Aula de Comportamento Organizacional

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A administração dos recursos humanos Comportamento Organizacional

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Introdução à administração científica da produção.

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A administrao dos recursos humanos

A administrao dos recursos humanosComportamento Organizacional

Adquirir vantagem competitivaUm cenrio pouco competitivo (carter dignstico):1 Tarefas desmotivadoras;2 Ausncia de objetivos claros, ausncia de metas bem definidas;3 Baixa (ou nula) gratificao por esforo competitivo;4 Falta de participao na tomada de decises na empresa

O desempenho da equipe profissional est aqum dos objetivos competitivos da empresa.

A diagnose do problema no basta necessrio gerar alternativas viveis.Estimular e complexificar as tarefas: melhora de 9%;Definio de metas claras: melhora de 16%;Pagamento contigente (gratificao competitiva por melhores desempenhos): 30%Participao na tomada de decises: 0

Complexidade do Problema AdministrativoInvestimentos em tecnologia podem parecer atraentes, mas so eficientes? (Outros atores, empresas, copiam fcil);Nenhuma das sadas em si a mais adequada.A administrao dos recursos humanos depende de sadas criativas e contextualizadas.Origens filosficas dos problemas administrativosNo princpio, os princpios de administrao serviam como aconselhamentos aos gerentes sobre como administrar suas empresas.A demanda por esse campo terico advm de uma longa tradio no ocidente de comrcio e lucro a histria do ocidente como uma empreitada no sentido de aperfeioar o lucro.A Revoluo IndustrialFoi a transio para novos processos demanufaturano perodo entre 1760 a algum momento entre 1820 e 1840. Esta transformao incluiu a transio de mtodos de produoartesanaispara a produo por mquinas, a fabricao de novos produtos qumicos, novos processos de produo deferro, maior eficincia daenergia da gua, o uso crescente daenergia a vapor e o desenvolvimento dasmquinas-ferramentas, alm da substituio da madeira e de outrosbiocombustveispelocarvo. A revoluo teve incio naInglaterrae em poucas dcadas se espalhou para aEuropa Ocidentale osEstados Unidos. Esparramando-se pelo restante do mundo ao longo das dcadas subsequentes.Frederick W. Taylor (1856-1915)Os princpios da Administrao CientficaTaylor era um operrio em uma indstria siderrgica que ascendeu profissionalmente funo de engenheiro-chefe na siderrgica Midvale, Filadlfia do incio do sculo XX.Sua teorizao administrativa vanguarda no campo da administrao e das teorias sociolgicas do trabalho primavam pelo aumento da eficincia do local de trabalho por meio da diferenciao entre gerentes e operrios e a sistematizao dos trabalhos de ambos.

Os princpios de sua Administrao CientficaUtilizar mtodos cientficos para determinar o modo ptimo de realizar cada tarefa;Selecionar o perfil de pessoa para desempenhar cada tarefa designada;Treinar o trabalhador para executar sua funo corretamente;Monitorar o desempenho do trabalho os detalhes precisam ser executados corretamente para alcanar os resultados desejadosModelo supervaloriza a funo do gerente1 Os gerentes deveriam apontar as funes a serem distribudas para cada trabalhador, especificando um conjunto de mtodos e tcnicas padronizados para completar a tarefa adequadamente;2 Os gerentes deveriam combinar as habilidades de cada trabalhador com as demandas para a execuo de cada tarefa;

3 Os gerentes deveriam propiciar o treinamento os trabalhadores para o uso de mtodos padronizados projetados para o seu trabalho;4 Os gerentes deveriam exercer o controle necessrio para garantir que os trabalhadores sob sua superviso sempre executassem o trabalho da melhor maneira.Optimizao da ProduoDessa forma, no modelo proposto por Taylor a responsabilidade pela organizao do trabalho, recaa fortemente sobre os gerentes e no sobre os trabalhadores;Cabia tambm aos gerentes o planejamento na distribuio de tarefas e a eliminao de interrupesPadejadores da Bethlehem SteelO exemplo que segue uma aplicao de Frederick W. Taylor a uma empresa de carvo dos Estados Unidos. Primeiro vamos avaliar o exemplo e depois analisar suas consequncias.Bethlehem SteelObjetivo: Melhorar a performance e eficincia dos padejadores de carvo da fbrica.

Observando esses trabalhadores, Taylor descobriu que cada carga de p de carvo poderia variar entre 2 e 13 kg, dependendo da densidade do carvo carregado pela p.Fazendo um experimento com um grupo restrito de padejadores, Taylor observou que esses trabalhadores poderiam mover um mximo ptimo de carvo sem sofrer fadiga imprpria se eles movessem 10 kg. Props, ento, novas ps de formas e tamanhos diferentes que carregassem aproximadamente 10 kg de carvo (adequadas s densidades diferentes de carvo).Depois que Taylor ensinou aos trabalhadores a usarem essas ps, o rendimento dirio da empresa subiu de 16 para 59 toneladas de carvo manejado por dia de jornada de trabalho. O salrio mdio por trabalhador aumentou tambm de $ 1,15 para $ 1,88/dia. Com essas alteraes, a Bethlehem Steel conseguiu optimizar tanto seu desempenho que reduziu seu quadro profissional de mais de 500 trabalhadores no ptio para apenas 150, economizando com mo-de-obra cerca de $ 80.000,00 ao ano.(Crtica)O taylorismo nos Estados Unidos provocou uma revoluo gerencial estudos e experimentos foram sendo desenvolvidos no intuito de optimizar cada vez mais cada gesto na produo e originou-se desse perodo histrico a noo de linha de montagem.Surgiram, nessa poca, uma srie de instrumentos para organizar, gerenciar, regular e supervisionar o desempenho no trabalho. Relgios com micro segundos para a apreciao do gesto, ordenao de tarefas, grficos para comparao de desempenho e estmulo absurdo da competitividade.Surgiram outros tericos importantes da administrao: Henry Grant (1861-1919) que props as tabelas de produtividade e o casal Gilbreth (Frank and Lilian) (1868-1972) que propuseram o relgio dos micro segundos para avaliao dos gestos na fbrica.Harrington Emerson (1853-1931) props princpios de definies claras de metas no ambiente profissional orientao para indivduos competentes e administrao com justia e lisura (carter, retido), unificao dos procedimentos, reduo do desperdcio e premiao dos indivduos mais eficientes (que era tambm princpio produtivo de Henry Gantt.Simultaneamente aos Princpios da Administrao CientficaDesenvolvia-se a teoria dos princpios da administrao de Henri Fayol (1841-1925) que posteriormente tornou-se conhecido como o pai da administrao.Enquanto a administrao cientfica de Taylor se ocupada da eficincia tcnica do corpo de trabalhadores, Fayol voltava-se ao aumento da eficincia administrativa e gerencial.Henri Fayol (1841-1925)Era presidente de uma empresa francesa de minerao e metalurgia. Para Fayol, as funes essenciais da administrao eram:Planejamento das atividades futuras e objetivos de desempenho;Organizao dos recursos da empresa para permitir a implementao; eControle dos esforos globais pela comparao entre resultados obtidos e objetivos planejados.

14 princpios de H. FayolDiviso do trabalho tarefas especializadas e simples.Autoridade direito de dar ordens e responsabilidade sobre as consequncias.Disciplina realizao da tarefa com obedincia e dedicao.Unidade de comando os subordinados devem receber ordens de apenas um superior (mais de um minaria a estabilidade).Unidade de direo organizao das funes em grupos de atividades para um mesmo fim.

6. Interesses individuais x interesses gerais os interesses dos indivduos e da organizao devem ser ambos tratados com respeito e equilbrio.7. Remunerao O pagamento deve ser justo, os salrios no podem ser ameaados por esquemas injustos de pagamento.8. Centralizao reteno de autoridade pelos gerentes, deve-se adotar descentralizao quando necessrio o conhecimento dos funcionrios.9. Hierarquia a linha de autoridade deve acompanhar a hierarquia. 10. Ordem organizao do trabalho (cada coisa em seu lugar) reduz o desperdcio.11. Equidade os princpios de justia aumentam o respeito dentro de uma instituio.12. Estabilidade da ocupao a ausncia de estabilidade funcional atrapalha no desempenho das funes.13. Iniciativa os funcionrios devem poder pensar por si mesmos porque isso melhora o desempenho individual e permite organizao dispor de uma reserva de talentos.14. Esprito de equipe construo de esprito colaborativo que facilite o desempenho das tarefas que extrapolam o desempenho individual.

Henri Fayol, contudo, achava que quaisquer que fossem os princpios da administrao de uma organizao, eles poderiam ser mutveis e deveriam ser flexveis dado o contexto e a natureza da organizao humana. Tambm acreditava que esses princpios poderiam ser ampliados ao infinito obedecendo s necessidades insurgentes.As dcadas de 1930 a 1970Significaram uma qualificao no debate quanto s tcnicas administrativas mais eficientes. Propuseram alteraes na qualidade do relacionamento entre supervisores e funcionrios na promoo de melhores desempenhos.Nesse perodo surgem autoras e autores tais quais: Mary Parker Follett (1868-1933) os Douglas McGregor (1906-1964).Os estudos organizacionais estadounidenses desse perodo demonstravam que a qualidade do supervisionamento amistoso era determinante na melhoria da produtividade, bem como jornadas mais curtas e com intervalos proporcionavam um ambiente mais saudvel e mais propcio ao melhor desempenho da equipe.Sntese de Douglas McGregor (1906-1964) sobre as teorias correntes:Os gerentes seriam responsveis pela organizao dos elementos do empreendimento produtivo recursos financeiros, matria-prima, equipamento e pessoal unicamente no interesse da eficincia econmica;A funo do gerente seria de motivar os trabalhadores, direcionar esforos, controlar aes e adequar os comportamentos;Sem interveno ativa dos gerentes, as pessoas ficariam passivas ou mesmo resistentes s necessidades organizacionais.Premissas da Teoria X sobre a dita natureza humanaA mdia dos seres humanos teriam averso ao trabalho;Detestando o trabalho, as pessoas deveriam ser coagidas a execut-lo (punies, ameaas) para que se empenhassem;A mdia dos humanos preferiria ser mandada, deseja evitar a responsabilidade e possuiria relativamente pouca ambio almejaria segurana, apenas.Premissas da Teoria Y ainda segundo McGregorDespender esforo fsico e mental natural como o so as necessidades bsicas de lazer e repouso;O controle externo e as ameaas no so os nicos meios, nem o melhores, de dirigir os esforos dos trabalhadores, as pessoas trabalharo em objetivos com os quais se sintam envolvidas;

3. A dedicao a objetivos seria uma das funes das recompensas associadas consecuo das tarefas. As recompensas mais significativas a satisfao de si e das necessidades de auto-realizao seriam resultados diretos do esforo voltado a objetivos organizacionais.4. A fuga responsabilidade, a falta de ambio e a nfase na segurana no so as caractersticas humanas inatas. Em condies normais, os humanos buscam responsabilidades.5. Imaginao, criatividade na soluo de problemas organizacionais passa a ser valorizada.