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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ GISELA CAROLINA SCHMITZ REGGIANI DIFERENCIAL COMPETITIVO: Um estudo sobre os hábitos de consumo da comunidade acadêmica Balneário Camboriú 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

GISELA CAROLINA SCHMITZ REGGIANI

DIFERENCIAL COMPETITIVO:

Um estudo sobre os hábitos de consumo da comunidade

acadêmica

Balneário Camboriú

2010

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GISELA CAROLINA SCHMITZ REGGIANI

DIFERENCIAL COMPETITIVO:

Um estudo sobre os hábitos de consumo da comunidade

acadêmica

Balneário Camboriú

2010

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – Gestão Empreendedora, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú.

Orientador: Profa Lígia Ghisi

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GISELA CAROLINA SCHMITZ REGGIANI

DIFERENCIAL COMPETITIVO:

Um estudo sobre os hábitos de consumo da comunidade

acadêmica

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Gestão Empreendedora

da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de Concentração: Administração Geral

Balneário Camboriú, 25 de Novembro de 2010.

_________________________________

Prof. MSc. Lígia Ghisi

Orientadora

___________________________________

Prof. MSc. Alexandre de Sá

Avaliador

___________________________________

Prof. MSc. Manoel Gama

Avaliador

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EQUIPE TÉCNICA

Estagiário(a): Gisela Carolina Schmitz Reggiani

Área de Estágio: Administração Geral

Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder

Supervisor da Empresa: Taianara Goedert

Professor(a) orientador(a): Profª Lígia Ghisi

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DADOS DA EMPRESA

Razão Social: Parada Cultural

Endereço: Rua 1822, nº 553, centro, Balneário Camboriú

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Administrativo

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Taianara Goedert, proprietária

Carimbo do CNPJ da Empresa:

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Balneário Camboriú, 25 de Novembro de 2010.

A Empresa Parada Cultural, pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do

Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de Conclusão de Estágio

executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pela acadêmica Gisela Carolina

Schmitz Reggiani.

___________________________________

Responsável pela Empresa

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“Idéias são inúteis, a menos que sejam aplicadas”.

Theodore Levitt

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DEDICATÓRIA

À minha família e amigos.

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AGRADECIMENTOS

Considerando esta monografia como resultado de uma caminhada, agradecer pode

não ser tarefa fácil, nem justa. Para não correr o risco da injustiça, agradeço a todos

que de alguma forma passaram pela minha vida e contribuíram para a construção de

quem sou hoje.

Agradeço aos meus professores que me ensinaram e ajudaram na minha formação

acadêmica. E particularmente, a alguns pela contribuição direta ou indireta na

construção deste trabalho:

À minha professora e orientadora Lígia Ghisi por todo apoio, dedicação, paciência e

puxadas de orelhas.

À professora Lorena Schroder pelo apoio, paciência durante a procura do tema na

disciplina de Estágio I, sem esquecer claro dos puxões de orelhas.

Aos professores Alexandre de Sá e Manoel Gama, por aceitarem em serem meus

avaliadores.

Agradeço também aos meus pais por me apoiarem durante a graduação e que

mesmo num momento de incertezas sempre quiseram o meu bem estar, deixando

com que pudesse escolher o meu caminho.

Meus amigos que estiveram do meu lado na penumbra fase do TCC. As minhas

amigas Gabriele de Oliveira Ribas e Larissa Canziani pelo incentivo, força, amizade,

carinho.

Agradeço a minha família pelo carinho e força que me dão, por estarmos sempre

juntos nos momentos mais importantes.

Agradeço também e não menos importantes todos os meus amigos, colegas de

faculdade, amigos da dança, amigos de longa data, amigos de nem tão longa data,

amigos de longe, de perto e aqueles que não estão mais aqui presente.

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RESUMO

A concorrência está cada vez mais presente no mercado, o consumidor tem cada vez mais fácil acesso as informações e é cada vez mais exigente, tem o poder de escolher suas preferências de consumo. Com essas mudanças na sociedade, as empresas tiveram de mudar, adaptar para se manterem ou se destacarem das demais e conseguir a atenção do consumidor com alternativas inovadoras. A preocupação atual do consumidor se voltou às ações e impactos das organizações na comunidade e o meio ambiente, com essa mudança de hábito se criou uma nova tendência. A tendência do consumo responsável, tendência essa que as organizações estão adotando como parte do objetivo de fazer o diferencial, de chamar a atenção do consumidor, ou simplesmente seguem o mesmo caminho apenas pelo aumento financeiro e status. Esse trabalho analisou a influencia que os projetos de responsabilidade social e ambiental no hábito de consumo dos acadêmicos do curso de Administração com Habilitação em Gestão Empreendedora da Universidade do Vale do Itajaí.

PALAVRAS-CHAVE: Hábito de consumo, Responsabilidade socioambiental,

Diferencial competitivo.

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ASTRACT

The competition is much more present in the market, consumers have much more easy access to information and much more critical, have the power to choose your consumer preferences. With these changes on the society, the companies had to change, adapt to remain or stand out from the others and getting the attention of consumers with innovative alternatives. The current concern of the consumer returned to the organization and yours actions and impacts in the community and environment, with this change of habit has created a new trend. A trend of responsible consumption, a trend that organizations are adopting as part of the goal of making the differential, to draw the attention of consumers, or simply follow the same path only by increasing financial and status. This study examined the influence that the projects social and environmental responsibility in the consumption habit of de students of the Course of Administration with Qualification in Management of the University of the Valley of Itajaí. KEYWORDS: Competitive differentiation, social responsibility, environmental responsibility, Consumer habits.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Processo administrativo.................................................................... 23

Figura 2 As quarto capacidades para a mudança necessária para o século

XXI..................................................................................................... 27

Figura 3 Características da organização ....................................................... 31

Figura 4 Razões de estarmos na era da criatividade....................................... 33

Figura 5 Fontes necessárias à inovação.......................................................... 36

Figura 6 Cinco forças básicas da competição em um setor............................. 38

Figura 7 Fontes da vantagem competitiva da localização................................ 39

Figura 8 O consumidor e seus vínculos........................................................... 42

Figura 9 A tomada de decisão do consumidor................................................. 43

Figura 10 Marcas de produtos da Unilever........................................................ 51

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Pressupostos Teóricos.............................................................. 22

Quadro 2 Organização e Indivíduo........................................................... 34

Quadro 3 Ações que a empresa Natura faz................................................. 48

Quadro 4 Ações da Fundação O Boticário................................................... 49

Quadro 5 Projetos de ações culturais e de conservação da natureza......... 49

Quadro 6 Ações sociais Unilever................................................................. 50

Quadro 7 Projetos da Avon.......................................................................... 52

Quadro 8 Medida das opiniões e dos conceitos quanto aos hábitos de

consumo responsável...................................................................

70

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Idade dos acadêmicos ................................................................. 56

Gráfico 2 Sexo ............................................................................................ 57

Gráfico 3 Estado Civil .................................................................................. 57

Gráfico 4 Trabalha ...................................................................................... 58

Gráfico 5 Depende economicamente de alguém ........................................ 58

Gráfico 6 Possui dependentes .................................................................... 59

Gráfico 7 Questão 1 .................................................................................... 60

Gráfico 8 Questão 2 .................................................................................... 60

Gráfico 9 Questão 3 .................................................................................... 61

Gráfico 10 Questão 4 .................................................................................... 61

Gráfico 11 Questão 5 .................................................................................... 62

Gráfico 12 Questão 6 .................................................................................... 62

Gráfico 13 Questão 7 .................................................................................... 63

Gráfico 14 Questão 8 .................................................................................... 63

Gráfico 15 Questão 9 .................................................................................... 64

Gráfico 16 Questão 10 .................................................................................. 64

Gráfico 17 Questão 11 .................................................................................. 65

Gráfico 18 Questão 12 .................................................................................. 65

Gráfico 19 Questão 13 .................................................................................. 66

Gráfico 20 Questão 14 .................................................................................. 66

Gráfico 21 Questão 15 .................................................................................. 67

Gráfico 22 Questão 16 .................................................................................. 68

Gráfico 23 Questão 17 .................................................................................. 68

Gráfico 24 Questão 18 .................................................................................. 69

Gráfico 25 Questão 19 .................................................................................. 69

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 16

1.1 Tema de estágio .................................................................................... 17

1.2 Problema de pesquisa ............................................................................ 17

1.3 Objetivo geral............................................................................................ 18

1.3.1 Objetivos específicos................................................................................ 18

1.4 Justificativa .............................................................................................. 18

1.5 Contextualização do ambiente de estágio .............................................. 19

1.6 Organização do trabalho .......................................................................... 20

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................... 22

2.1 Administração................. ......................................................................... 23

2.1.1 O comportamento das organizações para o século XX........................... 26

2.2 Criatividade e inovação nas organizações............................................... 29

2.2.1 A era da criatividade................................................................................. 31

2.2.2 Pensamento criativo................................................................................. 33

2.2.3 Inovação................................................................................................... 35

2.3 Estratégia Organizacional........................................................................ 36

2.3.1 Vantagem Competitiva.............................................................................. 38

2.3.2 Comportamento do consumidor............................................................... 41

2.3.3 Mudança do papel do consumidor............................................................ 44

2.4 Responsabilidade Social.......................................................................... 44

2.4.1 Responsabilidade Ambiental.................................................................... 46

2.5 Estratégias para o sucesso....................................................................... 47

2.5.1 Casos de sucesso..................................................................................... 47

METODOLOGIA CIENTÍFICA ................................................................. 53

3.1 Tipologia de pesquisa .............................................................................. 53

3.2 Sujeito do estudo ..................................................................................... 54

3.3 Instrumentos de pesquisa ........................................................................ 54

3.4 Análise e apresentação dos dados ......................................................... 55

3.5 Limitações da pesquisa ........................................................................... 55

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4 RESULTADOS ......................................................................................... 56

4.1 Perfil dos acadêmicos............................................................................... 56

4.2 Opinião dos acadêmicos sobre o diferencial competitivo e ética

socioambiental..........................................................................................

59

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 73

REFERÊNCIAS ....................................................................................... 75

APÊNDICES ............................................................................................ 79

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1 INTRODUÇÃO

No ambiente relativamente estável dos anos 1960 e início dos 1970, era

somente achar uma posição atrativa no mercado e oferecer o mais barato ou a

melhor qualidade. A partir dos anos 70 a preocupação com o meio ambiente veio à

tona. Nos anos 1960 e início dos 1970, num ambiente estável, a empresa se

mantinha localizando-se em uma posição atrativa no mercado e oferecer produtos

mais baratos ou os de melhor qualidade. Mas a partir dos anos 70 a preocupação

com o meio ambiente veio à tona.

Com a tentativa de se protegerem e de protegerem o planeta, consumidores

mudaram seus hábitos e com isso criando uma nova tendência. A tendência do

consumo responsável, produtos passam a ser avaliados com base na

responsabilidade social e ética ambiental dos fabricantes e não apenas por seu

desempenho ou preço. Os consumidores se tornaram mais exigentes com relação à

qualidade e ao preço dos produtos de sua necessidade, além de procurarem por

informações sobre as ações da organização, relacionadas com a comunidade e o

meio ambiente.

No atual contexto do mercado, em que a concorrência se torna cada vez mais

presente e para as empresas se manterem ou se destacarem das demais, a

estratégia é criar, inovar, reinventar pensando sempre em alternativas que vão

atender o mercado consumidor passam pelo apelo a preservação ambiental e o

desenvolvimento de programas sociais visando a melhoria das condições de vida

pela sustentabilidade social e ambiental.

A discussão sobre a responsabilidade socioambiental praticada pelas

empresas ocupa um espaço cada vez maior e por isso este trabalho busca investigar

no meio acadêmico a relevância destas práticas e o quanto estas interferem no

processo de consumo, identificando os níveis de consumo responsável. Para tanto,

buscou-se pesquisa sobre a opinião dos alunos da univali.

A preocupação atual é do consumo responsável, não só dos consumidores,

mas em grande parte das empresas que tem como objetivo ajudar, fazer a diferença

e outras que vão para o mesmo caminho para o aumento financeiro. Com isso se

quer saber se as pessoas que tem o conhecimento das empresas que praticam, são

levadas a consumir os produtos destas empresas em benefício social e ambiental.

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Para tanto, surgiu a idéia em pesquisar sobre os hábitos de consumo na

comunidade acadêmica, partindo do principio que alunos e professores discutem em

sala de aula, com freqüência, sobre esta questão. A partir de um trabalho já

desenvolvido em 2006 no curso de Administração com Habilitação em Marketing

sobre a influência da Responsabilidade Social nos hábitos de consumo, procurou-se

com esta pesquisa incrementar a investigação, ampliando o tema para ética

socioambiental das empresas que atuam na área de higiene e beleza, registrando a

opinião dos acadêmicos do curso de Administração na Universidade do Vale do

Itajaí em Balneário Camboriu sobre suas práticas e o consumo responsável.

1.1 Tema:

O tema principal deste trabalho é o estudo dos hábitos de consumo

responsável e das praticas socioambientais nas empresas que atuam no ramo de

higiene e beleza, constituindo-se como um diferencial competitivo. A escolha por

essas empresas/industriais se dá pelo fato de serem conhecidas por muitas

pessoas, pela utilização dos canais de comunicação para a conscientização do meio

ambiente e social em suas ações.

1.2 Problema:

Gil (1987 apud Roesch, 1999 p. 91) define um problema de pesquisa como

uma “situação não resolvida que é o objeto de discussão, em qualquer domínio do

conhecimento”, partindo deste conceito Roesch (1999, p. 91) afirma que “problema

pode ser definido tanto a partir da observação, como da teoria, ou ainda de um

método que se queira testar”.

De acordo com os conceitos sobre um problema de pesquisa, este trabalho

pretende responder a seguinte questão: qual a expectativa e os hábitos de

consumo da comunidade acadêmica sobre o diferencial competitivo baseado

em ações de responsabilidade socioambiental oferecida pelas indústrias de

produtos de higiene e beleza?

Diante do exposto, são apresentados os objetivos desta pesquisa.

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1.3 Objetivo Geral:

Roesch (1999) define que objetivo geral é o desígnio do trabalho, com o

objetivo geral definido se define as etapas subseqüentes. Para conduzir a

elaboração de um projeto tem de haver objetivos viáveis: realizar um diagnóstico,

gerar soluções, formular um plano, implantar um sistema, avaliar um programa.

Analisar a expectativa e os hábitos de consumo da comunidade acadêmica

baseado em ações de responsabilidade socioambiental oferecida pelas indústrias de

produtos de higiene e beleza.

1.3.1 Objetivos Específicos:

Como objetivo geral é amplo e de difícil avaliação, se faz necessários os

objetivos específicos. Os objetivos específicos especificam a maneira de como se

pretende atingir o objetivo geral (ROESCH, 1999).

Verificar o perfil demográfico da comunidade acadêmica;

Identificar os hábitos de uso de produtos que apresentam ações de

Responsabilidade Socioambiental;

Avaliar a freqüência de consumo como um diferencial competitivo às empresas

na linha higiene e beleza.

1.4 Justificativa:

Com a concorrência crescendo cada vez mais, uma das estratégias é arriscar

no diferencial, na inovação, criatividade e apostar na mudança. Permitindo assim

que as empresas se diferenciem uma das outras, destacando-se e angariando a

adesão de clientes e novos mercados.

Mudança e concorrência são as palavras mais utilizadas no contexto atual do

mercado.

É a mudança o que sempre proporciona a oportunidade para o novo e o

diferente. A inovação sistemática, portanto, consiste na busca deliberada e

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organizada de mudanças, e na análise sistemática das oportunidades que tais

mudanças podem oferecer para a inovação econômica ou social. (DRUCKER,

2005).

Vive-se em uma época que se destaca a necessidade das pessoas serem

criativas, o que torna-se uma estratégia contra o mercado altamente competitivo, ou

seja, que tanto a organização como cada pessoa seja capaz de fazer as ideias

acontecerem. Ideias que são o fluido vital de um negócio.

De acordo com Campos (2001) o único diferencial competitivo nas

organizações no atual ambiente de turbulência máxima é o homem. Aquele que

apresentar mais inconformismo com os processos, política, objetivos e estratégias

da organização deverá ser reconhecido como o de maior potencial a ser explorado.

Acredita-se que a criatividade esta voltada para o desenvolvimento de novos

produtos e serviços e com novas propostas de produção e comunicação.

Como se fala muito em sustentabilidade, tanto social quanto ambiental,

muitos projetos possuem o apelo da ética sócio ambiental oferecendo ao mercado

produtos ambientalmente corretos. Isso faz com que outras empresas também

queiram mostrar ao consumidor que também são ecológicas pelo simples fato de

querer aumentar suas vendas. E quem sofre com isso é o consumidor, que não tem

como se esquivar de tantas promessas, sejam, elas verdadeiras ou falsas.

A razão de fazer este trabalho é de poder conhecer os consumidores e o que

faz com que são levados a consumir um produto ecologicamente correto de outro

não ecologicamente correto. E na situação atual do planeta, o fato de ser

ecologicamente correto e o peso que ela tem na administração em gestão

empreendedora, partindo do principio que o administrador desta área precisa ser

portador do espírito crítico e inovador e preocupar-se com a ética e práticas

socialmente responsáveis, que contribuam para o sucesso das organizações.

1.5 Contexto do ambiente de estágio:

Como a pesquisa foi realizada na Universidade do Vale do Itajaí, buscando a

opinião da comunidade acadêmica, apresenta-se os dados institucionais:

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A Universidade do Vale do Itajaí (Univali) é uma das maiores instituições de

ensino superior do Brasil. Localizada no litoral de Santa Catarina, está presente nas

cidades de Itajaí, sendo o primeiro e maior campus da instituição, Balneário

Camboriú, Biguaçu, Piçarras, São José, Tijucas e Florianópolis – Unidade Ilha.

São mais de 25 mil alunos, que contam com 170 mil m2 de área construída,

485 salas de aulas e 950 salas e laboratórios. A Univali possui espaços reservados

às atividades práticas, como clínicas, agências, escritórios, teatro, auditórios,

ginásios de esporte e quadras poliesportivas, piscina e oito bibliotecas.

A visão da Univali é ser reconhecida como Universidade de excelência na

atividade de ensino, no desenvolvimento e na divulgação de pesquisas e na gestão

criativa e empreendedora de projetos sociais.

Sua missão é produzir e socializar o conhecimento pelo ensino, pesquisa e

extensão, estabelecendo parcerias solidárias com a comunidade, em busca de

soluções coletivas para problemas locais e globais, visando à formação do cidadão

crítico e ético.

Seus valores são: respeito ao pluralismo de idéias, o compromisso social com

o desenvolvimento regional e global, a produção e uso da tecnologia a serviço da

humanização, a ética no relacionamento e a formação e profissionalização de

vanguarda.

O curso de Administração com Ênfase em Gestão Empreendedora e/ou

Recursos Humanos tem como missão: formar profissionais hábeis e competentes

em Administração, com espírito crítico e inovador, ética e socialmente responsáveis,

que contribuam para o sucesso das organizações.

1.6 Organização do trabalho:

Este trabalho está dividido em 5 partes.

No capítulo 1, apresenta-se a Introdução busca dar uma breve visão sobre

responsabilidade socioambiental, discutindo também o problema de pesquisa, o

objetivo geral e os específicos e a justificativa do trabalho.

No capítulo 2, a Fundamentação Teórica que tem como objetivo principal a

investigação da literatura e apresentação da base teórica para o desenvolvimento da

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pesquisa sendo abordados temas como: Administração, Criatividade e Inovação,

Estratégia, Vantagem Competitiva, Comportamento do Consumidor e

Responsabilidade Social e Ambiental.

No capítulo 3, a Metodologia que se refere ao esclarecimento dos processos

metodológicos para o desenvolvimento da pesquisa. Nesta parte são levantados a

Tipologia de pesquisa, Sujeito de estudo, Instrumentos de pesquisa, Análise e

apresentação e Limitação da pesquisa.

No capítulo 4, os Resultados, que contém a análise dos dados pesquisados.

No capítulo 5, as Considerações finais, se refere as conclusões que o

pesquisador identificou ao longo do estudo.

O Apêndice A, contém o questionário utilizado para fazer a pesquisa deste

trabalho.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

É a parte do projeto que ocupa grande parte do tempo, pois consiste na

seleção, leitura, interpretação e discussão das obras referentes ao tema escolhido.

(ROESCH, 1999, p.85)

No quadro 1, são apresentados os principais temas e respectivos autores

utilizados na revisão bibliográfica.

Temas Autores Síntese de idéias

Administração

Chiavenato (1999, 2003) Dias (2006)

Drucker (1984 e 2000) Gil (2001)

Lemes Junior (2002) Martins (2005)

Maximiano (2000) Moreira (2004) Kotler (2000) Viana (2000)

Conceito de Administração e suas áreas de atuação

Recursos Humanos, Marketing, Produção,

Financeira e Materiais

Criatividade e Inovação

Alencar (1972, 1995, 1996) Bosticco (1975)

Fernandes (1999) Kao (1987) King (1999)

Pinchot e Pellman (2004) Wechsler (2002)

Conceito de Criatividade e Inovação e sua

importância nas empresas

Estratégia Mintzberg (2006)

Porter (1999) Conceitos da estratégia

Vantagem Competitiva Campos (2001)

Prahalad e Ramaswamy (2004)

Conceitos de Vantagem Competitiva

Comportamento do Consumidor

Engel (2000) Giglio (2002)

Karsaklian (2000)

Conceito e definição de comportamento do

consumidor

Responsabilidade Social e Ambiental

Ashley (2005) Barbieri (2004) Karkotli (2006) Ottman (1994) Pringle (2000)

Conceito de Responsabilidade Social e

Ambiental e sua importância nas empresas e para os consumidores

Quadro 1: Pressupostos Teóricos Fonte: Elaborado pela acadêmica

De acordo com os objetivos da pesquisa, os pressupostos teóricos

demonstram como fio condutor o expediente das organizações e em especial as

prestadoras de serviços em administração. Para tanto o quadro nº 01 indica como o

primeiro tema a Administração e sua evolução como uma ciência social aplicada, na

qual é apresentado a seguir.

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2.1 Administração

No conceito de Drucker (2002) administração compõe a função social, que

está enraizada na tradição de valores, hábitos, crenças, sistemas governamentais e

políticos. Composto por um conjunto organizado de conhecimentos e sendo

aplicável em toda parte, com isso a administração constitui cultura.

Chiavenato (2003) aborda administração como sendo nada mais do que a

condução das atividades de uma organização seja lucrativa ou não-lucrativa. Trata-

se do planejamento, da direção e controle de todas as atividades que ocorrem

dentro de uma organização.

De acordo com Maximiano (2000), administração é o processo de tomada de

decisões que resultem em realizações de ações dos quatro principais processos que

estão interligados. São eles: planejamento, organização, direção e controle,

mostrado na figura 1. Há também outros processos importantes que colaboram para

a concretização dos quatro processos principais: coordenação, direção,

comunicação e participação.

Figura 1: Processo administrativo Fonte: Adaptado de Maximiano (2000)

“Administrar é o processo de tomar realizar e alcançar ações que utilizam recursos

para alcançar objetivos”. (MAXIMIANO, 2000, p. 25) O que torna as organizações

mais ou menos capazes de usar seus recursos corretamente para alcançar seus

objetivos, é como são administradas.

Planejamento

Organização

Direção

Controle

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Para Drucker (2002) Administrar significa assumir tarefas, significa disciplina,

mas também significa gente. Cada realização e cada fracasso é a realização ou

fracasso de um administrador. São pessoas que administram, não forças ou fatos.

A prática da administração pode ser observada nas diferentes áreas de atuação:

Recursos Humanos, Marketing, Produção, Materiais e Finanças.

a) Recursos Humanos

Segundo Gil (2001) na década de 60, foi quando se começou a falar em

administração de recursos humanos, que substituiu as expressões Administração de

Pessoal e Relações Industriais, utilizadas pelas organizações. Mas é no final do

século XX que a expressão Gestão de Pessoas aparece e tem similaridades com as

outras expressões tais como Gestão de Talentos, Gestão de Parceiros e Gestão do

Capital Humano.

Para Chiavenato (1999) a Gestão de Pessoas está no contexto de que é

representado pelas organizações e pelas pessoas, ou seja, as organizações são

compostas de pessoas e dependem delas para alcançar seus objetivos e cumprir

suas missões.

A expressão Gestão de Pessoas substitui a Administração de Recursos

Humanos, é a mais comum entre as utilizadas para nomear o modo de se lidar com

as pessoas nas organizações. E abrange um amplo leque de atividades. O gestor de

pessoas continua sendo um Administrador de Recursos Humanos, mas necessita

desenvolver novas atitudes e posturas (GIL, 2001).

b) Marketing

É comum o marketing atualmente ser compreendido apenas pelo antigo

sentido de fazer uma venda, pois todo o dia as pessoas são bombardeadas por

comerciais de televisão, anúncios de jornal e campanhas de mala direta. Mas

marketing também é o novo sentido de satisfazer as necessidades do cliente, com

um bom trabalho de identificação das necessidades, desenvolver produtos de valor

superior, apreçá-los, distribuí-los e promovê-los com eficiência, estes produtos serão

vendidos com facilidade. (KOTLER, 2000).

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Maximiano (2000) define que a área de marketing é responsável pelas

relações da empresa com o mercado. Sua tarefa na área de marketing é a definição

da forma como a empresa irá se relacionar com seus mercados e clientes, para isso

ela se utiliza do composto de marketing ou também conhecido marketing mix. O

composto de marketing é composto pelo chamado 4P‟s: produto, preço, praça e

promoção. O modo pelo qual essas quatro decisões são tomadas e coordenadas

com as decisões de outras áreas da empresa é que define a estratégia de marketing

da empresa.

Kotler (2000) define marketing como o processo social e gerencial através do

quais grupos e pessoas conseguem aquilo de que necessitam e que desejam,

criando e trocando produtos e valores com outro, como isso se têm os termos

trabalhado pelo marketing que são: necessidades, desejos e demandas; produtos;

valor, satisfação e qualidade; troca, transações e relacionamentos; e mercados.

c) Produção

A administração da produção é relacionada às atividades voltada à produção

de um bem físico ou prestação de um serviço. “Administração da Produção e

Operações é o campo de estudo dos conceitos e técnicas aplicáveis à tomada de

decisões na função de Produções (empresas industriais) ou Operações (empresas

de serviços)” (MOREIRA, 2004, p. 3)

d) Financeira

“A administração financeira é a arte e a ciência de administrar recursos

financeiros para maximizar a riqueza dos acionistas” (LEMES JUNIOR, 2002, p. 5).

A administração financeira é exercida em várias organizações, como:

indústria, comércio ou serviços, empresas estatais ou privadas, com ou sem fins

lucrativos, escolas, hospitais, clubes e outros. O principal responsável pela criação

de valor da empresa é o administrador financeiro.

e) Materiais

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Para Viana (2000) o ponto fundamental da administração de materiais é

determinar quando e quanto se vai adquirir para a reposição do estoque, a meta

primordial é chegar ao equilíbrio ideal entre estoque e o consumo.

A partir do conhecimento das necessidades dos clientes, sejam eles internos

ou externos, deve-se analisar se poderá atendê-los com os estoques existentes ou

terá de começar o processo de reposição de material, com a compra de produtos

fornecidos por terceiros, ou de produção própria. (MARTINS, 2005)

Dias (2006) o sistema de materiais tem de estabelecer uma conexão que vai

desde a previsão de vendas, planejamento de produção, até a produção e

terminando na entrega do produto final. Conhecendo as necessidades reais da

empresa, se adaptando as variações e restrições do mercado é fundamental. “Pode-

se com isso dividir o “bolo” em quantas fatias forem necessárias e, mais importante

ainda, definir a espessura de suas fatias” (DIAS, 2006, p. 16)

Para a realização de suas operações Viana (2000) estabelece os principais

recursos: Recursos matérias que conglomeram os aspectos materiais e físicos;

Recursos financeiros que compõem todos os aspectos relacionados com o dinheiro;

Recursos humanos que é toda a forma de atividade humana; Recursos

mercadológicos que compõem toda a atividade do atendimento de clientes e

consumidores; Recursos administrativos que é todo o plano administrativo e

gerencial.

O sistema de materiais pode ser dividido em: controle de estoques; compras;

almoxarifado; planejamento e controle da produção; importação; transportes e

distribuição. (DIAS, 2006)

2.1.1 O comportamento das organizações para o século XX

Sabe-se que o século passado foi dominado por um único tipo de

organização, a burocrática estática. Com essa postura as organizações estão sendo

obrigadas a se reformular para sobreviver e prosperar. Entre todas as forças que

impulsionam à mudança radical, se incluem a tecnologia, competição, excesso de

ofertas, globalização, expectativas dos clientes, participação governamental. Com

passar do tempo em que as organizações se tornam mais complexas internamente,

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suas relações externas com o mundo também se tornaram complexas. (CAMPOS,

2001)

O conceito do „homem ideal‟ procurado pela sociedade moderna mudou de

um que é „enciclopédia ambulante‟ para um homem preparado para solucionar

problemas. Pode-se dizer que o valor do ser humano está na sua criatividade e

habilidade em solucionar problemas, e solucioná-los cooperativamente, que é a

chave para a sobrevivência de uma organização a longo prazo. Mais importante

ainda, a solução de problemas promove o ser humano através do aumento da

motivação e das habilidades dos membros da organização (ALENCAR, 1996, p. 3)

Para O‟Brien (1995 apud CAMPOS, 2001) afirma que as organizações têm de

apresentar quatro capacidades para a mudança necessária para o século XXI,

conforme figura 2:

Figura 2: As quarto capacidades para a mudança necessária para o século XXI Fonte: Adaptado de Campos (2001)

Para o século XXI é necessário que se tenha quatro capacidades para se ter

a mudança. Anteriormente o poder ficava concentrado em uma pessoa, mas para o

século XXI o poder tem de ser descentralizado, ter a capacidade de entender e

1. Aprender a dispersar poder de maneira ordenada,não-caótica, que significa aplicar o repotenciamento”(empowerment), isto é, simplesmente conceder opoder, de modo que a autodisciplina possa em grandeparte substituir a disciplina imposta;

2. O entendimento sistêmico, significando entendersistemas e suas inter-relações;

3. Capacidade de conversação, que constitui a maiorferramenta de aprendizado da organização -- maisimportante do que computadores ou pesquisasofisticada;

4. A adesão voluntária, segundo a qual a maioria denossos líderes deve conquistar seguidores de formaespontânea e não pensar em termos de controlá-los.

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trabalhar com sistemas, a comunicação para aprender e também passar

conhecimento e ter a capacidade de ser líder.

O papel do administrador é de extrema importância neste contexto de intensa

competitividade, as quais levam as empresas criarem mecanismos flexíveis para

resistir a pressão do mercado. O administrador tem que estar preparado, criando

novas soluções para resoluções dos problemas, agregando ao seu conhecimento à

criatividade nos negócios, sabendo estimular a sua equipe, criando ambientes

propícios a inovação e fazendo frente as barreiras que impedem o exercício do

potencial criativo nas empresas. (CAMPOS, 2001).

Toda prática se baseia na teoria, mesmo que o próprio praticante não se dê conta disso. A prática do empreendimento está assentada numa teoria da economia e sociedade. A teoria vê a principal tarefa na sociedade, e especialmente na economia, como sendo a de fazer alguma coisa diferente e não a de fazer melhor o que já está sendo feito. (DRUCKER, p. 25, 2000)

Fernandes (1999) fala que o mundo passou da simplicidade para a

complexidade. Partimos da Era das máquinas onde as coisas eram simples. Os

problemas eram solucionados dividindo-os em partes. E essas partes eram como

peças de máquinas, cada qual com sua função. Quando acontecia algo, era a mente

lógica, que analisava e por fim descobria a peça, a parte que causara o problema.

Na atual circunstância o administrador compreende que desvendar outro jeito

de perceber os fatos do seu problema é o caminho a se tomar. O autor ainda

ressalta que o administrador perceberá que não se pode acarrear a empresa como

se não existissem outras empresas e que até mesmo outras profissões não têm

influência sobre o que ele faz.

A imprevisibilidade é a mais perfeita definição para complexidade, com isso

estar preparado para saltar para fora do habitual. E para que isso aconteça o

administrador terá que ter as habilidades de um empreendedor.

Pois para Drucker (2000) a inovação é instrumento dos empreendedores,

onde exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio ou serviço

diferente. “Os empreendedores precisam buscar, com propósito deliberado, as

fontes de inovação, as mudanças e seus sintomas que indicam oportunidades para

que uma inovação tenha êxito.” (DRUCKER, 2000, p. 25)

Os empreendedores querem mais. Não se satisfazem em meramente

melhorar o já existente, ou modificá-lo. Mas procuram criar novos e diferentes

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valores, e novas, diferentes satisfações, transformando um material em um recurso,

ou combinando recursos que já existentes resultando em um formato novo e mais

produtivo.

É a mudança o que sempre proporciona a oportunidade para o novo e o diferente. A inovação sistemática, portanto, consiste na busca deliberada e organizada de mudanças, e na análise sistemática das oportunidades que tais mudanças podem oferecer para a inovação econômica ou social. (DRUCKER, 2000, p. 45)

Bosticco (1975) escreve de maneira simples como ocorre o nascimento e

morte das empresas. Como uma centelha no cérebro de um homem de negócios é

onde as empresas começam, posteriormente serão necessárias outras idéias para

ampliara o negócio, a criação de novos produtos e encarar a competição. Esta última

se torna mais intensa gradualmente, e mais idéias se tornam indispensáveis para se

manter evitar fechar as portas. Assim o negócio morre, quando as idéias novas

deixam de fluir.

2.2 Criatividade e inovação nas organizações

Criatividade e inovação são repetidamente usadas como sinônimos e atribui-

se isto à confusão do conceito. A criatividade e inovação abrangem esforços

individuais ou de equipe, desde que tenham individualmente ou coletivamente

personalidade e conjunto de traços e capacidades singulares. Qualquer pessoa tem

a capacidade de ser criativa em qualquer lugar, essa capacidade pode ser

fortalecida desde que a pessoa estiver consciente de quanto ela poderá ser criativa,

trabalhando num ambiente que apóia e nutre a criatividade. “As capacidades

criativas de uma pessoa podem ser ainda mais desenvolvidas se intensificamos o

uso e a prática, o treinamento formal e informal e através do suporte de colegas e

gerentes.” (KING, 1999, p. 11)

Muitas são as definições propostas para o termo criatividade. Analisando-as, pode-se constatar que não há acordo quanto as significado exato do termo, nem consenso se seria uma habilidade distinta da inteligência, ou, pelo contrário, uma faceta da inteligência que não tem sido avaliada tradicionalmente pelos testes de inteligência. (ALENCAR, 1995, p.15)

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“A criatividade tem sido estudada e definida de diversas maneiras, o que

sugere a existência de um fenômeno complexo, com múltiplas facetas.” (WECHSLER,

2002, p. 25). Nas definições mais antigas sobre criatividade encontra-se o termo

latino creare que significa fazer e o termo grego krainen que significa realizar. As

duas definições demonstram a constante preocupação com o que se faz e com o

que se sente. Como pensar, produzir e realizar criativamente.

No ponto de vista de Matisse (apud Alencar, 1995) “criar é expressar o que se

tem dentro de si, devendo ser a concepção criativa, sempre original e individual, uma

vez que todo esforço autêntico de criação é interior.” Entretanto, coforme o mesmo

autor, há um consenso de que criatividade é a capacidade de as pessoas gerarem

novos projetos, produtos ou idéias que, até o momento da geração, eram

completamente desconhecidos do criador.

Wechsler (2002) fala que as principais linhas de investigação da criatividade

podem ser agrupadas da seguinte maneira: processos de pensamento criativo;

modalidades da produção criativa; características da personalidade criativa; tipos de

ambientes facilitadores da criatividade combinações entre quaisquer dessas formas.

A autora ainda diz que a abordagem

explica a criatividade como produto prioriza a originalidade deste para o indivíduo ou a sua relevância para o meio social. O produto criativo pode ser avaliado sob diversas formas, principalmente pelo impacto que causa em áreas específicas do conhecimento, ou pelo preenchimento de necessidades sociais existentes. (WECHSLER, 2002, p.25).

Ao analisar a questão da criatividade na conjuntura das organizações,

(ALECAR, 1996) é indispensável lembrar que são vários os fatores que contribuem

para a sua expressão. Alguns desses fatores dizem respeito à própria empresa e

outros ao indivíduo. Dentre as características da organização que afetam o grau de

abertura à expressão da criatividade, destacam-se dois domínios.

Como mostra a figura 3.

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Figura 3: Características da organização Fonte: Adaptado de Alencar (1996)

Dependendo das características da cultura e do clima prevalecentes na instituição, um maior ou menor número de barreiras que bloqueiam a criatividade podem ser observadas, como a rigidez da organização, atitudes excessivamente autoritárias aliadas a uma série de práticas organizacionais, que tendem a inibir a maior parte das expressões de novas idéias. (ALENCAR, 1996, p. 22)

2.2.1 A Era da Criatividade

O mundo dos negócios já se lançou em uma nova luta. As antigas buscas: o

capital, matéria prima, tecnologia de processos, essas continuam eternas, mas hoje

as empresas buscam uma nova vantagem: delicada, perigosa e absolutamente vital,

ou seja, a vantagem da criatividade. Essa nova era criativa foi possível pela

tecnologia da informação, expandindo drasticamente o espaço para o pensamento

especulativo (KAO, 1997).

A tecnologia da informação está evoluindo, transformando-se em tecnologia de relacionamentos, facilitando o fluxo de interação criativa através de redes de comunicação baseadas em computador, groupware, agentes cada vez mais inteligentes, representação do conhecimento e sistemas gerencias, sistemas de videoconferência e convergência de diferentes formas de meios de comunicação tradicionais. (KAO, 1997, p. 4 e 5)

Com o desenvolvimento tecnológico e também científico, o conhecimento tem

se tornado arcaico em um período muito curto, exigindo uma aprendizagem contínua

e permanente. Como não é possível prever o conhecimento necessário para o

futuro, o desenvolvimento de habilidades que ajudem o indivíduo a se adaptar com

facilidade ao novo e às circunstâncias assinaladas pela mudança, incerteza e

A

•A cultura organizacional, que inclui os sistemas de crenças,normas, sentimentos e valores compartilhados pelos membros daorganização e se espelha nas ações, especialmente daquelesque estão no topo da organização.

B

•O clima psicológico, predominante na instituição e que tambémengloba diferentes dimensões, como o estímulo aocomportamento de correr riscos, o grau em que possibilita aosfuncionários liberdade para inovar e a extensão em que estimulaa expressão de opiniões.

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complexidade, torna-se indispensável. E com isso a criatividade tem sido apontada

como a habilidade de sobrevivência para o próximo milênio. (ALENCAR, 1996)

O simples acesso as informações, não confere o poder automaticamente

como acontecia nas empresas quando empregavam sistemas intricados de controle,

sendo esse para fornecer, racionalizar ou até mesmo negar acesso. “A variável

crucial no processo de transformar o conhecimento em valor é a criatividade. Mais

importante do que a própria ferramenta é a aplicação que damos a ela”. (KAO, 1997,

p. 7).

As necessidades e desafios gerados pelas características deste final de milênio não tiveram ainda um impacto no contexto escolar, que não vem desenvolvendo o talento criativo tampouco tem estimulado nos alunos características como persistência, autoconfiança, independência, disposição para aprender a partir dos próprios erros – importantes para se lidar de maneira mais eficaz com novos problemas. (ALENCAR, 1996, p. 6)

Fitzgerald (apud KAO, 1997) menciona que é a capacidade de manter duas

ideias contraditórias simultaneamente em sua mente. A criatividade é capaz de

causar esse efeito, contradição e a divergência geram perplexidade, tensão e stress.

E o desejo quase instintivo de superar ou abraçar a contradição só pode ser atingido

através da criatividade.

Quando é percebida pelos que trabalham em um ambiente quais os objetivos

dos projetos são claros, desafiadores e interessantes, onde se tem a autonomia em

decidir a direção de seu trabalho e suas metas. Onde as novas ideias são

encorajadas, sem prazos impossíveis ou limitações, onde todos estão dispostos a

cooperar para o alcance dos objetivos e produzirão ideias criativas. (ALENCAR,

1996)

Verifica-se que no ambiente ideal à criatividade a linha de investigação visa

demonstrar as possibilidades de estimular o desenvolvimento do potencial criativo

nos diversos contextos de interação humana. A importância do ambiente que

estimule o aparecimento e desenvolvimento do potencial criativo tem sido um dos

fatores mais investigados. (WECHSLER, 2002)

Algumas o razões para categorizar a era da criatividade são descritas por

Kao (1997), como mostra a figura 4.

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Figura 4: Razões de estarmos na era da criatividade. Fonte: Adaptado de Kao (1997)

O fatores elencados Kao (1997) sobre a era da criatividade dão suporte aos

conceitos sobre o pensamento criativo.

2.2.2 O pensamento criativo

Pensamento criativo é um processo que pode levar indivíduos e equipes a

resultados mais criativos. Maneiras de pensar testadas e aprovadas, baseadas em

experiências do passado, nem sempre produzem os resultados desejados no mundo

1• Esta é a era da criatividade porque é para lá que a tecnologia da informática deseja quecaminhemosem seguida;

2

• Esta é a era da criatividade porque é a era do conhecimento. E em uma era que privilegia oconhecimento, a criatividade agrega o valor ao conhecimento e o torna progressivamente maisútil;

3• Esta é a era da criatividade porque, cada vez mais, as empresas são obrigadas a reinventarrapidamente a si mesmas para crescer;

4• Esta é a era da criatividade porque muitos trabalhadores sentem-se atualmente aptos a tarefascriativas e as pessoas talentosas têm uma mobilidade nunca antes vista

5• Esta é a era da criatividade devido à nova supremacia do projeto;

6

• Esta é a era da criatividade porque houve uma mudança de regime no mercado. Agora, o clienteé o chefe --- escolhendo, exigindo e tão leal quanto lhe convém. O novo chefe faz apenas umapergunta: o que você pretende fazer por mim amanhã? Somente a criatividade é capaz deresponder.

7

• Esta é a era da criatividade porque, cada vez mais, a competição global trata implicitamente dacapacidade de uma nação de mobilizar suas idéias, talentos e organizações criativas. Umaempresa que ignora o mapa global da criatividade está ignorando um importante conjunto deconsiderações estratégicas.

8• Esta é a era da criatividade porque a gerência está transformando seu papel de controladora ememancipadora --- da criatividade. Essa é a nova mentalidade gerencial.

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atual de mudanças dinâmicas. As organizações precisam de pensamento criativo

para solucionar com êxito problemas incomuns e que requerem soluções diferentes

daquelas utilizadas no passado.

O pensamento criativo envolve experimentação, hipótese, especulação e ensaio e erro. O pensamento criativo é normalmente descrito como pensamento divergente. Este conceito enfatiza a criação profunda de possibilidades e de ideias originais e singulares. Embora o processo não seja plenamente compreendido, seu produto ou saída é freqüentemente novo e desvenda formas interessantes de fazer negócio, ver problemas e de se relacionar com pessoas. (KING, 1999, pg. XII)

No quadro 2 mostra que os comportamentos e atitudes de indivíduos podem

influenciar a organização e que os indivíduos podem ser influenciados pelo sistema

organizacional. A partir disso, a criatividade pode ser estimulada ou não diante de

crenças, valores e comportamentos.

Quadro 2: Organização e Indivíduo Fonte: Adaptado de Alencar (1996)

Alencar (1996) destaca que criatividade acontece, no contexto social e

depende de processos de pensamento que têm suas raízes mais profundas na

cultura. Que podem ser desde as normas como as tradições, os valores, os tabus,

os sistemas de incentivo e punições afetam sua expressão.

Como refere STEIN (1974 apud ALENCAR 1996) estimular a criatividade

envolve não apenas estimular o indivíduo, mas também afetar o seu ambiente social

as pessoas que nele vivem. Se aqueles que circundam o indivíduo não valorizam a

criatividade, não oferecem o ambiente de apoio necessário, não aceitam o trabalho

criativo quando este é apresentado, então é possível que os esforços criativos do

indivíduo encontrem obstáculos sérios, senão intransponíveis.

Organização Indivíduo

Atitudes e comportamentos do indivíduo influenciam e são

influenciados pelo sistema organizacional.

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2.2.3 Inovação

Inovação não é apenas privilégio de grandes organizações, já que muitas

vezes é mais trabalhoso de se implantar novas ideias em uma grande empresa

devido à sua complexidade, à quantidade de pessoas envolvidas, às normas e às

regras (SILVA, 2003).

O autor ainda ressalta sete razões para a empresa inovar: desenvolver a

economia; gerar empregos; ter vantagens competitivas; aumentar a margem de

lucro; melhorar fracos desempenhos; aproveitar oportunidades, obter bons retornos

etc.

Pinchot e Pellman (2003) ainda complementam a ideia já abordada

anteriormente referente em se ter um diferencial, afirmando que a inovação é

necessária como o ponto diferencial na oferta, como meio de localizar e preencher

nichos ainda não conquistados no mercado e como forma de manter-se atualizados

em relação à produtividade da concorrência. Para manter a posição já conquistada

no mercado, é preciso ter a capacidade de inovar rapidamente.

Com a importância da inovação para o sucesso dos negócios em

crescimento, as empresas se arriscam para encontrar formas de obter inovação com

eficácia. À medida que se avança na era da informação, parte do orçamento de

qualquer empresa designada à inovação é cada vez maior. Com isso, valorizar o

capital investido em esforços de inovação passou a ser a marca de liderança.

Gerenciar a inovação não é fácil para as empresas, já que persistem em

seguir uma visão de que os resultados surgem segundo o planejado. Uma vez que a

inovação requer a exploração de territórios desconhecidos, o planejado não se

encaixa. O sucesso não depende da rápida aprendizagem e da pronta resposta ao

novo aprendizado e não da certeza de estar com razão. E como as inovações não

sucedem conforme o planejado é um desafio para os estilos tradicionais de

gerenciamento.

A figura 5 a seguir representa o que é necessário para se ter, fazer a

inovação.

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Figura 5: Fontes necessárias à inovação Fonte: Adaptado de Alencar (1996)

Para se ter ideias é necessário que se tenha fontes como: material,

conhecimento, ambiente propício. E para se ter uma ideia inovadora também é

necessária algumas fontes como: Ideia criativa, recursos materiais, conhecimento e

motivação.

2.3 Estratégia Organizacional

A estratégia não tem uma única definição, diversos autores usam diferentes

termos. Há autores que englobam metas e objetivos como parte da estratégia e

objetivos, enquanto outros fazem definições díspares entre elas.

Estratégia é focada de maneiras distintas para Mintzberg (2006) como sendo

plano, pretexto, padrão, posição e perspectiva. Para muitos a estratégia é

considerada um plano para lidar com a circunstância, prontamente por se tratar de

uma ação pretendida conscientemente, uma diretriz. Assim como uma criança tem

uma estratégia de como superar o obstáculo para conseguir o que quer, a

corporação tem uma estratégia para capturar o mercado. Uma estratégia pode ser

um pretexto, ou seja, uma manobra para que um concorrente seja sobrepujado.

Portanto estratégia também pode ser um padrão, “quando Picasso pintou

quadros azuis por um período, foi uma estratégia, assim como foi estratégia o

Vantagem Competitiva e/ou outros

Inovação

Recursos Materiais

Conhecimento Ideia Criativa Motivação

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comportamento da Ford Motor Company, quando Henry Ford oferecia o modelo T

apenas na cor preta.” (MINTZBERG, 2006, p. 24)

Como posição a estratégia se torna um “meio de localizar uma organização

naquilo que os teóricos organizacionais gostam de chamar de ambiente.”

(MINTZBERG, pg. 26, 2006) Ainda que posição possa ser definida em analogia a um

competidor, também pode considerar diversos competidores ou simplesmente em

relação aos mercados ou um ambiente como todo. Nada mais é que “olhar para as

organizações em seus ambientes competitivos.” (MINTZBERG, 2006, p. 28) De

forma que a posição tem o olhar voltado para fora da organização, corporação, ou

seja, o ambiente externo.

Contudo a estratégia como perspectiva é “não apenas de uma posição

escolhida, mas também de uma maneira fixa de olhar o mundo” (MINTZBERG,

2006, p. 27), sendo de fundamental importância que a perspectiva é compartilhada

pelos membros da organização, a partir de suas intenções e ações. Tornando assim

a organização uma mente coletiva, onde a questão levantada é de como as

intenções se fundem por meio de um grupo de pessoas para serem compartilhadas

como normas, valores e valores de comportamento tornam-se profundos na

organização.

Porter (1996, apud Mintzberg, 2006) diz que estratégia é a criação de posição

de valor e único, envolto de um conjunto de atividades distintas. “Se houvesse

apenas uma posição ideal, não haveria necessidade de estratégia.” Para Porter

(1996, apud Mintzberg, 2006, p. 36) Escolher atividades que sejam diferentes das

atividades dos concorrentes é a essência do posicionamento estratégico.

Assim como estratégia é fazer intercâmbio ao concorrer. “Sem intercâmbios

não haveria necessidade de escolha, conseqüentemente, de estratégia. Qualquer

boa idéia poderia e deveria ser rapidamente imitada.” PORTER (1996, apud

MINTZBERG, 2006, p. 37)

“A essência da formulação estratégica consiste em enfrentar a competição.”

(PORTER, 1999, p. 27). O autor conceitua que o lema da estratégia competitiva

nada mais é que ser diferente, ou seja, escolher de forma a definir um conjunto

diferente de atividades para proporcionar um único mix de valores. “A cadeia de

valores de uma empresa é um sistema de atividades interdependentes conectadas

por elos. Os elos surgem quando a maneira como uma atividade é desempenhada

afeta o custo ou a eficácia de outras.” (PORTER, 1999, p. 85)

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Na luta por uma fatia do mercado, a competição não se revela apenas na

figura dos outros participantes. A competição em determinado setor está enraizada

na sua economia que não se manifesta claramente. Clientes, fornecedores, novos

concorrentes em potencial, produtos substitutos, são todos concorrentes sendo mais

ou menos visíveis, ou ativos, conforme o setor atuante. O autor determina que o

estado da competição de um setor depende de cinco forças básicas como mostra a

figura 6.

Figura 6: Cinco forças básicas da competição em um setor Fonte: Adaptado de Porter (1999)

2.3.1 Vantagem competitiva

O conceito de Porter (1999) a competitividade de um país está diretamente

ligada a capacidade de sua indústria de inovar e melhorar. As empresas alcançam

uma posição de vantagem em relação aos melhores competidores do mundo em

pretexto das pressões e dos desafios. Beneficiando-se da existência de rivais

internos, de uma base de fornecedores nacionais agressivos e de clientes locais

exigentes.

“A tendência mundial hoje também aponta para a competitividade total e as

organizações, por sua vez, deixaram de ser um mecanismo em que o homem é visto

como peça de sua engrenagem.” (CAMPOS, 2001, p. 9)

O setor

Ameaça de novos

entrantes

Poder de negociação

dos fornecedores

Ameaça de produtos ou

serviços substitutos

Poder de negociação dos clientes

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A vantagem competitiva é gerada e sustentada através de um processo

altamente localizado. As diferenças nos valores nacionais, a cultura, as estruturas

econômicas, as instituições e a história são fatores que contribuem para o êxito

competitivo. (PORTER, 1999, p. 167)

A vantagem competitiva no custo ou na diferenciação é função da cadeia de

valores da empresa. A posição de custo reflete o custo coletivo do desempenho de

todas as atividades de valor em comparação com o dos rivais. Cada atividade de

valor apresenta vetores que determinam as fontes potenciais da vantagem de custo.

Do mesmo modo, a capacidade da empresa em se diferenciar reflete a contribuição

de cada atividade de valor para a satisfação das necessidades dos compradores.

“As vantagens competitivas de uma localidade consistem na qualidade do

ambiente que ela proporciona para a consecução de níveis elevados e crescentes

de produtividade, numa determinada área de atuação.” (PORTER, 1999, p. 342)

A pesquisa de Porter destacou quatro aspectos de um ambiente nacional

sendo estadual ou local, que definem o contexto para o crescimento, a inovação e a

produtividade: condições dos fatores; o contexto para a estratégia e rivalidade; as

condições da demanda; e os setores correlatos e de apoio. Ao qual o autor

denomina de diamante. A figura 7.

Figura 7 Fontes da vantagem competitiva da localização Fonte: Adaptado de Porter (1999)

Estratégia e rivalidade da

empresa

Setores correlatos e

de apoio

Condições dos fatores

Condições da demanda

Contexto local que encoraje formas apropriadas de investimento e aprimoramento

sustentado

Quantidade e custo dos fatores Qualidade dos fatores Especialização dos fatores

Clientes locais e

exigentes

Necessidades dos clientes Demanda local

Massa crítica de fornecedores capazes, situados na localidade

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Predebon e Zogbi (2005) dão uma definição simples de que “concorrência é

tudo o que existe no mercado que tira a possibilidade do cliente de gastar seu

dinheiro na nossa loja.” E que no sentido mais restrito de concorrência, onde a

maioria das lojas em grandes centros urbanos, onde os negócios são muito similares

disputando os clientes. Com isso há vários tipos de ataques e as armas utilizadas

são preços, prazo de pagamento, serviços agregados, atendimento, especialização.

Somente com diferenciais competitivos em todos ou na maioria dos quesitos

mencionados anteriormente é que se consegue bons resultados.

A competição se intensificou de forma drástica ao longo das últimas décadas, em praticamente todas as partes do mundo. Não faz muito tempo, a competição era quase inexistente em muitos países e em vários setores. Os mercados eram, em geral protegidos e prevaleciam as posições de dominação. Mesmo quando existiam concorrentes, a rivalidade era menos intensa. (PORTER, 1999, p. 7)

Para Castells (1999 apud CAMPOS, 2001) “Nos últimos anos do século que

se encerrou, uma revolução com base na informação transformou nosso modo de

pensar, produzir, consumir, negociar, administrar, comunicar, viver etc.”

Nosso sistema industrial tem gerado mais bens e serviços do que qualquer outra época da história, distribuídos por meio de cada vez mais canais. Superlojas, butiques, varejistas on-line e estabelecimentos de descontos proliferam por toda parte, oferecendo milhares de produtos e serviços distintos. Essa variedade de produtos e serviços é sobrepujante para os consumidores. (PRAHALAD e RAMASWAMY, 2004, p. 15)

Prahalad e Ramaswamy também relatam a realidade atual em que os

consumidores têm acesso cada vez mais fácil, rápido e com baixo custo nunca visto

em nenhuma outra época, e isso se deve à programação dos telefones celulares,

web sites e canais de mídia. A preocupação com a competição que está mais

intensa a cada dia, mas as margens de lucro estão encolhendo. Agora os gestores

não podem mais se concentrar apenas nos custos, na qualidade de produtos e

processos, na velocidade e eficiência. E para alcançar o almejado crescimento

lucrativo, agora também devem dar atenção à busca de novas fontes de inovação e

criatividade. Para Campos se formou uma economia global dinâmica no planeta,

ligando pessoas e atividades importantes de todo o mundo, iniciando uma cultura

constituída em torno de um universo virtual cada vez mais interativo.

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De acordo com Campos (2001) o único diferencial competitivo nas

organizações no atual ambiente de turbulência máxima é o homem. Aquele que

apresentar mais inconformismo com os processos, política, objetivos e estratégias

da organização deverá ser reconhecido como o de maior potencial a ser explorado.

Revelar-se como um núcleo de ensino aprendizado é o novo conceito

formulado às organizações, onde o fluxo da informação fluirá em uma rede de

comunicação intensa de trocas, na qual ensina-se e aprende-se ininterruptamente.

Esse núcleo deve traduzir o verdadeiro compromisso das organizações para

com seus associados, clientes, fornecedores, acionistas, para com todos os grupos

de interesse na organização.

Com o conhecimento crescendo cada vez mais em menor tempo, as

organizações são obrigadas a seguir os mesmo ritmos. Tem de aprender cada vez

mais em menor tempo. “Esse aprendizado só tem sentido quando ocorre mais rápido

do que a concorrência.” (CAMPOS, 2001, p. 9 e 10) E a aquisição de vantagem

competitiva pelo meio da capacitação das pessoas a organização, esse qual reserva

desafios com os quais as organizações não estão totalmente à vontade.

Cabe-nos entender o significado de organização e seus propósitos. Analisar a

importância da criatividade e da inovação como resposta aos desafios oferecidos

pelo cenário convivido.

2.3.2 Comportamento do Consumidor

Engel (2000) descreve o comportamento do consumidor como atividades que

estão diretamente envolvidas em obter, consumir e dispor de produtos e serviços,

que abrangem os processos decisórios que antecedem e sucedem estas ações.

Segundo Giglio (2002) uma das teorias sobre o comportamento do

consumidor mais conhecida surge da economia. “O consumo é ditado por escolhas

racionais sobre a disponibilidade dos produtos e dos recursos necessários” (GIGLIO,

2002 pg. 53)

A soberania do consumidor apresenta um desafio formidável, mas o marketing especializado pode afetar tanto a motivação quanto o comportamento se o produto ou serviço oferecido for projetado para atender as necessidades e expectativas do consumidor. (ENGEL, 2000, p. 8)

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Karsaklian (2000) refere-se ao consumidor sendo uma parte do ser humano,

ou seja, faz parte de todos. Todos têm motivações para buscar determinadas

ambições, conquista de espaços e a realização pessoal.

O consumidor tem personalidade, com isso alguns consumidores têm maior

atração por determinado produto e menor atração por outro. O consumidor aprende,

ou seja, ele aprende o nome de produtos, de lojas e a sua localização. Como

também aprende a utilizar vários produtos, com isso se espelha neles. Mas o

consumidor é também um ser social, com isso, se submete a determinadas

circunstâncias e pressões que irão influenciar o seu comportamento. Há também

outros tipos de pressão que poderão influenciar o consumidor como a classe social a

qual está inserido, a cultura, os líderes de opinião.

Giglio (2002) mostra que o consumidor tem relações mútuas com o meio

ambiente em que vive, com a sua vida pessoal, a empresa e seus concorrentes. Ele

está inserido em um ambiente que estabelece vínculos de influências mútuas com

seus participantes, como mostra a figura.

Figura 8: O consumidor e seus vínculos Fonte: Adaptada de Giglio (2002)

Engel (2000) expõe que a tomada de decisão de um consumidor é

influenciada e moldada por vários fatores e determinantes, separadas em três

categorias sendo elas:

Consumidor

Grupo

Família

Vida Pesoal

Macroambiente

Econommia

Legislação

Tecnologia

Cultura

Política

Governo

Demografia

Concorrentes da empresa

Empresa

Produto

Comunicação

Distribuição

Pesquisa

Venda

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Diferenças individuais: que é composta por diferentes processos que são:

Recursos do consumidor; Atitudes; Motivação; e Personalidade, valores e estilo

de vida.

Influências ambientais: que é composta por: Cultura; Classe social; Influência

pessoal; Família e Situação.

Processos psicológicos: que é composto por: Processamento de informação;

Aprendizagem e Mudança de atitude e comportamento.

A figura 9 é um exemplo das etapas de tomada de decisão de um

consumidor.

Figura 9: A tomada de decisão do consumidor Fonte: Adaptada de Engel (2000)

O processo decisório começa quando uma determinada necessidade é

acionada e reconhecida de acordo com a oposição entre o estado desejado do

consumidor e a situação a qual se encontra. São vários fatores que podem acionar o

reconhecimento de necessidade.

A busca pela satisfação da necessidade acontecerá em seguida do

reconhecimento de necessidade, a busca pode ser de natureza interna ou externa.

Reconhecimento de Necessidade

Busca

Avaliação de Alternativa pré-compra

Compra

Consumo

Avaliação pós-consumo

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A avaliação de alternativa pré-compra é o estágio ao qual o consumidor irá

avaliar as alternativas para fazer uma escolha. Ao tomar a decisão o consumidor

pode utilizar vários critérios de avaliação, como por exemplo: preço, nome da marca

e país de origem.

A compra é uma função de dois fatores: as intenções de compra e as

influências ambientais ou diferenças ambientais. E a compra pode ser planejada ou

não-planejada.

O consumo, o comportamento de processo decisório não acaba uma vez que

a compra foi feita, mas ocorre mais uma avaliação de maneira a comparar o

desempenho do produto ou serviço com as expectativas. Sendo assim o resultado

poderá ser a satisfação que reforça a lealdade do comprador, ou a insatisfação que

leva a reclamação, tentativas na busca por reparação através de meios legais e a

boca-a-boca negativo.

2.3.3 A mudança do papel do consumidor

“A mudança mais básica decorreu da transformação do papel do consumidor

– de isolado para conectado, de desinformado para informado, de passivo para

ativo”. (PRAHALAD e RAMASWAMY, 2004, p. 16) Esse impacto é manifestado de

várias maneiras, essas são algumas que os autores examinaram: Acesso à

informação; Visão Global; Redes de contatos; Experimentação e Ativismo.

2.4 Responsabilidade Social

A responsabilidade social corporativa e a ética eram aceitas como doutrina

até o século XIX nos Estados Unidos e Europa. O direito de administrar negócios de

forma corporativa era de única responsabilidade do Estado ou da Monarquia e não

apenas um interesse econômico privado. Nas últimas décadas de estudos sobre

ética e responsabilidade social corporativa partindo da visão econômica clássica, a

empresa socialmente responsável é a que responde às expectativas dos seus

acionistas, está atenta para lidar com as expectativas de seus stakeholders atuais e

futuros.

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O conceito de responsabilidade social corporativa, com forte conotação

normativa e cercado de debates filosóficos sobre o dever das corporações de

promover o desenvolvimento social, passou a ser acompanhado, na década de

1970, do termo responsabilidade social corporativa. (ASHLEY, 2005, p. 49)

Com esse novo conceito já se tinha a necessidade de construir ferramentas

teóricas que pudessem ser testadas e aplicadas no meio empresarial. A questão

passou a ser como e em que medida a corporação pode responder suas obrigações

sociais, considerada seu dever.

O termo responsabilidade social é recorrente no Brasil, assim como as

expressões salário mínimo e governo. Há dez anos não se conhecia, mas desde

então se difunde com imensa rapidez. Crer-se que a razão para tal propagação tem

vários fatores como globalização e a concorrência mais acirrada; a eleição de um

partido do povo, implementação pelo governo do programa “Fome Zero”; a

necessidade de as empresas exportarem para países desenvolvidos que muitas

vezes exigem que a empresa exportadora seja responsável social e cumpra os

direitos humanos.

A inspiração vem dos modelos norte-americano e europeu, pois são os mais

avançados e inovadores. O resultado, com o conceito definido ou não,

responsabilidade social se tornou jargão econômico, social, administrativo,

comercial, político e até filantrópico do país.

Responsabilidade social não é sinônimo de social responsável, uma vez que

a primeira se define quando uma organização ou pessoa física entendê-la como o

verbo “ser”, responsável em qualquer momento, atitude, decisão, ou seja, em

primeiro lugar esta pessoa física ou jurídica pensará na sua responsabilidade para

com a sociedade num todo. (KARKOTLI, 2006, p.10)

Defrontamo-nos com o agravamento da desigualdade social, provocado pela

globalização. Que gera riqueza e que ao mesmo tempo é responsável pelo aumento

dos excluídos do processo social, fazendo assim o Estado uma participação mais

efetiva para requerer justiça social. Sendo este um assunto recente, teorizado e

colocado em prática na metade do século XX, época de revolução social e a criação

de novas organizações diante das falhas perpetradas pelo governo, que demonstrou

ser insuficiente como gerador das soluções dos problemas sociais.

Há alguns anos tanto em empresas como nas pessoas vem se criando

reflexões sobre o exercício da cidadania, como também a busca por maior

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conhecimento do assunto, as ONGs estão profissionalizando-se, parceiros e clientes

estão cobrando conduta social das empresas. Diante da concorrência, as empresas

precisam adotar estratégias para se manter em sintonia com o mercado, alternativas

de integração com seus públicos internos e externos.

Com o objetivo de melhorar a imagem de sua marca, produto ou serviço as

organizações públicas e privadas têm utilizado algumas formas de assistência social,

junto à comunidade e sociedade. Mas se esquecendo de ser responsáveis sociais.

É fundamental que as organizações assumam compromissos e responsabilidades em uma nova dimensão, que vá muito além do enfoque puramente financeiro, agregando novos valores empresariais e empreendedores, que considerem a vida social e a conduta ética da empresa, deixando de ser somente uma opção para fazer parte da sua missão, visão, estratégia e das suas práticas do dia-a-dia. (KARKOTLI, 2006, p.14)

2.4.1 Responsabilidade Ambiental

Para Barbieri (2004) os problemas ambientais são decorrentes do uso do ser

humano para obter os recursos necessários para produzir os bens e serviços dos

quais necessitam e dos descartes de materiais e energia não aproveitados pelo meio

ambiente.

A poluição ao meio ambiente pode ser controlada a partir do estabelecimento

de acordos com o modelo tecnológico que as empresas, indústrias devem adotar.

Isso compreende elementos físicos como máquinas, instalações, ferramentas,

materiais e outros elementos.

Para Ottman (1994) as preocupações com o ambiente vieram à tona nos anos

70, mas perdeu a força como respostas a inúmeras iniciativas legislativas destinadas

a corrigir os problemas. Contudo, inúmeros desastres e eventos ambientais no fim

da década de 80 recolocaram o ambiente em evidência.

Na tentativa individual de se protegerem e de protegerem o planeta, os

consumidores estão moldando uma nova tendência, a tendência do consumerismo

ambiental. Os produtos passam a ser avaliados com base na responsabilidade social

dos fabricantes e não mais apenas pelo seu desempenho ou preço. Os

consumidores estão comprando produtos os quais são considerados verdes e

deixando os outros na prateleira.

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2.5 Estratégias para o sucesso

Com a ajuda da criatividade, imaginação e, em alguns casos, novos materiais,

tecnologias, os fabricantes no mundo estão desvendando uma série de

oportunidades para produtos que agradam os consumidores e o meio ambiente.

Com esse processo economizam dinheiro, intensificam a imagem corporativa e de

marca enquanto abonam vendas futuras de seus produtos.

2.5.1 Casos de sucesso

São citadas algumas empresas nacionais que possuem e divulgam os programas de

responsabilidade socioambiental:

Natura

A Natura é uma empresa brasileira que atua no mercado de cosméticos,

vendendo produtos inovadores essencialmente produzidos com elementos naturais

tipicamente encontrados na flora brasileira. Fundada em 1969 por Antônio Luiz

Seabra, atualmente presente no Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru, Venezuela e

França, com planos de expandir para os Estados Unidos.

A companhia possui capital aberto desde 2004, com ações listadas no Novo

Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e possui ações altamente

valorizadas devido à sua imagem positiva e ao alto desempenho financeiro

apresentado.

É também a indústria líder no mercado de cosméticos, fragrâncias e higiene

pessoal, assim como no setor da venda direta, com o envolvimento de mais de 617

mil Consultoras e Consultores. Considerando a presença em todos os mercados em

que atua, a empresa possui atualmente mais de cinco mil colaboradores envolvidos

diretamente com sua produção.

A marca Ekos possui um modelo pioneiro de fazer negócios de forma

sustentável. Desenvolvemos produtos que mantêm a floresta em pé, em parceria

com 19 comunidades rurais, envolvendo um total de 1.714 famílias. São 14 ativos da

biodiversidade brasileira, cujo fornecimento e repartição de benefícios geraram

recursos de mais de R$ 8,5 milhões. Dessa forma, Natura Ekos apóia o

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desenvolvimento social, o fortalecimento da economia, a inclusão social e a

sustentabilidade ambiental destas comunidades.

Responsabilidade Socioambiental Natura

Ação Descrição

Programa

Carbono

Neutro

Meta de neutralizar todas as emissões de gases de efeito estufa – “GEE”, de suas atividades e produtos a partir de 2007, com a criação deste programa.

Tecnologia

Verde

Os produtos Natura Ekos são desenvolvidos a partir de tecnologias verdes, em busca da redução do impacto ambiental. Algumas tecnologias verdes de Natura Ekos: Álcool vegetal orgânico, PET reciclado, Rastreabilidade e certificação, Refil, Tabela ambiental, uso de ativos da biodiversidade brasileira, Vegetalização das formulas.

Quadro 3: Ações que a empresa Natura faz. Fonte: Adaptado Natura (2010)

O Boticário

O Boticário nasceu como uma farmácia de manipulação em março de 1977,

no centro de Curitiba. Durante seus 32 anos, evoluiu por diferentes cenários e

estratégias inovadoras, obtendo resultados que a colocam atualmente entre as

maiores do setor de perfumaria e cosmética.

A maior rede de franquias de perfumaria e cosméticos do mundo, com mais

de 2.800 lojas no Brasil e presença em 1.000 pontos de venda e 70 lojas exclusivas

em outros 10 países. Tem cerca de 1.700 colaboradores diretos, 915 franqueados e

gera aproximadamente 16 mil empregos indiretos. O Boticário tem como propósito

profundo a promoção de um mundo mais belo, onde o meio ambiente é visto como

uma das partes interessadas de seu ciclo produtivo.

É parte do planejamento estratégico da organização minimizar os impactos

ambientais de seu processo, influenciar positivamente toda sua cadeia, promovendo

e incentivando a consciência coletiva na transformação futura de uma sociedade

equilibrada com o desenvolvimento econômico. O Boticário também desenvolve

projetos culturais e educativos voltados para a sociedade, em parceria com

importantes instituições.

A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins

lucrativos, cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza.

Criada em 1990, a instituição é a principal expressão da política de investimento

social privado do Boticário, e nasceu do desejo do fundador da empresa, Miguel

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Gellert Krigsner, de empreender ações em prol da preservação da natureza como

expressão da responsabilidade social.

Responsabilidade socioambiental da empresa O Boticário, conforme quadro 4:

Ação Descrição

Ecoeficiência

Com o objetivo de reduzir os impactos ambientais do processo produtivo, esse

programa observa os aspectos ambientais de geração de resíduos

sólidos, consumo de energia e água e emissão de gases que provocam o efeito

estufa.

Tratamento de Efluentes do Boticário; Reuso da

água; Energia; Resíduos sólidos; Equipes em Ação;

Gases de efeito estufa (GEE)

Bioconsciência

É um programa de redução dos impactos ambientais pós-consumo, com base na

responsabilidade compartilhada, por meio do qual envolve consumidores,

franqueados, consultoras, colaboradores e fornecedores no ciclo de vida de todos

os produtos.

Quadro 4: Quadro de ações da Fundação O Boticário Fonte: Adaptado O Boticário (2010)

Recursos a ações culturais e de conservação da natureza, conforme quadro 5:

Projetos Descrição

Estação Natureza

As Estações Natureza são exposições interativas sobre a natureza brasileira. Têm como objetivo sensibilizar a população urbana sobre a questão ambiental, possibilitando o contato com a natureza para as pessoas que vivem em ambientes urbanos.

Espaço do Olfato

Proporciona uma experiência que une conhecimento à vivência de novas sensações e emoções. Instalado na área “Corpo Humano” da Estação Ciência – USP/SP, o local, totalmente interativo, desvenda um dos mais ricos e complexos sentidos do ser humano.

Espaço História da Farmácia – O

Boticário e Farmácia Stellfeld

É uma iniciativa para homenagear o primeiro farmacêutico de Curitiba - Augusto Stellfeld e resgatar os primeiros passos da história da farmácia em Curitiba.

Teatro de Bonecos Dr.

Botica

Para fomentar o desenvolvimento social e cultural da comunidade em geral, a empresa firmou parceria com a Fundação Cultural de Curitiba que em 2010 passou a ser responsável pela gestão do teatro de Bonecos abrindo o espaço para apresentações de outros grupos conforme política cultural de cada município.

Semana de educação Ambiental

Por meio da educação que relações responsáveis e positivas com o meio ambiente são construídas na sociedade. A escola é uma grande aliada nesse processo de transformação, por isso produziu um material, o kit da Semana O Boticário de Educação Ambiental, especialmente para este público.

Quadro 5: Projetos de ações culturais e de conservação da natureza Fonte: Adaptado O Boticário (2010)

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A Unilever

A Unilever nasceu em 1929 da fusão da fábrica inglesa Lever Brothers,

produtora do então sabão mais vendido do mundo Sunlight, existente desde 1890,

com a fábrica de margarina holandesa Margarine Unie.

De matriz anglo-holandesa, com sede mundial em Londres e Roterdã, a

Unilever internacional é composta por duas grandes divisões: Home & Personal

Care (higiene e limpeza) e Unilever Bestfoods (alimentação, incluindo sorvetes e

alimentos congelados). Possui também cinco divisões operacionais: Lever -

fabricação de produtos de higiene pessoal e limpeza doméstica, Kibon - produção de

sorvetes, Elida Gibbs - responsável por produtos de toalete e perfumaria, Van den

Bergh Alimentos - divisão de produtos alimentícios e DiverseyLever - produtos e

serviços de higiene e limpeza para uso profissional.

O instituto Unilever coordena a aplicação de recursos destinados aos projetos

sociais e ambientais. Criado em 2002, visa fortalecer relacionamento com o governo

e a comunidade. Sua missão é fomentar e coordenar a aplicação de recursos da

Unilever, destinados aos projetos sociais e ambientais, contribuindo para promover a

transformação sustentável da sociedade e, está diretamente alinhado aos princípios

de Responsabilidade Social Corporativa, dentro do planejamento estratégico da

Unilever Brasil para os próximos anos, o UB2012.

Através das ações sociais, a Unilever tem a missão de levar vitalidade aos

seus parceiros, à comunidade e ao meio ambiente, ajudando a melhorar o mundo

através da ética, dignidade, respeito, saúde e prazer em viver bem.

Projetos Sociais:

Projetos Descrição

Educação Alimentar

O Projeto Educação Alimentar torna um tema técnico, como a nutrição, acessível e atraente para crianças das 3ª e 4ª séries do ensino fundamental da rede municipal de ensino.

Estação de Reciclagem Pão de Açúcar

A parceria entre a rede Pão de Açúcar de supermercados e a Unilever permitiu a instalação de pontos de entrega voluntária (PEVs) de embalagens recicláveis.

Infância Protegida O Projeto Infância protegida foi criado para defender os direitos das crianças e dos adolescentes, além de combater o trabalho infantil nas lavouras de tomate.

Rural Responsável O projeto Rural Responsável tem o objetivo de oferecer

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condições adequadas de saúde e segurança para o trabalhador na lavoura, contribuindo com a educação, conscientização de seus direitos e prevenção de acidentes.

Projeto Mais Vida

Através do envolvimento comunitário, da educação, da saúde e do desenvolvimento econômico, a Unilever trabalha para melhorar a qualidade de vida da população da cidade de Araçoiaba (PE), medida pelo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Programa Esporte Cidadão Unilever

Através do esporte, o programa Esporte Cidadão Unilever dissemina valores éticos para crianças e adolescentes de baixa renda.

Talento na Cozinha O projeto prepara os jovens para o mercado de trabalho, capacitando-os para que se tornem padeiros, confeiteiros e culinaristas.

Criando com Palitos Além de estimular a criatividade e a habilidade psicomotora, o projeto contribui também com a auto-estima, o respeito ao próximo e a lógica matemática.

Projeto Real Beleza O projeto tem como objetivo fortalecer a auto-estima de crianças e adolescentes, através de atividades de artes plásticas, corporais e literárias.

Lavanderia OMO

Projeto atende mais de 1.700 famílias de Heliópolis, a maior comunidade de baixa renda da cidade de São Paulo, oferecendo tanques, máquinas de lavar e máquinas de secar.

Programa de Doação

A Unilever promove a doação de produtos descontinuados e produção extra, além de atuar em situações de emergências e calamidades públicas. Mais de 800 toneladas de produtos doados em 2007

Quadro 6: Ações sociais Unilever Fonte: Adaptado Unilever (2010)

As marcas que fazem parte da Unilever de cuidados pessoais:

Figura 10: Marcas de produtos da Unilever Fonte: Elaborado pela acadêmica

Avon

Axe Close Up Dove Fofo Seda

Vasenol Vinólia Clear Lux Rexona

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A Avon é líder mundial em venda direta de produtos de beleza. São mais de

cinco milhões de Revendedoras autônomas em todo o mundo, um bilhão de vendas

realizadas por ano e uma legião sempre crescente.

Baseado no contato pessoal entre vendedores e compradores fora de um

estabelecimento comercial fixo, a Avon adotou a venda porta a porta (venda direta)

como prática. A bem-sucedida experiência tornou-se um modelo de sucesso que

passou a ser seguido por outras empresas ao redor do mundo.

Projeto Descrição

Viva o amanhã mais verde

Identificar novas maneiras criativas de proteger o meio ambiente e engajar ainda mais os funcionários de nível médio na defesa dos recursos naturais do planeta. Trata-se de um grupo composto por funcionários de diferentes funções e regiões, entre gerentes, diretores e funcionários.

Política Ambiental

Estabelece o uso eficiente de recursos por meio da minimização de resíduos e práticas de reciclagem, melhoria da qualidade ambiental das operações e dos produtos ao longo de seu ciclo de vida, melhoria contínua em direção às metas ambientais da empresa.

Lojas Virtuais

A tecnologia é uma ferramenta importantíssima na redução dos impactos ambientais.

Transporte de produtos

Os pedidos são despachados a partir de centros de distribuição regionais, reduzindo a distância que nossos produtos percorrem até o consumidor final.

Embalagem

O grupo responsável pelo desenvolvimento de embalagens da Avon se dedica a reduzir o impacto ambiental, de acordo com princípios amplamente aceitos. Entre eles figuram a redução do número de fornecedores, o uso de material reciclado e embalagens recicláveis.

Quadro 7: Projetos da Avon Fonte: Adaptado Avon (2010)

As mudanças estão cada vez mais rápidas e com isso os mercados têm de

acompanhar, assim como a própria sociedade que cada vez mais tem acesso a

informações, fazendo assim serem mais críticas a respeito do que vão ou não

consumir, ditando assim tendências. Tendências como a Responsabilidade

Socioambiental.

A responsabilidade socioambiental é uma das estratégias mais importantes

para as empresas, pois com o preço e a qualidade desejada, satisfaz e conquista

mais clientes.

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53

3 METODOLOGIA

Este capítulo apresenta a metodologia utilizada para a elaboração da

pesquisa do trabalho. Como afirma Gil (1999, p.26) “pode-se definir método como

caminho para se chegar a determinado fim. E método científico como o conjunto de

procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento.”

“A seção de Metodologia, que no projeto descreve como se pretende atingir

os objetivos específicos, no relatório descreve o que de fato foi realizado”. (ROESH,

2007, p. 187)

3.1 Tipologia de pesquisa:

Entende-se por pesquisa o processo formal e sistemático que visa a busca

por respostas aos problemas levantados pelo emprego de métodos científicos.

Kahlmeyer (2007) refere-se a pesquisa sendo uma maneira de adquirir

conhecimento, por se distinguir pelo método, pelas técnicas, pela forma de

comunicar os resultados obtidos e por estar voltada a realidade empírica.

O presente trabalho caracteriza-se como uma pesquisa-diagnostico, que

segundo Patton (1990 apud ROESH 2007), .apresenta proposição de planos e tem

como estratégia de pesquisa o emprego do método quantitativo.

Quanto à técnica de coleta de dados quantitativa, para Roesh (2007) este

método trabalha com processos de coleta e análise de dados numéricos ou

analógicos que separados no tempo estão relacionados a realidade, embora a coleta

de dados antecede a análise, os resultados apontam para um determinado cenário,

mesmo antes de realizar analise, por completo.

A estratégia de pesquisa utilizada foi baseada nos objetivos que tem como

método o descritivo. Conforme Gil (1999, p. 44) a pesquisa descritiva “tem como

objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou

fenômeno ou estabelecimento de relações entre variáveis”. Também são descritivas,

aquelas que têm como objetivo descobrir a existência de associações entre

variáveis, pretendendo determinar a natureza dessa relação.

Quanto aos procedimentos técnicos foi utilizado o levantamento de dados

para realizar a pesquisa-diagnostico, como afirma (GIL 1999, p. 70), sendo

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54

caracterizado pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja

conhecer. “Procede-se a solicitação de informações a um grupo significativo de

pessoas diante de um problema estudado, em seguida é utilizada a análise

quantitativa para a conclusão correspondente aos dados coletados”.

3.2 Sujeito de estudo:

Neste trabalho os sujeitos de estudo ou população envolvida foram os 436

alunos regularmente matriculados nos cursos de Administração da UNIVALI no

período de julho de 2010, considerando que deste montante alguns alunos

abandonaram o curso e fizeram trancamento, aproximadamente 10%, o universo da

pesquisa foi composto de 400 alunos e a amostra aleatória foi constituída por 139

alunos que de acordo com Barbetta (2002) o erro amostral é de 5,5%.

3.3 Instrumentos de pesquisa:

O trabalho foi realizado a partir da coleta dos dados, tendo como instrumento

de pesquisa um questionário elaborado pela acadêmica (Apêndice A) aos

acadêmicos do curso de administração da Univali em Balneário Camboriú.

Roesh (2007, p.142) explana que “questionário é o instrumento mais utilizado

em pesquisa quantitativa, principalmente em pesquisas de grande escala, como as

que se propõe levantar a opinião política da população ou a preferência do

consumidor”.

Gil (2007) técnica composta por elevado número de questões apresentadas

por escrito às pessoas, sendo o objetivo o conhecimento de opiniões, crenças,

sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.

O questionário foi composto por 25 questões, das quais 06 destinavam-se a

identificar o perfil do aluno e 19 questões fechadas com 6 opções para que fossem

atribuídas uma valor que representasse o grau de concordância sobre cada

afirmação presente no questionário, na qual o menor grau seria atribuído o conceito

e para o maior grau de concordância o conceito 6.

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55

3.4 Análise e apresentação:

Os dados foram analisados usando técnicas de estatísticas com suporte do

Programa Microsoft Office Excel para as tabulações, cujos resultados foram

apresentados em planilhas e gráficos.

3.5 Limitações da pesquisa:

Dentre as principais dificuldades encontradas pela acadêmica para a

conclusão do trabalho de estágio, pode-se destacar: o tempo hábil que não

permitiria uma pesquisa em profundidade.

A pesquisa foi realizada no período de 16 a 17 de Novembro de 2010, não

tendo nenhum problema de discernimento pelos acadêmicos que neste período

estavam presentes na universidade e se dispuseram a preenchê-lo em sala de aula,

na qual foi solicitado pelo professor de cada turma que colaborasse com a pesquisa,

ao aceitar a investigação em horário de aula.

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56

4 RESULTADOS

Este capítulo apresenta os resultados obtidos com a pesquisa realizada, a fim

de analisar o comportamento dos acadêmicos do curso de administração da Univali,

quando escolhem os produtos de empresas que utilizam ações e projetos

socioambientais e identificar que fatores motivam os acadêmicos a escolherem os

tais produtos.

Através de questionários que foi o método de pesquisa utilizado, aplicado com

os acadêmicos foi possível chegar aos resultados.

4.1 Perfil dos acadêmicos

Pode-se observar no gráfico 1 no curso de administração encontra-se em

maior número os acadêmicos entre 18 e 24 anos de idade, chegando a 70% do total

dos acadêmicos, e em segundo lugar com 25% do total os acadêmicos de 25 a 30

anos de idade, com isso é possível dizer que 95% dos acadêmicos de administração

são jovens. Já os acadêmicos entre 31 a 36 anos de idade, somados com os

acadêmicos entre 45 anos ou mais correspondem 5% do total dos acadêmicos

entrevistados.

Gráfico 1: Idade dos acadêmicos Fonte: Pesquisa, 2010

70%

25%

4%

0%1%

18 a 24

25 a 30

31 a 36

37 a 45

45 +

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57

Pode-se notar que 58% dos acadêmicos são homens e 42% são mulheres,

sendo uma diferença de apenas 16% no total.

Gráfico 2: Sexo dos acadêmicos. Fonte: Pesquisa, 2010

No gráfico 3 fica claro que 86% dos acadêmicos é solteiro e 12% são

casados, enquanto que 2% dos entrevistados são divorciados.

Gráfico 3: Estado Civil dos acadêmicos. Fonte: Pesquisa, 2010

Quanto a atividade profissional o resultado é mostrado no gráfico 4.

42%

58% Masculino

Feminino

86%

12%

2%0%

Solteiro

Casado

Divorciado

Viuvo

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58

Gráfico 4: Trabalha Fonte: Pesquisa 2010

Percebe-se claramente no gráfico 4 que a maioria, ou seja, 91% trabalha e

apenas 9% dos acadêmicos não trabalha.

Ao conhecer a atividade profissional a pesquisa também identificou sobre o

nível de dependência econômica, e o gráfico 5 mostra o resultado.

Gráfico 5: Depende economicamente de alguém Fonte: Pesquisa, 2010

91%

9%

Sim

Não

52%

48%

Sim

Não

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59

No gráfico 5 pode-se observar que 52% são dependentes economicamente e

48% não são dependentes. Pelos dos gráficos apresentados, pode-se concluir que

embora o grande número de alunos esteja trabalhando, ainda muitos dependem

economicamente de alguém.

Quanto a possuirem dependentes, a pesquisa mostra os resultados pelo grafico 6.

Gráfico 6: Possui dependentes Fonte: Pesquisa, 2010

Pode-se observar no gráfico 6 que 91% não possui dependentes e 9% possui.

Os resultados acima sobre a comunidade acadêmica que respondeu a

pesquisa mostraram uma tendência para um perfil formado pelo sexo masculino e

feminino, a maioria é solteira e trabalha, embora muitos ainda dependem

economicamente de alguém.

4.2 Opinião dos acadêmicos sobre o diferencial competitivo e ética

socioambiental

Para as empresas muitas empresas, tais como as citadas neste trabalho, a

criatividade é um composto fundamental para buscar o diferencial competitivo e, por

conseguinte para conquistarem mais consumidores e se fazerem presentes no

mercado. Quando as empresas demonstram em seus portfólios a prática da

consciência socioambiental, elas necessitam criar dispositivos para que este apelo

9%

91%

Sim

Não

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60

torne-se o diferencial no momento. Por isso se fez necessário saber se os hábitos de

consumo estão de acordo com os propósitos de muitas das empresas.

Para tanto, foi elaborado um questionário com algumas frases e o acadêmico

atribuiu um valor de 6 a 1 para opinar quanto o grau de concordância com cada

questão. Registra-se que o valor 6 representa maior grau de concordância e o valor

1 maior grau de discordância.

Quanto à afirmativa de que a criatividade na gestão garante a sobrevivência

da organização, a pesquisa mostra os resultados pelo grafico 7.

Gráfico 7: 1. A criatividade na gestão pode garantir a sobrevivência de uma organização

Fonte: Pesquisa, 2010

A opinião dos acadêmicos foi muito diferente, mas a tendência é concordarem

com a afirmação, quando 33% concordam inteiramente que a criatividade pode

garantir a sobrevivência de uma organização, porem 2% discordam totalmente com

esta afirmação.

Quanto à afirmativa de que as ideias criativas são cultivadas para desenvolver

as estratégias do negócio, a pesquisa mostra os resultados pelo grafico 8.

Gráfico 8: 2. A organização cultiva as idéias criativas para desenvolver as estratégias do negócio Fonte: Pesquisa, 2010

2% 4% 6%

22%

32% 33%

1 2 3 4 5 6

0,00%7%

15%

32%27%

19%

1 2 3 4 5 6

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61

A opinião dos acadêmicos mostrou uma a tendência para concordarem com a

afirmação, porem observa-se que o indice de concordancia menor recebeu o maior

valor: 32%.

Quanto à afirmativa de que, a capacidade de se diferenciar está diretamente

ligada ao objetivo de promover a satisfação das necessidades dos clientes, pesquisa

mostra os resultados pelo grafico 9.

Gráfico 9: 3. A capacidade da empresa em se diferenciar reflete em cada atividade de valor, com o objetivo de promover a satisfação das necessidades de sues clientes Fonte: Pesquisa, 2010

Pode-se perceber no gráfico que a maioria dos acadêmicos concordam com a

afirmação, quando a soma dos maiores índices é de 81%

Quanto à afirmativa de que a vantagem competitiva pode ser canalizada para

a qualidade, a pesquisa mostra os resultados pelo grafico10.

Gráfico 10: 4. A vantagem competitiva pode ser canalizada para a qualidade do ambiente onde a empresa possui crescente de produtividade Fonte: Pesquisa, 2010

Observa-se um índice curioso, nesta questão, quando 1% atribuiu o valor 5

para o grau de concordância e a para o valor 4 obteve maioria da opinião dos

acadêmicos, por acreditarem (nível baixo de concordância) que a vantagem

2% 5%

12%

22%

34%

25%

1 2 3 4 5 6

3%

14%18%

44%

1%

20%

1 2 3 4 5 6

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62

competitiva pode ser canalizada para a qualidade do ambiente empresarial, sendo

no total de 44%.

Quanto à afirmativa de que se sentem influenciados por alguma campanha, a

pesquisa mostra os resultados pelo grafico 11.

Gráfico 11: 5. Sinto-me influenciado por alguma campanha

Fonte: Pesquisa, 2010

Embora a opinião dos acadêmicos tenha sido muito irregular, observa-se que

os níveis de discordância somam 49% e os que concordam somam 51%, porem

apresenta uma tendência a baixa concordância e discordância.

Quanto à afirmativa da escolha do produto pela qualidade, a pesquisa mostra

os resultados pelo grafico 12.

Gráfico 12: Escolho o produto sempre pela qualidade

Fonte: Pesquisa, 2010

A maioria dos acadêmicos concordam em comprar produto pela qualidade,

quando somam os três maiores valores em 77%. Percebe-se que o total que

discordam são 23% destes academicos.

Quanto à afirmativa da escolha do produto pela confiabilidade, a pesquisa

mostra os resultados pelo grafico 13.

13%11%

22%28%

15%11%

1 2 3 4 5 6

3%

7%

12%

28%

20%

29%

1 2 3 4 5 6

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63

Gráfico 13: 7. Escolho o produto sempre pela confiabilidade Fonte: Pesquisa, 2010

De acordo com o gráfico a maioria dos acadêmicos leva em conta a

confiabilidade na escolha do produto, sendo que 82% escolheram o valor de 6 a 4 ,

porem desta porcentagem, 34% atribuíram o valor 4.

Quanto à afirmativa da escolha do produto pela inovação, a pesquisa mostra

os resultados pelo grafico 14.

Gráfico 14: 8. Escolho o produto sempre pela inovação que ele representa Fonte: Pesquisa, 2010

A opinião dos acadêmicos foi muito variável, mas observa-se que 34%

concordaram em valor 4, sendo este o maior valor percentual encontrado nesta

questao e a soma dos valores definidos como discordantes somam 33%.

Quanto à afirmativa da escolha do produto pelo preço, a pesquisa mostra os

resultados pelo grafico 15.

2%5%

12%

34%

24% 24%

1 2 3 4 5 6

3%

9%

21%

34%

20%

13%

1 2 3 4 5 6

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64

Gráfico 15: 9. Escolho o produto sempre pelo preço Fonte: Pesquisa, 2010

A opinião dos acadêmicos mostra uma variação dos índices 4 em 26%, 5 em

28% e 6 em 14%. Percebe-se, que embora estes não concordem totalmente mas o

preço em consideração na hora de comprar o produto é um fator importante, quando

são 68% dos acadêmicos escolheram os valores mais altos para afirmar esta

questão.

Quanto à afirmativa de que se leva em consideração a opinião de amigos, a

pesquisa mostra os resultados pelo grafico 16.

Gráfico 16: 10. Levo em consideração na hora da compra do produto a opinião de amigos Fonte: Pesquisa, 2010

A maioria dos acadêmicos em 63% divididos em 30% para o valor 4, 26%

para o valor 5 e 7% para o valor 6, consideram a opinião de amigos na hora de

comprar o produto.

6%9%

17%

26%28%

14%

1 2 3 4 5 6

11%

5%

21%

30%

26%

7%

1 2 3 4 5 6

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65

Quanto à afirmativa de que se leva a opinião da família na hora da compra, a

pesquisa mostra os resultados pelo grafico 17.

Gráfico 17: 11. Levo em consideração na hora da compra do produto a opinião da família Fonte: Pesquisa, 2010

A minoria em 8% discorda totalmente com esta afirmação, e 28% dos

acadêmicos escolheram o valor 4, significando o menor valor de concordância, se a

escolha da compra leva em consideração a opinião da família e 24% não leva em

consideração a opinião da família na hora da compra.

Quanto à afirmativa de que leva a opinião dos colegas de trabalho em

consideração na compra do produto, a pesquisa mostra os resultados pelo grafico

18.

Gráfico 18: Levo em consideração na hora da compra do produto a opinião de colegas de trabalho Fonte: Pesquisa, 2010

A opinião dos acadêmicos apresenta índices pouco variáveis quando 49%

concordam escutar a opinião de colegas de trabalho na hora da compra do produto.

E que 51% não leva a opinião dos colegas de trabalho em consideração.

8% 8%

24%

28%

19%

13%

1 2 3 4 5 6

11%18%

22 %

30%

13%6%

6 5 4 3 2 1

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66

Quanto à afirmativa de que conhece os programas de Responsabilidade

Social de empresas atuantes na área de higiene e beleza, a pesquisa mostra os

resultados pelo grafico19.

Gráfico 19: 13. Conheço os programas de Responsabilidade Social de empresas que atuam na área de higiene e beleza Fonte: Pesquisa, 2010

A maioria dos acadêmicos, no total de 65% diz não conhecer os programas

de Responsabilidade Social das empresas da área de higiene e beleza. E apenas

5% diz conhecer os programas das empresas.

Quanto à afirmativa de conhecer empresas que possuem ações de gestão

ambiental da empresas da área de higiene e beleza, a pesquisa mostra os

resultados pelo grafico 20.

Gráfico 20: 14. Conheço empresas que atuam na área de higiene e beleza e que possuem ações voltadas para a gestão ambiental Fonte: Pesquisa, 2010

25%

21%

19%

20%

9%

5%

6 5 4 3 2 1

18%

20%

27%

25%

8%

2%

6 5 4 3 2 1

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67

A maioria dos acadêmicos 65% diz não conhecer empresas da área de

higiene e beleza que possuem ações voltadas à gestão ambiental. Enquanto apenas

2% diz conhecer empresas da área de higiene e beleza que possuem ações de

gestão ambiental.

Quanto à afirmativa de que as ideias criativas são cultivadas para desenvolver

as estratégias do negócio, a pesquisa mostra os resultados pelo grafico 21.

Gráfico 21: 15. Considero-me um grande consumidor de produtos de higiene e beleza Fonte: Pesquisa, 2010

A maioria dos acadêmicos 57% se considera um grande consumidor de

produtos de higiene e beleza. E 43% não se considera grande consumidor de

produtos de higiene e beleza, tendo apenas uma diferença de 14% nas opiniões.

Quanto à afirmativa de associar o produto às ações sociais realizadas pela

empresa, a pesquisa mostra os resultados pelo grafico 22.

12%

15%

16%

26%

16%

15%

6 5 4 3 2 1

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68

Gráfico 22: 16. Costumo associar o produto escolhido as ações sociais que a empresa realiza Fonte: Pesquisa, 2010

A maioria dos acadêmicos 61% diz não associar o produto às ações sociais

realizadas pela empresa. E 37% diz associar o produto às ações sociais realizadas

pela empresa. Sendo a diferença de 24%.

Quanto à afirmativa de associar o produto às ações sociais realizadas pela

empresa, a pesquisa mostra os resultados pelo grafico 22.

Gráfico 23: 17. Costumo associar o produto escolhido as praticas de preservação ambiental que a empresa realiza Fonte: Pesquisa, 2010

A maioria dos acadêmicos 63% diz não associar o produto às práticas de

preservação ambiental realizada pela empresa. E 37% associam os produtos às

práticas de preservação ambiental. Sendo uma diferença de 26%.

19%

18%

24%

23%

9%

5%

6 5 4 3 2 1

19%

19%

25%

21%

12%

4%

6 5 4 3 2 1

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69

Quanto à afirmativa de escolher um produto por possuir um selo social, a

pesquisa mostra os resultados pelo grafico 24.

Gráfico 24: 18. Costumo escolher um produto que possui um selo social (simbólico) Fonte: Pesquisa, 2010

A maioria dos acadêmicos, um total de 69% diz não fazer a escolha de um

produto por possuir um selo social.

Quanto à afirmativa de escolher o produto por ter valor agregado por possuir

selo verde, a pesquisa mostra os resultados pelo grafico 25.

Gráfico 25: 19. Escolho o produto porque tem um valor agregado por possui o selo verde. (simbólico) Fonte: Pesquisa, 2010

A maioria dos acadêmicos 43% diz que não escolhem o produto por ter um

valor agregado por possuir selo verde. E 32% diz que escolhem o produto por ter

uma valor agregado por possuir o selo verde.

21%22%

26%

17%

9%

5%

6 5 4 3 2 1

20%

23%

25%

19%

8%

5%

6 5 4 3 2 1

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70

O quadro x mostra um resumo das respostas, e que sinaliza para a média de

cada uma da afirmação questionada.

Questões 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 A criatividade na gestão pode garantir a

sobrevivência de uma organização. 4,7

A organização cultiva as idéias criativas para desenvolver as estratégias do negócio 4,3

A capacidade da empresa em se diferenciar reflete em cada atividade de valor, com o objetivo

de promover a satisfação das necessidades de sues clientes.

4,5

A vantagem competitiva pode ser canalizada para a qualidade do ambiente onde a empresa possui

crescente de produtividade. 2,7

Sinto-me influenciado por alguma campanha de publicidade. 3,5

Escolho o produto sempre pela qualidade. 4,3

Escolho o produto sempre pela confiabilidade. 4,3

Escolho o produto sempre pela inovação que ele representa. 3,8

Escolho o produto sempre pelo preço. 3,9

Levo em consideração na hora da compra do produto a opinião de amigos. 3,7

Levo em consideração na hora da compra do produto a opinião da família. 3,8

Levo em consideração na hora da compra do produto a opinião de colegas de trabalho. 3,3

Conheço os programas de Responsabilidade Social de empresas que atuam na área de higiene

e beleza. 2,8

Conheço empresas que atuam na área de higiene e beleza e que possuem ações voltadas para a

gestão ambiental. 2,9

Considero-me um grande consumidor de produtos de higiene e beleza 3,3

Costumo associar o produto escolhido as ações sociais que a empresa realiza. 2,9

Costumo associar o produto escolhido as praticas de preservação ambiental que a empresa realiza. 3,0

Costumo escolher um produto que possui um selo social (simbólico) 2,8

Escolho o produto porque tem um valor agregado por possui o selo verde. (simbólico) 2,8

Quadro 2: Media das opiniões e dos conceitos quanto aos hábitos de consumo responsável Fonte: Pesquisa, 2010

As afirmações do questionário apresentaram 6 valores para o acadêmico

escolher. Tal escolha representava um grau de concordância, sendo que os maiores

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71

conceitos que estão nos intervalos entre 6 e 4 e os menores pertencem ao intervalo

de 3 a 1, sinalizando grau de discordância.

Percebe-se, conforme o quadro 2, quando mostra a media geral para cada

afirmação, que houve poucas ocorrências nos maiores valores da escala presente

no questionário. Mesmo assim, observa-se que a pesquisa apresentou resposta

positiva na parte conceitual das organizações quando a criatividade na gestão pode

garantir a sobrevivência de uma organização apresentou a maior média, assim como

mostrou um resultado favorável a afirmação: a organização cultiva as idéias criativas

para desenvolver as estratégias do negócio com média de 4,3 e para a afirmação: a

capacidade da empresa em se diferenciar reflete em cada atividade de valor, com o

objetivo de promover a satisfação das necessidades de sues clientes com media de

4,5.

Também se observa que a afirmação: a vantagem competitiva pode ser

canalizada para a qualidade do ambiente onde a empresa possui crescente de

produtividade obteve a menor média, no qual concluí-se que o ambiente onde a

empresa esta inserida e atuando não tem relação com a vantagem competitiva,

assim a preocupação com a sustentabilidade ambiental dissociada da produtividade

e competitividade.

Observa-se que mostrou também um resultado favorável a afirmação: sinto-

me influenciado por alguma campanha de publicidade mostrou um resultado

favorável com média 3,5, para a afirmação: escolho o produto sempre pela

qualidade com média 4,3 e na afirmativa: escolho o produto sempre pela

confiabilidade com média 4,3, na afirmativa: escolho o produto sempre pela inovação

que ele representa com média de 3,8, para afirmação: escolho o produto sempre

pelo preço com média 3,8, na qual se pode concluir que a qualidade e confiabilidade

são características essenciais e o preço e a inovação também são importantes.

Percebe-se que na afirmação: levo em consideração na hora da compra do

produto a opinião de amigos com média de 3,7, na afirmação: levo em consideração

na hora da compra do produto a opinião da família com média 3,8, na afirmação:

Levo em consideração na hora da compra do produto a opinião de colegas de

trabalho com média de 3,3, no qual conclui-se que a experiência de outras pessoas

em relação ao produto pode ser determinante para a escolha ou não do produto.

Também se observa que na afirmação: conheço os programas de

Responsabilidade Social de empresas que atuam na área de higiene e beleza com

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média de 2,8, na afirmação: conheço empresas que atuam na área de higiene e

beleza e que possuem ações voltadas para a gestão ambiental com média de 2,9,

no qual se pode concluir que é preciso uma maior, melhor divulgação das ações

realizadas por elas para atingir os consumidores em potencial.

Na afirmação: considero-me um grande consumidor de produtos de higiene e

beleza com média de 3,3, na afirmação: costumo associar o produto escolhido as

ações sociais que a empresa realiza, a média é 3,0 e na afirmação: costumo

escolher um produto que possui um selo social (simbólico) com média 2,8. Na

afirmação: escolho o produto porque tem um valor agregado por possui o selo verde.

(simbólico) tem a média de 2,8, com isso pode-se concluir que grande parte dos

acadêmicos não leva muito em consideração a estes conceitos e por isso não

consome os produtos que tenham relação com ações socioambientais.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta deste trabalho foi conhecer o comportamento dos acadêmicos do

curso de administração da Univali de Balneário Camboriú, sobre a influencia das

ações de Responsabilidade socioambiental das empresas de higiene e beleza.

Quanto ao problema de pesquisa, fica claro que os acadêmicos do curso de

administração da Univali de Balneário Camboriú não fazem o consumo de produtos

voltados a ações de Responsabilidade socioambiental.

Se comparar ao estudo similar realizado em 2006 sobre a influência da

Responsabilidade Social nos hábitos de consumo dos acadêmicos do curso de

Administração em ênfase em Marketing, percebe-se que o resultado não apresenta

muita diferença. O que se pode questionar, é o quanto estes cidadão estão sendo

preparados para administrarem organizações com a mentalidade voltada para o

século XXI?

Os objetivos propostos foram alcançados com a aplicação do questionário,

porque pretendeu-se conhecer estes consumidores e futuro empreendedores,

gestores e lideres.

Os aspectos metodológicos, a aplicação do questionário junto dos

acadêmicos do curso de Administração da Univali de Balneário Camboriú, com 6

questões fechadas que permitiu o conhecimento do perfil e 19 questões de grau de

concordância ,que permitiu descobrir o conhecimento de seus hábitos de consumo

permitiu um bom retorno.

É evidente a falta de conhecimento dos acadêmicos sobre as ações de

Responsabilidade Socioambiental das empresas de higiene e beleza. Quando 65%

disseram ter pouco ou nenhum conhecimento, ficando evidente que a

Responsabilidade socioambiental é um assunto que precisa ser mais bem divulgado,

explorado. E que 43% e 69% dos acadêmicos afirmam não tem preferência em

consumir um produto que possua selo verde ou selo social. Esse é um caminho

longo a ser percorrido, já que, apesar de não ser novidade, a Responsabilidade

socioambiental ainda não atingiu a propagação na sociedade e nas empresas. É

preciso mobilizar a todos através de outras iniciativas.

Para trabalhos futuros: - verificar o grau de mudança do comportamento dos

acadêmicos de administração da Univali de Balneário Camboriú sobre o consumo

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consciente e avaliar a cada 4 anos. –analisar as ações de responsabilidade

ambiental utilizadas pelos acadêmicos, professores e coordenação do curso para o

descarte de materiais no fim de cada semestre (papeis, folhas de caderno, provas...)

– Professores x comportamento responsável, que alternativas são feitas para

- Comportamento dos acadêmicos referente aos seus hábitos ambientalmente

responsável.

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APÊNDICE

Apêndice A:

Questionário aplicado aos acadêmicos:

Prezado(a) Senhor(a)

Sou Acadêmica do curso de Administração na UNIVALI. Estou realizando uma pesquisa para

compor ao Trabalho de Conclusão de Estagio e convido-o a participar deste processo sendo

meu informante. Para tanto, peço que preencha este questionário que tem como assunto

principal a influencia da responsabilidade social e ambiental no comportamento do

consumidor e das empresas de higiene e beleza.

Agradeço sua participação, antecipadamente.

Coloco-me a disposição para esclarecimentos.

Gisela Carolina Schmitz Reggiani

E-mail: [email protected]

Responda o questionário abaixo com calma, analise cada afirmação e verifique o grau de

concordância segundo o seu pensamento em relação a estas empresas.

Obrigada

Idade

( ) 18 a 24 ( ) 31 a 36

( ) 25 a 30 ( ) 37 a 45

( ) + 45

Sexo

( ) Masculino ( ) Feminino

Estado Civil

( ) Solteiro ( ) Casado

( )Divorciado ( ) Viúvo

Trabalha

( ) Sim ( ) Não

Depende economicamente de alguém

( ) Sim ( ) Não

UNIVALI– Universidade do Vale do Itajaí

CECIESA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas

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Possui dependentes

( ) Sim ( ) Não

Questionário:

A criatividade na gestão pode garantir a sobrevivência de uma

organização.

A organização cultiva as idéias criativas para desenvolver as estratégias

do negócio.

A capacidade da empresa em se diferenciar reflete em cada atividade de

valor, com o objetivo de promover a satisfação das necessidades de sues

clientes.

A vantagem competitiva pode ser canalizada para a qualidade do

ambiente onde a empresa possui crescente de produtividade.

Sinto-me influenciado por alguma campanha.

Escolho o produto sempre pela qualidade.

Escolho o produto sempre pela confiabilidade.

Escolho o produto sempre pela inovação que ele representa.

Escolho o produto sempre pelo preço.

Levo em consideração na hora da compra do produto a opinião de

amigos.

Levo em consideração na hora da compra do produto a opinião da

família.

Levo em consideração na hora da compra do produto a opinião de

colegas de trabalho.

Conheço os programas de Responsabilidade Social de empresas que

atuam na área de higiene e beleza.

Conheço empresas que atuam na área de higiene e beleza e que

possuem ações voltadas para a gestão ambiental.

Considero-me um grande consumidor de produtos de higiene e beleza

Costumo associar o produto escolhido as ações sociais que a empresa

realiza.

Forte

Discordância

Forte

Concordânci

a

1 2 3 4 5 6

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Costumo associar o produto escolhido as praticas de preservação

ambiental que a empresa realiza.

Costumo escolher um produto que possui um selo social (simbólico)

Escolho o produto porque tem um valor agregado por possui o selo verde.

(simbólico)