Lucia Mardini | DVAS. Vacinação do HPV no SUS 2015.

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Vacinação do HPV no SUS2015

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É um vírus DNA, pertence a família Papillomavirus - 100 tipos identificados, sendo que mais de 40 podem infectar o trato genital.

Dois grupos, de acordo com seu potencial de oncogenicidade:

-De alto risco oncogênico relacionados com o desenvolvimento de neoplasias intraepiteliais e de câncer invasivo do colo do útero, vulva, vagina e região anal. Os tipos considerados de alto risco incluem os 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82. Aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo são causados pelos tipos 16 e 18.

- De baixo risco oncogênico, por exemplo, os tipos 6 e 11, associados a infecções benignas do trato genital como condiloma acuminado ou plano e lesões intra epiteliais (LIE) e verrugas genitais ( presentes em 90% dos casos de verrugas).

Vírus do papiloma humano (HPV)

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Prevalência da infecção pelo HPV, lesões pré-cancerosas e câncer do colo do útero, segundo a

idade da mulher1.

1 Schiffman M, Castle PE. The promise of global cervical-cancer prevention. New England Journal of Medicine, 2005, 353(20): 2101–210

Prevalência da infecção pelo HPV, lesões pré-cancerosas e câncer do colo do útero, Segundo a idade da mulher ¹

Prevalência da infecção pelo HPV, lesões pré-cancerosas e câncer do colo do útero, Segundo a idade da mulher ¹

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Estimativa de incidência do câncer do colo do útero, por 100 mil mulheres, no Brasil, segundo a Unidade da Federação, 2012

Estimativa de incidência do câncer do colo do útero, por 100 mil mulheres, no Brasil, segundo a Unidade da Federação, 2012

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Objetivos

● Proporcionar o acesso gratuito à vacina quadrivalente contra o HPV, reduzindo a chance de câncer de colo de útero, vulvar e vagina, as verrugas anogenitais e infecções causadas pelo papilomavírus humano

● Levar a saúde preventiva às escolas estimulando e oportunizando o diálogo entre jovens, pais e escola sobre o tema sexualidade, com enfoque na qualidade de vida

● Reduzir a longo prazo a mortalidade por câncer do colo de útero

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Motivos para vacinarmos nossas filhas

● O HPV é um vírus que afeta homens e mulheres em todo

o mundo e é considerado atualmente a principal causa de

doenças sexualmente transmissíveis (DST).

● Está diretamente relacionado ao câncer de colo de útero

e verrugas genitais.

● O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele

ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também

pode ser transmitido de mãe para filho no momento do

parto.

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● 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do

HPV*

● 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos,

presentes em 70% dos casos do câncer do colo do útero*

● No Brasil, é registrado anualmente em média 4800

vítimas fatais por câncer do colo do útero

*Estimativa da OMS

Motivos para vacinarmos nossas filhas

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● 8 a cada 10 mulheres serão infectadas com algum tipo de

HPV em algum momento da vida

● No mundo a cada 2 minutos uma mulher perde a luta

contra o câncer do colo de útero

● Os meninos serão protegidos indiretamente com a

vacinação do sexo feminino – IMUNIDADE DE REBANHO

● Estudos de avaliação do impacto, após a implantação da

vacina quadrivalente, demonstram uma redução drástica

na transmissão do HPV entre homens

Motivos para vacinarmos nossas filhas

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Austrália Nova Zelândia Dinamarca Suécia Estados Unidos Alemanha Bélgica Canadá

Início do programa

20071 20083 2008–20094 2006–20075 20066 200710 200611 2007–200913

Tipo de estratégia

Escolar e postos de saúde

Escolar e postos de saúde

Postos de saúde

Postos de saúde

Postos de saúde Postos de saúde

Escolar e postos de saúde

Escolar e postos de saúde

Coorte de rotinaa

(Idade, anos)

Meninas e meninos: 12–132

11–12 (apenas escolar)

124 13–175 Meninas e meninos: 11–126

12–1710 10–1311 Meninas: 9–1313

Meninos: 9–2613

Coorte de resgate(catch-up)(Idade, anos)

Meninos : 14–15 até 20142

(meninas: 14–18 terminou em 2008)1

13–20 (escolar e em postos no ano de 2013)

13–17 (2008–2010)4

- Meninos: 13–216

Meninas: 13–267

- - Meninas: 14–2613

Taxas de cobertura vacinalb

(%)

meninas: 64–80 (faixa etária 15, 2009)1

meninas: 66–72 (idade 14–17, 2007–2009)1

73(1ª dose, faixa etária 11–18, 2009)3

76–82 (faixa etária 14–16, 2012)4

78–83 (idade 17–19, 2012)4

18 (faixa etária 13–17, 2006–2010)5 27 (faixa etária 18–19, 2006–2010)5

Meninas: 32(faixa etária 13–17, 2010)8

- 79(faixa etária 12–14, 2011–2012 ano escolar)12

Meninas: 51–59

(faixa etária ~13–14)14

Vacinação em meninos

Universal: 20132

- - - Permissiva: 2009; Universal: 20119

- - Universal: 201213

a100% subsidiada pelos governos com exceção da Bélgica 16 e Estados Unidos.17 b Esquema completo com 3 doses execto na Nova Zelãndia. cVaria por região e província. 1. Tabrizi SN, et al. J Infect Dis. 2012;206(11):1645-51. 2. Ali H, et al. BMJ. 2013;346:f2032. doi: 10.1136/bmj.f2032. 3. Poole T, et al. Vaccine. 2012;31:84–8. 4. Baandrup L, et al. Sex Transm Dis. 2013;40(2):130-5. 5. Leval A et al. J Natl Cancer Inst. 2013;105:469–74. 6. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2011;60:1705‒8. 7. Markowitz LE et al. MMWR Recomm Rep. 2007;56(RR-2):1–24. 8. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2011;60:1117–23. 9. Markowitz LE et al. Vaccine. 2012;30(Suppl 5):F139–48. 10. Deleré Y et al. Euro Surveill. 2007;12:pii=3169. 11. Simoens C et al. Euro Surveill. 2009;14:pii=19407. 12. Top G et al. Vlaams Infectieziektebulletin. Disponível em: 2012;3:1–2. www.infectieziektebulletin.be/defaultSubsite.aspx?id=31717#. Acesso em julho de 2013. 13. National Advisory Committee on Immunization (NACI). Canada Comm Dis Rep. 2012;38:ACS-1. Disponível em: http://www.phac-aspc.gc.ca/publicat/ccdr-rmtc/12vol38/acs-dcc-1/assets/pdf/acs-dcc-1-eng.pdf. Acesso em julho de 2013. 14. Wilson SE et al. Vaccine. 2013;31:757−62.

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Austrália1,2 Nova Zelândia3 Dinamarca4 Suécia5 EUA6-9 Alemanha10-12

Tipo de estratégia (ano de início)

Escolar e postos de

saúde(2007)

Escolar e postos de

saúde(2008)

Postos de saúde

(2008-2009)

Postos de saúde

(2006-2007)

Postos de saúde(2006)

Postos de saúde(2007)

Cobertura (mulheres mais jovens)

83% 52% 85% 32% 32% 40%

Declínio de verrugas genitais em mulheres mais jovens

93% 63% 90% 41% 35% 47%

Declínio nas alterações de alto grau

SIM - SIM - Redução lesões por HPV 16/18

-

Declínio na prevalência dos HPVs vacinal

67% - 49% - 56% -

Proteção coletiva em homens

+++ ++ Muito cedo para avaliar

+ + -

DADOS DE IMPACTO PRECOCE NOS PROGRAMAS COM USO DA DADOS DE IMPACTO PRECOCE NOS PROGRAMAS COM USO DA VACINA QUADRIVALENTE CONTRA HPVVACINA QUADRIVALENTE CONTRA HPV

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● Existem duas vacinas comercializadas no mundo e que estão aprovadas pelos órgãos reguladores para utilização no Brasil.● Uma vacina é a quadrivalente que previne contra o HPV dos tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo de útero em todo o mundo, além dos tipos 6 a 11 presentes em 90% dos casos de verrugas genitais.● A outra vacina é a bivalente que protege contra o HPV dos tipos 16 e 18.

A VACINA- Por que a Quadrivalente?

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A vacinação contra o HPV é uma prevenção do câncer do colo do útero. A vacina não substitui a realização do exame preventivo, o Papanicolau ou o uso de preservativos

Eficácia de 98,8% contra o câncer de colo de útero

Objetivo é vacinar 80% da população- alvo

VACINA QUADRIVALENTE DO HPV

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Vacina HPV – População alvo

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Administração de três doses: 0, 6 meses e cinco anos Esquema é recomendado pela OPAS é adotado por países como Canadá, Suíça, México e Colômbia Intervalo de 6 meses entre a 1ª e a 2ª doses e a realização da

3ª dose após cinco anos gera resposta imunológica mais robusta

CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO PARA ADOLESCENTES DE 9 A 11 ANOS

CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO PARA ADOLESCENTES DE 9 A 11 ANOS

Dose Esquema(meses)

Mês da vacinação (recomendado)

Estratégia

1ª dose (D1) 0 Março de 2015 UBS e escolas públicas e privadas

2ª dose (D2) 6 Setembro de 2015 UBS e escolas públicas e privadas

3ª dose (D3) 60 Março de 2020 UBS

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Administração de três doses: 0, 2 meses e 6 meses Independentemente de CD4 e preferencialmente em terapia

antirretroviral. Intervalo recomendado de 2 meses entre a 1ª e a 2ª doses e 6

meses entre a 1ª e a 3ª doses

CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO ADOLESCENTES E MULHERES DE 9 A 26 ANOS VIVENDO COM HIV

CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO ADOLESCENTES E MULHERES DE 9 A 26 ANOS VIVENDO COM HIV

Dose Esquema(meses)

Mês da vacinação (recomendado)

Estratégia

1ª dose (D1) 0 Março de 2015 UBS, escolas públicas e privadas, e Serviço de Atenção Especializada (SAE)

2ª dose (D2) 2 Maio de 2015 UBS e SAE

3ª dose (D3) 6 Setembro de 2015 UBS e SAE

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• O esquema estendido seguirá a recente recomendação do TAG, já adotada pelo Canadá, México, Colômbia e Suíça

• Dispondo do mesmo recurso, será possível ampliar a vacinação para mais três faixas etárias, possibilitando vacinar meninas de 9 a 13 anos

• Nos cinco primeiros anos serão administradas duas doses da vacina, aumentando a adesão e, consequentemente, o alcance das coberturas vacinais preconizadas

5 vantagens do esquema estendido no Brasil

1

2

3

Resumindo......

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• Quanto maior a distância entre as primeiras duas doses da vacina quadrivalente, maiores são os títulos de AC antes da terceira dose (Neutzil et al, JAMA 2011)

• A realização da vacinação não concomitante com outras campanhas reduzirá a sobrecarga de trabalho das equipes de vacinação, também propiciando alcance das coberturas vacinais, sem interferir nas coberturas vacinais das demais vacinas

5 vantagens do esquema estendido no Brasil

4

5

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• A partir do dia 2 de setembro 2015 iniciará a aplicação da 2ª dose da vacina contra o HPV. É fundamental que estas adolescentes recebam esta dose, pois assim, produzirão uma maior resposta imunológica (maiores títulos de anticorpos) contra as verrugas genitais e o câncer do colo do útero.

• A vacinação ocorrerá nas escolas e/ou UBS - diferentes estratégias por município

2ª Etapa da vacinação contra o HPV para Meninas de 9 a 11 anos2ª Etapa da vacinação contra o HPV para Meninas de 9 a 11 anos

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  Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes da vacina

Com história prévia de Guillain Barré, relacionada ou não a vacinação

Gestantes. Se a menina engravidar após o início do esquema vacinal, as doses subseqüentes deverão ser adiadas até o período pós-parto.*

*Markowitz LE, Dunne EF, Saraiya M, Lawson HW, Chesson H, Unger ER et al. Quadrivalent Human Papillomavirus Vaccine: Recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR Recomm Rep. 2007;56(RR-2):1-24. *Carvalho, J. J. M. et al. Atualização em HPV: Abordagem científica e multidisciplinar. São Paulo: Hunter Boks, 2012.

Contraindicações

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Tipo de evento adverso Principais sinais e sintomas

Reações locais ─ Dor no local de aplicação, edema e eritema de

intensidade moderada

Manifestações sistêmicas

─ Cefaléia

─ Febre de 38ºC ou mais

─ Síncope (ou desmaio)

Eventos adversos associados à vacina HPV quadrivalente

Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação . Brasília, 2013 (no prelo).

Eventos Adversos

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Obrigada

Disque – vigilância 150