Jornal do Centro - Ed485

32
Publicidade pág. 02 pág. 06 pág. 10 pág. 16 pág. 19 pág. 22 pág. 26 pág. 28 pág. 29 pág. 30 pág. 31 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > REGIÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURAS > SAÚDE > CLASSIFICADOS > EMPREGO > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR |Telefone:232437461·Fax:232431225·BairroS.JoãodaCarreira,RuaDonaMariaGracindaTorresVasconcelos,Lt10,r/c.3500-187Viseu·[email protected]·www.jornaldocentro.pt| SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 01 de Julho de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 485 1,00 Euro Publicidade Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno Ferreira JORNAL DO CENTRO Parceiro de estudo inédito na Imprensa Regional | página 2 A troika da Ecopista A troika da Eco pi sta * * * Carruagem ou grande Carruagem ou grande trenó russo. Designação trenó russo. Designação também atribuída à equipa também atribuída à equipa do FMI instalado há algumas do FMI instalado há algumas semanas em Portugal. semanas em Portugal. Nome que o Jornal do Nome que o Jornal do Centro dá ao grupo dos três Centro dá ao grupo dos três presidentes das câmaras presidentes das câmaras municipais de Viseu, municipais de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, Tondela e Santa Comba Dão, os principais mentores da os principais mentores da nova Ecopista do Dão. nova Ecopista do Dão.

description

Jornal do Centro - Ed485

Transcript of Jornal do Centro - Ed485

Pub

licid

ade

pág. 02 pág. 06 pág. 10pág. 16pág. 19pág. 22 pág. 26 pág. 28pág. 29 pág. 30pág. 31

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> REGIÃO> ECONOMIA> DESPORTO> CULTURAS> SAÚDE> CLASSIFICADOS> EMPREGO> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário01 de Julho de 2011Sexta-feiraAno 10N.º 4851,00 Euro

Pub

licid

ade

Pub

licid

ade

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Nun

o Fe

rrei

raJORNAL DO CENTROParceiro de estudo inéditona Imprensa Regional | página 2

A troika da EcopistaA troika da Ecopista*

** Carruagem ou grande Carruagem ou grande trenó russo. Designação trenó russo. Designação também atribuída à equipa também atribuída à equipa do FMI instalado há algumas do FMI instalado há algumas semanas em Portugal.semanas em Portugal.Nome que o Jornal do Nome que o Jornal do Centro dá ao grupo dos três Centro dá ao grupo dos três presidentes das câmaras presidentes das câmaras municipais de Viseu, municipais de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, Tondela e Santa Comba Dão, os principais mentores da os principais mentores da nova Ecopista do Dão.nova Ecopista do Dão.

praçapública

palavrasdeles

rVamos ter o teatro no teatro”

Jorge FragaEncenador

(Na conferência de imprensa de apresentação da peça N40º3W7º5 Rossio, 22 de Junho)

rA deputada Fátima Ferreira anda sempre com um pé atrás, se estivéssemos num jogo de futebol dava-lhe uma canelada”

Fernando RuasPresidente da Câmara Municipal de Viseu

(Durante a Assembleia Municipal de Viseu, no dia 27 de Junho)

rViseu é um dos distritos mais afectados pelos incêndios florestais”

Mónica CostaGovernadora Civil demissionária

(Diário de Viseu, 27 de Junho)

rA Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) são as duas entidades que mandam em nós”

Horácio AlvesComanadante dos Bombeiros Voluntários de Viseu, Diário de

Viseu, 27 Junho)

Um dos grandes problemas de Portu-gal é indiscutivelmente o excesso de por-tugueses: temos o país infestado desta gente.

Na sua idiossincrasia é possível denotar muitas características suigeneris, passíveis de engendrar uma crise, como a que actu-almente nos assola.

Talvez, por isso, o iconoclasta Almada Negreiros bradava:

“- Coragem Portugueses já só vos falta as qualidades.” (Ul-timatum Futurista).

Já que falamos de crise é bom lembrar que uma das suas causas foi a forma despudorada como nos atolamos no cré-dito ao longo dos anos. E sabe porquê? Pois é, por causa da nossa mania indizível, de sermos “pobres com mentalidade de ricos” (Eduardo Lourenço, Labirinto da Saudade, 1978). E na verdade, até poderíamos estar melhor se tivéssemos pro-duzido mais. Mas… veja bem: “fomos à Índia, é verdade, mas mais de cinco séculos são passados, e ainda estamos descan-sando, derreados, de tão violento esforço…” (Eça de Queiroz, Os Conferencistas do Casino, Fronteira do Caos, 2005).

Mas a crise não vem só do crédito desmesurado, estamos também em “maus lençóis há falta de drama, de paixão. Aqui não bate nenhum coração” (Domingos António, pianista).

E o pior é que “o país nunca viveu de ideias, viveu sempre de impulsos” (Vergílio Ferreira). As ideias nunca foram a nos-sa preocupação. Aliás, Salazar um dos responsáveis por isso, dizia galhardamente: “gostaria que os pequenos soubessem ler, para poderem tirar melhor rendimento da enxada”.

Assim, à falha de ideias, vivemos em regime de nacional-

porreirismo, ou se quiserem de desenrasque. E o que é isto: “O nacional-porreirismo diluído no sentimentalismo anémico, rege a pátria.” (Clara Ferreira Alves, Expresso 30/10/2010).

E para fazer face à crise o que é necessário? Coragem, meus caros, coragem! Hum! Não me parece! É que “neste país nin-guém é” (Baptista Bastos), com efeito “o português é capaz de tudo, logo que não lhe exijam que o seja. Somos um grande povo de heróis adiados. Partimos a cara a todos os ausentes. Conquistamos de graça todas as mulheres sonhadas, e acor-damos alegres, de manhã tarde com a recordação colorida dos grandes feitos por cumprir.” (F. Pessoa – Escolália Inte-rior, Ática, 1978). E, como lembrava Miguel Torga, temos a única língua em que existe a expressão “o que é de comum não é de nenhum”. Vem ainda a talhe de foice, em questões de denodo, a tirada escorada do mesmo Torga: “ Portugal é uma colectividade pacífica de revoltados” (Diário vol. XVI). Enfim “como é costume estamos nas coisas sem estar”, é o que é.

Talvez, por isso, o insigne poeta Ruy Belo escreve em Tem-po Duvidoso: “no meu país não acontece nada” e vai mais lon-ge na lamúria, escrevendo que “o meu país é o que o mar não quer”. Talvez seja, mas ele foi o nosso grande elo de ligação com o mundo que “corremos fantasmagoricamente, a deixar nele pegadas sonâmbulas.” (Miguel Torga). Pois corremos, porque “o povo português é essencialmente cosmopolita. Nunca um verdadeiro português foi português: foi sempre tudo.” (ainda e sempre, Fernando Pessoa).

Mas vá lá, nem tudo é mau. A escritora Dutra de Menezes vem em nosso socorro na Revista Visão (9/8/2007): “Quem já fez amor com um português percebe porque é que eles po-voaram meio mundo”.

As coisas complicam-se, quando Camilo Castelo Branco,

em o Perfil do Marquês de Pombal, constata, que “num país pobre, em que toda a gente depende dos poderosos, nomea-damente de instituições, como o Estado e a Igreja, as pessoas não se podem dar ao luxo de viverem de acordo com aquilo em que acreditam.” Descansem, isso era no tempo de Camilo, agora meus caros isso não é possível, pois vivemos num esta-do de direito. Vivemos? Manuel António Pina, o mais refina-do cronista da República, não pensa bem assim: “Portugal é uma espécie de estado de direito no qual o direito se escreve por linhas tortas.” (Diário Económico, 2010).

Exactamente na última frase do romance, Fantasia Para Dois Coronéis E Uma Piscina (Mário de Carvalho, Caminho/2003), desafoga a personagem: “Há emenda para este país?”

Eu acho… não acho nada! A achalogia é outro dos males na-cionais: “Em Portugal, as pessoas não estudam, não lêem, não se informam, mas dão opiniões com base no eu acho que…” (Maria Isabel Barreno).

Creio, que apesar da profunda ironia deste texto, me parece que vamos ultrapassar a crise. Isto porque a ironia é aqui assu-mida na acepção dada por Jorge Morais: “A ironia não oculta os factos: ilumina-os” (Regicídio, Zéfiro/2007).

Julgo, que todos percebemos, que quando se fala em ex-cesso de portugueses, estamos a arrogar a emergência de uma nova mentalidade, que comute um quadro mental for-matado em regime de estado novo, ainda, e nos arquétipos comportamentais existentes, que muito contribuíram para o estado a que chegamos: “ (…) conservamos, intactos, alguns dos padrões e estratos arcaicos a que nos agarramos.” (José Gil, Portugal, Hoje, 2005/Relógio de Agua)

Esta é a indelével ilação a extrair deste texto. Vamos conseguir?

Opinião Excesso de portugueses

José Lapa Técnico Superior do IPV

1. Três edis e um projecto comum que une três autarquias, do modo mais exemplar. O bem-estar físico dos munícipes e uma iniciativa de louvar. Fernando Ruas, Carlos Marta e João Lourenço. Viseu, Tondela e Santa Comba Dão ligadas por uma ecopista de 50 quilómetros.

A simbologia que subjaz a esta união é elucida-tiva de uma comunicação entre concelhos, pou-co usual e que nem sempre deu grandes frutos, inaugurando uma nova era cuja preocupação es-sencial se prende com a qualidade de vida do ci-dadão, que passa pela saúde e sua manutenção, com alternativas práticas e sem custos para o utente, não esquecendo a proposta de descoberta da geografia local, dando vida aos antigos troços

do centenário Ramal do Dão, bem como às áreas envolventes.

2. Marina Leitão, presidente da direcção da Lu-sitânia – Agência de Desenvolvimento Regional, disse ao nosso jornal que vai apresentar todas as contas em Reunião de Assembleia-Geral, este mês de Julho.

Apesar das polémicas em torno da questão, ine-quivocamente, Marina Leitão refere ter as contas aprovadas e certificadas; ter um saldo positivo; não ter dívidas a fornecedores e, pelo contrário, existirem dívidas de municípios à Lusitânia. As-sim sendo, porque tanto bruáá em torno de tão pacífica situação? Se os 25 milhões de euros de

fundos comunitários e públicos foram aplicados com critério e rigor, a Lusitânia tem que ser lou-vada e não criticada. Se a Lusitânia, à data da sua constituição, em 1998, congregou 16 municípios e organismos públicos de Viseu, Guarda e Coimbra, porque é que 13 anos depois existem suspeições sobre projectos que há quem refira nunca terem funcionado? Porque é que o deputado do CDS-PP, Hélder Amaral, pediu explicações ao Ministério da Economia? Porque é que o deputado do PS, Acácio Pinto as requereu à Presidência do Conse-lho de Ministros e ao Ministério da Agricultura?

Porque é que o anterior governo nunca respon-deu a estes requerimentos?

Todos sabemos da seriedade da mulher de

Maratonistas da políticaEditorial

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

[email protected]

Jornal do Centro01 | Julho | 2011

2

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Que opinião temsobre a cremação?

Importa-se de

responder?

A decisão de ser ou não cremado é muito íntima e depende da cultura dos grupos a que pertencemos. Pessoalmente, gos-taria de ser cremada e de ser lembrada como era em vida.

Fátima SantosProfessora da ESEM

Acho bem, embora não saiba, ainda, se é dessa forma que eu quero acabar fisicamente.

Elisa RodriguesProfessora

estrelas

José de Almeida CesárioSecretário de Estado das

Comunidades Portuguesas

Os três autarcas dos municípios atra-vessados pela Ecopista do Dão conse-guiram um feito que os vai lembrar na história e na historiografia da região: a maior pista de desportos de ar livre do país.

Num momento em que a crise inva-de tudo e todos, conseguir apoios co-munitários para o projecto e nele gas-tar apenas o necessário para limpar mato e silvas... é obra!

António Almeida HenriquesSecretário de Estado-Adjunto

da Economia e Desenvolvi-mento Regional

números

400É o número de músicos que

o Conservatório de Música Dr. José de Azeredo Perdigão leva hoje ao Adro da Sé. Trata-se de um concerto integrado nas comemorações dos 25 anos da instituição e no 14º Festival de Música da Primavera, inseri-do no programa Viseu Natu-ralmente.

Fernando Ruas Carlos Marta

João LourençoAutarcas de Viseu, Tondela

e Santa Comba Dão

Deputado à Assembleia da Re-pública pelo PSD no círculo de Viseu desde 2002, António Almei-da Henriques recebe agora o prémio pelo esforço de anos na bancada parlamentar social-democrata.

Foi escolhido para o gabinete do também viseense Álvaro Santos Pe-reira.

O antigo líder distrital do PSD de Viseu já ocupou o cargo de secretá-rio de Estado das Comunidades Por-tuguesas no XV Governo de Durão Barroso. Na altura era estreante.

Voltou agora a ocupar a mesma pas-ta, mas liderado por Paulo Portas, o ministro dos Negócios Estrangeiros. Só que hoje, Cesário já conhece como poucos os cantos do mundo e os por-tugueses que por lá vivem.

Numa altura em que as pessoas estão cada vez mais a optar por fazer as suas exéquias com recurso à cremação, entendo que é necessário uma infra-estrutura destas na nossa região. Se é em Viseu ou Mangualde, para mim é indiferente, desde que haja numa destas cidades.

José ChavesDirigente da ASPP/PSP

Considero que a evolução natural do homem caminha nesse sentido. Vai tornar-se impossível a sustentação dos espaços fisicos existentes e respectivo alargamento. Até por uma questão de higienização do planeta nao tenho dúvidas que a cremação terá cada vez mais adeptos, con-forme se tem verificado.

Pedro PontesProfessor

César. Agora o que todos queremos é alcançar a inques-tionabilidade do parecer. E já agora, uma questão pouco re-levante, mas não, de todo, desprovida de interesse: Quais são, afinal, os municípios de más contas, que nem nos atre-vemos a escrever “caloteiros”?

3. No último Editorial congratulámo-nos com a nomea-ção de Álvaro Pereira, viseense a ocupar a super pasta da Economia e Segurança Social e, logo ali, prevíamos a no-meação de três Secretários de Estado de Viseu. A saber, Almeida Henriques, José Cesário e Fernando Seara. Quase acertámos na “mouche”, não fora o desmancha prazeres deste último… Ainda assim, sejamos realistas: é um exce-lente “score”, nunca antes igualado e que está claramente de acordo com os resultados do PSD no distrito de Viseu. Têm muito que fazer pelo país (e pelas comunidades por-tuguesas) e já agora, se fazem favor, pelo distrito!

4. O Jornal do Centro assinou um protocolo com a Universidade da Beira Interior – Covilhã. Nele, enqua-dra-se como parceiro que, conjuntamente com uma equipa de investigadores desta instituição, desenvolve um projecto designado “A Agenda dos Cidadãos – Jornalismo e Participação Cívica nos Media Por-tugueses”.

O objectivo principal é saber até que ponto a imprensa regional está aberta aos desideratos dos cidadãos, prati-cando um jornalismo público e espelhando as motiva-ções do seu público-alvo.

Depois de um estudo profundo sobre os interesses dos leitores e da relação/interacção entre eles e os jornalis-tas, baseada em entrevistas e inquéritos, o tratamento científico dos resultados proporcionou-nos perspectivas nítidas de “afinação” de objectivos e estratégias para os atingir. Até 15 de Setembro, o Jornal do Centro abre-se

- ainda com maior amplitude – às sugestões dos seus leitores/assinantes, na expectativa de poder aferir se as mudanças entrepostas colhem o seu agrado.

Se uma crítica até agora recorrentemente referida se prendia com algum tradicionalismo constatado, o Jornal do Centro tem envidado esforços, visíveis nos últimos números, para prosseguir esta prática de pro-ximidade e inovação, estimulando reciprocamente o leitor e o jornalista a uma profícua interacção, cujo alvo final é o da criação de um Observatório da Im-prensa Regional.

Todos os leitores que queiram aderir a este projec-to, devem fazê-lo através do endereço [email protected], redacçã[email protected], pelo telefone 232 437 461, fax 232 431 225, ou e, pessoalmente, no endereço Bairro S. João da Carreira, Rua Dª Maria Gracinda Torres Vasconcelos, lote 10, r/c, em Viseu.

Jornal do Centro01 | Julho | 2011

3

PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

DirectorPaulo Neto, C.P. n.º TE 909

[email protected]

Redacção (redaccao@

jornaldocentro.pt)

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Gil Peres, C.P. n.º 7571 [email protected]

Tiago Virgílio [email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Directora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedacçãoBairro de S. João da CarreiraRua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lote 10 r/c3500-187 Viseu • Apartado 163Telefone 232 437 461Fax 232 431 225

[email protected]

Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008KPR – Gestão, Consultoria e Intermediação, Lda e SHI SGPS SA

GerênciaAlbertino Melo e Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesapara o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Se fosse dado a deslumbramentos diria que sou um fã de al-gumas redes sociais. Mas releio a frase e soa-me tão ocamen-te a lugar comum que a refaço: sou um apreciador um pouco mais que moderado, do facebook, dos blogs, dos emails, dos sms… moderado por refreamento, moderado por disciplina, moderado por contenção. E ademais, consciente do poder de sedução que tais tecnologias, ou melhor, ferramentas, exer-cem sobre pessoas de todos os meios sócio-profissionais e faixas etárias.

Há dias, numa reunião privada de nível significativamente importante, um dos protagonistas desse encontro, não dei-xou de intervir como lhe competia, tomar decisões relevan-tes e desfazer alguns nós górdios, enquanto através do twit-ter interagia com dezenas de pessoas, recebia notícias que o refulgiam de satisfação e outras que o deixavam de sobrolho carregado, dava ordens e sugestões e, a certa altura, como agora é tão de moda, desfechou estrondoso murro sobre a mesa que, de tão intempestivo e contumaz, o deixou a aba-nar a mão no ar, talvez em busca da lufada de refrigério que lhe banisse a dor. O cidadão em causa não minimizou a sua actuação; mostrou uma polivalência espantosa, só não teve o reflexo da imagem de si próprio, mostrando um cinquentão com respeitáveis cãs a brincar como um miúdo de dez anos, numa playstation…

Os blogs já têm características diferentes. Neles, veiculamos a “nossa informação”; o “nosso ponto de vista”, de modo qua-se diarístico, aguardando que os visitantes (e às vezes são aos milhares) reajam com um comentário ou, até, negando-lhes o direito a comentar, tornando assim a mensagem unidirec-cional, porque sem resposta. Creio que os blogs estão a ficar obsoletos. Exigem mais atenção, mais tempo, mais reflexão. E em boa verdade, atenção, tempo e reflexão são práticas mui-to arredias da vida quotidiana da maior parte dos cidadãos, vergados à tirania do imediatismo. Para mais, exigem que se saiba escrever, apresentar, expor, argumentar, opinar… o que vai sendo raro de encontrar. Porém, um bom blog, tem os seus fiéis e, o presente e o passado recentes, mostram-nos, sem margem para dúvidas, a sua capacidade de intervenção, nomeadamente a nível político e social.

O sms é o mais usual meio de comunicação. Um verdadei-ro fenómeno. É espantoso ver um adolescente a digitar, a uma velocidade vertiginosa, mensagens para os seus amigos. É um “stude case”, a nova linguagem grafada que emerge des-sa comunicação: altamente sintética, essencial, desprovida de acentos e de pontuação, cheia de abreviaturas, de transcri-ções fonéticas e de onomatopeias criativas. O SMS é o mais acessível e democrático meio de partilha das redes sociais actuais.

O email, esse, tornou-se o grande rival dos correios e telecomunicações dos quase quatro cantos do mundo. Hoje, não há um info-incluído mani-pulador das novas tecnologias, que ao seu pc ou notebook, não tenha adicio-nado um servidor, com nomes tão su-gestivos como “hotmail” ou “gmail”, o primeiro a prometer a “caliente” co-municação (o que quer que isso seja!), o segundo a sugerir a força devastadora dos “gês” que nos atordoam à velocida-de da luz e que não tenha, ainda, adicio-nado um fax, uma impressora, um sca-ner… uma parafernália de mirabolantes instrumentos que nos fazem lembrar Ja-cinto e o seu palacete no 202 dos Champs Élysées, atafulhado das miríficas apare-lhagens da modernidade promissora da felicidade. E todas ao alcance do toque de um simples dedo e contudo, sem compa-ração com a canja de galinha pedrês re-fervente na enxúndia natural, tisana dos pobres e mordomia dos ricos, ou a omoleta de chouriço, capaz de ressuscitar um fina-do de véspera, se consumida nos socalcos

fragosos de Tormes.Hoje, através do email, que já está em todos os telemóveis,

mandamos fotografias (via satélite) como os espiões da déca-da passada, documentos urgentes, apelos pungentes, spams ou, um simples: -- “Minha querida, hoje amo-te mais que an-teontem e menos que ontem!” – acrescido de um coração pul-sante, uma carantonha sorridente e uma rosa rubríssima!

Funcional, prático e exequível, o email agilizou a comuni-cação pessoal. Um amigo meu, apresentou há tempos, uma queixa a um presidente do conselho de administração de uma grande empres pública. Vinte minutos depois tinha na sua caixa de correio a dilucidação, ao mais alto nível, do motivo alavancador da reclamação. Estão atentos, os nossos gestores da res publicae, porque nem ousamos pensar que o tédio seja tanto, que se divirtam daquele modo, talvez a jogar às copas, através desses meios…

Finalmente, o facebook… É uma comunidade de “amigos”, cuja maior parte nunca se viu ou encontrou, mas que ali, na-quele espaço público, encontram “capelas ao mesmo orago”, afinidades, gostos comuns, etc. E então, raro é o dia que não deixamos o nosso “pensamento”, a nossa opinião, o nosso ponto de vista, a nossa solidariedade, a nossa aversão, o nos-so poema, a nossa fotografia captada ao crepúsculo, a “nossa música do youtube”, o link para o sítio x e y… E depois, com alguma ansiedade, ficamos à espera que a, b, c ou d clique no “gosto” ou, cereja em cima do bolo, nos brinde com um co-mentário aprazível de apreciação e estímulo ao nosso “post”. Lugar solitário onde todos se encontram. A incomunicabi-lidade, e tantas vezes, a solidão, assim disfarçada ou adiada…

Porém, inquestionável mesmo é a capacidade que estes meios de comunicação têm de transmitir ideologias, de di-vulgar conceitos, de suscitar adesões ou repulsas, de conferir comendas ou anátemas, de convocar massas, de as subver-ter, de revolucionar, de divulgar eventos, engendrar manifs ou, parafraseando o Tiago Virgílio, informar os “amigos do alheio” que estamos nas Caraíbas com a família toda e que a nossa alegre casinha está vazia às suas mercês…

Pois! Tudo parece, assim, muito facilitado, mas, por vezes, sinto alguma saudade do tempo em que, por exemplo, distri-buir um panfleto do “reviralho” à saída da missa dominical das 11, antes da Revolução de Abril, obrigava frequentemente a “dar corda às sapatilhas” e, numa correria ziguezagueante a fugir de um mais zeloso e atento “patriota”, os papeletos bem apertados junto ao coração, o peito a arfar de ansiedade e as sapatilhas quase tão velozes como um email. Quase…!

Opinião Comunicar: tornar comum, partilhar…?!

Paulo neto Director do Jornal do Centro

[email protected]

E depois, com alguma ansie-dade, ficamos à espera que a, b, c ou d clique no “gosto” ou, cereja em cima do bolo, nos brinde com um comentário aprazível de apreciação e estímulo ao nos-so “post”

ativas. O SMS é o mais ilha das redes

--”,o-o ra a-o-ca-tesJa-

mps are-a da e de

mpa-s re-a dos

moletam fina-calcos

4 Jornal do Centro01 | Julho | 2011

OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Da mesma forma que nós chamamos bifes aos ingle-ses, os demais tratam-nos por baca-lhaus”

Opinião

Há uma conhecida relação, por vezes ei-vada de pecaminosa gula, entre portugue-ses e bacalhau. Em qualquer parte do mundo onde sejamos conhecidos o bacalhau vem-nos sempre associado. Da mesma forma que nós chamamos bifes aos ingleses, os demais tratam-nos por bacalhaus. Não é sem razão. Conhecemo-lo há séculos e tratamo-lo como ninguém no mais lato e intrincado sentido da palavra “tratar”.

Inúmeros estudos têm sido feitos, alguns interessantíssimos, sobre este peixe e o tema poderia ser longo. Mas diga-se o mais inte-ressante. Há, basicamente, cinco varieda-des:

. o Imperial Gadus Morhua, do Atlântico (Canadá e Noruega);

. o Gadus Macrocephalus, do Pacífico (Alasca);

. o Pollachius Virens (Saithe);

. o Molva Molva (Ling);

. o Brosmius Brosme (Zarbo).Ainda há quem inclua o Urophycis Brasi-

liensis (Abrótea) neste grupo.Como curiosidade refira-se que em Mo-

çambique e na Guiné conhece-se um peixe (Rachycentrum Canadum) a que chamam de bacalhau dada a semelhança que lhe encon-tram com o dito. Na Guiné apanhámos e co-memos um desses, que, localmente, “está no-meado” (como se diz em crioulo) de cobiá.

A variedade mais interessante sob o pon-

to de vista gastronómico é a primeira. É, hoje, uma espécie considerada vulnerável/ameaçada, com uma perda de cerca de 70% do seu número nos últimos 30 anos. Curioso é sabermos que cada foca come cerca de 1,5 kg de bacalhau por dia. Só para lembrar…! Some-se o que representam 150 000 focas. Já lhes diz alguma coisa? São as tais que se caçam todos os anos e contra cuja caça tan-ta gente se manifesta. Escolher é difícil, por vezes, não?

Bom, adiante. Tomámos conhecimento com este gadídeo nas trocas que fazíamos com os povos do Norte da Europa, vikings incluídos, depois da senda pirateante que lhes deu fama . Levavam o sal de Aveiro e entregavam o bacalhau. Deixaram, tam-bém, lindos olhos azulados, cabelos arrui-vados e peles sardentas…! Há registos pos-teriores que indicam que em 1433 as alfân-degas de Aveiro taxavam o bacalhau. O sal de ali era conceituado e sendo moeda de pagamento para tudo (daí a palavra Salário) servia para fazer entrar grande quantida-de daquele peixe que se consumia por todo o lado. Parece que os primeiros peritos na arte da salga foram os Bascos, possuidores de salinas e, como nós, negociantes com os povos do Norte.

Mas o sentido do mar, o saber que já tínha-

mos e a necessidade, empurraram-nos para a procura do bacalhau, ao invés de aguardar pela vinda aleatória dos fornecedores habi-tuais. Segundo consta, em 1303, após convé-nio assinado com os ingleses, os nossos an-cestrais pescadores fizeram-se ao mar em busca do “fiel amigo”. Bem certo é que, ex-perimentando artes, engenhos e ciência, ganharam as capacidades necessárias para, depois, partirem à conquista de “outras terras, outras gentes”. É uma das influên-cias do bacalhau nos Descobrimentos.

Em 1506, D Manuel fixa impostos sobre a pesca na Terra Nova (antes chamada “dos Corte-Reais” pelo empenho da família na ligação das rotas da Europa do Norte atra-vés dos Açores e na procura dos bancos do bacalhau).

Encurtando, poderá dizer-se que a fide-lidade mútua entre nós e o bacalhau é, sem exageros, praticamente, milenar.

Acrescente-se que sempre os nossos governantes deram subida importância à arte da sua captura, concedendo benefí-cios claros a quem nela se engajava. De tal sorte que, no tempo da guerra ultramari-na, ou colonial (em que só quem tivesse fortíssima deformação física, mental ou, por vezes moral se conseguia furtar ao es-forço do serviço militar) os pescadores, que quisessem, poderiam optar pelo cum-primento do tempo de tropa nos nossos ba-calhoeiros, num período de três anos. Esta-vam três meses embarcados e vinham um de descanso na “santa terrinha”. Desses, conheci um. O Manel de Buarcos. Contou-me com detalhes como era a faina diária. Como se sofria. As saudades que tinham e o receio de não voltar. Mas, no final sem-pre me dizia:

- Sempre é melhor do que ir parar à Gui-né.

Há dias, numa tertúlia de gastrónomos que frequento, abancámos à mesa de um pe-queno restaurante na Gafanha d’Aquém. A ementa era variada. Nas receitas e no que transformavam. Fiel, sempre e em todas elas, o bacalhau. Servido na hora de estar pronto, sem atrasos de parte-a-parte (comensais e restaurador) impôs-se à chegada, causando grave silêncio nos circunstantes. Pastéis, pa-taniscas, empadões, suflês e outras formas mais requintadas de interpretar o bacalhau foram eliminadas da ementa, sujeitando-a às maneiras de cozinhar de quem andou na mar, na faina e que comia o que era desinte-ressante do ponto de vista comercial. Então comemos:

Deus existe, é bom e gosta de nós! De outra forma, a quem agradeceria?

Como foi publicada e autorizada a divul-gação da receita que lhes quero dar, pela Confraria do Bacalhau, aí vai…

Segundo Jorge Pinhão (Dono do res-taurante bela ria, é o Chef da Confraria do Bacalhau), esta ementa é constituída por:

Caras de Bacalhau (grandes) devida-mente demolhadas, cortadas em quatro; muito alho, cebola azeite, sumo de limão, pimentos vermelhos cortados em tiras e salsa.

Colocam-se os ingredientes num tabu-leiro e vai tudo ao forno por 20 minutos. Acompanha-se com batata assada e sala-da de tomate.

Para a próxima aguardam-nos boche-chas, línguas e outros mimos. Panados, ou com arroz, parece-me bem…! Se hou-ver umas “açordes”, melhor.

Pedro Calheiros

De mãos dadas há 1000 anos

A O meu arqui-companheiro nestas lides, TC Ferraz Dias, radiante com um cobiá

A Massada de Samos (ou sames)

A Samos suados

A Ensopado de caras

A Feijoada de bacalhau

A Bacalhau à Confraria

Jornal do Centro01 | Julho | 2011

5

abertura textos ∑ José Lorenafotografia ∑ Nuno Ferreira

Os três são naturais dos con-celhos que dirigem e que são atravessados pela nova eco-pista. Desde o século XIX que os três concelhos passaram a estar ligados pela extinta linha ferroviária do Dão, transfor-mada agora na Ecopista do Dão. Que memórias têm da antiga ferrovia?Fernando Ruas (FR) – Te-

nho muitas memórias. Esta era a linha que possibilita-va, por exemplo, que mui-tos dos jovens destas al-deias limítrofes pudessem estudar. Quem tinha algu-mas possibilidades ficava em Viseu hospedado, o que não acontecia com muitos, e quem não tinha aprovei-tava o comboio e os respec-tivos horários que eram in-flexíveis.

Passei aqui muitas vezes nessa situação de estudante, mas de outras vezes vinha para aqui por ser uma autên-tica aventura esta ponte de

Mosteirinho.

Não havia, como hoje, a cultura da camioneta, do autocarro……não, não havia. Nem ha-

via autocarros de ligação en-tre a minha aldeia [Farmi-nhão], que é a última do con-celho e a cidade de Viseu. As ligações eram apenas ferro-viárias.

Lembro-me também que quando era a altura da Fei-ra de S. Mateus se organiza-vam comboios especiais que vinham de Tondela a Viseu para dar resposta às pesso-as. Não havia outro trans-porte a não ser o comboio e os poucos particulares que tinham carro.

E de que forma se lembra do antigo comboio o autarca de Tondela?Carlos Marta (CM) – Te-

nho menos recordações que o Fernando porque sou mais novo (risos). O comboio

A Câmara Municipal de Viseu deu há anos o primeiro pas-so para a Ecopista do Dão, que hoje é inaugurada entre a sede do distrito e a cidade de Santa Comba Dão. São quase 50 quilómetros de pista com equipamento di-verso destinado ao passeio, lazer e prática de caminhada, corrida ou passeio em bicicleta. A obra, orçada em cinco milhões de euros, está aprovada pela Federação Portugue-sa de Pedestrianismo, cumprindo todos os preceitos para a prática de diversas modalidades de desporto ao ar livre. As cidades de Santa Comba Dão, Tondela e Viseu ficam mais uma vez unidas pela via que, de 1890 a 1988, já foi um ramal ferroviário de bitola estreita conhecido por Linha do Dão.O Jornal do Centro reuniu os presidentes das três câma-

ras municipais envolvidas no projecto, num dos mais emblemáticos locais de toda a via: a ponte ferroviária de Mosteirinho.Das memórias de cada um sobre a antiga linha ferroviária ao desenvolvimento de toda a ideia, que demorou pouco mais de dois anos a concretizar, outros foram também os motes de uma conversa a três que decorreu no tabuleiro de cerca de 300 metros da ponte.Ficou a saber-se, por exemplo, que a verba despendida pelas três autarquias no projecto (750 mil euros) seria igual à limpeza de mato e silvas de todo o traçado, caso nada tivesse acontecido no percurso desmantelado da antiga linha que fez história durante quase todo o século XX.

Ecopista do Dão: um percurso feito a três

Jornal do Centro01 | Julho | 20116

ECOPISTA DO DÃO | ABERTURA

era, naturalmente, o meio de transporte privilegiado nesta zona, quer para atin-gir Viseu ou a linha da Beira Alta, em Santa Comba Dão. Foi um ex-libris que acabou e deixou certamente muitas saudades a várias gerações de pessoas.

Este é um projecto do final do século XIX. Também tem com ele alguma afinidade?João Lourenço (JL) - Em-

bora não tenha as memó-rias dos meus colegas, por ser ainda mais novo, guardo ainda algumas. As últimas são já da automotora que substituiu as velhas máqui-nas a vapor. Quando estudei em Viseu o trajecto ainda se fazia em automotora, embo-ra em alternativa houvesse também autocarros, o meio que escolhi a fim de me des-locar para o liceu.

Recordo-me também que da janela da minha sala de

aulas, na instrução primária em Santa Comba Dão vía-mos passar a antiga máquina a vapor abastecida a carvão. Outra memória que tenho é que, quando era criança, os incêndios florestais que apareciam junto à linha do comboio eram provocados pelas marinas e pelas fagu-lhas que delas saíam.

Só lamento é nunca ter an-dado no comboio da linha do Dão. Nem no tempo da máquina a vapor, nem no das automotoras.

Tenho saudades des-se tempo porque quando o comboio passava íamos to-dos para as janelas, para o ver passar.

O país mudou entretanto. Mo-dernizou-se e desertificou-se também. A antiga CP encerrou várias linhas férreas de bitola estreita, como foi o caso desta onde hoje está a Ecopista do Dão. Depois disso surgiram

muitas ideias para aproveitar este traçado. Qual foi o percurso para se chegar hoje a este equipa-mento de lazer que une os três concelhos?FR – Há exemplos deste

tipo de aproveitamento em muitos outros locais, nomea-damente em França, onde se fazem bons aproveitamen-tos das linhas férreas que se desactivam. Esta concepção veio daí.

Tanto nós autarcas como a Refer, a dona do espaço fí-sico da actual ecopista, de-senvolvemos ideias em al-ternativa ao comboio, cujo traçado estava perfeitamen-te obsoleto. Para terem uma ideia, o comboio-correio de-morava duas horas e meia para fazer o percurso entre Viseu e Santa Comba Dão.

Muitos não sabem ainda que este traçado da antiga linha de comboio teve al-gumas vicissitudes. Quem teve nele alguma interven-ção, com um desvio feito en-tão por Parada de Gonta, foi o antigo ministro e escritor, Tomás Ribeiro. O traçado normal deveria ter sido atra-vés de Farminhão, S. Miguel do Outeiro e Sabugosa, até Tondela.

Tomás Ribeiro, como era de Parada de Gonta, obrigou a uma inflexão no projecto. Mesmo não chegando direc-tamente a Parada de Gonta, Tomás Ribeiro conseguiu que o comboio parasse na Póvoa da Catarina, uma lo-calidade da freguesia de S. Miguel do Outeiro. Com este desvio foi conseguida, por exemplo, uma das obras mais notáveis desta ecopis-ta: o túnel de quase 200 me-tros entre Póvoa da Catarina e Farminhão.

A necessidade de dar um aproveitamento ao traçado surgiu também do abando-no em que a CP o deixou fi-car.

A ponte onde passamos neste momento foi um exemplo do que diz, com as populações de Mosteirinho a sentirem o resultado da degradação do aço, com a queda de peças nos telhados das casas entre as décadas de 80 e 90 do sé-culo XX……esta ponte chegou mes-

mo a estar para ser desman-chada e vendida. Recordo que é uma ponte Eiffel, feita pelo gabinete de projectos

do autor da torre parisiense. Na altura dissemos: Calma lá porque isto é arqueologia industrial!

Felizmente que não foi abaixo. Teve este aproveita-mento e em relação a todo o projecto da Ecopista, pelas condições em que foi encon-trado este financiamento, foi o melhor destino que lhe pu-demos dar.

Como é que Santa Comba Dão se vem a interessar e a aderir à concretização deste projecto?JL – O meu antecessor na

Câmara Municipal de San-ta Comba Dão já tinha ini-ciado conversações com a Refer no sentido de transfor-mar o troço de Santa Comba Dão em ecopista. Quando fui eleito, em 2005, soube que Viseu já tinha um troço da Ecopista feito e a funcio-nar, que Tondela também se estava a preparar e já ti-nha um protocolo assina-do com a Refer e, por isso, o nosso interesse foi o de unir tudo. Se cada um tivesse fei-to uma parte por si só seria mais difícil por falta de di-mensão e obtenção de finan-ciamentos. Lembro-me que demorámos pouco tempo a entender-nos sobre o pro-jecto e rapidamente se lan-çou a obra.

A Ecopista do Dão é mui-to importante para o nosso concelho. Somos o mais pe-queno dos três municípios e ganhámos dimensão com a ligação a Tondela e Viseu.

Para além de ser importante para Tondela, a autarquia da qual é presidente, a Ecopista é um projecto liderado pela Comunidade Intermunicipal da Região Dão Lafões (CIMR-DL), que também conduz já em segundo mandato. Qual a importância que atribui a esta união e a este resultado?CM – Como dizia o Fer-

nando Ruas, em primeiro lu-gar foi importante a questão do comboio. Mas mais rele-vante ainda foi, num deter-minado momento, a política do país ter enveredado por novas estradas municipais, variantes, circulares ou iti-nerários principais. Isso re-legou para trás o comboio.

Depois, destaco o facto de as três câmaras terem assu-mido compromissos de fi-car quer com as estações – que algumas foram ceden-

do a instituições -, quer com a própria pista, que já tinha sido objecto de protocolo com a CP sem que ainda se soubesse o que iríamos to-dos fazer.

Mas o primeiro grande si-nal foi quando Viseu deci-diu fazer o primeiro troço de sete quilómetros da par-te que lhe coube da antiga linha do Dão. Foi um suces-so e logo nos apercebemos do que seria fazer a ecopis-ta com cerca de 50 quilóme-tros. Houve conjugação de esforços nas três autarquias. A CIMRDL assumiu a co-ordenação deste processo e conseguimos através do programa Mais Centro que este tivesse sido o primeiro projecto intermunicipal a ser aprovado.

Foi conseguido o financia-mento e a Câmara de Viseu – e bem – foi dona da obra que nos dá a todos muito or-gulho.

Daí terem conseguido a apro-vação de um projecto que envolveu verbas da ordem dos cinco milhões de euros.Sim, mas é bom dizer que

o primeiro financiamento não foi de cinco milhões de euros. Foi muito mais baixo. Antes de termos consegui-do a aprovação final é bom lembrar que apenas obtive-mos uma comparticipação de quase 60 por cento para o total de cinco milhões de euros previstos.

Isso teria significado um grande esforço financeiro das três autarquias. Depois, face às alterações do Qua-dro de Referência Estraté-gico Nacional (QREN) e do acordo entre a Associa-ção Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e o Governo, foi possível pas-

sar a comparticipação para 80 e este ano já para 85 por cento.

Dessa forma as três câ-maras apenas fizeram um esforço financeiro de 15 por cento do total dos cinco mi-lhões de euros orçamenta-dos para a obra, que não se-ria possível sem apoios co-munitários.

As três autarquias tiveram a necessidade de recorrer a ou-tras fontes de financiamento, como Parcerias Público-Priva-das, para esta obra?FR – A partir do momento

em que garantimos o finan-ciamento a nossa luta foi a de conseguir a maior taxa de comparticipação possí-vel. E, felizmente, depois de um programa de entendi-mento com a ANMP, a que presido, conseguimos esse objectivo.

Mas quero fazer um alerta para quem pense que os cin-co milhões e duzentos mil euros da Ecopista do Dão poderiam ter sido gastos de outra forma. Não, não po-diam. Das duas, uma: ou nós [câmaras] gastávamos desta forma ou então não gastáva-mos. Possivelmente até ha-viam outros interessados.

As câmaras de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, de uma forma propor-cional, apenas contribuem com uma fatia de 750 mil euros do total do empreen-dimento. Mesmo que não fi-zéssemos qualquer tipo de investimento e apenas lim-pássemos a antiga linha do comboio gastávamos tanto como 750 mil euros.

Mas há outras vantagens com a Ecopista. Ela veio per-mitir o início da requalifica-ção de todo o espaço. Convi-do quem por aqui passe que veja se há algum espaço que não esteja devidamente tra-tado.

As pessoas voltam-se de novo para a antiga linha férrea, agora Ecopista……fazem-no com gosto

até!

O papel das autarquias vai parar por aqui em relação ao projecto ou vão manter-se en-volvidas até com a respectiva manutenção?CM – Quero completar o

que disse, e bem, o Fernan-do. Os primeiros três mi-lhões de euros que vieram

r (...) as três câmaras apenas

fizeram um esfor-ço financeiro de 15 por cento do total dos cinco

milhões de euros orçamentados para a obra” -

Carlos Marta

»»

Jornal do Centro01 | Julho | 2011 7

ABERTURA | ECOPISTA DO DÃO

através da CIMRDL só fo-ram possíveis porque havia o projecto da Ecopista. Foi um ponto adicional ao pro-tocolo que havíamos cele-brado com o programa Mais Centro.

Estes recursos não entra-ram no bolo global dos res-tantes municípios da região Centro.

Mas há coisas fantásticas nesta iniciativa. Só o facto de termos podido recupe-rar, por exemplo, esta ponte de Mosteirinho – tal como as de Santa Comba Dão e Tondela – só por si valeu todo o investimento.

Tal como eu, penso que o João e o Fernando estão or-gulhosos deste empreendi-mento. Tenho até a certeza que, para mim e para o Fer-nando, que acabamos com

este os nossos mandatos, esta será uma grande recor-dação da passagem por esta nobre função de autarcas.

Santa Comba Dão tem uma das zonas mais interessantes para o desenvolvimento de projectos turísticos ao longo da Ecopista do Dão. Falamos dos troços de rara beleza ao longo da albufeira da barragem da Aguieira. O ordenamento está feito para atrair esse in-vestimento?JL - Mesmo antes da inau-

guração da Ecopista houve investidores, alguns estran-geiros mesmo, que nos con-tactaram e manifestaram interesse em desenvolver projectos não só ligados à utilização deste equipamen-to, como também outros de Turismo em Espaço Rural,

por exemplo.Por outro lado, e para nós,

a recuperação das pontes e o arranjo da pista coloca-ram-nos mais próximo de Tondela e Viseu, o que pro-va que este tipo de obras são mesmo dedicadas aos cida-dãos. Por vezes erramos, é verdade, mas o que fazemos é direccionado para as pes-soas...

FR – …eu quero lembrar que, já este ano, a Ecopista teve uma boa utilização. Os peregrinos de Fátima já pu-deram fazer estes quase 50 quilómetros em todo o seu esplendor.

CM – Pelo menos de Viseu a Mouraz ou Tonda, a Eco-pista é útil para os peregri-nos de Fátima. Essa é uma mais-valia para todos.

FR – E podem mesmo ir

até Santa Comba Dão, como eu fiz uma vez, optando por ir a pé até ao Vimieiro.

JL – Pode ser, mas ou-tros podem preferir ir di-rectamente de Tondela a Mortágua…

A Ecopista pode contribuir para diminuir a desertificação que se tem registado no interior?FR – Penso que pode aju-

dar a estancar. O fenómeno da desertificação é mais profundo. Tem a ver com a filosofia que se tem no desenvolvimento do país que, no nosso caso está in-felizmente inclinada para o litoral.

Se não fosse a acção dos municípios a fazer inves-timentos desta natureza a desertificação seria mais acelerada. Mas ainda não

chega. São necessárias medi-das de descriminação posi-tiva a nível fiscal, por exem-plo, que atraiam as pessoas e as empresas ao interior.

CM – Penso que, logo à partida, esta Ecopista pode significar acesso ao em-prego. Há pessoas que vi-vem em Viseu e vão traba-lhar para Tondela e Santa Comba Dão e utilizam a bi-cicleta por questões de mo-bilidade e até do aumento do custo de vida.

A Ecopista também levou a que os locais para ela se virassem no seu último, ou primeiro, percurso de Santa Comba Dão?JL – Claro que sim. A nos-

sa dificuldade foi a de pas-sar a mensagem de que a Ecopista do Dão não esta-

va pronta muito tempo an-tes da inauguração. Ao mes-mo tempo em que pela pista ainda circulavam veículos de empreiteiros e construto-res nela envolvidos, já os ve-ículos privados e as pessoas queriam por ali circular.

E temos muitas outras provas de interesse das pes-soas. Muito antes de ser inaugurada já a Ecopista es-tava a funcionar, sobretudo aos fins-de-semana. Por isso não tenho dúvidas do suces-so que vai ter. Os sete ou oito quilómetros que Viseu tem há largos meses a funcionar são, para nós, a prova do êxi-to que representa esta obra.

FR – Temos hoje a certeza que esta foi das infraestrutu-ras que melhor acolhimen-to teve por parte das popu-lações.

Ao que se sabe está já instalado equipamento de grande utilida-de para os habitantes dos sítios que atravessa. E não é apenas a iluminação nas localidades em que é utilizada energia eléctrica de painéis fotovoltaicos…Carlos Marta - A Ecopista

foi preparada e possui nes-te momento acesso à banda larga, com toda a estrutu-ra tecnológica de fibra ópti-ca em todo o seu trajecto. As três câmaras anteciparam-se e negociaram com a Refer-Telecom esta infra-estrutura importante para o conheci-mento.

Por outro lado, quero escla-recer que, por ter sido acorda-do entre as três autarquias, a CIMRDL terá a responsabi-lidade de fazer a gestão, ma-nutenção, promoção e ani-mação da Ecopista do Dão, salvaguardando as iniciativas

que cada um dos municípios queira fazer no futuro.

Fernando Ruas – Gostava de lembrar um facto impor-tante que o Carlos já contou. No primeiro contrato feito entre a Câmara Municipal de Viseu e a Refer estava pre-vista, por parte desta empre-sa, a manutenção do corre-dor para a instalação da ban-da larga. Um dia vamos ter a confirmação da vantagem desta rede.

Há uma série de povoa-ções da periferia da Ecopis-ta que hoje têm dificuldade em aceder à banda larga que vem por outras vias. A partir de agora todas as localidades próximas, a partir das saídas que se definirem, terão aces-so à banda larga de uma for-ma privilegiada.

Este tipo de investimento [a Ecopista] põe em evidên-

cia uma situação curiosa: as virtualidades da CIMRDL. É uma estrutura organizada, ainda por cima democratiza-da, e demonstra aqui a forma como se pode gerir uma es-trutura supra municipal.

Será essa uma reacção a quem critica a utilidade da CIMRDL? A CIMRDL tem uma série

de virtualidades e ninguém lhe questiona a legitimida-de, ao contrário de outros órgãos. E estou a pensar nos governos civis. Não há nada que exista nos governos civis que não possa transitar para a autarquia respectiva ou para um órgão como a CIMRDL.

Carlos Marta – Nós na CI-MRDL somos todos eleitos. Ninguém nos nomeia.

João Lourenço - …e não ga-nhamos mais por isso, é bom que se saiba.

A nova banda larga de 50 km e a “inutilidade” dos governos civis.Pelos caminhos da Eco-pista do Dão também se trilharam outros te-mas com os autarcas convidados. A saber: há uma nova rede de banda larga ao longo de todo o percurso de Santa Comba Dão a Viseu, uma parte da iluminação nas locali-dades é captada através de painéis solares foto-voltaicos e, como Fer-nando Ruas, há quem defenda a utilidade da Comunidade Intermu-nicipal da Região Dão Lafões (CIMRDL) para esvaziar a que poderão não ter os actuais gover-nos civis.

00,0 Santa Comba Dão06,0 Treixedo09,0 Nagosela14,5 Tonda16,5 Porto da Lage20,5 Tondela22,5 Naia24,2 Casal do Rei26,8 Sabugosa29,8 Parada de Gonta (Póvoa da Catarina)32,4 Farminhão35,0 Várzea36,5 Torredeita38,2 Mosteirinho41,0 Figueiró42,8 Travassós de Orgens45,9 Tondelinha47,6 Vildemoinhos49,2 Viseu

km Estações / Apeadeiros

A Ecopista do Dão foi instalada aproveitando todo o percurso da anti-ga Linha do Dão, o pri-meiro ramal ferroviário de bitola estreita (cerca de um metro em meio entre carris) que apareceu em Portugal (1890). Esta foi ainda a primeira a atingir Viseu (a partir de Santa

Comba Dão) muitos anos antes da Linha do Vouga

A linha tem um com-primento de 49,240 qui-lómetros. Foi encerrada pela CP em 25 de Setem-bro de 1988 e unia locali-dades que não eram ser-vidas por qualquer outro meio de transporte pú-blico.

23 anos depois do fecho da Linha do Dão

Jornal do Centro01 | Julho | 20118

ECOPISTA DO DÃO | ABERTURA

A ponte de Treixedo faz o passeante ou o ciclotu-rista passar sobre o leito da albufeira da Aguiei-ra, em Santa Comba Dão. Quando a antiga linha férrea foi construída ain-da não havia o manto de água actual, mas já por ali confluíam alguns rios e ri-beiras.

A paisagem que é ofere-cida pela Ecopista em San-ta Comba Dão faz cair o queixo a qualquer um pelo sossego e combinação de

denso arvoredo e um es-pelho de água de grande amplitude. Mas ao longo dos 122 metros da ponte de Treixedo sente-se a água bem perto e parece cami-nhar-se sobre ela.

A estrutura foi das que mais sofreu em todo o tra-jecto pelo tempo que este-ve desactivada, sem ma-nutenção e exposta à hu-midade. Correu o risco, tal como as restantes, de ser desmantelada. Felizmen-te não foi.

Pontede Treixedo

Túnel da Póvoada Catarina

Pontede Mosteirinho

Se há local que pode vir a ser um símbolo fu-turo da Ecopista, pela inusitada beleza do seu atravessamento noctur-no, é o túnel da Póvoa da Catarina. E pela úni-ca razão de que está ilu-minado durante a noite, criando uma ambiência fantástica para quem o atravessa.

Tem mais de 180 me-tros de comprimento e por ele se pisam as co-

res verde e vermelha - as de Tondela e Viseu. Di-vide os dois concelhos nos confins de Parada de Gonta e Farminhão.

Mesmo sendo re -presentante da atitude “bairrocêntrica” de To-más Ribeiro, o estadista e escritor de Parada que alterou o percurso natu-ral da linha do Dão, não deixa de ser notável pelo efeito que empresta a todo o projecto.

Quando no início da dé-cada de 90 do século XX, após a desactivação da li-nha do Dão, começaram a cair peças metálicas e pe-daços de ferro nos telhados das casas de Mosteirinho esperou-se o pior: que a CP cumprisse a ameaça de a retirar e vender como fer-ro velho.

Mas tal não aconteceu e a plenitude dos seus 300 me-tros de comprimento para além de se ter mantido in-tacta, foi restaurada e valo-

rizada com a Ecopista.É, sem dúvida, um dos

momentos mais marcan-tes da pista e deveria ape-nas ser engalanada com informação adicional - uma falha em alguns lo-cais do trajecto - para que se soubesse que foi um dos projectos que em Portugal foi assinado pela Casa Eif-fel et Compagnie, do se-nhor que fez milhares de pontes e a torre que ultra-passou a altura da pirâmi-de de Gizé.

Três monumentos emblemáticos

Tondela∑ Cor: Verde

∑ Extensão: 19 Km

Viseu∑ Cor: Vermelho

∑ Extensão: 18,5 KmSanta Comba Dão ∑ Cor: Azul

∑ Extensão: 11 Km

A maior ecopista do paísA Ecopista do Dão é um

empreendimento lúdico-desportivo, coordenado pela Comunidade Inter-municipal da Região Dão Lafões e em que a Câma-

ra Municipal de Viseu foi dada como dona da obra iniciada em Junho de 2009. O projecto resulta do aproveitamento da an-tiga linha ferroviária do

Dão, que se estende por 49,2 quilómetros ao lon-do dos municípios de San-ta Comba Dão, Tondela e Viseu.

O piso da antiga ferro-

via foi limpo e nele apli-cado material sintético, posteriormente pintado de vermelho (Viseu), ver-de (Tondela) e azul (Santa Comba Dão).

A pista destina-se à cir-culação a pé e de bicicle-ta, sendo vedada a moto-ciclos e outros veículos com motor ou puxados por animais. A extensão

da Ecopista do Dão é, a partir de de hoje, a mais comprida do país.

O desnível mais acentu-ado que possui, em Viseu, não ultrapassa os 2%.

José

Lor

ena

Jornal do Centro01 | Julho | 2011 9

região

Reviver o passado em espaços com história na região de ViseuTradição ∑ Os meses de verão levam milhares de pessoas a lugares em que são recriados momentos da história medieval

Canas de Santa Maria, no concelho de Tondela, comemorou este ano o seu 14º aniversário de ele-vação a vila, no dia mais quente do ano. Pela pri-meira vez foi celebra-da a história da localida-de com uma recriação do seu episódio mais célebre: a deslocação da rainha D. Mafalda de Sabóia para desagravo do povo, nos idos de 1182.

A ideia partiu do povo de Canas de Santa Maria e do seu presidente de jun-ta, João Carlos Figueiredo. Em vez que recorrerem à também já tradicional en-comenda da recriação a uma empresa da espe-cialidade, a opção foi a de “utilizar a prata da casa”, como explicou o autarca.

“Tudo o que oferecemos às pessoas de Canas e aos visitantes foi pesquisado, produzido e recriado pe-los habitantes da fregue-

sia”, garantiu João Carlos Figueiredo.

Os festejos começaram no passado sábado com uma missa, continua-ram com um recital de canto gregoriano e acaba-ram com o início das re-criações históricas: o mo-mento da chegada, no sé-culo XII, de um grupo de cavaleiros Templários de visita à Terra Santa.

Mas foi no dia seguin-te, domingo, que os feste-jos tiveram os pontos mais altos. Um pouco por toda a vila se começou a notar uma azáfama fora do co-mum, durante a manhã. Os actores do momento histórico começaram por personificar a visita da en-tão rainha Dª Mafalda ao couto de Santa Maria de Canas em 1182. A soberana de Portugal, acompanha-da pelo seu séquito de da-mas, músicos, cetreiros e outros figurantes, foi a Ca-

nas de Santa Maria agra-ciar o povo com três cou-tos e uma igreja em sinal de desagravo pela atitu-de de homens de armas do rei Afonso Henriques, que haviam cortado a mão de um clérigo daque-las terras.

Assim reza a história. Por isso houve momen-tos únicos, onde até os ac-tuais autarcas vestiram trajes antigos. Joaquim Coimbra (presidente da Assembleia Municipal de Tondela), Carlos Marta (presidente da Câmara Municipal) e João Carlos de Figueiredo (presiden-te da Junta de Freguesia de Canas de Santa Ma-ria) vestiram-se a rigor e foram dos figurantes que mais suaram por baixo de um manto abafado de nu-vens e calor de início de verão.

José Lorena

AA recriação histórica em Canas de Santa Maria “vestiu” de antigos os novos autarcas do concelho (ao centro Joaquim Coimbra, Carlos Marta e João Carlos Figueiredo)

∑ PENEDONO. De hoje a domingo, a vila histórica do norte do distrito or-ganiza mais uma viagem ao passado. Nem mais do que a sempre esperada Feira Medieval, a maior da região, uma das mais autênticas pelo cenário natural que permite o centro histórico e o cas-telo altaneiro.

E a designação da feira não pôde ter sido a melhor: celebrar o Reino de Pene-dono. Nestas terras de serrania e aridez, de frio, de gelo, neve e gente afável, mas marcada pela dureza do quotidiano, nas-ceu o Magriço - personagem cantada por Camões e cuja fama ecoa e ultrapassou a fronteira da terra Lusa.

A Feira Medieval de Penedono, com os seus eventos diversos, é um momento mágico. Com o castelo sempre em fundo imponente, toda a ampla zona histórica da vila fervilha de emoção em lutas anti-gas de taberna, desfile de escravos, pro-clamações de diretos senhoriais, duelos, assaltos ao castelo ou momentos únicos de venda no mercado medieval.

Percorrer o centro histórico de Pe-nedono durante a feira é uma oportu-nidade de recuar no tempo. E pode fa-zer-se com vestes ancestrais ao gosto

do visitante. Desta forma os forasteiros cruzam-se com os figurantes e em to-dos paira a vida antiga de um dos locais com história mais emblemáticos do País medieval.

Penedono oferece em três dias uma rara oportunidade de reviver o passado de Portugal. E cada vez mais se assume como um rumo certo para tempos ines-quecíveis de lazer.

∑ MÕES. Mais uma vila da região - no concelho de Castro Daire - a organizar um evento em que se evocam tempos medievais. Este ano é a oitava vez que Mões faz uma recriação histórica.

O vasto programa está agendado para os dias 8, 9 e 10 deste mês. A pequena vila organiza assim, com o afinco que já é tradicional a invenção do mercado medieval, dos pregões de antigos almo-creves e bufarinheiros, as ladaínhas dos mendigos e o som sempre presente dos mesteirais.

A não perder são os espectáculos de fogo de artifício, o concerto medieval e, entre outras atracções, o desfile de Dom Moço Viegas pelas ruas da Feira Medie-val de Mões.

José

Lor

ena

Jornal do Centro01 | Julho | 201110

REGIÃO

“Viseu foi a segunda cidade que mais cresceu no país”Assembleia Municipal∑ Troca de palavras animou uma sessão “aborrecida”

A Assembleia Munici-pal de Viseu, que ocor-reu no passado dia 27 de Junho, decorreu em tom “morno” e daí não resultou nenhum tema “quente”.

A troca de palavras mais acesa entre o de-putado mais antigo da Assembleia Municipal, José Esteves Correia, do Partido Social Democra-ta (PSD) e João Paulo Re-belo do Partido Socialis-ta (PS) marcou uma ses-são em que os deputados municipais fizeram os “serviços mínimos”. O Social Democrata acu-sou o PS de “nada ter fei-to pela região” e não ter aprovado nenhuma pro-posta do PSD, por isso

não “tem o direito de se associar a qualquer obra realizada, sendo ela boa ou má”. João Paulo Rebe-lo classificou a interven-ção como “lamentável” e classificou o contributo do PS para o distrito de Viseu “igual à dos ou-tros partidos” e respec-tivos deputados.

O presidente da Câ-mara de Viseu, Fernan-do Ruas também trocou alguns “mimos” com o deputado do Bloco de Esquerda (BE) Carlos Vieira. “O senhor não pense que é algum ilu-minado”, disparou o presidente que não ficou nada satisfeito com a questão relativa aos can-deeiros em ferro forjado

que “misteriosamente desapareceram da zona histórica da cidade”, se-gundo Carlos Vieira.

R u a s f a l o u a i n d a das obras na Aveni-da Alberto Sampaio e justificou o atraso das mesmas devido à in-tervenção “profunda” a que foi sujeita. Quanto às do Parque da cidade, garantiu que “eles (tra-balhadores) andam lá, podem é andar deva-gar”.

Atrasos à parte, o pre-sidente da autarquia re-velou algumas das con-clusões dos Censos 2011. “Viseu foi a segunda ci-dade que mais cresceu no país, conta actual-mente com mais 25 mil

habitantes”. Antes do debate dos

temas da ordem de tra-balhos, foi aprovado por unanimidade o voto de louvor para as Cavalha-das de Teivas e Vilde-moinhos.

Quanto aos oito pon-tos da ordem do dia, to-dos foram aprovados. Sete por unanimidade e dois com uma absten-ção respectivamente.

Almeida Henriques, que recentemente to-mou posse como Secre-tário de Estado Adjunto da Economia, garantiu que irá manter a condi-ção de presidente da As-sembleia Municipal.

Tiago Virgílio Pereira

7dias

Publicidade

Uma idosa de 87 anos morreu na passada se-gunda-feira, dia 27, de-pois de ter sido atrope-lada por uma moto.

O acidente ocorreu em Santa Comba Dão, jun-to ao Intermarchê. No local esteve uma equi-pa médica dos Bombei-ros Voluntários de Santa

Comba Dão, uma viatura médica de Emergência e Reanimação do Hos-pital da Universidade de Coimbra e uma ambulân-cia de Suporte Imediato de Vida de Tondela.

A mulher ainda foi t r a n s p o r t a d a p a r a Coimbra, mas faleceu no caminho.

Idosa morreatropelada em Santa Comba Dão

A O presidente da Assembleia Municipal, Almeida Henriques garante a continuidade apesar da recente nomeação

O Núcleo de Investi-gação Criminal do Des-tacamento Territorial de Mangualde deteve duas pessoas e apreendeu 2,5 quilogramas de haxixe, que equivalem a sete mil doses, e cinco gra-mas de Ecstasy, 40 do-ses, durante uma inves-tigação iniciada há cerca de um mês.

Os dois detidos, um casal de namorados de 23 anos, residente em Viseu, foram presen-

tes ao Tribunal de San-ta Comba Dão e ficaram em prisão preventiva.

O processo não vai f icar por aqui e espe-ram-se novidades em breve. As duas apreen-sões resultantes des-ta investigação foram “as maiores realiza-das nos últimos tem-pos em Viseu”, disse o comandante do Des-tacamento Territorial de Mangualde da GNR, Adriano Resende.

Casal denamorados detido por posse de droga

Jornal do Centro01 | Julho | 201112

REGIÃO

Mangualde recebe o primeiro crematório de ViseuInvestimento privado∑ Meio milhão de euros para dar “resposta aqueles que encaram a cremação como o método mais viável”

Após ter inaugurado há poucos dias a primeira praia artificial da Europa, Mangualde continua na vanguarda da novidade e prepara-se para receber o primeiro crematório do distrito de Viseu e o segun-do da região centro do país, existindo o primeiro na Fi-gueira da Foz.

Tal como aconte-ce na praia, o cre-matório é igual-mente um in-vestimento privado, da res-

ponsabilidade da empre-sa SGN-Empreendimen-tos Tanatológios, Lda. O investimento ascende ao valor de meio milhão de euros. O crematório vai ser construído na área de intervenção do novo cemi-tério e terá uma área de im-plantação de 400 metros quadrados.

O novo empreen-dimento vai criar, na fase inicial, dois pos-tos de trabalho. Para João Azevedo, pre-sidente da Câmara

Municipal de Mangualde, “este investimento vem dar resposta a uma procu-ra cada vez maior daque-les que encaram a crema-ção como o método mais viável, condigno e ecoló-gico, em alternativa aos meios tradicionais”. João Azevedo disse ainda que “o processo de captação do investimento foi sim-ples e fácil de se iniciar e concluir, porque quando o executivo foi abordado pela empresa, de imedia-to deu resposta às suas ne-

cessidades”.O c r e m a t ó r i o d e

Mangualde estará em fun-cionamento no início do ano de 2012, o projecto téc-nico e a sua concretização será coordenado por Men-des Ferreira.

Autarquia de Viseu lan-ça concurso público. Tam-bém em Viseu há muito se fala na construção do cre-matório. Na última Assem-bleia Municipal, do dia 27 de Julho, o deputado muni-cipal José Esteves Correia,

do Partido So-cial De-

mocrata (PSD), questionou o presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fer-nando Ruas sobre a situ-ação actual do cremató-rio de Viseu. O presiden-te da autarquia disse que o projecto do crematório “está pronto”. O concurso público foi lançado, numa primeira fase, às empresas locais estendendo-se ago-ra a todas as interessadas. “Depois de sensibilizar os empresários do sector dos serviços lutuosos, em face da procura crescen-te dos serviços de crema-ção, a Câmara Municipal

de Viseu lança con-curso público para a disponibilização des-

tes serviços à população”, pode ler-se num comuni-cado enviado pela autar-quia, que acrescenta “o programa e o caderno de encargos do concurso pú-blico prevê, além do cre-matório, diversos equipa-mentos complementares: cendrário, columbário, conservação temporária de cadáveres, e, ainda ser-viços de tanatopraxia”.

Fernando Ruas deu a ga-rantia que cemitério novo é o local escolhida para a realização da obra e, em jeito de conclusão, prome-teu: “vamos ter crematório em breve”.

Tiago Virgílio Pereira

AO crematório de Mangualde estará em funcionamento no início do ano de 2012, o projecto está a cargo de Mendes Ferreira

Publicidade Publicidade

Jornal do Centro01 | Julho | 2011 13

REGIÃO | VISEU

Publicidade

Quartel dos Voluntários de Viseu pode abrir em OutubroAtraso∑ Aprovação dos acessos ao IP5 pela Estradas de Portugal pode estar na origem

O novo quartel dos Bom-beiros Voluntários de Viseu foi inaugurado no passado mês de Março e ainda está vazio. Os acessos ao IP5 que ali foram construídos tam-bém continuam fechados.

Num momento em que a acção da corporação vise-ense começa a intensificar-se tanto os habitantes da cidade, como os próprios bombeiros, questionam-se sobre a utilidade da es-trutura.

O que se passou, segun-do apurou o Jornal do Cen-tro, foram sucessivos atra-sos na aprovação pela em-presa Estradas de Portugal dos acessos do quartel ao IP5 (a rectificação do pro-jecto só foi entregue esta

semana pela direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Viseu) e na correc-ta execução dos projectos de abastecimento de água e de electricidade.

De acordo com Valde-mar Freitas, presidente da direcção da Associação, também os projectos de rectificação das redes de água e electricidade se en-contram prontos para ser entregues respectivamen-te à autarquia e à operadora nacional do sector.

Valdemar Freitas espe-ra que o novo quartel pos-sa estar activo no próximo mês de Outubro.

José Lorena AAcessos e redes de água e electricidade provocaram atrasos no novo quartel

ALEXANDRA SILVA PASSA A SERRESPONSÁVEL PELO GOVERNO CIVILDE VISEU

Alexandra Silva, ju-rista e técnica supe-rior do Inst ituto do Emprego e Formação Prof issional, passou esta semana a exer-cer of icia lmente as funções do governo c iv i l do d ist r ito de Viseu.

A isso obrigou a de-cisão do Conselho de Ministros da passa-da terça-feira em que foram exonerados to-dos os governadores civis portugueses.

O cargo passa agora a ser exercido pelos secret á r ios d aque -las instituições. Ale-xandra Si lva substi-tuiu Fernanda Sobral como secretá r ia no pr i mei ro t r i mest re de 2011, altura em que ganhou o respectivo concurso público lan-çado para o efeito.

Publicidade

Nun

o Fe

rrei

ra

Jornal do Centro01 | Julho | 201114

economia

OK Viagens“aterra” em Viseu

A OK Viagens carac-ter i za - se como u m a empresa inovadora e especialista neste sec-tor de actividade que prima pela qualidade dos serviços prestados a empresas e particu-lares.

O s c o l a b o r a d o r e s

contam com mais de 25 anos de experiência profissional no ramo.

A empre sa n a sceu após três funcionários terem f icado sem em-prego. A aposta passa agora por tornar a OK Viagens uma referência no mercado.

Publicidade Publicidade

Mais e melhor com menos recursos

Opinião

João CottaPresidente da Associação Empresarial da

Região de Viseu (AIRV)

Nunca, como agora, tantos esperaram tanto do estado. E no entanto, nunca como agora, o estado precisou tanto de todos.

Nos próximos anos não haverá nenhum sec-tor do estado que não tenha de passar por cor-tes, racionalização, ou ganhos de produtivida-de. Do outro lado está um sector privado que enfrentará uma quebra no consumo e que terá de conseguir ganhar competitividade num am-biente de grandes dificuldades financeiras. As famílias terão de conciliar a redução do ren-dimento disponível com aumentos de custos, nomeadamente dos serviços que são prestados ou dependem do estado.

Todos teremos de juntar energia, motiva-ção, empenho e criatividade para fazermos mais, fazermos melhor, com menos recursos. Todos teremos de gerar um acréscimo de va-lor que teremos de partilhar, de dar ao estado que se encarregará, assim se espera, de o bem redistribuir.

Na sua análise de Primavera, o FMI previu que Portugal, será um dos últimos países a sair da situação de recessão, depois de ter sido um dos últimos a entrar. Será longa a tormen-ta já que a previsão aponta para que mesmo países com o mais variado tipo de dificulda-des, como a Grécia ou a Irlanda deverão cres-cer, contrariamente ao nosso País que deverá registar quebras do PIB de -1.5% em 2011 e de -0.5% em 2012.

Não há volta a dar, vamos ter de arregaçar as mangas e criar novas empresas, exportar mais, substituir importações e conseguir importar lucros em actividades desenvolvidas no exte-rior, ganhando competitividade que compense perdas de margem e reinvestindo mais lucros na capitalização das empresas.

Vamos ter de dar, muito, voltando a semear para deixar frutos e não apenas dívida às ge-rações vindouras, ou de outra forma, teremos de dar para podermos receber...

Litocar inaugura novasinstações na Guarda1,5 milhões de euros∑ Investimento concretiza mais um dos objectivos do plano estratégico

Após a entrada no mer-cado da Guarda, em Ja-neiro do ano passado, a Litocar inaugura um novo concessionário criado de raiz, localizado no parque industrial da cidade, num espaço com 4.800 metros quadrados de área.

Com as novas instala-ções da Litocar Guarda, concretiza-se mais um dos objectivos do plano estratégico. A nova con-cessão representa um in-vestimento superior a 1,5

milhões de euros, edifi-cando uma estrutura mo-derna e funcional.

O espaço é dedicado a veículos novos onde a gama Renault e Dacia es-tará disponível. As ins-talações oferecem igual-mente um espaço desti-nado a veículos usados - Usados 100 por cen-to, a marca de veículos de ocasião multimarca do grupo Litocar. Ao ní-vel da assistência técni-ca, disponibiliza servi-

ços rápidos de mecâni-ca e colisão. O serviço de aluguer de viaturas, o serviço de Inspecção Periódica Obrigatória, o serviço de recolha e en-trega de viaturas, marca-ções on-line e a comercia-lização de peças e acessó-rios originais são outras das valências disponíveis para clientes particulares e empresas.

Ao nível da criação de emprego, o concessioná-rio emprega, nesta fase

de arranque, 14 profis-sionais da mecânica ao sector comercial.

O grupo Litocar está presente em quatro dis-tritos - Coimbra, Viseu, Castelo Branco e Guar-da - e oito cidades da re-gião centro. Conta com mais de 160 colaborado-res, com um volume de facturação superior a 70 milhões de euros, no ano de 2010.

Tiago Virgílio Pereira

A Empresa vai criar 14 postos de trabalho e vai oferecer um vasto leque de serviços aos clientes

16 Jornal do Centro01 | Julho | 2011

INVESTIR & AGIR | NEGÓCIOS

Parabéns Estação Agrária75º aniversário∑ Várias iniciativas agendadas no sentido de aproximar os agricultores

A Estação Agrária de Viseu comemora este ano o 75º aniversário. Para assinar o momen-to, o serviço da Direcção Regional de Agricultu-ra e Pescas do Centro promove três iniciati-vas. O Dia Aberto foi as-sinalado ontem. A Es-tação Agrária abriu as portas à sociedade civil e, fundamentalmente, aos agricultores da re-gião. “Havia a ideia er-rada de distanciamento entre a Estação Agrária e os agricultores mas o objectivo é aproximar-mo-nos cada vez mais”, disse Francisco Fernan-des, responsável pela Es-tação Agrária de Viseu. A visita às instalações e a observação dos estu-dos e ensaios nas áreas da macieira, castanhei-

ro, aveleira e oliveira fo-ram algumas das activi-dades realizadas. Outra das acções vai realizar-se no dia 30 de Novem-bro, um seminário sobre fruticultura em que se-rão debatidos os temas técnicos e de politica frutícola de maior inte-resse para a região. Por fim, a história da estação vai ser retratada numa exposição fotográfica.

Ao longo destes 75 anos, muita coisa mu-dou na Estação Agrária, sobretudo após a ade-são de Portugal à União Europeia. “A actividade pecuária e a produção de milho e batata, por exemplo foram perden-do importância. Isto sig-nifica que abandonamos actividades com menor importância económica

e viramo-nos para ou-tras mais rentáveis”, ex-plicou o engenheiro.

Na estação agrária de Viseu existe a maior co-lecção de variedades re-gionais de macieira do país. A área da fruticul-tura e da macieira está outra vez a voltar a ter “muito poder” por causa da “queda da vinha”, dis-se o responsável. Contu-do, e independentemen-te da área da agricultura, os tempos de crise fize-ram com que muita gen-te voltasse a “descobrir uma actividade que acha-va ser menor” e, para sair da crise, a solução pas-sa pela “sustentabilidade alimentar”, alerta Fran-cisco Fernandes.

A Estação Agrária de Viseu tem como princi-pal objectivo a realiza-

ção de ensaios que per-mitam avaliar práticas e técnicas que, a reve-larem-se importantes, serão posteriormente transmitidas aos agri-cultores.

Em conclusão, o res-ponsável salientou a boa relação mantida com o Instituto Politécnico de Viseu, pela Escola Supe-rior Agrária, reconhe-ceu a mais-valia ineren-te no que à recepção de estagiários diz respeito, mas apelou a uma rela-ção ainda mais estreita em prol de uma melhor agricultura na região.

Pela sua importância a nível nacional e regio-nal, é justo dar os para-béns à Estação Agrária de Viseu.

Tiago Virgílio Pereira

A Na estação agrária de Viseu existe a maior colecção de variedades regionais de macieira do país.

Feira do Mirtilo em Sever do VougaA 4ª edição da Feira

do Mirtilo, em Sever do Vouga, começa hoje e prolonga-se até Domin-go, no Parque Urbano da vila. Quem visitar o certame, pode deliciar-se, provar, conhecer, sa-borear e divertir-se com o mirtilo de Sever do Vouga, o fruto da juven-tude.

Neste evento, preten-de-se sensibilizar as pes-soas para as qualidades nutritivas do mirtilo, conhecido como rei dos anti-oxidantes e fruto da juventude. Além disso, trata-se de um produ-to específico do conce-lho de Sever do Vouga, onde se produz cerca de 80 por cento do mirtilo

nacional. A grande novidade des-

te ano é a grande com-ponente de workshops de culinária, para que todos possam aprender e desfrutar ao máximo das potencialidades do fruto.

Hoje, actua a banda catalã “La Troba Kung Fú”, integrada no Festim

- Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo.

A organização é da res-ponsabilidade da AGIM – Associação para a Ges-tão, Inovação e Moderni-zação do Centro Urba-no de Sever do Vouga em parceria com o municí-pio de Sever do Vouga e com a SEMA – Associa-ção Empresarial. TVP

Futurdis destinguida com “Distribuidor de Excelência”

A Diversey, empresa que aposta na criação de produtos, sistemas e ex-periência que tornam os alimentos, bebidas e ins-talações mais seguras e higiénicas para os con-sumidores e operadores, entregou os primeiros diplomas do programa “Distribuidor de Exce-lência”, que visa distin-

guir e melhorar a compe-titividade, o serviço e o profissionalismo dos dis-tribuidores que trabalham em parceria com a Diver-sey, reforçando a sua po-sição e imagem no mer-cado. Uma das empresas premiadas foi a viseense Futurdis – Representação de Máquinas e Produtos para Limpeza, Lda.

Mortágua jámerecia Parque Industrial

Desde há muito tempo que Mortágua reclama-va um Parque Industrial que possibilitasse um novo impulso ao desen-volvimento económico do concelho.

O P a r q u e I n d u s -trial Manuel Lourenço Ferreira foi criado pelo município e pretende fi-xar empresas no con-celho e potenciar o seu crescimento.

Com uma área de cer-ca de 160 mil metros qua-drados, o Parque Indus-

trial de Mortágua en-contra-se implantado na localidade de Barril, na freguesia de Mortágua, numa zona particular-mente bem servida por infra-estruturas rodovi-árias e ferroviárias. A sua localização, junto à EN 228, é privilegiada pela sua proximidade ao IP3, à Auto-Estrada nº1 e ao IP5, que permite fácil e rápido acesso a Viseu, Coimbra, Aveiro, Lisboa, Porto e à fronteira de Vilar For-moso.

Soveco Viseuapagou uma vela

A Soveco Viseu come-morou o primeiro ani-versário com apresen-tação do novo Lancia Y, novo Fiat Freemont e a gama Bi-Fuel.

No dia 24 de Junho, a apresentação do Lancia Y ocorreu na Quinta do Pruvor, em Vila Chã de Sá, em conjunto com o também primeiro ani-versário do bar “Sai de

Rastos”. A festa noctur-na ficou marcada pela pouca adesão do públi-co.

No dia 25 as come-morações continuaram nas instalações da Sove-co Viseu, no Parque In-dustrial de Coimbrões, onde estiveram presen-tes clientes, amigos e re-presentantes das marcas do Grupo Fiat Portugal.

Tiag

o V

irgíli

o Pe

reira

17Jornal do Centro01 | Julho | 2011

desportoVisto e Falado

Cartão FairPlayViseu vai receber, em

Julho, o 1.º torneio de ténis em cadeira de rodas. Um evento que prestigia a ci-dade e o país. Conta com atletas portugueses e es-panhóis e é a primeira vez que se realiza por cá. En-trar no calendário interna-cional é uma ambição da organização. Aguarda-se que os viseenses compa-reçam e apoiem estes atle-tas que são um exemplo de vida para todos nós.

Cartão Fairplay A Associação de Ténis

de Mesa de Viseu entrega prémios no encerramento da época 2010/11. Esta ses-são decorre na Escola EB 2-3 de Mundão e visa pre-miar o mérito de todos aqueles que na sua área de acção, atingiram os lugares cimeiros da modalidade. A ATMDV tem vindo a de-senvolver excelente traba-lho, nem reconhecido. O desenvolvimento da mo-dalidade tem vindo a veri-ficar-se. Parabéns.

Cartão Vermelho O Tribunal de Viseu con-

denou um árbitro da AFV, dois dirigentes desportivos e o clube destes pelo cri-me de corrupção activa. No acórdão, o tribunal aplicou multa elevada ao clube. Este é um assunto que envergonha os agen-tes desportivos e que se condena. A competição desportiva tem de ser feita com verdade e é para isso que os intervenientes no desporto trabalham sema-nalmente. A reflectir.

Visto

Ténis em cadeira de rodas

Associação de Ténis de Mesa de Viseu

Corrupçãono futebol

Vítor [email protected]

A Guimarães dominou futsal distrital em 2010/2011

Futsal

Demissões no GumirãesEm bloco ∑ Todos os dirigentes da secção de futsal demitiram-se

“Motivos que prefiro manter dentro do clube” foi como um dos dirigen-tes da secção de futsal do Gumirães justificou o seu pedido de demissão.

Uma renúncia total dos seccionistas do clube que deixam assim o futuro da modalidade no Gumirães nas mãos do presidente, e restante direcção.

É o ponto final deste dirigentes num percurso que na última época obte-ve resultados brilhantes.

O clube fez a “dobra-

dinha” em Viseu com o título distrital e a con-quista da Taça, garan-tindo também o acesso, pela primeira vez na sua história, aos nacionais da modalidade.

A decisão, ao que nos foi dito é irreversível e da mesma já têm conheci-mento os restantes ele-mentos da direcção do Gumirães bem como os atletas do clube.

Paulo Almeida, presi-dente da colectividade, confirmou esta tomada

de posição dos dirigentes da secção de futsal e não se quis alongar em jus-tificações que também prefere manter dentro da esfera íntima do clube, mostrando-se mais inte-ressado em “garantir aos adeptos do Gumirães que a modalidade será para manter”.

Paulo Almeida disse ainda que “na reunião da direcção da próxima se-gunda-feira, (dia 4 de Ju-lho) já será apresentado o novo organograma da

secção de futsal”.“Jomi” Pacheco, princi-

pal responsável pela sec-ção de basquetebol no Gumirães poderá vir a as-sumir também o futsal, mas para já Paulo Almei-da não confirma prome-tendo para a próxima se-mana um comunicado oficial do clube a expli-car todas as alterações que vão ser introduzidas na secção de futsal do Gumirães.

Gil [email protected]

Paulo Lopes vai recandida-tar-se à presidência do Viseu Futsal 2001 para o biénio 2011-2013.

Uma lista que aposta na con-tinuidade, devendo manter uma base importante dos seus ac-tuais elementos, mas que de-verá também contar com algu-mas caras novas. A previsão é que haja um aumento no núme-

ro de directores no clube, uma vez que Paulo Lopes tem no seu horizonte “seguir o caminho do eclectismo no Viseu Futsal” com novas modalidades”. BTT e ténis poderão ser as primeiras experiências clube num futuro de curto e médio prazo.

Paulo Lopes defende que “são sempre bem vindos os que che-gam com vontade e empenho

em ajudar o clube a crescer”.Aconcretizar-se este cami-

nho do ecletismo, Paulo Lopes não esconde que “será pondera-da uma alteração no nome” que deverá perder a palavra futsal.

As eleições no Viseu Futsal vão acontecer no próximo dia 29 de Julho. Para já não são co-nhecidos outros candidatos. GP

Viseu Futsal 2001

Mais modalidades e mudança no nome

DR

RUI LAGEDESPEDIU-SE DO FUTEBOL COM FESTA ENTRE AMIGOS

Rui Lage juntou os amigos para, em jeito de convívio, assinalar o seu abando-no oficial dos campos de futebol. Um jogo no 1º de Maio e um jantar de con-vívio marcaram o dia que foi de algum saudosismo mas essencialmente de festa. Muito respeitado como homem e como jo-gador, Rui Lage teve a seu lado muitos dos que fazem questão de o ter no seu círculo de amigos. Acade-mista “dos sete costados”, Rui Lage não esconde que era com a camisola que vestiu ao longo de muitas temporadas que gostava de ter deixado o futebol: “Quem como eu que mais de 20 anos representou o clube gostaria de ter ter-minado com o emblema do Académico ao peito, mas assim não foi possí-vel, felizmente consegui terminar no fontelo, onde vivi excelentes momentos. Mas despedi-me com um título pelo Sátão o que foi uma saída em grande para a minha carreira”.

A Paulo Lopes

A Rui Lage

Gil

Pere

s

Gil

Pere

s

Jornal do Centro01 | Julho | 2011

18

DESPORTO | ENTREVISTA

O Fábio tem 20 anos e vai apenas cumprir o seu segundo ano de sénior. Como foi a transição? É diferente passar a jogar com “homens”?É uma transição que

no meu caso pessoal sen-ti como um grande desa-fio estando consciente de que é uma das etapas que tenho de percorrer em busca do meu objec-tivo. Infelizmente sinto que muitas equipas não conseguem preparar a transição dos jogadores juniores para as equipas sénior, tendo essa inte-gração, de ser progres-siva e motivadora! Con-tinuo a afirmar a grande importância do futebol de formação nos clubes. É fundamental preparar os novos jogadores para a realidade e exigência do futebol sénior.

No seu passado na for-mação do Académico de Viseu. O que mais o mar-cou, pela positiva e pela negativa?Nasci em Viseu, nas-

ci pa ra o futebol no Académico onde vivi muitos bons momentos!

Nunca esquecerei as mi-nhas origens , todos os colegas todos os trei-nadores, funcionários, as famílias e os adeptos que sempre estiveram do nosso lado! Destaco naturalmente os campe-onatos onde fomos ven-cedores mas também re-cordo todos os momen-tos menos bons mas que, natura lmente fazem parte da nossa aprendi-zagem.

Foi no Penalva que en-trou no futebol sénior de-pois de ter feito a forma-ção no Académico de Viseu. Era apontado como uma das “esperanças” academistas. Como foi a experiência? Era o que esperava do futebol sénior?

Fui muito bem re -cebido no Sport Clube Penalva do Castelo por todos os jogadores, equi-pa técnica, funcionários e direção. Esta foi a mi-nha primeira experiên-cia no futebol sénior, no-vos métodos de trabalho, um tipo de futebol dife-rente com diversas ques-tões de ordem técnica e de posicionamento em

campo, novos desafios e uma nova realidade. Agradeço aos profes-sor Carlos Agostinho, Tótá, e Couto a oportu-nidade bem como a to-dos os meus colegas que me ajudaram a evoluir. Uma palavra de reco-nhecimento para a Car-mita e o Nelson que fi-zeram parte da reta-guarda da equipa. Por último, o meu obrigado a toda a direção e a to-dos os adeptos do clube pelo apoio..

Na altura muito se disse e escreveu sobre a sua saída do Académico. Foi o Fábio que não aceitou ficar com as condições que lhe pro-puseram, ou esse convite nunca chegou? Afinal o que é que se passou?E m t r aços ger a i s ,

como jogador fiz todo o percurso de formação no Académico, passei pela extinção do Clube Académico de Futebol e nunca virei as costas ao clube! Era natural que depois deste cami-nho, vindo de uma épo-ca francamente positiva em que marquei 32 go-

los pelos juniores, aca-lentasse o desejo de in-tegrar o plantel sénior! Estava consciente da di-ficuldade, responsabili-dade e do trabalho que essa situação me trazia. Houve efectivamente uma reunião em que foi explicado o meu projec-to, a minha total dispo-nibilidade para me dedi-car por inteiro ao clube e ao futebol onde pro-meti empenho e traba-lho. A proposta que me foi apresentada não po-deria de forma alguma ser aceite! Como é com-preensível, quero respei-tar o teor privado dessa reunião não alimentan-do mais esse episódio. Desejo as maiores feli-cidades ao clube.

É um médio ofensivo, que tem o Kaká como ídolo de infância. É como “10” que gosta de jogar, ou sente-se à vontade para ocupar outras posições em campo?No futebol moderno

a polivalência de um jogador é uma grande mais valia. É um fac-to que gosto de ocupar

essa posição em campo, poder ajudar a balance-ar a equipa no ataque, exercer pressão e recu-perar o esférico sempre que não temos a pos-se de bola, ser criativo e ajudar a linha mais avançada a ter soluções e oportunidades de con-cretizar são algumas das va lências de um médio ofensivo no fu-tebol actual, mas acima de tudo, o jogador tem de cumprir as indica-ções da equipa técnica sabendo ocupar outro tipo de posicionamento no relvado. O mais im-portante é estar con-f iante e eu sinto-me motivado a dar tudo em campo!

Tem pela frente o desafio Tondela. Vai da III Divi-são, de uma equipa que aspirava a manutenção, para um clube que sonha subir às competições profissionais. Sente-se preparado?Estou consciente do

trabalho árduo e da de-dicação que tenho de ter. Quero treinar e poder dar o meu contributo

a equipa! É um grande desafio que aceitei com muita honra , apenas posso prometer entrega, dedicação e respeito.

O Fábio é uma aposta dos dirigentes do Tondela mas, tem noção disso, é Vítor Paneira que vai ter que impressionar. A pré-época poderá ser decisiva para ganhar um lugar na equipa?Do que conheci da es-

trutura da equipa fiquei muito bem impressio-nado, agradeço a opor-tunidade e o convite es-tando consciente de que só com muito empenho e dedicação conseguirei superar este desafio e os meus próprios objecti-vos! Não posso deixar de agradecer ao Presi-dente Gilberto Coimbra ao Professor Luís Fon-seca bem como a dire-ção, esperando honrar este voto de confiança. Neste momento quero trabalhar para poder ser opção do treinador es-tando totalmente focado em ajudar a equipa. Por ultimo, agradeço a todos aqueles que, por diver-sos meios, me tem feito chegar o seu apoio.

Um conselho do Fábio para os jovens que vão este ano cumprir o primei-ro ano de sénior.Este é o momento que

pode influenciar e mar-car a carreira de um jo-vem jogador. Devemos ter sempre presente que a entrega, dedica-ção e humildade são pi-lares da nossa evolução como ser humanos e fu-tebolistas, devem sem-pre dar tudo sabendo ouvir, treinando com empenho e aproveitar as oportunidades ten-do sempre a consciên-cia de que temos muito mais para aprender! De-sejo as maiores felici-dades a todos os jovens que, tal como eu, ini-ciam um novo desafio!

“É fundamental preparar os novos jogadores para a realidade e exigência do futebol sénior”Fábio Luís Oliveira Ferreirinha, jovem jogador, nascido em 17 de Fevereiro de 1991, e que tem Kaká do Real Madrid como ídolo, jogou a última temporada no Penalva do Castelo, para onde se transferiu de-pois de ter feito o seu percurso de formação no Académico de Viseu.É apontado como um jogador com largo futuro, o que mereceu a aten-ção dos dirigentes do Tondela, que não perderam tempo para garantir o acordo com Ferreirinha.Consciente do passo que vai dar, Ferreirinha promete “entrega, dedi-cação e respeito”. A Ferreirinha é reforço do Tondela para a nova época

Jornal do Centro01 | Julho | 2011

20

MODALIDADES | DESPORTO

Publicidade

Futebol Formação

Os Pestinhas na “Copa Foot 21”

A escola de futebol “Os Pestinhas”, de Tondela, voltou a participar na Copa Foot, um dos maiores even-tos do futebol formação em Portugal, e que tem Rui Costa como patrono.

A edição deste ano decor-reu em Vila Real de Santo António, entre os dias 19 e 25 de Junho, com a forma-ção de Tondela a ser a úni-ca representante do distrito de Viseu.

Foi o quarto ano, conse-cutivo, que a escola foi con-vidada para participar nes-te evento que, ao todo, jun-tou na cidade algarvia 120 equipas de vários escalões de formação (sub-12, sub-11, sub-10, sub-9 e sub-8), que totaliza 1800 crianças do continente, Açores e Ma-deira.

A representação dos “Pes-tinhas” esteve a cargo de uma equipa de sub-12 e uma outra de sub-11, num total de 31 atletas, quatro treinadores - Tiago Veloso, Vítor Jambé, Beto do Carmo e Rui Ma-naia - e o responsável pela Escola de Futebol “Os Pes-tinhas”, Pedro Maneira.

Os jovens atletas tiveram ainda o apoio dos pais e fa-

miliares, fundamentais na ajuda prestada para que fos-se possível esta participação na “Copa Foot21”.

Desde a sua formação, há 13 anos, que o clube tem procurado intervir de for-ma positiva no crescimento integral, e não meramente desportivo dos jovens atle-tas que frequentam as suas escolas de futebol. GP/AP

Clube Desportivo de Tondela

Entra Ronam, sai Gomes

Ronam, ponta de lança brasileiro, é o mais recente reforço do Clube Desporti-vo de Tondela.

Faz em finais de Julho 30 anos, chegou na época pas-sada a Portugal e mostrou serviço no Benfica de Cas-telo Branco onde terminou a época com 18 golos.

É um avançado que im-pressiona pela rapidez e mobilidade, apesar da sua estatura elevada (1,88m), e que faz com que seja um avançado temível no jogo de cabeça.

Ronam chegou a ser co-biçado pelo Académico de Viseu em Janeiro passado, mas a transferência acabou por não se concretizar.

De resto os academistas lembrar-se-ão bem deste jogador. Ronam havia im-pressionado no jogo que fez

no Fontelo ao apontar um dos três golos da sua equi-pa frente ao Académico, e de ter sido um “quebra ca-beças” para a defesa vise-ense.

Jogadores que entram e outros que estão de saída. É o caso de Gomes, joga-dor que esteve as últimas três épocas no clube, onde chegou a capitão de equi-

pa e que, segundo apurá-mos, não entra nos planos de Paneira para a próxima época.

Quanto a Luisinho, que chegou a ser hipótese, não faz parte das opções de re-forços para a próxima tem-porada. O jogador estará a caminho de um clube da III Divisão já que dificilmente ficará em Viseu. GP

A A quarta participação na Copa Foot

Futsal

Desistências nos Nacionais favorecem clubes de Viseu

Expectativa e ansiedade em vários clubes de Viseu que praticam futsal.

Em causa está a possibi-lidade de algumas dessas equipas virem a ser “promo-vidas” de escalão devido às desistências anunciadas, e em alguns casos já concre-tizadas, de vários clubes nas competições nacionais.

Nesta altura, a cerca de duas semanas do final do prazo para as inscrições, o cenário, na melhor das hi-póteses, pode dar um clube na I Divisão (Viseu Futsal), um na II Divisão (ABC de Nelas) e três na III Divisão (Gumirães, AJAB Tabuaço, e Inter Futsal).

Nesta altura, praticamen-te garantida, está a “promo-ção” do Inter Futsal à III Di-visão. Foi segundo classifi-cado na época passada no Distrital de Viseu, e bene-ficia do ranking de Viseu para ocupar vagas. Não é ainda oficial mas está pra-ticamente garantida pelas desistências já confirmadas

da Fundação Manuel Da Costa e Nacional, além da criação das séries Madeira e Açores.

Na I Divisão, Instituto D. João V, Fundação Jorge Antunes e Boticas fecharam as portas. Aqui já foi confir-mada a promoção do Oli-vais, terceiro classificado da série B da II Divisão. À porta da subida estará o Boavis-ta, caso se confirme a perda de três pontos na secretaria do Chaves Futsal. A confir-mar-se, ficará o Viseu Futsal no quarto lugar da série A, o que, caso haja mais uma desistância na I Divisão, sig-nificará a subida do Viseu Futsal ao principal escalão

da modalidade em Portu-gal. Não passa, para já, de uma possibilidade, mas que poderá ser bem real, face às constantes notícias que dão conta de situações compli-cadas de sustentabilidade em clubes da I Divisão.

Situação semelhante para o ABC de Nelas que está “à bica” da II Divisão.

O terceiro lugar na série B da III Divisão na última épo-ca, abre, nesta altura, francas possibilidades da promoção administrativa acontecer, si-tuação que nos foi confirma-da pelo próprio presidente da colectividade, Joaquim Amaral. O clube está expec-tante. GP

A Avançado jogava no BC Branco

A Viseu Futsal pode subir à I Divisão

Gil

Pere

s

Gil

Pere

s

Jornal do Centro01 | Julho | 2011

21

culturas

VISEUFORUM VISEU (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 14h10, 17h35, 21h10, 00h20*Transformers 3 2D(CB) (Digital)Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h10, 22h00, 00h30*Ressaca 2(M16) (Digital)

Sessões diárias às 21h20, 00h25*Velocidade Furiosa 5(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 17h20, 21h10, 00h10*Pirata das Caraibas: Por Estranhas Marés(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h50, 21h30, 00h35*X-Men - O Início(M12) (Digital)Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h00O Panda do Kung Fu2_VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 18h50, 21h40, 00h15*

Empresta-me o teu Na-morado(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 13h45, 16h20, 19h00, 21h40, 00h10* Ressaca 2(M16) (Digital)

Sessões diárias às 11h00* (*Dom.), 14h20, 16h35, 18h50O Panda do Kung Fu2_VP(M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h30, 16h05, 18h40, 21h20, 00h00*A Águia da Nona Legião(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h10, 00h15*Pirata das Caraibas: Por Estranhas Marés(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 17h50, 00h30*O Castor

(M12) (Digital)Sessões diárias às 13h10, 15h20, 17h35, 19h50, 22h00, 00h20*Professor Baldas(M12) (Digital)Sessões diárias às 14h00, 17h25, 21h00, 00h25*Transformers 3(M12) (Digital 3D)Sessões diárias às 14h30, 21h20A Árvore da Vida(M12Q) (Digital)

Legenda: * Sexta e Sábado

Arcas da memóriaexposVISEU

∑Instituto Piaget

Até dia 30 de Julho

Exposição “Reinventan-

do a Digressão”, de Mário

Vitória.

TONDELA

∑Museu Terras de Besteiros

Até dia 21 de Agosto

Exposição de pintura de

Alexandre Magno.

SANTA COMBA DÃO

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Setembro

Exposição “Viagem pela

História da Imprensa San-

tacombadense”.

LAMEGO

∑Museu de Lamego

Até dia 30 de Setembro

Exposição “Homenagem

às Artes Populares”

da artista Alexandra As-

sunção Correia.

VILA NOVA DE PAIVA

∑Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até dia 31 de Julho

Exposição de escultura

“As Igrejas do Meu Con-

selho”.

roteiro cinemas

Cavalhadasde Vildemoinhos –

rescaldo e lição

Estreia da semana

Transformers 3– Centra-se em Sam (Shia LaBeouf) que de-pois de acabar o seu curso univer-sitário tenta encontrar um empre-go. No entanto, esta sua tarefa é subitamente interrompida pelos Autobots que voltam a precisa da sua ajuda para salvar a Terra.

Destaque

Longe vai o tempo em que Vildemoinhos era um pequeno burgo onde, en-tre seus moradores, se dis-tinguia o numeroso grupo dos moleiros que, no dizer nas Memórias Paroquiais colhidas em 1758, cem anos depois da realização da pri-meira Cavalhada, de acordo com os dizeres que apenas têm a ver com um tempo efabulado, tinham a seu car-go cerca de quarenta ordens de mós, um pouco mais de uma vintena de moinhos onde se moía pão de trigo, de milho e de centeio que abastecia, com o grão moído noutros moinhos da Ribei-ra, a cidade e outros lugares das redondezas. Perdura, no entanto, em Vildemoinhos, sangue de trambêlos e ei-los, corajosos, fiéis, levando a bom termo as “promessa” que seus avós fizeram em dias antigos de estiagem a quem S. João, o Baptista, valeu. Ei-los cumprindo as Cavalhadas que é hoje visto-so cortejo de arte e fantasia que, como o primeiro, atra-vessa a cidade, revelador da importância que se dá ao as-sumir de justa causa.

Quiseram os organizado-res das Cavalhadas de 2011 evocar os anos primeiros da romagem à capela de S. João da Carreira onde era hábito juntar-se a gente dos arre-dores em romaria atraídos pelas indulgências para esse efeito concedidas por bula papal aos velhos donos da capela a quem se ligam os fidalgos da Quinta do Cru-zeiro. E lá vem o alferes da bandeira, demais cavalei-

ros e moleiros a cavalo, que isso se inventou depois. Do princípio trazem memó-ria os jumentos, as mulhe-res com trouxas à cabeça, um carro de bois plantado como taberna de ocasião. Enfeites de cana, ramos de hera, memórias breves. Mas o que este ano foi pedagó-gico, no cortejo, foi a apre-sentação do ciclo do milho, cereal que, por ocasião da primeira Cavalhada, estava ainda implantando-se, co-meçando por levar de ven-cida o centeio de demorado crescimento e fraco rendi-mento, mas que foi pão anti-go, como o painço, antes que os navegadores de Espanha e Portugal tivessem trazido para a Península o exótico cereal que em breve gera-ria uma revolução agríco-la e de costumes. Canas de basto cultivo, alimento de gado e adubo, eira aberta ao sol com malhador, espi-gueiro grácil e servil, moi-nho de água com moleiro picando mó, forno de pão exposto sobre toalha de li-nho em mesa de pobre, pa-deira enfarinhada e gentil, o pão servido nas bancas da cidade ou distribuído, mais tarde, por afadigado padei-ro nos grandes cestos que carrega na bicicleta… me-mórias construídas para a gente nova que não imagi-na quão dura foi, também, a vida para a gerações de seus avós. Vencida com trabalho, com amor, que isso eu sei.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

No Domingo, o Cine-teatro da Casa da Cultura de Santa Comba Dão recebe o espectáculo de ballet “Sonho Meu…” organizado pela Expressart’ – Escola d’Artes do município de Santa Comba Dão, pelas 17h00. A entrada é livre.

D Expressart’ dá a conhecer trabalho à comunidade

O Teatro Viriato, em Viseu, abriu as portas e mostrou um ensaio à Co-municação Social da peça “N40º3W7º5 Rossio”.

Este Projecto com a Comunidade resulta de um desafio lançado ao encenador Jorge Fraga e conta com a participação de 22 actores muito hete-rogéneos, que trabalham regularmente desde No-vembro do ano passado. A peça reflecte a organi-zação e o funcionamen-to da comunidade. “Trata

histórias de vida de pesso-as e do quotidiano”, disse Jorge Fraga que garante “um segredo impossível de revelar”. O encenador aposta na imprevisibili-dade e na sedução do pú-blico com “ a falsidade característica do próprioteatro”.

“N40º3W7º5” são as coordenadas geográ-ficas do Teatro Viriato e o “Rossio” é o espaço público onde toda a ac-ção se desenrola, num total de 45 episódio em

sequência “com maior ritmo possível para não aborrecer ninguém”, ga-rante o encenador.

Em jeito de conclusão, Fraga espera que “a peça reflicta o trabalho que os actores tiveram desde a criação das personagens, da narrativa e do confli-to dramático”. O espec-táculo estará no Viriato nos dias seis, sete, oito e nove de Junho, pelas 21h30.

Tiago Virgílio Pereira

“N40º3W7º5 Rossio” estreia no ViriatoProjecto com a Comunidade ∑ Conta histórias de vida de

pessoas e do quotidiano

A Jorge Fraga aceitou o desafio e juntou 22 actores muito hetergéneos

Tiag

o V

irgíli

o Pe

reira

Jornal do Centro01 | Julho | 2011

22

CULTURAS

O Instituto Português da Juventude (IPJ) de Viseu recebe, amanhã, o workshop “Fotojorna-lista por um dia +”.

O workshop caracte-riza-se pela intenção de fotografias únicas, que condensem a representa-ção de um acontecimen-to e seu significado.

Ana Jesus Ribeiro é a coordenadora deste pro-

jecto, profissional de fo-tografia e fotojornalis-mo, há mais de uma dé-cada.

O “Fotojornalista por um dia+” não se resu-me a um só dia. O “bi-chinho” do aluno pela rotina do repórter foto-gráfico nasce no dia do workshop e mantém-se com sentido, para algo “+”. TVP

Workshopde fotojornalismo

O Auditório da Paró-quia de S. José, através da Academia de Dança de Viseu, vai ser o palco de diversas actividades e espectáculos entre hoje e Domingo.

Hoje , das 15h00 às 17h00, vão decorrer workshops ministra-dos por bailarinos in-ternacionais. Amanhã está agendado uma gala de eventos. A vereadora da cultura, Ana Paula Santana vai abrir o espec-táculo, marcado para as 21h00 e entregar lembran-ças. No final, está previs-to a entrega de prémios. No Domingo, a partir das 17h00 realiza-se a festa de

final de ano da Academia de Dança de Viseu.

A Academia de Dança está em Viseu há 16 anos. Situa-se junto ao fórum e

trabalha com quatro com-panhias internacionais de dança. O objectivo passa por preparar bailarinos e professores de dança. TVP

Academia de Dança de Viseu promove actividades para o fim-de-semana

Leya e Pretexto são parceiras

O grupo editorial L eYa e a l iv ra r i a Pretexto, em Viseu, i n i c i a r a m u m a pa rcer i a . A L eYa d i s p o n i b i l i z a r á os seus l iv ros de e d i ç õ e s g e r a i s bem como as suas edições escolares e paraescolares. A l iv ra r ia P retex to p a s s a a d i s p o r d e “ S a l a d o Professor”, espaço que virá reforçar a proximidade com a s c o m u n i d a d e s docentes da região.

Festival de Música está a decorrer no Piaget

A segunda edição do Festival de Mú-sica, uma iniciativa das licenciaturas e mestrados em Músi-ca do Campus Uni-versitário de Viseu do Instituto Piaget, vai decorrer até ao dia 10 de Julho.

A programação in-tegra concertos, re-citais, seminários, workshops e master classes com a par-ticipação de músi-cos, investigadores, instrumentistas, alu-nos e professores do Instituto Piaget e de outras instituições ligadas ao ensino es-pecializado de Mú-sica.

Os workshops e seminários consti-tuem uma oportuni-dade para estudantes de cursos superiores, conservatórios, aca-demias e músicos profissionais aper-feiçoarem capacida-des técnicas e inter-pretativas em vários instrumentos.

Variedades Destaque

O Museu Grão Vasco, como parceiro associado ao projecto “Contos de um Conto”, evento infanto-juvenil propõe uma série de actividades e workshops para os mais novos, amanhã e Domingo, a partir das 10h30, nos claustros do Museu. A entrada é livre.

D Actividades para os mais novos no Museu

Cinema

A edição de 2011 do VistaCurta – Festival de Curtas de Viseu, que se realiza de 4 a 21 de Julho, vai ter 21 filmes a con-curso, escolhidos entre 69 curtas-metragens en-viadas para apreciação. O festival tem a particu-laridade de permitir que 19 dos 21 filmes possam ser visionados e votados “on-line”, a partir de 4 de Julho, cabendo ao pú-blico internauta a atri-buição do Prémio Sapo, cujo portal acolhe o sí-tio electrónico do Fes-tival.

Além do visionamento “on-line”, os f ilmes a concurso podem ser vis-tos diariamente, até 20 de Julho, nas bibliote-ca municipais de Viseu e de Mangualde, a 16

de Julho, na FNAC de Viseu, e durante o fes-tival “Tom de Festa”, em Tondela. No último dia, 21 de Julho, os fil-mes integram uma ses-são do ciclo de Cinema da Cidade, na praça D. Duarte, no centro his-tórico de Viseu.

Neste festival só são

aceites filmes de algum modo relacionados com a cidade de Viseu, seja porque foram filmados no concelho, porque fo-ram realizados ou pro-duzidos por um vise-ense ou porque tenham a região como pano de fundo.

LUSA

21 filmes a concursono Festival de Curtas de ViseuDe 4 a 21 de Julho ∑ Filmes podem ser vistos em vários locais do distrito

14 JulhoQuinta Vieux Farka Touré (Mali)

Quinta do Paço & Convidados (Portugal)

15 JulhoSexta Sofía Rei (Argentina)

L’Herbe Folle (França)

Diatónicos (Portugal)

16 Julho Sábado Diabo na Cruz

Mo’kalamity & the Wizards (Cabo Verde / França)

Cottas Club (Portugal)

13 Julho / Quarta

Orquestra do Conservatório Reg.

de Música de Viseu

Ale Möller Band (Suécia, Grécia, Senegal, Canadá e México)

www.acert.pt/tomdefesta

A ACERT É UMA ESTRUTURA APOIADA PORFINANCIAMENTO

Variedades

Vencedores de concursode fotografia jásão conhecidos

Pedro Ferreira, Pedro Figueiredo e Sara Aze-vedo, são os vencedo-res, tendo conquistado o primeiro, segundo e terceiro prémio respec-tivamente, do concur-so dirigido a fotógrafos amadores “Imagens com História, Mangualde 25 anos”, lançado pela au-

tarquia.A entrega dos pré-

mios realiza-se no dia cinco de Julho, pelas 16h00, no átrio da Câ-m a r a Mu n ic ipa l de Mangualde.

A mostra dos traba-lhos a concurso vai es-tar patente de 5 a 31 de Julho. TVP

Artes

Artes

Jornal do Centro01 | Julho | 2011

23

Publicidade

CULTURAS Jornal do Centro01 | Julho | 2011

24

Como surgiu o gosto pelo fado?Sempre ouvi fado porque

o meu pai adora fado, no-meadamente o de Amália Rodrigues. Desde pequena que o oiço e cresci a ouvi-lo mas em miúda e até mes-mo na adolescência, não ti-nha o gosto em cantar por-que não era o género com o qual me identificava. Tive um grupo pop-rock aos 13 anos, começar a cantar fado foi um percurso evoluído com a idade. Experimenta-va quase sempre sozinha ou entre amigos.

Quando foi a primeira vez que cantou fado?A primeira vez que can-

tei ao vivo, o meu pai nem sequer sabia que eu canta-va fado. A actuação surgiu através de um convite de um amigo, tinha 21 anos e aconteceu em Lamego. Es-tava na faculdade e o fado era muito residual na minha vida, desde logo porque não tinha muito tempo.

Considera que foi tardio?Não creio. Só aos 21 anos é

que comecei a sentir o fado. Antes não sentia suficien-temente o fado para o pôr cá para fora. Há muita gen-te nova que canta fado mas isso varia de pessoa para pessoa, eu só quando ama-dureci é que me senti pre-parada para o cantar, quan-do comecei não mais quis parar porque gostava cada vez mais.

E a partir daí?A partir daí fui fazendo

várias incursões, tudo mui-to ocasional, em tertúlias ou em apresentações de livros do meu pai. Tive uma par-ticipação com a Orquestra do Norte, no Teatro Ribei-ro Conceição e as coisas foram acontecendo e evo-luindo, quando dei conta estava muito embrulhada nisto. O ano passado fiz muitos concertos embo-ra ainda não tivesse o ál-bum, o ano passado estive na Galiza, já actuei em Gui-marães e no Hotel Lamego onde sempre fui bem rece-bida.

Como apareceu o disco “Fado Azul”?Quando se começou

a pensar no disco anda-va à procura de um cami-nho, no fundo eu adorava a Amália mas queria se-guir o meu próprio cami-nho. Decidi apostar nos fa-dos tradicionais, é por estes que a maioria dos fadistas começa e alguns mantêm-se por lá sempre, já que têm uma enorme versatilidade e permitem que o fadista pe-gue numa melodia já exis-tente e a adapte à sua forma de cantar e à sua forma de sentir o fado.

É um álbum recente… quem o escreveu?“Fado Azul” está nas ban-

cas desde o dia 28 de Janeiro. Há excepção de dois covers, um de Amália Rodrigues outro de Zeca Afonso, todas as outras músicas são fados

tradicionais com poemas escritos especialmente para mim. Um dos temas foi es-crito pelo meu pai, Joaquim Sarmento, todos os outros temas foram escritos por João Gigante Ferreira. São temas que eu adoro e com os quais tenho total identi-dade o que foi muito bom em termos de interpreta-ção e do que estou a sentir quando estou a cantar.

Do que fala o álbum?O tema central do disco

é o amor, na perspectiva de ser feliz, porque é assim que o vejo e por ser assim que o vivo. No fado o intér-prete conta uma historia e as histórias que eu tenho para contar são bonitas.

Como tem sido a reacção do público?As pessoas têm me re-

cebido muito bem, tem sido muito bom. Aliás, es-tou surpreendida porque não esperava que, em tão pouco tempo, tivesse tan-ta receptividade. As pesso-as quando contactam com o álbum têm sempre uma opinião muito positiva, di-zem que é viciante e que o alinhamento está mui-to bem feito, o que o torna muito agradável de ouvir. Tenho sido muito bem re-cebida em todo o lado. Em Lamego é normal que as-sim seja, porque as pesso-as já me conhecem e algu-mas foram acompanhan-do o meu percurso. É por isso normal que haja mais quantidade de pessoas que o conheçam, não quer isso dizer que se for a Coimbra ou a Lisboa o calor e cari-nho não seja semelhante, a diferença é que se calhar as pessoas vão ouvir-me pela primeira vez.

Tem tido muitos espectácu-los?Já actuei em 18 Fnac s

e correu muito bem. No Chiado, em Lisboa, os CD s esgotaram. No passado dia 31 de Maio estive no Casino

da Figueira da Foz. Foi um bom palco e tive muita receptividade. No próxi-mo dia 2 de Julho (amanhã) vou estar no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego e os bilhetes estão praticamen-te esgotados, por isso estou confiante e certa que tudo irá correr bem. Estão a ser programados vários espec-táculos, no dia 12 de Agosto vou estar numa Gala de Fa-dos em Gondomar e no dia 4 de Outubro no Casino Es-toril. Ando pelo país a apre-sentar o CD.

E em Viseu? Nunca tive nenhum con-

vite para actuar em Viseu. Até sei que há um bom te-atro e a Feira de S. Mateus até tem ligações ao fado, mas para já nada…

As pessoas responsáveis pela cultura andam desatentas? Sobre essa matéria não

me queria pronunciar. De facto eu faço parte do dis-trito mas podem ainda não ter conhecimento do meu trabalho. Existe Fnac em Viseu e o CD está à venda, eu tinha muito gosto numa solicitação, porque é uma cidade que cresceu imenso e a cultura deve acompa-nhar esse crescimento.

Projectos para o futuro?Gostava de lançar outro

álbum e continuar no fado, pois é o género com o qual me identifico. Não fecho a porta a outros géneros, mas para já é o fado que me ali-menta.

Advogada ou fadista, qual prefere?Gosto muito das duas

coisas, senão não seguia as duas. Com o lançamento do álbum a responsabilidade aumentou, porque é uma trabalho que fica para sem-pre e pelo qual tenho de lu-tar para defender. Contudo, pretendo continuar com as duas profissões.

Tiago Virgílio Pereira

“Nunca tive nenhumconvite para actuar em Viseu”Helena Sarmento, 29 anos, é natural de Lamego e assume-se como advogada-fadista.O gosto pelo fado surgiu em tenra idade, mas a lamecense só o começou a cantar e a sentir aos 21 anos. Amália Rodrigues sempre serviu de base de inspiração à fadis-ta, que actualmente reside no Porto. É aí que exerce advocacia e foi ali que gravou o primeiro álbum de originais, “Fado Azul”. O tema central do disco é o amor. Ape-sar de revelar alguma mágoa por nunca ter actuado em Viseu, Helena Sarmento está convicta num grande espectáculo, amanhã, pelas 21h30, no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego.

A Helena Sarmento actua amanhã no Teatro Ribeiro Conceição

Nun

o Fe

rrei

ra

CULTURAS

As Cavalhadas de Vil-demoinhos voltaram às ruas da cidade com no-vos motivos de interesse do público. O tradicional cortejo do antigo bairro dos moleiros e padeiros da cidade comemorou 359 anos depois da céle-bre disputa de águas do rio Pavia.

O desfile centenário do dia de S. João começou bem cedo, cumprindo-se as três voltas prometidas à capela de S. João da Car-reira - este ano bem limpa e pintada (e já pertencen-te ao espólio da entidade que organiza os festejos tricentenários).

Mas a grande novidade de 2011 foi a presença na re-gião de Viseu de uma vas-

ta equipa de actores, pro-dução e realização da no-vela “Remédio Santo”, da TVI.

Desde a gravação das três voltas tradicionais dos moleiros a cavalo, na capela de S. João da Car-reia, à recriação de uma figura histórica a desfilar em charrete - com a popu-lar actriz Sofia Alves, pro-tagonista da citada novela televisiva, a desfilar pelas ruas da cidade no corte-jo, várias foram as emo-ções mediáticas vividas este ano no secular mo-mento de festa. As ima-gens, essas só passarão na TVI daqui a algumas semanas.

José Lorena

Cavalhadas na rua e na novela359ª Cavalhada ∑ Novela da TVI animou edição deste ano

Fotos: José Lorena

Jornal do Centro01 | Julho | 2011

25

A A célebre promessa dos moleiros foi este ano filmada para a TVI na capela de S. João da Carreira

A Os cavaleiros foram reis... e rainhas do desfile

A A actriz Sofia Alves encantou os fãs de Viseu

A O desfile encheu o olho pelas ruas da cidade

A Uma broa acabada de sair do forno foi entregue ao autarca Fernando Ruas

A A maioria dos carros alegóricos lembrou a antiga tradição

A Um dos mais famosos “trambelos” - Carlos Lopes - não faltou às Cavalhadas

saúdeUnidade móvel para ajudar à disfunção eréctilViseu∑ Projecto “Saúde em Movimento” pretende provar que a doença tem tratamento

A unidade móvel “Saúde em Movimento” vai estar em Viseu esta sexta-feira, dia 1 de Julho, disponível para apoiar doentes que sofrem em silêncio de dis-função eréctil.

Junto ao Tribunal de Trabalho, em plena zona do Rossio da cidade, a uni-dade móvel vai funcionar entre as 9h00 e as 19h00.

Num país onde ainda há muitos homens que sofrem em silêncio de disfunção eréctil, o objectivo da inicia-tiva mostrar aos utentes que é possível recuperar a sua vida sexual, bastando para isso que procurem ajuda.

A medida promovida pela Sociedade Portuguesa de Antologia e pela Asso-ciação Portuguesa de Uro-logia, com o apoio da Lilly Portugal dispõe de uma unidade móvel composta por equipas de profissio-nais de saúde habilitados a informar e aconselhar

quem procura soluções para problemas relaciona-dos com a disfunção eréc-til. Sob a análise estarão as duas vertentes do proble-ma, a vertente física (atra-vés da recolha de valores como a glicemia e a pres-são arterial) e a psicológi-ca, baseada numa sessão de aconselhamento entre o psicólogo e o doente.

Em Portugal há 500 mil homens com disfunção eréctil. Destes menos de 20 por cento estão diagnosti-cados e estima-se que só 10 por cento estejam em tra-tamento. Para os especia-listas é ainda mais grave saber-se que 68 por cento dos homens com hiperten-são têm disfunção eréctil e que 40 por cento sofre de

doença coronária signifi-cativa.

“Devolver a esperança, mostrar aos portugueses que a disfunção eréctil tem tratamento e que quanto mais cedo for detectada mais depressa poderão recuperar a vida sexual, são os objectivos da uni-dade móvel Saúde em Mo-vimento”, afirma o presi-dente da Sociedade Portu-guesa de Andrologia, Jorge Rocha Mendes.

A iniciativa decorre em cinco cidades do país. Co-meçou na terça-feira, em Lisboa e termina no sába-do no Porto, tendo passa-do por Portimão, Évora e Viseu.

Emília Amaral

A Em Portugal há 500 mil homens com disfunção eréctil

800 202 669ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

SOS VOZ AMIGA

CHAMADA GRÁTIS

∑ A disfunção eréctil é definida como a inca-pacidade em atingir ou manter uma erecção su-ficiente para manter uma relação sexual.

Disfunção eréctil é…

Jornal do Centro01 | Julho | 201126

SAÚDE

A Hospital privado

A Casa de Saúde São M ateu s (C SSM), em Viseu, realizou com su-cesso, uma cirurgia ino-vadora para o tratamen-to de obesidade. Trata-se da técnica cirúrgica gastrectomia tubular la-paroscópica, aplicada numa mulher, que “após uma hora de interven-ção, apenas necessitou de um internamento de aproximadamente 48 ho-ras”, anunciou a direcção

da CSSM ao acrescentar que “o período de con-valescença total foi de “apenas duas semanas”.

A i n te r ve n ç ã o fo i conduzida por uma equi-pa clínica especializada, sob a liderança de Mo-rais e Castro, médico es-pecialista em cirurgia geral.

Esta “simples e rápi-da” operação, é aplicá-vel apenas a indivíduos com obesidade severa ou

mórbida “necessita so-mente de quatro incisões na área abdominal, atra-vés das quais e com o au-xilio de um tubo endos-cópico, se consegue efec-tuar de forma invasiva, um corte vertical no es-tômago, de aproximada-mente dois centímetros, para o transformar num “tubo gástrico”.

A direcção do hospital privado de Viseu expli-ca ainda que “ao retirar-

se deste órgão a área que tem maior capacidade de dilatação e que é a res-ponsável pela secreção de substâncias relacio-nadas com a estimulação do apet ite , o doente terá naturalmente uma consequente redução de peso, não só porque in-gere menos comida, mas também porque dimi-nuem os níveis de greli-na, a hormona responsá-vel do apetite. EA

Casa de Saúde inova no tratamento da obesidade

Dentes Manchados e Amarelados

Opinião

Pedro Carvalho GomesMédico Dentista

Clínica Médica Dentária de Viseu, Supreme Smile

O problema. As man-chas superficiais devem-se ao chá, café, tabaco e de-saparecem com uma boa higiene oral; as intrínse-cas surgem durante a for-mação dos dentes, por de-ficiências vitamínicas ou metabólicas ou devido a al-guns medicamentos. A cor natural dos dentes, quando amarelada, também afecta a estética do sorriso.

Soluções.MicroabrasãoMétodo que consiste

no jateamento de peque-nos cristais sobre a super-fície dentária, possibilitan-do a remoção de pequenas manchas intrínsecas atra-vés de um polimento na zona da mancha que é de-pois preenchido com um material restaurador da cor do dente. Não é um trata-mento muito duradouro.

Branqueamento Dentá-rio. Método que permite a descoloração da cor na-tural dos dentes, sendo a forma mais natural de al-terar a cor dos dentes sem que para isso seja necessá-rio provocar algum dano, mesmo que pequeno, na es-trutura dentária. Pode ser realizado no consultório em que um gel branquea-dor é aplicado nos dentes e activado por lâmpadas de plasma frio. É feito em apenas uma hora e conse-gue óptimos resultados. Também o pode ser rea-lizada em casa através da aplicação diária de um gel e de uma goteira, durante uma hora e meia por dia ou à noite enquanto dor-me, ao longo de uma a duas semanas. Os dentes ficarão sempre natural-mente mais brancos, des-de que a pessoa não fume, nem abuse de alimentos que pigmentem os den-tes, como por exemplo o vinho tinto, molhos, café. Este tratamento implica a substituição de eventuais tratamentos dentários (pi-vôs, coroas,restaurações…) por outros que possuam a nova cor dos dentes.

A utilização de pastas de branqueamento dentário por si só não tem eficácia, e o seu uso regular danifica a estrutura dentária pelo facto de conter elementos abrasivos.

Jornal do Centro01 | Julho | 2011 27

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

CATARINA DE AZEVEDOMorada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email [email protected]

CARLA MARIA BERNARDESMorada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295JOÃO MARTINSMorada Rua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ANTÓNIO M. MENDESMorada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email [email protected]

FILIPE FIGUEIREDOMorada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 31 – 5º, sala 502, 3510-024 Viseu Telefone 232 441 235 Telemóvel 964 868 473 Email [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753

FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDEJOSÉ MIGUEL MARQUESMorada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email [email protected]

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Man-teiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morce-la como fazem nas Aldeias, Feijo-cas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 15 euros. Mora-da Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observa-ções Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Mo-rada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefo-ne 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos. Folga Terça-feira. Preço médio refeição 8,50 euros. Morada Quinta da Rama-lhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 962 723 772. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE BELOS COMERES (ROYAL)Especialidades Restaurantes Ma-risqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, bapti-zados, convívios, grupos.

TELHEIRO DO MILÉNIOQUINTA FONTINHA DA PEDRAEspecialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Do-mingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, bapti-zados e outros eventos) e Domin-gos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515-016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE A COCHEIRAEspecialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Ob-servações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Fol-ga Sábado (excepto Verão). Pre-ço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

RESTAURANTE EIRA DA BICAEspecialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Fol-ga 2ª Feira. Preço médio refei-ção 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilhari-gues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMARESTAURANTE SANTA RITAEspecialidades Bacalhau Espiri-tual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Fol-ga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fáti-ma. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http://santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresenta-ção do Jornal do Centro 5% des-conto no total da factura.

GUIA DE RESTAURANTES

ADVOGADOS / DIVERSOSIMOBILIÁRIO

VENDE-SETerreno para isolada com 802 m2 - a 5 km da A25 - Vilharigues - Vouzela - 24.000€T. 938 729 302

T3 - Oliveira de frades - Jto aos bom-beiros, c/ lugar de garagem, lareira, excelente estado - 90.000€T. 919 376 451

Armazém na zona industrial - a 8 km da A25 - 464m2 a. coberta + 5000m2 a. descobertaT. 938729302

T2 - No gerós - S. Pedro do Sul - mobi-lado - vende/arrenda - 65.000€/300€T. 919 376 451

Moinho em fase adiantada de recupe-ração, telhado novo e placa composta por 2 pisos, com área de implantação cerca de 50m2. Excelente localização junto à Ribeira de Ludares. Ideal para férias.25.000€T. 232 098 416

T3 Centro Cidade, cozinha mobilada e equipada, arrumos, varandas, excelente investimento. 86.000,00€T. 969 090 018

T3 Abraveses, cozinha mobilada e equi-pada, lareira e aquecimento central. 75.000,00€T. 917 921 823

T1 Duplex a 2 min. Cidade c/boas áreas, terraço c/ 30m2, garagem fechada. 82.500,00€T. 914 824 384

T1 Cidade, fase de acabamentos, aspi-ração, A/c, painéis solares, garagem. 105.000,00€T. 969 090 018

T2 Cidade c/ boas áreas, excelente estado, varandas, arrumos, excelente investimento. 72.500,00€T. 917 921 823

Moradia c/450m2, aquec. central, lareira, escritório, cozinha equipada, logradouro. 185.000,00€T. 914 824 384

Moradia óptimas áreas, lareira, cozinha equipada, pré – inst. aquec. central, logradouro. 175.000,00€ 969 090 018

Moradia p/ reconstrução, c/ óptimas áreas, 350m2 área descoberta, óptimo investimento. 90.000,00€T. 914 824 384

Moradia Abraveses, remodelada, 3 quar-tos, 2 roupeiros, aquecimento, arrumos. 79.000,00€T. 969 090 018

Moradia remodelada toda mobilada, lareira, cozinha equipada, excelente investimento. 50.000,00€T. 917 921 823

IMOBILIÁRIOARRENDA-SEEscritório no centro da cidade, 275€ T. 232 098 416 / 960 050 949

Loja. Boa localização(perto de acesso IP5). Àrea:150 m2. garagem. 450,00€(AMI 8117)T. 232 410390

T1 Qtª. Galo todo mobilado e equipado, lareira, boas áreas, varanda, garagem. 300,00€T. 969 090 018

T0 Zona Histórica, todo mobilado e equi-pado, óptima exposição solar. 250,00€ 917 921 823

T2 Abraveses, 2 frentes, cozinha mobi-lada e equipada, varanda e arrumos. 250,00€T. 914 824 384

T0 Cidade todo mobilado e equipado, óptima exposição solar. 250,00€T. 969 090 018

T2+1 c/ 104m2 área, lareira, cozinha equipada, varanda, óptima exposição solar. 340,00€T. 917 921 823

T2 Viso c/ lareira, cozinha equipada, roupeiros, arrumos, excelente localiza-ção. 325,00€T. 914 824 384

T1 Centro Cidade c/óptimas áreas, cozinha equipada, A/condic., roupeiro. 320,00€T. 969 090 018

Moradia c/330m2, aquec. completo, lareira, cozinha equipada, churras-queira. 650,00€T. 917 921 823

T2 novo Cidade, pré – inst. A/c., cozinha equipada, terraço, garagem. 450,00€ T. 914 824 384

Escritório Cidade c/ boas áreas, wc de serviço, excelente investimento. 250,00€ T. 969 090 018

AS

CLASSIFICADOS Jornal do Centro01 | Julho | 201128

EMPREGOEmpresa Multinacional em Viseu esta a selecionar vendedores. Se és trabalha-dor e ambicioso, com vontade de vencer envia o teu currículo para o Jornal do Centro: ref. JC-484

Para o Distrito de Viseu. Empresa de Distribuição procura profissionais na área de vendas.T. 232 951 168

Centro de Emprego de TONDELA(232 819 320)

Padeiro, em geral com experiên-cia. Tondela – Ref. 587744065

Cabeleireiro com experiên-cia e formação. Tondela – Ref. 587749544

Técnico de gás com experiência ou formação profissional, como técnico/a de gás. Tondela – Ref. 587756006

Empregado de mesa pode não ter experiência e que ajude tam-bém na cozinha (part-time: 2h/dia). Santa Comba Dão – Ref. 587757499

Cabeleireiro praticante de cabe-leireiro c/carteira profissional. Tondela – Ref. 587757565

Carpinteiro de limpos com alguma experiência e disponi-bilidade para estar deslocado durante a semana. Carregal do Sal – Ref. 587759125

Pretende-se consultor (m/f) imo-biliário para as zonas de Santa Comba Dão, Mortágua, Carregal do Sal e Tábua (preferência a pessoas com experiência resi-dentes nestes concelhos) com viatura. – Ref. 587759916

Ajudante de cozinha c/experi-ência na área. Mortágua – Ref. 587762395

Técnico de próteses dentárias. Santa Comba Dão – Ref. 587763680

Centro de Emprego de LAMEGO(254 655 192)

Enfermeiro. Tabuaço – Ref. 587759441

Serralheiro civil. Elaboração e montagem de estruturas metálicas (metalomecânica em geral). Moimenta da beira – Ref. 587762479

Pedreiro com experiência em acabamentos (reboco, pintura, resinas e poxy e ladrilhos). Obras em vários sítios do país (a empresa dá alojamento, transporte e alimentação). Sernancelhe – Ref. 587762933

Praticante de cabeleireira (com carteira profissional e pelo menos 1 anos de experiência): lavar; pentear; frisar; etc. Folgas: domingo e 2ª feira. Ordenado: 485.00 euros. Lamego – Ref. 587763573

Chefe de vendas. Gestão comercial da secção de bebidas, liderança de equipas, vendas, encomendas e negociação com fornecedores, com formação em enologia. Lamego – Ref. 587765121

Chefe de vendas. Atendimento, controle de qualidade, reposi-ção, com experiência mínima de 2 anos em vendas na secção de peixaria bem como conheci-mentos de informática ao nível do utilizador. Lamego – Ref. 587765128

Chefe de cozinha. Chefiar a equipa do restaurante, preparar ementas e gestão comercial com experiência e formação na área e conhecimentos de informática. Lamego – Ref. 587765140

Trabalhador Agrícola. S. João da Pesqueira – Ref. 587765687

Cabeleireiro com experiência ou formação e carteira. Lamego – Ref. 587766020

Pedreiro. Lamego – Ref. 587767580

Servente - Construção civil e Obras públicas. Lamego – Ref. 587767587

Empregado de mesa. Lamego – Ref. 587767729

Cozinheiro com experiên-cia. Moimenta da Beira – Ref. 587770401

Canalizador. Técnico de gás e ou canalizador com experiência. Lamego – Ref. 587770408

Electricista – Instalações eléctricas de baixa tensão; climatização; etc… (com carteira profissional e carta de condu-ção de ligeiros). Lamego – Ref. 587770450

Servente - Construção civil e Obras públicas. S. João da Pesqueira – Ref. 587771114

Pedreiro. S. João da Pesqueira – Ref. 587771118

Empregada de limpeza. Lamego – Ref. 587771132

Motorista de pesados. Armamar – Ref. 587771199

Empregado de balcão. Lamego – Ref. 587771449

Geólogos e geofísicos. Armamar – Ref. 587771891

Cozinheiro. Moimenta da Beira – Ref. 587772286

Cabeleireiro com experiência. Lamego – Ref. 587772686

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL

(232 720 170)Mont. de isolamentos, de pre-ferência com experiência em montagem de pladour. São Pedro do Sul – Ref. 587737311

Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Serralheiro mecânico / traba-lhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Pasteleiro com conhecimentos e experiência. São Pedro do Sul – Ref. 587758014

Serralheiro civil. Deve ter expe-riência em ferro ou alumínio. São Pedro do Sul – Ref. 587758487

Empregada doméstica - casas particulares, com carta de con-dução. São Pedro do Sul – Ref. 587759222

Centro de Emprego de VISEU

(232 483 460)Canalizadores. Viseu – Ref. 587770337

Mecânico Auto. Viseu – Ref. 587770159

Electricista Bobinador. Viseu – Ref. 587770871

Carpinteiro de Limpos. Penalva do Castelo – Ref. 587765643

Técnico de Venda. Viseu – Ref. 587769761

Técnico de Electromecânica. Covilhã – Ref. 587766419

Impressor de offset. Tondela – Ref. 587769852

Cozinheiro. Viseu – Ref. 587769923

Pedreiro. Viseu – Ref. 587770358

Copeiro. Viseu – Ref. 587769928

Electricista da Construção Civil. Mangualde – Ref. 587770794

Cortador de Carnes Verdes. Viseu – Ref. 587771505

Cozinheiro. Mangualde – Ref. 587771514 Auxiliar Limpeza Industrial (Limpa Chaminés). Viseu – Ref. 587771381

Técnico de Gás. Viseu – Ref. 587765514

Ladrilhador. Viseu – Ref. 587765524

Técnico de Frio / Climatização. Mangualde – Ref. 587760827

Soldador. Mangualde – Ref. 587762815

Empregado de Balcão. Vila Nova de Paiva – Ref. 587768248

Operador de Serragem (Chapa de Pedra). Vila Nova de Paiva – Ref. 587766422

Técnico de vendas. Viseu 587772710

Florista. Viseu – Ref. 587771902

Motorista de Pesados. Celorico da Beira – Ref. 587771893

Mecânico de Pesados. Celorico da Beira – Ref. 587771782

Cozinheiro. Viseu – Ref. 587771716

CLASSIFICADOS

EMPREGO & FORMAÇÃO

OFERTAS DE EMPREGO

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

ZÉ DA PINHAVende PinhaEntrega em casa

junto ao grelhador e à lareira.T. 967 644 571

O Governo quer im-plementar programas de apoio à manutenção de emprego, através dos quais parte do salário do trabalhador “poderia ser coberta pela despe-sa com subsídio de de-semprego não consu-mido”.

No programa entre-g ue qua r ta-fei ra no Parlamento, o Governo apresenta para curto prazo uma série de me-didas que pretendem re-formar o rácio activo-reformado e o incentivo à contributividade.

“Estimular o enve-

lhecimento act ivo e promover medidas que aproximem a idade mé-dia da reforma da ida-de legal da reforma” e fazer um “ajustamento da taxa de contribuição das empresas no que se refere às componentes de pensão e subsídios

de desemprego para os trabalhadores com car-reira contributiva ple-nas e determinada ida-de, facilitando a sua permanência voluntá-ria no mercado de tra-balho”, são outras das opções apontadas pelo Executivo.

Governo quer apoiarmanutenção de emprego

classifi cados4 inserções escolha o seu modelo e categoria a inserir:

sem foto €10

com foto €15

Imobilárioarrendo compro vendo

Automóveiscompro vendo

Diversoscompro vendo

Empregoprocuro ofereço

Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 ViseuTelefone: 232 437 461 | Fax: 232 431 [email protected] | www.jornaldocentro.pt

Texto do anúncio

TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA NIB 0035 0761 00004521 430 56 (ANEXAR COMPROVATIVO)

NOME

Nº CONT.MORADA

TLF/TLMQUANTIA (€)VALE POSTAL NºCHEQUE Nº

Jornal do Centro01 | Julho | 2011 29

Beatriz Maria Cardoso Fontes, 81 anos, viúva. Natural Currelos, Carregal do Sal e residente Coimbra. O funeral realizou-se no dia 30 de Junho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Currelos.

Agência Funerária São BrásCarregal do Sal Tel. 232 671 415

Isidro Alves, 88 anos, solteiro. Natural de Soutelo, Cinfães e residente no Lar de Cêtos, em Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 29 de Junho, pelas 15.00 horas, para o cemitério de Quinhão, Tendais, Cinfães.

Ceserina da Conceição Duarte, 69 anos, solteira. Natural de Campo Benfeito, Gozende, Castro Daire e residente na Santa Casa da Misericórdia, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 30 de Junho, pelas 12.00 horas, para o cemitério de Gozende.

Agência MorgadoCastro Daire Tel. 232 107 358

Artur Morais, 78 anos, casado. Natural e residente em Vale de Madeiros, Canas de Senhorim, Nelas. O funeral realizou-se no dia 28 de Junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Canas de Senhorim.

Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Maria Augusta, 82 anos, viúva. Natural e residente em Alcofra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 23 de Junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Alcofra.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

António Nunes Gonçalves Riquito, 66 anos, casado. Natural de Mosteiro de Fráguas e residente em Parada de Gonta. O funeral realizou-se no dia 25 de Junho, pelas 13.00 horas, para o crematório da Figueira da Foz.

Mercedes da Conceição de Almeida Martins, 72 anos, casada. Natural de Santa Comba Dão e resi-dente em Pindelo, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 26 de Junho, pelas 16.00 horas, para o cemi-tério de Silgueiros.

Maria da Encarnação de Figueiredo, 82 anos, viúva. Natural de Silgueiros e residente em Pindelo, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 27 de Junho, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Ângelo António, 73 anos, casado. Natural e resi-dente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 23 de Junho, pelas 15.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Maria Rosa Batista Figueiredo, 76 anos, casada. Natural e residente em Fragosela, Viseu. O funeral realizou-se no dia 25 de Junho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Fragosela.

Honorina da Conceição Lebreiro, 88 anos, casada. Natural de Vila Nova de Foz Côa e residente em Abraveses, Viseu. O funeral realizou-se no dia 26 de Junho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Abraveses.

Emília Fernandes Duarte, 90 anos, solteira. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de Junho, pelas 15.30 horas, para o cemitério local.

Agência Funerária D. DuarteViseu Tel. 232 421 952

Elisa dos Prazeres Dias, 77 anos, casada. Natural de Povolide, Sátão e residente em Ladário, Sátão. O funeral realizou-se no dia 23 de Junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de S. Miguel de Vila Boa.

Rui Pinto de Oliveira Gomes, 66 anos, casado. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de Junho, pelas 16.00 horas, para o cemi-tério novo de Viseu.

João Lopes, 86 anos, casado. Natural de S. Pedro de France e residente em S. Cristóvão, Viseu. O funeral realizou-se no dia 27 de Junho, pelas 18.30 horas, para o cemitério de S. Pedro de France.

Carlos Alberto Santos da Silva Ferreira, 33 anos, solteiro. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de Junho, pelas 10.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

José Lopes Páscoa, 68 anos, viúvo. Natural e resi-dente em Ranhados, Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de Junho, pelas 16.00 horas, para o cemité-rio novo de Ranhados.

Maria Emília Lourenço, 93 anos, viúva. Natural de Ranhados e residente em Quintela de Orgens, Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de Junho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Orgens.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA INSTITUCIONAIS

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 485 de 01.07.2011)

Jornal do Centro01 | Julho | 201130

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu. Ou então use o email: [email protected] cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir iden-tificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selec-cionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

DEscreva-nos para:

HIS

TÓR

IAS

DA

SEM

AN

A

HÁ UM ANO

À conversa“Começa a ser altura

de Canas ter o seu

lugar na câmara

[de Nelas] por direito”

Luís Pinheiro, presidente

da Junta de Freguesia de Canas

de Senhorim

Pub

licid

ade

Pub

licid

ade

Processo das SCUT gera mal-estar no distrito

pág. 02

pág. 06

pág. 08

pág. 09

pág. 14

pág. 15

pág. 16

pág. 18

pág. 20

pág. 21

pág. 22

pág. 23

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> NEGÓCIOS

> DESPORTO

> CULTURAS

> SAÚDE

> RESTAURANTES

> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

02 de Julho de 2010

Sexta-feira

Ano 9

N.º 433

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

Penalva do Castelo

ETAR desligada faz

esgotos correrem

directos para o Dãopágina 10

∑ Proposta do Governo de isentar utentes de seis concelhos atravessados pelas A25 e A24 indigna S. Pedro do Sul | página 6

| página 9

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Pais, filhos e avós juntos contra

fecho das escolas

DigressãoAdriana Calcanhoto

ao vivo no Adro

da Sé de Viseupágina 17

Nun

o Fe

rrei

ra

Nun

o Fe

rrei

ra

página 8

EDIÇÃO 433 | 2 DE JULHO DE 2010

∑ A polémica da instalação de portagens na A25

e na A24 - as duas auto-estradas que se cruzam

em Viseu - estava instalada com a discussão a ge-

rar decisões definitivas na Assembleia da Repú-

blica. O presidente da Câmara de S. Pedro do Sul,

António Carlos Figueiredo (PSD) criou uma outra

polémica sobre os concelhos abrangidos pelas isenções do pagamento. S. Pedro do Sul

ficou de fora e o autarca achou um “absurdo” e uma “brincadeira”.

Houve Festa no Agrupamento de Escolas Grão VascoNo dia 9 de Junho, os

cerca de 2000 alunos dos vários estabeleci-mentos de ensino con-centraram-se na Escola sede para comemorar o Dia do Agrupamento.

Na véspera, depois das aulas terminarem, todos os professores, educado-res e funcionários me-teram mãos à obra. Es-vaziaram as salas de au-las do material supérfluo e montaram as exposi-ções para, na qualida-de de anfitriões, rece-berem condignamente não só os residentes ha-bituais, mas sobretudo os convidados de hon-ra, os alunos dos Jardins de Infância e das Escolas do 1º ciclo da Ribeira, de S. Miguel, da Avenida e de Santiago. No espaço exterior, que iria ser pal-co de várias actividades, montaram-se barracas e tendas.

Chegou o dia 9, mas, insensível às comemora-ções, acordou cinzentão, com nuvens mergulha-das numa tristeza pro-funda, incontida, que de-pressa extravasaram em lágrimas, obrigando al-gumas actividades a re-fugiaram-se no interior da Escola. Ultrapassado este contratempo, logo a vozearia da gente de palmo e meio e dos mais crescidos encheu o re-cinto escolar e o interior da velha escola, agas-

tada pelo tempo e pelo uso, de vida e de alegria. Nas exposições, os visi-tantes podiam observar mostras dos trabalhos realizados e, nalgumas delas, podiam mesmo participar activamente, fazendo experiências e cálculos, desenhando, pintando, escrevendo… Pela escola, infiltrados na multidão, circula-vam cruzados, anjos e diabos, frades, parvos e outras personagens que recriavam épocas pas-sadas, mais recentes ou mais distantes no tem-po, a que se juntaram os jogos tradicionais, o carrossel artesanal, que fez as delícias dos miúdos e dos graúdos, e a gastronomia, com os saberes e os sabores ge-nuínos de um povo rico em tradições, que é pre-ciso avivar, para não ca-írem em negro vaso do esquecimento. E porque tão ou mais importan-

te que o passado ou o presente é o futuro do nosso planeta, do qual depende a vida de to-dos nós, representou-se a peça “Que a TERRA continue a ser a casa de todos nós”, um alerta para as alterações cli-máticas, provocadas pelo dióxido de carbo-no, pelo metano e pelos incêndios. E houve mú-sica, palestras, declama-ção e leitura de poemas, jogos matemáticos, atle-tismo, demonstração de artes marciais, cinema, palhaços e muita, muita animação.

À noite, fez-se a entre-ga dos diplomas e cer-tificados de mérito aos alunos que se distingui-ram nas diferentes áreas do saber.

Foi uma jornada re-pleta de actividades e de partilha.

Direcção do Agrupamentode Escolas Grão Vasco (Viseu)

O Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) é uma das doenças mais mortais nos gatos. Não é transmitida aos huma-nos ou outros animais de estimação, mas actua de forma idêntica à estirpe humana, o HIV. Talvez devido ao des-conhecimento da doença, são nume-rosos os abandonos de gatos depois de

um diagnóstico positivo. A forma mais comum de transmissão do vírus é atra-vés de dentadas, em que a saliva entra em contacto com o sangue. Ainda em estudo está a possibilidade de transmis-são através do contacto sexual. As mães infectadas também podem transmitir a doença aos filhos. Sara Félix

O To n e c a s é u m g a t o

resgatado de uma casa

m u i t o p o b r e d e u m a

família carenciada. Estava

muito doente, foi levado

ao veterinário e foi - lhe

diagnosticado FIV. Esteve

em tratamento em FAT,

está recuperado e à espera

de uma família que lhe dê

o que ele necessita: amor e

cuidados.

ANIMAIS DE RUA

Associação Animais de RuaTelefone: 969 110 771 / 926 662 295 E-mail: [email protected]: http://www.animaisderuaviseu.org/

Publicidade

Jornal do Centro01 | Julho | 2011 31

JORNAL DO CENTRO01 | JULHO | 2011Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 1 de Julho, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 34ºC e míni-ma de 16ºC. Amanhã, dia 2 de Julho, algumas nuvens. Temperatura máxima de 29ºC e mínima de 12ºC. Domingo, dia 3 de Julho, céu parcialmente nublado. Temperatura máxima de 25ºC e mínima de 11ºC. Segunda, dia 4 de Julho, tempo limpo. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 11ºC.

tempo: poucas nuvens

Sexta, 01Viseu∑ O livro “Blogue Clube dos Pensadores”, de Joaquim Jorge, é apresentado às 21h30 no espaço House Moments - Business & SPA.

∑ O Fórum: Novos Desafios para Viseu organiza conferência sobre Regeneração Urbana e da Economia Tradicional às 21h no Solar dos Peixotos.

Sábado, 02Lamego∑ Percurso de 30 locais da cidade na Rota dos Monumentos a partir das 21h30 em frente à Câmara Municipal.

Domingo, 03Viseu∑ Encerramento dos 20ºs Jogos Desportivos de Viseu às 18h00 na Praça da República.

∑ Entrega dos prémios das Marchas dos Santos Populares às 21h30 na Praça da República.

agenda∑ Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Os governos civis *Pedro Passos Coelho não vai nomear novos

governadores civis. É mais um passo no cami-nho do esvaziamento do cargo.

Os últimos governadores civis, já na defensi-va, tentaram explicar para que servia o cargo e usaram argumentos funcionais ou de custo. Fo-ram todos argumentos muito fracos: que é um “governador-civil-provedor”; que é um “gover-nador-civil-construtor-de-pontes”; que é “au-to-sustentável” nas suas “receitas próprias”; que é “frugal”, levinho ao orçamento de estado.Foi penoso de ver governadores civis sem uma ideia política na cabeça para a casa que diri-giam. Foi penoso de ver governadores civis a debitarem microscópicas estatísticas policiais em conferências de imprensa tristes e ocas. Foi penoso de ver esta agonia.

Ora, um governo civil para empregar polí-ticos derrotados em eleições não faz sentido nenhum e deve fechar, mas um governo civil se for pensado como a casa da democracia do distrito já faz todo o sentido.

Os deputados são eleitos por um distrito, é esse o seu território e o território que repre-sentam. Esta “pertença” distrital, esta “legiti-midade” distrital decorrente dos votos podia e devia ter uma plataforma nos governos civis. Os deputados deviam estar nos governos civis. O governo civil devia estar ao serviço da inter-secção dos eleitores com os eleitos.

Não ocorreu a nenhum dos últimos titula-res do cargo. Foi pena. Agora já deve ser de-masiado tarde.

Para Viseu — como para todas as capitais de distrito — o provável fim dos governos ci-vis é objectivamente uma perda. Uma perda que não devia rejubilar ninguém e muito me-nos o dr. Ruas que não tem disfarçado a sua satisfação.

* Texto do blogue Olho de Gato adaptado para aqui.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

O Conservatório de Mú-sica Dr. José de Azeredo Perdigão, de Viseu encerra esta sexta-feira, dia 1 de Ju-lho as comemorações dos 25 anos de actividade, com um dos maiores concertos alguma vez realizados na cidade. O Concerto mar-cado para 21h30, no Adro da Sé Catedral, será prota-gonizado por 400 músicos em palco, todos eles actu-ais alunos e professores do Conservatório.

“Contamos proporcio-nar à nossa cidade um mo-mento musical de grande qualidade que constitua um verdadeiro marco na vida, quer dos seus intér-pretes, quer de todos aque-les que se dignarem a ele assistir” afirma o direc-tor do Conservatório, José Carlos Sousa.

O espectáculo está a ser ensaiado diariamente e

de forma intensiva desde terça-feira, para que o en-cerramento das comemo-rações do quarto de sécu-lo do Conservatório seja a maior festa de sempre, en-volvendo alunos, profes-sores e os próprios fami-liares.

Com este mega espectá-culo cumpre-se também uma programação anun-ciada e concretizada ao longo do ano lectivo. “No ano em que comemora-mos 25 anos de actividade, muitas foram as activida-des que a Proviseu – Con-servatório de Música leva-

ram a efeito. Exposições de pintura, edição do livro a Divina Música, encomen-da da obra musical Mosaic do compositor João Pedro Oliveira (obra premiada num concurso internacio-nal em Itália), inúmeras e justas homenagens a per-sonalidades da nossa cida-de e muitos concertos rea-lizados, uns integrados no IV Festival de Música da Primavera outros na pro-gramação regular do Con-servatório, explica o direc-tor.

Emília Amaral

Aniversário ∑ Concerto encerra comemorações dos 25 anos da instituição

Conservatórioleva 400 músicos ao adro da Sé

Publicidade

Arranca no Domingo a terceira edição do Pas-seio de Carros Clássicos de Moimenta da Beira.

A iniciativa é da Asso-ciação Recreativa e Cul-tural Arcozelense e tem como objectivo promo-ver o concelho, as suas potencialidades e a defe-sa das raridades automó-veis.

A concentração dos veí-culos está marcada para as 8h30, no Largo do Mártir em Arcozelo da Torre. De-pois, as antiguidades vão passear-se pelas estradas do município.

O custo de participação na iniciativa varia entre os dez e os 20 euros e é gra-tuito para crianças até aos quatro anos de idade. TVP

Carros clássicospasseiam em Moimenta da Beira

ver página 19