Revista SOBED 2013 - Edição nº 20

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Revista SOBED 2013 - Edição nº 20

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janeiro/março 2013revista sOBeD2

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janeiro/março 2013 REVISTA SOBED 3

índice Revista SOBED Edição 20

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5 RadaR SOBEdAcompanhe os programas, ações e

eventos realizados pela Sociedade

10 dNaAloisio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM)

18 COBERTURaTodos os detalhes de como foi o ProjetoAmbassador, que aconteceu em dezembrodo ano passado, em Manaus (AM)

26 ESpECialPara celebrar os cinco anos da Revista SOBED,

reportagem relembra matérias e entrevistas

importantes, além de números e curiosidades

36 HOBByEx-presidente da SOBED Estadual Goiás pesca

pelo menos quatro vezes ao ano, além de

pilotar carros de corrida

26 36

janeiro-março 2013

44 pOR dENTRODestaque para notícias sobre o aparelho digestivo.

Agenda de eventos nacionais e internacionais

de endoscopia digestiva e gastroenterologia.

Composição da diretoria nacional, comissões

e estaduais da SOBED

14 iN lOCOAs vantagens e desvantagens da

técnica da dissecção submucosa

42 aMBA piora da saúde pública no Brasil

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ÉTiCaProjeto de regulamentação da medicina deve ser

votado no Plenário do Senado ainda nesse semestre

iNFOSaiba quais são as principais publicações científicas

na área de endoscopia digestiva

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janeiro/março 2013revista sOBeD4

editorial Palavra do Presidente

FSC

ISSN 2179-7285

Revista SOBED é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira

de Endoscopia Digestiva distribuída gratuitamente para médicos.

O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade de seus autores

e não representa necessariamente a opinião da SOBED.

Jornalista Responsável Roberto Souza (Mtb 11.408)

Editor-chefe Fábio Berklian

Editor Rodrigo Moraes

Subeditora Tatiana Piva

Reportagem Anderson Dias

Marina Panham Samantha Cerquetani

Projeto Editorial Fábio Berklian

Projeto Gráfico RS Press

Luiz Fernando Almeida

Produção Editorial Priscila Hernandez

Editor de Arte Daniel Canton

Designers Elaine Casseano Felipe Santiago

Leonardo Fial Luiz Fernando Almeida

Tiragem 3.000 exemplares

Impressão Grass

Foto de Capa RS Press / Divulgação

Rua Cayowaá, 228, Perdizes São Paulo - SP CEP: 05018-000

11 3875-6296 [email protected]

www.rspress.com.br

Como escrevo pela primeira vez esse editorial, quero aproveitar a oportunidade para

agradecer a todos os associados da nossa querida SOBED pela confiança depositada em

minha figura ao me elegerem para estar à frente da Sociedade nos próximos dois anos.

Garanto-lhes que vamos trabalhar firmes pelas causas da nossa especialidade!

Uma das ferramentas mais importantes para isso nos últimos anos tem sido a Revista

SOBED, que em 2013 comemora cinco anos de existência. Para celebrar essa data, prepa-

ramos uma matéria especial que conta detalhes de como surgiu a publicação, as reformu-

lações de projetos gráficos e editoriais pelos quais a revista passou, coberturas de eventos

importantes, grandes reportagens e entrevistas realizadas nesse tempo, além de números e

curiosidades que envolvem o universo da publicação.

Falando de cobertura de eventos, nessa primeira edição da Revista em nossa gestão,

você confere na matéria de capa, a cobertura completa do Projeto Ambassador, que acon-

teceu entre os dias 2 e 7 de dezembro do ano passado, em Manaus, capital do estado do

Amazonas, feita in loco pelo editor da nossa revista, Rodrigo Moraes.

Fruto de uma parceria entre a nossa instituição e a American Society for Gastrointestinal

Endoscopy (ASGE), o projeto que visa formar embaixadores da endoscopia digestiva em regiões

de difícil acesso e também oferece atendimento de qualidade para populações carentes, che-

gou pela primeira vez no Brasil e contou com a participação 30 endoscopistas das regiões norte,

centro-oeste e nordeste do País; e 14 médicos preceptores dos grandes centros de endoscopia,

que ensinaram e realizaram 120 procedimentos endoscópicos durante uma semana de evento.

O entrevistado da editoria DNA é Aloisio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho

Federal de Medicina (CFM), que comenta a nova realidade dos contratos entre operadoras

de saúde, médicos e pacientes. E confira ainda, matéria sobre dissecção submucosa (ESD), e

outra sobre as principais publicações científicas existentes em nossa área. Tenham todos uma

ótima leitura e nos encontramos nas próximas edições!

5 AnOS DE REvISTA SOBED

João Carlos Andreoli

Presidente da SOBED Nacional

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2013 5

sobed.org.br notícias | cursos | oficinas | atualização | cna

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ção

SOBED lança novoprograma de educaçãocontinuada à distância

Anais da11ª SBAD

Divulgueseu evento

A SOBED terá o maior prazer em divulgar o seu even-to no site desde que nossos associados tenham desconto de, no mínimo, 20% do valor da inscrição. Essa informação deverá constar em todo o ma-terial de divulgação. Para que o seu evento seja divulgado, acesse o canal Divulgue seu Evento, no portal da SOBED, e preencha o formulário. O cadastro será enviado para a nossa comissão e analisado.

Os anais da 11ª Semana Brasileira do Aparelho Di-gestivo (SBAD) estão dispo-níveis no Volume 31 – Suple-mento nº 1 – Out/Dez – 2012 da Revista GED – Gastroen-terologia Endoscopia Diges-tiva, acesse: http://ow.ly/hetil

Em uma editoração su-plementar, a Revista GED contribui com a SBAD ao pu-blicar os Temas Livres (Orais e Pôsteres) aprovados pelas comissões avaliadoras.

Focada em oferecer as melhores condições e mecanismos de atuali-zação para os endoscopistas brasi-leiros, a SOBED acaba de lançar seu novo programa de educação conti-nuada à distância. O Webcast SOBED, que substitui os tradicionais – SOBED em Casa, Rede SOBED e SOBED Digital – tem por objetivo apresentar as principais aulas e pa-lestras captadas nos cursos e eventos ministrados pela Sociedade.

Gratuito para todos os associados quites com a anuidade, os participan-tes terão quatro meses para assistir cada módulo, contados a partir da data de sua publicação. Para ter aces-so, é necessário apenas entrar no site da SOBED, utilizando login e senha associativa e se direcionar ao ícone do programa que estará disponível na área de ‘espaço científico’, na bar-ra lateral do site.

Além dos tradicionais computa-dores, as aulas podem ser assistidas

em dispositivos móveis e tablets. De acordo com a administração da SOBED, essa forma de visualização vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, com base nos rela-tórios de acesso e visitação ao site da Sociedade e demais programas.

Todos os módulos estão registra-dos na Comissão Nacional de Acre-ditação (CNA). A pontuação de cada módulo será encaminhada à comis-são após o encerramento do período de veiculação – de quatro meses.

Fruto da parceria com a Infservice, empresa especializada em soluções de webcasting, a SOBED conta ainda com o apoio da RS Press na divul-gação nos meios de comunicação da SOBED e da Nação Interativa no su-porte do site da entidade.

Confira a seguir os dois primeiros módulos do programa, que estarão disponíveis no site. Em breve serão divulgados o restante da programa-ção dos módulos para esse ano.

MÓDULO 1

MESA-REDONDANeoplasia colorretal: Papel do endoscopistaPresidente: Jeanne Monique GuimarãesPimentel (AM)Moderador: Giovani Antonio Bemvenuti (RS)

Rastreamento: como realizar?Eduardo Fenocchi (URU)Recursos endoscópicos para o diagnósticoThierry Ponchon (FRA)

Conferência Nacional da SOBEDPresidente: Sérgio Luiz Bizinelli (PR)Palestrante: Vera Helena de Aguiar Freire Mello (SP)

MÓDULO 2

MESA-REDONDAPancreatites e coleções pancreáticasPresidente: Flávia Emilia Lima de Oliveira (ES)Moderador: Fauze Maluf Filho (SP)

Estado atual do diagnóstico da pancreatite crônicaPierre Deprez (BEG)Como e quando realizar a drenagem endoscópicaKlaus Monkemüller (Ger)

MESA-REDONDANovas Tecnologias no diagnóstico das doenças do TGIPresidente: Augusto José Araújo Lima (CE)Moderador: Gustavo Andrade de Paulo (SP)

NBICláudio Hashimoto (SP)Cápsula colonicaHorácio Gutierrez Galiana (URU)

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revista sOBeD janeiro/março 2013

RADAR sobeD Notas

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ANUIDADE 2013

O valor da anuidade 2013 será de R$495,00, conforme aprova-

ção na Assembleia Geral Ordinária da SOBED, realizada no dia

27 de novembro de 2012. O vencimento será em 30 de junho e

o associado que desejar efetuar a quitação anterior ao prazo

de vencimento, poderá emitir boleto de pagamento por meio do

site da entidade.

Serão associados remidos, os membros titulares e aspirantes

que integram os quadros da SOBED e que possuem idade igual

ou superior a 70 anos, desde que quites com suas contribuições

nos últimos cinco anos.

Sociedade oferece desconto em livro A nova diretoria da Socie-

dade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) para o biê-nio 2012 – 2014 tomou posse na Assembleia Geral Ordiná-ria, realizada durante a 11ª Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD). O novo pre-sidente é o endoscopista João Carlos Andreoli. Segundo ele, a importância da SOBED é nortear o desenvolvimento da endoscopia digestiva nacional e ainda há muitos desafios a serem enfrentados pelos pro-fissionais brasileiros.

Intensificar a comunica-ção entre as unidades estadu-ais da SOBED e a sede é uma das propostas da nova ges-tão. Além disso, o presidente pretende estabelecer contato com sociedades médicas in-ternacionais e lançar uma pu-blicação científica da SOBED,

SOBED tem nova diretoriaeletrônica e aberta para todos os interessados.

Confira a diretoriada SOBED para obiênio 2012 – 2014

Presidente:João Carlos Andreoli (SP)

Vice-Presidente:Ramiro Robson FernandesMascarenhas (BA)

1° Secretário:Jairo Silva Alves (MG)

2° Secretário:Silvana Dagostin (SC)

1º Tesoureiro:Dalton Marques Chaves (SP)

2º Tesoureiro:Luis Fernando Tullio (PR)

Sócios da SOBED terão des-conto na aquisição do livro En-doscopia Digestiva – Diagnóstico e Tratamento, de R$ 798,00 por R$ 595,00. Publicada pela Edi-tora Revinter, a publicação foi lançada durante a 11ª Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) e aborda temas gerais da endoscopia digestiva como esôfago, estômago, duodeno, delgado, cólon, reto, hemorra-gia digestiva, vias biliares, téc-nicas e equipamentos.

A obra é de autoria de Marcelo Averbach, com apoio de Adriana Vaz Safatle Ribeiro, Angelo Paulo Ferrari Jr., Carlos Alberto Cappellanes, Flavio Hayato Ejima Huang Ling Fang, Jairo Silva Alves, Ricardo Anuar Dib e Sérgio Luiz Bizinelli. Interessados no li-vro devem encaminhar pedido para o e-mail livraria@revinter. com.br ou revintersp@revinter. com.br, ou entrar em contato pelos telefones: (21) 2563-9700 ou (11) 3222-1114.

O livro Endos-

copia Digestiva

– Diagnóstico e

Tratamento foi

lançado durante

a XI SBAD

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2013 7

Entre os dias 2 e 3 de maio, o 7º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva reunirá es-pecialistas nacionais e interna-cionais na capital baiana. Promo-vido pela SOBED, o encontro terá transmissão ao vivo do California Pacific Medical Center (EUA).

Tratamento da acalásia, diverticulectomia de zencker, adenocarcinoma no esôfago de Barrett, pseudocisto de pân-creas, tratamento paliativo do câncer de pâncreas, neopla-sias subepiteliais, DRGE, cân-cer gástrico precoce, doença inflamatória intestinal, câncer colorretal e hemorragia diges-tiva, são os temas de desta-que da programação científica do simpósio. Os convidados internacionais confirmados até o momento são: Horst Neuhaus, Jacques Devière, Kenneth

Binmoeller, Marc Giovannini, Rene Lambert e Shinji Tanaka.

Além disso, durante semana do Simpósio, acontecem ainda no dia 1º de maio o Curso Tes-te Seus Conhecimentos, e no dia 4, o Curso Suporte Avançado de Vida em Endoscopia (SAVE) e a Prova de Título de Especialista em Endoscopia e/ou Certificado de Área de Atuação em Endos-copia Digestiva. Até o dia 25 de março, há descontos para associados e não associados. Após este período e nas datas dos eventos, os valores serão um pouco maiores. Para aque-les que se inscreverem no Curso Teste Seus Conhecimentos e na Prova de Título de Especialista, haverá 50% de desconto na ins-crição do Simpósio (válido até o dia 1º de abril). Inscrições pelo site www.sobed.org.br.

Salvador sediará Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SOBED

Congresso Brasil Central doAparelho Digestivo

Nota deFalecimento

Proporcionar atualização profissional e divulgar o co-nhecimento científico produzi-do na região centro-oeste é o compromisso do 2º Congresso Brasil Central do Aparelho Di-gestivo que, entre os dias 20 e 22 de junho de 2013, será rea-lizado em Brasília (DF).

Organizado pela Sociedade de Gastroenterologia de Brasília (SGB), em parceria com a Fe-deração Brasileira de Gastro-enterologia (FBG), o encontro contará com o apoio da Socie-dade Brasileira de Endoscopia Digestiva – Distrito Federal, Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva – Distrito Federal e Sociedade Brasileira de Cirur-gia Plástica (SBCP).

A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) lamenta o falecimento do cole-ga e membro titular da entida-de, Eduardo Carlos Grecco. O especialista era graduado em medicina pela Fundação do ABC, pós-graduado em cirurgia do aparelho digestivo pela Be-nemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência e pós-graduado em endoscopia gastrointestinal e broncoesofagoscopia pela Uni-versidade de São Paulo (USP).

Simpósio de Endoscopia Digestiva reunirá especialistas nacionais e internacionais na capital baiana

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revista sOBeD janeiro/março 2013

RADAR sobeD Notas

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Orlando, na Flórida (EUA), se prepara para receber a Digestive Disease Week entre os dias 18 e 21 de maio de 2013. Espe-cialistas em gastroenterologia, hepatologia, endoscopia e cirur-gia gastrointestinal do mundo

Em comemoração ao cente-nário de nascimento do médico e professor Daher Cutait, será realizado no Instituto Sírio-Li-banês de Ensino e Pesquisa, em São Paulo (SP), entre os dias 11 e 13 de abril, o Simpósio Inter-nacional de Coloproctologia.

A programação científica preliminar está composta por temas como câncer de reto, ci-rurgia no câncer hereditário, cirurgia das metástases, cirurgia robótica, cirurgia anorretal, do-enças inflamatórias, cirurgia das doenças funcionais do assoalho pélvico, condutas em urgências colorretais e colectomia laparos-cópica passo a passo. E, no dia 10 de abril, serão oferecidos três cursos pré-simpósio: Colonosco-pia, Fisiologia Anorretal e Ima-gens em Coloproctologia.

inteiro poderão conferir mais de 5 mil resumos e centenas de palestras sobre os mais recentes avanços das especialidades do aparelho digestivo. Confira no-vidades sobre o DDW 2013 no site www.ddw.org/press.

DDW 2013

Instituto Sírio Libanês recebeevento sobrecoloproctologia

Colono 2013Entre os dias 1º e 3 de

agosto de 2013, o Institu-to Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa promoverá o Colono 2013. Durante o evento, será realizado o 2º Curso Hands On em Colonoscopia Diagnós-tica e Terapêutica, no dia 1º de agosto, e o 17º Curso Inter-

nacional de Colonoscopia, nos dias 2 e 3. Os cursos serão coordenados pelos seguintes especialistas: Giulio Rossini, João Elias Calache, José Luiz Paccos, Lucio G. B. Rossini, Marcelo Averbach, Paulo Alberto Falco Pires Corrêa, Raul Cutait e Sergio Carlos Nahas.

REDES SocIAIS

Mais de mil pessoas curtem

o Facebook da SOBED

(facebook.com/sobednacional)

e acompanham as atualizações

da entidade. A marca foi

atingida em outubro de 2012,

período em que várias infor-

mações sobre cursos e eventos

foram publicadas.

Curso Hands On em Colonoscopia Diagnóstica e Terapêutica no Sírio Libanês

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2013 9

Houve uma negociação entre as entida-des médicas de São Paulo e a Intermédica, em 2012, assim como com a maior parte dos planos de saúde. O movimento médico havia decidido que denunciaria à opinião pública os nomes das empresas que não estivessem pagando honorá-rios considerados dignos pela classe. A Intermé-dica, então, mandou uma proposta de consulta a R$ 50 a partir de janeiro de 2013 para todos os prestadores de serviços médicos no Estado de São Paulo. No entanto, a operadora condicionou este reajuste a não ter seu nome divulgado entre aquelas que deixaram de atender plenamente as reivindicações dos médicos.

Contudo, a maior parte das empresas, após negociação, chegou a R$ 60 pela consulta, considerado um valor mínimo e ético naquele contexto. Por isso, para manter nossa credibi-lidade enquanto negociadores e reconhecer o avanço relativo a esses planos, decidimos di-vulgar que a Intermédica, apesar de ter nego-ciado com os médicos, não atingiu o patamar mínimo definido.

Para nossa surpresa e indignação, em repre-sália, a Intermédica decidiu não aplicar a pro-posta de reajuste apresentada com base em suas próprias planilhas de custo e manteve, neste mês de janeiro, o valor de R$ 25 pela consulta. Vale lembrar que os honorários pagos por esta empre-sa estão entre os mais defasados, fato este que permite a prática de concorrência predatória em relação aos demais planos de saúde.

Ao tomar esta atitude, a Intermédica desres-peita claramente os médicos credenciados, toda a classe médica e principalmente os usuários que contratam seus serviços na expectativa de receber assistência de qualidade à saúde de sua família. Trata-se de uma grave situação, por isso recomendamos a todos que traba-lham com essa empresa que tenham cautela e busquem alternativas de prestação de servi-ços onde seja mais ética a relação com nossa classe profissional.

Por fim, ressaltamos que a Associação Paulis-ta de Medicina, o Cremesp, o Simesp e a Acade-mia estão abertos a retomar a negociação com a Intermédica para que esta aplique o valor de R$ 50 a consulta e possa melhorar ainda mais a re-muneração em 2013. Neste sentido, esperamos uma postura de bom senso e respeito por parte dos dirigentes da empresa.

Florisval MeinãoPresidente da Associação Paulista de Medicina Renato Azevedo JúniorPresidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo Cid Célio Jayme CarvalhaesPresidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo Affonso Renato MeiraPresidente da Academia de Medicina de São Paulo

Médicos divulgam notade esclarecimento sobrea Intermédica

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janeiro/março 2013revista sOBeD

DNA Aloisio Tibiriçá

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conquistasPor Anderson Dias

Direitos, deveres e

Aloisio Tibiriçá, do CFM, comenta a nova realidade dos contratos entre operadoras de saúde, médicos e pacientes

Uma das marcas do ano de 2012 no que se refere ao setor da saúde foi a união de médicos e profissionais em geral, em busca de melhores condições de trabalho, remuneração justa e maior proteção a novos clientes das operadoras.

Com apoio das instituições médicas de todo o País, algumas con-quistas foram alcançadas. Exemplos disso são as proibições de vendas de determinados planos, como a anunciada pela Agência Nacional de Saúde (ANS) em janeiro, punindo 28 operadoras.

A presença das instituições médicas representativas nos deba-tes da ANS é outra marca alcançada pela organização dessa classe. A Resolução 49 prevê o debate obrigatório com a classe médica antes da tomada de importantes decisões.

No entanto, o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloisio Tibiriçá Miranda, em entrevista exclusiva à Revista SOBED, diz que ainda há muito a progredir nessa área. O cardiolo-gista, graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem longo histórico de militância por instituições médicas.

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janeiro/março 2013 REVISTA SOBED 11

Tibiriçá foi presidente do Conselho Regio-nal de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) e, desde 2004, atua como conselheiro do CFM. Foi responsável por iniciar a atuação nas Comissões Nacionais de Defesa do Ato Médico e Pró-SUS, além de ser vice-presiden-te da instituição.

Especificamente pela SOBED, quem acompanha e representa a instituição nesses assuntos é a Dra. Vera Mello. A endoscopista confirmou e valorizou as recentes conquistas, mas disse que a fiscalização às operadoras carece de transparência.Fo

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CFM

Vera se baseou em um fato atual para justificar sua crítica. “A Instrução normativa 49 da ANS tinha vencimento no dia 12 de novembro de 2012. Após isso, não sabíamos exatamente o que iria acontecer, mas espe-rávamos por uma renovação. Soubemos da continuação até maio desse ano através de uma ata de reunião da agência. Ninguém havia sido comunicado”, destacou. Confira a seguir, entrevista com o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloisio Tibiriçá Miranda, que aborda esses e outros importantes assuntos:

Tibiriçá valoriza

participação das

organizações

representativas dos

médicos no debate

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janeiro/março 2013revista sOBeD

DNA Aloisio Tibiriçá

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coletivas e data-base. Nada disso teria sido possível sem a participação inten-sa de toda a classe.

Após as negociações e discussões, já houve algum avanço?

Tibiriçá: A ANS já coloca em pauta, antes de qualquer decisão, a discussão com as instituições coletivas dos médi-cos e profissionais de saúde em geral. É o que prevê a Instrução Normativa 49 da instituição, ou seja, negociar a pau-ta dos médicos em torno dessa agenda regulatória. Ali também ficou estabe-lecida a hierarquização dos procedi-mentos médicos. Também entrou nesse mesmo veio a contratualização. Essas são as principais conquistas até o mo-mento e nós do CFM devemos ser um dos principais fiscais dos cumprimen-tos dessas normas, que até aqui, eram ‘letra morta’.

Pelo lado dos pacientes, quais os principais problemas enfrentados até aqui?

Tibiriçá: Esse é um tema que passa justamente pela contratualização, que, com regras mais definidas, protege o paciente. As operadoras têm uma ten-dência a fazer o que bem entendem no cenário atual. Por exemplo, é público o alto número de reclamações dos usuá-rios de diversas operadoras. Muitas

As operadoras negam procedimentos e consultas para conter gastos e aumentar

seus já significativos lucros

Como o senhor avalia a legislação atual para operadoras de saúde, no que diz respeito a punições, direitos e deveres?

Aloisio Tibiriçá: Existe muito a pro-gredir nessa área. A legislação de direi-tos e deveres está guiada pela Agência Nacional de Saúde (ANS), tanto para os médicos, quanto clínicas e comple-mentares. No entanto, essa legislação não é aplicada na prática. A maioria dos médicos trabalha sem contrato for-mal com as operadoras. Com esse cená-rio de insegurança jurídica, as operado-ras praticamente fazem o que querem no mercado.

Como esse cenário prejudica o cotidiano de profissionais da saúde e pacientes?

Tibiriçá: Um exemplo claro é que nós médicos não temos garantias de reajus-tes anuais, o que acontece em qualquer categoria profissional, direito previsto em legislação. Vale lembrar que ulti-mamente temos alcançado algumas vitórias, tudo graças à mobilização da classe médica, através de seus sindica-tos, sociedades, organizações e demais instituições. A SOBED, por exemplo, tem participado ativamente de todas as discussões, reuniões e tem papel de-cisivo em nossas recentes conquistas. O Conselho de Saúde Suplementar (Consu) exige negociação com as instituições

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janeiro/março 2013 REVISTA SOBED 13

dizem respeito ao descredenciamento de serviços, negativas de coberturas de exames e procedimentos sem justifi-cativa. É preciso uma renegociação de política de governo com relação à saú-de suplementar. Se houvesse uma fis-calização forte, esse tipo de recusa por parte das operadoras não existiria.

A que se deve essa estratégia de vetos das operadoras?

Tibiriçá: Basicamente por economia. Mesmo com um crescimento médio de 5% ao ano no mercado de saúde suple-mentar, faturamento em saltos e remu-neração médica avançando, ainda que timidamente, as operadoras não inves-tem. Ou seja, mantém as mesmas estru-turas apesar do crescimento. Com isso, aproveitam-se para negar procedimen-tos e determinadas consultas e contém custos. Claro, eticamente a questão também é preocupante e os médicos podem denunciar esse tipo de situação. Até porque, é realizada uma ação de marketing tão intensa que o paciente se sente extremamente protegido pela lei, o que, muitas vezes, é apenas ilusão.

As operadoras se aproveitam de algumas brechas na legislação e acabam por lesar os pacientes? O senhor conhece casos com essas características?

Tibiriçá: Uma tática utilizada por alguns corretores é fazer com que o cliente adira a um plano coletivo empresarial, quando na verdade é solicitado um plano para pessoa física. Com isso, a operadora não precisa seguir os percentuais de aumen-tos estabelecidos pela ANS. É preciso que os clientes tenham cuidado, leiam aten-tamente todas as cláusulas do contrato antes de assinar e busquem informação. Nesse e em outros casos, o cliente deve procurar a ANS e o Procon de seu estado.Fo

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Orientação em

caso de dúvidas

e reclamações é

procurar a ANS ou

até o Procon

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revista sOBeD janeiro/março 2013

in loco ESD

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Conheça os desafios da Dissecção Submucosa Endoscópica (ESD) eo que pode ser feito paraaperfeiçoar a prática

Por Marina Panham

Procedimento

restrito

T écnica de ressecção endoscópica das lesões do tubo digestivo com finalidade diagnóstica e terapêuti-ca, a Dissecção Submucosa Endos-cópica (ESD, sigla em inglês) sur-

giu a partir do aprimoramento de um outro procedimento, que consistia na infiltração submucosa com solução salina hipertôni-ca com adrenalina, seguida de incisão das margens com needle knife e ressecção com alça diatérmica.

A ESD, como é realizada hoje (foto 1), foi executada pela primeira vez no National Cancer Center Hospital (Japão), em 1999, com a finalidade de ressecar uma neopla-sia gástrica precoce. Inicialmente, a taxa de complicações da dissecção submucosa era tão elevada que o procedimento foi muito contestado e quase abandonado, revela Nelson Tomio Miyajima, endosco-pista do Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Entretanto, o desenvolvi-mento de vários tipos de acessórios para dissecção (knifes), e o uso de soluções mais eficientes para a infiltração da submucosa, contribuíram para o aumento da taxa de

ressecções curativas e, inversamente, redu-zindo a taxa de complicações.

O Hospital das Clínicas foi um dos pionei-ros desta técnica no Brasil. A primeira res-secção de lesão em ceco do País foi realizada em 2007. Posteriormente, a maioria dos casos tratados foram lesões localizadas no estôma-go, depois no esôfago e, finalmente, no cólon. Segundo Dalton Marques Chaves, que tam-bém é endoscopista do Serviço de Endoscopia Digestiva do HC-FMUSP, a oportunidade de

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2013 15

invasivos.” (foto 1) Na opinião de Miyajima, o aperfeiçoamento do método se deve a reali-zação de workshops, cursos Hands On, grupos de discussões, sistematização do procedi-mento e aumento da casuística e experiência individual. Ainda de acordo com ele, é fun-damental realizar treinamento para adqui-rir o conhecimento básico com o intuito de ganhar proficiência e experiência. “O primeiro passo é a habilitação técnica”, observa. Chaves reitera que o endoscopista que pretende realizar o procedimento deve submeter-se a treinamento experimental prévio, assistido por especialista que já domina a prática.

Controle e domínio do aparelho por tem-po prolongado é outro desafio da ESD, enfa-tiza Miyajima, pois exige um posicionamento adequado para a realização da incisão e dis-secção de modo preciso. Segundo ele, qual-quer manobra ou movimentação intempestiva pode resultar em perfuração ou sangramento, já que o trabalho é realizado na estreita faixa da submucosa e muito próximo de vasos e da musculatura própria (foto 2). “Acreditamos que o requisito para a iniciação nessa técnica seja estar familiarizado em conduzir situações crí-ticas como perfuração e sangramento.” Além disso, uma dissecção muito superficial pode comprometer o diagnóstico e, principalmen-te, a finalidade curativa do procedimento. Miyajima adverte ainda que os endoscopistas

intercâmbio com centros japoneses foi de grande importância para a introdução da dissecção submucosa no País.

Como a ESD é empregada principalmen-te no tratamento de neoplasias precoces de esôfago e estômago, o endoscopista enfatiza ainda a importância do incremento da taxa de detecção dessas lesões. “A expectativa é aprimorar e difundir esse método elegante e eficaz, aumentar a possibilidade de cura e, se possível, oferecer tratamentos minimamente Fo

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A expectativa éaprimorar e difundir esse método elegante e eficaz, aumentar a possibilidade de cura e, se possível, oferecer tratamentos minima-mente invasivos

Nelson Tomio Miyajima

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in loco

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ESD

devem estar atentos a questões como o conhe-cimento técnico dos acessórios; particularida-des dos diversos tipos de knifes; manejo e prin-cípios físicos do poder de corte e coagulação; e manobras e ajustes do bisturi elétrico, que de-vem ser realizados constantemente para obter os melhores resultados, minimizando os riscos de complicações. “O flush knife, por exemplo, tem sido bastante utilizado nos últimos anos”, revela Chaves. Segundo ele, esse estilete é do-tado de um pequeno canal que possibilita inje-tar soro fisiológico na sua extremidade, o que dispensa a agulha de esclerose para injetar so-lução salina na submucosa durante a dissecção.

Além da dificuldade técnica que requer treinamento específico, a disponibilidade da sala de exame e dos aparelhos por um perío-do prolongado — pois o procedimento pode se estender mais do que o planejado — e o custo elevado dos acessórios tornam restrita a realização da ESD. “A dissecção submuco-sa ainda é bastante onerosa na Endoscopia Digestiva”, observa o especialista, entretanto se comparada à cirurgia, é mais barata e mi-nimamente invasiva para o paciente. Outro desafio, talvez o maior de todos na opinião de Miyajima, é estabelecer a estratégia e con-dução mais adequada para cada caso, consi-derando o órgão, as características da lesão como extensão, a presença de componente cicatricial e a localização peculiar sobre pre-gas, cárdia, canal pilórico, válvula ileocecal, óstio apendicular e diverticular. “A dificul-dade é que, em geral, não temos um segundo acessório que auxilie na apresentação e isso deve ser obtido com a estratégia adequada ou, eventualmente, com a aplicação de um fio para exercer tração para apresentação.”

As complicações pós-ESD, explica Miyajima, podem ser precoces como sangramento ou perfuração, ou tardias, como a estenose. Lesões mais extensas tem maior risco de com-plicações. No cólon, a perfuração é mais co-mum, por apresentar uma parede mais fina, e tecnicamente mais difícil.

Para minimizar essas complicações, o en-doscopista sugere alguns cuidados técnicos. Na prevenção do sangramento tardio, por exemplo, é necessário identificar os vasos e

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2013 17

realizar a hemostasia adequada (foto 5), du-rante a dissecção da submucosa e, ao final do procedimento, realizar a coagulação dos vasos visíveis. “A coagulação não deve ser exagerada, pois está relacionada com o incre-mento do risco da perfuração tardia.”

Outro cuidado necessário para previnir esse tipo de perfuração, é evitar algum dano à ca-mada muscular própria com o knife ou outros acessórios. “Ao final do procedimento, podemos aplicar clipes nos locais em que julgamos ter al-gum risco de sangramento ou perfuração”.

ESD versus EMREnquanto as mucosectomias (EMR) em

múltiplos fragmentos dificultam uma aná-lise histológica acurada da peça ressecada em relação às margens laterais e profun-das da lesão, assim como da invasão de vasos linfáticos e venosos, a ESD permite grandes ressecções em um só bloco, con-tribuindo para uma melhor avaliação da peça ressecada e, consequentemente, uma menor recidiva local da neoplasia, segundo artigo Câncer Gástrico Precoce, publicado por Dalton Marques Chaves. Na opinião de Miyajima, a ESD permite a ressecção de le-sões mesmo em localizações desfavoráveis, com controle das margens e a obtenção de material com ótima preservação (foto 3). Isto possibilita o exame anatomopatológico preciso quanto ao grau de invasão e pre-sença de invasão vascular, e estabelece com segurança se a ressecção endoscópica foi curativa ou não (foto 4).

Segundo o estudo Endoscopic Submucosal Dissection of Early Gastric Cancer, publicado pelo Journal of Gastroenterology em 2006, a incidência de recidiva local pós EMR varia de 2,3% a 36,5%, enquanto que na ESD, estudos iniciais tem demonstrado uma incidência de 0 a 1%. Na ressecção em monobloco das neoplasias gástricas, o su-cesso das duas técnicas se equivalem para as lesões inferiores a 1 cm de diâmetro, sendo acima de 90%. Para lesões maiores de 1 cm, a dissecção submucosa permane-ce com sucesso acima de 90%, porém nas mucosectomias cai para a metade.Fo

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1 1. Antro gástrico com dupla lesão (setas) 2. Delimitação das lesões em conjunto

3. Infiltração submucosa com solução de manitol 4. Incisão na parte externa à

marcação 5. Dissecção parcial 6. Aspecto após finalização da ressecção;

2 Após a dissecção cuidadosa, nota-se exposição da muscular própria

e vaso calibroso;

3 1. Neoplasia precoce tipo 0-IIa+IIc de margens mal definidas em incisura angular

2. Delimitação inicial (setas) e ampliada (pontos) 3. Aspecto após ressecção com-

pleta 4. Peça ressecada em monobloco com margens macroscopicamente livres;

4 1. Aspecto final após ressecção 2. Lesão gástrica tipo 0-IIa ressecada em mono-

bloco 3 e 4. Face posterior com vasos submucosos;

5 1. Identificação e dissecção do vaso 2. Pré-coagulação com flush knife

3. Vaso coagulado 4. Ressecção do vaso, sem sangramento

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cobertura Projeto Ambassador

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120 procedimentos endoscópi-cos realizados. 30 endoscopistas selecionados das regiões norte, centro-oeste e nordeste do país. 14 médicos preceptores dos gran-des centros de endoscopia brasi-leiros. 7 dias de atividades teó-ricas e práticas, com a presença de 2 convidados internacionais da AmericAn AssociAtion of GAs-trointestinAl endoscopy (asge). Esses são números que falariam por si para dar uma dimensão de como foi o Projeto Ambassador, da ASGE, realizado no Brasil entre os dias 2 e 7 de dezembro, na capital amazonense. Entretanto, o mais importante ainda estava por vir. Todos os participantes reunidos tinham um objetivo: levar conhe-cimento prático aos profissionais que atuam em um raio de 500 km (partindo de Manaus) e atendimento a uma parcela da população que vive em regiões de difícil acesso.

Por Rodrigo Moraes

Treinamento técnico e prático foi sucesso em projeto social realizado pela ASGE e SOBED na região norte do País

MoMento Único

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MoMento Único

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Depois de passar por países como Egito, Vietnã, Equador e Ilhas Salomão, o Projeto aportou no Brasil a partir de uma parceria com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e que esteve sob a coorde-nação dos endoscopistas Ricardo Anuar Dib e Thiago Secchi. De acordo com Holly Becker, diretora-assistente de Programas Internacio-nais da ASGE, o “Ambassador Brasileiro” foi o maior programa já realizado tanto pela quantidade de médicos participantes selecio-nados, quanto na quantidade de pacientes atendidos durante o evento.

Dividido em duas partes (teórica e a prá-tica), os três primeiros dias do projeto fo-ram realizados na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e a parte prática – últimos três dias –, na Fundação Hospital Adriano Jorge, ambas em Manaus (AM). Além das duas entidades, o encontro teve o apoio da Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas (SUSAM) e do Núcleo de Telessaúde do Amazonas. O obje-tivo foi formar ‘embaixadores da endoscopia’ com o mais alto nível de conhecimento em regiões de difícil acesso e que pudessem ofe-recer atendimento de qualidade para popula-ções carentes. “A ideia foi fazer com que esses especialistas revalidassem os conceitos para determinados procedimentos endoscópicos pouco usuais, ou as vezes que nem são reali-zados, em suas respectivas cidades”, explicou o coordenador do Projeto, Ricardo Dib.

Para o outro coordenador nacional do en-contro, Thiago Secchi, a realização do evento no País é fruto de um esforço de quase 18 meses de trabalho desde a primeira conversa informal dos dois endoscopistas com repre-sentantes da sociedade americana durante a Digestive Disease Week (DDW), de 2011, realizada em Chicago (EUA). “Depois de muitas tratativas com a ASGE, visitamos várias cidades da região Norte. Escolhemos Manaus, pois tivemos boa receptividade e retaguarda, além do importante apoio ins-titucional e o engajamento dos médicos do Amazonas”, lembrou Secchi.

A comissão local foi composta por Alinne Maia, Thiago Paiva, Maurissathler Abreu,

Marcelo Monteiro e a atual presidente da SOBED-AM, Jeanne M. G. Pimentel.Para ela, além do aspecto social e técnico de um even-to internacional desse porte, a iniciativa pôde sensibilizar a diretoria dos hospitais e os secre-tários de saúde da região para a necessidade de ampliar a estrutura dos serviços.

O agora ex-presidente da SOBED, Sérgio Bizinelli, por sinal em sua última atividade da agenda à frente da entidade, ressaltou que mais até do que os médicos participantes, os maiores beneficiados são os pacientes que receberam tratamentos e procedimentos de profissionais altamente qualificados. “Particu-larmente é uma satisfação encerrar a ges-tão participando de um Projeto como esse. Espero que traga bons frutos.”

Para Thiago Paiva, endoscopista do Hospital Adriano Jorge, o programa foi de fundamental

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Depois de passar por países como

Egito, Vietnã, Equador e Ilhas

Salomão, Projeto Ambassador

aportou no Brasil por meio de uma parceria entre a ASGE e SOBED

importância para os profissionais e pacientes da região amazônica. “Esperamos dar conti-nuidade e que todos levem consigo essa ex-periência e os ensinamentos para colocar em prática nas suas regiões”, diz.

Ao comentar a realidade e a importância da região norte do Brasil, o preceptor e tam-bém ex-presidente da SOBED, Carlos Alberto Cappellanes lembrou que alguns desses pro-fissionais são verdadeiros heróis. “São médi-cos dedicados. Empenhados em oferecer o melhor aos seus pacientes. Com uma opor-tunidade como essa de aprender, treinar e se desenvolver, espero que eles possam se unir e que, juntos, pulverizem esse conhecimento.”

treinamento e mãos à obraNa opinião do endoscopista de Matupá, no

Mato Grosso (MT), Bolivar Novoa Almeida,

Da esquerda para a direita, aula teórica foi ministrada na UEA. Enquanto a

parte prática do Projeto aconteceu na Fundação Hospital Adriano Jorge

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Àcima a parte prática na qual foram realizados

procedimentos de gastrostomia, ligadura elástica

e mucosectomia. Abaixo à esquerda, os 14

preceptores do Projeto e ao lado Sérgio Bizinelli,

Alinne Maia e Ricardo Dib

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o sucesso de qualquer trabalho está no treina-mento. “Um médico habilitado e bem treinado pode fazer a diferença.” Opinião compartilha-da também pela organização que dividiu o início das aulas teóricas com os treinamentos práticos em bonecos com estômagos de su-ínos, no Curso Hands On. Foram feitos pro-cedimentos de gastrostomia, ligadura elásti-ca, mucosectomia, dilatações endoscópicas, retirada de corpos estranhos, colocação de clips/endoloops e argônio. “Esse modelo é um dos melhores para se ensinar uma nova tecnologia, ou treinar um procedimento que não se tenha domínio e experiência”, opina Angelo Ferrari Jr., um dos 14 preceptores do Ambassador. E completa: “o principal com-plemento disso é justamente a possibilidade desses profissionais realizarem, depois de trei-nados e orientados no Hands On, os mesmos procedimentos nos pacientes.A capacidade de absorção apenas assistindo é muito menor do que quando você está executando as ações”.

No dia 4, todos tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre as técnicas de sal-vamento do Curso de Suporte Avançado de Vida em Endoscopia (SAVE®). Já tradicional nos eventos da SOBED, esse curso oferece

treinamento de como lidar com complica-ções durante alguns procedimentos endos-cópicos mais avançados, por exemplo, paradas cardiorrespiratórias e arritmias.

Depois de instruídos e treinados nos três primeiros dias, 120 procedimentos endoscó-picos foram realizados no Hospital Adriano Jorge, com uma média de 40 por dia. Entre eles: polipectomia, ligadura elástica, colonoscopia, gastrostomia, colangiopancrea- tografia retrógrada endoscópica (CPRE), a co-locação de um balão intragástrico, um exame com cápsula endoscópica, além da retirada de um corpo estranho, fruto de uma emergência recebida no hospital. Em sua maioria os pro-cedimentos foram conduzidos pelos próprios participantes, com o acompanhamento dos 14 preceptores envolvidos.

Se comparado aos demais ‘Ambassadors’ já realizados, para Holly Becker, essa foi jus-tamente a diferença crucial brasileira. Houve uma efetiva participação dos selecionados nos procedimentos. “É claro que cada progra-ma, cada país acaba tendo as suas particu-laridades. Entretanto, a concepção e as dire-trizes são as mesmas. Conforme observamos, a realização dos procedimentos pelos par-ticipantes foi realmente diferente do usual, mas pudemos avaliar que foram muito bem executados”, ressalta a diretora-assistente de Programas Internacionais da ASGE.

balanço positivoSer líder na assistência à saúde digestiva

do paciente pela promoção da excelência e inovação na endoscopia. Essa é a premissa estatutária da ASGE. Se esse conceito for tra-zido e comparado aos resultados do Projeto Ambassador no Brasil, tanto a entidade ame-ricana, quanto a SOBED, os preceptores e participantes concordam em um aspecto: os objetivos foram 100% alcançados. “Aquilo que nos propusemos a fazer foi tudo abso-lutamente realizado. Como coordenador, foi uma satisfação pessoal ter contribuído para que colegas endoscopistas pudessem revali-dar ou adquirir novos conceitos de procedi-mentos terapêuticos endoscópicos básicos”, externa Ricardo Dib e completa: “Além, claro, Fo

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de ter conseguido, em nome da SOBED, pro-porcionar a oportunidade de um atendimen-to com qualidade a alguns pacientes”.

Para a representante da ASGE, o Projeto foi muito bem organizado pela Sociedade Brasileira. “O resultado foi muito bom. Inclu-sive, soubemos de casos de pessoas que via-jaram mais de 12 horas de barco para serem atendidas pelo programa”. Em resumo, ela enfatiza a intensa e positiva participação dos médicos preceptores da SOBED e da ASGE e dos médicos selecionados. “Sem dúvida, essa edição foi um grande sucesso.”

Para um dos convidados internacionais, o endoscopista da Emory University School of Medicine, em Atlanta (EUA), Quian Cai, a ex-periência foi muito interessante, em função não apenas da oportunidade de ensinar rea-lizando os treinamentos. “Observei e aprendi muito com a técnica, com a simpatia, a cor-dialidade e o comprometimento com que os médicos brasileiros se dedicaram e se interes-saram por um Projeto desse molde.”

Na mesma linha, o outro convidado, Seng-Ian Gan, da Universidade de British Columbia, em Seattle (EUA), também desta-cou a oportunidade de interação. “Pude ter uma importante visão e compartilhamento

com os participantes e, principalmente, com os preceptores. Fiquei muito impressionado com o nível técnico deles. Em muitos momen-tos nós fomos apenas observadores”, finaliza.

Vários dos especialistas ouvidos foram en-fáticos ao dizer que o evento certamente irá gerar um grande impacto na vida profissional e até pessoal dos médicos selecionados. “Foi re-almente um diferencial. Pra mim, assim como creio que para a maioria dos participantes”, descreve Fábio de Souza Feltrin, endoscopista de Rio Branco, no Acre. “Vivemos muitas ve-zes em realidades semelhantes e tivemos essa oportunidade de convívio e troca de experiên-cias. Isso tudo nos engrandece muito”, comple-menta, Clelma Pires Batista, endoscopista de São Luís (MA) durante discurso no jantar de encerramento. Feltrin também já dá um exem-plo prático dessa mudança. “Eu vinha fazendo os procedimentos de ligadura elástica. Agora eu volto para continuar fazendo esse tipo de procedimento com outra visão. Consegui ti-rar várias dúvidas e vi que estava no caminho certo. Volto muito mais seguro e confiante. Em suma, está sendo realmente um marco di-visório. A bagagem e essa imersão que fizemos aqui vai fazer com que nos tornemos profissio-nais muito melhores”, finaliza.

Todos os partici-

pantes do programa

reunidos em jantar

de encerramento Foto

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EmPRESaSaPoiadoRaS

PREcEPtoRES

médicoSSElEcionadoS

O evento contou com o apoio das empresas do segmento:

Allergan, Boston Scientific, Cook, Endoclear, Fujinon, Gflex,

Medi-Globe, Olympus, Pentax, US Endoscopy e WEM.

Relação dos médicos preceptores nacionais e internacionais:

Admar Borges (PE) Angelo Ferrari Jr. (SP)

Carlos Alberto Cappellanes (SP)Daniel Moribe (SP)

Fabio Segal (RS)Flavio Hayato Ejima (DF)

Marco Aurélio D’Assunção (SP)Nelson Yuji Takahashi (SP)

Otávio Micelli Neto (SP)Quian Cai (EUA)

Ricardo Anuar Dib (SP)Seng-Ian Gan (EUA)

Sergio Luiz Bizinelli (PR)Thiago Festa Secchi (SP)

Tomazo Franzine (SP)Leonardo Vanzato (SP)*

Samir Lisak (SP)*

* Curso SAVE®

Confira a seguir a lista dos médicos participantes:

Fabiano de Souza Feltrin (AC)Alinne Lais Bessa Maia (AM)Ana Maria de Mendonça Oliveira (AM)Daniele Nahmias Melo Rodrigues (AM)Celia Regina Marques Ferreira (AM)Everton Ricardo de Abreu Netto (AM)Fabio Alexandre de Sousa (AM)Jeanne Monique Guimaraes Pimentel (AM)Jorge Luiz Bastos Arana (AM)Leonardo Soares da Silva (AM)Marcelo de Souza Silva (AM)Marcelo Rezende Monteiro (AM)Maurissathler Abreu Nery (AM)Ricardo Paes Barreto Ferreira (AM)Thiago Silveira Paiva (AM)Pedromar Valadares Melo (AP)Clelma Pires Batista (MA)Bolivar Alejandro Novoa Almeida (MT)Daniel Moura Parente (RO)Cezar Augusto Roeder (RO) Francisco Eduardo Morais de Oliveira (RO)Marcelo Pereira da Silva (RO)Spencer Vaiciunas (RO)Silvio Fernandes dos Reis (RR)Denise Moreth de Santana (RR)Harley Pandolfi Junior (TO)Jorge Luiz de Mattos Zeve (TO)Jose Augusto Menezes Freitas de Campos (TO)Mery Tossa Nakamura (TO)Nadja Duarte O.S.Chiavini (TO)

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Revista SOBED

Ferramenta endoscópica

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Ferramenta endoscópica

Revista SOBED comemora cinco anos de existência e se

consolida como principalpublicação jornalística

da especialidade

Por Tatiana PivaColaborou Samantha Cerquetani

20 edições publicadas, 11 produ-tos especiais derivados da revis-ta, 100 reportagens, aproximada-mente 500 notas escritas e mais de 1092 páginas. esses são só al-guns números alcançados pela Revista sOBeD nos seus cinco anos de existência. e para celebrar essa data especial, a equipe de reporta-gem preparou uma matéria para relembrar os momentos mais im-portantes da publicação.

Antes do ano de 2008 quando, oficialmente a revista recebeu esse nome e tornou-se peri-ódica, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) já possuía diversas outras formas de comunicação com seus associados como o SOBED online (newsletters), seu site — que nesse meio tempo também passou por re-formulações — e informativos impressos, com o objetivo de divulgar os principais eventos da área. Além de uma revista científica (GED – Gastroenterologia Endoscopia Digestiva), fruto de uma parceria com a Sociedade de Gastroenterologia e Nutrição de São Paulo, e hoje órgão oficial da SOBED, Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva (SBMD).

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especial

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Revista SOBED

Artur Parada, endoscopista e ex-presidente da SOBED (gestão 2006-2008) foi um dos principais responsáveis por incentivar a criação da revista como ela é hoje. E lem-bra que esse viés científico existia por meio da GED, mas havia uma necessidade maior de comunicação social com os associados. “O número de sócios da SOBED crescia a cada dia e precisávamos estimular a divulga-ção de assuntos do interesse da Sociedade.” A escolha do nome da revista também foi fei-ta pela diretoria da gestão de Artur Parada.

Assim que saiu da presidência, o endos-copista foi substituído por Carlos Capellanes. Em 2009, os médicos Thiago Secchi e Horus Brasil foram convidados pelo novo presidente para compor a comissão da revista. Na gestão seguinte, de Sérgio Bizinelli, mais dois en-doscopistas passaram a integrar esse grupo:

Gustavo Andrade de Paulo e Jimi Scarparo. “Foram praticamente cinco anos fazendo a publicação, o que considero uma experiên-cia muito agradável e na qual aprendemos muito”, afirma Thiago Secchi.

Ele lembra que também foi no início de 2009 que foi feita a primeira reformulação gráfica e editorial da publicação. Outra mudança ocorreu dois anos depois. E, des-de então, se tenta manter a revista o mais atualizada possível, fazendo mudanças sempre que necessário.

Para Gustavo Andrade de Paulo, atual coordenador de comunicação da SOBED, ao crescer, a Sociedade passou a necessitar de uma ferramenta de divulgação de suas atividades. “Então, a revista surgiu para sa-nar essa deficiência.”

Com o objetivo de integrar endosco-pistas de todo o Brasil, a publicação serve como veículo de informação profissional, atualização, reciclagem e entretenimen-to. Além de ajudar a fortalecer o papel da SOBED como sociedade representativa dos endoscopistas brasileiros. Portanto, todos esses profissionais concordam em relação à grande importância da revista.

Segundo Parada, na gestão dele foi mui-to usado o viés político, para manifestar a opinião da diretoria naquele momento. Ele recorda o grande espaço que se dava para falar sobre a luta médica por melhores honorários médicos e direitos dos pacientes.

HistóricoNesses cinco anos de existência, a Revista

SOBED alcançou conquistas muito relevan-tes. Em 20 edições foram divulgados diver-sos assuntos de interesse da especialidade. Entre eles, a luta constante dos médicos en-doscopistas por melhores negociações com planos de saúde, encabeçada pela Comissão de Ética e Defesa Profissional da SOBED. E que, inclusive, resultou na criação de novos eventos como o Fórum Nacional de

Artur Parada,

ex-presidente da

SOBED (2006-2008)

foi um dos princi-

pais incentivado-

res da Revista

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PRodutoS deRivadoS

HiStóRiaem númeRoS

Alguns outros produtos de comunicação ‘derivaram’ da Revista SOBED. Em 2009 foram produzidos um jornal mural, uma revista em formato pocket e um hotsite do Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva, que naquele ano aconteceu em Salvador, na Bahia. No ano seguinte, para o mesmo evento ocorrido em Florianópolis (Santa Catarina), foi produzido um jornal especial distribuído no primeiro dia do encontro e novamente o hotsite do congresso. Em 2011, já com a SOBED fazendo parte da Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), a opção foi continuar com a ferramenta do hotsite sobre o evento. Nesse mesmo ano, foi feito o Jornal da SOBED que contou com a cobertura do 5º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva, que aconteceu em Goiânia (GO). No ano passado o Jornal da SOBED voltou a ser uma ferramenta de comunicação e cobertura de evento, mas dessa vez para trazer as principais notícias da SBAD 2012, ocorrida em Fortaleza (CE), além do já tradicional hotsite do congresso.

edições(contando com essa revista)

11 edições/produtos especiais

Jornal Mural - 2009

Jornal da SOBED - 2010 a 2012

Hotsite - 2009 a 2012

Revista SOBEDFormato pocket - 2009

reportagens

entrevistas

notas(somadas as seçõesRadar e Por dentro)

páginas

caracteres

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especial

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Revista SOBED

Honorários Médicos e Cooperativismo. Repor-tagens especiais produzidas com o objetivo de oferecer atualização profissional como, os avanços para a técnica da cápsula endoscópica e as adaptações necessárias aos endoscopis-tas com as novas resoluções da Agência Na-cional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de uma matéria especial abordando os 35 anos da SOBED, publicada em 2010.

O panorama da endoscopia em alguns estados e cidades que receberam importan-tes eventos nos últimos anos como Minas Gerais, Ceará e Goiás, também receberam devido espaço na revista. Além de entre-vistas com grandes experts da área como Marcelo Averbach, um dos autores do Atlas de Endoscopia Digestiva da SOBED, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Ciência e Saúde, em 2011, e com o endoscopista venezuelano Leonardo Sosa Valencia, que esteve presente em importantes eventos brasileiros como o 6º

Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva e 11ª Semana Brasileira do Aparelho Digestivo, ambos ocorridos no ano passado.

Falando em eventos, os principais con-gressos de endoscopia e até de áreas corre-latas também fazem parte da pauta da revis-ta com frequência. Entre eles os Simpósios Internacionais de Endoscopia Digestiva, as Semanas Brasileiras do Aparelho Digestivo e, mais recentemente, projetos internacionais que chegaram ao País, como o Ambassador (acompanhe cobertura completa do evento nas páginas 20 a 27 dessa edição).

Matérias sobre curiosidades a respeito de médicos endoscopistas que tem como hobby a montaria em cavalos, a prática de motociclismo, e até a criação de projetos sociais que ficaram conhecidos no Brasil in-teiro, são alguns exemplos retratados nas últimas edições da publicação.

novas mudançasAlém da reformulação do projeto gráfico

e editorial em 2009, a publicação passou por uma nova e significativa mudança em 2011. “Após a reformulação, a revista ficou mais interessante, dinâmica e mais próxima dos endoscopistas. Mudou o foco para o interesse dos associados, com apresentação mais clean e matérias de alto nível”, opinou o atual coor-denador de comunicação da SOBED.

“Para isso, sempre contamos com a im-portante colaboração da RS Press”, con-ta Secchi. A empresa é a responsável pela produção da revista e pela assessoria de imprensa da SOBED e, na ocasião apresentou à Sociedade uma nova ideia de projeto edi-torial, que diz respeito à parte de conteúdo, e gráfico, ou seja, os quesitos visuais da pu-blicação. “Acho importante manter a revista sempre atualizada. Isso a torna mais legível, com aspectos visuais mais leves e modernos, algo muito importante se formos pensar nas inúmeras possibilidades de informações em tempo real hoje”, diz.

Gustavo Andrade

de Paulo, atual

coordenador de

comunicação

da SOBED

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Ainda na opinião do endoscopista, todas as sociedades devem manter seus as-sociados informados de todas as novidades, atualizações, novas regulamentações gera-das pelas agências reguladoras do governo, e que interferem diretamente na vida dos médicos. “A revista ainda serve como ins-trumento para divulgação do que a direto-ria faz para a sociedade, pois temos várias comissões que trabalham em várias frentes e de forma intermitente”, completa.

FuturoMas as mudanças e adaptações não po-

dem parar e isso, segundo os especialistas que já estiveram ou estão envolvidos com a produção da revista, é o segredo para que a publicação esteja sempre atualizada e con-siga atender aos seus principais objetivos. Para Andrade, uma das formas de aumentar o interesse pela Revista SOBED foi a inclu-são de matérias científicas de atualização, afinal, os endoscopistas gostam de aliar ci-ência e entretenimento em um único veícu-lo. O que ocorreu graças às sugestões dos próprios associados. Ele informa que a co-missão editorial está totalmente aberta para comentários, sugestões e críticas dos endos-copistas. Afinal, a satisfação dos associados é a principal meta da SOBED.

Segundo ele, a coordenação de comu-nicação da Sociedade quer estimular cada vez mais a participação dos especialistas na revista. “Gostaríamos de ouvir mais as opiniões, críticas e sugestões, no intuito de buscar sempre o melhor para a publicação. Acreditamos que ela deve ser feita pelos as-sociados e para os associados.”

Principal incentivador da publicação, Artur Parada sugere que a revista sempre seja feita ‘de baixo para cima’. “A Socie-dade tem de criar um canal de debates e comunicação direta com seus associados e fazer com que essa participação sempre seja efetiva.”

Acho importante man-ter a revista sempre

atualizada. Isso a tor-na mais legível, com

aspectos visuais mais leves e modernos,

algo muito importante se formos pensar nas inúmeras possibilida-

des de informações em tempo real hoje

Thiago Secchi (foto)

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Publicações científicas

Distribuição deconhecimentoPublicações científicas disseminam novas tendênciase técnicas. Crescimento do Brasil é iminente

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Por Anderson Dias

P ublicações científicas têm impor-tância estratégica dentro de di-versos segmentos profissionais e quando se trata do universo mé-dico, essa relevância é aumenta-

da. Afinal, são por meio dessas revistas que os especialistas têm acesso ao que há de mais avançado em suas áreas, o que lhes propor-ciona atualização científica, além de serem incentivados à produção de pesquisas quando submetem seus artigos nessas publicações. Na área de Endoscopia Digestiva há importantes

veículos que contam com um vasto material desenvolvido por especialistas do setor.

Alguns exemplos de publicações são a Arquivos de Gastroenterologia e a Revista GED, ambas brasileiras; a Gastrointestinal Endoscopy, vinculada a Sociedade Americana de Endos-copia Digestiva (ASGE, sigla em inglês), pro-duzida nos Estados Unidos e a Endoscopy, da Sociedade Europeia de Endoscopia Digestiva (ESGE, sigla em inglês), editada na cidade de Munique, na Alemanha.

As revistas norte-americana e europeia possuem fator de impacto (leia box na página 34) avaliado em cinco, sendo de 5,300 para a Gastrointestinal Endoscopy e 4,750 para Endoscopy. Os dados correspondem aos úl-timos cinco anos, de acordo com o membro da comissão científica e editorial da SOBED, Marcelo Averbach.

No caso específico do Brasil, a Arquivos de Gastroenterologia, indexada no LILACS (mais abrangente índice de literatura cien-tífica e técnica da América Latina e Caribe) e na MEDLINE (Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica que pertence à Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos), tem fator de impacto de 0,1591. Já a Revista GED também exerce um papel importante como órgão oficial das principais entidades da área, como a SOBED.

Se comparado às principais publicações europeias e norte-americanas, o número brasileiro é baixo. No entanto, o especialista Marcelo Averbach, que também é médico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, diz que houve um crescimento de artigos e trabalhos publicados nos últimos anos. “Houve um au-mento no número de publicações brasileiras, sendo que trabalhos muito bons foram produ-zidos nos principais serviços de endoscopia do País. Alguns foram muito citados e contribuem para o avanço da especialidade”, avaliou.

Como as publicações europeias e norte--americanas têm algumas décadas a mais que as brasileiras, o especialista acredita que o País tenha potencial para crescer nes-se segmento, com qualidade e contribuições importantes para a endoscopia digestiva de todo o mundo.Fo

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Publicações científicas

Pisani, no entanto, diz que para chegar ao nível de publicações europeias e norte-ameri-canas, é preciso restaurar o padrão científico das universidades, principalmente das públi-cas. “Temos de deixar a cultura de comprar a pesquisa já feita e adaptá-la às nossas con-dições. Nos últimos anos, nossos hospitais (eminentemente) universitários entraram num processo de degradação no qual a pes-quisa foi praticamente abandonada”, opinou.

Doutora Adriana Vaz Safatle-Ribeiro, mé-dica do Hospital das Clínicas de São Paulo, também exaltou a importância das publica-ções. Para ela, a publicação científica repre-senta a divulgação de uma novidade ou con-tribuição para o conhecimento científico em nível nacional e internacional. “Todo nosso conhecimento de hoje se deve a esse instru-mento”, esclareceu.

Adriana acredita que um investimento alto, planejado, realizado de maneira séria e honesta, tem retornos garantidos nessa área. Segundo ela, o investimento em pesquisa pre-cisa ser incrementado, pois certamente have-rá retorno tanto do ponto de vista científico quanto econômico. “Publicações em revistas de alto impacto exigem novos avanços e es-tratégias que possam beneficiar ou facilitar o diagnóstico e a terapêutica ao paciente”, disse.

AtualidadesA endoscopia digestiva é uma das mais jo-

vens especialidades e tem muito espaço para crescimento. A tecnologia traz progressos consideráveis e as mudanças são constantes nessa área. Essas e outras características for-mam um cenário interessante para quem quiser publicar artigos científicos, de acor-do com o editor da Revista GED e professor da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Roberto Arruda Alves.

A GED está entre as principais publicações da área e abrange as áreas endoscópica, clí-nica, cirúrgica e de investigação funcional do aparelho digestivo. Desde 1982, foram publi-cados mais de 3.200 artigos, trabalhos que envolvem mais de 15 mil autores. “Em geral os trabalhos publicados na GED são clínicos

E para alcançar esse objetivo, de ao me-nos se aproximar dos níveis internacionais, Averbach sugere mais divulgação e incenti-vo à realização de artigos nas universidades. “Acho importante que os médicos, principal-mente os que trabalham em instituições de ensino, tenham a preocupação de desenvol-ver linhas de pesquisa e estimulem os mais novos a se engajarem”, disse, preocupado com a qualidade das publicações que, em úl-tima instância, promovem o desenvolvimen-to da especialidade.

Também integrante da comissão científica e editorial da SOBED, o médico gastroentero-logista Julio Cesar Pisani, de Curitiba (capital paranaense), exalta o papel das publicações científicas. “O médico necessita constante-mente de atualização e reciclagem e as pu-blicações é que embasam esse conhecimento. Em resumo, é através delas que todos nós, temos oportunidade de melhorar e aprimorar nossas técnicas”, analisou.

CálCulo de FI

Fator de Impacto (FI) é uma medida que reflete o número médio de citações de artigos científicos publicados em periódicos específicos. É através desse número que os especialistas avaliam a importância de cada veículo. Quanto maior o fator de impacto, mais repercussão e relevância tem aquela publica-ção junto aos especialistas. No que se refere à matemática, em um determi-nado ano o FI de uma publicação é calculado de acordo com o número médio de citações dos artigos publicados no biênio anterior. Por exemplo, o FI de uma publicação periódica em 2009 pode ser calculado da seguinte maneira:

• A=onúmerodevezesemqueosartigospublicadosem2007e2008foram citados por periódicos indexados durante 2009;

• B=onúmerototalde“itenscitáveis”publicadosem2007e2008(“itenscitáveis”sãoartigos,revisões,resumosdecongressosounotas,nãosendo computados editoriais ou cartas ao editor);

• Ofatordeimpactode2009seráoresultadodeAdivididoporB.

Tendo essa equação, se no periódico em questão foram publicados 320 artigoscientíficos,nobiênio2007/2008,enoanoseguinteforam920citações,seuFIem2009será920/320,quetotaliza2,875.

Fonte: Garfield, Eugene. “The use of journal impact factors and cita-tion analysis for evaluation of science”.

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1- Gastrointestinal

Endoscopy, editada

nos Estados Unidos,

é uma das referên-

cias da especialidade

em todo o mundo

2- Endoscopy é a

revista oficial da

Sociedade Europeia

de Endoscopia

Digestiva

3- Arquivos de

Gastroenterologia

tem participação

importante no Brasil

4- GED é a revista

considerada oficial

pelas sociedades

da área

e não se pretende atrair trabalhos de tecnolo-gia de ponta”, explicou Alves.

As possibilidades de pesquisas são vastas, já que o Brasil não é produtor de pesquisa tecnológica em endoscopia. “Novos equipa-mentos são empregados, novas técnicas de utilização são testadas em diferentes situ-ações clínicas e tudo gera informação, que deve ser apresentada em forma de publica-ções”, lembrou o editor, que reafirmou em di-versos momentos que há muito espaço para crescimento na área de publicações científi-cas em endoscopia digestiva no País.

Vale lembrar que a GED, de acordo com o editor, é reconhecida como voz dos especia-listas das sociedades que a tem como órgão oficial, portanto, sua pauta é representativa no que diz respeito aos interesses da comuni-dade. “Todas as contribuições, quer trabalhos originais, quer relatos de casos ou imagens em foto, são bem vindas”, incentivou ele.

Os números do Brasil na área de pu-blicação científica não são dos mais altos. De acordo com a Digital Science (especializa-da em números e softwares para ciência), o País ocupa o 24º lugar, com 1,2 ponto, em uma escala de 100 pontos correspondentes à produção dos Estados Unidos.

No entanto, quando olhamos a quantida-de de doutorados produzidos por especialistas brasileiros, o País é o sétimo do mundo, o que reflete, de acordo com Alves, “um esforço para avançar no ensino superior e na pesquisa”.

Como publicar?Os especialistas que tiverem teses, es-

tudos, novos tratamentos ou qualquer ou-tro tipo de material e queiram publicá-los, devem seguir alguns processos. Primeiro, o conteúdo deve ser bem planejado e obede-cer a princípios científicos básicos.

Marcelo Averbach aproveitou para dei-xar mais dicas de requisitos básicos para evitar respostas negativas das instituições que editam os artigos. “O próximo passo é escolher onde publicar e adequar o for-mato ao exigido pela revista escolhida. Atualmente, os artigos são submetidos de forma eletrônica. A resposta é rápida, seja para aceitar, pedir alterações ou recusar a publicação”, disse.

Mesmo que o trabalho seja recusado, o especialista lembra que é possível subme-ter o mesmo estudo a outra revista, com possibilidades de aprovação. Outro detalhe lembrado por Averbach é a necessidade de o trabalho ser escrito de forma clara, ou seja, com boa pontuação, de maneira que os leitores consigam compreender adequa-damente, sem dúvidas.

Vale lembrar que a maioria dos proce-dimentos adotados em cirurgias, exames, medicamentos e diversas outras áreas da medicina em geral foram divulgadas e ampliadas até para o mundo todo, a par-tir de publicações em revistas e jornais desse tipo.Fo

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Por Samantha Cerquetani

DNA depescador

Fascinado pelo esporte desde a infância, o ex-presidente daSOBED Estadual Goiás consegue realizar seu hobby pelo menos

quatro vezes ao ano, além de pilotar carros de corrida

a o relembrar a infância na cidade de Goiânia (GO), o endoscopista e ex-presidente da SOBED Esta-dual Goiás (gestão 2010-2012), Marcus Vinicius Silva Ney, 59

anos, afirma ter realizado atividades comuns para uma criança nascida em uma cidade pe-quena: futebol em campo de terra, brincadei-ras com estilingues, convivência com animais na mata e até mesmo nadar em cachoeiras da região. Mas ele confessa que pescar com o pai nesse período de sua vida foi bastante marcante e divertido, o que foi determinante para que essa atividade se tornasse um hobby que o acompanha até os dias de hoje.

Logo na adolescência, ele conta que já queria seguir a carreira de médico, pois o desejo de atuar nessa área surgiu quando ainda era muito pequeno. Ney não teve in-fluência alguma da família na escolha da profissão, mas recebeu apoio total de seus parentes que o incentivaram a realizar esse sonho. Sendo assim, ingressou na Fa-culdade de Medicina da Universidade Fe-deral de Goiás (UFGO) na década de 1970

e enfrentou problemas financeiros para con-cluir a graduação. “Tive a sorte de morar com meus pais durante a faculdade, pois assim não precisei gastar com moradia. En-tretanto, tive bastante dificuldade para com-prar livros e materiais necessários e exigidos durante as aulas”, lembra. O especialista se formou no ano de 1980, aos 27 anos.

Após a formatura, escolheu o Hospital Geral de Jacarepaguá (RJ) para realizar a sua residência em cirurgia-geral. Em 1984, fez um estágio durante seis meses no Hammersmith Hospital, em Londres. Entre 1996 e 1997, realizou um treinamento em endoscopia bíliopancreática e ecoendos-copia com o professor Claude Liguory, em Paris. “Fiquei na cidade por um ano e meio e essa experiência mudou completamente a mi-nha vida em todas as áreas. Seguramente sou uma pessoa antes e outra completamente di-ferente depois de retornar da França”, afirma.

O especialista declara ter ficado apai-xonado pela área de endoscopia por gostar de analisar imagens, devido às constan-tes mudanças na tecnologia e por desejar

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você Pesca

sempre ter mais conhecimento. Com a via-gem à Paris, ele relata ter percebido que estava na direção certa e a experiência foi gratificante e decisiva em sua carreira. “Tive a oportunidade de acompanhar o tra-balho de verdadeiros gênios da área de en-doscopia. Aprendi muito com o Dr. Claude Liguory na Clinique Médicale de l’Alma e mu-dei pouquíssimos procedimentos que viven-ciei nessa fase. Conheci também Dr. Cyrille Pauphilet, formidável profissional que me ensinou tudo em ecoendoscopia.” Ele expli-ca que colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) e ecoendoscopia corres-pondem hoje a mais de 90% do seu trabalho no consultório médico. Ney também reali-zou mestrado na Universidade de São Pau-lo (USP) e foi professor do departamento de cirurgia da Faculdade de Medicina da UFGO.

Durante sua gestão como presidente da SOBED Estadual Goiás, Marcus Vinicius lu-tou pelos honorários médicos e organizou eventos como o 5º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva, que aconteceu em 2011 e contou com a presença de convidados internacionais e grandes nomes nacionais da especialidade. De acordo com ele, desde 1996, Goiânia não recebia um encontro de grande porte na área e foi uma grande con-quista. “Cumprimos nosso papel, pois a en-doscopia da região precisava desse estímulo e o evento serviu para aumentar o interesse na especialidade”, afirma. Ele ressalta que a experiência foi positiva e os objetivos alcan-çados, uma vez que a Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) de 2013 também acontecerá no segundo semestre em Goiânia.

Paixão por pescarias ecarros de corrida

Enquanto se divide entre a rotina no con-sultório e procedimentos endoscópicos, o es-pecialista consegue arranjar um tempo extra para fazer o que mais gosta: pescar peixes grandes. Desde os quatro anos de idade, o médico acompanhava o pai nessa atividade e atualmente, pelo menos quatro vezes ao ano, se dedica à pescaria. E ainda conseguiu pas-

Enquanto se divide entre

a rotina no consultório e

procedimentos endoscópicos,

o especialista consegue

arranjar um tempo extra para

pescar peixes grandes.

O profissional costuma

levar seu filho (abaixo,

à esq.) nas pescarias desde

muito pequeno, e o garoto

segue a tradição da família

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Gosto muito de rios de

natureza mais

selvagem e o Araguaia

é onde pesco mais

sar essa tradição para os filhos. “Gosto muito de rios de natureza mais selvagem e vario bastante, mas o rio Araguaia é onde pesco com mais fre-quência. Meu filho de 18 anos, Marcus Vinicius Brill, me acompanha sempre que possível. É uma tradição familiar”, conta com orgulho.

O endoscopista já pescou também nos se-guintes locais: Ilha do Bananal (entre os rios Araguaia e Javaés, no estado do Tocantis), Bandeirantes (interior de Goiás), Rio Tapajós (entre Mato Grosso e Pará), Rio Negro (Amazonas), Lago Mata Coral (Rio Araguaia), Barra Grande (litoral sul da Bahia) e Rio Teles Pires (Mato Grosso).

Para o profissional, não existe nada que o deixe mais relaxado, longe dos problemas, realizado e feliz. Ele acredita que pescar, se reunir com os amigos, ter contato com a na-tureza é a melhor forma de se desligar da ci-dade e ter paz, por isso, mesmo com a agenda lotada de compromissos durante todo o ano, não abre mão desse hobby. Atualmente Ney tem um grupo de amigos que pescam juntos, em diversas regiões. Seus colegas de pescaria exercem as mais diferentes atividades profis-sionais, mas os médicos, os advogados e os empresários estão em maior número.

Durante a adolescência, além da pesca-ria, o endoscopista se interessou também por automobilismo. Assim, começou a acompa-nhar a carreira de astros de carros de cor-rida, como Ayrton Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi e se inspirou quando teve a chance. “Corri entre 1989 e 1996 com al-guns profissionais em Goiânia, que têm uma grande tradição automobilística, diga-se de passagem. Tive momentos muito prazerosos, mas sempre levei na brincadeira, apesar de ter conquistado alguns troféus”, relembra.

Em um futuro não muito distante, o pro-fissional pretende se aposentar, conseguin-do assim, pescar pelo menos uma vez por mês e se dedicar à família. Os filhos gêmeos Julia e Marcus Vinicius, de 18 anos, e a caçula Gabriela, 16, estão fazendo um intercâmbio nos Estados Unidos por um ano. “Meu garoto me acompanha nas pescarias grandes des-de muito pequeno. As meninas costumam ir a pescarias menores, mas não têm muito

PesCa NO BrasiL

A pesca amadora (praticada por hobby ou esporte) atrai turistas de todos os cantos do mundo, já que o Brasil possui bacias hidrográficas com lagos, lagoas e aproximadamente oito mil quilômetros de costa, além de ampla diversidade de espécies existentes, proporcionando diversas opções para a prática da atividade pesqueira. A partir de 1998, a pesca esportiva passou a ser considerada oficialmente como um segmento turístico, com incentivo do Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora (PNDPA). Depois, a prática começou a contar com apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). As cidades brasileiras que se destacam na pesca oceânica são: Vitória (ES), Ilha Mexiana (PA), Arraial do Cabo (RJ), Guaíra (PR), Angra dos Reis (RJ). Para a prática da pesca em rios, dentre os destinos mais famosos destacam-se: Barcelos (AM), Bragança Paulista (SP), Corumbá (MS), Paranaguá (PR), Rio Iriri (PA), Pantanal (MT/MS), além dos rios Ara-guaia, São Francisco e do Paraná.

Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura

interesse nessa atividade. Já participaram em al-gumas ocasiões, porém mais por curiosidade.”

E tudo indica que a tradição de pescar da família permanecerá por mais uma geração. Marcus Vinicius Brill contou para a Revista SOBED que pretende continuar com a ativida-de pesqueira. “Meu pai é o meu ídolo, ele me ensinou tudo o que eu sei hoje em dia. Eu amo pescar e aprendi com ele que a pesca deve ser encarada como um esporte. Brincamos com o peixe e depois o devolvemos à água, pois muitas espécies já estão em extinção.” Além de pescar com o pai, Marcus Vinicius costuma realizar a atividade com os amigos e almeja um dia ser tão eficiente quanto Ney. “Acredito que meu pai é o melhor pescador do mundo, meus amigos também ficam admirados com sua atuação. Adoro acordar cedo, me prepa-rar para pescar e voltar somente à noite. Um dos meus objetivos na vida é um dia superá-lo nas pescarias”, confessa.

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ética

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Vera Mello

tegoria médica de ter o campo de sua atu-ação definido legalmente e, ao mesmo tem-po, não conflita com a área de atuação das demais categorias profissionais de saúde já regulamentadas. Outros parlamentares ma-nifestaram apoio à matéria: o senador Cyro Miranda (PSDB-GO) recordou que o tema vem sendo debatido há mais de 10 anos no Congresso Nacional. Da mesma forma, o se-nador Paulo Davim (PV-RN) considerou fal-sa a ideia de que existiria uma “guerra san-ta” entre os diversos profissionais de saúde.

Das 14 profissões de saúde no País, a me-dicina é a única que ainda não tem o seu campo de atuação delimitado e regulamen-tado em documento legal. Apesar de ser uma profissão muito antiga, as leis que tra-tam de seu exercício não cuidam de determi-nar qual a área de atuação do médico nem quais as atividades que devem ser exercidas exclusivamente por médicos. O texto aprova-do lista procedimentos que só poderão ser realizados por médicos, como a aplicação de anestesia geral, cirurgias, internações e altas. Também ficam restritos aos médicos diagnósticos de doenças e decisões sobre o tratamento do paciente.

Fonte: Conselho Federal de Medicina (CFM)

À eSPeRA De uM ACORDO PARA A definição do texto final, o projeto de lei que regulamenta o exercício da medicina e es-

tabelece as atividades privativas dos médicos deve ser votado no Plenário do Senado Federal ainda neste semestre. O substitutivo ao projeto (PLS 268/2002), de autoria da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), foi aprovado em dezembro pela Co-missão de Assuntos Sociais (CAS). O Projeto de Lei que estabelece quais são as atividades priva-tivas dos médicos também obteve parecer favorá-vel da Comissão de educação, Cultura e esporte (Ce). Nas duas Comissões, a aprovação ocorreu por unanimidade.

Projeto de regulamentaçãoda medicina deve ser votadono Plenário do Senadoainda neste semestre

“A regulamentação da medicina foi apro-vada garantindo o direito das profissões da área da saúde, não impondo restrições às atividades dos demais. Vamos continuar tra-balhando em equipe para oferecer à popula-ção brasileira uma assistência de qualidade, seja nos postos de saúde ou nas unidades hospitalares”, avaliou Salomão Rodrigues, coordenador da Comissão Nacional de Re-gulamentação da Medicina do Conselho Fe-deral de Medicina (CFM).

Na análise da relatora Lúcia Vânia, o texto responde à demanda legítima da ca-

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CONSIDeRANDO os artigos 28 e 29 do Decreto nº 20.931/32, resolve:

Art. 1º Para o médico exercer o cargo de diretor técnico ou de supervisão, coordena-ção, chefia ou responsabilidade médica pelos serviços assistenciais especializados é obri-gatória a titulação em especialidade médica, registrada no Conselho Regional de Medicina (CRM), conforme os parâmetros instituídos pela Resolução CFM nº 2.005/12.

§1º em instituição destinada ao exercí-cio de uma única especialidade, o diretor técnico deverá ter título de especialista re-gistrado no CRM.

§ 2º O supervisor, coordenador, chefe ou responsável pelos serviços assistenciais espe-cializados de que fala o caput deste artigo so-mente pode assumir a responsabilidade téc-nica pelo serviço especializado em até duas unidades de serviços assistenciais.

Art. 2º esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ROBERTO LUIZ D’AVILAPresidente do Conselho

HENRIQUE BATISTA E SILVASecretário-Geral

Titulação emEspecialidade ObrigatóriaPrezados colegas endoscopistas, enfim uma atitude do Conselho Federal de Medicina (CFM) que valoriza a titulação em especialidades. A Resolução que trata do assunto entrou em vigor dia 08/02/2013, data da publicação no DOU. A íntegra da mesma encontra-se a seguir:

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

ReSOLuÇÃO CFM Nº 2.007, De 10 De JANeIRO De 2013Diário Oficial da união; Poder executivo, Brasília, DF, 8 fev. 2013. Seção I, p.200

Dispõe sobre a exigência de título de es-pecialista para ocupar o cargo de diretor técnico, supervisor, coordenador, chefe ou responsável médico dos serviços assistenciais especializados.

O CONSeLHO FeDeRAL De MeDICINA (CFM), no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, al-terada pela Lei nº 11.000, de 15 de dezem-bro de 2004, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e pelo Decre-to nº 6.821, de 14 de abril de 2009, e

CONSIDeRANDO especificamente o dis-posto no artigo 17 da Lei nº 3.268/57;

CONSIDeRANDO que o art. 21 do Códi-go de Ética Médica veda ao médico deixar de colaborar com as autoridades sanitárias ou infringir a legislação pertinente;

CONSIDeRANDO o Parecer nº 18/12, aprovado na sessão plenária do dia 15 de julho de 2012;

CONSIDeRANDO que é dever do médico manter suas informações atualizadas perante os Conselhos de Medicina; Vera Mello, Comissão de Ética e

Defesa Profissional da SOBED

A próxima Prova de Título de Especialista em Endoscopia Digestiva da SOBED acontece no dia 4 de maio em Salvador (BA).Até o dia 25 de março há descontos nas inscrições para associados ou não. Informações no site www.sobed.org.br

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revista sOBeD janeiro/março 2013

amb Associação Médica Brasileira

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Depois da casa própria, o segundo “ob-jeto” de desejo da população é um plano de saúde. Também é um forte indicador que o Sistema Único de Saúde (SUS) vai mal. Aumentam as filas de espera para consultas, exames e cirurgias. As emergências estão cada vez mais superlotadas e muitos pacien-tes estão em corredores, sendo tratados de maneira inadequada.

Falar que essas mazelas ocorrem por-que faltam médicos é esconder a verdade e não encarar de frente o que deve ser feito. Sabemos que a saúde pública brasileira

C onSiDerAnDo A voz Do povo, a saúde pública no Brasil tem piorado. Seguidas pesquisas de opinião têm iden-

tificado que a saúde possui a pior avaliação do Governo Federal e essa insatisfação cresce.

O médico e asaúde no Brasil

Florentino Cardoso,presidente da Associação Médica Brasileira (AMB)

é subfinanciada, que a gestão carece de mais profissionalismo e que os desvios con-tinuam. Até quando? Todavia, demonstra-se cada vez mais que o maior impacto no custo da assistência à saúde é acesso e qualidade.

entende-se que os pacientes quando ne-cessitarem deverão ter rápido acesso aos ser-viços de saúde e com qualidade. para ter qua-lidade é fundamental termos profissionais competentes, dedicados e bem remunerados. nesse momento, temos exatamente o oposto: o acesso é tardio (pacientes peregrinam em busca de atendimento) e em muitas situações falta qualidade no atendimento. A atenção básica deveria solucionar de 80 a 85% dos problemas de saúde dos pacientes que aten-de, mas isso não acontece.

vamos buscar as soluções que existem juntos, pois os médicos sempre se colocam à disposição para se empenharem no que for melhor para os pacientes porque é o que mais nos importa.

Seguiremos adiante, pois mortes evitáveis estão acontecendo devido à demora no aten-dimento ou pelo atendimento inadequado.

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revista sOBeD janeiro/março 2013

Por dentro Aparelho digestivo e saúde em destaque

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Estudo realizado por pesquisado-res do Institut de Recherches Cliniques de Montréal, no Canadá, envolvendo 15 adultos com diabetes tipo 1, reve-lou que o pâncreas artificial melho-rou o controle da glicose em 15% e reduziu significativamente o risco de hipoglicemia quando comparado à terapia convencional com bomba de insulina. Além disso, o órgão artificial reduziu o risco de hipoglicemia em oito vezes e de hipoglicemia noturna em 20 vezes.

Os resultados do teste Glucose--responsive insulin and glucagon delivery (dual-hormone artificial pancreas) in adults with type 1 diabetes: a randomized crossover controlled trial foram publicados no Canadian Medical Association Journal (CMAJ), no dia 28 de janeiro de 2013.

Pâncreas artificial supera bomba de insulina

O Programa Nacional de Reestru-turação dos Hospitais Universitários (REHUF) recebeu investimento de R$ 1,39 bilhão do Ministério da Saúde (MS), em parceria com o Ministério da Educação (MEC).

O repasse será destinado ao custeio de atividades assistenciais e de ensino, obras, reformas e compra de equipa-mentos para aperfeiçoar a estrutura dos hospitais universitários. Criado em 2010, o REHUF visa melhorar a gestão hospitalar no campo da assis-tência e do ensino, bem como a gestão administrativa e financeira.

Os recursos do programa benefi-ciam 45 hospitais, diretamente, e ou-tras duas unidades de saúde ligadas às universidades, indiretamente. Essas instituições de ensino estão situadas em 32 cidades do País, sendo 22 capitais. Em 2013, o hospital universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI) também será incluído no REHUF.

MS investe emhospitais universitários

Pesquisadores do Massachusetts General Hospital, em Boston (EUA), desenvolveram uma câmera 3D, do tamanho de um comprimido, capaz de detectar os pri-meiros sinais de câncer no esôfago.

Depois de engolido, o dispositivo emite um feixe de luz infravermelho na parede do esôfago. Sensores gravam os reflexos e produzem imagens microscópi-cas capazes de revelar mudanças celulares associadas à síndrome de Barrett. Durante os testes, a equipe de pesquisadores examinou 13 voluntários e, desse total, seis foram diagnosticados com a síndrome. As ima-gens foram transmitidas em menos de um minuto e todo o procedimento demorou seis minutos.

Nova câmera 3D diagnostica câncer

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Ministério da Saúde lançaportal do cidadão

Por meio do Portal Saúde do Cida-dão (portaldocidadao.saude.gov.br), lançado pelo Ministério da Saúde no dia 5 de fevereiro, o usuário do Siste-ma Único de Saúde (SUS) poderá ter acesso ao seu histórico na rede pública de saúde e conferir informações sobre suas internações hospitalares, com da-dos sobre atendimento ambulatorial de média e alta complexidade, e aqui-sição de medicamentos no programa Farmácia Popular.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o portal será uma ferramenta para melhorar o acompa-nhamento de fluxo do tratamento e do risco de cada paciente, desde o ingresso

na Unidade Básica de Saúde (UBS). Além disso, a expectativa é agilizar o tempo de espera para atendimento, informatizar as consultas, otimizar o uso dos recursos financeiros e flexibi-lizar o atendimento, de acordo com o perfil dos diferentes municípios.

Na mesma ocasião, foi lançado o software E-SUS para os profissionais de saúde nas UBSs. Por meio desse sis-tema, será possível fazer prontuários eletrônicos, armazenar e acessar dados sobre os pacientes e sobre a rede pú-blica de saúde. O programa poderá ser usado em versões online e off-line – em municípios onde as unidades de saúde ainda não estão conectadas à internet.

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Por dentro Aparelho digestivo e saúde em destaque

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Utilizada no tratamento da dia-betes e fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a insulina humana começará a ser produzida no Brasil. A produção nacional, anunciada pelo Ministério da Saúde no dia 23 de janeiro, é fruto de Parceria Público-Privada (PPP) entre o Ins-tituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) e o laboratório ucraniano Indar.

O acordo também amplia a oferta de insulina aos pacientes assistidos pelo SUS, pois o MS adquiriu mais 3,5 milhões de frascos do medica-

Documento com esclarecimentos sobre os direitos de pessoas que par-ticipam de pesquisas clínicas no País foi divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 2 de janeiro de 2013.

Elaborado pela Coordenação de Pesquisa e Ensaios Clínicos da Ge-rência Geral de Medicamentos da

mento, que será entregue ao País em abril, podendo chegar a 10 milhões de frascos até dezembro, se necessário. Em 2016, após um processo de trans-ferência de tecnologia, o MS prevê que o Brasil esteja preparado para a fabri-cação em escala industrial da insulina.

Em nota oficial, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divul-gou que a expectativa é reduzir a vulnerabilidade do País no merca-do internacional de medicamentos, incentivando a produção nacional de ciência e tecnologia, e fortale-cendo a indústria farmacêutica.

Anvisa, o texto aborda assuntos como a proibição de pagamento para par-ticipação em estudos e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – formulário escrito, datado e assinado, no qual o indivíduo ma-nifesta o consentimento livre e escla-recido de que irá participar de uma pesquisa clínica.

Brasil anuncia produçãode insulina

Ministério da

Saúde cria

Cadastro

Nacional de

Especialistas

Identificar o perfil e a atuação médica em todo o território nacional é o obje-tivo do Cadastro Nacional de Especialistas, que está sendo elaborado pelo MS e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Durante reunião reali-zada na ANS, no dia 23 de janeiro, o secretário de Ges-tão do Trabalho e da Educa-ção do Ministério da Saúde, Mozart Salles, ressaltou que a criação do Cadastro é o ponto de partida para a for-mulação de uma política de formação de especialistas no País para entre 10 e 15 anos.

Na mesma ocasião, o diretor-presidente da ANS, André Longo, reiterou que para que o cadastro cumpra o seu papel é fundamental a integração de esforços en-tre as instituições parceiras para que haja o compro-misso com a atualização periódica dos dados, facili-tando o acesso às informa-ções pelos beneficiários de planos de saúde, gestores e sociedade em geral sobre a atuação dos profissionais do setor de saúde no País.

Anvisa divulga normas para pesquisas

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REVISTA SOBEDjaneiro/março 2013 47

Por dentro Diretorias nacionais

Presidente: João Carlos Andreoli (SP)Vice-Presidente: Ramiro Robson F. Mascarenhas (BA)1º secretário: Jairo Silva Alves (MG)2º sesoureiro: Silvana Dagostin (SC) 1º tesoureiro: Dalton Marques Chaves (SP)2º tesoureiro: Luis Fernando Tullio (PR)

• diretoria nacional

ElEItoRal, dE EStatutoS, REgIMEntoS E REgulaMEntoSPresidente: Carlos Marcelo Dotti (MS)Carlos Eugenio Gantois (PE)Eli Kahan Foigel (SP)Geraldo Ferreira Lima Junior (MG)Laercio Tenório Ribeiro (AL)

adMISSão E SIndICânCIaPresidente: Antonio Gentil NetoJosé Olympio Meirelles dos Santos (SP)Juarez Alves Sampaio (CE)

CIEntífICa E EdItoRIalPresidente: Igelmar Barreto Paes (BA)Adriana Vaz Safatle-Ribeiro (SP)Angelo Paulo Ferrari Junior (SP)Claudio Rolim Teixeira (RS)Dalton Marques Chaves (SP)Edivaldo Fraga Moreira (MG)Fauze Maluf Filho (SP)Gilberto Reynaldo Mansur (RJ)José Celso Ardengh (SP)Lucio Giovanni Battista Rossini (SP)Marcelo Averbach (SP)Marcos Clarencio Batista Silva (BA)Vitor Nunes Arantes (MG)Walton Albuquerque (MG)

SIMpóSIo IntERnaCIonalPresidente: Adriana Vaz Safatle Ribeiro (SP)Angelo Paulo Ferrari Junior (SP)Claudio Rolim Teixeira (RS)Dalton Marques Chaves (SP)Fauze Maluf Filho (SP)Vitor Nunes Arantes (MG)Consultor internacional: René Lambert (França)

CuRSo ao VIVoPresidente: Marcos Bastos da Silva (ES)Coordenador Geral: Gustavo Andrade de Paulo (SP)Esteban Sadovsky (ES)Herbeth José Toledo Silva (AL)Luiz Fernando Ferreira Campos (ES)Viriato João Leal da Cunha (SC)

SBadPresidente: João Carlos Andreoli (SP)Carlos Alberto Cappellanes (SP)Dalton Marques Chaves (SP)Jairo Silva Alves (MG)Luis Fernando Tullio (PR) Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas (BA)Sérgio Luiz Bizinelli (PR) Silvana Dagostin (SC)

ÉtICa E dEfESa pRofISSIonalPresidente: Vera Helena A. F. de Mello (SP)Tomazo Antonio Prince Franzini (SP)Lincoln Eduardo V. V.de C. Ferreira (MG)Adriane Graicer Pelosof (SP)Claudia Zitron (SP)Oswaldo Luiz Pavan Junior (ES)

aValIação E CREdEnCIaMEntoS dE CEntRoS dE EnSIno E tREInaMEntoPresidente: Admar Borges da Costa Junior (PE)Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)Daniel Moribe (SP)Eduardo G. Houneaux de Moura (SP)Eloá Marussi Morsoletto Machado (PR)Fabio Marioni (SP)Giovani Antonio Bemvenuti (RS)José Eduardo Brunaldi (SP)

• comissões estatutárias

foRMação E tREInaMEnto EM tÉCnICaS EndoSCópICaS – CEntRo dE tREInaMEnto

Coordenador: Carlos Alberto Cappellanes (SP)Ricardo Anuar Dib (SP)Rodrigo Roda Rodrigues da Silva (MG)Ciro Garcia Montes (SP)

RElaçõES IntERnaCIonaISCoordenação Geral: Glaciomar Machado (RJ)Coord. América do Sul: Everson Luiz de A. Artifon (SP) José Celso Ardengh (SP)Julio Carlos Pereira Lima (RS)Paulo Sakai (SP)Coord. Europa: Adriana Vaz Safatle (SP)René Lambert (FRANÇA)Sérgio Luiz Bizinelli (PR)Walton Albuquerque (MG)Coord. EUA: Angelo Paulo Ferrari Junior (SP)Dalton Marques Chaves (MG)Eduardo G. Houneaux de Moura (SP)Luiz Leite Luna (RJ)Ricardo Anuar Dib (SP)Coord. Japão: Cláudio Rolim Teixeira (RS) Paulo Sakai (SP)Vitor Nunes Arantes (MG)

aSSESSoRIa À pRESIdÊnCIaArtur Adolfo Parada (SP)Igelmar Barreto Paes (BA)Luiz Felipe Paula Soares (PR)

CoMunICação (REVISta SoBEd + SItE + REdE SoBEd + SoBEd EM CaSa)Coordenador: Gustavo Andrade de Paulo (SP)Alexandre de Souza Carlos (SP)Atanagildo Cortes Junior (MG)Flávio Braguim (SP)José Luiz Paccos (SP)Marcelo Simas de Lima (SP)Ricardo Leite Ganc (SP)

dIREtRIZES E pRotoColoSClaudio Lyioiti HashimotoLix Alfredo Reis de Oliveira (SP) Luiza Maria Filomena Romanello (SP)Paulo Roberto Alves de Pinho (RJ)Tadayoshi Akiba (SP)

ECoEndoSCopIaCoordenador: Simone Guaraldi da Silva (RJ)Fauze Maluf Filho (SP)José Celso Ardengh (SP)Lucio Giovanni Batista Rossini (SP)Marco Aurélio D’Assunção (SP)Vitor Nunes Arantes (MG) Walton Albuquerque (MG)

pEdIatRIaCoordenador: Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)Cristina Helena Targa Ferreira (RS)Paula Bechara Poletti (SP)Silvia Regina Cardoso (SP)

notES Ângelo Paulo Ferrari Junior (SP)Marco Aurélio D’Assunção (SP)Pablo Rodrigo de Siqueira (SP)Paulo Sakai (SP)

núClEo dE taBagISMo Everton Ricardo de Abreu Netto (AM)

patologIa EndoSCópICaCoordenador: Filadelfio Euclides Venco (SP)Elisa Ryoka Baba (SP)

CoMISSão dE IMplantação dE HonoRÁRIoS MÉdICoSE CoopERatIVaS naS unIdadES EStaduaIS

Coordenação: Lincoln Eduardo V. V. de Castro Ferreira (MG)Artur Adolfo Parada (SP)Edson Luiz Doncatto (RS)Francisco das Chagas Gonçalves de Oliveira (CE)Francisco Paulo Ponte Prado Júnior (CE)José Edmilson Ferreira da Silva (RJ)Julio César Souza Lobo (PR)Julio Pereira Lima (RS)Luiz Fernando Tullio (PR)Luiz Paulo Reis Galvão (PE)Marcus Valerius Saboia Rattacaso (CE)Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)Sandra Teixeira (PR) Sérgio Luiz Bizinelli (PR)Vera Helena de Aguiar Freire de Mello (SP)Viriato João Leal da Cunha (SC)

ConSElHo EdItoRIal (lIVRoS)Artur Adolfo Parada (SP)João Carlos Andreoli (SP)Luiz Leite Luna (RJ)Marcelo Averbach (SP)

• núcleos

REpRESEntantE naS REVIStaS:gEd E aRquIVoS BRaSIlEIRoS dE gaStRoEntERologIa

Alexandre de Souza Carlos (SP)Marcelo Simas de Lima (SP)Paulo Roberto Arruda Alves (SP)

REpRESEntantES EM InStItuIçõES CfM E CnRMCoordernador: Flavio Hayato Ejima (DF)Zuleica Barrio Bortoli (DF)

anVISaCoordenador: Vera Helena A. F. de Mello (SP)Carlos Alberto da Silva Barros (MG)Flávio Hayato Ejima (DF)Francisco José Medina Pereira Caldas (RJ)Tadayoshi Akiba (SP)

aMBCoordenador: Maria das Graças Pimenta Sanna (MG)Carlos Alberto Cappellanes (SP)Rodrigo José Felipe (BA)Órteses e Próteses: Wagner Colaiacovo (SP)

CoMISSão naCIonal dE aCREdItação (Cna)Coordenador: Renato Baracat (SP)Carlos Alberto da Silva Barros (MG)

José Flávio Ernesto Coelho (RJ)Ismael Maguilnik (RS)José Flávio Ernesto CoelhoJulio Carlos Pereira Lima (RS)Luciana Rodrigues Leal da Silva (BA)Luis Masuo Maruta (SP)Luiz Cláudio Miranda da Rocha (MG)Luiz Sérgio Emery Ferreira (ES)

título dE ESpECIalISta E Sua atualIZaçãoPresidente: Flavio Hayato Ejima (DF)Afonso Celso da Silva Paredes (RJ)Antonio Carlos Coelho Conrado (PE) Beatriz Monica Sugai (SP)Daniela Medeiros Milhomem Cardoso (GO)Fabio Marioni (SP)Guilherme Becker Sander (RS)Jimi Izaques Bifi Scarparo (SP)José Luiz Sebba de Souza (SP) Marco Aurélio D’Assunção (SP)Luis Fernando Túlio (PR)Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG)Ricardo Anuar Dib (SP)Ricardo Rangel de Paula Pessoa (CE)Rodrigo José Felipe (BA)Sérgio Eiji Matuguma (SP) Fabio Segal (RS)Júlio César Souza Lobo (PR) Gerônimo Franco de Almeida (PB)Thiago Festa Secchi (SP)Thiago Andrade Tatagiba (RJ)

SEdE SoBEdRicardo Anuar Dib (SP)Thiago Festa Secchi (SP)

• comissões não estatutárias

Page 48: Revista SOBED 2013 - Edição nº 20

revista sOBeD janeiro/março 201348

Por dentro Diretorias estaduais

Rua Carlos Povina Cavalcanti, 49 - Apto 302 – MaceióCEP 57036-411 | (82)9631-2000

Presidente: Herbeth Jose Toledo SilvaVice-Presidente: Carlos Henrique Barros Amaral1º Secretário: Laercio Tenório Ribeiro1º Tesoureiro: Francisco Milton Mel

• ALAGOAS

Rua do Congresso, 90 – ManausCEP: 69010-970 | (92) 9152-9119

Presidente: Jeanne Monique Guimarães PimentelVice-presidente: Déborah Nadir Cruz Ferreira1º Secretário: Ricardo Paes Barreto Ferreira2º Secretário: Alinne Lais Bessa Maia1º Tesoureiro: Jorge Luis Bastos Arana2º Tesoureiro: Lourenço Candido Neves

• AMAZONAS

R. Baependi, 162, sala 3 - Ondina – SalvadorCEP: 40170-070 | (71) 9338-0220

Presidente: Sylon Ribeiro de Britto JuniorVice-presidente: Luciano Magalhães Oliveira1º Secretário: Durval Gonçalves Rosa Neto2º Secretário: Wladimir Campos de Araújo1º Tesoureiro: Alcione Prates Leite2º Tesoureiro: Luciana Rodrigues Leal da Silva

• BAHIA

Avenida Santos Dumont, 1168 – Sala 301 – Centro – FortalezaCEP: 60150-160 | (85) 9996-0281

Presidente: José Rúver Lima Herculano JuniorVice-Presidente: Luiz Helder de Alencar Moreno1° Secretário: Ricardo Rangel de Paula Pessoa2° Secretário: Marcellus Henrique Loiola P. de Souza1º Tesoureiro: Raphael Felipe Bezerra de Aragão2º Tesoureiro: João Paulo Aguiar Ribeiro

• CEARÁ

SGAS, 910, Bloco A, sala 224, Asa Sul – BrasíliaCEP: 70390-100 | (61) [email protected]

Presidente: Eduardo Aires Coelho MarquesVice-presidente: Francisco Machado da Silva1º Secretário: Luciana Machado Nonino2º Secretário: Carmem Alves Pereira 1º Tesoureiro: Fabio Santana Bolinja Rodrigues2º Tesoureiro: Hermes Gonçalves Aguiar Junior

• DISTRITO FEDERAL

R. Francisco Rubim, 395 - Bento Ferreira – VitóriaCEP: 29050-680 | (27) [email protected]

Presidente: Flavia Emília Lima de OliveiraoVice-presidente: Roseane Valeria Bicalho Ferreira Assis1º Secretário: Giovana Pereira Nogueira da Gama2º Secretário: Edorio de Souza Ribeiro1º Tesoureiro: Márcio Demoner Brandão2º Tesoureiro: Luiz Fernando Ferreira Campos

• ESpíRITO SANTO

Avenida Portugal, 1052 – Setor Marista – GoiâniaCEP: 74150-030 | (62) [email protected]

Presidente: Marcelo Barbosa SilvaVice-Presidente: Fernando Henrique Porto Barbosa Ramos1º Secretário: Daniela Medeiros Milhomem Cardoso2º Secretário: Marcus Vinicius da Silva Ney1º Tesoureiro: Américo de Oliveira Silvério2º Tesoureiro: Eduardo Aguiar Silva Neto

• GOIÁS

R. Carutapera 2, Quadra 37 B - Jd. Renascença – São LuísCEP: 65075-690 | (98) 8141-1116

Presidente: Milko Abrantes de OliveiraVice-presidente: Selma Santos Maluf1º Secretário: Elian Oliveira Barros2º Secretário: Clelma Pires Batista1º Tesoureiro: Djalma dos Santos2º Tesoureiro: Nailton Jorge Ferreira Lyra

• MARANHãO

Rua 25 de Agosto, 33 - Apto 1801 - Edificio Maison Du Park – Cuiabá CEP: 78043-382 | (65) 9983-1701 | [email protected]

Presidente: Roberto Carlos Fraife BarretoVice-presidente: Carlos Eduardo Miranda de Barros1º Secretário: José Geraldo Favalesso2º Secretário: José Carlos Comar1º Tesoureiro: Ubirajarbas Miranda Vinagre2º Tesoureiro: Elton Hugo Maia Teixeira

• MATO GROSSO

Rua Goiás, 405 - sala 01 - Jd. dos Estados – Campo GrandeCEP - 79020-101 | (67) 3325-6040 | [email protected]

Presidente: Rogerio Nascimento MartinsVice-presidente: Marcelo de Souza Cury1º Secretário: Geraldo Vinicius Ferreira Hemerly Elias2º Secretário: Adriano Fernandes da Silva1º Tesoureiro: Eduarda Nassar Tebet Ajeje2º Tesoureiro: Thiago Alonso

• MATO GROSSO DO SuL

Av. João Pinheiro, 161 - Centro – Belo HorizonteCEP: 30130-180 | (31) 3247-1647 | [email protected]

Presidente: José Celso Cunha Guerra Pinto CoelhoVice-presidente: Vitor Nunes Arantes1º Secretário: Roberta Nogueira de Sá2º Secretário: Ricardo Castejon Nascimento1º Tesoureiro: Rodrigo Roda Rodrigues da Silva2º Tesoureiro: Gustavo Miranda Martins

• MINAS GERAIS

Cidade Nova -VI Travessa WE 69, nº302 – BelémCEP: 67140-120 | (91) 3223-8464 | maué[email protected]: Erivaldo de Araujo MauesVice Presidente: Zacarias Pereira de Almeida Neto1º Secretario: Monica Barauna Assunção2º Secretario: Lilian Costa de Almeida1º Tesoureiro: Marcos Moreno Domingues2º Tesoureiro: Aida Lopes Sirotheau Correa

• pARÁ

Page 49: Revista SOBED 2013 - Edição nº 20

REVISTA SOBEDjaneiro/março 2013 49

Av. Ipiranga, 5.311, sl. 207 - Azenha – Porto AlegreCEP: 90610-001 | (51) 3014-2072

Presidente: Claudio Rolim TeixeiraVice - presidente: Carlos Eduardo Oliveira dos Santos1º Secretario: Luciana Filchtiner Figueiredo1º Tesoureiro: César Vivian Lopes

• RIo gRandE do Sul

Rua Campos Salles, 2245 - Nova União 03 – Porto VelhoCEP: 76801-081 | (69) 9981-5375

Presidente: Adriana Silva AssisVice-Presidente: Marcelo Pereira da Silva1° Secretário: Edson Aleotti2° Secretário: Márcia Coelho de Mello Bach1° Tesoureiro: Victor Hugo Pereira Marques2° Tesoureiro: Domingos Montaldi Lopes

• RondÔnIa

Rodovia SC 401, nº 3854, Km 04 - Saco Grande – FlorianópolisCEP: 88032-005 | (48) 3231-0324 [email protected]

Presidente: Eduardo Nobuyuki Usuy JrVice-presidente: Hoiti Okamoto1º Secretário: Lothar Stange2º Secretário: Waldir Savi Junior1º Tesoureiro: Luiz Locks Junior2º Tesoureiro: Felipe Paludo Salles

• Santa CataRIna

R. Itapeva, 202, sl. 98 - Bela Vista – São PauloCEP: 01332-000 | Fone: (11) [email protected]

Presidente: Thiago Festa SecchiVice-presidente: Dalton Marques Chaves1º Secretário: Gustavo Andrade de Paulo2º Secretário: Fábio Marioni1º Tesoureiro: Francisco Susumu Correa Koyama2º Tesoureiro: Marcel Langer

• São paulo

R. Guilhermino Rezende, 462, São José – AracajuCEP: 49020-270 | (79) 3246-2763

Presidente: Simone Déda Lima BarretoVice - Presidente: Kelly Menezio Oliveira Giardina1º Secretário: Jilvan Pinto Monteiro2º Secretário: Raul Andrade Mendonça Filho1º Tesoureiro: Miraldo Nascimento da Silva Filho2º Tesoureiro: Patricia Santos Rodrigues Costa

• SERgIpE

Rua Engenheiro Bernardo Sayão, 770, GurupiCEP: 77402-060 | (63) 3312-0013 ou (63)8446-0113

Presidente: Zoroastro Henrique de SantanaVice Presidente: Mery Tossa Nakamura1º Secretario: Jorge Luiz de Matos Zeve2º Secretario: Sebastião Geraldo de Melo1º Tesoureiro: Eduardo Komka Filho2º Tesoureiro: Haley Pandolfi Junior

• toCantInS

Rua Sílvio Almeida, 620 - Expedicionários – João PessoaCEP: 58041-020 | (83) 3244-8080

Presidente: Pedro Duques de AmorimVice-Presidente: Francisco de Sales Moreira Pinto1º Secretario: Paulo Duques de Amorim2º Secretario: Tarcisio Carneiro da Costa1º Tesoureiro: Fábio da Silva Delgado2º Tesoureiro: Daniel Chaves Mendes

• paRaíBa

R. Candido Xavier, 575 - São Rafael – CuritibaCEP: 80240-280 | (41) [email protected]

Presidente: Maria Cristina SartorVice-Presidente: Flávio Heuta Ivano1º Secretario: Wanderlei da Rocha Carneiro Junior2º Secretario: Rafael Nastas Acras1º Tesoureiro: Silvia Maria da Rosa2º Tesoureiro: Sandra Beatriz Marion Valarini

• paRanÁ

R. Sen. José Henrique, 141, 1º andar, Ilha do Leite – RecifeCEP: 52050-020 | (81) 3221-6959

Presidente: Júlia Corrêa de AraújoVice-Presidente: Admar Borges da Costa Junior1º Tesoureiro: Antônio Carlos Coelho Conrado2º Tesoureiro: José Julio Viana1º Secretario: Carlos Eugênio Gantois2º Secretario: Eduardo Carvalho Gonçalves de Azevedo

• pERnaMBuCo

Rua Aviador Irapuan Rocha, 1430, Ed. Medical Leste (3º andar) Jóquei – Teresina (sede provisória)CEP: 64049-518 | (86) [email protected]

Presidente: Antonio Moreira Mendes FilhoVice-presidente: Carlos Dimas Carvalho Souza1º Secretário: Valdeci Ribeiro de Carvalho2º Secretário: Adelmar Neiva de Sousa Sobrinho1º Tesoureiro: Wilson Ferreira Almino de Lima2º Tesoureiro: Artur Pereira e Silva

• pIauí

R. da Lapa, 120, sl. 309 - Centro – Rio de JaneiroCEP: 20021-180 | (21) [email protected]

Presidente: Ana Maria ZuccaroVice-presidente: Afonso Celso da Silva Paredes1º Secretário: Evandro de Oliveira Sá2º Secretário: Lílian Machado Silva1º Tesoureiro: Maria Elizabeth Cardoso de Castro2º Tesoureiro: Mariceli Santos Costa

• RIo dE JanEIRo

R. Maria Auxiliadora, 804 - Tirol – NatalCEP: 59014-500 | (84) [email protected]

Presidente: Licia Vilas Boas MouraVice-presidente: Carlos dos Santos Fonsêca1º Tesoureiro: Mara Lúcia Lauria de SouzaPresidente Comissão de Honoráriose Defesa Profissional: Verônica de Souza Vale

• RIo gRandE do noRtE

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50 revista sOBeD janeiro/março 2013

Por dentro Agenda

11 a 13 de abrilSimpósio Internacional de

Coloproctologia São Paulo (SP)www.sicp2013.com.br

abril

1º de maioCurso Teste Seus

Conhecimentos da SOBEDSalvador (BA)

www.sobed.org.br

2 e 3 de maio7º Simpósio Internacional de

Endoscopia DigestivaSalvador (BA)

www.sobed.org.br

3 e 4 de maio8º Simpósio Brasileiro de

Motilidade Digestiva e 10º EncontroMultidisciplinar de

Deglutição e DesfagiaSão Paulo (SP)

www.sbmd.org.br

maio4 de maio

Curso Suporte Avançado deVida em Endoscopia (SAVE) e Prova

de Título de Especialista em Endoscopia Digestiva da SOBED

Salvador (BA)www.sobed.org.br

15 a 18 de maio13º Congresso Regional de

Videocirurgia – SobracilBúzios (RJ)

www.sobracilrj.com.br/congresso

24 e 25 de maioIntergastro & Trauma

(IG&T 2013)Campinas (SP)

www.intergastro.com.br

Confira na relação abaixo os principais eventosligados à gastroenterologia e à endoscopia

digestiva dos próximos meses

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