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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Joice Lazzaris TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Políticas de Recursos Humanos: um diagnóstico e avaliação na Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária de Luís Alves/SC Administração de Recursos Humanos ITAJAÍ (SC) 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Joice Lazzaris

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

Políticas de Recursos Humanos: um diagnóstico e avaliação na Cooperativa de Crédito Rural com Inter ação

Solidária de Luís Alves/SC

Administração de Recursos Humanos

ITAJAÍ (SC) 2009

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JOICE LAZZARIS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS: UM DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO NA

COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL COM INTERAÇÃO SOLIDÁRIA DE LUÍS

ALVES/SC

Trabalho de conclusão de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas - Gestão da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2009

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Agradeço a todas as pessoas que fizeram

parte da minha vida, minha família, em

especial ao meu namorado Eder Caglioni

pelo seu companheirismo, dedicação e

fundamental apoio. A todos os meus amigos

e colegas da Cresol. A todos os professores

e em destaque a minha orientadora

Professora Justina da Costa Rodrigues.

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“Nunca deixem que lhe digam que não valeu à pena acreditar num sonho que se tem. Ou que seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém. Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar. Mas eu sei que um dia a gente aprende. Se você quiser alguém, em quem confiar, confie em si mesmo. Quem acredita sempre alcança!”

Renato Russo, 2003.

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Joice Lazzaris

b) Área de estágio

Administração de Recursos Humanos

c) Supervisor de campo

Claudirene Costa Mittelmann - Presidente

d) Orientador de estágio

Profª. Justina da Costa Rodrigues

e) Responsável pelos Estágios em Administração

Profº: Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão social

Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária de Luís Alves

b) Endereço

Rua Leopoldo Hess, 144 – Vila do Salto – CEP 89115-000 - Luís

Alves/SC.

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Setor de Recursos Humanos

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Claudirene Costa Mittelmann – Presidente

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 14 DE JULHO DE 2009.

A Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária de Luís Alves –

CRESOL LUÍS ALVES, pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale

do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de

Estágio executado durante o Estágio Supervisionado pela acadêmica JOICE

LAZZARIS.

__________________________________

Claudirene Costa Mittelmann

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RESUMO

O brilho e a criatividade nas organizações dependem exclusivamente dos recursos humanos. São as pessoas que planejam, produzem, controlam, alocam recursos e estabelecem estratégias e objetivos. A administração de recursos humanos tem a finalidade de atrair e reter mão-de-obra especializada tornando-se um diferencial competitivo. Considerando este cenário, o presente trabalho tem como objetivo diagnosticar os procedimentos de recursos humanos adotados da empresa Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária - Cresol Luís Alves, envolvendo a identificação dos pontos fortes e frágeis, dos procedimentos existentes, as políticas de recursos humanos, demonstrando o perfil da equipe e a sua percepção com relação aos procedimentos aplicados e finalmente apresentando o resultado da pesquisa e sugestões de melhorias. O estudo foi caracterizado como uma pesquisa-diagnóstico, com abordagem quantitativa e qualitativa. Participaram da pesquisa todos os funcionários da sede da Cresol Luís Alves incluindo a presidente e a responsável pela área de recursos humanos da organização. Os dados foram coletados por meio de entrevista não-estruturada, semi-estruturada, questionário e observação não participante. A pesquisa apontou resultados positivos como a equipe, os benefícios, treinamentos, segurança, mas também revelou alguns pontos que necessitam de atenção: a falta de divulgação das normas e regulamentos, integração, avaliação, feedback, valorização, remuneração, estresse. Estes resultados possibilitaram a apresentação de sugestões de ações para a melhoria das políticas de recursos humanos adotadas na cooperativa.

PALAVRAS-CHAVE: Pessoas, Políticas de Recursos Humanos, Equipe, Diferencial.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1. População da Pesquisa ............................................................................ 15

Quadro 2. Categorias de análise ............................................................................... 17

Figura 1. Teorias da administração. .......................................................................... 21

Quadro 3. Teorias da administração. ........................................................................ 23

Figura 2. Pirâmide das Necessidades. ...................................................................... 25

Figura 3. Políticas de Recursos Humanos. ............................................................... 31

Quadro 4. Campos de análise e seleção. ................................................................. 37

Quadro 5. Administração científica. ........................................................................... 39

Quadro 6. Competência x Motivação. ....................................................................... 43

Figura 4. Relação de Parceria ................................................................................... 45

Figura 5. Nível de Gestão de Pagamento. ................................................................ 46

Figura 6. Instâncias decisórias de uma singular ........................................................ 64

Quadro 7. Produtos oferecidos pela Cresol............................................................... 65

Quadro 8. Produtos oferecidos pela Cresol............................................................... 66

Quadro 9. Produtos e serviços da Cresol. ................................................................. 66

Figura 7. Organograma da Cresol Luís Alves. .......................................................... 68

Quadro 10. Pontos Fortes da área de recursos humanos da cooperativa. ............... 71

Quadro 11. Pontos Frágeis da área de recursos humanos da cooperativa. ............. 73

Quadro 12. Procedimento da empresa ..................................................................... 75

Quadro 13. Políticas de agregar pessoas. ................................................................ 76

Quadro 14. Políticas de aplicar pessoas. .................................................................. 77

Quadro 15. Políticas de recompensar pessoas. ........................................................ 79

Quadro 16. Políticas de desenvolver pessoas. ......................................................... 80

Quadro 17. Políticas para manter Pessoas. .............................................................. 80

Quadro 18. Avaliação da Chefia. ............................................................................... 82

Quadro 19. Sugestões da entrevistada. .................................................................... 82

Gráfico 1. Representação do sexo dos entrevistados. .............................................. 83

Gráfico 2. Representação da idade dos entrevistados. ............................................. 84

Gráfico 3. Estado civil dos entrevistados. .................................................................. 85

Gráfico 4. Representação dos entrevistados se possuem filhos. .............................. 85

Gráfico 5. Forma de moradia dos entrevistados. ....................................................... 86

Gráfico 6. Representação quanto ao primeiro emprego dos entrevistados ............... 86

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Gráfico 7. Representação dos entrevistado que fazem atendimento ao público. ...... 87

Gráfico 8. Tempo de trabalho na Cresol. .................................................................. 87

Gráfico 9. Setor de trabalho do entrevistado. ............................................................ 88

Gráfico 10. Representação do entrevistado quanto a ocupação de cargo de

confiança. .................................................................................................................. 89

Gráfico 11. Grau de escolaridade. ............................................................................. 89

Gráfico 12. Representação de qual o motivo dos entrevistados não estar estudando.

.................................................................................................................................. 90

Gráfico 13. Forma de deslocamento até o local de trabalho ..................................... 91

Gráfico 14. Condição de saúde dos entrevistados. ................................................... 91

Gráfico 15. Representação do uso freqüente de medicamentos. .............................. 92

Gráfico 16. Forma de prática de esportes ................................................................. 92

Gráfico 17. Representação sobre a ocupação nas horas livres ................................ 93

Gráfico 18. Políticas e normas Administrativas ......................................................... 94

Gráfico 19. Políticas de agregar pessoas à organização .......................................... 96

Gráfico 20. Políticas à aplicar pessoas .................................................................... 97

Gráfico 21. Políticas para recompensar pessoas ................................................... 100

Gráfico 22. Políticas para desenvolver pessoas ...................................................... 101

Gráfico 23. Políticas de manter pessoas ................................................................. 102

Gráfico 24. Liderança .............................................................................................. 104

Gráfico 25. Fatores de insatisfação no trabalho ...................................................... 105

Quadro 20. Sugestões para melhorias .................................................................... 106

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 11 1.1 Problema de Pesquisa .............................. ................................................. 12 1.2 Objetivos do Trabalho ............................. ................................................... 13 1.3 Aspectos Metodológicos ............................ ............................................... 13 1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio. ........................................................ 14 1.3.2 Participantes da pesquisa ............................................................................. 15 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados ...................................... 16 1.3.4 Tratamento e análise dos dados .................................................................. 18 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................... ....................................................... 20 2.1 Contextualização e Aspectos Conceituais da Administ ração ................ 20 2.1.3 Áreas da administração ................................................................................ 26 2.2 Administração de Recursos Humanos ............. ........................................ 28 2.2.1 Evolução da administração de Recursos Humanos ..................................... 30 2.2.2 Recursos Humanos em nível estratégico ..................................................... 30 2.3 Políticas de Recursos Humanos ................. .............................................. 31 2.3.1 Políticas de agregar pessoas ....................................................................... 32 2.3.2 Políticas de aplicação de Recursos Humanos .............................................. 40 2.3.3 Políticas de recompensar os Recursos Humanos ........................................ 44 2.3.4 Políticas de desenvolvimento dos Recursos Humanos ................................ 50 2.3.5 Políticas para manter os Recursos Humanos ............................................... 52 2.3.6 Monitoramento dos Recursos Humanos ....................................................... 54 2.4 Aspectos Determinantes na Administração de Recu rsos Humanos ..... 56 2.4.1 Motivação no trabalho .................................................................................. 56 2.4.2 Cultura organizacional .................................................................................. 57 2.4.3 Clima organizacional .................................................................................... 58 2.4.4 Liderança ...................................................................................................... 59 3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ........... ................................. 61 3.1 Caracterização da Organização ................. ............................................... 61 3.1.1 Produtos e serviços ...................................................................................... 65 3.1.2 Visão, Missão e valores ................................................................................ 66 3.1.3 Organograma ............................................................................................... 68 3.1.4 Clientes ......................................................................................................... 69 3.1.5 Concorrentes ................................................................................................ 69 3.1.6 Parceiros ...................................................................................................... 69 3.2 Resultados da Pesquisa ........................ .................................................... 69 3.2.1 Pontos fortes e frágeis na administração dos recursos humanos da empresa na visão da presidente da cooperativa ...................................................................... 70 3.2.2 Verificação das atuais políticas de Recursos Humanos da cooperativa ....... 74 3.2.3. Resultado da pesquisa com os funcionários ................................................ 83 3.2.4 Percepção dos funcionários em relação as políticas de Recursos Humanos ................................................................................................................... 94 3.2.5 Apresentação de sugestões de ações de melhorias .................................. 107 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................ ..................................................... 109

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................ ............................................... 111 ANEXOS ................................................................................................................. 115 APÊNDICES ........................................................................................................... 127 DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO ............... ................................ 134

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1. INTRODUÇÃO

Na era da economia digital, da internet, do comércio eletrônico, o

relacionamento entre a organização e seus parceiros, o comportamento e

conhecimento humano surgem como estratégia para o alcance da qualidade e

produtividade. Constata-se que o diferencial e a principal vantagem competitiva das

organizações são as pessoas, que produzem, criam, gerenciam, vendem, atendem o

cliente, comunicam, geram inovação, transformam e constroem as organizações

para os objetivos e metas que o administrador deseja.

A concorrência entre as organizações tendem a aumentar gradativamente,

ficando o questionamento de como atender as expectativas do consumidor e

construir um futuro possivelmente certo? Este se fará com base na análise dos

dados que são transformados em informações e conhecimentos, dando significado

às coisas e revelando os desafios que as organizações enfrentarão inserindo este

conhecimento junto aos recursos humanos (TACHIZAWA; FERREIRA; FORTUNA,

2006).

Estes desafios, gerados pela turbulência do mercado, transferem a

importância da administração das pessoas, na competição econômica global da

sociedade da informação, a capacidade de inovar a política da administração dos

recursos humanos constituirá o diferencial competitivo das organizações.

Faz-se necessário investir em longo prazo, substituindo o pensamento

imediato do lucro por planejamentos estratégicos e políticas que priorizem a

sobrevivência da organização e seus recursos, principalmente humanos. Percebe-se

a importância em tratar as políticas de recursos humanos adotadas como visão

estratégica, para que tornem uma vantagem competitiva para a organização.

As políticas de recursos humanos são meios adotados para administração e

gestão de pessoas. Alguns autores ressaltam que os empregados ou funcionários,

atualmente devem ser designados como colaboradores ou parceiros,

compreendendo estes, como parte fundamental à organização.

As políticas de recursos humanos consistem de várias atividades integradas

com os objetivos organizacionais, como descrição e análise cargos, planejamento,

recrutamento, seleção, orientação e motivação, avaliação de desempenho,

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remuneração, benefícios, treinamento e desenvolvimento, relações trabalhistas,

segurança e saúde das pessoas.

As empresas que ainda não possuem práticas e políticas de recursos

humanos definidas percebem dificuldades na administração de seus colaboradores.

É necessário que as empresas estabeleçam práticas e políticas de recursos

humanos claras, sólidas, diretas e de conhecimento de todos os funcionários.

No presente trabalho foram abordados as seguintes políticas básicas de

gestão de pessoas: agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar.

Estas são relacionadas entre si, para que a organização obtenha vantagem sobre as

políticas adotadas, devendo interagir da melhor forma e garantir que estejam

caminhando juntos.

Considerando os conceitos, acima descritos, a Cooperativa de Crédito Rural

com Interação Solidária, uma cooperativa de crédito voltado ao pequeno agricultor,

situada não município de Luis Alves/SC há sete anos, sentiu a necessidade de rever

as políticas de recursos humanos adotadas.

O presente trabalho poderá contribuir para o desenvolvimento da

cooperativa com relação à área de recursos humanos, porque verificou aspectos

que interferem nos procedimentos de recursos humanos da Cooperativa Cresol Luis

Alves.

1.1 Problema de Pesquisa

Para que a cooperativa continue a melhorar na prestação de seus serviços é

preciso uma equipe de profissionais que esteja motivada e voltada para o seu

objetivo. E para que a melhoria ocorra conciliando o crescimento da cooperativa com

satisfação dos funcionários foi importante saber:

Que fatores estão interferindo nas políticas internas para melhoria na

Administração de Recursos Humanos da cooperativa CRESOL LUÍS ALVES?

A cooperativa contribuiu com a pesquisa, por ser o primeiro trabalho

realizado com este tema. Como também foi viável o acesso aos funcionários e as

demais informações.

Por tratar-se de um estudo de avaliação da área de recursos humanos,

proporcionou um aprimoramento e conhecimento para os interessados.

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1.2 Objetivos do Trabalho

O objetivo geral deste trabalho consistiu em diagnosticar e avaliar com base

na percepção dos colaboradores as políticas de Recursos Humanos adotados pela

empresa Cooperativa de Crédito Rural com Interação Solidária – CRESOL Luís

Alves.

Com relação ao objetivo geral de um trabalho, a autora Roesch (2007, p. 96)

afirma que:

O objetivo geral define o propósito do trabalho. Num projeto, não é suficiente definir apenas objetivos gerais, visto que estes são amplos e dificilmente podem ser avaliados [...] a formulação de um objetivo geral não é suficiente para dar uma idéia de como o trabalho será desenvolvido. O objetivo geral é formulado de forma genérica o suficiente para abranger vários objetivos específicos.

Considerando o objetivo geral apresentado acima e disposto pela autora

Roesch, definem-se os objetivos específicos que apresentam caráter mais sólido, e

que “tem função intermediária e instrumental, permitindo de um lado atingir o

objetivo geral e de outro, aplicá-lo a situações particulares” (LAKATOS; MARCONI,

2007, p.221). Assim foram definidos os objetivos específicos:

- Identificar os Pontos Fortes e Frágeis na administração dos funcionários;

- Verificar os procedimentos de Recursos Humanos existentes na

Cooperativa;

- Demonstrar o perfil atual da equipe de funcionários da Cooperativa;

- Identificar a percepção dos funcionários em relação aos procedimentos de

Recursos Humanos;

- Apresentar sugestões de melhorias se necessário.

1.3 Aspectos Metodológicos

Este item aborda a metodologia aplicada na pesquisa, como: a

caracterização, participantes, instrumentos de coletas e métodos de análise de

dados.

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A metodologia é a arte de dirigir o espírito na investigação da verdade. É o

estudo dos métodos e especialmente os das ciências naturais em um conjunto de

técnicas e processos utilizados para ultrapassar a subjetividade do pesquisador e

atingir a obra literária. (ROESCH, 2007).

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio.

O presente trabalho utilizou para coleta e tratamento dos dados levantados

em campo, instrumentos vinculados à metodologia dos tipos de pesquisa qualitativa

e quantitativa, que serviram para o alcance dos objetivos e responder à pergunta de

pesquisa.

A qualitativa foi utilizada na pesquisa com a presidente e a responsável pela

função de Recursos Humanos na Cooperativa Cresol Luis Alves e a quantitativa na

coleta de dados com os funcionários.

O método qualitativo na percepção da autora Roesch (2007) difere em

princípio, do quantitativo à medida que não emprega um instrumento estatístico com

base do processo de análise de um problema e não pretende medir unidades ou

categorias.

A abordagem quantitativa considerando, a mesma autora deve buscar

descrever significados que são considerados como inerentes aos objetos e atos, por

isso é definida como objetiva. Tem como características permitir uma abordagem

focalizada, pontual e estruturada.

Quanto à tipologia de estágio empregada foi a pesquisa- diagnóstico. Porque

conforme a autora, propõe a levantar e explorar o ambiente e por meio do

diagnóstico analisar a viabilidade e/ou o levantamento de necessidades e então

como decorrência do diagnóstico efetuado apresentadas sugestões à empresa para

a resolução dos problemas levantados.

No caso do presente estudo a tipologia permitiu diagnosticar os

procedimentos utilizados pela cooperativa para administrar os seus colaboradores.

A natureza do trabalho foi exploratória descritiva, sendo que no início esteve

constituída principalmente a parte exploratória, por meio do conhecimento do

conteúdo e teoria.

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A pesquisa descritiva busca informações necessárias para uma ação ou

predição. São levantamentos com o objetivo de obter informação sobre a população

pesquisada, considerando a mesma autora.

1.3.2 Participantes da pesquisa

Após o tipo de pesquisa diagnosticado para ser empregado, deve-se definir

a população alvo que é de interesse para a investigação, como enfatiza Roesch

(1999, p. 138): “uma população é um grupo de pessoas ou empresas que interessa

entrevistar para o propósito específico de um estudo”.

A população envolvida na pesquisa foram todos os colaboradores da sede

da cooperativa Cresol Luis Alves, caracterizando-se uma pesquisa censitária. Como

descreve Malhotra (2001, p 301) “um censo envolve a enumeração completa dos

elementos de uma população”.

A sede da cooperativa CRESOL LUIS ALVES, 38 (trinta e oito)

colaboradores fizeram parte da pesquisa como mostra o quadro 1 a seguir.

População da Pesquisa

Cargo N° Pesquisados

Diretoria e assessoria Supervisão Analista de Crédito Caixas Administrativo Informática TOTAL

04 03 05 06 18 02 38

Quadro 1. População da Pesquisa Fonte: Elaborado pela acadêmica

No quadro 1 estão relacionados os participantes da pesquisa agrupados em

seus respectivos cargos

Quanto aos dados da pesquisa relacionados à empresa os respondentes

foram a presidente da Cooperativa e a responsável pela função de recursos

humanos.

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1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

É a fase da pesquisa realizada com o intuito de reconhecer os meios para

recolher informações sobre o campo de interesse, buscando captar um volume

maior de informações para que auxilie a estruturar melhor as conclusões.

O autor Malhotra (2001, p. 127) afirma que

[...] o levantamento de dados referentes à pesquisa podem ser coletados especificamente através da documentação indireta, ou seja, em fonte secundária (documental), e em fontes primárias geradas por uma pesquisa com finalidade especifica.

Para esta pesquisa foram utilizadas fontes de dados primários e

secundários. Para Mattar (2006) os dados primários são coletados com o propósito

de atender as necessidades específicas da pesquisa em andamento.

No caso, as fontes primárias foram captadas por meio dos colaboradores da

cooperativa e os dirigentes.

Quanto aos secundários, foram utilizados para caracterização da empresa

objeto do estudo.

A autora Roesch (2007), ressalta que na entrevista não estruturada, é

necessário uma lista de tópicos para a condução da entrevista, como foi o caso

deste trabalho que utilizou um roteiro com os aspectos relacionados com a

administração de recursos humanos, identificando os pontos fortes e frágeis das

políticas adotadas.

Para atender ao objetivo relacionado à identificação das políticas de

recursos humanos existentes na cooperativa a coleta dos dados foi realizada por

meio de entrevista semi-estruturada com a responsável pela função de Recursos

Humanos, como pode ser observado no apêndice “A”.

Na entrevista semi-estruturada para a mesma autora, são utilizadas

questões abertas, que permitem ao pesquisador compreender a perspectiva dos

participantes da pesquisa (apêndice “B”).

E para buscar as informações sobre o perfil dos funcionários e a percepção

dos funcionários com relação aos procedimentos de Recursos Humanos foi utilizado

a aplicação de questionário. O questionário, na visão dos autores Cervo e Bervian

(2002) é a forma mais usada para coletar dados, por possibilitar medir com melhor

exatidão as informações. Complementam os autores que é um meio de obter

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respostas as questões por uma fórmula que o próprio informante preenche contendo

um conjunto de questões relacionadas à um problema central.

A autora Roesch (2007), ressalta que pesquisas com perguntas fechadas

possibilitam apenas saber os pontos fortes e fracos da situação em estudo, e que

muitas vezes podem ser de caráter superficial, mas as questões abertas podem

permitir o conhecimento sobre os aspectos desses pontos.

Para complementar as buscas dos dados, a acadêmica durante o

expediente da cooperativa, interagiu e interpretou os fatos com os pesquisados por

meio da observação não participante.

A observação, destaca Roesch (2007, p. 148) “é utilizada para entender

como indivíduos usam seu tempo em situação de trabalho, para estudar e revisar a

alocação de recursos ou para calcular a freqüência de atrasos”.

O referencial teórico para elaboração dos instrumentos de pesquisa

considerou o autor Luz (2003) para o levantamento do perfil dos funcionários.

Quanto às categorias de análise para o alcance dos demais objetivos foram

baseadas em Celinski (1994), Prado e Souza (2002) e Chiavenato (2004) com as

categorias relacionadas no quadro 2 a seguir:

CATEGORIAS DE ANÁLISE

CATEGORIAS DEFINIÇÃO

Políticas de recurso s humanos e normas administrativas

Compreende a definição de planos ,objetivos, regulamentos, auditorias das políticas e prática, relacionados a administração dos funcionários.

Setor de RH Compreende a coordenação e as avaliações das atividades e programas de RH, os estudos motivacionais, inventário de talentos e controle da mão-de-obra.

Comunicação Interna Refere-se à forma de comunicação, divulgação de práticas de Recursos Humanos.

Administração de Cargos e Salários

Compreende a avaliação e classificação de cargos, a graduação de faixas salariais, plano de incentivos e enriquecimento de cargos.

Recrutamento e Seleção

Refere-se à previsão das necessidades de mão-de-obra, elaboração das políticas e práticas, mídia de recrutamento

Treinamento e Desenvolvimento

Compreende os programas de orientação e afinidade do trabalho, cursos externos, avaliação do desempenho e do potencial, convênios com escolas e faculdades, etc.

Avaliação do Potencial Humano

Compreende as avaliações do desempenho e potencial humano e a conduta da empresa quanto a estes resultados

Promoção e Carreira Referem-se aos estímulos promocionais, por aperfeiçoamento, as possibilidades de progresso, etc.

Segurança e Higiene no Trabalho

Compreendem Normas de Higiene de segurança no trabalho, investigação de acidentes, exames médicos, equipamento de proteção individual segurança pessoal.

Quadro 2. Categorias de análise Fonte: Adaptado de Celinski (1994); Prado e Souza (2002); Chiavenato (2004)

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O quadro 2 apresenta a definição das categorias utilizadas como base para

a elaboração dos instrumentos de pesquisa.

Com relação à coleta de dados para o presente estudo com a empresa

ocorreu no período de 08/05/2009/ à 26/05/2009.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

O objetivo principal do tratamento e análise dos dados é permitir ao

pesquisador o estabelecimento das conclusões e conseqüentemente propor a

solução do problema de pesquisa proposto.

A autora Roesch (2007), considera que os métodos e coletas de dados

devem estar especificados para que, chegando o momento do estágio, saber como

realizá-lo, assim além da definição do porquê, quando, como, e quantas vezes os

dados serão coletados também é necessário um plano de como serão analisados, e

previsão dos demonstrativos como tabelas e gráficos.

A mesma autora sugere que ao possuir o material coletado o pesquisador

relaciona os dados obtidos, primeiramente agrupando e depois classificando em

qualitativo e quantitativo.

Os dados qualitativos foram interpretados com base nos conceitos da

análise de conteúdo, que, como ressalta Weber (1990 apud ROESCH, 2007, p. 170)

[...] usa uma série de procedimentos para levantar inferências

válidas a partir de um texto [...] cabe ao pesquisador interpretar e explicar esses resultados, utilizando teorias relevantes.

Na abordagem qualitativa, o pesquisador se depara ao final da pesquisa

com uma quantidade de anotações e textos, que terá que interpretar. A autora

Roesch (2007) enfatiza que para esta interpretação deverá ser adotada na análise

dos dados a construção de um conjunto de categorias de análise baseando-se no

referencial teórico do estudo e nos dados apurados com a pesquisa.

Os dados quantitativos foram interpretados por meio de técnicas estatísticas.

Como ressalta Diehl (2004), é possível computar freqüência, porcentagens,

permitindo extrair sentido dos dados por meio de hipóteses, comparação de

resultados entre outros, facilitando o próximo passo de tabular os dados para melhor

compreensão e interpretação de forma rápida.

No caso do presente estudo, utilizou-se estatística descritiva e freqüência.

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Na visão de Roesch (2007) a pesquisa quantitativa normalmente utiliza-se a

análise estatística com auxílio de computadores por meio de planilhas para tabular

os dados. Neste estudo, os dados foram tabulados com o auxilio do software Excel.

Após a análise, os dados foram transcritos e apresentados em quadros,

gráficos e textos explicativos que possibilitaram a interpretação, permitindo chegar

ao objetivo dessa pesquisa.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este item apresenta as informações referentes ao desenvolvimento através

da fundamentação teórica sobre a área da pesquisa em questão.

2.1 Contextualização e Aspectos Conceituais da Admi nistração

Nossa sociedade vivencia a era da informação. Uma época de

complexidades, mudanças, transformações e incertezas. Uma sociedade composta

por organizações com atividades voltadas para a produção de bens ou para a

prestação de serviços que são constituídas por recursos humanos e não-humanos.

A administração torna-se uma das mais importantes áreas da atividade humana

conduzindo as atividades de uma organização.

Para compreensão da administração é preciso saber qual o seu significado.

Griffin (2007) compreende que a administração é um conjunto de atividades, como

planejamento e tomada de decisão, organização, liderança e controle que são

direcionadas para a utilização de recursos de uma empresa, que são os recursos

humanos, financeiros, materiais e de informação, buscando atingir os objetivos e

metas da organização.

A origem da palavra Administração, conforme Chiavenato (2001, p. 09),

surgiu do “latim, ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou

obediência)”.

De acordo com os autores Chiavenato (2001), Griffin (2007) e Andreade e

Amboni (2007) administrar envolve quatro funções básicas: planejamento e tomada

de decisão, organização, liderança ou direção e controle das ações a fim de

alcançar os objetivos organizacionais. Como mostra a figura 1 a seguir.

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Figura 1. Teorias da administração. Fonte: Adaptado de Montana e Charnov, (2003).

Conforme demonstra a figura 1, as funções da administração estão

envolvidas, entrelaçadas e dependentes umas as outras.

O significado e conteúdo da administração sofreram variações quanto à

ampliação, aprofundamento e abordagens ao longo das teorias, por meio dos

principais componentes básicos de estudo da administração, que como ressalta

Chiavenato (2001) são as variáveis: tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e

tecnologia.

Frederick W. Taylor foi o primeiro e principal precursor dos estudos da

administração através da ênfase nas tarefas, com a administração Científica de

Taylor.

Taylor tinha por objetivo principal o emprego do método científico aos

problemas da administração, mediante uma abordagem sistemática, criando assim a

teoria geral da administração segundo ele existe uma maneira melhor para realizar

cada tarefa, uma ferramenta melhor para executar a tarefa e um tempo ideal para

ser cumprida a tarefa, assim o resultado seria uma economia de custos materiais e

humanos com uma produção quantitativa e qualitativamente perfeita (MUNIZ;

FARIA, 2001).

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Considerando Montana e Charnov (2003), Frederick W. Taylor, pai da

administração científica, que examinou detalhadamente atividade por atividade e

dividiu cada atividade em tarefas componentes, em um processo chamado por ele

de fracionamento de atividades. Conseguiu melhorar radicalmente a eficiência do

trabalhador por meio do seu estudo de tempos e movimentos, transformando o

modo de realizá-las em “a única maneira correta”. Para Taylor, os elementos de

aplicação da administração científica estão descritos a seguir:

• Estudo de tempo e padrões de produção: princípio da exceção, classificação dos produtos e do material utilizado na manufatura;

• Supervisão funcional: utilização da régua de caçulo e instrumentos para economizar tempo; delineamento da rotina de trabalho;

• Padronização de ferramentas e instrumentos: fichas de instruções de serviços;

• Planejamento de tarefas e cargos: Idéia de tarefa associada a prêmios de produção pela sua execução eficiente;

Frederick Winslow Taylor, americano, desenvolveu a chamada escola da

administração Científica, preocupada em aumentar a eficiência da indústria por

meio, inicialmente, da racionalização do trabalho do operário.

Também na abordagem clássica um europeu, Henri Fayol, veio a

desenvolver a chamada teoria clássica, preocupada em aumentar a eficiência da

empresa por meio da sua organização, de seus componentes e das suas estruturas

(ANDRADE E AMBONI, 2007).

O autor divide a abordagem clássica da administração em administração

científica, criada por Taylor e que tem ênfase nas tarefas e administração clássica

criada por Fayol que tem ênfase na estrutura das organizações.

Na visão de Montana e Charnov (2003), a primeira abordagem da teoria

administrativa foi criada por gerentes, engenheiros e cientistas preocupados em

melhorar a eficiência do trabalhador, e o estudo iniciou-se nessa época pelo autor

Frederick W. Taylor, depois dos estudos tayloristas, surgiu o engenheiro Henri Fayol,

que contribuiu e muito para a administração. O mesmo dividiu as tarefas entre os

níveis de supervisão e de gerenciamento, fazendo com que a administração se

tornasse algo importante mais do que supervisionar funcionários.

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Os mesmos autores indicam que estes foram os primeiros e principais

autores, seguiram após, outros autores que abordaram novas técnicas e

teorias,conforme demonstrado no quadro 3.

TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO ÊNFASE

ESCOLA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Também é conhecida como Pesquisa Operacional, onde os autores Frederik Winslow Taylor e Henry Ford afirmam que a produtividade pode ser melhorada e a eficácia organizacional aumentada por meio do método científico e do uso de modelos matemáticos.

ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS

Elton Mayo e seus colaboradores concluíram através da experiência de Hawthorne que, além dos aspectos físicos do trabalho, outros fatores podem melhorar a produção. Esses fatores referem-se às inter-relações entre os trabalhadores e a psicologia individual do trabalhador e foram chamados de fatores de relações humanas.

ABORDAGEM CONTINGENCIAL

Essa abordagem não defende um método universalmente correto para a solução de problemas de administração, mas afirma que problemas diferentes exigirão soluções diferentes. Ela é eclética e permite ao seu adepto que faça um exame e uma escolha, dentre as técnicas gerenciais disponíveis para a solução do problema.

ESCOLA DO COMPORTAMENTALISTA

Douglas M. McGregor estudou pontos de vista diferentes às abordagens acima. Ele juntou as filosofias dos outros autores, e rotulou de Teoria X a de Taylor e de Teoria Y a de Mayo. Onde a Teoria X força o funcionário a fazer exatamente aquilo que a organização pretendende independentemente de sua opinião; Já na Teoria Y o trabalha pode ser uma fonte de satisfação e recompensas. A teoria Z é um modelo de administração participativa. A hierarquia da necessidades de Maslow: através das necessidades fisiológicas, segurança, sociais, estima e auto-realização. A teoria dos fatores motivacionais e higiênicos formulada por Herzberg representa que diz respeito sobre as condições de trabalho e o conteúdo e natureza das tarefas.

Quadro 3. Teorias da administração. Fonte: Adaptado de Montana e Charnov, (2003) e Andrade e Amboni (2007).

A administração não é uma coisa mecânica, por isso o conhecimento teórico

é importantíssimo e indispensável, mas depende da personalidade e do modo de

agir do administrador. A tarefa de administrar consiste em tornar decisões sobre os

objetivos a serem alcançados pela organização por meio de seus recursos.

A administração como relatam Andrade e Amboni (2007) é considerada uma

ciência, por ocorrerem fenômenos complexos e diferenciados que muitas vezes o

administrador terá que buscar e aprimorar o seu conhecimento para compreendê-

los. Assim é considerada uma ciência inexata, já que o administrador toma decisões

com base nas informações que são novas a todo o momento, por serem os negócios

mutáveis e circunstanciais. Também pode ser considerada como arte, por liderar e

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gerir recursos dentro da organização frente a instabilidade e imprevisibilidade

atuando como artista, para poder improvisar e reinventar para alcançar os objetivos

pretendidos.

Já a teoria das relações humanas, considerando o autor Chiavenato (2001)

nasceu da necessidade de se corrigir a forte tendência à desumanização do trabalho

surgida com a aplicação de métodos rigorosos constituídos na abordagem clássica

da Administração.

O mesmo autor identifica que com a experiência de Hawthorne, conduzida

por Elton Mayo que buscava determinar a relação entre a intensidade da iluminação

e a eficiência dos operários, medida por meio da produção, iniciou-se estudos que

verificavam as ligações do meio externo e o s recursos humanos.

Os indivíduos dentro da organização participam de grupos sociais e

mantêm-se em uma constante interação. Para poder explicar e justificar o

comportamento humano nas organizações a teoria das relações humanas passou a

estudar este comportamento. Cada pessoa tem uma personalidade totalmente

diferente que pode influenciar na atitude e no comportamento do restante do grupo,

assim como este pode ser influenciado.

Por meio da teoria das relações humanas as organizações passam a ser

consideradas como um sistema social, como ressaltam Muniz e Faria (2001, p. 35):

Não é um simples sistema econômico, uma pluralidade e indivíduos racionalmente organizados para a produção, mas um conjunto de indivíduos e de relações de interdependência que estes mantêm entre si, em função de normas, valores, crenças e objetivos comuns e de uma estrutura tecnológica subjacente.

As conclusões da experiência de Hawthorne permitiram o delineamento dos

princípios básicos da escola das relações humanas.

Entre as principais conclusões considerando o autor Chiavenato (2001) está:

o nível de produção, resultante da integração social, o comportamento do indivíduo

se apóia totalmente no grupo, o comportamento dos trabalhadores está

condicionado a normas e padrões sociais, a organização social é composta de

diversos grupos sociais informais, os indivíduos dentro da organização participam de

grupos sociais, descobriu-se também a importância do conteúdo do cargo e ainda os

elementos não planejados e mesmo irracionais do comportamento humano

influenciam a produção.

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Com a teoria das relações humanas passou-se a estudar a influência da

motivação no comportamento das pessoas. A motivação se refere à satisfação que é

causada mediante a realização de objetivos e necessidades do indivíduo.

As necessidades obedecem a uma hierarquia que na percepção dos autores

Andrade e Amboni (2007), que correspondem as necessidades primárias, e

secundárias visualizadas através da pirâmide de Maslow na figura 2.

Figura 2. Pirâmide das Necessidades. Fonte: Andrade e Amboni (2007).

A figura 2 representa a pirâmide de Maslow, demonstrando as necessidades

primárias do ser humano e as necessidades secundárias, com os itens que

interferem na motivação.

A teoria burocrática desenvolveu os estudos de poder e de autoridade como

componentes integrantes do cargo e da estrutura organizacional. Weber preocupou-

se apenas com as relações formais entre os elementos da burocracia, ignorando a

organização informal e os fatores humanos e sociais do comportamento, gerando

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dessa forma o “Homem Burocrata”, cujo comportamento é padronizado, previsto e

informal. Max Weber desenvolveu seu trabalho sobre três aspectos: aceitação da

validade das idéias em que repousa a autoridade racional-legal, organização

fundamental necessária para o exercício da autoridade racional -legal e exercício da

autoridade racional- legal no quadro administrativo. (MUNIZ; FARIA, 2001).

A administração depende da personalidade do administrador e de suas

habilidades sejam técnicas, humanas ou conceituais. Pode também ser focada a

partir da subdivisão de áreas, como administração da produção, organização

sistemas e métodos, administração financeira, de marketing ou de recursos

humanos. (CHIAVENATO, 2001).

2.1.3 Áreas da administração

A administração considerando os autores Montana e Charnov (2003)

pressupõem seis áreas assim definidas:

Administração da produção: com o desenvolvimento das máquinas a

administração da produção começou com base no setor industrial.

Produção é a geração de produtos que podem ser desde ferramentas e

máquinas até bens e serviços. Através da administração da produção que pode

permitir progressos substanciais através do gerenciamento para a melhoria da

produção (MONTANA; CHARNOV ,2003).

Organização, sistema e métodos : para os mesmos autores são os

sistemas organizacionais que formam estruturas, isto é, maneiras de apresentar o

relacionamento entre os diversos órgãos, o andamento das decisões e das

informações, as subordinações, as linhas de autoridade e de poder, etc. Essas

estruturas são as mais diversas, muitas delas rígidas e já ultrapassadas, outras de

caráter moderno e flexível.

Estrutura é o arranjo dos elementos (diretorias, departamentos, gerências,

seções...) que compõem a organização ou a empresa. É a forma pela qual estão

integrados esses elementos (CHIAVENATO, 2001).

Administração financeira : a geração de lucros é o principal objetivo de

toda organização com fins lucrativos. O administrador financeiro tem funções

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específicas como: análise, planejamento, controle, tomadas de decisão de

investimentos e financiamentos, políticas de crescimento e contabilidade.

Para a administração financeira o objetivo econômico das empresas é a

maximização de seu valor, pois assim aumentará a riqueza de seus proprietários.

Na visão de Silva (2006), o objetivo básico implícito nas decisões de

administração financeira é a maior rentabilidade possível, sobre o investimento

efetuado por indivíduos ou instituições caracterizados como proprietários acionistas

ordinários, no caso de uma sociedade anônima.

Administração de materiais: A gerência de materiais é um conceito vital

que pode resultar na redução de custos e no aperfeiçoamento do desempenho de

uma organização de produção, quando é adequadamente entendida e executada. É

um conceito que deve estar contido na filosofia da empresa e em sua organização.

Administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista,

pesquisador e programador. É, acima de tudo, colocar a empresa como um

organismo viável a todos que dela participam (DIAS, 2006).

Administração de marketing: o estudo do mercado surgiu das

necessidades dos industriais em administrar a nova realidade oriunda da Revolução

Industrial, que causou uma transformação no mercado de vendedores para um

mercado de compradores. O marketing teve como preocupação inicial a logística e a

produtividade, para a maximização dos lucros.

Marketing é um processo social por meio do qual, pessoas e grupos de

pessoas obtém aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e

livre negociação de produtos e serviços de valor (KOTLER; KELLER, 2006).

Administração de Recursos Humanos; o movimento das relações

humanas, na década de 20, trouxe um desafio extremo á função de chefe de

pessoal. Como se sabe, esse novo modelo de administração teve como base de

mudança a relação entre empregadores e empregados. O momento era o de pensar

nos trabalhadores como forças humanas para continuação das tarefas, como relata

Marras (2005, p. 23): “enquanto a escola clássica operava à base de força e do

autocratismo, o novo modelo propunha aumentar a produtividade pela eliminação

dos conflitos e seus respectivos custos”, estava na hora de conceber o homem como

ser pensante e que se os operários ou funcionários trabalhassem sem conflitos a

produtividade poderia aumentar.

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Nesse novo modelo administrativo de gerir a relação entre empregadores e

empregados a função que antes era de chefe de pessoal sofre uma grande pressão,

com uma total inversão de seu papel. A ordem é se preocupar com o indivíduo, com

suas necessidades e outras variáveis com as quais ninguém havia se preocupado

antes.

2.2 Administração de Recursos Humanos

Com a Revolução industrial o novo modo de trabalhar em escala com

divisão de trabalho necessitou administrar pessoas em um contexto organizacional,

o capital humano transformou-se em um referencial para a gestão nas organizações

(MONTANA; CHARNOV, 2003).

A administração de recursos humanos surgiu primeiramente a partir desta

necessidade de contabilizar as entradas e saídas, os pagamentos, os vales, os

descontos e as faltas dos colaboradores.

Atualmente as organizações vivem constantes mudanças, como causa

principal de todas essas mudanças encontra-se a globalização da economia e a

abertura dos mercados, ocasionando uma concorrência acirrada entre produtos e

preços a partir da década de 90. Assim a nova situação obrigou as organizações a

rever os seus conceitos e paradigmas (MARRAS, 2005).

Os administradores estão despertando para posição estratégica dos

Recursos Humanos dentro da empresa, para sua função de agregar valor e

diferencial aos negócios.

O foco das organizações que era para o capital financeiro passou a ser o

capital humano, que é o que detêm as informações, o conhecimento e a criatividade,

fatores importantes e fundamentais para as empresas conquistarem seus clientes e

alcançarem a melhor fatia de mercado possível. Como colocam Milkovich e

Boudreau (2000, p. 19):

Os recursos humanos trazem o brilho da criatividade para a empresa. As pessoas planejam e produzem os produtos e serviços, controlam a qualidade, vendem os produtos, alocam recursos financeiros e estabelecem estratégias e objetivos para a organização. Sem pessoas eficazes é praticamente impossível para qualquer empresa atingir seus objetivos.

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Este está sendo o principal papel do administrador de R.H., agregar valor a

organização por meio das pessoas. Para isso é preciso contratar pessoas

capacitadas e qualificadas, mas também é necessário mantê-las motivadas e

comprometidas com a organização.

Os autores Montana e Charnov (2003, p. 196) destacam que “as pessoas

trazem para a organização diferentes talentos, níveis de expectativa, contribuições

e, em certos casos, problemas”.

É essencial ao profissional desta área que não só tenha formação na área

de Recursos Humanos, mas principalmente esteja dotado de uma empatia profunda

para estabelecer boas relações tanto com os executivos da empresa como os

trabalhadores operacionais.

As funções do administrador de recursos humanos é o de selecionar

pessoas qualificadas, analisar, conhecer e solucionar problemas, organizar e alocar

recursos, comunicar, dirigir e motivar as pessoas, negociar, tomar decisões e

adaptar os funcionários que já trabalham na organização e estão com algum

problema. A maioria das organizações reconhece no setor de recursos humanos

uma função organizacional estratégica, voltada efetivamente para a gestão de

pessoas e equipes (CHIAVENATO, 2001).

O profissional de recursos humanos consiste no nível gerencial e deve incluir

competências nas áreas de desenvolvimento de recursos humanos. Nas funções e

atividades do administrador de R.H. planejamento, recrutamento, seleção,

treinamento, avaliação de desempenho, competências e potencial, desenvolvimento

gerencial, cargos e salários, benefícios, relações trabalhistas e administração de

pessoal.

Compreende-se então que, Administração de Recursos Humanos é uma

série de decisões que formam as relações de trabalho e que sua qualidade

influencia diretamente na capacidade de atingir os objetivos e metas da organização

(MILKOVICH; BOUDREAU, 2000).

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2.2.1 Evolução da administração de Recursos Humanos

Selecionar, formar e aperfeiçoar um grupo de pessoas para trabalhar como

uma verdadeira equipe, com os objetivos definidos para produzir resultados. Este é

o principal objetivo da Administração de Recursos Humanos.

Os novos métodos adotados pela administração preocupam-se

essencialmente com a administração do capital humano, o administrador de

Recursos Humanos simplesmente não recebe ordens e metas para serem atingidas

num prazo determinado como ressaltam Lacombe e Heiborn (2003, p. 21): “A área

de recursos humanos terá de participar intensamente na formulação e

implementação das estratégias da empresa, pois elas dependem cada vez mais das

pessoas em todos os níveis”.

Os desafios de qualidade e competitividade contribuem para que a função

de Recursos Humanos busque sua identidade. A administração de Recursos

Humanos vive novos cenários, tem o desafio de conhecer e integrar elementos do

ambiente externo com a alta velocidade das informações, produtividade, qualificação

continua, emprego com vínculos de fidelidade transitória entre tantos outros

(FRANÇA, 2007).

2.2.2 Recursos Humanos em nível estratégico

A ordem agora é preocupar-se com o indivíduo, com suas necessidades e

outras variáveis com as quais até o momento ninguém estava absolutamente

preparado. Nem o empresário, nem o trabalhador e muito menos o chefe de pessoal

(MARRAS, 2005).

Enquanto as empresas se preocupam em ser mais competitivas, os

empregados buscam a compensação do estresse causado pela busca frenética por

resultados. É preciso que o administrador perceba que o recursos humanos deve ser

especializado, com capacidade para acompanhar as decisões e os objetivos da

organização.

As empresas cada vez mais irão estar distante do mercado por essas

constantes e velozes mudanças que ocorrem, é preciso que estejam atentas, pois os

Recursos Humanos de ontem mudou. É o que retrata Orlickas (2001, p. 28): ”A

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empresa que quiser crescer, ou mesmo continuar no mercado, precisará evoluir.

Soltar-se das amarradas, mudar sua cultura, adaptar-se a essa constante mudança.”

2.3 Políticas de Recursos Humanos

Considerando o autor Chiavenato (2004) as organizações para administrarem

os seus recursos devem agrupar as atividades da área de Recursos Humanos por

blocos de políticas, como mostra a figura 3:

Figura 3. Políticas de Recursos Humanos. Fonte: Adaptado de Chiavenato (2004)

Observando a figura 3, percebe-se que as organizações, para administrar

seus Recursos Humanos, devem criar políticas e procedimentos estabelecendo

critérios para agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar as

pessoas.

O autor Sant’anna (2008), contribui ressaltando que em nível organizacional,

tem sido comumente a relevância de as empresas se prepararem para enfrentar a

competição nos padrões da nova configuração do mundo dos negócios, por meio da

adoção de estruturas, estratégias, políticas e práticas de gestão que favoreçam a

formação de conteúdos culturais que estimulem um comportamento competente.

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2.3.1 Políticas de agregar pessoas

São as políticas que envolvem as rotas de ingresso das pessoas na

organização. É a atividade de Recursos Humanos que tem por finalidade a captação

de pessoas com características e competências que se ajustam as características da

organização.

Nesta política são desenvolvidas as atividades relacionadas ao

planejamento, mercado de trabalho, recrutamento e seleção de pessoas.

2.3.1.1 Planejamento de Recursos Humanos

As turbulências do mercado fazem com que o departamento de recursos

humanos esteja também atento as informações que surgem no mercado para

perceber a necessidade de seu cliente, sendo o funcionário ou mesmo o presidente

da empresa.

Pode-se então diagnosticar que ao estar atento, será possível reconhecer

quando existe a necessidade de uma nova contratação, ou mesmo quando um

colaborador necessita de algo que pode contribuir para a sua participação na

organização.

A organização enfrenta um grande paradoxo, enquanto o futuro é incerto ela

precisa definir alternativas para garantir o seu desenvolvimento, não somente por

meio do seu desempenho presente, mas também da competência e da capacidade

de seus profissionais para enfrentar os desafios futuros (ORLICKAS, 2001).

Para os autores Milkovich e Boudreau (2000, p. 31),

[...] as atividades de planejamento de RH concentram-se na fixação de objetivos. O planejamento envolve o estabelecimento de como uma organização pode mudar de um cenário existente de RH para outro desejado.

Complementando o pensamento dos autores, o autor Pontes (2000) ressalta

que o planejamento permite estimar as necessidades futuras dos colaboradores,

para que a empresa possa cumprir suas estratégias. Este planejamento de recursos

humanos é iniciado a partir do planejamento estratégico, planos anuais e

orçamentos que resultam na previsão anual do número de pessoas necessárias

para a execução das ações, metas e objetivos da organização.

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Reafirmam os autores Montana e Charnov (2003) que no planejamento de

recursos humanos, os especialistas avaliam as necessidades da empresa e criam os

planos necessários. Esses planos são responsáveis por facilitar a realização dos

objetivos organizacionais.

2.3.1.2 Mercado de Recursos Humanos

As ações da administração de RH são profundamente influenciadas por

condições do lado de fora da empresa. As condições podem ser variadas, mas

existem algumas constantes como a crescente pressão de competição e o

desenvolvimento tecnológico (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000).

Essas condições remetem ao que relatam os autores Hanashiro, Teixeira e

Zaccarelli (2007), que atualmente, a configuração do mercado de trabalho ganhou o

impacto da globalização, provocando profundas reestruturações. O mercado de

trabalho, com o advento da internet, tornou-se um verdadeiro mercado aberto, não

controlado pelas empresas e nem restrito por áreas geográficas. A análise do

mercado de trabalho ganha novas anuanças e se amplia enormemente.

Todas as empresas compreendidas em uma área geográfica concorrem por

uma oferta limitada de mão-de-obra, algumas vezes existem muitos candidatos por

vaga, mas outras, quando o cargo é altamente técnico e especializado a empresa

pode enfrentar muitas dificuldades para encontrar pessoal qualificado.

O administrador deve estar constantemente alerta a mudanças nos fatores

da oferta e demanda, e essa tarefa não é fácil. Para isso, existem algumas diretrizes

e informações úteis para melhor analisar, medir e se possível, prever as mudanças.

Por meio de conversa com colegas de outras empresas, atenção aos

comentários dos funcionários, análise das taxas salariais anunciadas nos

classificados de procura de empregados, participação e contribuição em pesquisas

sobre ordenados e salários do setor é possível perceber quais são as rotas que

estão sendo percorridas (MONTANA; CHARNOV, 2003).

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2.3.1.3 Recrutamento de Recursos Humanos

O recrutamento abrange o conjunto de práticas e procedimentos usados

para atrair candidatos para as vagas existentes ou potenciais, criadas a partir da

necessidade interna da organização.

O que traz a necessidade em realizar um serviço de recrutamento e seleção,

na percepção do autor Marras (2005, p. 66) é um dos seguintes acontecimentos: “a

rotatividade, o aumento de quadro planejado e aumento de quadro circunstancial”

criando a necessidade de uma nova contratação. O setor que apresenta uma vaga

em aberto requisita ao setor de recursos humanos e este por sua vez, deverá

recrutar um novo integrante para a organização baseado no perfil indicado pelo

requisitante.

Recrutamento de pessoal, considerando o mesmo autor, é uma atividade de

responsabilidade do sistema de administração de recursos humanos que tem por

finalidade a captação de pessoal interna e externamente à organização objetivando

municiar o subsistema de seleção de pessoal no seu atendimento aos clientes

internos da empresa.

O autor Lacombe (2005) ressalta ainda que a maioria das empresas mantém

um cadastro de futuros candidatos para ocupar as vagas que possam vir a surgir,

que é constantemente alimentado por ofertas espontâneas, indicações,

apresentações, e outros meios. A primeira coisa a se fazer ao surgir uma vaga na

organização é a pesquisa nesse cadastro, com base nas características que se

deseja para a pessoa que vai ocupar o cargo.

O recrutamento, como abordam os autores Fidelis e Banov (2007), é o

processo que comunica, divulga e torna pública a vaga existente em uma

organização, e tem como objetivo captar os candidatos cujo perfil seja o mais

adequado ao posto de trabalho.

Para obter êxito no processo de recrutamento a empresa deve possuir o

perfil bem definido. Para a definição do perfil é preciso saber quais as

responsabilidades e ações que o candidato deverá exercer. Além disso, para

definição do perfil ideal é preciso conhecer a cultura da empresa, seus valores e sua

ética. O candidato deve possuir perfil condizente com os valores e expectativas da

empresa.

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As fontes de recrutamento podem ser internas ou externas. O recrutamento

interno privilegia os próprios recursos da empresa. Além de otimizar tempo, porque a

velocidade do processo de recrutamento é mais rápida, também dispensa toda uma

bateria de testes, que seriam exigidos. No caso de um recrutamento interno, a

motivação do funcionário e dos que o rodeiam pode aumentar gradativamente, além

de criar perspectivas de crescimento para os colaboradores, como ressaltam

Lacombe e Heiborn (2003, p. 245):

Um ponto importante a ser considerado em qualquer recrutamento é a prioridade que se deve dar ao recrutamento interno. O aproveitamento do pessoal da empresa, em geral, motiva todos os empregados e mostrando a intenção de criarem perspectivas de carreira.

Já a autora França (2007), salienta que apesar desse aspecto positivo sobre

motivação, crescimento e desenvolvimento profissional, adotar essa técnica requer

cuidados de gerenciamento de expectativas já que essas vagas podem ocasionar

competição interna e até mesmo frustrações, para tanto, se faz necessário que o

recrutamento tenha normas definidas e transparentes.

Se a organização pretende adotar a prática de recrutamento interno de

forma sistemática, deve recrutar e selecionar pessoas com potencial de crescimento,

promover um bom treinamento e possuir um sistema adequado de avaliação das

qualificações de potencial de pessoal (GIL, 2006).

O recrutamento interno apresenta vantagens e desvantagens, considerando

o autor Lacombe (2005).

Com relação as vantagens – Mais econômico, rápido, fonte de motivação,

aproveitando os investimentos da empresa em treinamento do pessoal.

Quanto as desvantagens - Limitação de criatividade e visão, conflito de

interesses, no caso de substituição é necessário que o candidato tenha condições

de igualar-se ao antigo ocupante do cargo.

O recrutamento externo por sua vez busca por pessoas para preencher

vagas com candidatos que estejam fora da organização.

Este recrutamento para França (2007, p. 33) “tem vantagens que devem ser

ponderadas, levando-se em conta o contexto em que a empresa está inserida

naquele momento”, pode trazer benefícios para a empresa com inclusão de novos

talentos e inovação.

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O recrutamento externo por estar buscando colaboradores de fora da

organização traz pessoas com novas experiências, conhecimentos e percepções,

que podem colaborar para aperfeiçoar os procedimentos da empresa (LACOMBE;

HEIBORN, 2003).

Complementando, o autor Lacombe (2005) ressalta que o recrutamento

externo traz pessoas com novas experiências, conhecimentos e percepções, que

podem cooperar para aperfeiçoar os procedimentos da empresa e para sensibilizar a

administração para o ambiente externo e o mercado.

Este tipo de recrutamento pode ser realizado por meio de banco de dados

internos, de indicações, cartazes internos e externos, entidades, diversas

consultorias, agencias de emprego, na mídia entre outros meios.

O mesmo autor identifica que o recrutamento externo também apresenta:

- Vantagens – traz “sangue novo” e experiências novas, renovando e

enriquecendo a organização.

- Desvantagens – mais caro, e demorado do que o recrutamento interno,

também menos seguro, por serem candidatos desconhecidos, frustra o pessoal

interno.

E como relatam Lacombe e Heiborn (2003, p. 245) o recrutamento externo

pode ser: “aberto, indica quem está recrutando, ou fechado que não indica quem

está recrutando”.

2.3.1.4 Seleção e integração

A seleção de pessoal é a atividade que tem por finalidade escolher,

candidatos ao emprego que passaram pelo recrutamento, Lacombe e Heiborn

(2003, p.251) “uma vez obtido um universo relativamente amplo para a escolha de

um bom empregado, inicia-se a seleção”. O futuro da empresa depende de seu

processo de seleção.

Selecionar é uma tarefa que deve ser executada com o máximo de precisão

e competência possível, para que a escolha possa suprir as necessidades da

organização. O erro pode significar o comprometimento das relações podendo

resultar em atividades mal executadas.

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Para a seleção do candidato é necessária a avaliação das exigências do

cargo e as características, como demonstra o autor Marras (2005) no quadro 4 a

seguir.

Exigências do Cargo Características do Candidato

São características que o cargo exige do profissional em termos de conhecimentos, habilidades e atitudes para o bom desempenho das funções.

É o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que cada candidato possui para desempenhar as suas tarefas

Quadro 4. Campos de análise e seleção. Fonte: Marras (2005)

Para possibilitar essa análise o entrevistador dispõe de dois instrumentos: a

entrevista de seleção e os testes diversos para análise do candidato. Sobre os

instrumentos, Araujo (2006, p. 25) comenta: “este procedimento consiste em

escolher, dentre estas pessoas, as que melhor se adaptam à cultura da

organização”.

Contribuindo com o autor citado, os autores Fidelis e Banov (2007),

ressaltam que na seleção de pessoal procura-se levantar a qualificação do

candidato (ou competência), o que realmente domina, qual é o seu diferencial. No

processo devem ser consideradas as diferenças individuais, o cargo e a cultura

organizacional, que combinadas, tentam ajustar o individuo à organização.

A seleção pode ter vários métodos e testes a serem adotados pela

organização, como: a triagem pelos currículos, as entrevistas, informações coletadas

através de pessoas confiáveis, testes técnico-profissionais, testes psicológicos,

dinâmicas de grupo e também informações cadastrais. (LACOMBE; HEIBORN,

2003).

A empresa pode desejar analisar os candidatos mediante seleção e, como

coloca Coelho (2008, p.215) “conhecer as expectativas do candidato, seus planos

futuros, sua capacidade de raciocínio lógico e de argumentação, ou ainda sua

capacidade de liderança ou de trabalho em grupo” dependendo do método adotado

pela organização.

Já o autor Lacombe (2005), ressalta que uma boa seleção deve priorizar aos

candidatos que possuam habilidades, atitudes e comportamentos requeridos pela

empresa e que são difíceis de serem adquiridos por meio de treinamento, como a

habilidade de lidar com as pessoas, a capacidade de ouvir o interlocutor, de não

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perder o controle e o conhecimento de si próprio, das suas limitações e dos seus

pontos fortes.

A seleção como ressalta Griffin (2007), constitui-se em reunir informações as

quais se possa prever seu desempenho e depois contratar aqueles que tenham o

perfil mais adequado à função e a organização.

Ressalta o autor Daft (2005), que a seleção é responsável pelo processo

para determinar talentos, habilidades e outros atributos que uma pessoa necessita

para desempenhar um trabalho específico.

Para que a seleção desse candidato torne-se um fator relevante na

organização o comprometimento do mesmo deve ser avaliado. Fatores que podem

indicar a dedicação e comprometimento do colaborador são o absenteísmo e a

rotatividade, que estão descritos a seguir.

2.3.1.5 Absenteísmo

Nas organizações atuais as preocupações da área de recursos humanos

são principalmente as faltas, atrasos ou saídas antecipadas, que caracterizam o

índice de absenteísmo, este índice pode representar falta de interesse e dedicação

pela empresa e analisa as tendências de horas perdidas de trabalho.

Os autores Fidelis e Banov (2007) descrevem que o absenteísmo é a

relação entre as expectativas de horas produtivas no mês e a quantidade de horas

em que o trabalhador fica ausente do seu posto de trabalho entre atrasos ao

trabalho, saídas antecipadas, faltas de meio período e período integral. As faltas e

atrasos injustificados são as grandes preocupações da área de Recursos Humanos,

porque denotam a falta de interesse por parte do trabalhador na organização.

O levantamento do absenteísmo tem como objetivo, segundo os autores

citados, auxiliar as horas perdidas de trabalho e os prejuízos causados pelas

mesmas, auxiliar num possível diagnóstico de problemas, como insatisfação no

trabalho, injustiças, oportunidade que surgem no mercado entre outros, e buscar por

soluções através destes dados.

O autor Marras (2005, p. 191) relata que:

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Uma vez obtido o índice de absenteísmo (...) para identificar os ‘focos’ onde se originam os problemas, baseando-se nas análises dos dados que o provocaram, é preparado um plano de ação propondo medidas que objetivam neutralizar as respectivas causas.

O mesmo autor sugere como quantificar o absenteísmo mediante fórmula do

quadro 5 que demonstra o número de horas perdidas em relação ao número de

horas planejadas.

Ia= Nhp

X100 NhP

Quadro 5. Administração científica. Fonte: Marras (2000)

Onde: Ia = índice de absenteísmo Nhp= número de horas perdidas NhP= número de horas planejadas

Este índice pode ser calculado mensal, trimestral, semestral e anualmente,

dependendo da prioridade estabelecida pela empresa e de sua cultura

organizacional.

A seguir o índice que representa a saídas e entradas de novos

colaboradores na organização.

2.3.1.4 Rotatividade de pessoas nas organizações

Além do absenteísmo, outro índice que causa preocupação para o setor de

recursos humanos é o da rotatividade nas organizações.

A rotatividade para o autor Robbins (2002) é a permanente saída e entrada

de pessoal da organização, voluntária ou involuntariamente. O alto índice de

rotatividade resulta em aumento de custos para recrutamento, seleção e

treinamento.

Este impacta no planejamento estratégico das organizações, por ocorrer

demissões na qual saem os conhecimentos tácitos que o funcionário adquiriu no

período em que esteve empregado e com a admissão, para a substituição, incorrem

despesas para a organização.

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Para os autores Fidelis e Banov (2007) o planejamento estratégico é afetado

na relação entre as demissões e admissões e as substituições por provocar um

custo elevado para as empresas pela demissão, o estresse gerado pela saída de um

trabalhador, os investimentos aplicados e o novo custo de recrutamento, seleção,

socialização organizacional e treinamento ao novo integrante do posto de trabalho.

As causas da rotatividade nas empresas estão diretamente ligadas à política

salarial adotada, benefícios, oportunidade de progresso profissional oferecida pela

empresa, tipo de supervisão, política disciplinar, condições físicas e ambientais de

trabalho e motivação de pessoal (CHIAVENATO, 2004).

Os autores Fidelis e Banov (2007), contribuindo com o autor citado

ressaltam que além destas variáveis internas, as variáveis externas também

influenciam a rotatividade por meio de oferta de trabalho como novas perspectivas

de desenvolvimento profissional, proximidade com a residência, e da conjuntura

econômica, mercado favorável.

Para o autor Spector (2002), um fator que interfere no índice de rotatividade

é o desemprego. Quando a taxa de desemprego é baixa e as alternativas de

trabalho são muitas, aumenta a rotatividade. Porém, quando a taxa de desemprego

é alta e as oportunidades de trabalho são raras existe uma previsão de rotatividade

com expectativas pequenas demonstra-se assim que mesmo insatisfeita com o

trabalho a pessoa só o deixará quando o mercado de trabalho for favorável.

2.3.2 Políticas de aplicação de Recursos Humanos

São as políticas ou procedimentos para desenhar as atividades que as

pessoas irão realizar na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho, por

meio do desenho organizacional e análise e descrição de cargos, orientação das

pessoas e avaliação do desempenho.

2.3.2.1 Análise e descrição de cargos

A análise de cargos é de fundamental importância para a organização ao

ingressar o novo funcionário. O autor Griffin (2007), ressalta que a descrição de

cargos lista os deveres, as condições de trabalho e as ferramentas, os materiais e

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os equipamentos usados pelo ocupante do cargo. A especificação do cargo listam a

habilidade, a capacitação entre outros.

Um programa de gestão de cargos e salários na percepção do autor Marras

(2005) é preciso ser formado de seis fases:

• Análise da função: é o estudo inicial das atividades exercidas pelo

empregado, a clara definição de suas atribuições e das principais exigências de

ordem mental, de responsabilidades, de conhecimentos e demais requisitos exigidos

pelo cargo;

• Descrição de cargos: é o processo de sintetização das informações

recebidas da análise das funções, padronizando o registro dos dados de maneira a

permitir um rápido e fácil acesso a cada um dos cargos da empresa.

• Avaliação de cargos: a fase de montagem da avaliação de cargos

exige do especialista em salários, bons conhecimentos matemáticos e estatísticos, a

fim de poder utilizar metodologias adequadas à obtenção dos resultados finais do

plano.

• Pesquisa de salários: possibilita conhecer as práticas e os valores

salariais médios praticados num determinado mercado;

• Política de remuneração: é o instrumento pelo qual a empresa

determina os parâmetros que deseja, fixando condições e normas a serem seguidas

por toda a estrutura organizacional.

• Construção da estrutura salarial: é um conjunto formado por diversas

faixas salariais, agrupando cargos com avaliações próximas, contemplando no

interior de sua estrutura valores salariais calculados e desenhados

matematicamente, para atender a uma política previamente planejada.

O autor Chiavenato (2004) contribui ressaltando que a análise de cargos

comporta os seguintes requisitos de avaliação:

� Requisitos mentais – escolaridade, iniciativa, complexidade,

criatividade, julgamento, capacidade de análises entre outros.

� Requisitos físicos – habilidade manual, esforço físico, concentração,

estresse, etc.

� Responsabilidades – por pessoas, por dinheiro, por materiais,

produtos, dados confidenciais, etc.

� Condições de trabalho – riscos, monotonia, ambiente de trabalho, etc.

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Determinando pesos de cada fator e tratamento estatístico – cada fator

possui um determinado peso.

Esta analise pode ser realizada por meio de softwares objetivando o peso

atribuído a cada fator estabelecendo o tratamento estatístico, e correlacionando os

dados externos e determinando os salários a serem pagos e as respectivas faixas

salariais (FIDELIS; BANOV, 2007).

Determinação de faixas salariais: são categorias ou disposições de salários

em ordem crescente que servem para contratação em experiência inicial,

promoções, enquadramento entre cargos, desenvolvimento de carreiras.

Para os autores Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2006), o tipo de trabalho

desenvolvido pelo empregado e o nível hierárquico do cargo ocupado é que

determinam o nível salarial, porque diferentes trabalhos exigem diferentes tipos de

habilidades, que por sua vez têm valor diverso para a organização. A organização

deve possuir critérios definidos de remuneração de seus empregados, procurando

deixar transparentes para todas as eventuais diferenças existentes e os motivos que

as determinam.

As descrições de um cargo contem um conjunto de funções, quase sempre

correlatas, que mantém coerência com os níveis de responsabilidade e escolaridade

do seu ocupante. Um conjunto de cargos, dispostos em seqüência crescente, define

uma carreira.

2.3.2.3 Avaliação de desempenho

A avaliação de desempenho é um instrumento gerencial que permite ao

administrador mensurar os resultados obtidos por um empregado ou por um grupo,

em período e área específicos, promovendo um crescimento profissional e pessoal,

bem como melhor desempenho. França (2007, p.116), destaca que “essa é a

principal razão da avaliação: retorno sobre a qualidade melhora o desempenho.

Trata-se do ponto central no gerenciamento moderno”.

A avaliação de desempenho foi criada basicamente para acompanhar o

desenvolvimento cognitivo dos empregados durante sua permanência na

organização e especificamente para medir seu nível de CHA (conhecimentos

Habilidades e Atitudes), mas também para fazer frente às necessidades surgidas no

âmbito do controle da administração (MARRAS, 2005).

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Sobre a avaliação de desempenho Montana e Charnov (2003, p. 272)

colocam que:

Na avaliação de desempenho, o desempenho medido é comparado com o conjunto de padrões de desempenho. O resultado produz informações úteis que realimentam a organização e indicam que são necessárias medidas corretivas. O uso eficaz de feedback é uma ferramenta gerencial poderosa para o controle e desempenho do trabalho.

A avaliação de desempenho fornece à administração de Recursos Humanos

informações importantes para as decisões que serão tomadas, como o nível de

salário, promoções, demissões, necessidades de treinamento e planejamento de

carreira. Toda avaliação de desempenho possui seu retorno, que deve ser divulgado

ao funcionário, esse resultado tem papel motivacional e proporciona também o

crescimento e desenvolvimento do colaborador (FRANÇA, 2007).

Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007, p. 288), destacam que “a gestão do

desempenho humano pode ser analisada por meio de três dimensões: expectativas,

recursos e motivação”.

O quadro 6 sintetiza a relação com o conhecimento e as dimensões a serem

analisadas:

EXPECTATIVAS

� SABER

RECURSOS �

PODER

MOTIVAÇÃO �

QUERER A pessoa sabe o que é esperado como resultado de seu trabalho? Como está se saindo em suas atividades?

O “poder” está relacionado à habilidade, competência, autonomia e conhecimento. A pessoa tem o “poder”, condições de realizar a atividade que lhe foi atribuída?

A pessoa quer realizar as atividades que lhe foram atribuídas? A pessoa está motivada para desempenhar essas atividades?

Quadro 6. Competência x Motivação. Fonte: Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007, p. 289)

Vários sistemas de avaliação podem ser realizados, França (2007) indica

que a organização deve perceber qual é o principal objetivo para identificar o melhor

sistema de avaliação, pois cada um possui suas peculiaridades:

• Avaliação da experiência;

• Escala gráfica;

• Escolha forçada;

• Revisão da avaliação de atividades;

• Pesquisa de campo;

• Incidentes críticos;

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• Comparação aos pares;

• Frases descritivas;

• Auto avaliação;

• Avaliação por resultados;

• Avaliação por objetivos;

• Padrões de desempenho;

• Sistemas de graduação;

• Avaliação de potencial;

• Avaliação 360°.

Os autores Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007, p.310), afirmam que:

A condução de um programa de avaliação de desempenho depende dos propósitos da empresa. Estes vão nortear qual é a vertente que será adotada como princípio de avaliação que, por sua vez, faz a opção pelo método.

Avaliar o desempenho remete a medir os comportamentos e seus resultados

em termos de grau de sua contribuição para o alcance dos objetivos e metas da

organização.

2.3.3 Políticas de recompensar os Recursos Humanos

Os empregados são responsáveis por parte substancial dos custos

operacionais de uma organização. O enfoque na avaliação dos níveis salariais e do

número de empregados tem-se modificado para melhor compreensão dos efeitos

das políticas salariais e de emprego sobre o custo total da remuneração e um

estreitamento entre os conceitos de desempenho e recompensa (MILKOVICH;

BOUDREAU, 2000).

As políticas de recompensar são os processos utilizados para incentivar as

pessoas e satisfazer suas necessidades individuais, incluindo, recompensas,

remuneração, benefícios e serviços sociais.

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2.3.3.1 Remuneração e administração de salários

O salário não é o único componente remuneratório de contraprestação de

trabalho. Existem também os benefícios, que somam ao salário e compõem a

chamada remuneração.

Para Dutra, “a remuneração pode ser entendida como a contrapartida

econômica e/ou financeira de um trabalho realizado pela pessoa” (apud FRANÇA,

2007 p. 65).

Existem várias maneiras para definir o termo salário, como enfatiza Marras,

(2000, p. 92) “dependendo da forma de aplicação, ou como se apresenta ao

empregado ou ao empregador, alguns deles são: salário nominal, salário efetivo,

salário compressivo, salário profissional, salário relativo e ainda salário absoluto”.

Tachizawa, Ferreira e Fortuna (apud ARAUJO, 2006 p.47) entendem e

definem que a remuneração é um conjunto de vantagens que uma pessoa recebe

em contrapartida pela prestação de um serviço, e esclarecem um fato curioso: a

maioria das empresas brasileiras ainda utiliza o sistema ortodoxo de remuneração,

que é composto por salário base, adicionais legais, horas extras e benefícios.

A gestão da remuneração é uma das tarefas mais importantes e complexas

da gestão de pessoas e é por isso que precisa ser bem administrada acarretando

um bom relacionamento entre a empresa e o empregado (FRANÇA, 2007).

Contribuindo para a afirmação da autora, Hanashiro, Teixeira e Zacarelli

(2007, p.174) comentam que “a importância da remuneração vai além de seu caráter

instrumental e transacional da relação de trabalho. Mas é uma ferramenta que

esclarece uma relação de parceria”.

Na figura 4, identifica-se a lógica da remuneração:

Figura 4. Relação de Parceria Fonte: Hanashiro, Teixeira e Zacarelli (2007, p.175)

Como demonstra a figura 4, as recompensas organizacionais são retornos

oferecidos aos funcionários em troca do trabalho prestado.

Pessoas ����

Trabalho

���� Resultado

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A empresa traduz quais são seus objetivos estratégicos e o que necessita

para realizá-los e as pessoas alcançar os objetivos e a remuneração é o elo que

sustenta essa integração.

Montana e Charnov (2003, p. 211), traduzem bem a utilização do termo

remuneração definidos em dois tipos: “a remuneração monetária, que se refere a

salários, e não monetária que inclui todos os demais benefícios recebidos pelo

funcionário”.

Com base na figura 5, demonstra-se como se compõe o nível de gestão de

pagamento:

Figura 5. Nível de Gestão de Pagamento. Fonte: Adaptado de França (2007, p.66). A demonstração da composição do pagamento na figura 5 é verificada

através dos pagamentos de salário, remuneração e as recompensas.

Milkovch e Boudreau (2000, p. 379) complementam a definição e os objetivos da remuneração:

Os objetivos dos sistemas de remuneração são motivar comportamentos produtivos e controlar os custos trabalhistas, ao mesmo tempo em que busca a satisfação das necessidades e do sentimento de justiça dos empregados.

2.3.3.2 Benefícios

Os benefícios foram inicialmente criados para atender as necessidades

básicas da maioria dos empregados, mas com o tempo tornaram-se um mecanismo

de atração e retenção de pessoas talentosas (FRANÇA, 2007).

Um programa de benefícios deve atender a dois objetivos: o da organização

e o dos indivíduos.

Porque com os benefícios as empresas podem garantir o atendimento das

necessidades básicas do colaborador e, portanto, auxilia na manutenção de baixos

índices de rotatividade e ausências, boa qualidade de vida dos empregados redução

Recompensas: (elogios, promoções eventos...)

Remuneração: (salário + remuneração não monetária)

Salário: (remuneração monetária)

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de estresse, entre outros. Além de beneficiar o colaborador fornecendo um valor

agregado para a sua contratação. (MARRAS, 2005).

Para que o colaborador compreenda os benefícios que a empresa oferece,

os administradores “devem mostrar aos funcionários o valor dos programas de

remuneração não monetária de suas organizações” sugerem Montana e Charnov

(2003, p.211).

Os benefícios podem ser assistenciais, no qual visam promover segurança e

suporte para casos imprevistos; recreativo, que proporciona lazer, diversão e cultura;

e ou serviços, que oferecem facilidades para melhorar a qualidade de vida do

colaborador (FRANÇA, 2007).

Um plano de benefícios pode atender a dois tipos de necessidades: as

intrínsecas e as extrínsecas.

Os benefícios podem ser subdivididos em benefícios compulsórios e

espontâneos. Os benefícios ainda podem ser flexíveis, no qual o colaborador

escolhe o que tem maior necessidade conforme ressalta a autora Fonseca (2008).

2.3.3.3 Plano de carreira

Carreira é uma sucessão ou seqüência de cargos ocupados por uma pessoa

ao longo de sua vida profissional. O desenvolvimento de carreira é um processo

formalizado e seqüencial que focaliza o planejamento da carreira futura dos

funcionários que tem potencial para ocupar cargos mais elevados, pressupõe

desenvolvimento profissional gradativo e cargos crescentemente mais elevados e

complexos (PONTES, 2000).

Uma empresa pode ter várias carreiras em seu plano, como demonstram os

autores Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2006) no exemplo a seguir:

Carreira: apoio administrativo:

Cargos: auxiliar administrativo, ajudante administrativo, assistente

administrativo;

Carreira: engenharia de manutenção:

Cargos: engenheiro de manutenção Junior, engenheiro de manutenção

sênior, engenheiro de manutenção pleno.

Os tipos de carreiras segundo o autor Pontes (2000) estão descritos a

seguir:

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Carreira por linha hierárquica - a mais comum e mais rígida, cargos

gerenciais no topo da estrutura, a premissa é que os cargos gerenciais são os mais

importantes da organização, prejudica os especialistas e os técnicos da

organização.

Carreira em y (carreira paralela) – tem como pressuposto a mobilidade e a

ascensão profissional do funcionário pelo exercício de funções gerenciais e de

ocupações na sua área de especialidade.

Carreira por linha generalista – propicia o crescimento do funcionário através

do conhecimento prático em áreas diferentes.

Carreira por linha especialista – fornece ao funcionário um plano de

desenvolvimento em sua área de atuação.

Carreira mista ou gestão integrada - adoção de vários tipos de carreira.

Os autores Fidelis e Banov (2007), ressaltam que as qualificações atributos

e conhecimentos, que viabilizam crescimento para a organização, são competências

que as empresas buscam nos colaboradores e por meio desse conjunto de atributos

é desenvolvida a sua carreira.

2.3.3.3 Remuneração estratégica

A remuneração estratégica é um modelo de compensação atrelado a uma

certa forma de avanço, de movimento, de desenvolvimento de médio e longo prazos

em que os trabalhadores recebem um plus na exata medida de sua contribuição

para o sucesso do negócio (MARRAS, 2005).

Na visão de Wood Jr. e Picarelli Filho (apud FRANÇA, 2007 p. 78) a grande

tendência “é a utilização dos sistema de remuneração estratégica, que, ao contrário

do tradicional, faz uso de todos os componentes do composto remuneratório

(salário, benefícios, remuneração variável) de forma mais equilibrada”.

Entre os vários modelos de remuneração estratégica praticados, os

principais são:

• Remuneração por habilidades ou competências (CHA): a avaliação

para tal remuneração a ser paga o que importa é o grau de complexidade da entrega

esperada do colaborador.

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49

Para os autores Milkovich e Boudreau (2000, p. 402) “as competências se

referem geralmente ao trabalho gerencial e profissional, enquanto que as

habilidades são usadas para avaliar as funções técnicas e operacionais”.

As competências são mais estáveis e estão ligadas aos objetivos e

estratégias organizacionais, criando um escopo em termos de conhecimentos,

habilidades e atitudes (CHA) a serem adquiridos. A pessoa só é avaliada como

tendo determinada competência se conseguir mostrar os resultados esperados pela

organização (FRANÇA, 2007).

• Participação acionária: ações de longo prazo por vincular o colaborar á

obter resultados por determinado período para que obtenha ações da empresa.

A participação acionária é uma forma complexa e sofisticada que pode gerar

grandes benefícios a médio e longo prazo (FRANÇA, 2007).

• Distribuição de lucros: é fração do lucro obtido pela empresa e

repassado para os funcionários, França (2007, p. 77) apresenta ressalva sobre este

tipo de remuneração por nem sempre ser claro e sofrer interferências “o que

enfraquece o papel motivador do desempenho desse tipo de remuneração variável”.

Pela mesma colocação da autora, os autores Hanashiro, Teixeira e

Zaccarelli (2007, p. 192) recomendam “a participação nos resultados como

estratégia mais eficaz de remuneração variável”.

• Remuneração por resultados: França (2007, p. 76) diz que a

remuneração por resultados “vincula o pagamento ao atendimento de metas

previamente negociadas entre empresa e os funcionários”.

A remuneração variável proporcionada pela participação nos lucros ou

resultados dos trabalhadores pode ser uma fonte de vantagem competitiva para as

empresas por reduzir custos fixos, aumentar a produtividade e melhorar a qualidade

dos produtos (HANASHIRO; TEIXEIRA; ZACCARELLI, 2007).

• Benefícios Flexíveis: por meio de alternativas oferecidas pela empresa

o profissional pode escolher a totalidade ou parte dos benefícios atendendo as suas

necessidades (FRANÇA, 2007).

Os autores Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007) ressaltam que é preciso

reconhecer que os empregados valorizam certos benefícios. Oferecer além de um

determinado nível não necessariamente resultará em satisfação, desempenho ou

produtividade mais elevado.

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2.3.4 Políticas de desenvolvimento dos Recursos Humanos

O desenvolvimento dos funcionários pode acontecer de várias maneiras,

algumas formais e outras muito informais para isso o Desenvolvimento de Recursos

Humanos aborda uma série de atividades organizadas realizadas em um período

específico para produzir algum tipo de mudança comportamental (MONTANA;

CHARNOV, 2003).

2.3.4.1 Treinamento de Recursos Humanos

Com as constantes mudanças macroambientais, competição por nichos e

segmentos de mercado, é um consenso nas organizações à importância do

treinamento em todos os níveis empresariais. Pessoas preparadas poderão produzir

melhor e sentirem-se autoconfiantes (FRANÇA, 2007).

O treinamento é um processo de assimilação cultural em curto prazo, que

objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionados

diretamente à execução de tarefas ou à qualificação no trabalho.

Os programas de treinamento no início do século passado tinham como

objetivo enquadrar as pessoas aos processos produtivos e administrativos,

atualmente busca a aquisição e o aperfeiçoamento do conhecimento e habilidades

para o desempenho em curto prazo (HANASHIRO, TEIXEIRA E ZACCARELLI,

2007).

A compreensão do treinamento pelos funcionários deve ser mais que uma

série de cursos ou eventos. A expectativa da organização conforme França (2007, p.

88) é que o treinamento contribua “para melhor capacitação dos empregados,

visando a um aumento de moral, de eficiência, de eficácia, de produtividade e

melhoria do ambiente de trabalho e da própria empresa”.

Os objetivos mais importantes da área de treinamento na visão de

Chiavenato (apud FRANÇA 2007, p. 96) “destaca-se a formação profissional, que

prepara o homem para a profissão; a especialização, aperfeiçoamento da profissão

e a reciclagem, rever conceitos e práticas de trabalho”.

Os gastos com treinamento cada vez mais tem sido considerados

investimentos estratégicos, ele é vital para a obtenção de competitividade, pois o

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programa de desenvolvimento das pessoas assegura que o aprendizado necessário

para a execução da tarefa seja realizado (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000).

A avaliação é parte fundamental do processo de treinamento, e para que os

resultados obtidos nos treinamentos sejam positivos os administradores devem ser

criativos e flexíveis no uso das informações, pois o treinamento é parte fundamental

na preparação e atualização dos colaboradores e este pode ser o diferencial da

empresa para destacar-se no mercado, como diz Milkovich e Boudreau (2000), os

princípios de treinamento e aprendizado terão um papel ainda mais destacado no

futuro das organizações, ainda que possa ficar cada vez mais difícil diferenciar as

atividades de treinamento das demais atividades de recursos humanos.

2.3.4.2 Desenvolvimento de Recursos Humanos

Desenvolvimento na percepção de Marras (2005, p. 167) “oferece ao

treinando uma macrovisão do business, preparando-o para vôos mais altos, a

médios e longos prazos”.

Já Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli (2007, p. 260) compreendem

desenvolvimento como sendo “a capacitação do empregado para alcançar novas

posições ou a gerência de negócios que envolvam a obtenção de resultados cada

vez mais abrangentes”.

O que se busca ao desenvolver um colaborador é o despertar de suas

potencialidades, permitindo que essas aflorem e cresçam até o nível desejado de

resultados a fim de tornar os empregados em futuros membros valiosos da

organização. Para os autores Montana e Charnov (2003, p. 218), “as atividades de

desenvolvimento geralmente visam aumentar o conhecimento do trabalho e

melhorar as habilidades interpessoais e o entendimento da organização”.

O desenvolvimento, assim como o treinamento, se compõe de quatro

atividades: levantamento das necessidades, planejamento e programação, execução

e avaliação dos resultados, essas etapas que devem ser seguidas para a melhor

execução das atividades e treinamento e desenvolvimento (HANASHIRO;

TEIXEIRA; ZACCARELLI, 2007).

Milkovich e Boudreau (2000, p. 32) dizem que as atividades de

desenvolvimento são um meio poderoso para aumentar a eficiência e a justiça

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interna da organização, especialmente quando integradas a outras atividades de

Recursos Humanos.

2.3.5 Políticas para manter os Recursos Humanos

O processo de manter pessoas é utilizado para criar condições ambientais e

psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. Incluem administração da

disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e manutenção sindicais.

2.3.5.1 Higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho.

Todos os empregados e administradores querem um ambiente de trabalho

saudável e seguro, para a diminuição dos riscos de acidentes a principal estratégia

alternativa é a prevenção.

Algumas empresas têm buscado o envolvimento de equipes de empregados

em projetos de reestruturação das funções para ajudar a evitar doenças específicas

do trabalho, quanto aos riscos para a segurança que é o ambiente de trabalho que

têm potencial de causar um acidente imediato, e os riscos à saúde, que são aqueles

aspectos que vagarosamente levam à deterioração da saúde (MILKOVICH;

BOUDREAU, 2000).

Para a boa qualidade de vida dos colaboradores, vários são os fatores que

devem ser estudados nas organizações atuais como a responsabilidade da empresa

diante do assédio moral, como ressaltam Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli, (2007,

p.90): “é necessário entre outros aspectos, que o abuso do poder seja evitado para

que não se cometa assédio moral” e do bem estar do colaborador em relação a sua

família, outro ponto que os mesmos autores destacam para um bom relacionamento

entre empresa e família (p.93): “para que um programa de balanceamento entre

trabalho e família seja efetivamente praticado, é necessário que os valores que o

suportam estejam incorporados na cultura da organização”.

A área de higiene e segurança no trabalho corresponde à questões ligadas a

saúde ocupacional do trabalhador, como ergonomia, insalubridade, toxicologia e

controles clínicos, entre outros. Como doenças causadas pelo trabalho em função

do exercício, a DORT (doença osteomusculares esquelética relativa ao trabalho),

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uma das patologias provenientes da DORT, é a LER ( lesão por esforço repetitivo,

conhecida principalmente por usuários de computador, e causada por posturas,

métodos e condições inadequadas de trabalho (MARRAS, 2005).

É difícil imaginar o quanto era inseguro o local de trabalho cem anos atrás,

por isso constantemente são realizadas pesquisas para proteção do trabalhador,

desenvolvendo padrões de segurança (MONTANA; CHARNOV, 2003).

Os autores Hanashiro, Teixeira e Zaccarelli, (2007, p. 97) destacam que:

Uma empresa com preocupações em responsabilidade social com relação a seus funcionários deve, portanto, cumprir a legislação referente à saúde e segurança e,indo mais longe, deve englobar temas ligados à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT).

Toda empresa deve se preocupar com a segurança e os riscos para a

saúde. Os riscos para a segurança são aspectos do ambiente de trabalho que

proporciona acidentes imediatos a um empregado, como perda de audição ou visão,

cortes, hematomas, cheques elétricos. Para a saúde são aspectos no ambiente de

trabalho que, vagarosamente levam a deteriorização da saúde, como a exposição de

substancias tóxicas e as condições estressantes de trabalho (MILKOVICH;

BOUDREAU, 2000).

Pode se compreender a segurança, considerando o autor Ribeiro (2005)

como um conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médica e

psicológicas, empregadas para a prevenção de acidentes.

2.3.5.2 Relações trabalhistas

As relações trabalhistas tratam das regras, regulamentos e procedimentos

relativos ao modo de gerenciar o comportamento e o desempenho dos funcionários,

assim como deve ser a relação do empregador e o empregado. Milkovich e

Boudreau (2007, p.456) afirmam que:

Relações trabalhistas referem-se ao relacionamento contínuo entre um grupo definido de empregados (representados por uma associação ou sindicato) e o empregador. Tanto os sindicatos como os empregadores vêm adotando novas abordagens para seu relacionamento e fixando novos objetivos.

Com o surgimento de organizações trabalhistas nos anos 1930, várias leis e

decretos surgiram no mundo todo e também no Brasil. Essas leis tiveram importante

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influência na maneira como as organizações administram seus programas de

recrutamento, seleção, remuneração, desenvolvimento e rescisão. A legislação

possui poderes regulamentadores definidos e que promulgam normas e

regulamentos obrigatórios para as empresas, com penalidades em caso de não

cumprimento (MONTANA; CHARNOV, 2003).

Sindicatos são organizações permanentes de pessoal formalmente

destinados a tentar obter vantagens para seus associados ou para o conjunto das

pessoas filiadas mediante negociações com as empresas e o estado, pressões

políticas e outros meios de atuação (RODRIGUES apud ARAUJO, 2006)

Os sindicatos são organizações de trabalhadores formadas para defender os

interesses de seus filiados, e possuem vários procedimentos que adotam sobre

queixas ou mesmo desacordos nas condições de trabalho, para Montana e Charnov

(2007, p.220) alguns são: “documentação, se não estiver por escrito não existe;

etapas e estágios; envolvimento de pessoas de fora do departamento do queixoso;

prazos, determi na o prazo de uma audiência, ou resposta”.

As relações trabalhistas são determinantes para que a empresa alcance

suas metas, por depender do bom convívio e do relacionamento adquirido com seus

funcionários para que os objetivos traçados sejam bem executados, Milkovich e

Boudreau (2000, p.32) também registram sua importância:

Essas, portanto, são as maiores atividades de Recursos Humanos listadas na abordagem diagnóstica: adequação de funções, desenvolvimento, remuneração e relações com empregados e sindicatos.

A função do sindicato é garantir e defender os interesses dos empregados.

Os sindicatos procuram reivindicar melhores remunerações e benefícios e boas

condições de trabalho (LACOMBE, 2005).

2.3.6 Monitoramento dos Recursos Humanos

São políticas utilizadas para acompanhar e manter controle sobre as

pessoas e a organização, como banco de dados e sistemas de informações.

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2.3.6.1 Banco de Dados

As organizações dependem de informações de alta qualidade para

desenvolver seus planos estratégicos, identificar problemas e interagir com outras

organizações. A comunicação é a principal fonte para os processos administrativos e

de todas as atividades organizacionais. E para isso ocorrer é necessário a

organização possuir um banco de dados com informações úteis e de alta qualidade.

Para estar informações possuírem este perfil o autor Daft (2005) destaca que estas

devem se encaixar em três categorias amplas:

Tempo: informações fornecidas quando necessário e atualizadas;

Conteúdo: informações livres de erros, completas e adequadas as

necessidades do usuário;

Forma: informações de fácil interpretação, com clareza e detalhadas.

Para que as informações possuam estas definições o banco de dados da

empresa tem fundamental importância.

O significado de banco de dados é “local de armazenamento de dados”. Os

dados são pontos soltos que precisam ser conectados para serem úteis na

administração. O autor Daft (2002, p. 484) define banco de dados como “um

depósito de fatos corporativos coerentemente organizados para que atendam as

necessidades de informação”. Deste modo os dados importantes podem ser

classificados para gerarem informações relevantes para a organização.

O banco de dados funciona como um sistema de armazenamento e

acumulação dos dados disponíveis para processamento e obtenção de informação.

(CHIAVENATO, 2004).

O mesmo autor ainda ressalta que a gestão de pessoas necessita de

diversos bancos de dados relacionados entre si para a obtenção e o

armazenamento de diferentes atividades, através dos dados pessoais dos

colaboradores, dados sobre os salários, consultas, admissões, demissões,

programas de treinamento, sobre novos candidatos a emprego, entre outros.

2.3.6.2 Sistemas de informações gerenciais

A informação é necessária aos negócios modernos porque ela proporciona

uma importante vantagem competitiva. Organizações de negócios que não tomam

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medidas efetivas para adquirir e usar informações estão correndo os risco de

extinção. Os sistemas de informação precisam ser flexíveis para se adaptarem à

mudança nas circunstâncias (MONTANA; CHARNOV, 2003).

Os sistemas de informação são sistemas que proporcionam informações e

apoio a tomada de decisão administrativa eficaz.

Depois dos dados serem transformados em informações, a organização

poderá possuir um sistema de informações que na percepção de Milkovich e

Boudreau (2000), é um artifício sistemático para coletar, armazenar, manter,

recuperar e validar dados necessários a uma organização sobre seus

colaboradores, atividades desenvolvidas e características da unidade da

organização.

Com a melhoria dos processos e da tecnologia a extração de informações

pode ser reduzida a ponto de que os gerentes visualizem somente as informações

realmente necessárias, sem desperdiçarem o tempo com informações não

relevantes para as tomadas de decisões.

2.4 Aspectos Determinantes na Administração de Recu rsos

Humanos

Para administrar e gerenciar as pessoas dentro da organização as políticas

principais são os fatores a serem analisados, porém o administrador não pode

ignorar alguns aspectos que são determinantes para a administração, retenção e

atração de talentos como a motivação, a cultura organizacional, o clima

organizacional e a liderança.

2.4.1 Motivação no trabalho

Para entender o processo motivacional, várias teorias foram criadas. Entre

elas estão a teoria de Maslow, que identifica que a motivação dos indivíduos objetiva

satisfazer certas necessidades, partindo das primárias, ou fisiológicas, as

necessidades de segurança, social, de estima e de auto-realização.

Já Herzberg criou a teoria dos dois fatores, que destaca que o primeiro fator

causa satisfação e motivação, mas a sua falta não necessariamente causa

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insatisfação ou desmotivação, estes são os fatores motivacionais. E os fatores

higiênicos, são aqueles que não motivam, sua presença não necessariamente causa

satisfação, enquanto que sua ausência causa a insatisfação. (CHIAVENATO, 1994).

Considerando o autor pode-se destacar então que há três ações básicas que

a administração estratégica de recursos humanos deve programar para trabalhar o

campo motivacional:

• Estimular os trabalhadores a atingir seus objetivos pessoais e

profissionais;

• Não desmotivá-los com ambientes, condições e políticas inadequadas.

• Proporcionar condições financeiras, físicas e psicológicas a ponto de

permitir um nível médio de qualidade de vida muito próximo do desejado.

A ARH deve fazer com que uma tarefa, uma responsabilidade ou o trabalho

como um todo seja mais valorizado pelo empregado, que aplicará nele todas as

suas forças motivacionais. Quanto mais o seu empregado vê o seu trabalho

recompensado, mais ele estará comprometido em cumprir as metas que lhe são

estabelecidas.

A motivação, a criatividade e a participação não podem ser buscadas

através de cursos e seminários de técnicas gerenciais, a eficácia do comportamento

competente e motivado só será alcançada se as relações de trabalho forem mais

democráticas.

2.4.2 Cultura organizacional

Toda organização possui uma cultura própria que a identifica e que forma o

conjunto que realça os seus costumes, suas crenças e valores.

Para o autor Marras (2005, p. 289), “é pela sua cultura que uma empresa

fixa a marca do seu perfil e também orienta ou controla o comportamento daqueles

que o formam”.

Ao estar numa empresa em que a cultura organizacional é difundida e os

valores e as crenças são pontos de referência claros e compartilhados entre todos,

há um acordo tácito entre os colaboradores e a empresa.

O trabalho e a forma de sua organização são vitais para a administração de

Recursos Humanos. As habilidades e as experiências requeridas para o

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desempenho de uma função orientam o tipo de educação e treinamento que as

pessoas procuram. Muitas pessoas encontram no trabalho sua realização pessoal e

seu status social (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000).

O papel da administração de Recursos Humanos é fundamental não só pela

implementação de um programa formal de identificação e fixação de uma cultura

organizacional, mas principalmente pela sua manutenção ao longo do tempo para

que todos os funcionários concebam qual são a visão e missão da empresa para

que eles também compartilhem e vivenciem a busca pela continua otimização de

resultados e alcance os objetivos propostos pela organização.

Como ressalta o autor Souza-Silva (2009), se em uma organização existem

valores e crenças que orientam práticas sociais em que as pessoas se sentem

capazes confortáveis e seguras para negociar suas experiências e conhecimentos

pressupõe-se que elas, cada vez mais, criem disposições e desejos de se

aprofundar nesse processo, para contribuir com a organização.

Ao mudar a maneira como os funcionários trabalham, na estrutura da

organização ou na tecnologia utilizada para as novas adaptações ao mercado

através das oportunidades surgidas para melhoria de seus produtos e serviços,

ocorre a mudança no comportamento da organização o que cria o desenvolvimento

organizacional (MONTANA; CHARNOV, 2003).

2.4.3 Clima organizacional

Compreende-se como clima organizacional, como ressaltam Teixeira et al

(2005), um conjunto de percepções, opiniões e sentimentos que se expressam no

comportamento de um grupo ou uma organização, em um determinado momento ou

situação.

O clima organizacional pode ser utilizado como diagnóstico para verificar

como está a gestão de pessoas na organização. Os mesmos autores definem que:

O clima organizacional é um fenômeno tipicamente psicossocial e mutável. Difere da cultura que as pessoas têm da organização na qual trabalham, em determinado momento ou numa dada situação. Como assinalam Fleury e Sampaio (2002, p. 291), “a idéia do clima organizacional remete à noção de clima meteorológico e retrata um estado momentâneo da organização.

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Através da avaliação do clima organizacional, os administradores podem

verificar quais são os problemas que solucionados podem contribuir para a geração

de colaboradores motivados e voltados para alcançar os objetivos da organização.

Enquanto as mudanças na cultura requerem estratégias e ações de médio à

longo prazo, no clima elas podem ocorrer com uma intervenção localizada, um

evento, uma notícia e em curto prazo.

Os autores Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2006), relatam que o clima

organizacional trata-se da qualidade do ambiente institucional que é percebida ou

experimentada pelos membros da empresa e influencia o comportamento dos

mesmos.

A qualidade de vida no trabalho é um dos propósitos da empresa moderna, o

clima organizacional, além de propiciar satisfação dos funcionários, aumento na

produtividade e melhorias no atendimento ao cliente, formula também um ambiente

mais criativo e inovador.

2.4.4 Liderança

A liderança deve ser formada por meio da influência, sem imposições para

moldar os objetivos do grupo ou da empresa, motivar o comportamento para a

realização destes objetivos e ajudar a definir a cultura da organização.

O autor Daft (2005) define que importância para liderar com eficácia , o líder

deve buscar cultivar os tipos de atitudes que estão associados com o alto

desempenho, como a satisfação e o compromisso com a organização.

O foco central da liderança é conseguir que as coisas sejam realizadas pelas

pessoas. Neste sentido Lacombe e Heiborn (2003) enfatizam que liderar é conduzir

um grupo de pessoas influenciando seus comportamentos e ações para atingir

objetivo e metas de interesse comum desse grupo.

O líder é uma pessoa que consegue orientar outras pessoas para um

caminho que acredita certo o mais correto a seguir. Sobre o tema, os autores

Lacombe e Heilborn (2003, p. 350) ainda colocam que “administrar é assumir

responsabilidade, fazer acontecer, liderar é influenciar, guiar em direção”.

A liderança é o fator fundamental nas empresas, pois ajuda a empresa a

conduzir seus recursos humanos para os objetivos desejados. Por isto os lideres

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devem ter capacidade de atrair, observando e analisando todas as pessoas que

envolvem no contexto da empresa.

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61

3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Este capítulo aborda o resultado da pesquisa de campo realizada na

cooperativa de crédito rural com interação solidária - Cresol Luis Alves (sede),

destacando a caracterização da empresa e os objetivos do trabalho.

3.1 Caracterização da Organização

Como enfatizado pelo autor Búrigo (2007), os movimentos sociais e as

organizações populares, como resultado de suas reflexões e lutas nos anos 1980 e

1990, contribuíram na construção do Cooperativismo de crédito com Interação

Solidária em contrapartida da falta de crédito para a agricultura familiar.

Nesse contexto, nasce o Sistema CRESOL, uma instituição financeira,

amparada por lei federal e autorizada pelo Banco Central do Brasil, mantida pelos

próprios cooperados. Em 1995 foram constituídas as cinco primeiras cooperativas,

que abriram as portas em 1996 no estado do Paraná.

Em 2000, foi constituída a primeira Central de Crédito que abrigava todas as

cooperativas filiadas.

Em janeiro de 2001, o sistema Cresol já havia se expandido para os três

estados da região sul do país, com cerca de 15,5 mil agricultores familiares

associados, organizados em 33 cooperativas. No dia 16 de fevereiro do mesmo ano,

realizou-se a Assembléia Geral, com 25 cooperados, para fundar a Cresol Luís

Alves, tendo iniciado as suas atividades, efetivamente, em 09 de julho daquele

mesmo ano.

Para Melchioretto (2007), a idéia de criar uma cooperativa surgiu da

necessidade de agricultores terem acesso ao crédito rural, porque quando

necessitavam acessar esta linha de financiamento, precisavam procurar em um dos

municípios vizinhos.

A iniciativa da entidade coube à organização de um grupo de agricultores

que com o apoio do sindicato e entidades, nasceu à discussão de uma cooperativa

de crédito rural. Para consolidar esta idéia, foi realizada uma visita a cidade de

Francisco Beltrão (PR), para conhecer a Central do SISTEMA CRESOL.

Entusiasmados com o resultado da visita, reuniram-se 25 agricultores com o mesmo

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interesse e, mediante uma Assembléia Geral, formalizaram mais uma etapa do

anseio dos mesmos.

Em 2004, houve uma cisão na Central de Crédito, onde originaram duas

centrais que utilizam a mesma Marca Cresol, sendo uma denominada Cresol

Central , com sede em Chapecó/SC e outra Central Cresol Baser , com sede em

Francisco Beltrão- PR, onde está vinculada a Cresol de Luis Alves.

Devido a estes crescimentos, foi formalizada a hierarquia das cooperativas,

a descrita com base no caderno Infocos (2009).

• Cooperativa Central: Central Cresol Baser:

A cooperativa Central de Crédito Rural com Interação Solidária – Central

Cresol Baser, é um órgão de crédito, de representação política e de serviços. Foi

criada por orientação do Banco Central do Brasil, para que os sistemas cooperativos

a organizarem-se por centrais de crédito. Funções básicas da central:

- Contabilidade – padronização, coordenação e normatização;

- Auditoria Interna;

- Crédito Rural: acompanhamento do MCR – manual do Crédito Rural,

Plano Safra, análise socioeconômica;

- Negociação de recursos com BNDES – Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social, BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento

do Extremo Sul, Banco do Brasil, MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrária,

Governos Estaduais, Organizações de Agricultores Familiares e ONGs –

Organizações Não Governamentais;

- Informática – Desenvolvimento e atualização do Software;

- Comunicação e Marketing;

- Recursos humanos – cargos, funções e salários;

- Programa dos Agentes Comunitários de Desenvolvimento e Crédito.

• Cooperativas Regionais: Bases

São cooperativas de serviço, agregando cooperativas singulares por

proximidade. A Cresol Luís Alves esta vinculada a Base Litoral, estabelecida no

município de Luís Alves/SC As Bases tem responsabilidade de organizar e oferecer

serviços de:

- Informática – manutenção do software e equipamentos;

- Contabilidade-Execução e análise do Balanço contábil,

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acompanhamento e gestão;

- Constituição de novas cooperativas, desmembramento, assembléias e

atas;

- Negociação com governos municipais, órgãos públicos regionais,

Superintendências Regionais dos Bancos, ONG’s e movimentos pulares;

- Normativos específicos para as cooperativas da região;

- Recursos Humanos – processos seletivos e avaliação dos funcionários;

- Formação – Coordenação do programa dos agentes comunitários de

desenvolvimento e crédito; Cursos para Caixa, Comitê de crédito, Funcionários e

conselho de administração e fiscal.

• Cooperativas Singulares: Cresol Luis Alves:

São cooperativas de primeiro grau que atuam diretamente com o público

alvo do Sistema Cresol – os agricultores e agricultoras familiares.

Tem como objetivo facilitar o acesso ao crédito rural e a serviços bancários,

buscando a viabilização da agricultura familiar e contribuindo para um projeto de

desenvolvimento local sustentável, através da operacionalização, controle,

acompanhamentos de créditos da Organização do quadro social, liberação e

deferimento de créditos (pessoal e rural), análise de projetos de crédito e

investimento, gerenciamento da carteira de crédito, controle administrativo e

gerencial, gestão do resultado (buscar crescimento), arquivos e compensação,

controle de contas, segurança, aplicações financeiras, e execução do programa dos

agentes comunitários de desenvolvimento de crédito.

• Postos de Atendimento Cooperativos: PAC’s

Os Postos de Atendimento Cooperativo - Pac´s, tem como objetivo estender

o atendimento ao quadro social, que reside distante da sede da cooperativa, ou em

outro município, e que esteja dentro da área de abrangência da Cooperativa Sede.

A gestão do PAC é de responsabilidade do Conselho de Administração da

Singular a qual ele pertence e é este Conselho quem determina quais os produtos e

serviços que poderão ser oferecidos nos referidos PACs, dependendo da estrutura e

política da Cooperativa.

Atualmente a Cresol Luís Alves tem sete PACs, sendo eles em

Massaranduba, São João do Itaperiú, Ilhota, Guaramirim, Imbituba, Corupá e

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Joinville.

As singulares, como a Cresol Luis Alves têm o importante papel de contato

direto com o cooperado e tem as principais tomadas de decisões voltadas para o

atendimento das necessidades dos mesmos. Na figura 6 descrevem-se as

instâncias decisórias de uma cooperativa singular.

Figura 6. Instâncias decisórias de uma singular Fonte: Infocos (2009).

Na figura 6 percebe-se que as decisões tomadas pela cooperativa

dependem exclusivamente das decisões originadas nas assembléias que são

pleiteadas pelos próprios cooperados.

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Os cooperados são a razão da existência da Cooperativa. São eles que

possuem as necessidades e potencialidades que deverão se transformar em ações

pelo princípio da cooperação.

As instâncias decisórias de uma cooperativa, considerando, Infocos (2009),

estão caracterizadas no anexo “A”.

3.1.1 Produtos e serviços

Os produtos e serviços oferecidos pela empresa podem ser visualizados nos

quadros 7, 8 e 9.

CONTA CORENTE Movimentação financeira com menos burocracia no atendimento e mais rapidez nas operações;

DEPÓSITOS A PRAZO Aplicação com rendimento diário ou mensal, jeito seguro de poupar e garantir um futuro tranqüilo;

CHEQUE Pagamento facilitado de compras no comércio em geral com cheque Cresol, aceito em todos os estabelecimentos do Brasil;

CRÉDITOS COM RECURSOS PRÓPRIOS Financiamento de eletrodomésticos, computadores, telefonia rural, celulares, terras, veículos e casa própria;

RECEBIMENTO DE TÍTULOS E CONTAS Recebimento de títulos e convênios (água, luz, telefone, IPVA, dentre outros);

PAGAMENTO DE APOSENTADOS Pagamento de benefícios do INSS com atendimento especial;

Quadro 7. Produtos oferecidos pela Cresol. Fonte: Dados secundários.

O quadro 7 representa os produtos oferecidos de nível direto e recursos

próprios.

CUSTEIO AGRÍCOLA Repasses de crédito de recursos próprios para o custeio da safra, com juros especiais e atendimento técnico especializado;

INVESTIMENTO AGRÍCOLA Crédito através de recursos próprios e com juros especiais para investimento nas propriedades rurais;

MICROCRÉDITO Crédito rápido, fácil e sem burocracia para as necessidades do dia-a-dia;

HABITASOL Programa de financiamento para a Habitação Rural que oportuniza melhoria na qualidade de vida no campo;

PRONAF Repasse de custeio e investimento agrícola com recursos de instituições financeiras que operam no PRONAF (Programa Nacional de

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Fortalecimento da Agricultura Familiar);

CRÉDITO AGROECOLÓGICO Baseado nos princípios da agroecologia, com o objetivo de apoiar práticas ambientais e economicamente sustentáveis;

Quadro 8. Produtos oferecidos pela Cresol. Fonte: Dados secundários.

O quadro 8 relata os produtos oferecidos que são obtidos de recursos

provenientes de linhas do governo federal.

Os produtos que estão ligados indiretamente estão descritos no quadro 9 a

seguir.

CARTÃO DE CRÉDITO

Forma fácil, segura e rápida para pagar ou financiar suas compras. Contamos com uma rede de aproximadamente mil estabelecimentos conveniados no Paraná e Santa Catarina;

SEGURO Proteção para a família, patrimônio, produção e investimento, através do Programa Superproteção da Corretora Cresol Seguros;

RECARGA DE CELULARES Recarga de celulares pré-pagos de todas as operadoras que atuam no estado do Paraná e de Santa Catarina;

CONVÊNIOS Parcerias com Unimed e Uniodonto para atender os cooperados.

JORNAL Jornal Abla Cresol Notícias, entregue mensalmente a todos os cooperados da Cresol Luís Alves;

Quadro 9. Produtos e serviços da Cresol. Fonte: Dados secundários.

O quadro 9 demonstra a diversificação de produtos que a Cresol oferece a

seus cooperados.

3.1.2 Visão, missão e valores

Na visão dos autores Teixeira, et al (2005 p. 88) a missão é

... declaração de propósitos ampla e duradoura, que individualiza e distingue a razão de ser da instituição. Identifica o escopo de suas operações em termos de linhas de serviço, público alvo e condições essenciais de desempenho.

Já o autor Chiavenato (2004, p. 36), a missão “define o papel da organização

dentro da sociedade em que está envolvida e significa sua razão de ser e de existir”.

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Seguindo este preceito a missão da empresa é “Oportunizar o

desenvolvimento sustentável dos cooperados através do crédito e serviços,

superando suas expectativas”.

O mesmo autor compreende a visão como o que a organização deseja ser no

futuro, esta é fortemente inspiradora e explica porque as pessoas se dedicam para o

sucesso da organização. Quanto mais alinhada aos interesses dos parceiros mais

pode atender a seus propósitos, para isso é preciso comunicar a pretensão futura e

a perspectiva de prazo como também onde pretende-se chegar para todos os seus

parceiros. Para isso estes parceiros precisam sentir fazendo parte e com uma visão

clara, motivando e estimulando para a alcançar os objetivos organizacionais.

Percebendo a importância de planejar o futuro a Cresol Luis Alves tem como

sua visão “ser uma referência no cooperativismo de crédito rural, gerando

oportunidades e contribuindo para a construção de um sonho comum”.

Os valores, considerando Teixeira et al (2005) podem ser categorizados de

acordo com o contexto em que surgem ou são aplicáveis. Desse modo, existem

desde os valores mais elevados e transcendentais, que são aqueles relacionados

com nossas concepções filosóficas de vida e de mundo, até os valores utilitários. Os

valores são os princípios que orientam ao planejamento e o caminho que a

organização deverá seguir para obterem os resultados que buscam através da

missão e visão.

Os mesmos autores complementam que quando se fala em valor no plano

social, quase sempre se tende a pensar em coisas transcendentais, implacáveis.

Sem dúvida, há valores com essas características nas organizações como a lisura

nos negócios ou a ética. Mas há valores bem mais concretos, passiveis de serem

medidos, como é o caso da eficácia e da efetividade social e outros similares,

importantes no mundo da economia e da administração. A Empresa objeto do

estudo cultiva os seguintes valores:

• ÉTICA: atitudes são íntegras, coerentes e imparciais.

• CREDIBILIDADE: domínio e segurança nas informações transmitindo

confiança.

• COMPETÊNCIA: gerando resultados positivos para o crescimento

cooperativo, de forma assertiva e eficaz.

• COMPROMISSO SOCIAL: ações que contribuem para desenvolvimento

social, ambiental de forma sustentável.

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• FOCO NO COOPERADO: antecipando e superando as expectativas do

cooperado com credibilidade.

• ESPÍRITO DE EQUIPE: pensar e agir objetivando o coletivo, participando e

comprometendo-se na busca de resultados.

• RESPEITO PELO OUTRO: Quando respeito às diferenças individuais,

buscando o bom relacionamento, saudável e permanente.

• OUSADIA: Quando temos coragem de inovar melhorias nos processos

gerando produtos e serviços.

3.1.3 Organograma

O organograma, como ressalta o autor Chiavenato (2001), é o gráfico que

representa a estrutura formal da empresa e define quanto à hierarquia, órgãos,

canais de comunicação e cargos que o compõe.

A seguir, na figura 7, o organograma da cresol:

Figura 7. Organograma da Cresol Luís Alves. Fonte: Dados secundários

A figura 7 mostra o organograma da Cresol, como do tipo Clássico e de

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autoridade de linha, que é mais utilizado dentre os tipos por apresentar as

características mais relevantes da estrutura organizacional, conferindo ao superior

as ordens, considerando o mesmo autor.

3.1.4 Clientes

Os clientes são os próprios cooperados, que são a razão da existência da

Cooperativa e possuem as necessidades e potencialidades que deverão se

transformar em ações pelo princípio da cooperação, justiçando a existência da

empresa.

3.1.5 Concorrentes

Os concorrentes que a cooperativa enfrenta são outros modelos de sistemas

de cooperativistas de crédito, que já atuam ou podem adentrar na região de atuação

da Cresol, como Sicred, Sicoob, Viacred, Unicred, ou mesmo Bancos Privados como

Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander entre outros.

3.1.6 Parceiros

A empresa considera com seus parceiros a entidades de classe como:

Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, Epagri, Prefeituras, Grupo de Estudo Pesquisa

e Extensão (GEPEX), Associação Integrada dos Cooperados da Cresol Luís Alves

(AICLA), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Regional de

Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Banco Safra, Bradesco, Banco do Brasil.

3.2 Resultados da Pesquisa

A seguir apresenta-se o resultado da pesquisa aplicada na Cooperativa

Cresol Luis Alves, com o objetivo de diagnosticar as políticas de recursos humanos

adotados pela empresa visando elaborar sugestões de melhorias para a área.

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Atendendo os objetivos deste estudo, que foram: identificar os pontos fortes

e fracos da área de recursos humanos; as atuais políticas de recursos humanos da

cooperativa; identificar o perfil e a percepção dos funcionários em relação às atuais

políticas de recursos humanos.

3.2.1 Pontos fortes e frágeis na administração dos Recursos Humanos

da empresa na visão da presidente da cooperativa

Este item responde ao primeiro objetivo específico do presente trabalho, por

meio de entrevista não estruturada, aplicada com a Presidente da cooperativa, como

pode ser observado no quadro 10, que apresenta os pontos levantados.

Para ampliar a sensibilidade do conjunto de pessoas envolvidas na gestão

da organização é preciso analisar as características internas sob os conceitos de

força ou pontos fortes que na visão de Teixeira, et al (2005), é uma condição interna

à organização, capaz de auxiliar o seu desempenho ou o cumprimento da missão e

dos seus objetivos.

PONTOS FORTES POSSÍVEIS CAUSAS

MARCA RECONHECIDA NA REGIÃO

Um ponto que faz com que o crescimento da cooperativa seja tão intenso e atraia funcionários é ser uma marca reconhecida pelo trabalho realizado. “A marca cresol já é referência na região, muito mais que outros bancos”.

DESENVOLVIMENTO DA ÁREA DE R.H. A empresa está desenvolvendo e investindo na área de recursos humanos para acompanhar o crescimento da cooperativa.

PLANEJAMENTO DE CARGOS E SALÁRIOS

A empresa já percebeu a necessidade do planejamento de cargos e salários, mas por ser responsabilidade de sua central, ainda não foi implantado mas está sendo estruturado e em breve implantado. “Será bom para a reestruturação da equipe e chegar a uma remuneração mais justa e caracterizar cada função com os planos de carreira”.

BENEFÍCIOS OFERECIDOS AOS FUNCIONÁRIOS

A empresa conta com diversos benefícios para seus colaboradores o que torna mais atraente a proposta de emprego na organização e faz com que se atraem funcionários. “Considero os melhores oferecidos em comparação as outras empresas. Inclusive a quantidade de currículos enviados é principalmente por estes benefícios”

EQUIPE DE TRABALHO

“Por ser uma equipe jovem estão sempre dispostos a buscar novos horizontes, a crescer, são mais flexíveis a mudanças e possuem maior disponibilidade. Também são mais motivados em

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busca dos objetivos da cooperativa”

TREINAMENTOS

Considerados um diferencial no trabalho da cooperativa. “São extremamente importantes para adquirir profissionalismo” e para adequar e integrar a equipe para alcance dos objetivos da organização.

ABSENTEÍSMO/ROTATIVIDADE

Os índices de absenteísmo ou mesmo de rotatividade, são baixos e não atingem diretamente a produtividade o que traz a percepção de comprometimento da equipe.

Quadro 1. Pontos Fortes da área de recursos humanos da cooperativa. Fonte: Dados primários

A por meio da análise do quadro 10, pode ser observado que a cooperativa

apresenta 07 pontos fortes e devem ser conservados e valorizados por serem

fatores que podem contribuir para o desenvolvimento de programas motivacionais

aos colaboradores.

Estes pontos podem ressaltar como a empresa está em relação às outras

organizações da região, podendo assim utilizar estes fatores de maneira favorável e

estratégica no momento das admissões e até mesmo para a respectiva valorização

dos benefícios oferecidos.

Observando o relato da entrevistada percebe-se que a marca da

organização é um destaque na região o que pode ser um fator de atração de

funcionários.

A área de recursos humanos na cooperativa está em crescimento e

desenvolvimento, para atender a demanda de funcionários com maior exatidão e

comprometimento.

A entrevistada colocou como maior ênfase destacando como principais

pontos fortes os benefícios e os treinamentos oferecidos pela cooperativa.

A equipe é de fundamental importância que trabalhe em harmonia e que

esteja empenhada para o alcance dos objetivos e metas da organização e como

ressalta a entrevista, uma equipe jovem, normalmente, está com maior disposição

para comprometer-se com os objetivos e projetos que a cooperativa organiza.

Com relação aos benefícios, que são espontâneos, pede-se perceber como

ressalta o autor Marras (2005) que a empresa os oferecem com o objetivo de

atender as necessidades dos colaboradores, ou de tornar o perfil da remuneração

atraente e competitiva no mercado de trabalho, tanto para atrair novos

colaboradores quanto para manter os atuais.

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Como coloca a entrevistada os benefícios que a empresa oferece podem ser

um dos motivos para atração de funcionários.

Os treinamentos oferecidos pela cooperativa são de fundamental

importância, percebe-se que com a implantação de treinamentos motivacionais, e

seguidamente operacionais, ocorreram grandes mudanças comportamentais, o que

contribuiu para a melhoria dos trabalhos desenvolvidos e do trabalho em equipe.

O autor Gasalla (2007) justifica que no momento que várias pessoas se

inter-relacionam para unir esforços a fim de atingir um objetivo comum, a forma de

agir eficientemente exigirá uma forma processual de fazê-lo. O sucesso de toda a

organização é o objetivo final dessa operação coordenada. Este é o motivo dos

treinamentos, contribuírem para as ações das equipes de trabalho.

A colocação da Presidente coincide com a opinião dos funcionários,

conforme o gráfico 22, considerado que a maioria respondeu positivamente ao que

se refere aos benefícios e aos treinamentos oferecidos.

Em relação ao índice de absenteísmo e rotatividade, a presidente o

identifica como um ponto insignificante, o que remete a mais uma vez a

compreensão de que a equipe está disposta e orientada para a organização.

A pesquisa procurou identificar também os pontos fracos relacionados com a

administração de recursos humanos, os apontados pela entrevistada podem ser

visualizados no quadro 11.

Os pontos frágeis ou fraquezas na visão de Teixeira et al (2005), é uma

condição interna à instituição capaz de dificultar substancialmente o seu

desempenho ou o cumprimento da sua missão e seus objetivos.

PONTOS FRÁGEIS POSSÍVEIS CAUSAS

EQUIPE DE TRABALHO JOVEM

“Percebo que a equipe sendo nova não possui apenas vantagens, como desvantagem é a falta de profissionalismo e imaturidade para manter um bom relacionamento e padrão de responsabilidade para com o trabalho”.

ERROS DOS TRABALHOS PRESTADOS

Acredita-se ser o maior causador de problemas relacionados aos serviços o sistema que é utilizado no momento “Os erros ocorrem principalmente por motivo do sistema em funcionamento que opera muitas vezes com falhas e falta de controle”.

RECLAMAÇÕES RELACIONADAS AOS FUNCIONÁRIOS

“Considero o índice de reclamações pequenas correlacionadas à quantidade de atendimentos”. Acredita-se que a falta de atenção e protocolos de serviços são as possíveis causas para

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algumas reclamações, mas principalmente pelo sistema operacional utilizado.

CONFLITOS NO TRABALHO

Os conflitos gerados por falta de uma comunicação direta ou mesmo conflitos de relacionamento são prejudiciais para o bom desempenho da equipe e estes são resolvidos por meio do contato direto com a presidente “Chamo as pessoas envolvidas para conversarmos na minha sala para saber o que está acontecendo e quando sinto a necessidade solicito a responsável pelo RH para verificar os motivos ou conflitos existentes’’.

Quadro 11. Pontos Frágeis da área de recursos human os da cooperativa. Fonte: Dados primários

Como demonstra o quadro 11, apesar de a cooperativa possuir pontos fortes

que contribuem para o seu crescimento, existem pontos frágeis na organização que

devem ser tratados com fundamental importância para não serem causadores de

possível desmotivação e contribuir para redução dos pontos fortes.

Ao levantar os pontos frágeis, percebe-se que mesmo estes sendo com

baixa intensidade, deve-se tomar precauções.

Podendo ser perceptível que a maioria dos acontecimentos está interligada

ao fato da equipe ser ainda jovem e está adaptando-se ao mundo do trabalho. O

resultado da pesquisa demonstra que a maioria dos colaboradores não ultrapassam

os 25 anos, índice demonstrado pelo gráfico 2. A autora Fonseca (2008), afirma que

os membros da geração Y, que são os nascidos após 1980, esperam treinamento,

orientação profissional e planejamento de carreira fantástico como parte do

emprego, o que pode justificar a percepção da empresa.

Percebe-se que é necessário que a organização fique atenta ao fato dos

erros que são cometidos ou mesmo reclamações em decorrência do sistema, sendo

este um dos principais motivos de preocupação do bom andamento da cooperativa.

Contribuindo com a resposta da presidente a responsável pelo Recursos Humanos

também colocou com grande ressalva que o sistema utilizado atualmente é um dos

causadores de grandes transtornos e estresse no trabalho, percebendo este um

ponto crítico.

Vale ressaltar que a cooperativa já está em processo de desenvolvimento de

um novo software para melhorar seu atendimento, mas que até o momento não está

sendo executado, e ainda sabe que este poderá ser um novo causador de estresse

ou conflitos pelo motivo da transação dos dados e a demora que isto irá ocorrer.

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Mesmo considerando que a equipe possui um comprometimento com a

organização é necessário a continuação de intervenções junto á equipe para

ressaltar que o bom relacionamento e que a confiança traz melhorias para a vida

profissional.

Para os autores Fischer e Novelli (2008), os desafios à interação com os

demais membros da equipe pode estar relacionado aos aspectos como necessidade

de melhor conhecimento das pessoas, desenvolvimento de ambiente de troca de

idéias e informações, gestão da diversidade, estabelecimento de objetivos comuns,

aperfeiçoamento da comunicação, aperfeiçoamento do relacionamento com a

equipe e habilidades em lidar com pessoas cada vez mais qualificadas sendo a

confiança um fator que impulsiona a transformação da organização.

3.2.2 Verificação das atuais políticas de Recursos Humanos da

cooperativa

Com o objetivo de verificar as atuais políticas Recursos humanos da empresa

foi realizada uma entrevista semi-estruturada com a responsável pela área de

administração de funcionários da cooperativa, tendo como referencial teórico os

autores Celinski (1994), Prado e Souza (2002) e Chiavenato (2004), para classificar

as atividades das políticas de recursos humanos e definição das categorias de

análise.

Apresentam-se no quadro 12 as respostas da entrevistada, relacionadas com

as políticas da cooperativa. Entende como políticas de recursos humanos

considerando Chiavenato (2004), regras estabelecidas para governar funções e

assegurar que elas sejam desempenhadas de acordo com os objetivos desejados.

PROCEDIMENTOS DA EMPRESA RESPOSTAS DA ENTREVISTADA

Quais as prioridades e objetivos da cooperativa? Como são transferidos para os funcionários?

“Atender os cooperados através das suas necessidades e melhorar a qualidade de vida dos mesmos. No momento da contratação e na visão da cooperativa está explicito as prioridades da Cresol”

Como os funcionários sabem quais são as atribuições do seu cargo? E a quem devem dirigir-se?

“No momento da entrevista e contratação e no período de experiência. E sabem a quem deve dirigir-se que é seu supervisor imediato.

Como o crescimento da empresa abre possibilidades de progresso ao colaborador?

“Não está ainda bem estruturado, mas com a implantação do plano de cargos e salários ficará mais claro”.

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De que forma as normas e regulamentos são repassados aos funcionários?

“Através do manual operacional do sistema Cresol e através da entrevista de contratação”.

Quadro 22. Procedimento da empresa Fonte: Dados primários.

Para que a cooperativa demonstre suas prioridades e objetivos, como está

compreendido na resposta quanto as prioridades e objetivos da cooperativa é

necessário a divulgação dos mesmos como ressalta o autor Ribeiro (2005), as

políticas básicas da empresa devem ser explicadas ao novo funcionário, para ajudá-

lo a se adaptar mais rapidamente ao ambiente.

Para uma boa execução das tarefas a serem realizadas é necessário que o

funcionário compreenda quais são as atribuições do seu cargo e á quem deve dirigir-

se. A responsável pelo RH coloca que no momento da entrevista e no período de

experiência é repassado ao novo funcionário. Como indica o autor Marras (2005)

que o colaborador deve receber informações referentes à empresa e ao cargo a ser

preenchido, assim como sobre o perfil daquele que será o superior imediato do

cargo a ser preenchido.

A pesquisa aponta que em relação aos procedimentos adotados pela

cooperativa ainda existem algumas deficiências que já estão sendo tratadas, como é

o caso da administração de cargos e salários, que na entrevista com a presidente

também foi constatado esta pertinência. O autor Chiavenato (2004), ressalta que

para a organização o cargo constitui a base da aplicação das pessoas nas tarefas

organizacionais, e para a pessoa constitui uma das maiores fontes de motivação na

organização. Denota-se assim a importância e o interesse que a cooperativa tem em

concluir o plano de cargos e salários.

Em relação aos regulamentos e normas da Cresol, são repassados aos

funcionários por meio do manual operacional e no decorrer da entrevista de

contratação. Este é um importante fator que deve ser revisado pela organização,

sendo o manual operacional um documento que está há muito tempo sem

atualização e por ser extenso pode contribuir para que muitos dos funcionários não o

leiam, ainda, o mesmo apenas remete ao uso do sistema operacional.

Com relação às políticas em agregar pessoas para a organização as

respostas da entrevistada podem ser visualizadas no quadro 13 a seguir:

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POLÍTICAS DE AGREGAR PESSOAS RESPOSTAS DA ENTREVISTADA

Como a Cresol identifica a necessidade de uma nova contratação?

“Quando percebe a sobrecarga de trabalho e/ou aumento de demanda, ou mesmo quando surge uma nova função”.

Que procedimento é realizado? Como é feito o recrutamento e seleção de pessoal?

“Primeiramente verifica-se a possibilidade de recrutamento interno, através de uma conversa para a possibilidade de contratar o funcionário com perfil adequado a função, caso contrário é realizada uma pré seleção de currículos, dos já existentes, com perfil adequado à função, estes são chamados para uma entrevista prévia para fazer uma triagem, juntamente com uma avaliação para identificação das habilidades de acordo com o perfil. Após é selecionada a ou as pessoas que serão apresentadas à presidente que tomará a decisão final da contratação”.

No caso de recrutamento interno como é realizado?

“Quando surge a necessidade ou uma nova vaga é avaliado o funcionário com perfil mais adequado à função. Mas o próprio colaborador pode requisitar uma mudança de cargo o que será analisado no caso de surgir uma nova vaga”.

Que tipo de treinamento é oferecido ao novo funcionário? Quem apresenta e orienta ao novo funcionário sobre a utilização de equipamentos e

material necessário para o trabalho?

“É oferecido um estágio na área durante um mês. O coordenador e a responsável pelo RH, e o funcionário indicado para o acompanhamento ficam responsáveis pelo treinamento, e desempenho”. Sente a necessidade de uma padronização e plano de estágio por setor, e que já está buscando desenvolver.

Quadro 33. Políticas de agregar pessoas. Fonte: Dados primários.

Conforme Fonseca (2008), um recrutamento planejado permite verificar a

existência de uma vaga a ser preenchida e oferece oportunidade de reavaliar o

cargo. Como a pesquisa identificou que não é realizado um planejamento para

preenchimento de possíveis vagas, estas são preenchidas quando se percebe a

necessidade de uma nova contratação por motivo de demanda e sobrecarga, ou

mesmo uma nova função.

O recrutamento e seleção é um importante fator para obter uma contratação

que esteja alinhada com os pensamentos da organização e perfil desejado, nota-se

que a empresa tem um procedimento elaborado para que obtenha o melhor

resultado em uma nova contratação.

Por receber muitos currículos, a empresa não realiza nenhuma divulgação

de vaga, mas consulta seu histórico de currículos para avaliação, quando esta vaga

não pode ser preenchida por algum funcionário interno. O Autor Ribeiro (2005)

salienta que durante o recrutamento deve-se levar em conta a quantidade e

qualidade de profissionais, situação do mercado de trabalho, referente ao o que a

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empresa oferece para satisfazer as necessidades básicas e sociais e aspirações dos

trabalhadores.

Por meio do gráfico 19, percebe-se com relação ao recrutamento, que 22%

colaboradores indicaram que quase sempre, ou raramente conhecem. O que

provavelmente deve-se ao fato de o recrutamento interno ser realizado de forma

individual.

Pode-se perceber que existe uma concordância entre a resposta da

entrevistada pelo setor e a dos colaboradores relacionando às questões de

treinamento oferecido ao novo colaborador indicando uma deficiência. Faz-se

necessária total atenção para este item, por serem processos que devem possuir o

mínimo de erros possíveis, compreendendo que os associados devem perceber a

cooperativa como uma organização segura e confiável para estarem trabalhando e

somente terão esta percepção mediante a total confiança no funcionário e este no

seu processo de trabalho.

Destaca-se que no âmbito da organização, uma necessidade de treinamento

é qualquer comportamento ou falta de habilidade que obstrui a conquista dos

objetivos corporativos, por exemplo, falta de habilidade no atendimento ao cliente,

que prejudique a empresa (FONSECA, 2008).

Estão citadas no quadro 14, a seguir, as respostas da entrevistada

referentes às políticas de aplicar pessoas na organização.

POLÍTICAS DE APLICAR PESSOAS RESPOSTAS DA ENTREVISTADA

Como é realizada a avaliação de pessoal? O funcionário tem conhecimento desta avaliação? Quem realiza?

“A avaliação ocorre através das reuniões semanais através das metas divulgadas a equipe, e a avaliação 360° realizada com cada colaborador”.

Como o funcionário recebe feedback da avaliação do trabalho?

“Hoje não existe um padrão e já percebeu a falta deste feedback. Mas a Responsável pelo RH coloca aos coordenadores nas reuniões semanais para que estes busquem realizar este trabalho de retorno para os colaboradores”.

De que forma ocorre a valorização do trabalho dos funcionários?

“Através da bonificação ao final do ano sobre o alcance das metas. Festa de integração da Cresol Luis Alves, e da Cresol Baser. Presente de final de ano. E considera ainda os treinamentos realizados em lugares diferentes e “especiais” como valorização, pois proporcionam conhecimento e crescimento”.

Como os funcionários são informados das atribuições de seu cargo?

“Através da pessoa que o acompanha no período de estágio, assim como seu coordenador”.

Quadro 44. Políticas de aplicar pessoas. Fonte: Dados primários.

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A autora Fonseca (2008), foca que o objetivo da avaliação passou de rígida

avaliação para a melhoria de desempenho e desenvolvimento do profissional.

Pela entrevista constata-se que a empresa recorre a dois tipos de avaliação,

mediante o alcance das metas envolvendo toda a equipe, realizada semanalmente e

a avaliação 360° que foi realizada com todos os fun cionários.

A avaliação, conforme a autora, incluem oportunidades como rever o

desempenho, planejar o trabalho e função futura, reforçar e ampliar ou identificar as

necessidades.

Sobre a avaliação 360°, para a mesma, é uma avaliaç ão por escrito sobre os

supervisores, subordinados bem como uma auto-avaliação.

Para Ribeiro (2005) para um programa de feedback, é necessário levar um

tempo, planejar, definir pontos chaves, ter respostas para questões relevantes e

saber quais resultados deseja alcançar.

É de extrema importância que os colaboradores recebam feedback pelo

trabalho realizado, e isso também a responsável pelo RH nota quando afirma que

não existe hoje um padrão para realizar o feedback, mas que repassa ao

supervisores e coordenadores para que estes realizem este retorno para seus

subordinados.

A valorização do colaborador se faz por meio de gratificações como as

bonificações ao final de ano mediante o alcance das metas, festas de integração dos

colaboradores e os treinamentos valorizando o colaborador para que sinta parte da

cooperativa e fundamental para a organização.

O cargo que o novo funcionário terá é demonstrado através do colaborador

que vai acompanhá-lo no período de treinamento de um mês, como também pelo

seu superior imediato, que detém as informações necessárias para tirar dúvidas

pertinentes aos assuntos do operacional e funcionamento da cooperativa.

Quanto às políticas de recompensar pessoas as respostas da entrevistada

podem ser visualizadas no quadro 15 a seguir:

POLÍTICAS DE RECOMPENSAR PESSOAS RESPOSTAS DA ENTREVISTADA

Como a empresa tem conhecimento que os salários dos colaboradores são iguais, ou melhores do que os praticados pelo mercado?

“Dentro do sistema Cresol o nosso piso é um dos maiores. O obtenção do valor corresponde através de informações informais sobre salários adotados na região”.

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Quais os benefícios oferecidos pela Cresol? E, de que forma são repassados aos colaboradores?

São vários os benefícios, como vale transporte, cursos, bolsa de estudos, participação nos resultados, plano de saúde, alimentação, brinde de natal. A responsável pelo RH quando faz a apresentação do novo colaborador e repassa a ele os benefícios, mas ressalta que por não existir um padrão (que já está sendo planejado) ela pode esquecer-se de falar algum benefício.

Que indicadores demonstram a satisfação dos funcionários em relação aos benefícios oferecidos?

“Não possuímos nenhum indicador para isso , mas sabe-se informalmente que os funcionários gostam dos benefícios prestados”.

Quadro 55. Políticas de recompensar pessoas. Fonte: Dados primários.

Como ressalta a autora Fonseca (2008), a importância do salário é o tema

mais explosivo nas relações entre funcionários e empresa.

A autora indica que a oferta de benefícios tem a implicação de custos

significativos que podem ser geralmente ignorados pelos funcionários, o que dificulta

a eficiência de benefícios como instrumento de retenção e lealdade.

Mesmo com a afirmação da entrevistada, que o salário é superior ao

aplicado sistema e que na região está de acordo com os oferecidos, os funcionários

discordam em 17%, conforme o gráfico 21, afirmando que raramente a remuneração

está de acordo com outras empresas do mesmo ramo. Este índice pode ter ocorrido

por que hoje a cooperativa não realiza comparação com outras cooperativas de

outros sistemas, ou mesmo outros Bancos.

A relação que se pode fazer com os benefícios, que mesmo com a

entrevistada detectando algumas deficiências no decorrer da divulgação dos

benefícios, este é um item que demonstra que 69% dos funcionários afirmam que

sempre consideram os benefícios como boas opções e 64% de repostas afirmando

que sempre conhecem os benefícios oferecidos, indicado no gráfico 21. Este fato

pode ser influenciado pela maioria dos colaboradores serem estudantes

universitários (33% - gráfico 11) e utilizarem o benefício da bolsa de estudos.

As respostas da entrevistada relacionadas às políticas de desenvolver

pessoas estão descritas no quadro 16:

POLÍTICAS DE DESENVOLVER PESSOAS RESPOSTAS DA ENTREVISTADA

Que tipo de treinamento a empresa oferece aos funcionários?

“treinamentos motivacionais, operacionais e estratégicos (para áreas específicas, como oratória, liderança, administração de tempo, e planejamento estratégico)”.

Como é feito o levantamento das necessidades de treinamento?

“Na percepção do cotidiano, e também questionamento aos funcionários sobre suas

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necessidades”.

Como a Cresol estimula seus colaboradores a aperfeiçoarem seus estudos?

“Através do benefício de bolsa de estudos, incentivo informal através de conversas, no momento da contratação, já se verifica se a pessoa estuda ou tem intenção, e outros treinamentos que surgem específicos para as áreas”.

Quadro 16. Políticas de desenvolver pessoas. Fonte: Dados primários.

Os treinamentos são considerados pontos estratégicos para o

desenvolvimento da equipe, como considerado pela presidente e positivamente pela

entrevistada. Isto pode ser confirmado pelos tipos de treinamentos oferecidos, como

curso de liderança e oratória, que são específicos e de grande importância.

Os levantamentos de necessidades de treinamentos, como são realizados

pela empresa, é importante que para não ocorrer desperdício de tempo e dinheiro

em cursos que não são de necessidade do colaborador, enquanto sente a

necessidade de outros tipos que podem ser mais relevantes para a sua função.

O fator de estimulação ao aperfeiçoamento deve ter total atenção para este

item por a entrevistada destacar que há incentivo para o aperfeiçoamento

profissional e os colaboradores consideraram (44%) que quase sempre são

estimulados e ainda (14%) raramente, como demonstrado no gráfico 22, o que pode

manifestar o não conhecimento sobre este estímulo ou não considerar como tal.

O quadro 17 demonstra a seguir as políticas para manter pessoas na

organização adotadas pela cooperativa por meio das respostas da entrevista:

POLÍTICAS DE MANTER PESSOAS RESPOSTAS DA ENTREVISTADA

Como a Cresol tem preocupação em manter boas condições de trabalho físicas e psicológicas?

“Através da ginástica laboral com uma profissional de educação física, uma psicóloga, enfermeira e nutricionista que ficam a disposição dos funcionários.

De que modo é observado o ambiente de trabalho. É confortável?

“No momento o ambiente físico é pequeno o que gera um estresse. Além do sistema que também é um fator perturbador”. Problemas que já estão encaminhados para serem solucionados.

Como é organizada a segurança? Como você avalia a segurança da empresa?

“Existe uma empresa responsável e um grande investimento na parte de segurança. E para os funcionários será realizado uma conversa para que os funcionários saibam como proceder a uma eventualidade”.

Quadro 67. Políticas para manter Pessoas. Fonte: Dados primários.

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A empresa tem a preocupação em oferecer segurança e boas condições aos

colaboradores, o que pode ser constatado pelas pessoas contratadas para oferecer

melhores condições, como a ginástica laboral, que é importante por o trabalho ser

repetitivo e realizado na mesma posição durante muito tempo. Atitude que não era o

habitual de muitos colaboradores, por serem filhos de agricultores, normalmente

contribuem nos afazeres da propriedade dos pais. Destaca-se que estas pessoas

responsáveis pela boas condições de trabalho também prestam outros serviços à

cooperativa, conferindo que não estão em período integral nas ações relacionadas

a segurança.

O ambiente físico de trabalho é constado nas três pesquisas realizadas, com

a presidente; a responsável pelo RH e os colaboradores (gráfico 25); que é o fator

de maior desconforto na organização atualmente. O causador deste desconforto

pode ser pelo local de trabalho não atender as necessidades dos colaboradores por

ser um local pequeno para a quantidade de funcionários.

Toda empresa deve desenvolver suas próprias políticas de segurança, como

relata Fonseca (2008), de acordo com as necessidades do pessoal e do tipo de

instalações que dispõem.

A cooperativa percebe a importância que tem a segurança na realização de

um trabalho que tem movimentação com valores monetários constantes. Assim

mantém um esforço constante na segurança, com equipamentos e uma empresa

especializada para a monitoração da organização.

A autora identifica que a pressão é motivadora, estimulante e energizante,

mas, quando ultrapassa o limite que o indivíduo consegue suportar, penetra-se na

esfera do estresse.

O que ressalta a autora, condiz com a opinião da entrevista, que afirma que

o local de trabalho físico e o sistema, que em primeira instância pode não ser

perturbadora, mas com a continuação constante são geradores de estresse. O que

se constata na opinião dos colaboradores afirmando (44%) que quase sempre

sente-se pressionado ou algum nível de estresse. E uma preocupante porcentagem

(19%) afirma que sempre sente alguma pressão ou estresse, demonstrado no

gráfico 23. É necessário que a organização esteja atenta e que busque os principais

causadores destes níveis, pois remetem um problema que deve ser tratado com

urgência.

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Com base nas respostas da entrevista referente à avaliação da chefia

obteve as informações que estão dispostas no quadro 18.

AVALIAÇÃO DA CHEFIA RESPOSTAS DA ENTREVISTADA

Como considera o clima que a presidente proporciona aos funcionários? Ela reconhece o trabalho dos funcionários? De que forma?

“Por não estar tão presente efetivamente e pelo seu perfil, os funcionários sentem-se retraídos e remetem em sua maioria para a responsável do RH”.

Os coordenadores/ supervisores atendem as necessidades dos colaboradores?

“Nas áreas operacionais, considero que eles suprem as necessidades. E quanto a área motivacional e humana, é repassado à responsável pelo RH”.

Quadro 78. Avaliação da Chefia. Fonte: Dados Primários.

O autor Carlzon (2005), ressalta que o líder deve ter consciência de quanto a

comunicação não verbal pode vir a ilustrar o estilo que as pessoas na empresa

devem seguir a personalidade do líder é absorvida e copiada pela organização.

É importante a verificação de qual a imagem que os lideres estão repassando

aos colaboradores, por identificação da entrevistada que os colaboradores, não se

sentem à vontade na presença da presidente.

A seguir, apresentam-se no quadro 19, as respostas da entrevistada, como

sugestão para melhorias na organização.

SUGESTÕES RESPOSTAS DA ENTREVISTADA

O que seria necessário para melhorar as condições de trabalho na empresa?

“Espaço. Reorganização de alguns setores (avaliação sobre o trabalho, funções, sobrecarga)’.

Quadro19. Sugestões da entrevistada. Fonte: Dados Primários.

Na obtenção de sugestões percebe-se a necessidade de espaço, que já está

para ser solucionado com a inauguração da nova sede. E reorganização de alguns

setores, verificando que a existência de sobrecarga em algumas tarefas o que pode

ocasionar posteriormente estresse e conflitos no trabalho.

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3.2.3. Resultado da pesquisa com os funcionários

Para realizar os objetivos do trabalho como já exposto foram feito pesquisas

com os funcionários da empresa como podem ser visualizas a seguir conforme

categorias de Chiavenato (2007) e Luz (2003).

3.2.3.1 Identificação do perfil dos funcionários

Com o objetivo de identificar o perfil dos funcionários, foi aplicado um

questionário com perguntas relacionadas aos dados pessoais, funcionais e sociais,

considerando Luz (2003).

A identificação do perfil permitirá a organização direcionar ações com base

no resultado da pesquisa. Como ressalta o autor Gasalla (2007), a visão do futuro

deve ser cada vez mais integrada. Para isso deve-se mudar o método de trabalho

com base em paradigmas que elavam a fragmentação e especialização (cada um

fechado em seu cubículo e sem querer saber nada dos outros) para manter um alto

nível de competitividade, faz-se necessário “visualizar” o todo aproximando-se da

realidade.

A seguir, os gráficos 1, 2 e 3, apresentam os dados pessoais dos

funcionários, relacionados à: sexo, idade e estado civil, respectivamente.

Gráfico 1. Representação do sexo dos entrevistados. Fonte: Dados primários.

Analisando os dados coletados, no gráfico 1 percebe-se que o percentual de

homens e mulheres que trabalham na cooperativa está homogêneo.

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Este resultado está relacionado ao fato da cooperativa acreditar que homens

e mulheres podem alcançar os objetivos propostos e dependem apenas do perfil e

não do sexo o alcance destes resultados, que independem de esforço físico.

A seguir, o gráfico 2, corresponde a idade dos colaboradores.

Gráfico 2. Representação da idade dos entrevistados . Fonte: Dados primários.

Em relação a faixa etária, a predominância está entre 16 à 30 anos, mais

especificamente entre 21 e 25 anos (35%), um dos fatores que justificam a maioria

dos colaboradores sendo solteiros (58%), indicado no gráfico 3. Outra justificativa

deve-se ao estudo que segue nas próximas análises que caracteriza que a maioria

está ainda estudando e normalmente mora com os pais.

No gráfico 3, a seguir, mostra o estado civil dos funcionários.

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Gráfico 3. Estado civil dos entrevistados. Fonte: Dados primários.

Como pode ser analisado no gráfico 3, comparando com a faixa etária dos

funcionários, remete-se à análise do gráfico da representação do estado civil,

indicando que a maioria dos funcionários são solteiros com 58% das respostas.

Com relação à pesquisa sobre a família dos colaboradores percebe-se no

gráfico 4 a quantidade de filhos dos colaboradores e a moradia.

Gráfico 4. Representação dos entrevistados se possu em filhos. Fonte: Dados primários.

Contribuindo com o gráfico 4, correspondente à idade; faixa etária e estado

civil justifica que a maioria dos funcionários não possuem filhos e os que

responderam positivamente, obteve-se sete respostas declarando possuir um filho,

duas respostas com dois filhos, uma com três filhos e uma com sete filhos.

O gráfico 5 mostra o resultado da pesquisa em relação ao tipo de moradia.

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Gráfico 5. Forma de moradia dos entrevistados. Fonte: Dados primários.

Em relação à moradia nota-se a predominância de colaboradores que reside

com sua família (85%), fator que pode ser justificado pela maioria dos funcionários

serem solteiros, fator demonstrado anteriormente no gráfico 5.

No gráfico 6, pode ser observado as informações relacionadas a

empregabilidade.

Gráfico 6. Representação quanto ao primeiro emprego dos entrevistados Fonte: Dados primários.

Nota-se que mesmo a maioria dos colaboradores sendo jovens, são apenas

quatro respostas positivas correspondente a (11%) os que possuíram como primeiro

emprego a Cresol.

No gráfico 7, que segue, é demonstrado sobre o atendimento ao público.

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Gráfico 7. Representação dos entrevistado que fazem atendimento ao público. Fonte: Dados primários.

Percebe-se que 67% dos funcionários realizam algum tipo de atendimento

ao público. Já que a cooperativa presta serviços bancários além de outros como

assistencia técnica, e poucos são as funções que não estão entrelaçadas ao

atendimento público.

Informações acerca do trabalho dos funcionários podem ser visualizadas nos

gráficos 8, 9 e 10.

O gráfico 8 apresenta há quanto tempo o colaborador trabalha na

cooperativa.

Gráfico 8. Tempo de trabalho na Cresol. Fonte: Dados primários.

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Pode-se perceber que a maioria dos colaboradores está na cooperativa

entre um a dois anos (22%). Mas pode-se destacar que no período de até seis

meses há um alto índice (17%), o que se reflete pelo aumento da cooperativa nos

últimos anos. Estes índices podem ser preocupantes, se a cooperativa não repassar

aos colaboradores o funcionamento correto da organização, mas deve-se verificar

que a cooperativa é significativamente “nova” com apenas sete anos de existência

em Luis Alves. O que também pode justificar o pouco tempo de trabalho dos

colaboradores.

Em relação à área de trabalho, o gráfico 9 demonstra os resultados da

pesquisa.

Gráfico 9. Setor de trabalho do entrevistado. Fonte: Dados primários.

Pode-se constatar que a quantidade de pessoas que trabalham na área

administrativa realizando serviços como telefonia, recepção, almoxarifado, e serviços

gerais que podem ser o serviço de limpeza. Mas pela quantidade de respostas

podem estar representando outros serviços. O que representa a grande demanda

destes serviços assim como o de crédito caixas e assistência técnica, pode ser

explicado pelo modelo de sistema que a cooperativa trabalha, que busca não

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somente o atendimento básico de um sistema financeiro, e sim melhorar a vida do

produtor e cooperado.

A seguir o gráfico 10 representa a percepção dos funcionários quanto á

exercer um cargo de confiança.

Gráfico 10. Representação do entrevistado quanto a ocupação de cargo de confiança. Fonte: Dados primários.

Destaca-se que a maioria (75%) dos colaboradores considera que exerce

um cargo de confiança na cooperativa. Isto se deve principalmente por lidar com

dados confidenciais referentes aos cooperados, como saldo bancários e

movimentações.

Quanto a escolaridade dos colaboradores os gráficos 11, 12, 13 demonstram

os resultados das pesquisas.

A escolaridade dos colaboradores está descrita no gráfico 11, a seguir.

Gráfico 11. Grau de escolaridade. Fonte: Dados primários.

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Por a cooperativa incentivar desde a contratação e com o benefício da bolsa

de estudos é comum que os colaboradores estejam estudando ou mesmo já são

formados. Na cooperativa a maioria dos colaboradores está cursando o ensino

superior com 33%, vale demonstrar que ainda 25% estão com o superior completo.

No gráfico 12 é demonstrado os motivos que contribuem para que os

funcionários não estejam estudando.

Gráfico 12. Representação de qual o motivo dos entr evistados não estar estudando. Fonte: Dados primários.

Os funcionários que não estão estudando justificam que um dos principais

motivos é o horário de trabalho, porém ainda uma porcentagem relevante não tem

interesse de dedicar-se ao estudo neste momento.

O transporte utilizado para os funcionários irem a cooperativa está descrito

no gráfico 13 a seguir.

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Gráfico 13. Forma de deslocamento até o local de tr abalho Fonte: Dados primários.

Destaca-se que a maioria dos colaboradores utiliza-se de carro para o

deslocamento até a cooperativa, por morarem longe e não possuir ônibus circular

esta é uma das possíveis causas. Ainda é possível salientar que 28% dos

funcionários vêem até a cooperativa a pé, por morarem nas redondezas da

cooperativa.

A saúde dos funcionários dos colaboradores está descrito no gráfico 14.

Gráfico 14. Condição de saúde dos entrevistados. Fonte: Dados primários.

A saúde dos colaboradores é de fundamental importância para a

organização. Se a equipe é saudável toda a organização trabalha com empenho e

energia. O que condiz com a cooperativa, obtendo como resposta ao

questionamento das condições de saúde, 94 % dizem ter boa saúde. E das

respostas que não tem boa saúde, obteve-se uma resposta que tem renite e duas

que tem bronquite.

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Para análise do uso de medicamentos, ainda no tema da saúde, os

funcionários responderam obtendo-se o gráfico 15.

Gráfico 15. Representação do uso freqüente de medic amentos. Fonte: Dados primários.

Como a saúde é um destaque positivo na equipe, a maioria dos

colaboradores não utilizam medicamentos periódicos. Uma importante ressalva

deve-se ter ao verificar que 5% dos funcionários, utilizam remédios para stress, o

que é um fator preocupante para a organização.

Os tipos de esportes que os colaboradores e sua intensidade, está

demonstrado no gráfico 16.

Gráfico 16. Forma de prática de esportes Fonte: Dados primários.

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O gráfico 16 demonstra que a maioria dos funcionários não pratica esportes,

o que pode gerar ou aumentar o estresse, além de contribuir para a ociosidade e má

disposição para o trabalho.

A seguir, o gráfico 17 demonstra o que os colaboradores realizam nos

períodos livres.

Gráfico 17. Representação sobre a ocupação nas hora s livres Fonte: Dados primários.

A representação do gráfico 17 demonstra que os colaboradores valorizam a

família e amigos, o que pode representar uma estabilidade na vida afetiva

contribuindo para formação de uma equipe unida e comprometida. O segundo maior

índice identificado foi o item descansar, com 13%. O segundo maior índice, pode

representar um cansaço no decorrer da semana o que pode ocorrer devido a maioria

(33% segundo o gráfico n° 15) dos colaboradores alé m de trabalharem, ainda

estudam. Identifica-se ainda que são poucos (5%) os que praticam esportes

confirmando o gráfico n° 20 onde 31% afirmaram não praticar esportes, o mesmo

índice é constatado nas afirmações quanto ao fato da leitura, um índice que remete

a cultura e a formação da equipe. Conforme a autora Grubbs-West (2007, p. 51) os

livros “apresentam novas idéias e abordagens para a solução de problemas, modos

diferentes de pensar e conceitos valiosos que podem ser aplicados em toda a

empresa”.

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3.2.4 Percepção dos funcionários em relação as políticas de Recursos

Humanos

Este item apresenta a percepção dos colaboradores em relação as políticas

de recursos humanos na cooperativa.

Para esta identificação, utilizou-se um questionário com perguntas

relacionadas às políticas e normas administrativas, recrutamento e seleção dos

funcionários, reconhecimento, benefício e remuneração, treinamentos,

relacionamento e condições de trabalho e relação com as lideranças, utilizando-se

como referencial teórico Celinski (1994) e Chiavenato (2004).

O gráfico 18 apresenta o conhecimento dos colaboradores quanto às

normas administrativas da cooperativa.

Gráfico 18. Políticas e normas Administrativas Fonte: Dados primários

O gráfico 18 relaciona às normas administrativas, demonstra que a maioria

dos colaboradores afirmam que sempre ou quase sempre conhecem os objetivos e

prioridades da Cresol. Mas a empresa deve ficar atenta a uma porcentagem

significativa (14%) que responderam que raramente conhecem os objetivos e

prioridades.

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A compreensão destes objetivos e prioridades da organização devem ser de

conhecimento de todos os funcionários, se estes possuem dúvidas quanto aos

objetivos e prioridades é provável, que não estejam voltados para o cumprimento

das metas ,que a cooperativa deseja alcançar. O autor Ribeiro (2005), afirma que a

ambientação do novo funcionário, através da explicação das políticas básicas da

empresa, se faz necessária para a rápida adaptação do novo colaborador ao

ambiente da organização.

Identifica-se no gráfico 18, com relação aos planos de trabalho que estão

relacionados às atividades de cada colaborador, que 93% afirmam positivamente,

relatando que é de seu conhecimento sempre, ou quase sempre, os planos

relacionados ao seu trabalho. O que demonstra ser um ponto positivo à cooperativa.

pode designar que por algum motivo algumas decisões sobre o trabalho a ser

desenvolvido não estão sendo repassadas aos colaboradores.

Quanto à percepção dos colaboradores em relação as oportunidades de

crescimento profissional a maioria dos respondentes identificam que a Cresol

sempre ou quase sempre, oferece oportunidades. Identificando que a cooperativa

proporciona este crescimento, e a compreensão de que está em plena expansão

pode contribuir para este resultado.

A maioria dos colaboradores afirma que sabe a quem dirigirem-se quando

enfrenta algum problema, mesmo este percentual aparentemente alto, é necessária

a identificação dos 3% que afirmam que nunca sabem a quem se dirigir e ainda os

6% que raramente sabem.

Perante este percentual de respostas torna-se indispensável à verificação

para que os colaboradores sintam que possuem responsabilidades mas que também

sabem a quem são subordinados ou mesmo a quem se dirigir em eventual

problema. É possível que estas respostas possam corresponder a funcionários

recém contratados.

Quanto às normas e regulamentos, ocorreu a menor porcentagem positiva

em relação às Políticas e normas administrativas, apenas 28% afirmam como

sempre são conhecidos as normas e regulamentos da cooperativa. Este índice é

reforçado pela resposta da entrevistada da área de recursos humanos que coloca

que não existe um manual de integração para o novo funcionário, mas que está

sendo projetado.

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A seguir o gráfico 19 apresenta os dados referentes as políticas de agregar

pessoas.

Gráfico 19. Políticas de agregar pessoas à organiza ção Fonte: Dados primários

Conforme o gráfico 19, quanto as políticas de agregar pessoas, com relação

ao questionamento do conhecimento do sistema de recrutamento dos funcionários

internos e externos, apenas 22% respondeu que sempre conhecem os sistemas de

recrutamento, mas a maior porcentagem das respostas está relacionada com a

categoria quase sempre. Um fator relevante e que deve ser considerado é que,

obteve-se um percentual significativo (22%) para a categoria raramente e ainda 6%

afirmam que nunca conheceram o sistema de recrutamento. O que pode contribuir

para possível desmotivação.

Como ressalta a autora França (2007), o processo de recrutamento (interno)

pode estimular o aperfeiçoamento devido à possibilidade de mudança e de

relacionamento com outros setores e pessoas, além de criar um sentimento de

valorização pelo oferecimento de oportunidades.

Ao referir-se aos exames médicos que são realizados, a maioria afirma

positivamente que são realizados estes exames, mas deve-se verificar que uma

pequena porcentagem respondeu que raramente são realizados exames médicos, a

organização deve estar atenta a este fator o que pode acarretar problemas futuros

para a empresa se realmente ocorre a falta destes exames.

No item sobre o treinamento do novo funcionário a maioria das respostas

correspondem positivamente, mas uma porcentagem significativa (14%) indica que

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raramente são realizados treinamentos corretos para o novo colaborador. A

organização deve ter total atenção à esta fase de iniciação do novo funcionário, ela

representa um fator crucial ao funcionamento correto da cooperativa. O que pode

ser identificado através da entrevista com a responsável pela área de Recursos

Humanos, e identificou a necessidade de uma padronização e plano de estágio por

setor, e que já está buscando desenvolver.

A pesquisa que aponta quanto as políticas à aplicar pessoas nas

organizações podem ser visualizados a seguir, no gráfico 20.

Gráfico 20. Políticas à aplicar pessoas Fonte: Dados primários

Observa-se nas respostas referentes as políticas de aplicar pessoas nas

organizações, o item que é questionado se a organização possui um plano de

avaliação de desempenho, ocorrem contradições nas respostas obtidas, verificando

que apenas uma pequena porcentagem indica a categoria sempre, mas a maioria

das respostas remete positivamente, respondendo que quase sempre existe a

avaliação, ainda um percentual expressivo de 36% responderam que raramente

ocorrem e 6% negam a existência de um plano de avaliação.

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A empresa precisa ficar atenta para este fato, para verificar esta divergência

de opiniões, apesar da entrevistada da área de recursos humanos enfatizar que são

realizadas as avaliações. O ponto a ser revisto pode ser o período que foi realizado

estas avaliações, podendo ter interferido nas respostas.

Porém ao que ressalta o autor Dutra (2006), a avaliação de desempenho

divide-se em três dimensões que são desenvolvimento, esforço e comportamento. E

pelo relatado pela entrevistada existe apenas a avaliação pelo cumprimento das

metas, remetendo-se a avaliação da equipe, e não do desempenho individual e a

avaliação 360° para avaliar o comportamento.

Observando o gráfico identifica-se que quase sempre o colaborador sabe

quem avalia seu resultado de trabalho, respondendo positivamente ao

questionamento, mas ainda deve-se ressaltar que uma porcentagem significativa

afirma que raramente conhece quem são seus avaliadores, e ainda uma pequena

porcentagem que nega totalmente este conhecimento. É importante a organização

ficar atenta a este fator, por estar diretamente ligado ao primeiro questionamento e

verificar meios para que os colaboradores conheçam seus avaliadores para poder

saber a quem dirigir-se.

Com relação ao item sobre o feedback resultante dos trabalhos realizados,

verifica-se que o os colaboradores dificilmente recebem feedback, sendo que a

maior parte das respostas está na variável raramente. Fato que se justifica com as

respostas obtidas da responsável da área de recursos humanos, que apontou que

realmente não possui uma formalização para a realização desse retorno aos

colaboradores.

Sendo assim percebe-se a necessidade da organização estar analisando de

modo especial esta situação. A avaliação pode fornecer a empresa informações que

auxiliem no enquadramento dos colaboradores e torna-os mais motivados tendo o

conhecimento que estão sendo avaliados e principalmente recebendo o retorno

desta avaliação. Como descreve a autora França (2007), a avaliação fornece para a

organização informações para a tomada de decisão como nível de salário,

bonificação, promoções, demissões entre outros e para o colaborador proporciona

desenvolvimento e crescimento por saber como está se saindo no trabalho.

Mediante ao questionamento sobre a valorização dos funcionários, a maioria

das respostas foram quase sempre. Porém uma porcentagem significante coloca

que raramente reconhece que a Cresol utiliza algum meio para valorizar o trabalho

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dos funcionários, o que entra em discordância com relação a entrevistada da área

de recursos humanos, afirmando que existe uma valorização e descrevendo os

meios. É de fundamental importância que a empresa esteja atenta para esta

situação, por revelar que os colaboradores podem não estar interpretando os meios

utilizados pela organização como valorização, o que pode prejudicar a relação do

colaborador com a organização.

Revelando um dos maiores índices negativos da pesquisa, o item que

demonstra o conhecimento dos colaboradores sobre os critérios para a promoção,

obteve-se 11% de respostas da variável nunca, o que retrata um ponto negativo da

organização.

É importante que a empresa analise esse fator tendo em vista que as

pessoas precisam conhecer estes critérios para motivarem-se e alcançar os seus

objetivos, contribuindo com desenvolvimento da organização. Como ressalta o autor

Marras (2005), os profissionais estão cada vez mais preparados e competitivos e em

busca de posições de destaque nas empresas, as organizações devem verificar a

seleção, os processos avaliativos que devem ser cada vez mais exigentes para o

desenvolvimento e retenção desses talentos.

Quanto aos questionamentos se os funcionários estão aptos para

assumirem maiores responsabilidades, as respostas que correspondem

positivamente equivalem a 94%, o que revela que a equipe pode oferecer mais do

que atualmente, assim como pode não estar sentindo-se valorizada, quanto ao seu

potencial.

Este é um item que a organização poderá usufruir para buscar novas

iniciativas para o alcance de seus objetivos.

A seguir, apresenta-se o gráfico 21, sobre as políticas para recompensar

pessoas.

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100

Gráfico 21. Políticas para recompensar pessoas Fonte: Dados primários.

Observa-se no gráfico 21 referente a remuneração, os colaboradores

consideram positivamente ao comparar a remuneração de outras organizações.

Ainda deve-se verificar que uma pequena porcentagem identifica com ponto

negativo a remuneração.

Quanto a observação referente aos benefícios, destaca-se a afirmação

presidente da Cresol que os benefícios representam um diferencial da cooperativa,

confirmando com os índices dos funcionários que também afirmam em sua maioria.

Mas deve-se observar que ocorreram índices negativos expressivos. O pode

identificar que nem todos os colaboradores conhecem os benefícios oferecidos pela

cooperativa. É preciso que a empresa observe este item, sendo que as respostas

dos funcionários foram negativas, mostrando que apesar da empresa dispor de

vários benefícios, muitos dos colaboradores não têm conhecimento sobre eles.

Ainda com relação aos benefícios, os colaboradores indicam que

consideram os benefícios oferecidos como boas opções, o que é um ponto positivo

para a organização.

É apresentado no gráfico 22, a seguir, as informações referentes as políticas

para desenvolver pessoas:

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101

Gráfico 22. Políticas para desenvolver pessoas Fonte: Dados primários.

Em relação aos treinamentos oferecidos, observa-se que as respostas da

presidente e a da responsável pelo R. H. ficaram equilibradas. Correlacionando com

as respostas dos funcionários percebe-se que a maioria dos colaboradores tem

interesse nos treinamentos, o que torna os treinamentos como estratégias. Mas uma

pequena parte salienta que raramente tem interesse nos treinamentos.

É preciso perceber a necessidade de treinamentos como destaca Fonseca

(2008), podem surgir no âmbito da organização, da atividade ou do indivíduo.

Quanto às necessidades atendidas mediante treinamentos, é importante

destacar que uma porcentagem razoável identifica que raramente são atendidas as

suas expectativas. O que retoma ao item anterior, que retrata que os colaboradores

gostam dos treinamentos, mas nem sempre atingem os seus objetivos.

Quando perguntados se sente estimulado ao aperfeiçoamento profissional,

novamente um percentual (14%) indica que raramente são estimulados ao

aperfeiçoamento profissional. De acordo com as informações adquiridas nas

entrevistas com a presidente e a responsável pela área de RH, este índice não

deveria existir, porque a cooperativa, investe nos seus profissionais, contribuindo

com bolsas de estudos na formação e novos cursos que os próprios colaboradores

podem sugerir serem realizados. Portanto a empresa deve investigar para tomar

conhecimento dos motivos que levaram a esta resposta.

O gráfico 23, a seguir, apresenta as informações referente as políticas de

manter pessoas.

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102

Gráfico 23. Políticas de manter pessoas Fonte: Dados primários

A maioria dos colaboradores, como pode ser observado, no gráfico 23

identifica que o bom relacionamento entre eles é de fundamental importância para

um ambiente de trabalho, o que remete como um ponto positivo para a organização.

Ao considerar o reconhecimento recebido pelo trabalho, a principal variável a

apresentar-se é a variável quase sempre. O que deve deixar a organização atenta

para este fator que pode transformar-se em pontos negativos se não forem

realizados esses reconhecimentos. O autor Dutra (2006) ressalta que a organização

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103

tem várias formas de recompensar, como o reconhecimento, por meio de um elogio,

de uma carta de um prêmio, um aumento salarial ou mesmo, promoções com

desafios maiores.

Contribuindo com o questionamento realizado no processo de aplicar

pessoas, o item que considera o aproveitamento profissional, pode-se observar que

os colaboradores quase sempre admitem que seu potencial é aproveitado

adequadamente, e que como ressalva deve-se lembrar que uma pequena

percentagem, ainda afirma que raramente seu potencial é todo absorvido.

Este item identifica que a organização deve estar atenta ao fato de que o

colaborador pode não sentir parte do todo, e de não contribuir nas decisões.

Com relação a autonomia dos colaboradores, pode verificar que a maioria

responde positivamente, o que lhe permite tomar decisões que podem beneficiar as

prestações de serviços e produtos oferecidos.

A segurança, como a entrevista da área de R. H. relata, tem fundamental

importância para a cooperativa, o que remete as respostas sobre sentir-se seguro na

Cresol, a maioria das respostas são positivas.

Considerando as condições de trabalho, pode-se observar que ocorre um

índice maior na variável quase sempre, mas que ainda deve ser considerado como

um fator relevante, uma percentagem indicando que nunca as condições de trabalho

permitem a conclusão de suas tarefas.

Este fator representa um ponto negativo para organização que precisa ficar

atenta para não ocasionar uma sobrecarga e a possível perda de um profissional.

Remetendo ainda ao ambiente de trabalho, 55% dos colaboradores afirmam

que há uma preocupação com ambiente de trabalho. Ocorreram respostas negativas

perante este questionamento, o que pode ser sugerido, o colaborador analisou o

imóvel onde a cooperativa está organizada, que o espaço físico é precário.

O que ainda representa o gráfico com relação a pressão e estresse no

trabalho, identifica que o maior índice está afirmando com a variável quase sempre

(44%), destacando a importância da organização verificar este índice que é um fator

a ser imediatamente revisto, por ocasionar problemas junto a equipe como também

o atendimento ao público. O que pode estar diretamente ligado pode ser o ambiente

de trabalho, espaço físico que atualmente não atende as necessidades, bem como o

sistema operacional utilizado.

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104

O estilo de liderança identificado pela pesquisa está disposto no gráfico 24, a

seguir.

Gráfico 24. Liderança Fonte: Dados primários

Ao observar o gráfico 24, verifica-se que a comunicação com os

supervisores se faz de maneira positiva. Porém quando há a necessidade de

atender as reclamações dos colaboradores, e auxilio nas dificuldades, quase sempre

estas são atendidas, o que não representa um fator relevantemente positivo, mas

sim que por algum momento as expectativas dos colaboradores perante o seu

superior não estão sendo devidamente tratadas. É necessário que a organização

verifique quais os motivos desta dificuldade.

O gráfico 25, que segue, demonstra a insatisfação dos colaboradores,

identificado por primeiro fator e segundo fator de insatisfação.

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105

Gráfico 25. Fatores de insatisfação no trabalho Fonte: Dados primários

O gráfico 25 demonstra os fatores que trazem insatisfação na realização do

trabalho na cooperativa.

O índice com maior porcentagem e identificado como primeiro fator de

insatisfação encontra-se a sobrecarga de trabalho, o que é preocupante, quando se

observa que outro índice de preocupação e indicado como primeiro fator é a falta de

reconhecimento. Estes dois pontos podem contribuir para a desmotivação dos

funcionários para a realização de novos projetos, ou mesmo contribuir para o melhor

andamento da cooperativa e ainda ser um gerador de estresse no trabalho.

Como salienta a autora Fonseca (2008), quando o individuo não consegue

lidar com a pressão diária do trabalho é necessário identificar as fontes de estresse

para elaborar um plano de ação para minimizar ou eliminar o excesso de pressão.

Fatores de insatisfação que podem ser percebidos no gráfico e que devem

receber atenção são o salário e o ambiente físico. Estes fatores, já foram

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106

observados pela administração que está realizando um plano de cargos e salários,

assim como a mudança para um novo prédio.

Um fator a ser descrito ainda é que 5% das respostas correspondentes ao

primeiro fator de insatisfação está relacionado ao relacionamento com a chefia, o

que deve ser avaliado pela organização para que o líder torne um aliado aos

colaboradores. Conforme o autor Carlzon (2005), o líder deve estabelecer um

ambiente de trabalho seguro que favorece a flexibilidade e a inovação,uma pessoa

expressiva e inspiradora capaz de criar a atmosfera certa para o colaborador

assumir responsabilidades.

É necessária a verificação e avaliação dos outros fatores que remetem a

insatisfação dos colaboradores, para o aumento da motivação dos mesmos.

A aplicação da pesquisa ainda propôs a opinião dos colaboradores para a

melhoria dos resultados do trabalho realizado, como pode ser observado no quadro

20, a seguir:

SUGESTÕES DOS FUNCIONÁRIOS

• Espaço Físico • Treinamentos motivacionais e específicos • Espírito de equipe • Reconhecimento • Organização e comprometimento nas tarefas • Detalhamento e padronização das tarefas • Sobrecarga • Autonomia • Colocar em prática os conhecimentos obtidos nos treinamentos • Melhoria do sistema operacional

Quadro 80. Sugestões para melhorias Fonte: Dados primários.

O quadro 20 demonstra que os funcionários apresentam sugestões que

podem contribuir para a melhoria do seu trabalho. De acordo com estas sugestões e

os problemas apontados na pesquisa pôde ser apresentado sugestões e ações de

melhorias para a organização, para que a administração e as políticas de recursos

humanos da cooperativa se torne um diferencial positivo.

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107

3.2.5 Apresentação de sugestões de ações de melhorias

Este item apresenta sugestões como melhorias nas ações, com base no

resultado da pesquisa realizada na empresa objeto do estudo.

• Reformular o programa de integração dos colaborador es

repassando a entrega do manual de integração do funcionário (já criado,

mas necessita de alguns ajustes) o manual das normas internas da cooperativa,

atualizado. Com a apresentação do organograma.

• Padronização do treinamento para a função do novo c olaborador.

Entrega do manual operacional da Cresol, atualizado e resumido para

facilitar a leitura e captação. Treinamento fora da área de atuação, através de uma

palestra sobre as principais dúvidas dos iniciantes. Elaboração de um cronograma

do treinamento operacional, para que no período de um mês (que já é realizado)

todos os novos integrantes tenham as mesmas informações.

• Reavaliar a divulgação dos benefícios oferecidos pe la cooperativa.

Demonstrando e informando àqueles que não conhecem e que possuem

dúvidas, ou mesmo não compreendem alguns benefícios como tal. Este poderá ser

inserido no manual de integração, bem como utilizar os treinamentos para repassar

as informações quanto aos benefícios oferecidos comparando-os com outras

empresas da região para demonstrar a valorização da empresa aos funcionários.

• Implantação do plano de cargos e salários, que já é um projeto

que está sendo realizado .

Solicitar a Central (responsável pelo projeto) agilidade para a conclusão e

implantação do mesmo.

• Mudança do espaço físico.

Esta constatação foi percebida anteriormente pela organização e no decorrer

do trabalho ocorreu a mudança para a nova construção sede, que possui amplo

espaço.

• Melhoria do sistema operacional.

A avaliação do sistema operacional hoje utilizado, já evidenciou um novo

sistema que deverá ser implantado nos próximos meses para teste.

• Criação de um programa de avaliação.

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108

Para avaliar e mensurar o desempenho dos colaboradores, oferecendo um

feedback aos mesmos.

• Treinamentos específicos para as áreas .

Para a diminuição de erros e melhorias no atendimento, sugere-se a criação

de treinamentos que apontem as dificuldades que cada setor possui.

• Treinamento para o desenvolvimento da relação líder es-liderados

Para o bom relacionamento entre lideres e liderados, e salientar a

importância do líder dentro da organização.

• Re-avaliação das tarefas para evitar a sobrecarga

Para verificar as tarefas realizadas e os motivos de sobrecarga de trabalho.

Definindo e identificando as atividades desenvolvidas atualmente redistribuindo

quando necessário.

• Identificar os motivos pontuais do estresse

Através de conversas realizadas com a psicóloga, para a identificação e

possíveis soluções.

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109

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As organizações enfrentam um momento em que a otimização dos

processos deixa de ser um diferencial para competitividade e se transforma em

requisito básico de sobrevivência.

Em encontro a este paradigma contemporâneo as pessoas tornam-se o

principal catalisador da inovação e maior foco na elaboração do planejamento

estratégico da empresa.

Porém para que a organização mantenha um quadro de colaboradores

verdadeiramente comprometidos com seus objetivos e metas é preciso que os

mesmos tenham conhecimento dos processos e políticas utilizadas com o intuito de

ter uma equipe totalmente integrada.

A clareza e formalização das políticas de recursos humanos se faz

necessária para o entendimento de toda a organização obtendo-se assim, eficácia

na comunicação.

Neste sentido surgiu o interesse do presente estudo que teve como objetivo

geral diagnosticar as políticas de recursos humanos da cooperativa Cresol de Luis

Alves. Para cumprir o objetivo geral foram elaborados os seguintes objetivos

específicos: Identificar os pontos fortes e frágeis da área de Recursos Humanos;

Identificar as políticas existentes na cooperativa; Identificar o perfil dos funcionários;

Identificar a percepção dos funcionários em relação as políticas de recursos

humanos e apresentação de sugestões de melhorias.

Quanto aos aspectos metodológicos, caracterizou-se como pesquisa-

diagnóstico, com abordagem quantitativa e qualitativa. Por meio deste método, foi

possível alcançar as respostas necessárias para o resultado da pesquisa.

A empresa tem consciência que há falhas em determinadas políticas, mas

que podem ser solucionadas. No decorrer da elaboração do trabalho pode-se

perceber que a mesma está trabalhando para essas melhorias estruturando políticas

de cargos e salários, criação de um novo sistema operacional e mudança para a

nova sede como se relatou por meio da entrevista aplicada com a responsável pela

área de recursos humanos e a presidente da organização.

Na fundamentação teórica, foram abordados assuntos referentes a

contextualização da administração, administração de recursos humanos e sua

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110

evolução e nível estratégico de recursos humanos, políticas de recursos humanos

entre outros, desta forma pode-se obter maior conhecimento,assim relacionando

com maior nitidez a teoria com a pratica, o que se fez de extrema importância para

elaboração das sugestões apresentadas a empresa.

Com o presente trabalho pode ser identificadas as políticas que são

necessárias melhorias por meio dos Pontos frágeis e negativos verificados.

E as políticas que podem contribuir para o aumento da motivação junto aos

colaboradores, verificadas por meio dos Pontos Fortes e positivos.

Do ponto de vista Organizacional, este trabalho permitiu à empresa, a

oportunidade de conhecer a opinião de seus funcionários e reconhecer os aspectos

que estão prejudicando seus processos e políticas de RH.

E para a acadêmica, considerando que a mesma trabalha na empresa, foi

possível fazer uma relação entre os fundamentos teóricos organizacionais nesta

pesquisa com a realidade na organização, trazendo benefícios tanto para a empresa

quanto profissional, proporcionando o aprimoramento e aprofundamento dos

conhecimentos adquiridos no decorrer da faculdade especialmente na área de

recursos humanos, podendo colocá-los em prática e analisá-los dentro da

organização.

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115

ANEXOS

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Anexo – A. Instâncias decisórias de uma cooperativa , considerando, Infocos (2009). - Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária

Na Assembléia Geral são tomadas todas as decisões de interesses da

cooperativa e dos associados, inclusive a eleição do Conselho de Administração e

do Conselho Fiscal e destinação das sobras do exercício contábil anterior. Porém,

se, formalmente a Assembléia Geral é o órgão mais importante para a participação

dos (as) associados (as) na gestão da cooperativa, na prática, o que geralmente

ocorre é que as decisões da Assembléia Geral ficam limitadas á eleição dos

conselheiros e á aprovação das ações da diretoria anterior.

Para se contrapor a tais características, é preciso que as direções das

cooperativas de crédito tenham em conta que a intensidade e a qualidade da

participação dos associados são resultado, entre outras iniciativas, da forma como

são divulgadas e organizadas as Assembléias. Deve-se evitar, por exemplo, que a

participação dos associados fique restrita a votação, dando-lhes condições de tirar

dúvidas e discutir os temas a serem votados, mesmo considerando-se que a

Assembléia Geral tenha uma pauta particularmente definida pólos órgãos

reguladores.

Para isso é de vital importância a participação dos cooperados nas pré-

assembléias, pois são em menor escala, organizadas por município ou comunidades

com menor numero de amplitude podendo então o cooperado ter maior

oportunidade para incluir a discussão de temas relacionados ao rumo da

cooperativa, de forma geral, ou mesmo particularidades (problemas e soluções) da

cooperativa em sua região.

- Conselho Administrativo

O Conselho de Administração é procurador do quadro social, eleito em

Assembléia Geral Ordinária- AGO. Cabe a ele atender os interesses do quadro

social; Analisar, discutir, aprovar ou reprovar sócios; Analisar, aprovar, e cobrar

créditos juntamente com o Comitê de Crédito; Cumprir exigências legais do BACEN,

da Central e da Base; Manter a gestão democrática e participativa da cooperativa,

para atingir os resultados desejados pelo quadro social; Receber fiscalização do

Conselho Fiscal.

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117

- Conselho Fiscal

É o órgão responsável pela fiscalização dos atos administrativos da

cooperativa, devendo exercer assídua vigilância sobre o todo da mesma, em nome

de todos os associados; Participar em todas as reuniões Mensais; Deliberar por

maioria simples; Registrar as ocorrências em ata; Examinar e emitir parecer sobre as

contas; Podem inclusive convocarem Assembléia.

- Comitê de Crédito

Tem a função de acompanhar e auxiliar no controle e na boa aplicação do

crédito para os associados. Estes comitês definem as prioridades de linhas de

financiamento e auxiliam na definição dos associados contemplados por ordem de

prioridade, devendo analisar, aprovar ou reprovar solicitações de créditos; Participar

em todas as reuniões que forem convocadas para analise de créditos; Registrar

todas as aprovações e ocorrências em ata; Examinar e emitir parecer sobre as

solicitações de crédito, se necessário; Assinar todas as solicitações de crédito

aprovadas.

- Funcionários

Realizar com eficiência os trabalhos pertinentes a sua função e participar

das reuniões de equipes, saber trabalhar em equipe; Manter os princípios do

cooperativismo na ação cotidiana, garantindo o bom atendimento ao associado e o

pleno conhecimento da prática cooperativa operacional.

- Agentes Comunitários de Desenvolvimento e Crédito

Como um diferencial no sistema, eles interagem diretamente com o

cooperado, em sua comunidade ou região, pois estão presentes diretamente no

cotidiano dos cooperados, são agricultores que vivenciam as mesmas experiências

locais.

As principais atividades dos Agentes Comunitários de Desenvolvimento e

crédito são:

• Contribuir no processo de debate, construção e uso do crédito e das

microfinanças, como ferramentas de desenvolvimento dentro dos projetos de

vida das famílias e das comunidades rurais;

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• Motivar e viabilizar condições para a participação dos associados na gestão

(política, administrativa e operacional) das cooperativas e das entidades;

• Potencializar a formação de lideranças comunitárias, entre outros debates.

- Da Gestão Financeira

Garantir a gestão participativa e democrática da Cooperativa,

proporcionando um monitoramento financeiro constante.

- Da Carteira de Crédito

Promover a gestão de políticas estratégicas e operacional da carteira de

crédito da Cooperativa visando a sustentabilidade financeira da mesma, bem como

de seus associados (as); Realizar planejamento com a participação da Base

Regional.

- Da Gestão Operacional

Promover a gestão política e operacional da Cooperativa. Para isto, realizar

o planejamento com a participação e assessoria da Base Regional; Realizar o

monitoramento operacional e de pessoal, visando a melhor eficácia dos trabalhos

internos, e melhor atendimento ao quadro social.

Vale ressaltar ainda, que para se tornar cooperado de uma singular da

Cresol, segue-se alguns procedimentos:

Podem se filiar a CRESOL Luis Alves todos os agricultores (as) familiares, maiores

de 18 anos, ou menores emancipados, que desenvolvam sua atividades

agropecuárias e/ou agro-industriais, que residam na propriedade ou em vila/cidade

próxima; que explorem sua atividade produtiva com mão-de-obra familiar, podendo

ter mão-de-obra contratada de forma permanente e que atenda a pelo menos dois

dos quatro critérios seguintes:

1. Possua vínculo associativo local;

2. Possua qualquer título, área menor ou igual a 12 (doze) módulos fiscais

na área de atuação;

3. Possua renda líquida agrícola monetária não superior a R$ 150.000,00;

4. Tenha vínculo com o cooperado, mesmo não sendo agricultor, ou seja,

pais, filhos e cônjuges, desde que residam na área de atuação da cooperativa.

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Anexo – B. Fotos da sede da Cresol Luís.

Foto 1. Nova sede da Cresol Luís Alves, inaugurada no dia 09/07/2009 Fonte: Fotógrafo João de Souza, 2009

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Foto 2. Nova sede da Cresol Luís Alves, inaugurada no dia 09/07/2009 Fonte: Fotógrafo João de Souza, 2009

Foto 3. Colaboradores da Cresol Luis Alves Fonte: Arquivo Cresol Luis Alves, 2008

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Anexo C – Imagem de Campanhas de Produtos e Serviço s

Fonte: Arquivo da Cresol Luís Alves

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APÊNDICES

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Apêndice A - Roteiro da entrevista semi-estruturada aplicada com a

responsável do setor de Recursos Humanos da Organiz ação para verificar a

percepção da empresa em relação às dimensões das Po líticas de Recursos

Humanos

PROCEDIMENTOS DA EMPRESA:

� Quais as prioridades e objetivos da empresa? Como são transferidos para os funcionários?

� Como os funcionários sabem quais são as atribuições do seu cargo? E a quem devem dirigir-se?

� Como o crescimento da empresa abre possibilidades de progresso ao colaborador?

� Através de que forma as normas e regulamentos são repassadas aos funcionários?

POLÍTICAS DE AGREGAR PESSOAS

� Como a Cresol identifica a necessidade de uma nova contratação?

� Que procedimento é realizado?

� Como é feito o recrutamento e seleção de pessoal?

� No caso de recrutamento interno como é realizado?

� Que tipo de treinamento é oferecido ao novo funcionário?

� Quem apresenta e orienta ao novo funcionário sobre a utilização de equipamentos e material necessário para o trabalho?

POLÍTICAS DE APLICAR PESSOAS

� Como é realizada a avaliação de pessoal? O funcionário tem conhecimento desta avaliação? Quem realiza?

� Como o funcionário recebe o feedback da avaliação do trabalho?

� De que forma ocorre a valorização do trabalho dos funcionários?

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� Como os funcionários são informados das atribuições de seu cargo?

POLÍTICAS DE RECOMPENSAR PESSOAS

� Como a empresa tem conhecimento que os salários dos colaboradores são iguais, ou melhores do que os praticados pelo mercado?

� Quais os benefícios oferecidos pela Cresol?

� Que indicadores demonstram a satisfação dos funcionários em relação aos benefícios recebidos?

POLÍTICAS DE DESENVOLVER PESSOAS

� Que tipo de treinamento a empresa oferece aos funcionários?

� Como é feito o levantamento das necessidades dos treinamentos?

� Como a Cresol estimula seus colaboradores a aperfeiçoarem seus estudos?

POLÍTICAS DE MANTER PESSOAS

� Com a Cresol tem preocupação em manter boas condições de trabalho físicas e psicológicas?

� De que modo é observado o ambiente de trabalho, é confortável?

� Como é organizada a segurança? Como você avalia a segurança da empresa?

AVALIAÇÃO DA CHEFIA

� Como considera o clima que o Chefe proporciona aos funcionários? Ele reconhece o trabalho dos funcionários? De que forma?

� O que seria necessário para melhorar as condições de trabalho na empresa?

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Apêndice B - Questionário aplicado aos funcionários da Organizaç ão para

identificação do perfil e percepção sobre as políti cas de Recursos Humanos

� PERFIL DOS FUNCIONÁRIOS

I – DADOS PESSOAIS 1. Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino 3. Estado Civil ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Separado ( ) Divorciado ( ) Viúvo ( ) outros 2. Idade: ( ) 16 a 20 anos ( ) 31 a 35 anos ( ) 46 a 50 anos ( ) 21 a 25 anos ( ) 36 a 40 anos ( ) acima de 51 anos ( ) 26 a 30 anos ( ) 41 a 45 anos II – FAMÍLIA 14. Possui filhos? ( ) Não ( ) Sim. Quantos?________ 5. Você mora: ( ) Sozinho ( ) Com a família ( ) Outros____________ ( ) Com parentes ( ) Com amigos III – TRABALHO 6. Este é o seu primeiro emprego? ( ) Não ( ) Sim 7. Você faz atendimento ao público? ( ) Não ( ) Sim 8. Há quanto tempo você trabalha na cooperativa? ( ) até 6 meses ( ) de 2 a 3 anos ( ) de 6 meses a 1 ano ( ) de 3 a 5 anos ( ) de 1 a 2 anos ( ) de 5 a 7 anos 9. Em qual área você trabalha? ( ) Crédito ( ) Caixas ( ) Administrativo ( ) Supervisão /coordenação ( ) Serviços Gerais ( ) Outra Qual? _______________ 10. Você exerce algum cargo de confiança? ( ) Não ( ) Sim

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IV - EDUCAÇÃO 11. Escolaridade ( ) 1° grau incompleto ( ) superior i ncompleto (parado) ( ) 1º grau completo ( ) superior incompleto (cursando) ( ) 2º grau incompleto ( ) superior completo ( ) 2º grau completo ( ) pós-graduação ( ) curso técnico 12. Se atualmente você não está estudando qual o motivo? ( ) horário de trabalho ( ) salário ( ) idade ( ) Não tenho interesse ( ) Outro motivo ___________________________________ V – TRANSPORTE 13. Qual o meio de transporte utilizado para ir ao trabalho? ( ) a pé ( ) moto ( ) carro ( ) outro. ( ) bicicleta ( ) ônibus ( ) carona Qual?______________ VI – SAÚDE 14. Você tem boas condições de saúde? ( ) Sim ( ) Não Por que?__________________________________ 15. Você faz uso de medicamentos para algumas das doenças abaixo? ( ) diabetes ( ) depressão ( ) renite ( ) enxaqueca ( ) coração ( ) coluna ( ) stress ( ) outros ( ) não VII- LAZER/ATIVIDADES SOCIAIS/CULTURAIS 16. Qual esporte você pratica? ( ) vôlei ( ) futebol ( ) ginástica ( ) caminhada ( ) não pratico ( ) outros________ 17. Em seu tempo livre, o que gosta de fazer? ( ) Praticar atividades físicas ( ) Descansar ( ) Sair com amigos ( ) Ler ( ) Visitar amigos ou parentes ( ) Passear ( ) Pescar ( ) Ouvir música ( ) Ficar com a família ( ) Viajar ( ) Ir ao cinema ( ) Outros__________ ( ) Participar de programas sociais/voluntários

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� PERCEPÇÃO SOBRE AS POLÍTICAS DE RECURSOS HUMANOS Nas questões que segue, assinale apenas uma das opções de resposta, de acordo com a seguinte legenda: 1 - SEMPRE 2 - QUASE SEMPRE 3 – RARAMENTE 4 - NUNCA N.° QUESTÕES 1 2 3 4

POLÍTICAS E NORMAS ADMINISTRATIVAS 1 Você conhece os objetivos e prioridades da Cresol?

2 Os planos de trabalho relacionados às suas atividades são de seu conhecimento?

3 A Cresol oferece oportunidades de crescimento profissional?

4 Ao surgir algum problema ou necessidade você sabe a quem se dirigir?

5 As normas e regulamentos da Cresol são de conhecimento de todos os colaboradores?

POLÍTICAS AO AGREGAR PESSOAS

6 Você conhece o sistema de recrutamento dos funcionários internos e externos?

7 A empresa realiza exames médicos admissionais, periódicos e demissionais?

8 O treinamento para o novo funcionário é feito de forma correta?

POLÍTICAS À APLICAR EM RECURSOS HUMANOS

9 Existe na empresa um plano de avaliação de desempenho?

10 Você conhece quem avalia o resultado do seu trabalho?

11 Você recebe feedback dos resultados da avaliação do seu trabalho?

12 Você reconhece que a Cresol utiliza algum meio para

valorizar o trabalho dos funcionários?

13 Conhece os critérios para promoção dos colaboradores?

14 Sente-se apto para assumir maiores responsabilidades do que as que possui atualmente?

POLÍTICAS PARA RECOMPENSAR PESSOAS

15 A sua remuneração está de acordo com outras empresas do mesmo ramo?

16 Você conhece todos os benefícios que a Cresol oferece?

17 Você considera os benefícios oferecidos como boas opções?

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N.° QUESTÕES 1 2 3 4 POLÍTICAS PARA DESENVOLVER PESSOAS

18 Você gosta e tem interesse nos treinamentos da Cresol?

19 O treinamento que a empresa costuma oferecer atende as suas necessidades?

20 É estimulado ao aperfeiçoamento profissional?

POLÍTICAS PARA MANTER PESSOAS

21 Considera que o bom relacionamento entre os

colaboradores torna o ambiente de trabalho mais agradável?

22 É reconhecido pelo trabalho que apresenta?

23 Seu potencial profissional tem sido aproveitado adequadamente?

24 Tem autonomia para fazer o que é necessário para proporcionar um bom serviço ao cliente?

25 Você sente-se seguro ao trabalhar na Cresol?

26 As condições de trabalho que vivencia permitem concluir suas tarefas?(sobrecarregado)

27 Há uma preocupação quanto as condições do

ambiente de trabalho como iluminação, limpeza, equipamentos de segurança?

28 Você sente-se pressionado ou algum nível de estresse no decorrer de seu trabalho?

LIDERANÇA 29 Há boa comunicação com seu supervisor? 30 Suas reclamações são atendidas pelos supervisores?

31 Você é auxiliado de maneira adequada pelo seu

supervisor quando encontra dificuldades no desenvolvimento de seu trabalho?

32 Sua opinião é ouvida pelo supervisor ou diretor? 33. Indique os dois principais fatores que geram mais insatisfação no seu trabalho. Coloque número 1 no fator que mais gera insatisfação e número 2 no segundo maior fator de insatisfação. ( ) Falta de reconhecimento ( ) Salário ( ) Trabalho que realizo ( ) Falta de treinamento e desenvolvimento ( ) Impossibilidade de crescimento profissional ( ) Relacionamento com a chefia ( ) Sobrecarga de trabalho ( ) Falta de autonomia ( ) Ambiente de trabalho(físico) ( ) Outros. Qual?___________________________ 34. Em sua opinião o que seria necessário para contribuir para melhorar os resultados do seu trabalho? _____________________________________________ ___________________________________________________________________

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DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente de estágio Cooperativa de Crédito Rural com

Interação Solidária de Luís Alves – CRESOL LUÍS ALVES declara, para os devidos

fins, que a estagiária Joice Lazzaris, aluna do Curso de Administração do Centro de

Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA/Gestão da universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, de 1° de Março a 30 de Junho de 2009, cump riu a carga horária de estágio

prevista para o período, seguiu o cronograma de trabalho estipulado no Projeto de

Estágio e respeitou as normas internas.

ITAJAÍ, 14 DE JULHO DE 2009.

__________________________________

Claudirene Costa Mittelmann

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

___________________________

Joice Lazzaris Estagiária

____________________________ Claudirene C. Mittelmann

Supervisora de campo

____________________________ Justina da Costa Rodrigues

Orientadora de estágio

_____________________________ Prof. Eduardo Krieger da Silva

Responsável pelos Estágios em Administração