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3º TRIMESTRE • 2009 • Nº 288 Estudos baseados no evangelho de João

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3º TRIMESTRE • 2009 • Nº 288

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MISSÃO DA ESCOLA BÍBLICA

Transformar as pessoas em discípulas de Cristo, através do ensino e da prática da palavra de Deus.

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Copyright © 2009 – Igreja Adventista da PromessaRevista para estudos na Escola Bíblica. É proibida a reprodução parcial

ou total sem autorização da Igreja Adventista da Promessa.

REDAÇÃO

Jornalista responsável Elias Pitombeira de Toledo MTb. 24.465

Redação e produção Alan K. Pereira Rocha, Eleilton William de Souza Freitas, Eu-doxiana Canto Melo, Genilson S. da Silva, José Lima de Farias Filho, Valdeci Nunes de Oliveira, Virginia Ronchete David.

Revisão de textos Eudoxiana Canto Melo

Editoração Farol Editorial e Design com foto da StockXpert

Capa Marcorélio Murta

Seleção de hinos Silvana Azevedo de Matos

Rocha

Leituras diárias Alan K. Pereira Rocha e Eleilton

William de Souza Freitas

Atendimento e tráfego Geni Ferreira Lima

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BÍBLICASREVISTA PARA ESTUDOS NAS ESCOLAS BÍBLICAS3º TRIMESTRE – 2009 – Nº 288

LIÇÕ

ES

depARtAMentO de edUCAÇÃO CRiStÃ

Diretor Genilson S. da Silva

Conselho Editorial Adelmilson Júlio Pereira Aléssio Gomes de Oliveira Ednei Rodrigues Brito Genilson S. da Silva Irgledson Irvison Galvão José Lima de Farias Filho Manoel Lino Simão Manoel Pereira Brito Otoniel Alves de Oliveira Sebastião Lino Simão Valdeci Nunes de Oliveira

de originais

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Jesus: Aquele que Intervém 7

Jesus: Aquele que Transforma 14

Jesus: Aquele que Surpreende 20

Jesus: Aquele que Fortalece 27

Jesus: Aquele que Satisfaz 33

Jesus: Aquele que Ampara 40

Jesus: Aquele que Pastoreia 47

Jesus: Aquele que Ressuscita 54

Jesus: Aquele que Ministra 60

Jesus: Aquele que Encoraja 66

Jesus: Aquele que Capacita 72

Jesus: Aquele que Intercede 79

Jesus: Aquele que Restaura 86

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APRESENTAÇÃO 5

ABREVIATURAS 4

SUMÁRIO

ÍBLICAS

Estudos baseados no Evangelho de João

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ABREVIATURAS DE LIVROS DA BÍBLIAUTILIZADAS NAS LIÇÕES

ABREVIATURAS DE TRADUÇÕES E VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS NAS LIÇÕES

ANTIgO TESTAmENTOGênesis GnÊxodo ExLevítico LvNúmeros Nm Deuteronômio DtJosué JsJuízes JzRute Rt I Samuel I Sm II Samuel II SmI Reis I ReII Reis II ReI Crônicas I Cr II Crônicas II CrEsdras Ed Neemias NeEster EtJó JóSalmos SlProvérbios PvEclesiastes EcCantares CtIsaías IsJeremias JrLamentações LmEzequiel Ez Daniel DnOséias OsJoel JlAmós AmObadias Ob Jonas JnMiquéias MqNaum NaHabacuque HcSofonias SfAgeu AgZacarias ZcMalaquias Ml

NOVO TESTAmENTOMateus MtMarcos McLucas LcJoão JoAtos AtRomanos RmI Coríntios I CoII Coríntios II CoGálatas Gl Efésios EfFilipenses Fp Colossenses Cl I Tessalonicenses I Ts II Tessalonicenses II TsI Timóteo I TmII Timóteo II TmTito TtFilemon FmHebreus HbTiago TgI Pedro I PeII Pedro II PeI João I JoII João II JoIII João III JoJudas JdApocalipse Ap

BLH – Bíblia na Linguagem de HojeRA – Revista e AtualizadaRC – Revista e CorrigidanVi – Nova Versão Internacional

BV – Bíblia VivaBJ – Bíblia de JerusalémteB – Tradução Ecumênica da BíbliantLH – Nova Tradução na Ling. de Hoje

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APRESENTAÇÃO

Temos a alegria de passar às mãos de todos que fazem parte da Es-cola Bíblica mais uma série de lições bíblicas, que tem como título uma pergunta: Quem é Jesus? A sua base é o Evangelho de João, o evange-lho do eterno Filho de Deus.

Ao longo das treze lições que virão pela frente, vamos ver que Jesus é aquele que intervém (Jo 1), transforma (Jo 2), surpreende (Jo 4), forta-lece (Jo 5), satisfaz (Jo 6), ampara (Jo 9), pastoreia (Jo 10), ressuscita (Jo 11), ministra (Jo 13), encoraja (Jo 14), capacita (Jo 15), intercede (Jo 17) e restaura (Jo 21).

No total, cada lição contém 15 parágrafos, distribuídos da seguinte maneira: 01 para a introdução, 10 para a primeira parte (“Olhando para Jesus”), 3 para a segunda parte (“Olhando para você”) e 1 para a conclu-são. Na verdade, desde a série “No Princípio”, este tem sido o padrão.

A novidade é que, desta vez, estamos oferecendo, no portal IAP (www.iapro.com.br), um comentário adicional. Cremos que este modesto re-curso, que pode ser baixado ou impresso, de alguma maneira, o auxiliará, quando estiver estudando ou ministrando a lição bíblica.

Somos gratos a Deus pela a vida daqueles que contribuíram com a produção desta série. Que o Senhor os guarde do mal. Os seus nomes, desta vez, encontram-se alistados no expediente. Ao Rei eterno, sejam dadas a honra e a glória, para todo o sempre! Amém.

Pr. Genilson S. da SilvaDiretor do Departamento de Educação Cristã

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6 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009

TEXTO BÁSICO: E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. (Jo 1:14)

INTRODUÇÃO: Prego, martelo, machadinha, plaina, formão, esqua-dro, todas essas ferramentas eram bem comuns para ele. Em Nazaré, era conhecido apenas como um carpinteiro. “Ele não é melhor do que nós”, diziam. “É apenas um carpinteiro, o filho de Maria” (Mc 6:3 – BV). Se eles soubessem! Se tivessem ao menos ideia de quem estava diante deles. Era o próprio Deus! Ele se fez gente, se humilhou, se tornou semelhante aos homens (Fp 2:7), participou da história humana como um humano. A encarnação de Jesus é uma das doutrinas básicas da fé cristã. É sobre ela que discorreremos na lição de hoje.

I – OLHANDO PARA JESUS

Mais de dois mil anos se passaram, desde a primeira vinda de Cristo à terra e, ainda hoje, há quem duvide: Será mesmo que Deus se fez gente? Já houve alguns que negaram a encarnação de Cristo, dizendo que ele não passava de um fantasma, tinha aparência de homem, mas

Mostrar ao estudante o que a Bíblia diz sobre a encarnação de Jesus, a fim de que este entenda o valor desta, que exemplifica virtudes a serem buscadas, atitudes a serem tomadas e ensinos a serem praticados.

4 JUL 2009

Aquele que Intervém1LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 129 BJ • 403 CC / 77 BJ • 37 CC

Domingo, 28 de junho: Jo 1:1-5Segunda, 29: Jo 1:6-9Terça, 30: Jo 1:10-18Quarta, 1 de julho: Jo 1:19-28Quinta, 2: Jo 1:29-34Sexta, 3: Jo 1:35-42Sábado, 4: Jo 1:43-51

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era uma mera simulação.1 Difícil para estes é explicar as palavras de João, que cintilam verdade, exalam alegria: Eu mesmo o vi com meus próprios olhos e o ouvi falar. Eu toquei nele com as minhas próprias mãos (I Jo 1:1 – BV). Ele esteve entre nós! Consideremos, a partir de agora, quatro aspectos dessa verdade.

1. O agente da intervenção: Nos primeiros cinco versículos do ca-pítulo 1 do Evangelho de João, temos algumas informações preciosas sobre Jesus, o agente da intervenção. Em primeiro lugar, João aponta a eternidade de Jesus: No princípio era o Verbo (...). Ele estava no princípio com Deus (Jo 1:1a,2). Esses versículos mostram que Cristo sempre existiu! Ele não “se fez” Verbo, no princípio; ele “era” o Verbo no princípio.2 Não percamos de vista que João vai tratar da encarnação no versículo 14; entretanto, desde os primeiros versículos, já fica bem claro que o agente da intervenção é eterno. Ele não começou a existir a partir dela, não foi criado, como alguns têm afirmado.

Em segundo lugar, João revela a identidade de Jesus: ... e o Verbo estava com Deus, e o verbo era Deus (Jo 1:1b). Ele estava com Deus, ou seja, “existia na mais estreita comunhão possível com o Pai”.3 Ele era Deus, aquele que se tornou carne; o agente da intervenção era com-pletamente divino! Além da identidade, João, em terceiro lugar, mostra a capacidade de Jesus. Dois pontos são ressaltados. Primeiro, ele é o criador de todas as coisas. Todas as coisas foram feitas por meio dele... (Jo 1:3a). Segundo, ele é o doador de toda a vida: A palavra era a fonte da vida... (Jo 1:4a – NTLH).

2. O preparo da intervenção: Para muitos, a palavra “intervenção” soa como algo desorganizado, sem preparação prévia. Por isso, depois de ter meditado sobre o agente da intervenção, pensemos um pouco em seu preparo. No final do versículo 4, Jesus é chamado de a luz dos homens (Jo 1). Essa luz brilhava desde a criação; todavia, no versículo 9, João diz que a luz, uma vez vinda ao mundo, ilumina a todo homem. João está se referindo à intervenção. Através da sua presença no meio dos homens, Jesus traria uma iluminação superior àquela proporciona-da antes da sua vinda.4 Do versículo 6 até o versículo 9 e também no 15, João mostra que a intervenção foi preparada.

1. Essa teoria é chamada de docetismo (Macleod, 2007:167).2. Pfeiffer & Harrison (1980:177). 3. Hendriksen (2004:101).4. Pfeiffer & Harrison (1980:178).

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8 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009

Em primeiro lugar, o texto nos informa o nome da pessoa escolhi-da para anunciar a respeito da luz: ... chamava-se João; este veio (...) para dar testemunho da luz (Jo 1:6-7). É bom lembrarmos que o autor do evangelho não está se referindo a si mesmo, mas a outro João, o Batista, um homem preocupado com a luz, enquanto a maioria vivia em trevas. Além do nome, em segundo lugar, o texto nos informa o conteúdo da mensagem anunciada: João testifica a respeito dele e ex-clama: (...) O que vem depois de mim tem primazia porque foi primeiro do que eu (Jo 1:15). João veio como testemunha. Sua única mensa-gem era a luz dos homens: Jesus.5

3. A maneira da intervenção: João falou do agente e do preparo da intervenção. O texto continua e, no versículo 14, ele mostra a maneira. Leia o texto com atenção: O Verbo se fez carne, e habitou entre nós (Jo 1:14a – grifo nosso). É isso mesmo! Você não leu errado. Jesus se fez homem. Aquele que criou o mundo, que existia antes do mundo, veio participar da história do mundo. Entretanto, ele se fez. Aqui, há um sen-tido especial. O texto afirma que Jesus se tornou uma pessoa humana histórica e real, mas não sugere que ele deixou de ser o que era antes.6 Jesus abriu mão da sua posição e não da sua divindade (Fp 2:5-6). Ele era, ao mesmo tempo, Deus e homem.7

O fato de Jesus assumir a natureza humana, sem deixar de lado a divi-na é um enigma que já tirou o sono de muitos.8 Como isso foi possível? Tudo começou com o nascimento virginal de Jesus (cf. Mt 1:18). Deus en-trou no mundo como um bebê. Cresceu como uma criança judia normal. “Se o líder da sinagoga em Nazaré soubesse quem estava ouvindo seus sermões...”.9 Durante sua vida, sentiu o que sentimos. Derramou lágrimas (Jo 11:35), sentiu medo (Lc 22:42), teve sede (Jo 19:28), fome (Mt 4:2), cansou-se (Jo 4:6). Não viveu numa “separação elevada”, mas “conosco”, como um de nós, no meio das multidões, ocupado, assediado.

4. O objetivo da intervenção: Qual a razão de o Filho de Deus morar entre nós? A Bíblia responde. A intervenção de Jesus, o Verbo encarnado, tem objetivos bem definidos. O primeiro deles está relacionado com a

5. Allen (1983:257).6. Hendriksen (2004:118).7. Bruce (1987:45).8. Para mais informações, leia as lições 2, 3 e 5 da série: Jesus: Vida e Obra, publicada pela

IAP (Nº 281 – Edição de Out/Dez 2007).9. Lucado (1998:24).

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“salvação”: Veio para os que eram seus, mas os seus não o receberam, mas a todos os que o receberam, àqueles que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus. Jesus se fez gente para que a salva-ção se tornasse possível ao ser humano! Paulo concorda com essa verda-de, quando afirma: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores (I Tm 1:15). Se, por um homem, entrou o pecado, a graça de Deus, por um só homem, Jesus Cristo, abundou para muitos (Rm 5:15).

O segundo motivo pelo qual Deus se fez gente está relacionado com “identificação”. Se traduzida, literalmente, do grego para o português, a expressão habitou entre nós (Jo 1:14) significa “armou barraca entre nós”. Jesus veio morar conosco para que um dia nós possamos morar com ele!10 Se existe uma pessoa que pode ser tomada como exemplo de ver-dadeira empatia, esse alguém é Jesus. Deus se fez gente para identificar-se com o ser humano. O Verbo encarnado enfrentou os mesmos dilemas que enfrentamos, tais como: amargura (Lc 22:4), compaixão (Mt 9:36), ira (Mc 3:5), angústia (Jo 12:27), rejeição (Mt 26:69-74).

Se você já enfrentou qualquer um dos sentimentos já descritos, lem-bre que Jesus, aquele que intervém, já os experimentou. Todos nós temos tirado proveito das ricas bênçãos que ele nos trouxe, bênçãos sobre bên-çãos amontoadas sobre nós! (Jo 1:17 – BV). A partir de agora, depois de havermos considerado sobre o agente, o preparo, a maneira e o objetivo da intervenção, mudemos o nosso foco. O que nós podemos aprender para a nossa vida dessa tão importante doutrina cristã? É isso que iremos ver, na segunda parte desta lição, intitulada: Olhando para você.

1. Após ler Jo 1:1-5 e o item 1 do comentário anterior, responda: Quais são as informações sobre o agente da intervenção contidas nesse texto?

2. Leia Jo 1:6-9,15 e o item 2 do comentário anterior e responda: O que esses versículos dizem sobre o preparo da intervenção?

10. Kepler (2008:3).

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3. Após ler Jo 1:14; Mt 1:18 e todo o conteúdo do item 3 do comentário anterior, comente sobre a maneira da intervenção.

4. Leia Jo 1:10-13,17-18 e o item 4 do comentário anterior, comente a frase: “A intervenção de Jesus tem objetivos bem definidos”. Quais são?

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. A intervenção de Jesus exemplifica virtudes que devem ser buscadas. Jesus pensava no outro: Mas, para que não os escandalizemos... (Mt

17:27). Jesus tinha amigos: Digo-vos amigos meus (Lc 12:4). Jesus se sensibiliza com a dor alheia: ... vendo-a chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, comoveu-se profundamente (Jo 11:33). Je-sus entendia o valor do serviço humilde: ... qualquer que entre vós quiser ser grande, será o que vos sirva (Mc 10:43). Jesus amava o próximo: ... amou-os até o fim (Jo 13:1). A Bíblia diz: Não atente cada um somente para o que é seu (...); haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (Fp 2:4, 5).

5. Tendo lido a primeira aplicação, comente algumas virtudes demonstradas por Cristo que devem ser buscadas por nós.

2. A intervenção de Jesus exemplifica atitudes que devem ser imitadas.

Em sua primeira carta, Pedro, de forma magistral, ressaltou algumas atitudes tomadas por Jesus, enquanto viveu entre nós: Ele não cometeu

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pecado algum, e nenhum engano foi encontrado na sua boca. Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava àquele que julga com justiça (I Pe 2:22-23). Esse texto é lindo de se ler; entretanto, não foi escrito apenas para ser lido. No versículo anterior, está escrito: Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos (I Pe 2:21). Essas atitudes descritas são algumas das muitas tomadas pelo nosso Salvador, enquanto viveu neste mundo. A ordem para segui-las continua!

6. Tendo lido a segunda aplicação, comente algumas atitudes tomadas por Cristo que devem ser imitadas por nós.

3. A intervenção de Jesus exemplifica ensinos que devem ser pra-ticados.Qual o valor que você dá ao ensino de alguém que não vive o que

prega? Que diz: “ame”, mas não ama; que diz: “perdoe”, mas não perdoa? Você já parou para pensar que o Jesus que disse: “ame o seu próximo” (Mc 12:30) é o mesmo cujos vizinhos queriam matar? (Lc 4:29) Você já meditou em que o Jesus que desafiou seus seguidores a deixarem suas famílias em favor do evangelho (Mc 10:29) é o mesmo que deixou sua família, por causa do evangelho? (Mc 3:31-35) Você já considerou que a ordem: “orem pelos que os perseguem” (Mt 5:44) veio dos lábios de alguém que, logo, estaria suplicando perdão para os seus assassinos? (Lc 23:34)11 Essa é a beleza da encarnação. Jesus ensinou coisas que podem e devem ser praticadas; afinal, ele as viveu!

7. Tendo lido a terceira aplicação, comente alguns ensinos proferidos por Cristo que devem ser praticados por nós.

11. Lucado (1998:25).

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CONCLUSÃO: Pela graça e para a glória de Deus, estamos chegan-do ao fim do nosso primeiro estudo desta nova série de lições bíbli-cas. Diante de tudo o que foi considerado, você consegue entender a importância de saber que Jesus viveu entre nós? Se a resposta for sim, parabéns! “Ninguém me entende” não será uma frase usada por você, pois você sabe que, quando estiver alegre por uma promoção alcançada, por uma boa notícia, por uma data especial, ou quando estiver triste por qualquer motivo, Jesus, aquele que intervém, o com-preende. Ele já foi um de nós. Amém!

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TEXTO BÁSICO: Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho (não sabendo donde viera, se bem que o sabiam os serventes que haviam tirado a água), chamou o noivo. (Jo 2:9)

INTRODUÇÃO: A Palestina, antiga terra de Canaã, onde se desenvolve-ram os mistérios da redenção, era, nos dias de Cristo, constituída por três divisões principais: Judeia, Samaria e Galileia. A Judeia ficava ao sul; Samaria, ao centro, e a Galileia ao norte. Jesus nasceu em Belém da Judeia (Lc 2:4-7), mas foi criado em Nazaré, que pertencia à Galileia (Lc 2:39). Ao atingir a maioridade legal (Nm 4:3), ali ele iniciou o seu ministério (Lc 4:14-16, 31); ali chamou os seus primeiros discípulos e realizou o seu primeiro milagre: a transformação da água em vinho (Jo 2:1-11). A presente lição trata do poder transformador de Jesus.

I – OLHANDO PARA JESUS

É no Evangelho de João (2:1-11) que encontramos o registro do pri-meiro milagre (ou sinal) realizado por Jesus, ao iniciar seu ministério. Este fato aconteceu durante uma festa de casamento, em Caná da Galileia, e a narração começa assim: Três dias depois, houve um casamento em

Mostrar ao estudante o poder transformador de Jesus exemplificado na transformação da água em vinho feita por ele naquela festa de casamento realizada em Caná da Galileia.

11 JUL 2009

Aquele que Transforma2LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 138 BJ • 15 HC / 56 BJ • 111 HC

Domingo, 5 de julho: Jo 2:1-5Segunda, 6: Jo 2:6-12Terça, 7: Jo 2:13-17Quarta, 8: Jo 2:18-25Quinta, 9: Jo 3:1-8Sexta, 10: Jo 3:9-21Sábado, 11: Jo 3:22-36

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Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convi-dado, com os seus discípulos, para o casamento, (Jo 2:1-2). A análise desse episódio revela-nos os sentimentos de sociabilidade e solidariedade de-monstrados por Jesus, assim como sua sabedoria e seu poder.

1. Olhando para a sociabilidade de Jesus: Participando daquela fes-ta como convidado, Jesus teve a oportunidade de revelar o lado social do evangelho. Portanto, com base nesse exemplo de Cristo, nenhum cristão está impedido de participar de eventos sociais, desde que neles prevale-çam a decência, a ordem e os bons princípios. Jesus sempre esteve pre-sente em ajuntamentos, desde que neles pudesse fazer algo para a glória do Pai. Esteve em jantares (Jo 12:1 e 2); velórios (Lc 7:12-15); sinagogas (Mt 4:23; 9:35), festas de casamento (Jo 2:1-11), e até nas praias (Mt 13:2; Mc 4:1; Lc 5:3, etc.).

As festas de casamento entre os judeus, naquela época, costumavam durar até uma semana. Em razão disso, todos os preparativos deveriam ser feitos com antecedência e levando-se em consideração o tempo de duração da festa e o número dos convidados. A anfitriã, nestes casos, a família do noivo, era a responsável pelas despesas e pela organização geral, de modo a proporcionar aos convidados o melhor atendimento possível. Havia um mestre-sala e serventes na prestação desse atendi-mento. Um detalhe: o vinho de boa qualidade não podia faltar à mesa, enquanto durasse a festa.

2. Olhando para a solidariedade de Jesus: Enquanto a festa se de-senrolava, Maria, mãe de Jesus, percebeu que o vinho que estava sendo servido aos convidados se acabara, e, embora os convidados de nada soubessem, nos bastidores, isto já não era mais segredo. Os responsáveis pela festa, preocupados, não sabiam o que fazer. O clima entre eles era de desapontamento. Ciente disto, Maria, discretamente, confidenciou a Je-sus: Eles não têm mais vinho (Jo 2:3). A atitude tomada por sua mãe revela que ela cria firmemente numa solução do problema por parte de Jesus.

A informação dada a Jesus por Maria teve o significado de um pedi-do de socorro. Foi como se ela dissesse: Faze alguma coisa por eles. A resposta de Jesus foi: Ainda não é chegada a minha hora (Jo 2:4). Não queria prevalecer-se de sua autoridade como Filho de Deus e nem queria chamar para si a atenção dos circunstantes, principalmente porque, se-gundo ele, o momento certo ainda não era chegado. Sua mãe também não insistiu; ao informar-lhe, retirou-se, depois de ter recomendado aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser (Jo 2:5). Jesus, porém, no seu íntimo, solidarizou-se com aquela família e decidiu ajudá-la.

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3. Olhando para a sabedoria de Jesus: Havia ali seis talhas feitas de pedras, daquelas que eram usadas pelos judeus em seus rituais de purificação. Jesus, pois, determinou aos serventes que as enches-sem de água até à borda. Feito isto, o milagre aconteceu! Jesus havia transformado em puro vinho a água colocada nas talhas pelos ser-vente. Disse-lhes Jesus: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram. Ao experimentar a água transformada em vinho, o mestre-sala cha-mou ao esposo e disse-lhe: Todo homem põe primeiro o vinho bom, e, quando já tem bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho (Jo 2:9-10).

Considerando a observação feita pelo mestre-sala, o vinho resul-tante da transformação da água, comparado ao que antes tinha sido servido aos convidados, era-lhe superior em qualidade. Assim mani-festou Jesus a sua sabedoria não só por usar o momento certo, mas também a maneira certa de agir. E, nisto, Deus, o Pai, foi glorifica-do. Seus primeiros discípulos, André, Simão Pedro, Felipe e Natanael, eram apenas iniciantes na caminhada ao lado de Jesus, mas, ao pre-senciarem esse extraordinário milagre, creram em Jesus, convencidos de que ele era, de fato, o Filho de Deus.

4. Olhando para o poder de Jesus: A transformação da água em vinho marcou o início de uma longa série de milagres que Jesus realizou na terra, durante sua estada entre os homens. Com este milagre, mani-festou a sua glória e o seu poder. Porém, o que fez ali em Caná da Ga-lileia, há cerca de dois mil anos, apenas ilustra o que continua fazendo em outros tempos, envolvendo situações, lugares, ambientes, pessoas, etc. Começando com a transformação da água em vinho, Jesus continua transformando trevas em luz (Mt 4:16); tristeza em alegria (Jo 16:22); morte em vida (Jo 5:24; 11:25-26), e fraqueza em força (II Co 12:10).

Sobre o poder transformador de Cristo, leia: I Co 15:51-52; II Co 3:18; Fp 3:21. Muitos foram curados; outros foram libertos do poder do inimigo; outros, ainda, entre os que estavam escravizados pelo pecado, foram libertados e transformados em servos de Deus (Rm 6:20-22). Paulo é um dos melhores exemplos de alguém que foi trans-formado por esse poder de Jesus (At 9:21,26). Sua vida mudou como da água para o vinho (At 22:12-21). Hoje, assim como no passado, o mundo está necessitando da realização de milagres verdadeiros, que manifestem a glória de Deus no meio do seu povo.

Estamos falando de milagres verdadeiros. Milagres que, uma vez rea-lizados, concorram para o engrandecimento do nome de Deus, ou seja,

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milagres que induzam à glória de Deus, milagres que levem as pessoas a se converterem a Cristo, a renunciarem os prazeres do mundo e a se submeterem aos sãos ensinos do evangelho (cf. At 4:32-33; 5:12-16). Hoje, muitos estão em busca de sinais que redundem em glória para si mesmos. Isso contraria o espírito do verdadeiro evangelho. Na segunda parte deste nosso estudo, temos os passos que precisamos dar para que o milagre da transformação aconteça em nossas vidas.

1. Leia Jo 2:1-10, a introdução, o item 1 do comentário e responda: Em que consistiu o primeiro milagre de Jesus, onde e em que circunstância o realizou?

2. Leia Jo 2:3 e 4, o item 2 do comentário e responda: O que levou Maria a interceder pelos promotores da festa e o que podemos aprender com a resposta de Jesus?

3. Leia Jo 2:7-11, o item 3 do comentário e responda: Como manifestou Jesus sua sabedoria e seu poder, na transformação da água em vinho, e para que contribuiu, ao realizar esse milagre?

4. Leia I Co 15:51-52; II Co 3:18; Fp 3:21, o item 4 do comentário e responda: Começando com a transformação da água em vinho, o que mais Jesus é capaz de transformar?

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II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. Se você deseja transformação, procure a intervenção de Jesus.A presença de Jesus em qualquer lugar é sempre importante porque

é a garantia de solução para qualquer problema existencial, Jo 11:32. Porém, muitas pessoas, mesmo contando com a presença de Jesus no ambiente onde se encontram, estão passando apertos ou necessidades (Mt 8:23-27). É que não decidiram ainda revelar-lhe o tipo de problema que as aflige e o que esperam de sua parte como solução. O milagre de Caná aconteceu como resultado da intervenção de Jesus.

5. Leia Mt 8:23-27, a primeira aplicação e responda: O que devemos fazer para que a transformação que desejamos aconteça?

2. Se você deseja transformação, respeite o cronograma de Jesus. É sempre bom saber que Jesus pode atender nossos pedidos e so-

lucionar nossos problemas, quando por estes somos afligidos. O que muitos não sabem é ter paciência suficiente para esperar o momento certo para o Senhor agir. As coisas nem sempre acontecem quando e como queremos que aconteçam. O nosso tempo nem sempre coincide com o tempo de Deus. Por isso, nunca devemos deixar de falar com ele sobre as nossas necessidades, mas sem nos esquecermos de respeitar o seu cronograma.

6. Leia Sl 40:1; Hb 10:36, a segunda aplicação e responda: Por que a transformação que desejamos nem sempre acontece?

3. Se você deseja transformação, obedeça à orientação de Jesus.Quando os serventes, sem nada questionarem, fizeram o que Jesus

lhes mandou, enchendo as talhas de água, o milagre aconteceu (Jo 2:7-

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10). A lição que precisamos aprender, aqui, está associada à atitude de obediência daqueles serventes. Jesus está sempre pronto a satisfazer as nossas necessidades, quando a ele recorremos, mas espera de nossa parte que estejamos também dispostos a seguir a orientação que ele nos dá, fazendo o que ele nos manda. Um gesto de obediência e sub-missão pode mover o coração de Deus a nosso respeito.

7. Leia Jo 2:5 e 7, a terceira aplicação e responda: Que exemplo nos deixaram os serventes daquela festa de casamento em Caná da Galileia?

CONCLUSÃO: De acordo com a lição que acabamos de estudar, concluímos que, onde quer que Jesus esteja, há sempre a possibilida-de de acontecer algum milagre. Para que isso aconteça, precisamos buscá-lo cientes do que estamos necessitando. Mas só pedir a sua interferência não basta. Em alguns casos, precisamos pedir e esperar pelo tempo certo de ele agir. Deus quer nos abençoar, mas é sobera-no em suas decisões. Por isso, nem sempre responde no tempo e do modo como desejamos. Precisamos aprender a condicionar o nosso desejo ao tempo e à vontade do Senhor.

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TEXTO BÁSICO: Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta. Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. (Jo 4:6b-7)

INTRODUÇÃO: Um percurso contraditório, uma mulher excluída, um poço e um diálogo, tudo o que Jesus precisou para ensinar sobre seu ca-ráter, a adoração perfeita e nossa missão aqui na terra. Por meio de um encontro surpreendente, Jesus restaura a vida de uma mulher samaritana que evitava encontrar-se com qualquer pessoa, preferindo tirar água de um poço distante de sua cidade, no período mais quente do dia, diferente-mente das outras mulheres.1 Segue-se uma sequência de surpresas, para a mulher, para os discípulos e para nós, que revemos a história hoje. Vejamos o quanto esta visita divina a Samaria pode nos surpreender e nos ensinar.

I – OLHANDO PARA JESUS

Jesus sabia que a sua notoriedade era ameaçadora para os fariseus (Jo 4:1-2). A fim de não provocar disputas, ele sai da Judeia, que era o

1. Spangler (2003:304)

Mostrar ao aluno que Jesus pode orientar seus relacionamentos, restaurar sua adoração e afirmar sua missão.

18 JUL 2009

Aquele que Surpreende3LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 254 BJ • 164 HC / 126 BJ • 119 CC

Domingo, 12 de julho: Jo 4:1-6Segunda, 13: Jo 4:7-18Terça, 14: Jo 4:19-26Quarta, 15: Jo 4:27-30; 39-42Quinta, 16: Jo 4:31-38Sexta, 17: Jo 4:43-50Sábado, 18: Jo 4:51-54

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Estado principal do Judaísmo, e vai para a Galileia, que se localizava na periferia espiritual, um lugar longe do centro da religião.2 Samaria ficava entre os dois locais, e sua população era composta por judeus misci-genados, o que os fez perder sua pureza racial e, consequentemente, religiosa. Jesus decide fazer essa trajetória, não por ser o caminho mais curto, mas por um encargo divino3 (Jo 4:4). Analisemos o quão surpre-endentemente Jesus aparece no capítulo 4 de João.

1. Jesus surpreende pela sua humanidade: Sedento (Jo 4:7), exaus-to (v.6), faminto (v.8) e sozinho, Jesus procura um lugar para se reclinar. Por volta do meio-dia, ele descansa à beira de um poço. Observe a fragilidade de Jesus. Não tinha caneca, balde e corda. Olhe sua pobre-za. Jesus despiu-se de toda sua glória, a fim de tornar-se um homem (Fl 2:7). A humanidade genuína do nosso Salvador é evidenciada aqui.4 Mesmo sendo igual a nós, devido à vulnerabilidade física, mesmo de-pendendo de outros para matar sua sede e sua fome (vv. 7-8), Jesus não era comum. Ele sabia que, em Samaria, um lugar marginalizado, havia uma mulher que carecia de sua atenção.

Como homem, Jesus poderia escolher o caminho mais curto. Sendo Deus, ele o escolheu pensando na salvação dos samaritanos. Este é um dos capítulos que melhor apresentam a humanidade e a divinda-de de Jesus. Ele se mostra, ao mesmo tempo, como Filho do homem e Filho de Deus. Somente como Deus e como homem, Jesus poderia compreender a carência afetiva e espiritual daquela mulher. Em con-traste com sua natureza humana e seu pedido simbólico, Jesus ofere-ce à mulher algo duradouro e verdadeiro.

2. Jesus surpreende pelo seu comportamento: Vejamos a estra-tégia usada por Jesus para apresentar a possibilidade de uma nova vida. Ele pediu água à mulher samaritana. Parece um pedido simples, e que, ao atendê-lo, ela faria uma cortesia habitual. Contudo, três fa-tores impediam aquela situação de ser corriqueira. Em primeiro lugar, Jesus era judeu e ela, samaritana. Veja a explicação: ... os judeus não se dão bem com os samaritanos (Jo 4:9-NVI). Naquela época, um judeu nunca partilharia o mesmo prato de um samaritano, temendo uma contaminação (devido à impureza racial e religiosa). Em segundo lu-gar, na cultura judaica, um homem não poderia falar com uma mulher

2. Bíblia de Estudo Conselheira (2008:14).3. Arrigton (2003:509)4. Bruce (2009:1717)

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em público, mesmo sendo de sua família. Em terceiro lugar, ela era pecadora, pelas várias ligações amorosas que tivera.5

Diante de três fatores relevantes, Jesus fez o que não era aceitável. Ele surpreende por romper com as convenções sociais. Jesus era destituído de qualquer tipo de preconceito. Ele não discriminava pessoas por conta da etnia ou do gênero. Foi ele quem estabeleceu os padrões morais; por-tanto, as convenções sociais segregadoras pouco lhe importavam. Jesus não seguia as tradições acrescentadas à palavra de Deus, mas priorizava as pessoas. Se a tradição excluía, Jesus a renunciava, pois amava e respei-tava as pessoas como eram (Ef 5:2).

3. Jesus surpreende pela sua onisciência: Em seguida, Jesus parte de uma pergunta simples para o plano da sede existencial, oferece-lhe água viva. Com uma perspectiva superficial, a mulher pede aquela água (Jo 4:15). Jesus conduziu o diálogo de modo a fazê-la entender a necessidade que ela tinha de salvação. Ele a surpreende mais uma vez ao mostrar que conhecia sua vida. Ele sabe seus desejos, seus pensamentos, e toca justamente no ponto vulnerável dela. Jesus pede que ela chame seu marido. A mulher se esquiva com uma resposta evasiva: Não tenho marido (v. 16). Jesus, po-rém, conhecia as minúcias de sua vida e as desvenda (v. 17, 18). Frustração, amargura e decepção eram o resultado da sua história de vida.

Jesus expõe o pecado que ela fazia questão de omitir. Mas não faz para envergonhá-la. Ela, como os demais samaritanos, estava desorien-tada espiritualmente. Então, Jesus, em resposta a um questionamento sobre adoração, responde: ...os verdadeiros adoradores adoraram ao Pai em espírito e em verdade (v. 23). Devido à hostilidade judaica os sama-ritanos construíram um templo em Gerizim, já que não podiam adorar em Jerusalém.6 Jesus esclarece que o importante não é o lugar onde se adora, mas, sim, como se adora. Essa adoração somente é possível à luz do conhecimento de Cristo e em virtude da regeneração.7

4. Jesus surpreende pela sua revelação: À medida que a conversa evolui, a samaritana compreende que ele não era um homem comum. De um simples judeu, passa a profeta ou talvez ele fosse o tão espera-do Messias. Em qualquer outro contexto, Jesus hesitaria em revelar sua identidade, mas, aqui, não. Ele assume: Eu o sou (v. 26), referindo-se ao Messias. O interesse de Jesus era fazer-se conhecido a todos os samari-

5. Stott (1921:174)6. Allen (1987:298)7. Bruce (2009:1718)

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tanos. Diante de tal declaração, a mulher corre a cidade para avisar aos seus compatriotas o que lhe acontecera. Seu testemunho simples con-duziu os samaritanos a Jesus Cristo. Ela deixou o cântaro junto ao poço, simbolizando que já estava satisfeita espiritualmente.8

Os discípulos se surpreenderam com a cena incomum que viram. Ne-nhum ousou questionar sobre o assunto; apenas insistiram em que Jesus se alimentasse. Ele revelou que certas necessidades são satisfeitas so-mente no âmbito espiritual (Mt 4:4). Vendo o embaraço dos discípulos para compreenderem (v.33), explicou-lhes que seu alimento era fazer a vontade do Pai. Para ele, era fundamental atender as necessidades espi-rituais daquele povo. Usa, então, a metáfora de uma seara, para explicar aos discípulos a missão deles. Jesus apresenta-se como o semeador e diz que veriam muitos frutos da conversa que tivera com a samaritana. Os discípulos, portanto, deveriam colher os frutos.

Muitos samaritanos creram em Jesus, por intermédio do testemunho simples daquela mulher. Insistiram em que Jesus permanecesse algum tempo com eles. Ele ficou mais dois dias com os samaritanos. Disseram os samaritanos: Agora cremos (Jo 4:42-NVI). Primeiro creram nas pala-vras da mulher, que expressavam o poder de Jesus; depois, creram na pessoa de Jesus. Isso proporcionou o reconhecimento de que ele era o Salvador do mundo.9 Jesus teve paciência em ensinar a verdade à mulher samaritana porque seu desejo é que a salvação sempre esteja disponível a todos que crerem.

1. Com base no item 1 do comentário e em João 4:6-8, responda: Qual verdade sobre a natureza de Jesus é evidenciada?

2. Leia o item 2 do comentário e responda: Qual era a prioridade de Jesus?

8. Wiersbe (2007:387)9. Alenn (1983:301)

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3. A partir do item 3 do comentário e da leitura de João 4:16-18, diga o que Jesus precisou fazer para dar àquela mulher uma das maiores lições sobre adoração?

4. Leia o item 4 do comentário e responda: Qual foi a revelação feita à mulher samaritana e a revelação feita aos discípulos?

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. Deixe o surpreendente Jesus orientar seus relacionamentos. A mulher samaritana tentava suprir sua carência de forma descome-

dida, através de relacionamentos conjugais, mas nem ela se satisfazia, nem seus companheiros. Quando se encontrou com Jesus, ele lhe mos-trou que não saciamos nossa sede existencial na dimensão humana, porque esta traz decepções¹ (v.13). Quando Jesus aponta-lhe o erro, ela tenta desviar o foco, mudando de assunto. Mas Jesus quer que assu-mamos nossos erros, para haver conversão. Somente ele pode saciar o vazio da nossa alma (v.14). A possibilidade de salvação mostra o amor incondicional de Cristo e nos ensina a vivê-lo nas nossas relações afeti-vas. Supra sua sede permanente de afeto em Jesus (Sl 42:1).

5. Com base na primeira aplicação, responda: Por que somente Jesus pode orientar nossos relacionamentos?

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2. Deixe o surpreendente Jesus restaurar sua adoração.Jesus escolheu uma mulher excluída, devido suas más escolhas, seu gê-

nero e sua origem, para dar uma das maiores lições sobre adoração. Aque-la mulher que se preocupava apenas com a satisfação da sua própria sede aprendeu que precisava partir de um desejo superficial para compreender as verdades espirituais. Jesus ensina-lhe sobre a necessidade de transpa-rência na presença de Deus. Ele mostra que não precisamos de máscaras diante do Deus onisciente. A mulher apresentou o ritual, e Jesus, uma for-ma de vida. Mais do que rituais de cultos vazios, frios e com pessoas que nem ao menos sabem o que adoram, Jesus nos quer com desejo genuíno de adorá-lo. E quer que busquemos comunhão constante com ele.

6. Com base na segunda aplicação, explique: Que verdade sobre a adoração Jesus nos ensina em João 4:21-23?

3. Deixe o surpreendente Jesus afirmar sua missão. Jesus surpreende ao mostrar que uma pessoa improvável poderia tor-

nar-se uma testemunha eficiente.10 A água viva que Jesus lhe ofereceu dá-nos a ideia de movimento. Jesus afirma que seria como uma fonte a jorrar para a vida eterna. Jorrar dá o sentido de transbordar, inundar. Uma pessoa cheia do Espírito Santo deve anunciar a salvação que recebeu de Jesus Cristo. O testemunho dela foi superficial, mas bem intencionado, e tão eficaz que levou os samaritanos a crerem em Jesus (v.39). Mesmo diante de suas limitações, reconheça e cumpra sua maior missão como salvo em Cristo: proclamar as boas novas (Mc 16:15).

7. Com base na terceira aplicação, diga: Qual é o dever dos crentes

cheios do Espírito Santo?

10. Bruce (1987:108)

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CONCLUSÃO: Jesus pode identificar-se com a efêmera existência humana. Alivia-nos saber que ele compreende tudo o que passamos. Conhecendo o nosso interior repleto de pecados, frustrações e desilu-sões, ele é capaz de preenchê-lo com seu infinito amor e a certeza da vida eterna. Deixe suas necessidades físicas e seus desejos egoístas em segundo plano e cresça no verdadeiro conhecimento deste surpreen-dente Jesus. Adore-o verdadeiramente, e obedeça ao chamado que ele faz para testemunhar a salvação.

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TEXTO BÁSICO: Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda. Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar (Jo 5:8-9a)

INTRODUÇÃO: Jesus não ignora o fraco. A sociedade pode ignorar o fraco, mas ele não. A família pode ignorar o fraco, mas ele não. Até mes-mo a igreja pode ignorar o fraco, mas ele não. Quando Jesus vê um fraco, um desclassificado, um excluído, um miserável, um pecador atirado no chão, prostrado no pó da terra, pisado por pés humanos, para, aproxima-se, conversa, pergunta, abaixa e estende a mão para levantá-lo. Essa é uma das maiores belezas do caráter de Jesus Cristo. A lição de hoje, cuja base principal é João 5:1-14, mostra Jesus dando atenção a um homem fraco, um homem que não ficava de pé nem andava.

I – OLHANDO PARA JESUS Algum tempo depois de curar, de longe, o filho do oficial, Jesus subiu

a Jerusalém (Jo 5:1b). Era um tempo de festa: havia uma festa entre os judeus. Esta deve ter sido uma das três festas da peregrinação: a Páscoa, o Pentecostes ou a festa dos Tabernáculos. O que levou Jesus a Jerusa-

Mostrar que somos fortalecidos por Jesus, quando buscamos a pessoa certa, fazemos a confissão certa e adotamos a conduta certa.

25 JUL 2009

Aquele que Fortalece4LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 74 BJ • 375 CC / 79 BJ • 367 CC

Domingo, 19 de julho: Jo 5:1-4Segunda, 20: Jo 5:5-9Terça, 21: Jo 5:10-15Quarta, 22: Jo 5:16-23Quinta, 23: Jo 5:24-29Sexta, 24: Jo 5:30-38Sábado, 25: Jo 5:39-47

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lém? Ele não foi até lá para participar da festa em si, mas para “curar um homem e usar o milagre como ponto de partida para um mensagem dirigida ao povo”.1 Tendo por base a narrativa desse milagre, olhemos para a percepção, a pergunta, a autoridade e a exigência de Jesus, aquele que fortalece.

1. A percepção daquele que fortalece: Assim que chegou, Jesus se dirigiu não ao templo, mas ao tanque, chamado, em hebraico, de Betesda. Este é um nome de significado interessante: casa da miseri-córdia. Ali, estava um homem que, há trinta e oito anos, vivia enfermo (Jo 5:5). Isso, porém, “não significa, certamente, que ele estivera ali por todo esse tempo”. O fato é que o Senhor enxergou aquele ho-mem: E Jesus, vendo este deitado (Jo 5:6a). Sem dúvida, ele o olhou com um olhar de compaixão (Mc 8:3, 10:21). Jesus sabia que o homem estava naquele estado há muito tempo (Jo 5:6b). Ele pode ter obtido essa informação por meios naturais ou espirituais.

Jesus percebia o sofrimento alheio. Ele via o sofrimento estampado no cor-po, que causava deficiência física. Jesus percebeu as costas corcundas por 18 anos da mulher encurvada (Lc 13.11), a pele doente dos dez leprosos (Lc 17:14) e os olhos baços do cego de nascença (Jo 9:1). Ele via também o sofrimento escondido na alma, que produzia desgastes emocionais. Jesus enxergou a dor daquela mulher que já havia perdido o marido e agora estava sepultan-do o único filho (Lc 7:13), a tristeza do jovem rico (Lc 18:24) e as lágrimas da irmã e dos amigos de Lázaro, sepultado quatro dias antes (Jo 11.33).2

2. A pergunta daquele que fortalece. Jesus se aproximou daquele que se achava enfermo (Jo 5:5). Perguntou-lhe: Queres ficar são? A pergunta parece absurda, mas não é. Ele podia mesmo não querer a cura. A cura lhe traria, por assim dizer, alguns prejuízos. Ele perderia a simpatia das pessoas e, consequentemente, o sustento pessoal. Além disso, não teria mais desculpas para seus fracassos pessoais.3 Enfim, seria preciso começar a vida outra vez! “É possível que, depois de tantos anos nesta condição, o homem preferiria não enfrentar os desafio de uma vida sadia normal”4

Uma pergunta objetiva exige uma resposta objetiva. A resposta mais óbvia seria: “Sim, quero ser curado!” Mas não foi o que Jesus ouviu. O enfermo respondeu-lhe desta maneira: Senhor, não tenho homem algum

1. Wiersbe (2007:391). 2. César (2001:85)3. Richards (2008:210)4. Bruce (1987:115)

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que, quando a água é agitada, me coloque no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim (Jo 5:7). Não disse “sim” nem disse “não”. Disse apenas que não tinha quem o auxiliasse. Faltou-lhe a objetividade do cego de Jericó (Lc 18:35-43). Quando Jesus lhe perguntou: Que queres que te faça? Ele respondeu prontamente: Senhor, que eu veja.

3. A autoridade daquele que fortalece: Após uma pergunta aparen-temente estranha e uma resposta incrivelmetente imprecisa, veio uma ins-trução grandemente intrigante: Levanta-te, toma tua cama e anda (Jo 5:8). Fazia quase quatro décadas que aquele homem não conseguia se levantar nem se locomover sozinho. Como, então, cumpriria a ordem dada por Je-sus? Quem lhe deu a ordem, lhe deu o poder para cumpri-la: ...logo, aquele homem ficou são, e tomou a sua cama (Jo 5:9a). Ele recebeu poder para fazer o que, momentos antes, estivera bem aquém de sua capacidade.

O que ele fez depois de curado? Partiu (Jo 5:9b). Preste atenção nessa reação, por favor. Não faltou gratidão? Faltou! “Ficamos esperando que ele caia de joelhos ao ser milagrosamente curado, mas não faz isso”5. Também “esperamos que ele mostre certa curiosidade sobre a pessoa que o curou, mas ele mesmo sequer pergunta o nome de Jesus”6. A mul-tidão que assistiu ao milagre igualmente permaneceu silenciosa. Os lí-deres religiosos, em vez de se alegraram com o livramento maravilhoso7 daquele homem, o censuraram e o condenaram, dizendo: É sábado, não te é lícitolevar a cama (Jo 5:10).8

4. A exigência daquele que fortalece: Ao encontrar aquele homem, um pouco mais tarde, no templo, Jesus lhe fez uma afirmação e uma adver-tência: Eis que já estás são não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior (Jo 5:14). Alguns acreditam que, aqui, Jesus está se referindo à condição passada daquele homem. “Isso sugere que Jesus via alguma co-nexão, por indireta que fosse, entre esse caso de sofrimento e algum peca-do de que o homem era culpado”.9 A coisa pior pode bem ser a morte. Pior do que ficar trinta e oito anos doente é morrer. Às vezes (mas nem sempre – cf. 9:2,3; II Sm 4:4; I Rs 14:4; II Rs 13:14), as doençeas são pena pelos peca-dos cometidos pessoalmente (I Rs 13:4, II Rs 1:4, II Cr 16:12).

5. Wolgemuth & Spangler (2004:379)6. Idem. 7. Wiersbe (2007:392). 8. Os líderes religiosos haviam feito uma lista de 39 trabalhos que não poderiam ser reali-

zados no sábado, e levar uma carga era um deles. 9. Bruce (2009:1720).

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Outros entendem que, aqui, “Jesus está se referindo não ao que suposta-mente aconteceu quase quarenta anos atrás, mas à condição presente des-se homem”. Fisicamente, estava saudável, mas, espiritualmente, continuava adoecido. Ainda não havia feito as pazes com Deus. Continuava no pecado. Ele não deveria continuar naquela situação. Se não mudasse a sua condição, haveria guardada para ele uma coisa pior do que a doença da qual há pouco fora libertado, que pode ser a punição eterna. De fato, o tempo do verbo “pecar”, no grego, significa: Não mais continue ou prossiga no pecado.

A ordem de Jesus: não peques mais, quer signifique “não repita o pe-cado cometido”, quer “signifique não continue nele”, expressa a nova condição em que aquele homem deveria viver. Essa nova condição de vida é biblicamente denominada de santificação. Mas não devemos es-quecer que a exigência não peques mais veio após a cura. O que deveria provocar o bom comportamento no homem que fora curado seria a for-ça da gratidão. Quando é a gratidão que promove a mudança de vida, esta se torna mais fácil. O agraciado sente-se no dever de amar aquele que o curou, não só de palavras, mas também de atos.

1. Leia Jo 5:6a e responda: O que esse texto nos ensina sobre Jesus? Leia também o item 1.

2. Após ler Jo 5:6b e o item 2, responda: Como entender e explicar a pergunta feita por Jesus ao homem enfermo?

3. Com base em Jo 5:8, responda: O que esse texto ensina sobre a autoridade de Jesus? Recorra ao item 3.

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4. A expressão “não peques mais”, presente em Jo 5:14, pode ser explicada de duas maneiras. Quais são elas? Leia o item 4.

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. Se você deseja ser fortalecido, busque a pessoa certa. Ao redor do tanque de Betesda, jazia grande multidão de enfermos (...) es-

perando o movimento das águas (Jo 5:3). As pessoas se ajuntam ao redor de qualquer coisa que parece prometer qualquer solução ou resposta para os seus problemas. Inúmeras pessoas procuram libertação através de objetos: a rosa ungida, ramos de arruda, sal grosso, oléo, água, vinho, pedrinhas tra-zidas da “terra santa”, fitinhas, lenços. A nossa libertação não vem de objeto, mas de uma pessoa, e esta pessoa chama-se Jesus. É no Senhor Jesus que deve estar a nossa esperança. É dele que vem a nossa salvação (At 4:12).

5. “Se você deseja ser fortalecido, busque a pessoa certa”. Como você explica essa expressão?

2. Se você deseja ser fortalecido, tenha a resposta certa.Vimos que a primeira coisa que Jesus fez com o paralítico de Betesda

foi perguntar-lhe: Queres ficar são? (Jo 5:6). Se você está prestes a se separar, ele pergunta: “Quer que eu os ajunte outra vez?” Se você é um alcoólatra, ele pergunta: “Quer que eu o liberte do álcool?” Se você é um dependente de droga, ele pergunta: “Quer que eu o livre das drogas?” Se você é um homossexual, ele pergunta: “Quer que eu lhe restaure a identidade sexual?”10 Se você é um pecador, ele pergunta: “Quer que eu o perdoe?” Qual será a sua resposta? Diga “sim”, mas seja objetivo!

10. César (2000:15).

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6. Comente a resposta do homem enfermo à pergunta de Jesus. O que há de errado em sua resposta? Leia a segunda aplicação.

3. Se você deseja ser fortalecido, adote a conduta certa. Não peque mais, disse Jesus ao homem curado. Ele diz o mesmo para

você, hoje e agora: Não peque mais. Não volte a usar drogas, não volte a se refugiar no álcool, não volte para os braços da amante. Não peque mais. Não continue acessando site pornográficos, não continue a fazer sexo com pessoas do mesmo sexo, não continue abusando da misericór-dia de Deus. Não peque mais. Você precisa tomar muito cuidado. Você corre o risco de ser duramente castigado. Não com doença ou morte. O castigo é outro, muito pior. É o castigo eterno. Não corra o risco da per-dição eterna. Então, deixe de pecar e faça o que é certo (Dn 4:7).

7. Com base na terceira aplicação, responda: Após sermos fortalecidos pelo Senhor, qual deve ser a nossa conduta em relação ao pecado?

CONCLUSÃO: Talvez você seja igual ao paralítico: inválido, sem op-ção. Está, há algum ou há muito tempo, deitado no chão, ferido e exaus-to. Você quer levantar-se da tristeza, da angústia, do choro e não se levanta. Você quer levantar-se da ansiedade, da tensão, do medo e não se levanta. Você quer levantar-se das lembranças do passado, da ideia fixa, do trauma e não se levanta. Você quer levantar-se do desânimo, do pessimismo, da desesperança e não se levanta. Olhe para Jesus. Ouça, ele está dando uma ordem para você: Levante-se, pegue a sua cama e ande! (Jo 5:8 – NTLH). Com a força de Cristo, você pode levantar-se de qualquer situação (Fp 4:13).

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TEXTO BÁSICO: Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. (Jo 6:35)

INTRODUÇÃO: Além da famosa frase: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”, foi o conhecido físico e filósofo religioso, Blaise Pascal, quem também disse que existe um vazio em forma de Deus no coração de cada pessoa, e que somente ele (Deus) pode preenchê-lo.1 Pascal tem razão. Todo ser humano precisa de Deus e nunca estará sa-tisfeito sem ele. É isso que o estudo de hoje pretende mostrar. Com base no capítulo 6 do Evangelho de João, veremos que Jesus é a resposta para os nossos anseios mais profundos. Com nossa atenção voltada para ele, iniciemos o estudo desta lição.

I – OLHANDO PARA JESUS

Assentado, como os mestres da época costumavam fazer, Jesus estava ensinando (Jo 6:3). O lugar era deserto. As horas iam se passando, minuto a minuto, segundo a segundo. O dia estava acabando, e toda a multidão

1. Rogers (2000:94).

Mostrar ao estudante da palavra de Deus que, mesmo diante de pessoas superficiais, de problemas repentinos e de recursos insuficientes, Jesus realmente satisfaz; ele é a resposta para os nossos anseios mais profundos.

1 AgO 2009

Aquele que Satisfaz5LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 412 BJ • 156 MV / 178 BJ • 145 HC

Domingo, 26 de julho: Jo 6:1-21Segunda, 27: Jo 6:22-59Terça, 28: Jo 6:60-71Quarta, 29: Jo 7:1-27Quinta, 30: Jo 7:28-53Sexta, 31: Jo 8:1-30Sábado, 1 de agosto: Jo 8:31-59

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que o havia seguido não tinha nada para comer. Os discípulos ficaram preocupados. Ao olharem para aquela circunstância, não lhes restaram dúvidas: aproximaram-se de Jesus e disseram: Manda embora o povo (Mc 6:36). Essa era a vontade dos discípulos, não a de Jesus. Vejamos, neste capítulo, como ele age diante desse problema. Esse texto tem muito a nos ensinar sobre a prontidão, a avaliação, a provisão e a instrução de Jesus, aquele que satisfaz.

1. A prontidão daquele que satisfaz: De seis meses a um ano2 depois de curar o paralítico do tanque Betesda (Jo 5), Jesus e seus discípulos atravessaram o mar da Galiléia (Jo 6:1) e foram para um lugar deserto, nas redondezas de uma cidade chamada Betsaida (Lc 9:10). Essa viagem tinha objetivos: descanso e reflexão. Os discípulos haviam acabado de retornar de uma viagem missionária; estavam “fisicamente exaustos”; precisavam descansar: Não tinham tempo nem de comer (Mc 6:31). Além disso, haviam acabado de receber a terrível notícia da morte de João Ba-tista (Mt 14:12); estavam “emocionalmente abalados”. Era um dia triste, tanto para eles como para Jesus.

Quando eles chegaram ao outro lado do mar, para o merecido mo-mento de descanso e meditação, foram surpreendidos: uma grande multidão os havia seguido (Jo 6:2). E o que é pior, seguia de maneira superficial:3 ... porque tinham visto os sinais miraculosos que ele opera-va (Jo 6:2). Como Jesus reagiu? Irritou-se? Mandou-os ir embora? Não! Longe de considerar isso uma perturbação, Jesus mostrou-se pronto a atender os anseios da multidão. Ele teve compaixão deles (...) passou a ensinar-lhes muitas coisas (Mc 6:34), ... curou os seus enfermos (Mt 14:14), e ainda faria muito mais (Jo 6:10-12).

2. A avaliação daquele que satisfaz: A situação era crítica. O dia se findava e o lugar era deserto. Diante de quase cinco mil homens, famintos e cansados, Jesus tomou uma atitude, a princípio, estranha. Erguendo os olhos e vendo a grande multidão, disse a Felipe: Onde compraremos pão para toda essa gente comer? (Jo 6:5). Jesus pediu uma sugestão a Felipe. Todavia, não se engane: Ele estava experimentando Felipe (Jo 6:6a – BV). Jesus não precisa de conselhos para tratar de emergências, ele já sabia o que ia fazer (Jo 6:6). Jesus não estava “apenas” pedindo uma sugestão. Através dessa avaliação, queria experimentar a fé do discípulo.4

2. Hendriksen (2004:285).3. Bruce (1987:130).4. Pfeiffer & Harrison (1980:192).

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Não foi só porque Felipe era de Betsaida (Jo 1:44), cidade mais próxima dali, que Jesus lhe dirigiu a pergunta. Felipe tinha de apren-der a incluir Jesus nos seus planos. Diante do problema, a primeira coisa que lhe veio à mente foi o “dinheiro”: Duzentos denários não comprariam pão suficiente (Jo 6:7). Duzentos denários era o salário de 200 dias de trabalho! Eles não tinham esse dinheiro. Ele olhou para aquilo que lhes faltava, “em vez de ver aquilo que Deus poderia dar”.5 Felipe esqueceu que o poder de Jesus “ultrapassava qualquer cálculo que ele pudesse fazer”.6 Mas nem tudo estava perdido. O mé-todo humano (de Felipe) era defeituoso; o divino (de Jesus), não.

3. A provisão daquele que satisfaz: Depois de Felipe, André cha-mou a atenção de Jesus para um rapaz que encontrara no meio da multidão: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada pequenos e dois peixinhos (Jo 6:9a). Atente para os detalhes: pães “pequenos” e dois “peixinhos”. Esses detalhes enaltecem ainda mais o milagre! Agora, veja a continuação da frase: ...mas o que é isso para tantos? (Jo 6:9b). André não olhou para o “poder” de Jesus. Ele olhou a “escassez” dos recursos. André iria aprender, naquela ocasião, que, quando os recursos humanos se acabam, Jesus continua tendo po-der suficiente para satisfazer as nossas necessidades. O pouco na mão dele é muito.

Jesus começa a agir: Manda o povo assentar-se (...). Então Jesus to-mou os pães, deu graças, e repartiu-os com os que estavam assentados. E fez o mesmo com os peixes (Jo 6:11). O texto paralelo, no Evangelho de Marcos, diz que todos comeram e se fartaram (Mc 6:42); e não pa-rou por aí: Os discípulos recolheram dozes cestos cheios de pedaços dos pães de cevada, que sobraram aos que haviam comido (Jo 6:13). Cristo realmente satisfaz! Esse episódio foi um exemplo para Felipe, para André, para toda a multidão presente e para nós, hoje: Em vez de nos queixarmos daquilo que não temos, devemos agradecer a Deus por aquilo que temos. Jesus pode multiplicar esses recursos.7

4. A instrução daquele que satisfaz: Depois do milagre, a mul-tidão ficou extasiada, fascinada, maravilhada com o poder de Jesus, que, sabendo que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, tornou a retirar-se sozinho (Jo 6:15). Jesus partiu com seus discípulos, sem

5. Swindoll (2008:146).6. Hendriksen (2004:289).7. Wiersbe (2006:399).

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avisar a multidão (Jo 6:22). No outro dia, todos saíram à procura de Jesus (Jo 6:24). Dois grupos diferentes de pessoas saíram em busca dele; todavia, a motivação dos dois grupos era bem semelhante. O primeiro grupo era o dos barqueiros,8 que devem ter gostado bas-tante dessa procura desesperada da multidão, afinal, representava um ótimo dinheiro para eles.

O segundo grupo de pessoas é a própria multidão em si. Agora veja o que a motivou. Quando se encontraram com Jesus, ele lhes diz: O fato é que vocês querem estar comigo porque Eu lhes dei de comer, e não porque crêem em mim (Jo 6:26 – BV). A motivação da multidão não era razoável. “Ele lhes dera o jantar no dia anterior, e agora, pas-sada a noite, eles queriam tomar café”.9 Eles não buscaram Jesus por quem ele era, mas pelo que ele podia dar. Além do milagre, eles pre-cisavam enxergar Jesus: Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim jamais terá sede (Jo 6:35).

Atente para a palavra “crer”, do texto citado. Crer, neste contexto, significa “ir” a ele. O sentido consiste “em ir como alguém que não tem nada (só pecado) e precisa de tudo”.10 Jesus estava querendo mostrar que é o verdadeiro pão que sustenta a alma humana! Ele disse: Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram, mas quem comer este pão viverá para sempre. Muitos acharam esse discurso muito pesado. A partir desse dia, voltaram atrás e já não andavam mais com ele. Uma minoria entendeu o recado: ...para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna (Jo 6:68). Amém! Satisfação? Só em Jesus!

1. Leia Jo 6:1-3; Mc 6:30-34; Mt 14:12-14; o item 1 do comentário

e comente a reação de Jesus diante da multidão que o seguiu e “interrompeu” o seu momento de descanso e reflexão com os seus discípulos?

8. Segundo Josefo, aproximadamente 330 barcos de pesca trabalhavam nas extremidades norte do mar da Galileia (Richards, 2008:212).

9. Allen (1983:319).10. Hendriksen (2004:306).

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2. Após ler Jo 6:5-7 e o item 2 do comentário anterior, responda: A hora era tardia; o lugar, deserto e o povo não tinha o que comer, por que motivo Jesus pediu uma sugestão a Felipe, frente a esse problema?

3. Leia Jo 6:8-12; o item 3 do comentário anterior e responda: O que André focava, quando disse: ...o que é isso para tantos? O que ele aprenderia naquela ocasião?

4. Após ler Jo 6:22-27, 35, 58-68; o item 4 do comentário anterior, responda: O que levou a multidão a procurar Jesus, no dia seguinte? e, o que ele lhe disse sobre suas motivações?

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. Você pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de pessoas su-perficiais.Uma das grandes características da multidão que seguia a Cristo era

a superficialidade. Eles o procuravam sem compromisso. Não havia pro-fundidade no relacionamento. Eles o buscavam pelo que ele podia “dar”, não pelo que ele “era”. Tanto é verdade que, com apenas um sermão, a multidão o deixou: Duro é este discurso (Jo 6:60). Aquelas pessoas que-riam os milagres de Jesus, e não “Jesus”. Gente assim, ainda existe. Talvez você até conheça alguém. Entretanto, anime-se. Os verdadeiros discí-pulos, aqueles que buscavam e focavam Jesus, que entendiam que os milagres podem ou não acontecer, não foram prejudicados. O milagre aconteceu (Jo 6:11). Jesus agiu, “apesar” dos superficiais.

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5. Tendo lido a primeira aplicação, comente a seguinte afirmação: “Você pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de pessoas superficiais”.

2. Você pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de problemas repentinos.Tudo estava tranquilo. De repente, o desemprego apareceu. Tudo es-

tava na mais perfeita paz. De repente, a doença chegou. Tudo estava em ordem. De repente, ele(a) não te ama mais. O que fazer? Acalme-se! No capítulo 6 do Evangelho de João, os discípulos também foram surpre-endidos. Ao entardecer daquele dia, o problema mostrou-se evidente. Sem dinheiro e sem comida para alimentar o povo, os discípulos não pensaram duas vezes: Despede-os (Mc 6:36). Essa era a solução mais sim-ples. Eles só esqueceram um detalhe, que faz toda a diferença: apesar de não terem comida, tinham Jesus! Se tivermos Cristo, temos tudo. Se não tivermos Cristo, não temos nada.

6. Tendo lido a segunda aplicação, comente a seguinte afirmação: “Você pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de problemas repentinos”.

3. Você pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de recursos insu-ficientes. A pergunta que Jesus fez aos seus discípulos é extremamente rele-

vante: Quantos pães tendes? (Mc 6:38a). A resposta que os discípulos deram a Jesus foi extremamente preocupante: Cinco pães e dois peixes (Mc 6:38b). Cinco pães de cevada pequenos e dois peixinhos eram muito pouco para alimentar a multidão. André tinha razão (Jo 6:9). O problema de André é registrado para mostrar como são insuficientes os recursos do ser humano, quando comparados com as suas neces-

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sidades.11 Você está sem forças? Desanimado? Já não vê mais saída? Seus recursos se acabaram? Confie; você ainda tem Jesus! Ele agiu, “apesar” da escassez dos recursos.

7. Tendo lido a terceira aplicação, comente a seguinte afirmação: “Você pode encontrar satisfação em Jesus, apesar de recursos insuficientes”.

CONCLUSÃO: A resposta dos discípulos frente à pergunta de Jesus é uma pérola de grande valor, um tesouro da Bíblia Sagrada. Essa resposta traz consigo uma verdade indiscutível: Senhor, para quem iremos nós? (Jo 6:68). Não existe outro caminho. Não há meio termo. Ele é a única saída: Para quem iremos nós?. É só Jesus! O único capaz de preencher o vazio que existe dentro de cada ser humano. O único capaz de dar sig-nificado real à vida. A resposta para os nossos maiores anseios. Por isso, não desanime: apesar de pessoas superficiais, problemas repentinos e recursos insuficientes, Cristo, realmente, satisfaz!

11. Bruce (2009:1721).

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TEXTO BÁSICO: Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontran-do-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem? (Jo 9:35)

INTRODUÇÃO: Não é surpreendente encontrarmos pessoas em total desamparo, pelas ruas de nossas cidades. Principalmente nas metrópoles, há um grande número de indivíduos com problemas fí-sicos ou psiquiátricos, que não desfrutam de qualquer cuidado por parte de instituições públicas, ONGs, igrejas ou de familiares. Mas o surpreendente é encontrarmos indivíduos em completo abandono, dentro das igrejas. São pessoas que vivem em total isolamento, quer sejam deficientes físicos, quer sejam pessoas que se achegam à igreja com alguma conduta moral questionável. Infelizmente, ainda há pre-conceito, por parte de quem se acha numa situação mais confortável. No presente estudo, que se baseia no capítulo 9 do Evangelho de João, vamos aprender com Jesus como devemos tratar os indefesos, os inválidos, os rejeitados e os excluídos.

Mostrar ao estudante que Jesus ampara os socialmente indefesos, os fisicamente inválidos, os afetivamente rejeitados e os espiritualmente excluídos; conscientizá-lo, também, de que precisa ouvir, anunciar e adorar aquele que ampara, bem como precisa se espelhar no exemplo de Jesus, ao lidar com as pessoas que sofrem.

8 AgO 2009

Aquele que Ampara6LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 223 BJ • 346 CC / 95 BJ • 33 HC

Domingo, 2 de agosto: Jo 9:1-7Segunda, 3: Jo 9:8-12Terça, 4: Jo 9:13-17Quarta, 5: Jo 9:18-23Quinta, 6: Jo 9:24-34Sexta, 7: Jo 9:35-41Sábado, 8: Jo 10:19-21

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I – OLHANDO PARA JESUS

Enquanto caminhava pelas ruas de Jerusalém, Jesus viu um homem cego1 de nascença, pedindo esmolas. Os discípulos quiseram saber quem seria o culpado por aquela situação: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? (Jo 9:2). Jesus, porém, viu, naquele homem, uma razão para que Deus fosse glorificado: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus (v. 3). Ao contrário dos discípulos, Jesus foi sensível o bastante para perceber que ali estava alguém que precisava de amparo, não de julgamento. É essa atitude aco-lhedora do Senhor que iremos estudar a partir de agora.

1. Jesus ampara os socialmente indefesos: Se, nos dias atuais, uma deficiência física deixa um ser humano indefeso, nos tempos de Jesus, na região da Palestina, o problema era bem maior: não havia proteção alguma, por parte do poder público ou da sociedade em geral, aos por-tadores de deficiência física. Os cegos, os surdos ou os paralíticos que não tinham família com bons recursos financeiros eram condenados a implorar sempre pelo favor alheio para sobreviver. Para esses, não havia perspectiva alguma de dias melhores. Antes de Jesus se manifestar em carne, não havia quem se interessasse pela dignidade dessas pessoas.

O homem do relato de João 9, descrito como cego de nascença, vivia nessas condições. Além de nunca ter visto, não conhecia amparo algum por parte da sociedade. Vivia, dia após dia, assentado, pedindo esmolas (v. 8). Uma moeda ou outra era tudo que recebia, nada mais que isso. Ninguém procurava saber como ele se sentia, se tinha o que comer ou onde dormir. Nem seu nome era conhecido. Porém, sua situação não foi mais a mesma, depois que Jesus o viu. O texto bíblico diz que o Senhor não apenas o viu, mas decidiu devolver àquele homem a dignidade e o respeito que lhe haviam sido negados pela sociedade (vv. 1-7).

2. Jesus ampara os fisicamente inválidos: A deficiência visual2 não apenas impede seu portador de ver a luz, contemplar paisagens belas, discernir cores, ver as pessoas, distinguir gestos e olhares, mas o torna incapaz para muitas atividades. Aquele homem, desde que nascera, fora

1. Preferimos adotar o mesmo termo utilizado no texto bíblico, em lugar de “deficien-te visual”.

2. Aqui, estamos nos referindo à deficiência visual em seu grau máximo, conhecida como cegueira.

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condenado a ser inútil. Certamente, ele possuía talentos que sequer fo-ram descobertos, porque não lhe foram dadas as oportunidades neces-sárias para que desenvolvesse suas habilidades, percebesse seu valor e desfrutasse de algum reconhecimento.

Para os outros e para si próprio, ele não passava de um inválido. Essa condição era humilhante; fazia-o sentir-se inferior às pessoas normais, que podiam trabalhar para se sustentar. Nesse sentido, a atitude de Jesus de fazer lodo com a saliva e aplicar aos olhos do cego foi fundamental (vv. 6-7). Ao usar a própria saliva, Jesus estava doando algo de si mes-mo, de seu corpo àquela pessoa e deixando claro que se importa com a integridade física do ser humano. O Senhor sabia o quanto a cegueira machucava a autoestima daquele homem. Por isso, teve grande prazer em restaurá-lo fisicamente.

3. Jesus ampara os afetivamente rejeitados: Não há rejeição maior para o ser humano do que a dos próprios pais. O texto de João 9, ver-sículos 18 a 23, mostra que o homem curado por Jesus não desfrutava do amor de seus pais, pois estes, ao serem interrogados pelos líderes judeus, não lhe demonstraram afeto. Cuidaram de preservar a si mes-mos. Para eles, parecia não importar que seu filho fosse expulso da sinagoga, contanto que eles não o fossem. Por isso, disseram: Ele idade tem, interrogai-o (v.23).

O peso dessas palavras é de rejeição. Aqueles pais foram incapazes de se arriscar por seu próprio filho. Tudo indica que sabiam como havia sido curado, mas o deixaram à mercê dos fariseus. A covardia foi maior que o amor materno e paterno (v 22). Além disso, aquele homem não pôde contar com qualquer manifestação de compaixão por parte de seus líde-res religiosos, que o expulsaram da sinagoga. Jesus não se conteve, ao saber dessas coisas: Foi ao encontro do ex-cego e se revelou a ele (vv. 35-38). Jesus deu àquele homem o acolhimento e o amor que lhe haviam sido negados pelos próprios pais.

4. Jesus ampara os espiritualmente excluídos: Além do desamparo social e familiar, aquele homem tinha de lidar com o desamparo espiri-tual. Para ele, só havia sentença de condenação, pois, aos olhos de sua comunidade espiritual, uma pessoa que nascia com alguma deficiência estava debaixo de maldição, por seus próprios pecados ou pelos de seus pais. Foi essa a razão de os discípulos perguntarem a Jesus: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? (v. 2). A resposta do Senhor corrigiu aquele preconceito e mostrou, não a causa, mas o pro-pósito daquela deficiência: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para

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que se manifestem nele as obras de Deus (v. 3). A cura foi a confirmação do acolhimento espiritual que o Senhor lhe deu (v. 6).

Mas o problema da exclusão espiritual ainda não estava definitiva-mente resolvido. Por ter se mantido firme em seu testemunho a respeito de Jesus (vv. 15-17,25-33), o ex-cego foi banido da sinagoga, o lugar onde deveria sentir-se acolhido. Para um judeu, não havia coisa pior. Aquele homem estava desamparado de sua comunidade espiritual. Aos olhos dos demais judeus, ele estava perdido, desvinculado de Deus. Mas Jesus não pensava assim. Ao encontrar-se com o homem, o Senhor lhe ofereceu amparo afetivo e espiritual. Ele creu em Jesus e passou a fazer parte da família de Deus.

Ao restaurar a visão daquele homem num sábado, Jesus não quis sim-plesmente fazer um prodígio ou causar polêmica. O Senhor quis mostrar que veio para restaurar o ser humano em todas as suas dimensões. Em Jesus, aquele que fora cego de nascença teve sua dignidade restaurada: sua integridade física e seu valor social foram restabelecidos; seu valor afetivo e espiritual, restituído. Jesus é aquele que ampara o indefeso, o inválido, o rejeitado e o excluído. Foi para esses que ele veio e é com esses que ele mais se importa. Todo aquele que se achega a Cristo é feito nova criatura e pode desfrutar de acolhimento, pois o nome do Senhor é uma torre forte para onde as pessoas direitas vão e ficam em segurança (Pv 18:10 – NTLH).

1. Após ler Jo 9:1-8, o item 1 da primeira parte deste estudo, comente sobre a situação social daquele cego e sobre a atitude de Jesus em relação a ele. Pense também em como você pode oferecer acolhimento às pessoas socialmente indefesas.

2. Leia o item 2 da primeira parte deste estudo e responda: Com base no exemplo de Jesus, o que podemos fazer para zelar pelos direitos dos deficientes físicos e mostrar-lhes acolhimento?

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3. Com base em Jo 9:18-23,35-38 e no item 3 da primeira parte deste estudo, responda: Como Jesus amparou afetivamente o ex-cego? De que forma podemos ajudar aqueles que são rejeitados por seus entes queridos?

4. Com base em Jo 9:2,3,6,15-17,25-33,35-38 e no item 4 da primeira parte deste estudo, explique o que significa amparar o espiritualmente excluído. Que tipos de pessoas temos excluído do nosso meio religioso? A partir do exemplo de Jesus, o que podemos fazer para que se sintam acolhidas por nossa comunidade de fé?

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. Você desfruta o amparo de Jesus, quando o ouve. O apóstolo Paulo tinha toda razão, quando disse: De sorte que a fé é

pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus (Rm 10:17). No caso daquele cego de nascença, ouvir fez mesmo toda diferença, pois, antes de ser curado, ouviu de Jesus: Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo (Jo 9:5). Ele creu naquele que lhe dizia tais palavras. Talvez você nunca tenha experimentado o acolhimento em seu ambiente social, jamais tenha pro-vado o aconchego de um lar ou vivido em comunhão com irmãos de fé. Mas, hoje, o mesmo Jesus que devolveu a vista àquele cego de nascença deseja amparar você. Se o ouvir, você será bem acolhido e desfrutará da comunhão com o Pai e com a família espiritual que ele lhe dará.

5. Leia a primeira aplicação, Rm 10:17 e responda: De que forma você pode ouvir Jesus e desfrutar do seu amparo?

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2. Você compartilha o amparo de Jesus, quando o anuncia.Depois de ser restaurado fisicamente por Jesus, o ex-cego de nas-

cença passou a ser notado por seus vizinhos e conhecidos. O amor de Deus lhes foi transmitido, pois o homem não hesitava em dizer a todos quem o havia curado (vv. 9-11) e testemunhou a respeito de Jesus também diante dos fariseus (vv. 15,17,24-33). E você? Tem compartilhado o amor de Jesus? O que tem respondido, quando lhe perguntam sobre a razão da sua fé? Não tenha medo da rejeição dos outros! Anuncie a pessoa de Cristo, seu amor, sua salvação. Não se envergonhe daquele que ampara!

6. Leia a segunda aplicação e responda: O que você precisa fazer para compartilhar o amparo de Jesus? Pense em como você pode ter uma atitude acolhedora para com aqueles que sofrem algum tipo de rejeição.

3. Você reconhece o amparo de Jesus, quando o adora.Desde que fora curado, até ser expulso da sinagoga, o ex-cego

ainda não havia visto Jesus. Mas, quando o Senhor soube do que os fariseus lhe haviam feito, encontrou-o e revelou-se ao homem, que se prostrou diante de Jesus e o adorou (vv. 35-38). O que Cristo repre-senta para você, querido irmão? Ele é simplesmente aquele de quem você busca benefícios ou é o único Senhor da sua vida? Aquele ex-cego reconheceu que Jesus é muito mais que um benfeitor ou um profeta. Faça o mesmo: Reconheça-o como o Filho de Deus, o único que merece a sua adoração.

7. Com base na terceira aplicação, comente esta afirmação: “Jesus é muito mais que um benfeitor”. Que implicações esse reconhecimento tem na adoração que Cristo merece?

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CONCLUSÃO: À semelhança dos discípulos, que viram a cegueira como consequência de pecado, nós nos ocupamos demais em julgar situações de sofrimento. Mas a vontade de Deus é tão somente que desfrutemos, compartilhemos e reconheçamos o seu amparo, ao nos sentirmos indefesos, desvalorizados, rejeitados ou excluídos. O Senhor também deseja que ofereçamos às pessoas que sofrem o mesmo tra-tamento que ele nos dispensa. Devemos, portanto, tratá-las com res-peito, zelar pelos seus direitos e fazer o melhor para que se sintam acolhidas e valorizadas. Acima de tudo, devemos conduzi-las a Jesus, a fim de que o ouçam, o anunciem e o adorem.

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TEXTO BÁSICO: Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu co-nheço o Pai (Jo 10:14-15a).

INTRODUÇÃO: Era uma das vocações mais simples de toda a Pa-lestina, e por sinal, uma das mais antigas também. Havia um ditado popular, que a incluía na lista de profissões que um judeu não devia ensinar a seu filho.1 Não era fácil trabalhar nessa área. Calor de dia, frio de noite, além das noites e noites sem dormir (Gn 31:40). Em ter-mos monetários, o salário era quase inexpressivo.2As casas em que eles moravam eram frágeis (cf. Is 38:11). As roupas, muito simples. O trabalho perigoso (I Sm 17:34-36). Apesar de tudo isso, quando falava de si mesmo, a figura predileta de Jesus não era a de um rei, de um general, mas a de um trabalhador dessa profissão: Eu sou o bom pastor (Jo 10:11), disse ele. O que isso nos ensina? Vejamos.

1. Rops (1986:150). 2. Azevedo (2004:119).

Mostrar ao estudante da palavra de Deus que, diante das indecisões, das preocupações e dos sentimentos de desamparo, nós podemos contar com a direção, o cuidado e a proteção de Jesus, o nosso pastor.

15 AgO 2009

Aquele que Pastoreia7LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Domingo, 9 de agosto: Jo 10:1-5Segunda, 10: Jo 10:6-10Terça, 11: Jo 10:11-14Quarta, 12: Jo 10:15-21Quinta, 13: Jo 10:22-28Sexta, 14: Jo 10:29-33Sábado, 15: Jo 10:34-42

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I – OLHANDO PARA JESUS

A figura do pastor, com certeza, está entre as favoritas de Jesus. Ela aparece quase cinquenta vezes em toda a Bíblia e, na maioria das ve-zes, referindo-se a ele. Só no capítulo 10 de João, que se desenvolveu a partir do confronto de Jesus com os líderes judeus (Jo 9), encontramos seis referências à palavra “pastor”. O cego de nascença, que foi cura-do por Jesus, esperou em vão o cuidado pastoral dos seus líderes. Na verdade, eles o expulsaram do rebanho (Jo 9:34). Porém, depois disso, ele encontrou em Jesus “um pastor de verdade”.3 No estudo de hoje, baseado na metáfora pastor-ovelha, iremos meditar em quatro carac-terísticas do ministério de Jesus.

1. Um ministério orientador: Jesus conta um enigma sobre o mi-nistério pastoral (Jo 10:6). Ele é o personagem principal: O pastor das ovelhas (Jo 10:2). Jesus utiliza-se da metáfora pastor-ovelha para ressaltar algumas características importantes do seu ministério. Logo de cara, en-xergamos a primeira: a orientação. Veja o que diz o texto: E quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e elas o seguem (Jo 10:4). Ob-serve a expressão “ir adiante” das ovelhas. Esse é um detalhe importante. As ovelhas não podem caminhar sozinhas. Falta-lhes senso de direção. Uma ovelha tem que seguir alguém.4 A alguns metros do caminho certo, são incapazes de encontrá-lo.

Se não houver um pastor que as oriente, as ovelhas tendem a peram-bular perto dos rios; o que é muito perigoso, visto que sua lã se molha, pesa, e elas podem se afogar.5 Ter um pastor para orientá-las é extrema-mente importante para preservar-lhes a vida e deixá-las sempre no cami-nho certo. É por isso que as ovelhas são talentosíssimas para discernir a voz do seu pastor: ...ouvem a sua voz (...) conhecem a sua voz (Jo 10:3-4). Jesus é apresentado no texto como aquele que vai adiante. Aquele ho-mem que foi rejeitado pelos seus líderes (Jo 9:35) não ficaria sem rumo! Jesus estava ali: Ele orienta! Quem o segue, acerta o caminho.

2. Um ministério cuidador: Quando Jesus lhes falou este enigma, eles não entenderam o que era que ele lhes dizia (Jo 10:6b). Jesus come-ça a explicar de modo mais claro, e, na sua explicação, encontramos a

3. Bruce (1987:194).4. Azevedo (2004:126).5. Lucado (2005:47).

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segunda característica do ministério “pastoral” de Jesus: o cuidado. Dois pontos podem ser ressaltados. Primeiro, o cuidado protetor de Jesus. Leia com atenção o versículo 9a: Eu sou a porta; todo aquele que entrar por mim, salvar-se-á (Jo 10). Outra figura entre em cena aqui: A porta. Jesus é a porta do aprisco. Todo aquele que entra por ele salvar-se-á. O verbo “salvar” significa “livrar de perigo e entregar em segurança”.6 Jesus estava mostrando que cuida da segurança das suas ovelhas. Ele as protege.

Um segundo ponto que pode ser ressaltado diz respeito ao cuidado provedor de Jesus. O texto conclui: Eu sou a porta. Quem entrar por mim (...) poderá entrar e sair e achará comida (Jo 10:9b – NTLH). Para uma ovelha dormir, tudo precisa estar na mais perfeita ordem, inclusive, o estômago tem de estar cheio. Como não podem encontrar comida, as ovelhas precisam de ajuda. Era o pastor que cuidava da alimentação do rebanho.7 Eles davam o melhor de si para encontrarem a erva mais fresca, pastos ricos em nutrientes, água limpa, etc. Assim é Jesus, nosso pastor. Podemos esperar confiantes por sua proteção e provisão.

3. Um ministério sacrificial: Continuando a analisar essa metáfora rica em significados, descobrimos uma terceira característica do minis-tério “pastoral” de Jesus: a sacrifical. Veja o versículo 11: Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas (Jo 10). Jesus está mostrando que o “bom” pastor não é aquele que se preocupa primei-ramente com o seu bem-estar, mas o que se preocupa com o bem-estar das suas ovelhas. Esse até arrisca a sua vida para salvá-las. Os pastores da palestina, de fato, colocavam a vida das ovelhas acima da sua.8 O mercenário, não. Este cuida das ovelhas com outros fins. Quando o lobo vem, deixa as ovelhas e foge (Jo 10:12).

Não perca de vista que Jesus está falando com os fariseus, com os líderes da religião judaica. Eles só pensavam nos seus próprios interesses. Ao dizer: Eu sou o bom pastor, Jesus estava enfatizando sua excelência como tal e contras-tando-se com os falsos pastores daquela época. Jesus já os havia chamado de “ladrões e salteadores” (Jo 10:1, 10) e, no versículo 11, os descreve como “mercenários”. Eles não tinham interesse real nas ovelhas (Jo 10:13 – BV). Jesus, sim! Ele morreu por elas. Deu sua vida, espontaneamente (Jo 10:18). Jesus, o verdadeiro pastor, não somente cuida das ovelhas, mas comprou-as com seu precioso sangue (I Pe 1:19-20). Seu pastoreio é sacrificial.

6. Wiersbe (2007:424).7. Lucado (2005:27).8. Youssef (1987:32).

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27, 28 e 29 27, 28 e 29 27, 28 e 29 de novembro de novembro de novembro

de 2009de 2009de 2009Estância Estância Estância

Árvore da VidaÁrvore da VidaÁrvore da VidaSumaré, SPSumaré, SPSumaré, SP

45ªAssembleia

Um dever do consagrado, um direito do membro

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Participe desta grande festa espiritualPROGRAMAÇÃO DO DIA 28/11/2009

ESPÍRITO SANTO:

ESPÍRITO SANTO:

ESPÍRITO SANTO:

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Informações: (11) 3119-6457 • E-mail: [email protected]

Um dever do consagrado, um direito do membro

45ª Assembleia

O DEUS QUE VIVE NA IGREJA

SEUS GRANDES FEITOS

O DEUS QUE ATUA NA IGREJA

“Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela para a santificar”.Efésios 5:25b e 26a

PROJETO

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Para quaisquer informações adicionais, entrar em contato com a Secretaria GeralTelefone: (11) 3119-6457, falar com Irma Velázquez - E-mail: [email protected]

Um dever do consagrado, um direito do membro

45ª Assembleia

FICHA DE INSCRIÇÃO

Nome:Endereço:Bairro: Cidade: UF:Cep: Fone: ( )E-mail:Idade: Pastor ( ) Presbítero ( ) Diácono ( ) Membro ( )

Região ou Setor a que pertence:

FORMA DE PAGAMENTO (Assinale a opção desejada) INSCRIÇÃO PARA 3 DIAS – R$ 210,00( ) 1 X R$ 210,00 com cheque para até o dia 13/11 ( ) 2 X R$ 105,00 com cheque para os dias 13/10 e 13/11 ( ) 3 X R$ 70,00 com cheque para os dias 13/09, 13/10, 13/11( ) 4 X R$ 52,50 com cheque para os dias 13/08, 13/09, 13/10, 13/11

INSCRIÇÃO PARA 2 DIAS – R$ 150,00( ) 1 X R$ 150,00 com cheque para até o dia 13/11 ( ) 2 X R$ 75,00 com cheque para os dias 13/10 e 13/11 ( ) 3 X R$ 50,00 com cheque para os dias 13/09, 13/10, 13/11( ) 4 X R$ 37,50 com cheque para os dias 13/08, 13/09, 13/10, 13/11

INSCRIÇÃO PARA 1 DIA – R$ 85,00( ) 1 X R$ 85,00 com cheque para até o dia 13/11 ( ) 2 X R$ 42,50 com cheque para os dias 13/10 e 13/11 ( ) 3 X R$ 28,50 com cheque para os dias 13/09, 13/10, 13/11( ) 4 X R$ 21,50 com cheque para os dias 13/08, 13/09, 13/10, 13/11

IMPORTANTE:

APÓS O DIA 13/11/2009,A INSCRIÇÃO SERÁ EFETUADA SOMENTE NO LOCAL, COM REAJUSTE:

3 DIAS – R$ 280,002 DIAS – R$ 200,001 DIA – R$ 120,00

27, 28 e 29 de novembro de 2009

PROCEDIMENTOPreencha todos os campos da ficha acima, assinalando a opção de pagamento desejada, de acordo com a quantidade de dias de sua participação. Deposite o valor equivalente a sua escolha no banco BRADESCO, Ag. 99-0 – C/C 300259-4; destaque a ficha de inscrição (devidamente preenchida); anexe cópia do comprovante do pagamento e remeta-os, via correio, para: Secretaria Geral da IAP – Rua Boa Vista, 314 – 6º andar – Conj. A – Centro – São Paulo, SP – CEP 01014-030. Você também pode enviar sua solicitação de inscrição via fax: (11) 3119-6458.

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4. Um ministério relacional: Veja o que diz o versículo 14 de João capítulo 10: Eu sou o bom pastor, eu conheço as minhas ovelhas. Neste versículo, nós descobrimos a quarta característica do ministério de Je-sus: A relacional. O termo “conhecer”, no Evangelho de João, não está ligado a conhecimento intelectual. O significado é bem mais abran-gente. Refere-se a relacionamento íntimo entre Deus e seu povo.9 É conhecer no sentido de relacionar-se, conviver, sentir. É justamente esse o sentido que tem a palavra “conhecer”, empregada por Jesus em João capítulo 10, versículo 14.

O pastor, na palestina, levava os seus rebanhos para as pastagens e ficava o dia inteiro com eles, e, às vezes, até a noite. Os rebanhos do oriente, em geral, não eram grandes demais, e o pastor conhecia cada ovelha, individualmente. Entretanto, havia rebanhos que consistiam de milhares e até de dezenas de milhares desses animais. Nestes, as ovelhas que ficavam mais próximas do pastor tinham, cada uma, o seu nome dado por ele, e recebiam cuidados especiais.10 Os pastores amavam as suas ovelhas e estas correspondiam ao seu amor.11 Assim é Jesus: ele co-nhece, convive, ama as suas ovelhas. Seu ministério é relacional.

Os fariseus não se importaram nem um pouco com aquele cego que fora curado. Enquanto os fariseus o “expulsaram”, Jesus o “acolheu” (Jo 9:35-38) e mostrou que muitas outras ovelhas ainda seriam agregadas (Jo 10:16). Quando ele terminou de dizer estas palavras, os judeus se di-vidiram novamente em suas opiniões a respeito dele: Muitos diziam: Está possuído por um demônio (...). Mas outros diziam: Estas palavras não são de um endemoninhado. Pode um endemoninhado abrir os olhos dos cegos? (Jo 10:20-21). Esse último grupo tinha razão; eles não estavam diante de um endemoninhado, mas diante de um pastor, “o verdadeiro pastor”.

1. Leia Jo 10:1-5; o item 1 do comentário anterior e responda: Baseado na metáfora pastor-ovelha, qual a primeira característica importante do ministério de Cristo é enfatizada com a expressão vai adiante delas?

9. Wiersbe (2007:425).10. Davis (1987:447).11. Rops (1986:151).

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2. Após ler Jo 10:6-10; o item 2 do comentário anterior, comente sobre a segunda característica do ministério de Cristo abordado no comentário.

3. Leia Jo 10:11, 15, 17-18; o item 3 do comentário anterior e responda: Que outra característica importante do ministério de Jesus esses versículos, extraídos da metáfora pastor-ovelha, ressaltam?

4. Após ler Jo 10:14-15 e o item 4 do comentário fale sobre o sentido do verbo “conhecer”, que aparece no texto? Será mero conhecimento intelectual? Fale sobre a característica do ministério de Cristo destacada neste texto?

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. Você está desorientado? Conte com a direção de Jesus, seu pastor.Precisa tomar uma decisão que pode mudar radicalmente a sua

vida? A vida é assim mesmo. Hora ou outra nos deparamos com al-gumas decisões inquietantes. Uma nova proposta de trabalho, uma mudança inesperada, a futura profissão, o futuro esposo, a futura esposa. Dependendo do que for decidido, as coisas podem melho-rar ou piorar. Para acertar mais e errar menos, lembre-se sempre de Jesus, o seu pastor. Ore, peça-lhe sabedoria para acertar na escolha. Estude sua palavra, familiarize-se com a sua vontade, seu jeito de decidir as coisas. Deixe-o andando na frente (Jo 10:4); Siga-o com submissão. Assim, você nunca estará desorientado.

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5. Diante de decisões que podem mudar radicalmente a nossa vida, qual a atitude correta a tomar? Recorra à primeira aplicação.

2. Você está preocupado? Conte com o cuidado de Jesus, seu pastor.Está preocupado com o dia de amanhã? O que comer, o que beber,

o que vestir? Como pagar a faculdade do filho? E se o emprego faltar? E se a doença chegar? Tranquilize-se! Seu pastor é cuidadoso: Todo aquele que entrar por mim, entrará, sairá e achará pastagens. O ladrão12 só vem para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância (Jo 10:10). Diante dos ataques dos lobos ou em meio a pastos verdejantes, o cuidado de Jesus, o nosso pastor, é certo! As minhas ovelhas(...) eu as conheço (Jo 10:27). Não andemos ansiosos (Mt 6:25); lancemos sobre ele toda a nossa ansiedade, porque ele tem cuidado de nós (I Pe 5:7)!

6. O que fazer frente às preocupações do dia-a-dia? Como repousar tranquilo, quando o perigo se mostra evidente? Leia a segunda aplicação.

3. Você está desamparado? Conte com a proteção de Jesus, seu pastor.Enquanto as ovelhas estavam dentro do aprisco, os muros as pro-

tegiam. Mas, depois que elas saíam de lá, a sua única proteção era o pastor. Hienas, chaquais, lobos e até ursos surgiam com frequência, não sendo incomum a luta entre o pastor e uma fera selvagem.13 Você já se sentiu desamparado alguma vez? Sem proteção? Alguma vez já teve a impressão de estar sozinho, de que ninguém se importa com você, de que ninguém o pode ajudar? Se esse sentimento quiser ga-

12. O “ladrão” é uma indicação aos fariseus, cf. Jo 9:35-41; 10:20-21 (Hendriksen, 2004:461).

13. Rops (1986:150).

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nhar lugar no seu coração, lembre-se de Jesus, o seu pastor (Jo 10:14). Ele está com você todos os dias (Mt 28:20). Com ele ao seu lado, tudo termina bem: As minhas ovelhas (...) ninguém poderá arrebatá-las da minha mão (Jo 10:27a, 28b).

7. Alguma vez você já se sentiu desamparado? Do que precisa lembrar para encontrar paz nesses momentos? Leia a terceira aplicação.

CONCLUSÃO: A figura do pastor não combina com a figura do mercenário. Existe uma incompatibilidade entre elas, uma barreira in-transponível. O pastor guia, protege, alimenta, cuida das ovelhas. O mercenário se aproveita, explora, rouba, dispersa as ovelhas. O pastor enfrenta o perigo; o mercenário foge do perigo. O pastor se preocupa com as ovelhas; o mercenário se preocupa consigo mesmo. Jesus é o nosso pastor, ele não é mercenário. Quando estivermos desorientados, desamparados e necessitados, podemos contar com a sua direção, seu cuidado e sua presença. É encorajador saber disso!

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TEXTO BÁSICO: Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. (Jo 11:25)

INTRODUÇÃO: O Mestre estava ensinando na Pereia1, às margens do

Jordão, quando, de repente, chegou um mensageiro assustado e quase sem fôlego: Senhor, seu amigo Lázaro está muito doente! Sua fala deno-tava urgência. Se Jesus não fizesse algo logo ou fosse depressa até o vilarejo de Betânia, certamente, Lázaro morreria. Em sua mente limitada devia pensar: “Se isso acontecer será o fim e nada mais poderá ser feito”. Não sabia ele que Jesus é a ressurreição e a vida e quem crer nele, ainda que esteja morto, viverá. É sobre esse Jesus que estudaremos hoje.

I – OLHANDO PARA JESUS

Marta e Maria estavam bem preocupadas com a saúde do irmão. A esperança era que Jesus viesse logo. Podemos imaginá-las no quarto de Lázaro repetindo o tempo todo: “Se pelo menos Jesus estivesse

1. Pereia era uma região da Palestina e ficava próximo da Judeia no outro lado do Rio Jordão. O local onde Jesus estava até a cidade de Lázaro era distante dois ou três dias de viagem.

Ensinar que Jesus tem poder sobre a morte, porque ele é o Senhor da vida, e que você pode vencer os momentos difíceis, se entender o plano, perceber a presença e confiar no poder daquele que ressuscita.

22 AgO 2009

Aquele que Ressuscita8LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 91 BJ • 155 CC / 146 BJ • 349 CC

Domingo, 16 de agosto: Jo 11:1-16Segunda, 17: Jo 11:17-31Terça, 18: Jo 11:32-44Quarta, 19: Jo 11:45-57Quinta, 20: Jo 12:1-17Sexta, 21: Jo 12:18-30Sábado, 22: Jo 12:31-38

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aqui!”2 Elas tinham certeza de que ele, ao ouvir o recado, viria apres-sadamente atendê-las. Mas Jesus não se apressou e Lázaro morreu. Ele sequer compareceu ao enterro; apareceu somente quatro dias de-pois. Por quê? João 11 nos ajuda a entender. Esse texto pinta um qua-dro sobre Jesus. Nele, vemos o atraso, o plano, o choro e o poder de Jesus, que nos permite conhecê-lo melhor.

1. O atraso de Jesus: Aos olhos daquelas irmãs, o Mestre demorou demais. Ele não alterou sua agenda e nem se apressou para ir a Betânia, apenas mandou um recado: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus (v. 4), entretanto, ele não chegou a tempo, e a tra-gédia aconteceu! Jesus amava aquela família e era amigo de Lázaro (Jo 11:3,5,11. Por que deixou isso acontecer? Como harmonizar o amor e a demora? Por que não respondeu a oração? Eram questões que afligiam os corações daquelas irmãs. Nunca é fácil entendermos o aparente atra-so de Deus em nos atender.

Mas Jesus se atrasou mesmo? Certamente, não! Ele é o Senhor do tem-po (Ec 3:1-14), ele age no momento certo e da maneira certa. Houve outras ocasiões em que o Mestre parecia ter se atrasado: Jairo pediu para que ele curasse sua filhinha, mas, por se “atrasar” no caminho, Jesus che-gou quando a menina já estava morta (Mc 5:22,35). No mar da Galileia, os discípulos lutaram a noite inteira contra as ondas, e somente na quarta vi-gília da noite Jesus apareceu. Em ambos os casos, o resultado final foram milagres e excelentes lições aprendidas. Logo, podemos afirmar que a de-mora de Deus é proposital e pedagógica. Com Lázaro, não foi diferente.

2. O plano de Jesus: Jesus ficou ainda dois dias no lugar onde estava, antes de ir para Betânia, na Judeia (Jo 11:6-7). O Senhor não precisa ter pressa; ele nunca chega atrasado e jamais é surpreendido. Embora nin-guém soubesse, ele, em sua onisciência, sabia muito bem o que iria fazer. Disse: Essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus, que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela (v.4 NVI). Jesus permitiu que Lázaro morresse e prometeu: vou despertá-lo do sono (v.11). Aquele que é dono da vida iria ressuscitar Lázaro, em um magnífico milagre. Esse era o seu plano.

O Senhor Jesus já havia ressuscitado outras pessoas antes, mas a res-surreição de Lázaro era especial. Esperou quatro dias (v.17). Sabe por quê? Porque os judeus acreditavam que, até o terceiro dia, havia chance

2. Hendriksen (2004:507).

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de o morto voltar à vida, pois, depois disso, o corpo se decompunha.3 O quarto dia representava o fim de todas as possibilidades, o fim das esperanças. Assim, ressuscitar o morto de quatro dias é mais extraordi-nário do que ressuscitar alguém que acabara de morrer. O milagre seria incontestável para os líderes judeus! A fé dos discípulos seria fortalecida, e Maria e Marta se consolariam.

3. O choro de Jesus: Quando Jesus chegou a Betânia, foi recebido por Marta, que tinha uma queixa: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão (v.22). Jesus não ficou aborrecido com ela, pois respeita a dor das pessoas. Ele mesmo sabe o que é padecer (Is 53:3). Com muita sensibilida-de, Jesus tratou da fé de Marta, dando-lhe esperança (v.23-27). Em seguida, Maria foi até ele e se lançou aos seus pés (v.32). Ela não disse muita coisa, porque estava extremamente triste; apenas chorou. Os amigos que a acom-panhavam começaram a chorar também. Então, o Mestre não se conteve.

Jesus chorou (Jo 11:35) “é o versículo mais curto e mais profundo das Escrituras”.4 Por que Jesus chorou, se sabia que Lázaro voltaria a viver? Ele chorou porque sentiu a dor de perder um grande amigo, mesmo por apenas quatro dias. Chorou por ver a dor das irmãs e dos amigos de Lázaro. Chorou porque seu amor é compassivo e solidário. Chorou por ver a miséria humana e por saber a sua causa.5 As lágrimas dele revelam a sua plena humanidade, e ele não disfarçava as emoções de um coração sensível e cheio de compaixão.6 Ele é Deus que se solidariza com nossa dor. Ele sofre e chora conosco.

4. O poder de Jesus: Suspirando, Jesus caminhou em direção ao tú-mulo e, lá, mostrou o seu poder. Morto há quatro dias, Lázaro estava além de ajuda, pois seu corpo já começava a se decompor. Este homem voltar à vida era algo totalmente impossível. Mas “impossível” é uma pa-lavra que não existe no vocabulário de Jesus. Diante da sepultura, Jesus mandou que tirassem a tampa de pedra. Marta vacilou na fé. Ela voltou sua atenção para seu irmão, que estava morto e esqueceu de olhar para aquele que é a ressurreição e a vida (v.25)7. Ela diz: Senhor já cheira mal (v.39), ou seja, “é caso perdido”. Mas ele responde: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? (v 40).

3. Arrington & Stronstad (2003:563).4. Wiersbe (2006:433).5. Hendriksen (2004:515).6. Manning (2008:180).7. Hendriksen (2004:519).

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Após fazer uma breve e linda oração de agradecimento e confian-ça, Jesus gritou com toda autoridade: Lázaro, vem para fora! (v.43). E Lázaro voltou a viver! A vida se refaz diante da voz onipotente daque-le que é o Senhor da vida. “Como isso aconteceu não sabemos, pois foi um milagre, e milagres transcendem a compreensão humana”.8 O texto nos faz ver a cena nitidamente: ele sai do túmulo com braços e pernas amarrados e rosto encoberto por um lenço. Então, ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir (v. 44). E, desta forma, a glória de Deus foi manifestada diante de todos (v.45).

Esse extraordinário milagre é prova de que o soberano Jesus tem do-mínio sobre a morte, e é garantia de que um dia aqueles que dormiram em Cristo serão ressuscitados. A ressurreição de Lázaro foi, ainda, pre-núncio do que aconteceu alguns dias depois, quando Jesus morreu, na cruz, por nosso pecado e ressuscitou, vencendo, de uma vez por todas, o poder da morte e nos concedendo a vida eterna! Há, ainda, outras lições que podem ser extraídas de João, capítulo 11. Aprendemos, por exem-plo, que amigos de Jesus não estão livres de perdas, aflições e tragédias. Por isso, na sequência deste estudo, veremos três atitudes que nos aju-dam a passar pelos momentos difíceis da vida.

1. Leia o item 1, Jo 11:1-6 e comente sobre a demora de Jesus em atender o pedido de Marta e Maria. É correto afirmar que Jesus se atrasa?

2. Após ler Jo 11:4,11,17 e o item 2, responda: Qual era o plano de Jesus? Por que ele chegou somente quatro dias depois?

3. Leia o item 3, Jo 11:33-38 e responda: Por que Jesus chorou, se sabia

que Lázaro voltaria a viver? O que o choro de Jesus nos ensina?

8. Hendriksen (2004:522).

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4. Com base no item 4 e em Jo 11:25, 39-44, explique como Jesus manifestou seu poder. O que aprendemos com a ressurreição de Lázaro?

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. Em momentos difíceis, procure entender o plano daquele que ressuscita.No auge da aflição, chegamos a duvidar do amor de Jesus por nós! Entre-

tanto, o amor dele pelos seus amigos “não é uma afeição cheia de mimos, mas, sim, um amor aperfeiçoador”.9 Ao nos permitir passar pela dor, ele tem sempre um plano que visa ao nosso bem, que deseja nos educar, nos aper-feiçoar em santidade e moldar nosso caráter. Ele age assim porque nos ama! Então, em vez de murmurar, pergunte qual o propósito dele para aquela situação. No caso de Lázaro, o que parecia uma cruel demora, na realidade, foi o mais terno cuidado para com o bem-estar de seus discípulos. Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8:28).

5. Leia a primeira aplicação, Rm 8:28 e responda: Por que, em momentos difíceis, é preciso entender o plano de Jesus?

2. Em momentos difíceis, procure perceber a presença daquele que ressuscita.Senhor, se estivesses aqui... foi o que disseram as irmãs de Lázaro. O sofri-

mento, aliado ao silêncio de Deus, nos traz uma terrível sensação de solidão. Onde está Deus? Parece que ele está distante. Parece que ele não se impor-ta. Mas isso não é verdade: Deus é nosso refugio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade (Sl 46:1 – NVI). “Na realidade, o momento em que Deus permanece mais próximo de nós, é quando enfrentamos a dor mais intensa”.10 Em João 11, vemos Jesus presente, mesmo quando estava fisicamente distante. Irmãos, creiam nisto: Nunca estamos sozinhos! Jesus é o Deus que sofre e chora conosco, pois conhece a nossa dor.

9. Wiersbe (2006:430).10. Kemp (2001:96).

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6. Leia a segunda aplicação, Sl 46:1 e responda: Por que, em momentos difíceis, precisamos perceber a presença de Jesus?

3. Em momentos difíceis, procure confiar no poder daquele que ressuscita.A situação de Lázaro era difícil e tornou-se impossível! Além de estar

morto, já se haviam passado quatro dias. Contudo, Jesus, com sua majes-tosa voz, ordenou: Lázaro, vem para fora. E ele ressuscitou! Jesus é Senhor do “quarto dia”. É especialista em causas perdidas. Se você tem enfrentado uma situação impossível, não desista! Porque aquele que pode ressuscitar mortos, também pode trazer-nos solução para qualquer problema. Se você se vê diante de enfermidades, de decepções, de demoras e até mesmo da morte, creia que Jesus é a ressurreição e a vida.Ele pode ressuscitar sonhos, relacionamentos, projetos, famílias, igrejas. Procure confiar no poder dele!

7. Leia a terceira aplicação e comente a afirmação: “Em momentos difíceis, procure confiar no poder de daquele que ressuscita”.

CONCLUSÃO: “A história da ressurreição de Lázaro é extremamente encorajadora”.11 Ela nos faz saber que Deus nos ama e que tem sempre um bom propósito para nós, mesmo quando nos permite sofrer. Ela nos faz co-nhecer a soberania de Jesus, através de seu aparente “atraso”; sua onisciência, através de seu “plano”; sua compaixão e sensibilidade, através de seu “choro”, e sua onipotência, através de seu “poder”. O poderoso Jesus é a solução para o maior dilema humano: a morte. Logo, não há situação para a qual ele não tenha solução e nada foge ao seu domínio. Permite-nos passar por momen-tos difíceis, a fim de que a glória de Deus seja manifestada em nós.

11. Richards (2008:226).

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TEXTO BÁSICO: Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. (Jo 13:14)

INTRODUÇÃO: Prontidão, perseverança e humildade são virtudes fundamentais em nosso relacionamento com Deus e com o próximo. No entanto, temos dificuldade em colocá-las em prática. Dificilmente estamos preparados para o fracasso ou para o sucesso. Também temos a tendência de desistir das pessoas que não nos tratam segundo nos-sas expectativas. Mais difícil nos parece, ainda, servirmos a quem consi-deramos inferior. Porém, Jesus não apenas praticou essas virtudes, mas mandou que as praticássemos também. É isso que aprenderemos neste estudo sobre o capítulo 13 do Evangelho de João, versículos 1 a 17, que apresenta o momento da última ceia, ocasião em que Jesus ministrou o lava-pés. Que o exemplo do Mestre nos encoraje a praticar seu ensino.

I – OLHANDO PARA JESUS Jesus se via nos momentos finais de seu ministério. Parecia já ha-

ver ensinado aos seus discípulos tudo que eles precisavam aprender. Mas havia ainda uma importante lição a ser ministrada. Então, durante

Encorajar o estudante, a partir do exemplo de Jesus, no ato do lava-pés, a mostrar prontidão, manifestar perseverança e demonstrar humildade no relacionamento com Deus e com o próximo.

29 AgO 2009

Aquele que Ministra9LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 272 BJ • 175 HC / 108 BJ • 380 CC

Domingo, 23 de agosto: Jo 13:1-5Segunda, 24: Jo 13:6-11Terça, 25: Jo 13:12-17Quarta, 26: Jo 13:18-22Quinta, 27: Jo 13:23-30Sexta, 28: Jo 13:31-34Sábado, 29: Jo 13:35-38

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sua última ceia, ele os surpreendeu: levantou, tomou uma toalha e uma bacia com água e começou a lavar-lhes os pés. Esse ato revela as qua-lidades que Cristo queria ver em seus discípulos, qualidades essas que ele próprio manifesta em seu caráter: autopercepção, perseverança e humildade. É esse ensino do Mestre que vamos estudar a seguir, a fim de o colocarmos em prática.

1. A autopercepção de Jesus: Ao nos depararmos com o texto de João 13, percebemos que Jesus estava ciente de seu tempo aqui na terra. O evan-gelista nos informa que o Senhor sabia tratar-se de sua última ceia e de sua última Páscoa: Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que esta-vam no mundo, amou-os até ao fim (Jo 13:1). Poucos dias antes da Páscoa, Jesus já havia anunciado sua morte (Jo 12:27-36). Isso nos ensina que o sofrimento não o pegou de surpresa. Jesus não andava distraído em relação aos fatos que lhe aconteciam. Sua atitude era de prontidão. Ele estava pre-parado para morrer, pois sabia de onde vinha e para onde iria (v. 3).

Percebemos também que Jesus não deixou que sua antevisão do fu-turo o impedisse de concluir todo o seu ensino aos discípulos. Por saber que já iria partir para o Pai, ele poderia ter se esquivado da humilhação de lavar os pés daqueles homens rudes; afinal, já bastava o terrível sofri-mento que estava por vir. No entanto, mesmo com sua autopercepção, Jesus não se negou a ministrar lição tão preciosa aos seus amigos. Ele tratou seu ministério com seriedade e o cumpriu fielmente, até o último instante. Jesus se mostrou zeloso pela missão que o Pai lhe confiara.

2. A perseverança de Jesus: Além de se mostrar atento e zeloso, Jesus se manteve perseverante em seu ministério. Ainda no versículo 1, João diz: ... tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. Esta última parte, amou-os até ao fim, revela tanto a perseverança quanto a intensidade do amor de Jesus, ou seja, seu amor era ilimitado e profundo. Jesus não se doou pela metade, nem impôs condições a seus discípulos para que os amasse. Simplesmente os amou com perseverança.

Não se trata de um amor qualquer. Jesus amou até o fim aqueles que o iriam deixar, no pior momento de sua vida. Ele amou até o fim aquele que o haveria de trair. Por isso, não foi inconsequente, quando mandou que seus discípulos se amassem (Jo 13:34-35). Jesus vivia aquilo que pregava. Era fácil amar até o fim a doce Maria, que ungira seus pés, poucos dias an-tes (Jo 12:1-7). Mas o que dizer de Judas, o traidor? Ele merecia ser amado até o fim? Não, mas Jesus o amou. Na verdade, nenhum dos discípulos mereceu o amor perseverante de Jesus. Mas ele os amou até o fim.

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3. A humildade de Jesus: No momento da ceia, Jesus tem uma atitude inesperada: Levanta-se, retira suas vestes de cima, cinge-se com uma toa-lha e, após colocar água em uma bacia, passa a lavar os pés empoeirados dos discípulos (vv. 4-5). Nenhum deles estava entendendo o que aquilo significava. Na Palestina, era costume lavarem-se os pés dos hóspedes, logo que chegavam de viagem. O detalhe é que cabia aos criados esse serviço, não aos senhores. Assim, ao tomar a iniciativa de lavar os pés dos discípulos, Jesus se colocou na posição de servo, mesmo sendo Senhor.

Essa foi a lição de humildade ministrada pelo Mestre. Contudo, apesar de se rebaixar à condição de escravo, Jesus conhecia perfeitamente sua posição (v. 13), pois sabia que viera do Pai e para ele voltaria (v. 3). Com essa postura, mostrou aos seus amigos que servir aos outros não diminui o valor de ninguém. Foi na execução daquela tarefa humilhante que sua autoridade de Senhor se tornou mais evidente. Ele conhecia, de fato, o que é servir. Por isso, pôde dizer, logo após: ... eu vos dei o exemplo (v. 15).

4. O mandamento de Jesus: Depois de lavar os pés dos seus discípulos, Jesus passou a explicar-lhes o que acabara de fazer e o que queria lhes ensi-nar. Então, deu-lhes este mandamento: Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros (Jo 13:14). Jesus apresenta, aí, dois motivos por que seus discípulos deveriam praticar esse en-sino: Em primeiro lugar, porque ele é Senhor e Mestre, e, como tal, é digno de ser imitado. Em segundo lugar, porque ele lhes deu o exemplo, ou seja, sabia o que estava ensinando e ordenando. Isso lhe conferia autoridade.

É importante entendermos que, para Jesus, lavar os pés de outra pes-soa significa mais que simplesmente limpar a sujeira: é sujeitar-se, estar à disposição, é considerar-se menor, mesmo sendo maior; é respeitar o valor do outro e não permitir que posições sociais ou herança familiar determi-nem quem vale mais. Isso confirma o que foi registrado no Evangelho de Marcos, capítulo 9, versículos 33 a 37, quando Jesus ensinou quem é maior ou menor no reino de Deus. Era essa mesma lição que o Mestre queria que eles assimilassem e praticassem, a partir do exemplo do lava-pés.

Naquela última ceia com seus discípulos, ao ministrar aquele ato tão inesperado, Cristo resumiu a mensagem de seu reino: amor. Esse amor deve ser praticado por todos que o reconhecem como Senhor e Mestre. Mas como se pratica esse amor? Servindo aos outros humildemente. Je-sus não apenas ordenou a seus discípulos que lavassem os pés uns dos outros, mas ele próprio praticou esse gesto, dando-lhes o exemplo. Sua prontidão em servir e em se entregar pelos seus, seu amor perseverante são a comprovação de que ele é digno de ser imitado.

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1. Com base em Jo 13:1 e no item 1 do comentário anterior, fale a respeito da autopercepção de Jesus.

2. Leia o item 2 do comentário anterior e explique o que você entendeu sobre a perseverança de Jesus.

3. A partir de Jo 13:4-5 e do item 3 do comentário anterior, comente sobre o ato de humildade praticado por Jesus.

4. Leia Jo 13:14, o item 4 do comentário anterior e responda: Qual foi o mandamento dado por Jesus e qual o seu significado?

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. À semelhança de Jesus, mostre prontidão. Já vimos anteriormente que Jesus estava ciente do que lhe iria

acontecer, momentos depois da ceia. Ele não tinha esse conhecimento prévio somente por ser Deus, mas também por se manter atento em sua missão. Essa atitude vigilante o mantinha sempre pronto para o evento da crucificação e para a sua glorificação, mesmo sabendo que isso tinha dia e hora determinados pelo Pai. Ele deseja que você tenha a mesma postura. Portanto, viva de tal maneira que nem o sofrimento,

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nem o contentamento extremos lhe afastem dos propósitos de Deus. Se estiver em prontidão, a aflição não o fará descrer do Senhor, nem o sucesso o fará esquecer do seu Deus.

5. Leia Jo 13:1 e, a partir do exemplo de Jesus, responda: Como você pode mostrar prontidão para viver situações extremas de sofrimento ou de contentamento?

2. À semelhança de Jesus, manifeste perseverança. Quando tratamos da perseverança de Jesus, vimos que ele amou os

seus até o fim (Jo 13:1). Entre estes, estava aquele que o vendera por trinta moedas de prata; estava também Pedro, que o negaria por três ve-zes. Mesmo sabendo de tudo isso, Jesus foi perseverante em amar seus discípulos. Talvez você já esteja a ponto de desistir de lutar pelo cônjuge que trata você com indiferença ou grosseria. Talvez já esteja quase desis-tindo de lutar pelo filho ou pela filha rebelde. Talvez já esteja desistindo de tratar bem um parente, um vizinho ou um irmão da igreja. Pense um pouco. Jesus desistiria dessas pessoas? Não, e jamais desistirá. Então, busque forças em Deus e ame-as até o fim!

6. Leia novamente Jo 13:1 e, com base no exemplo de Jesus, responda: O que significa amar até o fim? Como você pode manifestar esse amor às pessoas com quem convive?

3. À semelhança de Jesus, demonstre humildade.A respeito da humildade de Jesus, sabemos que ele reconhecia sua

posição de Senhor e Mestre (Jo 13:14); contudo, não hesitou em lavar os pés de seus discípulos. Ele não precisava fazer isso, mas quis nos dar o exemplo de humildade. Por isso, tem toda autoridade para dizer: “Façam o que eu fiz”. Prezado irmão, você conhece seus talentos? Não esqueça de servir aos outros com o que Deus lhe deu. Você possui bens mate-

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riais? Não esqueça de servir a Deus e às pessoas com o que você tem. Lembre também que, por mais capaz ou importante que você seja, as pessoas ao seu redor possuem habilidades que você não possui. É por isso que Cristo quer que sirvamos uns aos outros.

7. Leia Jo 13:14 e, a partir do exemplo de Jesus, responda: Como você pode demonstrar humildade?

CONCLUSÃO: Jesus tem autoridade por ser Deus e por ter praticado o que ensinou. Ele sempre soube que não seria fácil vencermos nossas pró-prias vontades. Jesus sempre esteve ciente de que teríamos dificuldade em demonstrar amor constante por pessoas que nos decepcionam e em servirmos humildemente aos outros. Por isso, deu-nos o exemplo, para mostrar que isso é possível. Portanto, em Jesus Cristo, temos, sim, condi-ção de mostrar prontidão, manifestar perseverança e demonstrar humil-dade. Ele nos encoraja com seu exemplo e nos capacita com seu poder.

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TEXTO BÁSICO: Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. (Jo 14:1-2a)

INTRODUÇÃO: A noite em que antecedeu a morte de Jesus foi terrível para os discípulos. Ela foi cheia de conflitos e dilemas. Eles estavam sentados em volta da mesa, e, antes mesmo de a ceia co-meçar, Jesus anunciou que um deles o iria trair; depois, afirmou que Pedro o negaria três vezes. Não bastasse isso, foi ali, naquela noite, que Jesus falou mais abertamente sobre sua morte. Os discípulos não conseguiam compreender! Seus corações estavam confusos, aflitos e desmotivados. Mas tratou logo de encorajá-los. É sobre esse encora-jamento que estudaremos nesta lição.

I – OLHANDO PARA JESUS

Não se turbe o vosso coração... é com essa afetuosa exortação de Je-sus que o capítulo base deste estudo (João 14) começa e termina (v. 1 e 27). Essa expressão significa: “Parem de sentir-se perturbados”1, ou Não

1. Hendriksen (2004:647).

Ensinar ao estudante da palavra de Deus que somos encorajados na vida cristã, quando aprendemos a confiar na direção, no cuidado e no retorno de Jesus Cristo.

5 SET 2009

Aquele que Encoraja10LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 121 BJ • 15 HC / 68 BJ • 154 CC

Domingo, 30 de agosto: Jo 14:1-4Segunda, 31: Jo 14:5-8Terça, 1 de setembro: Jo 14:9-11Quarta, 2: Jo 14:12-14Quinta, 3: Jo 14:15-21Sexta, 4: Jo 14:22-26Sábado, 5: Jo 14:27-31

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fiquem aflitos (NTLH). O propósito do Mestre era tranquilizar e alentar os discípulos, e, para isso, usou quatro meios diferentes para encorajá-los: produzindo confiança, conferindo segurança, assegurando resposta e, por fim, garantindo companhia. São promessas e ensinamentos que, se devidamente assimilados, produzem, no coração humano, uma paz inexplicável e um ânimo inabalável. Examinaremos, na sequência, cada um desses meios motivadores de Cristo.

1. Ele encoraja produzindo confiança: Observe como continua o versículo 1: credes em Deus, crede também em mim. Na NVI, está tradu-zido assim: Creiam em Deus, creiam também em mim. Este é o grande segredo para tranquilizar o coração: é preciso crer em Jesus! E crer é também confiar. Essa é uma ordem de Jesus. Se os discípulos quisessem ser vencedores, naquele momento de tormenta, deveriam obedecer a essa ordem. O Senhor queria que eles soubessem que, mesmo naquela situação difícil, ele estava no controle de tudo, e os discípulos deveriam depender dele e descansar nele.2

É preciso confiar, porque os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre (Sl 125:1). Porém, confiar não é algo fácil! Antes de confiar, é preciso conhecer. Ninguém que seja sen-sato confiará em um estranho ou desconhecido. Só confiamos em quem conhecemos. Por isso, não é de admirar que João, capítulo 14, trate tan-to sobre conhecer a Deus (Jo 14:7,9,17). Em outras palavras, Jesus está dizendo: “Vocês já me conhecem; então, confiem em mim porque eu cuidarei de vocês, confiem porque eu estou no controle de tudo”.

2. Ele encoraja conferindo segurança: O texto segue dizendo: Na casa do meu pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vos teria dito; pois vou preparar-vos lugar (Jo 14:2). O termo “moradas” (do gre-go: mone) é melhor traduzido por “cômodos”. A ideia desse texto é de uma casa grande e bonita em que cada membro da família possui o seu próprio aposento.3 Assim, os discípulos deveriam ficar tranquilos porque havia um lugar garantido para todos eles na casa do Pai; e Jesus estava indo antes, a fim de preparar os quartos desta casa, isto é, dar os retoques finais, para recebê-los lá.

Essa promessa nos enche de segurança. É bom saber que há lugar para mim e para você lá no céu! Além disso, Jesus promete que, pesso-almente, virá buscar os seus seguidores, dizendo: ...virei outra vez e vos

2. Champlin (1983:520).3. Richards (2008:230).

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levarei para mim, para que onde eu estiver, estejais vós também (Jo 14:3). O “amor de Cristo pelos seus é tão maravilhoso que ele não fica satis-feito com a simples idéia de meramente levá-los para os céus. Ele quer tomá-los em seus braços”.4 Se estivermos com Jesus, estaremos seguros porque ele é o caminho para casa do Pai (Jo 14:6).

3. Ele encoraja assegurando resposta: Continuando, Jesus faz outra grande promessa: ...tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho (Jo 14:13). Ele assegura aos discípulos que suas orações seriam ouvidas e respondidas. Ele falava sobre oração, porque, “é um dos melhores remédios para um coração perturbado”.5 No versículo 14, Jesus reafirma esta promessa: Se me pedirdes (...) eu o farei. Literalmente, ele quis dizer “eu agirei”. Entretanto, para que a oração seja respondida, há uma condição fundamental: deve ser feita “em nome de Jesus”.

No contexto bíblico, “o nome” é intimamente ligado à identidade e ao caráter da pessoa mencionada.6 Desta forma, pedir alguma coisa ao Pai em nome de Jesus denota uma verdade profunda: é pedir o que Jesus pediria, o que lhe agradaria e o glorificaria. Deus não está nos entregando um cheque em branco que podemos sacar para satisfazer nossos desejos egoístas (Tg 4:3); pelo o contrário, orar em nome de Jesus é orar em conformidade com sua vontade (1 Jo 5:14-15). E, em seu nome, a oração alcança o céu, sobe os degraus do trono da graça e chega até Deus, que nos abençoa.

4. Ele encoraja garantindo companhia: Os discípulos estavam tris-tes por saber que Jesus voltaria ao Pai. Esse era o principal motivo da aflição dos discípulos, naquele momento. Ficavam pensando: “O que será de nós, daqui em diante, sem a presença do Mestre?”. Então, Je-sus faz ainda outra promessa: ...eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade (...) ele vive com vocês e estará em vocês (Jo 14:16-17 – NVI). Jesus não abandona nem desampara os seus. Ele não os deixa sozinhos. Por isso, o Espírito Santo veio para habitar dentro de nós.

Note que Jesus chama o Espírito Santo de “outro Conselheiro”. No original, “outro” (do grego: allos) significa “outro de mesmo tipo”, e o termo “conselheiro” (do grego: parakletos) significa “convocado para

4. Hendriksen (2004:651).5. Wiersbe (2006:452).6. Richards (2008:231).

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estar ao lado alguém e ajudá-lo”.7 Desse modo, ele é consolador, com-panheiro, advogado, defensor, protetor8. Os discípulos não estavam sós e nós, hoje, também não estamos. Jesus mesmo disse: Não vos deixarei órfãos (Jo 14:18), na Bíblia Viva, lemos assim: Não, Eu não abandonarei vocês nem os deixarei como órfãos. Logo, “nosso coração também não precisa se perturbar, pois o Espírito de Deus habita dentro de nós”.9

Foi assim que Jesus encorajou seus discípulos naquela noite. Ele en-cheu de confiança aqueles corações aflitos, deu-lhes a segurança de que há lugar para eles, lá no céu, e que voltaria para buscá-los. Garantiu também que suas orações seriam respondidas e que nunca os deixaria sozinhos. Jesus conclui, dizendo: Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (Jo 14:27). Que o nosso coração se encha dessa paz e des-se encorajamento, pois essas promessas são também para nós. Após as perguntas, veremos, ainda, três princípios que devemos seguir para des-frutarmos desse encorajamento.

1. Leia Jo 14:1, o item 1 e responda: Como Jesus nos encoraja produzindo confiança? Qual é a importância de confiarmos em Jesus?

2. Leia Jo 14: 2-6, o item 2 e responda: Que segurança Jesus concede aos seus discípulos, a fim de encorajá-los?

3. Leia Jo 14:13-14, o item 3 e responda: De que maneira Jesus assegura resposta as nossas orações? Qual a importância da oração para o coração atribulado?

7. Bruce (2009:1738).8. Champlin (1983:529).9. Wiersbe (2006:454).

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4. Com base em Jo 14:16-18 e no item 4, explique a afirmação “Ele encoraja garantindo companhia”.

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. Para desfrutar de encorajamento, você precisa confiar na direção de Jesus. Observe as palavras do Mestre: Não se turbe o vosso coração; crede em

Deus, crede também em mim (Jo 14:1). A Bíblia Viva diz: não fiquem afli-tos (...) confiem em mim. Em outras palavras, Jesus está dizendo “fiquem tranqüilos, podem descansar, porque eu estou na direção”. Diante de co-rações angustiados, por causa de uma situação atribulada, Jesus mostrou que tudo está sob o seu controle. Meu irmão, confie, o barco não está à deriva, mesmo que tempestade se levante, mesmo que os ventos sejam contrários. Pode descansar, pois, Jesus está não direção! Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará (Sl 37:5).

5. Após ler a primeira aplicação, responda: Por que desfrutamos de encorajamento quando confiamos na direção de Jesus?

2. Para desfrutar de encorajamento, você precisa confiar no cuidado de Jesus.Há momentos em que, pelas muitas dificuldades, duvidamos do amor

de Jesus por nós. Então, concluímos que ele nos abandonou ou que não se importa conosco. Esse é um sentimento extremamente desanimador! Por outro lado, somos encorajados por Deus, quando entendemos o amor e percebemos o cuidado de Jesus. Em João 14, ele é aquele que nos prepara um lugar lá no céu. É aquele que responde nossas orações e que nunca nos deixa sós. Confie nisso, meu irmão, e desfrute da paz de Cristo, lance sobre ele toda a sua ansiedade, ele tem cuidado de você (I Pe 5:7 – NVI).

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6. Após ler a segunda aplicação, responda: Por que desfrutamos de encorajamento, quando confiamos no cuidado de Jesus?

3. Para desfrutar de encorajamento, você precisa confiar no retorno de Jesus.Foi Jesus quem garantiu: Na casa de meu Pai há muitos aposentos (Jo

14:2 – NVI). Por que o Senhor fez questão de referir-se ao tamanho da casa? Porque ele quer que você saiba que há um lugar para você, lá na casa do Pai, e que voltará para o buscar! 10 Confie, meu irmão, pois foi Jesus quem prometeu, e ele é fiel! Mas de que forma essa promessa o faz desfrutar de encorajamento? A certeza do retorno de Jesus nos per-mite suportar com coragem e alegria os empecilhos e as aflições desta vida. Foi por isso que Paulo disse: Eu penso que o que sofremos durante a nossa vida não pode ser comparado, de modo nenhum, com a glória que nos será revelada no futuro. (Rm 8:18 – NTLH).

7. Após ler a terceira aplicação, responda: Por que desfrutamos de encorajamento, quando confiamos no retorno de Jesus?

CONCLUSÃO: Em João 14, Jesus estava prestes a deixar este mun-do e voltar para casa do Pai. Mas “o que deixaria aos seus discípulos, aqueles que haviam abandonado tudo por ele? Prata e ouro, ele não possuía, mas deixou-lhes algo infinitamente melhor: sua paz”.11 Cora-ções aflitos e desanimados ficaram cheios de coragem e inundados pela paz de Cristo! Jesus: aquele que encoraja pode fazer o mesmo com você. Se você deseja este encorajamento, então, confie em Jesus! Creia que ele está na direção de sua vida, descanse nos cuidados dele por você e acredite: Cristo está voltando para lhe buscar!

10. Lucado (1999:25).11. Stott (2007:234).

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TEXTO BÁSICO: Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. (Jo 15:5)

INTRODUÇÃO: O agricultor pega suas ferramentas de trabalho, as sementes e sai ao campo. Sua esperança é ter boa colheita. Respeita o tempo, escolhe a melhor época para plantar. Esforça-se, faz o melhor de si. Plantada a semente, cuida para que nasça, cresça e frutifique. De igual modo, Deus plantou uma vinha: Israel. Mas, lamentavelmente, o povo es-colhido não deu os frutos esperados pelo Supremo Agricultor. Ele plan-tou uma nova Videira no mundo, Jesus Cristo. Nela, enxertou ramos, os salvos, que recebem seiva da Videira para frutificarem. Estes, porém, só têm uma chance de serem produtivos: permanecendo na Videira. Veja-mos como isso acontece espiritualmente.

I – OLHANDO PARA JESUS A festa da Páscoa estava chegando, quando Jesus começou a com-

partilhar com seus discípulos as partes mais cruciais de sua missão sal-vadora, ou seja, estava chegando a hora de cumpri-la, através de sua

Mostrar o significado espiritual da parábola da Videira; encorajar o estudante a aplicar em sua vida a beleza de seu ensino e a gravidade de suas advertências, a fim de que seja um crente frutífero, em Cristo.

12 SET 2009

Aquele que Capacita11LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 10 BJ • 422 CC / 173 BJ • 469 CC

Domingo, 6 de setembro: Jo 15:1-8Segunda, 7: Jo 15:9-17Terça, 8: Jo 15:18-27Quarta, 9: Jo 16:1-4Quinta, 10: Jo 16:5-16Sexta, 11: Jo 16:17-24Sábado, 12: Jo 16:25-33

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72 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009

morte na cruz (Jo 13:1). A Páscoa celebrava a libertação dos judeus do poder egípcio. Mas a cruz de Jesus seria a maior manifestação do poder de Deus para libertar toda a humanidade do poder do pecado. Portanto, Jesus reúne seus discípulos e prepara-os para a grande mudança de foco que, inevitavelmente, a mensagem de salvação teria com sua morte na cruz. A Páscoa ganharia um novo significado espiritual. Vejamos.

1. A revelação daquele que capacita: Swindoll considera que o ministério de Jesus avançou, seus discípulos amadureceram e a pre-gação de Cristo foi se aproximando dos seus atos finais. “Para o pú-blico em geral, ele dizia: ‘Venham a mim’. Para aqueles que vieram, ele convidava: ‘Sigam-me’. E para aqueles que o seguiam, ele pedia: ‘Permaneçam em mim’”. 1 É uma pregação dinâmica, crescente, com começo, meio e fim. Jesus usa a figura do pão e do vinho para ilustrar como vai morrer, revela como será traído e como os líderes religiosos vão maltratá-lo, mas tranquiliza seus discípulos, prometendo-lhes o Consolador (cf. Jo 13:2 a 14:31).

Jesus deixa claro que vai morrer. Para isso veio. É o ápice de sua prega-ção e de seus atos messiânicos. Contudo, ele não interrompera seu rela-cionamento com os discípulos. Então, começa a explicar-lhes como isso acontecerá: Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor (Jo 15:1). Ele assume que é a videira verdadeira! Mas como é isso, se a videira verda-deira é Israel? (cf. Sl 80:8-16; Is 5:1-7: Jr 2:21) Lembremo-nos: A cruz dará um novo significado espiritual à Páscoa, símbolo de libertação do povo na Antiga Aliança. E por que essa mudança drástica? Porque Israel falhou na missão de ser luz do mundo, não dando a este os frutos esperados.

2. A atuação daquele que capacita: Na Nova Aliança, Jesus Cristo é a Videira Verdadeira! Trata-se de uma parábola cujo objetivo é ensinar os salvos a viverem no reino de Cristo como filhos de Deus, através de uma atitude espiritual chamada por Jesus de permanecer em mim. Esa exigência de Cristo é óbvia, pois nenhum agricultor planta pensando em não colher. Israel era a vinha plantada por Deus no mundo para frutificar, expandir o reino de Deus, mas fracassou. Como videira, foi cortada, porque como afirmou o Senhor: Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta (Jo 15:2a). Deus Pai, o agricultor, “plan-tou” Jesus no lugar de Israel. De igual modo, se o salvo não produz, é porque não permanece em Cristo e pode vir a ser reprovado (Jo 15:6).

1. Swindoll (2008:180).

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Por outro lado, se o salvo em Cristo produz frutos dignos do reino de Deus (Mt 5:16), o Agricultor limpa, para que produza mais fruto ainda (Jo 15:2b). Não podem haver dúvidas: essa mensagem não se destina aos não salvos, mas aos salvos pela graça. Jesus está falan-do para os que já estão limpos do pecado: Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado (Jo 15:3). A esses, Jesus ordena: ...per-manecei em mim, e eu permanecerei em vós. A razão da exigência é explícita: Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permane-cerdes em mim (Jo 15:4).

3. O lembrete daquele que capacita: É fácil criticar e condenar Is-rael. Esse povo, de fato, não frutificou. Mas nós, que somos enxertados na raiz da videira original, por meio de Cristo (Rm 11:17-18), como estamos? Será que a acusação bíblica contra a falha de Israel não se aplica também a nós? Israel falhou como videira, não estaríamos fa-lhando como ramos? Essas perguntas são incômodas, mas são fun-damentais para a saúde espiritual de quem já foi salvo em Cristo. Para respondê-las, é necessário honestidade pessoal no uso de João 15. No texto, Jesus afirma que a videira é ele, que seu Pai é o agricultor e que os salvos são os ramos. Há o plantador, há a planta e há os ramos. Todas as condições para a frutificação foram providenciadas.

Mas só existe uma maneira de os ramos frutificarem: permane-cendo na árvore. De si mesmos, os ramos não frutificam. Na Bíblia, o ato de “permanecer” equivale a estar “em Cristo”, isto é, refere-se às pessoas que foram justificadas pela fé em Jesus, e, como consequ-ência, estão livres da condenação do pecado (Rm 8:1). Esta é a nova posição dos salvos: estão “em Cristo”. Foi-lhes assegurada a vida eterna. Foram colocados na Videira Verdadeira. Todavia, estando os crentes nessa posição, Jesus exige destes produção. Uma produção totalmente dependente da Videira, porque sem mim nada podeis fa-zer (Jo 15:5), disse o Senhor.

4. A condição daquele que capacita: É fatal não estar em Jesus. Não há produção, não há frutos fora dele: Se alguém não permane-cer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam (Jo 15:6). Se a condição para frutificar é “permanecer”, como fazê-lo e que fruto é esse? Para perma-necer, é necessário absorver o ensinamento da palavra de Deus, os 66 livros da Bíblia: Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras per-manecerem em vós (Jo 15:7a). Sem ler a Bíblia, meditar nela, falar sobre

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74 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009

ela com outras pessoas, aplicá-la na vida, não há como ter conexão com Jesus nem produzir algo que lhe agrade.2

“Observe que Jesus não ordenou que os crentes produzissem fruto. O fruto é o propósito do ramo, mas não é a responsabilidade do ramo”.3 Para produzir, o ramo necessita receber seiva da Videira. Se estiver nela, o salvo recebe vigor, ou seja, automaticamente recebe capacidade espi-ritual para agir produtivamente (Jo 15:7b). Em termos de qualidade, os frutos podem ser “as qualidades de caráter que marcam um crente sadio e maduro”.4 São as qualidades de Cristo listadas por Paulo em Gálatas 5:22 e 23. Seguindo o exemplo de Jesus, o salvo passa a produzir, isto é, começa a orar, a glorificar a Deus, a amar o próximo e a transbordar de alegria, independentemente das circunstâncias (cf. Jo 15:9-15,17).

No que diz respeito à quantidade, os frutos podem se referir ao ato de conduzir muitos dos não salvos a Cristo (cf. Jo 15:8 e 16). Contudo, o volume da produtividade jamais deve ser atribuído ao esforço humano, mas à perseverança de manter-se inteiramente “em Cristo”, de quem vem a seiva, a força, a capacidade espiritual para ser ramo frutífero. O certo mesmo é que os frutos têm relação direta com a nova identidade do sal-vo, ou seja, ele é conhecido pelo que produz. Como o próprio Jesus disse: Assim, pelos seus frutos, os conhecereis (cf. Mt 7:16-20). E esta é a grande expectativa da Videira: que seus ramos sejam frutíferos e produtivos.

1. Leia Jo 13:1-2, 31-35, 15:1, o item 1 do comentário e responda: Quais foram as principais revelações feitas por Jesus aos discípulos, na noite da última ceia? Por que ele disse que é a Videira Verdadeira?

2. Após ler Jo 15:2-3 e o item 2 do comentário anterior, comente sobre a atuação de Jesus: Como ele age em relação aos ramos improdutivos e como ele age em relação aos ramos produtivos? Por quê?

2. Swindoll (2008:180).3. Idem, p. 184.4. Swindoll (2008:184).

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3. Leia Jo 15:5; Rm 11:17-18, o item 3 do comentário e responda: Israel falhou não frutificando, e nós? Como estamos? Qual foi o lembrete dado por Jesus que não podemos esquecer de maneira alguma?

4. Após ler Jo 15:4-8 e o item 4 do comentário, comente sobre a condição imposta por Jesus para que a frutificação aconteça. Quais são os frutos que são produzidos naturalmente por quem obedece a essa condição?

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. Se não frutificar, o cristão é cortado. João 15 é um texto maravilhoso e terrível. O Agricultor deu o seu me-

lhor: a Vinha perfeita (Jo 3:16). Agora espera os frutos dos belos ramos. Isso é maravilhoso! Ele aguarda o tempo da colheita. Há tempo de plan-tar e tempo de colher (Ec 3:2). No tempo certo, os ramos que não dão frutos serão cortados, e secarão como a erva (Jo 15:2a). Há quantos anos você é salvo? Há muita gente que está na Videira há tempos. Mas o tempo passou e nada mudou. Continuam o mesmo temperamento, os mesmos problemas, as mesmas obras. Quase nada do caráter e da vida de Jesus chegou ao coração e à mente. Resultado: será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam (Jo 15:6). O cristão é cortado. Isso é terrível!

5. Tendo lido a primeira aplicação, comente com a classe o significado da afirmação: “Se não frutificar, o cristão é cortado”.

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2. Se podado, o cristão frutifica mais. O Agricultor olha para o ramo cheio de frutas e se alegra. Mas, para que

dê mais frutos, mete-lhe a tesoura e poda-lhe as partes substanciais. O ramo fica mutilado, feio, sem cor, mas, na primavera e no verão, ressurge vigoroso e carregado de frutos. Você é um cristão atuante? Serve incondi-cionalmente? É de bom testemunho, um exemplo para os de dentro e os de fora da igreja? Prega Jesus aos não salvos? Sim? Então você está em Cristo! Tem seiva, tem força, tem fé, tem boas obras. Mas, atenção: Você pode fazer mais, e, por isso, o Pai vai podá-lo. Os sofrimentos, ao molde de Cristo, vão aperfeiçoá-lo (Hb 5:7-9, 13:12; II Co 2:4; Cl 1:24). Você está nas mãos do Agricultor! Não há vida cristã tranquila. A poda virá e você produzirá mais.

6. Com base na segunda aplicação, explique o que significa dizer que: “Se podado, o cristão frutifica mais”.

3. Se permanecer, o cristão frutifica sempre. O Agricultor não é um explorador dos ramos. Ele poda porque quer ver

o ramo vivo e produtivo, na videira. “Essencialmente, ser cristão é ‘estar em Cristo’, organicamente unido a ele”.5 É manter, em forma crescente, a relação com Cristo, iniciada na justificação, crendo que ele permanecerá em nós. É permitir que ele seja Senhor e doador de nossa vida. O que atrai mais você: os mandamentos de Cristo ou a pessoa de Cristo? A quem você ama mais: a igreja de Cristo ou o Cristo da igreja? Atenção: A seiva que nos mantém frutificando sempre vem da íntima relação com Jesus! A alegria, a paz, a esperança vêm direto de Cristo. Ele é superior à igreja, à doutrina, a tudo e todos. Esse é o segredo da vida constantemente frutífera.

7. Após ler a terceira aplicação, comente com a classe qual é o segredo para uma vida constantemente frutífera.

5. Stott (2006:235).

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CONCLUSÃO: O Pai é o agricultor, o Filho é a videira e os salvos, os ra-mos. Os ramos mortos serão totalmente amputados da Videira, para não a deixar improdutiva. Os ramos vivos são podados, de forma dramática, para que a seiva da Videira chegue aos frutos e não apenas à madeira dos galhos. Resumidos a tocos secos, os ramos ressurgem no outono, com força e frutos. Assim é Deus cuidando dos salvos em Cristo e da igreja de Cristo. “Deus retira do meio de seus santos todos os ramos mortos, e muitas vezes poda os ramos vivos de tal forma que Seu método chega a parecer cruel. Os melhores frutos, porém, vêm, com freqüência, daqueles que sofrem mais”.6 Ó Agricultor hábil, poda-nos, capacita-nos a frutificar na Videira, que é Cristo Jesus, nosso Senhor e Doador da vida!

6. Gire (1998:160).

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TEXTO BÁSICO: Não peço que os tire do mundo, e sim que os guarde do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. (Jo 17:15-17)

INTRODUÇÃO: Em João 15, Jesus ensinou que é somente estando e permanecendo nele que o cristão pode frutificar de forma que agrade a Deus. Em João 16, ele prometeu a vinda do Consolador, que chegaria para auxiliar os seus discípulos, na tarefa de permanecer nele. Em João 17, capítulo-base do presente estudo, Jesus, pouco antes de concluir sua missão salvadora, através de sua morte na cruz, intercede, não somente por seus discípulos, mas por todos os salvos, incluindo você. Analisemos, a partir de agora, a oração de Jesus, aquele que intercede.

I – OLHANDO PARA JESUS Os quatro evangelhos da Bíblia mostram Jesus orando muitas ve-

zes, de muitas maneiras e por muitos motivos. Mas, em João 17, en-

Levar o estudante a compreender a essência espiritual da intercessão que Jesus fez por si próprio, pelos discípulos e pela Igreja de todos os tempos, até sua volta, conforme descrito em João 17; levá-lo a desfrutar dos benefícios dessa intercessão, e, ao mesmo tempo, comprometer-se com os desafios que ela propõe aos salvos.

19 SET 2009

Aquele que Intercede12LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 306 BJ • 193 HC / 104 BJ • 303 HC

Dom., 13 de setembro: Jo 17:1-19Segunda, 14: Jo 17:20-26Terça, 15: Jo 18:1-18Quarta, 16: Jo 18:19-40Quinta, 17: Jo 19:1-16Sexta, 18: Jo 19:17-27Sábado, 19: Jo 19:28-42

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contramos a oração mais emocionante e marcante feita pelo Filho de Deus. Sua missão estava por ser concluída e se aproximava a hora da sua crucificação. Antes, porém, Jesus passaria momentos dolorosos no Getsêmani, onde em agonia (Lc 22:44), suaria sangue. Foi com a imagem do Getsêmani, da via dolorosa, da indigna cruz, da morte atroz, na mente, que Jesus deixou escapar de seus lábios esta mag-nífica oração. A poucas horas da morte, ele intercede por si próprio, por seus discípulos e por sua Igreja.

1. Intercessão por si próprio: Jesus estava se despedindo de seus discípulos, quando disse: No mundo, tereis aflições; mas tende bom âni-mo; eu venci o mundo (16:25-33). Cristo deixa claro que o propósito de Deus havia sido alcançado por ele e teria continuidade e conclusão pela ação poderosa do Espírito Santo, que usaria os discípulos e a Igreja (16:1-24). Para que assim fosse feito, Jesus ficou em pé, abriu os olhos, fixou-os no céu e começou a interceder, primeiramente, por si: Pai é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti (v.1). É uma conversa íntima com seu Pai. Até o versículo cinco, Jesus pede a glória mútua, dele e do Pai: ...glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo (v.5).

Por que Jesus pede a glorificação? Porque ele completou, na ter-ra, a obra que o Pai lhe confiou! O Filho recebeu autoridade para dar a vida eterna a todos os que o Pai lhe deu, e, por causa disso, estes conheceriam o Pai e o Filho (v.3). Na verdade, tudo isso seria concretizado na terrível cruz e na gloriosa ressurreição, mas Cristo fala como se tudo já fosse fato consumado, uma vez que enfrentaria o ódio, a corrupção, a traição, o abandono, a afronta, a ignomínia, a impiedade, enfim, tudo e todos, e iria fazê-lo sem recuar, por amor aos homens pecadores. Por isso, pede ao Pai que lhe dê a glória que tinha antes que houvesse mundo.

Que significado tem essa glória? Ele está afirmando que seu Pai é o Deus eterno e que ele, por ser seu Filho, é preexistente, é eterno, é divino, uma verdade que João já declarara no início de seu evangelho, quando afirma que o Filho é antes de todas as coisas e que todas as coisa foram feitas por ele (Jo 1:1-14). Portanto, as naturezas, divina e humana, de Jesus, bem como sua obra expiatória e tudo o que ele fez, estavam na mente de Deus, desde a fundação do mundo, e, por isso, chegara o momento em que tudo seria consumado no Filho. E porque todas as ações do Filho produziriam grande glória a seu Pai, em sua volta para casa, ele seria entronizado e glorificado.

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80 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2009

2. Intercessão pelos discípulos: A intercessão continua. Agora, Cris-to ora por seus discípulos (Jo 17:6-19). Conversa com o Pai sobre eles. “Fitava os seus discípulos e comovia-se por deixá-los, preocupando-se com o que aconteceria com eles após sua morte. Nesse clima, ele dialoga com seu Pai”.1 Seu profundo afeto por seus discípulos não era de então; ele já lhes havia revelado o Pai a eles (v. 6-7) e entregue as palavras do Pai (v. 8-14), orado por eles (v. 9-10); já os havia protegido protegido a eles (v.12) já havia se santificado para a santificação deles (v.19) e já os havia enviado ao mundo (v.18).2 Ele sempre demonstrou preocupação com a vida e com a história dos discípulos.

Veja que cena comovente: Jesus está perto de passar pela experi-ência mais cruel de toda a história humana, e, ainda assim, encontra forças para amar e cuidar de seus discípulos. Assim como o Pai deu-lhe um ministério vigoroso e vitorioso, Jesus quer que o Pai dê aos discípulos um ministério frutífero e alegre, que expresse a continui-dade do seu (v.13). Por isso, ele pede que o Pai os una (v.11), que o pai os conceda paz (v.13), que o Pai os proteja (v.15-16) e que o Pai os santifique (v.17).3 A chave da intercessão de Jesus por eles é a perseverança. “O fato de Ele orar por perseverança sugere que isso não é algo automático para os crentes; depende deles continuarem crendo em Jesus e guardando sua palavra, e, sobretudo, em última instância, do poder de Deus”.4

Jesus iria voltar para casa, mas queria que os discípulos entendessem que seu Pai não é um Deus distante, um ser intocável, insensível, mas Deus presente. Ao rogar que seu Pai não os tire do mundo, ele não “lhes pro-meteu uma vida utópica, uma vida sem problemas e contrariedades. Pelo contrário, almejava que os percalços da existência pudessem lapidá-los. Sabia que o oásis é mais belo quando construído no deserto, e não nas florestas”.5 Desta forma, Jesus não queria “tirar do caminho as pedras que perturbavam as trajetórias de seus discípulos, mas desejava que elas se tor-nassem tijolos para desenvolver neles uma humanidade elevada”.6 Por tudo isso, Jesus roga que seu Pai cuide deles, especialmente nos dias maus.

1. Cury (2006:69). 2. Willmington (2001:582). 3. Idem. 4. Arrington e Stronstad (2003:593). 5. Cury (2006:76-77).6. Idem.

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3. Intercessão pela Igreja: Por último, Jesus intercede por aqueles que vão crer na mensagem pregada pelos discípulos (17:20-26). Ele vê antecipadamente a conversão de milhões ou bilhões de pessoas (v.20). A evangelização do mundo não fracassaria! A intercessão de Cristo tem dois grandes alvos: 1) que os salvos, ao longo da história, sejam um, unidos num só propósito espiritual; 2) que a Igreja esteja sempre unida a Cristo e ao Pai, na forma como estes estão unidos eternamente (v.21). Com isso, Jesus ora por uma unidade mundial (cf. Ap 7:9-10) e revela seu desejo de preservar a pureza da Igreja até que ele volte.

O Senhor da Igreja faz cinco pedidos ao Pai em favor dela. Ele pede que o Pai a unifique (v.20-22), que a Igreja honre o Filho (v.21b), que demonstre o amor de Cristo (v.23), que desfrute do amor de Deus (v.25 e 26) e que desfrute a glória de Cristo nos céus para sempre (v.24).7 Seu desejo é que a Igreja participe com ele da glória que ele tinha, antes que o mundo fosse criado por ele (v.24). Jesus deseja que sua unidade com seu Pai contagie os discípulos e se espalhe por toda a Igreja em todos os tempos (v.21). Não é a unidade organizacional, denominacional, institu-cional, mas orgânica, a unidade do corpo vivo de Cristo.

Jesus termina sua intercessão afirmando que o mundo não conheceu ao Pai, mas os discípulos o conheceram, através do Filho (v.25). Ele de-clara que ainda vai revelar o Pai com mais intensidade aos discípulos, e, por extensão, ao mundo, em seu último e decisivo ato messiânico, na cruz (v.26). Seu desejo final e mais relevante é que o amor de Deus esteja nos discípulos e em todos os que nele crerem. Antes de exigir dos salvos obediência às suas próprias regras, leis, estatutos e juízos, ele quer que seu amor transborde neles para que possam “cumprir espontânea e pra-zerosamente todos os seus preceitos”.8

1. Leia Jo 17:1, 18:1-4, o primeiro parágrafo do comentário e responda: Em que momento de sua vida Jesus se encontrava quando proferiu a oração do capítulo 17 de João?

7. Willmington (2001:582). 8. Cury (2006:79).

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2. Após ler Jo 17:1-5 e o item 1 do comentário anterior, comente com a classe sobre a intercessão que Jesus faz em favor de si mesmo.

3. Leia Jo 17:6-19, o item 2 do comentário e fale sobre a intercessão de Jesus em favor dos discípulos. O que ele pede ao Pai em favor deles?

4. Após ler Jo 17:21-26 e o item 3 do comentário, responda: Quais foram os cinco pedidos que Jesus fez em favor da Igreja?

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. Interceda pela verdade e pela santidade da Igreja. Jesus orou: Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade (v.17).

Sua intercessão revela que, se o Pai não guardar os salvos em seu nome, estes se desviam da verdade e se corrompem no pecado. Precisamos ser um povo fiel ao nome de Deus! Carregamos seu nome, sua reputação, suas obras, suas promessas, suas bênçãos. Ore para que a igreja onde está seja o reflexo desta oração de Cristo. Interceda ao Pai, pedindo-lhe que o ajude a superar os enganos doutrinários e a impureza moral (v.15), a fim de que o mundo conheça a igreja que se santifica em Cristo Jesus e que ama e vive na verdade de Deus.

5. Com base na primeira aplicação, fale sobre a nossa responsabilidade de interceder pela verdade e santidade da igreja.

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2. Interceda pela missão evangelizadora da Igreja. Jesus orou: Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo

(v.18). Sua intercessão revela que ele “faz de sua missão o modelo para a nossa, pois assim como ele entrou em nosso mundo, devemos entrar no mundo das pessoas”.9 Ele orou por aqueles que creriam nele, por in-termédio da sua palavra (v.20). Ele viu você ouvindo a pregação, fazendo o estudo bíblico, sendo salvo! Interceda pela missão evangelizadora da Igreja! Que o Espírito Santo incomode você e sua família a entrarem no mundo dos pecadores, e com ousadia espiritual, pregar-lhes a palavra de Cristo. Abra os olhos espirituais e, pela fé, veja os pecadores sendo salvos e entrando na Igreja!

6. Com base na segunda aplicação, fale sobre a nossa responsabilidade de interceder pela missão evangelizadora da Igreja.

3. Interceda pela unidade espiritual da Igreja. Jesus orou: ...a fim de que todos sejam um, e como és Tu, ó Pai, em

mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que Tu me enviaste (v.21). Sua intercessão revela que ele pede unidade entre os apóstolos e os que serão salvos até a sua volta (v.20 e 21). “É uma oração para que haja uma continuidade histórica entre os apóstolos e a igreja pós-apóstolos, para que a igreja em todas as eras seja genui-namente apostólica, leal [à Bíblia Sagrada e tenha unidade] com o Pai e o Filho”.10 Interceda para que a Igreja tenha essa unidade dupla: com a doutrina dos apóstolos (uma verdade comum) e com o Pai e o Filho (uma vida comum).11 Oremos para que a unidade baseada na verdade e na vida, ou seja, a unidade espiritual, seja mais substanciosa do que a unidade denominacional.

9. Stott (2006:238). 10. Idem. 11. Idem.

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7. Com base na terceira aplicação, fale sobre a nossa responsabilidade de interceder pela unidade espiritual da igreja.

CONCLUSÃO: De fato, é impressionante a oração feita por Jesus em João 17. Momentos antes da pior hora, a hora do gemido, da dor, da morte, ele deixa sair do fundo de sua alma palavras profundas, emo-cionantes, vibrantes, que enchem nossos corações de esperança. Sua íntima comunhão com o Pai é manifestada como o modelo para a nos-sa comunhão uns com os outros e com eles. Sua eterna unidade com o Pai é revelada como o molde da nossa comunhão com os salvos e com eles. Sua misericordiosa compaixão para com os ainda não salvos é a inspiração para o nosso mover em direção a estes, repartindo-lhes o Pai e o Filho. Que as profundas e ricas palavras de Jesus nessa extraordiná-ria oração entrem profundamente em nossos corações e transformem nossa vida substancialmente. Amém!

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TEXTO BÁSICO: E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Se-nhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. (Jo 21:15)

INTRODUÇÃO: Nas grandes e médias cidades brasileiras, aumenta o número de oficinas especializadas em restauração. Elas restauram de tudo: móveis, louças, fotos, carros, roupas, aviões, livros, barcos, joiás, quadros. Entregue a um bom restaurador, qualquer um desse objetos fica praticamente novo, sem perder suas caracterísrticas de antiguidade. Jesus é o restaurador por excelência. A sua especialidade? Seres huma-nos! Ele já restaurou incontáveis pessoas! Pedro foi um desses. “A pública restauração de Pedro se deu num cenário idêntico ao de seu chamado para ser pescador de pessoas, cerca de três anos antes”1 (Lc 5:1-11).

I – OLHANDO PARA JESUS

Jesus não ficou muito tempo no túmulo. No tempo certo, isto é, três dias e três noites, Deus o trouxe de volta da morte. Mas, antes de subir para a glória, Jesus apareceu ressurreto a inúmeras pessoas, nos mais di-

1. Revista Ultimato Online, Edição 294, Maio-Junho 2005.

Mostrar ao estudante da palavra de Deus que Jesus é aquele que restaura o compromisso, a credibilidade e a proximidade.

26 SET 2009

Aquele que Restaura13LEITURA DIÁRIA OBJETIVO

Hinos sugeridos: 339 BJ • 171 HC / 101 BJ • 392 CC

Dom., 20 de setembro: Jo 20:1-9Segunda, 21: Jo 20:10-18Terça, 22: Jo 20:19-23Quarta, 23: Jo 20:24-30Quinta, 24: Jo 21:1-6Sexta, 25: Jo 21:7:14Sábado, 26: Jo 21:15-25

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ferentes lugares e das mais variadas maneiras (I Co 15:6). Os dois últimos capítulos do evangelho que estamos estudando retrata quatro dessas aparições. Nas duas últimas, Jesus restaurou dois discípulos: Tomé e Pe-dro. Tomé foi restaurado da descrença e Pedro, da vanglória, do descré-dito, da covardia e da distração. Vejamos como isso aconteceu.

1. Jesus nos restaura da vanglória: Logo após cearem, Jesus se voltou para Pedro com esta questão: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? (Jo 21:15a). Eis a sua resposta: Sim, Senhor; tu sabes que te amo (Jo 21:15b). Os termos gregos usados para amar, na pergunta de Jesus e na resposta de Pedro, não são os mesmos. Jesus usou “ágape” e Pedro, “phileo”. Essa, porém, não é a única vez em que isso ocorre. “Ágape” e “phileo” são usados, alternadamente, para falar do amor de Deus por nós (Jo 3:16, 16:27), do Pai por seu Filho (Jo 3:35, 5:20) e de uns pelos outros (Jo 13:34, 15:19).2

Nota-se que Pedro não disse que amava a Jesus mais do que os ou-tros. Ele não tinha mesmo como saber o quanto Jesus era amado pelos outros. Mas, antes, em sua arrogância, achava que o seu amor por Jesus era maior do que o amor dos outros onze. Ele “se vangloriara que per-maneceria leal mesmo se os outros não permanecessem”.3 Pôs-se acima dos outros, quando disse: Eu nunca abandonarei o senhor, mesmo que todos o abandonem! (Mc 14:29 – NTLH). Nesta ocasião, ele “reafirma o seu amor, mas se recusa a fazer qualquer comparação com os outros”4. Jesus o restaurou da vanglória!

2. Jesus nos restaura do descrédito: Pedro precisava dessa restau-ração! Ele não seguiu a Cristo até a prisão e até a morte, como havia dito, diante de todos. Fez aquilo que jurara que jamais faria: negou o seu Senhor triplamente (Jo 18:15-18, 25-27). Depois disso tudo, alguém ainda ousaria confiar nele de novo? Do jeito que estava, Pedro não tinha a menor chance de assumir o papel e o lugar que lhe caberia na história da igreja que estava por começar. “A liderança de um discípulo desviado dificilmente seria aceita no futuro, quer pelo próprio Pedro ou seus ir-mãos, se Cristo não o indicasse explicitamente”.5

A um homem que “pecara tão gravemente, poderia ainda ser confia-da a importante tarefa de pastorear o rebanho de Jesus Cristo?”6 Ape-

2. Bruce (1987:344)3. Pfeiffer & Harrison (1986:236). 4. Bruce (1987:344). 5. Pfeiffer & Harrison (1986:236).6. Hendriksen (2004:912).

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sar de sua desastrosa performance durante a paixão, Pedro não só fora perdoado, mas restituído ao serviço.7 Jesus deixou bem claro a todos os que fariam parte da igreja prestes a nascer que Pedro fora perdoado e que lhe, fora confiada a tarefa de apascentar e pastorear o rebanho de Cristo (Jo 21:15b, 16b e 17b). O Senhor não abandonou Pedro nem o demitiu do cargo. Jesus o restaurou do descrédito!

3. Jesus nos restaura da covardia: Pouco antes de Jesus ser preso, Pedro disse em alto e bom som: ... por ti darei a minha vida (Jo 13:37b). Um pouco depois, quando a pressão cresceu para cima dele, negou, co-vardemente, fazer parte do grupo de Jesus (Jo 18:15-18, 25-27). A ou-sadia virou covardia! Jesus, porém, previu que Pedro daria mesmo a sua vida por ele: ...quando já fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras (Jo 21:18b). O assunto não é a velhi-ce, mas o martírio de Pedro: Jesus disse isso significando com que morte havia ele de glorificar a Deus (Jo 21:19).

Na época em que o Evangelho de João foi escrito, Pedro já tinha glori-ficado a Deus com sua morte. A Bíblia nada diz sobre a data e a forma da sua morte. Mas, de acordo com a tradição, Pedro foi crucificado de cabe-ça para baixo, por insistência própria, pois não se achava digno de mor-rer do mesmo jeito que o seu Senhor morrera. E, assim, ele foi pregado numa cruz invertida. Talvez tenha morrido na perseguição comanadada por Nero, por volta do ano 64 d.C. Ele morreu em Roma, com o evange-lho de Cristo e pelo evangelho de Cristo. Jesus o restaurou da covardia!

4. Jesus nos restaura da distração: Jesus disse a Pedro: ...segue-me (Jo 21:19b). Literalmente, Jesus disse: continue a seguir-me. Ele, então, passou a seguir a Jesus, como havia feito antes de negá-lo, mas logo voltou (Jo 21:20a) a sua a atenção para aquele discípulo a quem Jesus amava (Jo 21:20b). Quis saber o que seria da vida dele (Jo 21:21). “Sen-do amigo de João, Pedro estava curioso em relação ao futuro que o Senhor pretendia dar a este”.8 Pedro era um homem insaciavelmente curioso. Sempre quis saber mais sobre tudo e sobre todos. Ele fez mais perguntas do que todos os outros apóstolos juntos (Mt 18:21, 19:27; Mc 11:21; Lc 12:41; Jo 13:25, 21:21)9.

Eis a resposta de Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu (Jo 21:22). Aqui, Jesus o estava corrigindo de sua

7. Allen (1983:429)8. Pfeiffer & Harrison (1986:236). 9. MacArthur (2004:51).

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distração. Pedro se distraía facilmente. Depois da grande pesca, ele deixou de olhar para Jesus e olhou para si mesmo (Lc 5.8). Em outra ocasião, olhou para os ventos, e não para Jesus (Mt 14:30). Agora, estava olhando para João! O papel de Pedro era seguir o Senhor por onde fosse, até morrer, e não desviar a sua atenção para os outros. Jesus tinha um plano para João, mas este plano não era da conta de Pedro. Jesus o restaurou da distração!

Pedro cuidou das ovelhas do Sumo Pastor. Fez isso de boa vontade, e não de má vontade. Não fez o seu trabalho para ganhar dinheiro, mas com o verdadeiro desejo de servir. Não procurou dominar as ovelhas que foram entregues aos seus cuidados, mas se tornou um exemplo para o rebanho (I Pe 5:2-4). Tudo que fez foi apenas por amor: as pregações, as orações pelos doentes, as cartas escritas, a busca aos perdidos, a corre-ção dos que se afastaram do caminho. Todo o seu trabalho pastoral, até o que havia de mais simples nele, era derivado desse amor10 pelo Bom Pastor, que deu a sua vida pelas ovelhas (Jo 10:11).

1. Após ler Jo 21:15a e o item 1 do comentário anterior, explique a afirmação: “Jesus nos restaura da vanglória”.

2. Leia Jo 21:15b, 16b, 17b, o item 2 do comentário anterior e responda: De que modo Jesus restaurou Pedro do descrédito? Por que essa restauração era tão necessária?

3. Leia Jo 21:18-19 e o item 3 do comentário anterior. Como as palavras de Jesus comprovam a restauração de Pedro da covardia?

10. Gire (2001:164-165)

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4. Leia Jo 21:19b-22 e o item 4 do comentário anterior. Além de ser restaurado da vanglória, do descrédito e da covardia, Pedro foi também restaurado da distração. Explique a natureza dessa restauração.

II – OLHANDO PARA VOCÊ

1. Você perdeu o compromisso? Jesus pode restaurá-lo!Um dia, você também confessou, com convicção e entusiasmo, que Je-

sus é o Cristo de Deus e, dias depois, você declarou, sem inibição, que não o conhecia (Lc Lc 9:20 e 22:57).11 Um dia, você disse a Jesus que nunca iria abandonar o seu cônjuge e, dias depois, você o abandonou. Um dia, você disse a Jesus que nunca iria mandar a sua experiência cristã às favas e, dias depois, você mandou. Um dia, você disse a Jesus que nunca iria usar a sua língua ou o seu e-mail para arruinar a vida de alguém e, dias depois, você usou. Se você disse a Jesus uma coisa e fez outra, saiba que ele não o ama menos por causa disso. Ele não o descarta. Jesus, na verdade, lhe dá uma nova chance de se comprometer outra vez com ele.

5. Após ler a primeira aplicação, mencione algumas maneiras de quebrar o nosso compromisso com Jesus. Como ele nos trata depois disso?

2. Você perdeu a credibilidade? Jesus pode restaurá-la. A negação manchou a reputação de Pedro, sujou o seu curriculum

vitae, tirou-lhe o respeito e a autoridade. Porém, ao terminar o desjejum, o Senhor se voltou para Pedro, a fim de, publicamente, reintegrá-lo em sua função, ou, ao menos, “a fim tornar conhecido a toda Igreja que ele fora perdoado e a ele, bem como aos outros, fora confiado o cuidado do

11. Cesar (2006:74).

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seu rebanho.12 O Senhor o tirou outra vez da pesca para o apostolado! Ninguém mais acredita em você? Você virou uma piada? Você se tornou sal insípido? Você não brilha mais a sua luz diante das pessoas? Calma, você não está irremediavelmente perdido. Jesus pode aprumar sua vida de novo. Ele pode fazer você voltar a ser o que era antes.

6. Leia a segunda aplicação e explique o que significa perder a credibilidade? Você conhece alguém que teve a sua credibilidade restaurada por Jesus? Como isso ocorreu?

3. Você perdeu a proximidade? Jesus pode restaurá-la!Desde que largara o barco, Pedro sempre andara perto de Jesus. Ele

fazia parte do grupo que mais desfrutava de proximidade e intimidade com o Senhor. Mas, quando este foi preso, Pedro seguiu Jesus de longe (Mc 14:53a-NTLH). Jesus, porém, o trouxe para perto de si novamente, quando disse ...segue-me (Jo 21:19b). Você está longe de Jesus? Saiba: o que ele mais quer é ter você perto outra vez! Se, agora mesmo, você estiver subindo os primeiros degraus em direção a Cristo, tenha certeza de que ele está descendo a mesma escada em direção a você. O abraço da reconciliação está mais perto do que você pensa!

7. Com base na terceira aplicação, responda: De que modo Jesus restaura a nossa proximidade com ele?

CONCLUSÃO: Se você está caído espiritualmente, fraco, em pecado, com a vida errada, dando mau testemunho, saiba de uma coisa: Jesus não perdeu o interesse por você. Não importa o quanto a sua vida es-teja torta, não importa o quanto você tenha vivido longe dele, não im-

12. Hendriksen (2004:924).

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porta se você falhou em alcançar os padrões espirituais estabelecidos por ele, não importa se você fez ou disse o que não devia, não importa o quanto você esteja afastado da igreja. Ainda assim, ele quer fazer com você o que fez com Pedro: quer restaurar o seu compromisso, a sua credibilidade e a sua proximidade. É isso mesmo: Jesus quer dar a você outra chance, não somente para segui-lo, mas também para servi-lo pelo resto da sua vida! Não perca esta chance!

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ANOTAÇÕES

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27, 28 e 29 de novembro de 2009Estância Árvore da Vida – Sumaré, SP

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45ªAssembleia

Um dever do consagrado, um direito do membro

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