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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ THOMPSON BITTENCOURT ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT) DA EMPRESA A. BITTENCOURT MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA. Balneário Camboriú 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

THOMPSON BITTENCOURT

ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT) DA

EMPRESA A. BITTENCOURT MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA.

Balneário Camboriú

2010

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THOMPSON BITTENCOURT

ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT) DA

EMPRESA A. BITTENCOURT MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA.

Balneário Camboriú

2010

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – ênfase Marketing, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú.

Orientadora: Profa. MSc Luzia Fröhlich

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THOMPSON BITTENCOURT

ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT) DA

EMPRESA A. BITTENCOURT MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO LTDA.

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração – ênfase em Marketing da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de Concentração: Recursos Humanos

Balneário Camboriú, 07 de julho de 2010.

_________________________________

Prof. MSc. Luzia Fröhlich

Orientadora

___________________________________

Prof. MSc Lorena Schröder

Avaliadora

___________________________________

Prof. MSc. Osmundo M. Saraiva Junior

Avaliador

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EQUIPE TÉCNICA

Estagiário(a): Thompson Bittencourt

Área de Estágio: Recursos Humanos

Professor Responsável pelos Estágios: MSc Lorena Schröder

Supervisor da Empresa: Celso Bittencourt

Professor(a) orientador(a): MSc Luzia Fröhlich

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DADOS DA EMPRESA

Razão Social: A. Bittencourt Materiais de Construção LTDA.

Endereço: Rua Reinaldo Schimithausen, 2199 – Cordeiros, 88310-000 Itajaí/SC

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Recursos Humanos

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Celso Bittencourt

Carimbo do CNPJ da Empresa:

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Balneário Camboriú, 07 de Julho de 2010.

A Empresa A. Bittencourt Materiais de Construção LTDA., pelo presente

instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os

dados do Relatório de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Curricular

Obrigatório, pelo acadêmico Thompson Bittencourt.

___________________________________

Celso Bittencourt

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“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”

Nelson Mandela

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“A minha mãe Maria Eliete e ao meu pai

Celso”.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais, pela oportunidade de realizar o curso superior e

pelo incentivo e apoio em todos os momentos.

À minha irmã Camila que apoiou na realização do deste trabalho.

À professora Luzia, que não me deixou desistir deste trabalho.

A todos os professores que contribuíram para minha formação.

Aos amigos que fiz durante o período do curso.

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RESUMO

O presente trabalho teve por objetivo analisar a qualidade de vida no trabalho da empresa A. Bittencourt Materiais de Construção LTDA. Para o diagnostico da qualidade de vida no trabalho, foi realizado uma analise documental, utilizando como base a pesquisa de clima organizacional já realizada pela empresa no ano de 2008, contendo a percepção de todos os colaboradores, sobre questionamentos relacionados à QVT. A analise de dados da pesquisa ocorreu de duas formas, primeiro foi traçado um perfil dos funcionários da empresa e depois foi feito uma analise, utilizando os oitos critérios propostos por Walton (1973), para medir a qualidade de vida no trabalho. Os resultados apresentados foram satisfatórios, foi constatado que segundo a percepção dos entrevistados a empresa é um bom lugar para se trabalhar, onde existe uma boa relação interpessoal e um ambiente de trabalho adequado. Para os pontos em que a analise da pesquisa identificou como fracos, foram propostas sugestões de melhorias, tais como: benefícios sociais para agregar ao salário, aprimoramento do feedback em relação ao desempenho dos colaboradores, além da reestruturação das políticas e do departamento de recursos humanos. Palavras chave: Qualidade de Vida no Trabalho, Administração de Recursos Humanos, Clima Organizacional.

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ABSTRACT

The present study aimed to examine the quality of working life (QWL) of the company A. Bittencourt Materiais de Construção LTDA. To the diagnose of quality of work life, a documentary analysis was conducted using as base the organizational climate survey made by the company in 2008, containing the perception of all employees on questions related to QWL. The analysis of research data occurred in two ways, first was drawn to the profile of the company employees and then an analysis was done using the eight criteria proposed by Walton (1973), to measure the quality of work life. The results were satisfactory; it was found that the perception of the company interviewed is a good place to work where there is a good interpersonal relationship and an appropriate work environment. For the points where the analysis of research identified as weaknesses, suggestions for improvements were proposed, such as social benefits to add to earnings, improve the feedback regarding the performance of employees, restructuring of policy and human resources department. Key words: Quality of work life (QWL), Human Resources Management, Organizational Climate.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Organizações............................................................................

Quadro 2 – Os objetivos organizacionais e os objetivos individuais

das pessoas.................................................................................................

Quadro 3 – Atividades gerenciais segundo Fayol....................................

Quadro 4 – As três etapas de gestão de pessoas....................................

Quadro 5 – Os processos básicos de gestão de pessoas.......................

Quadro 6 – Fontes de recrutamento..........................................................

Quadro 7 – Principais métodos utilizados para seleção..........................

Quadro 8 – Principais tipos de salários.....................................................

Quadro 9 – Categorias conceituais de qualidade no trabalho – QVT....

Quadro 10 – Relação entre os critérios de Walton e as perguntas

utilizadas na análise de dados...................................................................

Quadro 11– Variáveis das respostas das questões de múltipla

escolha..........................................................................................................

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1– As funções administrativas e suas características.........................

Figura 2 – Processos de treinamento.................................................................

Figura 3 – Organograma da empresa.................................................................

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Idade dos colaboradores...................................................................

Gráfico 2: Estado civil..........................................................................................

Gráfico 3: Filhos...................................................................................................

Gráfico 4: Escolaridade.......................................................................................

Gráfico 5: Salário justo versus trabalho............................................................

Gráfico 6: Remuneração versus metas..............................................................

Gráfico 7: Carga de trabalho...............................................................................

Gráfico 8: Preocupação quanto ao bem estar, segurança e satisfação dos

colaboradores.......................................................................................................

Gráfico 9: Materiais disponíveis para a realização do trabalho.......................

Gráfico 10: Ambiente de trabalho.......................................................................

Gráfico 11: Feedback...........................................................................................

Gráfico 12: Conhecimento sobre o trabalho exercido......................................

Gráfico 13: Interesse em conhecer outras funções na empresa.....................

Gráfico14: Mudar de função dentro da empresa...............................................

Gráfico 15: Futuro na empresa...........................................................................

Gráfico 16: Multifuncionalidade..........................................................................

Gráfico 17: Reconhecimento...............................................................................

Gráfico 18: Relação entre os colaboradores.....................................................

Gráfico 19: Amizades dentro da empresa..........................................................

Gráfico 20: Padrão de relacionamento...............................................................

Gráfico 21: Tratamento com igualdade..............................................................

Gráfico 22: Ajuda dos colegas para resolver problemas inesperados...........

Gráfico 23: Transmissão de informações nas equipes....................................

Gráfico 24: Carteira assinada..............................................................................

Gráfico 25: Condições de participar da equipe dando idéias..........................

Gráfico 26: Facilidade de dialogar sobre os conflitos......................................

Gráfico 27: Horas extras......................................................................................

Gráfico 28: Percepção dos familiares................................................................

Gráfico 29: Percepção do colaborador quanto a qualidade do

serviço/produto....................................................................................................

Gráfico 30: Satisfação dos funcionários............................................................

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Gráfico 31: Satisfação dos funcionários em relação ao trabalho que realiza

Gráfico 32: Satisfação da equipe........................................................................

Gráfico 33: Pós venda..........................................................................................

Gráfico 34: Comunicação com o cliente............................................................

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 17

1.1 Tema: .................................................................................................................. 17

1.2 Problema: ........................................................................................................... 18

1.3 Objetivo Geral: ................................................................................................... 18

1.3.1 Objetivos Específicos: ................................................................................... 18

1.4 Justificativa: ...................................................................................................... 19

1.5 Contexto do ambiente de estágio: ................................................................... 19

2.1 As organizações e as pessoas ......................................................................... 21

2.1.1 As pessoas ..................................................................................................... 21

2.1.2 As organizações ............................................................................................. 23

2.1.3 As pessoas e as organizações ...................................................................... 25

2.4. Administração .................................................................................................. 26

2.4.1 Administração geral ....................................................................................... 26

2.4.2 Definição das funções do administrador. .................................................... 28

2.5 Administração de Recursos Humanos ............................................................ 29

2.5.1 Histórico de ARH ............................................................................................ 30

2.5.2 Conceitos de ARH e gestão de pessoas ...................................................... 33

2.5.3 Subsistemas de Recursos Humanos............................................................ 36

2.5.3.1 Recrutamento de Pessoal ........................................................................... 37

2.5.3.2 Seleção de Pessoal ..................................................................................... 39

2.5.3.3 Remuneração e benefícios ......................................................................... 41

2.5.3.4 Higiene e segurança do trabalho. .............................................................. 42

2.5.3.5 Treinamento e desenvolvimento ................................................................ 43

2.6 Clima organizacional......................................................................................... 44

2.6.1 Pesquisa de clima organizacional ................................................................ 46

2.7 Qualidade de vida .............................................................................................. 47

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2.7.1 Qualidade de Vida no trabalho ..................................................................... 48

3 METODOLOGIA ................................................................................................... 52

3.1 Tipologia de pesquisa: ...................................................................................... 52

3.2 Sujeito de estudo: ............................................................................................. 53

3.3 Instrumentos de pesquisa: ............................................................................... 53

3.5 Limitações da pesquisa: ................................................................................... 54

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .............................................................. 55

4.1 Perfil dos colaboradores. ................................................................................. 56

4.2. Análise da pesquisa com base no modelo de Walton .................................. 59

4.2.1 Compensação justa e adequada. .................................................................. 62

4.2.2 Condições de trabalho. .................................................................................. 64

4.2.3. Uso e Desenvolvimento de Capacidades .................................................... 67

4.2.4. Oportunidade de Crescimento e Segurança ............................................... 68

4.2.5 Integração Social na Organização ................................................................ 72

4.2.6 Constitucionalismo ........................................................................................ 76

4.2.7 O Trabalho e o Espaço Total de Vida ........................................................... 78

4.2.8 Relevância Social da Vida no Trabalho ........................................................ 80

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 84

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 86

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como proposta analisar a Qualidade de Vida no Trabalho

(QVT) da empresa A. Bittencourt Materiais de Construção LTDA, com base na

pesquisa de clima organizacional realizada pela empresa.

O capitulo que segue expõe o tema do estágio, problemas que levaram a

necessidade de estudo, os objetivos e a contextualização do ambiente de estágio.

1.1 Tema:

Com a globalização, novos produtos chegando ao mercado e o poder de

compra das pessoas aumentando proporcionou para que os consumidores

tornassem mais exigentes, buscando sempre a qualidade dos produtos. Desta

forma, as empresas tiveram que se adaptar e melhorar a qualidade dos seus

serviços, preços e produtos, sendo estes requisitos determinantes para a conquista

do cliente. No entanto, para alcançar essa excelência nos serviços, as empresas

precisam de equipes de profissionais, integradas, motivadas e treinadas, bem como

também, um ambiente de trabalho propicio para execução das tarefas com de

melhor forma. O sucesso de uma organização é resultado de estratégias bem

definidas, que tem como um dos elementos fundamentais seu pessoal, peça-chave

para o alcance dos seus objetivos.

O investimento das organizações no fator humano e na qualidade de vida

do trabalho tem tornando as empresas mais competitivas. Segundo Conte (2005

apud GOMES, 2009) funcionários motivados, que recebem bom treinamento e boa

remuneração, tendem a apresentar um rendimento acima da média. Para os

administradores, fazer com que isso torne realidade, transformando o ambiente de

trabalho mais agradável, produtivo e motivado é uma tarefa difícil, pois é necessário

que se tenha um local onde os funcionários se sintam bem, onde seja agradável, se

tenha incentivos de remuneração, treinamentos e integração das equipes.

A necessidade da empresa está na focalização da abordagem da Qualidade Total, que vê os seres humanos como elemento essencial e fundamental para o processo de mudança organizacional. O êxito alcançado por uma organização na consecução de seus objetivos quanto a qualidade e o

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desempenho depende cada vez mais, da qualidade e do envolvimento dos seus recursos humanos (MOREIRA, 2000, p.23).

Nas organizações essencialmente de serviços, o papel do fator humano é

mais evidenciado na percepção dos clientes, neste sentido, acompanhar e

desenvolver pessoas é um processo vital para empresa, pois eles são o laço entre o

cliente e a organização.

Dentro da administração de recursos humanos (ARH) a pesquisa de clima

organizacional é uma ferramenta que avalia o ambiente interno da empresa,

diagnosticando os fatores acima citados, dando ao gestor, dados a serem

estudados, para que sejam tomadas decisões para melhorar o clima organizacional

e a QVT.

Diante desse contexto, o estudo pretende abordar como tema, clima

organizacional e qualidade de vida no trabalho, com objetivo de propor melhorias na

organização estudada e proporcionar meios para que se melhore o clima

organizacional dentro da empresa.

1.2 Problema:

Quais as melhorias poderiam ser realizadas para tornar o clima

organizacional da empresa A. Bittencourt Materiais de Construção LTDA, mais

agradável e produtivo?

1.3 Objetivo Geral:

Analisar a qualidade de vida no trabalho da empresa A. Bittencourt

Materiais de Construção LTDA.

1.3.1 Objetivos Específicos:

Descrever a estrutura e políticas de Recursos Humanos da empresa.

Analisar a pesquisa de clima organizacional realizada pela empresa.

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Identificar a satisfação dos colaboradores da empresa.

Sugerir ações para melhorar a qualidade de vida no trabalho da

empresa.

Correlacionar os itens da pesquisa com o modelo metodológico.

1.4 Justificativa:

Clima organizacional é um tema com grande relevância nos tempos atuais,

pois é um indicador de satisfação para a empresa, ele mede como os funcionários

estão se sentindo dentro da organização em relação a motivação dos colaboradores,

a satisfação e aos tipos de liderança existentes na empresa, comunicação interna,

políticas de recursos humanos, e até mesmo remuneração, mensurando assim, a

qualidade de vida no trabalho (QVT) que a organização oferece. Fatores de análise

de QVT são determinantes para o sucesso da empresa e de seus colaboradores,

pois, os consumidores estão exigentes em relação à qualidade dos serviços

prestados e dos produtos oferecidos. Entretanto, as organizações estão cada vez

mais exigindo dos seus funcionários, produtividade e resultados para agradar seus

clientes.

O presente estudo será de grande importância para a empresa A.

Bittencourt materiais de construção LTDA, pois a empresa não conta com uma

política de recursos humanos bem estabelecida, auxiliando assim, que os gestores

de adéqüem a certos tipos de procedimento para que se tenha um melhor clima

organizacional dentro da empresa. Desta forma, este estudo irá apontar possíveis

mudanças para elevar o padrão de competência profissional, sugerindo aos

diferentes estratégias de atuação de clima organizacional na QVT, proporcionado

assim a qualidade dos serviços prestados e a satisfação dos funcionários.

1.5 Contexto do ambiente de estágio:

A empresa analisada neste estudo será uma empresa de gestão familiar

que surgiu há mais de 30 anos na cidade de Itajaí, SC no ramo de materiais de

construção e móveis. Sua criação deu-se em 1978, pelo fundador Antonio

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Bittencourt, que percebeu o baixo valor do frete dos produtos em comparação com

as vendas da época.

Suas primeiras mercadorias foram: cal, cimento e conexões em PVC.

Atualmente a empresa atua na comercialização de produtos voltados a construção

civil, com toda linha de materiais de construção incluindo acabamentos, além de

decoração e móveis.

A empresa possui uma frota própria de caminhões, para facilitar a entrega

dos produtos vendidos, bem como, a retirada de produtos nas indústrias para serem

revendidos ao consumidor final, que segundo os seus administradores passa a ser

uma vantagem competitiva.

Sua matriz fica localizada na Rua Reinaldo Schimithausen, 2199, no bairro

Cordeiros, Itajaí- SC, a empresa conta com mais três lojas em Itajaí, uma no

município de Navegantes- SC, e outra em Porto Belo- SC. Sua missão é

comercializar produtos e serviços com excelência, para atender e satisfazer, as

necessidades dos clientes, colaboradores e fornecedores; assegurando resultados

que permita a expansão e o aprimoramento das atividades.

Os principais concorrentes na atividade de comercialização de materiais de

construção e acabamentos nas cidades da região são: Casa d’Água, Cassol,

Hidroart, Baraloti, e NaPiso.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capitulo serão abordados os principais temas para fundamentar as

políticas relacionadas à gestão pessoas, administração, impacto da relação com a

qualidade de vida no trabalho (QVT) e clima organizacional.

2.1 As organizações e as pessoas

A relação entre organização e pessoas é uma relação de mútua

dependência nas quais os benefícios são recíprocos. As organizações são

constituídas por pessoas que delas necessitam para atingir seus objetivos. E, para

as pessoas, as organizações são um meio de alcançar seus objetivos pessoais, que

não poderiam ser alcançados de maneira isolada. (CHIAVENATO, 2005).

2.1.1 As pessoas

As pessoas são o coração e cérebro de todas as organizações, não há

organização sem pessoas. Quando dentro de uma empresa existem pessoas que

possuem capacidade de comunicação, espírito de equipe, percepção em relação ao

cliente, vontade, a empresa só tem a crescer e se destacar no mercado de trabalho,

pois são estas que são responsáveis pelo o sucesso.

No período de 1960, os colaboradores foram reconhecidos como os

recursos fundamentais que movem as organizações e são responsáveis pelo seu

sucesso. Desta forma, surge o conceito de Administração de Recursos Humanos

que, apesar de envolver todos os processos de gestão de pessoas, ainda parte do

princípio de que as elas devem ser planejadas e administradas pela própria

organização (CHIAVENATO, 2002).

Segundo Kwasnicka (2004, p. 177), “a Administração de Recursos

Humanos (ARH) tem sido descrita como a função de planejar, coordenar e controlar

a obtenção da mão-de-obra necessária à organização. O homem certo, no lugar

certo e no momento certo é um conceito clássico de Recursos Humanos”.

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Conforme Chiavenato (2005), a gestão por pessoa se baseia em três

aspectos fundamentais: as pessoas como seres humanos, isto é, dotados de

personalidade própria e diferentes entre si; as pessoas como ativadores inteligentes

de recursos organizacionais, ou seja, como elementos impulsionadores da

organização, capazes de dotá-las de talentos e inteligências e por fim, as pessoas

como parceiras da organização, capazes de conduzi-la a excelência e ao sucesso

Devido às mudanças do papel das pessoas dentro do ambiente de trabalho

e o mercado cada vez mais exigente, as organizações vêm percebendo à

necessidade de administrar as relações como pessoas e não como recursos. A

década de 80 marcou o início da reflexão e do aprendizado na forma de gerir

pessoas, culminando em um novo modelo de gestão de pessoal que vem ganhando

legitimidade no mercado atual (DUTRA, 2001).

As organizações bem-sucedidas deram conta da importância das pessoas

dentro das organizações e da forma como são administradas, desta forma,

começaram a tratam seus funcionários como parceiros do negócio e fornecedores

de competência e não mais como simples empregados. Antes desta percepção de o

foco era na tecnologia do produto, nos processos e recursos financeiros. Os

empregados como parceiros para o sucesso organizacional, contribuem com seus

conhecimentos, capacidades e habilidades, proporcionando decisões e ações que

dinamizam a organização. (CHIAVENATO, 2005; LACOMBE 2005).

Para Ribeiro (2006) o profissional de recursos humanos deve considerar as

“pessoas como pessoas” e não como meros recursos da organização, desta forma,

nos dias atuais é utilizado o termo Administração de Pessoas, sendo que o foco não

é, tão somente, gerir as pessoas, mas sim, administrar com as pessoas, sendo estas

consideradas como agentes proativos, dotadas de inteligências, criatividade e de

habilidades mentais.

As afirmações dos autores (CHIVENATO, 2005; LACOMBE, 2005;

RIBERO, 2006) levam em conta que no mundo competitivo e moderno as empresas

passaram ser mais profissionais, apresentando produtos e serviços de qualidade

para se destacar entre a concorrência e conquistar o consumidor. Para que isso seja

possível é necessário que os responsáveis pelo setor de administração de pessoal,

dê a sua devida importância com os colaboradores, pois são estes que fazem o

sucesso organizacional. Para Chiavenato (2004) as pessoas e seus conhecimentos,

habilidades e competências passaram as ser a principal base da nova organização.

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A seleção, capacitação, orientação são processos levados cada vez mais a

sério pelas empresas, principalmente pelas grandes e modernas, que possuem uma

maior preocupação com este assunto e dispõem de mais recursos para que isto

aconteça, pois estão cada vez mais cientes que para que são processos importantes

para ter um melhor rendimento (SILVA, 1996).

É impossível renovar uma empresa sem revitalizar as pessoas, reconhecer e otimizar suas capacidades e habilidades. A área de Recursos Humanos nas organizações do futuro pressupõe redirecionamento nas questões relacionadas às políticas de gestão de Recursos Humanos. As organizações deverão ajudar as pessoas a desenvolver suas habilidades e autoconfiança necessárias para um ambiente em mutação” (KWASNICKA, 2004, p. 178).

O trabalho faz parte da vida das pessoas, sem ele talvez não fosse

possível alcançar os objetivos pessoais e realizar os sonhos, de criar laços com a

sociedade e fazer amigos. Para Lacombe (2005) o trabalho é parte essencial da vida

do homem.

2.1.2 As organizações

Um homem sozinho tem a capacidade de fazer múltiplos trabalhos e

chegar a muitos objetivos, mas isso acontece, quando se tem parcerias, onde

capacidade de fazer muitas coisas e chegar a objetivos, se torna muito maior. Ao

longo da história o ser humano, sempre se juntou a outras pessoas formando grupos

e fazendo coisas que sozinho jamais faria. Nesse contexto, é que surgem as

organizações sociais, que com o passar dos tempos foram se desenvolvendo até

chagarem ao estágio moderno de evolução e complexidade que caracteriza a

sociedade de hoje. (CHIAVENATO, 2010).

Uma organização é um conjunto estruturado de pessoas e tecnologia na

busca de objetivos comuns, desde princípio de nossas vidas somos membros

componentes de uma organização, nascemos em um hospital, vamos para escola.

Cada organização desta possui sua forma de administrar e seus princípios pessoais.

Nascemos dentro de uma organização e passamos toda nossa vida, dependendo

delas. A sociedade é composta pro diversos tipos de organizações, tais como,

universidades, hospitais, escolas, partidos políticos, creches, associações de

culturais, cooperativas, organizações não governamentais, corporações militares,

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empresas industriais ou prestadoras de serviços, entre outras. Portanto, quase tudo

que dependemos para a sobrevivência, são realizados por organizações. Todas

essas, independente da sua forma ou atividade, partilham algumas características,

têm propósitos, finalidades e são formadas por pessoas. (SOBRAL, 2008;

LACOMBE, 2005; CHIAVENATO, 2010).

Stoner; Freeman (1999) definem organização como duas ou mais pessoas

trabalhando juntas e de modo estruturado para alcançar um objetivo especifico ou

um conjunto deles. Já Silva (2007) cita que organização é o processo administrativo

que visa a estruturação da empresa, reunindo pessoas e equipamentos, de acordo

com o planejamento efetuado. Já Magro (2005, p.18) conceitua organização como:

[...] uma combinação intencional de pessoas e de tecnologias para atingir um determinado objetivo. Uma empresa é uma organização. Também o é uma divisão, um departamento ou seção dentro de uma organização maior. Pessoas, dinheiro e materiais compõem os recursos que ingressam na organização. Bens e serviços saem das organizações. Entre estas entradas e saídas, recursos são transformados para criação de excedentes.

Gibson, Ivancevich e Donnelly Jr (1981 apud Magro 2005, p.18)

apresentam as três características comuns a todas as organizações:

comportamento, estrutura e processos conforme o Quadro 1.

As organizações O que São O que Têm O que Fazem

Têm

Pessoas

Comportamento Humano

Satisfazem necessidades; Desenvolvem atitudes; Motivam; Comandam; Desenvolvem grupos

São Organizadas Estrutura Crescem; Ampliam-se; Alteram-se; Combinam-se; Dividem-se

Fazem Pessoas exercendo alguma atividade

Processos Comunicam; Tomam decisões

Quadro 1: Organizações Fonte: Adptado de Gibson, Ivancevich, Donnelly Jr (1981 apud Magro 2005, p.19)

As organizações de hoje são diferentes das de ontem e provavelmente,

apresentarão, diferenças ainda maiores no futuro. Não existem organizações

semelhantes, existem organizações de diversos tamanhos, ramos de atividades e

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estruturas organizacionais, que produzem a mais variedade de produtos e serviços,

que são vendidos e distribuídos de maneira diferentes aos mais variados tipos de

mercados (CHIAVENATTO, 2004).

2.1.3 As pessoas e as organizações

As organizações e as pessoas estão diretamente interligadas, onde, uma

depende da outra para alcançar os objetivos. Os objetivos das organizações e os

objetivos individuais são apresentados no quadro 2.

Objetivos organizacionais Objetivos individuais

Sobrevivência Crescimento sustentado Lucratividade Produtividade Qualidade nos produtos/serviços Redução de custos Participação no mercado Novos mercados Novos clientes Competitividade Imagem no mercado

Melhores salários Melhores benefícios Estabilidade no emprego Segurança no trabalho Qualidade de vida no trabalho Satisfação no trabalho Consideração e respeito Oportunidades de crescimento Liberdade para trabalhar Liderança liberal Orgulho da organização

Quadro 2: Os objetivos organizacionais e os objetivos individuais das pessoas Fonte:Adaptado de Chiavenato (2004, p. 6).

[...] as organizações também são co-responsáveis pela qualidade de vida de seus empregados. Para isso, é imprescindível cuidado com ambiente de trabalho, tanto físico como psicossocial, bem como com estilo de liderança, política social, condições de trabalho, clima organizacional, oportunidades de crescimento e reconhecimento, desafios, estímulos, metas a serem cumpridas e índices de produtividade exigidos. Moscovici (2001 apud Moreira 2006, p.18)

Todas as organizações costumam dizer que as pessoas são o maior ativo

da empresa. No entanto poucas praticam o que pregam e nem sempre acreditam

verdadeiramente nisso. A maioria dá sua devida importância, embora talvez não

conscientemente, naquilo que os empregados do século XIX acreditavam: as

pessoas precisam mais de nós do que nós delas. Mas na verdade, as organizações

precisam comercializar a própria admissão de seus integrantes, tanto quanto seus

produtos e serviços – e talvez até mais. Elas precisam atrair pessoas, manter as

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pessoas, reconhecer e recompensá-las, motivá-las, atende-las e deixá-las

satisfeitas. (DRUCKER, 2001)

Apesar dos seres humanos precisarem ser administrados pelas

organizações como recursos humanos não se podem perder de vista que elas são

pessoas, que possuem diferentes necessidades e têm personalidades específicas,

que querem ser felizes e ter qualidade de vida. Que elas possuem outros vínculos

além, dos colegas de trabalho e que seus objetivos nunca coincidem integramente

com os da organização, ainda que possa ter muitos pontos em comum. (LACOMBE,

2005)

Para Chiavenato (1999) as organizações nunca existiram sem as pessoas,

pois, são elas responsáveis por dar vida, dinâmica, impulso, criatividade e

racionalidade à organização. Onde cada parte depende da outra, ou seja, uma

relação de mutua dependência onde há benefícios recíprocos.

2.4. Administração

Por administração se entende o conjunto integrado e coerente de

conhecimentos de diferentes áreas da atividade humana (recursos humanos,

recursos materiais, recursos financeiros, tecnologia e informação) utilizada nas

organizações, visando o alcance de objetivos organizacionais com eficiência e

eficácia e também o alto grau de satisfação das pessoas que fazem o trabalho e o

cliente que recebe. (MASIERO, 2007; CHIAVENATO, 2004).

2.4.1 Administração geral

Conforme Chiavenato (2000, p.3) “A palavra Administração tem sua origem

do latim, Ad = direção para, tendência, minir = comparativo de inferioridade, e o

sufixo ter = subordinação ou obediência. Isto é, aquele que realiza a função abaixo

do comando de outrem”.

Já para Lacombe; Heilborn (2003) administração, em sua conceituação

tradicional, é definida como um conjunto de princípios e normas que tem por objetivo

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planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar esforços de um grupo de indivíduos

que se associam para atingir um resultado em comum. Que praticamente são as

funções definidas pela primeira vez por Henri Fayol que são utilizadas até hoje,

apesar das mudanças do mercado. A seguir, as caracterizações de FAYOL no

século XX continua prevalecendo, conforme quadro 3.

ATIVIDADES GERENCIAIS SEGUNDO FAYOL

1. Planejar 2. Organizar 3. Comandar 4. Coordenar 5. Controlar

POCCC

Quadro 3 Atividades gerenciais segundo Fayol Fonte: Adaptado de Lacombe; Heilborn (2003; p.46)

Stoner; Freeman (1999); Megginson et al (1998) corroboram quando dizem

que o conceito de administração, é como o processo de planejar, organizar, liderar e

controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar todos os recursos

disponíveis da organização para alcançar o objetivo, ou objetivos, da organização”.

Segundo Maximiano (2004, p. 26), “administrar é o processo de tomar e

colocar em prática decisões sobre objetivos e utilização de recursos”. O autor

complementa que o processo administrativo abrange quatro tipos de funções: a)

função de planejamento que é o processo de definir objetivos, atividades e recursos;

b) a função de organização que se refere ao processo de definir o trabalho a ser

realizado e as responsabilidades pela realização, bem como o processo de distribuir

os recursos disponíveis estabelecendo um critério; c) função de execução que é o

processo de realizar atividades e utilizar recursos para atingir os objetivos

envolvendo também, outros processos, como o de direção, para acionar os recursos

que realizam as atividades e objetivos; d) função de controle que se refere ao

processo de assegurar a realização dos objetivos e de identificar a necessidade de

modificá-los.

Para Drucker (2002, p. 5), estabelece uma relação entre as abordagens

supracitadas e define que:

A administração é desincumbência de tarefas. A administração é uma disciplina de estudo. Mas é também gente. Cada realização da administração é realização de um administrador. Cada deficiência é deficiência de um administrador. São pessoas que administram e não “forças”, nem “fatos”. É o descortínio, a dedicação e a integridade dos

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administradores que determinam se existe administração ou dês administração.

Considerando o que foi visto pode-se sintetizar o conceito em uma única

frase: “administrar é o ato de trabalhar com e por meio das pessoas para realizar os

objetivos tanto da organização quanto dos seus membros” (LACOMBE; HEILBORN,

2003, p. 49).

2.4.2 Definição das funções do administrador.

As conceituações anteriores utilizam os termos usados por Fayol e

aperfeiçoados por outros autores para designar as funções dos administradores.

Segundo Daft (2005) muitos teóricos em administração trazem funções

administrativas adicionais, como; comunicação, tomada de decisão, entre outras.

Todas essas funções adicionais podem se incluir dentro das 4 funções

administrativas básicas que são: planejar, organizar, liderar e controlar. O autor

conceitua cada uma delas abaixo:

Planejamento: define onde a organização quer estar no futuro e como

chegar até lá. Definição de metas para o desempenho organizacional futuro e

decisões de tarefas e uso de recursos necessários para chegar ao objetivo.

Organização: função administrativa envolvida com a atribuição de tarefas,

agrupamento de tarefa em departamentos e destinação de recursos para os

departamentos.

Liderança: função administrativa que envolve o uso de influencia para

motivar os funcionários a alcançarem as metas da organização

Controle: função administrativa que envolve monitorar as atividades dos

funcionários, mantendo a organização no trilho em direção as suas metas e fazer as

correções necessárias.

Já, Silva (2005, p.10) demonstra as funções da administração, conforme

figura 2 abaixo;

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Figura 1: As funções administrativas e suas características. Fonte: Adaptado de Silva (2005; p.10)

Cada uma das funções tem seu significado específico, um conceito próprio,

o que as torna independente umas das outras, embora, na prática, elas possuem

uma forte ligação, o que as torna interdependentes. (LACOMBE; HEILBORN, 2003).

Administração geral apresenta ramificações aplicadas a áreas especificas

como, por exemplo: administração de recursos humanos, administração de

materiais, administração sociológica, administração de marketing, entre outras,

contudo, nessa pesquisa iremos focar na administração de recursos humanos

(ARH).

2.5 Administração de Recursos Humanos

A ARH está despontando como um diferencial que resulta em uma

importante vantagem competitiva para as empresas. Não basta ter recursos,

financeiros, tecnológicos ou produtos e serviços de qualidade. È necessário dispor

de talento humano capaz de transformar todos os demais recursos em resultados.

Em todas as áreas da atividade organizacional é fundamental saber lidar com

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pessoas, pois além do conhecimento técnico o sucesso da organização depende

cada vez mais das pessoas. (CHIAVENATO, 2010).

Selecionar, formar integrar e aperfeiçoar um grupo de pessoas para

trabalhar numa empresa como uma verdadeira equipe, com objetivos definidos,

fazendo com que cada pessoa saiba seu papel e colabore com os demais, e que,

“vista a camisa” para produzir resultados com qualidade é a responsabilidade mais

importante do administrador. O futuro da empresa depende muito da escolha das

pessoas que nela vão trabalhar.(LACOMBE, 2005)

2.5.1 Histórico de ARH

Fischer (2002 p.20) traz um resgate histórico e conceitual dos modelos de

gestão de pessoas, “a ideologia organizacional dominante no inicio do século XX, a

administração cientifica, era bastante compatível com um departamento de pessoal

voltando para eficiência de custos e para a busca de trabalhadores adequados às

tarefas cientificamente ordenadas”. Já na década de 1920, a teoria e a prática

começam a se separar, com o advento das escolas marcadas pela influência da

psicologia humanista. Essas escolas questionam o pressuposto mecanicista e

determinam uma nova fase na história da gestão de pessoas.

Surge como ciência a psicologia organizacional promovida por Mayo (1933)

com o objetivo de facilitar a compreensão e a intervenção na vida dentro das

empresas, onde o enfoque passa ser o comportamento das pessoas, dando origem

a escola behaviorista que predominou até a década de 1940, quando Maslow, em

1943 inicia o período que a psicologia humanista passaria a interferir decisivamente

na teoria organizacional. Na década de 1960 surge outra escola da psicologia, a das

relações humanas, que traz o gerente de linha como intermediador na relação entre

pessoas e a empresa, com ênfase nas relações interpessoais. (FISCHER, 2002).

Foi a partir da década de 60 que começaram a serem percebidas as falhas

nos modelos de administração de recursos humanos centrados no paradigma

taylorista, ou seja, métodos científicos, onde as pessoas foram reconhecidas como

os recursos fundamentais que movem as organizações e são responsáveis pelo seu

sucesso. Neste período, passa-se a chamar Administração de Recursos Humanos

que, apesar de envolver todos os processos de gestão de pessoas, ainda parte do

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princípio de que as pessoas devem ser planejadas e administradas pela organização

Porém apenas na década de 70 que as críticas são mais estruturadas, gerando as

bases para uma ruptura com os princípios que sustentavam as políticas e práticas

da administração de recursos humanos (DUTRA, 2002; CHIAVENATO, 2010)

A valorização das pessoas nas organizações teve inicio nos anos 70, com

o desenvolvimento do conceito do capital humano, o objetivo era inverter a visão da

gestão de recursos humanos focada na otimização de custos para a valorização de

ativos. A partir daí surge o modelo de gestão de recursos humanos em sua

concepção mais moderna, onde o objetivo da organização é administrar suas

relações com as pessoas , concretizando os interesses, buscando a maximização de

lucros da organização e a motivação e satisfação dos interesses dos empregados.

(FISCHER, 2002.)

Nascendo na década de 70 como campo teórico e pratica social, a

administração de recursos humanos (ARH), utiliza as tradições da psicologia

industrial, das teorias organizacionais, da abordagem sócio técnica , da dinâmica de

grupos, entre outras, com base nos modelos teóricos do behaviorismo

organizacional anglo-saxão e da psicologia comportamentalista dos Estados Unidos

com expectativas de encontrar formas de administrar o capital humano nas

organizações e com o objetivo de maximizar os benefícios econômicos advindos do

alinhamento entre o potencial dos empregados e os objetivos empresariais. A ARH

diferencia-se de outros campos conexos por explicar e facilitar a influencia da gestão

sobre o comportamento das pessoas, resultando-se em um funcionamento eficaz e

eficiente da organização. (BRABET, 2003 apud DAVEL; VERGARA, 2001, p. 33).

Para Brasil (2006) a ARH é uma das áreas que tem se transformado ao

longo do tempo. O conceito sobre suas funções sofreram uma grande

transformação, bem como as atividades e objetivos. Atualmente, a visão sobre essa

área é bastante diferente da sua configuração inicial. Devido a essa evolução, a

denominação da área também sofreu algumas alterações passando por:

Departamento Pessoal, Relações Industriais, Administração de Recursos Humanos

e, agora, mais recentemente, Gestão de Pessoas.

Chiavenato (1999) explica essas mudanças e transformações que a função

de RH sofreu ao longo do século XX na três eras – industrialização clássica,

neoclássica e era da informação, onde todas elas trouxeram abordagens diferentes

de como lidar com as pessoas na organização. Nesse período a área de RH passou

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por etapas distintas, como as relações industriais, recursos humanos e gestão com

pessoas, cada uma delas está ajustadas ao padrão da sua época e a necessidade

das organizações sendo as diferenças descritas abaixo:

Pessoal/relações industriais: na abordagem da industrialização clássica

surgem os antigos departamentos de pessoal e posteriormente, os departamentos

de relações industriais, esses departamentos eram responsáveis por atividades

operacionais e burocráticas, orientados pelas instruções recebidas da cúpula

organizacional. As pessoas eram consideradas, fornecedoras de esforço físico,

predominando o conceito de mão-de-obra.

Recursos Humanos: Neste período da industrialização neoclássica, surgem

os departamentos de recursos humanos, que substituem os antigos departamentos

de relações industriais, além das tarefas operacionais e burocráticas, os chamados

DRH (Departamentos de Recursos Humanos) desenvolvem funções operacionais e

táticas como prestadores de serviços especializados, nestes casos incluíssem;

recrutamento, seleção, treinamento, avaliação, remuneração, higiene, segurança,

relações trabalhistas e sindicais.

Gestão de Pessoas: Na era considerada da informação surgem as equipes

de gestão com pessoas, que substituem o departamento de recursos humanos.

Tarefas operacionais de burocráticas são terceirizadas, as atividades táticas são

delegadas aos gerentes de linha de toda a organização, os quais passam a ser

gestores de pessoas. As equipes de RH passam a prestar consultorias internas,

para que a área possa assumir atividades estratégicas de orientação global visando

o futuro e destino da organização e seus membros. As pessoas passam a ser

consideradas parceiras da organização. “Na era da informação, lidar com pessoas

deixou de ser um problema e passou a ser a solução para as organizações.”

(CHIAVENATO, 1999, p.34)

O quadro 4, apresentado a seguir, sintetiza claramente essas mudanças e

transformações.

Eras: Era da Industrialização

Clássica

Era da Industrialização

Neoclássica

Era da Informação

Períodos 1900-1950 1950-1990 Após 1999

Estrutura

organizacional

predominante

Burocrática, funcional,

piramidal, centralizadora,

rígida e inflexível. Ênfase nos

Mista, matricial, com ênfase na

departamentalização por

produtos ou serviços ou

Fluida, ágil e flexível,

totalmente descentralizada.

Ênfase nas redes de equipes

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33

órgãos unidades estratégicas de

negócios

multifuncionais

Cultura

organizacional

predominante

Teoria X. Foco no passado,

nas tradições e nos valores

conservadores. Ênfase na

manutenção do status quo.

Valor à tradição e experiência

Transição. Foco no presente e

no atual. Ênfase na adaptação

ao ambiente. Valorização da

renovação

Teoria Y. Foco no futuro e no

destino. Ênfase na mudança e

na inovação. Valor ao

conhecimento e criatividade

Ambiente

organizacional

Estático, previsível, poucas e

gradativas mudanças. Poucos

desafios ambientais

Intensificação e aceleração das

mudanças ambientais

Mutável, imprevisível,

turbulento, com grandes e

intensas mudanças

Modos de lidar com

as pessoas

Pessoas como fatores de

produtos inertes e estáticos.

Ênfase nas regras e controles

rígidos para regular as

pessoas

Pessoas como recursos

organizacionais que devem ser

administrados.

Ênfase nos objetivos

organizacionais para dirigir as

pessoas

Pessoas como seres humanos

proativos e inteligentes que

devem ser impulsionados.

Ênfase na liberdade e no

comprometimento para motivar

as pessoas

Administração de

pessoas

Relações industriais Administração de recursos

humanos

Gestão de Pessoas

Quadro 4: As três etapas da gestão de pessoas Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004, p. 44).

“O corpo de conhecimento da ARH foi rebatizado varias vezes e cada nova

denominação reflete o ajustamento de uma certa evolução” (DAVEL; VERGARA,

2001, p. 34).

2.5.2 Conceitos de ARH e gestão de pessoas

Chiavenato (2005) afirma que a ARH ajuda o administrador a desempenhar

todas as funções administrativas, como o administrador não pode realizar todas

essas funções sozinho, mas através das pessoas que formam sua equipe, com essa

equipe que o administrador executa as tarefas para alcançar as metas e objetivos.

Com base na afirmação acima vamos abordar alguns conceitos de vários

autores sobre ARH e Gestão de Pessoas.

Por administração de recursos humanos (ARH) entende-se uma serie de

decisões integradas que formam as relações de trabalho; sua qualidade influencia

diretamente a capacidade da organização e de seus empregados em atingir seus

objetivos. (MILKOVICH; BOUDREAU; 2000, p. 19)

Para Gil (2001, p.21.) a ARH pode ser baseada numa abordagem

sistêmica, sendo que para o autor sistema pode ser determinado como um conjunto

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de elementos unidos por alguma forma interação ou interdependência, tal como

também pode ser subtendido como um conjunto de elementos matérias ou ideais.

Para Dutra (2002), gestão de pessoas pode ser compreendida como: um

conjunto de políticas e práticas que permitem a conciliação de expectativas entre a

organização e as pessoas para que ambas possam realizá-las ao longo do tempo. O

foco deixou de ser no controle das pessoas e passou a ser o desenvolvimento das

pessoas baseado em três pilares principais:

1. Criar uma cultura voltada à aprendizagem, para que a organização seja

capaz de responder mais rapidamente à dinâmica do mercado;

2. Considerar a individualidade das pessoas;

3. Empregar o conceito de competências como instrumento de gestão das

pessoas em todos os seus processos.

Hoje, utiliza-se o termo Administração de Pessoas, sendo que o foco não é,

tão somente, administrar as pessoas, mas sim, administrar com as pessoas, sendo

estas consideradas como agentes proativos, importante dotadas de inteligências,

criatividade e de habilidade mentais, permitindo assim o sucesso organizacional.

A ARH está preocupada em fazer com que o relacionamento entre empresas e pessoas seja excelente. Isso significa fazer com que a empresa crie um contexto no qual as pessoas se sintam bem, ao mesmo tempo em que se faz com que elas agreguem valor ao trabalho que executam e permite que a empresa alcance os resultados pretendidos pela sua administração. (CHIAVENATO, 2010, p.7)

Conforme Kwasnicka (2004, p. 177) “a ARH tem sido descrita como a

função de planejar, coordenar e controlar a obtenção da mão-de-obra necessária à

organização” A mesma autora, cita 11 princípios que poderiam ser utilizados pelos

profissionais da área de recursos humanos em soluções de problemas e tomada de

decisão. Eles são:

1. Princípio da justiça: toda organização deve buscar o balanceamento das

necessidades e dos direitos, não favorecendo mais um lado do que outro.

2. Respeito: o administrador de recursos humanos deve demonstrar

consideração e sensibilidade em relação ao ponto de vista de outras pessoas.

3. Alinhamento organizacional: as decisões da organização devem ser

tomadas considerando o impacto no sistema global.

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4. Serviço: o trabalho desempenhado pela área de recursos humanos deve

ser contributivo para toda a vida da organização.

5. Advocacia: os recursos humanos devem dar apoio total e completo aos

empregados em qualquer situação.

6. Autoridade: a autoridade da área de recursos humanos deveria ser

originada mais da influência e menos do comando.

7. Razão: os procedimentos, práticas e políticas devem sempre ter uma

razão para existir, relacionadas com as necessidades da empresa.

8. Papel de Recursos Humanos: a administração de recursos humanos

atua em base reativa e não proativa, devido à complexidade de seu trabalho, que vai

desde um trabalho burocrático de suporte, passando por integração da estratégia

organizacional, atenção às relações de trabalho, até a oferta de serviços

demandados pela regulamentação ou leis trabalhistas.

9. O todo versus parte: todas as áreas são essenciais e significativas para

a administração de recursos humanos, visto que apóia a ligação entre serviços e

programas.

10. Mediação e não-arbitragem: os conflitos deveriam ser tratados por meio

da mediação, pois esta promove compromisso e reconciliação, enquanto a

arbitragem envolve impor uma decisão a uma das partes.

11. Facilitadores de mudança: nova função dos profissionais da

administração de recursos humanos.

É impossível renovar uma empresa sem revitalizar as pessoas, reconhecer e otimizar suas capacidades e habilidades. A área de Recursos Humanos nas organizações do futuro pressupõe redirecionamento nas questões relacionadas às políticas de gestão de Recursos Humanos. As organizações deverão ajudar as pessoas a desenvolver suas habilidades e autoconfiança necessárias para um ambiente em mutação (KWASNICKA, 2004, p. 178).

Os objetivos e funções da ARH são assim definidos por Chiavenato (2010):

Proporcionar à empresa talentos e competências mais adequadas ao seu

funcionamento, desenvolvê-los e mantê-los a longo prazo na organização;

Proporcionar as pessoas trabalho e ambiente propicio a fazer que os funcionários se

sintam motivados e dedicados; Proporcionar condições de alinhamento entre

objetivos empresariais e individuais dos colaboradores.

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Para atingir esses objetivos o autor comenta que a ARH deve dedicar-se às

seguintes funções principais: Suprir a empresa dos talentos e competências

necessárias por meio do recrutamento e seleção do pessoal; Manter na empresa, as

pessoas necessárias por meio de remuneração, benefícios sociais e da higiene e

segurança no trabalho e por fim desenvolver as pessoas com potencial na empresa

por meio de treinamento e desenvolvimento de pessoal.

Desta forma, o autor cita que para que sejam perfeitamente atendidas, a

administração de recursos humanos deve dedicar-se também a outras funções mais

abrangentes, como:

Criar entre as pessoas – desde os diretores até as pessoas de um nível mais baixo – uma atitude favorável ao relacionamento interpessoal e um clima propício ao entrosamento social; Criar condições para cada supervisor administre seus subordinados de acordo com as normas e critérios – políticas de pessoal – definidos pela empresa (CHIAVENATO, 2010, p.8)

Os desafios da atual abordagem da gestão de pessoas foca-se em buscar

que as organizações se adaptem as mudanças e transformações que as

organizações empresariais estão passando, incorporando-as ao seu comportamento

e estrutura organizacional, permitindo assim, adequados meios para o trabalho,

bem como buscar gerenciar a convivência entre pessoas e organização, assim

permitindo novas práticas de administração de pessoal mais eficiente e eficaz.

2.5.3 Subsistemas de Recursos Humanos

Chiavenato (2004) enumera cinco processos básicos da gestão de

pessoas: provisão, aplicação, manutenção, desenvolvimento e monitoração de

pessoas. O quadro 5, apresentado abaixo, sintetiza os objetivos e as atividades

envolvidas em cada processo.

PROCESSO OBJETIVO ATIVIDADES ENVOLVIDAS

PROVISÃO Quem irá trabalhar na organização Pesquisa de mercado de RH Recrutamento de Pessoas Seleção de Pessoas

APLICAÇÃO O que as pessoas farão na organização

Integração das Pessoas Desenho dos cargos Descrição e analise de cargos Avaliação de desempenho

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MANUTENÇÃO Como manter as pessoas trabalhando na organização

Remuneração e compensação Benefícios e serviços sociais Higiene e segurança do trabalho Relações sindicais

DESENVOLVIMENTO Como preparar e desenvolver as pessoas

Treinamento Desenvolvimento organizacional

MONITORAÇÃO Como saber o que são e o que fazem as pessoas

Banco de dados/Sistemas de Informação Controle – Freqüência – Produtividade – Balanço Social

Quadro 5: Os cincos processos básicos na gestão de pessoas. Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004; p. 134.)

Todos esses processos são interdependentes entre si e se influenciam

reciprocamente. A natureza de cada um deles varia com o passar do tempo e podem

ser diferentes em cada empresa, dependendo dos objetivos específicos, condições

organizacionais e externas. Cada processo tende a favorecer ou a prejudicar os

demais, quando bem ou mal utilizados. Dentro de uma visão sistêmica, esses cinco

processos podem ser abordados como subsistemas de um processo maior.

(CHIAVENATO, 2004; MILKOVICH; BOUDREAU, 2000; MARRAS, 2000).

Para Chiavenato (2004 p. 135) “Os cinco subsistemas formam um

processo global e dinâmico através do qual as pessoas são captadas e atraídas,

aplicadas em suas tarefas, mantidas na organização desenvolvidas e monitoradas

pela organização.”

2.5.3.1 Recrutamento de Pessoal

Para Marras (2000), o que faz acionar a necessidade de acionar um

serviço de recrutamento na organização é:

a) Rotatividade (turn-over) são as saídas ou perdas de recursos humanos,

ou seja, o número de funcionários desligados da empresa num período.

b) Aumento de quadro planejado: quando ocorre uma necessidade

planejada de recursos humanos.

c) Aumento de quadro circunstancial: através de variáveis não controláveis,

como mudanças repentinas no mercado, concorrência, entre outras, que devem ser

atendidas de forma emergencial.

O termo recrutamento tem sua origem na área militar, que é a convocação

obrigatória de todo cidadão que atinge uma determinada idade. No âmbito das

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empresas o recrutamento é um convite, neste caso, sem o comparecimento

obrigatório do candidato, Mais do que isso, o recrutamento é um sistema de

informação das empresas que constituem o mercado de trabalho, destinado aos

candidatos que constituem o mercado de recursos humanos para divulgar as ofertas

de emprego, assim, o recrutamento é um processo de localização, identificação e

atração de candidatos para a organização. (CHIAVENATO, 2010).

Para Ribeiro (2005) a função do recrutamento é suprir a seleção de

pessoas de pessoal de matéria prima básica, ou seja, candidatos ao emprego.

Milkovich e Boudreau (2000 p.162) trazem o conceito de recrutamento

como “o processo de identificação e atração de um grupo de candidatos entre os

quais serão escolhidos alguns para posteriormente serem contratados para o

emprego”.

Marras (2000, p.69), conceitua recrutamento de pessoal como:

Uma atividade de responsabilidade do sistema de ARH que tem por finalidade a captação de recursos humanos interna e externamente a organização objetivando municiar o subsistema de seleção de pessoal no seu entendimento aos clientes internos da empresa.

Ainda para o autor as formas de recrutamento mais utilizadas, nas

empresas estão citadas no quadro 6;

Tipos de fontes de recrutamento

1. Funcionários da própria empresa

2. Banco de dados interno

3. Indicações

4. Cartazes (internos e externos)

5. Entidades (sindicatos, associações, etc.)

6. Escolas, universidades, cursos, etc.

7. Outras empresas (fornecedores, clientes, etc.)

8. Consultorias de outplacement ou replacement

9. Agências de empregos

10. Mídia

11. Consultorias

12. Headhunters

Quadro 6: Fontes de recrutamento. Fonte:Adaptado de Marras (2000 p. 71.)

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Ribeiro (2005, p.59) afirma que “o recrutamento interno é o primeiro meio

de recrutamento” e costuma envolver promoções, transferências, promoções com

transferências, programas de desenvolvimento pessoal e plano de carreira.

Quase todas as empresas que tem resultados financeiros muitos acima da média dão prioridade ao recrutamento interno dão prioridade ao recrutamento interno e possuem gerentes que conhecem melhor a empresas. Além disso, a experiência tem demonstrado que, na média, as pessoas recrutadas internamente têm mais chances de ficar mais tempo na empresa. (LACOMBE, 2005, p.70)

O recrutamento interno é mais econômico, é mais rápido, apresenta maior

índice de validade e de segurança, é uma fonte poderosa de motivação, aproveita os

investimentos da empresa em treinamento de pessoal e desenvolve um sadio

espírito de competição entre os colaboradores. (CHIAVENATO, 2004; RIBEIRO,

2006).

O recrutamento externo acontece quando o candidato é escolhido fora da

organização, ou seja, no mercado de recursos humanos, para suprir uma

necessidade da empresas no seu quadro de efetivos. A sua principal vantagem é

trazer pessoas novas, com novas idéias e novas experiências a empresa. O

recrutamento externo exige uma variedade de técnicas de recrutamento. (MARRAS,

2000; RIBEIRO, 2006; CHIAVENATO, 2010).

2.5.3.2 Seleção de Pessoal

Para Milkovick e Boudreau (2000), logo após que o recrutamento externo

gerou um grupo de candidatos, é provável que tenha mais candidatos que o número

disponível de vagas, terá então que ser tomada uma decisão de qual candidato

escolher para preencher a vaga. Ainda para Milkovick e Boudreau (2000, p.208) , a

seleção externa “é o processo de coletar e utilizar informações sobre os candidatos

recrutados externamente para escolher quais deles receberão propostas de

emprego.”

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Orlickas (2001 p.24), a seleção é um conjunto de ações técnicas que

objetivam suprir as necessidades de profissionais de uma organização, sendo parte

de um sistema mais amplo, subordinado a área de recursos humanos, sempre com

foco na atração dos melhores profissionais do mercado. “A seleção tem o objetivo de

pesquisar, suprir e identificar profissionais qualificados que colaborem para a

superação dos resultados organizacionais, com o aprimoramento e a realização

pessoal”.

Para Gil (2001, p. 93), “o mais importante, na maioria dos casos não é a

qualificação atual do candidato, mas seu potencial para a função aliado a sua

vontade de trabalhar e aprender”

Lacombe (2005) enumera os principais métodos utilizados para a seleção

de pessoas:

Principais métodos utilizados para a seleção.

- Triagem preliminar de currículos – Entrevista na unidade de seleção – Informações de pessoas

confiáveis – Testes técnico-profissionais – Testes psicológicos – Dinâmica de grupo – Entrevistas

pelas chefias futuras – Informações de empregos anteriores – Informações cadastrais – Exame

médico

Quadro 7: Principais métodos utilizados para a seleção Fonte: Adaptado de Lacombe (2005p. 87).

Segundo Carvalho (1997, p.138), “a entrevista é um instrumento vital em

matéria de seleção de RH” Já para Marras (2000), a entrevista é atualmente entre

todos os demais instrumentos utilizados pelo selecionador, considerado de mais

importância, pois detecta informações e dados dos candidatos ao emprego. Uma

entrevista de seleção pode ser:

Estruturada: método previamente planejado de entrevista, norteando

assim o selecionador no decorrer da entrevista.

Não estruturada: não há um planejamento prévio e não sege um padrão

pré-determinado.

As técnicas utilizada na seleção variam de acordo com a complexidade dos

cargos a serem preenchidas, em uma vaga mais simples apenas uma ou duas das

técnicas talvez já bastam para atingir o objetivo, porem, para as vagas mais

complexas talvez seja necessário usar todas as técnicas de seleção. A pesar de a

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seleção ter seus custos, na verdade significa um poderoso investimento para a

empresa. (CHIAVENATO, 2010).

2.5.3.3 Remuneração e benefícios

Para Chiavenato (2004), “a organização viável é aquela que não apenas

capta e aplica seus recursos humanos adequadamente, mas também os matem na

organização”

A remuneração é um tópico de grande interesse das organizações, pois é o

maior componente de custo operacional, impacta no sucesso das estratégias de

negócio e constitui-se em uma ferramenta motivacional poderosa. A remuneração e

a ferramenta que estabelece uma relação de parceria entre a organização e o

colaborador. A empresa sinaliza os objetivos e o colaborador engaja-se nesses

objetivos. A recompensa é uma das pontes que sustenta essa relação.

(HANASHIRO et al., 2007.)

Marras (2000) traz a definição de salário de diversas formas, dependo da

sua aplicação ou como ele se apresenta para o empregado ou empregados,

conforme o quadro 8:

Tipo de Salário Principais definições de salário

1. Salário nominal É aquele que consta na ficha de registro, na carteira profissional e em todos os

documentos legais. Pode ser expresso em hora, dia, semana, mês e etc.

2. Salário efetivo È o valor efetivamente pago ao empregado e já são descontadas as obrigações

legais (INSS, IR etc.).

3. Salário complessivo È aquele que vem inserido em seu bojo toda e qualquer parcela adicional (hora

extra etc).

4. Salário profissional É aquele que o valor está expresso em lei, sendo destinado a determinadas

profissões (médico, engenheiro, etc.).

5. Salário relativo É aquele de comparação entre o salário e outro na mesma empresa.

6. Salário absoluto É o montante que o empregado recebe, liquido de todos os descontos e que

determina seu orçamento.

Quadro 8: Principais tipos de salário Fonte: Adaptado de Marras (2000).

Um dos aspectos mais importantes da filosofia de uma organização são os

salários pagos para seus colaboradores. O nível de salário é um elemento essencial

tanto na posição competitiva da organização no mercado do trabalho como sai

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relação com seus colaboradores. A compensação financeira dividi-se em três

etapas; direta, indireta e não financeira, na qual a direta representa-se através de

pagamento que cada funcionário recebe na forma de salários, bônus, prêmios e

comissões, já a compensação financeira indireta significa o salário indireto

decorrente de clausulas de convenção coletiva do trabalho e planos de benefícios e

serviços sociais oferecidos pela empresa, como, férias, gratificações, adicionais,

hora extra, participações no resultado, etc. A compensação não financeira, oferece,

auto-estima, orgulho, reconhecimento, segurança no emprego, etc. (CHIAVENATO,

2004).

Para Chiavenato (2010) Os benefícios sociais proporcionam apoio e

suporte aos funcionários com o objetivo de facilitar a vida do funcionário dentro e

fora do trabalho. A importância dos planos de benefícios sociais é tão grande que

muitos funcionários desistem de ofertas de emprego com salários maiores em outras

empresas.

Para Hanashiro (2007), os benefícios também chamados de remuneração

indireta, pois, são concedidos como condição de emprego e não se relacionam

diretamente ao desempenho.

2.5.3.4 Higiene e segurança do trabalho.

É necessário que a força de trabalho seja preservada e protegida do das

possíveis ameaças que atrapalhem o desempenho. A missão da higiene e

segurança do trabalho é proteger e preservar os funcionários, garantindo condições

ambientais e pessoais adequadas, garantindo assim a saúde física e mental e

condições saudáveis de bem estar. A parte relacionada a higiene do trabalho

compete a higiene e a medicina do trabalho, enquanto a parte relacionada a

segurança do trabalho, compete a segurança do trabalhador, contribuindo assim

para a qualidade de vida no trabalho (QVT). (CHIAVENATO, 2004; 2010).

A segurança no trabalho no Brasil é redigida pela própria CLT no artigo

163, que obriga a constituição da comissão interna de prevenção de acidentes

(CIPA), na qual, o ministério do trabalho regulamentará as atribuições, composição e

funcionamento da CIPA. (MARRAS, 2000).

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2.5.3.5 Treinamento e desenvolvimento

Treinamento é o processo educacional de assimilação cultural em curto

prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades e atitudes

relacionadas, para o desempenho de seus cargos, adquirindo novas competências.

(MARRAS, 2000; CHIAVENATO, 2010).

Para Marras (2000 p.146) o treinamento produz um estado de mudança no

conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (CHA), que modifica a “bagagem”

particular de cada um. “Eventuais diferenças ou carências de CHA em relação as

exigências do cargo ocupado podem ser corrigidas por meio de treinamento.”

Para Hinrichs(1976 apud Chiavenato 2004), o processo de treinamento se

assemelha a um modelo de sistema aberto, onde os componentes são:

1.Entradas, como treinados, recursos organizacionais, informação,

conhecimento etc.

2.Processamento, como processos de ensino, aprendizagem individual,

programas de treinamento etc.

3.Saídas, como pessoal habilitado, conhecimentos, competências, sucesso

ou eficácia organizacional etc.

4. Retroação, como avaliação dos procedimentos e resultados do

treinamento.

Chiavenato (2004), afirma ainda que o treinamento envolve um processo

composto por quatro etapas: levantamento; programação; implementação e

avaliação, as quatro etapas formam o processo de treinamento representado pela

figura 2;

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Figura 2: Processo de treinamento. Fonte: Chiavenato (2004, p. 406)

O treinamento e desenvolvimento (T&D) constituem o processo de

aprendizagem, porém, a diferença eles é que o treinamento é uma orientação para o

presente em curto prazo com o objetivo de melhorar o conhecimento, habilidade e

atitudes para o cargo atual, enquanto o desenvolvimento está relacionado com a

educação e com a orientação para o futuro em longo prazo, buscando o

aperfeiçoamento das pessoas para um desempenho superior em cargos futuros.

(HANASHIRO et al., 2007; CHIAVENATO, 2004).

2.6 Clima organizacional

Lacombe (2005); Chiavenato (2002), corroboram quando afirmam, que o

clima organizacional reflete o grau de satisfação das pessoas com ambiente interno

da organização, vinculado a motivação , lealdade, identificação com a empresa,

colaboração entre as pessoas, ao relacionamento interno, as sentimentos e

emoções e integração das equipes.

Chiavenato (2004) descreve seis dimensões do clima organizacional,

sendo que cada pode determinar a motivação para um determinado comportamento:

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1. Estrutura organizacional: refere-se às ordens, restrições e limitações

impostas aos indivíduos no trabalho como, por exemplo, regras, procedimentos e

autoridade. A estrutura organizacional pode impor limites à liberdade de ação das

pessoas;

2. Responsabilidade: correspondem ao grau de autoridade que é

repassado as pessoas na tomada de decisão. Esta atitude pode coibir ou incentivar

o comportamento das pessoas por meio de dependência do superior, negação da

iniciativa pessoal, restrição quanto a decisões pessoais, entre outros. Para o clima

organizacional, quanto mais incentivada a responsabilidade dos indivíduos maior,

mais importantes eles irão se sentir dentro dos processos da empresa.

3. Riscos: diz respeito aos novos e diferentes desafios assumidos, sendo

que quanto maior a situação de trabalho impulsiona a assumir riscos, aumenta os

índices de melhor o clima;

4. Recompensas: refere-se ao quanto à organização estimula recompensas

e incentivos pelo alcance de resultados, sendo que o método de trabalho fica a

critério de cada indivíduo. Quanto mais se estimula recompensas e incentivos,

melhor fica o clima dentro da organização, pois as pessoas se sentem mais

motivadas para o trabalho.

5. Calor e apoio: quanto mais a organização cria calor humano e apóia à

iniciativa pessoal e grupal, melhor o clima;

6. Conflito: refere-se à posição da organização em relação aos conflitos. A

organização pode estabelecer regras de procedimentos para evitar choques de

opiniões ou pode incentivar diferentes pontos de vista e administrar os conflitos

decorrentes. Quanto mais incentivo a diferentes pontos de vista, melhor o maior o

clima organizacional.

Luz (1995) afirma que clima organizacional é o reflexo do estado de

espírito ou animo das pessoas, que predomina numa organização em um

determinado período.

Para Luz (2003), há nove sinais que podem ser indicadores do clima

organizacional:

Turnover

Absenteísmo

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Pichações de banheiros

Programa de sugestões

Avaliação de desempenho

Greves

Conflitos interpessoais e interdepartamentais

Desperdício de materiais

Queixas no serviço médico

Lacombe (2005) resume clima organizacional como o reflexo da qualidade

do ambiente de trabalho percebida pelas pessoas na empresa.

2.6.1 Pesquisa de clima organizacional

Luz (2003 p.24), afirma que “a pesquisa de clima é um método formal de se

avaliar o clima de uma empresa, é um instrumento importante para fornecer

subsídios capazes de aprimorar continuamente o ambiente de trabalho”. A pesquisa

de clima é uma forma de mapear o ambiente interno da empresa para assim

transformar efetivamente os principais focos de problemas, assim contribuindo para

um melhor clima no ambiente de trabalho.

A análise do clima organizacional se faz necessária aos administradores para que estes possam desenvolver suas atividades de forma a ter sempre em mente o comportamento das pessoas no trabalho. Isso só será possível quando estiverem convencidos e sensibilizados da importância de seus recursos humanos e do clima de suas organizações (MAGRO, 2005, p.36).

De acordo com Luz (2006), dentre as principais contribuições da pesquisa

de clima organizacional, podemos destacar:

1.Buscar o alinhamento da cultura com as ações efetivas da empresa:

influência do comportamento das pessoas não é fruto apenas de memorandos e

comunicados internos, mas consiste em uma cultura organizacional.

2.Promover o crescimento e desenvolvimento profissional dos

colaboradores: além de se preocupar com os resultados da organização, esta deve

se preocupar também com os resultados individuais.

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3.Integrar is diversos processos e área funcionais: além do crescimento

individual, há o crescimento do coletivo, não somente dentro da equipe de trabalho

ou grupo, mas em toda a empresa, integrando as áreas funcionais e atividades

divergentes, como as de finanças, marketing, recursos humanos ou as relativas ao

processo produtivo.

4.Otimizar a comunicação: conhecer as particularidade dos colaboradores

a organização pode elaborar um plano de comunicação mais eficiente, que permita

uma maior troca de informações entre as pessoas das diferentes unidades

organizacionais.

5.Identificar necessidades de treinamento, desenvolvimento

pessoal/gerencial e de educação empresarial: Este item é muito importante, pois é

necessário de todos dentro da organização passem por processos de

desenvolvimento e capacitação profissional para que a organização possa melhorar

seus processos e se adaptar as mudanças que o mercado está exigindo.

6.Organizar e flexibilizar as atividades da organização: O acompanhamento

dos resultados da pesquisa de clima organizacional e aperfeiçoamento individual e

geral de cada índice é uma excelente ferramenta para acompanhar os resultados, e

permitir que a organização tome as medidas necessárias, de acordo com que as

mudanças causam impacto direto na gestão.

Hoje, se faz necessário à área de Recursos Humanos mensurar suas

ações através de procedimentos que possam respaldar ao máximo sua atuação nas

organizações. Para o autor (2006) a pesquisa de clima organizacional torna-se,

fundamental e indispensável como processo para avaliação da satisfação e bem

estar dos funcionários, e isso traz benefícios para a empresa, pois vai ela vai ter

ferramentas para medir como os colaboradores estão se sentindo, assim podendo

melhorar e aperfeiçoar os processos organizacionais.

Para Luz (2005), de todas as estratégias para avaliação do clima, a mais

completa é a pesquisa de clima organizacional, pois permite identificar pontos fortes

e fracos, além da satisfação dos colaboradores em relação a vários aspectos da

empresa.

2.7 Qualidade de vida

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Minayo et al (2000 apud Silva 2007), “qualidade de vida é uma noção

eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação encontrado

na vida familiar, amorosa, social e na própria estética da existência”.

Qualidade de vida é um termo muito utilizado no cotidiano das pessoas,

sendo esta, alvo de estudo e pesquisa em áreas da educação, psicologia, saúde,

economia, sociologia, entre outras. Conforme Chiavenato (2004, p.348) qualidade de

vida implica em “criar, manter e melhorar o ambiente de trabalho, seja em suas

condições físicas, higiene e segurança, seja nas condições psicológicas e sociais”.

Esta afirmativa remete a um ambiente de trabalho agradável e amigável e leva a

melhora da qualidade vida das pessoas na organização e fora dela.

Qualidade de vida é a percepção que a própria pessoa tem sobre o seu

bem-estar, sendo este o parâmetro para avaliar a eficácia das ações dos programas

de qualidade de vida.

Especialistas no assunto afirmam que em torno de 53% dos fatores que favorecem a longevidade saudável são determinados por hábitos, crenças e valores, ou seja, pelo estilo de vida das pessoas. Outros 20% seriam determinados pelas condições do meio ambiente, 17 % por fatores genéticos ou hereditários e 10% por fatores atribuídos à assistência médica. Essa estatística sustenta o fato de que uma das formas de alcançar um nível adequado de bem-estar é facilitando as escolhas de atitudes positivas perante situações adversas como um mecanismo para o enfrentamento do estresse do dia-a-dia . (CANIZARES 2008, p.1)

Qualidade de vida nos remete a uma visão ampla e complexa, ou seja,

uma combinação de fatores que moldam e diferenciam o cotidiano do ser humano:

estado de saúde, longevidade, satisfação no trabalho, renda familiar, lazer, relações

familiares, prazer e espiritualidade, pressupondo o atendimento das necessidades

humanas fundamentais. (SILVA, 2007)

2.7.1 Qualidade de Vida no trabalho

Para Limongi-França (2004, p.24), “a base da discussão sobre o conceito

de qualidade de vida encerra escolhas de bem-estar e percepção do que pode ser

feito para atender às expectativas criadas tanto por gestores como por usuários de

ações de qualidade de vida na empresa”

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Chiavenato (2004, p.448) assegura que “a QVT tem sido utilizada como

indicador das experiências humanas no local de trabalho e o grau de satisfação das

pessoas que desempenham o trabalho.”

Ainda para Chiavenato (2004), a QVT implica profundo respeito pelas

pessoas. Para alcançar níveis elevados de qualidade e produtividade as pessoas

precisam de motivação, para participarem ativamente dos trabalhos executados e

sejam recompensadas adequadamente por isso.

A QVT é determinada pela atuação sistema das características individuais

e organizacionais, vários autores apresentam modelos de QVT, entre os mais

importantes está o modelo de Walton.

Para Walton (1973, apud AYRES, 2004) A expressão qualidade de vida,

vem sendo usada com freqüência para descrever valores ambientais e humanos,

deixados de lado, pelas sociedades industriais, em favor da produtividade e

crescimento econômico.

Walton (1973, apud AYRES, 2004) descreve ações visando a obtenção da

qualidade de vida no trabalho, o modelo de QVT de Walton inclui questões

elementares da situação do trabalho como importante para QVT, incluindo fatores

higiênicos, condições físicas, aspectos relacionados à segurança e também à

remuneração, sem, no entanto, descuidar dos demais. Os oito fatores propostos por

Walton para o estudo QVT são:

1. Compensação justa e adequada - A adequação da compensação

recebida é um conceito relativo, podendo ser focalizada sob ângulos distintos, seja

relacionando o salário com o esforço físico ou mental, com as habilidades requeridas

para a atividade, com a experiência do trabalhador, com a responsabilidade do

cargo, procurando estabelecer uma relação de proporcionalidade entre os diversos

níveis de compensações na empresa, ou ainda uma relação entre os padrões

salariais dessa com o mercado de trabalho setorial ou geral. A remuneração

adequada é aquela necessária para as pessoas atenderem suas necessidades

pessoais e os padrões culturais, sociais e econômicos da sociedade em que vivem.

Deve estabelecer o equilíbrio entre equidade interna e equidade externa.

2. Condições seguras e saudáveis de trabalho - O nível de satisfação do

trabalhador em relação a este critério poderia ser melhorado através do

estabelecimento de horários razoáveis, de condições físicas de trabalho que

reduzam consideravelmente o risco de doenças e danos físicos, ou da imposição de

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limites de faixa etária quando o trabalho é prejudicial ao bem-estar das pessoas

acima ou abaixo de uma certa idade. A avaliação do nível de satisfação do

trabalhador quanto a exigências físicas, restritas à jornada de trabalho razoável e

ambiente físico seguro e saudável que resguarde a saúde e a vida, com a ausência

da insalubridade, foi estabelecida através de observações no meio mais evoluído e

favorável à realização das atividades em geral.

3. Oportunidade imediata de uso e desenvolvimento das capacidades

humanas – inclui, autonomia, significado da tarefa, identidade da tarefa, variedade

da habilidade requerida, feedback. Porém, as contingências, principalmente o grau

de maturidade, a formação do trabalhador e sua capacidade de tomar iniciativa é

que determinarão em que profundidade essas dimensões serão consideradas,

admitindo que em muitas situações o que o trabalhador requer pode ser um trabalho

fracionado, que exija poucas atividades e que seja firmemente controlado.

4. Oportunidade de contínuo crescimento e segurança - A oportunidade de

carreira e as dificuldades que o trabalhador enfrenta face às suas limitações

próprias, principalmente as relacionadas à educação formal, que impedem ou

dificultam o seu crescimento, são enfatizados neste critério. Assim, é preciso que se

avalie a expectativa do trabalhador quanto ao uso de conhecimento e habilidades

recém adquiridas, o nível em que as atividades de trabalho atuais contribuem para

manter e expandir sua capacidade, de maneira que se evite a obsolescência, a

avaliação das oportunidades de progredir em termos organizacionais ou de carreiras

reconhecidas pelas pessoas de seu convívio, com colegas, amigos e familiares e,

por fim, a segurança de emprego ou renda decorrente do trabalho.

5. Integração social na organização do trabalho - Inclui: igualdade de

oportunidades, qualidade nos relacionamentos, senso comunitário. A natureza das

relações interpessoais é fundamental para medir o grau de identidade do trabalhador

com a empresa e seu nível de satisfação quanto à qualidade de vida. Pode ser

avaliada pela ausência de preconceitos, de símbolos, de status ou diferenças

hierárquicas muito marcantes, pela possibilidade de acesso na hierarquia em função

da capacidade e potencial e pela existência de apoio mútuo e senso comunitário,

deixando o trabalhador integrado a um grupo e à empresa.

6. Constitucionalismo na organização do trabalho - Engloba: cumprimento

dos direitos trabalhistas, privacidade pessoal, liberdade de expressão, normas e

rotinas. Os fatores mais importantes para que haja uma elevada qualidade de vida

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são: o direito à privacidade pessoal, a liberdade de diálogo e o direito de posicionar-

se e de receber tratamento justo em todos os aspectos.

7. Congruência do trabalho com o espaço total da vida - Considera o

equilíbrio entre a jornada de trabalho, exigências da carreira, viagens e convívio

familiar. A experiência de trabalho de uma pessoa pode afetar positiva ou

negativamente as demais esferas de sua vida, incluindo as relações familiares ou

seu meio social, motivo pelo qual se recomenda a busca do equilíbrio através de

esquemas de trabalho, expectativa de carreira, progresso e promoção. A relação

tempo/energia que o trabalhador dedica à empresa e as deficiências que podem

acarretar na sua relação familiar devem ser questionadas.

8. Relevância social da vida de trabalho - Consiste na percepção do

empregado em relação a organização, responsabilidade social da organização em

relação a comunidade, prestação de serviços, qualidade dos produtos. A empresa

agindo de forma irresponsável afeta diretamente a auto-estima do trabalhador da

empresa.

Conte (2005 apud GOMES, 2009), afirma que a qualidade de vida no

trabalho resulta em maiores oportunidades de se obter qualidade de vida pessoal,

social e familiar, mesmo sendo fatores diferentes.

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52

3 METODOLOGIA

Este capítulo tem como objetivo identificar a metodologia empregada para

a execução deste trabalho. A metodologia é a base ferramental para análise dos

estudos científicos que tem como proposta ajudar a atingir os objetivos propostos

pelo trabalho.

3.1 Tipologia de pesquisa:

O presente trabalho foi elaborado em base de estudos qualitativos,

constituindo-se em um estudo de caso avaliativo. Para Roesch (2007) este tipo de

pesquisa é bastante utilizado em trabalhos acadêmicos de conclusão de curso e

teses de mestrados em administração, pelo fato, dos estudantes focarem suas

pesquisas em ambientes definidos por uma ou poucas organizações e por não

contar com uma equipe para desenvolver a pesquisa de campo.

A abordagem de pesquisa será qualitativa, com base na analise de dados

ou documentos já existentes.Para Roesch (2007), Em alguns casos, é possível

trabalhar apenas com dados secundários, que foram coletados para outros

propósitos que não o presente estudo.

A pesquisa qualitativa pode ser caracterizada como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar de produção de medidas quantitativas de características ou comportamentos (RICHARDSON, 1999, p.90)

Para Malhotra (2006) a pesquisa qualitativa proporciona melhor visão e

compreensão do contexto do problema, já a pesquisa quantitativa procura quantificar

dados e normalmente aplica alguma forma de análise estatística.

Para Hartley (1994 apud ROESCH, 2007) o estudo de caso é amplamente

usado em sociologia industrial e em relações indústrias, com o objetivo de analisar

processos de conflitos e cooperação nas organizações. Ainda para o autor na área

de comportamento organizacional, utiliza o estudo de caso para o entendimento da

inovação e mudança, moldada por forças internas ou externas.

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53

Yin (1981 apud ROESCH, 2007), afirma que estudo de caso consiste em

uma estratégia de pesquisa, cujo objetivo é examinar um fenômeno contemporâneo

dentro do seu contexto.

Para Gil (2002, p.54), estudo de caso consiste:

No estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento […] Seus resultados, de modo geral, são apresentados em aberto, ou seja, na condição de hipóteses, não de conclusões. […] É encarado como o delineamento mais adequado para a investigação de um fenômeno e o contexto não são claramente percebidos.

O estudo de caso com uma estratégia de pesquisa pode ser utilizado de

modo exploratório, visando levantar questões e hipóteses para futuros estudos, por

meio de dados qualitativos. (ROESCH, 2007).

Yin (1981 apud ROESCH, 2007) afirma que um estudo de caso

exploratório consiste em: a) uma tradução precisa dos fatos; b) a consideração de

explicações alternativas destes fatos; c) uma conclusão baseada naquela explicação

que parece ser a mais congruente com os fatos.

3.2 Sujeito de estudo:

O sujeito de estudo deste trabalho, trata-se de analise de documentos,

pois, foi utilizada a pesquisa de clima organizacional, realizada na empresa no ano

de 2008, onde todos os 98 funcionários responderam os questionários contendo

perguntas de relacionadas ao clima organizacional e qualidade de vida no trabalho.

3.3 Instrumentos de pesquisa:

A pesquisa foi realizada por uma consultoria a pedido da empresa A.

Bittencourt Materiais de Construção LTDA. e até o presente momento a empresa

não tinha analisado os resultados, nem aplicado na empresa. A abordagem da

pesquisa foi qualitativa e quantitativa.

Utilizou-se a escala Likert para analise de algumas questões. Para

McDaniel e Gates (2004, p 304) “a escala Likert consiste em uma serie de

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54

afirmações que expressam uma atitude favorável ou desfavorável em relação ao

conceito de estudo”. Likert criou essa escala para que o pesquisador possa observar

uma pontuação totalizada e dizer se a atitude de uma pessoa em relação a um

conceito é positiva ou negativa.

Para Mattar (1996) a escala Likert, mede a intensidade das concordâncias

e discordâncias e atitudes, a amplitude da respostas apresenta informação mais

precisa da opinião do respondente.

3.5 Limitações da pesquisa:

Os dados utilizados tiveram como base uma pesquisa já realizada

anteriormente pela empresa, que apresentou limitações quanto às bases conceituais

utilizados pelo modelo de Walton.

Tornou-se outra dificuldade para análise dos dados, somente uma visão de

uma determinada empresa, pois não há uma possibilidade de comparação, para

mensurar os resultados em modelos de negócios diferentes.

Pela base de dados já estar elaborada, alguns dos critérios de Walton para

medir a QVT, utilizados para analisar não foram contemplados de uma maneira

ampla pela pesquisa, restringindo a análise do modelo.

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55

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

A empresa A. Bittencourt matérias de construção LTDA, possui atualmente

mais de 100 colaboradores, por se tratar de uma empresa familiar o administrativo

da empresa é composto por seus sócios-proprietários, conforme o figura 4;

Figura 3: Organograma da empresa. Fonte: Dados secundários.

Toda a gestão administrativa da empresa esta centrada em seus

fundadores, que possui uma política de gestão familiar. Os proprietários entendem

que a empresa precisa ser bem administrada, quer que tudo seja organizado, que a

família faça parte deste contexto, sem criar desacordos. Dentro da visão dos atuais

administradores, que querem que a empresa seja a segunda casa dos seus

colaboradores, onde todos se sintam bem e felizes com o que estão fazendo nela,

que venham trabalhar com prazer e sigam as orientações para o bom funcionamento

de tudo. Os administradores demonstram serem pessoas empreendedoras, que

pensam a frente de seu tempo, com gosto pelos negócios e paixão pelo que

construiu.

A missão da Antônio Bittencourt é “comercializar, com excelência, produtos

e serviços para atender e satisfazer as necessidades dos clientes, colaboradores e

Sócios-proprietários

Gerente

Operacional

Gerentes

Filiais

Vendedores

Caixas

Almoxarifado

Gerente Financeiro

Controladoria

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56

fornecedores, a fim de assegurar resultados que permitam a expansão e

aprimoramento das nossas atividades”. Através da missão, nota-se a preocupação

que a empresa possui com seus clientes.

Apesar de toda organização e crescimento, a empresa não tem uma

política definida e clara de recursos humanos. A gestão de recursos humanos é feita

pelo administrador da empresa e pela controladoria, que dividem as funções de

gestão da organização e gestão dos colaboradores, ou seja, não existe um cargo

que cuide exclusivamente de recursos humanos e não há uma estrutura definida de

departamento de RH, o que traz atrasa o processo de crescimento da empresa.

A análise dos dados será apresentada em duas divisões: num primeiro

momento será apresentado o perfil dos funcionários da empresa e na segunda

divisão será apresentada uma analise da pesquisa com base nos conceitos de

analise da QVT apresentado por Walton.

4.1 Perfil dos colaboradores.

O perfil dos colaboradores de todas a unidades da empresa objeto de

estudo está descrito abaixo, com base na pesquisa realizada em 2008, que serviu

para análise deste estudo para avaliar o perfil profissional atual na empresa. O perfil

pode identificar expectativas diferentes no que se refere à satisfação com o tipo de

trabalho, expectativas de desenvolvimento de carreira e conseqüentemente a

qualidade de vida no trabalho.

O Gráfico 1, a seguir apresenta o perfil de idade dos colaboradores onde

mostra que 27% dos colaboradores têm entre 17 e 20 anos, 21% dos entrevistados

tem de 21 a 24 anos, 10% tem de 25 a 28 anos, 16% dos funcionários tem entre 29

e 32 anos, 10% tem entre 40 e 45 anos e 6% dos colaboradores tem de 48 a 52

anos. Percebe-se que a idade dos funcionários da empresa é bastante variada, mas

tem uma predominância de pessoas com a idade de 17 a 24 anos o que possibilita a

organização desenvolver estes jovens para uma melhor adequação em um mercado

competitivo.

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57

Gráfico 1: Idade dos colaboradores Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 2 refere-se ao estado civil dos colaboradores da empresa. A

pesquisa mostra que 51% são solteiros e 41% casados e outros 8% dos

colaboradores são separados, tem união estável ou são viúvos.

Gráfico 2: Estado civil Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 3 refere-se se os colaboradores possuem filhos. Pode-se notar

que 49% dos colaboradores da empresa não têm filhos, 28% dos entrevistados tem

27%

21%

10%

16%

10%

10%

6%

17 a 20 anos

21 a 24 anos

25 a 28 anos

29 a 32 anos

34 a 38 anos

40 a 45 anos

48 a 52 anos

51%41%

3%

4%

1%

solteiro

casado

separado

união estável

viúvo

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58

um filho, 17% tem dois filhos, 3% três filhos e outros 3% dos colaboradores tem 4

filhos.

Gráfico 3: Filhos Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 4 refere-se se sobre o grau de instrução dos colaboradores da

empresa. Pode-se notar que 44% dos entrevistados possuem ensino médio

completo, para alguns cargos da empresa não é exigida escolaridade, nota-se

também que uma parte considerável está procurando qualificação.

Quanto à experiência no cargo a pesquisa mostrou que a grande maioria

dos funcionários, entrou na empresa sem ter experiência no cargo em que iria

desenvolver e recebeu treinamento de colegas de para o desenvolvimento da

função. A análise de dados traz também que há uma grande rotatividade de

funcionários, nos cargos que apresentam menor remuneração.

49%

28%

17%

3%

3%

nenhum

1 filho

2 filhos

3 filhos

4 filhos

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59

Gráfico 4: Escolaridade Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

4.2. Análise da pesquisa com base no modelo de Walton

A analise da pesquisa foi realizada com base modelo criado por Walton em

1973 para medir a QVT, no seu modelo estão dispostos oito critérios que contribuem

para a QVT.

O quadro 9 sintetiza os oitos critérios abordado por Walton para a analise

da QVT.

CRITÉRIOS INDICADORES DE QVT

1. COMPENSAÇÃO JUSTA E ADEQUADA Equidade interna e externa

Justiça na compensação

Partilha de ganhos de produtividade

2. CONDIÇOES DE TRABALHO Jornada de trabalho razoável

Ambiente físico seguro e saudável

Ausência de insalubridade

3. USO E DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES Autonomia

Autocontrole relativo

Qualidades múltiplas

Informações sobre o processo total do trabalho

4. OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO E Possibilidade de carreira

12%

20%

44%

11%

1% 11%

1%Ensino fundamental completo

Ensino fundamental incompleto

Ensino médio completo

Ensino médio incompleto

Ensino superior completo

Ensino superior incompleto

Ensino técnico

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60

SEGURANÇA Crescimento pessoal

Perspectiva de avanço salarial

Segurança de emprego

5. INTEGRAÇÃO SOCIAL NA ORGANIZAÇÃO Ausência de preconceitos

Igualdade

Mobilidade

Relacionamento

Senso comunitário

6. CONSTITUCIONALISMO Direitos de proteção ao trabalhador

Privacidade pessoal

Liberdade de expressão

Tratamento imparcial

Direitos trabalhistas

7. O TRABALHO E O ESPAÇO TOTAL DE VIDA Papel balanceado no trabalho

Estabilidade de horários

Poucas mudanças geográficas

Tempo para lazer da família

8.RELEVÂNCIA SOCIAL DO TRABALHO NA VIDA Imagem da empresa

Responsabilidade social da empresa

Responsabilidade pelos produtos

Práticas de emprego

Quadro 9: Categorias conceituais de qualidade de vida no trabalho – QVT Fonte: Walton (1973 apud Vasconcelos, 2001, p. 27).

Cada subtítulo, abordado na análise da pesquisa trata-se de um critério de

Walton para medir a QVT, as perguntas da pesquisa de clima organizacional,

realizada em 2008 na empresa, foram relacionadas no atual trabalho com os oito

critérios de QVT.

O quadro 10 faz a relação entre os critérios de Walton e as perguntas da

pesquisa utilizada na análise dos dados.

CRITÉRIOS DE WALTON PERGUNTAS DA PESQUISA

1. COMPENSAÇÃO JUSTA E

ADEQUADA

Para o trabalho que você realiza acha o salário justo?

Você está satisfeito por parte da sua remuneração ser feita através de

metas?

2. CONDIÇOES DE

TRABALHO

Como você definiria sua carga de trabalho?

Como você vê a preocupação da empresa pelo bem estar, segurança e

satisfação dos colaboradores?

Alguma vez aconteceu de faltar materiais, equipamentos e produtos para

realizar o trabalho?

Como é seu ambiente de trabalho, quanto aos aspectos, limpeza/higiene,

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61

temperatura, ruídos, ventilação e espaço físico?

3. USO E

DESENVOLVIMENTO DE

CAPACIDADES

Você recebe retorno sobre o seu desempenho no trabalho?

Como você definiria os conhecimentos sobre o seu trabalho?

4. OPORTUNIDADE DE

CRESCIMENTO E

SEGURANÇA

Você tem interesse em conhecer ou realizar outras funções na empresa?

O que você acharia se pudesse mudar de função?

Você acha que tem futuro trabalhando nesta empresa?

O seu trabalho influencia em conhecer ou realizar outras funções na

empresa?

Você acha que a empresa reconhece o valor do seu trabalho?

5. INTEGRAÇÃO SOCIAL NA

ORGANIZAÇÃO

Como você acha que são as relações entre as pessoas na organização?

Você tem feito boas amizades na empresa?

Quais os padrões de relacionamento entre as pessoas na empresa?

Na equipe as pessoas são tratadas com igualdade?

Você pode contar com a ajuda de seus colegas para resolver problemas

inesperados?

Como são transmitidas as informações nas equipes?

6. CONSTITUCIONALISMO Funcionários com carteira assinada

A equipe oferece condições de você participar dando idéias?

É fácil dialogar sobre os conflitos que surgem no trabalho?

7. O TRABALHO E O ESPAÇO

TOTAL DE VIDA

Precisa fazer horas extras para realizar o seu trabalho?

Como é a empresa que você trabalha, na opinião da sua família?

8.RELEVÂNCIA SOCIAL DO

TRABALHO NA VIDA

O que você acha da qualidade dos serviços/produtos oferecidos pela

empresa?

Você gosta do trabalho que faz?

Você gosta de trabalhar na empresa?

Como você vê a satisfação da equipe?

Existe alguma forma de relacionamento com o cliente após a negociação de

venda para mantê-lo fiel a empresa?

Como se dá a comunicação com o cliente?

O que a empresa representa para você?

Quais os principais pontos positivos da empresa?

Quadro 10: Relação entre os critérios de Walton e as perguntas utilizadas na análise de dados. Fonte: do autor.

As perguntas que geraram a pesquisa utilizaram como base a escala de

Likert. As respostas para as questões foram apresentadas em tabelas, variando da

seguinte forma:

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62

1 2 3 4 5

Muito Bastante Mais o menos Muito pouco Nada

Sempre Quase sempre Às vezes Raramente Nunca

Ótimo Bom Razoável Ruim Péssimo

Quadro 11: Variáveis das respostas das questões de múltipla escolha. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

Para McDaniel e Gates (2004, p 304) “a escala Likert consiste em uma

serie de afirmações que expressam uma atitude favorável ou desfavorável em

relação ao conceito de estudo”. Likert criou essa escala para que o pesquisador

possa observar uma pontuação totalizada e dizer se a atitude de uma pessoa em

relação a um conceito é positiva ou negativa.

4.2.1 Compensação justa e adequada.

Este fator aborda renda, equidade interna e equidade externa, que é o

equilíbrio da renumeração dentro da organização e no mercado de trabalho.

(WALTON, 1973 apud CHIAVENATO, 2004).

O Gráfico 5, relata a percepção que os funcionários tem em relação ao

salário recebido. Em relação ao tema a pesquisa mostra que 37% dos

colaboradores, responderam raramente e nunca a essa questão e estão insatisfeitos

com o salário recebido em relação ao trabalho exercido, 30% dos entrevistados se

mantiveram neutros respondendo as vezes e outros 33% responderam sempre e

quase sempre e consideram o salário justo.

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63

Gráfico 5: Salário justo versus trabalho Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O gráfico 6, traz a relação da remuneração em relação as metas. Neste

quesito, remuneração versus metas, considerando as respostas muito e bastante

como sim, 23% dos colaboradores estão satisfeitos com o plano de remuneração

através de metas estipuladas, outros 24% responderam mais o menos e levando em

conta as respostas muito pouco ou nada como não, 30% dos empregados não

concordam com a remuneração através de metas.

Gráfico 6: Remuneração versus metas Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

13%

20%

30%

16%

21%

sempre

quase sempre

as vezes

raramente

nunca

6%

17%

24%

6%

47%

muito

bastante

mais o menos

muito pouco

nada

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64

4.2.2 Condições de trabalho.

Neste item se aborda as condições atuais do ambiente de trabalho, no que

envolve jornada e carga, materiais disponibilizados para a execução das tarefas e

ambiente saudável, todas as condições reais oferecidas ao colaborador para exercer

o trabalho a qual foi contratado. (VASCONCELOS, 2001)

O Gráfico 7, mostra a percepção dos colaboradores quanto a carga de

trabalho a que são submetidos. Quando questionados quanto sobre este tema, 60%

dos entrevistados acreditam que a carga é satisfatória, 17% dos entrevistados

apontam a carga como excessiva, 13% como razoável e 8% como grande. Percebe-

se que a maioria dos funcionários está satisfeitos com o horário de trabalho e sua

carga.

Gráfico 7: Carga de trabalho. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 8, traz a percepção dos entrevistados quanto a preocupação da

empresa, quanto ao bem estar, segurança e satisfação dos colaboradores. Para

análise desta questão deve-se levar em conta que as respostas “bastante” e “muito”

significam sim, ou seja, que a empresa tem preocupação quanto o bem estar

segurança e satisfação dos colaboradores. Neste aspecto, 11% dos entrevistados

acreditam que a organização se preocupa com esses fatores, outros 43% se

2%

13%

60%

8%

17%

pouco

razoável

satisfatoria

grande

excessiva

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65

mantêm neutros, 46% considerando “muito pouco” e “nada” com não acreditam que

a empresa não tem preocupação com esses fatores.

Gráfico 8: Preocupação quanto ao bem estar, segurança e satisfação dos colaboradores. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 9, traz as respostas quanto a falta de materiais disponíveis para

a realização do trabalho. Quando questionados da falta de materiais, equipamentos

ou produtos para a realização do trabalho, 53% dos entrevistados responderam

“nunca” e “raramente”, que corresponde a não. Estes dizem não ter problemas com

falta de equipamentos, materiais ou produtos para a realização do trabalho, 25%

considerando o “sempre” e “quase sempre” como sim, acreditam que há falta de

produtos, equipamentos ou materiais para a realização do trabalho e 22%

responderam “às vezes” faltam produtos, equipamentos ou materiais.

2%

9%

43%32%

14%

muito

bastante

neutro

muito pouco

nada

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66

Gráfico 9: Materiais disponíveis para a realização do trabalho. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 10 abaixo refere-se a percepção dos colaboradores quanto o

ambiente de trabalho, nos quesitos, espaço físico, ventilação, ruídos, temperatura, e

limpeza / higiene. A maioria dos funcionários considera o ambiente de trabalho bom

nos quesitos, espaço físico, ventilação, ruídos, temperatura, e limpeza / higiene.

Para a empresa este dado é importante pois mostra sua preocupação com o

ambiente de trabalho no aspecto físico.

Gráfico 10: Ambiente de trabalho Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

44%

9%

22%

6%

19%

nunca

raramente

as vezes

sempre

quase sempre

0 10 20 30 40 50 60 70

espaço físico

ventilação

ruídos

temperatura

limpeza/higiene

ótimo

boa

razoável

ruim

péssima

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67

4.2.3. Uso e Desenvolvimento de Capacidades

Para Vasconcelos (2001 p.26) “o fator uso e desenvolvimento de

capacidades implica o aproveitamento do talento humano, ou capital intelectual.”

Autonomia, incentivo a utilização da capacidade de cada individuo no desempenho

das funções e feedback em relação aos resultados obtidos.

O Gráfico 11, mostra a freqüência em que ocorre o feedback, sobre o

desempenho do funcionário em relação a função Os entrevistados que responderam

“raramente” e “nunca” somam 63% da população, os que responderam “sempre” e

“quase sempre” somam 20% da população e para 17% dos colaboradores

responderam que apenas as vezes tem o retorno do trabalho exercido. É de grande

importância que a empresa dê feedback das atividades realizadas para seus

funcionários, pois desta maneira pode-se elogiar uma trabalho quando está sendo

executado de forma correta, assim incentivando o colaborador e também alertar

sobre possíveis falhas durante o processo.

Gráfico 11: Feedback Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 12, mostra o conhecimento dos funcionários quanto ao trabalho

exercido. Quando questionado aos colaboradores sobre o conhecimento que sobre

o trabalho que exercem, 70% dos entrevistados responderam muito ou bastante, o

que pode ser considerando como sim, 23% dos colaboradores responderam neutro

7%

13%

17%

19%

44%

sempre

quase sempre

as vezes

raramente

nunca

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68

e apenas 7% dos entrevistados respondeu que possuem muito pouco conhecimento

para o trabalho exercido. Isso mostra que a maioria dos colaboradores possui

conhecimento necessário para exercer suas funções dentro da empresa.

Gráfico 12: Conhecimento sobre o trabalho exercido. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

4.2.4. Oportunidade de Crescimento e Segurança

A quarta categoria do modelo de Walton, leva em consideração o

desenvolvimento, crescimento e segurança dos empregados, possibilidade de

crescimento pessoal e segurança no emprego, neste modelo, pode se notar o

respeito e a valorização dos colaboradores (VASCONCELOS, 2001).

O Gráfico 13 abaixo reflete o interesse dos funcionários em conhecer

outras áreas da empresa, 54% dos colaboradores responderam que sim, que

possuem interesse em conhecer outros departamentos e funções dentro da

empresa, o que pode indicar a vontade de crescimento profissional dentro da

organização, já 46% dos entrevistados responderão não a essa questão, ou seja,

não tem interesses em conhecer outras funções, ou estão acomodados na função

exercida.

12%

58%

23%

7%

0%

muito

bastante

neutro

muito pouco

nada

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69

Gráfico 13: Interesse em conhecer outras funções na empresa. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 14, representa as respostas dos entrevistados, sobre a mudar de

função dentro da empresa. Considerando as respostas “ótimo” e “bom” como sim,

58% dos colaboradores concordariam em mudar de função, 34% dos entrevistados

responderam ruim e péssimo, indicando que não concordariam em mudar de função,

outros 8% dos colaboradores responderam razoável. A maioria das respostas indica

que grande parte dos colaboradores, não estão satisfeitos na sua posição dentro da

empresa.

Gráfico14: Mudar de função dentro da empresa. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

54%

46% sim

não

24%

34%8%

14%

20%

ótimo

bom

razoável

ruim

péssimo

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70

O Gráfico 15, representa a respostas dos colaboradores quanto ao futuro

trabalhando na empresa. Considerando as respostas “muito” e “bastante” como sim

44% dos entrevistados, acreditam no seu futuro trabalhando na empresa, 34% dos

colaboradores responderam que não tem futuro, considerando as respostas dadas

como “nada” e “muito pouco” e outros 22% tem dúvidas quando ao futuro na

empresa e responderam a essa questão “mais ou menos”. Percebe-se que a maioria

dos colaboradores pretende ter uma carreira dentro da organização.

Gráfico 15: Futuro na empresa Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 16 abaixo representa a influencia do colaborador em conhecer

ou realizar outras funções na empresa. Neste quesito, 83% dos colaboradores

consideram que precisam conhecer ou realizar outras funções dentro da empresa

para conseguir realizar suas atividades estipuladas, outros 17% acham que não é

necessário realizar ou conhecer as funções de outras áreas para realização do

trabalho.

8%

36%

22%

22%

12%

muito

bastante

mais o menos

muito pouco

nada

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71

Grafico 16: Multifuncionalidade Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 17 analisa as repostas dos entrevistados quanto ao

reconhecimento da empresa quanto ao trabalho exercido por eles. Considerando as

respostas “sempre” e “quase sempre” como sim, 41% dos entrevistados consideram

o seu trabalho reconhecido pela empresa, 32% responderam “às vezes” o que indica

que apenas em algumas situações a empresa reconhece o trabalho e considerando

“raramente” ou “nunca” como não 27% dos colaboradores acreditam que a empresa

não reconhece o seu trabalho. A maioria dos entrevistados responderam que sim, o

que mostra que a empresa está adotando uma política de reconhecimento para com

o seu funcionário.

Gráfico 17: Reconhecimento Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

83%

17%

sim

não

13%

28%

32%

19%

8%

sempre

quase sempre

as vezes

raramente

nunca

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72

4.2.5 Integração Social na Organização

Para Vasconcelos (2001) essa categoria é responsável por igualdades de

oportunidades, independente da orientação sexual, classe social, idade e outras

formas de discriminação, bem como o cultivo ao bom relacionamento.

O Gráfico 18 representa percepção dos colaboradores quanto à relação

social entre os membros da organização. Sobre este tema, 55% dos colaboradores

responderam que se sentem aceitos e sabem que dependem dos outros, seguidos

por 28% que se aproximam de quem os apóiam, ou seja, dentro do seu local de

trabalho os colaboradores têm uma boa relação entre si, com aceitação e

compreensão de todos e 17% acreditam na formação de grupos fechados, onde não

há integração. A maioria dos trabalhadores se sentem aceitos o que é um tópico

importante para se medir o alto índice clima organizacional da empresa, mas é

necessário rever algumas situações para que se aumente a proporção de

funcionários integrados dentro da organização.

Gráfico 18: Relação entre os colaboradores. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 19, demonstra a percepção dos colaboradores quanto “às boas

amizades” criadas dentro da empresa. Quando questionados sobre este assunto, os

entrevistados responderam: considerando “sempre” e “quase sempre” como sim,

92% dos funcionários consideram que tem feitas boas amizades dentro da empresa,

0%

17%

28%55%

Permanecem isoladas umas das outras

Formam grupos fechados

Aproxima-se e se abrem com as quem as apoia

Sentem-se aceitas e sabem que dependem umas das outras

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7% responderam “às vezes” e considerando “raramente” e nunca com não apenas

1% considera que não tem feito boas amizades na empresa. Percebe-se que existe

um alto grau de companheirismo dentro da organização o que deduz boa relação de

trabalho dentro e fora da empresa.

Gráfico 19: Amizades dentro da empresa Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 20 mostra a percepção dos funcionários quanto ao padrão de

relacionamento no grupo. Para 52% dos entrevistados todos na organização se

relacionam facilmente, o que representa uma boa integração com a equipe, 30% dos

entrevistados se relaciona com quem confiam 13% dos colaboradores relacionam-se

com quem lhes interessam e 5% dos funcionários se relacionam apenas para manter

o emprego. Esta análise demonstra que a maioria dos funcionários consegue se

relacionar de maneira fácil.

77%

15%

7%

1%0%

sempre

quase sempre

as vezes

raramente

nunca

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74

Gráfico 20: Padrão de relacionamento. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 21, representa o tratamento de igualdade entre os colaboradores.

Para 71% dos entrevistados que responderam “sempre” e “quase sempre”, pode-se

concluir que grande parte dos colaboradores acredita que o tratamento dentro das

equipes de trabalho ocorre de maneira igual a todos.

Gráfico 21: Tratamento com igualdade. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 22, demonstra a percepção dos entrevistados quanto a ajuda dos

colegas de trabalho para resolver problemas inesperados. 82% dos entrevistados

5%

13%

30%

52%

Relacionam-se para manter o emprego

Só se relacionam com a quem lhes interessam

Relacionam-se com quem confiam

Todos se relacionam facilmente

43%

28%

14%

15%

0%

sempre

quase sempre

as vezes

raramente

nunca

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75

responderam que sim, considerando “sempre” e “quase sempre” como resposta

positiva, o que significa confiança e entrosamento da equipe de trabalho.

Gráfico 22: Ajuda dos colegas para resolver problemas inesperados. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 23, representa a percepção dos colaboradores quanto a

transmissão das informações na equipe. Para 40% dos entrevistados as informações

são transmitidas “adequadamente” para todos, 35% consideram que as informações

são transmitidas “ocasionalmente” e “incompletas” e 21% acreditam que as

informações são transmitidas “obedecendo as normas estabelecidas” pela empresa.

Gráfico 23: Transmissão de informações nas equipes Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

52%

20%

16%

6%6%

sempre

quase sempre

as vezes

raramente

nunca

35%

21%

4%

40%

ocasionalmente e incompletas

obedecendo as normas estabelecidas

detalhadamente

adequadamente para todos

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76

4.2.6 Constitucionalismo

Mede o grau em que os direitos dos empregados são cumpridos, inclui

neste fator, respeito aos direitos trabalhistas, privacidade pessoal, liberdade de

expressão. (VASCONCELOS, 2001).

Com base no respeito dos direitos trabalhistas o Gráfico 24, demonstra a

porcentagem de empregados de carteira assinada na empresa. A pesquisa

demonstrou que 98% dos entrevistados são registrados isso demonstra a

preocupação e respeito da empresa quanto aos direitos dos trabalhadores e a

preocupação da própria organização em se resguardar quanto a problemas com

pessoas não registradas.

Gráfico 24: Carteira assinada. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

No que diz respeito à liberdade de expressão o Gráfico 25 a seguir, mostra

a percepção dos entrevistados quanto às condições de participar da equipe e dando

suas idéias. Considerando “sempre” e “quase sempre” como sim, nota-se que 62%

dos colaboradores consideram que podem participar da equipe dando idéias, outros

21% responderam “às vezes” e apenas em determinados casos, podem participar

dando idéias, raramente e nunca somam 17%. É muito importante que os

funcionários colaborem dando idéias, pois eles estão lidando diariamente com as

98%

2%

sim

não

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77

reivindicações dos clientes, e tem possibilidade de ajudar numa melhor tomada de

decisão da empresa.

Gráfico 25: Condições de participar da equipe dando idéias. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

Ainda no quesito liberdade de expressão o Gráfico 26, apresenta a percepção

da população quanto à facilidade de dialogar sobre os conflitos que surgem no

trabalho. Somando as repostas “sempre” e “quase sempre”, 55% dos entrevistados

consideram ser fácil, conversar sobre os conflitos que surgem no trabalho, 23% dos

colaboradores responderam “às vezes”, apenas em determinados casos é fácil

conversar, mas não em todos, e 22% dos funcionários responderam “raramente” e

“nunca” e acreditam ser difícil dialogar sobre os conflitos que surgem no ambiente de

trabalho. Discutir sobre os conflitos gerados permite o debate de idéias,

proporcionando um aperfeiçoamento dos processos, novos meios de execução dos

serviços, assim melhorando o desempenho organizacional.

40%

22%

21%

14%

3%

sempre

quase sempre

as vezes

raramente

nunca

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78

Gráfico 26: Facilidade de dialogar sobre os conflitos Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

4.2.7 O Trabalho e o Espaço Total de Vida

Considera o equilíbrio entre a jornada de trabalho, exigências da carreira,

viagens e convívio familiar. A experiência de trabalho de uma pessoa pode afetar

positiva ou negativamente as demais esferas de sua vida, incluindo as relações

familiares ou seu meio social. (WALTON 1973, apud AYRES, 2004).

Levando em consideração a jornada de trabalho, o Gráfico 27 traz a

freqüência de hora extra, segundo os entrevistados. Quanto às horas extra,

considerando as respostas “sempre” e “quase sempre” como sim, 18% dos

entrevistados, apontam a necessidade de hora extra, 56% dos entrevistados

responderam “nunca” e “raramente” e acreditam que não há necessidade de hora

extra para o desenvolvimento da função, outros 26% dos colaboradores

responderam “às vezes” para esta questão.

35%

20%

23%

10%

12%

sempre

quase sempre

as vezes

raramente

nunca

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79

Gráfico 27: Horas extras. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 28, aponta a percepção dos colaboradores quanto à opinião das

suas famílias à empresa. Nota-se que 57% dos entrevistados acreditam que a sua

família consideram que o entrevistado está trabalhando em uma empresa boa,

outros 29% responderam que a família acha a empresa ótima. Neste quesito, a

empresa foi bem classificada no mercado pela família do funcionário, o que traz um

bom reconhecimento da mesma no mercado.

Gráfico 28: Percepção dos familiares Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

8%

10%

26%

21%

35% sempre

quase sempre

as vezes

raramente

nunca

29%

57%

12%

2% 0%

ótima

boa

razoável

ruim

péssima

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80

4.2.8 Relevância Social da Vida no Trabalho

Consiste na percepção do empregado em relação a organização,

responsabilidade social da organização em relação a comunidade, prestação de

serviços, qualidade dos produtos. (WALTON 1973, apud AYRES, 2004).

O Gráfico 29 mostra a percepção do entrevistado quanto a qualidade do

produto e serviço servido pela empresa. Nota-se que 55% dos entrevistados

consideram que a qualidade dos produtos ou serviços servidos pela empresa é boa,

outros 22% acreditam que a qualidade é boa, 16% responderam razoável para a

qualidade dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa e apenas 7%

consideram ruim.

Gráfico 29: Percepção do colaborador quanto a qualidade do serviço/produto. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 30, traz a satisfação dos funcionários em trabalhar na empresa.

Nota-se que 84% dos colaboradores responderam que gostam “muito” ou “bastante”

de trabalhar na empresam e 16% dos entrevistados responderam “mais ou menos”,

o que indica que as pessoas estão satisfeitas de trabalhar na organização.

22%

55%

16%

7%

0%

ótima

boa

razoável

ruim

péssima

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81

Gráfico 30: Satisfação dos funcionários Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 31, expõe a respostas dos colaboradores quando questionados

se estão satisfeitos com o trabalho que realizam. Somando as respostas “muito” e

“bastante”, 78% dos entrevistados consideram-se satisfeitos em relação ao trabalho

que realizam.

Gráfico 31: Satisfação dos funcionários em relação ao trabalho que realiza. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

Quanto à satisfação da equipe, o Gráfico 32 a seguir, apresenta a opinião

dos colaboradores quando a satisfação da equipe. Nota-se que 49% dos

entrevistados responderam “mais ou menos” e vêem a satisfação da equipe como

neutra. Os que responderam “bastante” e “muito” somam 29% dos entrevistados e

34%

50%

16%

0% 0%

muito

bastante

mais ou menos

muito pouco

nada

31%

47%

22%

0% 0%

muito

bastante

mais ou menos

muito pouco

nada

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82

24% responderam “muito pouco” e “nada”. Grande parte dos colaboradores não está

satisfeito com as equipes em que convivem, o que remete um conflito de opiniões

pois no Gráfico 20 a maioria respondeu que tem boa convivência com as pessoas.

Gráfico 32: Satisfação da equipe. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

O Gráfico 33, expõem a percepção dos colaboradores quanto ao

relacionamento com o cliente após a venda realizada. Somando as respostas 45%

dos entrevistados consideram que não existe uma forma de relacionamento com o

cliente no pós venda para mate-lo fiel. É muito importante que se mantenha a

fidelização do cliente em um mercado tão competitivo.

Gráfico 33: Pós venda. Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

2%

27%

49%

10%

12%muito

bastante

mais o menos

muito pouco

nada

12%

20%

23%

14%

31% sempre

quase sempre

as vezes

raramente

nunca

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83

O Gráfico 34, mostra a percepção dos colaboradores quando a

comunicação com o cliente. Para os entrevistados, 87% deles consideram que a

comunicação com o cliente é “ótima” ou “boa”, outros 13% acreditam que é

“razoável”.

Gráfico 34: Comunicação com o cliente Fonte: Pesquisa de clima organizacional, 2008.

Através de uma pergunta qualitativa onde os entrevistados foram

questionados sobre o que a empresa representava para eles, grande parte das

respostas, seguiram um padrão e variaram entre “aprendizado para entrar no

mercado de trabalho”, “oportunidade e sustento pessoal”.

Nesta mesma linha foram questionados sobre o os pontos positivos da

empresa onde se obteve a maioria das respostas positivas tal como: empresa

estruturada, bom relacionamento entre funcionários e oportunidade no mercado de

trabalho.

31%

56%

13%

0% 0%

ótima

boa

razoavel

ruim

péssima

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84

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo geral, analisar a QVT na empresa A.

Bittencourt Materiais de construção LTDA, que por se tratar de uma empresa de

gestão familiar, onde não há uma estrutura de recursos humanos definida, despertou

o interesse do autor em conhecer o clima organizacional e a QVT que a empresa

oferece aos colaboradores, para isto, a empresa disponibilizou uma pesquisa de

clima organizacional, realizada por terceiros no ano de 2008, mas que ainda não

tinha sido avaliada, nem utilizada para aplicar melhorias.

Com base nesta proposta, buscou-se na literatura da área de ARH, o

embasamento teórico necessário para o desenvolvimento e compreensão dos fatos

abordados pela pesquisa, nos temas de ARH, QVT e clima organizacional, que

apesar de serem temas bastante complexos, resultou em uma visão ampla do clima

organizacional e da QVT na A. Bittencourt Materiais de construção LTDA.

Para atender ao objetivo geral, foram desenvolvidos objetivos específicos,

na qual, o primeiro objetivo específico deste trabalho, foi descrever a estrutura e

políticas de recursos humanos, que foi atendido realizando visitas in loco na

empresa e reuniões com os gestores, que destacaram a necessidade da

estruturação de um departamento de recursos humanos, bem como a criação de

políticas de recursos humanos, pois, todas as rotinas de RH são divididas entre o

administrador da empresa e área de controladoria, limitando-os de desenvolver

programas para gerir pessoas com qualidade.

O segundo objetivo específico deste trabalho propôs analisar a pesquisa

clima organizacional realizada pela empresa no ano de 2008, o que levou o autor a

uma analise detalhada da pesquisa, usando como base da analise os oitos critérios

de Walton, que resultou no índice de satisfação dos funcionários, quanto aos itens

estudados, remetendo assim, ao objetivo específico de identificar a satisfação dos

colaboradores da empresa, onde se notou que os fatores relacionados à

remuneração, enquadrados dentro do critério compensação justa e adequada, de

Walton, foram os que resultaram em menor satisfação por parte dos colaboradores.

A pesquisa também mostrou a insatisfação dos entrevistados quanto ao

feedback, incluso no terceiro critério de Walton, uso e desenvolvimento de

capacidade, onde grande parte dos entrevistados apontou não receber nenhum

retorno quanto ao trabalho realizado.

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O oitavo critério de Walton, relevância social da vida no trabalho, foi o que

obteve maior número de respostas positivas, ou seja, o maior índice de satisfação,

onde 84% dos colaboradores responderam que estão satisfeitos em trabalhar na

empresa e 78% estão satisfeitos com o trabalho que realizam, nesse critério

analisou-se a satisfação em trabalhar na empresa, a qualidade do produto e serviço

oferecido pela empresa, o pós vendas e satisfação do cliente.

Como sugestões para a empresa, outro objetivo específico do trabalho,

foram apresentadas melhorias para elevar os menores índices de satisfação, na

analise da pesquisa, bem como, aumentar a qualidade de serviço prestado pela

empresa, sugere-se o desenvolvimento de um método para melhorar o feedback aos

funcionários quanto ao trabalho realizado, a adição de benefícios sociais no salário

para atender as necessidades dos colaboradores, a estruturação das políticas de

recursos humanos para atender as necessidades da empresa e do seu quadro

funcional. Sugere-se também que a empresa analise o perfil dos funcionários a

serem contratados, adequando-os ao perfil da empresa e a realidade de negócio e

por último sugere-se uma análise atualizada dos dados que vise buscar as

expectativas dos colaboradores quanto às melhorias.

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