O Dínamo - Maio 2013

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Itajubá • Maio de 2013 Ano 68, 3ª edição Desde 1946 Presidente do DA Unifei questiona vereador na Câmara Municipal Foto: Rafael Reis Pereira Desde março, uma de lei de ini- ciativa do governo determinava que as universidades federais não podiam mais exigir nos concursos para profes- sor os títulos de mestre ou doutor dos candidatos. Sem a permissão da exi- gência de títulos, a maioria das univer- sidades federais deixou de abrir con- cursos no período. Em Medida Provisória publicada no dia 15/05, assinada pela presidente Dilma Rousseff, é alterada a lei de car- reira docente que deixou de exigir o tí- tulo de doutor no magistério superior e retorna-se à prática anterior. De acordo com a MP, candidatos com mestrado ou apenas com gradua- ção poderão ser aceitos nos concursos “quando se tratar de provimento para área de conhecimento ou em localidade com grave carência de detentores da ti- tulação acadêmica de doutor, conforme decisão fundamentada de seu Conselho Superior”. Apesar disso, o problema permane- ce em solução. Faltam incentivos para atrair os professores para ensino e pes- quisa nas universidades federais, e os reflexos disso são claros na Unifei. P4 O DA vira DCE? Marcada para 20 de maio, a votação do novo estatuto – que converte o DA em DCE – ocorrerá em assembléia dos associados Com proposta de um novo estatu- to, a diretoria do Diretório Acadêmico Unifei convocou uma assembléia geral para votação do mesmo. Dentre as principais mudanças, destacam-se: Criação oficial do Diretório Central dos Estudantes da Unifei Oficialização dos Centros Acadêmicos Voto aberto a todos os alunos de graduação Criação de 4 novos cargos em substi- tuição à vice presidencia atual Quantidade mínima de semestralida- des pagas para se tornar sócio vitalício. Estabelecimento de novos membros para o Conselho deliberativo. Pelo novo estatuto, o promulgado DCE teria como órgão máximo delibe- rativo o Congresso dos Estudantes da UNIFEI, que fica responsável também por definir as diretrizes do movimento estudantil na UNIFEI. Alguns artigos do novo estatuto geraram polêmica entre os estudantes, como por exemplo o artigo que prevê votos ponderados nas eleições para di- retoria, com peso 3 para membros efeti- vo-contribuintes (pagantes) e 1 para os membros efetivos. Para aprovação do novo estatuto será necessário o comparecimento de 517 associados – Quórum mínimo pelo atual estatuto, 1/3 do total de associa- dos – e votação favorável de ao menos 2/3 dos presentes. P6 Vem aí a Campanha do Agasalho 2013 A ONG Amigos de Itajubá está orga- nizando mais uma vez a Campanha do Agasalho. O Objetivo do evento é arre- cadar roupas para doação, e para isso será organizado um multirão, passan- do de casa em casa para recolher peças de roupaque não são mais utilizadas além de cobertores, roupas de camas e sapatos. Ajude você também a agasa- lhar os necessitado nesse inverno! P5 Piscina na Unifei? Dagoberto de Almeida – atual rei- tor da Unifei – pleiteou recursos junto ao Ministério dos Esportes para am- pliação e manutenção do Complexo Poliesportivo e construção de 2 pisci- nas semi-olímpicas no Campus Itajubá. O pedido foi da ordem de R$ 2 milhões para a instalação da pista de atletismo e R$13 milhões, para a reforma e expan- são de todo o Complexo Poliesportivo da Unifei, que inclui a construção de duas piscinas semi-olímpicas (uma aberta e a outra coberta). P5 João Paulo Ferreira – presidente do DA Unifei – faz uso da tribuna na Câmara USP e Saias Neste último mês, o estudante Vitor Pereira (20), calouro do curso de têxtil e moda da Universidade de São Paulo (USP), decidiu vestir uma saia tipicamente feminina para frequentar as aulas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). O ocorrido causou uma reação ad- versa por parte de alguns alunos, que ofenderam Vitor através das redes so- ciais. “Achei que fosse haver alguns olhares, porque é uma coisa incomum, mas não a ponto de receber ofensa", afirmou Vitor. "Se você posta um co- mentário assim é porque você reprime alguma coisa. E se reprime: isto ou es- capa por meio de palavras ou de violên- cia. Sempre tive outra visão da USP, de que o pessoal tinha a mente mais aber- ta”, disse Vitor. Devido às mensagens preconcei- tuosas, o estudante decidiu criar uma página no Facebook, com o objetivo de defender o direito exercido. Tal ação gerou um movimento, não só na uni- versidade em questão, mas também nas vizinhas: mais de três universidades paulistas já organizam “saiaços” para este semestre, onde os alunos usarão saias durante os protestos. A professora Cláudia Garcia Vicentini, coordenadora do curso de moda e têxtil da USP, mostrou-se atô- nita com relações às reações negativas. “É curioso ver, no século 21, manifesta- ções agressivas em relação a homens de saia. A universidade é um lugar de liber- dade de expressão”, afirma Vicentini. Em contrapartida, Alessandro Soares da Silva, professor de psicolo- gia política e de sociedade, multicultu- ralismos e direitos, o comportamento preconceituoso não pode ser caracte- rizado como distinto: “O que aconte- ceu com esses meninos é um reflexo de uma sociedade que educa para a enfer- midade. O primeiro xingamento que se aprende é comparar o homem à mulher, como se ser mulher fosse algo pior. Há que se pensar na igualdade de gênero”, apontou Silva. O professor ainda foi além, defendendo a tese de que o que falta ao Brasil é um estado laico: “Parte das reações violentas também podem ser combatidas com uma educação que começa em casa e sabe respeitar a di- versidade e manter os valores individu- ais no âmbito privado” Por Diogo Ferrini Costa O Dínamo quer saber: Essa moda pega na Unifei? Foto: Flávio Moraes/G1 Vitor Pereira posa com a saia que gerou tanta polêmica De volta aos doutores, mas onde estão nossos professores? Mês passado O Dínamo te infor- mou sobre o posicionamento do vere- ador Sebastião Silvestre a respeito dos estudantes de Itajubá, e também sobre a repercurssão disso no meio estudan- til. Esse mês acompanhamos o Quen na Câmara Municipal de Itajubá, onde ele fez uso da tribuna pública e contestou as colocações do vereador, exercend o direito de resposta que lhe foi concedi- do pelo presidente da câmara – Robson Vaz. Confira o que foi dito, o posiciona- mento dos vereadores e a resposta de Sebastião Silvestre. P7

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3ª edição de 2013: DA aspirando a DCE? Presidente do DA na Câmara Municipal? Piscinas na Unifei? Tudo isso e mais, já na edição de Maio!

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Itajubá • Maio de 2013 Ano 68, 3ª ediçãoDesde 1946

Presidente do DA Unifei questiona vereador na Câmara Municipal

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Desde março, uma de lei de ini-ciativa do governo determinava que as universidades federais não podiam mais exigir nos concursos para profes-sor os títulos de mestre ou doutor dos candidatos. Sem a permissão da exi-gência de títulos, a maioria das univer-sidades federais deixou de abrir con-cursos no período.

Em Medida Provisória publicada no dia 15/05, assinada pela presidente Dilma Rousseff, é alterada a lei de car-reira docente que deixou de exigir o tí-tulo de doutor no magistério superior e retorna-se à prática anterior.

De acordo com a MP, candidatos com mestrado ou apenas com gradua-ção poderão ser aceitos nos concursos “quando se tratar de provimento para área de conhecimento ou em localidade com grave carência de detentores da ti-tulação acadêmica de doutor, conforme decisão fundamentada de seu Conselho Superior”.

Apesar disso, o problema permane-ce em solução. Faltam incentivos para atrair os professores para ensino e pes-quisa nas universidades federais, e os ref lexos disso são claros na Unifei. P4

O DA vira DCE?

Marcada para 20 de maio, a votação do novo estatuto – que converte o DA em DCE – ocorrerá em assembléia dos associados

Com proposta de um novo estatu-to, a diretoria do Diretório Acadêmico Unifei convocou uma assembléia geral para votação do mesmo.Dentre as principais mudanças, destacam-se:� Criação oficial do Diretório Central dos Estudantes da Unifei� Oficialização dos Centros Acadêmicos� Voto aberto a todos os alunos de graduação� Criação de 4 novos cargos em substi-

tuição à vice presidencia atual� Quantidade mínima de semestralida-des pagas para se tornar sócio vitalício.� Estabelecimento de novos membros para o Conselho deliberativo.

Pelo novo estatuto, o promulgado DCE teria como órgão máximo delibe-rativo o Congresso dos Estudantes da UNIFEI, que fica responsável também por definir as diretrizes do movimento estudantil na UNIFEI.

Alguns artigos do novo estatuto

geraram polêmica entre os estudantes, como por exemplo o artigo que prevê votos ponderados nas eleições para di-retoria, com peso 3 para membros efeti-vo-contribuintes (pagantes) e 1 para os membros efetivos.

Para aprovação do novo estatuto será necessário o comparecimento de 517 associados – Quórum mínimo pelo atual estatuto, 1/3 do total de associa-dos – e votação favorável de ao menos 2/3 dos presentes. P6

Vem aí a Campanha do Agasalho 2013

A ONG Amigos de Itajubá está orga-nizando mais uma vez a Campanha do Agasalho. O Objetivo do evento é arre-cadar roupas para doação, e para isso será organizado um multirão, passan-do de casa em casa para recolher peças de roupaque não são mais utilizadas além de cobertores, roupas de camas e sapatos. Ajude você também a agasa-lhar os necessitado nesse inverno! P5

Piscina na Unifei?Dagoberto de Almeida – atual rei-

tor da Unifei – pleiteou recursos junto ao Ministério dos Esportes para am-pliação e manutenção do Complexo Poliesportivo e construção de 2 pisci-nas semi-olímpicas no Campus Itajubá. O pedido foi da ordem de R$ 2 milhões para a instalação da pista de atletismo e R$13 milhões, para a reforma e expan-são de todo o Complexo Poliesportivo da Unifei, que inclui a construção de duas piscinas semi-olímpicas (uma aberta e a outra coberta). P5

João Paulo Ferreira – presidente do DA Unifei – faz uso da tribuna na Câmara

USP e Saias

Neste último mês, o estudante Vitor Pereira (20), calouro do curso de têxtil e moda da Universidade de São Paulo (USP), decidiu vestir uma saia tipicamente feminina para frequentar as aulas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH).

O ocorrido causou uma reação ad-versa por parte de alguns alunos, que ofenderam Vitor através das redes so-ciais. “Achei que fosse haver alguns olhares, porque é uma coisa incomum, mas não a ponto de receber ofensa", afirmou Vitor. "Se você posta um co-mentário assim é porque você reprime alguma coisa. E se reprime: isto ou es-capa por meio de palavras ou de violên-cia. Sempre tive outra visão da USP, de que o pessoal tinha a mente mais aber-ta”, disse Vitor.

Devido às mensagens preconcei-tuosas, o estudante decidiu criar uma página no Facebook, com o objetivo de defender o direito exercido. Tal ação gerou um movimento, não só na uni-versidade em questão, mas também nas vizinhas: mais de três universidades paulistas já organizam “saiaços” para este semestre, onde os alunos usarão saias durante os protestos.

A professora Cláudia Garcia Vicentini, coordenadora do curso de moda e têxtil da USP, mostrou-se atô-nita com relações às reações negativas. “É curioso ver, no século 21, manifesta-ções agressivas em relação a homens de saia. A universidade é um lugar de liber-dade de expressão”, afirma Vicentini.

Em contrapartida, Alessandro Soares da Silva, professor de psicolo-gia política e de sociedade, multicultu-ralismos e direitos, o comportamento preconceituoso não pode ser caracte-rizado como distinto: “O que aconte-ceu com esses meninos é um reflexo de uma sociedade que educa para a enfer-midade. O primeiro xingamento que se aprende é comparar o homem à mulher, como se ser mulher fosse algo pior. Há que se pensar na igualdade de gênero”, apontou Silva. O professor ainda foi além, defendendo a tese de que o que falta ao Brasil é um estado laico: “Parte das reações violentas também podem ser combatidas com uma educação que começa em casa e sabe respeitar a di-versidade e manter os valores individu-ais no âmbito privado”

Por Diogo Ferrini Costa

O Dínamo quer saber:Essa moda pega na Unifei?

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Vitor Pereira posa com a saia que gerou tanta polêmica

De volta aos doutores, mas onde estão nossos

professores?

Mês passado O Dínamo te infor-mou sobre o posicionamento do vere-ador Sebastião Silvestre a respeito dos estudantes de Itajubá, e também sobre a repercurssão disso no meio estudan-til. Esse mês acompanhamos o Quen na Câmara Municipal de Itajubá, onde ele

fez uso da tribuna pública e contestou as colocações do vereador, exercend o direito de resposta que lhe foi concedi-do pelo presidente da câmara – Robson Vaz. Confira o que foi dito, o posiciona-mento dos vereadores e a resposta de Sebastião Silvestre. P7

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Itajubá • Maio de 2013 Cultura

G acredita que não se deve perder tempo ra-mificando a lei para abranger particularidades sendo que o simples cumprimento de uma lei já existente é o suficiente para resolver legalmente o assassinato de uma mulher.

J antevê o separatismo oriundo de mobiliza-ções particulares enriquecer o espírito e eclipsar o Reino.

R reavalia a posição dos pastores como se-meadores e ocupantes territoriais remanescentes da anunciação sujeitos à mazelas condenáveis as-sim como todos os componentes da esfera social.

M retoma a figura de seu pai ourives para di-plomar-se numa meritocracia quando questiona-da sua descendência.

L oculta a profissão da mãe no ambiente de trabalho por eventualmente isso vir a prejudicar sua ascensão ali.

Estudos apontam que os trechos acima com-põem o acervo pessoal de um analista não identi-ficado. Desde que se tornaram objeto de estudo, os escritos configuram-se na psicologia como uma terapia de grupo não convencional. Sabe-se que o analista fornecia a cada um de seus pacien-tes o Semanário, onde reunia trechos referentes às sessões de todos naquela semana para que fos-sem lidos individualmente. Não existem evidên-cias que remetam a encontros presenciais, perió-dicos ou não, entre os pacientes.

Psicólogos e linguistas que coordenam as pesquisas apontam o método do analista como uma evidência de que "a total desapropriação da opinião e da personalidade no processo re-lato-transcrição é capaz de bloquear uma rea-ção defensiva de auto-afirmação por parte dos pacientes/receptores."

Quanto mais se aprofundavam nas cerca de 500 laudas, mais os pesquisadores percebiam que as letras referentes a cada paciente se reno-vavam constante e regularmente. Pela inexistên-cia de letras repetidas em um mesmo Semanário, foi possível considerar que equivalem a símbolos postiços e não correspondem aos nomes reais dos pacientes.

O tratamento durava exatamente cinco se-manas. A cada semana, o Semanário trazia cin-co parágrafos referentes a cinco pacientes. No próximo, o paciente que ocupava o topo saía, os seguintes ascendiam e um novo ingressava no grupo.

Uma vez que nada remetia à personalidade e, consequen-temente, nada se tinha a susten-tar, já que na transcrição omi-tia-se o caráter particular na absorção de cada questão susci-tada pelo relato, viu-se em certo ponto que todos, no fundo, par-tilhavam de alguma maneira de tudo o que liam, do primeiro ao último parágrafo.

Não é possível assegurar nada a respeito da visão dos pa-cientes no tratamento e o que de fato sabiam do que acontecia com eles próprios. Tendo como premissa a personalidade nula, os pesquisadores supõem que os pacientes não se identificavam em cada tre-cho e sequer buscavam isso, como também não se atinham à mudança de posição no decorrer das semanas. Por mais que o trecho pertencesse a

Pensando na Educação"Nunca fomos tão incapazes de conviver, tão

incapazes de seguir um acordo, tão incapazes de viver. Odiamos as regras, buscamos um prazer cada vez mais descartável e imediatista, mata-mos o que não temos coragem de transformar. Altíssimo uso de drogas lícitas e ilícitas, de medi-cação psiquiátrica; acessamos a tecnologia con-tra o tempo, contra a morte, contra o sofrimento, mas desaprendemos a acessar a vida, e estamos desaprendendo a elaborar nossa dor em arte.

Ao mesmo tempo, e de modo quase irônico, esta mesma tecnologia que foi incentivada como um modo de nos alienar de nós mesmos, que nos prometeu um futuro sem sofrimentos e contradi-ções, e que se viu no século XXI diante do desgaste ambiental, do aumento da violência, esta mesma tecnologia se viu, também, diante de uma nova revolução: ao fazer nascer a sociedade em rede, a revolução tecnológica permitiu a democratização do acesso a informação e ao conhecimento.

Ao ligar diretamente pessoas, por meio de pa-lavras e imagens, por meio de signos, esta socie-dade, que nasceu como sociedade da informação, e que com as redes sociais se tornou sociedade do conhecimento, porque produz conhecimento em tempo real, desfez as antigas estruturas de poder, ao mesmo tempo em que deu luz às novas. Cada vez mais trocas são diretamente realizadas, no-vos acordos são feitos, alguns absolutamente iné-ditos. Não somente pessoas antes excluídas ga-nharam poder, mas, com o acesso cada vez mais democratizado à informação, uma geração de jovens, munidos de conhecimento e atitude, pro-duziram novos centros geradores de lucro, e des-fizeram outros, ao mesmo tempo em que criaram novos modelos de gestão e novas lideranças. (...)

Ninguém mais é dono desta rede, senão seus agenciamentos múltiplos, seus acordos inusita-dos, e nem sempre éticos ou sustentáveis, mas sempre abertos à participação, à interferência. É com isto que temos agora que lidar, sem definir se é um bem ou um mal, afinal, na lógica das múlti-plas conexões e das redes, dos sistemas integra-dos, estas oposições já não dizem mais nada. Para uma nova sociedade, um novo pensamento, que não seja mais em linha, opondo valores, mas que seja em rede, contemplando a vida em sua multi-plicidade e diferença".

Por Viviane Mosé – trecho de seu novo livro: “A educação e os desafios do mundo

contemporaneo”Retirado de: http://bit.ly/VivianeMose

Causa Mortis

Acredito que as melhores são, em desordem: Prazer, nesses suspiros, nessa ofegação Amor, a primeira vista, a prazo, sem prestação Risos, histéricos, contidos, singelos Saudade, dor de quem recorda! Talvez, as mais fortificantes, ou não De raiva, de ira, de um sentimento que não tem sentido De fome, das piores, falta de comida! De vontade, apesar de que, se não fizeste nada para aplacá-la, mereceu essa morte, tenho dito! De inveja, sentimento verde, asqueroso! Mas ainda, com todas essas mortes, a causa mor-tis mais freqüente E, sem dúvida, a mais eficiente, a Vida!

Por Miguel Elias Machado

cada um, no Semanário ele era apropriado por to-dos igualmente. Também não se pode dizer sobre uma preparação anterior ao ingresso no grupo ou como os pacientes chegavam até o analista.

Não se tem evidências de algo que remeta a uma espécie de diagnose, provavelmente pelo fato da averiguação dos sintomas ser dispensada por não caracterizar-se doença o que era tratado ali. O analista em momento algum transcreve es-tados emocionais, dores, crises ou qualquer coisa relacionada.

No espaço de uma semana, a ascensão no Semanário era de proporção aparentemente cal-culada. Não se sabe exatamente a que isso se deve, porém é interessante constatar que, nas duas pri-meiras semanas de tratamento, todos os parágra-fos, sem exceção, eram de cunho estritamente pessoal. Nas duas seguintes, tratava de algo re-lacionado à religião e espiritualidade. Na última, uma contribuição política e social para o meio em que vive e do qual se despede.

Não se sabe também sobre o empenho do analista para criar a situação que originava o pa-rágrafo transcrito; raramente há ligação direta entre as questões abordadas pelos pacientes nos parágrafos de um mesmo Semanário. Poderia isso significar uma indução por parte do analista, coi-sa que os pesquisadores já desconsideram toman-do por base uma suposição acerca da proporção exata na hierarquia dos parágrafos - meticulosa-mente gradativos mesmo abordando situações completamente aleatórias - validar-se probabi-listicamente se colocado lado a lado com o anda-mento das terapias em geral.

Pacientes apresentarem um avanço dessa na-tureza era, a princípio, considerado impossível. Dizem os pesquisadores ser natural tomar todo o Semanário como uma obra de ficção do analis-ta. Porém, considerando o conteúdo, a extensão, a continuidade intacta e de sutil complexidade, a distinção peculiar de cada paciente e outros tan-tos fatores, pode-se assumir, por consenso, que não se trata de uma produção intelectual indivi-dual. Acima de tudo, uma vez aceitos como regis-tro de um processo psicoterapêutico, os trechos se portam como tal sem nenhum equívoco ou quebra que condene sua legitimidade, sendo irre-levante na continuidade das pesquisas uma busca por comprovação.

A palavra seguinte à letra inicial que remete a cada paciente é considerada pelos pesquisado-res a maior evidência de que o tratamento se dava dessa forma e de que os pacientes exibiam de fato avanços assustadores.

No final e à parte disso, os pesquisadores viram que é igualmente possível conside-rar que um único Semanário se refira a um paciente apenas, relatado abordando temáti-cas diferentes em cada fase do processo, podendo constatar a paridade da evolução na abor-dagem relativa a cada uma e na especificidade social dela. Isso preenche, de certo modo, a lacuna referente aos pacien-tes na condição de leitores do Semanário.

Acredita-se que, no ge-ral, esse é o ponto crucial para abarcar toda a noção de perso-nalidade suscitada pelo ana-

lista. Percebeu-se isso quando notada a falta de qualquer conduta determinada a gênero em suas anotações.

Por Fernando Amarante

Semanário

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Itajubá • Maio de 2013 Cultura / Vida de República

É galera,o frio está chegando e nada melhor que um caldinho de feijão pra esquentar! Aqui vai uma re-ceita bem fácil que até os bixos vão fazer direitinho:

Ingredientes:

� 500g de feijão; � 300g de bacon; � 200g de paio; � 2 cebolas grandes; � 5 dentes de alho; � pimenta a gosto.

Modo de fazer:

� Cozinhe o feijão, bata com um pouco de água (o suficiente para ajudar a bater) no liquidificador e reserve.

� Numa panela pique o bacon e deixe fritar até começar a dourar,acrescente a cebola e o alho picados.Logo depois, junte o paio e a calabresa cortados em cubinhos por mais uns 5 minutos. Bata tudo no liquidificador com o feijão aos pou-cos (tenha paciência porque rende).

� Assim que terminar de bater tudo volte ao fogo para ferver e tornar mais consistente. Coloque pimenta, sal a gosto ou caldo de carne, se preferir.

� Sirva quente, com cebola,queijo parmesão ra-lado e cheiro verde para acompanhar. Ah! Rola aquela cervejinha porque ninguém é de ferro!

� Bixos que cozinharem merecem uma pinguinha porque faz bem e mata os germes.

Bom,mineira que sou, não uso muito de pesos corretos e medidas,essa receita é básica e cada um pode incrementar de acordo com o seu paladar. :)

Na próxima edição traremos mais gordices e se você, leitor, tem a sua, nos indique pois vamos compartilhar!

Por Rhafaela Almendanha

É composta por: Larica (7º ano de EME), Xibil (7º ano de EME), Cassio (5º ano de EPR), Oracio (2º ano de EPR [Transferência]), Bronha (2º ano de EME) e o Bixo (1º ano de EMT).

Procuramos sempre incentivar nossos bixos a participar de todos os eventos promovidos pela fa-culdade e de alguma forma retirar valores e significa-dos destes eventos. No ano passado participamos do Miss Bixo e fomos campeões dançando a música da Priscila, a rainha do deserto. Então decidimos que o bixo de 2012 deveria assistir ao filme e fazer uma reda-ção da experiência de ser campeão do miss bixo.

Neste ano participamos novamente em conjun-to com a Rep Kzona e Green House porém não fomos campeões, o que não nos entristece, afinal o evento nada mais é que uma forma diversão e integração dos membros das rep’s. Os bixos também tem a oportuni-dade de conhecer seus companheiros, seus veteranos e ter a primeira “experiência em público” (mesmo que não seja lembrada! hahaha).

Começamos os trabalhos as 4 da tarde, iniciando com doses de pingas, seleção de coreografia e muita diversão. Ao final do dia os bixos foram para o D.A. com um grau “de alegria” para ser sucesso, e o desfile ocorreu como o esperado (Apesar de tudo, a coreogra-fia foi lembrada!!!).

Sendo assim o bixo de 2013 teve que novamente fazer uma redação contando sua experiência de vida. Apesar de atrasar durante um mês, o que foi punido com uma dose de pinga por dia de atraso ( forma esta que encontramos de ensinar o bixo a cumprir com suas obrigações), a redação foi entregue e lida em frente a todos os integrantes da rep. A leitura foi feita com o devido posicionamento e entonação, e ao final

um dos integrantes da república sugeriu postá-la na internet.

Ao ouvir isto, outro integrante logo exclamou: caso a redação obtenha mais de 1000 “likes” irei cor-rer pelas ruas despido de algumas peças de roupa, juntamente com o bixo. Sendo assim o texto foi pos-tado e estamos aguardando a contagem para ser paga a promessa.

Obs: A redação do bixo conseguiu os 1000 likes no fa-cebook. O Dínamo aguarda novas informações sobre a aposta e sua execução.

1° REDAÇÃO DO BIXO/ 2013

50 TONS DE BIXO

“É difícil, senão impossível, descrever o que é ser bixo. Dentre todas as coisas, ser bixo está sendo uma experiência única e tem tudo pra ser um dos melho-res anos da minha vida. O fato de morar sem os pais e com pessoas a princípio desconhecidas pode ser as-sustador no começo, mas depois se mostra um atrati-vo muito proveitoso em todos os sentidos.

Dentre as inúmeras tarefas que tenho que realizar, beber pinga é a mais comum. Uma tarefa, inclusive, está sendo escrever essa redação, que com mais de um mês de atraso (dias estes que estão sendo convertidos em doses de pinga) está finalmente sendo feita.

Desde que cheguei aqui, o evento mais es-perado era o Miss Bixo, e ele com certeza foi tudo o que imaginava. Fui vestido de mulher pro D.A. no dia do leilão e do desfile e conheci muita gente nos dois dias, inclusive da minha sala. Foi muito bom pra fazer novas amizades e beber de graça.

A apresentação também foi muito legal, apesar de termos ensaiado com 3 horas de antecedência a core-ografia ficou bem legal e, apesar de não ter ganhado, valeu muito a pena ter subido no palco.

Portanto, ser bixo e ter participado do Miss Bixo são duas coisas importantíssimas e que vou lem-brar pra sempre, mas ainda está só começando...”

Bixo é um termo carinhoso para nossos queridos ingressantes da UNIFEI e que assim seja para todo o sempre!(Amém)

Por Rhafaela Almendanha

A atual noção de ‘estar no mundo” envolve a concepção de uma socieda-de altamente tecnologizada. Dentre as várias tecnologias que se incorporam à rotina do indivíduo à medida que este vai se instrumentalizando para viver em sociedade e, mais especificamente, desenvolvendo sua trajetória estudantil e profissional, destaca-se como a pri-meira e a mais relevante a língua escrita. Endossa-se, como pressuposto, a ideia de Crystal (2005)* de que a língua é a maior revolução tecnológica da humanidade. Considera-se ainda que a ubiquidade da língua escrita faz com que todos necessi-tem desenvolver habilidades que eviden-ciem seu domínio.

A vida acadêmica bem como a vida profissional exigem do indivíduo cer-to grau de domínio da língua escrita, que vai muito além da decodificação. Habilidades de escrita abrangem um conjunto de habilidades necessárias para que a comunicação escrita, em to-das as suas manifestações, funcione eficientemente. A melhor forma de de-senvolver tais habilidades é pela práti-ca, buscando não só aprender pelo co-nhecimento de conceitos, mas também, aprender a fazer. Afinal, comunicação é prática social.

Nesse sentido, uma série de ativi-dades no ambiente universitário pode servir de incentivo à construção da com-petência comunicativa. Restringindo-se à prática da escrita, salienta-se aqui a importância da produção textual não só relacionada ao conhecimento científico, traduzida na elaboração de projetos, ar-tigos, relatórios, mas também aquela re-lacionada a outras esferas da vivência es-tudantil. Dá-se destaque, desse modo, à produção de jornais acadêmicos, como O Dínamo, cuja história já evidencia a sem-pre ativa participação do corpo discente da Universidade Federal de Itajubá.

Assim, o objetivo, neste artigo, é ressaltar a importância d’O Dínamo também como mecanismo de desen-volvimento das competências comu-nicacionais daqueles que se propõem a participar de sua execução, ou seja, a relevância tecnolinguística que o jornal assume como elemento de divulgação escrita de um saber que se constrói pela ação. Desde a organização da equipe, passando pelas etapas de sistematiza-ção, revisão, publicação e distribuição, o que se vê é o aprimoramento de práticas de gestão organizacional e de processos de comunicação interpessoal. Os sujei-tos envolvidos tecem uma cultura orga-nizacional estimuladora de outras habi-lidades que se integram às habilidades de escrita.

Pode-se, portanto, afirmar que, ao fazer parte de tal empreendimento, o aluno desenvolve competências comu-nicativas por meio de um processo co-letivo de construção do conhecimento. Paralelamente, adquire também outras habilidades que favorecem sua poste-rior atuação profissional. Em outras pa-lavras, participar de uma produção jor-nalística é muito mais que apenas “ler e escrever”.

* CRYSTAL, David. A revolução da linguagem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

Por profª Márcia de Souza Luz Freitas

A produção jornalística como ferramenta de desenvolvimento de

competências comunicacionais

República Samba Canção

Receita

Caldinho de feijão

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Itajubá • Maio de 2013 Institucional

SECOMP 2013

Entre os dias 3 e 7 de junho irá ocorrer na UNIFEI o maior Seminário em Computação do sul de Minas, o SECOMP.

O SECOMP – Seminário em Computação - é uma iniciativa do CACOMP (Centro Acadêmico de Computação) e tem como principal objetivo pro-porcionar a troca de conhecimentos e experiências na área de computação tendo como público alvo os universitários da UNIFEI e da região, profissionais da área e também toda a comunidade itajubense.

O evento contará com o apoio de empresas do segmento de TI reconhecidas mundialmente, entre elas: Google, Microsoft, Intel, Disney e Oracle.

No evento deste ano, são previstas cerca de 200 (duzentas) inscrições para o conjunto de atividades que incluem palestras, mini-cursos, mesas-redon-das e exposições em stands que levarão até o público informações relevantes sobre os temas acadêmicos, sociais e tecnológicos relacionados ao foco principal desta edição do evento: Profissional da Computação, um Empreendedor Completo. Ainda espera-se uma média de 1200 pessoas em visitação na feira tecnológica.

Além de tudo, esse evento será muito espe-cial, já que o CACOMP completará 10 anos de funcionamento!

Interessado em participar dessa comemoração em grande estilo? Faça já sua inscrição na sala da AIESEC ou pelo site: w w w . s y m p l a . c o m . b r /seminario-em-computacao---secomp-2013__12241Para mais informações:facebook.com/secompunifei

EAD ou presencial?EAD OU PRESENCIAL???

Por Norma Lee

Após escolher o curso, licenciatura em Física, deparei-me com as modali-dades presencial e EaD. Mas o que viria a ser uma modalidade ? Eu tinha esta escolha ?

Fica mais fácil quando escolhem para nós, a questão foi que passei nas duas. « Tenho dois namorados mas só posso ficar com um » Lembram desta musiquinha ? Um vai comigo para o DA, para a BIM, para as REP’s. Enquanto o outro só gosta de ficar em casa, manda e-mails, passa noites em claro, ou manhãs, ou tardes… Ele está sempre comigo sem hora marcada. O primeiro sempre marca hora, e se eu não aparecer, ele fica com outras e ou-tros. Nossa ! Um é mais divertido, o ou-tro é mais sistemático.

Então, qual eu devo escolher ? E foi nessa hora que um lindo canarinho cantou no meu ouvidinho « Conversa com o professor Newton, ele é muito bacana e vai poder ajudá-la nesta de-cisão ». Segui correndo pelo BPS, en-trei voando pelo Instituto de Física e Química:

– Com licença. Boa tarde ! Você saberia me responder onde é a sala do professor Newton, por favor ? – falei com a respiração ofegante.

– Vire à esquerda, sala da esquina – respondeu o professor Claudino com um belo sorriso. – Toc toc toc ! Professor Newton ? Toc toc toc ! Professor Newton ? Toc toc toc ! Professor Newton ?

Fui recebida gentilmente e serena-mente fui convidada a sentar. Uma lin-da luz vinda de um vasto céu azul tocou cuidadosamente nós dois e todos os li-vros que lá haviam. E a pergunta que fez a minha decisão acontecer e minha vida mudar foi :

– Qual é a sua prioridade ? (não com estas palavras mas foi mais ou me-nos isso, rs…)

E daí outros pensamentos vieram à tona. E minha família ? Será que curtir com a galera é mais importante do que conviver com a minha mãe ? Será que noitadas são mais importantes do que ter uma vida balanceada ? Então perce-bi que na verdade não tem nada a ver com importância e sim com necessida-de e com o “Momento Ideal”. São mães que querem estudar mas precisam co-locar suas filhas para dormir, são pais que querem estudar e precisam tra-balhar para manter suas famílias, são pessoas de carne e osso que tem outras prioridades e que mesmo assim que-rem muito alargar seus horizontes e ampliar sua visão.

Enfim a escolha deu-se natural-mente : modalidade Ensino a Distância para mim ! Outro motivo : eu gosto de fazer tudo no meu tempo, rs… Graças ao físico Tim Berners-Lee, inventor do WWW, posso comer paçoca de pijama enquanto faço aula de Física Geral, de Cálculo, e etc...

Na próxima edição, traremos uma matéria sobre o que é a modalidade Educação a Distância. Fiquem ligados n’O Dínamo !

Norma Lee é licencianda em Física na Unifei

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O Governo Federal abriu as portas de todas as instituições de ensino superior, criando milhares de vagas, tanto nas públicas como nas privadas. Criou facilidade de pagamento, benefícios para os que in-gressaram, facilidade de ingresso para os que não possuíam como pagar, assim como as cotas. Dia 13 de maio até foi aprovada uma bolsa para auxiliar os alunos das IES que forem comprovadamente caren-tes. Essa bolsa nem será de responsabilidade da IES, mas sim do próprio Estado, pois ele repassará direta-mente os R$ 400,00 para os estudantes através de um cartão, tipo o do Bolsa Família, e R$ 900,00 para os carentes que também são indígenas.

O Governo Federal inundou as salas de aula, ago-ra o problema apareceu de forma evidente: Algumas disciplinas não possuem professores suficientes! Os motivos são variados e vão desde de baixo salário para os professores, até salários muito melhores no setor privado, passando inclusive pelo desinteresse em algumas áreas específicas.

Com esse problema, o Governo começou a sam-bar! Um dia aprova a contratação de professores que não possuem Doutorado, nem Mestrado, no outro dia volta atrás, dizendo que somente em áreas que exis-tirem escassez de profissionais tal medida será per-mitida. Em menos de uma semana, várias ações no mínimo, desesperadas de remendar a bagunça.

A novela não acabará agora, pois o MEC terá que se virar, para arrumar tantos professores quanto ne-cessários, mas para isso precisará melhorar as con-dições para esses profissionais. Com salários baixos, planos de carreira estranhos e condições adversas dentro das salas de aula, é muito mais fácil para o profissional prosseguir sua vida profissional longe das classes.

A corda arrebenta sempre do lado do mais fra-co, ou seja, com a falta de profissionais da educação, pessoas pouco qualificadas serão contratadas, ofe-recendo um ensino precário para toda a população discente do Brasil.

A falta de professores é só um dos problemas do aumento gritante do número de alunos. Aqui mesmo na UNIFEI, não é difícil notar que espaço físico não cresceu com a mesma velocidade que o número de alunos. E note que a UNIFEI ainda nem atingiu seu número máximo de alunos, pois isso só deve ocorrer quando os cursos recém criados estiverem no quin-to ano, ou melhor, no sexto, pois teremos repetentes, sempre!

Sorte que o programa Ciência Sem Fronteiras ali-via a pressão dentro das salas de aulas, senão estarí-amos ainda mais esmagados dentro da universidade.

Por Miguel Elias Machado

Aula Magna Do CATS

Na Aula Magna, pudemos conhecer um pouco da história desse Curso que há 10 anos vem transfor-mando a realidade de nossa Universidade incluindo em nosso convívio ou em outras universidades, alu-nos da sociedade itajubense. Para se ter uma ideia da importância, no ano passado, dos 105 alunos que começaram o Curso, 52 foram aprovados em uma Universidade/Faculdade. Número considerado ex-pressivo se descontarmos as desistências no meio do caminho e compararmos com outros pré-vestibula-res da região!

O evento acontece todos os anos e neste ano con-tou com a presença do Vice-Reitor Professor Paulo Waki, Professor Carlos Zambroni, Professor Luis Lenarth Gabriel Vermaas e o Professor Thiago Clé. Alunos, Diretores e Professores do Curso e, claro, nossa equipe Miguel Elias Machado (ex-diretor do CATS) e eu Thiago Rossi.

Após a apresentação feita pelo ex-aluno do Curso e agora ex-aluno Unifei Welington..., foi a vez dos professores falarem em nome da Universidade, agra-decendo todos aqueles que participam ativamente do projeto. Em seguida, foi feita a troca da Diretoria que, para esse ano está composta pelo Diretor Executivo de Informática Márcio Dias de Oliveira, Diretor de Relações Públicas Janderson Muniz de Oliveira, Diretora de Assuntos Jurídicos Samara A. dos Santos, Diretora de Finanças Iasmine Gouveia Madela, Diretor de Recursos Humanos Bruno da Costa Menezes, Diretor de Ensino Guilherme Augusto Lemes Fetch e o Presidente Thomas Augusto Siqueira de Oliveira.

Numa mistura de olhares, entre a tristeza por deixar um cargo e a alegria dos novos Diretores, o Curso mantém-se cada vez mais firme em nossa so-ciedade. Contribuindo para a vida de cidadãos e fa-mílias que creditam neles a esperança de um futuro melhor. O exemplo desses garotos e garotas vem po-voando as cabeças dos novos alunos e também das nossas, que conseguem vislumbrar nessas pessoas o exercício da verdadeira cidadania.

Por Thiago Rossi

Muitos alunos, poucos professores!

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Itajubá • Maio de 2013 Institucional

Campanha do Agasalho 2013Como os veteranos já sabem bem e os bixos

vão aprender da pior forma, Itajubá é uma cida-de extremamente fria nessa época do ano, e quem não se agasalhar direito vai sofrer muito!

Pensando nisso, a ONG Amigos de Itajubá conduz um projeto super bacana!

A Campanha do Agasalho 2013 está aí para que possamos ajudar aqueles necessitados.

O QUE DOAR?

- Agasalhos;- Roupas;- Cobertores;- Roupas de Cama;- Sapatos.

QUANDO DOAR?

A Campanha do Agasalho acontecerá entre os dia 17 de Maio e 1 de Julho, em vários pontos de coleta!

MUTIRÕES DA SOLIEDARIEDADE:

Acontecerão 3 Mutirões, aos sábados. A gale-ra da ONG passará de casa em casa, pelos bairros da cidade, recolhendo os itens para a campanha. Os dias são: 25/05, 15/06 e 13/07. Fique atento!

Todos os itens arrecadados serão destinados a entidades carentes de Itajubá MG. QUANTO MAIS GENTE, MAIS QUENTE ESSE INVERNO!!! FAÇA PARTE VOCÊ TAMBÉM DESTA CAMPANHA!

Para mais informações, acesse:www.amigosdeitajuba.com.br

Representantes da UNIFEI participam da audiência

pública municipal de esporteComo informado no site da UNIFEI, o di-

retor para Expansão do Centro Poliesportivo da Unifei, Vinícius Oliveira, compareceu na Audiência Pública Municipal de Esporte, na Câmara Municipal de Itajubá. juntamente com o presidente da Associação Atlética Acadêmica da Universidade, aluno Fernando Shigeru Wakabayashi.

Durante a audiência, foram discutidas as possibilidades de alocação de recursos por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Segundo o diretor, “são aproximadamente 20 milhões disponíveis para a capitação de recursos em 2013 no estado de Minas Gerais”. Vinícius Oliveira sugeriu ainda, que a Prefeitura e a Câmara de Itajubá juntem es-forços para trazer profissionais do Ministério dos Esportes objetivando a realização de cursos de capacitação e redação para a elaboração de pro-jetos de acordo com a Lei.

O presidente da Atlética da Unifei defendeu os interesses da universidade com relação aos empreendimentos esportivos realizados em 2013 dentro da programação do centenário da insti-tuição. Entre os projetos, está a revitalização dos Jogos da Primavera – que este ano homenagearão o Centenário da Universidade – a serem realiza-dos no segundo semestre do ano com o apoio da Prefeitura Municipal, da Câmara Municipal, da Associação Atlética e do Centro Poliesportivo da Unifei.

Estaremos esperando para participar desses Jogos!

UNIFEI pleiteia recursos financeiros junto ao

Ministério dos EsportesCom essas equipes vencedoras e uma Atlética

engajada, nada mais justo que a Universidade se esforce para ajudar a alavancar cada vez mais o nome da UNIFEI no âmbito dos esportes. E é exa-tamente isso que ela está fazendo!

O nosso reitor e o diretor de Expansão do Centro Poliesportivo da Universidade, Vinícius Oliveira, acompanhados dos deputados fede-ral, Odair Cunha, e estadual, Ulysses Gomes, fo-ram recebidos pelo Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, em Brasília. A comitiva, pleiteou recursos da ordem de R$ 2 milhões para a instalação da pista de atletismo e R$13 milhões, para a reforma e expansão de todo o Complexo Poliesportivo da Unifei, que inclui a construção de duas piscinas semi-olímpicas (uma aberta e a outra coberta).

Ao relatar a audiência, o reitor disse que o ministro ficou de repassar as demandas da Universidade para análise do secretário Nacional de Esportes de Alto Rendimento do Ministério, Ricardo Leyser. Dagoberto de Almeida afir-mou ainda que espera obter os recursos dentro das necessidades de investimento no Complexo Poliesportivo, visando os centros de treinamen-tos para as Olimpíadas. “A Unifei terá um comple-xo esportivo de alto nível”- destacou.

Os deputados Ulysses e Odair irão acompa-nhar os tramites da solicitação da Universidade dentro do Ministério dos Esportes. Para o depu-tado estadual, “o primeiro passo já foi dado com a importação dos equipamentos da pista de atle-tismo, agora é necessário viabilizar recursos para a construção dos demais equipamentos esporti-vos”. Já o deputado federal afirmou que “quere-mos um poliesportivo que possa polarizar novos talentos do Sul de Minas e ser referência para todo o país”.

Pista de atletismo, piscinas, centro de treina-mento Olímpico... Prevejo comemoração de um certo mamífero lagomorfo da família dos leporí-deos azul (que não é o Sansão).

Desafio Federal: Coelho X Mamute

Mais uma vez, a AAAUNIFEI colocou nossa universidade no topo do calendário esportivo, trazendo o Desafio Federal pra Itajubá!

Dessa vez, a atlética desafiada é a EEL-USP (Lorena) e o Coelho prometeu dar uma surra no Mamute nas nove modalidades que serão dispu-tadas: futsal, handball, vôlei, basquete, futebol, tênis de quadra, tênis de mesa, softball e xadrez.

Esse grande evento vai acontecer dia 25 de maio, e contará com a presença da Bateria Danada e da Mamuteria!

Durante os jogos ainda terá uma tenda ao lado do poli com bebidas e games e roda de samba no sábado para divertir a galera que vai em peso prestigiar os atletas!

Esse Desafio está prometendo! O Dínamo com certeza passará lá pra dar uma espiadinha e pegar um autógrafo do Coelho!

Mais informações:http://bit.ly/DesafioFederal

Equipe de Rugby da Unifei é campeã em Lorena-SP

A Itajubá Sevens Rugby, equipe de ru-gby da UNIFEI, foi campeã invicta do Torneio Quadrangular 7`s na USP Lorena, disputando três jogos contra adversários como a USP de Lorena, Atibaia e Pindamonhangaba.

O grupo já está invicto há três campeonatos, conta com a participação dos alunos de diferentes cursos da universidade e com o apoio da Sinergy Idiomas e do Centro Poliesportivo da Unifei. Diego Johansson, coordenador do time e aluno do curso de Engenharia Ambiental, acentuou que a vitória faz da Universidade uma potência também na área dos esportes. Para o aluno, ”a vitória foi importantíssima para a Unifei. Atitudes como es-sas ajudam a fortalecer o Rugby, esporte que está em ascensão no Brasil e na nossa Universidade”.

De acordo com o coordenador técnico da equipe, aluno Felipe Chuster, desde o início do ano a equipe recebeu dez novos atletas. ”Foi im-pressionante ver também a atuação dos novos membros da equipe, que representaram o time tanto quanto os veteranos”.

No dia 26 de maio a Unifei irá sediar o torneio de Rugby Itajubá Sevens, que acontecerá junta-mente com o Desafio Federal. Os treinos do time ocorrem todas as segundas e quintas às 17 horas no campo da universidade, os interessados po-dem acessar a página no Facebook:http://bit.ly/ItajubaRugby

II Maratona Mineira de Programação

A Maratona Mineira de Programação é um movimento das universidades e fa-

culdades de Minas Gerais para preparar melhor suas equipes para participarem

da Maratona de Programação.

No ano de 2011, em reunião dos coach’s das equipes que foram para a final brasileira da mara-tona de programação, resolveu-se criar em Minas Gerais um evento similar à mesma no primeiro semestre. O intuito é manter os alunos motivados com a maratona de programação durante todo o ano, melhorando o desempenho individual e, consequentemente, o resultado das faculdades mineiras nessas competições no cenário brasilei-ro e mundial.

As provas, organização e administração são feita por equipes de professores das instituições, promovendo todo ano um novo desafio para nos-sos alunos. As sedes onde ocorrem as competi-ções são determinadas por assembleia realizada durante o evento.

A II Maratona Mineira de Programação ocor-rerá no dia 25 de maio de 2013 em Itajubá e já tem a presença confirmada de diversas Universidades (públicas e federais) e Institutos!

Quem quiser e puder ajudar a organização, se manifeste no evento no Facebook: http://bit.ly/IIMaratonaMineira

Para aqueles que desejarem saber mais, acessem:http://maratonamineira.zertico.com/

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Itajubá • Maio de 2013 Representação Estudantil

Atenção sócios do maior diretório da américa la-tina! Nessa segunda-feira, dia 20 de Maio, às 17h30 no Centro de ComVivência irá ocorrer a 1ª Assembleia Geral dos Sócios neste ano de 2013. A pauta da assem-bleia consiste no seguinte:

• ·Prestação de contas da Gestão RESET 2012/2013;• ·Votação do novo Estatuto.

Atualmente o D.A conta com exatos 1551 sócios, informação fornecida pelo Presidente do órgão João Paulo Ferreira. De acordo com o estatuto ainda vigen-te, para que a assembleia possa deliberar sobre qual-

quer um dos itens da pauta, é necessário um quórum mínimo de 1/3 dos sócios efetivo-contribuintes em pleno gozo de seus direitos e aprovação mínima de 2/3 dos presentes (redação do Artigo 20, Capítulo VI). Em números, isso significa que devem estar presentes 517 sócios, sendo que para a aprovação do estatuto, pelo menos 344 sócios devem estar de acordo com o proposto.

Nota-se que são números bem expressivos! Sócio, compareça, convoque seus amigos e divulgue!

Por Lucas Bonino Silva

Como prometido durante a corrida das eleições de 2012, a gestão RESET nos trouxe uma atualização do antigo e já combalido estatuto do nosso Diretório. A primeira coisa que se nota ao ler o novo documen-to é o novo nome, por assim dizer, que o diretório passará a ter, caso o estatuto seja aprovado: D.C.E – Diretório Central dos Estudantes.

Antes de tratar sobre as grandes mudanças tra-zidas pelo estatuto, é conveniente ressaltar a impor-tância da atitude tomada pela diretoria. Apesar de toda a “guerra” fomentada durante a corrida eleitoral de 2012, a disputa trouxe benefícios. Vimos uma di-retoria que se esforçou em trazer cada vez mais bons eventos e reduzir a dívida. Os 1547 sócios são até im-pressionantes se considerados os números dos últi-mos anos. Ainda que com alguns pontos confusos, a atitude merece ser parabenizada.

Tratando das alterações, no que diz respeito à es-truturação do novo Diretório, é fácil notar que o es-tatuto elaborado se assemelha muito ao estatuto do D.C.E Livre da USP.

A hierarquia proposta consiste em:

I. Congresso dos Estudantes da UNIFEI;O texto não explica como ele funcionará, cabendo

aos Centros Acadêmicos e seus delegados a elabora-ção das normas que regerão o congresso.

II. Assembleia Geral dos Estudantes;Funcionará como o estatuto anterior, com uma

ressalva: as decisões referentes ao patrimônio do Diretório, não especificando se físico, cultural ou de qualquer outro tipo, caberão única e exclusivamente aos sócios contribuintes. É justo?

III. Conselho Central dos Estudantes – CCE;Criado em 2011 pela equipe de Representação

Estudantil da época. É composto por alguns membros da diretoria e um delegado de cada Centro Acadêmico. Finalmente tem o funcionamento oficializado.

IV. Diretoria;Muda o cargo de Vice-presidente. De acordo com

a nova redação serão três em substituição ao atual: Vice de Representação Estudantil, Administrativo e Financeiro, somados a um Vice de esportes, que se-ria o presidente da AAAUNIFEI, eleito pela própria associação.

V. Conselho Fiscal;De acordo com a proposta teremos um conselho

fiscal não tão fiscal assim. Com atribuições admi-nistrativas que o fazem mais um conselho consulti-vo do que fiscal. Também, de acordo com o escrito, o Conselho Fiscal está administrativamente abaixo da Diretoria.

Ainda convém discutir o fato de que a maioria do conselho seria composta pelas últimas gestões, com-prometendo a imparcialidade que um conselho, que fiscaliza as atuações da diretoria, deve ter. Fica a re-f lexão a todos.

VI. Comissões Autônomas.As comissões são a deste Jornal e a de Recepção

dos Ingressantes. Gozam de autonomia de traba-lho. Porém, assim como no antigo estatuto, cabe à

Diretoria “a intervenção quando houver necessidade” (retirado do Parágrafo Único, Art. 53º da proposta). Outro ponto no qual cabe uma ref lexão. Que tipo de intervenções seriam essas?

Ainda que semelhante ao da USP, o documento

vem acompanhado de algumas adaptações à nossa realidade e nosso grande diferencial: a posse do Bar Cultural, nossa casa noturna incorporada à sede ad-ministrativa do D.A.

Uma destas adaptações está na classificação dos membros. A classificação separa os membros em 4 ca-tegorias: efetivos, efetivo-contribuintes, vitalícios e beneméritos. A única diferença do estatuto anterior está na introdução dos membros efetivos, que são to-dos alunos matriculados na Universidade em cursos de graduação e pós-graduação stricto sensu. Os efe-tivo-contribuintes são os mesmos sócios que pagam sua semestralidade atualmente.

O primeiro ponto polêmico do estatuto é que so-mente os membros efetivo-contribuintes podem se candidatar aos cargos da Diretoria. Em um órgão que deve representar a todos sem discriminação qualquer, inclusive financeira, é plausível assegurar o direito de ser votado somente aos que pagam pelo acesso a promoções do Bar, isto é, não permitir que qualquer aluno se candidate à Presidência do Diretório? Ou a qualquer outro cargo?

Outro ponto é que, nas eleições, um membro efetivo-contribuinte tem peso 3 em seu voto, contra peso 1 do membro efetivo. A justificativa foi dada pela Diretoria, por intermédio do seu presidente em discussão no Facebook (link do post: http://goo.gl/0W5v2) como resposta a questionamentos vitais feitos por sócios, alguns de oposição à gestão, e tem os dizeres: “(...) os votos são somente para não colo-car em risco o patrimônio, pois não somos um DA e futuramente um DCE qualquer, são milhões de reais envolvidos nisso. (...)”.

Um ponto a se questionar é o porquê deste medo em permitir que todos os alunos decidam so-bre um patrimônio que também os pertence. Afinal, nem só de semestralidades o nosso patrimônio foi construído.

O último ponto do estatuto em que cabe discus-são é o quórum de Assembleia Geral, assim definido:

“Art. 25º – A Assembleia Geral deve ter quórum mínimo de 1/3 (um terço) dos membros efetivos em pleno gozo de seus direitos e aprovação mínima de maioria simples da Assembleia Geral.”

Desconsiderando o caso de assuntos referen-tes ao patrimônio do Diretório, o quórum de 1/3 dos alunos representa aproximadamente 2000 alunos, se considerados os dois campus. A maioria dos D.C.E’s trabalha com um quórum de 3 a 10% dos alunos. Por que um quórum tão alto? Dadas as tentativas anterio-res, já é complicado reunir 400 alunos em um evento assim, 2000 não seria impossível?

O Dínamo espera que os sócios – e não-sócios também – ref litam sobre todos os pontos aqui colo-cados. E, mesmo que a assembleia não atinja o quó-rum de 516 sócios, que essas discussões perdurem para que cheguemos a um ideal de Representação Estudantil e política (não politicagem), assuntos em que ainda engatinhamos.

Por Lucas Bonino Silva

O D.A finalmente migra para D.C.E?Você tem fome de quê?

Por Diego de Magalhães Vieira (MacGyver)

Como já escreveu Arnaldo Antunes, você tem sede de quê? Você tem fome de quê? Hoje faço parte de uma das mais renomadas universida-des do país. Alunos ostentam a engre-nagem e o raio pelo campus todo, di-zem nas festas, com orgulho “UNIFEI, porra”. Nossos colegas nos represen-tam e defendem nosso emblema lá fora. Comentamos num tom de cum-plicidade sobre a “máfia” e como ela nos ajuda, supostamente, a garantir um bom emprego. Tudo isso é teste-munhado no dia-a-dia acadêmico, e é tudo muito bonito à primeira vista.

Nossa universidade cresceu. Somos em mais de 6000 alunos atu-almente, contando ambos os cam-pus. Agora, e a representação inter-na? Quantos sabem o que acontece nos bastidores? Não há interesse sem necessidade. Alguns alunos, nossos colegas, enfrentam um problema sé-rio e nenhum de nós faz ideia. Muitos alunos perderam a bolsa alimentação no inicio deste semestre. Até o final de 2012 o responsável pelo programa de assistência estudantil era um pro-fessor. Em 2013 a responsabilidade passou para a Diretoria de Assistência Estudantil, a DAE. Pela primeira vez temos uma equipe preparada para li-dar com este assunto. Somos desor-ganizados, desinteressados e despre-parados. É necessária uma mudança em nossa postura, no nosso presen-te, para garantirmos um bom futuro. Universidade é o primeiro passo para nossa vida profissional. Ano passado presenciei o assassinato discrimi-nado de ótimas ideias, dentre elas, a criação do Diretório Central dos Estudantes, o DCE. Nós, como gos-tamos de beber água e comer pasto, aceitamos tudo numa boa. Aceitamos, calados, a contratação de professores despreparados. Aceitamos a falta de salas de aula. Aceitamos a compra de um terreno com verba destinada para construção de salas de aula. O quanto mais engoliremos?

Estou cansado de comer capim. Prefiro ser parte da solução, não do problema. E digo mais, temos solução. Somos estudantes em uma Universidade Federal, nos orgulha-mos disso, com razão. Orgulho deve ser sentido por tudo que conquista-mos, e nós conquistamos uma vaga aqui. E, somos nós quem compõe essa entidade. Nós pagamos caro para manter isso tudo, pagamos com im-postos e pagamos com nosso tempo. Chega de desperdiçar ele e nossa ener-gia, vamos usar nossas 6000 cabeças para encontrar os problemas, anali-sá-los, e, como futuros profissionais, propôr soluções. Isso tudo começa com uma atitude simples, educação alimentar. Chega de pasto, chega de água. Minha fome é de conhecimen-to, de mudança, de amadurecimento, de sucesso. Vamos construir uma uni-versidade melhor para nós e para os próximos.

Diego “MacGyver” de Magalhães Vieira é graduando pelo 5º Período em Engenharia de Controle e Automação

Assembleia Geral D.A. UNIFEI

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Itajubá • Maio de 2013 Representação Estudantil

Você pode ter acompanhado todas as discus-sões do ano passado, no momento das campanhas para a eleição para a Diretoria do D.A. e ficado es-pantado com o nível de algumas acusações e co-mentários, mas acho que pior do que aquele tipo de combate entre as chapas, é o que acontece ago-ra. Até o momento somente uma Chapa se cadas-trou para a Eleição, ou seja, teremos muito menos exposição de ideias e frentes de pensamento.

O Jornal O Dínamo esperava que ao menos duas chapas existissem, para então abrir espaço para ambos, de modo que expusessem de forma democrática sua plataforma, mas não teremos essa oportunidade. É uma perda enorme para a comunidade a inexistência de disputa, pois fi-camos forçados a simplesmente aceitar ou não a chapa que se candidata. E ficamos forçados a tê-los como diretores, pois se mesmo que não rece-bam a votação necessária para assumir, a gestão atual fica no lugar até que haja uma nova eleição. Ou seja, ou eles ganham a eleição que só eles con-correm, ou perdem, mas de qualquer maneira eles assumem.

Não pretendemos criticar essa gestão, nem mesmo dizer que ela é perfeita, mas a democra-cia perde seu efeito quando isso acontece. É muito mais saudável para todos os alunos da UNIFEI se houver um mínimo de disputa.

Felizmente, a gestão atual tenta aprovar um novo estatuto para o DCE, então teremos muito assunto para comentar, já que pelo menos nesse ponto, surgiram várias vertentes de pensamen-tos, que mesmo em meio de discussões agressi-vas, acabam gerando troca de ideias, o que ajuda muito a democracia dentro da Unifei.

Embora não haja disputa, saiba aqui quais são as propostas da Chapa RESET 2.0 – DA UNIFEI, a chapa de continuação da atual gestão do Diretório. Com a manutenção do atual presi-dente, João Paulo Ferreira.

Propostas – RESET 2.0

1 – Continuidade na realização de eventos beneficentes.2 – Continuidade na realização de eventos que vi-sam valorizar a cultura e arte local.3 – Concretização da Diretoria Social4 – Festivais de Música5 – Estruturar e coordenar reuniões com os repre-sentantes discentes dos Conselhos 6 - Fortalecer e coordenar reuniões com os repre-sentantes discentes dos CA's7 – Realizar reunião com representantes discen-tes de Pós Graduação8 – Estabelecer maior diálogo com a reitoria9 – Estimular a troca de informações entre as dife-rentes reuniões da R.E.10 – Buscar um programa numa rádio local com o intuito de valorizar os estudantes11 – Viabilizar convênios de apoio a diretoria so-cial para implantação de novos projetos (Aulas de música, teatro, artes marciais e danças, voltadas a população carente de Itajubá)12 – Realização de ao menos um show de médio porte13 – Realização de festas temáticas com melhor estrutura 14 – Consultas aos associados em elaboração de eventos.

15 – Encontrão centenário de alunos e ex-alunos16 – Organização de torneios17 – Realizar eventos de apoio aos Projetos espe-ciais e CA's em conjunto18 – Implantação do setor de RH19 – Expandir a divulgação a fim de aumentar o alcance de público20 – Elaboração de projetos estruturais (Banheiros, Área de churrasco, Fachada e pista) eimplantação de acordo com as possibilidades21 – Informatização do D.A.22 – Wifi Zone23 – Reforma do Barzão centenário24 – Continuidade ao Projeto do Jornal “O Dínamo”25 – Valorização da Imagem do D.A.26 – Expansão dos Convênios27 – Quitar o IPTU28 – Quitar o FGTS29 – Cumprir com rigor o estatuto

Onde estão as outras chapas?

A UNIFEI teria muito mais críticas a fazer, muita discussão a alimentar, mais pessoas ofen-didas, e ao mesmo tempo mais treinadas na arte da dialética, se tivessem mais uma chapa. Seria um privilégio para O Dínamo cobrir um debate entre as chapas pois é uma concorrência saudável que só gera melhorias para a comunidade acadê-mica,já que cada qual quer se sobressair.

Por favor, alguém mais crie uma chapa!!!

Por Miguel Elias Machado

No último 22 de abril o presidente do Diretório Acadêmico da Unifei, João Paulo Ferreira (Quen), participou de uma sessão ordinária na Câmara Municipal de Itajubá, fazendo uso da tribuna po-pular para responder ao comentário feito durante sessão anterior pelo vereador Sebastião Silvestre a respeito das “algazarras” dos universitários. As opiniões do vereador haviam sido publicadas em mídia local, e tomando conhecimento das mes-mas, Quen solicitou o direito de resposta ao presi-dente da câmara municipal, Robson Vaz.

Em seu discurso, João Paulo argumentou contra a afirmação feita pelo vereador de que os estudantes não engrandecem a cidade, citando várias participações da UNIFEI em campeonatos dentro e fora do país, em ONGs e projetos sociais da cidade e também na movimentação da econo-mia local. Não sendo hipócrita, o representante discente admitiu que há festas com som excessivo e em locais impróprios, mas rebateu que não cabe a generalização, ressaltando que inúmeras festas realizam a arrecadação de alimentos para entida-des carentes e algumas são inclusive realizadas em parceria com a prefeitura.

O primeiro vereador a se manifestar foi o Dr. Ricardo Mello, que afirmou a coerência dos dize-res do representante estudantil principalmente em relação às arrecadações e contribuições. O se-gundo foi Joel Carlos de Almeida, que se mostrou solidário à comunidade acadêmica, ressaltando a valorização dos estudantes em geral e até a ques-tão da construção uma moradia estudantil que foi pensada há um certo tempo e não procedeu com sucesso. Líder do prefeito na câmara, o vereador Luiz Fernandes Gonzaga reconheceu a valoriza-ção da classe estudantil e da Unifei no decorrer da história de Itajubá e deixou a disposição o seu gabinete, estendendo o apoio do Executivo.

Antônio Raimundo Santi – vereador e ex-alu-no da Unifei – foi bastante ponderado ao se referir

às festas e ao barulho, relatando que nem tudo é causado pelos universitários. Rui Martins disse que não se lembrava de Sebastião Silvestre falan-do que os estudantes não engrandecem a cidade e focou no fato dos barulhos perturbarem a popu-lação do bairro e que tudo não passa de um mal entendido assim como Wilson Marins reafirmou.

Chega então a vez de Sebastião Silvestre que começa parabenizando o presidente do D.A. Unifei por suas palavras e disse que não foi ofen-sivo ao se referir aos universitários, acrescentan-do que se a imprensa acrescentou algo foi por con-ta da mesma.

Para finalizar o discurso, o presidente da câ-mara agradeceu pela participação de nosso repre-sentante, falou da importância dos universitários e concluiu que esse debate foi de suma importân-cia para um senso comum.

Segue abaixo a transcrição sem cortes do dis-curso feito pelo vereador Sebastião Silvestre na 8ª seção ordinária, realizada dia 11 de março de 2013, e que desencadeou toda essa história de al-gazarras e homens nus:

“Senhor presidente em exercício. Nobres vereadores. A todo o público aqui presente. À imprensa, falada e escrita, o meu boa tarde. Aproveitando aqui esses minutos do grande ex-pediente para poder falar sobre alguns assuntos aqui referente (sic) à cidade... Eu quero falar so-bre um assunto que chegou para mim sobre as repúblicas existentes na cidade de Itajubá, onde vai chegar aqui nessa casa um abaixo-assinado de vários moradores dos bairros onde são locali-zadas essas repúblicas. Moradores já antigos, que já não suportam mais tanta baderna feitas (sic) pelos estudantes, estudantes esse que vêm de ou-tros lugares, de outras cidades, vem para Itajubá e faz (sic) então de Itajubá a casa deles, quem sabe,

porque nós somos na rua ou na cidade dos outros aquilo que a gente é na nossa casa. Quem sabe a casa desses estudantes da UNIFEI, da Escola de Medicina e outras faculdades, quem sabe a casa deles são (sic) uma bagunça, por isso que eles vêm fazer essa bagunça nas repúblicas aqui na cidade de Itajubá. Nós como vereadores, que somos fis-calizadores dentro das comissões aí, serviços pú-blicos, direitos humanos, nós vamos estar reuni-dos amanhã, nós vamos estar reunidos para poder tratar de assuntos, principalmente esses assuntos das repúblicas, porque Itajubá precisa tomar uma posição em questão a isso. Hoje, homens que an-dam pelas ruas de bairros nobres até, sem rou-pa, fazendo bagunça, com um som na maior das alturas, ainda cobrando ingresso dentro da sua república para entrada de pessoas para fazer ba-dernas. Então vai chegar nessa casa abaixo-assi-nado de moradores próximos aí a essas repúblicas e nós, vereadores, juntamente com o executivo, precisamos tomar uma posição em cima disso. Agora, nós vemos aí as ONGs de Itajubá não estão preocupadas com isso, elas devem se preocupar com isso também...nos ajudar, a imprensa, traba-lhar em cima disso, porque Itajubá é uma cidade universitária sim. Nós temos que acolher as pes-soas que aqui chegam, mas as pessoas que aqui chegam tem que ter respeito por Itajubá. Então, essa fala fica aqui e nós vamos trabalhar em cima disso dentro das comissões.”

Mas no final, o que foi resolvido? Troca de elogios? Que rumo tomou essa discussão? A nos-sa imagem de universitário está melhor? Fica evi-dente a necessidade dos estudantes se mostrarem mais presentes na política municipal, exigindo seus direitos e trabalhando junto do legislativo e do executivo.

Por Rhafaela Almendanha

Eleições D.A. 2013

Direito de resposta?

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Itajubá • Maio de 2013 Miscelânea

Editor chefe: Thiago Rossi.Diretora de Arte: Norma Lee.Diagramador: Bruno Wowk.Redatores: Ana Raquel Calhau Pereira, Bruno Wowk, Diogo Ferrini Costa, Lucas Bonino, Miguel

Elias Machado, Norma Lee, Rhafaela Almendanha e Thiago Rossi.Editores: Ana Raquel Calhau Pereira, Bruno Wowk, Lucas Bonino, Rhafaela Almendanha e Rui Reis.

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Causos do professor Tico Gope

Como não podemos deixar de contar belos causos (ver-dadeiros ou não) por estarmos em Minas uai, aqui vão alguns do professor Tico Gope:

1 - Um aluno desesperado para passar em mais uma difícil matéria, após esperar por vários dias o professor, em uma ul-tima atitude desesperada envia um email:

– Professor preciso passar em sua matéria, meu perío-do depende de sua compreensão. Necessito de apenas três pontinhos.

O professor responde o email:– Seguem seus três pontinhos "...".Nos vemos no próximo período.

2 - Uma aluna fica toda desesperada em ser reprovada em uma disciplina, decide usar de toda sua sensualidade. Se veste de forma sensual, camisa decotada, saia, ... Entra na sala do professor e sensualmente fala para o professor: "amado mestre preciso muito passar nessa matéria.... estou disposta a fazer qualquer coisa! Tudo dito em um clima sen-sual ... usando todos seus recursos. Rapidamente o professor responde: que bom que você pensa em fazer qualquer coisa para passar em minha matéria. Estude bastante e volte no próximo ano.

3 - Um aluno desesperado com a prova de cálculo decide ti-rar informações do professor sobre a prova que se aproxima e pergunta: "Professor que matéria vai cair na prova de calcu-lo?" O professor, sem hesitar responde a queima roupa: "cal-culo", caso caia na prova química, desenho, ou outra matéria eu aviso.

Será que alguém já passou por isso?Paira um suspense sobre vilões e mocinhos...

Impacto consciente

Por Thiago Rossi

Você conhece bem o mundo em que vive? Reconhece-se inserido em uma socie-dade? Desfruta de todo seu potencial?

Digamos que você tenha respondido sim para as três perguntas e que nesse con-texto considere-se uma pessoa autônoma, capaz e eficiente.

Agora pergunto: Será que isso é suficiente?

Questionar-se faz parte do processo de aprendizado como estudante, como profis-sional e como pessoa e inquietar-se sobre essas problemáticas é uma das competên-cias do ser humano!

Mas todo esse papo filosófico só tem sentido quando você entender onde quero chegar!

Já lhe adianto: Quero mais pessoas im-pactantes no mundo em que vivo!

Precisa explicar?Pois bem... Lembro-me frequentemen-

te de como foi duro para eu escolher estu-dar engenharia. Foram 27 anos tentando algo que nunca frutificava. Outros cursos, empregos diversos, tentativas e erros e mais erros!

Biografias lidas, textos de vários ra-mos e setores da sociedade. Até que conhe-ci mais a fundo a história de Leonardo da Vinci.

Fascinei-me!E foi aí que percebi a diferença que uma

pessoa pode fazer na sociedade e no mun-do em que vive! Um verdadeiro impacto em mim. Não pretendo me alongar enumeran-do os feitos de um homem e seu exemplo, mas mais importante, suas características:

A capacidade investigativa, a inquieta-ção, o raciocínio lógico, a visão holística, o poder de observação e a criatividade.

Alguns o chamavam de Universalista, um ramo de pensamento que não exclui, melhor, integra todos os conhecimentos. Haja visto que, aprendendo a pintar ele conseguiu contribuir para a arquitetura, medicina, mapeamento, guerras, aviação, entre outros.

Concordo que em nossos dias, a tarefa de tentar conhecer de tudo é uma missão Herculana. Mas cada vez mais, discordo de tanta especificidade! Principalmente na Academia. Conhecer a fundo uma matéria é sim importante, mas não esquecer-se do todo é mais importante ainda!

Aqueles que mais impactaram cons-cientemente nosso mundo com sua visão e exemplo, não foram em si os mais específi-cos em suas áreas, mas aqueles que perce-beram um erro específico dentro do todo.

Tenho sentido muita falta de pessoas que realmente causem alguma mudan-ça. Sinto que entramos em uma era onde a especificidade nos deixa alienados e com isso, menos capacitados para enxergar a nós, o outro, a sociedade e o mundo.

Por fim, mas não por último pergunto a vocês, pode a globalização ter diminuído as distancias entre países e pessoas e au-mentado a distância entre nossos sonhos e a realização deles?

Comente em nossa página! Saudações!

Thiago Rossi é graduando em Engenharia de Controle e Automação, 2º Secretário do Centro Acadêmico de ECA e Professor de Inglês no MMS Institute.

ObrasPor Diogo Ferrini Costa

Na economia moderna, a Falácia da Janela Quebrada afirma que um desastre qualquer pode beneficiar o mercado como um todo. A parábola é exemplificada pelo vândalo que, ati-rando uma pedra, quebra a janela de uma loja. O dono do estabelecimento arruma a janela, contratando um vi-draceiro. Este último acaba compran-do mais vidro do produtor que, por sua vez, compra mais matéria prima. Tudo isto tornaria vândalo em herói.

Tal fábula já foi refutada nos li-vros e academias mundo afora. Mas não no Brasil (nem mesmo em nossas universidades).

Aqui estamos. Época de Copa e Olimpíadas. Ouvindo, em eco, o dis-curso de que as obras vão criar empre-gos e o turismo vai inf lar a economia. Acontece que, de fato, “There ain’t no such thing as a free lunch”. A máquina pública só funciona com impostos.

Voltando à parábola inicial, o di-nheiro usado pelo dono da loja, caso a janela não fosse quebrada, poderia ser destinado ao próprio empreendimen-to, como a contratação de novos fun-cionários ou a abertura de uma nova filial.

Deste modo, parece simples com-preender que não é viável deixarmos janelas quebradas por aí. Porém, em terras brasílicas a política do “pão e circo” funciona muito bem, com a di-ferença de que o pão vem como um lí-quido alcoólico, e o circo têm palha-ços na plateia.

Diogo Ferrini Costa é graduando em Engenharia Eletrônica pela Unifei.

contato: [email protected]

Se os cursos fosse Fisiculturistas

Sudoku

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