UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Marketing na gestão das organizações,...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PLANO ESTRATEGICO DO MERCADO WAL-MART Por: Daniel Silva de Sousa Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PLANO ESTRATEGICO DO MERCADO WAL-MART

Por: Daniel Silva de Sousa

Orientador

Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PLANO ESTRATEGICO DO MERCADO WAL-MART

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão de Projetos

Por: Daniel Silva de Sousa

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos amigos, professores e

colegas do curso que me apoiaram e

me ajudaram a realizar esta conquista.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha esposa,

Fernanda, meus filhos Nathalia e

Matheus, e aos meus pais e amigos.

5

RESUMO

Este trabalho destaca a importância do Planejamento Estratégico de

Marketing na gestão das organizações, dentro do conceito de Administração

Estratégica. Apresenta a implantação de uma Estratégia de Marketing do WAL-

MART no Brasil e procura esclarecer os aspectos fundamentais do

relacionamento dos conceitos de visão estratégica e gestão na implantação do

planejamento estratégico, bem como destacar algumas opiniões atuais de

como devem ser tratados os planejamentos para o presente e o planejamento

para o futuro.

6

METODOLOGIA

O método utilizado neste trabalho foi à pesquisa bibliográfica, que é conjunto

de técnicas e estratégias que se empregam para localizar, identificar e acessar

documentos que sirvam de base para obter informação para a pesquisa. Esta

pesquisa foi feita em livros, revistas, artigos, internet e outros documentos

pertinentes ao tema.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Os Princípios do Marketing 12

CAPÍTULO II - A História do Wal-Mart 35

CAPÍTULO III – O Desafio do Wal-Mart no Mercado Brasileiro 45

CONCLUSÃO 54

ANEXOS 56

BIBLIOGRAFIA 60

ÍNDICE 62

8

INTRODUÇÃO

Muito se fala em Planejamento Estratégico (PE), e nas organizações

de maneira geral ainda se pode encontrar uma série de interpretações em

relação a esta ferramenta da administração.

O Planejamento Estratégico, que se tornou o foco de atenção da

alta administração das empresas, volta-se para as medidas positivas que

uma empresa poderá tomar para enfrentar ameaças e aproveitar as

oportunidades encontradas em seu ambiente.

Empresas de todos os tipos estão chegando à conclusão de que

essa atenção sistemática à estratégia é uma atividade muito proveitosa.

Empresas pequenas, médias e grandes, distribuidores e fabricantes,

bancos e instituições sem finalidade de lucro, todos os tipos de

organizações devem decidir os rumos que sejam mais adequados aos

seus interesses.

As razões dessa atenção crescente à estratégia empresarial são

muitas, algumas mais evidentes que outras. Dentre as causas mais

importantes do crescimento recente do Planejamento Estratégico, pode-se

citar que os ambientes de praticamente todas as empresas mudam com

surpreendente rapidez. Essas mudanças ocorrem nos ambientes

econômico, social, tecnológico e político. A empresa somente poderá

crescer e progredir se conseguir ajustar-se à conjuntura, e o Planejamento

Estratégico é uma técnica comprovada para que tais ajustes sejam feitos

com inteligência.

Trata-se de um instrumento mais flexível que o conhecido

Planejamento em Longo Prazo. Um elemento-chave da estratégia é a

9

seleção de apenas algumas características e medidas a serem

consideradas tomadas.

É um instrumento que força, ou pelo menos estimula os

administradores a pensar em termos do que é importante ou relativamente

importante, e também a se concentrar sobre assuntos de relevância.

O mais importante na utilização do Planejamento Estratégico é o

seu estreito vínculo com a administração estratégica nas organizações.

Não se pode tratar isoladamente o planejamento estratégico sem entrar no

processo estratégico, contribuindo assim de forma mais eficaz com a

gestão dos administradores na obtenção dos seus resultados.

Com a mudança constante dos cenários econômicos no mundo,

inclusive no Brasil, surgem alguns fatores negativos sobre os quais deverá

se concentrar a atenção dos administradores.

Questões como reduzido crescimento econômico, globalização,

regulamentação governamental, inflação, escassez de alguns recursos,

alto custo do petróleo e protecionismo internacional deverão alertar as

organizações para a utilização e aperfeiçoamento desse Planejamento.

No Brasil, apesar de muitas empresas já estarem utilizando a

metodologia do Planejamento Estratégico, ainda pairam dúvidas sobre o

que realmente este vem a ser e como deve ser formulado. A maior dúvida

diz respeito a uma acentuada tendência para a utilização dos termos

“Planejamento Estratégico” e “Planejamento em Longo Prazo” como se

fossem sinônimos.

10

Segundo Igor ANSOFF (1990), somente um número reduzido de

empresas utiliza o verdadeiro Planejamento Estratégico. A grande maioria

das organizações continua empregando as antiquadas técnicas do

Planejamento em Longo Prazo, que se baseiam em extrapolação das

situações passadas.

A metodologia do Planejamento em Longo Prazo foi desenvolvida

nos Estados Unidos na década de 50, com profunda influência da

tecnologia de planejamento dos países com economia planejada em longo

prazo. Em consequência disso, na opinião de Marvin BOWER (1966), os

planos em longo prazo tornaram-se projeções de lucro (para dez anos ou

mais) sem muita utilidade, representados por uma enorme quantidade de

papel e uma limitada quantidade de pensamento estratégico. Tais planos

não permitem antever a realidade ambiental futura.

Na metade dos anos 60, foi introduzida a metodologia do

Planejamento Estratégico mediante proposições do prof. Igor Ansoff, dos

pesquisadores do Stanford Research Institute e dos consultores da

McKinsey Consulting Co. (TAYLOR, 1975).

KOTLER (1975), um dos defensores da sua utilização, propõe o

seguinte conceito: “O Planejamento Estratégico é uma metodologia

gerencial que permite estabelecer a direção a ser seguida pela

Organização, visando maior grau de interação com o ambiente”.

A direção engloba os seguintes itens: âmbito de atuação,

macropolíticas, políticas funcionais, filosofia de atuação, macroestratégia,

estratégias funcionais, macro objetivos, objetivos funcionais.

11

O grau de interação entre uma organização e o ambiente, que

pode ser positivo, neutro ou negativo, é variável dependendo do

comportamento estratégico assumido pela organização perante o contexto

ambiental.

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CAPÍTULO I

OS PRÍNCIPIOS DO MARKETING

O marketing vem evoluindo desde os primórdios do homem. No

princípio da existência humana na terra, na sociedade primitiva, cada

núcleo social (famílias ou pequenos grupos de pessoas) eram

responsáveis pelo fornecimento de tudo que era necessário para a sua

sobrevivência. Na época as necessidades e desejos dos indivíduos eram

poucos e os produtos destinados a satisfazer esses desejos e

necessidades eram acessíveis a qualquer indivíduo, sendo sua posse

decidida muitas vezes pela força física.

Com o crescimento da população alguns recursos tornaram-se

escassos, havia dificuldade de comunicação sendo os produtos,

apresentados e avaliados através do contato direto entre os produtos e os

compradores - processos: os de trocas e permuta.

No século XIX, o pensamento empresarial era dominado por

considerações financeiras e de produção. As empresas se preocupavam

em vender e distribuir o que já havia sido produzido. Ninguém se

preocupava em atender aos desejos e anseios particulares do mercado,

pois naquela época o padrão de vida estava estagnado em níveis muito

baixos e o Marketing chegava a ser considerado como uma atividade

isolada.

Com a Revolução Industrial e o desenvolvimento dela decorrente,

o Marketing começa a adquirir grandes dimensões. Inicia-se a produção

em massa, os negócios são ampliados, iniciando o surgimento de grandes

estabelecimentos comerciais, ocorrendo assim um processo acelerado de

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urbanização, onde as pessoas se tornaram bem informadas, exigentes e

com um poder maior de escolha das marcas e fornecedores.

Em nível mundial, este panorama tornou-se considerável pela

abertura das fronteiras à concorrência de produtos vindos do exterior.

Como consequência, as práticas mercadológicas também se modificaram

acompanhando o processo de mudança.

No início do século XX verificou-se uma compreensão mais perfeita

e profunda do que realmente interessava ao mercado, necessitando

conhecer melhor os anseios, interesses e necessidades concretas dos

consumidores para produzir aquilo que realmente eles desejassem. Diante

desse fato, as empresas criaram departamentos de propaganda, pesquisa

e desenvolvimento de novos produtos e de mercado, ocorrendo uma

maior produção e ampliação dos negócios.

Durante a 2a Guerra Mundial nada foi leito em relação ao

Marketing, entretanto, o período pós-guerra contribuiu pelo ir to das

estratégias de guerra terem ampla aplicação no campo mercadológico.

Ocorreu uma queda dos padrões de consumo e perda do poder aquisitivo

da população, as propagandas passaram a fazer uso dos apelos

psicológicos e as práticas mercadológicas tornaram-se mais fortes.

A partir de 1950 até os dias atuais constata-se o uso de forma

racional das técnicas de venda pessoal, propaganda, promoção de

vendas e pesquisa de mercado. O Marketing começa a ser utilizado como

um poderoso diferencial entre empresas que buscam o sucesso na

satisfação dos seus clientes e prospects.

14

1.1- Conceitos de Marketing

Mercadologia foi a tentativa de aportuguesar a palavra marketing.

A palavra marketing foi usada pela primeira vez nos EUA. No Brasil a

palavra mercadológica não durou, pois se passou a admitir a forma

americana. A primeira definição foi divulgada pela Associação Americana

de Marketing (AMA) que caracterizava está área como abrangendo todas

as atividades que envolvem o Puxo de bens e serviços entre o produtor e

o consumidor. Hoje como o marketing deixou de atuar apenas em

empresas privadas, mas inclusive nas funções de um Estado moderno ou

entidades sociais, passou a ser um conceito mais abrangente sendo ele "a

responsabilidade das funções administrativas dentro do processo de

marketing na empresa, ou seja, a abordagem sistêmica que se preocupa

com a integração ordenada entre os diversos instrumentos que participam

de um processo mercadológico qualquer".

Para que um sistema de marketing seja instalado com eficiência

em uma empresa, este deverá ser integrado a todos os ramos da empresa

tanto nos setores administrativos, setores financeiros, passando por todos

os recursos humanos entrando aí as forças de produção, todos sendo

gerenciados pelo processo de marketing.

Para administrar o marketing com eficiência é imprescindível que a

empresa realize planejamento estratégico. A essência para o

planejamento estratégico de uma empresa é o conhecimento de sua

situação no mercado.

As rápidas mudanças que estão ocorrendo nos ambientes de

negócios, muitas delas produzidas pela globalização dos mercados, estão

exigindo das empresas o aprimoramento dos seus processos de

planejamento, tendo em vista a tomada de decisões de melhor qualidade,

pois cada vez mais é necessário operar com eficácia, principalmente

15

quando se trata de comercializar produtos em ambientes altamente

competitivos.

Para a empresa ter a possibilidade de possuir um produto certo,

que o consumidor deseja, pelo preço certo, no local certo, é necessário

todo um processo de busca de informações para descobrir detalhes que

interessam aos consumidores. Com base nas informações adquiridas a

empresa deve criar produtos atendendo aos interesses e necessidades

dos clientes e prospects, caracterizando o começo de todo o processo de

Marketing.

Para KOTLER, o conceito de Marketing possui um aspecto

Societal.

"O conceito de Marketing Societal assume que a tarefa da organização é determinar as necessidades, desejos e interesses dos mercados-alvos e atender às satisfações desejadas mais eficaz e eficientemente do que os concorrentes, de maneira e preservar ou ampliar o bem-estar dos consumidores e da sociedade”. (KOTLER, 1998, p.44)

O conceito de Marketing Societal propõe que as organizações

desenvolvam condições sociais e éticas em suas práticas mercadológicas.

O papel de Marketing é então identificar necessidades não satisfeitas de

forma a colocar no mercado produtos ou serviços que proporcionem

satisfação aos consumidores, gerando resultados positivos para a

empresa, obtendo assim um melhor posicionamento no mercado.

A sociedade moderna é influenciada pelo Marketing no seu

cotidiano. Desde que acordamos até o momento em que dormimos, todas

as nossas ações são permeadas pelo processo mercadológico. O que

consumimos ou usamos tem a ver com o nosso meio ambiente familiar,

social, cultural e profissional. Assim o Marketing acaba tendo influência

sobre o padrão de consumo e a vida das pessoas.

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A American Marketing Association tem adotado a seguinte

definição:

Marketing é o processo de um planejamento e execução

desde a concepção, apreçamento, promoção e

distribuição de ideias, mercadorias e serviços para criar

trocas que satisfaçam os objetivos individuais e

organizacionais. (COBRA, 1992, p.34).

Essa definição admite que o Marketing seja um processo que

envolve análise, planejamento, implementação e controle. As atividades

organizacionais são desenvolvidas com intuito de atender as

necessidades e desejos das pessoas. Através de processos de troca,

obter a satisfação cios clientes e atingir os objetivos organizacionais,

utilizando "ferramentas" específicas, como a propaganda, a promoção de

vendas, a pesquisa de Marketing, a concepção de produtos, a distribuição

e a logística, levando-nos a concluir que para se obter êxito em Marketing,

é necessário, criatividade, imaginação e emoção.

Portanto os profissionais de Marketing precisam enfocar e

encontrar maneiras criativas de atender o consumidor sem prejudicar a

condição ética organizacional.

1.2 – Análises do Ambiente de Marketing

O ambiente de Marketing de uma organização é constituído por

agentes e forças que estão fora do controle de Marketing, que afetam a

habilidade da administração da empresa em desenvolver e manter

transações bem sucedidas com seus consumidores-alvos. Uma

organização, para ser bem sucedida deve adaptar seu Marketing às

tendências e desenvolvimentos nesse ambiente, pois o mesmo está

constantemente oferecendo novas oportunidades e apresentando novas

17

ameaças. O ambiente de Marketing é constituído por um microambiente e

um macroambiente.

Segundo KOTLER (1995) o microambiente é composto por forças

próximas à empresa que afetam sua habilidade para servir a seus

clientes, a empresa, os fornecedores, intermediários de marketing, os

concorrentes e o público.

“Ao fazer seu planejamento de Marketing, a organização deve considerar que o sucesso do plano mercadológico é afetado pelo restante da empresa”. Todas as funções de uma organização devem interagir para alcançar seus objetivos globais, todos os departamentos precisam "pensar no consumidor9' e trabalhar juntos para satisfazer suas necessidades e expectativas" (KOTLER, 1995, p.49).

q Os fornecedores são o elo importante no sistema geral da

empresa de "oferta de valor" ao consumidor. Eles promovem os recursos

necessários para a empresa produzir seus bens e serviços, c podem afetar

seriamente o Marketing.

Administrar convenientemente a ação da concorrência é um dos

grandes desafios ambientais. A organização deve fazer mais do que

simplesmente adaptar-se às necessidades dos consumidores-alvos, ela

deve se adaptar às estratégias dos concorrentes que estão servindo aos

mesmos consumidores. A organização deve conseguir vantagens

estratégicas posicionando suas ofertas de maneira incisiva na mente dos

consumidores, contrapondo-se às ofertas dos concorrentes. Porém

nenhuma estratégia de Marketing é adequada para todas as

organizações, cada empresa deve levar em consideração seu próprio

tamanho e sua posição em relação a seus concorrentes.

Os intermediários do marketing ajudam a companhia a promover,

vender e distribuir seus bens aos compradores finais. Incluem

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revendedores, firmas de distribuição física, agências de serviços de

marketing e intermediários financeiros.

A empresa precisa estudar seus clientes de perto. Cada tipo de

mercado tem características especiais que exigem um cuidadoso estudo

por parte do vendedor.

O ambiente de marketing da empresa inclui também vários tipos

de público. O público é qualquer grupo que tenha interesse real ou

potencial ou que cause impacto na capacidade da empresa de atingir

seus objetivos.

A empresa pode preparar planos de marketing para seus públicos

principais e também para seus mercados clientes. Por exemplo, quando

uma empresa deseja uma resposta específica de um público particular,

como boa vontade, comentários favoráveis ou doações em forma de tempo

ou dinheiro, deve planejar uma oferta suficientemente atraente para

produzir a resposta desejada desse público.

A partir da análise do microambiente, a organização poderá

distinguir as competências necessárias, traçar estratégias inovadoras e

propor objetivos claros para que a oriente na busca de oportunidades

mercadológicas.

A ação do macroambiente sobre a organização pode se tornar

dramática se a mesma não possuir mecanismos de defesa ou de

adaptação. As organizações devem possuir uma visão de fora para dentro

de seus negócios, reconhecendo que o ambiente de Marketing esta

constantemente em mudança, oferecendo oportunidades e apresentando

ameaças.

19

Conforme KOTLER (l995: 49). O macroambiente consiste em

forças sociais maiores que afetam todo microambiente, forças

demográficas, econômicas, tecnológicas, naturais, políticas e culturais.

q Ambiente demográfico é uma importante força ambiental, visto

que compreende a população e suas tendências de distribuição,

composição, regionalidade e diversidade étnica e racial.

q Ambiente econômico é possivelmente a força mais volátil a

afetar os negócios. Embora o seu impacto possa ser dramático, sobre ele

não é possível exercer controle, a organização deve antecipar-se aos

fatos, exercendo previsões econômicas coerentes.

As mudanças tecnológicas decorrentes das inovações freqüentes

podem tornar produtos ou processos de fabricação obsoletos, entretanto,

os recursos tecnológicos podem constituir-se numa poderosa vantagem

competitiva no mercado atual.

KOTLER (1995, p.52). Afirma que o ambiente natural inclui os

recursos naturais que os profissionais de marketing usam como insumos

ou que são afetados pelas atividades de marketing. As preocupações

ambientais cresceram muito nas duas últimas décadas. Alguns analistas

de tendências os anos 90 como a "Década da Terra" e declararam que o

ambiente natural é assunto mundial de maior importância tanto para as

empresas tanto como para o público.

As decisões de Marketing são fortemente afetadas por

desenvolvimentos no ambiente político e legal. Este ambiente é composto

de leis, órgãos governamentais e grupos de pressão que influenciam e

restringem as ações das empresas. O ambiente político é um grande

limitador as organizações e indivíduos.

q Ambiente cultural mostra tendências em longo prazo na

20

direção de uma sociedade centrada no "nós", mostra a diminuição da

lealdade da população em relação às organizações e também a

necessidade da administração de Marketing em apontar mudanças

culturais que viabilizam identificar novas oportunidades.

As incertezas e as constantes mudanças do ambiente de

Marketing afetam profundamente as organizações, em vez de mudar de

forma lenta e previsível, o ambiente pode produzir grande surpresa e

choque. Portanto a Administração de Marketing deve estar

permanentemente orientada para monitorar o meio ambiente com o

objetivo de descobrir novas oportunidades, desenvolver vantagens

competitivas e auxiliar o crescimento organizacional.

1.3 - Principais fatores que influenciam o comportamento

do consumidor

O propósito de Marketing é atender c satisfazer as necessidades e

desejos dos consumidores. A área do comportamento do consumidor

estuda como indivíduos, grupos e organizações selecionam, compram,

usam e dispõem de bens, serviços, idéias ou experiências para satisfazer

as suas necessidades e desejos.

Nunca foi tão simples entender o comportamento e "conhecer os

consumidores". Eles podem declarar suas necessidades e desejos, mas

agir de outra maneira. Podem não estar a par de suas motivações mais

profundas e responder apenas às influências de última hora.

Antigamente, os profissionais de Marketing podiam compreender

os consumidores por meio da experiência diária e do contato direto da

venda. Mas as empresas e os mercados cresceram e muitos profissionais

de Marketing encarregados da tomada de decisões perderam o contato

21

com seus consumidores, portanto, a maioria deles teve de empregar

pesquisas de mercado.

Os administradores de Marketing devem estudar os desejos,

percepções, preferências e comportamento de compra de seus

consumidores-alvos.

"Entender o comportamento do consumidor do mercado-alvo é a tarefa essencial do administrador de Marketing, pois o mercado de consumo é constituído de todos os indivíduos e domicílios que compram ou adquirem produtos e serviços para consumo pessoal" (KOTLER 1995, p.183).

"Quando mencionamos o comportamento de compra do consumidor estamos nos referindo ao consumidor final-indivíduo e famílias que compram bens e serviços para seu consumo pessoal Todos esses consumidores finais juntos constituem o mercado consumidor" (KOTLER 1995, p.58).

A compreensão das forças que influem no comportamento do

consumidor é peça fundamental para adoção de estratégias de Marketing.

Os consumidores variam enormemente em idade, renda, educação,

gostos e outras variáveis, portanto estes fatores têm levado os

administradores que atuam em Marketing a compreender o

comportamento dos consumidores, buscando agrupá-los em segmentos

homogêneos de consumo.

As características dos consumidores incluem quatro fatores

principais: culturais, sociais, pessoais e psicológicos.

Os fatores culturais exercem a mais ampla e profunda influência

sobre o comportamento do consumidor. A cultura inclui valores básicos,

percepções, preferências e comportamento que uma pessoa aprende da

família e de outras instituições importantes. Os profissionais de Marketing

estão sempre tentando detectar mudanças culturais que possam sugerir

novas formas de servir aos consumidores. As subculturas são "culturas

22

dentro de culturas" que possuem valores e estilos de vida distintos. As

classes sociais são subculturas cujos membros têm prestígio social similar

baseado em suas ocupações, renda, educação e outras variáveis. As

pessoas com características culturais, subculturais e sociais distintas

desenvolvem diferentes preferências por produtos e marcas. Portanto, os

profissionais de Marketing devem concentrar seus programas

mercadológicos nas necessidades específicas de certos grupos.

Além dos fatores culturais, o comportamento do consumidor é

influenciado por fatores sociais como os grupos de referencia de uma

pessoa-família, amigos, organizações sociais que afetam fortemente a

escolha de produtos e marcas. A posição da pessoa dentro de cada grupo

pode ser definida em termos de papel e status. Todos esses fatores

podem afetar profundamente as reações dos compradores, as

organizações devem levá-los em consideração ao projetar suas

estratégias de Marketing.

As decisões dos compradores são também influenciadas por

características pessoais, que incluem a idade, ciclo de vida, situação

econômica, estilo de vida, personalidade e autoestima. Consumidores

jovens têm necessidades e desejos diferentes dos mais idosos; as

necessidades dos casais jovens diferem das necessidades de casais de

aposentados; consumidores com rendas mais elevadas apresentam um

padrão de compra diferente daqueles com rendas menores. O estilo de

vida dos consumidores constitui uma importante influência na escolha dos

programas de Marketing das empresas, atingindo seu alvo de

consumidores com maior precisão.

As escolhas de compra do consumidor também são influenciadas

por fatores psicológicos, como motivação, percepção, aprendizagem,

crenças e atitudes. Cada um desses fatores proporciona uma perspectiva

diferente para a compreensão do funcionamento do comportamento dos

consumidores.

23

O comportamento de compra de uma pessoa é o resultado de

complexas interações entre todos esses fatores culturais, sociais, pessoais

e psicológicos. Muitos destes fatores não podem ser controlados pelos

profissionais de Marketing, mas podem ser úteis na identificação e

compreensão dos consumidores que o Marketing está tentando

influenciar.

1.4 – Análises da concorrência e estratégias de Marketing

competitivo

O pensamento estratégico envolve o entendimento e a

monitoração dos concorrentes atuais, novos e potenciais, com o objetivo

de ajudar a ver a relação entre os clientes e os recursos. As informações

obtidas tanto dos clientes quanto dos concorrentes precisarão ser

avaliadas quanto ao seu significado e à necessidade de mudanças na

estratégia da empresa.

KOTLER (1979:89) afirma que a melhor maneira para uma

empresa identificar sua concorrência é pensar como o comprador no seu

processo de satisfazer através da compra uma determinada necessidade

sentida.

STURDIVANT (1970, p.78), por sua vez, defende que antes de

mais nada é preciso conhecer e entender a percepção do consumidor

usuário quanto ao grau substituição entre os nossos produtos e os da

concorrência.

MCKENNA (1993, p.64) aborda a questão da concorrência de

forma diferenciada em relação aos demais autores. A sua visão é a de

que a concorrência a ser monitorada é principalmente a intangível, ou

seja, aquela que envolve formas de raciocínio e formas de se ver o

mundo.

24

Segundo ele, os dez principais concorrentes intangíveis são:

1- Mudança

2- Resistência à mudança

3- Consumidores bem informados

4- A mente do consumidor

5- A mentalidade de commodity/pasteurização

6- A mentalidade de grandeza

7- Cadeias rompidas

8- O conceito do produto

9- Coisas que aparecem da noite para o dia

10- Você

Para planejar estratégias efetivas de marketing competitivo, a

empresa precisa descobrir tudo que for possível sobre seus concorrentes.

Ela deve constantemente comparar seus produtos, preços, canais de

distribuição e promoções com os de seus concorrentes mais próximos.

Desta forma, a empresa pode encontrar áreas de vantagem e

desvantagem competitiva em potencial, pode lançar ataques mais

precisos contra seus concorrentes e preparar defesas mais fortes. É

analisando a concorrência que a empresa poderá identificar alguma de

suas melhores oportunidades.

KOTLER (1995:409) diz que é preciso evitar a "miopia com relação

ao concorrente". A empresa tem mais probabilidade de ser "enterrada" por

seus concorrentes latentes do que por seus rivais mais imediatos.

Os concorrentes mais diretos de uma empresa são aqueles que

procuram satisfazer os mesmos consumidores e necessidades com

ofertas similares. A empresa deve prestar atenção nos concorrentes

latentes, que podem oferecer novas ou outras maneiras de satisfazer as

mesmas necessidades.

25

KOTLER (1995, p.4-10) defende que:

"Os profissionais de marketing tem de enxergar além das metas de lucros dos concorrentes. Cada concorrente no mercado persegue um objetivo. Para uns o lucro é mais importante, para outros crescer pode ser mais interessante e para outros ainda os objetivos principais pode ser a participação de mercado. Existem empresas cujo objetivo básico é a satisfação do cliente pela execução de bons serviços. É essencial que a organização identifique a importância de cada objetivo do concorrente, pois o conhecimento do conjunto destes objetivos poderá revelar se a concorrência está satisfeita com sua situação atual e como ela poderá reagir a diferentes ações competitivas".

A melhor estratégia de Marketing a ser utilizada pela organização

depende da posição que a concorrência ocupa no setor, ou seja, a

empresa deve conhecer e avaliar a qualidade dos produtos, a política de

preços, a cobertura de distribuição, as estratégias de força de vendas e

as propagandas e promoções de vendai de seus concorrentes.

Os objetivos e estratégias dos concorrentes podem elucidar muito

as prováveis ações e reações a movimentos de uma empresa, tais como a

redução de preço, promoção ou mesmo a introdução de um novo produto

no mercado.

Após a identificação e avaliação dos principais concorrentes, a

empresa deve desenvolver estratégias de Marketing competitivo que

melhor posicionem sua oferta nas mentes dos Consumidores contra as de

seus concorrentes-estratégias que dêem à empresa ou a seu produto a

vantagem competitiva mais forte possível.

KOTLER (1995, p.414) defende que:

"Nenhuma estratégia é a melhor para todas as empresas. Cada empresa deve determinar qual estratégia é mais coerente com a sua posição no mercado, seus objetivos, oportunidades e recursos. Mesmo dentro de uma empresa, diferentes estratégias

26

pedem ser necessárias para diferentes negócios ou produtos".

KOTLER (1995, p.423) defende que:

"Na prática, as empresas de hoje devem ser centradas no mercado, acompanhando tanto os clientes quanto os concorrentes. Não podem imobilizar-se com o acompanhamento dos concorrentes, esquecendo o foco nos clientes. As empresas passaram por quatro diferentes orientações ao longo dos anos. No primeiro estágio, elas eram orientadas para o produto, dando pouca atenção aos concorrentes. No segundo estágio, tornaram-se orientadas pano cliente e começaram a prestar atenção nele: No terceiro estágio, quando passaram a dar afeição aos concorrentes, tornaram-se orientados para •eles. Hoje as empresas devem ser orientadas para o mercado, dando atenção equilibrada tanto para os clientes quanto para os concorrentes".

1.5 - Composto de Marketing

O composto de Marketing é um dos principais conceitos do

Marketing moderno, podendo ser definido como um grupo de variáveis

que a empresa utiliza para produzir a resposta que deseja no mercado-

alvo. Para COBRA, (1992: p.41), "a interação de uma organização com

seus meios ambientes internos e externos se realiza através do composto

de Marketing".

q Composto mercadológico consiste em ações que a empresa

pode fazer para direcionar a demanda para seu produto. Às diversas

possibilidades podem ser reunidas em quatro grupos de variáveis:

produto, preço, praça e promoção (Vide Anexo I).

q Produto significa a combinação de "bens e serviços" que a

empresa oferece ao mercado alvo. É preciso que os produtos ou serviços

a serem ofertados tenham boa qualidade, que as características atendam

aos gostos dos consumidores, com boas opções de modelos e estilos, com

27

nome atraente de marca, acondicionados em embalagem sedutoras, em

variados: tamanhos de produtos, com serviços e quantias ao usuário que

proporcionem retornos financeiros a organização.

q Consumidor compra prontamente a segunda marca caso a

primeira não esteja disponível imediatamente. O truque dos executivos de

distribuição é manter o produto no alto nível de disponibilidade para que

não haja opção de seleção do produto substituto.

q Preço significa a quantidade de dinheiro que os clientes devem

pagar para obter o produto. Ao fixar um preço, deve-se considerar o tipo

de concorrência no mercado-alvo e o custo total do composto de

marketing. Deve-se também tentar estimar a reação do consumidor

quanto aos preços e proporcionar descontos estimulantes à compra dos

produtos ou serviços ofertados, com auxílio adequado, prazos de

pagamento e termos de créditos efetivamente atrativos.

Qualidade e preço deixam claro que a empresa deve estar atenta

ao consumidor, mesmo quando implanta programas internos de melhoria.

A regra geral é: mantenha-se atualizado relativamente às

necessidades, exigências, anseios e desejos do consumidor, que estão se

modificando muito rapidamente.

Sabe-se que preço é todo o valor, ou sacrifício, dispendido na

aquisição de um produto ou serviço. Todo produto trás consigo algum

preço. Quando o preço de um produto é o mesmo em vários pontos de

vendas, os consumidores que estão próximos aos centros de distribuição

pagam um frete maior, subsidiando os de localidades mais distantes ou os

preços podem ser calculados com base ao menor frete beneficiando os de

localidades mais longe.

28

q A praça, ponto ou local significa as atividades da empresa que

fazem com que o produto esteja disponível para os consumidores alvo. A

decisão sobre o ponto de venda envolve as tarefas de levar o produto

certo ao local onde está o consumidor, pois um produto não é muito bom

para o consumidor se não estiver disponível quando e onde for desejado.

MCCAKTHY/PERREAULT (1997, p.190) afirma que:

"O canal de distribuição direto é crucial para levar os produtos ao mercado-alvo. Quando o produto inclui um bem físico. Distribuição física é o transporte e a estocagem de bens para atender às necessidades de consumidores-alvos com um composto de marketing nas empresas ao longo do canal de distribuição, distribuição física. Entretanto para muitos bens".

Chegou-se a conclusão que a promoção é toda ação orientada

para levar um produto ou serviço ao consumidor em condições mais

favoráveis de preço, condições de pagamento ou outras condições que

possam oferecer alguma vantagem ao consumidor, em um período de

tempo determinando.

q A promoção significa atividades que comunicam os atributos do

produto e levam os consumidores - alvo a adquiri-lo. É preciso utilizar com

efetiva criatividade às ferramentas promocionais, como a propaganda, a

força de vendas (venda pessoal), a promoção de vendas, relações

públicas e o merchandising.

KOTLER (1995, p.352) afirma que:

"Em geral, as promoções de venda devem ter como objetivo criar relacionamento com o consumidor. Em vez de criarem apenas volume de vendas em curto prazo ou troca temporária de marcas, devem ajudar a reforçar a posição do produto e a construir relacionamentos de longo prazo com os consumidores. Cada vez mais os profissionais de marketing estão evitando promoções de fixação rápida, de preços e optando por promoções destinadas a construir valorização da marca".

29

BONOMA (1996, p.76) defende que:

“O mercado deve ser segmentado para se criar uma vantagem, competitiva e a força de venda deve cobrir todos os segmentos-chave deste mercado com um produto ou serviço desenhado para atender as necessidades do cliente. Propaganda e promoção devem estimular a demanda e os preços devem se adequar ao valor do produto para o consumidor. Por fim um canal próprio de distribuição deve ser selecionado para se alcançar vários outros segmentos de mercado".

Um programa eficiente de Marketing combina todos os elementos

do composto de Marketing em um programa coordenado feito para alcançar

os objetivos mercadológicos da organização. Portanto, a compreensão das

ferramentas de Marketing pode ajudar a neutralizar as forças ambientais,

canalizando recursos e obtendo resultados financeiros e de

posicionamento de mercados, compensadores.

Segundo KOTLER (1995, p.23):

Muitas empresas operam sem planos formais. Em empresas novas, os administradores às vezes são tão ocupados que não têm tempo para fazer qualquer planejamento. Em empresas pequenas, os administradores pensam que só grandes corporações precisam de planejamento formal. Em empresas maduras, muitos administradores argumentam que sempre se deram bem sem planos formais, logo isso não pede ser tão importante assim. Eles resistem a levar algum tempo preparando um plano por escrito, argumentando que o mercado muda rápido demais para que os planos possam ser úteis - eles acabariam juntando poeira.

KOTLER (1995:23) afirma que:

"O planejamento estratégico é a base do planejamento de uma empresa. Depende do desenvolvimento de uma missão clara para a empresa, da definição de objetivos, de um bom portfólio de negócios, e da coordenação de estratégia

30

funcionais. No nível corporativo, primeiro a empresa define seu propósito geral e sua missão, e depois a missão é transformada em objetivos de apoio detalhados que direcionam toda a empresa. Em seguida a administração decide que portfólio de negócio e produtos é melhor para a empresa, e quanto apoio deve ser dado a cada um. Por sua vez, cada unidade de negócio e produtos deve desenvolver detalhadamente planos de marketing e de outras áreas, de modo a aprovar o plano geral da empresa. Assim, o planejamento de marketing ocorre nos níveis de unidade de negócios, dos produtos e do mercado, apoiando o planejamento estratégico ocorre nos níveis de unidade de negócios, dos produtos e do mercado, apoiando o planejamento estratégico da empresa com um planejamento mais detalhado para oportunidade específicas de mercado."

O papel de Marketing em uma empresa orientada para o mercado

é dar-lhe direção. O trabalho da Administração de Marketing é

empreender planejamento, implementação e controle contínuos. O

gerente de Marketing deve constantemente estudar o ambiente, buscar

oportunidades atraentes e planejar novas estratégias.

“O planejamento de Marketing é encarado hoje como uma ferramenta de trabalho da gerência de Marketing, assumindo, para tanto, a configuração de um plano integrado de funções e recursos disponíveis para a consecução dos objetivos da empresa”. (COBRA, 1992, p.87)

O planejamento mercadológico é um desenvolvimento sistemático

de ações programadas para atingir os objetivos da empresa através do

processo de análise, avaliação e seleção das melhores oportunidades. O

processo de planejamento de Marketing consiste em definir a missão da

empresa, seus objetivos e metas, o portfólio de negócio e os planos

funcionais.

A definição da missão deve ser orientada para o mercado, deve

ser realizável, estimulante e específica para direcionar a empresa no

31

sentido das melhores oportunidades de mercado. A definição da missão

conduz aos objetivos e metas.

Os objetivos estabelecem o alvo ou o ponto desejado pela

empresa. São padrões de empenho qualitativo e guias que determinam as

ações da empresa durante determinado período.

As metas são padrões de desempenho quantitativos que

representam a quantificação dos objetivos estabelecidos e indicam

desempenho.

O planejamento mercadológico exige análise e escolha do portfólio

de negócios da organização. O melhor portfólio é aquele que se adapta às

forças e fraquezas da empresa diante das oportunidades do ambiente. A

organização investirá maior volume de recursos em seus negócios mais

lucrativos e reduzirá seus investimentos ou abandonará os negócios mais

fracos.

Este tipo de análise não constitui a única solução para encontrar

a melhor estratégia de negócios, entretanto, pode ajudar a administração

a compreender a situação geral da empresa, a perceber contribuição de

cada negócio ou produto, a destinar recursos para seus negócios e a

orientar a empresa para um futuro sucesso.

Cada uma das áreas funcionais da empresa provê inputs para o

planejamento mercadológico. Uma vez que os objetivos organizacionais

tenham sido definidos, a administração de cada área deve preparar o

grupo de planos funcionais que coordena as atividades dos

departamentos de Marketing, de finanças, de produção e outros. Cada

departamento tem uma idéia diferente sobre quais objetivos e atividades

são os mais importantes. Os administradores de Marketing devem

entender os pontos de vista dos outros departamentos e trabalhar em

acordo com os administradores funcionais de cada um deles para

32

desenvolver um planejamento que possa alcançar os objetivos gerais da

empresa da melhor maneira possível.

Enfim o planejamento mercadológico é um processo gerencial

de desenvolver e manter um ajuste viável entre os objetivos, habilidades c

recursos organizacionais. O planejamento deve ser flexível para se

adaptar às necessidades de sobrevivência da organização, manutenção

ou crescimento de mercado.

1.6 - Segmentações dos Mercados Consumidores

KOTLER (1995, p.160) diz que os compradores são muito

numerosos, muito espalhados e muito variados quanto as suas

necessidades e práticas de compra. E diferentes empresas têm diferentes

capacidades de atender aos diversos segmentos do mercado. Portanto,

em vez de tentarem concorrer em todos os mercados, muitas vezes contra

concorrentes mais fortes, as empresas devem identificar as parcelas do

mercado que poderão atender melhor.

Uma das características importantes dos mercados modernos é o

grau de segmentação apresentado por muitos deles. Nesses mercados

existem diferentes necessidades e desejos dos clientes ou atitudes e

predisposições em relação às ofertas no mercado, existem oportunidades

para a segmentação do mercado.

HANSEN (1996, p.191) relata:

"Se você é capaz de dividir um mercado grande em segmentos menores, com preferências diferentes, e depois disso ajustar o seu produto (ou serviço) às preferências dos diversos segmentos, então você irá reduzir a distância total entre aquilo que você oferece ao mercado e o que o mercado deseja. Fazendo isso, os profissionais de Marketing melhoram sua posição competitiva".

33

KOTLER (1995, p.160) afirma que os três passos principais do

marketing de segmentos são:

• O primeiro passo é a segmentação do mercado-divisão do

mercado em grupos distintos de compradores com diferentes

necessidades, características ou comportamentos que possam

exigir produtos ou compostos de marketing específicos. A

empresa identifica diferentes formas de segmentar o mercado e

desenvolve o perfil dos segmentos resultantes.

• O segundo passo é a identificação do mercado-alvo - avaliação

da atratividade de cada segmento e seleção de um ou mais

segmentos para atuação.

• O terceiro passo é posicionamento mercadológico -

estabelecimento de um mix de marketing detalhado.

A segmentação é o carro-chefe que pode levar a uma estratégia

integrada, com produtos sendo oferecidos por canais práticos e lucrativos

A segmentação não poderá ocorrer, contudo, se o sistema de

informação sobre clientes não estiver bem azeitada. O atendimento ao

cliente também pode ser aperfeiçoado com um novo de informação que

detecte e resolva problemas comuns.

Devido ao fato de os compradores terem necessidades e desejos

próprios, cada um se constitui em um mercado separado em potencial

Para segmentar um mercado não existe uma única maneira. Os

profissionais de Marketing devem experimentar diferentes variáveis de

segmentação, isoladas e combinadas, para encontrar a melhor maneira

de visualizar a estrutura do mercado.

As principais variáveis de segmentação são: geográficas,

demográficas, psicográficas e comportamentais.

34

A segmentação geográfica propõe dividir o mercado em unidades

geográficas diferentes como países, estados, regiões, cidades ou bairros.

A organização pode decidir operar em uma ou algumas áreas geográficas

ou operar em todas, mas deve ficar atenta às variações locais em termos

de necessidades e preferências geográficas.

Na segmentação demográfica, o mercado é dividido em grupos

baseados em variáveis como idade, tamanho da família, ciclo de vida da

família, sexo, renda, ocupação, formação educacional, religião, raça ou

classe social. As variáveis demográficas são as bases mais comuns para

distinguir grupos de consumidores. Os desejos, preferências e taxas de

uso dos consumidores estão, frequentemente, associados às variáveis

demográficas.

Na segmentação psicográfica, os compradores são divididos em

grupos diferentes, baseados no estilo de vida e/ou personalidade. O estilo

de vida refere-se às características ou à maneira de viver de uma

sociedade ou de um segmento em sentido restrito. As diferenças

individuais decorrentes de traços de personalidade expressam-se de

formas variadas, na compra de produtos e de marcas.

A segmentação comportamental é caracterizada por compradores

divididos em grupos, tomando-se como base seu conhecimento, atitude,

uso ou resposta para um produto. Muitos profissionais de Marketing

acreditam que as variáveis comportamentais são o melhor ponto de

partida para se definir segmentos de mercado.

A segmentação de mercado representa um esforço para o

aumento de precisão de alvo de uma empresa, pode ser caracterizada

como uma ação de identificar e classificar grupos distintos de

compradores que podem exigir produtos ou compostos de Marketing

separados.

35

Portanto, nos mercados cada vez mais fragmentados, os

profissionais de Marketing devem adotar métodos para identificar os

melhores segmentos de mercado.

36

CAPÍTULO II

A HISTÓRIA DO WAL-MART

O WAL-MART é a maior empresa do mundo, levando-se em conta o

faturamento, e uma das maiores empregadoras privadas. Como um empório

interiorano se transformou na maior e mais influente empresa do mundo? A

resposta é Sam Walton. Uma marca que deveria ser admirada no mundo

inteiro. Mas não é. Seu canibalismo no mercado, levando empresas

tradicionais a falência devido a sua feroz concorrência, fizeram com que o

WAL-MART fosse odiado em muitas cidades.

O WAL-MART é de qualquer ângulo que se olhe, um fenômeno de

dimensões avassaladoras. O WAL-MART é mais que um empreendimento. É

quase uma religião, cujo princípio fundamental é lucrar muito e sempre. Uma

corporação que desperta admiração, temor e espanto. É o preço do sucesso.

- Samuel Moore Walton, nasceu no ano de 1918. Na época de

estudante, foi eleito o rapaz mais versátil e tornou-se presidente do corpo de

estudantes. Formou-se em economia em 1940. Seu sócio e irmão James

Walton (apelidado de Bud), formou-se pela academia militar. A primeira

experiência dos irmãos foi como trainees em uma loja na cidade de Oklahoma,

chamada DuPont. A primeira loja dos irmãos foi uma franquia da rede Ben-

Franklin, na cidade de Newport, estado do Arkansas, em 1945. Foi ali,

conhecendo seus concorrentes e colocando em prática as compras diretas dos

produtores e vendas por preços baixos que exerceu seu aprendizado de

comerciante. Bud e sua esposa Audie associaram-se a Sam e sua mulher

Helen por um ano, até comprarem sua própria loja. O casal Walton

transformou a loja, que operava com prejuízos, em uma das maiores unidades

da rede Ben-Franklin em Arkansas. Todo esse sucesso teve um preço. Em

1950, o proprietário que alugava o imóvel para o casal pediu-o de volta. Foi

então que mudaram para Bentonville, uma cidadezinha de hábitos caipiras,

encravada no estado americano de Arkansas. Em 1951, o casal passou a

37

administrar uma pequena loja de variedades e de baixo volume chamada

WALTON’S 5 & 10. Em seguida, associando-se com o pai e o irmão Bud, seus

dois cunhados (Nick e Frank), abriu lojas em Little Rock, Springdale e Siloam

Springs, no Arkansas, além de outras unidades em Neodesha e Coffeyville.

Em uma década, Sam observou vários outros tipos de negócios (inclusive

concorrentes como o K-Mart). O conceito da empresa K-Mart era simples:

mercadorias de preços baixos com qualidade e ênfase no auto-serviço. Isto

levou Sam a considerar um novo tipo de conceito: as Lojas de Descontos.

Então, ele e seu irmão Bud, resolveram fundar uma nova empresa em 2 de

julho de 1962, com a abertura de sua primeira loja, com produtos não

perecíveis, na cidade de Rogers, estado do Arkansas, com o nome de Wal-

Mart Discount City (nome sugerido por um associado). Com a inauguração os

irmãos punham em prática seu conceito de loja de descontos. A primeira loja

tinha 5.000m² e vendia de tudo, desde confecção para crianças a livros e

autopeças. Os anúncios nos jornais, diziam que o WAL-MART vendia somente

artigos de primeira qualidade.

Para conseguir cobrar menos que os concorrentes, “Tio Sam”, como

era chamado pelos funcionários, tinha fixação por reduzir custos. Ele proibia

despesas com material de escritório, e até seus principais executivos eram

orientados a usar canetas recebidas de brinde. Essa preocupação em

economizar o máximo possível também se estendia à vida pessoal. Anos

depois, apesar de ser um dos homens mais ricos do mundo, andava numa

picape velha, com os pára-choques amassados. Dois anos após sua fundação,

a rede já contava com 24 lojas e um faturamento de US$ 12.6 milhões. Em

1968, a rede expande-se para fora do estado de Arkansas, inaugurando lojas

no estado do Missouri (Sikeston) e Oklahoma (Claremore). Em 1970 inaugura

seu primeiro centro de distribuição na cidade de Bentoville, Arkansas. Nesta

época a empresa tinha 78 sócios, um total de 32 lojas, cada uma

representando uma combinação diferente de capital entre diversos

investidores. A família Walton era a maior acionista, mas Sam e Helen

estavam muito endividados. Para sair do endividamento resolveram

transformar a WAL-MART em sociedade anônima. O primeiro lote de 300.000

38

ações foi vendido em 1º de outubro de 1970, a US$ 16,50 cada, para cerca de

800 acionistas, arrecadando US$ 4.95 milhões.

A estratégia para o crescimento acelerado, adotada daquele momento

em diante, continuou seguindo a prática anterior. O foco de crescimento se

manteve a partir das pequenas cidades. No ano seguinte já estava presente

em cinco estados americanos.

Em 1975, inspirado pelos trabalhadores que Sam Walton viu em uma

de suas viagens pela Coréia do Sul, foi introduzido o “WAL-MART Cheer” (o

tradicional grito de guerra da empresa) para seus associados, como ele

costumava se referir aos seus funcionários. Dois anos depois, com 195 lojas e

vendas de US$ 678.4 milhões, ocorreu a primeira aquisição de porte: 16 lojas

da rede Mohr Value Chain. Nos anos seguintes a empresa tem um ritmo de

crescimento impressionante nos Estados Unidos, tornando-se, em 1990, a

rede número 1 do mercado. Em 1991, inicia sua expansão internacional com a

inauguração de uma loja na Cidade do México. No ano seguinte entra no

mercado de Porto Rico e alcança vendas superiores a US$ 1 bilhão em uma

única semana. Em 1999 ingressa no mercado britânico ao comprar o Grupo

ASDA por US$ 10 bilhões. Em 2002, no dia anterior ao feriado de Ação de

Graças, Thanksgiving Day, a empresa registrou a maior vendagem em um

único dia na história dos Estados Unidos: US$ 1.43 bilhões. Era a confirmação

da transformação da empresa em uma verdadeira gigante do varejo.

A imagem de rede que vende barato é o pilar único do grupo - e isso

sustentou um dos slogans mais antigos da história do varejo. Esse é também o

mote do novo slogan, com um adendo: a qualidade de vida. Em 2007 a rede

retirou o famoso “Always Low Prices” (“Preços Baixos Sempre”) e introduziu o

“Save Money. Live Better” (“Poupe Dinheiro, Viva Melhor”). Exatamente a linha

de pensamento que está martelando na cabeça dos americanos hoje.

2.1 – A linha do tempo

39

1978

● O WAL-MART Pharmacy, setor de farmácia da rede é inaugurado

dentro de suas lojas.

● O serviço automotivo e a seção de jóias são introduzidos nas lojas

da rede.

1983

● Em abril, o primeiro SAM’S CLUB, uma espécie de clube de

descontos onde o usuário precisa se tornar membro para poder comprar, é

inaugurado na cidade de Midwest City, estado do Oklahoma. Atualmente, essa

divisão que responde por 21.1% do faturamento da rede (cerca de US$ 42

bilhões), possui somente nos Estados Unidos 586 unidades com mais de 47

milhões de membros. Em algumas localidades vende também gasolina através

de posto próprios. São 591 lojas nos Estados Unidos e mais de 100

localizadas no Brasil, Canadá, Porto Rico, China e México. Acompanhe abaixo

a evolução do logotipo dos SAM’S CLUB.

● Introdução do One-Hour Photo (revelação de fotos em 1 hora) na

cidade de Tulsa em Oklahoma.

1987

● Fundação do Walton Institute, para treinamentos gerenciais.

1988

● O primeiro WAL-MART Supercenter (hipermercado) abre suas portas

na cidade de Washington, proporcionando o conforto de fazer compras em um

só lugar. Suas enormes lojas, que tem em média 9.104.5m², vendem ampla

variedade de produtos, encontrados nas lojas normais do WAL-MART, além de

produtos de jardinagem, farmácia, pet-shop, ótica, revelação de foto, celulares,

salão de beleza, praça de alimentação, serviços financeiros como caixas

automáticos e, em algumas unidades, venda de gasolina e serviços

automotivos. Atualmente, somente nos Estados Unidos, existem 2.447 lojas

nesse modelo.

40

● Nesta época, 90% das lojas possuíam código de barras em todos os

produtos. O leitor de código de barras foi primeiramente implantado nas lojas

do WAL-MART devido a sua solicitação aos fornecedores.

1991

● Introduzem sua primeira marca própria com o lançamento do

refrigerante SAM’S CHOICE, produzido pela Cott Beverages exclusivamente

para a rede.

1993

● Introduz outra marca própria de produto chamada Great Value

composta por uma linha de produtos de mercearia com mais de 350 itens.

Logo, a marca se tornou conhecida por sua inovação, introduzindo no mercado

produtos inovadores como leite em pó sem lactose, suco de laranja sem

açúcar (para dietas de baixa caloria) e molho de Peru para microondas. Essa

marca própria é composta hoje em dia por 1.300 produtos e fatura cerca de

US$ 5.5 bilhões anuais. Atualmente cerca de 40% dos produtos vendidos em

suas lojas são de marcas próprias como a Great Value, Equate (produtos de

cuidados pessoais e de saúde como creme de barbear, xampu, sabonete e até

teste de gravidez), Sam’s Choice (marca premium de itens comestíveis),

Durabrand (eletrônicos), George (linha de roupas modernas), Faded Glory

(linha de roupas clássicas) e Ol’Roy (rações e alimentos para cães). A marca

de rações, que possui esse nome em homenagem a raça de cão de caça

predileta de Sam Walton, se tornou em 2004 a mais vendida do mercado

americano.

1998

• Lançamento do WAL-MART NEIGHBORHOOD MARKETS (uma

espécie de supermercado de bairro com lojas menores que vendem

principalmente alimentos, bebidas alcoólicas e produtos de beleza e farmácia)

41

com a inauguração de sua primeira loja na cidade de Bentonville no Arkansas.

Atualmente esta divisão, responsável por vendas de US$ 7 bilhões anuais,

possui 132 unidades nos Estados Unidos.

2006

• Em março, na cidade de Plano no estado Texas, é lançado o novo

conceito de Supercenter (hipermercado) para concorrer diretamente com a

rede TARGET. A nova loja tem um apelo visual mais moderno e confortável

como chão de madeira, sushi bar, cafeteria, acesso de internet sem fio grátis,

além de vender mercadorias de alta qualidade como cervejas e vinhos de

primeira linha, e produtos eletrônicos mais sofisticados.

2008

• Inauguração na cidade de Dearborn, Michigan, da sua primeira loja

concebida inteiramente para atender o público muçulmano. O novo

supermercado possui 550 tipos de artigos sob medida para esses clientes,

como CDs de música árabe, cosméticos cuja fórmula não contém ingredientes

proibidos pela religião (como gordura de porco) e carnes de animais que foram

sacrificados segundo as regras sagradas do Corão. Na equipe de funcionários

há 35 atendentes com fluência no idioma árabe. Ao inaugurar sua unidade

islâmica, o WAL-MART, grupo profundamente identificado com o modo de vida

americano, tenta responder a uma expectativa de mercado.

2009

• O WalMart foi eleito pelo seu programa de sustentabilidade que

inclui a criação de lojas eficientes, gestão de resíduos, educação de

funcionários e engajamento de fornecedores para o desenvolvimento de

produtos mais sustentáveis, como a Empresa “ Sustentável do Ano “. Além

disso o programa de descontos para clientes que não usam sacalos plásticas,

evitou a circulação de 13,5 milhões de sacos plásticos e deu R$ 405 mil em

descontos para consumidores conscientes.

2010

42

• Inagauração de 100 novas lojas entre supermercados,

Hipermercados, clubes de compras, lojas de atacado e vizinhança. Mais da

metade delas com bandeiras Todo Dia e Maxxi Atacado – voltadas para Classe

C, D e E. Foi eleita a maior Empresa Multinacional do mundo.

2.2 – Dados Corporativos

● Origem: Estados Unidos

● Fundação: 2 de julho de 1962

● Fundador: Sam Walton

● Sede: Bentonville, Arkansas

● Proprietário da marca: Wal-Mart Stores, Inc.

● Capital aberto: Sim (1970)

● Presidente & CEO: Mike Dude

● Valor de mercado: US$ 189.2 bilhões (fevereiro/2009)

● Lojas: 8.500 (Mundo)

● Faturamento:

2010: US$ 421.849 bilhões (US$ 4,01 por ação)

2009: US$ 408,214 bilhões (US$ 3,51 por ação)

2008: US$ 405,607 bilhões (US$ 3,39 por ação)

2007: US$ 378,476 bilhões (US$ 3,13 por ação)

● Lucro Líquido:

2010: US$ 16,389 bilhões

2009: US$ 14,4 bilhões

2008: US$ 13,4 bilhões

2007: US$ 12, 731 bilhões

● Número de Funcionários no Mundo:

2010: 2 milhões e 200 mil (8.500 lojas)

2009: 2 milhões e 150 mil (8.100 lojas)

2008: 2 milhões e 100 mil (7.860 lojas) aumento de 7,11% em lojas

2007: 1 milhão e 922 mil (7.338 lojas)

● Principais Famílias de Produtos:

43

Great Value, Equate, Simply Basic, Select Edition, Member’s Mark, Ol’Roy,

George, 725, Ozark Trail, Kid Connection, Athletic Works, Bakers & Chef e

Durabrand;

● Clientes no Mundo: 200 milhões/diariamente

● Presença global: 15 países

● Maiores mercados: Estados Unidos, Canadá e México

● Outros negócios: Wal-Mart Supercenters, Sam’s Club

● Segmento: Varejo

● Principais produtos: Alimentação, eletrônicos, eletrodomésticos e

vestuários

● Ícones: Roll Back

● Slogan: Save Money. Live Better.

● Website: www.walmart.com

2.3 – A Marca no Brasil

A empresa fincou sua bandeira no país no dia 3 de maio de 1995.

Chegou com estardalhaço a São Caetano (São Paulo), onde o clube de

descontos SAM’S CLUB, uma espécie de clube de descontos onde o usuário

precisa se tornar membro para poder comprar. Ainda neste ano inaugurou

mais duas unidades do clube de descontos, além das duas primeiras lojas

hipermercados, conhecidas como WAL-MART SUPERCENTER. No Brasil, só

com a aquisição da rede de supermercados Bompreço (116 lojas) em 2004,

por US$ 315 milhões, o WAL-MART parece ter encarado seu destino de ser

um gigante no Brasil. O Wal-Mart figura na terceira posição do Ranking

ABRAS (2008) de supermercados e faz concorrência direta com o francês

Carrefour e o Grupo Pão de Açúcar. São nove bandeiras em todo Brasil: WAL-

MART Supercenter, SAM'S CLUB, Todo Dia, Bompreço, Hiper Bompreço,

Nacional, Mercadorama, Hipermercado Big, Maxxi Atacado. Ao todo são 345

lojas com 67 mil funcionários.

44

O Wal-Mart possui hoje 450 lojas e mais de 80 mil funcionários no

Brasil distribuídas entre 18 Estados das Regiões Sul, Sudeste, Nordeste e

Centro-Oeste, mais o Distrito Federal, com Faturamento de R$ 22,33 bilhões

em 2010 e lucro líquido de R$ 561 milhões.

Missão:

Vender por menos para as pessoas viverem melhor.

Visão:

Ser a melhor varejista do Brasil na mente e no coração dos

consumidores.

Valores:

Visam a atender às boas práticas do mercado varejista.

São eles:

• Respeito ao indivíduo, seja funcionário, cliente, fornecedor ou

membro da comunidade em geral, independentemente de

etnia, gênero ou opção sexual;

• Atendimento ao cliente, superando as expectativas de nossos

consumidores;

• Busca pela excelência, inovando sempre na seleção e

promoção de produtos e serviços.

2.4 - Multiformato

Formatos diferentes para atender da melhor maneira possível às

necessidades de nossos clientes do Nordeste ao Sul do Brasil. Atua hoje com

nove bandeiras em quatro regiões – Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste,

com uma estratégia multiformato:

• Hipermercados, com 45.000 a 65.000 itens disponíveis;

• Supermercados, com 15.000 itens;

• Atacado, com 6.500 itens;

45

• Loja de vizinhança, com 4.000 itens.

Duas bandeiras destacam-se na expansão da rede: Maxxi Atacado e

TodoDia, focadas nos consumidores de menor renda, cujo poder de compra

vem crescendo no país.

2.5 – Marcas Exclusivas

O Wal-Mart é a rede com maior número de produtos de marcas

exclusivas no país (13º Estudo Nielsen de Marca Própria, setembro de 2007).

São itens em média 20% mais em conta, que unem qualidade e preço baixo.

Tem hoje mais de 20 marcas exclusivas, sendo 13 delas globais. Entre

as que você encontra tanto no Brasil como nos Estados Unidos estão Great

Value, Equate, Simply Basic, Select Edition, Member’s Mark, Ol’Roy, George,

725, Ozark Trail, Kid Connection, Athletic Works, Bakers & Chef e Durabrand.

Há ainda as marcas nacionais, que levam o nome da bandeira: Bompreço,

BIG, Nacional etc.

No Wal-Mart, é nas marcas exclusivas que se promove também muitas

iniciativas de sustentabilidade, principalmente em embalagens.

As caixas das hastes flexíveis e dos cereais matinais, por exemplo, são

certificadas pelo Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (FSC), que assegura

que o papelão provém de madeira de reflorestamento. A meta é que, até 2011,

80% das embalagens de papel sejam certificadas pelo FSC.

Algumas embalagens, como a dos Bifinhos para Cães Ol’Roy, tiveram

redução de tamanho para diminuir a quantidade de material consumida e

depois descartada na natureza, e outras, ainda, não usam solventes durante a

impressão, para reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa.

46

Além disso, oferece diversos produtos sustentáveis de marcas

exclusivas. Um exemplo é o cobertor Simply Basic e Select Edition, 100% feito

de garrafas PET recicladas.

47

CAPÍTULO III

O DESAFIO DA WAL-MART NO MERCADO BRASILEIRO

Em 1995 quando iniciou sua trajetória no mercado brasileiro, o Wal-

Mart não tinha muita experiência no mercado externo, quando inaugurou sua

primeira loja no Brasil, trouxe botas de ski e tacos de golfe para serem

vendidos aqui, foi um fracasso de vendas. A empresa deixou de considerar a

influência de características geográfica e climática do seu novo mercado, com

o passar do tempo e aquisições de redes do mercado nacional, se adaptou ao

perfil do consumidor brasileiro.

O Wal-Mart ocupa hoje a 3ª posição do ranking da Associação

Brasileira de Supermercados (Abras) atrás do Carrefour (1ª) e do Pão de

Açúcar (2ª) e desde 2004 ocupa esta posição, enquanto os concorrentes

diretos ficam alternando na liderança.

O 33º Ranking 2010, elaborado pela Associação Brasileira

de Supermercados (Abras), aponta uma elevação de 20% no faturamento das

20 maiores redes supermercadistas do Brasil. O estudo mostra ainda que a

disputa pela liderança do setor se mantém acirrada. No conjunto, o

faturamento das 20 maiores passou a ser de U$ 115,799 bilhões. Os quatro

primeiros colocados no Ranking Abras, em 2010, mantiveram as posições do

ano anterior.

São eles:

• Carrefour (faturamento de R$ 36,144 bilhões)

• Pão de Açúcar (R$ 29 bilhões)

• Wal-Mart (R$ 22,334 bilhões)

• GBarbosa (R$ 3,5 bilhões)

3.1 – Wal-Mart acredita no Mercado e-commerce do Brasil

48

Wal-Mart Stores, lançou em Set/08 um site de comércio eletrônico, na

expectativa de ampliar seu alcance no Brasil em um momento de forte

aumento na demanda dos consumidores.

A entrada da companhia no varejo online brasileiro é parte de uma

agressiva estratégia de expansão no maior país da América Latina, onde a

rede norte-americana está investindo milhões de dólares e obtendo taxas de

crescimento de suas vendas duas vezes maior do que o apurado nos Estados

Unidos.

"O Brasil é um mercado estratégico para o Wal-Mart e estarmos em

comércio eletrônico é uma parte importante de nossa estratégia de

crescimento aqui", disse Héctor Nunez, presidente-executivo do Wal-Mart no

Brasil.

O Wal-Mart, maior varejista do mundo, entrou no comércio eletrônico

brasileiro. A aproximação silenciosa do gigante, no entanto, não deve ser uma

ameaça para a líder do setor no Brasil - ao menos por enquanto. Controladora

dos sites Americanas.com e Submarino, a B2W conta atualmente com

confortáveis 60% de participação de mercado. E, na visão dos analistas, ainda

não tem motivos para se preocupar. "Não é fácil roubar o lugar de uma

empresa tão bem estruturada quanto a B2W", diz Alan Cardoso,analista da

corretora Ágora.

Para competir com a líder do e-commerce no Brasil, o Wal-Mart teria

de realizar pesados investimentos em logística, processamento e atendimento.

Mas essa pode não ser a sua estratégia. "Em outros países, o comércio

eletrônico é apenas um complemento dos negócios, que são focados nas lojas

físicas", diz Peter Ping Ho, analista da corretora Planner.

O risco do Wal-Mart para a B2W, portanto, dependerá de quanto o

varejista está disposto a desembolsar. A estréia tímida de sua loja virtual leva

os especialistas a crerem que a rede americana ainda está avaliando o

49

potencial do mercado brasileiro para, somente então, definir quais serão os

seus objetivos. "A luz amarela só deverá acender para a B2W se o Wal-Mart

vier com uma campanha agressiva de marketing. Nesse caso, será necessário

reagir para defender mercado", diz Ping Ho. Para o analista, porém, o mais

provável é o Wal-Mart manter a estratégia já adotada em outros países,

colocando o comércio eletrônico apenas como um coadjuvante em seus

negócios. Outras redes no país, como Ponto Frio e Extra, já fazem isso.

"Hoje, é mais preocupante para a B2W a desaceleração nas

vendas em função da crise financeira que a entrada de novos competidores no

mercado", ressalta Cardoso. Em sua avaliação, a controladora de

Americanas.com e Submarino teria de perder muito mercado para se sentir

ameaçada por outra empresa. Já se as vendas recuarem, o impacto será

imediato.

3.2 - Wal-Mart Brasil lança novo conceito de supermercado

Wal-Mart Brasil lançou no final de outubro de 2008 um novo

conceito de supermercado. Batizado de loja da comunidade, o projeto tem

como objetivo oferecer à população, com preços baixos ou gratuitos,

serviços que nem sempre estão disponíveis em bairros populares:

emissão de documentos, clínica médica, cursos profissionalizantes,

serviços bancários e acesso à internet. A primeira loja da rede a adotar o

conceito foi o TodoDia do bairro de Pernambués, em Salvador, e mais

duas já foram inauguradas desde então: o Maxxi Atacado de Pau da Lima

(BA) e o TodoDia de Afogados (PE).

“O projeto é pioneiro no Brasil e pretende aprofundar a relação

empresa-comunidade, já que amplia, de maneira alinhada com as

necessidades de cada localidade, a integração da companhia com a

população atendida por nossa rede de lojas”, afirma o presidente do Wal-

Mart, Héctor Núñez.

50

Implantada numa área dentro do supermercado, a iniciativa é um

centro de soluções para a comunidade. “Procuramos oferecer um amplo

leque de serviços que corresponderá aos anseios da população local,

contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. Tudo em um só lugar,

com conforto e comodidade”, explica o vice-presidente da divisão de

Especialidades do Wal-Mart, Carlos Fernandes.

Para atender as principais demandas de cada localidade, todos os

serviços oferecidos na loja da comunidade são fruto de análises

realizadas junto à comunidade.

3.3 – Centros de Distribuição (Benchmark em Logística)

Existem centros de distribuição nas regiões Sudeste, Nordeste e

Sul do país, que abastecem com mercadorias todas as lojas –

hipermercados, supermercados, atacados e loja de vizinhança, garantindo

a disponibilidade dos produtos nas gôndolas.

Com ampla rede atuando em diversos pontos do Brasil, conta com

funcionários capacitados nas operações logísticas de todas as

mercadorias (alimentos, não-alimentos e perecíveis, frutas, legumes e

verduras) distribuídas nas lojas.

Programas específicos ajudam também a melhorar a eficiência da

cadeia logística e reduzir o impacto da operação no meio ambiente, com

ganhos significativos para o consumidor (Vide Anexo 2).

3.4 - Wal-Mart estréia categoria de DVDs

Fãs de cinema e música já podem aproveitar o mais novo

lançamento do site e-commerce do Wal-Mart: uma área totalmente

51

dedicada aos principais lançamentos em DVDs e blu-rays. E o melhor:

tudo com frete grátis, sem limite de valor, para todo o Brasil.

São mais de 7.500 itens disponíveis em diversas categorias, como

filmes de drama, comédia, terror, suspense e séries de TV, musicais e

shows ao vivo de vários artistas.

Além de oferecer os novos produtos, a loja também traz inovações

em interatividade, como a exibição de trailers dos principais lançamentos

na homepage – exclusividade do www.walmart.com.br no varejo da

Internet. Uma seção de “Dicas e Curiosidades” trará semanalmente

informações sobre lançamentos, atores, diretores e tudo sobre os

bastidores do mundo do cinema.

“Queremos que o nosso cliente realmente se divirta comprando em

nossa loja de DVDs, tornando a experiência de compra a mais satisfatória

e interativa possível”, afirma Flávio Dias, diretor de e-commerce do Wal-

Mart.

Na página, entre outras facilidades, poderão ser feitas pesquisas

por DVDs já pré-selecionados, nas categorias pré-vendas, mais vendidos

e shows. O cliente também concorre a brindes exclusivos e participa de

concursos para concorrer a uma série de prêmios.

As compras podem ser feitas com todos os cartões de crédito (é

possível parcelar os valores gastos em até 12X sem juros), cartões de

débito dos bancos Bradesco, Banco do Brasil, Unibanco, Itaú, Banco Real

e Banrisul, além de boleto bancário. O consumidor também pode adquirir

seus produtos pelo televendas 3003-6000, em todo o país.

3.5 – Wal-Mart aposta no consumo popular para crescer no

Brasil

52

O crescimento da renda nas classes C, D e E é a bússola que orienta

os estrategistas do Wal-Mart no Brasil.

O grupo vai investir R$ 1,2 bilhões no país em 2011 e preve inaugurar

mais 80 lojas. Mais da metade será direcionada para atender a demanda

nestes segmentos, principalmente na classe C, que abriga a “nova classe

média brasileira”.

“Há uma nova demografia no Brasil. Essas faixas já representam dois

terços da população do país, mas não há uma boa opção para esse

consumidor de menor renda”, disse Hector Nunes

Ele não revela números, mas diz que nos próximos cinco anos os

investimentos serão pesados nessa direção.

Uma pesquisa do Ibope, segundo Nunes, aponta que 21 do

rendimento da classe C é destinado às compras em supermercados,

mercearias e farmácias.

Em sua estratégia para crescer nesses segmentos de mais baixa

renda o Wal-Mart adota dois formatos de loja: o Todo Dia, nascido no Nordeste

e o Maxxi Atacado, desenvolvido no Sul. Ambos têm o mesmo foco:

economizar no custo operacional para ter o melhor preço na gôndola.

O Todo Dia é uma loja de 600 metros, de vizinhança para ser atendida

por no máximo 50 funcionários. É um modelo de baixo custo operacional que

surgiu no Recife. Já se expandiram para o Sudeste e Sul.

O Maxxi Atacado surgiu em Porto Alegre, com o grupo Econômico,

depois absorvido pelo Sonae, depois comprado pelo Wal-Mart.

53

Sobreviveu como uma experiência bem sucedida. É um atacado, com

área entre 3 mil e 5 mil metros quadrados, para pequenos empresários mas

também para consumidores de baixa renda.

Hoje tem dez lojas Maxxi no Rio Grande do Sul. Uma nova será

construída em Viamão, em todo o país serão 20 este ano.

Outra experiência bem sucedida no Rio Grande do Sul que o Walt Mart

está levando para os demais Estados é o Clube do Produtor. Já envolve 4 mil

famílias de pequenos agricultores que produzem com orientação da empresa e

já tem na Bahia e Pernambuco.

Hoje a Wall Mart está em 18 estados brasileiros, com 483 lojas, 87 mil

funcionários. Em 2010, faturou R$ 22.334 bilhões. Este ano vai abrir 80 novas

lojas, metade para atender as faixas de mais baixa renda. Vai empregar mais

10 mil pessoas.

No Rio Grande do Sul serão aplicados R$ 56 milhões para implantar

cinco novas lojas: três Todo Dia (em Campo Bom, Canoas e um terceiro sem

local definido), um Maxxi Atacado, em Viamão e um Nacional, no bairro Boa

Vista, em Porto Alegre. Todas estarão operando no segundo semestre.

Exalando otimismo, o presidente do Wal-Mart Brasil falou também da crise.

Disse que “o Brasil não é blindado, mas os reflexos são leves”. O consumo foi

pouco afetado. Na Páscoa as vendas cresceram 20% e no Dia das Mães

cresceram 15% em relação ao ano passado. E a tendência, pelas condições

estruturais do país, é de que seja menos afetado pela recessão mundial. “O

país é estável política e socialmente, sólido economicamente. É mercado

prioritário, estratégico para Wal-Mart”. Tanto que é no Brasil o maior

investimento do grupo este ano e o maior feito no país desde 1995, quando

entrou no mercado brasileiro, comprando redes regionais.

54

3.6 - Brasil é destaque em 2008 nos resultados do Wal-Mart

No país, as vendas totais cresceram 17% no último trimestre; no

total a varejista reportou globalmente aumento de 7,5% nas vendas

líquidas, que atingiram US$ 97,6 bilhões.

O Wal-Mart divulgou, nos Estados Unidos, os resultados do

trimestre terminado em 31 de outubro. No total, a varejista reportou

globalmente aumento de 7,5% nas vendas líquidas, que atingiram US$

97,6 bilhões. A área internacional da companhia mais uma vez teve

destaque, com crescimento de 11,2% no mesmo período.

No Brasil, as vendas totais cresceram 17% no último trimestre e 4,8%

na comparação 'mesmas lojas'. As principais bandeiras que contribuíram

para o resultado positivo foram Wal-Mart Supercenter (hipermercado) e

Maxxi (atacado), que chegaram a ter até 19% de aumento de vendas na

comparação 'mesmas lojas'.

“As operações internacionais continuam sendo os negócios que mais

crescem no Wal-Mart, comprovando que nossa missão de vender por

menos para as pessoas viverem melhor ressoa junto aos clientes em

todos os lugares onde operamos”, diz Mike Duke, presidente do Wal-Mart

Stores.

55

CONCLUSÃO

O Planejamento de Marketing tem sido bastante valorizado nos últimos

tempos em virtude da grande competição que se observa em diferentes

áreas de negócios. O planejamento mercadológico não beneficia apenas

as empresas que atuam em ambientes competitivos, nem apenas as

grandes organizações, mas toda e qualquer atividade independente do

tipo e tamanho. Para um planejamento de sucesso é preciso identificar

oportunidades com a mesma competência que se define o negócio da

empresa e se posicionam os produtos em seus segmentos de mercado.

A elaboração do Planejamento de Marketing teve como propósito a

exploração das necessidades e exigências dos clientes, a eliminação das

deficiências e o fortalecimento dos pontos de destaque da empresa.

Com o desenvolvimento do estudo, foi notado que o mercado

Atacadista / Varejista ainda tem muito para crescer no Brasil. Dessa

forma, o WAL-MART deve procurar melhores meios de acompanhar a

expansão do mercado. A empresa deve identificar e analisar as

oportunidades, os pontos fortes e fracos, os problemas e ameaças, para

poder fixar as prioridades de forma que os recursos da organização sejam

aplicados da melhor maneira possível.

Por estar inserido em um ramo de constantes mudanças, o WAL-

MART terá que acompanhá-las para não ficar estagnada, pois o sucesso

de hoje é resultado da capacidade que a empresa tem de melhor,

atender às necessidades do seu mercado alvo. É nesse contexto que

surge como arma para enfrentar as incertezas e as mutações no ambiente

externo, o planejamento de Marketing traçado.

Esse trabalho procurou mostrar o levantamento do ambiente

externo e interno da empresa, procurou propor ações que poderão levá-la

a atingir os objetivos que foram configurar a imagem da empresa de forma

56

que os clientes ou consumidores possam entender e apreciar o que a ela

proporciona de melhor em relação à concorrência, analisar o

posicionamento da organização no mercado, identificar o perfil do público

alvo e também as ameaças e oportunidades impostas pelo ambiente

externo.

“O Planejamento Estratégico pode ser definido como a

arte e a ciência da formulação que permite à organização

alcançar seus objetivos. Esta definição implica que a

estratégia foca a integração do planejamento de todas as

áreas da empresa como marketing, finanças, operações,

pesquisa e desenvolvimento e sistemas de informações

para alcançar sucesso”. (Dutra, 2001) (Vide Anexo 3)

57

ANEXOS

Índice de anexos

O autor utiliza esse espaço para trazer conteúdos de apoio, caso

necessário, objetivando aprofundar a prática da pesquisa e suas diferentes

formas de produção.

Anexo 1 >> Conteúdo de revistas especializadas;

Anexo 2 >> Estratégias;

Anexo 3 >> Centros de Distribuição.

58

ANEXO 1

Variável Atividades

Produto

Diferentes tipos de Design

Características

Diferenciais com a concorrência

Marca

Especificações

Política de Garantia

Embalagem

Preço

Financiamentos

Condições de Pagamento

Prazo médio

Número de Prestações

Descontos

Crediário

Promoção

Propaganda

Publicidade

Relações Públicas

Trade Marketing

Promoções

Praça

(Ponto-deVenda)

Lojas

Canais de distribuição

Logística

Armazenamento

Distribuição

Fonte: Adaptado de Kotler (1995)

59

ANEXO 2

Fonte: Portal Wal-Mart Brasil 2008

60

ANEXO 3

Fonte: Adaptado Dutra (2001)

61

BIBLIOGRAFIA

ANSOFF, Igor. Administração - Estratégias do Mercado. São Paulo:

Atlas, 1991.

BONOMA, Tomas V. & SHAPIRO, Benson P. Sucesso e Marketing

Industrial. São Paulo: Harbra, 1991.

COBRA, Marcos. Administração de Marketing. 2 ed. São Paulo: Atlas,

1992

HANSEN, Kare. International Marketing Review. Issue 2, 1996

KOTLER, Philip. Princípios de Marketing. 5 ed. Rio de Janeiro: Prentice

do Brasil, 1995.

Administração de Marketing: Análise, Planejamento,

Implementação e Controle. 5 ed. São Paulo: Atlas, 1998.

Jornal Já. <http://www.acontecendoaqui.com.br> Acesso em 01 jun. 2009

Marketing – O Portal da Propaganda Catarinense – Notícias, colunas e

artigos. <http://www.acontecendoaqui.com.br> Acesso em 27 jun. 2009

McCarthy, E. Jerome & Perreault Jr., William D. Marketing Essencial. São

Paulo: Atlas, 1997.

McKENNA, Regis. Marketing de Relacionamento. Rio de Janeiro:

Carnpus, 1993.

62

Meta Análise – Inteligência de Mercado <http://www.metaanalise.com.br>

Acesso em 27 jun. 2009

Portal Wal-Mart Brasil. <http://www.walmartbrasil.com.br>. Acesso em 01 de

maio. 2009

STURDIVANT, Frederick D. Managerial Analysis in Marketing, Glenview,

Illinois: Scott, Foresman and Company, 1970.

63

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Os Princípios do Marketing 12

1.1 - Conceitos de Marketing 14

1.2 – Análises do Ambiente de Marketing 16

1.3 - Principais fatores que influenciam o comportamento do

consumidor 20

1.4 – Análises da concorrência e estratégias de Marketing

Competitivo 23

1.5 - Composto de Marketing 26

1.6 - Segmentações dos Mercados Consumidores 32

CAPÍTULO II

A História do Wal-Mart 36

2.1 – A Linha do Tempo 38

2.2 – Dados Corporativos 41

2.3 – A Marca no Brasil 42

2.4 – Multiformato 43

2.5 – Marcas Exclusivas 44

64

CAPÍTULO III

O Desafio do Wal-Mart no Mercado Brasileiro 45

3.1 - Wal-Mart acredita no Mercado e-commerce do Brasil 46

3.2 - Wal-Mart Brasil lança novo conceito de supermercado 47

3.3 – Centros de Distribuição (Benchmark em Logística) 48

3.4 - Wal-Mart estréia categoria de DVDs 49

3.5 – Wal-Mart aposta no consumo popular para crescer no

Brasil 50

3.6 - Brasil é destaque em 2008 nos resultados do Wal-Mart 52

CONCLUSÃO 54

ANEXOS 56

BIBLIOGRAFIA 60

ÍNDICE 62