Revista locação nº 50

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CRIMINALIDADE NA ROTA DA Esta revista tem suas emissões compensadas por restauro florestal em mata ciliar Ano IX • nº 50 • 2013

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Revista locação nº 50

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CRIMINALIDADE

NA ROTA DA

Esta revista tem suas emissões compensadas por restauro florestal em mata ciliar

An

o IX

• n

º 50

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013

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Job: Vendas-diretas-2013 -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 25878-002-Fiat-ClienteSatisfeito-Abla-21x28_pag001.pdfRegistro: 111268 -- Data: 18:23:08 13/03/2013

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asta o carro novo ter vantagens de compra,

como a redução do Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI) - um alívio para as monta-

doras -, que os seminovos caem em desânimo.

A desvalorização é galopante, o que acaba difi-

cultando a troca por modelos mais atualizados.

Pasme, em 12 meses, os preços dos automóveis usados caí-

ram 18 % e as vendas seguem em ritmo lento. Muito lento.

Não só o consumidor é atingido por essa medida que

deixa as montadoras sempre sorrindo. Os frotistas pagam

uma boa parte dessa manipulação de resultados imediatis-

tas. O vai-e-vem das alíquotas de IPI, além de causar queda

acentuada do valor dos carros usados e dificultar o finan-

ciamento desses automóveis, prejudica os frotistas na troca

de suas frotas por veículos novos. Resultado: a redução do

IPI deixa o setor de locação vulnerável - com crescimento

reprimido. Para se ter uma ideia, a idade média dos carros de

frota estava caindo para 13 meses quando foi afetado pela

primeira redução do IPI em 2008. Imediatamente passou

para 17 meses e agora deve crescer ainda mais.

Isso representa uma séria depreciação dos nossos ativos.

Mas não adianta chorar sobre o leite derramado. Estamos

fazendo nossa lição de casa:

Estamos alinhados com as Montadoras pela renovação

de nossas frotas em tempo menor e também estamos de

acordo com a Fenabrave para a renovação da frota nacional.

Nosso “rating” nos Bancos está bem mais alto porque

demonstramos nossa capacidade de geração de caixa.

Temos a preferência do consumidor, demonstrando

que os seminovos das locadoras são raridades no mercado

por suas excelentes condições de manutenção.

B

carta do presidente

O governo já tem os elementos e os números para pro-

gramar uma política automotiva de longo prazo. Mais que

isso: sabe que pode contar com os “maiores consumidores

de carros do Brasil”.

A redução do IPI causou um grande estrago em 2012,

reduzindo o crescimento do setor de locação. A esperança

é que o Governo acerte a mira nas medidas do setor au-

tomotivo e o nosso mercado tenha força e motivos para

comemorar em 2013.

No dia 8 de maio tivemos o lançamento do ANUÁRIO

ABLA 2013, primeira edição bilíngue da publicação que re-

úne os números do setor automobilístico e do setor de alu-

guel de veículos do Brasil. O Anuário ABLA retrata o cenário

nacional de 2012 e traz diversas abordagens sobre temas

importantes para o segmento.

Esse ano a ABLA promove entre os dias 18 e 19

de setembro de 2013 no Transamérica Expo Center, o

XI FÓRUM E SALÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE

ALUGUEL DE AUTOMÓVEIS.

O evento é uma ótima oportunidade para os profis-

sionais que pretendem aumentar e adquirir novos conhe-

cimentos sobre o setor de aluguel de veículos no Brasil e

para as Montadoras e parceiros, que têm a chance única

de participar do maior evento desse segmento no Brasil

fortalecendo o networking e promovendo novos negócios

para suas marcas.

SEMPRE EM BUSCA DO MELHOR NEGÓCIO

JOÃO CLAUDIO BOURG

PRESIDENTE EXECUTIVO

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índice

Saiba tudo sobre os efeitos colaterais da redução do Imposto sobre Produto Industrializado.

Entrevista com Ricardo Rodrigues da Silva, supervisor de vendas especiais na Honda Automóveis do Brasil.

Conheça os lançamentos do mercado de automóveis compactos que estão invadindo nossas cidades.

Localizado em Campos de Jordão, o Botanique é o hotel mais caro do Brasil. Recanto de paz e tranquilidade.

1214

3016

Locadoras sofrem com o roubo e furto de veículos e os índices têm aumentado drasticamente. 22

CONSELHO GESTOR - Paulo Gaba Jr., Paulo Nemer, Emanuel Trigueiro, Simone Pino, Valmor Weiss, Aleksander Rangel, Alberto Vidigal, Alberto Faria da Silva, José Adriano Donzelli, Saulo Froes, Nildo Pedrosa e Carlos Rigolino Jr.

CONSELHO GESTOR (Suplentes): Mauro Ribeiro, Carlos Adão Teixeira, Marcelo Fernandes, Raimundo Nonato de Castro, Reynaldo Tedesco, Paulo Miguel Jr., João Carlos de Abreu Silveira, Luiz Carlos Lang, Eládio Paniagua, Nelma Cavalcanti e Cássio Gilberto Lemmertz.

CONSELHO FISCAL: Antonio Pimentel, Paulo Bonilha Jr., Jacqueline Mello, Ricardo Gondim, Eduardo Correa e Rodrigo Roriz. CONSELHO FISCAL (Suplentes): Joades Alves de Souza, José Zuquim Militerno, Emerson Ciotto, Alberto Jorge Queiroz, Felix Peter e Marco Antonio de Almeida Lemos.

COMISSÃO EDITORIAL: Marco Antonio Gomes, Marcio Gonçalves, Nelma Cavalcanti e Saulo Froes.

PRESIDENTE EXECUTIVO: João Claudio Bourg.

MARKETING E PUBLICIDADE: Cibele Cambuí - (11) 5087-4100.

Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis - ABLA São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar CEP 04011-904 – São Paulo – SP. Tel.: (11) 5087-4100 – Fax: 5082-1392 E-mail: [email protected] Site: www.abla.com.br Brasília: Saus Quadra 1 – Bloco J – Edifício CNT Sala 510 – 5º andar – Torre A CEP 70070-010 – Brasília – DF. Tel.: 61.3325-6728 – Fax: 61.3226-0048.

REVISTA LOCAçÃO - PROjETO, CRIAçÃO E EXECUçÃO: Fatto Comunicação 360º - www.fattostampa.com.br - 11 5507-5590 DIRETOR DE CONTEúDO: Rogério Nottoli (Jornalista Responsável - MTB: 31056) - [email protected]. EDITOR DE ARTE: Renato Prado. ASSISTENTES DE ARTE: George Gargiulo, Bruno Nottoli e Caio Prado. REDATORA: Juliana Nottoli. FOTOS: Divulgação e Shutterstock.

A revista Locação não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nos artigos assinados. Permitida a reprodução das matérias, desde que citada a fonte.

expediente

18 Entrevista

com o tenista Roger Federer

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notas

A informação é do vice-

presidente mundial de compras da

Audi, Bernd Martens: A montadora

alemã deve voltar a produzir o A3

no Brasil a partir do ano que vem.

As versões escolhidas a Sportback

(hatch de quatro portas) e a sedã.

Ainda de acordo com Bernd

Martens, tudo ainda depende

da aprovação de um estudo de

viabilidade. O plano é utilizar a

fábrica da Volkswagen em

São José dos Pinhais, no Paraná,

onde a Audi já fabricou o A3 entre

1999 e 2005. “Seria necessária

apenas uma expansão na unidade”,

garantiu Martens.

AUDI A3 ‘MADE IN BRAZIL’

Serão produzidas duas versões: a Sportback e a sedã.

A Renault abortou seu plano de

produzir um grande sedã de luxo

em parceria com a alemã Daimler

AG. A nova estratégia da Montadora

francesa é se concentrar em

reformular os modelos de luxo das

suas próprias linhas. A algum tempo,

a Renault pensa em desenvolver

um carro de alto luxo para gerar

margens de lucro maiores que a

dos carros ‘populares’. De acordo

com o plano, a Renault ajudaria sua

parceira alemã, a fazer modelos

básicos e vinha estudando formas

de aprender com a Daimler como

desenvolver carros mais sofisticados.

RENAULT DEIXA DAIMLER DE LADO

O universo automotivo,

tradicionalmente dominado

pelos homens, está cada vez mais

ganhando participação das mulheres.

No Brasil, elas já respondem pela

compra de 45% dos carros novos e

exercem influência em cerca de 40%

das tomadas de decisões feitas pelos

maridos, namorados e irmãos - a

afirmação é de pesquisas da Citroën

e da Fiat. Respondendo por cerca

de 70% das vendas totais, restou

aos homens apenas concordar. Os

preferidos por elas são os utilitários-

esportivos; o Fiat 500 e o Citroën

C3, também fazem sucesso.

AS MULHERES ESTÃO DANDO AS CARTAS

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O mercado dos compactos (o

mais volumoso do Brasil) deu uma

chacoalhada. Um levantamento

do iG mostra que a Toyota e,

sobretudo, a Hyundai, tiraram juntas

mais que 5% das vendas das duas

montadoras que estão no País há

pelo menos 30 anos.

Pode parecer pouco, mas esses

5% equivalem a pelo menos

10 mil carros que deixaram de

ser vendidos pelas duas outras

concorrentes, caso elas mantivessem

a mesma participação de mercado

do 1º trimestre de 2012.

Fiat e VW detinham 30% e 26% dos

emplacamentos entre os hatches

compactos - agora, segundo o iG

respondem por 27,5% e 24% desse

segmento. Enquanto isso, a Toyota

beira os 2% das vendas e a Hyundai,

a marca que efetivamente sacudiu

o mercado, já acumula 8,4% das

vendas no segmento.

HYUNDAI HB20 SACODE MERCADO

A Nissan anunciou que vai

utilizar um novo tipo de aço,

mais leve, maleável e resistente,

na produção dos seus modelos

e nos da marca Infiniti. Com a

liga metálica, conhecida como

AHSS (Advanced High Tensile

Strengthsteel), é possível uma

redução de até 17% do peso final

dos veículos.

O primeiro carro a ser fabricado

com esse aço de alta resistência

será o sedã esportivo de luxo

Infiniti Q50, lançado este ano

em Detroit e que será vendido

no Brasil a partir do fim do

ano que vem.

OS NISSAN VÃO FICAR MAIS LEVES

A Volkswagen mostrou o

e-Up!, versão elétrica de seu

modelo compacto, durante a

reunião anual que realiza com

investidores e jornalistas, em

Wolfsburg, Alemanha. Ele será o

primeiro VW totalmente elétrico

produzido em série. O e-Up! Tem

autonomia para percorrer até 150

km e leva apenas 30 minutos para

recarregar 80% de sua bateria.

O motor elétrico gera 82 cv de

potência e acelera de 0 a 100

km/h em 14 segundos, alcançando

velocidade máxima de 135 km/h.

A bateria de íons de lítio fica

instalada no assoalho.

E-UP!, O COMPACTO ELÉTRICO DA VW

Apenas 57% dos proprietários

de Ferrari estão satisfeitos com

seus carros - pelo menos esse é

o resultado de uma pesquisa feita

pela companhia francesa de seguro

AXA. A Ferrari, entretanto, continua

sendo o maior mito da indústria

automobilística mundial. O estudo,

cujo objetivo era mensurar a felicidade

do motorista ao dirigir, revelou que os

donos de BMW são os que mais se

divertem, pois 82% dos proprietários

de modelos da marca alemã

afirmaram gostar de passar o tempo

ao volante de seus automóveis. Em

segundo lugar, aparecem empatadas

a inglesa Aston Martin e a japonesa

Lexus, que satisfazem 78%

dos clientes entrevistados.

A constatação leva a outro ponto

do estudo, mostrando que 20%

dos entrevistados dirigem apenas

por necessidade. A principal

crítica deles é o alto custo para

manter um automóvel.

NOCAUTE NO ESPORTIVO FERRARI

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10 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

notas

FIAT QUEDA DE 88% EM 12 MESES

CAMINHÕES CHINESES EM TATUÍ

O balanço da montadora italiana

Fiat registrou um lucro líquido de

31 milhões de euros no primeiro

trimestre, que representa uma

queda de 88% em 12 meses.

O resultado despencou com a

redução de receitas principalmente

na Europa e na América Latina.

A última linha do balanço só não

foi pior porque agora a empresa

consolida os resultados da

americana Chrysler, da qual possui

cerca de 60% do capital social.

O grupo Metro-Shacman confirmou

que vai investir R$ 400 milhões para

produzir caminhões pesados e extra

pesados da marca chinesa na cidade

de Tatuí, interior de São Paulo. Com

capacidade para 10 mil veículos

ao ano, a unidade deve entrar em

operação em meados de 2014. É a

sexta empresa do setor automotivo

a anunciar fábrica no Brasil nos

últimos dois anos.

Quando a fábrica estiver operando

em plena capacidade, serão criados

mil empregos diretos, informa

Maurício Vieira, diretor de operações

da Metro-Shacman. A área em Tatuí já

abriga um galpão (onde antes operava

uma empresa de cerâmica) e apenas

serão feitas adaptações internas para

abrigar a linha de montagem, que

poderá vir da China.

O Grupo Honda divulgou os

resultados obtidos no seu último ano

fiscal (de 1º de abril de 2012 a 31

de março de 2013): lucro líquido de

367,1 bilhões de ienes (R$ 7,4 bilhões),

aumento de 73,6% em relação ao ano

anterior. O lucro operacional totalizou

544,8 bilhões de ienes (R$ 11,1 bilhões),

o que representa uma alta de 135,5%

sobre o ano anterior, prejudicado por

causa do terremoto no Japão e de

enchentes na Tailândia.

LUCRO DA HONDA FOI 73,6% MAIOR

A Nissan norte-americana divulgou

os preços da linha 2014 do sedã Versa,

que mantém o posto de carro mais

barato dos Estados Unidos. Os valores

começam em US$ 12.780 (cerca de R$

25.560), incluindo US$ 790 (R$ 1.580)

de impostos. O modelo é equipado com

motor 1.6 litro a gasolina de 111 cv de

potência, acoplado ao câmbio manual de

cinco marchas. Por mais US$ 1.000 (R$

2.000) é possível adquirir a transmissão

automática - não disponível no carro

vendido no Brasil.

O Versa ficou US$ 100 (R$ 200)

mais barato em relação à linha 2013.

Vendido no Brasil desde o final de 2011,

o sedã é oferecido a partir de

R$ 37.390 na versão S. Já as

configurações SV e SL custam R$ 41.290

e R$ 44.890, respectivamente.

VERSA, O MAIS BARATO DOS EUA

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ESTIVEMOS PRESENTES

A presidência da Associação Brasileira das Locadoras

de Automóveis esteve presente em diversos eventos.

Entre seminários, palestras reuniões, o executivo fez

duas viagens internacionais representando a entidade:

a primeira no Car Rental Show, em Las Vegas (EUA)

e, depois, no final de abril, na XIX Assembleia Geral

da CIT, em Punta Cana (República Dominicana),

nesta, acompanhado do Sr.José Adriano Donzelli

representando a FENALOC.

CIT= Câmara Interamericana de Transportes. FENALOC= Federação Nacional das Empresas Locadoras de Veículos Automotores.

21 de marçoEvento Sindiloc SP – Jantar e Palestra com Oscar Schmith Hotel InterContinetal – SP / SP

25 de marçoSeminário Auto Data- SP/ SP

25 de março39ª reunião da CNTBrasília - DF

15 e 16 de abril

Car Rental Show

Rio All-Suite Hotel & Casino,

Las Vegas - EUA

24 a 26 de abril

XIX Assembleia Geral

da CIT Punta Cana,

República Dominicana.

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12 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

mercado

UMA MEDIDA COM GRAVESEFEITOS COLATERAIS

Os veículos usados têm uma importância significativa no sistema de vendas de automóveis e desde a redução no IPI os preços despencaram, fazendo com que o mercado de seminovos sofresse grande retração. Para o setor de locação, o impacto no patrimônio das empresas é alto.

s efeitos colaterais da re-

dução do Imposto sobre

Produtos Industrializados

(IPI) são cada vez mais

nítidos em toda a cadeia

produtiva de automóveis,

com exceção das montadoras, que são as

principais beneficiadas da diminuição deste

imposto, que era para durar alguns meses de

modo emergencial e já se estabeleceu como

se ainda fosse necessário. Um dos maiores

complicadores é que a venda de automóveis

no Brasil não sobrevive apenas da negocia-

ção dos carros zero quilômetro. Os veículos

usados têm uma importância significativa no

sistema e desde o corte no IPI, os preços

despencaram, fazendo com que o mercado

de seminovos sofresse grande retração.

Segundo dados do Índice Nacional de

Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o

carro novo está em média 5,48% mais bara-

to e isso faz com que o consumidor procure

cada vez menos os usados, pois o preço do

carro novo acaba sendo mais convidativo

por causa da redução no imposto. Aliado

Oao crédito em abundância, isso faz com que

cada vez mais veículos estejam nas ruas, em

um momento no qual se discute as questões

de mobilidade urbana nas cidades, e também

tem um consequente aumento do endivida-

mento da população e crescimento das ta-

xas de inadimplência.

Baseado na preocupação de haver “que-

da nas vendas”, o governo decidiu prolongar

até o fim de 2013 o IPI reduzido e essa me-

dida representa uma renúncia fiscal adicional

A INDúSTRIA AUTOMOBILíSTICA é MUITO IMPORTANTE PARA A ECONOMIA BRASILEIRA. ELA REPRESENTA 25% DA PRODUçÃO INDUSTRIAL.

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(recursos que deixarão de ser arrecadados)

de R$ 2,2 bilhões de abril a dezembro de

2013 em relação ao que já estava progra-

mado, segundo o próprio Guido Mantega,

ministro da Economia, informou recente-

mente. “A indústria automobilística é muito

importante para a economia brasileira. Ela

representa 25% da produção industrial. En-

tão, para manter a produção industrial cres-

cendo, é importante que a indústria auto-

mobilística continue crescendo”, afirmou em

entrevista ao Jornal Nacional.

Só que o Instituto Brasileiro de Geografia

e Estatística (IBGE) desmistificou os efeitos

desse IPI reduzido na economia brasileira.

Segundo o órgão, as medidas do governo

beneficiaram apenas a produção dos setores

contemplados com a redução de imposto,

sem alavancar um crescimento mais consi-

derável da indústria nacional no ano passa-

do. “A redução de IPI fica um pouco restrita

aos setores em que está inserida. A medida

traz algum tipo de benefício, em função do

encadeamento de alguns setores industriais,

mas que não acaba tão disseminado na pro-

dução industrial”, explicou na ocasião André

Macedo, gerente da Coordenação de Indús-

tria do IBGE.

Para o setor de locadoras, que absor-

ve mais de 10% da venda de veículos no

Brasil e está entre os maiores clientes das

Montadoras, a prorrogação do IPI reduzido,

mais uma vez, tem um impacto grande no

patrimônio das empresas, pois faz com que

o valor da frota caia substancialmente. Ou-

tro ponto importante é que os resultados

obtidos por meio da revenda de semino-

vos também serão menores. Além dos dois

argumentos já explicitados, as locadoras

também terão de aumentar a necessidade

de financiamento caso tentem aproveitar o

momento para renovar ou ampliar a frota.

Isso tudo muitas vezes implica em um maior

patrimônio imobilizado.

5,48%

SEGUNDO DADOS DO íNDICE NACIONAL DE PREçOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA), O CARRO NOVO ESTá EM MéDIA

MAIS BARATO.

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14 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

lançamento

Brasil começou o ano com

muitas novidades no setor

automotivo e novos modelos.

A Hyundai revolucionou o mercado

com o hatch HB20 que foi desenvolvido

especialmente para o Brasil e trouxe com

ele um belo design e completos itens de

série. Totalmente novo a Peugeot trouxe

o 208 para ser fabricado em sua fábrica

em Porto Real, novas linhas e design

O

OS NOVOS COMPACTOSDO MERCADO

PEUGEOT 208

FORD NEW FIESTA

O Peugeot 208 é a grande aposta da marca para 2013, totalmente renovado o 208 vem com novo design e quatro versões com motores 1.5 e 1.6.

Com a frente reestilizada e visual idêntico ao europeu o New Fiesta vem com o motor 1.5 16V de 107/111 cv., mas também a motorização 1.6. O modelo começou a ser fabricado em São Bernardo e possuí quatro versões.

moderno o modelo é a aposta da

marca no País.

A Ford reestilizou o New Fiesta

com o novo motor 1.5, deixando

a frente com visual do Fusion. E outra:

o novo modelo será produzido em

São Bernardo-SP. O Onix, que veio

para substituir o Corsa e bater de

frente com seus novos concorrentes,

agradou com seu visual moderno.

Page 15: Revista locação nº 50

2013 - REVISTA LOCAÇÃO - 15

A Hyundai estreou em grande estilo com a família HB, com suas linhas modernas a marca inovou com seu itens de série e trouxe além da versão hatch a versão aventureira e sedã, com motores 1.0 e 1.6.

A Chevrolet lançou o Onix hatch para substituir o Corsa e deixar sua gama de veículos mais moderna e logo após o sucesso mostrou a versão sedã que foi batizada de Prisma. Os modelos possuem motorização 1.0 e 1.4.

HYUNDAI HB20, HB20X E HB20S

CHEVROLET ONIX E PRISMA

Page 16: Revista locação nº 50

16 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

responsável pelas ven-

das especiais da Honda,

Ricardo Rodrigues da Silva,

diz nessa entrevista exclu-

siva para a Revista Locação,

que o setor de locação é

muito importante para a montadora japonesa

e que a empresa continua buscando apresen-

tar novas soluções e tecnologias para comple-

tar a sua linha de produtos.

Como você avalia o atual momento do

mercado brasileiro?

O segmento automotivo tem enorme poten-

cial de crescimento no Brasil. Acreditamos que

a atual estabilidade política e econômica do

país favorecerá o aumento dos investimentos

das fabricantes e, consequentemente, o desen-

volvimento do setor.

O que é necessário para se vender mais

carros no Brasil?

Com certeza, o incentivo fiscal concedido

pelo governo, o IPI, impulsiona as vendas, mas

a atenção das empresas às necessidades e de-

sejos dos consumidores é fundamental para

impulsionar as vendas de novos modelos. Nes-

se sentido, a Honda continua pesquisando o

mercado e ouvindo seus consumidores, sem-

pre em busca de apresentar novas soluções e

tecnologias que complementem sua linha de

produtos e serviços.

O

HONDA ENALTECE SETOR DE LOCAÇÃOO supervisor de vendas especiais da Honda Automóveis do Brasil, Ricardo Rodrigues da Silva, fala sobre o mercado de automóveis e as ações da Honda junto as locadoras.

ACrEdITAmOS quE A ATuAL ESTABILIdAdE POLíTICA E ECONômICA dO PAíS FAVOrECErá mAIOrES INVESTImENTOS dAS mONTAdOrAS.

entrevista

RICARDO RODRIGUES DA SILVASupervisor de vendas especiais da Honda Automóveis do Brasil.

Page 17: Revista locação nº 50

2013 - REVISTA LOCAÇÃO - 17

Qual é a importância do mercado de

locação de automóveis para a Honda?

O segmento de locação de automóveis é

muito importante para a Honda, pois através

dele temos a oportunidade de oferecer veí-

culos tanto para as locadoras quanto para as

empresas que terceirizam suas frotas por meio

da modalidade locação. Este público é um im-

portante formador de opinião e agrega muito

valor à nossa marca.

A Honda tem ações específicas para

atender as locadoras brasileiras?

Temos condições diferenciadas para as locadoras

por meio do faturamento direto da fábrica.

O SEgmENTO dE LOCAçãO dE AuTOmóVEIS

é muITO ImPOrTANTE PArA A HONdA.

Qual o produto Honda mais procurado

pelo mercado de locação.

Atualmente, o veículo mais vendido é o Honda

Civic, que já é comercializado na versão 2014.

Qual o compromisso da Honda com os fro-

tistas? Esse setor possui algum diferencial

junto à montadora?

Além do desconto de fábrica, um dos nossos

diferenciais é o rápido atendimento – mais ágil

do que o praticado no mercado – após a reali-

zação do pedido.

Page 18: Revista locação nº 50

18 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

u amo o tênis e não quero

apenas ir embora simples-

mente porque sinto que

já tenha alcançado tudo”,

costuma dizer. Sempre que

encontra alguém, esquece

imediatamente o lado celebridade e diz:

“prazer, sou o Roger”, como se ninguém

soubesse que o atleta de 31 anos já ga-

nhou 17 Grand Slams e duas medalhas

olímpicas no tênis.

Nascido na Basileia, uma cidade

de 170 mil habitantes no noroeste da

Suíça, Federer tem contratos de patrocí-

nio de grandes marcas, como Rolex, Moët

& Chandon, Lindt, Gillette, Nike, Credite

Suisse, entre outras. Recentemente, ele

levou o torcedor brasileiro ao delírio

ao promover jogos de exibição no giná-

sio do Ibirapuera. Para o público, ficou

um gostinho de quero mais do

carismático jogador.

Como foi crescer na Basileia, a ter-

ceira maior cidade da Suíça, que faz

divisa com a Alemanha e a França?

Na realidade não é uma cidade tão

pequena. Ela tem uma indústr ia

farmacêutica for te , com a sede da

Roche e outras. Os bancos estão mais

em Zurique e aqui é um lugar mais cal-

mo, com menos turistas e ótimo para

relaxar. Foi um lugar fantástico para

eu crescer.

Só que atualmente você optou por

viver na capital...

Infelizmente eu não vivo mais na Basileia.

Eu conheci minha namorada, que atu-

almente é minha esposa, no outro lado

da Suíça, então nós optamos por um

meio-termo e temos uma casa no Lago

de Zurique. Claro que fica apenas a uma

hora de distância da Basileia, e isso para

os brasileiros não é quase nada em ter-

mos de distância, mas para nós é muito.

É como cruzar o país. Não tenho dúvi-

das que me sinto mais em casa quando

estou na Basileia. De qualquer forma,

voltar para a Suíça me traz um senti-

mento especial porque viajo dez meses

do ano e quando consigo estar lá nos

dois meses que me resta me sinto bem.

Por falar nessa maratona que é sua

vida como tenista, já colocou os obje-

tivos para a temporada 2013?

Neste ano eu pretendo jogar menos

torneios e focar um pouco mais no meu

E:)personagem

MUITO PRAZER, ROGER

Roger Federer é um verdadeiro cavalheiro. O maior tenista da história do tênis, que colecionou recordes expressivos no esporte e ainda dá muito trabalho a qualquer adversário quando está em quadra, trata qualquer um da mesma maneira e, mesmo com a fama, não demonstra salto alto em nenhum momento.

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2013 - REVISTA LOCAÇÃO - 19

preparo físico. Vou fazer trabalhos específi-

cos para garantir que eu esteja em forma e

saudável para os próximos anos no circuito.

Talvez seja um ano de transição para mim.

O ranking não será o mais importante, pois

acredito que ser o número um, dois ou

três do mundo não importa. Quero estar

no Top 4 e sonho em fazer um bom

papel nos Grand Slams e em todos os tor-

neios que eu disputar.

Você ficou bastante tempo como o número

1 do ranking mundial e hoje está atrás do

Novak Djokovic. Como lida com a pressão

psicológica no esporte?

É difícil dizer. Às vezes a confiança é supe-

restimada, mas ajuda muito a vencer, devo

dizer. Geralmente você não sabe como fez

no processo porque você não acreditava

que podia perder, só acredita ‘eu só posso

vencer’ e é isso. Muitas vezes isso te leva ao

fim da linha. Nos melhores anos da minha

vida, quando eu estava ganhando dez tor-

neios por ano, sentia que as pessoas não

poderiam me bater. Isso passava na minha

cabeça muitas vezes e tinha uma força mui-

to grande. Hoje eu também tenho bastante

confiança, mas não como naquela época.

Só que você também tem muito mais

experiência agora. Você acha que joga

tênis melhor?

Eu fico feliz de continuar progredindo, a

experiência me ajuda em alguns momen-

tos. Mas acho que as coisas caminham de

alguma forma porque você começa a jogar

muito mais e não muda o suficiente com

o que você sabe que pode fazer. Quando

você é mais novo, faz qualquer coisa e ape-

nas tenta. Isso às vezes funciona nos mo-

mentos mais importantes. É fundamental

manter uma mente jovem usando a

ÀS VEZES A CONFIANçA é SUPERESTIMADA, MAS AjUDA MUITO A VENCER.

Page 20: Revista locação nº 50

20 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

personagem

experiência que adquiri em todos os

jogos que já joguei. É um balanço inte-

ressante, claro que tem altos e baixos.

Mas hoje estou em uma posição muito

impor tante no tênis. Nos jogos eu sei

como balancear as coisas.

O que você diria que é o seu desafio

atualmente?

É verdade que eu conquistei muita coisa.

As pessoas sempre pensam que você pre-

cisa atingir alguma coisa pela primeira vez

e mais depois. Eu acho que a imprensa e

as pessoas são muito guiadas por núme-

ros, estatísticas e recordes. Para mim, no

fim do dia é importante a posição, mas

todo o resto é importante. Eu gosto do

que faço e me preocupo se atingi os obje-

tivos que coloquei para mim mesmo. Pode

ser ranking, pode ser a conquista de algum

torneio, ou eu estar em minha melhor

forma física, tentar vencer certas coisas,

continuar melhorando certas coisas que

as pessoas não precisam saber ou sabem.

Acho que é mais uma questão do que eu

pessoalmente gostaria de fazer e preciso.

Tem algum recorde específico que

você ainda quer superar?

Não tem muita coisa mais. Para mim ter os

recordes de todos os tempos em Grand

Slam é algo grandioso, o número de sema-

nas na liderança do ranking também, e al-

guns que ainda estou melhorando e tenho

muito orgulho. Acho que o mais importan-

te é que eu ainda me divirto jogando e ten-

to obter o sucesso. Enquanto estiver assim,

acho que ainda posso igualar ou quebrar

algumas marcas.

Fora do circuito profissional, o que

mais pretende fazer?

Eu tenho desejo de promover o tênis

pelo mundo. E por isso estou muito feliz

de ter ido ao Brasil com grandes estre-

las, acho que é maravilhoso para o País. E

também talvez jogar em lugares em que

nunca estive antes. Gostaria de jogar na

África do Sul, onde minha mãe nasceu

e eu nunca tive a oportunidade de jo-

gar lá, fazer um roteiro pela Ásia, jogar

contra Pete Sampras, Jan-Michael Gambill,

John McEnroe.

Eu TENHO dESEjO dE PrOmOVEr O TêNIS PELO muNdO. E POr ISSO ESTOu muITO FELIz dE TEr IdO AO BrASIL COm grANdES ESTrELAS, ACHO quE é mArAVILHOSO PArA O PAíS.

Page 21: Revista locação nº 50

2013 - REVISTA LOCAÇÃO - 21

Page 22: Revista locação nº 50

22 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

capa

m grande problema em todo

território nacional está dei-

xando os proprietários de

locadores de veículos apavo-

rados: o crescente aumento

no roubo e fur to de veícu-

los. Pela facilidade em repassar as peças,

os carros populares são os principais alvos

dos assaltantes e o índice de recuperação

é praticamente zero. Existe até um proje-

to de lei 23/2011 que está no Congresso,

de autoria de Armando Vergílio (PSD/GO),

que busca disciplinar o funcionamento de

empresas de desmontagem de veículos au-

tomotores terrestres.

“A Criação do desmanche legal trará

repercussões positivas importantes em

vários setores da vida econômica do País,

além de vir ao encontro da proteção dos

direitos e interesses do consumidor e con-

tribuir diretamente para a preservação do

meio ambiente. Como consequência, o

combate ao roubo e ao furto de veículos

que por ano subtrai 400 mil veículos da

frota nacional, dos quais somente 50% são

recuperados, poderá se dar de forma mais

inteligente e eficiente. Calcula-se que, pelo

menos, metade dos 200 mil veículos não

recuperados alimenta os desmanches ile-

gais”, afirma o texto do projeto.

Um caso clássico é o de Joacir Pereira

de Azevedo, especialista em furtar veículos

de locadoras e que atua principalmente

nos estados de Pernambuco, Ceará e Rio

Grande do Norte. Mauro Guerra, da MM

Rent a Car de Recife e Olinda, já foi vítima

desse ladrão. “É o maior puxador de veícu-

los do Norte e Nordeste. Ele aluga, paga an-

U

tecipado e desaparece. Hoje chama João, ama-

nhã José e por aí vai. Sempre com documento

falso, sem usar arma e na base da conversa.

Depois, vende o automóvel no ferro velho por

R$ 1.500 para desmanche”, explica.

Tempos atrás Joacir foi preso por falsida-

de ideológica, mas no tempo que o processo

de Mauro Guerra levou para chegar à outra

cidade, o ladrão já estava solto novamen-

te. “A gente precisa se unir porque ele só

quer carro de locadora, ele me roubou uma

Dobló, mas costuma pegar carro popular

porque é mais fácil repassar”, avisa Mauro,

que costuma operar mais para hotéis e se-

guradoras, que já fazem uma triagem pre-

liminar dos clientes e isso ajuda a ter um

pouco mais de segurança no processo.

Já em Minas Gerais, os dados sobre fur-

tos e roubos de veículos são alarmantes.

mil veículos da frota nacional, dos quais somente 50% são recuperados.

como consequência, o combate ao roubo e ao furto de veículos que por ano subtrai

Uma das associadas da ABLA pesqui-

sada teve 21 veículos roubados e não

localizados de janeiro de 2012 e abril

de 2013. Curiosamente, todos são da

marca Fiat e o mais alarmante é que

mais de 40% foram roubados só no pri-

meiro trimestre de 2013, o que con-

figura um aumento enorme de carros

roubados com cliente de locadoras,

um prejuízo considerável que se con-

tinuar nesse patamar poderá até invia-

bilizar uma locadora se ela não estiver

preparada economicamente para su-

por tar os prejuízos.

Saulo Froes, da Lokamig de Belo

Horizonte, também sofre com a perda

de modelos Palio Fire e Uno. Ele ex-

plica que dois motivos principais pe-

sam bastante, que é a força da Fiat no

mercado local e também pelo fato de

as locadoras concentrarem o nicho de

compra em automóveis de um segmen-

to mais barato. “Temos 1.300 carros, no

ano passado perdemos 11 e esse ano já

foram nove. Isso é o retrato da realida-

de. O índice de recuperação é pratica-

mente zero e os roubos são feitos para

desmanche”, afirma.

Locadoras sofrem com o roubo e furto de veículos e os índices têm aumentado drasticamente.

NA ROTA DA CRIMINALIDADE

400

O íNDICE DE RECUPERAçÃO é PRATICAMENTE ZERO E OS ROUBOS SÃO FEITOS PARA DESMANCHE

saulo froes, da lokamig de bH

Page 23: Revista locação nº 50

2013 - REVISTA LOCAÇÃO - 23

Ele conta que o Sindiloc-MG mon-

tou até uma central de informações

onde os associados podem ligar para

comunicar suas perdas. “Já conversa-

mos com a Fiat para tentar melhorar

a segurança dos veículos e queremos

que o governo faça alguma coisa. O

problema é a nível nacional e está

todo mundo apavorado com isso”, diz.

Enquanto isso, ele tenta se virar como

pode e até está tentando tirar de al-

guns veículos a marca registrada da

locadora para ver se dificulta a identi-

ficação dos ladrões como uma veículo

de aluguel. “Estamos montando uma

central de monitoramento para esses

modelos populares e diminuindo a

compra deles. Vamos fazer uma expe-

riência para ver se funciona”, avisa.

SEGURANçA

Quem trabalha diretamente para

prevenir as ações criminosas é a

Operação 24h. A empresa conta com

dispositivos que são instalados no

carro de forma segura, e muitas ve-

zes sigilosa, em locais de difícil acesso

ao módulo, para que dificulte a loca-

lização por par te de quadrilhas que

praticam o roubo de veículos.

Rogério Alves Dilser, diretor da

Operação 24h, sabe que as locado-

ras de veículos sofrem com os ris-

cos de roubos e fur tos diariamente

e acredita que a sua empresa pode

ajudar, já que o dispositivo oferecido

por ela tem tecnologia avançada. “É

possível monitorar os veículos em

tempo real pela internet, pelo aplicati-

vo de celular e também consultando a

Central de Operações 24 Horas”,

conclui Rogério.

um dISPOSITIVO

TECNOLOgICAmENTE

EFICIENTE, SOmAdO AO

BOm PrEPArO dA

EquIPE OPErACIONAL,

rESuLTA Em um SErVIçO

quE gArANTIrá O

CONFOrTO E SATISFAçãO

dAS LOCAdOrAS.

rogério alves dilser diretor da operação 24H

Page 24: Revista locação nº 50

24 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

Centro de Experimentação e

Segurança Viária (Cesvi) de-

senvolveu um projeto para a

criação de Centros de Trata-

mento de Veículos Fora de Uso, que aju-

daria em muito na repressão às práticas

de fur to e roubo de veículos, segundo

Almir Fernandes da Costa, diretor executi-

vo de operações da entidade. Nesta entre-

vista exclusiva, ele conta mais detalhes so-

bre o projeto e cita os efeitos econômicos,

ambientais e sociais que os centros de tra-

tamento gerariam.

Como surgiu a ideia dos Centros de

Tratamento de Veículos Fora de Uso?

Foi a partir da ideia de que a sociedade deve

se organizar para dar a destinação correta

aos veículos que, por motivos técnicos, não

têm mais condições de retornarem à circu-

lação. Os referidos centros são instalações

autorizadas que garantem a descontamina-

ção, a reutilização de peças, a reciclagem e

a destinação correta para os resíduos finais

gerados no processo.

Qual o principal objetivo deste projeto?

Após estudos sobre o processo de tra-

tamento de veículo em todo o mundo,

o Cesvi Brasil identificou que este pro-

jeto converge aos seguintes objetivos:

preservação do meio ambiente, repres-

são às práticas de fur to e roubo de ve-

ículos e incentivo às novas tecnologias

voltadas para reciclagem e destinação

de resíduos automotivos.

Como é a realidade na Argentina,

onde algo parecido já é feito?

Segundo contatos com o Cesvi Argentina,

identificamos que os Centros de Trata-

mento de Veículos são uma realidade na

Argentina. Desde 2003 existe uma Lei (Lei

25761/03 – Desarmado de automotores y

venta de SUS autopartes) que regulamen-

ta a instalação dos centros de tratamen-

to assim como as vendas de peças usadas,

oriundas das desmontagens de veículos.

capa

OPROjETO TEM

POR OBjETIVO,

ENTRE OUTRAS

COISAS,

REPRIMIR AS

PRáTICAS DE

FURTO E ROUBO

DE VEíCULOS

almir fernandes da costa é diretor executivo de operações do cesvi

CESVI TENTA REPRIMIR ROUBOS E FURTOS

Page 25: Revista locação nº 50

2013 - REVISTA LOCAÇÃO - 25

Quais são os empecilhos para se colo-

car em prática esses centros no Brasil?

De maneira geral, observa-se que o

principal fator de sucesso para a im-

plantação deste projeto em outros

países foi o desenvolvimento e a im-

plementação de Leis e Normas que es-

tabelecem tanto os requisitos que de-

finem o que é um veículo fora de uso,

quanto o modo de operação dos cen-

tros de tratamento. Frente a este fator,

entende-se que no Brasil há a neces-

sidade do desenvolvimento/aprovação

de leis que regulamentem e deixem

claras as operações deste segmento.

Para finalizar, quais seriam os efeitos eco-

nômicos redundantes da quebra desse ci-

clo vicioso de roubo de veículos e conse-

quente venda das peças ‘desmanchadas’?

Não trataremos dos efeitos econômicos so-

mente. Sendo um pouco mais abrangente,

os benefícios/efeitos deste projeto podem

ser destacados em três vertentes:

a) Ambiental:

Redução da poluição ambiental por meio

da remoção e destinação dos compo-

nentes que são considerados perigosos,

como a bateria, os fluidos (óleos lubrifi-

cantes, óleos hidráulicos, líquido de arrefe-

cimento, fluído do ar condicionado...), bem

como na neutralização dos componentes

pirotécnicos (“air-bags” e pré-tensores

dos cintos de segurança).

b) Econômico:

Movimentação do mercado de consumo

formal por meio da venda de peças reutili-

záveis. Aumento de empregos na cadeia de

reciclagem, já que a tendência é que novas

empresas de reciclagem se estabeleçam

para atender a demanda gerada.

c) Social:

Diminuição do fur to e roubo de veículos,

já que esses delitos, em sua grande maio-

ria, são para alimentar o comércio ilegal

de peças (desmanches).

CESVI TENTA REPRIMIR ROUBOS E FURTOS

Page 26: Revista locação nº 50

26 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

avaliaçãoavaliação

Citroën colocou no mer-

cado a segunda geração

do C3 - uma versão

melhorada em relação ao mo-

delo europeu. O presidente

do grupo PSA, Carlos Gomes,

foi além e disse que “a Citroën

pode estar lançando elemen-

tos no Brasil que vão compor a

nova geração na Europa”.

O carro tem muito mais de-

sign e estilo. O novo C3 estreia

uma inédita experiência na ca-

tegoria: o exclusivo para-brisa

Zenith. Com 1350 mm de com-

primento, o Zenith proporciona

80% de aumento no campo de

visão. Isso significa muito mais vi-

sibilidade e prazer em dirigir.

Luzes diurnas de LED, rodas

de liga leve 16” com detalhes

cromados, volante em couro,

maçanetas cromadas e retrovi-

sor eletrocromo reafirmam o

novo C3 como o modelo pre-

mium mais charmoso e completo

da categoria.

Mais equipado que o ante-

rior e inegavelmente mais atra-

ente, o Citroën C3 Exclusive 1.6

16V avaliado pela Revista Loca-

ção deixou boa impressão. Ele

tem bitolas mais largas e, apesar

de manter a maciez da direção

(elétrica) nas manobras, o volan-

te ganhou o peso que faltava em

A

CITROËN C3 EXCLUSIVE BVA 1.6 16VPOR JOÃO CLAUDIO BOURG

O VOLANTE é O MESMO DO DS3, COM óTIMA PEGADA

MOTOR: dianteiro, quatro

cilindros, 16 válvulas, comando

variável, flex; POTêNCIA:

115/122 cv a 6.000/5.800

rpm; Torque: 15,5/16,4 kgfm a

4.000 rpm; TRANSMISSÃO:

automática de quatro veloci-

dades; DIREçÃO: elétrica;

SUSPENSÃO: Independente

McPherson na dianteira e eixo

de torção na traseira; PESO:

1.202 kg; PORTA-MALAS:

300 litros; DIMENSõES:

comprimento 3,944 mm,

largura 1,708 mm, altura 1,521

mm, entre eixos 2,460 mm.

FICHA TéCNICA

CITROËN C3 EXCLUSIVE BVA:

PREçO: R$ 55.355

Page 27: Revista locação nº 50

2013 - REVISTA LOCAÇÃO - 27

velocidades de viagem. O novo

C3 teve a suspensão recalibrada

e com o novo acerto de molas

e amortecedores o carro ficou

mais estável que o anterior.

O motor 1.6 16V tem ago-

ra 122 cv de potência (o antigo

tinha 113 cv) e 16,4 kgfm de

torque, quando alimentado com

etanol. Uma das principais mu-

danças no conjunto propulsor

foi a eliminação do tanquinho de

gasolina para partida a frio – por

isso o nome FlexStart. O novo

C3 tem acelerações e retomadas

bastante rápidas - há uma boa

reserva de força e o torque apa-

rece de forma mais contundente

em baixas rotações (80% a 1.500

rpm, diz a Citroën), evitando

constantes reduções de marcha.

O câmbio manual é mais curto,

para priorizar o menor esforço

na cidade, enquanto a versão

automática ganhou até borbo-

letas na direção para mudanças

manuais, mas manteve a caixa de

apenas quatro marchas.

A montagem interna é bas-

tante cuidadosa e o C3 Exclusive

é bem equipado - ele sai de fá-

brica com ar condicionado digital,

CD player com entrada USB e

comandos na coluna de direção,

rodas de liga, faróis e limpadores

com acionamento automático.

Na lista de opcionais: GPS inte-

grado ao painel com tela de sete

polegadas, bancos revestidos de

couro e sensor de estaciona-

mento traseiro.

O painel ganhou novo dese-

nho, com saídas de ar circulares

que trazem bordas pintadas de

prata e um console central cin-

za escuro onde fica o ar digital

– tudo de bom gosto. O volante

é o mesmo do DS3, com ótima

pegada. Para completar, a posição

de dirigir ficou mais baixa.

‘‘A CITROËN PODE ESTAR LANÇANDO ELEMENTOS NO BRASIL QUE VÃO COMPOR A NOVA GERAÇÃO NA EUROPA’’

O NOVO C3 TEM ACELERAçõES E RETOMADAS BASTANTE RáPIDAS

Page 28: Revista locação nº 50

28 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

vitrine

GADGETS INCRÍVEIS

SIMULADOR DE F1

HANDPRESSOEste prático Gadget foi desenvolvido para

você conseguir tomar café em qualquer

lugar a hora que quizer. O Handpresso

Outdoor é um kit que possuí uma máqui-

na de expresso manual, garrafa térmica

para água quente e quatro copos que vem

em uma maleta.12

Desenvolvido para fãs de Fórmula 1 a

FMCG International criou este simulador.

O equipamento vem com um potente

computador, três telas de 23 polegadas

e sistema de som digital 5.1.

Page 29: Revista locação nº 50

2013 - REVISTA LOCAÇÃO - 29

3MASTERPIECE MP-05 LAFERRARIA Hublot em parceria com a

Ferrari criou esta edição ex-

clusiva com apenas 50 unida-

des, com os melhores mate-

riais da marca o relógio vem

com cristal de safira, caixa

preta em Titânio. Ele possuí

reserva de energia de 50 dias

com indicador e é produzido

em couro e fibra de carbono.

POKKET MIXER

Este aparelho é perfeito para

quem gosta de dar festas, o

compacto Pokket Mixer per-

mite que você conecte dois

reprodutores de música e

mixe com transições perfei-

tas. Basta conectá-lo a um sis-

tema de som e este aparelho

funciona sem bateria ou fonte

elétrica. A empresa alemã

tem sede em Berlim mas faz

a venda online.4

Page 30: Revista locação nº 50

30 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

turismo

100% BRASILEIROLUXO

inaugurado há apenas alguns meses na bu-

cólica Serra da Mantiqueira, divisa entre São

Paulo e Minas Gerais. Imagine um recanto

de paz, tranqüilidade, mimos e regalias. Pen-

se grande. É possível interagir com o silêncio

mais profundo e a voz mágica da natureza.

Localizado a meia hora de distância do

centro da cidade, o Botanique é fruto de um

investimento de R$ 41 milhões de reais. Tem

apenas seis quartos e onze bangalôs, com a

diária inicial mais cara do país: 2.500 reais para

iga por aqui: o luxo e a tran-

qüilidade ficam logo ali. Ace-

lere os bons momentos e

descubra novos caminhos

num universo chamado felici-

dade. Deixe os dias sérios lá

para trás… Em Campos do Jordão, inte-

rior de São Paulo, recupere o tempo per-

dido e leve o ócio a sério no Botanique

Hotel & SPA.

Bem-vindo ao hotel mais caro do Brasil,

SO Botanique capricha

na valorização da brasi-

lidade, isso vai da culiná-

ria ao mobiliário (todo

desenvolvido por jovens

artistas brasileiros).

Page 31: Revista locação nº 50

2013 - REVISTA LOCAÇÃO - 31

Localizado a meia hora de distância do centro da cidade, o Botanique é fruto de um investimento de R$ 41 milhões de reais

100% BRASILEIROo casal, incluindo todas as refeições (depen-

dendo do tipo de acomodação, esse valor

pode chegar a 6.000 reais).

O conceito do novo ‘point’ é não vender

hospedagem, mas vender experiências. Tipo

um pós-luxo, cuja ideia e filosofia são oferecer

aos hóspedes momentos que dinheiro ne-

nhum pode comprar. Escutar o canto dos pás-

saros, sentir o cheirinho do mato, enfim, pra-

ticar o total desapego urbano do estresse do

cotidiano. Um reduto voltado ao bem-estar.

Só para se ter ideia o estafe do hotel

pega sua bagagem em casa com antecedên-

cia para quando você chegar lá tudo já estar

arrumado e prontinho para relaxar. E, depois,

ainda devolve as malas com as peças lavadas

e passadas. A filosofia é oferecer soluções

antes dos problemas aparecerem.

Luxos e regalias garantidas, todos os deta-

lhes foram planejados com exclusividade. No

SPA, acontecem tratamentos como flutuação

em uma banheira de água salgada enquanto

um filme com imagens calminhas da natureza

é projetado no teto.

O Botanique capricha na valorização da

brasilidade, isso vai da culinária ao mobiliário

(todo desenvolvido por jovens artistas brasi-

leiros). A experiência é única, não existe possi-

bilidade de não amar e querer voltar sempre!

Serviço: Rua Elídio Gonçalves da Silva,

4000 (Bairro dos Mellos), acesso pelo km

168 da SP-050. Distância do centro de

Campos do Jordão, 21 km - (12) 3797-6877

www.botanique.com.br

Page 32: Revista locação nº 50

32 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

artigo

ste ar tigo distingue tecnicamente

a locação de veículos com moto-

ristas das atividades de transporte,

prestação de serviços, cessão de

mão-de-obra, empreitada de mão-de-obra

e locação de mão-de-obra, destacando os

efeitos jurídicos de cada caso. Todas essas

atividades podem ser utilizadas para aten-

der à demanda por mobilidade de seus

usuários e podem empregar os mesmos

elementos produtivos: veículos automoto-

res e motoristas habilitados. Essas seme-

lhanças externas entre as diferentes ativi-

dades podem se configurar no dia-a-dia de

modo que fiscais tributários, trabalhistas,

previdenciários e de trânsito podem trata-

las como a mesma atividade. De fato, na

clínica da advocacia são frequentes as con-

sultas e problemas decorrentes pela desa-

tenção ou desconhecimento quanto às pe-

culiaridades da atividade de locação com

motorista das demais, motivo pelo qual se

entende relevante o assunto.

LOCAçÃO COM MOTORISTA

A locação de veículos com motorista é

um contrato complexo, que une à locação

de bens móveis elementos da prestação

de serviços, sem desnaturá-la como loca-

ção. A locação de coisas é a cessão remu-

nerada do uso de determinada coisa, por

tempo determinado ou não (Código Civil,

ar t. 565). Na locação de veículos, com ou

sem motorista, não é elemento do con-

trato a simples transladação de pessoas

ou cargas de um lugar para o outro (re-

sultado específico que define o transpor-

te), porém a mera disponibilidade para a

locatária de meio idôneo para tal — a en-

trega do veículo em perfeito funcionamen-

to à sua disposição.

E O fato de colocarem motoristas à dis-

posição da locatária não descaracteriza a

essência do contrato de locação, que está

na efetiva posse sobre o veículo e não so-

bre o seu modo de emprego ou por quem

conduz o veículo.Na locação o motorista

equivale ao operador do equipamento

locado, como ocorre com frequência na

locação de outros bens móveis tais como

guindastes, geradores, embarcações, rebo-

ques, maquinário especializado e outros.

Portanto, o fornecimento conjunto do

operador habilitado do bem alugado (mo-

torista ou chofer) se revela como simples

acessório, simples subespécie do contrato

de locação de veículos, no qual se agre-

gam determinados serviços para tornar

possível ou melhor o aproveitamento

dos veículos alugados.

A forma fácil de vislumbrar a locação

de motorista é imaginar uma cerimônia de

casamento. Isso mesmo, um casamento. É

comum a noiva contratar com antecedên-

cia a locação de veículo com chofer para

lhe atender com exclusividade ao longo

do dia do matrimônio. O chofer busca a

noiva em casa de manhã, leva-a ao salão

de beleza para o “dia de noiva” e fica à sua

disposição até o término da preparação.

Após, leva-a para a igreja, aguarda na porta

a conclusão da cerimônia e, logo a seguir,

conduz os noivos para a festa de recepção

aos convidados (nota-se ser o noivo o úni-

co passageiro autorizado pela noiva a in-

gressar no veículo com ela, evidenciando o

domínio do emprego do veículo pela noi-

va). O motorista então aguarda o término

da festa sem dela participar ou consumir

bebidas alcoólicas e conduz os noivos ao

hotel para a noite de núpcias. Esse exem-

plo é o arquétipo da locação com moto-

rista, mas no dia-a-dia o mais comum é a

condução de executivos ao aeroporto ou

a reuniões, sendo comum a determinação

que os motoristas aguardem o embarque

do executivo ou o término da reunião para

só então retornarem à base de operações.

Em todos esses casos é nítido o domí-

nio permanente do cliente quanto ao uso

do veículo locado e a função de “operador

do equipamento” exercida pelo motorista.

TRANSPORTE

Pelo contrato de transporte a trans-

portadora se obriga, mediante retribuição,

a transportar, de um lugar para outro, pes-

soas ou coisas (Código Civil, ar t. 730). O

negócio jurídico viabilizado pelo contrato,

portanto, é a transladação, o deslocamento

físico de pessoas ou bens. Interessa o resul-

tado e a transportadora, como profissional

no ramo, é contratada para oferecer resul-

tado específico: a transladação eficiente de

bens ou pessoas.

A transportadora mantém a todo o

momento o domínio do uso do veículo,

inclusive estando o motorista sob as suas

exclusivas ordens. A transportadora define

itinerários, horários das viagens, locais de

embarque e desembarque de passageiros

e cargas, lotação de passageiros da viagem

bem como efetua o recrutamento de clien-

tes e lhes cobra passagens individualmente.

Em linguajar mais técnico, pela natureza

jurídica da obrigação, o contrato de trans-

porte cria uma obrigação de fazer (trasla-

dar) e a locação cria uma obrigação de dar

(entregar o veículo). Pelo resultado preten-

dido com a contratação o transporte se

identifica pelo fim alcançado (obrigação de

TRIBUTAÇÃO DA LOCAÇÃO COM MOTORISTA

ADRIANO AUGUSTO PEREIRA DE CASTRO

Advogado especializado na indústria de locação de veículos

Page 33: Revista locação nº 50

2013 - REVISTA LOCAÇÃO - 33

resultado: chegar ao destino em seguran-

ça) e a locação se caracteriza pelo meio

oferecido (obrigação de meio: entrega

de veículo em condições de ser emprega-

do pelo cliente).

CESSÃO, EMPREITADA E LOCA-

çÃO DE MÃO-DE-OBRA

A cessão de mão-de-obra é termo

genérico, tendo como a empreitada de

mão-de-obra e a locação de mão-de-obra

como duas de suas espécies. Quando a

cessão de mão-de-obra é pura os veículos

sequer estão presentes e não há preocu-

pação em confundi-la com a locação com

motorista.As dúvidas surgem principal-

mente quanto a questões fiscais: deve a

remuneração do motorista ser destacada

da fatura? Há incidência do ISS sobre o

serviço do motorista? Haverá retenção

do INSS no pagamento? A contratação

do motorista desnatura a locação? Dentre

outros questionamentos são comuns.

Na locação de mão-de-obra o cliente

contrata empresa de trabalho temporá-

rio para suprir necessidade transitória de

substituição de seu pessoal regular e per-

manente ou de acréscimo extraordinário

de tarefas. Na locação de mão-de-obra o

mais importante é a habilitação profissional

dos funcionários que serão empregados na

prestação de serviços, os quais ficarão à

disposição da cliente que lhes determinará

as tarefas a serem cumpridas. A remunera-

ção normalmente é fixada principalmente

com base no tempo dos trabalhadores à

disposição do cliente.

Na empreitada de mão-de-obra o ob-

jetivo não é no fornecimento da capacida-

de de trabalho, mas de resultado final a ser

atingido (produto, tarefa, obra ou serviço).

A remuneração tende a se relacionar não

com o tempo de disponibilidade, mas com

a entrega do resultado desejado.

A locadora de veículos pode locar

mão-de-obra de empresa prestadora de

serviços para manter a continuidade do

atendimento a seus clientes durante as fé-

rias de seus próprios motoristas. Ou caso

conquiste contrato de grande valor que

não consiga atender de imediato ou com

seus próprios recursos contratar emprei-

tada de mão-de-obra para o atendimento

desse contrato específico.

Em qualquer dos casos – cessão

de mão-de-obra, locação de mão-de-

obra ou empreitada de mão-de-obra

– se o elemento preponderante for a

disponibilidade do veículo ao cliente a

natureza da locação prevalecerá. Caso

contrário, se a prestação de serviços for

preponderante – por exemplo, motoristas

com treinamento em defesa pessoal – a

prestação de serviços terá nítida prevalência.

EFEITOS TRIBUTáRIOS DAS DIS-

TINçõES ENTRE AS ATIVIDADES

Feitas as diversas distinções vamos à

aplicação na prática tributária.

A locação de veículos com motorista

é atividade sobre a qual não incidem im-

postos como o ICMS, ISS ou IPI. Além de

não-incidentes esses impostos as locado-

ras de veículos são dispensadas de emitir

notas fiscais, documentos que se destinam

exclusivamente a registrar fatos tributários

do ICMS, ISS ou IPI. O faturamento é único

e a receita tem natureza jurídica de aluguel

mesmo com a presença do motorista. Ou

tudo é aluguel ou não será locação com

motorista, será alguma outra forma de

contrato. As locadoras recebem seus cré-

ditos exclusivamente por meio de faturas

de locação ou notas de débito, sendo ile-

gais algumas exigências de órgãos públicos

tais como a emissão de notas fiscais ou a

retenção na fonte do INSS. As locadoras

de veículos, com ou sem motorista, são

contribuintes do PIS, COFINS, IRPJ e CSLL,

devendo comunicar à Receita Federal suas

receitas brutas para fins de tributação, mas

estes tributos não exigem a emissão de

nota fiscal de qualquer espécie.

O transporte é fato gerador de vários tribu-

tos: o ICMS, na hipótese de prestação de servi-

ços de transporte interestadual e intermunicipal

(o transporte internacional é imune ao tributo);

e o ISS no transporte municipal. Em todos os

casos a transportadora deve emitir a nota fiscal

correspondente ao fato gerador praticado.

Em relação à cessão de mão-de-obra,

em qualquer de suas hipóteses, mesmo se

acompanhadas de equipamentos ou mate-

riais de consumo o faturamento também

deve ser unificado e todo será considerado

como serviço. Na cessão de mão-de-obra

há o fato gerador do ISSQN, que deverá

ser documentado por meio da nota fiscal

de serviços. Em vir tude da legislação pre-

videnciária também haverá a retenção na

fonte de 11% do INSS.

CONCLUSÃO

A locação de veículos com motorista

está submetida ao mesmo regime jurídi-

co-tributário da locação simples, o qual é

bastante diferente daqueles aplicáveis ao

transpor te e à cessão de mão-de-obra.

Os motoristas são meio de se imprimir

eficiência ao contrato, facilitando o uso

do veículo locado pelo cliente. Não es-

tando presente a intenção específica de

transladar, de transpor tar coisas ou pes-

soas, ou de se disponibilizar ao usuário

determinada capacidade de trabalho, não

há motivo para confundi-las.

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34 - REVISTA LOCAÇÃO - 2013

eduzir ao máximo a possibili-

dade de ver um cliente tendo

de trocar um pneu do carro

alugado é o sonho de qual-

quer locadora espalhada pelo

Brasil, ainda mais se isso acon-

tecer de maneira ambientalmente susten-

tável. Para tentar realizar esse desejo, o

Grupo LOR Distribution representa com

exclusividade a marca PermaSeal no Brasil

e propõe uma “solução permanente para

selar os furos de todos os tipos de pneus -

desde motos e carros de passeio até equi-

pamentos comerciais e industriais”.

O PermaSeal é feito a partir de pneu

triturado, ou seja, cada pneu que foi blin-

dado com esse produto possui em seu in-

terior outro pneu, ajudando na reutilização

de pneus descartados na natureza e colo-

cando em prática um gestão sustentável de

toda a cadeia de negócio. Outro dado in-

teressante é que com a maior durabilidade

dos pneus, os custos da frota são reduzidos

em até 25% nesse aspecto. Isso sem falar

da economia com a realização de

balanceamento em cada roda.

R

SOLUçÃO AMBIENTALMENTE SUSTENTáVEL PARA OS PNEUS DOS AUTOMÓVEIS

Produto PermaSeal permite a diminuição do custo de manutenção das rodas, praticamente eliminando os furos, com o benefício de não agredir a natureza.

sustentabilidade

COM PNEUS SEMPRE

BALANCEADOS, O CLIENTE

TAMBéM PODERá GASTAR MENOS COMBUSTíVEL

POR QUILÔMETRO RODADO COM O

AUTOMóVEL

É O AUMENTO DA DURABILIDADE DOS PNEUS

Maiores informações sobre o produto, acesse: permaseal.com.br

O produto PermaSeal conta com uma

fórmula com propriedades que protegem

os pneus contra furos durante toda sua

vida útil. É constituído por materiais não tó-

xicos e por isso mesmo é ambientalmente

seguro. Quando o produto é aplicado no

veículo, ele permanece fluido em todos os

momentos e, caso algum furo feito por um

objeto de até 12 mm apareça, o buraco é

imediatamente vedado, sem perda de pres-

são. Essa tecnologia também faz com que a

vida útil do pneu seja maior que o normal e

ajuda a reduzir os custos de manutenção.

Com pneus sempre balanceados, o

cliente também poderá gastar menos

combustível por quilometragem. É pos-

sível que seja feita uma economia de até

4,4% no uso de combustível, ou seja, os

carros vão poluir menos para percorrer

a mesma distância e isso pode ser usa-

do como argumento para atrair novos

clientes. No fundo, o PermaSeal é um

produto de alta tecnologia que está alia-

do às preocupações ambientais e de

olho em um mundo ecologi-

camente sustentável.

25%

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2013 - REVISTA LOCAÇÃO - 35

Job: 334950 -- Empresa: Burti -- Arquivo: 334950-05730-AF-210x280-ANUN LOCADORAS SIMPLES-JOB 738_pag001.pdfRegistro: 112901 -- Data: 15:34:16 26/03/2013

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