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O TICO - -TICO PREÇO No Rio .... .--. SbOO Nos Esladc -.-". . $600 ANNO JÍXVII RIO OE JANEJRO, 9 OE JULHO DE 1930 ©e mamões encantaòos NUM. 1.292 Na (quina ila rua ande mora Carrapicho ha uma Omro ilia Jujiiba, tendo comprado um mamão, mel- (.. .dc dois mil réis. O quitn__.ro abriu os olhos e quiz quitanda do um quitandeiro que tem o máo costume1 de teu !h" .çntro.do bojo uma moeda e disse em voz alu: ver a novidade. Jujuba, então, abriu a fruta e mostrou i T. I"i o. nu nu-3 d?.--a quitanda têm uma prata... ao homem a moeda que ella trazia. O quiundeiro ficou profundamente iinpr.1- passou a abrir com um facão todas aquella; lo p. .> ,,ii>' não era a primeira vez que vendia frutas mysteriosas como histerias encantadas. Mas niai .'»•> paia a casa de Carrapieáo.»m vão.} Os mamões tinham caroços como todos os outi-os. O qttiUnrteiro ambiciono inutilirára todas aquol- Ias lindas frutas

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O TICO --TICO PREÇO

No Rio .... .--. SbOONos Esladc -.-". . -¦ $600

ANNO JÍXVII

RIO OE JANEJRO, 9 OE JULHO DE 1930

©e mamões encantaòos NUM. 1.292

Na (quina ila rua ande mora Carrapicho ha uma Omro

ilia Jujiiba, tendo comprado um mamão, mel- (.. .dc dois mil réis. O quitn__.ro abriu os olhos e quizquitanda do um quitandeiro que tem o máo costume1 de teu !h" .çntro.do bojo uma moeda e disse em voz alu: ver a novidade. Jujuba, então, abriu a fruta e mostrou

i T. I"i o. nu nu-3 d?.--a quitanda têm uma prata... ao homem a moeda que ella trazia.

O quiundeiro ficou profundamente iinpr. 1- passou a abrir com um facão todas aquella;lo p. .> ,,ii>' já não era a primeira vez que vendia frutas mysteriosas como histerias encantadas. Mas

niai .'»•> paia a casa de Carrapieáo. »m vão.}

Os mamões té tinham caroços como todos osouti-os. O qttiUnrteiro ambiciono inutilirára todas aquol-Ias lindas frutas

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;. _,_ j„i|,o — 1930 — 3 - O TICO-TICO

[__m»inii::l_iH!!_illlll_!l!HI!li llltlllllllHIIIIII IIIIIIIMIII liiilllM! Ill!!!ll!!l!il!lllll!lll[l! i_ l_lllll!lllllUlllltlilllI Illlllllllllillllllllllllllllllllllll III nua

Remington Portátil

Ambos sentem prazer

E' a amiga dc todos, porém, no larella é ainda mais que simples amiga, 6 aimande educadora das creanças.

Auxilie as mãoziidias dc seu iilliinlioa exprimir seus pensamentos e V. _. Ilieabreviará a educação.

A imaginação da creança, semprefértil cm novidades, aluada ao grandeprazer de escrever ã machina, produziráum notável progresso mental.

Peçam uma demonslração, sem com-promisso dc compra, á

/c__§>&\ Casa PrattRua do Ouvidor, !_3 -125 Praça da Sé, 1.18

RIO DE JAilEIRO S. PAULO

Eiliaes ou Agencias cm todos osEstados do Brasil.

s,i!iiiiiiiiiiiii:i!!iiii:!:!iiiii!iiii:i!!iiiiiiiiiiiiiiii!iiiii:iii]iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. Illllllllllllülllllllllllll IIUII!lll!l!;['!!l!!llilllllllllllllllli'llll!!lllllll!lllllll!l!lll!lill!!!l!lllliiiii:!!;i;

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(BcUdadofCOM O VOSSO FILHO.

Se os vermesfnteS-tnaes sãoo maior» flagellodas creanças, o

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VERMIFUGOde XAVIER

g c mclfpor vermifugoado co/?fe/n o/eo e Qf/s/>e/7so/u/rça//fe.

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O TICO-TICO 9 — Julho — líKJU

CONCURSO DE CONTOS DO TARA TODOS..."

t*_•

e o maus importante certanuen organizado na America doO conto forasnüeüro jamais teve maior incentivo no paiz

Esses trabalhos poderão Eer de qualquer estylo ou

qualquer escola, como ainda, escriptos em qualquerortnograpbia usada no paiz.

Serão Julgados unicamente os trabalhos escriptos numsó lado ao papel e em letra legível ou á machina. ^

O "conto" não deve ser contundido cora «novella".

Assim, os trabalhos para este ccccurso não devem ul-trar-assar a 15 tiras, ou meias tolhas de papel ai-mago, mais ou menos.

I. Exclusivamente escriptores brasileiros pidom concor-rer ao "CONCURSO DE CONTOS DO "PARA

TODOS..." e os enredos de preferencia terem sce-nar.os nacionaes.

6" — Serão excluídos e inutilizados todos e quaesquer tra-baibos: a) que contenham era seu texto oíftnsa a

moral; b) citem nominalmente qualquer pessoa donosso meio político e social; c) sejam calcados em

qualquer obra anfrior ou Já tenham sido publicados.7i _ Todos os originaes deverão vir assignados com psen-

donvmoa, acompanhados de outro enveloppe fechadocontendo a identidade e o autograpbo do autor, tendo

este segando escnpto por íóra o titulo do trabalhoe o pseudonymo.

8a — Os concorrentes rara este concurso poderão enviar

quantos trabalhou desejem, e de qualquer dos gene-ros estipulados, sendo condição essencial de que °»

originaes tenham em enveloppes separados com pseu-donymot diíferentes.

9. — Todos os originaes literários concorrentes a este coi

curso, premiados on não. serão de exclusiva P">Prl«"dade da S. A. "O Malho", durante o prazo de dois

annos. para a publicação em primeira mão em Qual-

quer de suas revistas: -PARA TODOS.,..". -O *£

LUO". "C1NEAR1E". "O TICO-TICO". -LEITURA

PARA TODOS". -ILLUSTRAÇÃO BRASILEIRA OU

outra qualquer publicação que appareeer sob «ua

responsabilidade. In1i,10,.«..lodo trabalho concorrente deverá vir cein a mai

cação do gênero úo conto a que concorre.

O maiorSul —A literatura brasileira Já não é mais uma "pag na em

branco", na phrase de um irreverente autor Irancez de haum tr.r.l .:;iiio.

Uma legião immensa de e=criptores novos vire, em-bora ignorada, em todos os recantos do paiz. Se quizes.e-mos, por curiosidade, reunir num só volume todos os es-criptos que Jazem sob a poeira das gavetas, todos os tra-Li-lhos que a modéstia ou a impossibilidade dos seus au-toros oceultam no ineditismo, ergueríamos uma verdadeiratorre de Babel de boa literatura.

A literatura nacional existe. Vive e palpita onde haum coração humano servido por uma penna ágil. fi o pu*blico a qqer. Deseja. Pede.

Necestario é, portanto, arrancal-a, desencaíual-a dosc.cauinhcs da penumbra e trazel-a para oa olhos desse pu-blico. EHe Já se cansou de rir em irancez e soflrer emtiespanhol...

Vamos >er "o que é nosso 1" Temos legítimos vaio-res que rscrevem perfeitamente quer sobre 01 costumesdo Nordeste e do Brasil Central, quer sobre a vida dofpampas ou das praias, dos centros turbilhonantes do Rioe de São Paulo.

As revistas da Sociedade Anonyma "O Malho". pubU-cações nacionaes de maior tiragem e dlffusáo no territórioorasllelro Jamais Um deixado de amparar os passos daJuventude literária, animando-a para o luturo, recompen-sando-a.

Fazemos como Mabomet, Ella não tem coragem devir até nós. Nós vamos ao encontro delia.

GENE B OS L I 1 1; I! A l; I O ¦Afim de não confundir tres gêneros de literatura com-

pletamente diversos, resolveu "PARA TODOS..." distin-gulr os "contos sentlmentaes ou amorosos" dos "trageesou pollclaes" e "humorísticos", offerecendo aos vencedo-res de um gênero os mesmos prêmios conferidos aos ou troa,

CONDIÇÕESO presente concurso reger-se-á nas seguintes condições:

1» — Poderão concorrer ao "CONCURSO DE CONTOS DO"PARA TODOS...» quaesquer trabalhos literários,inéditos e or'g naes do autor que os assigna.

R E M I O SCONTOS SENT1MENTAES

comprehendendo todo o assum-pto amoroso, romântico, lyrlco,

religioso.

1» collocado . ,..-.-r. 600*0002»3o4»5»607o809»

10*

300*000.160*000150*000100*000

60*00050*00060*00050*00050*000

CONTOS TRÁGICOS OU POLICIAEScompreiiendendo todo o enredo

de acção, mvsterlo. tragedlíe sensação.

CONTOS HUMORÍSTICOScomrrehendendo todo o assum-pto de gênero cômico • de bom

fcumor.

Io collocado ....... 600*000

11" ao 15» collocado—1 assigna-tura annual de "ILLUSTRAÇÃOBRASILEIRA", no valor de 60*.16» ao 30* collocado—1 assigua-tura de qualquer das publicaçõesda S. A. "O Malho" — "PARATODOS...". "O MALHO". "Cl-NEARTE". "O TICO-TICO" oa"LEITURA PARA TODOS", novalor de 40*000 cada uma.

I» ....... 100*000»• 250*0004* 150*0006* 100*00060 60*0r>07o 6050JOgo 59* BOIOuO

10* 50«<"'O11" ao 13» collocado—1 waticoa-tura annual de "1LLU3TKAi.'*QBRASILEIRA", no valor de <">«í.16' no 30* collocado—1 aIara de qualquer das puMi': ! Ida 8. A. "O Malho" — " I'ARATODOS...". «O MALHO". "Cl-NEAUTE". "O TICO-TICO" OU"LEITURA PARA TODOS", r.ova!or de <0$000 cada u;na.

1- collocado BO0$OÜ°2o " ....... 800*000- .- J!5U*0ü0

..... 150*000.'"... 100*000

• :::.... 60*000> 50*000¦ ü... 60*000"" 60*000'.'.'.'.'... 60*000

_• ......6. >...-.

Vo8»9*

10»11" ao 15o collocado—1 aaalgna-tura annual de "ILLUSTRADOBRASILEIRA", no valor de 63*-16^ ao 30* collocado—1 assigna-tura de qualquer das pubiira .<'>esda S. A. "O Malho" — "PARA

TODOS...", "O MALHO". "Cl-

NEARTE". "O TICO-TICO" ou"LEITURA PARA TODOS", noralor de 40*000 cada uma.

E \ < 1: !: 1: . m I. N T OO "CONCURSO DE CONTOS DO "PARA TODOS..."

Iniciado no dia 21 de Junho de 1930, terá mais ou menosn duração de 5 meies, afim de permittir que escriptores detodo o paiz, desde o ma'? recôndito logarejo, possam a elleconcorrer. Assim, o presente concurso será encerrado nodia 22 de Novembro próximo, para todo o Bra='l

JULGAMENTOApós o encerramento deste certamem, será nomeada

uma Imparcial commissão de tntellectuaes, criticos, poetas

e escriptoies para o Julgamento dos trabalhos recebidos,comnissão essa que annoncíaremos antecipadamente.

I SI P O It T A N T KToda correspondência e originaes referentes.a esta

concurso deverão vir com o seguinte endereço:MPai 1Concurso contos dode

todos..."TRAVESSA DC OUVIDOR, 21 — RIO DE JANEIRO

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O TICO-TICO m 4 — ;> — Julho — IÍ.30

SABONETE

PREÇOPOR

PREÇOET O

MELHOR

XIa\

I EWjWHjô^o-Rio

Creme de Belleza "ORIENTAL"<1S à cutis ir.aclez c frc.cjra c a

A SUPREMA FORÇADEUS — o Bom Creador Omnipounte —que fez a Terra e tudo o que é preciso,que deu a Adão a Eva sorridenteE deu á Eva a .raçr do Sorriso.

Talco LADYBORICADO

Ur.AXCURA — -UEEZ4 — PE

Pensou e repensou maduramentee, num gesto sereno, mas conciso,fez a Arvore do mal e a serpenteque foi a tentação do Paraíso.

i ORIENTALO BRILHO MÁXIMO DAS UNHAS

4*00-

Agora "Beija Flor", a p.ifun.i-iafaz, na sciencia, uma ideal conquistaQue o geito não lhe falta, na vprdade..

Pensou e repensou; e vae dahi,fez o distineto PO' DE ARROZ LADY,que é toda a tentação da_ Humanidade..

Pó de arroz LADYTC O MELHOR E NÃO B* O M AIS C A R OSEMPRE IMITADO E NUNCA I«I I. « . I __.'¦¦ f. —V-

OS PRÊMIOS D'"0 TICO-7100"O Tico-Tico, a querida revista das creanças, entre

os valiosos prêmios que distribue aos leitores nos seus con-cursos semanaes, incluiu alguns livros de muito encanto eutilidade para a infância. Esses livros constituem colle-.ções completas, de 9 a 12 volumes cada uma. das precio-sas obras "Encanto e verdade", do professor Thales deAndrade, e "Galeria dos Homens Celebres", do professor

.lvaro Guerra. "Encanto e verdade" divide-se em nove.olumes, a saber: A filha da floresta — El-rei Dom Sapo— Bem-te-vi feiticeiro — D. Iça rainlia — Bella. a verdu-reira — Totó judeu — Arvores milagrosas — O pequenomágico — Fim do mundo. "Galeria dos Homens Celebres",do professor Álvaro Guerra, coniprehcndendo os seguintesvolumes: I — José de Anchieta, II — Gregorio de MattosIII — Basilio da Gania, IV — Thomaz Gonzaga, V — Gon.çalves Dias. VI — José de Alencar, VII — Casimiro deAbreu, VIII — Castro Alves, IX — Alvares de Azevedo.X — Fagundes Vareila, XI — Machado de Assis, XII —Olavo Bilac Essas collecções con .ituem primroosos livrosde caprichosa confecção material e foram editados pelaCompanhia Melhoramentos de São Paulo, que os offereceupara prêmios d'0 Tico-Tico, demonstrando, desse modo. ozelo e dedicação que, de ha muito, aliás, dispensa a todasas manifestações em beneficio da Instrucção do povo.

_______ _Z=__--_ SSbÁm.P^T}^-a^ffi____^_S^

:ienopodioPós irglezes, preparados para fazer expeli-'

completamente os vermes.

.¦¦_«--N<"i,*VSrfNi*S^-*V>*'^ '

HOMCEOPATIIIA _3Em tinturas, tabkttes e glóbulos

Coelho Barbosa d C.RUA DOS OURIVES. 88

Rio de JaneiroEnviamos gratuitamente um Guia para tratamento

Leiam CINEARTE, a mais completa revista de cinema quese publica no Brasil. A única que mantém um correspondem*

especial em Hollywood.

POESIA DA E

Theophilo BarbosaE'

UM LIVRO QUE TODOS DEVEU LER

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"t^^B****** ¦**>Ss t '-vV%

O TICO -TICO

(PROPRIEDADE DA SOCIEDAD E ANONYMA «O MALHO")

Redactor Chefe: Carlos Manhães — Director-ücrentc: Antônio A. de Souza c Silva... i-i».nn . r .. IHlYln. XfíHr^n<HÍ>rr\' 1 .•l.ll.n. ÓMIHIO • f, tll<»íAssignatura — urasu: i anno, ^^.-.uuu ; u uji«=,. ay^w», »..—..»¦«..-. . —-,,—. - —--cs, J.*H

c *.s »Mtaiatnraa comeram se.npre no (lia 1 «Io me* em Que forem tomadas e serfio acceitas annual ou semestralmente. TODA ArÒR^SPGN*DE.VC™ATc™río tida â remessa Oe dinheiro. (que P Cde ser feita por vale pontal ou «rt. registrada com valor d,.

| ... .ao',?deve ser diri-,,.!;* ft Soe.edade Anonyma O MALHO - l ravessa do Uuv,, or. h.n.iv,,. »:l.»,.(:!,.,,ico : ü MALHO -Rio. Telepjjone»; Gerencia: 3-0633. Um-rlplo-io: .1-0634. Directoria. u-(i6„o. Otficlnas. b-0.17.

Siiccursal cm São Paulo, dirigida pcl o Dr. Pliuio C"™*""*^^

A FORMIDÁVEL ENERGIA DE ALGUNS SERES PEQUENINOS

Meus nelinhos:Vovô já teve oceasião de falar a vocês da força

<• da energia cie alguns seres, como a formiga, que, pe-(|iicnina, leve, é capaz de carregar pesos limito gran-des que representam trinta etjuarenta vezes O volume e o

pc o <lo seu próprio corpo.Vocês, mesmo, já viram aformiguinha carregando amigalha, o grão, a folha, mui-tas vezes mais pesados <lo(|tte cila. Mas não é só aformiga, meus netinlios, panimal dotado de energiascapazes de provocar a nos-ga admiração. Ha um pas-baro muito conhecido de vo-ci-, Item pequenino tão pe-quenüio que terá, no masi-

mo, 0 tamanho do dedo poi-legar dos meus leitores, e queé senhor de rara energia, lo-

MmHvCt**<

centrada nas asas e quando vôa, parando deante

das fl.i.e-- cujo mel suga, movimenta-as tão depres-

sa como a helice de um aeroplano. A velocidade('as asas do beija-flor pcrmitte-lhc voltar e pçtrardurante algum tempo no ar.

Em toda a vasta extenção do território brasi-

leiro encontra-se o beija-flor que vôa a considera-

veis extenções, durante horas

seguidas sem uni pouso pa-ra descanso.

A illustraçâo que se ve

nesta pagina, é de autoria donaturalista Addison e dáuma i»léa nítida da posiçãodn lindo pássaro quando

pára no ar para sugar o mel

das flores.

O beija-florNo muu Io animal, meus

nctinlii s, lia outros exem-

calizada nas asas. Esse pássaro, meu? netinhos. é um P*»rCi de energia bem iguaes aos da formiga c do beija-

dos encantos mais belk>s do mundo alado, pela linda ¦I"r- Vocês, estudando sempre, hão de conlvecel-os C

plumagem de que é dotado -co beija-flor. admiral-os.

A linda avezinha possue n itr.vel energia con- V ô V" O

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O TICO-TICO — 6- !l — Julho l!i:il)

"O TICO-TICO" MUNDANO ÍZSÍJÍK rah V. Barros; S"

a voz de

NASCIMENTOS

* •** Nasceu a menina Laura, filhi-nha do Sr. Lauro Viveiros e de D. Argentina LacerdaViveiros.

? Recebeu o nome de Luiz Henrique o robustopetiz qae acaba de enriquecer o lar do Sr. Manoel de An-drade Leite e de sua esposa D. Corina Magalhães Leite.

? O Sr. Ary fnnocencio Ferreira da Silva e suasenhora D. Guiomar Leal da Silva participaram-nos o nas-cimento de sua primeira filhinha. que se chama Wiltna.

® • O lar do Sr. João Ávila Maria de Pinho, acabade ser enriquecido com uma interessantemenina que receberá na pia baptismal onome de Dulcnéa.

• Acha-se em festa o lar do Sr.Manoel Rabcllo e de sua esposa D. José-plia Rabello com o nascimento a 17 domez passado de seu filhinho Hélio.

ANNIVERSARIO S

*¦ Clelia da Veiga, nossa gra-c osa leitora, festejou hontem a passa-geni do seu anniversario natalicio.

^ * Completa hoje seis anncs aj-raciosa Eunice, filhinha do Sr Ar-thur da Cruz Saldanha.

$ ^ Festejou, sabbado ultimo, adata de seu natalicio, o intelügente Car-les, filhinho do Sr. Adauco Lima.

? Faz annos hoje o meninoCahneho Santo<=, nosso prezado ami-guinho.<*> ? Passou a 2 deste mez a datauatalicia do estudioso joven Ary de Almeida

N A B E R L 1 N D A , . .

* • As 7 maravilhas de Santa Thereza: 1* maravi-lha: o coração de Dorah V. Barres, 2" maravilha* os olhosde Dorah V. Barros; 3" maravilha: a boa sorte de Dor.-.HV. Barros: 4" maravilha: o amor próprio de Dora. V

i* ranço.

maravilha:Dorah V. Barros; 7* maravilha: o sorriso de Dorah V.Barros. — Principe Encantado.

N A GAIOLA...

*¦ * Passeando em primoroso bosque, encontrei comgrande assombro, as seguintes senhoritas e rapazes, mora-dores do Meyer: Primeiro vi uma descuidada garça, era aLucilia Lage; depois uma rola afflicta, era a Jacyra Tos-

cano; adeante uma cascata gemedora, eraa Yolan Ia Braga, á beira de um lagocrystalino duas graciosas nymphas mi-ravam-se languidamente. eram: Haydée

e Jacy; em seguida uma triste toutinegraera a Odette Lao-e; além, sobre a relvaorvaihada, passeavam quatro soberbospavões que eram: Cicero, Jancy, Cel?o,Mario; um mimoso faisão, era o HeboAguiar: uma travessa borboleta, era aIrene Braga; numa frondosa arvore,maviosamente. estava um lindo rouxinol,era o Lauro Araripe; uni falcão, erao Hélio Menezes; um gallo da serra, erao Ja»dvr Toscano; duas abelhinhas dou-radas e'ram: Dalva e ZairajJrcs brühan-tes colibris cortando o azul, eram: Nel-son, Waldemar, Marcily, e eu, era umatriste pombinha branca... — MÜC.N. V. M. S.

NO CINEMA...

Vão apparecer brevemente num film os seguinte»inemuos e meninas: Arthur, o Charles Farrell: Alzira, aDolores dei Rio. Milton, o Conrad Nagel; Edith, a RaquelTorres; Javme. o Richard Dix; Suzanna, a Janet Gaynor;Octavio, o Nüs Asther; Manoel, o Don Alvarado; Manada Gloria, a Betty Compson: Pedrinho. o Raymond Gnifitli;Albertina. a Constance Taln.adge; Carlos, o Charles Kimg:

Dora- a Anita Page; Roberto, o Rod La Rocque.

V^^W- ^\^*^^V^A>**N

VEJAM NO PRÓXIMO NUMERO DO "0 TICC-TIC0V 0

Grande Concurso da Independênciaque, a exemplo do Grande Concurso de SãoJoão, distribuirá lindos e valiosos prêmios aossolucionistas.

O GRANDE CONCURSO DA INDEPEN-DENCIA, que será iniciado no próximo nu-mero do "0 TICO-TICO", consistirá em ummappa, no qual os concurrentes collarão umasérie de seis coupons, o primeiro, dos quaesserá publicado, no próximo dia 16, juntamen-te com o mappa do Concurso.

0 Concurso da Independência será encer-rado no dia 20 de Setembro, por isso que o ul-

timo coupon será publicado no dia 20 deAgosto. Collados os seis coupons no mappa, osconcurrentes enviarão este á redacção do "0TICO-TICO", que numerará cada solução paraentrar em sorteio em dia previamente desi-gnado.

Serão distribuídos em sorteio no GRAN-DE CONCURSO DA INDEPENDÊNCIA'LVARIOS PRÊMIOS DE VALOR.

Aguardem o próximo numero do "0TICO-TICO", quando será iniciado oGRANDE CONCURSO DA INDEPEN-DENCIA.

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9 -*. Julho — 1330 -7- O TI CO-11 CO

Pedras brancas do caminhoAquelle caminho estreito, que leva ao pomar e á

fonte escondida na montanha, é cheio de umas pedri-nhas, tão brancas, tão pequeninas que a gente simplese bôa anda a dizer que são contas de um longo e santorosário que alguém, um dia, desfez Contas brancas deum rosário, orações, gritos de fé, andam forrando o ca-minho que a Lua e o Sol vão beijar. Pedras brancas docaminho que leva á fonte e ao mar não são contas derosário que alguém, um dia, desfez. São pedaços damontanha, que desceram lá do alto para forrar o cami-nho onde a gente vae passar. Pedrinhas brancas que oSol e a Lua beijam de manso já foram — já vae tão lon-ge esse tempo! — o coração da montanha, que. um dia,a dôr triturou. Pedras brancas do caminho são cora-ções pequeninos que já sentiram ventura. São alegriase dores que a gente pisa ao passar, sem saber o que iá

foram! Pedras brancas do caminho - corações des-pedaçados de alta montanha de outr'ora —

são como as contas brilhantes que vêmaos olhos da gente quando a dôr nos

amargura — contas que fogem dopeito, de dentro do coração,

e vão rolando na face. acarregar, uma a uma,

o nome tristede lagrimas.-

CARLOS M A N H A E S

!¦__¦__ ___ÔfcJ_~_T_- ,vM AtJl\ ...

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«> TICO-TICO -8- 9 _ Julho I !».',<>

As aventurasdo 6ato Maluco

(Desenho de Herriman.

Exclusividade do "O

TICO-TICO'' paru o

Cm sil)

._^_ ,_, v ' • *ra"?««n^i"iTTT.. cy atÊSt***'5__KÍI í «ÉS i-aaJ lT'r?-\

Xx^_0 Ratinho perguntou ao Gata Maluco:

— V icê quer ver como eu faço de umbloco do terra uma porção de ti

— Quero -_r, sim, EoRatinltoessa habilidade! — ros- a jogar terrapond.u o Gato M't!,•(¦'). alt«j.

começoupara o

Meio minuto depois, o Ratinho mostrava E Cõ.o-dc-iila deu uns peulécos no ...tua casa! — disse auma porção de tijolcs. Mas não viu o Cão-de- Ratü&a, que ficou chorando até appare- Gato Maluco. E o Rati-ida que appareceu repentinamente. .-.,• 0 Gaio Miam». — Vae diorar na.. . nho, como por encanv.....

\ )Çt ^2S5fe "

_T"~ "^ í l r" ~\y-

*" ¦ ¦" -¦ 1 » i ^ '" ' ¦".'mniHiii.i; ¦ V'.«t-_ l_il._— ___—»

. . .desappareeeu doiojj,a« ;. .Gonr-a para procurar o Ratinho.onde estava. Gafo i._._« Procuraram em toda parte até que a co-co convidou a cemadre... madre Gip?a viu um tijolo.—Elle.r.

.e.-tá por aqui! — flisse ella.- E de facto, esta-va. — Xão chores mais, meu amigo!—disse o GatoMaluco. — \'aino-nos vingar da maldade do. .

v-*l —I

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.. .Cão-de-Jila. - —• Ficaremos escon-didos atraz de um muro e tu-atira-rãs um tiiolo á cabeça do malvado.

— Doa Idéa!'— dis-se o Ratinho. — Va-mos executal-a!

Mas quando o Ratinho ia apanhar o tijolo,surgiu-lhe, ameaçador, o terrível dfila.

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./•**•» -*'-*i|P j^BI^^-w^^^**1-** <E*fc. B_______fl _J__.

Alumnos que fizeram a primeira communhão no dia 1 de Junho.Ao centro a Directoria do Collegio.

0 monumento de N. S.Auxiliadora.

E_S-BB_SS_i-i-^_i-i-Sa I ^tú ^^ ^àú ^^ ^^ Rfe*

S^l 11 Bj

< T _á a__T "rS."^ ;•*»___B| 14. wal Pv^fl _ü*ni____

___r OL^-f^Pfl 4 *"*fli_J

PrimeiraEx-alumnos salesianos que tomaram parte

nas festas em honra de N. SenhoraAuxiliadora.

communhão

Meninos aos quaes JesusChamou em terna affeiçãoPara o banquete divinoDa primeira communhão

No feliz dia da vida —— Dia cheio de esperançasJesus-Hostia foi reinarNo coração das creanças.

COMMUNHÃODOS

ALUMNOS DOCOLLEGIO

SALESIANOSDE

SANTA ROSA\ SANTA ROSA I

f—\ X

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•f^^^B" Animaes Extravagantesj_________i£____! ® bico-sapato

f _* ^ >'¦** nJBH¦ -: _ li _______

Esse monstro V [ #f > V?\Z que vocês ahi _¦ lili /í J**W___ \vêem não "_^^______i B_________T>V- _J __¦ \Z um animal fe- j»/^^__i ^fch_^_ lif, '? i _- ¦;¦¦ _r ____| ^^_ -~ f j' jf *

roz e temido. ~^/^A\ ^_^V imí*4 TJ_ '"

""'E" o "bico-sa-

/^L\ ____\ »f'i'_// > I i •____pato'', ave com- /___ ____^f * n If ' \ lll'_¦ __,^v. lilV- \Vilmum nas mar- J I lllll \i L V \gens do _^^^^^^^^^______L _f __t w __l ti rmmm.

\ -SS-—.-1 / í __• _^\\ ^S_w // II H

menta-se exclusivamen- \\. S'/ M W ^^Ê }te de peixe» » rive nos \*7^v^^ ^S*// ;cannaviaes e moitas ás ^S^^^^^=M^^*^*^_*^'^ ¦

margens do rio. ^"^ ^^***. È

nO%v E' o "bico-sapato" uma jfc .r-3^^x^c_^^_^^s^__r____: das aves mais feias s^^Hr .-. _¦ ^^-^~C7S^^S_7^p; que se conhecem. De ^^^*9*,'" "

_ . "<*l<*l'j

Ki1^^^^^^ pé, então, é por demais j. * - ff^^\^^s deselegante _

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[I — Julho — 1930 - 11 - O TICO-TICO

ô Homem da WlaAoatct Hewamamm*aammmTMWnmmaaTaWaWmammSmm>Aa**im*m II IH SUS aM»at^S«iSS>a«aTa»SaT»aa»Sa»a¥Sa¥<Ma»»»»SafJaTaTa»atta»*^^ ¦¦¦

(Romance de Aventuras)Cap. XV/'

11' i i"Vi K~r~rrlIãWsWmÈÊvai^^yZ... ...*.trar da porta», o pérfido secretario ouvira: —Bim — exclamou — estás peidido, velho imbecilTambem, que podeiias CTperar, quando gastastolão pai vãmente teus milhões... E agora que..

i yy

í ? —L-sic-Ti' .oxr^atLJ si

a-. . ^*> %y ¦¦" '" ''

+J I 1 .L

.. se encontram em meu cofre, nao sahiraoinaia. Quanto a ti. maldito lacaio curioso,eminai-te-ei a desmascarar o Homem daMascara Negra. Perecerás tambemI .

E o perverso Ttíetgo, tomando de um martcllo,fez err. pedaços a chave de ouro.

¦- Apoia, não mais podciâo abrir a porta.t o üaidor começou a rir. •<— Ante; que o ...

!^^^^W^^OTTC* MMÍBIS*¦**¦¦! ' *laW *~

Ii —amwz 1

...descubram aqui, terás tempo bastante parsffnorrcr á fome — disse elle. ¦— Só sinto as mu»mias, pois podia ganhar alguma cousa com suaJ(amili.is, cm tioca da liberdad:. Mas agor - .

..cuidemos de conquistar a mão da bella Lucia,.O principe asscntara-se num degrau da escada.Quel exclamou Lnurenco — nós vamos morrer datome aqui. Não haverá um meio para sahir?

— Nenhum. A poita é dc aço c está tão ...

.. solidamente fechada, que nada sepoderá esperar.

Incrédulo, Lourenco examinou a portae foi obrigado a convencer-se dc que ovelho tinha razão.

Então, o lacaio começou a gritai desesperada-jrHntc. O piincipe disse-lhe então. — K' s» Icstaies ahi a giilar, pois os muros são altos, a cave

picfmda c ninguém ouvirá. O senhor tem uma, .. ,i aberta.. ' »'«*f°

— Que vamos fazer, então-' — Esperar pelanoite. — Ah! nao, olhe!... o senhor, que é sábio,ha de descobrir um meio para despertar meu patrão.O conde de Chavtl lespiiou apenas o narcótico dessedemenio de mascara negra.

-r-

E Lourenco- contou o que aconteceu aocende. Dapois, conckiziu o velho ao canloonde o havia escondido. O principe exa-mincu: — Com cfleito — disse — o nar-cotico nciu Btfpcrft! i tlm r.tc c errío quo...

... po ' nt -i n ande depres-ra —r ,: "'," — Mas. para que 11èrse Enl 1-0 soífrcr' — Não se incorri*mede com i o, — respondeu o lacaio, Quando ocen !e de i fiAvei voltar a si descobrirá um meiai i

Então, o principe, Inclinandô-ia paia o comle,prestou-lhe o seccoiro que se mini .;gados

Emqi aio Itro, Lourenco de^cmbaraçava-se de'suas vestes egypciai c vf ia a sua; Pe reoente, ou*viu prolundc; 'iirpiioi. Era 0 ronde de Çhttvtl que,graças acs cuidadoc enérgicos Ho príncipe, começavaa voltar a si. K em breve abriu os olhos; uma comasaniulhe da bocea C pouco depois calava dc pé ..

E como se (tpantai . 1 " Ií encontiar fare aface com um velho descr.nhccido, txpliearim-fhl oque havia niocedido, — E. durante este icmoo,...

..que aconlrccu á bella Liiaa? — per-nupleu o fidalgo Creio que COBIterrível méscti i rtegi i deve correr seriorperigos. E' preciso, quanto antes, ir cmseu auxilio. — Sim. mas i precisa pri1•mcuamente Mlhif d.quü... — (JUff /.<¦;/•terico, Cküvc\ pcn;.oi, %" poÚOO e. vend jiirn.i pistola â nnta m t."*ttCtlÇOa pcTgm:tou: — Está çarrepad. '• »- Sim, senhor.

Contintjii)

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O TICO-TICO — 12 — 9 _ Julho — 1!._0

INFANTIL

1" Lindo casaco _e

flanella branca para me-

nina. Enfeitado de fita

çinée.

2* Vestido de seda

azul-rei com cinto de ca-

murça.

y Sa'a godet . blusa de

«eda com plastron pregueado e

gravata de seda.

.» Vestido simples de fia-

nella com cinto. Saia com largo

¦tacho á {rente.

5* Lindo vestidiaho de lã

todo preparado com cordão tres-

passado na frente.

ESTRADA IMPROVISADA^_

1» — As tartarugas pediram a Toniy

para que as deixasse brincar com ellemas To-_y perguntou o que ellas po-_____ fazer para di^trail-o.

j—Z^-^»-^sf^-r"""*"^rò--'LJ^i' "i":* -3

2? — Eu sei! Nós faremos uma li-

nha de tartarugas e então você coito-ca a sua machina nas nosssas costas —

disse isso a tartaruga velha.

A ALEGRIA DAS MÃES

Arthur e Carlos eram irmãos.Arthur, muito applicado e intelügen*

te, gostava muito da escola. Sempre ti-rava boas notas nas sabbatinas e naslições. Mas tinha um gênio muito in-differente e parecia não gostar dos ir-mãozinhos. Isto dava muito desgostoá sua mãe.

Carlos era muito bomzinho para todasas pessoas e irmãos; tinha tambem seu*defeitos, não (tostava da escola; e potisso não estudava. Desgostava portantoa sua mãe.

Um dia ella chamou Carlos e disse:_- Tu não vaes mais para a escola, por-que eu sou pobre e não estou para ças-tar dinheiro á toa! — Carlos, poz-se achorar muito. Arthur então falou-lhe ai-

guraa cousa ao ouvido e voltando-separa a mãe disse-lhe: — "Mamãe deixao Carlos ir mais algum tempo á escola;pode ser qne elle tome gosto pelo estu--o". Assim aconteceu. Carlos estudoubastante. Ambos cresceram, Arthur comofoi mais estudioso formou-se primeiroem advogado. Carlos formou-se tambemcomo advogado, dois annos depois. Amãe delles ficou muito contente com oprogresso dos filhos e diz que a maioralegria qne sentiu foi em ver que o Ar-thur tinha amizade aos irmãos e que nãoera o que ella pensava.

José Costa — (9 annos)Alumno do 2o anno do 1* turno

da Escola Tiradtntes

3» — Então Tonry deu corda na

machina e largou nas costas das bi-

chás e a machina ia coniu numa ¦"*

tanha russa. Está ahi! disse Tocn.,

ao elephante branco, arranjamos un»

estrada original rara a noisa taa''

china!•**^^^^i'^S**-*..N*N^^V^»»1**i*,»*,i»'»<'1'*

™^

PARA TODOS..-— A melhor revista semanal

que traz em seu texto as coelho-

res illustrações mundanas e di-

versos contos assignados P°r

verdadeiros artistas e escripto-

res modernos.

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*) — Julho — 1930 — 13 — O 1 ICO-1 Ic o

ff^ X*^v ou J^R^^^^^^^^^^mÊ^m

A FRAQUEZA DO GIGANTE E A FORÇA DO ANÃOZINHOHavia antigamente, em uma pequena aldeia, um ho-

niem ele alta estatura e fortissuno a quem toda gente cha-mara de gigante.

Perto da casa do gigante morava em uma choupana,á beira da floresta, um anãozinho que talvez tivesse ape-nas um meio metro de altura.

ü gigante herdara dos paes alguma fortuna e vi-via na ociosidade, ao passo que o anãozinho era pobre etrabalhava, extrahindo, pacientemente, essência das fio-res e raizes i-.romaticas que vendia nas feiras.

Estudando as propriedades medicinaes das plantas,curava os animaes que adoeciam, sendo já procurado pa-ra tratar de cr.vallos, cães e gatos de estimação.

Ü gigante quando o via zombava de sua pequena es-tatura e do seu geilo dc curar animaes, saudando da se-£uintc fórma burlesca:

Olá, pedacinho dc gente e doutor dos bichos!Salve, senhor gigante, respondia o anãozinho,

sem se molestar, e acerescentava:Cada qual como Deu- o fez...Alto Ia! Isso é que não! Eu devia ter sido fei-

to por Deus, que só faz obras grandes c bel'as, ao passoque tu devias ter sido amassado pelo diabo, autor de pe-qLieninas cousas...

Não concordo, respondia, sem se alterar, o anão-zinho. Deus é o autor de todas as cousas, desde o maiorastro que se move no céo até ao menor insecto invisívelaos nossos olhos sobre a terra. Eu, portanto, sou tam-bem filho de Deus como o senhor gigante.

O homenzarrão ria da sensata resposta do homen-zinho e lá se ia, bamboleando o corpo immenso, pesadode gordo, cevado na ociosidade.

Aconteceu que certa vez, com o rigor do verão, sur-gítl uma grave epidemia na aldeia matando diversaspessoas.

Uma das primeiras victimas foi um medico queveiu da cidade afim de tratar das pessoas ricas do logar...

Ficou a aldeia sem medico. Veiu um outro, e co-mo somente tratava das pes-soas que lhe pagavam bem,os pobres, os que não tinhamdinheiro, iam morrendo ámingua de soecorros medi-ei >s.

F-',-se outro esculapio, en-tretanto, era joven, semestudos theoricos e sem apratica da medicina, de sor-te que não curava os dom-tes; ao contrario, aggravawa

até, ás vezes, o mal dc ai-gunj com tisanas e bebe-

°v-sr VA

iragens contra-incticr.das para a doença. C) anãozinho,ao ver uma pobre mulher chorando porque tinha o filhi-nho a morrer e não dispunha de recursos para pagar uniavisita do medico, preparou um remédio dos que elle sabia,bom para aquelle mal e dando-o á creança, conseguiu sal-vai-a da morte certa.

Espalhou-se logo a noticia e todos os pobres dom-tes foram pedir remédios ao anãozinho para o seu mal.

Entre os pobres foram tambem alguns ricos co:n-prar os remédios ao anãozinho, logrando recuperar lo-go a saud'

O medico começou a perder a clientclla e foi stqueixar á autoridade de que o anãozinho era um perigo*?o feiticeiro e charlatão e que exercia a medicina semlicença.

U delegado policial, attendendo a queixa, mandouprender o anãozinho.

Acontece que o gigante foi accommeüido do malreinante. Como era rico mandou logo chamar o medicoque começou a tratal-o. O gigante, porém, em vez demelhorar, pcorava. Um dos seus criados lhe disse, então,que se o anãozinho não estivesse preso, poderia cural-o,

E quem o mandou prender? indagou o gigante.Dizem que foi o doutor, de quem elle eslava,sem querer, tomando a freguezia dos doentes... res-pondeu o servo.

Fois vou mandar ordem para que o tragam aqui,declarou o gigante.

E, como era rico e poderoso, foi attendido pelo de-legado.

Ao ver o anãozinho, o gigante, apesar dc doente eprecisando dos seus serviços, gracejou com elle:

Então, deixaste de ser doutor dos bichos paratratar dc gente?

Não, meu caro senhor gigante; eu continuo a tra»lar dos bichos; mas a gente viu.que os remédios dos ani-mães tambem lhes servia e me pede que eu lhes dc, omdoses pequenas, os medicamentosque applico aos cavallos e aosburros...

O gigante percebeu a inten-ção da satyra do intelligente anão-zinho, sorriu amarello, tomou osremédios que elle lhe trouxera eno dia seguinte estava bom.

Ficara, porém,muito fraco, não po-deudo mais vergar en-lie as mãos tuna;;i'ossa barra de ferrocomo o fazia antiga-mente e por isso mui-

\

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O TICO-TICO — 14 — 9 _ Julho _ 1930

O I R OUma menina muito bôa e bonitinha foi passear no

jardim de casa acompanhada de seu pae.Num canteiro, ostentava garridamente a sua bel-

fcza um grandioso girasol que, ao envez de admiração, in-fundiu á menina certo pavor e ella assim se exprimiu:

Como você é íeio, girasol doirado! Não gostoifcsse olho tão grande com que me fita, tenho medo devocê!

Depois, olhando para o pae que a acompanhava, dis-le: — Não acha, papae, que essa é a ílor mais feia dofardim ?

Não acho, querida; o girasol é uma flor útil e, porIsso, de valor IMas eu não gosto delle e tomara que você mande

tortal-o.E foram-se os dois tagarelando.Desceu a noite e, com ella, uma forte tempestade comrelâmpagos e trovões,A menina medrosa oceultava-se entre os cobertores,cobrindo a cabe;', com medo do temporal.Lá fora o vento sibiiava e fazia estalar as portas e ia-nelas. . J

Ao dia seguinte levantaram-se todos e foram observaros estragos que a tempestade havia feito na véspera.Foi uma desolação 1Eram arvores arrancadas pelo furacão que iaziamsobre o solo humedecido. 4 JUmi telheiro onde se guardavam objectos imprestáveisl utensílios de lavoura havia ruido. *********As vidraças de algumas janellas estavam partidas AI-ts ssr* do°,ci,kos com° ¦**•<• •»•» "¦

to se desgostava. _ Em breve lhe voltarão as forças como remédio que eu lhe vou dar. disse o anão.— E por que não o tomou tambem paia seres for-te? perguntou o gigante.

iimJVÍ °-t0meÍ C * Pr°va d0 seu bom effeito é queposso fazer isto...Falando assim, o anãozinho saltou agilmente naraama janela gradeada que havia no aposento" e de «is^afastar os grossos varões de ferro, passou por eítre cNles para o lado de fora. O gigante estava JES*,?Mandou que soltassem o anãozinho, pois se havia¦B algum embusteiro e charlatão era o tal medtco

.n5oJ,,Súa,nCnte,.nesse dia ° "lccl,co «andava pedir aotnSonnho que lhe mandasse um pouco do seu^émedoa mor?;;3

C°ntrah'd° ***** ° mal <^™° ^

r»l i°i an5o7:,"nho- sem tardar nenhum «sentimento da

m,*\m?ZmZ?m-mX^&Z-

dos seus med,camentos para os bichos, pois fo" m Sesge

0 salvaram ;_e quanto a força do anãozinho erà ttra ,gual a sua, nao somente pelos tônicos que tomara co-mo pelos exercícios physicos a que se dedicara. '

if. MATA

A menina Biedtt - ' u com o seu pae ao jardime teve uma grande surpresa! .O girasol qtie rn véspera lhe infundira medo jazia re-

torcido com as pétalas esphacdadas, cabido, qua-i r.—Oh! que pena, elle morreu! seria por que eu não

gostei delle e o cliamei de feio, honrem?Coitado! era altivo e hoje eMá

pae, você vae ajudar-me á levantal-o, sim? Vertal-o a um bambu e regai-o com cuidado, assim talvezsa ainda viver!

Mas, você r.ão disse hontem, minha filha, que nãcgosta vas delle?

Disse, papae; mas mudei de idéa quando você medisse que elle era útil.

E ao demais, vejo-o agora abandonado — quasi mortoe isto me dá pena!

Tae e filha abraçaram-se e levantaram o giras>l e cil-0novamente a!t:vo, re-p!andescente, fulgindo ao sol, a suamajestade de ílor-scinentcira.

Stella Doris.

V^^^í^a^^^*

A BORBOLETA MONARCHA

0 Brasil possue os mais bellos exemplaresde borboletas, entre as quaes o que é

conhecido pelo nome de Monarcha mEssa borboleta emigra, como 'os

pássaros, e é considerada omaior viajante de sua

espécie.Embora se>

ja appan -temente ira-gil, a borbole-ta Monarchaé capaz da

A borboleta "Monarcha".. vôos positiva

mente espantoso?, atra-vessando grandes su-percies de águas.

No outomno, essasborboletas saem do Ca-nada e Estados Unidose vêm para a Americado Sul.Uma nuvem de borbO'

letas cm vôo deemigração.

___T_t ^w ^i^^Alf _\^r N

iB»a»aaaaia»a»aaa»a«3al»a1^^aaa»l^a«

I- ' ''¦•¦'

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9 — .Itiilm 1930 - 15 - O IICÜ.1IC0

O A T¦v • r y ¦>'

¦ m% u Si .¦¦ £C/»ío•__• . - I'. ef? ™ *^> -*s--- J*r~ : ^ """«s-tÇ":

1" — [},*. coelho foi experimentarum mergulho a primeira vez na suavida! mas aconteceu que desappare*ceu. 2' — Papae-coelho muito affli-

to foi salvar o seú Bebê que deixou

as orelhas de fora. 3o — Mamãe cie-

lho, nervosa, disse: salve-o dq>rcssal

E B R E

&Wr ^y--M

"i

jÊgwífT ter;*1

Ma?, papac-coelho leve uma surprosa — as orelhas, era uni carangueijoque Bebê havia pescado para os seuspaeS c quc vinha trazendo...

E, R AVózinha,

\ i icê se lembradaquella historia,que cm dia alegre,vózinha triste,você contou ?Era tão linda,voi ê ?e lembra,CU gostei tanto,vózinha bôa,Vi cê se lembra,VpCC chorou!!

Não, meu filhinhonão me recordo;já estou tão velha,i i tenho i'!é;is!..,] )iga o começoque me lembrarei*Não me recordo,faz tanto tempo,já estou tão velha,filhinho inculjá estou tfio velhaquc já não sei.

Você dizia:eram tres reismilho velhinhos,muito ctrrvntfOSi(v eu. pensa*! a,como você!)Traziam vestesmuito compridas

M A VEZ

mabti- \y^ v^Nx

r !';;'i;i!U h."uh,iscòr (!c :i'::oi!,'io.\ ncê clioi¦•'.a,Vovó, por que?l

Vinham cm-ridos,dc muito longe.nos seus camcllos,ver um meninorccemnascidn(me era Jesus!Traziam enesgrande pre entes;

e uma estreitado alto do céoos inundavatodos de luz.

Você re lemhra,minha vózinha?era tão linda,muito comprida,você contava...nâo sei o fui.Minha vóz:i:lin,você EC lemhra?coute outra vez!lira tão linda,\ocè já K.ih",ente pra mim!

Sim, meu filhinho,já me recordo. . .já sei qual é!...chame OS maninhosque eu contareipara vocês.

Ií n velha lr;-.te,muito curvada,e já tremendo,toda enrolaria,foi começando— Era uniu vez...

MAU IA SALOME'P. Jlorisontt

A?^yn**w*yr' ^v^-^c '^Cx ,

I ~~y£^ ~"Zr- - -*!?^%iX S*8-*!^**^ ' *MyÚ»- . • - * "-"v

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O TICO-TICO - 16 — 9 _ j,,ii,o — mo

RATO

Io — ü oiie é este haruiln? R' mimu i..ir,...!.;.dião vae estrear a sua patente que é um chuveiro.

-Mas. onde está o chuveiro? — perguntou Midi.Ah! isso elle vae fazer com o mosquetãol**\ — *-)ilo e feito! Causou uma admiração geral,

pois cüj encheu o tnosquetão .'.e Lagos de chumbo e iar-

gou o gatilho em direcção ao caldeirão cheio de agnaque se encontrava dependurado na arvore e a água, co-me por encanto, começou a cahir cm cima do porco es-pinho que se havia sujeitado á prova!

— Isto é que ¦ ! Ralo intelligente! — disseram

Eu gosto de ouvir conselhosDaqueles que pensam bem.E pergunto a u.*i3 e a ostro*Aquillo que nic convém.

Nei sei mesmo si .sles versosRecitar aqui devia.. .Si não querem. . . vou-me c:n'.ori.

(Dirigindo-se a unia senhora:*Que me diz, Dona Mar:a?

As vezes é tão cacôteOuvir uma versalhada,Que t bem melhor o sHcocio,Ficar a gente calada. ..

Si concordam que eu me raleNão direi mais nada até;Respondam, façam favor;

(Dirigindo-se & uni moço):--Que farei. Doutor José?

Quem cala é porqr.e consente,-E eu continuo a falar;Alas, sendo muito indeciso.Hei dc tudo pergunlar.

E' tão feio uma pessoaDe modos seccos, arisca.Pouco delicada » amável...

(A' uma senhora):Nâo acha, Dona Francisca?.,

Pois eu acho; e faço tudoPara ser sempre estimadD;Nos logares onde estejaSer, por todos, desejado.

Pois is*o é muito melhorDo que ser aborrecido,A todos causando tédio...-

INDISCREÇÕEvMOXOLOGO)

(A um seniior);

—• Não acha, major Ptui:. ?Ha mocinhas, por exemplo.Que, (não 6 por dizer mal),Pintam a cara de modoComo em pleno carnaval..»

P_no

_.

' -__-___" -

E centra esses exaggero»Que eu pergunto, como disse.— Não é tão feia tal cousa?..*

<A ama joven):Responda-me, Dona Alice.

Ha rapazes afiecta .osQue têm ares escarninhos:Usando calças hrgtassflaasE. palctots tão curlinhes...

(A um jovo.i):O senhor que é tambem y iE que não tem tal defeito,Pode dizer francamente-:

Acha que isso esta direito?•••

Para evitar mais perguntasEu vou fazer ponto aqui.Muita cousa inda eu peciaDizer sobre o que já vi.

Porém prefiro o silencioA que perguntem agora.'

Faz favor de me dizerPor que não se vae emboi-.?.

E eu, por isto, vou sahindo,Sem ser preciso ouvir mais;Não quero que alguém sup_.ci.riaSer eu grande falastraz.

Quem quÍ7C-r saber mais cousasPode perguntar tambem.Que eu prcmetto respon Itr.

Não acham que faço be:ní;

Agora adeus, até logo.Desculpem si fui massante,Que eu garrnto de outra vezSer mais leve e inttressant*;-• •

Em vez de um grande satMotcg-Canto ou danso um tango, emfim.

Para quem ouve ou quem vêNão é melhor, mesmo assim?...

M. .Mala.**"¦¦ ' ' '— ___________________

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9 — Julho — 1930 — 17 — O TICO-TICO

F A U S TIN A VAE FAZER COMPRAS —mm ————————————^———

Como tu In sentara elegante e da moda Kaustina tirouum dia 'Ia «emana para tmiet compra».

13 t-í.tuo 4 natural entrcu na loja ío: "nadn ai;-in ,1a2.000 vis" para comprar uma calsa it uò du ariuZ.

r/^~. TRAGA

UM(7\^"K /s£J /^~~\ copodxwa!§§ ^L 3ACARE

|aCL. ^nOOOZ'C\ 500w

f

I>.'ii"in foi Tazer um loniro passuio pelaCuirlandla.

fínlrnndn lo«o ti pó» mim liar «hlO,oncl.' pediu um copo d'l|H,

Tomo os olntma» de rennir.o estivessemCheios, Kai:.-1mi •SCOlBtrj uni ]UI tosse ...

... mal* modesto..', A'» 5 hora» dopo!» de assistir aju fita» foi fnior ura Jim«li... Chegando a casa na hora ...

íê Itoilai mulo convencida de ter cumprílo com o si'Uoovtt iir duma (iraõnto,

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O POSTO DE LUBRIF

A*wyvyywvyv\_/*jgí\ /^ ^\ Ti TT N / \C®7i L «^ i / I **¦:**"** \\ ^^ / -**- V*f/ j****-. \^T V I / ® VV l\ ANEuMO» V

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AÇÃO - Pagina de armar n, 3 - (Final)

W^^—W BM****»*..- **»*-- fc*W**.-tSTrvMWÍ ^ > Sr ^ flB^HETAm.

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T i i IÓLEO LUBRIFICANTEmsr\K^

TYPO D-ANGLO-MEX^gAN PETROLEUM COMPANY LTD.—

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ÍIR: — UM. AUTOMÓVEL DO CORPO DE BOMBEIROS EM ACÇ.lO NUM INCÊNDIO

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O T1€0->TICO - 20 — íj __ j„lho — 1930

coimjt_pe^Dr?»ci\DO D*-. »A3E TUB O^ ^^_-a-^

CILDA OROSCO (Ro) — O boroscopo das pessoas nascidas a 31 deMarço é este: "São pródigas, nãodando o menor valor ao dinheiro, gas-tenda mais do que podem. Têm sensoa-tistxo e vocação para a pintura ea poes;a. Muito tímidas, perdem va-rias oocasiões de sobresahir devi«'<3 3sua timidez.

Os nascidos a 27 de Abril são: "Vo-luvcis, nervosos, de temperamento no-bre e caritativo. Têm muita mtellí-gencia e grande actividade Mate-Se não fosse seu gênio irascivel, seriarabons professores de musica, pois têmçeito para a snlfa".

Os nascidos em 11 de Maio são:"Vaidosos, amigos do luxo e das com-niodidades, tendo ainda bastante habi-lid-tdc manual Dotados de boa metro-lia, são generosos e leais, porém, sedei*s_m levar pela eclera. o que .hnjprejudica as horas de felicidade".

Está satisfeita?... Ainda bein.YVONNE J. MACEDO (Olaria) —

Já '.lie mandei dizer o que revela o ho-roscopo dos nascidos em Junho. Quan-to aos defeitos que diz ainda ter, façato possivel para se livrar delles, co.-rigiudo-se, como afiinna já ter feitocom outros.

O conto está frarpm-io. Enia.s um pouco o nosso idioma pararão escrever por exemplo "rir-mos",confundindo a ternrnação do verbocom a variação pronominal. Nem todo

a — é cmsc-ado, como escreve sem-pie: "á este", "quando á menina vetabuscar" e outros ainda. Estude irais,yvonnc.

T.1LY (R>o) — Letra movimentadade pessoa activa, loquaz, inconstante,caprichosa, intelligente, com bastanteenerg-.a que não sabe aproveitar.

O horóscopo das pessoas nascidas na20 de Novembro é este: "São entha-siastas, gostando de estar sempre áfrente de qualquer empresa e não ad-mittindo que alguém a; supplantc. Sãoengenhosas, originaes e alcançarão

>i<_^^____Q>3í^muito êxito como escriptoras ou ar-tistas. Apreciam as lisonjas, os elogiose se sentem felizes quando cortejadas.Apresentam-se sempre bem e comelegância.

SONHADORA INGÊNUA (Mu-riahé) — Esqueceu-se de que devia lerescripto em papel sem pauta para UmIczer o estudo graphologico que pede?

Quanto aos horóscopos r.qui vão: O?naicidos em 13 de Dezembro são"amigçs de viajar, morreirio geral-mente longe da pátria. Act:vos, fran-cos, enérgicos e tão trabalhadores an*a preguiça alheia lhes faz mal aosnervos. Viverão longos annos, emborasujeitos a prosíraçtjes nervosas pelagrande energia dependida".

Os nascidos em 19 de Jir.lio, são:"Opt mos oradores, l>o:is medicos ehábeis politicos, não estando, entre-tanto nunca satisfeitos com o quefazem

Como são exaggerados em indo.acabarão soffrendo do estômago e iu-testinos pelos seus excessos á mesa.Têm grande orgulho dos se_s brazeiesde familia, gostam de viajar e ficarãoricos aos 40 anãos**.

riIAIS (Rio)—Para c horóscopodos nascidos em Novembro veja o -aedigo antes á Lüv.'¦

JACQUES CDescaUado. São F_u-10) — A graphologia é. mesmo, unasciencia. depende, entretanto, da r»r-gticia do graplipi.igo a exactidão dosestudos.

Para estudar sua letra devia ter cs<cripto em papel sem pauta Quanto aosart.guetes a que se refere, pòdc n-a*--dar, pois serão publicados se estiveremem condições.

KATSER (Pirassinunga) — Sua le-tra desigual indica que «seu caracterainda está em formação. Nota-se, en-tretanto, dissimulação, deslealdade, hypocrisia. pois a letra «ia assgnatura éinteiramente d versa da do corpo d,carta. Procure corrigir estes defeitos,sendo franco nobre, sincero e le.il.

Para saler c horóscopo dos nascido-t :n Novembro le a o que digo anteiS Lik*.AL' — Os trJ-a-

llios não fo/am publicados por estarei:,o soneto que ___tdon in-

titulado: "Ao Dees".Falta-lhe a métrica, as>i;n como ex-

pont-meiii.i-.l_ e tem muitas impróprio-- como esta de ¦______ Deus de -

beldade !...-De xe »le fazer sonetos dtca---yi!abc>

e faça quad; inhas simples de sete sv!-labas. Leia os bons -eu

¦ 'o, inspire-se que poderá, talvez,fazer versinhos acceitareis...

O horóscopo dos nascido, em 50 &Agosto é este: "Têm grande força d:ittracção e sympathia irradiante, ins-pirando s nceras amizades. Ficarão ve-lhos. embora sempre adoentados. Tenshabilidade, mas não gostam de ti aba-lhar e só trabalham quando a isso -.*. 1obrigados. Sua pedra talisfnan é utubi ou o diamante e seu cia iia.feliz o domingo".

ROSA DO ADRO («Uberaba)' —Tara caber o horescopo das pessoasnascidas em Maio ie a o que d (ço latcjá Güda Orosco

Para a assignalura <1'0 Tico-ficjqueira dirigir-se directnmente á C.erenc ad'0 Malho — Rua Sachet, 21 -- Rode Janeiro.

Ptxle me escrever quando quizer,pois terei sempre prazer recebendo erespondendo as carta*, das aürb Iam:gu nhas.

OISREP (São Paulo) — O !ior_s->copo dos nascidos cin 21 de Juiho éeste: "Sâo intelligcntes e babilidrw. etêm um coração muito generoso Sã-anigos da fama e do dinheiro (_>¦•*>-tam de criticar os outros, porem. sezangam quando alguém lhes '.rt taseus defeitos. Sua pedra talisman e aesmeralda ou o onyx".

DR. SABETUDO

f% fi /%W^x\lí \m^=^émll \

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!> — -li-lh.) 1 !>.!() — 21 — TICO-TICO

CAIXA MYSTERIOSAA ESTRELLINIiA SE-MOSTRADEIRA

Ora, titio, não disfarce, exclamou Elza. mctten-do-se na conversa dos mais velhos, nós queremos ahistoria.

Minha filha, atalhou D. Alzira, quantas vezesjá lhe ensinei a nâo interromper os outros?

Desculpem, murmurou a culpada, mas tio Decioprometteu-nos uma historia, e parece ter-se esquecidode nós.

.\bsoIutamente! defendeu-se o bom tio. E' penaque você não saiba confiar... sem desconfiar! E briti-cando com os caracóes do cabello de Elza, começou:

"Era uma ver. ha muitos mil annos, uma estrelü-nha, que brilhava como as outras. Digo antes, junto dasoulras. pois o brilho* da "estrella-se-mostradeira", comoa danavam, era differente. um tanto esverdeado.., deinveja.

Mal o sol scescondia, já a estrel-linha apparecia nocéo, remexendo-sctoda, para ver siconseguia chamar aattcnçáo.

Da nada adi-mia a na pr.-tençã >,acon c!\ava a gran-dc Venu... Pois vo-cc com •. sua sape-(juice só con-egue aantipatnia de suascompanhei raf.Quanto aos h o -meus... durma em paz! Os únicos que selembram de contemplar-nos são os enamora-dos, os poetas, o que vem a dar no mesmo.E esses só nos dão importância, porque IO-inos como os olhos da mulher amada. Tor-tanto, socegue.

Mas qual! a niinuscuia estrellinha conti-nuava dc lá para cá, ora esbarrando numacompanheira, ora empurrando outra.

— Se eu rolar daqui por ¦*» causa, ex-clamava a mais velha, hei de pedir viu-

gança.Uma noite, cm que a lua ficou com pre-

guiça. vieram to céo todas as estrellas. AVia-Lactea parecia mesmo a linda estrada quecm sonho leva 09 meninos boOJ para brinca-rem com os anjinhos. Nunca se vira céo tãocslrellado.

Da terra, mesmo gente que não era poetaencantada. E uma menina que estava de luto, por entre

as lagrima*, pof-se a procurar cm que estreito estaria a

sua niãezinha.Foi a perdição da "sc-mo,tradeira" que estava cn-

...o mais verde que a relva. Tanto se mexeu e remexeu,

tanto fez para ser admirada, que perdeu o equilíbrio e...

adeus!Ouando sc sentiu solta no espaço ficou muito as-

Instada, mas a esperança de ao menos uma vez, chamar

a attenção, animou-a; e cila veiu rolando.Mas qual! uma nuvem, que ha minto implicava com

ficou

a prcsumpçosa, escondeu dos homens a sua carreira lú*minosa e a c.-trellinha cahiu cm silencio e no silencio.A'nda assustada, olhou cm redor e deu graças a Deusde haver cabido na areia. Na sua dcscoiiimedida preten*ção ainda tentou alcançar o céo, espichando-se toda, es-pichando-se o mais que poude, tanto, que seus cinco bra*ços ficaram fininhos assim.

Não se machucara, mas a dór de haver perdido Océ'> cia incgualavcl.

Ah! como me arrependo, gemeu a coitadinha,como me arrependo de ter sido orgulhosa e tola. Nãoeutava eu tão bem junto de milhas irmãs? Se eu pude..-sc recomeçar...,

E' tarde, interveio o brilhante Orion, estrella quepela sua grandeza era a encarregada da justiça. E' tar*de para voltar, mas não para arrepender-se. rrometta

que não será assimvaidosa c lhe dareinutra missão

Pódc contarcommigo, jurou aestrellinha afflicta.dc agora em diantefarei só minha obri-gação e todo bemque puder.

En'ão, vocêvae continuar estrel-Ia, mas do mar:multiplique-se c sc-ja feliz.

E transformai.-Jo a "estrellinha sc-mostradeira" n u inbichinho, pcrmitiiiiquo conservasse ain-da a forma de cs-trclla. Mais con .ilada. então, cila fuiesconder-se no fim-do do mar onlc niéhoje vive

Idas, como agente c*iisla muitopara sc corrigir, dcvez em quando a es-trellinha ainda pro-CUra um meio dc scexhíbir, de agradar.Para isso ella eu-

dega ás ondas a casca de seus filhwl c netos, para que alevem ás creanças que brincam na praia".

Oue boa-inha ella f.COtll exclamou Elza.!•; como foi dura a lição!

TIO NOUCUI

lia cm Buccnrest uma pratica curiosa tendente adiminuir os desastre oc automóveis, pelo vexame a quesujeita os "chauííciirs" desastrados, Presos, ellesacompanhados pela policia, através dai mas c praças maiimovimentadas, carregando preso ao pescoço, um cartaz,un que Se lê, em lei ras berrantes: IMPaUDEHTB.

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O TICO-TICO — Ze. !) _ Jiiilio Wiü

U M ACTO HER-OICO{Ao li ii s t o r g i o Wanderley)

Em certa cidade, de cujo nome não me recordo bem,residia, ba muito tempo, uma família, a qual era conhe-cida e estimada pelos habitantes do logar, devido ásobras beneméritas que continuamente praticava com osinfelizes e necessitados. Kra conhecida como o* AlmeiViveram felizes p< r muito tempo, quando um dia íperseguidos pelos infortúnios da vida. Era mais ou ¦tio mez de agosto, quando numa noite cerraria, ehabitantes do logar já em repouso, foram subitandespertados por uma grande agitação que partiaEra um incêndio. U povo corre apressado, alarmando todaa vizinhança.

Ao longe divisam toclos uma pequena habitacãaos poucos estava sendo destruída pelo fogo dt.

A r.oite estava escura e tenebrosa, não se tido bem qual era a casa sinistrada. Pouco tempo se pas-sa de duvida, porque logo após anmmciavam todos ser aresidência da família Almeida. A agglomeraÇão docada vez se tornava maior, dirigindo-se todos, apressa*dos, para o l.jcal do incêndio. Lá chegando, notam comespanto e coinmòcão que, das proximmidades da ca-apiam convulsivos prantos, ao mesmo tempo 5 >]çpungentes lamentos, os quaes faziam pulsar os coramesmo os mais indifferentcs.

Estes prantos e lamentos partiam de uma senhoraque, com os cabeDos em desalinho e a physionomia bans-

. ía/:a enorme 1 afim de dominar a- cham-com o intuito.de salvar a filhinha que havia ficado

esquecida num dos quartos da referida ca-a. a dormir.uiiiameutt no -eu pequenino leito. Esta mulher, a

I « fitavam cm silencio, mas, co:r. piedade, era aIa. Esta.a ella imãs, já

rança; de salvar a filha, quando em um momen*¦ rado, surge dentre a multidão uni destemido ra-

paz, o qual sem notar o grande rida cor-ria. galga inunediatainentc uma j.cendo por entre as nuvens de íun

Dominando todos os cmpeciih -. penetra no q'.r.c sc achava a creancinha. Tira-a do leito e correso, Irazendo-a em (mtes braços, e pc:..a-

1.: a multidão admirada de seu feil - tão heróico, vae de-- braços da mãe afflicta.

Invade c coração daquefla pobre mãe tão grande a'e-gria, que aos poucos se deixa cahir ao- destemi-dc-rapaz a beijar a filhinha, e a gargalhar continnamcn-:c, parecendo ter enlou

Porém, aquelle riso não era um riso natural, mas,fim, cm riso impulsionado \x>v uma força estranha, a

a de ver a filha salva, uni riso íóra do commum, poiso ente que cila mais amava estava aconchegado ao seu

. livre de todo o perigo, e a dormir irmocente-mente. Ai..man do Malheiro Fn.no

"QUEM NÃO QUER SER LOBO. »»

Em certa aldeia da He=panha,Quando o inverno era mais forte,Andavam lobos na estradaEspalhando o susto e a morte*

Ora atacavam os rebanhos,Esfaimados, sem temor,Avançando, muitas vezesMesmo até contra o pastor.

LTm dos msiiorcs, uin dia,Depois de muitas caçadas,Foi cercado, combatido,E acabou morto a pauladas.

Tiraram-lhe, logo, a pelle,E puzeram-na a seecar.Daria um bello tapetePara um sala adornar.

Assim foi feito; e esse adornoFoi dado ao Pablo RivertOue, com mais força e coragem,Havia atacado a fera.

(PROVÉRBIO PROVADO)

Olhando o tapete, uni dia.Seu filho, esperto e ladino.Pensou em pregar com elleCm susto a qualquer rtiofir.o.

*»vre;ta nuúe lá foi elleOecultar-se numa estradaE. assim, disfarçado em '. bo,Fez coirer um camarada.

Depois fa onrrò e mais outro,^¦'versos foram corre;Daquelle lobo terrivel,Cm bicho feroz, horrendo.

Veiu, afinal, utn rapazQue tinha fama de m.áo.De não ter medo de na ia,Estando armado de pão.

Pensando que era mn medrosoO falso lobo avançou.

O rapaz ergue o caceteE. sem pena, o desnucou.

O filho do Pablo grita:Ai! A.i! Sou tu. Xão dê mais!Um loho falando?!... E o demo!

Disse comsigo o rapar,

F. redobrou com mais torçaA sua valente sova:Por pouco, assim, não mandandoO falso lobo pra cova.

Quando, afinal, deserbriuQue do lobo lão sementeHavia a pelle curtida.Desculpou-se ao imprudente.

Depois lhe disse: — Meu caro,One e^ta lição lhe revele:"Quem não deseja ?er loboKão lhe veste, nunca, a pelle"*.

TRANCOSO

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-iiiiiio — i!>:;n 23 - O TICO-TICO

FLORESTA DO ANÃO

U M

Era uma vez um caçador chamadoFelippe, -que todo o santo dia sahia átarde para caçar, acompanhado deseu cão.

E ao anoitecer voltava com a boi-sa repleta de avezinhas sem vida eensangüentadas. Então escolhia algu-mas para a ceia, e o resto dava aocão, mas como eram muita», atiravaas que sobejavam ao lixo.

Assim, dentro em pouco escassea-ram os passarinhos na região em queelle costumava caçar.

Então começou a regressar paracasa com a bolsa vazia; e como a issonão e«tivesse habituado, ficava muitomal humorado, eos que com ellec on vi vi am ti-nhani que lhesoffrer o máohumor.

Um dia lhe dis-se a mulher, far-ta das injustasEctngas do mari-do:

— rorqtie nãote transferes pa-ra uma região on-de haja aindaaves e pássaros,a^-im íicarás sa-tis Oito.

O caçador,achando razoávelo conselho, ado-ptou-o: poz a es-pingarda a tira-colo, tomou dabolsa com provi-soes e partiumundo afora, emdemanda de umaregião ainda in-explorada pelosseus collegas.Andou durante muito

tar-se com os galhos baixos que lheferiam o rosto.

Elle tinha empunhado a arma en-gatilhada, c attento procurava tunavictima. Dentre as folhagens de umaarvore trinou um passarinho.

O caçador approximou-se cautclo-so da arvore, conv ítl tigre «juereceia, fazendo o menor ruido, dei-xar fugir a presa.

— üh! Olá! Quem é você piraousar penetrar em meus dominir. ?!gritou uma voz aguda como o somde uma flauta.

Assustado, o caçador abaixou ocano c!a espingarda, lançando em

DOBO DO MARO "matador" vive em pequenos

cardumes e atara as grandes baleias,arrancando-!hes pedaços de carne.Como a baleia, o "matador" atacaquasi todos os seres marinhos.

G rupo decando

x matadores''uma baleia

Um dos mais enrio-sos habitantes dosoceanos se que coube-ce é o "matador", es-pecie de baleia peque-na, dotada de notávelferocidade.

ata- \ _^Y {

O matador

tempo, atra-vessou militar aldeias incipientes, mui-tas grandes cidades, sempre indagan-do, procurando onde ficaria situadaaquella região privilegiada, onde ha-veria caça em abundância a contentode qualquer caçador.

De tuna feita achou-se elle ao pede uma grande floresta. An ouvir ngorgear mavioso dos passarinhos queali habitavam, adivinhou que era ahi aregião que procurava, com mil avesdiversas, isto é, mil alvos paraalegria, a a!ct;m do caçador que au-ti .i-a os pra;.res de uma caçada

.rrirnediatamente embrenhou-se pelafloresta a dentro, por entre os tron-cos das arvores seculares, tropeç.m-do nos cipós rasteiros, sem impor-

redor olhares medrosos. Ali perto,sobre unia raiz de arvore que saltavapara fora como um nervo, estava uinhpmenzinho que tinha, quando muitode aluna, dez centímetros mal me-d idos, com uma tão longa barba quelhe chegava aos pés. O hüliHittetili)parecia zangado, e vendo que Felippenão re, pondia continuou colérico:

— Ottcni é você, vamos, respon*da-mc, já é pela segunda vez quelhe faço a mesma pergunta.

O caçador, estupefacto, crendo sevictima de uma ühisão, e . ~-.~ ¦¦•• queo anãozinho se desvanecesse ..o arcomo a fumaça de um c'g,i:."o. Masnão se desvaneceu o anão, qri.í je en-- >lci _oti, ii:ti":-T-..c ao Cl-^.dor quelhe __spondes.se-.

Sou, como vês, um caçador,atinou em responder Felippe, e vocêquem é para interrogar-me destamaneira?

Quem sou eu?! Esta é bôa!Esta floresta pertence me, e semminha permissão não é dado a n:n-guem penetrai-a e muito menoscaçar

Aos poucos voltava a calma ao ca-çador que reflectindo, achou ridi-ctilo 0 seu medo, tendo por causa tãoínfima creatura. Deu uma gargalha-da de troça e, desdenhou responder.

Ah! íí' assim? E's caçador,pois não és? Bem, a pontaria de que

tanto te orgulhasnão mais a terás!Nunca mais acer«taras no alvo. E'esta a minha viu-gança...

Dizendo isto oanão gargalhoucom forra e, de-pois, sempre arir como se tives»se feito uma coi amuito engraçada,saltou de cima daraiz e desappare-ecu por entre unscapins mais altosque elle.

— Que coisaengraçada! Es-amigalha de geri*te deitou-me fei-tico! Ah, ali...engraçadissirno !Quem vae pagartudo isto é aqtiel-I i ávezinha quetão alegrementecama no topo da-quelle galho, sópara mostrar ao

pequeno barbaras, que fora de duvi-da está por ahi a espiar, quão tola ésua pretenção de fazer-me perder apontaria! Não fosse cu um dos me-lhores atiradores do mundo!

Apontou com cuidado, e, certo 'de

nâo errar, disparou a arma! A ave-zinha espantada có:i. o citrondo, le-vantou vôo assustada.

Errara! Era a primeira vez quelhe luecedia isto. Furioso, poz-se aatirar sobre todos os pássaros que via,depois sobre a« arvore-, e alé mesmo¦sobre os enormes urubus que evolu-iam sobre a floresta, sempre errànd idir-se ia que uma mão invisivel des-viava o cr.no da esjiíngard* fazendofalhar a pontaria. Até a cinco pôs ciedistancia não acertava no alvo esco-

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O T I ('. O - 1 - C O — 24 -- «J — .!ulho - lítíJO

OS BOMBEIROS E OINCÊNDIO

PAGINAS DE ARMAR

|g,Ip r i Ij |4 | |lngg |j_ |l__E__3 -

Or bombeiros, esses heróicos sedados do povo. mereceram d O TlCü-flCO um lindo brinquedo de armar, que seráiniciado no próximo numero c do qual a gravura acima ê um mcddo. A confecção do lindo brinquedo é das mais fáceis,

por isso que cada peça tem um numero que minto auxiliará os meninos.

lhido. Como utn louco, armava a es-pingarda e disparava sobre todas ascousas, sem, porém, acertar um únicotiro que apontava.

Então, doido de raiva, desvairado áidéa de que nunca mais poderia satisfa-zer sua grande peixão, pela qual aban-donara o lar, voltou a espingarda con-tra si mesmo, pensando: Já que emnada acerto, que seja eu mesmo o ai-vo. Mas por um prodígio, a espingar-da negou fogo por seis vezes que elleapertou o gatilho. Maldita! Uma es-pingarda que nunca negara fogo, ne-gar agora tantas vezes seguidas!

Ahi, o insensato, atirando a espin-garda inútil sobre os capins, inter-nou-se na floresta a correr loucamcn-te, sem íazer caso dos espinhos quelhe dilaceravam as vestes e o corpo.

Nunca mais ninguém delle teve no-ticias.

Sem duvida, morreu de fome, lou-co e desesperado a vagar naquellafloresta immensa, medonha, da qualnunca mais poude encontrar sahida.

ROMEU AINZEL

O SAPATEIRO

Amiudadadas vezes, passava naminha rua um concertado!" de sa-patos, apregoando:

— Sa-pa-tei-ro... sa-pa-tei-ro.Um dia, tirei-me dos meus cuida-

dos, corri ao portão de casa e per-guntei-lhe:

O Sr. chama-se Sá?Xão, respondeu o homem meio

a.iuiado.O Sr. é criador dc patos?Também não, resmungou elle.Então, como é que anda a gri-

tar: — Sá... pateiro?Mamãe que, pé ante pé, havia me

seguido, desmaiou quando ouviu otrocadilho e o sapateiro nunca maisvoltou.

Ignez Oliveira da Silva (8 annos)

O NINHO

Ao ver o passarinho,Carregando no biquinhoUm dourado capim,O filho á mãe pergunta

Onde elle tanto ajuntaTanta palha sem fim.

No ninho, respondeu ella,Chegando-* á janella,No lindo ramo, ali.

Onde? torna a criança,Se pela vizinhança,Ninho nenhum eu vi?

Muita cousa na vidaMeu filho, ha que, esowidi 'a.Nós não podemos ver.Como o do passarinho,lia. na minha alma, um ninho,Que te agasalha o ser.

MORTE E NASCIMENTO DEGÊNIOS

No mesmo dia em ,rrcuMiguel Ângelo, em 164. » Ga*iüeu, e no mesmo dia em que mor-rcu Galileu. nasceu Newton.

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9 — Julho — 1D30 O TICO- i1C O

A A N E M O N A

A ancinüiia, a que muita

gente chama chrysanthemo dos

mares, é dotada de uma bel-

leza traiçoeira. E* uma fôrma

inferior de animal, habitando

o fundo dos oceanos. Os seus

bellos tentáculos, com todas as

côrcs do arco-íris, dão a idéa

' - ¦ . y' >.. .

A anemona apanhandofaixes

de pétalas de um

chrysanthemo.

Us caranguejos,

pequenos peixes,

siris, etc, que

I e approximani

desses tentáculos,

são seguros, tor-

turados e suga-

dos completar

mente.

is valie 11071 pássaro 'na oiao...

(PROVÉRBIO TROVADO)Sempre o invejoso se sabe mal,Tendo o castigo dns seus actos.1'ara provar esta asserçãoA historia está cheia de factos.

E eu vou contar-vos uma histonaEm que se prova muito bemOue o invesojo, finalmenteNão chega nunca a ser "alguém":

Eu conheci o M.v.ioelziuho,Trabalhador c comportado,Tendo i:m casal dc lindos pombosDe que tratava cmn cuidado.

Comiam milho cm sua mão,Andavam soltos no quintal.\ o'.'..im longe, ¦as, á tarde,Voltavam juntos a< pombal.

Aves de raça limito finaE dc valor, segundo cicio,Levavam carjas á distancia,Eram, assim, pombos-correio.

„r^/rv™y^vw^-vv-.-rv-r>TT^^ >'^}X±>-*rxrrr**rii

Um mau vizinho, por inveja,Comprou também mais de um casalDos mesmos pombos pra chamarOs do vizinho ao seu quintal

Mas suecedeu tudo ao contrario:Seus pombos foram, dircitinho,Na mesma tarde desse diaPara o pombal do Manocbiuho.

O outro reclama, faz 'larulho,

E os vae buscar, muito zangado.Mas no outro dia os seus pombinbosiVoltaram ao pombal do lado.

Elle fez tudo para queTornassem novamente ao seu.,Não conseguiu e convenceu-seDe que seu tempo, assim, perdeu.'

Mas uma vez ficou provadoNa historia que vos fui contando!"Mais vale um pássaro na mão...Do que dois pássaros voando".

S^SKT^^lS^T ' «f A

tttlMJlíTIIObéIIWu' TiPln**'^iVin i i* iH

^ . : i.'. Kint iviiiii... ij

Trancoso

Os pejxes doOceaooIndico

Um dos peixes maisCuriosos que se conhece é oditfjong,

O dttqonq, encontradoIndico, perto da

Austrália, é asereia origi-na], A fêmeaabraça os fi-Ihotes e reve-ia grande af-feição. A car-ne é altamen,"te estimada

«t«, Inc., Crmt Britai» rlftrt» M pelos liativOS.

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I I ( íl ¦ 1 í 1 : u - 26 O _ .li lho — 1930

Às aventuras do

Ratinho Curioso[üesenhos de Walt Disney e U.

B. hccrlcs, exclusividade para

O Tico-Tico. cm todo- Brasil)

Quando Ratinho Curioso fugiu dos bandidos, em companhia da Maeaquita, pediu á A Vaquita empre tou a bicy-comadre Vaquita que lhe emprestasse a bicycleta- — Queremos castigar um dos bandidos clcta e o Ratinho Curioso, emque está fugindo num automóvel, companhia da Maeaquita....

mmmmu-^mJTMr ,i„ ,d„i- . ,,——_g„ .^_^ "^-^»-f "*"¦*» "^>- /-^V» -v*" ~ ^ ^^^_____Tfc____________*- -. __^__r_____^.^__ : -^ ^ ¦*&•> - — j__r_____________s_____________i

lr»i partiu no-encalço do bandido fugitivo. A estrada era !»«_.' ___., ;. -. j-_ ._ r»pa e a nrincinin nenhum ™n..- . escraaa era lar- Maeaquita dizia ...estrada havia umas pedras. Opa c, a principio, nenhum contra-tempo sur_nu Rnt nnn r„«_ «j„ t si •_ ,. . . „-„so "pedalava", dando impu.so » «?c fc R..?Ki?* ^^«S""; jvchs.nao

v,u e deu-se o pnme.ro

A Maeaquita foi atirada aos ares e«ando um grande grito, foi cahir numapoça de .ama. A auéda foi formidável.

•e a Maeaquita só não quebrou todoss ossos do corpo porque

teve a sorte de ...

... cahir na lama Ratinho Curiosoconseguiu parar a bicycleta e apanhar aMaeaquita

^ liife^^^^^^sW^^^ ^—^^1 Jj? gfeS;Retomada a corrida, dentro de pouctempo avistaram o automóvel do bandi-tio fujão. Ratinho Curioso estava quasiapanhando o fugitivo.. Um declive daestrada favorecida velocidade .da

ncycleta Mais dois minutos e Ratinhocurioso batia... com o focinho na capotado automóvel do bandido e. a Maeaquita fa-Zia novo raid aéreo..'Dçdoís do desastre, M a c a a u i t a estava. „

...dependurada numa arve-re, Ratinho Curioso entre oaro da roda da bicycleta e obandido... livre dos seus per*seguidoresr

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MATHEMATICOCONTO ORIENTAL Desenho de Cicero Valladares

Um joven, que bateu á por-ta duma hospedaria, foi con-vidado a comer com o dono,sua eooss.seus deis filhos eduas filhas.

Uma vez sentados á mesa,serviram-se cinco pombos euma gallinha, pedindo entãoo dono ao joven que fizesse adistribuição.

Repartiu uma pomba entreos dois filhos, outra entre duas filhas,uma terceira entre os pães, e reservoupara si as duas restantes.

O hoteleiro ficou assombradocom tal systema de distribuição; porém se abs-teve de fazer qualquer observação. Chegandoo momento de se servir a gallinha, foi convida-do o forasteiro a partil-a e a dar a cada um asua parte, o que o joven fez com a maior satis-facão. Deu ao dono e a sua esposa a cabeça,uma perna a cada um dos filhos, u,ma asa acada uma das filhas e poz todo o peito e ^__^o resto do corpo no seu prato.

0 dono não poude resistir mais tempo e pediu ao jovenuma explicação acer-

ca-de tão original maneira derepartir os manjares.

"Fiz a distribuição que jul-guei mais equitativa", res-pondeu o joven:"0 senhor, sua mulher euma pomba sommam tres;outra pomba e suas duas fi-lhas sommam tambem tres,assim como a terceira pombae seus dois filhos; para obtero mesmo total precisara eu de duas pom-bas; eis aqui a explicação.

E com respeito á gallinha, a explica-ção é tambem extremamente fácil: o se-

nhor e sua mulher", disse, dirigindo-se ao casal,"são cabeça da familia, e por isso, lhes dei a ca-beca da gallinha; aos seus filhos, que são o sus-tentáculo da familia, servi os músculos, e, ás fi-lhas, porque hão de voar e dar ás asas, voandopara longe de casa, dei as asas da gallinha; fi-

cou o resto para mim, por ter o peitouma forma parecida com um navio, vistoque num navio vim a este paiz e nou-

tro penso voltar aomeu lar".

y£3L tro penso voltar ao«JW jé£òk_\___ S meu lar'•

]_ ^Ska_f^---iMJ^S

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/// 1*. -?•""" bbb\\\\ II ti.I ír-mmf^ I 111 \\ i^ /

azagANGELITA E BEBE, GRACIOSOS

FILHINHOS DO SR. AMBROSIO

LAMEIRO

— CAPITAL —

MaL saT*' J

^^^^mmmmmÊ ft^^^K3C^asssssssL.fc'

OSSOSamiguinhos

ARDINI0' "¦»»» »*> GUE "

—- CAPITAL — <LAUDINHA, FILHA DO SR. BRAZ

MORA — RIO PRETO

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9 — Julho — li)-!» «2V - O TICO-TICO

iíSs

0§M*x*ÇjA-J _^^__P'___V. Np ^ttgj ^

fHfòmmfof

RESULTADO DO COXCURSO N. 3.41»

-3b5A solução cv.i.lu do COHCttrse

So/.iriojiisfns: João Garcia, Maria dal.i.utdc-- Amalfl du Macedo, Ivo Dali Ignu.Ciecllda Coneelção do Araujo, Antônio Pin-to Jnn_r, Geraldo Ramo* Bittencourt, Lui-_a Bsnoa Bittencourt, João Baptista liit-Uncourt, Margarida Ramos Bittencourt. Ce-:.:in.p LoUito, Humberto de .Medeiros, Wal-ter líaffníui. los. Maria ferreira da Sil-va. llcrnuiii i_uvio, OsvraJdo CangUC- doJesus. Jotó Mauricio Cardoso Uotto deBarro*. Dilaon Ribeiro Belilndler, ,Io_oMourlclo Cardoso, Ainely Pedroso de Lima,Marco Aurélio Lassa de Waldeck, Dajo-berto Fompllio, Wilson Cunha Couto. Mi-nu. Ressoa dt l.inia, LOda Fil_.uuii_ doCarvalho. Wilson Lopes Fontoura, Oiwal-do Nobrega iioiujalve.s, i \ i o Corrêa, Au-ieo Negromontc Correia l.inia, AdevaldoCardoso Botto de Barro», Myrtea do Al-buquerque Costa, Aurlstella da Costa For»roira, Bello Pire», Luis ruis de SouzaMedeiros, Nilsa M Tol-xeir. Paganl, LtdaFelicio dos Santo.". Mauricio Ferreira la-ma, <í.<>.¦).in.i Gonçalv*... Zoralda itoldemDllerraando de Oobl, Antogio Alves dl Bâ,Oli i Murthe Qucnlat, .'ordinn dn SllvuSantos, Mario 1 >:iJ1' Acqiu, l.iny Carneiro

. Mario Ji' i.i.i Soares. João Mattoso,Bunlca Lu», .'iii.ia Blqu Ira Cavalcanti,Carloi de Blquelra Cavai .-uni. Josã NunesZambont, Célula Tavarea Nunes, ESUxabeihFarias, Nadyr Motta, F.iiUaciu Alexandradas Neves. A.rlon Sa dos Santos, WaldyrPorto, Aliei (o oilana, t-ermé MendonCa «;: : ,. Eduardo Eusmnn, Vlnlclo D" Amo--lo Caatanhclra, M.nia da <;> ¦ r. mAntônio Martins dn Itooha, José Cliafíln,Ti,ais _P. lArrudn, Ablfali Pereira Qui-ntaráet. Maria Ri [Ins Talitha Fonseca,Geraldo dos Santos, Maria de Lourdes,Francisco Lopes dn Co ta, .Mario tonqu i'm il.ilvão. Fruncslro Sataonl s.. Br.melIndg Ribeiro, Esic de Araujo, Jali lio-

PÍLULAS

(1'iLULAS DU TAPAINA E -ODO-PHYLINA)

Empregadas com succc:so nas moles"li.is do csloinafro, figado ou inte.linoi.Essas pílulas além de tônicas. s3o indi-cadas nas d.-pepsias, dores de cabeça.molestias#do figado e prisão de ventre.São um poderoso digestivo e regulari-zador das funcci.es gastro-íntestinaes .

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Revistade

Elegânciae

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photographiasmais artísticas.

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collaboraçãoLiterária.

Huilgrla, PaulO Soares, I.-lio Leite cor-rOa Carlos Antônio da Cunha ll.el.sker.Osmar Rocha Modesto. Leotlola Vullo. Hu-san na Entas Gulman.es, Kdlth BeatrizDodswortb, Juracy Pereira da Faria, No-rival Nascimento, Clcto Marquei da Almel-.ia. Orlandlna da Silva Costa. Ulysses daSilva Costa, Oclavlo da Silva Costa, He-lana Lima dn Oliveira, Atoada Wilches,IIi-lln i'a Fonseca Rodrigues Lopes, Gui-Ihcrmln» Doacmis, Lucla Tavares Das.tos da Cunha, Lygia Tavarea Bastos daCi.nha, Américo Moreno, João Jorge doBarros, Hermlnla dos Santos Cruz. Bobas.tião José liamos <]•• Castro. Josô BoTtodlctOGabriel Moreira, Renato Sú, Pacy do Bs.Nestor Alvarcz, Gilda Greeo, Miguel Fer-reirs Capella Júnior, Francisco AurélioGagltadl, Mlzne iMakl, NUza Campos, Al-varo Ojecla, Arthur Cnmpnna, Snlvlo Lo-fego Botelho. Basilio Andronhw, PauloCintra do Oliveira, JosO da Silva Maneis-alde. Renlcto de Pomcnlco. 1'r.ind. Vieirade BOUIB Leite, Margarida Gerosa, Jofto

Cardoso. Octaclllo 3o»t PaganOi Alliert*Hormelino Ribeiro, Alfredo Ciissvan, Fer-nando do Saboya,Fontes, José GuimarãesPinheiro, Zaramor Goorglna Barone, Cie«-sa Soares, llermencgildo Adami Carvallio.

. Dayr Oliveira Lin.a, lledy liacilrio 1'inhei-"ro, Benvinda Cardia. Lia dos Santos l«w

rílo, Emidice dos Santos Amaral, CelinaOdette Nunes Gouveia, José Mario de Amo-rim Araujo.

Foi o seguinte o icsultado Ilnal do co».curso,

1.» Prcmio — IJna COlIeCQflo '<e ÍOW H.Yins _lo conto?. tl'> |M*Ofo_Mor Ar.Tal-lo Bar-roto, livros quo tt*m o» tiumem: — O v*-tinho feio. — O soldadinho de chuml.o. —O vcllocino do ouro (- volumes). — Oisqueiro do ouro. — Os cysnos selvagens.—- Viagens maravilhosas do Slndbad. •marinheiro (_ volumes). A rosa mágica.— O califa. Htorck. — As tres cabeças deouro. — Memórias de um burro,

DAGOMin DB ANDRADB

de 8 annos de idade o morador ã rua San-ta lula n. 1G.. en Juiz du Fora, Ksta-do de Minas Geracs.

2." Prêmio; — lana nstrai d'0 Tito-Tico.

nalura semes.

RENATO GONÇALVEM MACIEL

de 10 nillin.. de Idade " resiilent^ ;'i Avonlria Kio Branco n. r,s, em 1''lorlanopoH*Estada de Santa Catharina.

RIJSULTADO DO CONCUIISO N. 3.451

Respostas certas;

1." — Tiú •— Dia — 1.1a.'.¦ — A leira U•." — Unha — Cunhn .A.' — Sardinha — S:'id nh.i.r..« — Cáo — Ttto — Nio — Mfio.

Boliicioiltttat: Alaor Modesto. ÁlvaroAlves do FarlAJÉ, Taliis P*. Aiiul., TgnexOliveira da Silva. Maria il.i OlOrla deMoura, Neusa lieis, Roberto Rocha, Au-rella VVIIohes, Mauro Antoalo Forjas, Syl-

fflamãe?DIZ 5F.MPRE

(§> <& cJ CUE Eu S0Ü F0RTe£S J __y^e ROBUSN)

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ÚNICO REMÉDIOeuEtviTACMA os AÇC/D£//T£Sã

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O TICO-TICO — 30 9 _ JuIIio — 19.0

vio Xey de Assis Ribeiro, Cor.suelo Bar-__¦¦ Teixeira, José «le Souza Junior, Jor-£e 'Jo Aluratí., Marina de Onatlys, Jun-queira, -Miguel de Carvalho, Myrih.s Ma-cedo Rololi, Edyr Torres _.'orgis, JoséMauricio Cardoso, Izuias l-luz-ü.u, JoséAugusto Simões, Washington l'_s-oa, Wal-_jrr de Souza M -rtinlio, Honorata Setúbal,_____» 6r_____Jeb, ileli.ua Mtndon<;a vSilva, Emn.a CorrC-a, -íely Corria, Ald'a__>U_i Correu, Hamilton Itocha, Cand.dal_ui:.a C. de Carvalho, Joven JoX- 'Xmw, Luiza Cr-sta, Jo..ó Bonifácio Brandi,Li-étte Hchara, Cai-M- Maria, CMuniciie.ro, Washington Sampaio, MiltonMoreira, Clemente Hungria, Maria Augus-ta F. G. Uarata, Maria da Lourdes Oli-veira, Walmor Cabral, Antonio Cabral c. ¦Medeiros, Dora Nelll E-nto, Maria Ma.--«laiena de M. Carvalho, Zuloika de Dar-ros Pimentel, Duljucy Cardoso, Edyr Tor-res Dorgr., Abigail Pereira Guimarães.José Veríssimo ..etto, Maria José Barra-to, Hugo l-imo-, Albertina da Silva. Au-tonio de Medeiros, Joio Baptista icourt, Luiza Ramos Bittencourt, <J.

i Bittencourt, Marcaria» Ramos Bi-rt, J-i:. r Rocha, Antonio Martinsda itocha, Maria Amcüa da Motta, MariaAntonietta de Siqueira, Peqceüta Zerbtni,__ «toa Feijó Bherfng, Maria de LourdesAmrtlíl de Macedo, Benedicto Adaini Car-valho Mai-iol Helmeister, Fernando Oeta-vio <;'j!ir.-jy.' .-, Nemesio O. Netto, -_-ioCmtra de Oliveira, Cid de Mello, Oswai..Candêas, Daln.o CJildo Pontual, Luiza Dde Moraes, Bkistna Paladino l.«.arvalho, Ruth Ribeiro, J ,Uo <Jhr:tde Campos, .edda Regai Po__oilo. .c-lina Fragoso de Oliveira, Eugenia _H_uilda Silva, Ulyssts da Silva Costa, Orla--«lina da Silva Costa, Octavio da Silva <_'< --ta, Dagoberto Fompillo, Francisqulnho daCosia, Máximo Dade», Wilson Couto ___da Pandolpbo de Sá, Miguel Ferreira Ca.peite Junior, Kicínha Ribeiro BchindlerDilson Ribeiro Schindler, Beatriz Viannado Vasconcellos, Gastão Rodrigues FilhoJulieta Feitosal -vete _-l--__- j&s_ Paililo, Humberto Portocarrero. Octaeilio Jo_â1'agano, Gilda Leal da Costa, José da S I-va Mangualde Luiz Alexandre W

' .Lopes Fontoura, Henrique da Cunha Cn__IVCra Goulart, Rodoval Costa C. de . .tas, Mana do Carmo Saavedn ide Castro Arezzo, AylzaCE.*a Pag.iaro, Mkrio*P-U-^t-iz An'tomo de Oliveira Prado, CloX^r L

£_£*__*___? N-rna *S?3*ÍS I

T>--,i_ tu _ '. Carlos Pandolpho T.

.;,,í'í:i11" Cunha, Maria do <H_rS?_S«a.sn£__ssíK_» __Iora_» X„. • XJosé E,Jsa<"d Pinto ria«or»»,. j0aquira Geral(ío Serapiao

Damas Elegantes...Um Segredo l . »

Se o creme que empregae. não dáos resultados _e_.j_do_, se V. Exas.tO.:i borbulhas, iir.j» .ígen.. vermelhi-de.., crostas, etc, emprega, á noite,ao tfeííar, ligeiras uneções de Poi;:-.!Br.rostyrol.

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Silva Silveira

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João da Silva SilveiraPODEROSO FORTU..CANTE PARA OS ANE-MICOS E DEPAUPE-

R..DOS.Empregado com suecesso n_sTosses Bronchites e Fra-

queza Geral

Foi premiado com uma as- .imatura se-mestra 1 d'0 Tico-Tico o com.irrenle

JOSÉ' MA CRIO- LOTTO D- _t*___Q-

de C annos de idade e res: lente t ruaSimão Dias n .-J». em Ara.aú, Estalode __r_J~e.

CONCURSO X. 3 • 4 r» 4

Para 05 leitores df.~ta Capital

e dos Estados Próximos

Perguntas:

Ia — Qual o n>tro que eítá nacozinha se lhe trocarmos uma letra?

(1 syllaba)Aida Roch 1

i______>v.vwvvvvvvvv<v<A^vvv^^vv^^^lv^Ar

2» — Qual o nome de mulherq_c começa por um pronome e ata-ba numa cidade da França?

(3 syllabas)Álvaro Mendes

31 — Qual a cidade da Itália queé fruta se lhe trocarmos a segun-da letra?

(2 syllabas)iacerda. Calão julio de Carvalho, -aJIUMSampaio da Fonseca. José Villela LoborneTavares, Zilma Fontoura. Wladirnir djsSantos Mello, Arnaldo Xolasco, Luiz Silva.Antônio Alves de M, <JM\aldo Carde JeEus, Racy _e B_, Jair Rocha, Ma: -.Apparecida n. santo . Antonio M<OHda liaria M. Fernunder. Maria de Lo-ir-des M. Fernandez. Waidyr da Silva ¦Souza. Walter Cardoso, Maria Regina deBarro. Azevedo, Jo_í Tavares da .Silva

André Cosia

4a — Qual ^ sobrenome que eespaço de tempo?

(2 syllaba-/Mercedes Dias

_?a

_____.* ^«_______________9f _P___v- ^%m&*M^y^>>+*Wr ___________fl_______.*___i \ >^_______r.______-__É-_----E __»-Ej( '

*^fc*_i_K__r

d____i 'í* •T' '*•

X^»< _.__^a-_______^- -X_E

¦k k^_fl| F_J. ___________L~ iS5_K .¦¦?*-_. ___R«or J^'- X '

__.'^^__i^.'. _t __ j^^ - _r

^4 t*_r__- rf„ Cd.?. Pra«, á ma rfo Ouvidor _. /.j? . M5, _-r ?* *attenção geral do p -vo, que ali estaciona admirando os valiosos prcm.es. emexposição, que "O Tico-Tico" distribne nos seus Grandes Concursos __ Sã»

loão e de Natal.

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9 — .hillio — 1í):í0 - 31 - O TICO-TICO

5a — Qual o paiz da Ásia que mos como prêmio, por sorte, entretecido se lhe trocarmos uma letra as soluçõcs certas: uma assignatu-

(2 syllabas) ra =emestral d'0 Tico-Tico.Maria Cruz

As soluções devem ser enviadasa esta redacçao, devidamente assi-gnadas e acompanhadas do vale n.3.464 e separadas das de outrosquaesquer concursos.

Para este concurso, que será en-cerrado no dia 7 de Agosto, dare-

%^y m%

fiP^_PA.RA O¦' CONCURSO

3. Adi

CONCURSO N. 3'4^3

Para os leitorüs desta Capitai,-V-_-"

DOS Est\POS¦ ¦¦ w>. —' ¦ "- *~"

4- 3» :- . ° 9., ,- fl ii- W "-/

,.,- »2 l2-n 'O

,33 33 „\a .3 « '8'* 46 40 3- ^ a-» tvi/i"-. " l* C _'0 <¦*' 33 33 „, R >

**' * 5r ' , o « « t » °50 •' » VhJ' G -

\i|iu está uma fazenda, mas não está completa. O fazendeiro e oseu cão não estão no quadro assim como o cavallo, a gallinha, o gan-ço, o pato e o pombo.

Cada grupo de'letras c números representa o fazendeiro e OS seusanimaes. E' fácil encontral-os seguindo a ordem numérica e alphabe-tica. Tracem a lápis <>u a tinta e terão resolvido o concurso.

As soluções devem ser enviadas áredacçao tVO Tico-Tico, separadasdas de outros quaesquer concursos eacompanhadas não só do vale n.3.46,* que vae publicado a seguir,

'como declarações de idade, residen-cia e assignatura do concurrente.

¦ p~*«-^-l B_b*^-_^\

l*_ja ^-**v* 7a/--n/-'*'"íí'-/^X-v- *.

douro daremos como prêmio, poiSorte entre as soluções certas:

— Uniu collecção Ue doze iivroí dicontos do professor Arnaldo Barretolivros que íCm os nomes: — () patinhafeio — Soldadinho de chumbo — Ovellocinio de ouro (2 volumes) O ísqueiro de Ouro — Os cysnes talvagcn.— Viagens maravilhosas do Sindbad Omarinheiro (2 volumes) — A rosa ma

gica. — O califa Storck. As tres cabe-(as de ouro. Memórias de um burro.

Esses livros, de caprichosa confecçãomaterial, foram editados pela CompanhiaMelhoramentos de São Paulo, que osoffcrcceu pnra prêmio d' "O TICO*TICO" demonstrando, desse modo o/elo e dedicação que, de ha muito aliás,dispensa a toda as manifestações cmbeneficio da instrucção do povo.

A CIGARRA

Pouco lhe importa o pão de cada dia;menos a:nda o dia de amanhã.,.Despreoccupada, o alvo canto irrad-a,giorifkando as pompas da manhã,

Diffunde calorosa melodia,(|tic é ama vibrante exaltação a Pah

musica etectrizada, que alumiasonoridade «pie é da luz irmã.

Despertador gaJvauieo da matta,alarma borbotando uma cascatade rútüos zinidos tnusicantes.

E morre., exhausta de viver cantando,rolo o arcabouço, mie trazia pau lode zumbidoras notas fulgurantes

Thfopii ti c Bardo.*»»

(Do livro "Á poesia da Escola)

QLLIAirrvi

4 i» tur te

x/ 1 víH// V

3.463

Vara este concurso que será cu-cerrado no dia 18 de Agosto vin-

XMÚPS MEGM)5 A.

sciroddonegri

rlIL&rlO

CCÇUELUCtll. e \CV\S \S¦rAUA *©**» cc CRIANÇA^

-r*!7--<&'¦

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O TICO-TICO - 32 — ;i __ .luiiio — »!»:;«

PARA DEFENDER UM/. CIDADE

A SERPENTE

MARINHA DO

Quando Marrocos se revoltou sob o ccmmando <lcAbd-el-Krim, contra a França e a Hespanha, para tornar-se independente, numerosos soldados francczes e hespa-nhoes partiram de sua pátria. Até os intrépidos aviado-res foram chamados para conservar Marrocos sob o do-n.inio das duas grandes potências. Entre elles havia o Tc-rente Suarez, cujo trágico fim descreverei.

Certo dia, em que não havia grande numero de sol-ciados em Tanger, o General Miguel Pcrez recebeu uniaviso que um destacamento marroquino atacaria a cidade.Para que ella não cahisse em mãos rebeldes. abmem teriaque ir á aldeia dc

'farik,

que distava duas mil mi-lhas de Tanger, afim deavisar a um destaca-mento francez, que iáestava, que viesse im-pedir a invasão dos re-voltosos.

O general dirigiu-se OCEANO«o pequeno campo deaviação, onde havia seisaviadores e dois acropla- PACIFICOnos. Ordenou que osseis pilotos se apresen-tassem immediatanicnte.

Qual de vós 1c-vãrá esta ordem a Ta-rik?

Por segundos umsilencio reinou entreelles.

Depois, o ge-neral viu um tenente,chamado Diogo Suarez,apresentar-se, dizendo:

Irei eu, general.A empresa c ar-riscadissima. terás queatravessar o Saháta.

Não íaz mal, ge-"cral, é para defeuder acidade...

P alguns minutosdepois, o tenente levan-tott vôo com destino ápequena aldeia.

Como voa.;;-c baixo,foi atacado nas proxi-midades de um oásispor um destacamento re-*olto*o. Suarez. resistiu com a sua metralhadora, porém<¦ avião foi au.ngido no leme pelas bafes Inimigas Co-'neçou. pois. a descrever espiraes no espaço e a andar semmreeçao, ate que se espatifou contra o solo

Suarez não morreu por um milagre. Que fazeragora, sem água, sem manlimentos e sen tuna buLfa ímerce do sol abrasador do poderoso Sahara? \ndar an-dar era a untea solução.Andou cerca de duas horas. e a ,Ôle lhe opprimia

quando, ao longe, muito ao longe viu um homem escon-dido a sombra dc um pé dc cardo.Aquelle homem com certeza terá agita, pensaria elleora andando, ora correndo.Mas qual não foi o seu espanto, quando, ao appro-

ximar-se viu que era um mnssulmano morto pela sede.

Como o discípulo de Mr.homet. o Tenente Suarezmorreria dominado pela sede.

Cahiu dc-animado. Que- f-.zcr? Morrer, era a mrica-.- .luçâo.

Levantou-se. olho» em torno de A Só céo, arca Cum ^il abrasador.

Continuou a andar, até que. aíival, avistou um uasis.— Oh sorte minha, disse elle «correndo paia a ilha ve-

muitas arvore- avistou mugelafiva;>nço

Entrou e no meio dc

Ia saciar a sua sede louca*

¦^mX.—!___ ^_k ^__L s

I \ ^v __B ____ ^0^^~ ^_H \

A verdadeira serpente do mar.

A serpente do mar não é um animal que exista apenasnas lendas. No Oceano Pacifico existem muitas dellas.

Embora não exi-tam provas de scq>eníes inonstTMOSJts,ha algumas variedades de scqx?ntcs que habitam os mares.Nenhuma conta mais de lm,50 de comprimento. São alta-mente venenosas. Apresentam caudas achatadas como ve-n.os. mercê das quaes caminham na água. Algumas varie-dades vêm á terra na e-tação da postura .

quando viu ao lado «Iomesmo um hcsponiiol >eretorcendo de dores.

— Xão beba estaágua, patrício, clU esUenvenenada.

Suarez. porú.\ nãoattendeu. ia beber, tsmfoi altingido cm plenopeito pela bala certeirado inoribtmdò, que logodepois expirou.

Pile preterira verseu patrício morto a seus

pés do que gentendo op-

prímido pelas dores.Dez minutos dc-

pois. o capitão Ijciiot daaviação francera ater-rissava ao lado do oásis,

para fazer sua refeiçãodc frutas. Viu seu com-

pau beiro hespa-nho] morto, revisloti-Hicos bolsos, encontrou-aordem que levou á Ia*rik.

C) regimento fran-cez, que lã estava, dhn-giu-se promptamenle aTanger, e repelliu o- re-belde-s, terminando l'«'">depois a revoluçãoMarrosos.

de

Joaquim VIC T o -R I N O P O R T E L L A

F. Ai. ves

Ra-ire-

P E N S A M E N T O S

P' preciso saber calar, tanto quanto sabes falar,me nos arrependemos de haver falado po

quenteniente. de haver falado muito

La Uruyére.

Conceder um benefício e exigir a retribuição é des«-fazer o bem que se fez e perder-lhe o mérito

(Máxima chineza)

PileQue aquelle que deu. cale-se; e o que recebeu, q

(Máxima tiespanbola)

•"

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<, _ .luilio — ü):u) — 33 0 I ICO- T 1 co

Um passeio ao JoaHavia muito tempo que eu tinha vontade cie (lar tun

passeio ao Joá, mas nunca tivera occasião para isso. Do-liiingo passado, estávamos sentados na varanda e eu nemme lembrava de tal, quando papae disse: — "Vamos aoJoá?" Quasi cahi da cadeira em que estava sentada. Sahicorrendo e fui vestir-me. Uma hora depois sahiamos decasa e nos dirigiamos ao Joá.

Passamos pela praia de Copacabana e, depois, pelaCavca, tomamos um caminho muito bonito; quarenta mi-mitos depois chegávamos ao Joá, que fica situado na VistaChineza.

Lindo. Azul. Pequenino. Não me arrependi de terquerido ir velo. Depois, que vista maravilhosa! Aquellesmorros, aquellas praias, aquellas casinhas, oh belleza! Eá-tava surprehendida: contemplava aquillo tudo, que me pa-recta um sonho.

Pouco depois viemos embora e, apesar de já ter au-mirado bastante, fiquei com pena de ter de voltar paiacasa...

Doha Lucvi-ia Baptista(11 annos).

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u i i <; o - r i c o - 34 - 9 — Julho — 1!K>0

Grande Cosuciurso de Sãod9"© Tico-Tico"

J:ii ITem tido successo extraordinário o "Grande Concur-

so de São João d'0 Tico-Tico", ha duas semanas encerra-do. As soluções que nos têm sido enviadas estão rece-bendo uin numero cada uma. para que entrem, com esse nu-mero, no sorteio dos 50 riquíssimos prêmios cuja relaçãoj.i publicamos.

As soluções devem ser enviadas á redacção d'0 7:70-Tico ate o dia 5 de agosto próximo e os concurrentes en-contrarão seus nome-; e números que tiveram stia> seluções• ublícada» nesta revista.

De necórdo com o estabelecido a empresa editoraüO Tico-Tico resolveu considerar como concurrentes todoscv assignantes d'0 Tico-Tico. Taes assignantes, para maiorfacilidade na organização da lista dos concurrentes, devemnon enviar o mappa do concurso, acompanhado do numerocie sva assignatura.

De qualquer modo, porém, todo o assignanle ú'0 Tico-'Tico é concurrente ao Grande Concurso dc São João.

PENSAMENTOS

Faze o bem ao teu inimigo afim de que elle se tor-ne teu amigo. Faze o bem ao teu amigo afim de o con-servares.

A natureza nos deu um só órgão para falar: a lim-"gua; dois, porém, para ouvir, os ouvidos.. E' precisopois, mais ouvir do que falar.

hâes... Iatfenção 1

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- — Julho — 1930 - 35 - 0 TICO-TICO

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rinlia Brasileira, de Gastão Penalva (Uroch.)íeyiamm. novella do escriptor portuguez Antônio Feiro(Broch.)

Alma Uarbara, contos gaflchos de Alcides Maya (Uroch.)l'it,blcmas de Geometria, de Ferreira de Abreu (Uroch.)CaiHr— dc Construeçõcs Ocomclricas, de Maria Lyra

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AS AVENTURAS OE CHIQUINHO Nao se taz troco

—-—'^ — 1 Hí^fe lL_4_í£ ' - '^

Chiquinho possuía uns nickcis guardados e lem-hrou-se do compiar uns fogOl e arranjar uma barraqui-nha para vender aos meninos da vizinhança as rodinhas,bichas, bombas e pistolas.

¦""" ¦—'¦- ¦ ¦ ¦-

A barraquinha Chitiuinho mesmo construiucom auxilio de Benjamim e umas taboas de cai-xote. Ficou uma obra prima de carpintaria un-pruvizâdi

Arrumados os fogos na barraquinha e collocada esta.,no muro da casa de Chiquinho, este affixou um cartaz,com os dizeres: "Não se faz troco". Chiquinho nãoqueria dar troco do dinheiro que recebesse.

-^ MU ¦—¦

* ' ¦ ¦

A freiruezia foi chegando Um menino queria umabomba, outro uma pistola, outro uma rodinha. Chiqui-nho foi attendendo mas... não dava o troco do dinheiroque recebia. Houve protestos, gritos _? a cousa .

... esquentou tanto que a lanterninha da barra-qtimha cahiu sobre os fogos, fazendo-o? explodir eameaçando queimar freguezes e donos do nego-cio. Quando a explosão terminou Chiauinho.

não viu mais que cinzas e o resto da barraquinha aarder. Perdera o dinheiro e os fogos.

— Foi castigo! — dizia Benjamim. Você foi fazertudo isso ás escondidas de sue mãe! Foi castigo!