Joaquim Barbosa é recebido por

José Garcês, candidato da CDU à União de Freguesias de Melres e Medas.

“Agora cuidado com o vinho doce”, avisa Barbosa. Pelo cami-nho são lembradas as propostas da CDU, um partido que “luta pela cultura, que não dá para de-pois tirar e que trabalha todos os

Na CDU a campanha faz-se ao som da CarvalhesaDurante o dia 21 de setembro o Vivacidade acompanhou as ações de campanha da CDU, sempre ao som da Carvalhesa. De Rio Tinto ao Souto, com passagem por Melres, Medas e Valbom, Joaquim Barbosa não esqueceu as tradições e ainda veio a tempo do Festival de Dança, no Largo do Souto. Conheça o dia de campanha do candidato da CDU à Câmara Municipal de Gondomar.

Texto: Pedro Santos Ferreira

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V Em Rio Tinto na companhia de Adérito Machado, candidato da CDU à freguesia

V Em Melres, a caravana da CDU passou pela “Feira das Nozes”

V Joaquim Barbosa à conversa com Sousa Moreira, camarada de longa data

V O candidato cumpriu, em Melres, a tradição de beber vinho doce

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dias pelas pessoas e para as pessoas”, re-lembra António Valpaços.

Mas Melres tem várias tradições, tais como a passagem pela casa do “grande ca-marada” Sousa Moreira, que tem sempre a porta aberta para os membros do partido. Mais à frente, cumpre-se outra tradição, comer nozes – “apesar das da Lomba se-rem as melhores”, segundo Joaquim Bar-bosa – enquanto se bebe uma caneca de vinho doce. “Vir à Lomba e não cumprir esta tradição, não é a mesma coisa”, diz o candidato.

A passagem por Melres fica marcada pelo calor de uma tarde de sábado, à qual se seguiu uma visita da caravana comunis-ta - com a companhia de Maria Olinda, candidata a S. Cosme, Valbom e Jovim - à comunidade de escuteiros de Valbom, que tinha organizado uma feira com produtos de Gondomar.

Noite de festa no Largo do Souto Apesar de calma nem por isso a luta

parou durante a noite. Com passagem pelo Largo do Souto, onde se realizava o Festival de Dança, inserido nas Festas do Concelho. Joaquim Barbosa ainda ouviu as queixas de uma senhora preocupada por não conseguir arranjar um lugar de esta-cionamento para a filha, “porque agora é tudo pago”. “O problema é de quem pri-vatizou o estacionamento e a CDU votou contra”, relembra o candidato.

Em jeito de balanço, já no Centro de Trabalho, o candidato, acompanhado por António Valpaços, fez uma avaliação positi-va de mais um dia de campanha e apontou o caminho “para mais uma semana de muito trabalho”, a última antes do dia decisivo. “A CDU é a esquerda que faz falta. Esperamos recuperar o vereador que perdemos há oito anos, este é o nosso objetivo”, conclui.

Jerónimo de Sousa em Gondomar

O secretário-geral do PCP participou numa arruada da CDU, a 23 de setembro, em Fânzeres. Jerónimo de Sousa acompanhou Joaquim Barbosa, candidato da CDU à Câmara de Gondomar, Daniel Vieira, candidato à União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, e António Valpaços, 1.º candidato à Assembleia Municipal pela CDU, desde o Soldado Desconhecido até à Igreja Matriz.

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Em Rio Tinto na companhia de Adérito Machado, candidato da CDU à freguesia

V Durante a noite ainda houve tempo para ouvir a população

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Política

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VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

No relógio marcam sete horas e vinte minutos. O início do dia de campanha de Marco Martins co-meça bem cedo. Antes do encontro com os voluntários e membros da lista à Câmara e Juntas de Fregue-sia, Marco ainda tem tempo de passar na padaria e tomar um café enquanto passa os olhos pelas prin-cipais notícias do dia.

Dez minutos depois, o encontro com a equipa dá-se junto às Pisci-nas Municipais de Rio Tinto. Hoje a campanha é dedicada à freguesia.

No PS, a ação de rua organiza--se diariamente com equipas con-celhias que dedicam um dia a cada freguesia, percorrendo-a “de fio a pavio” e procurando estar em con-tacto com as instituições e popula-

ção. Marco divide rapidamente a

equipa para a distribuição do jor-nal de campanha “Gondomar+”. O objetivo é oferecê-lo aos riotinten-se, nas estações do metro, em Rio

Tinto, e dar a conhecer o programa das candidaturas socialistas para o concelho. A meio da distribuição alguém comenta: “Marco, já tem o caminho mais livre!”, referindo-se à exclusão da candidatura do inde-

pendente Fernando Paulo. “Não. É preciso ir votar”, responde Marco.

“Estamos preocupados com a bouça”, afirma uma senhora com os seus 40 anos, junto à estação de metro da Carreira. Marco tenta perceber o problema e esclarece a cidadã, indicando que “a junta to-dos os anos alerta a Câmara” sobre o assunto em questão e “nada acon-tece”.

A caravana do candidato socia-lista à Câmara é, neste dia, compos-ta por cinco viaturas que lembram aos eleitores, através de megafones, para “votarem no Partido Socialista no dia 29 de setembro”.

Visita às unidades de saúde e ao Centro Paroquial

São 9h15 e o espaço do anti-go mercado de Rio Tinto serve de palco para o reencontro da equi-pa. A campanha organiza-se no-

vamente e parte com um único destino: a Unidade de Saúde Familiar (USF) Brás Oleiro.

Pouco de-pois, as cerca de três de-zenas de pessoas q u e c o m -p õ e m a cam-p a n h a s o c i a l i s t a entram na USF para cumprimentar a coordenadora. À frente vão os candidatos, à Câmara e à Junta. A conversa em Brás Oleiro revela-se cons-trutiva, com ambas as partes contentes com o resultado das re-centes obras na estrutura de saúde. “Em Rio Tinto ao nível da saúde estamos bem servidos”, comenta

Marco Martins recebido em Rio Tinto com clima de vitóriaRio Tinto acordou, no dia 18 de setembro, com vozes socialistas a ecoarem pelas ruas da freguesia. O Vivacidade acompanhou o candidato à Câmara e a sua caravana durante 17 horas de boa recetividade riotintense. Da Cidade Jovem à Triana, da Areosa a Soutelo, a população aclamou Marco Martins como o próximo presidente da Câmara de Gondomar.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Caros Gondomarenses,

No dia 29 de setembro apoio a mudança, a trans-parência e o começo de um novo cíclo. Apoio Marco Martins, candidato pelo PS à Câmara Municipal de Gondomar.Por isso, domingo, no boletim de voto, coloco um X no Partido Socialista para eleger Marco Martins como o próximo presidente da Câmara.

Ernesto Augusto

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V Em Soutelo, caras conhecidas apoiaram o candidato à Câmara de Gondomar

VMarco Martins e Nuno Fonseca visitaram o Centro Paroquial de Rio Tinto

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Marco Martins recebido em Rio Tinto com clima de vitóriaRio Tinto acordou, no dia 18 de setembro, com vozes socialistas a ecoarem pelas ruas da freguesia. O Vivacidade acompanhou o candidato à Câmara e a sua caravana durante 17 horas de boa recetividade riotintense. Da Cidade Jovem à Triana, da Areosa a Soutelo, a população aclamou Marco Martins como o próximo presidente da Câmara de Gondomar.

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Marco Martins. Nuno Fonseca dei-xa claro à coordenadora que para a sua candidatura, “a aposta é na continuidade”. “A diferença é que agora a Câmara vai apoiar a Jun-ta”, apressa-se a acrescentar Marco Martins. Ouve-se um riso geral na sala da USF.

Brás Oleiro não foi o único local do oeste de Rio Tinto a ser visitado durante a manhã. Cafés e estabelecimentos comerciais vão recebendo com agrado a comiti-va socialista que oferece canetas, pa- cotes de açúcar,

blocos de notas, balões, pulsei-ras e o habitual

panfleto com as listas à au-

t arqu i a . Às 9h10, a equipa de Mar-

co Martins e Nuno Fonseca chega ao Centro de Saúde de Rio Tinto. A receção por parte do coordenador foi boa. “Gostávamos que a comu-nidade tivesse mais participação na gestão do concelho e gostamos muito que tenham vindo aqui”, co-menta o médico.

Do Centro de Saúde parte-se para o Centro Paroquial. No meio das ruas várias pessoas apoiam o candidato à Câmara e dirigem-lhe palavras de incentivo à candidatu-ra. “O meu voto é seu!”, grita um popular que passava numa rua jun-to ao Mosteiro de Rio Tinto.

No Centro Paroquial, espera--lhes o Padre Vidinha, pároco da Freguesia. Após a receção por parte do mesmo a equipa apresenta-se e inicia uma visita ao centro. A Nuno Fonseca um idoso comenta: “Vota-va no Marco e no Nuno se puses-sem bancos na Quinta das Freiras”. Nuno explica que, até agora, a ges-tão da quinta pertencia à Câmara mas que pretendem mudar isso. Após a visita, o grupo reúne e passa pelo Centro Comercial Rio Tinto para logo depois fazer uma pausa para almoço, no Centro Comercial Parque Nascente.

Soutelo e visita ao rio Tinto ocupam a tarde

Pouco passava das 14h30 quan-do o grupo de Marco Martins re-tomou a campanha. O almoço de-morou mais do que o esperado mas com uma “justificação válida”. O aniversário do voluntário Martins, um dos membros mais ativos da equipa.

A tarde foi ocupada com uma arruada pelas ruas do Alto de Sou-telo e S. Caetano. Os carros de cam-panha fazem-se ouvir pelas artérias da cidade: “Por Rio Tinto vamos continuar. No dia 29 de setembro vota Partido Socialista”. “Ventos de mudança” eram prometidos aos eleitores riotintenses nas várias pa-pelarias, lojas e restante comércio local. “Vamos ganhar isto!”, procla-ma uma senhora na casa dos 40.

A meio do caminho dá-se o encontro com a caravana de Maria João Marinho. Ambos os candida-

tos agem com naturalidade e pros-segue-se a campanha.

Em S. Caetano, os socialistas foram ainda melhor recebidos. Bandeiras nas ruas e muita boa disposição marcaram a tarde, com a presença dos primeiros candi-datos da lista à Câmara e à Junta, bem como de vários socialistas e simpatizantes do partido. Às 17h30, a campanha decorreu em dois pontos da freguesia com dis-tribuição de jornais mas os candi-datos interromperam a caminhada para cumprirem um compromisso. O Movimento em Defesa do rio Tinto havia-lhes convidado para visualizarem o estado do rio antes e depois da ETAR e assim fizeram. Após discussão de ideias e duas horas de caminhada junto ao rio a conclusão foi clara: “ainda há muito a fazer pelo rio Tinto”.

Depois da visita ao rio é tempo de jantar mas não de descanso. A caminho de casa, Marco Martins prepara o dia seguinte com a as-sessora de campanha Mónica An-tunes para a receção de António José Seguro, secretário geral do PS, em Gondomar. Durante o jantar, o candidato vai ainda espreitar os emails que tem para aprovação e resolver o problema do dia: uma das carrinhas de campanha que partiu o semi-eixo.

A noite “podia ter rendido mais”

A noite não é menos válida

para campanha. Por isso mesmo, o grupo socialista encontrou-se na casa do F. C. do Porto, pe-las 21h30 e partiu para a zona da Areosa. No caminho, Marco Martins respondia às dezenas de mensagens acumuladas no telemóvel durante o dia. Pouco depois das 10 horas chegava-se às Águias da Areosa, já com a presença da candidata à Assem-bleia Municipal, Carlota Teixeira. Depois, passou-se pelas Cantari-nhas da Triana, num encontro com o presidente da coletivida-de. O último local a ser visitado na zona foi a Juventus da Triana.

“Isto foi graças a ti”, diz o presi-dente da Juventus a Marco Mar-tins. A associação encontra-se em obras de remodelação.

No final da noite, pelas 23h, Marco e Carlota visitam o bar Gare, na Venda Nova, estabelecen-do contacto com os jovens.

Já perto da meia noite faz-se o briefing com o grupo. “A noite não correu muito bem porque estava frio e pouca gente andava na rua mas agradeço a todos”, diz Marco Martins.

Ao Vivacidade, o candidato faz um balanço do dia positivo, que, na opinião do mesmo, já “seria de esperar” na freguesia em questão. “Andamos na rua e o feedback deste contacto é aquele que é es-perado em Rio Tinto. As pessoas querem que alguém da freguesia possa prosseguir o trabalho que aqui fiz com outro ritmo e outras competências. A base de apoio é muito homogénea no território da freguesia. Só foi pena a forma de como acabamos a tarde, com aquela mancha negra [rio] que prova a incompetência da Câmara e a incapacidade de fiscalizar uma concessão tão importante para o concelho, como é a questão do saneamento”, explica Marco Mar-tins.

António José Seguro em Gondomar

O secretário de estado do Partido Socialista fez uma visita relâmpa-go ao concelho, no dia seguinte, passando pela Feira de Gondomar e reforçando o seu apoio à candidatura de Marco Martins.

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Em Soutelo, caras conhecidas apoiaram o candidato à Câmara de Gondomar

V Durante a manhã e à tarde, distribuiu-se o jornal de campanha socialista

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Política

VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Na Av. Dr. Mário Soares, em São Cosme, a sede da candidatura Gondomar com Esperança abre a porta às 9h20h. Os primeiros a chegar são Bruno, voluntário res-ponsável por conduzir o carro do som que durante o dia espalha o hino da campanha pelas ruas de Gondomar, e Paula Soares, a juris-ta que integra a lista de Maria João Marinho à Câmara Municipal. A manhã quente promete um bom dia para andar na rua.

Um a um, os membros da can-didatura vão chegando à sede e passados 20 minutos, chega Ma-ria João Marinho. Ainda se fala da campanha do dia anterior mas sem demora o grupo parte para mais um dia de rua à boleia da “Mitwi-

ck”, nome dado à Mitsubishi por Rafael Albuquerque Silva, um me-nino de 2 anos, já habituado às ar-ruadas eleitorais nos últimos dias.

A onda verde ou “de esperança” como a João – é assim que é tratada a médica – gosta de lhe chamar, co-

meça o dia em Rio Tinto, por volta das 10h30. “Estou chateado com a política”, afirma um senhor. A can-didata não se deixa ficar e mostra no panfleto que “não há ninguém da atual câmara na minha lista”, afirma. “Sou a Maria João, sou can-

didata à Câmara e quero desejar--lhe um bom dia de trabalho”, vai repetindo enquanto percorre cafés, mercearias, talhos e ruas. Por vezes até atravessa a estrada para ir falar com homens e mulheres ao volante e recorda aos mais velhos que uma das principais medidas do seu pro-grama será “o tratamento gratuito da boca para todos os gondoma-renses”.

Na campanha da candidatura Gondomar com Esperança não há tempo para pensar no cansaço, a equipa orgulha-se do dinamis-mo e animação que percorrem as ruas e procura oferecer sempre um panfleto ou uma caneta a quem passa. “Vamos pôr uma mulher no poder”, pede a candidata ao sair de uma mercearia. “Eu não sou mili-tante, sou é gondomarense, a única cruz que assinei foi com o meu ma-rido”, recorda Maria João.

Às 13h já a fome aperta e deci-de-se que o almoço será no Parque Nascente, em Rio Tinto. A pausa é

Maria João Marinho quer “mudar Gondomar” com as mulheres no poder“Divertida, esclarecedora e simples”, é assim que Maria João Marinho, candidata da coligação Gondomar com Esperança (PSD/CDS-PP) à Câmara Municipal de Gondomar, caracteriza a campanha de rua que faz. Durante o dia 18 de setembro, o Vivacidade acompanhou a comitiva verde durante a ação de rua, em Rio Tinto.

Texto: Pedro Santos Ferreira

V Na “Mitwick” reina a boa disposição da candidatura Gondomar com Esperança

VMaria João Marinho até para o trânsito durante a campanha

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V Uma das promessas mais repetidas foi o “tratamento gratuito da boca para os Gondomarenses”

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Maria João Marinho quer “mudar Gondomar” com as mulheres no poder“Divertida, esclarecedora e simples”, é assim que Maria João Marinho, candidata da coligação Gondomar com Esperança (PSD/CDS-PP) à Câmara Municipal de Gondomar, caracteriza a campanha de rua que faz. Durante o dia 18 de setembro, o Vivacidade acompanhou a comitiva verde durante a ação de rua, em Rio Tinto.

Na “Mitwick” reina a boa disposição da candidatura Gondomar com Esperança

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curta, já que ainda é preciso conti-nuar a percorrer a maior freguesia do concelho, com 43.791 eleitores.

“O prometido é devido” Às três da tarde, a comitiva

encontra-se no Café Outeirinho, em Rio Tinto, para cumprir uma promessa deixada ao final da ma-nhã. “Vim aqui tomar café porque o prometido é devido”, confessa Maria João. Pouco depois, o gru-po depara-se com uma arrua-da do Partido Socialista, mas há “fair-play” entre as candidaturas. Cruzam-se os hinos de campanha e cada um segue o seu caminho. A próxima etapa é na Avenida da Conduta, onde a candidatura Gondomar com Esperança se di-vide para percorrer os dois pas-seios da avenida. De um lado Ma-ria João Marinho, do outro Diogo Tavares, o enfermeiro que ocupa o quinto lugar na lista da médica. No passeio, Maria João Marinho cruza-se com um homem que diz “nunca ter votado na vida”. “Mui-ta coisa tem que mudar, eu estou confortável, de alma e coração e quero mudar Gondomar”, respon-de a candidata.

“Arranjem-me mais “flyers” e canetas”, pede sem ter mãos a medir enquanto entra e sai dos cafés. O grupo vai acompanhando Maria João e ao chegar à Galp de Rio Tinto depara-se com um in-divíduo, de 24 anos, estendido no chão com princípios de ataque de epilepsia. “Deixem passar”, pede a médica, que rapidamente toma conta da situação e ajuda o jovem a acalmar-se. “Já viu a sua sorte? Ser assistido por uma médica que também é candidata à Câmara?”, diz Maria João, enquanto o jovem ri.

Com a chegada do INEM o grupo decide avançar e retomar a ação de campanha. Na sapata-ria da Rua Pedro Álvares Cabral, a candidata refere: “Temos de ganhar, mulheres ao poder”. A comerciante concorda e promete um voto para Maria João Marinho que continua a sua caminhada.

Mais à frente é confronta-da por um homem que acusa os políticos de “serem todos iguais”. “Não é bem assim, olhe que cus-ta muito subir 5 pisos nos bairros

sociais mas eu orgulho-me de os ter subido”, lembra Maria João. “Não somos todos iguais e é por isso que queremos mudar Gondo-mar”, afirma.

Por volta das 17h15, a comi-tiva segue sem Maria João Ma-rinho, que vai a uma reunião de campanha com José Luís Oliveira. Nem por isso o grupo esmorece. Porta a porta lá continua a onda verde, agora liderada por Mário Soares Filipe, candidato à Assem-bleia Municipal de Gondomar.

A ação de campanha termina na estação de metro de Campainha,

j á p e r -to das 1 9 h 3 0 . Antes do jantar ain-da se discu-te quem vai no carro ou na “Mitwick” para a sede. Por volta das 20h, o grupo está de volta ao local de partida e combinam

encontrar-se mais tarde, depois do jantar.

“A candidatura Gondomar com Esperança tem uma aceitação excelente”

Por volta das 22h, Maria João Marinho regressa à sede de cam-panha e faz ao Vivacidade um balanço do dia: “Acho que foi ex-celente. Em Rio Tinto - ao con-trário do que as pessoas pensam – a candidatura Gondomar com Esperança tem uma aceitação ex-celente”.

A candidata à Câmara Muni-cipal de Gondo-mar recusa-se

a dar por ven-cida e apesar do dia des-

g as t ante , promete

e s t a r “ p r e -

para-dís-

si-

ma” para a semana que se segue, a última de campanha antes das eleições. “Cada vez tenho mais

noção das necessidades específi-cas das pessoas, que questionam e perguntam quais são os nossos projetos e em conversa acabam por ficar entusiasmadas com a candidatura”.

Às 22h30, Maria João Mari-nho deslocou-se ainda a S. Pedro da Cova para “falar com uma fa-mília carenciada” que tinha pedi-do para conversar com a médica. A visita foi em privado por ser uma situação “mais complicada”.

A candidata acedeu ao pedido e fez-se à estrada para no dia

seguinte marcar presença na estação de metro de Rio

Tinto, às 7h15.

V Rafael (2 anos) acompanhou a comitiva

Uma das promessas mais repetidas foi o “tratamento gratuito da boca para os Gondomarenses”

V “Temos que mudar, é preciso uma mulher no poder”, dizia Maria João Marinho

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O Diretor de Turma exerce na es-cola uma valiosa atividade, a qual jul-gamos merecer uma reflexão.

Este docente constitui um ele-mento determinante na mediação de conflitos, que não se encerram apenas no recinto escolar, multiplicando-se por toda a comunidade educativa. Acumula ainda numerosas funções burocráticas, necessitando de desen-volver, através de técnicas específicas, capacidades para o exercício de todas as tarefas de coordenação que executa.

Reconhece-se este gestor peda-gógico como acumulando uma tripla função: a relação estabelecida com

os alunos e com os encarregados de educação, bem como a relação esta-belecida com os demais professores da turma.

Por conseguinte, o Diretor de Turma é um professor posicionado numa estrutura pedagógica de gestão intermédia da escola, particularmente centrado nos alunos e na gestão dos mesmos, especializado na organiza-ção de um trabalho cooperativo entre os diferentes professores da turma que dirige, em benefício do desenvolvi-mento inteletual e pessoal destes dis-centes.

O Diretor de Turma constitui

uma peça fundamental na relação in-terna entre o grupo – turma e o grupo – professores, bem como na relação externa que estabelece com os encar-regados de educação.

As rápidas mutações demográfi-cas, tecnológicas e sociais, levam-nos a reconhecer que a escola é um siste-ma que necessita do apoio de outros sistemas para que, em conjunto, for-mem uma rede de apoio ao aluno, sem a qual o seu desenvolvimento não será possível. Contudo, à crescente hetero-geneidade dos alunos tem sido asso-ciada uma diminuição da qualidade dos ambientes comunitários e destas

redes de apoio.Para responder a esta função o

Diretor de Turma necessita de estar preparado, visando cumprir todas as valências que são da sua responsabi-lidade. Mais do que conhecer a legis-lação e as funções que dela decorrem, este docente carece de uma visão inte-gradora de todos os recursos da escola e da comunidade educativa, de modo a ser capaz de responder a todos os desafios presentes no Projeto Educa-tivo da Escola

O Diretor de turma é uma pedra angular na trilogia: Aluno/Pais /Pro-fessores

Catarina MartinsBE

Desprezo o óbvio, quase tanto quanto desprezo a mediocridade, a hipocrisia, a deslealdade, a ausência de valores, a falta de coerência e a covardia.

Neste final prolongado de um Verão que se anunciou frio e, con-trariando as previsões, se manifes-tou particularmente quente, fugirei à evidência dos temas da atualidade e escreverei sobre a minha janela preferida sobre o mundo, nestes dias de estio – a Praia da Memória.

Ao atravessar o passadiço dunar a visão da Praia mostra-se soberba. Os ventos fazem-na menos frequen-tada e o areal imenso de ar rude e ainda pouco domesticado dá-lhe um aspeto selvagem, indomado. Nas du-nas, inteligentemente preservadas, ergue-se, majestoso e invencível, o obelisco de granito evocativo do desembarque de D. Pedro IV, acom-

panhado pelo “Exército Libertador”.Foi daí e não do Mindelo, onde

estava previsto desembarcar, que D. Pedro seguiu, acompanhado de 7.500 bravos homens, para o Porto. Onde resistiu durante um ano, na-quele que ficou conhecido pelo fa-moso “Cerco do Porto”, e combateu o seu irmão, D. Miguel, pondo fim ao absolutismo.

D. Pedro IV acabou por su-cumbir à tuberculose pouco depois da vitória. Contudo, teve tempo de acautelar que o seu coração fos-se doado à cidade do Porto e ficou para sempre como uma referência, aquém e além-fronteiras, da defesa dos ideais liberais.

Foi sentada neste areal que, no ano passado, li a biografia de D. Pedro V, seu neto, e é curioso ver como, no pouco tempo que a sua curta vida lhe permitiu reinar e sen-

do demasiado jovem para tão exi-gente desempenho, se revelou um visionário ao lançar as bases de um Portugal moderno. Esse Portugal que o seu avô teria, seguramente, as-pirado vislumbrar.

Aqui, neste recanto onde a terra se confronta com o mar, há momen-tos em que ao fecharmos os olhos se sente uma atmosfera única e verda-deiramente inspiradora.

Aqui, debruçada na minha jane-la sobre o mundo, sentindo a brisa marítima no rosto, questiono-me sobre o que pensaria D. Pedro IV, lá do alto da história, se lhe fosse dado olhar para nós, neste Portugal a fe-necer na mão do poder absoluto dos mercados, sem ambição e sem a for-ça necessária para um golpe de asa libertador.

Sim, o que pensaria D. Pedro IV, lá do alto da história, se lhe fosse

dado olhar para este Portugal toma-do de cima a baixo, nas mais diver-sas instâncias da vida política, por miguelistas empedernidos, disfar-çados de grandes democratas, pro-tagonistas serôdios de papéis para os quais lhes falta o saber, a arte e a coragem.

O que pensaria D. Pedro IV, lá do alto da história, se lhe fosse dado olhar para este Portugal a ficar pu-trefacto por inação de alguns que se esquecem de ser…

Nestes momentos, imagino que olharia para o espectro daqueles que o acompanharam no campo de bata-lha e voltaria a proclamar “Soldados , aquelas praias são as do malfada-do Portugal. Ali vossos pais, mães, filhos, esposas, parentes e amigos suspiram pela vossa vinda e confiam nos vossos sentimentos, valor e ge-nerosidade(…)”

A Estatura do Diretor de Turma

A propósito da Praia da Memória

Margarida AlmeidaPSD

Nos últimos dias temos assistido a uma campanha paralela à campa-nha autárquica. É a campanha do medo e da chantagem. São os juros, a desconfiança dos mercados e das agências de notação, são os senado-res da direita todos a avisar-nos que poderá ser mau para o país se a vida correr mal ao governo.

O momento desta campanha não deixa de ser curioso. É no momen-to em que Portugal supostamente regressaria aos mercados (Passos Coelho tinha prometido que seria a 23 de Setembro de 2013), mas afinal está mais perto do que nunca de um segundo resgate.

A campanha do medo tenta en-cobrir as responsabilidades do go-

verno. Porque sabem bem PSD e CDS   das culpas da política que es-colheram, do rumo que quiseram. É a austeridade que mata o futuro e empobrece o país. Mais de 40% de desemprego jovem, mais de um mi-lhão de desempregados, cortes nos salários e nas pensões, destruição da Escola Pública e do Serviço Nacional de Saúde. E uma dívida pública que não pára de crescer porque a chan-tagem da finança asfixia a economia.

Dizem PSD e CDS que temos de cumprir os contratos que assinámos. Têm razão. Por isso mesmo não se pode fazer gato sapato dos contratos assinados com os pensionistas, com os funcionários públicos, com quem trabalha em Portugal, quem paga os

seus impostos, quem vive neste país, quem cá nasceu e quer cá poder vi-ver. Os contratos não existem só para os credores.

Na  verdade não há escolha entre cortes nas pensões ou segundo res-gate, corte nos salários ou segundo resgate, despedimentos ou segundo resgate. Com a austeridade nunca há solução. Aprofundar o caminho que nos trouxe até aqui é apenas trazer mais destruição.

A campanha da chantagem ape-nas mostra que a direita tem medo das eleições. Tem medo da avaliação da sua política no dia 29 de Setem-bro. No dia das eleições todos temos o mesmo poder; todos os votos valem o mesmo. E podemos avaliar a troika

e a direita e chumbar a sua política.Dia 29 de Setembro a direita

teme que o país perca o medo. É o dia de dizer que basta de destruição, que exigimos alternativa. No dia das elei-ções reclamamos o direito ao futuro, reclamamos decência e dignidade, reclamamos as nossas vidas. É dia de virar à esquerda. Entre os juros e as pessoas, escolher as pessoas. Entre a chantagem e o futuro, escolher o fu-turo. Entre a solidariedade e o salve--se quem puder, escolher a solidarie-dade.

Dia 29 que ninguém falte à cha-mada, por um novo rumo que res-ponda à crise. Dia 29 o voto no Bloco de Esquerda é o voto do futuro, dig-nidade, da solidariedade.

Escolher futuro

Isabel SantosPS

18 VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Política: Vozes da Assembleia da República

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19VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

José Luís FerreiraPEV

O afastamento da candidatura encabeçada por Fernando Paulo da corrida autárquica de Gondomar é o verdadeiro baralha e volta a dar.

Não tenhamos ilusões: a candi-datura herdeira de Valentim Loureiro estava muito bem posicionada para voltar a ganhar a Câmara Municipal de Gondomar. Nem o PS nem a co-ligação PSD-CDS estava a conseguir conquistar eleitorado suficiente face a quem dominou dezenas de anos a Câmara Municipal. Não deixa por isso de ser lamentável que por uma questão formal exista esse novo facto político que afasta Fernando Paulo dos boletins de voto – e na verdade nem daí porque o candidato pode

bem aparecer no boletim anulando o voto a quem teime em votar nele. Por outro lado, no entanto, a lei é clara e as questões formais assumem parti-cular relevância nos processos eleito-rais pelo que o fim da candidatura era inevitável.

Pois agora como decidirão os gondomarenses? António José Se-guro tem estado muito no concelho tentando aqui salvar um resultado que no resto do distrito não oferecerá grandes razões para sorrir. As vicis-situdes internas do PS têm aliás afas-tado alguns históricos da campanha socialista que não querem aparecer junto dum apoiante tão destacado do secretário-geral que não apoiam.

Do lado da coligação PSD-CDS uma candidatura forte de Maria João Marinho aparece agora com novo élan. No último fim-de-semana antes das eleições e de cada vez que se cru-zava com a candidatura socialista, era evidente o maior e crescente número de apoiantes da coligação Gondomar Com Esperança, acompanhados por dirigentes nacionais e deputados dos dois partidos que a compõem.

Se o PSD e o CDS conseguirem juntar às suas hostes o apoio de al-guns que estavam com Fernando Paulo, então Seguro pode bem ter mais um resultado amargo em Gon-domar. E o que parece estar a acon-tecer um pouco por todo o país é

que as populações sabem separar o que deve ser separado: nas eleições autárquicas não são Seguro, Passos ou Portas que estão no boletim, mas sim, como aqui, Marco Martins e Ma-ria João Marinho. E é entre estes dois que se deve colocar a questão ao elei-torado gondomarense. Pela minha parte, olhando para pessoas como o António Aguiar ou o Rui Quelhas que acompanham a Maria João Ma-rinho, tenho muita esperança que em Gondomar possa vencer a Esperança duma nova forma de fazer política autárquica. Porque Gondomar foi infelizmente exemplo de políticas menos claras e isso demora tempo a curar.

Baralha e volta a dar

Ultimamente temos vindo a assis-tir a declarações de alguns membros do Governo, que na nossa perspe-tiva representam uma tentativa de pressão intolerável e a todos os tí-tulos inadmissível sobre o Tribunal Constitucional (TC). Porém, não é a Constituição que tem de ser respon-sabilizada pelo desemprego, nem pela recessão, e muito menos pelas dificul-dades que o Governo tem em mover--se no respeito pelas regras constitu-cionais.

Não há dinheiro, mas não foi a Constituição que o levou. A Consti-tuição nada teve a ver com a fraude do BPN. Uma fraude que custou aos Portugueses 7 mil milhões de euros e 7 mil milhões de euros davam para muita coisa. Mas a Constituição tam-

bém nada teve a ver com os Buracos do BPP ou do Banif, nem tão pouco com os SWAP’s e com as PPP.

O Governo vira-se contra a Cons-tituição por não o deixar despedir sem justa causa e procura agora con-tornar a decisão do TC, com a cha-mada Lei da Requalificação, através da qual pretende cortes superiores a 60%, ou seja ao fim de um ano milha-res e milhares de pessoas ficam a ga-nhar apenas 30% do seu salário atual. Uma vergonha.

Uma vergonha só comparável à dita convergência de pensões entre o sector público e o privado, reduzindo em 10% as pensões de milhares e mi-lhares de pessoas.

E ao contrário daquilo que o Go-verno quer fazer crer, os cortes nas

pensões não atingem apenas os atuais aposentados. É verdade que o Gover-no pretende proceder a esse ataque brutal às pessoas que já estão a receber pensões, mas também é verdade que a proposta de lei do Governo também se aplica aos trabalhadores da Função Pública que pediram a sua aposen-tação até 31 de Dezembro de 2012, e que esperam ainda hoje que lhes seja aplicado o regime em vigor nessa data, como aliás o Governo tinha pro-metido e que constava da própria Lei. Mas não ficamos por aqui, o Governo também pretende que estas alterações se apliquem a todos os trabalhadores que se aposentem no futuro.

Aposentados e futuros aposenta-dos, todos são vítimas desta fúria do governo contra as pessoas que traba-

lharam e descontaram uma vida no pressuposto de que o Estado cumpri-ria a sua palavra.

O Governo não percebe que não se pode reduzir sistematicamente as pensões, as reformas e os salários e os orçamentos das políticas sociais, porque uns e outros têm limites que o Governo parece querer ignorar.

O Governo cada vez exige mais aos Portugueses, cada vez tem menos para lhes oferecer e cada vez mais au-menta a nossa divida. São mais 10 mil milhões de euros só nos primeiros seis meses deste ano.

Nós já há muito que o dizemos, cada dia de permanência deste Go-verno significa mais austeridade, mais desemprego, mais pobreza, me-nos economia e mais divida.

O Governo não sabe governar respeitando a Constituição

Michael SeufertCDS-PP

Política: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

Tal como os orçamentos de base zero em que se inicia a construção da previsão de despesas e proveitos a partir do zero sem considerar a despesa de anos anteriores, do ponto de vista político 2013 será um ano de reinício, de autêntica e real mudança de ciclo.

Fruto de várias vicissitudes, entre as quais a rejeição da candidatura in-dependente pelo tribunal, da afirma-ção crescente do PS como alternativa aos executivos PSD/independentes liderados por Valentim Loureiro e de um trabalho incansável de proxi-midade do candidato Marco Martins na Junta de Freguesia de Rio Tinto, Gondomar irá viver uma nova era de governação autárquica. Do Executi-

vo em funções neste momento não ficará um único elemento, nem na oposição. A bem da democracia era preferível que por cá continuassem, ainda que em papéis diferentes dos atuais. Mas nada acontece por acaso e esta viragem é também consequên-cia do aturado trabalho de todos os candidatos do PS nestes últimos 20 anos, que, corajosamente, oferece-ram o melhor de si próprios à causa pública e ao combate autárquico. Os autarcas de Junta de Freguesia que tiveram que enfrentar tremendas di-ficuldades para defenderem os seus territórios merecem também um destacado lugar nesta viragem de ci-clo, assim como todos os Vereadores e eleitos locais da Assembleia Muni-

cipal. Só um partido da dimensão e grandeza do Partido Socialista pode-ria resistir tanto tempo na oposição e encontrar agora forças para renascer e construir um projeto com progra-ma, equipa e candidato à altura dos desafios que Gondomar tem pela frente.

Gondomar e os gondomarenses precisam de recuperar o orgulho na sua terra, precisam de valorizar a dignidade, a transparência e a ética. Só o tempo e o trabalho permitirão que os cidadãos se apercebam que o seu concelho não é coutada de al-guém.

Mas estes 20 anos que passaram e deixaram Gondomar na cauda do desenvolvimento têm outro rosto

para além dos independentes. Não podemos esquecer que o PSD, que agora governa o país e que de corte em corte vai lançando famílias na miséria, tem estado associado, bem de perto, ao passado e ao presente de Gondomar. O PSD governou este concelho até à expulsão de Valen-tim Loureiro e mesmo depois disso assumiu-se sempre como supor-te do Executivo. Aliás, como pode dissociar-se este PSD quando tem no Executivo em funções um Vereador?

O corte com o passado, o voto na mudança é o voto no PS. Nenhum gondomarense se deve demitir da responsabilidade de poder contri-buir com o seu voto para um futuro melhor.

2013, ano zero para Gondomar

Carlos BrásPS

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20 VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Cristina NogueiraCDU

Poucos dias faltam para as pró-ximas eleições autárquicas. Vivemos um momento de grande desconforto, crise e por vezes desalento, tanto em termos nacionais como em termos locais.

A nível nacional este é o momen-to certo para dizermos basta a estas políticas que aumentam o desempre-go, reduzem os serviços públicos, di-minuem salários e pensões. A dívida, em nome da qual tantos sacrifícios nos exigiram não pára de aumentar. Dia 29, com o seu voto, pode pena-lizar aqueles que se aliaram à troika estrangeira – o PS, o PSD e o CDS são responsáveis pela atual situação, e não tiveram qualquer tipo de pu-dor em aceitar todas as exigências da

troika que, dizem, nos veio ajudar! Não!!! Não é ajuda, é empréstimo! E empréstimo com altas taxas de juro!

Nestas eleições tem a oportuni-dade de dizer que não concorda com o estado a que o país chegou! Tem a oportunidade de com o seu voto fazer a diferença! Desta vez, vote CDU!!

Ao nível local, a situação não é melhor! Vivemos num concelho que não soube captar investimento nem potenciar os seus recursos na-turais para a criação de emprego, um concelho com níveis de insucesso e abandono escolar dos mais altos da área metropolitana, um concelho ter-ritorialmente desordenado, um con-celho cuja gestão tem tido profundo

desrespeito pelo ambiente, em que se promoveu a privatização de serviços essenciais como é o caso da Recolha dos Resíduos Sólidos. Urge mudar de políticas!! Alguns, mais incautos, poderão pensar que com a impugna-ção por parte do Tribunal Constitu-cional da lista da Coligação Valentim Loureiro, seguramente uma nova fase surgirá na governação autárqui-ca. Isso não é certo!! Sabemos bem que muitas vezes mudam os rostos, podem até mudar as siglas partidá-rias, mas as políticas são as mesmas. Lembro que, apesar de agora se te-rem “zangado as comadres”, o PSD foi sempre um pilar da governação camarária. Nunca o PSD se insurgiu contra as propostas da Câmara, nun-

ca apresentou propostas alternativas. PSD e Valentim Loureiro podem es-tar zangados, mas fizeram e fazem a mesma política. Quanto ao PS, era bom saber o que fez durante estes 4 anos em que até teve vereadores. Onde esteve a sua oposição? Mesmo na Assembleia Municipal, os deputa-dos socialistas votaram muitas vezes cada um da sua maneira, de forma a “agradar a gregos e troianos”.

A CDU pauta-se por ser coe-rente. O que diz na rua é o que de-fende nas instituições onde está. E em todas defende o mesmo! A CDU orgulha-se de dar voz às pessoas. É a força política com que pode contar! A CDU é a esquerda que faz falta! Por isso, desta vez, vote CDU!!

Desta vez, CDU!

Rui NóvoaBE

No próximo domingo os gondo-marenses irão escolher os represen-tantes autárquicos para os próximos quatro anos.

Terão como escolhas o Bloco de Esquerda, a CDU, PS, e PSD/CDS, uma vez que, como é do conhecimen-to de todos a candidatura do Movi-mento Valentim Loureiro foi excluída pelos tribunais por irregularidades. Por muito que se queiram vitimizar acusando os partidos pelo sucedido, a verdade é que foram os tribunais que decidiram a sua anulação.

O Bloco de Esquerda tem apoiado desde a primeira hora as candidatu-ras de cidadãos e a prova disso é que

nestas eleições, só a título de exem-plo não apresentou candidaturas em Braga e Coimbra para apoiar candi-daturas de cidadãos. Por isso, aqueles que pretendem acusar os partidos de estarem contra as candidaturas de ci-dadãos, no que nos diz respeito essa “lenga lenga”, para nós não pega.

Quando no domingo estiverem a exercer o direito de voto não se es-queçam de quem no país e em Gon-domar se tem batido na defesa dos seus direitos, contra a privatização dos serviços de limpeza, dos estacio-namentos pagos em Rio Tinto e em S. Cosme, contra o desemprego e a precariedade, contra o roubo dos sa-

lários, das pensões, da destruição do serviço nacional de saúde e dos servi-ços públicos.

Não se deixem levar por aqueles que nos tem conduzido a esta situa-ção!

Não há partidos bons em Gon-domar e maus no resto do país, a sua política é a mesma.

Em Gondomar eles estão masca-rados de bonzinhos tentando fazer--nos crer que nada têm a ver com as políticas do governo da troika.

Este é o momento de virar à es-querda e para isso, é muito importan-te reforçar o apoio em votos e com mais eleitos. Precisamos de ter uma

verdadeira esquerda a governar não só na Câmara mas também nas Fre-guesias.

O voto no Bloco de Esquerda é a garantia de termos homens e mu-lheres que não dizem uma coisa em campanha e depois fazem o contrá-rio. Os eleitos do Bloco de Esquerda defenderam sempre os interesses das pessoas!

Assim no domingo Gondomar tem de mostrar o maior cartão ver-melho de sempre aos partidos da di-reita.

Gondomar precisa de uma es-querda de confiança e essa esquerda não existe sem o Bloco.

No domingo em Gondomar, é preciso virar à esquerda!

Pedro OliveiraCDS-PP

Pois é, as eleições autárquicas do próximo domingo determina-rão definitivamente no Concelho de Gondomar uma fundamental mudança na sua direcção politica. Portanto, uma enorme oportunida-de para Gondomar reingressar aos patamares de desenvolvimento e dignidade de que tanto tem estado afastado.

A saída da corrida eleitoral da candidatura independente, apesar das razões que o determinaram, produziu uma saudável clarificação das propostas eleitorais para o con-celho, fazendo sobressair duas anta-gónicas perspetivas de intervenção política: A proposta Socialista e a

proposta Social – Democrata/ Cris-tã, integrada pelo PSD e CDS.

Não vamos aqui enfocar as di-ferenças essenciais entre cada uma das propostas no referente à estraté-gia de intervenção política pois to-dos já conhecem as inerentes priori-dades. Os Socialistas dando sempre bem mais prioridade às “coisas”, os Social-Democratas e Centristas muito mais humanistas, mais preo-cupados com as pessoas.

Ora a nosso ver, os Gondoma-renses têm nestas eleições a fun-damental incumbência de se não deixarem voltar a enredar em pro-postas populistas e viciosas, emi-nentemente pessoais, sem qualquer

vertente solidária ou dirigidas para a transformação virtuosa do con-celho. A experiência dos últimos mandatos, deverá servir de alerta para todos os Gondomarenses, por-que o concelho não aguentará mais uma postura de “faz de conta” por parte de quem politicamente o di-rige.

Urge consequentemente que os Gondomarenses procurem conhe-cer as pessoas de cada uma destas duas candidaturas. As suas ideias, a sua credibilidade política e pessoal, a sua apetência técnica para “pensa-rem” Gondomar e lhe emprestarem a dinâmica que precisa e merece no âmbito dos concelhos da Área

Metropolitana do Porto. A política faz-se com pessoas e para as pes-soas, e a coligação “Gondomar com Esperança” reúne as pessoas certas para catapultar o concelho rumo ao futuro a que tem direito.

Esta é a nossa opinião. Claro que somos suspeitos pois integramos este projeto. Contudo convidamos todos os Gondomarenses a que, an-tes de “descarregarem” o seu voto, tentem conhecer, com efetividade, as pessoas de uma e outra candida-tura. Conheçam, apreciem e depois enfim, votem em consciência.

Não somos nós que pedimos, é Gondomar e o seu futuro que o exige.

Oportunidade

Política: Vozes da Assembleia Municipal

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21VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Sociedade

Cento e vinte expositores e uma maior organização marca-ram a IV Medieval de Rio Tinto que levou 15 mil pessoas a viajar no tempo e percorrem - pelos caminhos da Quinta das Frei-ras – o período pós antigui-dade.

Malabaris-tas, baila-r i n a s , arte-

sãos, cavalos e outros animais, foi o que se pode encontrar nos três dias dedicados à Idade Média em Rio Tinto.

Nuno Moutinho, um dos res-ponsá- veis pela organização da

Medieval de Rio Tinto, destacou o “aumento da feira e a quali-dade dos ani-

madores”. Para o organizador, o “feedback foi muito positivo e o tempo tam-bém ajudou”.

Feira Medieval de 2014 já em preparação mas não aumenta

O balanço é, segundo Mouti-nho, de “afirmação”. “Queremos que esta feira continue a estar no mapa das medievais”, afirmou. Apesar da afirmação de que falou, Nuno Moutinho não deseja con-tudo aumentar a feira do próximo ano. “Pretendemos consolidar e aumentar a qualidade desta feira para o ano”, disse.

A IV Me-dieval de Rio Tinto incluiu 120

expositores [80 artesãos e 40 expo-sitores de gastronomia] e levou à Quinta das Freiras 15 mil pessoas. A organização ficou a cargo de vá-

rios colaboradores riotintenses e da Junta de Freguesia de Rio Tinto em conjunto com a ARGO – Asso-ciação Artística de Gondomar.

Quinta das Freirasrecuou até à Idade MédiaÉpoca Medieval sentida por 15 mil pessoas em Rio TintoJá imaginou viver num período onde camponeses prestavam vassalagem aos nobres? Nos dias 20, 21 e 22 de setembro, várias foram as pes-soas que puderam assistir às encenações medievais na Quinta das Freiras, em Rio Tinto, onde para além da habitual recriação histórica e do cortejo, houve espaço para a degustação de vários assados e gastronomia da época.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

V Figurantes acompanham momento fotográfico com membros da JFRT, Obra ABC e ARGO V Comerciante vende chás aos visitantes da Feira

V Na foto: Onofre Varela e Glória Costa, rei e rainha da Feira Medieval de Rio Tinto V Vários artigos de bijuteria comercializados nas barraquinhas

V Gastronomia foi ponto forte desta edição da Medieval na Quinta das Freiras

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Sociedade

VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

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CÂMARA MUNICIPAL DE GONDOMAR

EDITAL

MAJOR VALENTIM DOS SANTOS DE LOUREIRO, PRESI-DENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE GONDOMAR

Torna público que, nos termos do disposto no n.º 1 do Art.º 1.º, conjugado com o n.º 1 do Art.º 2.º e n.ºs 1, 2 e 3 do Art.º 3.º da Lei n.º 26/94, de 19 de agosto, e da Lei n.º 104/97 de 13 de setembro, as transferências efetuadas pelo Município de Gondomar a título de subsídio, subvenção, bonificação, ajuda, incentivo ou donativo referentes ao 1.º Semestre do ano de 2013, foram as constantes do mapa que se anexa.

Para constar e devidos efeitos se publica o presente Edital que vai ser afixado em local próprio no edifício dos Paços do Municí-pio e nos restantes locais mencionados na lei.

Gondomar, 25 de setembro de 2013

Por Delegação do Presidente da Câmara,A Vereadora-Adjunta,

(Dra. Daniela Loureiro Himmel)

Foi a 15 de setembro de 1913 que, na Sede Social do Clube dos Caçadores de Gondomar, se de-cidiu criar este corpo de bombei-ros. Serafim Rosas, então, liderou um grupo que decidia fundar, em Gondomar, um “corpo de salvação pública e aquisição do respetivo material para extinção de incên-

dios”. “Tão importante melhora-mento público”, como referiram na primeira Ata formal, implicou, de imediato, várias ações de angaria-ção de donativos.

Um século depois, foram mui-tos os que marcaram presença na cerimónia que este aniversário dos Bombeiros Voluntários de Gondo-

mar. Valentim Loureiro, Presiden-te da Câmara Municipal, e Filipe Lobo D’Ávila, Secretário de Estado da Administração Interna, destaca-ram a importante função dos bom-beiros voluntários de todo o país. E, neste caso em particular, dos Voluntários de Gondomar.

J o a q u i m Martins, Presi-dente da Direção da corporação aniversariante, destacou os “re-levantes apoios e o elevado sen-tido de coopera-ção” que, nestes últimos 20 anos, encontrou por

parte da Câmara liderada por Va-lentim Loureiro. “É inexcedível a ajuda que sempre recebemos de Valentim Loureiro, e dos executi-vos por ele liderados, sendo que, na minha opinião, nenhuma ou-

tra autarquia iguala tais apoios”. Valentim Loureiro, pouco depois, agradeceria os elogios – acrescen-tando que “os apoios que a Câmara dá são, para qualquer político res-ponsável, uma obrigação”.

Bombeiros Voluntários de Gondomar celebraram 100.º aniversárioOs Bombeiros Voluntários de Gondomar (BVG) comemoraram, no passado dia 15 de setembro, o seu centésimo aniversário. O dia festivo começou logo pela manhã com o hastear de bandeiras, depois realizou-se a sessão solene e, já no final, um desfile apeado e motorizado. A cerimónia ficou ainda marcada pela entrega, por parte do Secretário de Estado da Administração Interna, da Medalha de Mérito de Proteção e Socorro.

CARTÓRIO NOTARIAL DE RIO TINTOLIC.JOSÉ GUILHERME OLIVEIRA

NOTÁRIOJUSTIFICAÇÃO NOTARIAL

CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de TREZE de AGOSTO de dois mil e treze, exarada de folhas 25 e seguintes, do livro de notas nº 63, deste Cartório, JERÓNIMA FERREIRA DA CRUZ, NIF 148 892 795, divorciada, natural da freguesia de S.Cosme concelho de Gondomar, e residente no Largo da Pedreira, 57, em Vilar, São Cosme, Gondomar, titular do Bilhete de Identidade nº 2968583 emitido em 17/01/1983, pelo Sic de Lisboa, que é dona e legitima possuidora dos dois prédios urbanos: A) Constituído por uma casa de habitação de rés do chão e logradouro, situada no Lugar de Vilar, com a área coberta de quarenta e dois metros quadrados e a descoberta de sessenta e quatro metros quadrados, na freguesia de São Cosme, concelho de Gondomar, que confronta a norte com António Silva sul com Josefina Pereira d Cruz a nascente com Pedreira e a poente com António da Silva prédio omisso na Conservatória do Registo Predial de Gondomar e tem o artigo matricial 1816 e tem o valor patrimonial e atribuído para efeitos deste acto de 23830,00 € (vinte e três mil oitocentos e trinta euros)

B) Constituído por uma casa térrea de habitação com logradouro, situada em Vilar, com a área coberta de quarenta e cinco metros quadrados e a descoberta de duzentos e cinco metros quadrados, na freguesia de São Cosme, concelho de Gondomar, que confronta e norte e a poente com António da Silva a sul e a nascente com ficheiros da Câmara Municipal, prédio omisso na Conservatória do Registo Predial de Gondomar e tem o artigo matricial 1438 e tem o valor patrimonial e atribuído para efeitos deste acto de 21240,00 € (vinte e um mil duzentos e quarenta euros).

E de dois prédios rústicos, também situados na freguesia de São Cosme, concelho de Gondomar: C) Constituído por um Campo da Arroteia, com a área de mil e duzentos metros quadrados, situado no lugar de Vilar e que confronta a norte com José Ferreira Assen-

ção a sul com Abílio Teixeira Ribeiro a nascente com herdeiros de Manuel Ribeiro de Almeida e Poente com Domingues de Sousa Neves , inscrito n matriz respectiva sob o artigo 2833 e com o valor patrimonial e atribuído de 598,56€ e omisso n respectiva Conservatória do registo Predial.

D) Constituído por um Campo da Arroteia, com a área de mil e cem metros quadrados, situado no lugar de Vilar e que confronta a norte com Manuel Ribeiro de Almeida a sul e nascente com José Vicente e Poente com caminho, inscrito na matriz respectiva sob o artigo 2834 e com o valor patrimonial e atribuído de 548,68€ e omisso n respectiva Conservatória do registo Predial.

Que a Primeira outorgante adquiriu em data que não conseguem precisar mas no ano de mil novecentos e oitenta e dois, por partilha na sequencia de divórcio, nunca formalizada por escritura publica, efectuada entre ela e Mateus Martins de Castro, seu ex - marido e entretanto falecido, residente em Lavra, Matosinhos;

Que desde essa data se encontra na posse dos prédios, há mais de vinte anos, usufruindo-os como verdadeira proprietária, conservando-os retirando deles todas as utilidades, cultivando os rústicos e retirando deles os seus frutos, pagando as taxas e contribuições, como quem exerce um direito próprio, á vista de todos, sem interrupção, sem nunca terem suscitado duvidas ou oposição de qualquer pessoa, elementos que conferem á posse assim exercida as características de publica pacifica e de boa-fé, o que lhe permite invocar o direito de propriedade por usucapião.

Que dada a natureza originária da aquisição e para fins de primeira inscrição e em virtude da inexistência de qualquer titulo, não têm os outorgantes a possibilidade de comprovar pelos meios normais a aquisição do dito prédio, por forma a regista-lo a seu favor, nem a possibilidade de o obter pelo que, para o efeito, justifica o seu direito pela presente escritura .

O presente extracto vai conforme o original, destina-se a publicação e está nos termos dos números um e dois do artigo cem, do Código do Notariado. _____________________________

Rio Tinto, vinte e cinco de Setembro de dois mil e treze.O Notário,

José Guilherme Oliveira

VIVACIDADE | 26 DE SETEMBRO DE 2013

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23VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Sociedade

A Feira do Livro no Largo do Souto marcou mais um início das Festas do Concelho de Gondomar.

A edição de 2013 começou no dia 6 de setembro e dura até ao dia 13 de outubro. Entre as iniciativas que merecem destaque, inserem--se a feira literária que trouxe a Gondomar vários autores, como por exemplo, Nuno Lobo Antunes,

Júlio Magalhães e João Fernan-do Ramos, jornalista da RTP, que apresentaram as suas obras mais recentes.

Seguiu-se a habitual promoção das tradições gondomarenses com o cortejo “Um Desfile pela Tradi-ção”, no dia 14 de setembro, que reuniu num percurso desde a Rua da Igreja até ao Auditório Munici-pal de Gondomar, Ranchos e Gru-pos Etnográficos de Gondomar.

O Largo do Souto foi um dos locais de passagem du-rante os dias 21 e 22 de se-t e m - bro, com a ini- ciativa “Caldo de Nabos para To-dos”, e a oferta de caldo de na-bos a quem por lá passasse.

F r a n c i s c o Ascensão, presi-dente da Confraria de S. Cosme, S. Damião e Nossa Senhora do Rosário, faz um ba-lanço positivo da edição que ain-da decorre e destaca o concerto dos Deolinda, marcado para o dia 27 de setembro, e a “habitual pro-moção gastronómica dos nabos”. O presidente da Confraria lança o apelo aos moradores das ruas do Largo João Paulo II até à Igreja de S. Cosme: “embelezem as janelas com as habituais colchas, durante o período de passagem da Gran-diosa Procissão de Louvor e Honra a Nossa Senhora do Rosário e aos Padroeiros S. Cosme e S. Damião.

As Festas do Concelho despe-dem-se no dia 13 de outubro com um concerto de despedida realiza-do pelos alunos das escolas de mú-sica das quatro bandas musicais do concelho de Gondomar (Gondo-mar, Melres, Rio Tinto e S. Pedro da Cova).

Gondomar celebramais de um mês em festaAs Festas do Concelho tiveram início a 6 de setembro e prolongam-se até ao dia 15 de outubro com diversas iniciativas culturais, religiosas, desportivas e turísticas em Gondomar (S. Cosme). Ao Vivacidade, Francisco Ascensão, presi-dente da Confraria, destacou o concerto dos Deolinda e a já habitual “promoção gastronómica dos nabos”.

Texto: Pedro Santos Ferreira

V “Um Desfile Pela Tradição” reuniu vários grupos etenográficos de Gondomar

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V A procissão é um dos momentos altos das Festas do Concelho

V O Cortejo partiu da Rua da Igreja até ao Auditório Municipal de Gondomar

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Restaurante Aliança (O Aníbal) vence certame “Hoje Há Caldo de Nabos”

No dia 25 de setembro, no âmbito do certame “Hoje há Caldo de Nabos”, realizou-se no Auditório Municipal a prova dos caldos apre-sentados a concurso. Depois da escolha (feita por um abrangente júri), o prémio de vencedor foi atribuído ao restaurante “Aliança (O Aníbal)”. Valentim Loureiro, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, acompanhado pelo Vereador do Pelouro do Turismo, Joaquim Castro Neves, entregou o prémio ao vencedor.

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Sociedade

VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Há quantos anos existem as festas do concelho?

As festas do concelho já exis-tem há séculos. São festas que já têm centenas de anos.

Comigo aqui a trabalhar - e estou aqui há 11 anos - a Festa do Rosário e a Festa das Nozes tornaram-se festas emblemáticas na freguesia de Gondomar (S. Cosme).

A duração das festas do con-celho já ultrapassa um mês. Tem vindo sempre a aumentar?

Tem vindo a aumentar, não só na duração mas também na oferta de mais atividades. O espaço para os feirantes e comerciantes tam-bém tem sido alargado ao ponto de ser praticamente o Souto, a Rua e a Avenida 25 de Abril, que

vai até á feira. Há também, cada vez mais, uma maior afluência re-ligiosa de pessoas com fé e cren-ça na Nossa Senhora do Rosário, principalmente entre os dias 1 e 7

de outubro, que são os dias com maior afluência.

As festas do concelho são compostas por várias iniciativas

ao nível da cultura, desporto, re-ligião…

É um período bastante longo com diferentes atividades. Co-meçou com a Feira do Livro, que traz vários autores a Gondomar, tivemos a Festa das Tasquinhas e vamos ter uma série de atividades no Largo do Souto, relacionadas com o âmbito musical e cultural.

Que balanço faz da edição deste ano? Há alguma iniciativa que destaque?

Destaco a iniciativa do “Caldo de Nabos Para Todos” e a Feira do Livro. Mas ainda estamos a meio e a partir do dia 1 de outubro a afluência será ainda maior. Tam-bém temos algumas bandas que vêm aqui atuar - este ano serão os Deolinda – e que são acompanha-das por bandas de músicas tradi-cionais.

O ritmo das festas não tem di-minuído, tem sim, aumentado.

Esse ritmo tem sido acompa-nhado com um reforço do inves-timento?

Muitas vezes não é preciso muito investimento, é necessária organização e trabalho. Natu-

ralmente que a Câmara apoia as Festas do Concelho e com a cola-boração da Confraria têm vindo a aumentar as verbas para que as festas sejam cada vez melhores. Mas não é necessário trazer aqui o Tony Carreira ou outros gran-des cantores, o importante é ter um grupo de bandas musicais que consigam atrair os jovens e os idosos sem gastar muito dinheiro. A esse nível estamos satisfeitos.

A Junta de Freguesia presta sempre apoio. Cabe-nos ajudar na organização e em tudo o que é necessário no apoio logístico.

Há retorno financeiro?Sem dúvida. Há retorno finan-

ceiro, mas também há retorno no que diz respeito à satisfação das pessoas. O essencial é garantir que haja retorno para a cidade.

Considera que as festas po-derão agora ser alargadas a Val-bom e a Jovim?

Essa é uma das minhas ideias. É possível conseguirmos esse alargamento. Mas não deixarei de auscultar a população para saber se é interessante fazer esse alarga-mento, julgo que sim.

“A partir do dia 1 de outubroa afluência às festas será ainda maior”José António Macedo, presidente da Junta de Freguesia de Gondomar (S. Cosme), considera que as Festas do Concelho já se torna-ram um emblema de Gondomar e que o ritmo da Romaria do Rosário “não tem diminuído, tem sim, aumentado”. Em entrevista ao Vivacidade, José António Macedo não exclui a hipótese de alargar a iniciativa a Valbom e Jovim.

Autárquicas 2013:

Que balanço faz da campanha até agora e o que espera no dia 29?Faço um balanço excecional. Tenho estado bastante ocupado, com a concentração máxima nesta cam-panha. Faço um balanço muito positivo, não só nesta freguesia mas também em Valbom e Jovim, que já me consideram um futuro presidente.A pessoa e a obra Macedo já passou para essas freguesias. A expectativa das pessoas é assistir a uma mudança e eu sou uma pessoa preocupada com as crianças, idosos e desempregados.

Texto: Pedro Santos Ferreira

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25VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Sociedade

A inauguração, marcada para as 10h30 de 17 de setembro, foi uma das últimas de Valentim Loureiro e foi palco de alguma mágoa e triste-za por parte do presidente da Câ-mara Municipal de Gondomar.

Após o chumbo das candidatu-ras do Movimento Independente à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia, o major reagiu à imprensa na inaugu-ração, mostrando-se emocionado. “Esta inauguração decorre num dia em que algumas pessoas choram. E choram porque são gratas”, referiu.

Em jeito de explicação, o pre-

sidente da Câmara rejeitou a ideia de irregularidades no processo de recolha de assinaturas, por parte da candidatura independente, ex-plicando aos presentes que tudo não passou de um “lapso” que o Tribunal Constitucional “não quis compreender” porque é “políti-co”. “Houve um esquecimento de pôr a folha de rosto a dizer que declaravam que apoiavam a lista não sei quê que vai em anexo. Foi só isto que falhou. Esse lapso foi explicado ao tribunal. O Tribunal não quis compreendê-lo porque é um tribunal político. É um tribu-nal em que os juízes são lá postos pelos partidos. E aos partidos não interessa muito que haja cidadãos independentes que se propõem

gerir as câmaras. Não se propõem gerir o governo porque isso não é possível”, explicou Valentim Lou-reiro. Derrotado? Não, na opinião do presidente, mas sim “aliviado” já que a sua candidatura servia apenas para apoiar o candidato Fernando Paulo.

Quanto ao Lar de Infância e Juventude, o presidente aplaudiu a obra que a sua filha, vereadora Da-niela Himmel, lhe pedira aquando da sua vinda para a Câmara. Cem por cento financiado pela Câmara Municipal de Gondomar, o lar con-tou com um investimento superior a um milhão de euros e é destinado a jovens do género feminino, com práticas de comportamentos des-viantes, entre os 13 e os 18 anos.

Inaugurado Lar de Infância e Juventude em BaguimCerimónia marcada por lágrimas e palavras de Valentim LoureiroA rua 25 de Abril, em Baguim do Monte, já não será conhecida apenas pela “rua das piscinas”. Agora - e após alguns anos de es-pera - o equipamento vizinho das Piscinas Municipais de Baguim do Monte já tem uma finalidade, o Lar de Infância e Juventude “Gondomar no Coração”.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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ComunicadoMário Gonçalves, ex-candidato à União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova pelo Movimento Independente Valentim Loureiro “Gondomar no Coração”

Venho agradecer a todos os fanzerenses e sampedrenses a força que me deram durante a candidatura, com a certeza de que estavam comigo pois já me acenavam com a bandeira da vitória.De igual modo, a todos os candidatos da minha lista que não pouparam esforços na campanha para um combate político e justo. À Juventude Independente – conhecidos pelos “tubarões azuis” – a todos vós o meu muito, muito obrigado. Aos patrões dos partidos políticos e aos patrões da justiça, que Deus vos julgue pelo mal que fizeram.

Gondomarenses,

No dia 29 de setembro de 2013, vamos assistir à festa dos nomeados. Não são eleições justas, são antidemocráticas.

Até sempre,

Mário Gonçalves

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Empresas & Negócios

VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Abriu a 20 de setembro, numa das principais artérias da cidade de Rio Tinto, a Avenida da Conduta [junto à bomba de gasolina da Galp], a Ye’s Price, uma grande superfície comer-cial chinesa. Desde vestuário aos

artigos de bazar, passando pela decoração de casa, a loja Ye’s Price oferece ainda uma varie-dade de produtos temáticos das principais épocas festivas, como por exemplo, a época natalícia, o carnaval e o Halloween.

Yo Yo, uma das responsáveis pela abertura deste estabele-cimento, dá a cara pela loja de Rio Tinto. “Os clientes gostam de nós. Somos como uma fa-mília”, explica. Família essa que conta, só em Rio Tinto, com 15 funcionários, oito dos quais de nacionalidade portuguesa. “Nós escolhemos roupa diferente, produtos diferentes e especiali-zados”, acrescenta a lojista.

Yo Yo, coordena a equipa que, a partir de agora, faz fun-cionar a loja de Rio Tinto. Para a responsável, o “cliente está sempre em primeiro” e ele é que vai decidir se “a loja é boa ou má”.

Com algumas dezenas de lugares de estacionamento, dis-poníveis para os clientes, a Ye’s Price abriu com uma campanha de três dias de 5% de desconto em todos os produtos. Yo Yo ga-rante que esta não será a única

campanha porque a Ye’s Price fará “várias promoções ao lon-go do ano”.

De segunda a domingo, a Ye’s Price abre ao público das 9h às 20h30, na Avenida da Con-duta, em Rio Tinto.

Abriu a em Rio Tinto

São três mil metros quadrados de loja, naquele que é um dos maiores estabelecimentos comerciais de Gondomar. Com mais três lojas do mesmo estilo já abertas no Grande Porto, a família chinesa Ye aposta na qualidade e na diversidade de produtos.

Superfície comercial é uma das maiores de Gondomare promete arrasar nos preços e na qualidade

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27VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Opinião

Alguns indicadores económi-

cos revelados nas últimas semanas têm sido amplamente aproveita-dos pelo Governo para tentar criar na opinião pública a ideia de que o pior da crise já passou, e que o país está já a iniciar a sua lenta recuperação. Mas tanto mais os

partidos da coligação se esforçam para apregoar um moderado op-timismo, mais a oposição procura evidenciar o seu pessimismo pelo rumo em que o país se encontra. Daí que, para o cidadão comum, nem o optimismo do Governo nem o pessimismo das oposições merecem grande atenção, e ainda menos credibilidade. Ou seja, o povo avalia a situação da crise em função do que sente no seu dia-a--dia, e da forma como testemunha a sua realidade envolvente.

Aliás, os portugueses já por diversas vezes sentiram na pele a contradição destes discursos, para depois testemunharem retrocessos gravíssimos, e acusações mútuas entre partidos do poder e partidos da oposição, justamente porque nem uns nem outros, no tempo certo, foram capazes de dizer toda a verdade e só a verdade ao eleito-rado. Desiludam-se, pois, os que ainda pensam que os cidadãos comuns acreditam que tudo o que lhes vendem na retórica política, e ainda menos quando o ambiente é dominado por efeitos eleitorais. E desiludam-se também os que continuam a pensar que, com mais ou menos propaganda, seja ela de

quem for, os cidadãos hão de con-tinuar a serem conduzidos como rebanhos amestrados por peque-nos truques de mágica.

É neste contexto de descrédito generalizado na classe política que, nas últimas semanas, os cidadãos mais esclarecidos procuram ante-ver se no próximo ano Portugal terá condições de voltar a financiar-se normalmente nos mercados clássi-cos, ou se, ao contrário, o país terá de negociar no seio da União Eu-ropeia um segundo resgate. E esta não é matéria irrelevante para os portugueses em geral. Como não é matéria que apenas interesse aos mais familiarizados com a política. É que da resposta a esta questão dependerá muito das nossas vidas individuais e muito do nosso desti-no colectivo no futuro próximo. E sendo certo que o actual programa de ajuda financeira ao país termina em Junho próximo, é por demais evidente que cada dia que passa a questão torna-se mais pertinente, e mais preocupante.

Parece claro aos olhos dos es-pecialistas em finanças públicas que mesmo que seja possível evi-tar um segundo resgate, Portugal não conseguirá as boas graças dos

financiadores externos sem ter, no mínimo a sua retaguarda, um programa financeiro cautelar, asse-gurado pela União Europeia. Um programa cautelar que mais não será do que uma espécie de seguro, que garantirá a Portugal a possibi-lidade de recorrer a financiamento no Banco Central Europeu sempre que os mercados não estejam dis-poníveis para o fazer, ou exijam juros a taxas consideradas ina-ceitáveis. Ainda assim, este seria o melhor dos cenários possíveis, após a saída formal da troika, em Junho próximo. Mas não estamos realmente livres de ir mais longe, e precisarmos de um novo progra-ma de assistência, ou seja, o tal se-gundo resgate.

Mas como poderemos, então, evitar um novo garrote financei-ro, exigindo um novo programa de assistência internacional? Tudo dependerá da nossa capacidade para equilibrar as contas públicas, atingindo os níveis de défice que nos são impostos, ou será antes uma questão de capacidade nego-cial junto dos nossos parceiros eu-ropeus? Se para o Governo o que conta é equilibrar as contas pú-blicas e reformar o Estado, para a

oposição o importante é conseguir renegociar quer as metas do défi-ce, quer as condições de financia-mento. E mais uma vez, no meio de acusações mútuas sem sentido perceptível entre Governo e oposi-ções, os cidadãos ficam perplexos, e profundamente baralhados sobre quem, de facto, terá a razão pelo seu lado.

É cada vez mais claro que a única forma de clarificar o cami-nho que deveríamos seguir seria através de um acordo alargado en-tre a coligação governamental e a oposição socialista. Acordo que o Presidente da República tentou no auge da última crise política, mas sem sucesso, e que parece agora apostado em tentar de novo, na sequência das eleições autárqui-cas. Não é crível que Cavaco pos-sa, à segunda tentativa, ter sucesso neste seu objectivo. Porque pare-ce cada vez mais claro que o líder socialista manterá a sua recusa a qualquer entendimento com o Governo, preferindo gerir a tensão política até às eleições legislativas. E assim sendo, o preço de tudo isto é ter a certeza que o país, em vez de encontrar um rumo, continuará amarrado de pés e mãos…

O que é preciso para Portugal escapar a um segundo resgate?

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Se a sua situação financeira começa a complicar-se - os ren-dimentos diminuem, as despesas aumentam e começa a ter dificul-dades em cumprir compromissos financeiros assumidos; se prevê entrar em incumprimento com os seus créditos ou se já se en-contra em incumprimento tome as medidas rápidas e procure so-luções. O pior é não fazer nada! A solução não vai surgir por si!

Contacte os seus credores e apresente a sua situação. As ins-tituições de crédito estão legal-mente obrigadas a analisar a sua situação financeira. Os credores deverão estar recetivos, pois uma

situação de incumprimento não é favorável a nenhuma das par-tes. Tente renegociar as suas dí-vidas: pedir um alargamento do prazo do empréstimo, renegociar a taxa de juro ou pedir um perío-do de carência pode ajudar a bai-xar a prestação que tem de pagar no imediato.

Se ainda assim, não conseguir resolver a sua situação:

- Reduza substancialmente os seus gastos: faça um orçamento rigoroso, sustentável e aplique-o;

- Suspenda o recurso a cré-dito: não contraia empréstimos para pagar prestações de emprés-timos anteriores; se o fizer, pode

mais facilmente entrar numa es-piral de endividamento;

- Pondere a consolidação dos

créditos: se tiver créditos de vá-rias instituições financeiras pode tentar consolidar os emprésti-mos (juntar todos os créditos num só);

- Mantenha o contacto com os credores: não desligue o tele-fone e não deixe as cartas fecha-das. Tente sempre, com cada um, negociar planos financeiros ade-quados à sua situação: também não aceite um plano que não possa cumprir;

- Em último caso, pode solici-tar a insolvência: mas informe-se bem sobre as responsabilidades que assume.

Caso necessite, o nosso Gabi-nete de Apoio ao Sobre endivida-do presta aconselhamento para a gestão do seu orçamento familiar e pode ajudá-lo no contacto com as entidades credoras.

Contas e mais contas! Como é que vou resolver?

Joana Simões

Jurísta da DECO

Para qualquer esclarecimento adicional, por favor dirija-se presencialmente ou por carta à DECO – Associação Portuguesa para a De-fesa do Consumidor, Delegação Regional do Norte – Rua da Torrinha, n.º 228-H, 5.º andar, 4050-610 Porto, ou através do endereço [email protected]

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Opinião

É verdade que finalizei a minha colaboração com o Hospital Esco-la (HE) de Gondomar, projeto que ajudei a criar, a lançar e mesmo a liderar a equipa médica que deu o arranque fundamental, para que o Hospital fosse uma realidade.

O HE, propriedade da Funda-ção e da Universidade com quem colaboro há cerca de 10 anos, é um projeto único e grandioso, mas que agora, após o difícil período de ar-ranque, em que foi difícil colocar toda a dinâmica em funcionamen-to, precisa mais de outras colabo-rações do que de mim. Foi o meu grupo que levou os primeiros pa-cientes, fomos nós que operamos os primeiros doentes, ultrapas-sando em muito a centena de pa-cientes operados e internados, não só de Gondomar como de todo o pais e mesmo do estrangeiro. Aqui mesmo neste espaço de opinião, deste jornal, testemunhei o inte-resse de uma obra destas para o concelho de Gondomar, não só na assistência médica, como também

no ensino medico pós graduado e investigação cientifica. Está na hora de passar o testemunho, de acordo com quem lidera o proces-so.

Chegou agora a altura de criar

outro projeto de saúde, este mais ligado à minha cidade de Rio Tin-to, com a criação de uma Clínica que tem a colaboração do presti-giado Grupo HPP, Hospitais Pri-vados de Portugal, uma mais valia para a população da cidade de Rio

Tinto e arredores, numa lógica de expansão do Consultório médi-co que criei há mais de 25 anos, dando continuidade a assistência de muitos pacientes que ao longo destes anos nos procuraram. Uma

parceria destas irá certamente alargar o grau e a quantidade de especialidades médicas e de tec-nologia médica, num Serviço que tem a chancela de qualidade da Joint Comission Internacional. Localizada num dos locais mais

centrais da cidade de Rio Tinto, o Largo da Igreja, atualmente iden-tificado com o Largo do Mosteiro, será certamente uma referência na assistência médica de Rio Tinto, que já contacta com várias clíni-cas médicas de qualidade nos mais variados polos, desde o cruzeiro, venda nova, estacão e Baguim do Monte, fechando deste modo um círculo em benefício das popula-ções onde se inserem. Está na hora de descentralizar, assim entendeu o grupo que desde há pouco tempo lidera o grupo HPP, aproximando as populações da excelência de as-sistência médica e não o contrário.

Sim é verdade, estamos na hora de mudança, mudança essa que em breve se concretiza no ato eleitoral, e como diz o povo “quem muda, Deus ajuda...” assim o espe-ro, que seja para melhor, não falta motivação aos candidatos, para que o destino da nossa terra seja melhor, do que o do país, que pa-rece difícil, na rota em que nos en-contramos...

Sim, é verdade...

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Depois da decisão do Tribunal Constitucional que veio afastar da corrida eleitoral autárquica a lista dos independentes patrocinados pelo major Valentim Loureiro, ficou claro para a esmagadora maioria dos gondomarenses que o futuro político do concelho ini-ciará agora um novo ciclo, resul-tante de uma mudança radical de estilo de gestão autárquica.

Com estas eleições, termina o reinado do major. Para uns conti-nuará a ser uma perda. Para ou-tros é o fim de um ciclo populis-ta, há muito desejado sobretudo pelos partidos da esquerda. Mas é oportuno perguntar, nesta cir-cunstância: quem, de facto, mais perde com a saída de cena de Va-lentim Loureiro?

A resposta só pode ser uma. O maior perdedor é o PSD, que ao não conseguir consensualizar esta disputa eleitoral com o movimen-to independente “Valentim Lou-reiro – Gondomar no Coração”, perdeu uma oportunidade única de consolidar a sua posição no concelho. Os social-democratas não poderão queixar-se de nin-guém, mas tão só de si próprios. Nem os dirigentes locais, nem os distritais ou mesmo nacionais ti-veram a capacidade para antever o cenário que se viria a desenhar, e para o qual, aliás, contribuíram objectivamente. E por isso, Gon-domar viverá nos próximos anos

uma nova experiência de gestão política, que muitos dizem ser,

afinal, a da sua própria matriz so-ciológica…

Em democracia, a alternân-

cia do poder não é apenas uma regra aceite pacificamente, mas

é, sobretudo, um sintoma de vi-talidade do sistema. Não é, pois, qualquer fenómeno estranho

ou de difícil explicação. No caso concreto de Gondomar o que se converteu num verdadeiro fenó-meno foi ver como, nos últimos anos, o PSD local, - diga-se, em abono da verdade, com a ajuda de dirigentes nacionais – conseguiu desbaratar o capital político que Valentim Loureiro lhe tinha ofe-recido de mão beijada.

Valentim Loureiro viu-se apeado do poder não pela força do voto, mas no jogo dos forma-lismos jurídicos. Nunca se saberá o que aconteceria se o seu delfim tivesse ido às urnas nestas elei-ções. E por isso, o major será não um epifenómeno da vida políti-ca de Gondomar, mas antes bem pode converter-se no mito do “coração de ouro”, perdido nos labirintos processuais. Para tanto, basta que a futura gestão autár-quica do concelho dê razões aos gondomarenses para recordar o major com saudade. É bom recor-dar que todos os mitos nascem da saudade e do desejo…

E se o Major vira mito?Bisturi

Henrique Villalva

28 VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

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29VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

Emprego

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Lazer

VIVACIDADE ESPECIAL AUTÁRQUICAS 2013

- Então, D. Genoveva o seu filho revelaalgum talento especial, que lhe acauteleo futuro?Diz a vizinha: - Olhe, D. Carlota, ele parecenão ter assim nenhum talento especial.O que ele diz, muitas vezes, é que...quer ser político...

Coloque as suas energias no traba-lho e veja o quanto o seu ânimo tende a melhorar. O seu magnetismo está em alta. Use-o, tanto na sua vida profissional como na amorosa. Evite aborrecimentos, não confiando em quem não merece.

Algumas situações poderão fugir ao seu controle. Tente usar a sua inata ha-bilidade para o diálogo. Amor está fa-vorecido, mas cuidado com as atitudes impulsivas. Procure usar o seu carisma pessoal e diálogo para harmonizar a vida.

Não misture a sua vida amorosa e profissional. No futuro poderá arrepender--se.O romance com pessoa mais velha, será favorecido. Os ciúmes podem pertur-bar os seus sentimentos. Relações impor-tantes na vida familiar.

Ambição é muito positiva no seu desenvolvimento profissional. Mas cuidado para não ser demasiada! Dê muita aten-ção à sua família. Um problema poderá causar-lhe muitas dores de cabeça. Deixe o orgulho de lado e oiça os outros.

Estabeleça metas bem definidas. Se não o fizer, arrisca-se a perder grandes oportunidades. Tente sair de uma dificulda-de financeira, libertando-se de um encargo que não está a servir as suas intenções.

Dê o melhor de si no trabalho. O que às vezes não parece ser reconhecido está a sê-lo. Não desanime. A sua paixão pre-cisa de estímulos, tal como a sua saúde precisa de atenção. Concilie as duas.

Situações que fogem ao seu controlo podem trazer-lhe alguns dissabores. Tire proveito da sua intuição e mantenha o equilíbrio. Mais vale nada dizer, a dizer algo de que poderá arrepender-se. As so-luções serão encontradas no diálogo.

Se quer ajudar os outros não se fique pelas boas intenções e aja rapi-damente. As suas ideias práticas e úteis ajudam a melhorar a sua vida laboral e familiar. No amor, o seu distanciamento pode ser mal interpretado.

Não facilite. Aja com cautela e evi-tará futuros problemas. Use a sua fértil imaginação para criar coisas novas na sua vida. Não deixe a rotina tomar conta da sua vida. Se quer ter aquele corpinho ideal, comece a fazer caminhadas.

Boa fase nas finanças. Oportunidade para receber quantia que há muito aguar-dava. Relacionamento amoroso problemáti-co. Tente manter-se em sintonia com o seu par, para passar esta fase negativa. Solte-se e captará desejos do seu amor.

Alargue os seus horizontes. Dê opor-tunidade de se valorizar. Um sorriso, sim-patia e diplomacia são fundamentais para ultrapassar dificuldades que encontrará. Na área sentimental, cuidado com as aventu-ras. As tentações não faltarão.

Não desista do que acredita. Entre-gue-se de corpo e alma para alcançar os seus objectivos. A sorte está consigo. O seu coração pode bater mais forte, devi-do a uma notícia especial. No amor, boa altura para emoção e aventuras.

O Vivacidade oferece 10 bilhetes duplos às primeiras 10 pessoas que responderem corretamente à seguinte questão:

- Qual a personagem interpreta-da por Fernando Rocha em Balas & Bolinhos?

As respostas deverão ser enviadas para o e-mail [email protected] juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, morada e código postal). Cada vence-dor será notificado por e-mail.

PASSATEMPOBALAS & BOLINHOS

O Talho do Povo vai oferecer, de 4 a 7 de outubro, €1,5 de desconto em compras superiores a 30 euros.Este vale pode ser descontado apenas e só na Tasquinha n.º4 do Rancho Folclórico de Zebreiros.

Desconto do Talho do Povo nas Feira das Tasquinhas 2013

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