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EMPURRANDO COM A BARRIGA? ADIAR TAREFAS É HUMANO.

• Por Roberta Rosseto

Você está pensando em adiar a leitura desta reportagem? Huuummm... É do tipo que está sempre atrasado com os prazos estourando e o serviço empilhando sobre a mesa? Ok. Você é, tecnicamente. Um procrastinador.Arranjar desculpas, saiba é o que você faz de melhor. É chegar pela manhã no escritório e encontrar a mesa cheia de papéis e a agenda abarrotada de compromissos para correr para um cafezinho, que ninguém é de ferro. Há um projeto para ser entregue, uma porção de cálculos a serem feitos... Mas, primeiro, as manchetes do jornal, porque é preciso estar por dentro do que acontece no mundo. Depois, as notícias sobre futebol... Depois, as notícias sobre futebol... Depois, checar se está tudo bem com as crianças em casa...Depois...Depois...Esse é o mundo da procrastinação, da enrolação, do empurrar com a barriga do matar o tempo fazendo as coisas que dão prazer, deixando de lado aquelas que são chateação. Não há nada de errado em transferir de um dia para o outro uma tarefa enfadonha, como preencher um relatório de viagem. Ou ficar adiando os telefonemas que são um pepino para o final do dia quando o interlocutor provavelmente não estará mais no escritório.

Procrastinar é humano. Mas para algumas pessoas o que deveria acontecer vez ou outra durante o dia passa a ser um estilo de vida é aí que está o problema. Os compromissos sempre em atraso podem ser acompanhados de sentimentos nada positivos: o procrastinador sente-se culpado, incompetente, incapaz. Se você é um deles, do tipo que vive procrastinado com culpa eis uma boa notícia: você tem jeito.As causas da procrastinação são tantas quanto as desculpas que inventamos para nós mesmos para matar o tempo.Ela acontece no dia-a-dia para mascarar tendências perfeccionistas uma possível falta de confiança, temores e inseguranças. Ou pode simplesmente ser o resultado de um péssimo gerenciamento do próprio tempo. É um hábito, não uma doença (embora às vezes seja um sintoma de algumas doenças, como a depressão). Sendo um hábito pode ser mudado. Dá trabalho, claro, mas vale a pena. E não adie uma tarefa: um estudo americano conclui que o hábito de procrastinar piora com passar dos anos. "Todo mundo procrastina com as coisas que são um desprazer, mas é preciso Ter autodisciplina e enfrentá-las porque a vida também é feita de sacrifícios". diz o psiquiatra João Augusto Figueiró, de São Paulo. " O que a pessoa tem de fazer é parar para repensar a própria vida: se chegar à conclusão de que o desinteresse

é maior do que o interesse, o melhor é dar uma guinada na vida.Se a sua decisão é por combater a procrastinação o primeiro passo é entender por que ela acontece. Muitas vezes ela é resultado de um certo sentimento de onipotência que todo mundo carrega. É ele que nos faz pensar que podemos deixar tudo para a última hora porque sempre daremos conta do recado e nada de ruim nos acontecerá. " O sentimento de onipotência nos leva a pensar coisas assim: posso deixar o imposto de renda para o último dia porque sei que consigo fazer e entregar. É uma falsa crença de que somos capazes de fazer tudo". Para esses casos, são necessárias doses homeopáticas de realidade: tenha sempre em mente que muitos percalços podem acontecer no caminho e trabalhe pela auto-disciplina. Sentimento de onipotência é típico da adolêscência, quando acreditamos que nada de mau nos acontecerá, que nunca ficaremos doentes ou que a nossa dor de estômago não é tão grave a ponto de precisar de um médico. Enfim, é o que nos leva a adiar exames rotineiros e nos deixa na porta do dentista somente quando um dente incomoda ou quando a dor de estômago já virou uma úlcera.

SOB PROTEÇÃO - Em seu livro Living Without Procastination (Vivendo Sem Procrastinação), a terapeuta

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americana Susan Roberts relaciona a procrastinação com a ansiedade, com o medo de errar e com a baixa autoestima, entre outras coisas. No primeiro caso, as pessoas tendem a adiar as tarefas porque são justamente elas que trazem a ansiedade. Um estudo publicado pelo Journal of Conseling Psychology, conduzido por três psicólogos americanos, conclui que alunos deixam para estudar na última hora porque, nesse momento, a ansiedade diminui. Uma vez que a ansiedade é enfrentada- e não evitada - as tarefas, no caso o estudo, deixam de ser um bicho de sete cabeças e passam a ser executadas. O medo de errar funciona da mesma forma: faz a pessoa postergar a ação para não ter de enfrentar uma possível experiência desagradável. Quem tem sua auto-estima em baixa está sempre julgando suas próprias capacidades e, por acreditar não ser competente para as tarefas, acaba evitando-as. O perfeccionista impôe a si próprio padrões tão altos de produção que a procrastinação os protege de uma possível decepção.Vê-se, portanto, que há razões ocultas para a procrastinação bem mais complexas do que a

simples palavra preguiça. Para todas elas, porém, a solução acontece passo a passo. É preciso acalmar a tormenta e identificar quais são as desculpas que criamos para nós, de forma a combatê-las. Eis algumas desculpas, listadas pelo médico Kent Yamauchi e reproduzidas pela Universidade da Virgínia nos Estados Unidos, como forma de orientar os alunos que vivem atrasando seus afazeres:

• "Vou deixar para fazer quando estiver inspirado"• "Meu problema de saúde não é tão grave; o tempo vai dar um jeito"• "Tenho tempo suficiente para fazer o projeto"• Por que o chefe me dá tanta coisa para fazer? Isso não é justo".• É muito difícil falar sobre isso, nem sei por onde começar"• Trabalho melhor sob pressão, por isso vou deixar para a última hora"• Tenho mil coisas para fazer antes disso".

No lugar de desculpas esfarrapadas, melhor é pensar que:

• Tão logo se faça algo, mais tempo sobra para o lazer.• O perfeccionismo é uma ilusão que impede que se faça o que tem de ser feito agora.

Na Universidade da Califórnia a orientação dada aos estudantes - e que serve perfeitamente a qualquer executivo - para combater a procrastinação é: estabeleça prioridades e metas que sejam viáveis: desmembre a tarefa em pequenas partes (assim ela não parecerá tão complexa); faça uma coisa de cada vez para dispersar a atenção nem energias: olhe para o que você já conseguiu fazer e orgulhe-se o que lhe dará ânimo para avançar ainda mais e, se for possível delegue. Nesse último item. um adendo: um dos tipos mais comuns de procrastinadores é aquele sujeito que não sabe dizer não e se enche de compromissos que não dá conta. Se você é um deles, aprenda seus limites administre melhor o seu tempo e passe adiante aquilo que já sabe de antemão, que será impossível cumprir.

Adiar tarefas é humano. O problema é quando isso traz sentimento de culpa.

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A FÁBULA DOS PORCOS ASSADOSPor Marcos Cintra (*)

Qualquer semelhança com sistemas tributários só pode ser mera coincidência!

CERTA VEZ, ocorreu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os homens, que até então os comiam crus, experimentaram a carne assada e acharam-na deliciosa. A partir daí, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque. O tempo passou, e o sistema de assar porcos continuou basicamente o mesmo.

Mas as coisas nem sempre funcionavam bem: às vezes os animais ficavam queimados demais ou parcialmente crus. As

causas do fracasso do sistema, segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de controlar, ou, ainda, às árvores, excessivamente verdes, ou à umidade da terra ou ao serviço de informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas.

As causas eram, como se vê, difíceis de determinar - na verdade, o sistema para assar porcos era muito complexo. Fora

montada uma grande estrutura: havia maquinário diversificado, indivíduos dedicados a acender o fogo e especialistas em ventos - os anemotécnicos. Havia um diretor-geral de Assamento e Alimentação Assada, um diretor de Técnicas Ígneas, um administrador-geral de Reflorestamento, uma Comissão de Treinamento Profissional em Porcologia, um Instituto Superior de Cultura e Técnicas Alimentícias e o Bureau Orientador de Reforma Igneooperativas.

Eram milhares de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados. Havia especialistas

estrangeiros estudando a importação das melhores árvores e sementes, fogo mais potente etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, além de mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno.

Um dia, um incendiador chamado João Bom-Senso resolveu dizer que o problema era fácil de ser resolvido - bastava,

primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o então sobre uma armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor - e não as chamas - assasse a carne.

Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o diretor-geral de Assamento mandou chamá-lo ao seu gabinete e

disse-lhe: "Tudo o que o senhor propõe está correto, mas não funciona na prática. O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? E com os acendedores de diversas especialidades? E os especialistas em sementes? Em árvores importadas? E os desenhistas de instalações para porcos, com suas máquinas purificadoras de ar?

E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço

com eles, se a sua solução resolver tudo? Hein?" "Não sei", disse João, encabulado. "O senhor percebe agora que a sua idéia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos? O senhor não vê que, se tudo

fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução há muito tempo?." "O senhor, com certeza, compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se

resume a utilizar brasinhas, sem chamas? O que o senhor espera que eu faça com os quilômetros de bosques já preparados, cujas árvores não dão frutos e nem têm folhas para dar sombra? E o que fazer com nossos engenheiros em porcopirotecnia? Vamos, diga-me!".

"Não sei, senhor." "Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por aí que pode resolver tudo. O

problema é bem mais sério do que o senhor imagina. Agora, entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer problemas para o senhor no seu cargo."

João Bom-Senso, coitado, não falou mais um "a". Sem despedir-se, meio atordoado, meio assustado com a sua sensação

de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu. Por isso é que até hoje se diz, quando há reuniões de Reforma e Melhoramentos, que falta o Bom-Senso.

Será que o cidadão brasileiro fará como o João Bom-Senso, mesmo com a arrecadação federal tendo batido novo recorde

em 2006 e a burocracia galopante continuar a ser estímulo para a sonegação e a corrupção fiscais?

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NOTA DO EDITOR: "A Fábula dos porcos assados" parece ter sido uma adaptação de texto traduzido por L. Gualazzi, de artigo publicado em

JUICIO A LA ESCUELA, Cirigliano, Forcade Tilich, Editorial Humanista, Buenos Aires, 1976 e utilizado em encontros de capacitação dos dirigentes de escolas publicas por ocasião da implantação dos Guias Curriculares no Estado de São Paulo.

(*) MARCOS CINTRA, 60 ANOS, DOUTOR PELA UNIVERSIDADE DE HARVARD, VICE-PRESIDENTE E PROFESSOR-TITULAR DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS.

AS TRÊS PENEIRAS DE SÓCRATES: FALANDO COM SABEDORIA

Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:

- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!

- Espera um momento - disse Sócrates - Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três

peneiras.

- Três peneiras? Que queres dizer?

- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção.

A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?

- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei se exatamente é a verdade.

- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?

- Devo confessar que não.

- A terceira peneira é a da NECESSIDADE. Pensaste bem se é necessário o que vieste falar a respeito do meu amigo?

- Na verdade, não.

- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem necessário, então é melhor que o

guardes apenas para ti.

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