Revista Agricultura & Engenharia

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especial Universidade Federal de Viçosa, agricultura e engenheiro agricola

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Patrimônio do ensino

nacional...

Por mais de 80 anos a Universidade Federal de Viçosa se mantêm na vanguarda do ensino, tanto nacionalmente como internacionalmente graças a visão pioneira e co-rajosa de se idealizador Arthur Bernardes, hoje a UFV é

uma instituição de destaque em varias frentes de ensino, principalmente no setor agrícola através do DEA - Departamento de Engenharia Agrí-cola, se tornou um dos maiores centros de formação e capacitação de profi ssionais da agriculura no Brasil com destaque também para suas avançadas pesquisas na área. Toda essa qualidade devemos ao alta ca-pacitação dos professoress e do padrão de qualidade do Departamento mantido pela Universidade.

Apesar dessa ênfase na agropecuária, a Instituição vem assumin-

do caráter eclético, expandindo-se noutras áreas do conhecimento, tais como Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Exatas e Tecnológicas e Ciências Humanas, Letras e Artes. Trata-se de uma postura coerente com o conceito da moderna universidade, tendo em vista que a interação das diversas áreas otimiza os resultados.

A Universidade tem inúmeros motivos para se orgulhar de seu pas-sado e presente: trabalho, sacrifícios e êxitos e, por isso, sente-se forte e preparada para o futuro, pronta a oferecer soluções que efetivamente colaborem para que o Brasil enfrente, com segurança e dignidade os de-safi os que teremos pela frente.

Agradecemos o grande apoio recebido do Prof. Mauri Martins Teixei-ra, Chefe do Departamento de Engenharia Agrícola e do Prof. José Márcio Costa, Coordenador do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, Presi-dente da Comissão de Ensino e Responsável pela Área de Energia.

Boa Leitura

O Editor

Editorial

or mais de 80 anos a Universidade Federal de Viçosa se

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...

Expediente Sumário

Volume 3 - Edição 3 - Ano III - 2010

Diretor e Editor José Márcio da Silva Araujo [email protected]

Depto Comercial e Administrativo Gilberto Cozzuol [email protected]

Publicidade Yvete Togni [email protected]

Circulação Lucida Ltda

Produção Grafi ca e Redação Lucida Editorial

Impressão & Acabamento Premier

Uma publicação: Lucida Artes Grafi cas Ltda R. Dra. Mª Augusta Saraiva,74 F: (011) 3849-1768 Fax: 3849-2137 [email protected]

Colaboração: Coordenadoria de Comunicação UFV: Divisão de Jornalismo José Paulo Martins - Jornalista

O conteúdo dos artigos assinados é de inteira responsabilidade dos autores

Sr. Cesário Ramalho da SilvaPresidente da Sociedade Rural Brasileira

Profº Dr. Paulo Sérgio Graziano MagalhãesProfº. Titular da Feagri-Unicamp

Profº Dr. Roberto RodriguesEx- Ministro Agricultura

Profº Dr. Roberto TesteziafProfº Titular da Feagri-Unicamp

Prof. Dr. Silvio CrestanaEx-Diretor Presidente da Embrapa

Conselho Editorial

Agro NewsNotícias do setor agrícola....................................06

Matéria de Capa

Homenagem aos mais de 80 anos da Universidade Federal de Viçosa.........................12

A História da Universidade Federal de Viçosa....................14

DEADepartamento Engenharia Agrícola..................16

Sitios do DEA.......................................................24

Especial - Atuação do Engenheiro Agrícola e Ambiental ..............................................................28

Mercadoperfi l de uma grande empresa .... .....................32

ArtigosFertilizantes estatizantes.....................................35

Diversidade Ambiental.........................................37

OpiniãoProf. Roberto Rodrigues.....................................Pg 39

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Agro News

Agroceres lança híbrido com tecnologia YieldGard VT PRO®

Durante a Agrobrasília (DF), que aconte-ceu no inicio de maio, a Sementes Agroce-res apresentou um novo híbrido de milho com tecnologia YieldGard® VT PRO, que produz duas proteínas inseticidas do Bt (Bacillus thu-ringiensis) – bactéria encontrada no solo e co-mumente usada em inseticidas naturais – e pode evitar danos, que dependendo da infes-tação, comprometem a produção de grãos em até 40%.

A tecnologia YieldGard® VT PRO une as características desejáveis para uma boa col-heita com o controle superior das principais pragas da cultura do milho. Quando as lagar-tas se alimentam das folhas da planta de mil-ho YieldGard®, acabam ingerindo a proteína que atua diretamente nas células epiteliais

de seus tubos digestivos. A proteína, portanto, confere uma proteção à planta antes mesmo que os insetos consigam lhe causar danos.

O AG 8061 YG, lançado na feira, tem alta produtividade e excelente qualidade de grãos. Com a tecnologia YieldGard® VT PRO, que pro-picia controle superior da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), da lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) e Diatraea (broca-do-colmo), o AG 8061 YG ajuda na preservação do meio ambiente. Tem alto potencial produtivo e ex-celente qualidade de grão; é uma das melho-res opções para os plantios, em todas as épo-cas, nas regiões de altitude dos cerrados. O AG 8061 YG ainda proporciona segurança de resultados com a melhor relação custo-bene-fício por área plantada.

IX Congresso Latinoamericano e do Caribe de Engenharia Agrícola

XXXIX Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola

25 a 29 de Julho de 2010 - Vitória, Espírito Santo, Brasil

A Semana do Fazendeiro é realizada pela Universidade Federal de Viçosa desde 1929. É uma atividade de extensão que busca difundir conhecimentos técnicos de diversas áreas de atuação da UFV, visando melhorias na produ-tividade rural, além de contribuir para o bem-estar do produtor e de sua família.

Em 2010, a Semana do Fazendeiro com-pleta 81 anos e tem como tema “Extensão Ru-ral: Sustentabilidade e Cidadania”. Neste ano

serão oferecidos cursos, consultorias técnica e tecnológica – prestada por especialistas na 11ª Clínica Tecnológica UFV/SEBRAE –, con-ferências, rodadas de negócios, exposições de máquinas, implementos agrícolas, insumos, feira de artesanatos, diversas atividades cul-turais e, durante a quarta-feira, dia 14 de jul-ho, os participantes da 81ª Semana do Fazen-deiro poderão participar da Troca de Saberes, uma troca especial de conhecimentos impor-tantes sobre o campo.

81ª Semana do Fazendeiro - Extensão Rural: Sustentabilidade e Cidadania

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Agro News

A Universidade Federal de Viçosa de Mi-nas Gerais, foi a única instituição de ensino da América do Sul convidada a participar do terceiro encontro anual da Clinton Global Ini-tiative University (CGI U), um fórum para enga-jar estudantes universitários para a cidadania global.

A Universidade Federal de Viçosa apre-sentou em Miami, nos Estados Unidos, um projeto para a criação do Instituto Internacio-nal de Segurança Alimentar e Combate à Po-breza no Brasil.

O projeto foi um dos quatro, entre mais de mil projetos de várias universidades de todo o mundo, destacados pelo instituto, criado pelo ex-presidente americano Bill Clinton, que con-vidou apenas a UFV e outras cerca de 80 ins-tituições de ensino para participar do evento.

O convite surgiu depois da participação da UFV na Cúpula Mundial Sobre Segurança Alimentar, realizada em novembro do ano passado em Roma, sede da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimen-tação (FAO).

Segundo o reitor da UFV, Luiz Cláudio Cos-ta, o objetivo da criação do instituto interna-cional na cidade de Viçosa, na zona da mata mineira, é envolver cientistas e estudantes da universidade na análise aprofundada da fome e no apoio a países da África e América do Sul, desde o desenvolvimento de variedades vegetais mais adaptadas a cada região até a educação alimentar nas escolas.

“A fome é o problema mais sério que o mundo tem. No instituto, queremos formar estudantes cidadãos, que terão espaço para propor soluções para esse problema. Também

atuaremos no treinamento de profissionais de países da África e da América do Sul. O foco tem que ser na cooperação, na solidariedade, e não apenas econômico. É importante formar nossos estudantes com essa visão”, afirmou.

Segundo ele, os laboratórios para desen-volvimento de tecnologias de ponta são os da própria UFV, mas é necessária a construção de uma estrutura para abrigar os profissionais que virão de outros países receber treinamen-to, além de biblioteca e salas de reuniões para debates entre os grupos que ali atuarão.

Para isso, o reitor da UFV disse que serão necessários cerca de R$ 6 milhões, dos quais a universidade já dispõe de R$ 1,5 milhão. Como o reconhecimento internacional, no en-tanto, ele acredita que as possibilidades de captação de recursos aumentarão.

“Recebemos o certificado de reconheci-mento da Global Clinton Initiative, passando pelo crivo internacional, o que deu ima nova visibilidade para o projeto”, afirmou Costa. Se-gundo ele, a proposta de criação do instituto já tinha sido apresentada ao governo brasileiro e, a partir de agora, serão feitas prospecções para viabilizar o investimento estrangeiro.

Universidade Federal de Viçosa cria projeto de combate à pobreza

Reitor da UFV, Professor Luiz Cláudio Costa

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O professor Laércio Couto, docente aposen-tado da UFV, foi agraciado, em Jönköping, Suécia, com um prêmio concedido pelos organizadores do WorldBioenergy 2010, ao pesquisador que mais contribuiu para o desenvolvimento na área de bioenergia em nível mundial nos últimos anos.

Engenheiro fl orestal, o professor Laércio Couto graduou-se na Universidade Rural do Esta-do de Minas Gerais em 1967, realizando seus es-tudos na Escola Superior de Florestas, atualmente o Departamento de Engenharia Florestal. Foi o pri-meiro colocado entre 11 formandos, da turma ori-ginal de 21 candidatos que passaram no vestibu-lar para a Engenharia Florestal da ESF em 1964. De 1967 a 1974, o professor Laércio atuou em várias empresas de refl orestamento nos estados de São Paulo, Paraná, Bahia e Pará onde atuou no projeto Jari. Em 1975, foi convidado pelos pro-fessores Roberto da Silva Ramalho e Mauro Silva Reis, da Sociedade de Investigações Florestais

(SIF), para atuar como assistente do diretor cientí-fi co da entidade, professor Nairam Félix de Barros. Na ocasião, foi admitido como estudante de mes-trado no curso de pós-graduação que naquele ano se iniciava no atual Departamento de Engenharia Florestal. Em 1977, terminou sua pós-graduação, tendo sido o primeiro engenheiro fl orestal a de-fender uma tese de mestrado no atual DEF.

World Bioenergy 2010

Esse tipo de trabalho, com plantios adensa-dos de eucaliptos clonais para produção de bio-massa para energia em curtíssima rotação é que levou a organização do World Bioenergy 2010 à conferir ao professor Laércio Couto o seu pri-meiro prêmio nessa área. Foram 90 cientistas e pesquisadores indicados inicialmente do mundo inteiro dos quais foram escolhidos apenas sete fi -nalistas: provenientes do Canadá, Finlândia, Índia, Nova Zelândia, Suécia, Estados Unidos e o profes-sor Laércio Couto, do Brasil, ganhador do prêmio.

Ele dedicou o seu prêmio à comunidade de pesquisadores internacionais, a sua equipe da Renabio, à esposa Maria José e aos fi lhos Luciano, Juliana e Michelle, todos eles engenheiros fl ores-tais, formados pelo Departamento de Engenha-ria Florestal da UFV.

Professor da UFV é agraciado com premio

na Suécia

Os 35 anos de atividade da Embrapa Milho e Sorgo foram comemorados, em cerimônia rea-lizada em sua sede, em Sete Lagoas, com a pre-sença de empregados da empresa, autoridades e representantes de instituições parceiras, dentre as quais a Universidade Federal de Viçosa, repre-sentada pelo reitor Luiz Cláudio Costa, homena-geada pela atuação conjunta em diversas iniciati-vas de ensino, pesquisa e extensão.

Houve entrega de troféus a representantes

Embrapa Milho e Sorgo comemora seu 35º aniversário e homenageia a UFV

Agro News

de diversos segmentos que colaboraram com os serviços prestados pela Embrapa Milho e Sorgo à sociedade. Dentre os homenageados, destaca-ram-se três personalidades pelas contribuições prestadas ao longo da história da Embrapa Milho e Sorgo: Alysson Paulinelli, um dos responsáveis pela criação da Embrapa e membro do Conselho Assessor Externo da Unidade; Antônio Fernandino de Castro Bahia Filho, que, por três gestões, foi chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo; e Afrânio

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empregados aposentados e na ativa e parceiros", afirmou Vera.

Ao agradecer a homenagem, o reitor Luiz Cláudio Costa afirmou que "a UFV se sente honra-da em fazer parte da Embrapa Milho e Sorgo, uma unidade pioneira da Embrapa, consolidada como um centro nacional, com a qual mantemos cola-boração desde a sua implantação. Some-se ainda a essa colaboração o orgulho que tem a UFV de ter colaborado na formação, em nível de graduação e pós-graduação, de grande parte dos pesquisa-dores da Embrapa e, em especial, desta unidade".

Conab estuda aumentar capacidade de armazenamento de grãos

O diretor de operações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rogério Colombini, disse hoje em São Paulo que o governo está estudando projetos para aumentar a capacidade de arma-zenamento de grãos e melhorar a distribuição dos estoques no Brasil até o fim do ano. Segundo Colom-bini, o País tem capacidade para estocar as mais de 150 milhões de toneladas de grãos que produz, mas é preciso melhorar essa estrutura. Ele disse que essa capacidade está ajustada hoje porque, com a crise financeira de 2008, a comercialização foi mais lenta, principalmente em Mato Grosso, onde o milho foi colocado a céu aberto. Isso fez com que a produção de duas safras consecutivas disputasse espaço nos armazéns.

O diretor da Conab, que participou na capital paulista de uma reunião da cadeia produtiva do milho com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse que um silo com capacidade para armazenar 100 mil toneladas de grãos entrará em fase de testes com carga no dia 15 de junho. A unidade está instalada em Uberlândia (MG) e deve passar a funcionar em julho. Colombini disse ainda que a estatal quer viabilizar a estocagem de grãos no Nordeste. Para isso, estuda colocar silos individuais, com capa-cidade entre 47 mil e 60 mil toneladas, dentro das unidades armazenadoras que a companhia já possui na região. "Com estes silos menores poderemos atender a avicultura, a suinocultura e o mercado de balcão", disse, sem, no entanto, quantificar o tamanho da expansão em armazenagem pretendida pela Conab.

Avelar Marques Ferreira, ex-prefeito de Sete La-goas, que apoiou a Unidade desde sua fundação.

Para a chefe geral da Embrapa Milho e Sor-go, Vera Maria Carvalho Alves, a cerimônia mar-cava as comemorações de 35 anos de Embrapa Milho e Sorgo e 103 anos de pesquisa agrícola na região de Sete Lagoas. Foi um momento de reconhecimento às pessoas que participaram ati-vamente do trabalho realizado durante décadas.

"Estamos aqui para agradecer e homenagear os principais responsáveis pelo sucesso da Unidade:

Cosan chega ao Centro-Oeste com inauguração de usina Jataí, em GoiásO Grupo Cosan inaugurou, em Jataí (GO), a usina que carrega o mesmo nome da cidade. O empre-

endimento contou com aproximadamente R$ 1 bilhão, distribuídos entre as áreas agrícola, industrial e administrativa. Deste montante, R$ 639 milhões foram contratados por meio de financiamento com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A capacidade instalada da nova planta permitirá a produção de 370 milhões de litros de etanol por safra. "A chegada da Cosan no Cen-tro-Oeste contribuirá para acelerar o processo de desenvolvimento de Goiás, aumentando a geração de emprego e renda, priorizando a contratação de mão de obra local. A empresa utilizará nesta unidade a mais moderna tecnologia disponível empregada no campo e no processo industrial", afirmou, em nota, o presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto Silveira Mello. A nova unidade é considerada a mais moderna usina de etanol do mundo. O empreendimento também realizará a co-geração de energia elétrica proveniente do bagaço e da palha da cana, com potência instalada de 105 MW de energia elétrica. A companhia prevê ainda comercializar o excedente desta produção.

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Universidade Federal de ViçosaHá mais de 80 anos Formando

profissionais de vanguarda

Em 28 de agosto de 1926, foi inaugurada, em Viçosa, a ESAV – Escola Supe-rior de Agricultura e Veterinária, por seu idealizador, Arthur da Silva Bernar-des, Presidente da República e filho ilustre de Viçosa.

A Escola foi implantada tomando como modelo as atividades de ensino, pesquisas e extensão, dos land-grant colleges dos EUA. Para isso, o Presidente Arthur Bernardes con-vidou o professor Peter Henry Rolfs da Universidade da Florida, para organizar e dirigir a Escola.

Em 1948, transformou-se na Universidade Rural de Minas Gerais (UREMG), que reunia as seguintes unidades: Escola Superior de Agricultura, Escola de Veterinária, Escola de Ciências Domésticas, Escola de Especialização (cursos de Pós-graduação) e o Serviço de Pesquisa e Extensão.

Em 15 de julho de 1969, a Instituição foi federalizada, recebendo o nome de UFV - Universidade Federal de Viçosa.

Ao longo dos anos, a UFV se projetou nacional e internacionalmente por suas pes-quisas, publicações técnicas e científicas, intenso trabalho de extensão e formação de pro-fissionais que passaram a atuar em todo Brasil e em outros países, tanto na iniciativa privada quanto em instituições de governo e em organismos multilaterais. Com ambicioso programa de capacitação e intercâmbio interinstitucional, vem proporcionando continua-mente o treinamento de seu pessoal, estando entre as instituições brasileiras com o maior número de doutores em seu quadro docente.

A contribuição da Universidade tem sido fundamental para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, como se pode verificar na área de solos, propiciando as condições para implantação da cultura da soja no país. Os pesquisadores da UFV tem produzido gran-de acervo de conhecimento nas mais diversas áreas, incorporando significativo número de produtos e serviços ao cotidiano da população

A universidade atua nos campi de Viçosa, Florestal e Rio Paranaiba, com mais de 13 mil alunos distribuídos entre cursos de graduação e progromas de pós-graduação, nas áres de ciencias agrárias, biológicas e da saúde, exatas e tecnológicas e humanas, letras e artes. O nível dos cursos da UFV está entre os mais bem conceituados do Brasil, tanto nas avaliações oficiais quanto nas realizadas por veiculos de comunicação.

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A Universidade Federal de Viçosa originou-se da Esco-la Superior de Agricultura e Veterinária - ESAV, criada pelo Decreto 6.053, de 30 de março de 1922, do então

Presidente do Estado de Minas Gerais, Arthur da Silva Bernardes.

A ESAV foi inaugurada em 28 de agosto de 1926, por seu idealizador Arthur Bernardes, que na época ocupava o cargo máximo de Presidente da República. Em 1927 foram inicia-das as atividades didáticas, com a instalação dos Cursos Fun-damental e Médio e, no ano seguinte, do Curso Superior de Agricultura. Em 1932 foi a vez do Curso Superior de Veteriná-ria. No período de sua criação, foi convidado por Arthur Bernar-des, para organizar e dirigir a ESAV, o Prof. Peter Henry Rolfs.

A História da Universidade Federal de Viçosa

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Também veio, a convite, o Engenheiro João Carlos Bello Lisboa para administrar os trabalhos de construção do estabelecimento.

Visando ao desenvolvimento da Escola,

em 1948, o Governo do Estado transformou a mesma em Universidade Rural do Estado de Minas Gerais – UREMG, que era composta da Escola Superior de Agricultura, da Escola Supe-rior de Veterinária, da Escola Superior de Ciên-cias Domésticas, da Escola de Especialização (Pós-Graduação), do Serviço de Experimen-tação e Pesquisa e do Serviço de Extensão.

Graças a sua sólida base e a seu bem estruturado desenvolvimento, a Univer-sidade adquiriu renome em todo o País, o que motivou o Governo Federal a fede-ralizá-la, em 15 de julho de 1969, com o nome de Universidade Federal de Viçosa.

A Universidade Federal de Viçosa vem acu-mulando, desde sua fundação, larga experiên-cia e tradição em ensino, pesquisa e extensão, que formam a base de sua fi losofi a de trabalho.

Desde seus primórdios, a UFV tem se pre-ocupado em promover a integração vertical do ensino. Neste sentido, trabalha de maneira efetiva, mantendo, atualmente, além dos cur-sos de graduação e pós-graduação, o Colégio Universitário (Ensino Médio Geral), a Central de Ensino e Desenvolvimento Agrário e Flores-tal (Ensino Médio Técnico e Médio Geral), a Es-cola Estadual Effi e Rolfs (Ensino Fundamental e Médio Geral), o Laboratório de Desenvolvi-mento Humano (4 a 6 anos) e, ainda, a Creche, que atende a crianças de 3 meses a 6 anos.

Por tradição, a área de Ciências Agrá-rias é a mais desenvolvida na UFV, sendo conhecida e respeitada no Brasil e no Exte-rior. Apesar dessa ênfase na agropecuária, a Instituição vem assumindo caráter eclético, expandindo-se noutras áreas do conhecimen-to, tais como Ciências Biológicas e da Saúde,

Ciências Exatas e Tecnológicas e Ciências Humanas, Letras e Artes. Trata-se de uma postura coerente com o conceito da moder-na universidade, tendo em vista que a intera-ção das diversas áreas otimiza os resultados.

A UFV tem contado com o trabalho de pro-fessores e pesquisadores estrangeiros de reno-me na comunidade científi ca, que colaboram com o seu corpo docente, ao mesmo tempo em que executa um programa de treinamento que mantém diversos profi ssionais se espe-cializando no Exterior e no País. Nesse parti-cular, a UFV é uma das instituições brasileiras com índices mais elevados de pessoal docente com qualifi cação em nível de pós-graduação.

A Universidade tem inúmeros motivos para se orgulhar de seu passado e presente de trabalho, sacrifícios e êxitos e, por isso, sente-se forte e preparada para o futuro, pronta a oferecer soluções que efetivamente colabo-rem para que o Brasil enfrente, com seguran-ça e dignidade, todas as condições adversas que se antevêem na conjuntura mundial.

Arthur BernardesIdealizador da UFV

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Universidade Federal de Viçosa DEA - Departamento Engenharia Agrícola

Histórico

O Departamento de Engenharia Agrícola (DEA), que completou 80 anos de existência em 2007,

tem como missão contribuir para a formação de profi ssionais qualifi cados com capacidade para o aprendizado continuado e espírito em-preendedor para atender às demandas da so-ciedade. Também é objetivo do Departamen-to a geração e transmissão de conhecimentos por meio do binômio pesquisa e extensão.

O DEA oferece inúmeras disciplinas para

os diversos cursos de graduação e pós-gra-duação da Universidade Federal de Viçosa. Atualmente, o DEA coordena os cursos de gra-duação em Engenharia Agrícola e Ambiental e de pós-graduação strictu sensu em Engen-haria Agrícola e Meteorologia Agrícola.

Criado em 1927, como Departamento de Engenharia Rural, o DEA ocupa hoje uma área total construída superior a 11.000 me-tros quadrados, na qual se incluem gabinetes para docentes, laboratórios, salas de aula e instalações para o apoio administrativo, além de áreas de campo para desenvolvimento de trabalhos de pesquisas e atividades de ensi-no. A sede do Departamento se encontra no Edifício Paulo Mário Del Giúdice, no campus principal da UFV.

O Departamento, que possui convênios com inúmeras empresas e Universidades do Brasil e do exterior se divide organizacional-

Capa

"A Universidade Federal de Viçosa, através de seu Departamento de Engenharia Agrícola, foi a primeira Instituição da América do Sul a iniciar, há cerca de 40 anos, suas pesquisas e pós-graduações em Construções Rurais e Ambiência. Hoje já são muitas teses de mestrado e doutorado defendidas; além de estudantes trabalhan-do simultaneamente para dar prosseguimento aos trabalhos do Núcleo."

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Universidade Federal de Viçosa DEA - Departamento Engenharia Agrícola

mente em grandes setores, que possuem suas disciplinas, linhas de pesquisa e campos de atuação dentro da Engenharia Agrícola.

A formação e a dedicação dos professo-res do DEA assim como o nível das discipli-nas oferecidas e das pesquisas realizadas são de extrema importância para a manutenção do padrão de qualidade do Departamento e, consequentemente, dos programas de pós-graduação à ele vinculados.

Diante destes aspectos o DEA considera fundamental: a) a reposição das vagas docen-tes geradas por aposentadoria ou outros moti-vos, visando a garantia da qualidade do ensi-no, pesquisa e extensão e b) a implementação de um programa de treinamento dos docen-tes, em nível pós-doutoral, em instituições de excelência e em linhas de pesquisas consi-deradas estratégicas, visando a manutenção da qualifi cação dos profi ssionais do Departa-mento.

Considera-se que a capacitação perma-nente dos docentes/técnicos é uma necessi-dade institucional e não apenas o atendimento de uma aspiração individual do pesquisador. Nessa perspectiva é que foi elaborado o Plano de Capacitação dos Docentes e de Técnicos de Nível Superior do Departamento de Eng-enharia Agrícola para o período 2007-2010, em conformidade com a Resolução 02/96 do CEPE. O objetivo primordial é, neste período, elevar o número de docentes do DEA com pós-doutorado de 9 (26%) para 28 (82%), assim como ter 100% de seus professores com Dou-torado.

"A Universidade Federal de Viçosa, através de seu Departamento de Engenharia Agrícola, foi a primeira Instituição da América do Sul a iniciar, há cerca de 40 anos, suas pesquisas e pós-graduações em Construções Rurais e Ambiência. Hoje já são muitas teses de mestrado e doutorado defendidas; além de estudantes trabalhan-do simultaneamente para dar prosseguimento aos trabalhos do Núcleo."

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O Departamento de Engenharia Agrícola conta com uma biblioteca setorial em seu pré-dio sede, o Edifício Paulo Mário Del Giúdice.

A Biblioteca Professor Avelino Mantovani possui entre os exemplares disponíveis livros técnicos e manuais, projetos e as teses e dis-sertações defendidas nos programas de pós-graduação do Departamento.

O setor disponibiliza ainda, revistas cien-tífi cas, como coleção daTransactions of the American Society of Agricultural and Biolo-gical Enginners, que é disponibilizada gentil-mente pelo Prof. Tetuo Hara.

A biblioteca funciona em diversos horá-rios da semana, monitorada por estagiários do curso e pelo Técnico-Administrativo Clau-denílson L. Filomeno.

Para Falar com a Biblioteca Professor Avelino Mantovani: (31) 3899 2734.

Biblioteca Setorial do DEA

GraduaçãoO Departamento de Engenharia Agrícola atua na formação de

diversos profi ssionais formados pela UFV, por meio de sua estrutu-ra física, de seu elenco de disciplinas e de seu corpo docente.

Vários são os cursos de graduação atendidos, como por exem-plo Engenharia Florestal, Engenharia Civil, Engenharia Ambiental, Zootecnia, Agronomia, Química entre outros.

O DEA coordena as atividades do curso de Engenharia Agrí-cola e Ambiental. A mudança na grade curricular tradicional foi realizada acompanhando as mudanças ocorridadas nos cursos de Eng. Agrícola de países do hemisfério norte, que melhoraram a formação dos futuros profi ssionais nas áreas de Engenharia Am-biental, Engenharia Biológica e de Bio-Recursos.

O mercado de trabalho tem absorvido bem o Engenheiro Agrí-

cola e Ambiental e várias outras IES têm implantado a modalidade iniciada pioneiramente pela UFV.

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Pós-GraduaçãoO Departamento de Engenharia Agrícola oferece cursos de pós-graduação strictu sensu

em níveis de Mestrado e de Doutorado em Engenharia Agrícola e em Meteorologia Agrícola.

Para atender aos dois programas citados e a outros programas strictu sensu da UFV, o DEA conta com um corpo docente qualificado, com elevado conceito nacional, revelando invejável experiência tanto no ensino quanto na pesquisa e extensão, confirmada pelas últimas ava-liações feitas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES).

No decorrer do biênio 2008-2009, o DEA ofereceu um curso de mestrado interinstitucional (MINTER) junto ao Centro Universitário Luterano de Palmas, na área de Recursos Hídricos e Ambientais.

Para maiores informações sobre os cursos acesse os sites dos programas de pós-gra-duação: Engenharia Agrícola; Meteorologia Agrícola

Dados Gerais sobre o Programa

A Universidade Federal de Viçosa (UFV) vem oferecendo Pós-Graduação em Engenha-ria Agrícola, em níveis de mestrado e doutora-do, desde 1970 e 1989, respectivamente. O mestrado foi credenciado pelo Conselho Fe-deral de Educação (CFE), conforme o Parecer nº 1.678/79, homologado pelo Ministério da Educação e Cultura em 06.12.79, publicado no Diário Oficial em 04.02.80 e recredenciado conforme o Parecer do CFE nº 205/85, homo-logado pelo Ministério da Educação e Cultura em 30.04.85 e publicado no Diário Oficial em 03.05.85. O doutorado foi recomendado pelo GTC/CAPES em 08.03.89.

DURAÇÃO

A duração do curso é de 24 e 36 meses, para o mestrado e o doutorado, respectiva-mente.

OPÇÕES

Mestrado e Doutorado

• Construções Rurais e Ambiência;

• Energia na Agricultura;

• Recursos Hídricos e Ambientais;

• Mecanização Agrícola; e

• Pré-Processamento e Armazenamento de Produtos Agrícolas

Pesquisa Exigem-se do candidato ao título de “Ma-

gister Scientiae” ou de “Doctor Scientiae” o preparo e a defesa de uma tese, baseada em pesquisa original e conduzida sob a super-visão de uma Comissão Orientadora.

O Programa oferece oportunidade de pes-quisa em diversas linhas.

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AdmissãoO candidato deverá ter curso superior de du-ração plena, cujo currículo indique formação adequada em disciplinas pertinentes ao pro-grama. A seleção de candidatos é feita pela Comissão Coordenadora, sujeita à aprovação do Consel-ho de Pós-Graduação. O julgamento dos processos tem por base, principalmente, o estudo dos dados registra-dos no formulário de inscrição e na documen-tação que o acompanha.

São documentos necessá-rios à inscrição:

• Formulário de inscrição (duas vias);

• Cópia autenticada do diploma do curso su-perior ou documento equivalente (para o do-utorado exige-se o diploma de mestrado);

• Histórico Escolar do curso superior (para o doutorado exige-se, também, o histórico esco-lar de mestrado);

• “Curriculum Vitae” (duas vias comprova-das);

• Planos para o futuro (duas vias);

• Proposta de projeto de pesquisa (apenas para o candidato ao Programa de Doutorado) • Cartas de recomendação de três pessoas ligadas à formação acadêmica ou às ativida-des profissionais do candidato (facultativo); e

• Comprovante de pagamento da taxa de ins-crição.

As inscrições são aceitas até o dia 15 de set-embro, no ano corrente para o início dos estu-dos no primeiro período letivo do ano seguin-te, e até 15 de maio, para o início no segundo período letivo do mesmo ano, em caso de existência de vagas.

Processo incompleto não será apreciado.

BOLSAS DE ESTUDO

A CAPES, o CNPq e a FAPEMIG concedem à Universidade Federal de Viçosa bolsas de estudo, que são distribuídas a candidatos previamente selecionados pelas respectivas áreas. A distribuição das bolsas é feita após a matrícula, de acordo com a disponibilidade e a classificação do candidato.

O estudante estrangeiro deverá possuir recur-sos próprios para sua manutenção ou pleitear bolsa de estudos junto aos órgãos financiado-res no Brasil, que mantenham Programa de Cooperação com o seu País.

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22 Revista Agricultura & Engenharia

Disciplinas da área de ConcentraçãoO candidato ao mestrado deverá cursar o

mínimo de 24 créditos e o candidato ao douto-rado, o mínimo de 48, em disciplinas escolhidas dentro da área de concentração e do domínio conexo do Programa. No entanto, os estudantes de doutorado poderão solicitar o aproveitamen-to de até 24 créditos dos obtidos no programa de mestrado. As disciplinas da área de concen-tração deverão totalizar 50% ou mais do núme-ro mínimo de créditos exigidos.

As disciplinas são identificadas por um có-digo composto de três letras maiúsculas, refe-rentes ao Departamento que ministra a disci-plina, seguidas de um número formado de três algarismos. O algarismo das centenas indica o nível em que a disciplina é ministrada. As dis-ciplinas de nível 500 são de nível duplo, gra-duação e pós-graduação. As de nível 600 e 700

são disciplinas da pós-graduação e avançada de pós-graduação, respectivamente. O algarismo das dezenas indica o grupo de ensino e o alga-rismo das unidades identifica a disciplina dentro do seu nível e grupo de ensino a que pertence a disciplina dentro do Departamento, indepen-dentemente do nível em que é ministrada. Em seguimento ao número, aparece o título da dis-ciplina, acompanhado de outra caracterização que indicará o número de créditos, a carga horária semanal, o período letivo em que será ministrada a disciplina. Uma unidade de crédi-to corresponde a 15 horas de preleção ou, no mínimo, a 30 horas de aula prática.

Exemplo:

ENG 634 – Engenharia de Sistemas Agríco-las 3(3-2) II. Disciplina de pós-graduação ofere-cida pelo Departamento de Engenharia Agríco-la, com três créditos, carga horária duas horas de aula teórica e duas horas de aula prática por semana, lecionada no primeiro e no segundo período letivo.

PesquisaÁreas do departamento de Engenharia Agrícola com suas principais linhas de pesquisa e pesquisadores

1. Construções Rurais e AmbiênciaProjetos Racionais de Investimentos Fixos, Considerando os Aspectos Bioclimáticos.

Pesquisadores:Cecília de Fátima SouzaFernando da Costa BaetaIlda de Fátima Ferreira TinocoValmir Sartor

2. Energia na AgriculturaUso e Racionalização da Energia Elétrica no Meio Rural, Utilizando das Fontes de Energia na Agricultura.

Pesquisadores:Delly Oliveira FilhoJosé Helvecio MartinsJosé Márcio CostaJuarez de Sousa e Silva

3. Mecanização AgrícolaProjetos e Ensaios, Máquinas Agrícolas, Inte-ração Solo-Máquina, Engenharia de Aplicação de Defensivos e Agricultura de Precisão.

Pesquisadores:Daniel Marçal de QueirozFrancisco de Assis de Carvalho Pinto

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Haroldo Carlos FernandesLuciano Baião VieiraMauri Martins TeixeiraRicardo Capúcio de Rezende

4. Meteorologia AgrícolaInteração Tempo e Clima com Produtividade Animal e Vegetal; Fatores Ambientais e suas Relações com Localização e Tipos de Cultivos, Energia Solar na Agricultura.

Pesquisadores:Aristides Ribeiro Flávio Barbosa Justino Gilberto Chohaku SediyamaJosé Maria Nogueira da CostaLuiz Cláudio CostaMarcos Heil CostaPaulo José Hamakawa Sérgio Zolnier

5. Pré-Processamento e Armazenamento de Produtos Agrícolas. Secagem, Armazenamento e Manuseio das Produções Agrícolas.

Pesquisadores:Adílio Flauzino de Lacerda Filho Evandro de Castro MeloJadir Nogueira da SilvaJuarez de Sousa e SilvaLêda Rita D´Antonino FaroniMárcio Arêdes MartinsPaulo César Corrêa

6. Recursos Hídricos e AmbientaisEstudos de água e solo; gestão de recursos hí-dricos; conservação de solos e água, manejo e tratamento de resíduos.

Pesquisadores:Alisson Carraro BorgesAntonio Alves SoaresAntonio Teixeira de MatosDemetrius David da SilvaEverardo Chartuni MantovaniFernando Falco PruskiMárcio Mota RamosMauro Aparecido MartinezPaulo Afonso FerreiraRubens Alves de Oliveira

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Sitios do DEADepartamento de Engenharia Agricola

Universidade Federal de Viçosa

Agrijúnior

Associação Júnior Agrícola e Ambiental

O que é a AGRIJÚNIOR?

A Associação Júnior Agrícola e Ambiental da Universidade Federal de Viçosa é uma as-sociação civil, sem fins lucrativos, constituí-da essencialmente por alunos do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da referida Universidade com sede e fórum na cidade de Viçosa, estado de Minas Gerais. A filosofia da Associação Júnior Agrícola e Ambiental é complementar a formação acadêmica a nível prático de seus integrantes e desta maneira proporcionar ao produtor rural assessoria pro-fissional de qualidade a custos acessíveis sob a orientação de professores especialistas no emprego da Engenharia na Agricultura.

Finalidade: • Complementar a formação teórica dada na universidade com uma aplicação prática, além de proporcionar um confronto direto do aluno de Engenharia Agrícola e Ambiental com a realidade de sua vida profissional fu-tura; • Valorizar a instituição de ensino como um todo no mercado de trabalho, além de aproxi-mar empresa, produtor agrícola e universida-de facilitando a absorção dos estudantes de Engenharia Agrícola e Ambiental no mercado de trabalho; • Incentivar o espírito empreendedor e abrir espaço a novas lideranças; • Viabilizar pesquisas, cursos, seminários e

palestras sobre temas novos e específicos na sua área de atuação; • Proporcionar ao produtor agrícola, ao mi-cro, pequeno e médio empresário um trabal-ho de qualidade e com preços acessíveis; Incentivar a cultura da organização, da quali-dade e da eficiência na produção agrícola, nas micro, pequenas e médias empresas; Promover, difundir e proporcionar a integração cultural entre a entidade e outras com as mes-mas finalidades e os demais segmentos da sociedade.http://www.ufv.br/dea/agrijunior

AMBIAGRO

Núcleo de Pesquisas em Ambiência e Arquite-tura de Sistemas Agroindustriais

Quem Somos

O Núcleo de Pesquisa em Ambiência e Eng-enharia de Sistemas Agroindustriais (AMBIA-GRO) foi criado em 2001, junto ao Departa-mento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Viçosa, como resultado de um des-ejo conjunto dos professores, pesquisadores, estudantes de pós-graduação, iniciação cien-tífica, estagiários e técnicos, os quais trabal-havam num objetivo comum: fazer ciência e contribuir na educação e desenvolvimento tecnológico em toda a Área de Construções Rurais e Ambiência. O Ambiagro desenvolve pesquisas na área de Ambiência e Engenharia de Sistemas Agroin-dustriais. As principais linhas de pesquisa des-envolvidas pelo núcleo são:

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• Ambiência e Instalações na Produção Ani-mal e Vegetal; • Metodologia de projetos; • Inteligência Artificial ou Sistema de Apoio a Decisão (SAD); • Materiais e Técnicas Construtivas para Pro-jetos Agroindustriais; • Estruturas e Edificações Rurais; • Manejo e tratamento de Resíduos Agroin-dustriais; • Qualidade do ar e preservação ambiental; • Bem estar animal;

O AMBIAGRO agrega profissionais de várias áreas tais como engenheiros agrícolas e am-bientais, arquitetos, agrônomos, engenheiros civis, zootecnistas, veterinários, matemáticos,

físicos, técnicos de nível superior e de nível mé-dio, da Universidade Federal de Viçosa, como de outras Universidades do Brasil e exterior. A infraestrutura do AMBIAGRO é composta por um prédio com 06 gabinetes, uma sala de re-uniões, uma sala de treinamento, um saguão e sala de recepção, bem como área experi-mental de 1000 m² anexa. O objetivo do Am-biagro é o crescimento solidário com todos os centros e núcleos de pesquisa na área de ma-neira a realizar um trabalho integrado entre as mais diversas unidades. Com isto, visa-se garantir e tornar cada vez mais fácil o fluxo de informações e o desenvolvimento das parce-rias em Ambiência e Arquitetura de Sistemas Agroindustriais, em toda a extensão deste nome. http://www.ufv.br/dea/ambiagro

CENTREINAR Centro Nacional de Treinamento em Armaze-nagem, vinculado ao DEA

O Centro Nacional de Treinamento em Arma-zenagem - CENTREINAR foi criado em 21 de agosto de 1975, por meio de um acordo entre a Universidade Federal de Viçosa e a Compan-hia Brasileira de Armazenamento, hoje Com-panhia Nacional de Abastecimento. De acordo com os estatutos do CENTREINAR, o Centro tem por finalidade: I – Treinar, em cursos de curta duração, pes-soal de nível elementar, médio e superior ministrando-lhes conhecimentos suficientes para:a) proceder com segurança à armazenagem de grãos;b) fiscalizar ou assessorar as operações perti-nentes à armazenagem de grãos, bem como verificar a qualidade destas, durante o desen-volvimento do período de armazenagem;c) assessorar órgãos públicos e privados, de tal forma que o processo de armazenagem se realize dentro das especificações ditadas pela pesquisa e experiência.II – Formular bases para utilização de equipa-

mentos de preparo e manuseio, de forma a causar o mínimo de dano ao produto durante o processamento, formando mão-de-obra ca-pacitada para operá-lo, através de programas específicos de pesquisa aplicada e de testes de equipamentos. III – Editar a Revista Brasileira de Armazena-mento, o Jornal da Armazenagem e a Série CENTREINAR, esta de livros técnicos especia-lizados. http://www.centreinar.org.br

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GPRH Grupo de Pesquisas em

Recursos HídricosO Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos (GPRH) é um grupo voltado ao desenvolvi-mento de tecnologias e obtenção de subsídios para o adequado planejamento e manejo dos recursos hídricos. Com essas informações pretende-se:• otimizar o dimensionamento e mane-jo de projetos hidroagrícolas, reduzindo o seu custo de implantação e manutenção; • minimizar os prejuízos decorrentes da exploração agropecuária sobre os recursos naturais;• otimizar o aproveitamento da água, tanto para a agricultura como para diversas outras atividades; e• otimizar o processo de gestão dos re-cursos hídricos. http://www.ufv.br/dea/gprh

Grupo de Pesquisa em Inte-ração Atmosfera-Biosfera

www.biosfera.dea.ufv.br

Grupo de Pesquisas em Secagem de Plantas

Medicinais

O objetivo é disponiblizar informações sobre pesquisas, publicações e pesquisadores do grupo. www.secagemplantamedicinal.eng.br

Grupo PET Engenharia Agrícola e Ambiental

pet.eaa é a sigla para o grupo do Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC no curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UFV.Somos o grupo-caçula da nossa tradicional universidade e estamos na ativa desde outu-bro de 2009. No momento, o grupo conta com seis petianos, tendo previsão de expansão para agosto de 2010. www.ufv.br/pet.eaa

HIDROTECGeração e Transferência de Tecnologia em

Recursos Hídricos

O HIDROTEC é um programa de pesquisa e desenvolvimento direcionado à geração e transferência de tecnologia de suporte para o planejamento, dimensionamento, manejo e gestão de projetos envolvendo os recursos hídricos, no estado de Minas Gerais (Estudos hidrológicos revistos e atualizados a cada 5 anos). www.hidrotec.ufv.br

Laboratórios de Controle da Qualidade Ambiental

O Laboratório de Qualidade de Água do Depar-tamento de Engenharia Agrícola e Ambiental da Universidade Federal de Viçosa está desen-volvendo pesquisas, desde 1998, conduzindo análises de resíduos em plantas, água e solo, contando com equipe técnica capacitada e ex-periente, principalmente na área de aprovei-tamento agrícola de resíduos agroindustriais. Diversos projetos de pesquisas neste tema já foram concluídos e vários estão em andamen-to. www.ufv.br/dea/lqa

Pós-Colheita

Sítio do Grupo Pós-Colheita do DEAwww.pos-colheita.com.br

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Atuação do Engenheiro Agrícola e Ambiental

Acompanhando as mudanças ocorridas nos cursos de Engenharia Agrícola nos países mais desenvolvidos (EUA e alguns países da Europa), que melhoraram a formação

dos futuros profi ssionais nas áreas de Engenharia Ambien-tal, Engenharia Biológica e de Recursos Biológicos, o curso de Engenharia Agrícola da UFV também foi adequado à nova realidade e às necessidades do mercado, passando a formar o Engenheiro Agrícola e Ambiental.

Especial

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O mercado de trabalho tem absorvido bem o engenheiro agrícola e ambiental for-mado pela UFV, já que, por ser um profissio-nal com atribuições nas áreas de construções rurais, hidrologia, irrigação e drenagem, ener-gização rural, mecanização agrícola e armaze-namento e processamento de produtos agrí-colas, ele passou a poder atuar também na solução de problemas ambientais, decorren-tes de atividades agropecuárias, agroindus-triais, industriais e urbanas, seja no tratamen-to e destinação final dos resíduos, na gestão e qualidade da água e do solo ou na recupe-ração de áreas degradadas.

A crescente contratação de engenheiros agrícolas e ambientais, para assumir cargos de responsabilidade ou mesmo de gerência na área ambiental em usinas siderúrgicas, mineradoras e até em empresa petrolífera, é indicativo da ampliação do mercado de tra-balho para esses profissionais.

A boa aceitação do profissional pelo mer-cado se dá em razão da sua formação básica em diversos ramos das engenharias, o que possibilita que esse profissional, além de dar adequada solução ao problema ambiental, possa intervir no processo produtivo, de forma a minimizar os problemas ambientais causa-dos pela atividade.

O acerto da UFV nas alterações efetua-das no curso de Engenheiro Agrícola pode ser comprovado pelo fato de que cinco universida-des federais seguiram seu exemplo, passan-do também a oferecer o curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, enquanto muitas outras estão se preparando para efetuar a mesma mudança. Confira um resumo das principais áreas de atuação dos egressos de nossos cur-sos:

Armazenamento e Processamento de Produtos Agrícolas

O armazenamento e processamento de produ-tos agrícolas constituem, cada vez mais, uma propriedade dos sistemas de produção de ali-mentos, pois a preservação da qualidade e quantidade dos produtos é uma necessidade capital de nossa época. O Eng. Agrícola e Am-biental está capacitado para atuar no Setor de Armazenamento em diversas atividades: col-heita, transporte e processo de limpeza, prin-cípios de secagem, operação de secadores e, finalmente, controle da qualidade no sistema de armazenagem, assim como no desenvolvi-mento e difusão de tecnologias e inovações.

O Centro Nacional de Treinamento em Ar-mazenagem vinculado ao DEA, oferece cursos de curta duração que possibilitam o treina-mento de pessoal na área de armazenagem de grãos. O Centro também publica a Revista Brasileira de Armazenamento.

Construções Rurais e Ambiência

O Eng. Agrícola e Ambiental é preparado para atuar na área de Construções Rurais e Ambiência por meio do estudo das caracterís-ticas dos materiais usados nas construções, bem como em suas especificações e formas de utilização; de dimensionamento de estru-turas; de planejamento, inclusive físico, de projetos de construção de unidades destina-das à exploração agropecuária; de orçamento de construções e elaboração de cronograma físico financeiro; de planejamento, projeto e execução de habitações rurais e agrovilas; de controle de poluição no que se refere a estru-turas para tratamento de resíduos orgânicos rurais, manejo de dejetos e saneamento bási-co; e, enfim, de controle de microclimas para

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maior rendimento das produções vegetais e animais.

O Núcleo de Pesquisas em Ambiência e Arquitetura de Sistemas Agroindustriais des-envolve pesquisas na área de ambiência e ar-quiteturas de sistemas agroindustriais.

Energia na Agricultura

Na área de Energia na Agricultura, o Eng. Agrícola e Ambiental é preparado para atuar na solução de diversos problemas tec-nológicos ligados ao uso da energia elétrica

ao meio rural; aproveitamento de pequenas quedas d’água; grupo motor-gerador; ramais rurais de concessionárias ou cooperativas de eletrificação rural; cálculo de demanda e distribuição elétrica na fazenda; instalações elétricas domiciliares; dimensionamento de alimentadores, de comando e de proteção de motores elétricos; dimensionamento e insta-lação de aparelhos eletrificados; comandos automáticos; proteção contra descargas at-mosféricas na fazenda.

Mecanização Agrícola

O uso de máquinas e implementos agrícolas vem se tornando cada vez mais importante na medida em que o setor de produção agro-pecuário se moderniza e tecnifica. A atuação do Eng. Agrícola e Ambiental nesta área está ligada ao projeto e à otimização do uso de má-quinas e implementos agrícolas empregados no preparo do solo, plantio, cultivo, na colhei-ta, no transporte e manuseio de produtos. Em pesquisa, atua na concepção e implemen-tação de máquinas agrícolas, em engenharia de sistemas, automação de máquinas agríco-las, mecanização da pequena propriedade, energização rural e mecânica de solos agríco-las.

Meteorologia Agrícola

A Meteorologia Agrícola é uma subdi-visão da meteorologia que estuda a relação entre os elementos meteorológicos e as ativi-dades agropecuárias. A partir deste estudo, o Eng. Agrícola e Ambiental poderá: quantificar as exigências hídricas das culturas, que é uma formação importante para o dimensionamen-to e manejo de sistemas de irrigação; elaborar mapas de zoneamento agroclimáticos; carac-terizar o início e a duração da estação chu-vosa, bem como a ocorrência de veranicos; otimizar o conforto térmico das instalações

Especial

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agrícolas; avaliar as condições de umidade do ar para a determinação do tempo de secagem dos grãos; e fornecer outros subsídios impor-tantes, visando ao aumento da produtividade.

Recursos Hídricos e Ambientais

Na área de Recursos Hídricos e Ambien-tais, o acadêmico é capacitado para fazer o diagnóstico e atuar na elaboração, implemen-tação e no manejo de projetos de irrigação (de superfície e subterrânea); no planejamen-to, na conservação e no manejo de recursos hídricos e edáficos em bacias hidrográficas; e no projeto de estruturas hidráulicas para a acumulação, captação, elevação e condução de água.

O egresso do curso também pode atuar no controle da poluição, no estudo de impac-tos ambientais e no uso de tecnologias para manejo, disposição e tratamento de resíduos gerados nas atividades agropecuárias, agroin-dustriais e urbanas.

O Grupo de Pesquisas em Recursos Hídri-cos atua no desenvolvimento de tecnologias para subsidiar o planejamento e manejo inte-grados dos recursos hídricos, visando o des-envolvimento sustentável da agricultura. Nos Laboratórios de Controle da Qualidade Am-biental são realizados estudos de diagnóstico e monitoramento de qualidade das águas e do solo e estudos sobre tratabilidade de resí-duos orgânicos.

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Mercado

Líder mundial em equipamentos agrícolas, a New Holland é um dos maiores e mais respeitados fabri-cantes de equipamentos agrícolas.

Para atender especificamente a cada tipo de necessidade dos produtores de todos os portes, a New Holland produz uma ampla e completa linha de tratores de pequena, média e grande potência, além de colheitadeiras de grãos e implementos.

Em qualquer ponto do planeta, a New Ho-lland garante desempenho e alta qualidade em todos os produtos que levam a sua marca. A cada 5 tratores vendidos no mundo, um é New Holland. E suas collheitadeiras, referên-cia em tecnologia, eficiência e produtividade, são as mais vendidas na América Latina. Esta grande conquista de mercado se deve ao cons-tante investimento da New Holland em novos produtos destinados a todos os segmentos de atividades agrícolas.

Presente em todos os continentes, com uma rede de mais de 5 mil concessionários,

New Holland. Especialista no seu sucesso.

a New Holland apresenta uma forte e eficien-te estrutura de pós-vendas que garante a alta qualidade, a tecnologia e a segurança dessa marca mundial. No Brasil, as primeiras colhei-tadeiras New Holland chegaram no início da década de 70, marcando uma forte relação entre as máquinas amarelas e o homem do campo. O sucesso foi tão grande que a empre-sa se instalou no Brasil, inaugurando a fábrica da New Holland Latino-Americana em Curiti-ba, em 1975.

A New Holland trouxe modernidade e inovação ao setor no País e foi conquistando mais espaço à medida em que a nossa agri-cultura crescia e se profissionalizava. A diver-sidade da agricultura brasileira impulsionou a New Holland a se desenvolver e a atender, cada vez melhor, às suas especificidades.

Somando hoje mais de trinta anos de

Brasil, a New Holland pode dizer participou e viu bem de perto o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, cobrindo os campos de azul e amarelo. Fonte: http://agriculture.newholland.com/br

COLHEITADEIRAS NEW HOLLAND TC

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A marca Valtra, controlada pela AGCO Corporation, está consolidada no Brasil como uma grande fabricante de tratores e também como expor-

tadora, atendendo atualmente à demanda de mais de 60 países. Primeira montadora de tratores a se instalar no Brasil, há 50 anos, em 2007 a empresa ingressou no mercado de colheitadeiras e de plantadeiras. Hoje oferece uma linha completa de máquinas agrícolas, do preparo do solo à colheita.

Com uma rede de 150 pontos de venda e assistência técnica no Brasil, a Valtra conta também com 13 distribuidores nos demais países da América Latina e exporta para mais de 60 nações, estando plenamente capacita-da para atender às exigências do mercado e às necessidades dos seus clientes. A marca conta com uma rede que se diferencia por oferecer um atendimento de excelência em vendas, pós-vendas e suporte técnico rápido, capacitado com a mais alta qualidade e efi -

ciência. Os produtos Valtra são reconhecidos

em função do seu baixo custo de manutenção e operação. No Brasil, a marca tem uma re-lação muito estreita e histórica com o setor sucroalcooleiro. Graças a uma linha comple-ta de produtos efi cientes e econômicos e ao excelente relacionamento com as usinas, a marca é líder absoluta neste segmento, aten-dendo cerca de 60 % da demanda de tratores.

A Valtra, com sede em Mogi das Cruzes/SP, também se destaca pelo pioneirismo nos testes com tratores movidos a biodiesel, cola-borando para o avanço da agricultura susten-tável. É a primeira empresa do setor no país a ter ofi cialmente liberado o uso de B-100 (100% biodiesel), com garantia de fábrica para o Brasil e demais países da América La-tina.

Fonte:www.agco.com.br/ e www.agcocorp.com

Valtrasoluções completas para o mundo globalizado

Mercado

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Artigo

Os dois argumentos centrais em defesa da empresa esta-tal seriam a necessidade de reduzir a dependência brasi-

leira do mercado internacional, uma vez que 74%, 49% e 92% do nitrogênio, do fósforo e do potássio, respectivamente, utilizados no Brasil na produção de fertilizantes são impor-tados; e a necessidade de promover maior concorrência no mercado, tendo em vista que a produção de fertilizantes é um oligopólio no Brasil e no mundo.

Os dois argumentos mostram que o tema é sensível. Os produtores rurais, como esperado, estão preocupados com o assunto porque são eles que pagam a conta de ferti-lizantes mais caros. Viabilizar o aumento da produção brasileira e promover maior con-corrência na produção fazem parte de um diagnóstico correto. Já o remédio, a estatal dos fertilizantes, está mais para adoecer o paciente do que para curá-lo. O fundamental nesse debate é entender que o bom objetivo de estimular concorrência no fornecimento de nutrientes básicos à produção de fertilizantes não será resolvido com a criação de uma es-tatal. O buraco, na realidade, é mais embaixo.

A constatação de que a produção das matérias-primas básicas dos fertilizantes (ni-trogênio, fósforo e potássio) no Brasil não tem acompanhado a crescente demanda é um tema superado. A relação entre a produção nacional e a importação de fertilizantes inter-mediários se movimenta em favor das impor-tações, que vêm ganhando fatia de mercado no decorrer do tempo. Os dados da evolução por nutriente mostram a mesma tendência. No caso do nitrogênio, a produção doméstica

representava, em 2002, 47% do mercado e em 2008 representou 26%. No caso do fósfo-ro, esse movimento foi de 57% para 51% e, no caso do potássio, de 12% para 8%.

Não somente a produção nacional tem menor participação na oferta total, com ex-ceção do fósforo, como também não tem con-seguido acompanhar a demanda. Além disso, comparando o Brasil com o resto do mundo, os números também chamam a atenção. O Brasil é o terceiro maior importador mundial de nitrogênio, atrás apenas dos EUA e da Índia, é o maior importador de fósforo e o segundo maior importador de potássio, também atrás dos EUA.

A dependência de importações, no en-tanto, é uma questão capenga quando não analisada em conjunto com a estrutura de formação de preços dos fertilizantes no Brasil. A questão-chave a ser respondida aqui é a se-guinte: os preços domésticos de fertilizantes pagos pelos produtores no Brasil seguem os preços mundiais? Se seguem, o problema dos elevados preços está no mercado mundial. Se não seguem, há razões para se pensar em po-

Fertilizante estatizante

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líticas de estímulo á maior concorrência. Para responder a essa pergunta desenvolvemos um estudo analisando os preços internacio-nais e os preços pagos pelos produtores.

Nossa conclusão foi a seguinte: os preços domésticos são determinados pelos preços mundiais, mas, com exceção da ureia, fertilizante à base de nitrogênio, as variações nos preços ao produtor do superfosfato sim-ples e do cloreto de potássio são explicadas apenas em parte pelas oscilações dos preços internacionais, sugerindo que maior conco-rrência seria salutar para o produtor rural. Va-mos entender o que essa conclusão quer dizer.

Quando são analisados os preços inter-nacionais da ureia, da rocha fosfática e do clo-reto de potássio e são comparados aos preços de importação do Brasil e aos preços dos pro-dutos equivalentes praticados no mercado do-méstico (aqui utilizamos os preços em dólar para eliminar oscilações cambiais), observa-mos que, para cada linha de produto - nitro-gênio, fósforo e potássio -, os preços andam absolutamente juntos.

Como grande parte da oferta brasileira é feita a partir de matéria-prima importada (74%, 49% e 92%, respectivamente), a con-clusão de que os preços internacionais deter-minam os preços domésticos era esperada. Aliás, essa constatação demonstra que a con-centração na produção doméstica não é forte o sufi ciente para impedir o mercado de fun-cionar. Ao contrário: na formação dos preços, o mercado está funcionando bem.

Essa conclusão tem uma implicação: como os preços internacionais são determi-nantes dos preços domésticos, o produtor bra-sileiro estará sempre sujeito aos movimentos de mercado na Rússia (nos três produtos), na China, no Canadá, na Alemanha, no Marrocos, na Tunísia, na Ucrânia e nos EUA (em pelo me-nos um produto), a menos que o Brasil redu-za sua dependência de importações. A oferta, como se vê, é concentrada. Aliás, não poderia

ser diferente, porque, sendo um setor muito intensivo em capital, demandante de eleva-dos investimentos e com ganho de escala, a produção de nutrientes, em qualquer lugar do mundo, será sempre concentrada.

Superado o problema da formação dos preços, fi zemos a análise da infl uência dos preços internacionais nas oscilações dos preços domésticos. A pergunta aqui é a se-guinte: quando os preços domésticos oscilam - aliás, eles fazem isso o tempo todo -, quanto dessas variações pode ser explicado por os-cilações nos preços internacionais e/ou por variáveis associadas ao mercado doméstico, tais como demanda e, por que não, concen-tração da produção? Quando esse valor é mui-to elevado, como no caso da ureia, é sinal de que os movimentos no mercado doméstico refl etem integralmente os do internacional.

Já no caso do superfostato simples e do cloreto de potássio, cujos valores encontrados foram menores, fatores associados à estru-tura da indústria têm peso elevado nos mo-vimentos de mercado doméstico. Neste caso, estimular competição na indústria será bené-fi co para os produtores rurais e é isso que o governo deveria estar perseguindo, em vez de advogar a volta do capital estatal ao setor.

André M. Nassar Diretor-geral do ICONE (Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais). E-mail: [email protected]

Artigo

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37Revista Agricultura & Engenharia

Artigo

Defendo a tese de que a recen-te queda signifi cativa do des-matamento na Amazônia se deveu, pela ordem, aos fato-

res: 1) fi scalização; 2) pactos com setores pri-vados; 3) estímulos ao desenvolvimento sus-tentável. E que a meta ideal a ser alcançada é a inversão da ordem desses fatores.

Em 2009 (agosto de 2008 a julho de 2009), reduzimos o desmatamento para a menor taxa da história, 7 mil Km2, metade do ano anterior e 1/3 da média da década. Entre agosto de 2009 e fevereiro de 2010, houve nova queda de 50%. Alcançaremos o com-promisso de redução do desmatamento em 80% que o presidente Lula anunciou em Co-

penhague, antes de 2020 - provavelmente em 2014. Triplicamos a fi scalização do Ibama, da Polícia Federal e da Força Nacional, através da Coordenação Interministerial de Combate ao Crime Ambiental. O grileiro não pagava te-rra, imposto e multa, nem assinava carteira. Com o Decreto de Crimes Ambientais, apre-endemos o boi pirata, a madeira e o carvão ilegais, os leiloamos e doamos o resultado ao Bolsa Família. O crime ambiental deixou de compensar. Participamos de 30 operações, destruindo fornos de carvão e retirando o boi pirata de terras indígenas e de parques nacio-nais.

A Moratória da Soja, com os exportado-res de óleo vegetal e cereais, estipulou que es-

Diversidade ambiental

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ses não comprariam soja de área desmatada após 2006. O monitoramento constatou que o acordo foi cumprido em 95%. A soja deixou de ser fator do desmatamento da Amazônia. As-sinamos o Pacto da Madeira Legal com os ex-portadores; foi acordado o aumento da oferta da madeira de manejo sustentável; subscre-vemos o Acordo do Minério Legal com a Vale; com os bancos públicos e privados, fi rmamos o Protocolo Verde do Crédito, que veda fi nan-ciamentos a atividades predatórias. Com a Associação Brasileira de Supermercados, fi r-mamos o Acordo da Carne Sustentável; até o fi m de 2010, será retirada das prateleiras carne originada do desmatamento. É o con-sumo consciente entrando no jogo, levando à mudança de postura das empresas.

Os mecanismos de fi nanciamento, in-dução aos modelos tecnológicos e de orga-nização territorial são mais recentes e pro-missores. Concluímos em março de 2010 o Macrozoneamento Econômico-Ecológico (ZEE) da Amazônia. Este estabelece nove zo-nas na Amazônia, com vocações como: pre-servação do coração central, contenção das frentes de expansão, recuperação das áreas degradadas, mineração e portos, manejo fl o-restal e ecoturismo. Não haverá fi nanciamen-to para atividade em desacordo com o Macro ZEE. O Fundo Amazônia é estratégico. Seu conselho é composto pela SBPC, seringueiros, CNI (indústria), governos estaduais e federal, e gerido pelo BNDES. Da Noruega, obtivemos uma doação de um bilhão de dólares; os pro-jetos fi nanciados são de monitoramento e fi scalização, ciência e tecnologia, unidades de conservação e extrativismo, pagamento por serviços ambientais. Vinte projetos foram aprovados e dezenas estão em análise. O pre-sidente Lula decretou preços de garantia para dez produtos extrativistas, como borracha, castanha, açaí, pequi etc., possibilitando que centenas de milhares de extrativistas tenham vida digna convivendo com a fl oresta em pé.

A Operação Arco Verde foi lançada com dez ministérios, nos 43 municípios responsáveis por 55% do desmatamento da Amazônia. For-necimento de crédito pelo BB e Basa, piscicul-tura para o peixe amazônico ser consumido e exportado em alternativa ao boi pirata, téc-nicas da Embrapa para agricultura de bom rendimento e baixo impacto, regularização fundiária. Os municípios começam a sair da lista dos desmatadores e competem por cré-ditos de carbono. Esse caminho substituirá as operações em curso, como a Corcel Negro e a Delta, de combate ao carvão e à madeira ilegais.

O desafi o será estender essas ações ao Cerrado, à Caatinga e à Mata Atlântica, bio-mas que são mais agredidos do que a Ama-zônia. O Cerrado abriga as nascentes das prin-cipais bacias hidrográfi cas. O Nordeste será a região brasileira mais afetada pelas mu-danças do clima. Antes só monitorávamos a Amazônia, hoje todos os biomas. O Brasil não é um samba de uma nota só. E nas metrópo-les, onde vive a maior parte da população, o desafi o é a ecologia urbana: água, lixo, esgoto, qualidade do ar e encostas.

CARLOS MINC é deputado estadual (PT-RJ) e foi ministro de Meio Ambiente.

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Ano eminentemente eleitoral, a importância quanto a escolha dos próximos governantes para

o país cotidianas discussões se tornam funda-mentais para a clareza das muitas necessida-des que o Brasil carece. Sobre a ótica de pro-fessor do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ex-ministro da Agricul-tura, Roberto Rodrigues, pontua propostas de governo para os candidatos.

Segundo ele, é preciso centralizar reivin-dicações em um conjunto uniforme e unani-me para que cada candidato se prepare e en-tenda os problemas nacionais, despertando o interesse em melhorar o país. Para a agricul-tura, Rodrigues propõe quatro propostas de melhoria para o setor: renda, logística, comer-cialização e reforma institucional.

“Nosso papel central agora é: um, expli-car ao candidato o que é importante para o setor rural porque é importante para o Brasil; dois, cobrar dele uma posição e escolher o candidato adequado; três, convencer a opi-nião pública urbana que é majoritária que ela depende também desses processos, não obstante, aparentemente esteja distante dela, mas que não pode viver sem a agricultura”.

Renda

O professor é direto quando compara a política agrícola de renda atual à ideal para o campo enfatizando a reformulação de ques-

tões relacionadas ao câmbio, reforma no crédito rural em vigor e sem alteração desde 1965, endividamentos, seguro agrícola e, con-seqüentemente, mecanismos de comerciali-zação. Para ele, a política agrícola existente no Brasil é perfeita, porém, não sai do papel.

Logística e comercialização

“Todo mundo sabe que o produtor bra-sileiro é competitivo dentro da fazenda dele, quando sai, perde por causa da renda”. So-bre sua afi rmação, o ex-ministro apóia que o Governo precisa de mecanismos de logística, ou seja, rodovias, ferrovias, portos, hidrovias e sistema de armazenamento que garantam ao agricultor competitividade até mesmo in-ternacional com todos seus produtos agríco-las para mudar a renda atual do homem do campo.

Diretamente relacionada, o terceiro tema em discussão aponta para a necessida-de de uma promoção comercial internacional

É preciso que candidatos ao Governo entendam as necessidades da agricultura em poucas propostas.

É preciso que candidatos ao

necessidades da agricultura

Prof. Roberto Rodrigues

Opinião

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com adidos agrícolas que, ao invés de esperar que o mundo veja o Brasil como uma vitrine e venha até aqui comprar, existam embaixa-das que possam analisar o mercado e bater a porta de cada país mostrando que o produto brasileiro atende todas as necessidades mun-diais.

Para tal, é preciso que continue a aber-tura de novos mercados, acordo bilateral en-tre Governos, casamento interno entre o setor público e o privado, ou seja, necessidade de uma política de comércio exterior muito clara o reconhecimento internacional do Brasil.

Reforma institucional

Talvez o tema mais polêmico, a reforma institucional constitui em uma forma geral de reformulação do Governo. Segundo Rodrigues, o modelo brasileiro atual é constituído por 35 ministérios desnecessários, uma vez que pro-jetos do Ministério da Agricultura fi cam “em-pacados” ou não funcionam porque depen-dem da aprovação de outros ministérios.

“A Agricultura faz um programa perfei-to (da política agrícola) e não impões porque falta um mecanismo institucional estratégico que é de coordenação do Governo”, afi rma.

No entanto, dentro da reforma institu-cional para ser reivindicada aos candidatos ao Governo um leque se abre sobre questão ambiental e fl orestal, agrária, trabalhista. Com isso, o eleitor precisa eleger uma banca-da comprometida com o motor do Brasil que é a agricultura.

Portanto, o professor acredita que para que exista uma agricultura desenvolvida, a ne-cessidade de um Código Florestal e Ambien-tal moderno se faz fundamental. Bem como, a reforma agrária capitalista que assente o tra-balhador rural e dê a ele condições legais de progresso com tecnologia adequada, crédito e

credibilidade.“Acho legítimo o sonho da reforma agrá-

ria, também acho legítimo que qualquer um queira um pedaço de terra. Se o Governo pro-mete terra, por que o garçom, o motorista de taxi também não vai querer?”, assim o pro-fessor defende que a invasão de terras feita pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra é ilegal, desprovido de fundamentos legítimos perante a lei.

Este é o momento de cada cidadão pen-sar e repensar no que lhe é prioridade e enxer-gar que o desenvolvimento do país está na agricultura.

“Temos que conversar sobre política o tempo inteiro, explicar com clareza porque é fundamental que a agricultura avance, porque ela é o motor deste país. Não existe calça jeans sem algodão, não tem sapato sem couro, bo-rracha sem seringueira, não tem seda sem o bicho-da-seda, não tem nada sem a agricul-tura. É isso que o povo precisa compreender no Brasil e votar naqueles (candidatos) que devem defender isso que é desenvolver este país”, divaga Roberto Rodrigues.

Prof. Roberto Rodrigues

Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV-EESP, Presidente do Conselho do Agrone-gócio da FIESP. Professor Titular do Departa-mento de Economia da UNESP - Jaboticabal.

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Agroflorestal

No entanto, essa cultura é ameaçada por diversas pragas, doenças e plantas da-ninhas. No Brasil, entre as pragas naturais que a atacam destacam-se, principalmente, as formigas cortadeiras, os besouros e as lagartas desfolhadoras. E, recentemente, tor-nou-se mais preocupante a chegada ao país de uma nova praga que ataca o eucalipto: o psilídeo-de-concha.

Para combater o psilídeo-de-concha, um dos métodos utilizados é o controle quí-mico, com o uso de inseticidas sistêmicos de alto custo, impactantes ao meio ambiente e de efeito temporário. O custo estimado com aplicação desses inseticidas, de acordo com o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP), Luiz Alexandre Nogueira de Sá, pode variar de R$ 40,00 a 150,00 por hectare, sendo necessárias, no mínimo, três aplicações por ano.

Durante o Prosa Rural, o pesquisador Nogueira de Sá, fala sobre uma alternativa de combate a essa praga: o controle bioló-gico, feito com uso de uma vespinha para-sitóide de nome complicado, Psyllaephagus bliteus, que tem se mostrado como o méto-do mais adequado, já tendo sido validado nos Estados Unidos e no México. O controle

biológico com o uso dessa vespa parasitóide tem reduzido a infestação da praga conforme resultados obtidos nesses países.

Estudos já estão em andamento no Bra-sil, com o objetivo de se conhecer a presença deste e de outros agentes de controle biológi-co nas fl orestas de eucalipto. A vespa parasi-tóide, recém introduzida no país, está sendo criada em condições de laboratório e liberada nos hortos fl orestais de eucalipto na região de Jaguariúna, desde 2005.

De acordo com o pesquisador, a apli-cação desta tecnologia está benefi ciando o pequeno e médio produtor rural de lenha, car-vão, mourão de cerca e postes de rede elétri-ca; e o grande produtor na produção em larga escala de papel e celulose pelas indústrias do ramo fl orestal e de carvão para a siderurgia nacional; e também o meio ambiente pela uti-lização desta tecnologia limpa, com mínimo impacto ambiental e baixo custo.

O Prosa Rural é o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvol-vimento Social e Combate à fome.

Controle biológico da praga psilídeo-de-concha

O eucalipto, espécie madeireira originária da Austrália e das Ilhas da Oceania, é uma excelente fonte para produção de papel e

celulose que traz muitos ganhos para o Brasil

psilídeo-de-concha

Embrapa Meio Ambiente

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