Jornal do Centro - Ed531

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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 14 pág. 16 pág. 17 pág. 20 pág. 24 pág. 26 pág. 29 pág. 30 pág. 34 pág. 35 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > ESPECIAL > DESPORTO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > EMPREGO > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 18 a 24 de maio de 2012 Ano 11 N.º 531 1,00 Euro Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno André Ferreira Publicidade Novo acordo ortográfico Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro em entrevista Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro em entrevista exclusiva ao JC, acerca da reforma para o setor exclusiva ao JC, acerca da reforma para o setor | págs. 8 e 9 | págs. 8 e 9 “Urgente. Necessária “Urgente. Necessária e a pecar por tardia” e a pecar por tardia” Publicidade

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Jornal do Centro - Ed531

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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 14pág. 16pág. 17pág. 20pág. 24pág. 26pág. 29pág. 30pág. 34pág. 35

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ECONOMIA> ESPECIAL> DESPORTO> CULTURA> SAÚDE> CLASSIFICADOS> EMPREGO> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário18 a 24 de maio de 2012

Ano 11N.º 531

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

o A

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Novo acordo ortográfico

∑ Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro em entrevista Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro em entrevista exclusiva ao JC, acerca da reforma para o setor exclusiva ao JC, acerca da reforma para o setor | págs. 8 e 9| págs. 8 e 9

“Urgente. Necessária“Urgente. Necessáriae a pecar por tardia”e a pecar por tardia”

Pub

licid

ade

praçapública

palavrasdeles

rEntre Viseu e Lisboa, opto sempre por Viseu”

Hélder Amaraldeputado do CDS-PP

(Declarações ao Jornal do Centro a propósito da demissão do presidente da Comissão Política Distrital do CDS-PP, 16

de maio)

rA dificuldade no acesso a água de qualidade nas escolas pode levar os alunos a adquirirem um refrigerante [...] isso vai ter que acabar, a casa de banho não é para beber água”

Francisco GeorgeDirector-geral da Saúde

( Participação na conferência “A Importância dos Comportamentos em Saúde Pública”, organizada pela Escola

Superior de Saúde do IPV, 14 de maio)

rImporta ter como assente que não há líderes iluminados que têm todas as soluções certas. Dolorosas expe-riências passadas têm-nos vindo a mostrar ao que nos conduzem os seguidismos acríticos”

Filipe NunesCandidato à Comissão Política Concelhia do PS Viseu

(Apresentação da candidatura, 12 de maio)

r Penso que [Dão Lafões] é uma região empreendedora, mas não podemos perder esse bom sinal que demos nos últimos anos”

Carlos MartaPresidente da Comunidade Intermunicipal da da Região

Dão Lafões(Apresentação do projeto “Promoção do empreendedorismo

na região Dão Lafões”, 16 de maio)

Dizem que a fruta e os legu-mes são saudáveis?! Eu também acho. E porque sim, quando pos-so, compro. Para fortalecer a mi-nha saúde. Mas mais, até, para ajudar o Estado…

Olhei com atenção esta factura e pensei: já cumpri a minha boa acção de hoje…

Em 10, 90 euros… 5,34 são para ajudar o meu país. Sinto-me or-gulhosa.

Talvez 3 euros sejam para o agricultor que produz. Por vezes adubados a suor, os legumes e a fruta. E mais 4 para o intermedi-ário que se deu ao trabalho de os ir buscar. É quase justo. O gasoil está carote. E 3,90 sejam para quem os vende de porta aber-ta. Há muita fruta que se estra-

ga e apodrece. É preciso contar com isso.

Mas o meu querido Estado, ocioso, bonacheirão, preguiço-so, entediado… lá no Terreiro do Passos, esse sim, é comilão. E então come um terço da mi-nha fruta. Come um terço dos meus legumes. Come um terço do ar que respiro. Come um ter-ço das minhas possibilidades. Come um terço do meu desem-prego. Come um terço das mi-nhas ilusões. Come um terço da minha vida.

Mas sem comermos não vive-mos. Pois não? E quem hão-de eles comer? Os tubarões? Não, têm muita espinha (nos dentes). O jaquinzinho, esse sim…

E não queremos um Estado en-

fezado, ou queremos? Que iriam dizer os misters

da troika se nos vissem pele e osso? Nem fiáveis seríamos para as tranches que hão-de vir. Ninguém confia em pelintras.

Mas sempre temos hipótese de acamparmos à porta do pin-go doce (?) e com 16,24 euros, se tivermos sorte e não formos cilindrados, comprarmos 32,84 euros de material….

Quase teremos um terço do carrinho cheio e sempre melho-ramos a nossa boa acção porque além de darmos ao nosso que-rido Estado 10,68 euros, sem-pre ajudamos, também, o sr. Martins. Que apesar de anafa-dinho merece, coitadinho, com tanto bodo aos pobrezinhos...

O bodo aos pobresOpinião

Marta [email protected]

Ouço, desde tenra idade, as mais varia-das dissertações sobre os dotes de con-tornar a verdade, de a tornar ausente num conto, de a perverter, ou, simplesmente de a usar como móbil que leva ao alcance de algo. E, como sou simultaneamente caçador e pescador, tenho tido em con-sideração o que sobre os meus confra-des destas artes se diz no que tange ao uso da verdade. Acrescentou-se-lhes, depois um outro grupo, o dos vendedo-res. Locais de visita pública haviam em que, numa placa de parede, ou montra, se podia ler: «Aqui se encontram pesca-dores, caçadores e outros mentirosos». Mais tarde somaram-lhe os vendedo-res. Evoluiu-se no tempo e chega agora a altura de oficializar a entrada de mais uns quantos neste lobby, mas com o es-tatuto de… Profissionais. Antes, porém, contarei uma estória que acho muito bem apanhada.

Na longínqua, em termos temporais e geográficos, cidade de Sá da Bandei-

ra – hoje chamada de Lubango – vivia um célebre médico de otorrinolaringo-logia, também caçador e conhecido pelo fervor quase religioso com que encara-va a caça, os seus lances e, sobretudo, os resultados das jornadas cinegéticas. Mas, dizia-se que era muito exagerado, torcendo a verdade a preceito da boa im-pressão que queria causar. Bom, como de costume, tinha uma placa à porta do consultório com o seu nome e a referên-cia à especialidade que tinha. Nela se lia, por um supor:

Reinaldo Cruzado BatataMédico especialista de:

Nariz, ouvidos e garganta.Ora, sabida a propensão para o exage-

ro na forma como contava as caçadas, al-guém alterou a placa, somando-lhe:

Reinaldo Cruzado BatataMédico especialista de:

Nariz, ouvidos e sobretudo garganta.Voltemos à adição (noutra “liga” e

“campeonato”) dos hodiernos manipula-

dores da verdade. Na Net correm séculos de filmes com discursos de políticos que mentem descaradamente, dias a fio, sobre o mesmo tema mas com versões diferen-tes. Com debates eivados de “petas” e tre-tas entre os circunstantes. Com discursos simultâneos mas diferidos no tempo em que se faz a velha rábula: «onde digo: - digo, digo: - não digo». Tudo vale. Fa-zem-no há décadas e já nem dão conta de quando mentem. Está-lhes entranha-do na linfa e besunta a toda a hora. O que estranho é que já ninguém lhes liga e não os contestam, portanto. A propó-sito da vitória de Monsieur François Holland nas presidenciais de França, um destacado político veio pressuroso aos média anunciar e adjectivar de “his-tórica” a dita vitória. Nem se dão conta do ridículo. Histórica? Repito, históri-ca? O que ganhou nem chegou aos 52%, como pode ser histórica? Na minha opi-nião seria Seguro dizer que históricas vão sendo as taxas de abstencionismo. Cerca

de nove milhões de franceses não foi às urnas. Em Portugal a abstenção anda em cifras de mais de 50%. Mas não há quem se diga não democrata. É um “crime” fa-zê-lo, pelos vistos. Todavia, com grande “lata”, anunciam-se vitórias históricas, estrondosas, indesmentíveis e ainda com outros epítetos, num universo em que a maioria vencedora é a abstenção – cada vez mais histórica e gorda.

A estes paladinos da verdade que ou-saram meter caçadores, pescadores e outros mentirosos no chinelo, por inde-cente e má figura no uso da mentira, me vergo pela endémica incapacidade de os acompanhar, quer na qualidade, quer na quantidade. Não haverá confrade da caça e da pesca que não esteja descoro-çoado com a ultrapassagem meteórica a que vem sendo sujeito. Bem feito. Se fossem todos, também, políticos, pelo menos iriam à “liguilha”.

Pedro Calheiros.

Histórico

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Conhece os benefíciosdo termalismo?

Importa-se de

responder?

Sim, sei que é benéfico em termos de tratamento de doen-ças reumáticas e do foro respiratório. Mesmo em altura de crise, quem tem possibilidades económicas, deve disfrutar deste tipo de tratamentos sem hesitar.

As termas funcionam como um bem de saúde importan-te, principalmente ao nível das terapias, dependendo do tipo de água termal: bicarbonatada sulfatada ou sulfurosa. Reco-mendo as Termas para as pessoas que têm problemas respi-ratórios ou reumáticos. Podem também ser vistas como um tipo de turismo de saúde sénior.

O meu único contacto com as termas foi em Chaves, ainda garoto, porque ia para lá com os meus pais passar férias em casa dos meus tios e acabávamos o dia sempre a dar um pas-seio nas Termas e a beber um pouco daquela água milagro-sa. Depois disso, felizmente, nunca necessitei de as utilizar para qualquer tipo de tratamento, pelo que não posso dizer que conheça os seus benefícios. Mas sempre ouvi dizer que fazem bem a tudo.

Alguns. Doenças da pele, medicina interna... Eu nunca fui frequentador, a minha mãe sim, mas gostava. Pode ser que um dia vá e acredito sem dúvida nas mais-valias das termas.

Raquel RodriguesFuncionária administrativa

Hugo SantosRececionista

Luís ValeOperador de Radiodifusão

João AssisReformado

estrelas

Carlos SalvadorProfessor do Agrupamento

de Escolas do Viso

Ao apresentar a sua súbita renún-cia ao cargo que ocupava, num mo-mento próximo das eleições autár-quicas e, ao demitir-se das suas fun-ções de deputado municipal, a Rui Santos nada mais resta que o “mais profundo silêncio”.

Carlos MartaPresidente executivo da CIM

Dão Lafões

números

140.000É o número de botões que

compõe a coleção do Museu de Silgueiros, em Viseu. Os bo-tões especiais foram colhidos de norte a sul do país.

Rui SantosEx-presidente da Distrital de

Viseu do CDS-PP

Apostando no empreendedoris-mo em escolas dos municípios que integram a CIM Dão Lafões, Carlos Marta leva a outras faixas etárias o estímulo para encarar o futuro com inovação.

Envolver uma escola, um museu e ex-alunos num ambicioso proje-to de criação de curtas-metragens, foi iniciativa e aposta acolhida com êxito e desejo de dar continuidade a uma ideia inovadora.

Esta semana, discutiu-se a cor. Um coevo amigo mostrou-se espantado perante a sua irrealidade física, e mais ainda perante a ge-ral concórdia quanto a isso.

Esclarecemo-lo: no Dicionário da Porto Editora, apresenta-se, como primeira de-finição, “impressão que a luz difundida ou transmitida pelos corpos produz no órgão da visão”.

Sendo as cores ou não materiais, existin-do elas ou não, é de dar graças que as veja-mos (mesmo que, perversamente, se dê essas mesmas graças a algo que não se vê).

Quanto a mim, que sou do contra, está tudo trocado: a cor existe, nós não a vemos. Salvo, claro, o vermelho. Aliás, dele cabem

nos nossos olhos duas tonalidades – verme-lho-semáforo e vermelho-Benfica. Mas as cores, as manchas como taças de fruta, sem simbologias ou apropriações, virgens, na sua função primordial – arrancar-nos do “Quá-si”, da aridez desiluminada – não vemos. E eu vou julgar que é por causa da suciedad

acumulada.A suciedad sempre turva ou esconde; o

pó nos mostradores dos semáforos e o suor nos corpos dos jogadores do Benfica ultra-conspurcaram os nossos olhos, subvertendo a nossa relação com a cor. Ela não é mais a nossa ilusão, a nossa sensação caprichosa; quem pertence, agora, somos nós, peões, es-cravos das cores.

Faz lembrar o “homem da rua”, que, sem nome, toma o lugar da “rua do homem”, la-menta Mia Couto. E lamentamos nós. Se vir-mos bem (se víssemos bem), talvez conclu-amos que os problemas da sociedade são to-dos um: a suciedad, que nos rouba a lucidez e a cor, as quais, se víssemos melhor, não se-ríamos capazes de distinguir.

Pionés/Punaise Falando de cor

Margarida Assis Aluna da ESEN

Paul

o N

eto

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Passos Coelho, apesar do nome, vestindo discreta pele de cordei-ro, vem mostrando atitudes de lobo.

A descabida arrogância das suas últimas declarações sobre o de-semprego são disso evidência.

Para além dela, há crescentes tiques de um autoritarismo que não lhe é dado pela obra feita (se é que tal a concede), mas sim pela consciência enviesada do poder

(autocracia?) que o cargo ocupa-do pode outorgar.

Dizer aos portugueses que pe-rante os elevados níveis de de-semprego adoptem “uma cultu-ra de risco” e que o desemprego pode ser “uma oportunidade para mudar de vida”, levou até Marcelo Rebelo de Sousa a classificar esta alocução como “intervenção de-sequilibrada”.

Estamos perante um ludíbrio

discursivo. Ademais chocarreiro. “Langage de bois” chamam-lhe os gauleses. Barthes diria “dar cau-ção nobre a um real cínico”.

Como se fossem ditos de espíri-to, profere aberrantes tautologias, de duvidoso gosto, nula eficácia e negativo fel.

O desemprego é uma realidade estarrecedora para mais de um milhão de portugueses. Que se reflecte nos agregados familiares,

Editorial “Cultura de risco”

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

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Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

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Gil Peres, C.P. n.º 7571 [email protected]

Tiago Virgílio Pereira, T.P. n.º 1574

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Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

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Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

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Internetwww.jornaldocentro.pt

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GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Fernando [email protected]

1. O atual governo português tem tiques não democráticos. Es-ses tiques englobam atitudes, deci-sões, conceções,… Bem sei que é um governo resultante de uma maioria de votos obtidos em eleições livres, mas isso não basta para ser demo-crático.

2. Vivemos, em Portugal, numa de-mocracia representativa. Numa de-mocracia direta, os eleitores pronun-ciam-se não sobre candidatos mas sobre leis ou políticas, apreciando, através de referendo, todas as ques-tões importantes; na representati-va, os eleitores escolhem os seus re-presentantes, que são quem redige

as leis.Presume-se que os represen-

tantes dos eleitores sejam pro-fissionais, isto é, pessoas com co-nhecimentos superiores aos da “po-pulaça” em domínios importantes para a governação; o objetivo é que para os problemas sejam encontra-das soluções inacessíveis a um não especialista.

Um dos problemas reconhecida-mente urgentes do nosso tempo por-tuguês é o desemprego. Que soluções tem proposto este governo? O convi-te à emigração, com indicações (do primeiro ministro) de preferenciais destinos (Angola, Brasil,…) e áreas

(ensino, tecnologias de informação e do conhecimento…). Só que, para descobrir estas soluções, os portu-gueses não precisam de governantes profissionais: a “populaça” conhece-as bem (até por tradição e desde os anos 60 do século passado) e tem já estado a “executá-las”, por “livre ini-ciativa”.

3. A democracia é, diz-se, o gover-no do povo, pelo povo e para o povo. É complexo determinar o que signi-ficam estas três condições, em parti-cular a terceira (“para o povo”), apli-cadas à democracia representativa: havendo, inevitavelmente, interesses contraditórios, o que é “governar em

XII. Tirania eletivaPensar o quotidiano

A. GomesProfessor de Filosofia

Já por estas páginas visitámos o estado da arte social-democrata e socialista e, se bem se recordam, o quadro geral nem é grandioso, nem exemplar. Relativamente ao designa-do “Centrão”, deixámos a opinião – válida ou irrelevante, em breve se sa-berá - que, por um lado, o PSD deve apostar numa figura que dê garan-tias de estabilidade, não arriscan-do muito na sua estratégia e, por ou-tro lado, o PS terá de correr atrás do prejuízo apresentando um candida-to que se afigure como o oposto do PSD e que disponha de uma frescura intrínseca.

O leitor, liberto das amarras da partidarite, questionar-se-á sobre o CDS-PP. Neste momento impõe-se uma reflexão sobre o conservado-rismo local. Para entender a direita local, temos de recuar no tempo até ao período 1986 – 1989, aos anos dou-rados do CDS-Viseu, quando a au-tarquia foi comandada pela mão do Eng.º Engrácia Carrilho, com a visão

estratégica de longo prazo que tanto nos tem faltado. O então desconhe-cido Fernando Ruas bateu Carrilho nas urnas de uma forma inespera-da e herdou uma cidade com futuro. Quando, em 1992, a tragédia se aba-teu sobre a família com o falecimen-to de Manuel Engrácia Carrilho, o CDS entrou em regressão. Afasta-da, desde então e até hoje, do poder, a democracia cristã viseense foi-se definhando de acto eleitoral em acto eleitoral.

Só em 2009 é que conseguiu mos-trar frescura com a candidatura autárquica de Francisco Mendes da Silva que deixou à cidade um bom ca-tálogo de ideias e indubitavelmente foi o mais arrojado dos candidatos na referida contenda. Primou pela dife-rença, apresentou uma visão renova-da, atenta e fresca sobre a sociedade e política local. Já para consumo inter-no do partido, Francisco provou que um jovem pode saber que E. Burke não é uma marca de ferramentas de

marcenaria; provou que ser conser-vador, no interior, não é sinónimo de 3ª idade e uso compulsivo de suspen-sórios; também provou que a cultura não é pasto apenas para intelectuais de esquerda. Os eleitores, a quem a razão sempre atende, enamorados pelas virtudes do “Ruísmo” não qui-seram ou não souberam entender o que era proposto pela candidatura Popular. No entanto, mesmo o elei-tor mais faccioso não pôde deixar de passar ao lado de algumas propostas avançadas por Francisco Mendes da Silva, tais como a que visavam a Fei-ra de São Mateus, o célebre contrato social ou o roteiro para a competiti-vidade. Após estas autárquicas, en-trámos directamente na ditosa cri-se que nos leva às legislativas do “pé no dito” a Sócrates. Chegados aqui, o eleitorado local CDS desviou o voto para que o chuto fosse grande e foi… o Eng.º Sócrates aterrou na Sorbon-ne, para estudar “Sciences Po”. Neste momento, voltamos ao fado do CDS,

A tentação de Hélder Amaral?Opinião

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

desmesurando esse número. Tentar tapar o sol com a peneira e estes “di-totes” demonstra falta de sentido de Estado mas, mais grave ainda, dá-nos a imagem de um primeiro-ministro que, não resolvendo os problemas, os agrava fazendo deles motivo para discursatas inábeis e desajustadas da realidade.

As últimas duas décadas têm-nos afastado do mundo real. A emergên-cia da realidade virtual começa a ser

levada muito a sério por alguns cida-dãos. Grave é quando têm responsa-bilidades políticas relevantes. E ten-tam induzir os governados à ilusão. Ou à ficção. Por palavras. Que não pa-gam o pão-nosso-de-cada-dia. E quan-do os indignados os vaiam, em vez de contritos se arrependerem, arvoram um ar de incompreendida superiori-dade, mais consentâneo a marcianos nos Jerónimos do que a um primeiro-ministro em S. Bento.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

proveito dos cidadãos”?Seja como for, as nossas demo-

cracias estão cada vez mais pró-ximas de tiranias eletivas. Não vejo outra leitura possível para um fenómeno cada vez mais comum e aceite: os candidatos apresentam-se a eleições com um programa que depois é contradito na governação. Uma característica essencial na dis-tinção entre democracia e tirania são as eleições; mas na condição de as eleições legitimarem programas de ação e não apenas pessoas. Não vejo nenhuma diferença substancial entre o tirano que governa sem elei-ções e o governante eleito que go-

verna contra o programa que apre-sentou aos eleitores.

Comportamentos como a subida de impostos e o corte de vencimen-tos, contra todas as promessas eleito-rais, não é, infelizmente, caracterís-tica exclusiva do presente governo. Mas há uma “novidade” na sua atu-ação que considero particularmente grave, na perspetiva da democracia: a justificação do secretismo com que decretou a suspensão de reformas antecipadas. Com esse secretismo, o governo fintou a “populaça”; ganhou uns milhões de euros, mas perdeu a legitimidade da atuação democráti-ca: como pode estar democratica-

mente legitimada uma atuação pro-positadamente escondida do povo?

4. Sobre o povo inglês, escrevia Rousseau, no século XVIII que “acredita ser livre, mas está redon-damente enganado; só é livre du-rante as eleições parlamentares. Mal os deputados são eleitos, a es-cravatura passa a vigorar e o povo fica reduzido a nada. O uso que faz dos escassos momentos de liberdade mostra bem que merece perdê-los”.

Nota: pode concordar ou discor-dar deste texto no blogue O meu baú (http://omeubau.net/tirania-eletiva/)

as fileiras azuis desguarneceram-se e a dinâmica eleitoral perde-se!

A figura central deste pequeno parti-do que quase se assemelha a uma família, tem sido Hélder Amaral. Qual patriarca, tem mantido a máquina partidária fami-liar a trabalhar. Hélder, reconhecido pela sua coerência e capacidade de trabalho em nome de Viseu, tem assumido cada vez maior protagonismo a nível nacio-nal, tendo porventura imprudentemente descurado as questões locais. Com a de-tonação da “bomba nuclear” que foi a de-missão precipitada, eventualmente des-propositada, mas seguramente fora de tempo de Rui Santos, o Partido enche-se de vazio. Os eleitores Viseenses voltam a sofrer mais uma traição ao seu voto. Mas será esta traição comparável com a dos Socialistas? Rui Santos afirma abandonar de vez a vida política, ao contrário dos so-cialistas que apenas trocaram Viseu por “um pote de mel”. No entanto, em política não basta ser e o CDS terá de fazer as pa-zes entre os “irmãos” desavindos, assim como com o eleitorado. Em artigos ante-

riores, referimos que este CDS-PP podia ser a flor que nasce no meio do estrume! No entanto, os últimos desenvolvimentos provam que no jardim do CDS a falta de sol não permite que as flores se desenvol-vam. Esta falta de sol derivará do facto do CDS não ter peso na sociedade civil. Essa entidade vaga que é o Viseense comum não consegue identificar quatro rostos do CDS local. Ao contrário do PS e do PSD, à excepção de Hélder Amaral, nenhuma outra voz conservadora debate a cidade. Neste momento resta ao CDS escutar e compreender a sociedade civil e avan-çar a todo o gás. Há que, de modo célere,

de novo plantar, regar e tratar do partido para que rapidamente a sua beleza se faça sentir dando cor à política local e servir de contraponto ao poder como oposição que agora fica mais vazia. Entretanto, da Praça do Município, Ruas agradece que na fase final, onde o rabo é sempre mais difícil de esfolar, ninguém lhe chegue fogo…

Oscar Wilde afirmava que era capaz de resistir a tudo excepto à tentação. E agora CDS? Vão resistir à tentação de um peque-no papel numa qualquer coligação? Vão re-organizar-se, vão fazer das fraquezas forças indo ao encontro da sociedade civil para ai recrutarem novas ideias e novas gentes que

ajudem a pensar diferente a cidade? Vão ce-lebrar um alargado “contrato social” com os Viseenses ou decalcar a “partidarite do caciquismo” do “Centrão”? Vão pensar no longo prazo ou dar-se por satisfeito com o presente próximo que apenas serve para contabilidade imediata?

Nota final:Só foi possível o olhar crítico sobre os

três principais partidos desta cidade graças à visão analítica e esclarecida do Miguel Fernandes (tribuna.viseu.blogspot.com), parceria que não se dispensa pelo que para o próximo artigo reservamo-nos ao direito de fazer um breve resumo do quadro actu-al, perorar sobre uma possível candidatu-ra independente ou coligação e até investir sobre a esquerda local. Será um artigo de coleccionador. Não se esqueçam que este fim-de-semana, organizado pelo Museu do Caramulo, se realiza o “Espírito do Ca-ramulo”. Nós, tal como largas centenas de Viseenses, andaremos por lá, pode ser que o vento das serranias de Tondela nos apre-sente alguma surpresa… ou quem sabe, re-fresque a careca do Hélder Amaral!

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Jornal do Centro18 | maio | 2012

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aberturaabertura fotos ∑ Nuno André Ferreira

Quem entra na fregue-sia de Silgueiros e cor-ta para a aldeia de Paços não espera encontrar, no final da estrada em sen-tido descendente, os te-souros do Museu Etno-gráfico de Silgueiros. O espanto é maior quando descobrimos que foi no ano de 1978 que abriu as portas. “Nessa altura, o objetivo não era ser co-nhecido como Museu, mas sim como um dese-jo de acolher e guardar todos os aspetos da cul-tura tradicional dos po-vos desta região”, disse o responsável António Lopes Pires, de 79 anos. Contudo, a recolha de di-versificados artefactos, livros e objetos, que co-meçou pouco a pouco, ganhou de tal forma ex-pressão que “o acervo justificou um local para exposição”. Inicialmente,

foi chamado de Coleção Etnográfica, mas dado o seu volume acabaria por apelidar-se de Museu. “Sobretudo quando o ob-jetivo foi conceder a este espaço as condições ade-quadas para as peças que aqui vivem, porque um Museu não pode ser uma arrecadação de peças, há exigências do espaço que devem ser respeitadas”, explicou o antigo inspe-tor do Ministério da Edu-cação.

Hoje, o Museu de Sil-gueiros tem milhares de peças representativas de memórias importantes e intemporais do povo e da cultura tradicional da região de Viseu. Ves-timentas, interiores e ex-teriores, complementos do traje, desde sombri-nhas, bolsas de senhora, luvas, lenços, óculos, mo-nóculos. Objetos de tou-

cador, o ciclo do linho, utensílios de diversas profissões, utensilagem doméstica, a luminária, com cadeeiros, candeias, lampiões. Os barbeiros, as barbas e os cabelos, a religiosidade, as meda-lhas, moedas e notas, as diversas fotografias, no-meadamente de f igu-ras ilustres que hoje dão nome às ruas de Silguei-ros, o tabaco, os isqueiros e os fósforos, brinquedos infantis, instrumentos musicais de tradição po-pular, a casa de habitação com as demais divisões e um conjunto imenso, va-riado e diversificado de botões. Uma das maio-res coleções do museu é a dos botões. Recolhidos de norte a sul de Portu-gal, das várias regiões, desde há mais de 30 anos, formam um conjunto in-teressante e valioso, onde

há muitos exemplares be-los e outros raríssimos. No total, já ultrapassa os 140 mil. Os primeiros bo-tões usados pelo Exérci-to Português, feitos com unha de cavalo, foram os que mais impressiona-ram.

O Museu de Silguei-ros é notável e desperta a curiosidade dos mais no-vos, uma vez que se po-dem encontrar máqui-nas de costura do início do século XX, ferros de engomar que funcionam a álcool, roupa interior de homens e mulheres com particularidades que fa-zem com que viajemos para realidades tão dife-rentes das de hoje, mas é também um recordar para os mais velhos, que relembram os utensílios e os métodos tradicionais com que as mães os cura-vam de uma gripe, por

O regresso ao passado...O regresso ao passado...um Museu do presente um Museu do presente

A António Lopes Pires, responsável pelo museu

exemplo, como ouviam música ou escreviam na escola. Por falar em es-cola, António Lopes Pi-res sente alguma mágoa pelo facto de atrair pou-cos alunos ao Museu. “As escolas deviam ter dispo-nibilidade para vir mais vezes visitar-nos”.

De todas as peças, o responsável e fundador garante que “apenas 1 por cento não entrou no espa-ço pela sua mão”. Ainda assim, “como em todos os museus do mundo, há três maneiras de ter pe-ças. Doadas, compradas ou roubadas”, lembrou. Lopes Pires não esquece as ofertas e recorda com especial carinho uma se-nhora, que depois de ofe-recer umas peças de li-nho do início do século XX bordadas pela mãe disse: “agora, já posso morrer descansada”.

Anexado ao espaço, existe uma biblioteca que foi criada para estar ao serviço do Museu. “Te-mos muitos manuais usa-dos por jovens universi-tários e não só, que vêm à procura de material para fundamentar as suas te-ses de mestrado”. Todos

os livros foram tratados para elucidar, com toda a certeza, qualquer estu-dioso. “Sabemos em que livro está determinado tema e até o número da página, é um pormenor, mas nem todas as biblio-tecas nacionais têm”, des-tacou.

O Museu está inserido na ASSOPS – Associação de Passos de Silgueiros. Esta é uma instituição de solidariedade social que consagra a vertente cul-tural, que por sua vez deu origem à social. Contudo, “os dinheiros da cultura não se misturam com os dinheiros da solidarieda-de”, palavra de António Lopes Pires.

Em jeito de conclusão, o responsável abordou o estado da cultura e refe-riu, sem hesitar, que “o que falta é o povo por-tuguês habituar-se, des-de pequeno, a visitar mu-seus e a ter interesse pela cultura”. Com tristeza diz que “a Câmara de Viseu é a única instituição que ainda vai ajudando, mo-netariamente e com a exe-cução de protocolos”.

Tiago Virgílio Pereira

Jornal do Centro18 | maio | 20126

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Viseu volta a associar-se ao Dia Internacional dos Museus, 18 de maio, com a III Festa dos Museus, que começou ontem, dia 17 e prolonga-se até domingo, dia 20, proporcionando visitas guiadas, percursos, animação de rua, peças de teatro, exposições e o lan-çamento de novos projetos culturais.

Os museus Grão Vasco, o Tesouro da Misericór-dia, o Tesouro da Sé, o re-cém-inaugurado Museu do Quartzo e, este ano pela primeira vez, o Mu-seu Etnográfico de Silguei-ros integram o “mapa” que diversas entidades da ci-dade ligadas a esta área tra-çaram para marcar a fes-ta, através de um projeto liderado pela Câmara Mu-nicipal.

O vice-presidente da au-tarquia, Américo Nunes referiu na apresentação, que o programa desta edi-ção visa “dar visibilidades aos museus de Viseu”. O autarca lembrou a “opção política” do município em criar, através de parcerias,

condições para potenciar os espaços museológicos do concelho, “dando-lhes visibilidade nacional”.

O diretor do Museu Grão Vasco reforçou a ideia base do tema escolhida para a edição deste ano a nível in-ternacional, da necessida-de de os museus se adapta-rem ao mundo em mudan-ça criando novos desafios.

“Esta é a oportunidade para se repensar os museus na sociedade em termos de educação e de qualidade de vida”, adiantou Sérgio Gorjão.

Depois de uma quinta-feira com atividades entre as 10h00 e as 21h30, nesta sexta-feira, Dia Internacio-nal dos Museus, os princi-pais museus da cidade, vão estar abertos até às 23h00, com entrada gratuita. No Museu Grão Vasco, as por-tas abrem-se em particular às crianças das escolas du-rante a manhã. À noite, o destaque vai para a Sé Ca-tedral, onde haverá o lan-çamento da coleção filaté-lica “Rota das Catedrais”, às 21h00, seguido de um

concerto de canto e órgão por Cristina Aguiar (so-prano) e Edite Rocha (or-ganista).

No museu Tesouro da Misericórdia abre-se o ci-clo “Peça do Mês: São Te-otónio”. Este é um dos es-paços que surge com des-taque na edição deste ano da Festa dos Museus. O diretor, Henrique Almei-da, sublinhou que a inicia-tiva vai “projetar o museu à população local”, ao re-conhecer que “as pessoas de Viseu ainda não estão voltadas” para o Tesouro, já que grande parte dos vi-sitantes são estrangeiros e a segunda fatia vem de fora do país.

No sábado, os espaços museológicos vão estar igualmente abertos até às 23h00.Neste dia des-taque para os momentos deixados pelo projeto de animação de rua “Visitas Bem Passadas: Persona-gens Históricas de Viseu” da associação Zumzum, a partir das 20h30. O progra-ma-se prolonga-se até do-mingo. EA

Museus de Viseu abrem portas para a festa do ano

Jornal do Centro18 | maio | 2012 7

Como vice-presidente da câ-mara de Montemor e não se recandidatando o actual presi-dente, há quem fale muito no seu nome. Qual a sua posição face a uma possível candida-tura à autarquia?Estou a cumprir o meu

mandato à frente do Turis-mo Centro de Portugal que, em circunstâncias normais, termina em Novembro de 2012. Qualquer decisão so-

bre o município de Monte-mor-o-Velho cabe em pri-meira instância aos órgãos concelhios do partido e, em segunda instância, tem muito a ver com aquela que vier a ser a Referência do Mapa do Turismo Regional e Nacional, deixando para depois dessa data qualquer decisão sobre a matéria. O futuro do Turismo Centro de Portugal consolidado que está na estratégia que leva cerca de quatro anos, quer do ponto de vista da afirmação da Marca Cen-tro, quer do reconhecimen-to institucional da mesma marca, nunca poderá ser decidido ou avaliado por um único protagonista ou partidos políticos, uma vez que, a meu ver, o sucesso que conquistámos, se de-veu em boa parte, à capaci-dade de diálogo com todos os autores, quer políticos, quer empresários, quer ins-tituições e esta correlação não pode ser feita à mesa de qualquer uma das forças partidárias, seja ela do arco do poder ou da oposição.

É verdade que pode ficar no Turismo do Centro, consoli-dar todo este trabalho e mais tarde, como já foi manifesta-do por conimbricenses, ser candidato a essa cidade que bem conhece e onde reside há muitos anos?É verdade que posso de

facto abraçar este desafio que é um trabalho que está longe de estar acabado. A afirmação e consolidação de uma marca turística leva décadas a colocar, quer no mercado, quer no circuito da distribuição, quer, final-mente e o mais importante, na memória do consumi-dor. A Marca Centro tem apenas quatro brevíssimos anos de existência e é mi-nha opinião de que induzir na Região Centro e no pa-

norama nacional esta mar-ca, exige pelo menos uma década. Quando projecta-mos uma marca há pelo me-nos três questões às quais a marca tem de responder: 1ª Pelo que é que queremos ser conhecidos? 2ª Como é que nos podemos desta-car da “multidão”? 3ª Que pensamentos e sentimen-tos queremos que venham à mente das pessoas quando estão expostas ao nome da marca? Razão pela qual, se-rão necessários pelo menos dez anos para que a Mar-ca Centro possa responder, de facto, a estas três ques-tões. Esta é a minha preo-cupação…

Que opinião tem sobre o facto de não ter sido nomeado Se-cretário do Estado do Turismo, como era para muitas pessoas do sector, dos Municípios e dentro do seu próprio partido (PSD) o mais natural? Com naturalidade. E sin-

to-me até lisonjeado com o facto de alguns o terem pen-sado. Essa é uma escolha que cabe ao primeiro-mi-nistro, que na devida altura faz as opções que considera mais ajustadas ao exercício e funções que os cargos exi-gem, mas também nunca olhei para o exercício desta função como um trampo-lim para exercer esse lugar.

O que aconteceu para a Secre-taria de Estado ser entregue ao CDS?Objectivamente, um go-

verno de coligação com distribuição de pastas pe-los dois partidos que su-portam essa mesma coliga-ção, tendo sido atribuído ao CDS a pasta do Turismo, o que não era novidade por-que no XVIº Governo da República, Telmo Correia foi ministro do Turismo num governo de coligação, sendo o primeiro-ministro

Santana Lopes.

Partilha a sua direcção com personalidades oriundas da região de Viseu, a saber: Jorge Loureiro, Adriano Azevedo e José Arimateia. Como avalia o trabalho por eles desenvol-vido neste contexto?Em duas dimensões per-

feitamente distintas. Uma de carácter profissional, pela qual reconheço a Jor-ge Loureiro e Adriano Aze-vedo, ex-dirigentes da ex-Região de Turismo Dão-La-fões, a mesma competência, o mesmo empenho e a mes-ma vontade de valorizar a marca Viseu e Dão Lafões num contexto de uma re-gião agora alargada e a afir-mação de uma marca que ajuda a consolidar a Mar-ca Centro de Portugal. No plano pessoal, dar públi-co testemunho da amiza-de, da lealdade e da cum-plicidade com que, ao lon-go destes três anos e meio, pude contar com eles. Ao José Arimateia o reconheci-mento de um gestor de um dos grupos de referência no panorama regional-nacio-nal e internacional, como é o caso do Grupo Visabei-ra, bem como a agradável surpresa de, tendo-nos co-nhecido há relativamente pouco tempo, poder ter um amigo e um defensor acér-rimo do Centro de Portu-gal.

Como comenta o trabalho e interacção dos Municípios e os seus Presidentes de Câmara do Distrito de Viseu, com os projectos e trabalho propostos e liderados pelo Turismo do Centro?Os municípios têm hoje

um papel crucial na defesa, estruturação, consolidação e principais promotores do desenvolvimento local e in-termunicipal, alavancando o sector do Turismo. São os

responsáveis pela qualifi-cação do espaço público – factor decisivo para a atrac-tividade de um destino tu-rístico – pelo facilitar das dinâmicas empresariais e da instalação de equipa-mentos públicos e privados

– factor decisivo para a com-petitividade do destino tu-rístico – na implementação de políticas municipais que promovam a defesa, salva-guarda e a requalificação do nosso património cultu-ral, construído, natural, ar-quitectónico, etc., recursos sem os quais não podemos implementar uma verda-deira estratégia de promo-ção turística do território. Exige-se, por isso, que os autarcas do século XXI te-nham esta percepção de que o Turismo representa, hoje, um instrumento deci-sivo para o desenvolvimen-to local e que no caso da Re-gião Centro, em 2011, signifi-cou mais de 187 milhões de euros de receitas. Refiro, a

título de exemplo, o caso do presidente Fernando Ruas, com quem foi possível es-tabelecermos uma parce-ria decisiva para a melhoria significativa das condições de informação turística na cidade de Viseu, ou do pre-sidente Carlos Marta, com quem foi possível traba-lharmos um novo paradig-ma no que diz respeito ao envolvimento da Comuni-dade Intermunicipal Dão-Lafões, nesta aposta estra-tégica que é o Turismo.

Que projectos Turísticos de grande dimensão gostaria de estimular, conjuntamente com os vários agentes públi-cos e privados nesta região de Viseu?Em primeiro lugar gos-

taria de que as parcerias público-privadas que esta-belecemos para o sector do Turismo pudessem acres-centar valor económico a essas empresas, no senti-do de contribuírem para

entrevista ∑ Paulo Netofoto ∑ Nuno André Ferreira à conversa

Quem é Pedro Manuel Monteiro Machado?Mestre em Ciências de Educação pela FPUC; Vice-Presidente na Câmara Municipal de M o n t e m o r- o - Ve l h o e Vereador a tempo a inteiro no mandato 2002/05, tendo-lhe sido atribuído os pelouros de Educação, Acção Social, Cultura, Associativismo, Comunicação, Juventu-de e Tempos Livres, Am-biente, Saúde;Chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Administração Local, Dr. José Cesário, no XVI Governo Constitucional; Presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro. Eleito Presidente da As-sociação para O Desen-volvimento e Promoção Turística do Centro de Portugal, Agência Re-gional (ARPT). Vereador e Vice-Presidente da Câ-mara Municipal de Mon-temor-o-Velho, em 11 de Outubro de 2009 – para o mandato 2009/2013, tendo tomado posse a 31 de Outubro de 2009, na Câmara Municipal de Montemor-o-Velho.

“O Turismo representa um instrumento decisivo para “O Turismo representa um instrumento decisivo para

o desenvolvimento local, na Região Centro, em 2011, o desenvolvimento local, na Região Centro, em 2011,

significou mais de 187 milhões de euros de receitas”significou mais de 187 milhões de euros de receitas”

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PEDRO MANUEL MONTEIRO MACHADO | À CONVERSA

a melhoria significativa dos indicadores do empre-go e da qualidade de vida daqueles que diariamen-te trabalham neste sector. A experiência dos últimos quatro anos que estabele-cemos com a Agência Re-gional de Promoção Turís-tica do Centro de Portugal, sediada na Casa Amarela, em Viseu, tornou possível o envolvimento de cerca de 170 empresas da Região Centro que, fruto desta par-ceria entre o sector públi-co local e o sector privado, potenciasse um orçamento de cerca de um milhão de euros por ano para a pro-moção externa, do qual o Turismo de Portugal foi responsável pela injecção de cerca de 800 mil euros, graças ao esforço de 100 mil euros da Turismo Centro e 100 mil euros das empre-sas da região. Criámos hoje uma rede para a valoriza-ção e promoção do sector do Turismo, que assenta

nesta parceria entre as em-presas do sector, simultane-amente beneficiárias, mas também investidoras, e no organismo público regional que, em conjunto, definem estratégias, instrumentos promocionais, mercados-alvo e plano de acção. É evi-dente que enquanto respon-sável pelo Turismo regional, reconheço a necessidade de potenciarmos eventos de carácter nacional e inter-nacional que, para além da afirmação e promoção de destinos e dos nossos pro-dutos turísticos, nos podem posicionar nos circuitos da procura interna e da procu-ra externa para o Centro de Portugal. Falo, em concre-to, de concertos musicais, grandes certames nacio-nais e internacionais, tais como gastronómicos e/ou de moda e desporto, que captam a atenção, quer dos médias generalistas, quer da imprensa da especiali-dade.

A Sub-Marca “Viseu-Dão Lafões” tem no contexto da Marca Regional “Centro de Portugal”, condições de afirmação com autonomia, capacidade de influência e peso específico?A marca Dão-Lafões deu-

nos a oportunidade, nestes três anos e meio que leva-mos de exercício, de po-dermos contar com novos e qualificados empreendi-mentos, sobretudo oriun-dos da iniciativa privada, em que o Grupo Visabei-ra naturalmente se destaca, reforçado por uma marca distintiva como é caso dos vinhos do Dão, e aqui uma referência clara à CVRDão e ao dr. Arlindo Cunha, com quem foi possível agili-zarmos muitas acções, bem como o trabalho desenvol-vido pelos autarcas, no es-forço de requalificação de zonas históricas, instala-ção de novos equipamen-tos, o caso de Viseu em que é visível e notória uma ima-

gem de uma cidade moder-na, contemporânea e aces-sível, ou, exemplo da parce-ria com Santa Comba Dão e Tondela, com a construção da Ecopista do Dão, que nos coloca no circuito da cap-tação de novos nichos de mercado, como é exem-plo o cicloturismo, a par de uma gastronomia diferen-ciadora que anualmente atrai milhares de turistas. Prova dessa notoriedade da Marca Dão-Lafões e do seu contributo para o reforço do Centro de Portugal foi a realização do maior con-gresso nacional de Turismo

– APAVT – nos dias 1, 3 e 4 de Dezembro, que trouxe a Viseu mais de 500 profis-sionais do Centro de Portu-gal num importantíssimo eixo de intervenção turísti-ca, como é o caso dos con-gressos e seminários. Se so-marmos a estes exemplos equipamentos como o Mu-seu Grão Vasco ou toda a narrativa em volta da len-

da e da história do mítico Viriato, temos uma matriz absolutamente distintiva na oferta turística nacional e internacional.

Que considerações lhe mere-ce o trabalho desenvolvido e de pareceria da CIME-DÃO LAFÕES, liderada por Carlos Marta? Com a CIM Dão-Lafões

foi possível estabelecer-mos um novo paradigma na abordagem deste sector, em particular na criação de condições para assumir-mos o Turismo como um factor de desenvolvimento económico, mas também numa nova abordagem na mentalidade dos decisores autárquicos, na forma como abordam este sector. Entre outros exemplos destaco o vereador Guilherme Almei-da, no município de Viseu, a par do seu presidente, bem como outros presidentes de câmara desta Comunidade, com quem foi possível tra-balharmos. Realço, no es-sencial, o dinamismo e um espírito críticos na trans-formação de recursos em produtos turísticos que há alguns anos atrás não te-ria sido fácil implementar. Desta boa relação foi pos-sível uma participação de-cisiva na última edição da Bolsa de Turismo de Lis-boa, que nos ajudou a con-quistar o estatuto de Des-tino Convidado Bolsa de Turismo de Lisboa 2013, o início do processo de Qua-lificação do Cabrito da Ser-ra do Caramulo, com for-tes impactos económicos, quer para a fileira da res-tauração, quer para a fileira dos produtores e da comer-cialização e ainda o lança-mento de uma nova ima-gem, mais moderna, mais apelativa e mais competi-tiva para a região de Dão-Lafões que, seguramen-te num período não mui-to longínquo trará os seus benefícios.

Como vê a reforma anuncia-da para o sector do Turismo e quais as consequências daí advenientes na promoção interna e externa?Urgente. Necessária e a

pecar por tardia. No âm-bito da promoção externa defendemos uma gradual agregação entre a actual Agência Regional de Pro-moção Turística do Centro de Portugal para os merca-dos externos, que tem de-

senvolvido ao longo destes últimos cinco anos um tra-balho assinalável (pouco visível no contexto daquilo que é a sua publicidade na região) mas determinante para a afirmação da região de Viseu e do Centro de Portugal nos mercados ex-ternos, entre eles Espanha, França, Itália, Reino Uni-do, Alemanha, Benelux e Brasil, responsável pelos números que sucessiva-mente temos vindo a atin-gir e que em Fevereiro de 2012, com 7,2% de cresci-mento, ao colocar na 1ª re-gião a nível nacional a cres-cer, em termos de dormi-das e de receitas turísticas, essa agregação, dizíamos, com a entidade Regional Turismo Centro de Portu-gal, responsável pela pro-moção interna e valoriza-ção dos produtos turísticos da região, por forma a es-truturarmos uma resposta mais eficaz na valorização da Marca Centro de Por-tugal. Esta reforma vem dar resposta ao desafio de podermos planear e imple-mentar uma estratégia co-erente para os produtos e marcas da Região Centro NUT II, que nesta data se encontram dispersos den-tro da mesma NUT por três organismos autóno-mos (Pólo da Serra da Es-trela, Pólo Leiria-Fátima e Turismo do Centro) crian-do fragmentação de produ-tos turísticos (Ex: Aldeias de Xisto e Aldeias Histó-ricas), descontinuidade do território (Serra da Lousã e Serra da Estrela) e mais grave, do nosso ponto de vista, desarticulação entre o território promovido no seio da agência para a pro-moção externa e o destino promovido pela Turismo Centro de Portugal. Num tempo de fortes constran-gimentos orçamentais e num aproveitamento má-ximo de todos os recursos técnicos, materiais e fi-nanceiros, urge uma refe-rência que possa colmatar os défices apresentados e potenciar novos recursos para aquela que é a função principal dos organismos regionais de Turismo, a sa-ber: promoção de marcas e produtos; valorização de recursos e das parcerias; implementação de dinâ-micas públicas e privadas que promovam a coesão e o desenvolvimento social e cultural.

9Jornal do Centro18 | maio | 2012

região

O candidato à Comis-são Política Concelhia do PS Viseu, Filipes Nunes, apresentou-se no sábado aos seus apoiantes com “uma candidatura de mu-dança”, disposto a traba-lhar para que “o PS se tor-ne a primeira força política no concelho de Viseu”.

Rodeado de alguns his-tóricos do partido, como Rui Santos e Paulo Simões e acompanhado de mui-to de perto por Alexan-dre Azevedo Pinto, recen-temente aceite no parti-do, Filipe Nunes compôs a sala da Assembleia Mu-nicipal de Viseu no solar dos Peixotos com muitas caras novas, alguns curio-sos e poucos socialistas do chamado núcleo duro do partido. Apenas o deputa-do, José Junqueiro, antigo presidente da Federação Distrital do PS se juntou, a meio da sessão, para ouvir Filipe Nunes da segunda fila da plateia.

Foram entrando de cra-vo vermelho oferecido à porta e o encontro ani-mou.

Filipe Nunes sublinhou que a sua candidatura “não é nem nunca foi contra ninguém é apenas contra o conformismo” e traçou como forte linha de ação no seu projeto “reafirmar o PS, Ganhar Viseu”, vencer as eleições autárquicas na

Câmara de Viseu, em 2013. “O grande objetivo a que nos propomos com esta candidatura é construir um programa político que suporte uma candidatura ganhadora para as próxi-mas eleições autárquicas, no concelho”, reforçou.

Filipe Nunes vai ainda, caso seja eleito, promover reuniões descentralizadas da comissão política, criar o laboratório de ideias do PS, formar estruturas lo-cais do partido nas fregue-sias, implantar o gabinete de apoio autárquico, entre outras medidas.

A “mudança”, tantas ve-zes referida pelo candida-to, é defendida igualmen-te para dentro do partido: “Importa ter como assente

que não há líderes ilumi-nados que têm todas as so-luções certas, até porque dolorosas experiências passadas nos têm vindo a mostrar ao que nos condu-zem os seguidismos acríti-cos”, alertou.

Rui Santos é o mandatá-rio da candidatura de Fili-pe Nunes. Como mandatá-rio da Juventude Socialista, o candidato escolheu Vitor Simão.

As eleições para a con-celhia do PS Viseu estão marcadas para 2 de Junho. Lúcia Silva, a atual presi-dente daquele órgão par-tidária, recandidata-se ao cargo.

Emília [email protected]

PS∑ Eleições de 2 de junho para a concelhia de Viseu com duas candidaturas

Filipes Nunesfala aos militantes

A Candidato ofereceu cravos vermelhos aos participantes e apelou à “mudança”

O deputado do CDS-PP, Hélder Amaral admite re-gressar à liderança da Co-missão Política Distrital e não exclui uma candidatura à Câmara de Viseu nas elei-ções autárquicas de 2013.

Confrontado com o fu-turo do partido no distrito, face à demissão de Rui San-tos, esta semana, de presi-dente da distrital de Viseu, o também vice-presidente da bancada parlamentar do CDS é claro: “Entre Viseu e Lisboa opto sempre por Viseu”. Para o deputado, “o partido não vai cair na rua” e ser candidato à distrital

“é uma possibilidade”: Não sou a solução do problema, mas tenho a noção que pos-so contribuir e represento uma grande responsabili-dade no partido”.

Questionado se esse será o primeiro passo para uma candidatura à Câmara de Viseu nas eleições do pró-ximo ano, Hélder Amaral adianta que uma coisa não leva à outra, mas deixa em aberto essa possibilidade: “O CDS tem três boas soluções para a Câmara de Viseu e eu não me excluo dessas so-luções”.

Demissão. O presiden-te da Distrital de Viseu do CDS-PP, Rui Santos demi-tiu-se do cargo por “enten-der não reunir as condições

necessárias ao desempenho do mesmo, quer condições políticas, as mais relevan-tes, quer pessoais e de saú-de que só pessoalmente im-portam”.

O anúncio da decisão foi publicado na sua página do facebook, no domingo, dia 13, e terá sido anunciado a meio da semana passada, durante uma reunião da comissão política.

Na mesma nota, Rui San-tos informa que vai abdi-car do lugar de deputado na Assembleia Municipal de Viseu e que, a partir de agora, se remeterá “ao mais profundo silêncio sobre o partido, a sua vida política distrital e nacional”, exce-to se estiver em causa a sua honra e o seu bom nome.

Contactado pelo Jornal do centro, Rui Santos escusou-se a prestar declarações.

A demissão de Rui Santos obriga a eleições na distrital, que Helder Amaral confir-ma serem em breve, por ha-ver processos laterais como o da preparação das eleições autárquicas.

Sem grandes comentários, o deputado diz que apenas o surpreendeu e o “deixa triste” a demissão do cargo de deputado da Assembleia Municipal, por não enten-der “a menos que haja ra-zões políticas que se desco-nhecem”. EA

O regresso de Hélder Amaral

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TONDELA UNE-SE CONTRA A EXTINÇÃO DE FREGUESIAS

Os presidentes de 25 das 26 Juntas de Freguesia do concelho de Tondela, to-dos eleitos pelo PSD, re-jeitaram a extinção ou fu-são de qualquer uma das freguesias admitindo que “podem vir a ser tomadas medidas como a entrega das chaves da junta ao pre-sidente do município ou a demissão coletiva”, disse Abílio Santos, presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova da Rainha.

“Apelamos ao Presiden-te da República para que, num ato de salvaguarda da coesão nacional e na defesa das populações, sobretudo aquelas que são mais afetadas com o pro-blema da interioridade, não promulgue esta lei”, reforçou. De fora desta tomada de posição ficou o presidente da Junta de Freguesia de Canas de Santa Maria, João Carlos Figueiredo, que é tam-bém o líder da concelhia do PSD e deputado na As-sembleia da República.

Os presidentes de junta entendem que “o mode-lo aprovado pela Assem-bleia da República não traduz qualquer benefí-cio para as populações, nem qualquer ganho para o erário público, dada a forma zelosa e patrióti-ca” como são geridas as receitas, sobretudo as das freguesias mais peque-nas. Neste âmbito, amea-çam “denunciar à Comu-nidade Europeia a farsa” que representa esta lei, porque “vai traduzir-se num aumento de custos para os já fragilizados co-fres do Estado”. TVP

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Jornal do Centro18 | maio | 201210

REGIÃO | LAMEGO | VISEU

Indesejáveis aromas de fermentação

Opinião

A melhoria registada nos vinhos portugueses encontra-se alicerçada em diferentes pilares que se complementam. Por um lado, numa viticultura e enologia que passaram de arcaicas e rudimentares, a eficientes e racionais; por outro, num conhecimen-to edificado numa compo-nente empírica que evoluiu vincadamente a científica. Nos dias de hoje, tudo se pode monitorizar, desde a adubação, teores de água no solo e sua disponibilida-de, até à medição da capa-cidade fotossintética, ape-nas para citar alguns as-pectos. Novos sistemas de condução e de poda foram implementados e monitori-zados ajuizadamente, com a utilização de castas de-vidamente seleccionadas. Todos estes avanços, que vão desde o domínio fisio-lógico até ao tecnológico, foram cimentados no co-nhecimento e investigação realizados nesta área, pro-curando sempre que pos-sível preservar a valência empírica. Se todos estes aspectos são de relevante importância, o inigualável avanço registado na enolo-gia incidiu essencialmen-te na actual diversidade de enzimas e leveduras seleccionadas e desenvol-vidas para a obtenção de vinhos com característi-cas bastante distintas. Os equipamentos são cada vez mais eficazes, com um conjunto de soluções am-plas e distintas. A utiliza-ção de redes de frio e calor para o correcto controlo dos processos fermentati-vos passou a generalizar-se e as repercussões são por demais vincadas nos vinhos. Nos dias de hoje, todo o conjunto de solu-ções preconizadas fica apenas condicionado à disponibilidade mone-tária que cada produ-tor possui. Este é prova-velmente o factor mais determinante de todas as variáveis a equacionar. Quanto se está disposto a

investir? Como? Qual a rentabilidade a esperar?

Neste sentido, a proba-bilidade da ocorrência de aromas indesejáveis nos vinhos passou a consti-tuir uma raridade. No en-tanto, e embora seja já di-fícil a comercialização de vinhos com defeitos acen-tuados ou francamente perceptíveis, é possível a ocorrência de pequenos desvios que podem com-prometer o produto final. Mais do que relatar como esses aromas aparecem, vamos apenas centrar-nos na sua descrição.

Aromas com os seguin-tes descritores: água es-tagnada, couves podres, borracha, ovos podres, cebola crua, alho, couve cozida, couve-flor, cavalo, estábulo, couro, penso e vinagre, entre outros, po-dem ainda ocorrer. Estas narrações dos descrito-res podem estar sempre imbuídas de uma carga subjectiva, uma vez que as percepções variam e muito, em função dos pro-vadores e do seu conheci-mento.

Estes percalços podem resultar de acidentes fer-mentativos com as mais variadas causas e prova-velmente advêm de produ-tores que, não estando dis-postos a pagar um serviço a um enólogo, e depois de ouvirem e lerem algumas linhas dos livros, basica-mente aplicam sempre a mesma receita sem sabe-rem muito bem o que es-tão a fazer. Se já resultou porque é que não resulta de novo?

Por norma a solução para estes problemas não é muito difícil de aplicar. Também para estes casos, e à semelhança do que se passa connosco, nós téc-nicos também nos vale-mos dos nossos Aspegic®, Ben-u-ron®, Brufen® e an-tibióticos para resolver-mos estas situações, mas nestes casos já não há lu-gar à excelência, reme-deia-se e muito.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

Welcome Center ∑ Pedro Machado apelou à criatividade das confrarias

Tondela despediu-se de Viseu de barriga cheia

Tondela exibiu-se du-rante cerca de duas sema-nas e meia, no Welcome Center de Viseu, e, a ter-minar, foi anfitriã de uma degustação dos produtos típicos da região.

“Esta promoção do terri-tório de Tondela, culmina com a prova de produtos endógenos muito apetito-sos”, referiu Pedro Adão, vereador do desenvolvi-mento económico e turis-

mo da Câmara de Tondela. Pedro Machado, presiden-te do Turismo do Centro de Portugal, também es-teve presente e destacou a importância do Welcome Center como um “espa-ço que deve ser partilha-do por todos os municí-pios, uma vez que têm um papel decisivo enquanto agentes dinamizadores”. O reforço da marca “Cen-tro de Portugal”, através

da gastronomia e dos vi-nhos foi outro dos des-taques. Pedro Machado apelou ainda à criativida-de e, devido à presença da Confraria dos Carolos e Papas de Milho, falou da importância das confra-rias a nível institucional, económico e da potencia-ção do produto que juram defender.

Tiago Virgílio Pereira

A Convidados e anfitriões brindaram ao sucesso do Turismo do Centro de Portugal

77ª Caminhada de solidariedade

Para mais informações e para te inscreveres contacta a International House

Rua dos Casimiros 33 Viseu 232 420 850

Com o apoio de:

Sábado

19 Maio 2012

Inscrições até 18 de Maio

Junta-te a nós!

Vem caminhar e ajuda

as crianças diabéticas(Pediatria do Hospital de S. Teotónio)

MOSTRA DA CEREJA DE PENAJÓIA EM LAMEGO

Os Amigos e Produto-res da Cereja da Penajóia e a Câmara Municipal de Lamego promovem, sábado e domingo, a 2ª Montra de cereja da Pe-najóia em plena Avenida Dr. Alberto de Sousa.

A ideia é divulgar e oferecer a quem visita o concelho, momentos de degustação de um fruto com características mui-to especiais.

“A cereja é um dos símbolos da freguesia da Penajóia e um dos alicerces da sua eco-nomia. Caracteriza-se, independentemen-te da sua qualidade e sabor, por ser das pri-meiras a aparecer nos mercados, marcando o desabrochar da produ-ção frutícola da região do Douro”, adianta o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes.

Pa ra d iv u lga r to -das as potencialidades gastronómicas deste fruto, os alunos da Esco-la de Hotelaria e Turismo do Douro-Lamego vão apresentar o workshop “Cereja, Vinhos e Espu-mantes”, convidando as pessoas a degustarem o resultado final destas ex-periências. EA

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VISEU | SANTA COMBA DÃO | S. PEDRO DO SUL | REGIÃO

MORTESanta Comba Dão. Um homem de 60 anos morreu na sexta-feira, dia 11, quando sachava batatas num terreno, em Treixedo, concelho de Santa Comba Dão. Vítor Almeida tinha problemas de saúde, diabetes, e, em novembro do ano passado, teve um Acidente Vascular Cere-bral (AVC). O calor que se fez sentir no dia 11, o esforço e a pouca saúde ditaram a morte do sextagenário. O corpo foi encontrado ao início da tarde. Ao local deslocaram-se uma equipa médica dos Bombeiros Voluntários de Santa Comba Dão e uma ambulância de Suporte Ime-diato de Vida de Tondela.

DETIDOPenalva do Castelo. Um homem de 47 anos foi detido no domingo, dia 13, na Quinta da Vinha, em Pindo, Penalva do Castelo, por pescar em

época de defeso. Segundo a GNR, “foi apreendida uma cana de pes-ca, um camaroeiro, uma mala de pesca com material e 1,5 quilogra-mas de bogas que foram restitu-ídas à liberdade por se encontra-rem vivas”.

ASSALTOS. Pedro do Sul. Um casal de ido-sos foi brutalmente agredido e as-saltado, na manhã de quarta-feira, dia 16, em Santa Cruz da Trapa, S. Pedro do Sul.Ainda não eram 7h00, quando José Silva, de 77 anos, estava a rachar lenha, num terreno junto à sua ha-bitação, quando foi surpreendido com a visita de quatro indivíduos. Saíram três, de cara destapada, e um disse que me conhecia”, con-tou. Espantado, o idoso disse não reconhecer ninguém, foi nessa al-tura que lhe “bateram com um pau, chicotearam-me e deram-me pon-tapés em todo o corpo, pensei que me iam matar”, explicou abalado. A mulher, Ana Matos, de 78 anos, que estava à entrada de casa, foi a víti-ma seguinte. Os larápios levaram 250 euros em dinheiro, os brincos da idosa, as alianças em ouro e um outro anel de prata de José Silva. A GNR está a investigar o caso.

Confraria de Santo António∑“Muito agradecida

com gesto solidário”

Visabeira doa 1450 euros

A Vista Alegre Atlantis, empre-sa do grupo Visabeira, doou um cheque de 1450 euros à Confraria de Santo António, uma institui-ção de solidariedade social, que através do Lar de Santo António e Lar São José apoia crianças e jo-vens originários de meios fami-liares disfuncionais e os ajuda a construir um futuro melhor.

“Queremos agradecer este ges-to solidário, o dinheiro vai ajudar os jovens a ter uma melhor pro-moção de vida”, disse o presiden-te José Loureiro.

A oferta resulta de uma cam-

panha realizada no Natal de 2011. Por cada cabaz de Natal vendido, composto por peças de porcelana e vidro Vista Ale-gre Atlantis, e produtos gour-met da Casa da Ínsua, uma par-te reverteu para a iniciativa de cariz social.

“Todos os donativos são im-portantes para nós, uma vez que há sempre falhas e só assim po-demos dar o melhor futuro aos nossos jovens”, concluiu José Loureiro.

Tiago Virgílio Pereira

A Donativo foi entregue na loja Vista ALegre

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educação&formação

A Federação Regio-nal das Associações de Pais de Viseu (FRA-PV) diz que “a consti-tuição dos mega agru-pamentos não tem por base o caráter pedagó-gico e educativo, mas sim um caráter econó-mico”. A posição tor-nada pública através de comunicado, saiu da reunião no domin-go passado, em que fo-ram debatidas as alte-rações que devem re-sultar do processo de reorganização esco-lar.

A FRAPV conside-

ra que o processo dos mega agrupamentos coloca em causa a es-tabilidade do ensino e teme as consequências. Por outro lado, diz que “ainda não teve, na ge-neralidade, em consi-deração a posição ma-nifestada pelos conse-lhos gerais, autarquias e associações de pais.

Os Agrupamento do Viso/Agrupamento de Mundão, Agrupamen-to de Abraveses/Agru-pamento de Vil de Soi-to, Agrupamento de Si lgueiros/ Agrupa-mento Infante D. Hen-

rique e Agrupamento Grão Vasco/Agrupa-mento de Marzovelos, constituirão os mega agrupamentos escola-res a criar no concelho de Viseu, caso a pro-posta seja aceite pelo Ministério.

Para o dirigente da FRAPV, Rui Martins “tudo está a ser feito em cima do joelho”.

Na mesma reunião, a FRAP tomou também posição sobre o ao au-mento de número de alunos por turma de-terminado pelo Gover-no (de 28 para 30), por

temer que venha a “ter como consequência direta o aumento do insucesso, da indisci-plina e violência em contexto escolar”.

Em relação aos exa-mes nacionais, a FRA-PV diz que a atual le-gislação não contem-p l a “ p r i n c í p i o s d e equidade, nomeada-mente necessidades especiais de determi-nados alunos, pondo em causa o seu suces-so e progressão esco-lar”.

Emília Amaral

Associações de pais temem consequências dos mega agrupamentosViseu∑ FRAPV reuniu para analisar a reorganização escolar

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A Escola de Hotelaria e Turismo do Douro-La-mego abriu portas no passado 10 de maio aos alu-nos dos 9º e 12º anos das escolas da região.

Entre as 9h30 e as 17h00, diversas atividades fo-ram realizadas e apresentados desafios com par-ticipação ativa dos intervenientes. Mais de 100 jo-vens participaram na iniciativa sob o mote: “Fazer coisas simples, extraordinariamente bem!”

foto legenda

DR

Jornal do Centro18 | maio | 201214

EDUCAÇÃO & FORMAÇÃO

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Programa∑ Estimulo 2012 do Instituto de Emprego e Formação Profissional apresentado em Viseu na terça-feira

Estímulo 2012 vai apoiar contratação de 800 desempregados em Viseu

O Programa Estímu-lo 2012 vai dar emprego a 800 pessoas na área de influência dos três cen-tros de emprego da re-gião de Viseu, abrangidos pela delegação regional do Centro do Instituto de Emprego e Formação Pro-fissional (IEFP). O anún-cio foi feito pelo delegado regional, Pedro Amaro, durante a cerimónia de apresentação do progra-ma do IEFP, na terça-fei-ra, em Viseu.

Através desta medida de estímulo, as empre-sas ou instituições pode-rá obter um apoio finan-ceiro de 50 por cento na contratação de desempre-gados há mais de seis me-

ses, com formação ajusta-da às necessidades da sua empresa.

O Estímulo 2012, traça-do para apoiar as empre-sas na contratação de 35 mil desempregados em todo o país, terá uma do-tação de 100 milhões de euros, baseada em gran-

de medida no orçamen-to do Fundo Social Eu-ropeu, e visa combater o desemprego de médio e de longo prazo, que tem uma forte expressão em Portugal.

Pedro Amaro adiantou que esta medida de es-tímulo ao emprego traz

consigo uma novidade, além de proporcionar uma oportunidade de em-prego, ainda lhes garante a formação profissional.

O presidente da Asso-ciação Empresarial da região de Viseu (AIRV), João Cotta lembrou que “o risco é a palavra domi-

nante para o futuro” na vida de cada um de nós, e acrescentou que esse ris-co só pode ser menoriza-do através de um esfor-ço conjunto. O dirigente concretizou que “é com medidas públicas que se consegue minorar o ris-co”, mas também através das autarquias ao “faci-litar a vida aos muníci-pes”, das instituições de ensino, dos empresários através de “uma aposta na qualificação na gestão e na produtividade” e de “cada um de nós”, melho-rando a “qualificação e a “atitude”.

Emília Amaral [email protected]

A Delegado Regional do IEFP presidiu ao encontro

CONCENTRAÇÃODE TELESCÓPIOS

O clube das ciências da Escola Básica e Secundária de Moimenta da Beira pro-move este fim-de-semana, dias 19 e 20, a 3ª Concen-tração de Telescópios em Moimenta da Beira, entre as 11h00 de sábado e as 6h12 da manhã de domingo, à hora do nascer do sol.

O evento de projeção na-cional pretende divulgar a astronomia junto da co-munidade, concentrar o maior número de telescó-pios num só evento local, dar a conhecer o céu escu-ro da região, além de per-mitir conhecer o concelho de Moimenta da Beira ao mesmo tempo que os as-trónomos se reúnem para conviver.

As observações sola-res e noturnas decorre-rão na Escola Secundária de Moimenta e no monte que dá guarida ao Santu-ário de S. Torcato, em Ca-baços, onde será realizada uma observação noturna do céu, às 21h30 de sába-do. EA

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economia

A Comunidade Intermu-nicipal (CIM) da Região Dão Lafões vai criar uma rede de dinamização e apoio ao empreendedoris-mo, que permitirá dispo-nibilizar “um serviço cha-ve na mão” aos potenciais empreendedores.

O projeto “Promoção do empreendedorismo na região Dão Lafões”, apre-sentado na quarta-feira, foi candidatado em 2011 ao programa “Mais Centro” e obteve um apoio de 310.400 euros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Re-gional (FEDER). O mesmo será implementado nos próximos três anos.

O secretário executivo da CIM, Nuno Martinho expli-cou que o projeto visa “criar uma rede de dinamização

e apoio ao empreendedo-rismo na região, propor um plano de ação de modo a potenciar as oportunidades de negócio existentes nos municípios associados da CIM e criar um sistema de apoio aos empreendedores durante os primeiros anos de atividade”.

No âmbito desta rede re-gional, os empreendedo-res terão apoio em várias frentes.

“Em vez de andar a bater

em várias portas, terá uma rede que vai criar esse ser-viço chave na mão”, sinte-tizou.

A CIM tem como parcei-ros neste projeto a Associa-ção Empresarial da Região de Viseu, as três escolas de ensino superior da região e três associações de desen-volvimento local.

Enquanto o plano global está a ser implementado, a CIM tem já no terreno o trabalho com 38 escolas

dos 14 municípios da sua área de intervenção, en-volvendo 89 professores e 1.500 alunos.

“Não quisemos perder tempo e, antes de apresen-tar o plano global, iniciámos o trabalho nas escolas dos 14 municípios”, referiu o presi-dente da CIM Dão Lafões, Carlos Marta defendendo a necessidade de levar às es-colas a força empreende-dora que a região sempre teve e para a qual “também a escola terá de preparar as novas gerações”. O autarca concordou mesmo com a ideia de se vir a criar a dis-ciplina de empreendedoris-mo nas escolas, tal como já acontece em algumas uni-versidades.

Emília Amaral

Dão Lafões∑ Projeto disponibiliza um plano de ação para potenciar oportunidades de negócio

CIM cria rede de dinamização e apoio ao empreendedorismo

A união faz o investimento

Clareza no Pensamento

Crowdfunding significa financiamento pela multi-dão. É uma forma original de obter fundos para pro-jetos. O conceito é simples e pode ser usado por quem tenha uma ideia, mas não o dinheiro necessário para a concretizar. Em conjun-to com informação adi-cional, um pequeno vídeo (que pode ser perfeita-mente amador) é coloca-do num website onde mi-lhares de utilizadores po-dem conhecer o projeto mais detalhadamente. Se o acharem interessante, es-sas pessoas poderão inves-tir, sendo que podem fazê-lo com pequenas quan-tias. O poder deste modelo vem do facto de ser possí-vel obter uma soma eleva-da a partir de pequenos contributos, conseguindo assim o promotor imple-mentar a sua proposta. O que ganham em troca os ‘investidores’? Depende de quanto invistam! Os auto-res dos projetos definem o que oferecem em troca para diferentes patamares de investimento: alguns euros colocam o nome do apoiante numa lista públi-ca de agradecimento. Um apoio maior trará algo mais em retorno. E aqui importa explicar a diver-sidade de ideias que con-correm ao crowdfunding. Existe um pouco de tudo: músicos que pretendem gravar CDs, realizadores que ambicionam gravar filmes, escritores apos-tados na escrita de um li-vro, designers que preten-dem lançar novas peças de roupa ou calçado. Quem aposte monetariamente nestas iniciativas recebe, por exemplo, entradas em espetáculos, roupa, CDs, DVDs ou livros que aju-dou a criar. Mas existem também aspirantes a in-dustriais que procuram colocar outros produtos no mercado. Aqui o apoio funciona como uma pré-compra. O aspeto curioso

é que na maioria das situ-ações compra-se algo que nem sequer existe ainda ou que não passa de um pro-tótipo. Neste processo os ‘investidores’ podem suge-rir alterações ao produto.

Um dos casos mais bem sucedidos de crowdfun-ding é recente: um gru-po de engenheiros ten-ciona produzir um reló-gio que comunique com telemóveis para exibir no pulso informação como a origem de uma chama-da ou o conteúdo de uma SMS. Pretendiam atingir 100 mil dólares em pré-compras para tornar pos-sível a produção. O en-tusiasmo gerado foi tão grande que o investimen-to assegurado ultrapassou os 10 milhões de dólares!

O crowdfunding está mui-to ativo nos EUA (www.ki-ckstarter.com) mas está a disseminar-se por todo o mundo, tendo chegado a Portugal na forma de dois websites: o www.ppl.com.pte o www.massivemov.com. A dimensão dos pro-jetos é naturalmente me-nor do que na versão ame-ricana, mas ainda assim de-monstra que é uma forma viável de obtenção de fun-dos. Um exemplo é o “Mo.Ca” - inspiração de dois empreendedores para pro-duzir mobiliário original a partir de cartão canelado.

O crowdfunding também serve para apoiar causas sociais. Veja-se o “Projeto Alcoutim”, uma iniciativa para apoio de pessoas com dificuldades ou “A Meia Maratona do Daniel”, cujo objetivo foi adquirir uma prótese para que o seu fu-turo utilizador participe numa prova.

Se tem uma ideia, porque não testá-la junto dos pe-quenos investidores destas redes? Não paga nada por isso e pode revelar-se uma excelente oportunidade, daquelas que surgem em tempos de crise e desem-prego!

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Luís SimõesDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

Como surge este projeto de promoção do empreendedo-rismo na região?Vem no seguimento

de um desafio feito pelo IAPMEI, de desenvolver uma estratégia de empre-endedorismo para toda a região Dão Lafões e vai de encontro ao estudo de en-quadramento estratégico da CIM Dão Lafões.

E porquê nas escolas?É nas escolas que tudo

começa. E nós pensamos que os jovens são aque-les que devem desenvol-ver uma estrutura mental que apure a sua mentali-dade criadora, inovadora e empreendedora, capaz de construir um novo modelo de desenvolvimento para os nossos territórios.

E dirigido também a profes-sores…Sim, os docentes tive-

rem ações de formação

para absorver os conteú-dos e transmitir aos alu-nos. Os professores fo-ram fundamentais para que pudéssemos estar a levar por diante, em tão pouco tempo, um proje-to com estas característi-cas e com esta dimensão. Ele vai permitir uma nova fase de educação para as nossas crianças e para os nossos jovens. A educação nos últimos anos esque-ceu-se um pouco disto, ou seja, formámos muitos jo-vens para uma vida even-tualmente mais estável, mas temos que começar a perceber que a educação vai ter que preparar tam-bém os nossos jovens e as nossas crianças para uma nova vida em que eles pró-prios têm que criar a sua própria empresa e ter a sua própria iniciativa. Que desde o início tenha uma mentalidade inovadora e criadora no seu dia-a-dia.

Surgiu algum sinal que levou a começar pelas escolas?Nós quisemos exata-

mente começar no sítio onde as coisas devem co-meçar, na escola.

Acha que se devia introduzir a disciplina de empreendedo-rismo nas escolas?Indiscutível. Este projeto

da CIM Dão Lafões serve também para dar um sinal de que aqueles que têm res-ponsabilidades educativas percebam que esta maté-ria é decisiva para o nosso país, para as nossas crian-ças e para os nossos jo-vens.

Quais os prémios?O terceiro prémio é

uma missão empreende-dora de dois dias a Lisboa, o segundo prémio é uma missão empreendedora de três dias a Madrid e o primeiro prémio é uma missão empreendedora

de cinco dias a Barcelona. Estas missões têm como objetivo levar conheci-mento aos alunos, novas realidades e sobretudo vi-sitar centros de incubação e incubadoras de empre-sas, para que se possam aperceber da realidade nacional e ibérica e que lhes permita mais-valias para o futuro. A final in-termunicipal vai realizar-se no dia seis de junho, na Aula Magna do IPV.

Tiago Virgílio Pereira/Emília Amaral

tem a palavra

“Esta matéria é decisiva para o nosso país”

Carlos MartaPresidente do Conselho Executivo

da CIM Dão Lafões

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16 Jornal do Centro18 | maio | 2012

especial Móveis & Decoração 2012Decoração de interiores registacada vez mais adeptos

A decoração da sua habitação mostra muito da sua personalidade, do seu modo de viver, gostos e sensibilidade. O princi-pal objetivo é personalizar o seu interior, de modo a que se torne um lugar acon-chegante, harmonioso e com o qual se identifique.

Esta é uma área que tem ganho cada

vez mais adeptos ao longo dos últimos anos, sobretudo porque nem sempre é preciso fazer reformas de fundo. Por ve-zes, bastam pequenas alterações para dar um toque diferente e artístico à sua casa.

A vantagem de apostar nos pormeno-res é que não terá de correr sempre atrás

de modas passageiras e vai passar por um entendido na área.

Por outro lado, não se esqueça que, embora possa criar ambientes diferen-tes nas diversas divisões, convém man-ter um elo de ligação em toda a casa. Em todo o caso, tem sempre várias empresas especializadas na área da decoração e do

mobiliário que darão uma ajuda preciosa para criar o verdadeiro “lar doce lar”.

A criatividade não tem limites. Requin-te, modernidade, tradição, beleza e fres-cura podem ser as novas características da sua casa. Deixamos-lhe algumas dicas para que a transformação seja mais sim-ples e os resultados fantásticos.

Setor do mobiliário representa mais de 10 por cento das exportações nacionaisO setor da madeira e

do mobiliário é respon-sável por cerca de 260 mil postos de trabalho diretos e indiretos (cin-co por cento do empre-go industrial) em Por-tugal e tem a seu car-go mais de 10 por cento das exportações nacio-nais (1 .100 milhões de euros).

Os dados são da Asso-ciação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), que estima que os negócios do tecido empresarial da fileira representem uma realidade muito próxi-ma dos 4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, 14 por

cento do PIB industrial e 5 por cento do Valor Acrescentado Bruto to-tal da economia lusa.

A caracterização foi apresentada numa altu-ra em que se divulgou também que a FIMAP – Feira Internacional de Máquinas para Traba-lhar Madeira (17.ª edi-ção) e a EMAF – Feira Internacional de Má-quinas, Equipamentos e Serviços para a Indús-tria (14 .ª edição) vão conjugar esforços este ano. Juntamente com o FERRÁLIA – Salão de Acessórios e Equipa-mentos para a Indústria da Madeira (12.ª edição), os certames prometem

trazer uma maior visibi-lidade para o setor, num evento conjunto que irá decorrer de 21 a 24 de no-vembro. A Exponor foi o local escolhido para re-ceber a iniciativa, que irá apresentar-se como a maior montra da ofer-ta tecnológica industrial do país.

Por outro lado, o im-pacto pa ra a econo -mia nacional prome-te ser significativo. De 2002 até 2010, os certa-mes (bienais) deram a conhecer as novidades de 5 .454 empresas ex-positoras e receberam 349.837 visitas de pro-fissionais dos setores re-presentados.

A par da importância do setor mobiliário, tam-bém a metalúrgica e me-talomecânica tem regis-tado um crescimento sig-nificativo. Estima-se que, até ao final do ano, esta indústria represente cer-ca de 26 mil milhões de euros de faturação, sen-do que metade da produ-ção se destina a expor-tações (34 por cento de toda a indústria transfor-madora). De acordo com o mais recente estudo da Associação dos Indus-triais Metalúrgicos, Me-talomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), a atividade é responsável por um Valor Acrescen-tado Bruto em torno dos

6,1 mil milhões de euros e por 218 mil empregos (28por cento da indús-tria transformadora). Ou seja, trata-se de uma ati-vidade que é responsável

por um Valor Acrescen-tado Bruto em torno dos 6,1 mil milhões de euros e por 218 mil empregos (28 por cento da indús-tria transformadora).

textos ∑ Andreia Motagrafismo ∑ Marcos Rebelo

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Jornal do Centro18 | maio | 2012 17

ESPECIAL | MÓVEIS & DECORAÇÃO 2012

Mercado apresenta tendências para todos os gostos Tons e cores reconfortantes que aumen-

tam o conforto de sua casa, tecidos suaves, mobiliário moderno, elementos inspirados em diferentes etnias e materiais amigos do ambiente são algumas das tendências que invadem a decoração de interiores.

Descubra propostas para todos os gos-tos e que podem nem implicar um grande investimento.

Modernidade

Elegância, estética limpa, linhas direi-tas e sem ostentações. Estas são algumas das características que marcam um esti-lo de decoração contemporâneo.

Neste ambiente destaca-se ainda a pre-dominância das madeiras escuras, como que a fazer lembrar os tons de chocola-te. O recurso a materiais que imitam a natureza, como os couros sintéticos, as fibras vegetais, o feltro e a lã é outra das marcas.

No que diz respeito às cores saltam à vista o bege, o verde oliva e o terracota,

que são os tons mais usadas nesta ten-dência.

Já em termos de mobiliário, o grande destaque vai para os móveis horizontais, lineares e modernos, sem muito deta-lhes ou adornos, que ganham projeção num contexto ‘clean’.

A cor

A introdução de ambientes quentes, onde tudo é vibrante, é outra tendência muito marcante em termos de decora-ção. É uma autêntica invasão de cor!

Neste campo é usual encontrar-se a conjugação de objetos e móveis antigos misturados com os atuais, como se fos-se um espaço que conta uma história de vida.

No que diz respeito aos estampados, as flores ganham grande preponderân-cia, sobretudo ao nível das cortinas e das almofadas.

Sendo um ambiente pleno de exube-rância, há outro apontamento que capta

a nossa atenção: a aposta em diferentes texturas. A mistura de materiais como o tricô artesanal e o linho criam um lado mais intimista e aconchegante, onde sabe bem estar.

O Mundo

A sua casa com as portas abertas ao Mundo, recolhendo o que de melhor tem cada povo. No fundo, trata-se de criar um ambiente que fala de histó-rias da vida, de uma viagem por ou-tros povos, do convívio com outros países.

Daí resulta a mistura de vários ele-mentos étnicos, como da cultura chi-nesa, indiana ou mexicana. A ligação harmoniosa entre os diversos objetos surge através da introdução de móveis contemporâneos.

O uso de sedas, lãs e de mantas, jun-tamente com objetos como luminá-rias e castiçais de vários povos dá o toque final.

Elementos chamativos

Apostar num estilo chamativo continua a fazer parte das tendências do setor. O gran-de destaque vai para a introdução de ele-mentos peculiares e surpreendentes, que até pode encontrar em lojas, feiras ou esta-belecimentos ligados ao artesanato urbano. É uma questão de manter os olhos abertos à procura de peças chave.

Esta é uma tendência muito chique que se mantém e tem evoluído desde o ano an-terior.

O verde

Ser ecológico está na moda. Também ao nível da decoração esta tendência tem crescido, apoiada por um mercado que aposta cada vez mais num leque alargado de produtos amigos do ambiente.

As vantagens são inúmeras. Além de op-tar por elementos “verdes” e ecológicos, pode inspirar-se na natureza para embelezar a sua casa. Assim, irá economizar dinheiro e ajudar a proteger o meio ambiente.

Crie um ambiente intimista na sua varanda

Após um dia intenso de trabalho, a casa é um espa-ço confortável e privilegia-do para relaxar e esquecer os problemas. E se tiver a oportunidade de desfrutar de um fim de tarde ameno a ver o pôr do sol ainda me-lhor.

Para isso basta aprovei-tar as potencialidades que

um terraço ou varanda lhe podem dar, de preferência na companhia da sua famí-lia ou amigos. Agora que o tempo quente chegou, apro-veite para criar uma atmos-fera única de relaxamento e prazer e transformar estas áreas ao ar livre num espa-ço encantador.

Deixamos-lhe algumas

dicas para decorar o ter-raço e transformá-lo num tesouro que irá valorizar o seu lar.

O primeiro truque a usar é adicionar-lhe um pouco de natureza: experimente colocar algumas plantas em vasos ou canteiros. Assim, além de apostar na questão estética, vai assegurar som-bra para os dias de mais ca-lor. Por outro lado, se não quer ter de assegurar a ma-nutenção de flores ou plan-tas, tem sempre a possibili-dade de apostar em talos de bambu. Se os mantiver num vaso transparente com água irá assegurar um espaço de

luz no seu terraço.O têxtil é outro aspeto que

não pode faltar. Por isso, adi-cione um número generoso de almofadas, que irão pro-porcionar um assento con-fortável e um efeito visual muito apelativo. Na hora de escolher, opte por cores naturais e até mesmo por alguns padrões, nomeada-mente as riscas, alternadas com almofadas lisas. A apli-cação de um toldo suspenso sobre o terraço também irá ajudar a criar um ambiente intimista.

Construir um espaço fresco, contemporâneo e harmonioso é o principal

objetivo. Irá consegui-lo se tiver em atenção a questão da simetria, organizando bem o espaço disponível, de modo a que canteiros, flores e mobiliário se interliguem de forma equilibrada. Não se esqueça de acrescentar alguns elementos de cores contrastantes, que irão dar vivacidade e alegria ao es-paço.

Ao nível do mobiliário, uma mesa de ferro forjado, com as respetivas cadeiras, pode ser uma boa descul-pa para juntar a família ou os amigos para um jantar animado. Se possuir espa-ço suficiente, crie também

um cantinho para uma pe-quena churrasqueira fun-cional, que sirva de apoio às refeições. Se a área disponí-vel for pequena, coloque ca-deiras e uma pequena mesa onde possa tomar chá e res-pirar um pouco de ar.

Por último - mas igual-mente importante – dê atenção aos pormenores. Almofadas e louças são for-mas inteligentes de criar um ambiente apelativo, ao mesmo tempo que os teci-dos brilhantes dão textu-ra e conforto. À noite, as velas e os candeeiros irão ajudar a tornar o ambiente perfeito.

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Jornal do Centro18 | maio | 201218

MÓVEIS & DECORAÇÃO 2012 | ESPECIAL

Dê vida à sua casa sem gastar muito

Mobilar ou decorar um ambiente pode parecer, à partida, uma tarefa impos-sível se não tiver um orça-mento à altura. A verdade, no entanto, é que não pre-cisa de fazer um rombo na sua carteira para poder dar à sua casa um visual novo. Por isso, deixamos-lhe al-gumas ideias para conse-guir obter os melhores re-sultados sem gastar mui-to.

> Uma das possibilida-des é utilizar móveis pré-fabricados. Esta opção re-duz significativamente os gastos na hora de decorar. Como, geralmente, são fei-tos com materiais e acaba-mentos menos sofisticados (como é o caso da madeira não envernizada), respei-tando na mesma os níveis de qualidade, serão uma boa opção para controlar o orçamento. Não se esqueça que a sua montagem pode exigir alguma habilidade manual da sua parte.

> Ao nível do pavimen-to, o mercado também já oferece soluções mais van-tajosas economicamente e que substituem com gran-de êxito, e baixo custo, os materiais tradicionais. O piso laminado ou de cor-tiça, por exemplo, são uma excelente forma de imitar a madeira. Além disso, a cor-tiça apresenta-se como um

excelente isolante, com a vantagem de pode ser pin-tado e envernizado após a sua aplicação.

Tendo em conta que o objetivo é obter bons resul-tados a partir de um orça-mento reduzido, evite ma-teriais como o mármore ou a madeira, pois encarecem consideravelmente o pro-jeto final.

> Mais barato do que comprar é fazer. A brico-lage é uma atividade que pode ajudar a aliviar do stress do dia a dia, além de ser uma ótima solução para envolver toda a famí-lia. Assim, dê uma volta aos objetos que já tem em casa, use a imaginação e dê-lhes uma vida nova.

Em vez de pendurar quadros caros nas pare-des, por exemplo, recorra a fotografias ou a pinturas feitas por algum elemen-to da família. Em termos de arranjos florais, dei-te mãos à obra e crie os seus próprios centros para me-sas ou aparadores.

O mesmo princípio se aplica aos móveis. Em vez de estar a investir em equipamentos novos, pode sempre informar-se nos es-tabelecimentos comerciais sobre a possibilidade de os restaurar.

> Não se esqueça: an-tes de começar qualquer obra faça uma listagem do que está a pensar mudar em casa e do orçamento disponível. Provavelmen-te vale a pena economi-zar na compra de cortinas ou lâmpadas para investir esse valor em sofás me-lhores, nas camas ou nas loiças dos sanitários.

€€Ikapa lança projeto de vendade peças em segunda mão

Imagine que quer transformar a decoração de sua casa e que há al-guns elementos que não se enqua-dram no novo ambiente que quer criar. Ou que tem várias peças em bom estado, mas que estão arru-madas porque já não lhes dá uso. O que fazer?

A pensar em casos como este, a loja Ikapa, localizada na Rua Ca-pitão Silva Pereira, em Viseu, vai lançar um novo projeto já a partir do início do próximo mês. A ideia é permitir aos clientes deixarem alguns objetos de decoração que já não querem à consignação e, após a venda dos mesmos, poderem re-aver parte do investimento.

Móveis, jarras, estanhos e man-tas são apenas algumas peças que

podem ser comercializadas ao abrigo deste projeto. Para o efeito, a Ikapa disponibiliza um espaço específico e vai enquadrar todos os artigos, que têm de estar em bom estado, em ambientes específicos, valorizando-os.

A ideia é juntar o útil ao agradá-vel, ao mesmo tempo que se mos-tra que a decoração de interiores não tem de ser uma área cara, além de se poder também apostar na reciclagem de peças que aparen-temente já não são úteis. O preço a que a venda é efetuada é estipulado pelo proprietário dos bens.

A par deste novo projeto, na Ika-pa vai poder conhecer a coleção em termos de têxteis e utilidades, bem como uma área de outlet onde, durante todo o ano, vai encontrar peças a preços muito apelativos. O atendimento personalizado, o apoio técnico ao domicílio e uma equipa dinâmica já não são novi-dade e fazem parte da imagem de marca da empresa.

Misturar estilos moderno e tradicional é possívelTradicional ou moderno? Qual

destes estilos combina melhor com a minha casa? Para muitas pessoas, escolher uma destas opções de de-coração de interiores é muito difí-cil. A solução é conjugar as duas!

Esta não é uma técnica nova, mas que tem ganho cada vez mais adep-tos e uma nova projeção nos últi-mos tempos. A mistura dos dois estilos acaba por resultar em visu-ais muito criativos, onde a simpli-cidade e a organização do design moderno se complementam com a sofisticação proporcionada pelos detalhes tradicionais.

E já pensou que esta pode ser uma solução económica para re-modelar a decoração de sua casa sem gastar muito dinheiro? Muitos de nós vivem em casas com am-bientes marcadamente tradicio-nais, mas com vontade de lhe jun-tar traços mais modernos e sofis-ticados. A aposta em pormenores vanguardistas, de linhas direitas, é uma das soluções.

Mas o inverso também acontece. Experimente colocar um cadeirão tradicional na sua sala de inspira-ção moderna e terá logo um am-biente completamente distinto. A conjugação com um mobiliário de estilo barroco ou com apontamen-to de iluminação e espelhos rús-ticos também irá ajudar a criar a mesma sensação.

A verdade é que a mistura de li-nhas minimalistas com um estilo tradicional, como o barroco e ro-cocó, são únicas. Para isso, preci-sa de ter em atenção algumas re-gras básicas, como eleger um estilo

dominante, em vez de cair na ten-tação de distribuir ‘50/50’ os dois conceitos.

Dispô-los uniformemente na divi-são a decorar e criar um elo de liga-ção entre os dois estilos, nomeada-mente através de cores ou padrões, também são boas opções. E se qui-ser inserir um elemento demasiado ornamentado numa sala vanguar-dista, faça-o através, por exemplo, de uma obra de arte. Assim, não vai estar a prejudicar a harmonia do conjunto e criará um elemento que captará todas as atenções. A apro-vação está garantida!

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Jornal do Centro18 | maio | 2012 19

desporto

A Viseenses ganharam em Avanca (2-1) e ficaram muito perto da subida de divisão

III Divisão Nacional - Série C

Académico a 90 minutos da festa?Subida ∑ Vitória frente ao Alba e perda de pontos de Bustelo ou Alba valem II Divisão

Ansiedade em vésperas de um jogo que poderá ficar na história do Académico de Viseu Futebol Clube.

O clube viseense poderá estar a apenas uma vitória do regresso à II Divisão Na-cional de Futebol.

A duas jornadas do fim., o Académico é líder, em igualdade pontual com o Bustelo, e com mais um ponto que o Nogueirense que é terceiro.

São, de resto, as únicas três equipas que ainda po-dem aspirar à subida. Alba, Avanca e Sampedrense es-tão fora da corrida, e ago-ra resta-lhes um papel que está, no entanto, longe de ser secundário. É que, ape-

sar de se limitarem a cum-prir calendário nas duas últimas jornadas, podem influenciar a classificação final.

Vamos às contas. Nes-ta altura o Académico de Viseu, em caso de igualda-de pontual no final do cam-peonato, tem vantagem di-recta no confronto com o Bustelo (ganhou 4 a 0 no Fontelo e perdeu 1 a 0 em Bustelo), mas está em igual-dade com o Nogueirense no primeiro critério de de-sempate (empate nos dois jogos nesta fase final).

O cálculo mais fácil de fazer passa por vitória do Académico frente ao Alba, e pela perda de pontos de

um dos adversários (derro-ta ou empate). A acontecer é subida garantida.

Segunda hipótese: ga-nharem os três este sábado, fica tudo adiado para a últi-ma jornada. O Académico precisará então de con-seguir um ponto em São Pedro do Sul. Se o conse-guir, subida garantida. Se o Académico perder na Sampedrense, então terá que esperar que o Bustelo vença o Nogueirense. Se acontecer, sobem Bustelo e Académico.

Caso o Académico per-ca em São Pedro do Sul e o Nogueirense vença em Bustelo, sobem Nogueiren-se e Académico.

Caso mais “bicudo” se o Académico perder em São Pedro e houver empate em Bustelo. Sobe o Bustelo e Académico e Nogueirense desempatam pelo regula-mento. Se nos jogos entre si há empate, já nos mar-cados e sofridos, e porque contam “todos os jogos da época” nesta fase e na pri-meira, actualmente o No-gueirense tem mais 2 go-los que o Académico de Viseu.

Fica assim tudo depen-dente deste e do próximo fim-de-semana. Este sába-do, eventualmente, poderá haver decisões.

Gil Peres

Gil

Pere

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AGENDA FIM-DE-SEMANAFUTEBOL

III DIVISÃO NACIONALSÉRIE B (MANUTENÇÃO)

9ª jornada - 18 Mai - 17h00

Sp. Mêda - Leça

Vila Meã - Alpendorada

Serzedelo - Sp. Lamego

29 jornada - 06 Mai - 19h00

Escola FC - União Cadima

C. Povo Martim - CF Benfica

E.F. Setúbal - Leixões

I DIVISÃO NACIONALFUTEBOL FEMININO

MANUTENÇÃO

III DIVISÃO NACIONALSÉRIE C (SUBIDA)

9ª jornada - 19 Mar - 17h00

Avanca - Bustelo

Ac. Viseu - Alba

Nogueirense - Sampedrense

III DIVISÃO NACIONALSÉRIE C (MANUTENÇÃO)

9ª jornada - 19 Mai - 17h00

P. Castelo - Sanjoanense

Oliv. Hospital - Valecambrense

Oliv. Frades - C. Senhorim

ASSOCIAÇÃO FUTEBOL VISEUCAMPEÃO I DISTRITAL

FINALÍSSIMA

19 Mai - 17h00

Estádio Premoreira (Sátão)

Sernancelhe - Mangualde

Visto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay A arbitragem viseense

esteve na Final da Taça de Portugal de futebol fe-minino, no Jamor. Olga Almeida tem vindo a afir-mar-se, e nos últimos três anos esteve presente nes-ta festa do futebol femi-nino. É o reconhecimen-to das suas qualidades e do seu trajeto. Estão de parabéns a Olga Almei-da, a arbitragem distrital, o desporto no feminino. Um exemplo de dedica-ção e trabalho a seguir. Parabéns e boa sorte para a carreira.

Cartão FairPlay A equipa de Vouzela,

treinada por Zé Chaves, regressa ao primeiro es-calão do futebol distrital. Depois de uns anos afas-tados do principal qua-dro competitivo a equi-pa de Lafões estabilizou e a nível diretivo e técni-co, e alcançou a subida ao ganhar o play off com o Campia. Parabéns e bom regresso.

Cartão FairPlay A equipa de Rio de

Moinhos, concelho do Sátão, foi a grande ven-cedora do futsal distri-tal época 2011/2012. De-pois de campeã distrital a equipa satense venceu a Taça de Futsal de Viseu. O jogo foi uma excelente propaganda para a mo-dalidade com a equipa da Casa do Benfica de Cas-tro Daire a dar boa répli-ca. A época acabou com grande emoção. Espera-mos que a próxima traga mais competitividade. Parabéns ao futsal.

Visto

FutebolOlga Almeida

FUTEBOLOs Vouzelenses

FUTSALRio de Moinhos

Jornal do Centro18 | maio | 2012

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DESPORTO | MODALIDADES

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O piloto viseense José Cruz está de regresso às provas de Offroad. Vai fazê-lo em Chorente, já este fim-de-semana, estreando-se ao volante do Peugeot 306 T16 com que Rui Sirgado se sa-grou vice-campeão de Rali-cross na época passada.

Um carro “poderoso” com cerca de 420 cava-los de potência, mas que José Cruz não teve ainda a oportunidade de conduzir. O piloto disse ao Jornal do Centro que “foi tudo mui-

to rápido, num negócio que fechámos na passado fim-de-semana no Rali da Frei-ta”, onde o viseense com-petiu com um Mitsubishi EVO VI. Uma situação que, de resto, impede o piloto de alinhar no “Espírito Cara-mulo” onde chegou a es-tar inscrito com o Radical SR3.

José Cruz vai ter contac-to com o carro já em Cho-rente, terceira prova de 2012 do Campeonato de Offroad, onde vai competir na Divi-

são 1, a “Rainha” das provas do campeonato, num circui-to todo em terra batida.

Chorente tem assim a oportunidade de, pela pri-meira vez, reunir no mes-mo campeonato, pai e filho, já que também Hugo Lopes estará presente em Choren-te, para participar na Divi-são 6, que actualmente li-dera, com o Peugeot 106, preparado na Automotors-port. Hugo Lopes vai procu-rar manter-se na frente após Chorente.

A Peugeot com que Rui Sirgado foi Vice-Campeão, tem mais de 400 cv

A Derrota com o Bustelo terminou com as hipóteses da Sampedrense

Terminou, a duas jor-nadas do fim, o sonho da União Desportiva Sam-pedrense poder chegar à II Divisão Nacional de futebol.

Uma derrota caseira, frente ao Bustelo, deixou a formação de Lafões já sem qualquer possibili-

dade de chegar ao final num dos dois primeiros lugares, os tais que va-lem o passaporte para a divisão superior.

Um golo praticamente sobre o minuto 90, sen-tenciou as hipóteses da Sampedrense.

Uma partida disputada

debaixo de um calor in-tenso, mas onde a forma-ção da casa esteve lon-ge daquilo que já exibiu esta temporada. O Buste-lo acabou por ter a sorte do jogo já que defendeu, e bem, e foi feliz numa das poucas oportunida-des que criou.

Rui Almeida vai conti-nuar na próxima época como treinador do Viseu 2001.

Técnico e clube vise-ense chegaram a acordo para mais uma tempora-da no comando da equipa que vai disputar a II Divi-são Nacional de Futsal.

David Sousa, com quem Rui A lmeida tem fei-to equipa no Viseu 2001, também renovou acordo com os viseenses pelo que a dupla vai assim cumprir o seu terceiro ano na li-derança do futsal dos vi-seenses.

Segundo adianta o clu-

be, não está colocada fora de hipótese a possibilida-de de ser ainda incorpo-rado um terceiro elemen-to.

Além de treinar os sé-niores, Rui Almeida vai também assegurar toda a coordenação técnica no futsal Viseu 2001.

A cidade de Lamego re-cebe este sábado, dia 19 de maio, a primeira prova do Campeonato Nacional de Trial Indoor.

Esta especialidade, uma das mais espectaculares do motociclismo, e que obriga a um total con-

trolo da moto por parte do piloto, e que penaliza quando o pé toca no solo, vai contar com a presença de alguns dos mais consa-grados pilotos nacionais, entre os quais o actual campeão de trial indoor, Diogo Vieira.

Presença confirmada, entre outras, também a de Pedro Sousa, actual cam-peão de Trial ao ar livre.

O Tr i a l I n d o o r d e Lamego vai começar às 9 da noite de sábado, e vai decorrer no novo Centro Multiusos de Lamego.

VISEU 2001

Rui Almeida mais uma épocaIII SÉRIE C - FASE SUBIDA

Fim do sonho ao minuto 90

LAMEGO

Trial Indoor no Centro Multiusos

CAMPEONATO OFFROAD

José Cruz de 306 na Divisão 1

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MODALIDADES | DESPORTO

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A F e d e r a ç ã o d e Andebol de Portugal e os Centros de Forma-ção de Associação de Escolas assinaram, em Viseu, um protocolo de cooperação para a for-mação de Professores de Educação Física. O acordo prevê ainda a criação de um Quadro Competitivo Inter-tur-mas em andebol, a par-tir do 5º ano de esco-laridade, além da for-mação de alunos para arbitrar as partidas.

Este protocolo vai ter a duração de 4 anos, e foi assinado com 9 cen-tros de formação que exercem a sua activi-dade em 38 concelhos dos distritos de Viseu e Guarda.

Joaquim Escada, pre-sidente da Associação de Andebol de Viseu, destacou “a importân-

cia do desporto na for-mação cívica dos jo-vens”, e lembrou que “estes protocolos per-mitirão ter mais e me-lhor andebol na região”, quer ao nível da quali-dade quer da quantida-de de atletas.

Já Ulises Pereira, re-cém-eleito presiden-te da Federação de Andebol de Portugal, considerou que estes protocolos “represen-tam o caminho que a modalidade deve se-guir para um desenvol-vimento sustentado”, e manifestou a vontade em “ver este projecto, que é pioneiro no país, ser aplicado em outras regiões”.

Em Viseu e na Guar-da, o desenvolvimento do andebol passa pela colaboração com cen-tros de formação.

ANDEBOL

Mais formação, melhor andebol

A Joaquim Escada, presidente da A. A. Viseu

O Rio de Moinhos fez a “dobradinha” no futsal distr ita l em Viseu. A formação do concelho de Sátão, juntou à con-quista do t ítu lo, e do con sequente reg res -so aos nacionais, a con-quista da Taça de Futsal de Viseu. Foi com uma vitória por 3 a 2 frente à Casa do Benfica de Cas-tro Daire, em partida ri-jamente disputada no Pavilhão do Inatel, em

Viseu.A Casa do Benfica repe-

tia uma presença na final da taça, depois de no ano passado não ter consegui-do impedir a “dobradinha” do Gumirães. Ainda che-gou a estar na frente por 2 a 0 mas, no final, preva-leceu a maior experiência do Rio de Moinhos.

Referência para o mui-to público presente nas bancadas do Pavilhão do Inatel.

FUTSAL

“Dobradinha” do Rio de Moinhos

A José Alberto Ferreira entregou a Taça

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culturas

A revista Beira Alta voltou a sair para as bancas esta semana, após um interregno desde 2008, ano em que morreu o seu diretor, Alexandre Alves.

A revista de investigação, proprie-dade da Assembleia Distrital de Viseu (ADV), lançada no início dos anos 40 por um outro historiador de Viseu, Alexandre Lucena e Vale, começou por ter uma regularidade de quatro edi-ções por ano, mais tarde passou a sair duas vezes por ano e este último nú-mero, agora lançado, compila as duas edições de 2009, de homenagem a Ale-xandre Alves.

Uma edição especial, sem diretor, coordenada pelo historiador, Alberto Correia, um colaborador permanente do projeto, que acompanhou de perto a elaboração da revista e Alexandre Alves na fase final da sua vida.

Alberto Correia assumiu com a ADV coordenar o número duplo composto por 16 artigos de colaboradores/inves-tigadores ligados a várias áreas.

A partir deste número fica em aber-to o futuro de um projeto editorial de grande prestígio, que permite conhe-cer tudo o que diz respeito à região da Beira Alta e que se vai investigando, nas diferentes vertentes.“A minha missão termina aqui. Não

tenho mandato para mais nada. No en-tanto vou dizer que estão em carteira artigos suficientes para que seja publi-cado o número duplo de 2010”, adian-tou Alberto Correia, uma informação que já deu conhecimento a Fernando

Ruas, presidente da ADV através de uma carta, enviada esta semana.

Para o historiador é importante que se encontre um diretor e se dê conti-nuidade à revista: “É importante que tenha continuidade e não tem proble-mas de a ter. Seria uma perda muito grande para a região”, insistiu.

Em abril o atraso na publicação Bei-ra Alta chegou à Assembleia Munici-pal de Viseu. O deputado do PSD, An-tónio Vicente perguntou quando seria

“retomada” a revista. Fernando Ruas respondeu: “Não temos um colabora-dor que se disponibilize [para a dirigir] com a morte do dr. Alexandre Alves. Se houver alguém a Assembleia Dis-trital agradece e aplaude”.

Emilia Amaral

Manuel Soares de Albergaria Carregal do Sal

PROGRAMA:

ra Livre direccionado para as crianças da comunidade escolar - Jardim

Alvarelhos e Travanca de S. Tomé D Comemorações do Dia Internacional dos MuseusHoje, dia 18, o Museu Soares de Albergaria, em Carregal de Sal, vai comemorar o Dia Interna-cional dos Museus com diversas atividades. Das 9h30 às 17h30, visitas guiadas às exposições permanentes da Instituição. Visita guiada ao Museu e património cultural do concelho, pelas 11h30. A partir das 13h45, está previsto um atelier de pintura livre para as crianças.

expos

roteiro cinemas Estreia da semana

À segunda não me escapas – Stephanie Plum é uma mulher sem trabalho e com muitas dívi-das, que acaba por convencer o seu primo a emprega-la na sua empresa de cobrança de dívidas. A sua primeira missão consiste em perseguir um perigoso ma-fioso e faze-lo pagar o que deve.

Destaque Arcas da memória

As tecedeirasda Várzea de Calde

Várzea de Calde era, há muitos anos, terra de lavra-dores com um compasso de terras que lhe davam pão bastante para a roda do ano. Gente havia também, ma-gras terras de horta, rendas avaras para pagar, braços abertos que ninguém que-ria rogar, ofícios de serrador, de resineiro ou o abandono e a ida para França, que an-tes fora para o Brasil. E ha-via as mulheres. E o gover-no da casa que, às vezes, tão pouco tinha para governar. Algumas havia que a gente chamava as tecedeiras. O tear ficava quase sempre à beira da cozinha, paredes-meias, o tear e o berço dos filhos. Ou ficava num al-pendre, resguardado. Era sempre longo o dia, quantas vezes prolongado do serão. Bate-que-bate, o cantar das apeanhas, as pancadas do pente, secas, ecoando so-bre a rua, a teia crescendo, às vezes a teia era enfeita-da com flores, as sete varas urdidas e depois entregues por duas moedas à fregue-sa se não era ela, lavradora e tecedeira, quantas vezes, a semeadora do linho.

E agora o linho era lençol de noivado, almofadas bor-dadas com monogramas, em ponto de cruz, camisas de homem para vestir em Domingo, camisas de mu-lher, recatadas, um laço de seda azul que ninguém sabe quem irá desatar, toalhas de franja para estender na co-

zinha, ou na eira, quando se ripar o linho e servir à gen-te a almofia com as filhós, toalhas de mesa para servir na Páscoa ao vir a Cruz do Senhor e o afilhado que re-quer o folar, toalhas de altar oferecidas por voto, com es-pigas marcadas, ou cachos de uvas, toalhas de bapti-zado, às vezes fazia-se um enxoval, pouco a pouco se enchendo uma arca de ma-deira que a rapariga mais velha um dia levava e esse era um dia em que ela não ia ainda a chorar. De resto a tecedeira tecia também teias de estopa, um linho grosseiro que dava sacos para a guarda do milho e taleigas de ir ao moleiro, e largos panos de fazer o col-chão e os largos panais que se estendiam, alargando a eira nas malhas de Verão, e se reservavam, a azeitona madura, Dezembro chega-do, para cobrir o chão.

Tecedeiras da Várzea, ainda lá moram, teias corri-das como a sua vida, batem os pentes como as avós, en-feitam linhos para namora-das, ainda sonham tecer en-xovais, mas já não há noivas como antigamente, só res-ta, poético, o bater dos tea-res como a cantiga da fon-te, à beira do Adro onde eu gosto, sempre que calha, de matar a sede e a mágoa.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

Que futuro para a revista Beira Alta?

VILA NOVA DE PAIVA∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté dia 31 de maio

Exposição de pintura

“Momentos Gráficos”,

de Mariana Moreira.

∑ Até dia 31 de maio

Exposição de artesanato

“ Tecelagem Artesanal”,

de Zélia Sousa.

∑ Até dia 31 de maio

Exposição de “Aquili-

no Ribeiro nas Terras do

Demo”.

MANGUALDE∑ Biblioteca MunicipalAté dia 31 de maio

Exposição de pintura

“Contemporaneidades”,

de Cristina Marques.

NELAS∑ Fundação Lapa do LoboAté dia 31 de maio

Exposição de trabalhos

resultantes do curso

Motiv’arte – execução

de bonecas de pano.

OLIVEIRA DE FRADES

∑ Cine-Teatro Dr. MorgadoAté dia 31 de maio

Exposição “Humor no

jornal do exército 1961-

1974”, do Museu Militar.

do Porto

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 14h00, 16h20Lorax VP(M4) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 17h40, 21h30 Kolá San Jon(M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h30, 19h30, 23h20*Cartas de Angola(CB) (Digital)

Sessões diárias às 14h20,

17h25, 21h20, 00h20*Os Vingadores(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 16h35, 18h40, 22h00, 00h30*O Ditador(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h25, 19h10, 21h40, 00h15* Amigos improváveis VO(M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h10, 19h20, 21h50, 00h05*Á segunda não me

escapas(M12) (Digital)

Sessões diárias às 18h50, 21h10, 23h40* Uma traição fatal(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 11h00 (dom.), 14h00, 16h10Piratas VP(M4) (Digital)

Sessões diárias às 11h10 (dom.), 14h30, 17h35, 21h00,

00h05*Os vingadores(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h20, 16h35, 18h50, 21h30, 23h45* Safe(CB) (Digital)

Sessões diárias às 18h15, 21h10, 00h00*Espera aí que já casamos(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h30, 19h20, 22h00, 00h30*

Sombras da escuridão(M16) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20* American Pie: o reencontro(M16) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h05, 19h10, 21h20, 23h30*O Ditador(CB) (Digital)

Legenda: * sexta e sábado

Novo número ∑ Revistas de 2009 lançadas esta semana em número duplo

A Capa da última edição da revis-ta Beira Alta

Jornal do Centro18 | maio | 2012

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culturas

O Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, desloca-se no do-mingo, dia 20, a Sátão, a partir das 12h00, para inau-gurar a Casa da Cultura.

Este projeto “ambicio-so”, construído pela autar-quia, pretende ser um foco de cultura e turismo onde o visitante poderá encon-trar informação cultural, turística, gastronómica e artesanal do concelho. “Sabemos que o país atra-vessa uma situação eco-nómica preocupante e que a cultura é sempre o parente pobre dos gastos da administração pública, por isso apostámos nes-ta obra”, disse ao Jornal

do Centro o presidente da Câmara de Sátão, Ale-xandre Vaz. O local onde outrora foi uma escola primária dá agora lugar à Casa da Cultura, o muni-cípio decidiu recuperar o edifício, num investimen-to que rondou os 400 mil euros.

Do programa fazem par-te uma exposição de foto-grafias “Antes e Depois” de todas as freguesias do concelho de Sátão. Estará também exposta uma es-cultura da Casa da Cultu-ra feita integralmente de chocolate e uma prova de bombons recheados, acom-panhada por um momento musical. TVP

Casa da Cultura de Sátão inaugurada no domingo

Variedades

O filme “Um Tesoiro” e “Gente da Praia da Vieira”, ambos de António Campos, são as propostas do Cine Clube de Viseu para o próximo dia 22, terça-feira. As sessões vão decorrer no IPJ, pelas 21h45. O preço do bilhete varia entre 1, 50 e 4 euros.

D “Um Tesoiro” é a proposta do Cine Clube de Viseu

Tudo começou com… bom, tudo começou sabe-se lá quando?! Talvez quan-do a inspiração deu o gos-to pelo cinema ao Carlos Salvador. E o fez, de segui-da, professor. E ele achou, e muito bem, que a sua pai-xão era tão boa que a de-via partilhar com os outros. Com os seus alunos. E fa-zer deles cineastas… Como o Carlos diz: “Uma coisa é ir ao cinema. Outra é fazer um filme…”

A residência 24 congre-gou antigos alunos e reali-zadores numa experiência inovadora, em Viseu. Uma hibernação em lugar esti-mulante e um desafio. O espaço foi o Museu Grão Vasco; o desafio foi criar uma curta.

Agora, dias depois, fez-se a primeira apresentação na FNAC, cujo espaço foi

diminuto para acolher os perto de 200 espectadores: colegas, amigos, familia-res, professores … as casas esvaziaram-se.

Perguntámos ao Sal-vador, O que temos aqui?,

“Uma mostra de curtas metragens produzidas em contexto da residên-cia artística “aVISO24. Vamos ver sete curtas que envolvem vinte e quatro antigos alunos, es-tudantes de Artes e não só. O número sete respei-ta a sete grupos, porque inicialmente eram vinte e um ex-alunos”. Então, cada curta é da autoria conjunta de três alunos?,

“Sim. Cada um, em cada grupo, com responsabi-lidades divididas: argu-mento, realização, edi-ção…”, e o próximo pas-so?, “Estas curtas vão

ficar na posse do Museu Grão Vasco que terá so-bre elas direitos de uti-lização em acções peda-gógicas, ateliers, etc. Mas não tem direitos de au-tor.”, e em breve? “A ven-cedora do prémio do júri e do prémio do público, ambas serão mostradas de novo no nosso Festi-val Anual de Curtas Me-tragens.”, e quem é o júri?,

“Um jurado único, Rui Pi-lão. A decisão foi dele.”

Das sete curtas apresen-tadas, as seleccionadas fo-ram “The Short Tale of Sle-epy Mary” e “O Quadro”. Uma motivadora forma de ensinar criando e desen-volvendo as aptidões artís-ticas que há dentro de cada aluno. Uma forma-Escola de ser diferente!

Paulo Neto

Destaque

As curtas do Visoou aVISO24

Propostas FNAC

Amanhã , dia 19, às 16h00, a FNAC Viseu apresenta “Os segredos da maleta vermelha”, um livro de Paula Cosme Pinto, empreendedora, e Alexandra Campos Leal, jornalista do Expresso. O prefácio é de Júlio Ma-chado Vaz. O lançamen-to conta com a presença das autoras e do editor.

No domingo, dia 20, às 11h30, é “Hora do Conto”, por Ana Raquel Alves. Como é hábito, esta rú-brica é direcionada para os mais novos.

De 21 até 31 de maio, vai decorrer o Ciclo Pal-ma de Ouro. A Palma de Ouro é o prémio de maior prestígio do Fes-tival de Cinema de Can-nes, entregue desde o ano de 1955 ao filme ven-cedor do Festival.

Noite dos Museus em Lamego

Sob o tema “Museus num mundo em mudan-ça: novos desafios, novas inspirações”, o Museu de Lamego assinala ama-nhã, dia 19, a Noite dos Museus, apostado num modelo que privilegia a relação entre o museu e o público, e que visa re-fletir sobre o modo como nos posicionamos em re-lação à arte e ao patrimó-nio e, em última estân-cia, em relação a nós pró-prios, enquanto agentes ativos na construção da herança cultural.

No passado dia 12, no So-lar do Dão, antigo Presídio do Fontelo, foi apresentado por Rui Macário, da Proje-to Património, o cromo Vi-seupédia nº 17.

Com imagem da autoria de Cris Nogueira e texto de Paulo Neto, este começou as suas palavras ao som antigo da canção da época “Senhora do Livramento”, desta forma:

Fechemos os olhos por um minuto e tentemos re-cuar 85 anos… É dia 15 de Agosto, dia da Senhora da Lapa. A noite apresenta-se amena, com 26º lá fora. Es-tamos no espaço da ação e na hora em que decor-re a evasão de Aquilino:

21h15…”Depois da sua alocução,

Cris Nogueira explicou o simbolismo e inspiração da imagem.

Entre a assistência con-tavam-se, entre outros, os fundadores do CEAR, Hen-rique Almeida e Alberto Correia.

Ao fim, foi servido um Dão de Honra que rema-tou com excelência a “noite da fuga”. TVP

A Evasão de Aquilino Ribeirodo Presídio do Fontelo

Variedades

Paul

o N

eto

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Variedades

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saúde

O diretor-geral da Saúde, Francisco George defendeu em Viseu que “tem que ser obrigatório o fornecimento gratuito de água nas esco-las, para que a população escolar deixe de beber re-frigerantes”.

Francisco George foi o convidado da conferência “Importância dos Compor-tamentos em Saúde Públi-ca”, organizada na segun-da-feira, dia 14, pela Escola Superior de Saúde do IPV, durante a qual foi lançado o livro “Comportamentos de Saúde Infanto-juvenis: Realidades e Perspetivas” (ver noticia ao lado).

O responsável fez uma “viagem” sobre os proble-mas, desafios e soluções que se colocam à saúde pública, lembrando que “a emergên-cia das doenças crónicas” como a diabetes tipo 2, do-

enças oncológicas, doen-ças cérebro-cardiovascu-lares e as doenças respira-tórias crónicas “são as mais preocupantes” e as respon-sáveis por “mais de 60% da morte dos portugueses”.

Para o diretor-geral da Saúde, esta situação tem a ver com fatores de risco que têm que ser interrom-pidos, tais como “o tabagis-mo à cabeça”, o álcool e o sedentarismo. Francisco George explicou que “uma lata de coca-cola pequena equivale a cinco cubos de

açúcar”, contribuindo para a obesidade. Segundo o res-ponsável, a Direcção-geral da Saúde está “a trabalhar no sentido de promover o consumo de água de quali-dade” nas escolas.

“Isso vai ter que acabar. A casa de banho não é para beber água”, frisou aos jor-nalistas no final da confe-rência, alertando que a dis-ponibilidade da água não pode acontecer nas tornei-ras das casas de banho das escolas, mas através de me-canismos que assegurem a

sua potabilidade e frescura.O responsável aludiu

também à intenção de “transportar para as famí-lias os menus que têm sido ensaiados nas escolas do ensino básico”, no âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimenta-ção Saudável. O objetivo é “promover a alimentação equilibrada para todos os membros da família”.

No campo do tabagis-mo admitiu que a proibi-ção do consumo de álco-ol vai ter que ser mais exi-gente. Já na problemática do sedentarismo remeteu para o prefácio do livro lan-çado, onde escreve que “era preciso voltar aos parques”, em lugar das crianças e jo-vens estarem à frente dos monitores”.

Emília Amaral

A obra coletiva resulta dos trabalhos apresentados no “I Congresso Nacional de Comportamentos de Saúde Infanto-Juvenis”, promovi-do pela Escola Superior de Saúde de Viseu (ESSV).

Lançado em papel e on-line, o livro pretende ser um instrumento de traba-lho para os profissionais de saúde e estudantes. Está “ar-rumado” em diferentes sec-ções, disponibilizando uma série de artigos resultantes de reflexões de investigado-res nacionais e internacio-nais, alguns deles da ESSV.

Carlos Albuquerque, in-vestigador responsável pelo projeto adiantou que o livro

é mais um passo na evolu-ção da investigação na ESSV e anunciou a realização em Viseu do I Congresso Mun-dial de Comportamentos Infanto-Juvenis, no próxi-mo ano.

O presidente do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), Fernando Sebastião refor-çou durante a cerimónia, que a investigação tem que ser uma “componente fun-damental” nas escolas do ensino superior, “a par da li-gação à comunidade”, lem-brando que a ESSV tem tido uma grande evolução nesse sentido e é atualmente a es-cola com mais professores doutorados no IPV. EA

“Comportamentos de Saúde Infanto-Juvenis: Realidades e Perspetivas”

Emíli

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Diretor geral da Saúde quer água de qualidade nas escolasConferência∑ Escola Superior de saúde do IPV edita livro sobre comportamentos

A Francisco George participou na conferência

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SAÚDE

F. Nogueira MartinsNuno Nogueira Martins

Médicos Especialistas

Obstetrícia e Ginecologia

Av. Mon. Celso Tavares da Silva, Lote 10 Lj M 3500-101 VISEU (Qta do Seminário)

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Ortodontia Vs Prótese Fixa

Opinião

OrtodontiaA movimentação de den-

tes desalinhados é o trata-mento de eleição por não ser evasivo. Tal é possível com o auxílio de um aparelho den-tário. Para colocar aparelho dentário também é funda-mental que tenha um osso maxilar e mandibular em boa quantidade e qualidade para que seja possível exer-cer as forças suficientes para endireitar os dentes.

É um tratamento demo-rado, uma vez que são forças que vão ser exercidas nos dentes para os endireitar e têm que ser feitas de uma forma muito lenta para não os lesar. Quanto ao facto de

ser inestético, actualmente já existem brackets transpa-rentes, em vez dos metálicos, e em certos casos é possível colocar o aparelho na parte palatina e lingual dos den-tes, isto é na parte de trás dos dentes, sem que se perceba que tem aparelho dentário.

O tratamento ortodônti-co para endireitar os dentes, normalmente é o tratamen-to de eleição, se a pessoa em questão reunir as condições necessárias para tal, uma vez que mantém intactos os den-tes naturais.

Prótese FixaÉ também possível, em

determinados casos, colo-car coroas ou facetas (capas

de cerâmica) para corrigir o desalinhamento dentário, quando este não é muito se-vero. No entanto, para este tipo de reabilitação é neces-sário desgastar os dentes na-turais para que posterior-mente estes as possam re-ceber. As coroas ou facetas são cimentadas (coladas) aos dentes. Em todos os tra-tamentos os cuidados de hi-giene oral e as visitas perió-dicas ao Médico Dentista são essenciais.

Ana Granja da FonsecaOdontopediatra, médica dentista de crianças

[email protected]

PRÁTICA DE CICLISMO INDOOR NO PALÁCIO DO GELO

O clube desportivo For-life, localizado no Palácio do Gelo promove este sá-bado, dia 19, um evento sobre a schwinn cycling. O objetivo da iniciativa “schwimm cycling expre-rience ride 2012” é promo-ver na região a prática de ciclismo indoor.

A iniciativa reúne mais de 300 participantes e 42 instrutores de renome, oriundos de Portugal, Espanha e Itália.

Haverá sessões durante a manhã e a tarde, sendo disponibilizadas 150 bici-cletas fixas de última ge-ração. EA

VII CONGRESSODE NEUROCIÊNCIASNO TEATRO VIRIATO

Decorre este sábado e domingo, no teatro Viriato, em Viseu, o VII Congres-so Internacional de Neu-rociência e Educação Es-pecial 2012, organizado pela PsicoSoma. A inicia-tiva integra-se na semana dedicada às neurociências e educação especial e junta na cidade vários especialis-ta nacionais. O congresso visa abordar as inovações desenvolvidas na área, os projetos inovadores, novas ferramentas e aplicações, bem como estudos inova-dores e atuais. A sessão de abertura está marcada para as 9h00 de sábado. EA

RASTREIO DO CANCRO DS MAMA EMSANTA COMBA DÃO

A unidade móvel de mamografia do Núcleo Regional da Liga Por-tuguesa Contra o Can-cro está junto ao Cen-tro de Saúde de Santa Comba Dão, disponível para quem quiser reali-zar o exame mamográfi-co digital (mamografia) de forma gratuita, até ao início do mês de junho.

O serviço está disponí-vel de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.

O programa está aberto a mulheres com idade en-tre os 45 e os 69 anos, re-sidentes no concelho. EA

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SAÚDE

Um modo natural de ajudar as articulações dolorosas

Opinião

Osteoartrose, a deteriora-ção da cartilagem das articu-lações que surge numa idade mais avançada, faz parte do processo de envelhecimento. O que é interessante saber é que a investigação científica encontrou uma solução natu-ral que parece ser muito efi-caz: glucosamina combinada com condroitina.

Estamos familiarizados com a típica situação em que o avô se levanta da sua cadei-ra. Pára a meio e fica “congela-do”, como se algo o prendesse àquela posição. Lamenta-se, mostrando claramente que

tem dores, e lá consegue pôr-se de pé.

Esta imagem clássica é os-teoartrose, o resultado dolo-roso do desgaste da cartila-gem. As extremidades ósse-as expostas friccionam entre elas, originando dor, estalidos e perda de mobilidade, mas investigadores empenhados encontraram o que parece ser uma solução muito útil. Não se trata de cirurgia, nem de me-dicamentos de síntese… é uma combinação de dois compo-nentes naturais. Uma chama-se glucosamina, a outra con-droitina.

Tijolos de cartilagem. A glu-cosamina é um amino-açúcar, produzido a partir dum ami-noácido e de glucose. É um tijolo biológico e um compo-nente estrutural da cartilagem das articulações. O que torna a glucosamina tão especial é a sua capacidade de estimular a síntese corporal de cartilagem e foi exactamente isso que a in-vestigação mostrou ser benéfi-co na osteoartrose.

A condroitina, o outro com-ponente, é extraído normal-mente da cartilagem de por-co ou de vaca, mas também é usada a cartilagem de tubarão. A condroitina é um compo-nente estrutural vital da car-tilagem.

Nenhuma outra substância tem este efeito. Ao contrário dos medicamentos analgési-cos e anti-inflamatórios, que eram a opção não cirúrgica mais comum para as pessoas com osteoartrose, a glucosa-mina e a condroitina têm ou-tros efeitos para além de me-lhorar a dor. Impede a degra-dação da cartilagem.

Até ao momento, este é o único tratamento capaz de prevenir a futura perda de car-

tilagem articular. Alguns pe-ritos reclamaram ainda que a glucosamina pode recuperar alguma da cartilagem já de-gradada.

Documentado cientifica-mente. Actua mesmo? De acordo com estudos cientí-ficos, definitivamente pare-ce que sim. Não só melhora o funcionamento das articu-lações, como os estudos tam-bém demonstram que reduz as dores articulares tão eficaz-mente como os AINE’s (medi-camentos anti-inflamatórios não esteróides) que são am-plamente utilizados para tra-tar articulações inflamadas e dolorosas. De facto, investi-gadores Espanhóis do Hospi-tal Universitário Dr. Peset em Valência publicaram recente-mente um estudo na revista científica Radiologia Europeia (European Radiology: Eur Ra-diol. 2009), no qual compro-varam a capacidade da gluco-samina diminuir a dor e me-lhorar o funcionamento das articulações em pessoas com a cartilagem do joelho degra-dada.

Utilização muito segura. Num artigo de revisão publi-

cado no início deste ano na re-vista Artroscopia (Arthros-copy 2009 Jan;25(1):86-94), investigadores americanos referem o sulfato de glucosa-mina como “uma modalida-de inicial de tratamento para muitos doentes com osteoar-trose”.

A osteoartrose, como men-cionado anteriormente, é uma parte natural do processo de envelhecimento. Para além da relação com a idade, e da de-gradação enzimática da carti-lagem arti-cular, a os-teoartrose pode ser provocada pela uti-lização inadequa-da das articulações ou por uma com-binação de excesso de peso e pouco exer-cício físico. Glucosami-na combinada com con-droitina parece ser uma solução benéfica para a osteoartrose ligeira a mo-derada, não apenas pelos seus efeitos comprovados, mas também pela sua se-gurança.

Porquê “sulfato”?

Estudos demonstram que o melhor efeito é obtido com sulfato de glucosamina e sul-fato de condroitina. O prefi-xo “sulfato” refere-se ao facto dos componentes serem com-binados com enxofre. Biolo-gicamente, a glucosamina e a condroitina necessitam da presença de enxofre para ac-

tuar adequadamente. Ou-tra forma de glucosamina predominantemente uti-lizada em preparações de

glucosamina nos Esta-dos Unidos é o “clori-

drato de glucosami-na”. Esta forma da substância não ac-

tua tão bem quanto o sulfato de glucosami-

na, explicando a razão por que alguns estudos

não apresentam os efeitos esperados. A maioria dos estudos publicados com efeitos comprovados na osteoartrose utilizaram sulfato de glucosamina.

Inês VeigaFarmaceutica

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Jornal do Centro18 | maio | 201228

CLASSIFICADOS

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295

JOÃO MARTINSMorada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753

FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANUEL COVELOwww.manuelcovelo-advogado.comEscritório: Urbanização Quinta da Magarenha-Rua da Vinha, Lte 4, 3505-639 Viseu Telefone/Fax: 232425409 Telemóvel: 932803710Email: [email protected]

MANGUALDEJOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Mantei-ga, Arroz de Carqueja, Cabrito As-sado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away.

SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE AVENIDAEspecialidades Cozinha Porgugue-sa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

RESTAURANTE CASA AROUQUESAEspecialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefo-ne 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-10-2011 pela revista Vinhos)

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

CHEF CHINAEspecialidades comida chinesa. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Obser-vações www.chefchinarestauran-te.com

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

SANTA GRELHAEspecialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.san-tagrelha.com

A DIFERENÇA DE SABORESEspecialidades Frango de Chur-rasco com temperos especialida-des, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domin-gos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao do-micilio.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Folga Sábado (excepto Verão). Preço médio por refeição 10 euros. Mo-rada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Ob-servações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

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Jornal do Centro18 | maio | 2012 29

CLASSIFICADOS

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Operador de CombustívelRef. 587804249 – tempo completo – Castro Daire

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IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 - 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

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CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

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INSTITUCIONAISJornal do Centro

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INSTITUCIONAISJornal do Centro18 | maio | 2012 33

INSTITUCIONAIS

CLASSIFICADOS

NECROLOGIAMaria de Lurdes Soares de Almeida, 82 anos, casada. Natural e residente Casa, Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 12 de Maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Reriz.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Joaquim Monteiro, 85 anos, viúvo. Natural de Dornas, Pretarouca, Lamego e residente no Lar Santa Isabel, em Cêtos, Pinheiro, Castro Daire. O funeral rea-lizou-se no dia 14 de Maio, pelas 14.00 horas, para o cemitério de Pretarouca.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

Fernando do Couto Pina, 83 anos, viúvo. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 12 de Maio, pelas 15.00 horas, para o cemité-rio local.

Maria Amália da Conceição, 83 anos, viúva. Natural e residente em Cabe-ça, Seia. O funeral realizou-se no dia 12 de Maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Cabeça.

Maria de Jesus Olícia, 86 anos, viúva. Natural e residente em São João do Monte, Senhorim, Nelas. O funeral realizou-se no dia 15 de Maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Senhorim.

Maria de Lurdes Sousa Diogo, 72 anos, viúva. Natural de Ínsua, Penalva do Castelo e residente em Corvaceira, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 17 de Maio, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Corvaceira.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Maria da Assunção dos Santos Costa, 85 anos, viúva. Natural e residente em Casal Mendo, Alcafache, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 14 de Maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Alcafache.

Agência Funerária PaisMangualde Tel. 232 617 097

João Rodrigues Ferreira, 70 anos, casado. Natural de Silgueiros e residen-te em Bela Vista, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 11 de Maio, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Albertina Marques, 85 anos, viúva. Natural e residente em Póvoa de Luzia-nes, Nelas. O funeral realizou-se no dia 13 de Maio, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Senhorim.

João Pais Martins de Sá, 87 anos, viúvo. Natural de Silgueiros e residente em Lisboa. O funeral realizou-se no dia 16 de Maio, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Fernando Manuel Laranjeira, 59 anos, casado. Natural de Oliveira de Frades e residente em Vouzela. O funeral realizou-se no dia 9 de Maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Oliveira de Frades.

Marai Lucília, 92 anos, viúva. Natural e residente em Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 12 de Maio, pelas 17.30 horas, para o cemitério local.

Ilda Maria de Jesus, 90 anos, viúva. Natural e residente em Sejães, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 14 de Maio, pelas 17.15 horas, para o cemitério de Sejães.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Nelson dos Santos, 77 anos, casado. Natural de Carvalhal, Queirã e residen-te em Caria, São Miguel do Mato, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 10 de Maio, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Moçamedes.

António da Costa, 95 anos, solteiro. Natural de Vilar, São Miguel do Matos e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 10 de Maio, pelas 17.00 ho-ras, para o cemitério de Moçamedes.

João de Almeida Lima, 81 anos, casado. Natural e residente em Vila Nova, Santa Cruz da Trapa. O funeral realizou-se no dia 11 de Maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Santa Cruz da Trapa.

Eduardo Gomes, 76 anos, viúvo. Natural e residente em Bondança, Manhou-ce. O funeral realizou-se no dia 12 de Maio, pelas 17.30 horas, para o cemi-tério de Manhouce.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Maria Alzira, 88 anos, viúva. Natural de Mondim da Beira e residente em Val-verde, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 12 de Maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca.

Almerinda da Conceição Melo, 76 anos, casada. Natural de Tarouca e resi-dente em Valverde, Tarouca. O funeral realizou-se no dia 17 de Maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Esporões, Tarouca. Agência Funerária Maria O. Borges DuarteTarouca Tel. 254 679 721

João de Almeida, 93 anos, casado. Natural e residente em Adenodeiro, Mo-ledo, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 16 de Maio para o cemitério de Adenodeiro.

Luciano da Rocha, 53 anos, casado. Natural e residente em Rio de Mel, Pin-delo dos Milagres, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 18 de Maio para o cemitério de Rio de Mel.

Agência Horácio Carmo & Santos, Lda.Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251

António José Morgado de Almeida, 62 anos, divorciado. Natural e residente em Vilar de Ermida, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 13 de Maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Vilar de Ermida.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

Joaquim Ribeiro, 79 anos, casado. Natural de Queirã, Vouzela e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 12 de Maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Moçamedes, Vouzela.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Anibal Marques Pereira, 89 anos, casado. Natural do Brasil e residente em Torredeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 8 de Maio, pelas 11.00 horas, para o cemitério de Torredeita.

Maria Santana Ferreira Esteves Correia, 54 anos, casada. Natural de Viseu e residente em Portela de São Cipriano, Viseu. O funeral realizou-se no dia 11 de Maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de São Cipriano.

Jaime Augusto de Matos, 77 anos, viúvo. Natural e residente em Torredeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de Maio, pelas 16.00 horas, para o ce-mitério de Torredeita.

Maria de Oliveira Pereira, 83 anos, viúva. Natural de Resende e residente em Mouro de Madalena, Campo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 13 de Maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Panchorra, Resende.

Lucinda de Jesus Marques Soares, 83 anos, viúva. Natural e residente em Fail, Viseu. O funeral realizou-se no dia 17 de Maio, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Fail.

Agência Funerária de FigueiróViseu Tel. 232 415 578

Maria da Conceição de Jesus, 80 anos, casada. Natural de Viseu e residente em Jugueiros, Viseu. O funeral realizou-se no dia 11 de Maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério velho de Repeses.

Maria de Lurdes Nogueira da Silva, 86 anos. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de Maio, pelas 16.00 horas, para o cemité-rio velho de Viseu.

Maria da Conceição Pires Rodriguez, 69 anos, viúva. Natural de São Paulo, Lisboa e residente em Pascoal, Viseu. O funeral realizou-se no dia 14 de Maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério novo de Abraveses.

Francisco de Assis Nunes Loureiro, 94 anos, casado. Natural de Orgens e re-sidente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 16 de Maio, pelas 16.00 horas, para o cemitério velho de Viseu.

Michael Ferreira de Sousa, 22 anos, solteiro. Natural e residente em Gene-bra, Suíça. O funeral realizou-se no dia 18 de Maio, pelas 18.00 horas, para o cemitério de São Miguel de Vila Boa, Sátão. Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 531 de 18.05.2012)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 531 de 18.05.2012)

Jornal do Centro18 | maio | 201234

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 479 | 20 DE MAIO DE 2011

∑ Tondela abre a porta a novos investimentos

∑ “Não há condições de termos comboio para Viseu” (José Junqueiro)

∑ Viseu perde dois aviões ligeiros no combate aos incêndios

∑ O que dizem os cabeças de lista por Viseu no Facebook

∑ 16 empresas investem 34 milhões de euros em Tondela

∑ Montra da Cereja da Penajóia vendeu mais de duas toneladas

∑ Raparigas da Casa da Aguieira sobem ao palco do Teatro Viriato

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> ELEIÇÕES

> REGIÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURAS

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> EMPREGO

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORA INTERINA

Emília Amaral

Semanário

20 de Maio de 2011

Sexta-feira

Ano 10

N.º 479

1,00 Euro

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∑ 16 empresas investem 34 milhões e criam 150 postos de trabalho | página 12

Tondela abre a portaa novos investimentos

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

“Não há

condições de

termos comboio

para Viseu”

À conversa

José Junqueiro, cabeça de

lista do PS por Viseu

LegislativasO que escrevemos cabeçasde listano Facebook?

página 10

Acção inéditaVinho do Dãodeu-se a provarantes de serlançado no mercado

página 16

Combate à exclusãoRaparigas da Casada Aguieirasobem ao palcodo Teatro Viriato

última

RegiãoCâmara de Viseu entrega chequede sete mil eurosao Museu da Sé

página 14

Época de incêndiosCrise retirouaviõesao distritode Viseu

página 6

Suplemento

Emprego &

FormaçãoTextos: Andreia Mota Grafismo: Marcos Rebelo

ESTE SUPLEMENTO É PARTE

INTEGRANTE DO SEMANÁRIO

JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO

479 DE 20 DE MAIO DE 2011

E NÃO PODE SER VENDIDO

SEPARADAMENTE.

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Encontre o emprego que procura

A partir desta edição o Jornal do Centro

passa a ter uma página dedicada

ao empregocom maisofertas para si

| página 25

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Portugal vive um dos perí-odos mais dramáticos da sua história recente. Com a nos-sa entrada na União Europeia, aproximámo-nos de padrões de vida e de propriedade seme-lhantes aos dos países desen-volvidos do velho Continente. Quase só por força dessa adesão e dos montantes avultados que a ela vieram associados. Com esta mudança histórica no nos-so enquadramento no contexto europeu e mundial dos países, alterámos hábitos de vida e de consumo que estavam e estão ainda hoje longe da nossa capa-cidade produtiva e de geração efectiva de riqueza.

Portugal tem agora de olhar para períodos anteriores da sua história e levar a cabo dois re-gressos importantes: o regres-so a níveis e tempos de trabalho superiores aos da nossa produ-tividade actual e o regresso à terra. Alguns aspectos do pri-meiro estão já em curso e ten-derão a acentuar-se. O segun-do começa já a ser visível em muitas curvas das estradas por onde se circula. Ainda bem.

Em 1995, na minha tese de Mestrado no ISCTE, quando analisei o trabalho prisional es-crevi com convicção e fé: “… . Provocar uma espécie de re-gresso ao trabalho, quando no Sistema Penitenciário se tenta postular um modelo de inter-venção gasto e inadequado e se consomem escassos recur-sos em projectos cujo sucesso se prevê fraco ou nulo porque desenquadrados e distorcidos relativamente à realidade”.

Nada de muito significati-vo aconteceu nesta área até aos últimos anos. Desde o 25 de Abril de 1974, o abandono do trabalho efectivo nas pri-

sões foi progressivo, passan-do de dominante a quase resi-dual. Razões várias levaram a este processo de abandono: so-ciais, familiares, económicas, organizacionais e até políticas. Todas elas profundamente in-trincadas com o processo so-cial e político geral do país, que alterou drasticamente o perfil humano e psicológico dos re-clusos. Abandonaram-se par-ques oficinais, explorações in-dustriais e agrícolas e outras fontes de trabalho e rendimen-to, numa confrangedora atitu-de de desmazelo e desvalori-zante do dever moral e ético de todos contribuirmos para o progresso social e material do país. Mesmo, e sobretudo, para quem está preso. Organizacio-nalmente, as questões da segu-rança impuseram-se progres-sivamente e os riscos do traba-lho prisional condicionaram carreiras, desempenhos, mo-delos e formas de gestão dos EPs e da DGSP. Sempre pela diminuição do seu volume e valor, face ao que doutrinal-mente o mesmo deve repre-sentar e apesar de sempre pro-clamado.

“O trabalho dos reclusos e a Formação Profissional são a trave mestra da ciência pe-nitenciária moderna (Garcia Valdez, 1976) e só por si reve-lam todas as possibilidades e limitações de um sistema

penal e de execução de penas racional. Muito para além de

qualquer outro aspecto ou área do sistema prisional (Gru-

nhüt, 1948).Surgiram novas áreas de

intervenção técnica para pro-blemas sociais cujo reflexo e consequência se impuseram no Sistema Prisional, sem que a

elas fosse, de facto e em dimen-são, associado o trabalho efec-tivo como componente impres-cindível. Como consequência, consumiram-se recursos mui-to avultados cuja avaliação de rentabilidade, qualquer que ela seja, é hoje discutível.

O país exige agora que este paradigma mude: técnica, organizacional e organica-mente. A população reclusa é demasiado onerosa para o erário público para que com o trabalho ela apenas se re-lacione como consumidora de recursos por outros pro-duzidos. Tem que, durante a prisão preventiva e o cum-primento da pena, contribuir para a diminuição dos custos que representa para os restan-tes cidadãos a quem compete suportar a manutenção de um Sistema Penal e Prisional De-mocráticos.

Este paradigma está agora e já algum tempo em impo-sição progressiva no Sistema Prisional e saudamos este fac-to. Torna-se necessário colocá-lo no patamar, dimensão e es-cala que a doutrina, a história, as vantagens organizacionais e dos reclusos sempre lhe atri-buíram.

A situação do país exige e impõe trabalhar mais, por

mais tempo e por menos di-nheiro ao comum dos cida-

dãos. Para quem cumpre pena, isso é ainda muito mais impe-

rativo.

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O regresso ao trabalho

Miguel AlvesDirector dos EPRs Viseu e Lamego

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Jornal do Centro18 | maio | 2012 35

JORNAL DO CENTRO18 | MAIO | 2012Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 18 de maio, tempo limpo. Temperatura máxima de 21 e mínima de 7ºC. Amanhã, 19 de maio, chuva fraca. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 6ºC. Domingo, 20 de maio, chuva e possibilidade de trovoada durante o dia. Céu nublado durante a noite. Temperatura máxima de 15ºC e mínima de 5ºC. Segunda, 21 de maio, aguaceiros. Temperatura máxima de 13ºC e mínima de 5ºC.

tempo

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

1. François Hollande foi eleito a 6 e tomou posse a 15 de Maio. Cá, no ano passado, Cavaco Silva foi eleito a 23 de Janeiro e tomou posse a 9 de Março. Em França, 9 dias; em Portugal, 45. A terceira república portuguesa é muito mais nova do que a quinta república francesa mas está com um grau muito mais avançado de es-clerose.

O sistema político português tem prazos gon-góricos que eternizam situações de bloqueio e de pântano, não permite várias eleições ou eleições e referendos no mesmo dia, é cada vez menos representativo, o voto em listas fe-chadas faz com que, no meio delas, sejam elei-tas criaturas a quem nem os próprios vizinhos confiavam o condomínio.

Caros António José Seguro e Pedro Passos Coelho, é agora o tempo de reformar a terceira república. É que pode não haver outra oportuni-dade — é muito provável que, nas próximas elei-ções, o bloco central deixe de ter os dois terços necessários para uma revisão constitucional.

Podia-se começar, para já, pelas autarquias: há que acabar com os chamados “vereadores da oposição” — o trabalho mais absurdo da democracia portuguesa; há que acabar com o voto dos presidentes das juntas nas assem-bleias municipais; e há que transformar estas em verdadeiros órgãos de fiscalização do exe-cutivo municipal.

2. A eleição de Hollande não alterou nada de significativo. O novo presidente regressa ao gaullismo/miterrandismo, ao tradicional nariz empinado da política externa francesa, deixan-do de ser seguidista dos Estados Unidos como foi Sarko. Isso vai agradar aos BRICs, mas não vai fazer com que os países emergentes se tor-nem nem mais nem menos generosos ou com-placentes com a dívida da “Europa”.

No exacto dia em que tomou posse, o senhor Hollande lá foi, rápido como um raio, à senho-ra Merkel.

Adieu, Merkozy! Bienvenue, Merkollande!

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

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Sexta, 18 MaioTarouca∑ Início do fim-de-semana gastronómico, organizado pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal em parceria com as autarquias da região. A iniciativa prolonga-se até domingo com a participação de nove restaurantes a servirem pratos como a “marrã” ou o leite creme à moda antiga.

Viseu∑ Assinado um acordo de geminação entre as cidades de Viseu e do Rio de Janeiro, às 11h00, no Salão Nobre da Câmara de Viseu.

Sábado, 19 MaioMangualde∑ seminário “Mulher Bombeiro - Especificidades e Responsabilidades”, organizado pela Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, às 9h30.

agenda∑Merkollande

A Confraria de Sabe-res e Sabores da Beira “Grão Vasco” comemo-ra esta sexta-feira, dia 18 o décimo aniversário.

As celebrações vão decorrer no restaurante Santa Luzia, em Viseu, a partir das 20h00, e con-tam com a participação de um grupo de confra-des do Rio de janeiro com quem a confraria mantém uma forte liga-ção há já vários anos.

Para o almoxarife da Confraria Grão Vasco, José Ernesto a aproxi-mação às comunidades portuguesas do Rio de Janeiro e de São Paulo foi mesmo das “maiores conquistas” alcançadas ao longo dos 10 anos da instituição.

José Ernesto acrescen-ta que foram dez anos de trabalho de uma equipa a promover a gastrono-

mia, as tradições e ou-tras “mais valias” da re-gião. “Foram 10 anos a promover a região de Viseu e conseguimos”,

resume o almoxarife.O Festival do Caldo –

Festa da Sopa de Viseu, foi outros dos projetos implementados pela confraria em 2004, que se tornou pioneiro, ten-do sido mais tarde ado-tado em outras regiões do país.

Ao longo dos 10 anos, a Confraria de Saberes e Sabores da Beira promo-veu de forma constante um conjunto de outras ações. Destaque para as palestras relacionadas com a gastronomia e as tradições, para o apoio aos mais desfavoreci-dos na época de natal, a par da realização de seis sessões de entro-nização onde participa-ram as mais altas indi-vidualidades nacionais e locais.

Emília Amaral

Confraria GrãoVasco celebra 10 anosBalanço ∑ José Ernesto:“foram 10 anos a promover a região de Viseu”

A Festival do Caldo é dos maiores projetos da confraria

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