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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

MEIA PARA FUTEBOL DE AREIA

JONATHAN CÉSAR CORRÊA

Prof. Luiz Roberto de Lima

CURSO DE DESIGN INDUSTRIAL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BALNEÁRIO CAMBORIÚ, 2006.1

2

JONATHAN CÉSAR CORRÊA

MEIA PARA FUTEBOL DE AREIA

BALNEÁRIO CAMBORIÚ

2006.1

Trabalho de conclusão de curso apresentado

ao Curso de Design Industrial da

Universidade do Vale do Itajaí para a

obtenção do título de BACHAREL em

DESIGN INDUSTRIAL, sob a orientação do

Sr. Professor: Luiz Roberto de Lima

3

Tenho tanto sentimento Que é freqüente persuadir-me De que sou sentimental,

Mas reconheço, ao medir-me, Que tudo isso é pensamento,

Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos, Uma vida que é vivida

E outra vida que é pensada, E a única vida que temos É essa que é dividida

Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira E qual errada, ninguém Nos saberá explicar; E vivemos de maneira

Que a vida que a gente tem É a que tem que pensar.

“Fernando Pessoa”

4

Aos meus irmãos Mauro, Julio Mauro, Julio Mauro, Julio Mauro, Julio

e Dorothye Dorothye Dorothye Dorothy que tanto amo e me inspiro,

obrigado pela presença de vocês em

todas as fases da minha vida.

Agradeço aos meus pais,

Mauro e Mª LuizaMauro e Mª LuizaMauro e Mª LuizaMauro e Mª Luiza, pelo apoio e

incentivo em meus estudos e ao amor

dedicado a mim durante toda a minha

vida. É vocês que me incentivaram a

lutar e realizar grandes conquistas.

E a minha namorada BrunaBrunaBrunaBruna, por

seu apoio, amor e carinho.

5

Agradecimento Especial

Ao meu orientador Prof. Luiz Roberto de Lima, que me passou não apenas

seus conhecimentos, mas também toda a sua amizade fora da sala de aula.

Muito Obrigado!

6

Agradecimentos

Ao Prof. Marcelo Valente por transmitir seus conhecimentos dentro de sala de

aula, e por sua dedicação e amizade durante o decorrer do curso.

Ao Rafael Ramos, o Skilo, por sua amizade e ótimos momentos de risadas

durante o intervalo das aulas.

Ao Paulo Roberto da Silva, por nossos longos anos de amizade que se

transformaram em momentos inesquecíveis.

Ao Coordenador e Prof. Flávio Antero, por sua liderança invejável dentro do

curso.

A todos os professores do curso de Design Industrial da Univali.

A todas as pessoas que contribuíram para a realização deste trabalho.

7

RESUMO

Este projeto tem como principal finalidade desenvolver uma nova opção

em acessório de proteção e conforto para o esportista praticante de Futebol de

Areia voltado aos profissionais, amadores e “peladeiros” em geral. Este produto

visa o conforto e segurança de seus usuários, tendo como principais

características sua leveza, conforto, tecnologia, maciez, inovação e custo,

proporcionando assim um melhor desempenho na prática do esporte. Tendo

conhecimento da falta de produtos no mercado destinados a esta área, foi

possível desenvolver um produto que atenda as necessidades encontradas

pelo usuário. Assim, foram geradas diversas alternativas que atendam a estas

necessidades e se encaixe nas características necessárias além de um design

inovador.

8

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................ 15

1.1 Objetivo Geral............................................................................. 15

1.2 Objetivo Específico..................................................................... 15

1.3 Justificativa................................................................................. 16

1.4 Estrutura..................................................................................... 16

1.5 Metodologia................................................................................ 17

2. PESQUISA.............................................................................................. 19

2.1 Pesquisa Bibliográfica................................................................ 19

2.1.1 Lazer............................................................................. 19

2.1.1.1 Divisão do Tempo........................................... 20

2.1.1.2 A Classificação das Atividades de Lazer........ 22

2.1.2 Futebol.......................................................................... 25

2.1.2.1 História no Mundo........................................... 25

2.1.2.2 História no Brasil............................................. 26

2.1.2.3 Tipos de Futebol............................................. 28

2.1.3 Futebol de Areia............................................................ 30

2.1.4 Linha do Tempo............................................................ 32

2.1.5 Estado do Design..........................................................38

2.1.6 Mercado........................................................................ 42

2.2 Pesquisa de Campo................................................................... 43

2.2.1 Pesquisa de Observação.............................................. 44

2.2.2 Questionários................................................................ 47

2.2.2.1 Tabulação dos dados...................................... 49

2.2.3 Análise dos Questionários............................................ 53

2.2.4 Análise e Síntese da Pesquisa..................................... 54

3. CONCEITUAÇÃO................................................................................... 55

3.1 Análise da Problemática............................................................. 55

3.2 Problema de Projeto................................................................... 57

3.3 Proposta .................................................................................... 57

9

3.4 Conceito .................................................................................... 57

3.5 Briefing ...................................................................................... 58

3.5.1 Consumidor...................................................................58

3.5.2 Produto......................................................................... 58

3.5.3 Mercado........................................................................ 59

3.5.4 Estratégia...................................................................... 59

3.6 Quadros de Referências............................................................. 59

3.7 Ferramentas de projeto / Técnicas de Criatividade.................... 60

4 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS............................................................. 61

4.1 Thumbnails................................................................................. 62

4.2 Alternativa 1................................................................................ 63

4.3 Alternativa 2................................................................................ 64

4.4 Alternativa 3................................................................................ 65

5. ALTERNATIVA ESCOLHIDA..................................................................66

5.1 Justificativa................................................................................. 67

6. REGISTRO DO PROJETO..................................................................... 68

6.1 Modelo Volumétrico.................................................................... 68

6.2 Adequação Projetual.................................................................. 70

6.3 Ficha Técnica............................................................................. 71

6.4 Rendering................................................................................... 78

6.5 Memorial Descritivo.................................................................... 79

6.5.1 Função Estético Formal................................................ 79

6.5.2 Função Simbólica......................................................... 80

6.5.3 Função Ergonômica...................................................... 81

6.5.3.1 Usabilidade...................................................... 81

6.5.3.2 Adequação Antropométrica............................. 81

6.5.3.3 Adequação Biomecânica................................. 82

6.5.3.4 Adequação Cognitiva...................................... 82

6.5.3.5 Função Operacional........................................ 83

6.5.4 Sistema Construtivo...................................................... 84

6.5.5 Materiais....................................................................... 85

10

6.5.6 Processos de Fabricação............................................. 88

6.5.7 Marketing...................................................................... 89

6.6 Ambientação............................................................................... 93

6.7 Modelo Final............................................................................... 94

7. CONCLUSÃO......................................................................................... 95

8. BIBLIOGRAFIA....................................................................................... 96

11

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Fluxograma de Pesquisa............................................................. 17

Figura 2: Caminhada................................................................................... 24

Figura 3: Caminhada................................................................................... 24

Figura 4: Ginástica...................................................................................... 24

Figura 5: Ginástica...................................................................................... 24

Figura 6: Surfe............................................................................................ 24

Figura 7: Futebol de Areia.......................................................................... 24

Figura 8: Futebol de Campo....................................................................... 28

Figura 9: Futebol de Campo....................................................................... 28

Figura 10: Futebol Society.......................................................................... 28

Figura 11: Futebol Society.......................................................................... 28

Figura 12: Futebol de Salão........................................................................ 29

Figura 13: Futebol de Salão........................................................................ 29

Figura 14: Futebol de Areia......................................................................... 29

Figura 15: Futebol de Areia......................................................................... 29

Figura 16: Futebol em 1900........................................................................ 32

Figura 17: Futebol em 1910........................................................................ 32

Figura 18: Futebol em 1920........................................................................ 33

Figura 19: Futebol em 1930........................................................................ 33

Figura 20: Futebol em 1940........................................................................ 34

Figura 21: Futebol em 1950........................................................................ 34

Figura 22: Futebol em 1960........................................................................ 35

Figura 23: Futebol em 1970........................................................................ 35

Figura 24: Futebol em 1980........................................................................ 36

Figura 25: Futebol em 1990........................................................................ 36

Figura 26: Futebol em 2000........................................................................ 37

Figura 27: Futebol em 2005 ....................................................................... 37

Figura 28: Tênis Adidas 1........................................................................... 38

Figura 29: Bermuda Térmica...................................................................... 39

Figura 30: Bola Adidas Classique............................................................... 39

Figura 31: Calçado Neoprene..................................................................... 40

12

Figura 32: Bola Penalty Phoenix................................................................. 40

Figura 33: Caneleira Futebol de Areia........................................................ 41

Figura 34: Roupa de Borracha................................................................... 41

Figura 35: Pesquisa de Campo.................................................................. 44

Figura 36: Pesquisa de Campo.................................................................. 45

Figura 37: Pesquisa de Campo.................................................................. 45

Figura 38: Pesquisa de Campo.................................................................. 46

Figura 39: Pesquisa de Campo.................................................................. 46

Figura 40: Painel Conceito......................................................................... 57

Figura 41: Thumbnails................................................................................ 62

Figura 42: Alternativa 1............................................................................... 63

Figura 43: Alternativa 2.............................................................................. 64

Figura 44: Alternativa 3.............................................................................. 65

Figura 45: Alternativa Escolhida................................................................. 66

Figura 46: Modelo Volumétrico................................................................... 68

Figura 47: Modelo Volumétrico................................................................... 68

Figura 48: Modelo Volumétrico................................................................... 68

Figura 49: Modelo Volumétrico................................................................... 68

Figura 50: Modelo Volumétrico................................................................... 69

Figura 51: Modelo Volumétrico................................................................... 69

Figura 52: Modelo Volumétrico................................................................... 69

Figura 53: Modelo Volumétrico................................................................... 69

Figura 54: Modelo Volumétrico................................................................... 69

Figura 55: Rendering.................................................................................. 78

Figura 56: Rendering.................................................................................. 78

Figura 57: Estudo de Cores........................................................................ 79

Figura 58: Manual de Limpeza.................................................................... 82

Figura 59: Vista Explodida.......................................................................... 84

Figura 60: Neoprene................................................................................... 86

Figura 61: Airprene..................................................................................... 86

Figura 62: Neoprene Colméia..................................................................... 87

Figura 63: Alternativas de Logotipos........................................................... 89

Figura 64: Logotipo..................................................................................... 90

Figura 65: Logotipo 3D................................................................................ 90

13

Figura 66: Expositor Pequeno..................................................................... 91

Figura 67: Expositor Grande....................................................................... 91

Figura 68: Banner....................................................................................... 92

Figura 69: Camiseta.................................................................................... 92

Figura 70: Ambientação.............................................................................. 93

Figura 71: Modelo Final.............................................................................. 94

14

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Questão 1................................................................................... 49

Gráfico 2: Questão 2................................................................................... 49

Gráfico 3: Questão 3................................................................................... 50

Gráfico 4: Questão 4................................................................................... 50

Gráfico 5: Questão 5................................................................................... 50

Gráfico 6: Questão 6................................................................................... 51

Gráfico 7: Questão 7................................................................................... 51

Gráfico 8: Questão 8................................................................................... 51

Gráfico 9: Questão 9................................................................................... 52

Gráfico 10: Questão 10............................................................................... 52

Gráfico 11: Questão 11............................................................................... 52

15

1. INTRODUÇÃO

Ao desenvolver o projeto de pesquisa é apresentado todo o material

obtido no processo do trabalho. Iniciando pela fase de pesquisa bibliográfica

em revistas, livros, e Internet, foi possível entender na teoria a pratica do

Futebol de Areia, juntamente com sua história e regras. A pesquisa de campo

foi desenvolvida através de observações ao local da prática do esporte, onde

foi possível visualizar a reais necessidades encontradas pelo esportista, e

também coleta de dados por meio de um questionário, onde foi possível

descobrir através dos praticantes suas necessidades e desejos.

Ao analisar toda a parte de pesquisa, pôde se descobrir e avaliar quais

tipos de equipamento atenderiam as necessidades dos esportistas praticantes

de Futebol de Areia. Assim, partindo de tais informações e problemas

encontrados, foi possível desenvolver um produto na qual atenda todas as

necessidades dos usuários, além de possuir um design inovador.

1.1 Objetivo Geral

Desenvolver um produto para proteção e conforto dos pés de praticantes

do Futebol de Areia.

1.2 Objetivo Específico

Através dos métodos e técnicas de coleta de dados e de análise,

observar os problemas, gerando elementos suficientes para detectar problemas

decorrentes da prática do esporte. Analisar os aspectos observados

identificando as reais necessidades e assim, desenvolver um produto para este

segmento.

16

1.3 Justificativa

Este projeto tem como finalidade principal o desenvolvimento de um

produto inexistente no mercado, principalmente por se tratar de um produto

destinado a pratica de um esporte em desenvolvimento e com pouca

exploração. Esse projeto possui como foco principal a segurança do atleta,

assim como seu conforto pessoal.

1.4 Estrutura

A estrutura do trabalho é dividida em:

1º Capítulo: Introdução, objetivos gerais e específicos e metodologia.

2º Capítulo: Pesquisa bibliográfica e de campo

3º Capítulo: Conceituação do projeto.

4º Capítulo: Concepção: Geração de alternativas e alternativa escolhida.

17

1.5 Metodologia

A estrutura do projeto é organizada conforme a seqüência de dados

obtidos para a evolução e andamento do trabalho e na execução das

ferramentas e técnicas de criatividade necessárias no decorrer do

desenvolvimento do projeto.

O projeto é dividido em três partes conforme mostra o fluxograma

abaixo:

Figura 1: Fluxograma de Pesquisa

Fonte: Acervo Pessoal

18

A metodologia aplicada é dividida em 3 partes, pré-concepção,

concepção e pós-concepção.

A divisão aplicada é semelhante a da maioria dos métodos projetuais,

porém o md3e e o método de Mike Baxter foram os métodos analisados para a

determinação e seqüência dos passos necessários para a evolução e

desenvolvimento do projeto.

As etapas aplicadas inicialmente (conforme mostra o fluxograma), são

as de pesquisa bibliográfica, e de campo. Na pesquisa bibliográfica é possível

estudar todo o material publicado sobre o Futebol de Areia e seus praticantes,

assim como regras, história e o momento atual que vive o esporte. Após esta

etapa, parte-se para a pesquisa de campo, com aplicação de questionários e

observação no local onde é praticado o esporte. Pode-se então, através dos

praticantes, definir os problemas e reais necessidades encontradas para o

desenvolvimento de um produto que atenda suas necessidades.

Assim, depois de realizada estas duas etapas, é feita a analise da

pesquisa onde todos os dados coletados, servem como informações e ajudam

no processo para o desenvolvimento de um projeto que atenda as

necessidades do mercado atual.

A próxima etapa a ser seguida é a conceituação do produto, definindo

assim, que conceito este produto terá através de palavras chaves que servirão

como a essência do produto servindo como meta para o desenvolvimento do

mesmo.

Após a conceituação, parte-se para a concepção do projeto, e é nesta

etapa que são geradas as alternativas, aplicadas as ferramentas de criatividade

e assim define-se a alternativa final a ser trabalhada.

Já na fase seguinte, no registro de projeto, desenvolve-se a alternativa

final, de modo que é nesta fase do projeto que é define-se que tipo de matérias

este produto terá, qual sua funcionalidade e aplicações, o design, a ergonomia,

quais estratégias de marketing serão necessárias para o lançamento do

produto no mercado, etc.

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2. PESQUISA

Esta parte inicial do trabalho visa abordar a definição das palavras

chaves do tema do projeto.

Traz a classificação das atividades de lazer, até o enquadramento do

Futebol de Areia como uma atividade física de lazer. Conseqüentemente após

a definição, será demonstrada através de ilustrações a evolução do futebol,

desde os tempos mais remotos de sua existência até os dias de hoje e o

surgimento do Futebol de Areia como uma categoria que surge dentro dos

diversos formatos que o futebol é composto.

Seguindo a seqüência deste mesmo item do projeto, será relatado o

“estado do design”, onde se busca o que existe de mais moderno em produtos

esportivos voltados a pratica do futebol, que podem vir a servir como inspiração

para a conclusão do projeto, analisando assim a concorrência no mercado

nacional.

2.1 Pesquisa Bibliográfica

2.1.1 Lazer

O vocábulo lazer derivado de um substantivo latino – otium – produtivo,

cujo sentido é empregar bem o tempo: estudando, lendo fazendo versos, etc. O

ócio não-produtivo é usado para repousar, gastar o tempo inutilmente.

Segundo Jofre Dumazedier (1962), pode-se definir Lazer como um

conjunto de fatos e circunstâncias que, por sua natureza apresentam-se

isentos das pressões e das tensões que, com certa freqüência, podem afetar

as atividades humanas individuais e grupais compulsivas opcionais.

O lazer torna viável diferentes formas de relacionamento e inúmeras

possibilidades de referências entre os múltiplos e variados elementos que na

ausência ou na carência do equilíbrio humano poderiam propiciar ocasiões de

desintegração da personalidade e criar dicotomias capazes de causar

desgastes desnecessários e estresse físico e mental.

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Para uma vida humana saudável, equilibrada e produtiva o lazer é

essencial. É indispensável à conservação e ao dinamismo regular do

ecossistema humano, onde o ponto ideal de produtividade se manifesta nas

atividades espontâneas e nas atitudes planificadas de expansão e de retração,

de tensão e de relaxamento.

As diferenças entre as atividades e a diversificação de circunstâncias

fazem com que, para uns, o lazer consista em qualquer tipo de quietude ou

sossego e para outros, em quaisquer das formas que traduzam movimento. Os

movimentos e repousos com finalidade de lazer podem classificar-se tanto

como de natureza física como de natureza espiritual, pois integram o físico e o

psíquico, o material e o espiritual. Por tal fato entende-se que por não há lazer

em corpos exaustos e/ou em mentes tumultuadas por distúrbios na formação

estrutural ou por quaisquer outros tipos de desvirtuamentos conhecidos e

desconhecidos.

2.1.1.1 Divisão do Tempo

De acordo com o conteúdo encontrado sobre o tema Divisão do Tempo

do autor Pablo Waichman (1997), com a Revolução Industrial foi introduzida na

sociedade uma nova maneira de enfocar e relacionar o tempo. No passado o

tempo confundia-se com o viver do homem, na era moderna, assume formas

diferentes para atividades igualmente diferentes.

A civilização industrial atribui ao tempo um valor singular. O tempo se

escasseou para o homem urbano industrial, tornando-se um bem raro. E,

devido a sua raridade, passou a ser um bem extremamente apreciado.

Na medida em que o homem passa a viver nas cidades densamente

povoadas, mais ele se ressente da necessidade de um tempo livre para pôr o

seu corpo e sua mente novamente em ordem. A obtenção de um tempo livre

maior passou a ser uma luta abraçada pelos trabalhadores do mundo inteiro.

Tempo Livre

Segundo Waichman (1997), o tempo livre compreende aquela parcela

de tempo ocupada com atividades específicas a partir de uma decisão tomada

21

livremente, porém com fatores que a condicionam: período de tempo

disponível, preços, distâncias a serem percorridas e preferências pessoais.

O autor subdivide o tempo livre em tempo morto, tempo comprometido e

tempo de lazer, sendo que o tempo de lazer ainda oferece o tempo de turismo,

tempo de recreação e a opção para usufruto de outras atividades.

Após serem liberadas do trabalho e de todas as obrigações familiares e

sociais, muitas pessoas usufruem desse “tempo livre” para a prática de lazer.

Tempo Morto

O tempo morto é um tempo livre que não é ocupado nem com atividades

de lazer, nem com compromissos ou afazeres complementares de ordem

econômica, social ou política. É um tempo livre adquirido por lei, mas

totalmente estagnado marcado pelo aborrecimento. As pessoas que

consomem este tempo o fazem não por uma livre decisão, mas porque não

possuem outra escolha. Isto é, não têm acesso ao tempo de lazer por falta de

condições financeiras ou de opções e não o dedicam a atividades remuneradas

devido ao índice de desemprego e, em vista disto, não encontram nada para

fazer.

Tempo Comprometido

Nem todo o tempo livre é consagrado ao lazer. Parte dele é ocupado

com atividades igualmente obrigatórias tais como: afazeres domésticos,

compromissos familiares, trabalhos complementares (bicos). O tempo ocupado

com essas atividades é um tempo livre, mas desperdiçado, na expressão do R.

C. Boullión. É um tempo livre, mas comprometido com um conjunto de

atividades que, apesar de não fazerem parte do tempo de trabalho, também se

revestem de caráter obrigatório. É um tempo livre, mas comprometido, isto é,

desperdiçado para a prática de lazer. Nos países de terceiro mundo, a grande

massa dos trabalhadores ocupa a maior parte do tempo livre com atividades

que fazem parte do tempo comprometido. Mais precisamente, com aquelas que

lhe trazem um reforço financeiro para fazer face ás necessidades familiares.

Conquistou-se, nesse caso, o direito ao tempo livre, mas não ao tempo de

lazer.

22

Tempo de Lazer

O tempo de Lazer é uma parte do tempo livre orientado para realização

da pessoa como fim último. O tempo de lazer é o conjunto de ocupações as

quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja

para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua

informação ou formação desinteressadamente, sua participação social

voluntária ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembarcar-se

das obrigações profissionais.

O tempo livre pode ser consagrado ao lazer em diversos momentos:

• fim da jornada de trabalho;

• fim de semana;

• fim de ano;

• fim da vida profissional (aposentadoria).

2.1.1.2 A Classificação das Atividades de Lazer

A classificação das atividades de Lazer é muito controvertida, tal o

número de soluções propostas. Entretanto a classificação mais satisfatória é a

do sociólogo francês, Jofre Dumazedier (Ocio y sociedad de clases. Barcelona:

Fontanella, 1962), que é, aliás, o criador do que habitualmente se denomina a

Sociologia do Lazer. São as áreas de interesse cultural no Lazer:

Atividades Manuais de Lazer

As mãos são fontes de expressão não apenas gestual como também

prática de transformação de coisas. Para muitas pessoas as atividades

manuais são extremamente importantes na medida em que aflora a capacidade

reprimida por uma sociedade que as substituiu por máquinas. Lavar um carro,

cultivar plantas e flores, criação de animais, crochê, tricô ou a criação de

animais domésticos, entre outras, são exemplos de atividades manuais de

lazer.

23

Atividades Artísticas de Lazer

A prática e a assistência de todas as formas de cultura erudita

conceituadas como arte, tais como cinema, teatro, literatura, artes plásticas etc.

São entendidas como atividades artísticas, apesar de não fazerem parte do

universo cultural da maioria da população.

A decoração da casa, as roupas, a maquiagem e principalmente, as

festas podem ser consideradas atividades artísticas.

Atividades Intelectuais de Lazer

Satisfação da curiosidade intelectual, em todos os campos, seja através

de conversação aparentemente banal com os amigos, leitura de romances,

contos, poesias, filmes. A busca de informação num livro, num jornal, pode até

mesmo provocar uma emoção forte nas pessoas, mas dirige-se basicamente à

satisfação de uma curiosidade, do desejo sincero de saber alguma coisa. O

Lazer é um tempo precioso para a satisfação da curiosidade intelectual.

Atividades Associativas de Lazer

A vida social, o contato com os amigos, parentes, colegas de trabalho,

jogos e passeios com os filhos, até a freqüência a associações e movimentos

culturais são exemplos de atividades associativas de Lazer.

Atividades Turísticas de Lazer

Conhecer novos lugares, novas formas de vida. Paisagens de sol, céu e

água. Praias, montanhas ou campos. Visitas a museus, parques etc. A própria

cidade onde se mora pode ser o principal espaço turístico. De todas as

atividades de Lazer, o turismo é certamente a que mais provoca ansiedade nos

indivíduos.

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Atividades Físicas de Lazer

Aqui se incluem as caminhadas, a ginástica, o esporte. O exercício pode

ser um momento de prazer, seja ele realizado só ou na companhia de amigos.

Caminhadas

Figura 2: Caminhada

Fonte: www1.uol.com.br/cyberdiet/arte Figura 3: Caminhada

Fonte: www.bakersfieldvision2020.com

Ginástica

Figura 4: Ginástica

Fonte: www.cathe.com Figura 5: Gisnástica

Fonte: www.malta.ru/photo.html

Esportes

Figura 6: Surfe

Fonte: www.puroesporte.com Figura 7: Futebol de Areia

Fonte: www.altromondo.ch/mrch

25

2.1.2 Futebol

Jogo de bola no qual os jogadores, divididos em duas equipes, procuram

introduzir a bola na baliza do adversário, sem lhe tocar com a mão.

2.1.2.1 História no Mundo

Segundo Enciclopédia Barsa Digital (2005), oficialmente o futebol teve

inicio na Inglaterra em 1863, quando o esporte se dissociou do rugby e foi

fundada a Associação de Futebol da Inglaterra, a primeira do gênero no

mundo.

Os primórdios do jogo, no entanto, datam de séculos antes disso. Os

chineses praticavam um exercício militar, o "tsu-chu", em meados dos séculos

II e III a.C. Eles utilizavam uma bola de couro preenchida com plumas e pêlos

que deveria ser chutada em uma pequena rede com abertura entre 30 cm e 40

cm, fixadas em varas de bambu presas ao chão.

Outro precursor do futebol que também vem o oriente é o "kemari", que

apareceu entre 500 e 600 anos depois do "tsu-chu" no Japão. O jogo não tinha

caráter competitivo e era praticado por nobres: eles chutavam a bola

circularmente, sem deixá-la cair no chão, numa espécie de exercício

cerimonial.

O ocidente também teve os seus tataravôs do futebol na Antigüidade.

Em Esparta, na Grécia Antiga, equipes de quinze atletas chutavam uma bexiga

de boi cheia de areia no jogo chamado "epyskiros".

Já o "harpastum" era jogado pelos romanos com uma bola menor do que

a atual. O campo era uma área retangular demarcado com linhas de definiam

as posições de ataque e defesa dos jogadores. Os torcedores também eram

parecidos com os atuais: eles incitavam os times com gritos e vaias. O jogo era

muito popular nos anos 700 e 800.

Na Inglaterra, 500 anos depois, o futebol começou a sofrer resistência

das autoridades. Durante a Guerra dos 100 Anos, contra a França (1338-1453),

o jogo foi proibido pela corte. Os reis temiam que o futebol pudesse dispersar a

atenção dos soldados e ocupasse o lugar de esportes do treinamento militar,

26

como esgrima, arco e flecha e arremesso de lança. Finalmente, em 1660, o rei

Carlos II permitiu a volta do jogo.

Paralelamente, na Itália Renascentista de 1529, a nobreza inventou o

"gioco del calcio", que tinha 27 jogadores em cada equipe e 10 juízes.

Com a liberação do futebol na Inglaterra, começaram a ser definidas as

regras do jogo e o tamanho do campo foi fixado em 80 metros por 120 metros.

Até que, em outubro de 1848, várias escolas se reuniram no Trinity College de

Cambridge e estabeleceram as 14 regras que serviram de base para o código

do jogo atual.

O jogo se internacionalizou rapidamente e em 1904 a FIFA (Federação

Internacional de Futebol e Associados) era fundada em Paris. O futebol foi

inserido pela primeira vez no quadro de esportes dos Jogos Olímpicos em 1908

e a primeira Copa do Mundo foi organizada em 1930.

2.1.2.2 História no Brasil

O futebol chegou no Brasil em 1894, através do brasileiro Charles Miller,

filho de inglês, que ao desembarcar em São Paulo trouxe em sua bagagem as

regras aprovadas pela Football Association juntamente com duas bolas de

couro. Em abril de 1895, Charles Miller promoveu a primeira partida de futebol,

entre empregados ingleses das companhias de gás e de transporte ferroviário.

Assim, a partir desta iniciativa, vários clubes foram formados, em 1898 o São

Paulo Athletic Club, e no ano seguinte a Associação Atlética Mackenzie

College e o Sport Club Germânia.

Em meados de 1910, surgiram clubes e federações por todo o Brasil,

assim como os campeonatos estaduais, despertando o interesse do público e

da imprensa. A Federação Brasileira de Sports, surge em 1914, e dói anos

depois, surge a Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Em 1919, o

Brasil conquistou o campeonato sul-americano de futebol, após derrotar o

Uruguai por 1 a 0, no Rio de Janeiro.

Com a popularização do esporte pelo país inteiro, em 1922, foi realizado

o primeiro campeonato entre seleções estaduais.

27

Durante quase 4 décadas o futebol foi exercido no Brasil por amadores

estudantes, empregados de companhias e jovens de nível social elevado.

Oficializou-se então, em 1933, no Rio de Janeiro e em São Paulo, o

profissionalismo, até então vinha sendo praticado de forma disfarçada. Após

um período de transição, onde jogadores hesitavam em aceitar o novo regime,

teve início a fase de afirmação do futebol brasileiro, em 1938, ano da primeira

Copa em que o Brasil chegou às semifinais e ficou em terceiro lugar. As

arrecadações das partidas aumentaram e estimularam a construção de

estádios, o maior dos quais foi o Maracanã, inaugurado no Rio de Janeiro em

1950, para a IV Copa do Mundo. A Taça Brasil nasceu em 1959, um

campeonato interclubes de âmbito nacional, disputada em eliminatórias pelos

campeões estaduais. O torneio foi oficializado como Campeonato Brasileiro de

Clubes em 1971, na qual os vencedores disputam com clubes de outros países

sul-americanos a Taça Libertadores da América.

28

2.1.2.3 Tipos de Futebol

Futebol de Campo

Futebol é um esporte disputado entre duas equipes, cada uma com 11

jogadores, que utilizam os pés e a cabeça para movimentar a bola em direção

ao campo adversário, com o objetivo de colocá-la dentro do gol ou meta. A

partida divide-se em dois tempos de 45 minutos, com um intervalo de 15

minutos. O tempo de jogo pode ser prorrogado por acidente ou qualquer outra

causa a critério do juiz. A equipe vencedora é a que faz o maior número de

gols.

Figura 8: Futebol de Campo

Fonte: http://news.bbc.co.uk/sport3

Figura 9: Futebol de Campo

Fonte: http://news.bbc.co.uk/sport3

Futebol Society (Futebol Sete)

O Futebol Society, assim como o Futsal, é uma adaptação do futebol de

campo para um campo menor, sendo este de areia, grama ou grama sintética.

Participam duas equipes de sete jogadores, com bola de mesmo tamanho

porém mais pesada que a de campo.

Figura 10: Futebol Society

Fonte: http://figueira.net/society7/

Figura 11: Futebol Society

Fonte: http://figueira.net/society7/

29

Futebol de Salão

Reunindo regras do basquete, do pólo aquático e do futebol, o futsal,

esporte relativamente novo, goza de grande popularidade no Brasil, onde foi

criado, mas internacionalmente ainda é pouco difundido. A principal competição

brasileira é a da Liga de Futsal.

Futsal, ou futebol de salão, é uma adaptação do futebol de campo para

quadra. Joga-se em espaços chamados "quadras polivalentes", demarcados

também para outros esportes, como vôlei e basquete. Participam duas equipes

de cinco jogadores cada, com bola menor, mais pesada e menos flexível que a

do futebol tradicional.

Figura 12: Futebol de Salão

Fonte: www.ipatinga.mg.gov.br

Figura 13: Futebol de Salão

Fonte: www.tfacademy.it/

Futebol de Areia

O Futebol de Areia mistura as regras do futebol com as do futsal. É

disputado em quadras de areia, com cinco jogadores de cada lado. As partidas

dividem-se em três tempos de 12 min, com 3 min de descanso entre eles.

Figura 14: Futebol de Areia

Fonte: www.fifa.com

Figura 15: Futebol de Areia

Fonte: www.fifa.com

30

2.1.3 Futebol de Areia

Durante a última década, o Futebol de Areia viajou da costa do Brasil ao

coração de milhões de aficionados de todo o planeta. A participação dos

jogadores consagrados internacionalmente, como o exuberante francês Eric

Cantona, os lendários atacantes espanhóis Míchel e Julio Saline, e as estrelas

do futebol brasileiro Romário, Junior e Zico, serviram para estender a cobertura

que a televisão dedica a este esporte até alcançar uma notável audiência em

mais de 170 países. O Futebol de Areia é um dos esportes profissionais de

maior crescimento do mundo, e um dos mais importantes alicerces

internacionais para todo o tipo de oportunidades comerciais.

Desde muitos anos o futebol de praia vem sendo jogado em todo o

mundo de forma recreativa e com diversos formatos, até porque as regras

deste jogo foram criadas a partir de 1992, ano em que em Los Angeles foi

realizada a primeira competição. Em 1993 foi realizada em Miami Beach a

primeira competição profissional de Futebol de Areia com equipes procedentes

dos Estados Unidos, Brasil, Argentina e Itália, que tiveram participação no que

veio a se transformar em um acontecimento histórico.

Em abril de 1994, foi realizado na praia de Copacabana (Rio de Janeiro),

o primeiro campeonato com transmissão televisiva. A cidade carioca realizou

um ano mais tarde o primeiro campeonato Mundial de Futebol de Areia onde a

seleção brasileira foi a campeã conquistando o primeiro título do campeonato

mundial da modalidade. O êxito obtido pelo torneio despertou os interesses

comerciais que traduziram-se em avanços tecnológicos para a modalidade. A

demanda crescente em todo o mundo por este esporte, originaram-se os

primeiros grandes torneios de Futebol de Areia em 1996.

O primeiro Torneio Profissional de Futebol de Areia se resumiu a um

total de sessenta partidas em dois anos pela América do Sul, Europa, Ásia e

Estados Unidos que reuniram os principais nomes do esporte, tanto dentro

como fora de campo. O interesse que gerou esse torneio na Europa conduziu a

criação da Liga Européia de Futebol de Areia Profissional em 1998, fonte de

uma infra-estrutura sólida que incrementou a profissionalização do espetáculo

em todos os níveis. A Liga Européia, reuniu promotores de todo o continente e

satisfez a demanda dos meios de comunicação e patrocinadores. A apenas

31

quatro anos de sua criação, foi dado o primeiro passo para a construção de

uma forte estrutura para a competição mundial do Futebol de Areia

Profissional.

Agora o futebol de praia entrou para a grande família da FIFA, em Maio

de 2005 foi realizado na praia de Copacabana (Rio de Janeiro) o primeiro

Campeonato Mundial de Futebol de Areia realizado pela FIFA, onde teve como

campeã a seleção Francesa em uma partida equilibrada contra a seleção

Portuguesa. Este torneio ofereceu aos fãs deste esporte a oportunidade de ver

em ação as grandes estrelas deste esporte, entre elas Neném (Brasil),

Amarelle (Espanha), Madjer (Portugal), Méier (Suíça) e Sciortino (França).

O esporte está se popularizando cada vez mais, e cada vez mais

despertando o interesse da indústria que tem focado seus produtos a este

esporte.

32

2.1.4 Linha do Tempo

1900

Figura 16: Campo do Velódromo, na Rua da Consolação - São Paulo

Fonte: http://www.futebolnarede.com

1910

Figura 17: Equipe do Flamengo

Fonte: http://www.fmuseudosesportes.com

33

1920

Figura 18: Equipe do Vasco da Gama

Fonte: http://www.fmuseudosesportes.com

1930

Figura 19: Estádio de Futebol sede da final da copa do mundo de 1930

Fonte: http://www.gazetaesportiva.net/historia/futebol/copa/1930/

34

1940

Figura 20: Giuseppe Meazza, da Itália, e Gyorgy Sarosi, da Hungria

Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/copa2006/

1950

Figura 21: Estádio Jogo do Brasil pela Copa de 1950

Fonte: http://www.terra.com.br/istoe/especiais/brasil_copa/fotos

35

1960

Figura 22: Jogadores de Brasil e França aguardam o início da partida semifinal da Copa

Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/copa2006/

1970

Figura 23: Pelé erguendo a taça do título da Copa de 70

Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/copa2006/

36

1980

Figura 24: Antonio Cabrini, carrega o troféu.

Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/copa2006/

1990

Figura 25: Jogo Camarões x Argentina pela Copa de 1990

Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/copa2006/

37

2000

Figura 26: Ronaldo marca primeiro gol do Brasil, após aproveitar rebote de Oliver Kahn

Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/copa2006/

2005

Figura 27: Adriano na goleada por 8 a 0 do Brasil sobre os Emirados Árabes Unidos

Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/copa2006/

38

2.1.5 Estado do Design

Hoje um dos principais fatores para o desenvolvimento de um grande

projeto é a tecnologia. A evolução tem sido constante, seja na funcionalidade

do produto quanto na sua matéria-prima e métodos de fabricação.

Encontra-se no mercado uma variedade de produtos conceitos, seja no

método de fabricação, materiais e funcionalidade. Hoje a pesquisa é fator

primordial para o desenvolvimento de qualquer projeto, e é com esse

pensamento que designers e indústrias batalham na procura de novos

materiais que sirvam como diferencial de um produto. A concorrência é grande,

e a inovação é fundamental para o sucesso de vendas de um produto no

mercado atual.

Esta parte do projeto trará um pouco do que existe de materiais

conceitos no mercado, lembrando que não são necessariamente produtos

destinado a prática de Futebol de Areia, mas sim produtos que destacam-se

por suas características e inovações.

Figura 28: Tênis Adidas 1

Fonte: www.adidas.com

Tênis da fabricante Adidas que calcula o amortecimento necessário que

o tênis deve exercer sobre o solo para que não ocasione lesões ao atleta.

39

Figura 29: Bermuda Térmica

Fonte: www.penalty.com.br

Bermuda térmica da fabricante PENALTY, desenvolvida em lycra e não

possui costura.

Figura 30: Bola Adidas Classique

Fonte: www.adidas.com

Bola de futebol da fabricante Adidas, possui um microchip implantado no

interior do gomo, que juntamente com um receptor que fica de posse do juiz da

partida, acusa o momento em que a bola cruza as linhas do campo.

40

Figura 31: Calçado Neoprene

Fonte: www.eurotrekking.com/eszkozok.htm

Sapatilha em neoprene e látex desenvolvida para a prática de

canoagem, evita o deslizamento do pé no momento da prática do esporte.

Figura 32: Bola Penalty Phoenix

Fonte: www.penalty.com.br

Bola de futebol da fabricante PENLTY, colada, possui 0% de absorção

de água e gomos confeccionados em micro-fibra.

41

Figura 33: Caneleira Futebol de Areia

Fonte: www.uhlsport.com.br

Caneleira em neoprene da fabricante UhlSport, desenvolvida

especialmente para a prática do Futebol de Areia.

Figura 34: Roupa de Borracha

Fonte: www.mormaii.com.br

Acqua Block Surface (proporciona maior isotermicidade e durabilidade

da roupa) na região abdominal e peitoral. Design anatômico com reduzido

número de costuras do tipo invisível e reforçada com tape, garantindo maior

flexibilidade, resistência e impermeabilidade. Mega Flex em toda a região de

ombros, costas, mangas e axilas em uma única peça com maior liberdade de

remada.

42

2.1.6 Mercado

De acordo com o site http://opop.sites.uol.com.br/ger_n5_5.htm, estima-

se que o futebol brasileiro movimenta algo em torno de US$ 2 bilhões/ano.

Sem dúvida que os valores são altos, todavia insignificantes se comparados

com o movimento mundial desse esporte, cotados hoje em US$ 250

bilhões/ano. O futebol sozinho abocanha um quarto do faturamento mundial da

indústria de entretenimento, avaliados anualmente em US$ 1 trilhão. Em outras

palavras: o Brasil que é chamado de o país do futebol, tem uma participação

ínfima de menos de 1% do mercado global deste esporte.

43

2.2 Pesquisa de Campo

A pesquisa de campo, assim como a bibliográfica, é fundamental para o

desenvolvimento de um projeto de produto. É através dela que pode-se obter

respostas mais específicas sobre as necessidades do esporte, principalmente

por se estar em contato direto com os praticantes do esporte.

Esta etapa foi realizada através de uma pesquisa de observação ao local

da pratica do futebol de areia, e de um questionário desenvolvido com

perguntas específicas sobre o assunto a ser abordado. Assim, se pode obter

uma fundamentação mais profunda e comprovar as reais necessidades e

hipóteses do projeto, ou até mesmo, descobrir novas necessidades que não

estavam tão perceptíveis.

44

2.2.1 Pesquisa de Observação

Uma forma de pesquisa foi a de observação, onde em visitas a locais

onde é praticado o Futebol de Areia pode-se observar alguma dificuldades e

necessidades encontradas pelos atletas na prática do esporte.

Figura 35: Pesquisa de Campo

Fonte: Acervo Pessoal

45

Figura 36: Pesquisa de Campo

Fonte: Acervo Pessoal

Figura 37: Pesquisa de Campo

Fonte: Acervo Pessoal

46

Figura 38: Pesquisa de Campo

Fonte: Acervo Pessoal

Figura 39: Pesquisa de Campo

Fonte: Acervo Pessoal

47

2.2.2 Questionários

Foram aplicados 50 questionários, entre pessoas que praticam o esporte

por diversão (chamados “peladeiros”), entre pessoas do futebol amador, e com

alguns profissionais da área. A aplicação foi realizada entre os dias 15 e 20 de

setembro de 2005. O questionário foi aplicado a fim de obter-se informações

essenciais para a fundamentação do projeto.

49

2.2.2.1 Tabulação dos dados

De uma amostra de 50 pessoas, encontra-se a seguir a tabulação de

todos os dados obtidos através da aplicação do questionário, lembrando que

tratam-se de perguntas específicas as praticantes do esporte.

Logo após a tabulação de todos os dados, encontra-se uma analise do

resultado obtido.

Pratica Futebol de Areia a Quanto Tempo?

18%

30%36%

16%Menos de um ano

Entre 1 a 3 anos

Entre 4 a 6 anos

Mais de 7 anos

Gráfico 1: Questão 1

Fonte: Arquivo pessoal

Com Que Frequencia Pratica?

48%

34%

16%

2% 0%

0%

Mais de uma vez porsemanaUma vez por semana

Mais de uma vez por mês

Uma vez por mês

Mais de uma vez por ano

Uma vez por ano

Gráfico 2: Questão 2

Fonte: Arquivo pessoal

50

Você conhece todas as regras do Futebol de Areia profissional?

66%12%

22%

Sim

Não

Algumas

Gráfico 3: Questão 3

Fonte: Arquivo pessoal

Você já sofreu algum tipo de lesão praticando Futebol de Areia?

76%

24%

Sim

Não

Gráfico 4: Questão 4

Fonte: Arquivo pessoal

Com que frequencia?

29%

47%

24%Sempre

Quase sempre

Raramente

Gráfico 5: Questão 5

Fonte: Arquivo pessoal

51

Em quais partes do corpo ocorrem essas lesões?

26; 32%

17; 22%

12; 15%

2; 3%

6; 8% 0; 0%4; 5%

3; 4%

4; 5%

2; 3%

2; 3%

PésCanelaJoelhoCoxaCostasBraçosPartes genitaisCabeçaCotovelosMãos Outras

Gráfico 6: Questão 6

Fonte: Arquivo pessoal

Você já utilizou ou utiliza algum equipamento para evitar lesões?

68%

32%

Sim

Não

Gráfico 7: Questão 7

Fonte: Arquivo pessoal

Quais equipamentos você utiliza?

7%

23%

28%

26%

16% 0% Coxal

Bermuda térmica

Tornozeleira

Meia

Joelheira

Outros

Gráfico 8: Questão 8

Fonte: Arquivo pessoal

52

Estes produtos atendem as suas necessidades?

62%

38%Sim

Não

Gráfico 9: Questão 9

Fonte: Arquivo pessoal

Se houvesse um produto específico destinado a prática de Futebol de Areia para a sua proteção e

conforto individual você utilizaria?

100%

0%

Sim

Não

Gráfico 10: Questão 10

Fonte: Arquivo pessoal

Além do Futebol de Areia, qual outro tipo de atividade você pratica quando está na praia?

11%

26%

10%3%21%

14%

5% 8% 0% 2%

Volei de PraiaSorrisalCaminhadaPescaIatismoFrescobolSurfeSandboardFutevoleiOutros

Gráfico 11: Questão 11

Fonte: Arquivo pessoal

53

2.2.3 Análise dos Questionários

Ao final da realização da pesquisa de campo, obteve-se uma ampla

visão das necessidades encontradas pelos praticantes do Futebol de Areia,

facilitando a execução de um projeto que possa atender suas necessidades.

Ficou claro através da aplicação do questionário, o quanto este esporte

é novo, porém bastante popularizado, 36% doas entrevistados praticam o

Futebol de Areia entre 4 a 6 anos, sendo que 48% do total de entrevistados

pratica o esporte mais de uma vez por semana.

Com a exploração da mídia no esporte, as informações e regras do jogo

ficaram mais claras para seus praticantes, sendo que 66% conhecem todas as

regras do esporte.

Dos usuários entrevistados, 76% já sofreram algum tipo de lesão, e 47%

possui lesões constantes, sendo que os locais mais lesionados são os pés

(26,32%) e as canelas (17,22%), assim torna-se visível a necessidade de

produtos destinados a proteção pessoal.

A utilização de equipamentos de proteção não é obrigatória como no

futebol de campo, o que faz com que certas pessoas não as utilizem

aumentando o índice de lesões durante o jogo. Apenas 68% dos praticantes

utilizam equipamento de proteção, sendo que a tornozeleira (28%) e a meia

(26%) são as mais utilizadas, o que mostra que a proteção dos pés é a mais

importante para os atletas.

Dos 68% que utilizam equipamentos para proteção individual, 62% está

satisfeito com a proteção exercida pelo produto, porém, 100% dos

entrevistados utilizaram um novo produto destinado a prática do Futebol de

Areia.

Qualquer atleta que pratica o Futebol de Areia é um apaixonado pela

praia, e isso faz com que busquem outros esportes para seu lazer, 26% dos

praticantes também praticam a caminhada, 21% o frescobol, e 14% o surfe.

54

2.2.4 Análise e Síntese da Pesquisa

A prática do Futebol de Areia esta cada vez maior, e hoje a exploração

deste mercado, ainda que em crescimento, é pouca. Cada vez mais os

brasileiros, apaixonados por futebol, vem buscando formas para praticar o

esporte em seus momentos de lazer, lembrando que o Futebol de Areia, assim

como o Futebol de Salão nasceram no Brasil, por pessoas que queriam “bater

uma bolinha” mas não possuíam um local apropriado para faze-lo.

A necessidade de desenvolvimento de produtos destinados à prática do

Futebol de Areia é necessária e fundamental para a evolução do esporte, e

isso é comprovado através de seus praticantes, que buscam soluções para a

proteção pessoal, muitas vezes, adaptando produtos destinados a outros

esportes, ao Futebol de Areia.

De acordo com a pesquisa, a preocupação dos esportitas com a

proteção dos pés é evidente, e o desenvolvimento de um produto destinado a

esta área é fundamental para a evolução do esporte, e para o conforto e

proteção dos praticantes.

55

3. CONCEITUAÇÃO

3.1 – Análise da Problemática

Através da Análise da Problemática, pode-se obter todos os dados

necessários seja pelas observações ou simplesmente fatos e circunstâncias a

respeito de todo o problema obtido para desenvolvimento do produto desejado.

Através da ferramenta desenvolvida por Mike Baxter (Projeto de

Produto, 1995), que consiste em 8 perguntas fundamentais, pode-se obter

todos os dados necessários para o desenvolvimento do projeto. Segue abaixo

as perguntas elaboradas com suas respectivas respostas:

1. Qual é exatamente o problema que você está querendo resolver?

R. Desenvolver um produto para proteção e conforto dos pés de praticantes do

Futebol de Areia.

2. Porque este problema existe?

R. Pois não existe um produto específico destinado a esta finalidade.

3. Ele é uma parte específica de um problema maior ou mais amplo?

R. Sim, pois a necessidade de proteção é evidente, e a falta de recursos e

produtos para evitá-las são mínimas.

4. Solucionando-se esse problema maior, a parte específica também será

solucionada?

R. Sim

.

5. Em vez disso, seria melhor atacar primeiro a parte específica?

R. Sim.

6. Qual é a solução ideal para o problema?

R. Criar um produto que proporcione conforto e segurança, e ao mesmo tempo

seja macio, leve e de baixo custo. Além de evitar a entrada de areia nos pés.

56

7. O que caracteriza essa solução ideal?

R. Segurança, conforto, simplicidade, maciez, leveza e baixo custo.

8. Quais são as restrições que dificultam o alcance dessa solução ideal?

R. Evitar com que a areia entre no produto.

57

3.2 – Problema de Projeto

O mercado atual possui pouca variedade de produtos destinados a

pratica do Futebol de Areia, principalmente no que diz respeito a proporcionar

conforto e segurança aos atletas. Assim, o que fazer para solucionar este

problema?

3.3 – Proposta

Desenvolver um produto que possa proporcionar conforto e ao mesmo

tempo segurança para os pés do atleta sem diminuir o desempenho do

jogador.

3.4 – Conceito

O produto deve ter como principais característica a leveza, maciez,

praticidade, segurança, conforto, inovação e elasticidade.

Figura 40 - Painel Conceito

Fonte: Arquivo Pessoal

58

3.5 – Briefing

O briefing é a peça chave que conciliará o projeto com o

desenvolvimento do produto. É o que faz a ligação entre o mercado e suas

necessidades, gerando um produto que atenda as necessidades do

consumidor usuário do produto.

3.5.1 Consumidor

� Usuário: Praticantes de Futebol de Areia

� Perfil Psicográfico: Praticantes de Futebol de Areia que buscam conforto e

segurança.

� Sexo: Masculino e Feminino;

� Classe Social: Classe A e B;

� Faixa Etária: 10 a 80 anos;

� Escolaridade: Qualquer;

� Estado Civil: Solteiro, Casado, Separado, Divorciado, Viúvo;

� Ocupação Profissional: Diversificada;

� Influências que o produto deve passar: Conforto, segurança, praticidade,

maciez, leveza e elásticidade;

� Quem compra: Praticantes de Futebol de Areia

� O que o consumidor espera do produto: Conforto, segurança e praticidade.

3.5.2 Produto

� Nome: X1

� Categoria: Calçados,

� Local de uso: Praias;

� Composição Industrial: Neoprene e Látex.

� Qual a imagem do produto no mercado: Produto seguro e confortável;

� Linguagem que o produto deve passar: Segurança, conforto, praticidade;

� Quais as principais características promocionais em relação à concorrência:

Inovação, design, conforto e segurança;

� Quais os principais pontos positivos deste produto: Seguro e inovador;

59

3.5.3 Mercado

� Qual o tamanho do mercado: O mercado de equipamentos para a prática do

Futebol de Areia é muito novo e pouco explorado, porém está em constante

crescimento.

� Quais os principais mercados (áreas, regiões): Todas as regiões que

possuem a prática do Futebol de Areia.

� Qual a evolução desse mercado: Constante por ser um esporte novo e em

amplo crescimento.

� Participação do produto no mercado: Por se tratar de um produto inovador e

inexistente no mercado atual, sua participação poderá ser grande levando

em consideração o pioneirismo.

� Concorrentes diretos e indiretos: Fabricantes de equipamentos esportivos;

� Diferenciação: Inovação

� Inovação: Protege o pé do atleta ao mesmo tempo em que proporciona

conforto.

3.5.4 Estratégia

� Promessa: Proporcionar conforto e segurança aos praticantes de Futebol de

Areia;

� Razão da promessa: Evitar lesões durante a pratica do Futebol de Areia;

� Obrigatoriedade e limitações: Elasticidade, materiais, segurança e

resistência.

3.6 – Quadros de Referências

O quadro de referências é uma técnica que serve para ajudar o

projetista. Consiste na utilização de imagens que definam os conceitos do

produto assim como imagens com o perfil dos usuários, servindo como

inspiração para o desenvolvimento da geração de alternativas quanto na

escolha da alternativa final do projeto.

60

3.7 – Ferramentas de projeto / Técnicas de Criativi dade

A conhecida técnica de criatividade, brainstorm, ou mais popularmente

conhecida, tempestade de idéias, foi fator primordial para o desenvolvimento

das gerações de alternativas deste projeto. Esta técnica consiste basicamente

no desenho de todas as idéias que surgem, por mais impossíveis e

extraordinárias que pareçam.

Com esta etapa concluída, juntaram-se todos os desenhos gerados, em

torno de 30, e foram escolhidos 12, onde estas serão apresentadas na próxima

etapa do projeto.

61

4 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

De acordo com todos os métodos e processos de projeto de produto, é

nesta fase onde são geradas várias alternativas através das técnicas de

criatividade, para que assim, possa adequar o produto a idéia principal do

projeto a ser trabalhada e desenvolvida.

Assim, de acordo com o problema gerado, as idéias surgiram do fato da

necessidade de desenvolver um produto que de segurança e conforto ao

usuário, impedindo a entrada de areia entre o produto e o pé do atleta, além de

diminuir o impacto dos pés com o solo duro, ou protegendo o pé de algumas

irregularidades no solo, ou lixo na areia da praia. As idéias vão sendo geradas

através de thumbnails e aperfeiçoadas até a conclusão e alcance da alternativa

que proporcione todos os princípios necessários para que se obtenha um

produto dentro do conceito necessário.

62

4.1 Thumbnails

Figura 41 - Thumbnails

Fonte: Arquivo Pessoal

Após a realização de várias esquetes, foram definidas três alternativas,

vistas como as melhores opções, para serem trabalhadas mais a fundo e

poderem atingir o objetivo final do projeto atendendo todos os conceitos

necessários conforme as pesquisas desenvolvidas.

Estas alternativas partem da idéia principal da fundamentação do

produto, e em prática atingem todas as necessidades encontradas para atingir

e resolver os problemas encontrados pelo praticante de Futebol de Areia.

63

4.2 Alternativa 1

Figura 42 – Alternativa 1

Fonte: Arquivo Pessoal

Esta meia atende as principais necessidades encontradas,

confeccionada em neoprene de 3mm, e airprene na região central da sola e

laterais dos pés, facilitando a transpiração e evitando o excesso de suor do

atleta. Na região superior da meia, onde se encontra o peito do pé, será

aplicada uma fina camada de látex, para servir como um grip, facilitando o

domínio de bola, assim como o efeito no chute.

64

4.3 Alternativa 2

Figura 43 – Alternativa 2

Fonte: Arquivo Pessoal

Assim como na outra alternativa esta meia também é confeccionada em

neoprene de 3mm, sendo que na parte inferior do pé, onde encontra-se a zona

de contado com o chão, o neoprene passa a ser de 5mm para amortecer o

contado, evitando o choque duro. Na região do meio do solado, subindo até as

laterais do pé, encontra-se novamente o airprene para aumentar a transpiração

do pé. Na região superior, o látex aparece novamente servindo com o mesmo

propósito da primeira alternativa.

65

4.4 Alternativa 3

Figura 44 – Alternativa 3

Fonte: Arquivo Pessoal

Por fim, esta última alternativa escolhida possui, da mesma forma que as

demais, o neoprene de 3mm como material predominante da meia, porém,

possui uma maior área de transpiração para os pés. O látex aparece

novamente seguindo sempre a mesma função.

66

5. ALTERNATIVA ESCOLHIDA

A aternativa esolhida foi a de número 3

Figura 45– Alternativa Escolhida

Fonte: Arquivo Pessoal

67

5.1 Justficativa

A escolha pelo desenvolvimento da alternativa de número 3, se dá pelo

fato de que atende mais as necessidades encontradas no decorrer de todo o

projeto.

A alternativa de número 1 tem uma proposta muito boa e um belo

design, porém, possui uma pequena área de transpiração para os pés, o que

em dia de muito calor, pode ocasionar desconforto ao usuário, fugindo assim,

da proposta do projeto.

Já a alternativa de número 2, com um design não tão bom quanto as

alternativas, possui maior e mais espessa área para amortecimento contra

impactos, porém, a desvantagem e a quantidade de costuras, e a pequena

área de transpiração, que assim como a outra, podem ocasionar desconforto

ao atleta.

Enfim, a alternativa 3 possui uma maior área de transpiração,

melhorando o conforto, e aumentando a transpiração dos pés mesmo em dias

de muito calor e areia quente. Ela também possui um design mais limpo e com

poucas costuras, principalmente na região da sola do pé, proporcionando um

maior conforto ao atleta.

68

6. – REGISTRO DO PROJETO

6.1 – Modelo Volumétrico

Após a definição da alternativa, inicia-se a etapa em que consiste a

construção volumétrica do modelo. É nesta fase do projeto que pode-se

visualizar com melhor perfeição todas as dimensões reais do produto assim

como seus defeitos, corrigindo e adequando-os para o produto final.

A confecção do modelo volumétrico é feita de forma que não é

necessário atender os aspectos de aparência, mas visando sim a necessidade

de visualizar as medidas para poder confeccionar o produto final.

O modelo volumétrico foi feito através de um molde de pé com forma de

numeração 38. A partir dai foi iniciada a etapa que consiste em cobrir todo o

molde com fita adesiva 3M e quando o molde está completamente coberto

inicia-se a fase de desenho, onde é riscado por cima da fita todas as linhas e

formas que o produto final deverá ter como mostram as figuras abaixo.

Figura 46– Modelo Volumétrico

Fonte: Arquivo Pessoal Figura 47– Modelo Volumétrico

Fonte: Arquivo Pessoal

Com o desenho concluído, pode-se visualizar todas as medidas feitas e

assim começar o processo de modelagem do produto. Com o estilete é cortado

todos os locais onde estarão as costuras do produto, e a forma feita com fita

adesiva é repassada para o papel triplex.

Figura 48– Modelo Volumétrico

Fonte: Arquivo Pessoal Figura 49– Modelo Volumétrico

Fonte: Arquivo Pessoal

69

Após os moldes estarem prontos em papel triplex, é redesenhado o

produto sobre o tecido, e a próxima etapa é a costura, onde será finalizado o

produto.

Figura 50– Modelo Volumétrico Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 51– Modelo Volumétrico Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 52– Modelo Volumétrico

Fonte: Arquivo Pessoal Figura 53– Modelo Volumétrico

Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 54– Modelo Volumétrico

Fonte: Arquivo Pessoal

70

6.2 – Adequação Projetual

O modelo não obteve mudanças para adequação após sua conclusão,

sendo que todas as medidas foram adequadas durante a construção do

modelo volumétrico conforme as necessidades vistas para a confecção de um

calçado.

71

6.3 Ficha Técnica

A utilização da ficha técnica é fator fundamental para o controle de

qualidade e continuidade no processo de produção industrial do produto.

A ficha técnica deve possuir a maior quantidade de informações

possíveis que possam ser necessárias aos elementos da produção.

A tabela abaixo mostra os itens necessários no processo de produção

industrial para a confecção do X1.

MODELO MEIA X1

NUMERAÇÃO 38

PEÇAS LINHA COR AGULHA PT/CM DISTANCIA DA BORDA MÁQUINA

TODAS 50

GUTERMAN PRETA 90 MY B 3 2 mm OVERLOCK

78

6.4 Rendering

Figura 55 – Rendering

Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 56 – Rendering

Fonte: Arquivo Pessoal

79

6.5 Memorial Descritivo

6.5.1 Função Estético Formal

Esta etapa diz respeito ao desenvolvimento do produto quanto suas

formas e cores. Sabendo que o design do produto é uma das principais

características observadas pelo usuário, o produto deve ser harmonioso e

chamar a atenção dos usuários conforme a necessidade de cada mercado.

Assim, levando em consideração que a estética do produto é fator de

extrema relevância, foram trabalhadas linhas curvadas e harmoniosas. Além de

suas cores, que por ser tratar de um produto destinado à prática esportiva as

cores fortes e chamativas agradam aos usuários deste mercado.

Por se tratar de um produto destinado à prática do futebol de areia, as

curvas encontradas na parte do calcanhar, e o formato do desenho na região

do peito do pé passam a sensação de agressividade, assim como suas cores

contrastando com preto.

Na figura(57), pode-se visualizar o produto quanto sua combinação de

cores.

Figura 57– Estudo de Cores

Fonte: Arquivo Pessoal

80

6.5.2 Função Simbólica

A função simbólica passa a ser um item fundamental no

desenvolvimento de um produto, pois com a escolha errada de algumas formas

e cores, pode resultar no fracasso total do produto. O produto deve através de

suas formas e cores, agradar o consumidor e tornar-se um objeto de desejo.

O X1 será confeccionado com quatro opções diferentes para o

consumidor, preto com amarelo, preto com verde, preto com azul e preto com

vermelho, sendo que o preto predomina em todos os modelos.

A cor preta foi escolhida por se tratar de um produto que está em

constante contato com areia, sendo uma cor de adere pouca sujeira e contrasta

muito bem com a cor da areia da praia.

Segundo Fabrício Alves em entrevista dada ao site grito, as cores

influenciam psicologicamente os seres humanos de várias maneiras, e estão

mais ligadas diretamente com a emoção do que com a forma propriamente

dita. Segundo ele, é de fundamental importância a escolha das cores para a

elaboração de projetos, principalmente por estarmos mexendo em um

elemento de estímulos imediatos dos seres humanos, e que as cores

escolhidas poderão provocar reações positivas ou negativas, dependendo de

sua utilização como mostra abaixo o significado de cada cor escolhida para

aplicação no produto desenvolvido.

Amarelo: É uma cor luminosa e muito forte para atrair a atenção, seja

sozinho ou em conjunto com outras cores. É feliz, vibrante, vivo.

Azul: Cor profunda, calma. Preferida por adultos, marca uma certa

maturidade. Quando sombrio, o azul chama ao infinito. Mais claro, provoca

uma sensação de frescura e higiene, principalmente quando na presença de

branco.

Verde: Cor universal da natureza. Tem frescor, harmonia e equilíbrio.

Cor calma, que não se dirige para nenhuma direção nem encerra algum

elemento de alegria, tristeza ou paixão.

Vermelho: Significa força, virilidade, masculinidade, dinamismo. É uma

cor exaltante e até enervante. Impõe-se sem discrição. É uma cor

essencialmente quente, transbordante de vida e de agitação.

81

6.5.3 Função Ergonômica

6.5.3.1 Usabilidade

Para que o produto atenda a todas as características necessárias de

usabilidade, existe a necessidade de que o mesmo se adapte a todos os tipos

de usuários ou pelo menos a grande maioria deles. Sendo assim, é necessário

que o produto transmita segurança, facilidade de uso e transporte, assim como

conservação e armazenamento.

O X1 possui como característica peculiar o seu pequeno tamanho, que

pode ser transportado e armazenado com facilidade, e se seguidas as

instruções dada pelo fabricante quanto a sua conservação, poderá ser um

produto com longo prazo de durabilidade.

Porém, ao lançar um produto no mercado é necessário analisar todas as

possibilidades de uso que este produto possa ter, lembrando que nem sempre

ele será utilizado apenas para os fins dos quais foi criado. A meia X1 foi

confeccionada para a prática do futebol de areia, porém ela poderá ser utilizada

para outros meios, assim como a prática do futevôlei, vôlei de praia ou

qualquer outra atividade em areia de praia.

Por ser um calçado sem solado, é imprescindível que o usuário do X1

não o utilize em outros tipos de solo, pois poderá assim comprometer o

material do qual foi produzido.

6.5.3.2 Adequação Antropométrica

Esta etapa do projeto diz respeito à adequação do produto quanto às

dimensões corporais e tipos físicos do usuário, tanto quando quieto como

realizando movimentos.

O produto será confeccionado em quatro tamanhos: “P” para pés 36/37,

“M” para pés 38/39, “G” para pés 40/41 e “GG” para pés 42/43. Suas medidas e

numerações serão realizadas conforme a numeração padrão do usuário

brasileiro.

82

6.5.3.3 Adequação Biomecânica

Por ser um produto de vestimenta destinado à prática do futebol de

areia, não foi necessário um estudo de ergonomia biomecânica tratando-se de

um calçado sem sola, onde sua principal utilização será em terreno arenoso e

altamente macio, ou seja, não se fez necessária área de impacto na região da

sola dos pés.

6.5.3.4 Adequação Cognitiva

O X1 é um produto de fácil manuseio e poucas operações, porém,

apesar de sua simplicidade, ele será comercializado com um manual que

instruirá o usuário quanto a sua limpeza e uso, levando em consideração que

estes são os únicos fatores que terão a necessidade de um cuidado maior e

uma maior informação para o usuário quanto ao produto.

A figura(58) mostra o manual de instruções quanto às restrições do

produto, este manual estará anexado à caixa da embalagem do produto.

Figura 58– Manual de Limpeza

Fonte: Arquivo Pessoal

83

6.5.3.5 Função Operacional

Esta etapa diz respeito à interação do usuário com o produto em suas

operações de manuseio, por ser um produto apenas de uso, em que o usuário

terá de vesti-lo, a única operação realizada pelo usuário será a de calçar o

produto nos pés, já que o X1 não possui um sistema complexo de manuseio.

84

6.5.4 Sistema Construtivo

A construção do X1 não exige alta tecnologia, e é feita basicamente de

corte, colagem e costura.

A figura abaixo mostra, através de uma vista explodida, a etapa de

montagem do produto.

Figura 59 – Vista Explodida

Fonte: Arquivo Pessoal

85

6.5.5 Materiais

O X1 será confeccionado em Neoprene (2mm), Airprene (2mm),

Neoprene Colméia (2mm) e uma fina camada de tinta emborrachada sobre o

peito do pé.

O Neoprene foi escolhido por possuir a resistência, elasticidade e

impermeabilidade necessária para o desenvolvimento do produto, levando em

consideração que estará em contato direto com o solo e possívelmente com a

água.

Com as mesmas características do Neoprene, o Aiprene foi escolhido

por possuir furos na região do látex vulcanizado que mantém a transpiração,

evitando assim alergias e surgimento de fungos nos pés.

Com a mesma características de ambos, o Neoprene Colméia foi a

melhor opção encontrada para ser utilizada na parte frontal da sola, por possuir

cavidades e suas borracha estar em contato direto com o solo, a Colméia

proporciona uma maior tração aumentando o desempenho do atleta.

E por fim, a utilização da Tinta Emborrachada na região do peito do pé

do atleta é dada devido ao fato de suas características principais, que são a

aderência, possibilitando ao atleta proporcionar o efeito desejado na bola, e

sua elasticidade.

Neoprene: Borracha sintética de alta qualidade expandida sob alta

pressão e temperatura, composta por acetileno e cloro. Após a confecção

deste material, é feita a laminação com tecido de um ou de ambos os lados. A

alta performance técnica do Neoprene apresenta larga aceitação em muitas

aplicações por suas excelentes propriedades técnicas como: elevada tensão a

ruptura e rasgamento, alto alongamento, ótima resiliência, grande resistência à

abrasão, baixa deformação permanente a compressão, somando ainda, muito

boas características de resistência a óleos, solventes, oxigênio, ozônio,

interpéries e resistência a flamabilidade.

86

Veja na figura XX a estrutura do neoprene.

Figura 60 – Neoprene

Fonte: Arquivo Pessoal

Aiprene: Suas características são as mesmas do neoprene, porém

possui furos que possibilitam a transpiração.

Figura 61 – Aiprene

Fonte: Arquivo Pessoal

87

Neoprene Colméia: Possui as mesmas características do neoprene,

porém, apenas um lado é coberto com tecido, já o outro possui sua borracha

exposta e com entalhes em forma de colméia.

Figura 62 – Neoprene Colméia

Fonte: Arquivo Pessoal

Tinta Emborrachada: A tinta emborrachada é na realidade um

revestimento elástico impermeabilizante. É altamente aderente e possui alta

resistência a alcalinidade, à ação da maresia, às interpéries e sua composição

anti-mofo lhe confere uma alta durabilidade. É um produto não inflamável de

baixa toxidade que não agride o meio ambiente.

88

6.5.6 – Processos de Fabricação

O processo de fabricação do NEOPRENE, AIPRENE e COLMEIA são

mantidos em sigilo pela fabricante do material, porém, o processo de

fabricação de produtos que utilizam este material, assim como o X1,

assemelha-se com o processo de fabricação de calçados.

O produto sai do desenho para a modelagem, onde são confeccionados

todos os moldes necessários para a fabricação do produto, após esta etapa os

moldes são redesenhados no computador, aonde dali irão para a máquina de

corte a lazer. Com as peças cortadas, as que possuem estampa irão para a

serigrafia.

A Serigrafia é um processo de impressão no qual a tinta é vazada - pela

pressão de um rodo ou puxador - através de uma tela preparada. A tela,

normalmente de seda ou náilon, é esticada em um bastidor de madeira ou aço.

Os pontos escuros da matriz ficam vazados na tela, e os pontos claros (ou de

outra cor) são impermeabilizados por uma emulsão fotossensível ou uma

película recortada.

Após passarem pela etapa de serigrafia as peças juntam-se as demais

para serem coladas e logo costuradas. Após estes processos o produto passa

para a parte de etiquetagem e embalagem onde serão despachados para as

lojas especializadas.

89

6.5.7 Marketing

O processo de marketing do X1 será feito através de publicidades

externas, televisivas e escrita. Sua comercialização será através apenas de

lojas especializadas no ramo esportivo, para que assim possa fidelizar o

comerciante e impulsionar o interesse dos mesmos pela venda do X1.

Já a propaganda do produto será através de revistas especializadas,

outdoors, propaganda em meios de comunicação como o rádio e a televisão,

assim como banner´s, folder´s, bonés e camisetas para distribuição em

campeonatos de Futebol de Areia.

Porém, o primeiro passo para esta etapa é o desenvolvimento de um

logotipo que dará uma identidade ao produto desenvolvido. Para isso foram

desenvolvidos alguns modelos como mostra a figura(63).

Figura 63– Alternativas de Logotipos

Fonte: Arquivo Pessoal

90

Das alternativas geradas, foi necessário escolher uma da qual mais

combinasse com o produto. A alternativa mostrada na figura abaixo foi a que

mais se identificou com o produto, mantendo uma tendência de agressividade

com suas linhas e ângulos pontiagudos ao mesmo tempo em que o verde

transmite harmonia e equilíbrio.

Figura 64 – Logotipo

Fonte: Arquivo Pessoal

Através da alternativa gerada foi possível desenvolver um outro tipo de

aplicação para o logotipo como mostra a figura(65) , na qual seu estilo 3D

passa a sensação de tecnologia, ideal para a divulgação do produto no meio

televisivo.

Figura 65 – Logotipo 3D

Fonte: Arquivo Pessoal

91

Com o logotipo definido, e a estratégia de marketing traçada, foi possível

desenvolver alguns materiais de divulgação e expositores para pontos de

venda.

Expositor par o X1 desenvolvido para vitrines de pouco espaço físico:

Figura 66 – Expositor Pequeno

Fonte: Arquivo Pessoal

Expositor para o X1 desenvolvido para uso interno de lojas:

Figura 67 – Expositor Grande

Fonte: Arquivo Pessoal

92

Banner para divulgação em eventos:

Figura 68 – Banner

Fonte: Arquivo Pessoal

Camiseta para divulgação em eventos:

Figura 69 – Camiseta

Fonte: Arquivo Pessoal

93

6.6 – Ambientação

Figura 70 – Ambientação

Fonte: Arquivo Pessoal

94

6.7– Modelo Final

Figura 71 – Modelo Final

Fonte: Arquivo Pessoal

95

7 CONCLUSÃO

Diante de todas as etapas e processos realizados neste projeto que teve

como objetivo o desenvolvimento de um produto que proteja os pés dos

praticantes de futebol de areia proporcionando conforto e mantendo seu

desempenho, pode-se concluir que o objetivo foi alcançado com sucesso.

Assim, foi desenvolvido um produto macio, leve, pratico e que atende as

necessidades dos esportistas. O X1 trata-se de um produto simples, porém

com os requisitos necessários para atender seus objetivos e altamente viável

para o mercado atual. É um produto inovador e completamente diferente de

outros produtos existentes no mercado.

Suas características e objetivos fazem com que o X1 entre em um

mercado inexistente, porém de um esporte em amplo crescimento,

transformando-se assim em um produto pioneiro por não possuir concorrência.

Sua estratégia de marketing é outro ponto forte que faz com o produto

possa ser lançado no mercado já com um posicionamento adequado dentro de

sua proposta.

96

8 BIBLIOGRAFIA

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1998.

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