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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
André Marca
INFLUÊNCIA DA REUTILIZAÇÃO DA CAMA AVIÁRIA NA CONVERSÃO ALIMENTAR DE FRANGOS DE CORTE.
CASCAVEL
2011
André Marca
INFLUÊNCIA DA REUTILIZAÇÃO DA CAMA AVIÁRIA NA CONVERSÃO ALIMENTAR DE FRANGOS DE CORTE.
Monografia de Conclusão Apresentada ao Curso
de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências
Biológicas e de Saúde da Universidade Tuiuti do
Paraná, como requisito parcial para obtenção do
título de Especialista.
Orientardor: Prof. Dr. Anderlise Borsoi
Cascavel
2011
TERMO DE APROVAÇÃO
TÍTULO: INFLUÊNCIA DA REUTILIZAÇÃO DA CAMA AVIÁRIA NA CONVERSÃO ALIMENTAR DE FRANGOS DE CORTE.
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Especialista em Gestão da Cadeia Avícola no Programa de Pós Graduação da Universidade Tuiuti do Paraná.
Cascavel, 09/12/2011.
Programa de Pós Graduação
Universidade Tuiuti do Paraná
Orientador Prof. Dr. Anderlise Borsoi Universidade Tuiuti do Paraná, Curso de Medicina Veterinária Prof. Dr. Sebastião Borges Universidade Tuiuti do Paraná, Curso de Medicina Veterinária Prof. Dr. Jose Mauricio Franca Universidade Tuiuti do Paraná, Curso de Medicina Veterinária Prof. Dr. Cleide Esteves
Universidade Tuiuti do Paraná, Curso de Medicina Veterinária
AGRADECIMENTO
Agradecemos Deus pela possibilidade de conseguirmos realizar este trabalho. Agradecemos a COPACOL pela disponibilização dos dados. Agradecemos a OCEPAR na pessoa de Alexandre Monteiro pela promoção do curso. Agradecemos a UTPr. na pessoa do Prof. Dr. Jose Mauricio Franca pela coordenação do curso.
RESUMO
Este estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar qual o impacto da reutilização de cama aviária sobre a conversão alimentar em uma integração avícola do oeste do estado do Paraná. Foram avaliados os tratamento da 1º até a 12º reutilização de cama, com 507 repetições por tratamento, totalizando 91.206.000 aves testadas. Palavras-chave: reutilização, cama aviária, conversão alimentar.
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Conversão alimentar de acordo com o número de reutilizações de cama 16
TABELA 2 – Conversão alimentar corrigida para 2,700 kilogramas de acordo com o número
de reutilizações de cama 17
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 07
2 JUSTIFICATIVA 08
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 10
3.1 REUTILIZAÇÃO DA CAMA EM FRANGOS DE CORTE 10
3.2 PARÂMETROS ZOOTÉCNICOS 12
4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 14
5 MATERIAIS E MÉTODOS 15
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO 16
7 CONCLUSÕES 19
REFERÊNCIAS 20
7
1 INTRODUÇÃO
Os avanços tecnológicos da avicultura nas últimas décadas têm sido notáveis e
constantes. Neste contexto, a indústria avícola nacional vem progredindo rapidamente
e mostrando vigor quando comparado às demais cadeias produtivas, haja vista ocupar
um lugar privilegiado na economia brasileira.
Diversos fatores contribuíram para tornar promissor o cenário brasileiro da
atividade avícola, tais como o clima, a água, a disponibilidade de terras para o cultivo
de grãos, a implantação de tecnologias adequadas, amplo mercado consumidor, entre
outros. Desta forma, o Brasil tornou-se o terceiro maior produtor e o maior exportador
de carne de aves do mundo; sendo este produto o terceiro em pauta nas exportações
agrícolas brasileira.
A avicultura brasileira representa hoje 1,5% do PIB, gerando cinco milhões de
empregos diretos e indiretos e mais de US$ 7 bilhões apenas em exportações. Do total
de carne de frango produzida, 70% são destinadas ao mercado doméstico, que
atualmente responde por um consumo médio de 39 kg por habitante ao ano. Os 30%
restantes são embarcados para mais de 150 países. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DOS PRODUTORES E EXPORTADORES DE FRANGO, 2010).
Considerando o contexto avícola atual, a Cooperativa Agroindustrial Consolata -
COPACOL, com sede em Cafelândia, Paraná, destaca-se como uma empresa voltada
para a excelência nos produtos oriundos da avicultura. Desde 1964, ano de fundação,
a COPACOL sempre se preocupou com o desenvolvimento da sustentabilidade da
8
economia regional. A avicultura nesta empresa surgiu na década de 80 e desde então
vem assumindo um papel de destaque na atividade.
O desenvolvimento da avicultura industrial é alicerçado nos avanços da
genética, nutrição, sanidade e manejo, que são fatores de sustentação da moderna
avicultura de corte, e que contribui para a evolução da criação. No entanto, é constante
a busca de alternativas que visam a reduzir os custos de produção sem prejudicar o
desempenho zootécnico, otimizando a produção para atingir melhores resultados
econômicos. Neste sentido, tem-se verificado a necessidade de maiores estudos
relacionados com o manejo adequado, principalmente com a qualidade da cama, fato
este que Noll (1992), sugere que para a seleção de uma boa cama é interessante
observar algumas características tais como tamanho médio das partículas, maciez,
capacidade de absorção e liberação de umidade, isolante térmico, baixo custo e fácil
obtenção e manejo.
2 JUSTIFICATIVA
Para manter a produção com qualidade e baixos custos, é necessário o uso de
várias matérias primas, entre elas a “cama”, de suma importância para a criação de
frangos de corte, esta tem a função de promover isolamento térmico das aves e manter
o conforto das aves. Porém o material utilizado na cama deve ser de qualidade devido
ao risco que esta pode promover, assim sendo, se faz necessário o estudo de materiais
e manejos adequados, para que se tenha uma cama de qualidade, promovendo assim
o máximo desempenho das aves.
9
Há muitos estudos sobre o desempenho de frangos de corte alojados sobre
diferentes tipos de cama. São quase unanimidades as características desejáveis do
material da cama: baixo custo, disponibilidade, maciez, capacidade de absorver
umidade, não ser tóxica e baixa condutividade térmica.
Na prática, quando se reutiliza a mesma cama mais de três lotes, o tipo do
material deixa de ser tão importante, pois a partir daí, a maioria do material é composta
por fezes ressecadas, que têm boas características de maciez, isolamento e
capacidade de absorção (CESTARI, 2006).
As práticas de manejo da cama e o contínuo contato da ave com a mesma
exigem que o material utilizado apresente qualidades adequadas para modificar as
características do meio, proporcionando conforto aos animais e melhor desempenho
zootécnico (AVILA et al., 1992; PINHEIRO, 1994; MACARI, 1996). Desta forma, a
importância de se desenvolver um bom manejo em avicultura está voltada tanto para a
obtenção de carcaças de alta qualidade como também para o alcance de melhores
resultados econômicos.
A crescente demanda e a escassez das matérias-primas utilizadas, aliados ao
forte impacto ambiental e econômico da troca frequente da cama aviária, criaram um
cenário onde as empresas brasileiras optaram pela reutilização da mesma em seus
processos produtivos. Neste contexto, se fazem necessárias avaliações do impacto do
crescente número de utilizações da cama aviária, nos parâmetros produtivos avícolas,
visto que poucos estudos fazem essa correlação e há pouco controle dessa reutilização
por parte das empresas (JORGE, 1997).
10
Além da carga microbiológica, a cama reutilizada pode liberar produtos
químicos, como a amônia, que são potencialmente nocivos às aves. O desempenho
das aves não depende só de um bom isolamento em relação aos desafios a que a ave
está exposta, mas a um equilíbrio entre microrganismos saprófitas e patogênicos e um
bom funcionamento de seu sistema imunológico que, em parte, depende de contato
prévio com antígenos que podem estar presentes na cama (SAMPAIO,1999).
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 REUTILIZAÇÃO DA CAMA EM FRANGOS DE CORTE
A reutilização da cama de aviário para mais de um lote de frangos é praticada
em muitos países, inclusive no Brasil. Entretanto, aspectos relativos ao potencial risco
sanitário associado a esta prática têm sido discutidos, tornando-se eventualmente um
limitante para o comércio internacional da carne de frangos, devido à necessidade de
demonstrar equivalência e equidade dos processos de produção praticados entre
países exportadores (SILVA, 2007).
Atualmente a exploração avícola tem se caracterizado pela produção de frango de
corte cada vez mais precoce, fato este que constitui um dos ramos da produção animal
de maior desenvolvimento e progresso tecnológico. Este desenvolvimento é alicerçado
nos avanços da genética, nutrição, sanidade e manejo, que são fatores de sustentação
da moderna avicultura de corte, e que contribui para a evolução da criação. No entanto,
é constante a busca de alternativas que visam a reduzir os custos de produção sem
prejudicar o desempenho zootécnico, otimizando a produção para atingir melhores
resultados econômicos. Neste sentido, tem-se verificado a necessidade de maiores
11
estudos relacionados com o manejo adequado, principalmente com a qualidade da
cama (SANTOS, 2000).
A prática da reutilização da cama de frango é uma forma de igualar ou diminuir os
custos com a aquisição de nova cama, aumentar a quantidade de nutrientes na cama
para ser utilizada como biofertilizante na agricultura e estabilizar ou diminuir o impacto
ambiental com a produção de cama por ave produzida (FUKAYAMA, 2009).
A substituição total da cama a cada lote de frango, embora possa ser
considerada ideal sob o aspecto de preservação da saúde animal e humana, resulta
em grande impacto ambiental, tanto pelo volume de produção de substrato (maravalha
ou outros) para troca a cada criada, quanto pelo destino deste resíduo na natureza.
Além disso, a troca da cama a cada lote de aves representa ônus significativo ao custo
da produção avícola (SILVA, 2007).
O material mais utilizado como cama de aviários de frangos de corte é a
maravalha. Após a criação do lote, a cama é composta, além da maravalha, pela
excreta, por restos de ração, penas, pele e insetos. Esta constituição resulta, em
média, em 14% de proteína bruta, 16% de fibra bruta, 13% de matéria mineral e
0,41% de extrato etéreo. A cama tem, portanto, uma composição rica em nutrientes
para as formas de vida bacterianas, a qual ainda está aliada a índices adequados de
pH, variando entre 6 e 9 e atividade de água (Aw) atingindo facilmente os índices de
0,90. Aliado a isso tudo, as temperaturas variam de 20 a 32°C no aviário, dependendo
da semana de criação, completando um nicho ótimo para bactérias, sobretudo as
mesófilas aeróbicas ou microaerófilas (FIORENTIN, 2005).
12
Trabalhos de Silva (2007) e Paganini (2009), demonstram que não há um
aumento linear da contaminação da cama com as reutilizações e que práticas de
manejo como enleiramento e enlonamento são eficazes para a redução da carga
bacteriana da cama. Contudo não foi avaliada qual a relação dos parâmetros
zootécnicos e de condenações de abate à medida que as camas são reutilizadas.
3.2 PARÂMETROS ZOOTÉCNICOS
Os dados de desempenho zootécnico são fundamentais quando se avalia a
desempenho de lotes, os principais índices de desempenho zootécnico são: Conversão
Alimentar, que nada mais é do que a correlação do consumo das aves e o peso das
mesmas, Ganho de Peso Diário, a quantidade de gramas que a ave ganha por dia em
média, e o I.E.P. ( Índice de Eficiência Produtiva), que é um índice que leva em conta a
idade do lote, a Conversão Alimentar, o Ganho de Peso Diário e a Viabilidade do lote,
Índice de Eficiência Produtiva (IEP), Índice de Produção ou ainda Fator Europeu de
Eficiência Produtiva (FEEP), avalia de maneira global os índices zootécnicos (ganho de
peso, viabilidade criatória e conversão alimentar) e é comumente utilizado pelas
empresas integradoras avícolas para remunerar os integrados. (Tânia Mara Baptista
dos Santos, Jorge de Lucas Jr., Nilva Kazue Sakomura 2005). Estes índices são
fundamentais para determinar a eficiência econômica do lote, uma vez que a ração
representa aproximadamente 70% do custo do lote (CESTARI, 2006).
Em uma integração avícola, são utilizados vários índices de controle. Os mais
importantes, porém, são aqueles que resultam em redução do custo de produção para
a empresa, tais como viabilidade dos lotes, conversão alimentar, ganho de peso diário,
13
peso médio, idade de abate, fator de produção e o rendimento de abate (MICHELAN,
2001).
A viabilidade é calculada pela diferença entre o número de aves alojadas e o
número de aves retiradas para o abate. O resultado é apresentado em percentagem. A
viabilidade está relacionada com a genética da ave, com o manejo e o ambiente de
criação. Em borá a mortalidade possa ter inúmeras causas, para efeito de avaliação
pode-se classificá-las em sanitárias, metabólicas e de manejo (MENDES, 2004).
O peso médio do lote deve ser feito de forma periódica para que sejam
corrigidos desvios no desempenho das aves, e, acompanhar o desempenho em
relação às metas da linhagem e da empresa. Cada empresa tem um peso padrão de
referência para comercialização de seus produtos, com isso a idade de abate dos lotes
pode variar, e em conseqüência o ganho de peso diário também.
Para calcular a conversão alimentar, divide-se o consumo total de ração pelo
peso total do lote na retirada.
De maneira geral quanto menor a mortalidade, maior a viabilidade do lote e
menor a conversão alimentar.
O fator de produção também chamado de Índice de Eficiência Produtiva hoje
está largamente difundido no Brasil. É o resultado de uma divisão, onde no numerador
são agrupados os índices que devem ser maximizados e, no denominador, todos
aqueles que devem ser diminuídos (MENDES, 2004).
Viabilidade (%) x Ganho de peso diário
Fator de produção= -------------------------------------------------------- x 100
Conversão Alimentar
14
4 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Nos últimos anos houve um aumento do número de reutilizações das camas
aviárias, ocasionada pela escassez das matérias-primas utilizadas e aumento do custo
das mesmas. Existe relação ou diferença significativa entre os índices de conversão
alimentar e os diferentes números de utilizações da cama aviária?
.
15
5 MATERIAIS E MÉTODOS
Os dados foram coletados a partir de arquivo do Sistema de Informação e Apoio
a Decisão – (SIAD-BW/ SAP) da empresa investiada. Os mesmos foram tabulados em
planilha de Excel e foi realizada análise estatística dos parâmetros mencionados, com
o programa SAS versão 8.2.
O período de análise foi compreendido entre 01/01/2010 – 11/11/2011, devido
ao fato da maioria dos avicultores terem passado por 10 a 12 ciclos de produção e o
número de reutilizações de cama ter sido aumentado de 10 para 13 lotes neste
período.
Foram avaliadas aproximadamente 800 propriedades e 1000 aviários, avaliados
da 1º a 12º reutilização de cama, totalizando 507 repetições (lotes) por tratamento
(reutilização de cama).
Os manejos de cama foram realizados da seguinte maneira:
Utilização de maravalha como 1º cama em 90% dos alojamentos e no restante
palha de café. Estes produtos foram dispostos em uma camada de 5 a 7 cm de
espessura na superfície do aviário.
Nos intervalos de alojamento seguintes do 2º ao 13º lotes procedeu-se o manejo
de queima de penas, retirada de cascões e limpeza do galpão sem retirada da cama. A
área do alojamento foi coberta em toda sua extensão com papel pardo para forração e
retirado com 2 – 3 dias de alojamento.
Neste período foi realizado o manejo de fermentação da cama aviária da
seguinte maneira: nos intervalos do 4º para 5º, 7º para 8º e 10º para 11º lotes, a cama
foi amontoada em uma leira no centro do galpão, e coberta com uma lona plástica pelo
16
período de 5 – 10 dias, durante o momento que a cama ficou enlonada o aviário foi
lavado e desinfetado. Logo após a lona foi retirada e a cama espalhada e manejada
para sua secagem.
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O custo da troca de cama todos os lotes seria de aproximadamente R$
2.100.000,00 a cada 60 dias na integração avícola da estudada, com valores
calculados em novembro de 2011. Como o custo é muito impactante, nos últimos anos
o aumentando gradual de 5 para 15 as reutilizações de cama foi avaliado frente ao
seu impacto sobre o desempenho das aves. Os resultados obtidos estão abaixo
demonstrados.
TABELA1. CONVERSÃO ALIMENTAR DE ACORDO COM O NÚMERO DE REUTILIZAÇÕES DE CAMA. Número de reutilizações de cama Conversão Alimentar snk
9 1,83 A 10 1,83 A 8 1,82 AB 4 1,82 BC 7 1,81 BCD
11 1,81 BCD 6 1,81 CD 3 1,80 DE 5 1,80 DE 2 1,80 E
12 1,80 E 1 1,79 E
CV(%) 3,55
A conversão alimentar teve uma regressão quadrática dos dados
(-0,00059386x2 + 0,00919x + 1,78236) com R2= 0,45 observada no gráfico 4.
17
TABELA 2. CONVERSÃO ALIMENTAR CORRIGIDA POR PESO PARA 2,700 Kg DE
ACORDO COM O NÚMERO DE REUTILIZAÇÕES DE CAMA.
Número de reutilizações de cama
Conversão alimentar corrigida SNK
9 1,81 A 10 1,81 A 2 1,80 AB 7 1,80 ABC 8 1,80 ABC 4 1,80 ABC 3 1,80 ABC 6 1,79 BC 11 1,79 BC 1 1,79 BC 5 1,77 D 12 1,77 D
CV(%) 4,88
A produção de frango de corte no Brasil sempre foi muito competitiva devido aos
custos e a qualidade de nossa produção. A cama de frango é um insumo
indispensável, porém foi relegada a segundo plano devido, em parte a grande
disponibilidade de material e do fato de ser responsabilidade do produtor, e não das
integradoras, o custo e aquisição do material.
Os materiais utilizados variam muito de época para época e de região para
região. No oeste do Paraná se usa principalmente maravalha, mas tem importância à
casca de café, casca de arroz, bagaço de cana e resíduos de pré - limpeza de cereais
(milho e trigo
A preocupação sempre foi com a capacidade de absorção, a maciez, o custo, a
formação de calo de pé nas aves, e doenças transmitidas pela cama. Passada a fase
de acreditar que doenças potencialmente transmissíveis pela cama, seriam controladas
18
exclusivamente pela troca da maravalha, abriu-se possibilidade de estudar os efeitos
da cama reaproveitada em avicultura: efeito na produtividade, sanidade e custo dos
lotes, assim como demonstrado no presente trabalho.
19
7 CONCLUSÃO A reutilização da cama influenciou os índices zootécnicos de conversão alimentar dos
lotes de frango de corte avaliados neste experimento da seguinte forma:
A conversão alimentar teve uma tendência de diminuição na 5º, 6º, 7º, 11º e 12º
reutilizações de camas, desta forma observar-se uma melhora na conversão alimentar
nos lotes mencionados.
Como o custo com ração representa aproximadamente 70% do custo produtivo
em frangos de corte e não houve uma tendência de piora da conversão alimentar com
o aumento de reutilizações de cama, percebe-se a viabilidade econômica desta prática
na situação avaliada.
20
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