Jornal do Centro - Ed488

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Publicidade |Telefone:232437461·Fax:232431225·BairroS.JoãodaCarreira,RuaDonaMariaGracindaTorresVasconcelos,Lt10,r/c.3500-187Viseu·[email protected]·www.jornaldocentro.pt| pág. 02 pág. 06 pág. 10 pág. 16 pág. 17 pág. 25 pág. 28 pág. 29 pág. 32 pág. 34 pág. 36 pág. 38 pág. 39 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > REGIÃO > ECONOMIA > SUPLEMENTO > SUPLEMENTO > DESPORTO >PASSEIOSDEVERÃO > CULTURAS > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > NECROLOGIA > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRECTOR Paulo Neto Semanário 22 de Julho de 2011 Sexta-feira Ano 10 N.º 488 1,00 Euro Publicidade Publicidade Distribuído com o Expresso. Venda interdita. As chegas de bois são uma tradição milenar nas serranias a Norte. No Montemuro a tradição está viva e a raça Arouquesa mostra o seu esplendor Nuno Ferreira | páginas 6, 7, 8 e 9 Touros com vida no Montemuro Touros com vida no Montemuro

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA> ABERTURA> REGIÃO> ECONOMIA> SUPLEMENTO> SUPLEMENTO> DESPORTO> PASSEIOS DE VERÃO> CULTURAS> EM FOCO> SAÚDE> CLASSIFICADOS> NECROLOGIA> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTORPaulo Neto

Semanário22 de Julho de 2011Sexta-feiraAno 10N.º 4881,00 Euro

Pub

licid

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licid

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

∑ As chegas de bois são uma tradição milenar nas serranias a Norte. No Montemuro a tradição está viva e a raça Arouquesa mostra o seu esplendor

Nun

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| páginas 6, 7, 8 e 9

Touros com vidano MontemuroTouros com vidano Montemuro

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praçapública

palavrasdeles

rNão é preciso deixar de fazer investimentos, mas é necessário analisar bem o valor de cada obra”

Paulo JúlioSecretário de Estado da Administração Local e Reforma

Administrativa(Sessão solene do Dia do Município de Carregal do Sal, 118

de Julho)

rNão se pode esperar que os consumidores um dia acordem a dizer que vão começar a beber Dão”

João Paulo MartinsCronista

Expresso, Revista Única, 9 de Julho

rOs orçamentos participativos são muito importantes para aquilo que é o desenvolvimento social das populações”

Paulo JúlioSecretário de Estado da Administração Local e Reforma

Administrativa(Sessão solene do Dia do Município de Carregal do Sal, 118

de Julho)

rOs autarcas dizem que os municípios não aceitam ter de pagar os erros de gestão do Governo. Mas não são os municípios que têm de pagar, sou eu, são os portugueses”

Carlos BergeronCronista

(Via Rápida, 14 de Julho)

Em tempos li num li-vro de Karl Popper, que “o Estado é um mal ne-cessário.” (Em busca de um mundo melhor, Frag-mentos/1989). Nunca mais obliterei esta máxi-ma. Nesse tempo, eu tive

oportunidade de conhe-cer as costuras do Esta-

do português, uma vez que, coabitava a vida parlamentar, legitimamente eleito.

Essa minha experiência levou-me a con-cluir, por uma lacuna existente na nossa edu-cação: não ensina o que é o Estado? Para que serve? Como funciona?

Em alusão a uma cidadania activa, tal facto afigurou-se-me como imperdoável.

Tendo nós o Estado omnipresente nas nos-sas vidas, para o bem e para o mal, como era possível, não nos ensinarem como interagir com ele?

A verdade é que nós portugueses, não co-nhecemos o Estado que nos governa. Limi-tamo-nos a concordar ou a discordar, com algumas das suas politicas, sem ter uma vi-são de conjunto do seu funcionamento. Jul-gamo-lo por máculas ideológicas, sem per-ceber que para além disso, há um conjunto de entidades que funcionam, independen-temente da variabilidade cíclica das opções partidárias dominantes e que muita interfe-

rência têm na nossa vida.Ora esse Estado, para servir 10.553.853 gatos

pingados (número de residentes em Portugal, Censos 2011), tem 13.740 entidades (Informa-ção da DGO: Perímetro Orçamental – Enti-dades que movimentam dinheiros públicos). Deste número de organismos públicos, ape-nas 1724 entidades apresentaram contas em 2009 ao Tribunal, o qual só teve capacidade para verificar 418.

Esta imensa constelação de entidades corresponde às três categorias que incorpo-ram a nossa administração pública: adminis-tração directa do Estado, administração indi-recta do Estado, administração autónoma.

É um universo dédalo, complexo, sem in-tegração estratégica, que sobrepõe tarefas e multiplica funções com base em circunstan-cialismos. Já para não falar, na confusão en-tre serviços, agentes e entes.

Como se chegou aqui?Duas notas muito rápidas que o espaço é

exíguo para grandes ponderações. Em meados do século XX verifica-se uma

clara distinção entre o Estado e a Sociedade Civil, num quadro nada concorrencial, onde as tarefas desenvolvidas pela administração pública não podiam ser operacionalizadas por particulares.

Era o tempo dos funcionários públicos, re-cursos humanos específicos da administra-ção pública, os famosos “mangas-de-alpaca”,

guarda pretoriana da burocracia vigente.Balizando o período que medeia o choque

petrolífero de 1973 e a infausta crise do sub-prime e, posteriormente das dívidas sobera-nas europeias, a administração pública vai modificando as suas praticas administrati-vas, numa óptica de interesse económico geral. A adesão à CEE foi uma pressão fun-damental nesse sentido.

Estado e sociedade civil confluem então numa teia de interesses, que torna difícil vis-lumbrar disparidades operacionais.

A lógica dos mercados caucionava a pres-tação de serviço público, obrigando-o a mo-dificações baseadas em modelos gestioná-rios, que pudessem acompanhar a exigências dos mercados.

É neste contexto que o “monstro” começa então a ganhar forma. Isto por que, todas es-tas alterações foram sendo acompanhadas, por exigências insondáveis dos cidadãos.

Em Portugal, a estas exigências insaciá-veis dos cidadãos, o jovem regime democrá-tico – ansioso de mostrar as diferenças com o tétrico Estado Novo – respondia com toda a generosidade, transformando a adminis-tração pública em terreno de eleição fértil na satisfação de clientelas políticas, ao nível do emprego e da decisão.

Conforme escreveu o historiador Rui Ra-mos: “Por ironia da história, foi Salazar quem pagou o PREC. Entre 1974 e 1975, houve uma

festa de consumo.” (Expresso, 28/5/2011)Na verdade o “Estado do berço à cova”,

mais conhecido por Estado-Providência, que a partir daí se desenvolve, nasceu na Europa do Pós-guerra e, apenas ganhará forma com o 25 de Abril, institucionalizan-do-se ao longo dos anos: Saúde gratuita, educação gratuita, reforma completa num idade razoável, emprego seguro para toda a vida, tudo a condizer.

Ora, esse Estado acabou! A um Estado moderno, em face das evidências da glo-balização, exige-se redução da carga fiscal e das despesas públicas. Uma gestão pú-blica bem mais eficiente. Uma equitativa redistribuição do rendimento. Um comba-te tenaz ao desemprego e à erradicação da pobreza.

E este quadro só é possível ser consubs-tanciado por um verdadeiro Estado Social, nunca por cartilhas neoliberais radicais, portadoras de niilismo.

Como lembra Paulo Ferreira da Cunha: “(…) o lema do Estado Social tanto se opõe aos neoliberais que, no limite, são anti-Es-tado, quanto aos anti-democratas que são contra o Estado de Direito democrático.” (Pensar o Estado - Quid Juris, 2009)

Finalmente, o Estado pode ser ontologica-mente mau (até pela essência coerciva que detém), mas apesar de tudo é muito provei-toso em termos instrumentais.

Opinião O Estado do berço à cova

José Lapa Técnico Superior do IPV

Há quem tenha tido oportunidade de desfrutar dos preceitos de um farnel à moda antiga e dificilmente se poderá esquecer do prazer que proporciona esta vivência única e sempre desigual.

Os tempos mudaram muito. Os interesses divergiram na busca incessante de comodidades e de novas formas de prazer, e obliterando um acervo vasto, rico e cultu-ralmente nosso, de coisas que, se não me engano, irão voltar, bem cedo.

É o caso dos farnéis e merendas no campo. Ainda há, felizmente, memórias dessas epopeias tão sócio familia-res como gastronómicas.

Muitos modos inteligentes de vida foram erradicados do nosso quotidiano ao serem massivamente enuncia-dos e conotados com o passado e como sendo integran-tes ou estreitamente ligadas com o fascismo, o imperia-

lismo, a outra senhora, o antigamente, a fome, o antes do 25 d’Abril, e mais ainda.

Conheci outros lugares, especialmente em África, onde se fez exactamente o mesmo. Obliterar o passa-do para impor esta política que, agora, já conhecemos. É uma política que tem pai e mãe e se disseminou pelo mundo, especialmente pelos mais atrasados. Saibam que até a calçada à Portuguesa da marginal de Luan-da foi arrancada, por ser um símbolo do imperialismo/colonialismo. As suas pedras foram carregadas em ba-telões cubanos e descarregadas no fundo do mar…! Es-sas pedras deram depois “à costa”, em Cuba, e lá foram aproveitadas para calçadas… Muito se fez em nome do anunciado progresso.

Bom, de regresso ao esquecido farnel, evocarei a me-

mória, ou provocarei a imaginação, para esta fonte de bem-estar, de retempero de forças, de espaço de con-fraternização, de comunhão com a natureza, de boas e reconfortantes sestas e de fruição do melhor que a vida tem, a muito baixo custo. A ida continuada a restauran-tes é inibidora de bom convívio familiar, em diametral oposição com uma mesa de farnel à sombra de frondoso arvoredo, atapetado com folhado macio ou relva bravis-ca e, sempre que possível, com o murmurar da água, so-nífero certo depois do repasto e das “provas” vinícolas adjuntas. De propósito, ou nas idas e voltas, mesmo que de carro, a qualquer sítio onde se fosse, era mimosamen-te preparada uma “cesta (normalmente de vime) com todos”. Toalha de pano, guardanapos, talheres e copos num compartimento. Noutro, vitualhava-se, bem aco-modadamente, uma variedade farta, que se constituía

Teremos o farnel de voltaOpinião

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Os resultados dos exames de Português e de Matemática,no 12º anos, foram os piores de sempre.Quais são para si as principais causas ?

Importa-se de

responder?

Enquanto professora de Português da ESEN, não conside-ro que tenhamos tido resultados inferiores à média nacional. Porém, tal não quer dizer que tenham sido bons.

A nível nacional, na minha opinião, no ensino do Português, verifica-se um fraco investimento no trabalho de desenvol-vimento das competências dos alunos. E é exactamente aqui que está o cerne do problema, que deve ser revisto para ob-viar a situações semelhantes.

Margarida Paixão Professora de Português

A nível do Português, as provas, todos os anos têm critérios díspares. De ano para ano há alterações, e alunos e professo-res vêem-se perante situações algo inesperadas. O que pode justificar, de alguma forma, tais resultados. Há que fazer pro-vas mais adequadas às matrizes, que decorrem do Programa e que estão na base do desenvolvimento do nosso comum tra-balho. O grau de dificuldade dos exames varia de ano para ano, não assentando numa constância, num equilíbrio. Con-tudo, as causas não se resumem apenas ao referido.Alexandra Ramos

Professora de Português

estrelas

Carlos Clara GomesMúsico, compositor

e intérprete

No final de mais uma época des-portiva confirma-se ter sido esta a mais brilhante de todos os tempos no historial da natação do clube que, se-manalmente, conquistou prémios re-levantes.

Estão de parabéns os atletas, a di-rigente Irene Xavier e o treinador Humberto Fonseca.

Mara PedroFadista

números

5.000A região da raça arouquesa

possui cinco mil cabeças es-palhadas pelas zonas monta-nhosas dos distritos de Viseu e Aveiro. O número foi avança-do pela Associação Nacional de Criadores de Raça Arou-quesa (ANCRA) com sede em Cinfães.

Irene Xavier e Humberto Fonseca

Dirigentes da Secção de Na-tação do Clube Académico

de Viseu

A jovem fadista viseense, depois de meses de sucesso no programa televisivo “Uma Canção para Ti” (TVI), que a projectou de Norte a Sul do país, lança agora o seu pri-meiro cd, “Doce Fado”, apresentado no Teatro Viriato ao lado de Joana Amendoeira.

Celebrando os seus 40 anos de car-reira, Carlos Clara Gomes lança o li-vro/cd com o título “Auto da Fonte dos Amores”. É o culminar de uma carreira profícua e diversificada, na qual faltava apenas a publicação de um livro.

Há muitos motivos para tal. Um dos principais prende-se com o facto da maioria dos alunos que vão a exame serem de ciências e de tecnologias, havendo um desinteresse, em geral, porque esta disciplina não contribui para a média, enquan-to específica para a entrada nos cursos que eles pretendem. Os alunos vão-se desinteressando cada vez mais da escrita e da leitura.

Porém, lembro que aqui, na minha Escola, este ano, houve um 19 a Português e um 20 a Matemática.Ana Albuquerque

Professora de Português

Em 2007, 2008 e 2009 o exame de Matemática foi de um faci-litismo enorme e no primeiro daqueles anos inesperado. A mé-dia dos exames subiu, em 2008, cerca de 4 valores e ainda mais se considerados só os alunos internos . É o próprio GAVE que o afirma: a prova modelo dos exames deve ser a prova de exa-me do ano anterior. Quando em 2010 e agora em 2011 aparecem provas mais adaptadas ao programa é este o resultado. Nota-se que a descida de notas já aconteceu também no ano anterior! A aprendizagem em Matemática é como um novelo: se o início fi-cou mal, ao avançar fica tudo sem consistência e até se pode des-fazer! E as consequências só se fazem notar no secundário.

Maria da Graça Martins Professora de Matemática

em pastéis de massa tenra, pataniscas e bolinhos de ba-calhau, peixinhos da horta, ovos verdes, batatas albar-dadas, empadas, enchidos de paio ou chouriço e etc, como entradas. Depois, mais substanti-vo, aparecia um tacho com um ar-roz quente de “uma qualquer coisa” (lembro-me do “à valenciana”) que se desembrulhava de entre muitas folhas de jornal apertadas por um cobertor. A sobremesa, afirmada com queijo, arroz doce ou aletria, e fruta, entrava já de mansinho, depois de aplacada a fúria exi-gentíssima da fome, mais des-perta, ainda, pelo ar do monte. Espelho do trato, do convívio e da paz

que sempre bulha com a fome, a conversa entra, agora, mais mansa, simpática e pousada. A voz surge mais té-

nue e meiga. Os olhares mais atentos e afáveis dispensam a ternura que gosta-

mos de ter de volta. E assim se vai des-vanecendo o turbilhão entusiasta inicial

para morrer estendido numa manta de trapos sob os auspícios duma ses-

ta que se quer tão longa quanto o pio das aves durar a embalá-la. A casa a que se chega depois deste retempero parecerá dife-

rente da que nos recebe ao longo da semana de trabalho, ou após a

vinda de um barulhento restaurante onde o funcionário, enfartado, nos serve como a

todos os outros – mal! – e nos mostra, clara e inequivo-camente, que só ali estamos para o incomodar.

Curiosamente, esta evocação do farnel, em forma de dica, não serve para sugerir idas aos paraísos pagos, em campanhas, promoções ou saldos. Nem para emprestar dinheiro, ou comprar o seu ouro usado. Serve para lem-brar como se juntavam as famílias – filhos, pais e avós – nos passeios de fim de semana e sugerir que, nesta nos-sa e preciosa beira, ao preço e com a qualidade de “an-tigamente”, se voltem a organizar as famílias e amigos, para, ajustados à época que vivemos, fruir da natureza, da família, dos amigos, da comida simples, saudável e, mais que tudo, da vida.

Pedro Calheiros

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

DirectorPaulo Neto, C.P. n.º TE 909

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GerênciaAlbertino Melo e Pedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesapara o Controlo de Tiragem

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

O programa deste Gover-no, como «bom aluno» que é, leva à prática as medidas de sujeição acordadas pelo PSD, CDS-PP e PS com o FMI e a União Europeia. Com essas políticas o País será inevita-velmente conduzido à ruína

económica e à miséria so-cial.

Qual o seu conteúdo in-trínseco (medidas concre-

tas) escondido sob o manto de belas palavras?Mais exploração para quem trabalha. Menos

rendimentos para trabalhadores e reformados. Aumento dos preços dos bens e serviços es-senciais. Mais lucros e privilégios para a Ban-ca e grupos económicos. Roubo do subsídio de Natal.

Mais privatizações e encerramento de servi-ços públicos. No distrito de Viseu vamos assis-

tir a mais encerramentos de escolas, serviços de saúde, tribunais, instalações da GNR.

O desemprego vai aumentar. Sublinhe-se que o número actual de desempregados ultrapassa todos os registos históricos desde o 25 de Abril de 1974. Com o aumento do desemprego, a po-breza, a miséria e a fome alastram em Portugal. Mas os apoios sociais aos mais desfavorecidos continuam a ser reduzidos.

As desigualdades vão-se agravar ainda mais. O fosso entre pobres e ricos em Portugal é o maior da União Europeia. Os 100 portugueses mais ricos aumentaram a sua fortuna cerca de 33 por cento em 2010. Enquanto grande parte dos trabalhadores viu os seus salários congela-dos ou com actualizações mínimas.

Este Governo PSD/CDS-PP diz não à aplica-ção do efectivo pagamento de impostos da ban-ca, da especulação na bolsa e das transferências para os paraísos fiscais dada «a delicadeza (!!!) do sector financeiro». Mas não hesita em ser o

carrasco da vida de tantas famílias que têm no subsídio de Natal a última possibilidade de res-ponderem a necessidades extremas.

E o que afirmam os mandantes, os tais que, di-zem eles «ajudam» financeiramente Portugal?

«Até hoje, só houve ganhos para os alemães, porque recebemos da Irlanda e de Portugal juros acima dos refinanciamentos que fizemos, e a di-ferença reverte a favor do orçamento alemão”», declarou Klaus Regling, presidente do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF). E acrescentou que «é o prémio pelas garantias que a Alemanha dá. Só que os contribuintes alemães não acreditam». Mais claro não podia ser!

O País precisa de outro caminho. Como de-claram e demonstram os comunistas é pos-sível sair da crise. O que exige uma ruptura com os interesses dos mais ricos e poderosos. O que exige uma política patriótica e de es-querda que faça frente às injustiças e ao declí-nio nacional.

Esta política mata a economiaOpinião

António [email protected]

Editorial

1 - O meu último edi-torial ainda está baten-do à aldraba do Guin-ness, pela exagerada extensão do seu tama-nho.

Já o nosso paginador/gráfico ameaçou despe-dir-se ou despedir-me, tendo uma dúzia de lei-tores tombado em pro-funda letargia, e só iam

a meio…O Pe. António Vieira que no meu magro en-

tendimento encabeça a meia dúzia de maiores e mais sapientes cultores da madre língua, dizia por palavras assim ou semelhantes: “mais difícil é es-crever pouco dizendo muito, que escrever muito dizendo pouco”. Os puristas da literatura que me perdoem, se não está conforme nas palavras, mas não me neguem o dito na essência. A escrita, por vezes, é um corcel puro-sangue lusitano galopan-do solto na lezíria a sol doirada e mui arredio da alta escola, pela simples crença de, filho de Zéfi-ro, voar com o vento. Os leitores que me absolvam deste excesso, que da minha parte os absolverei da ripostada sesta.

Aqui deixo a contrição…

2 - A vida é efémera. Tempus fugit dizia-se na Roma antiga. Mas o homem moderno, o homem do tempo do consumismo e do descartável, numa ingenuidade assente na mentira a si próprio dita, de tal não ousa convencer-se. Mera ilusão, puro e vão engano….Por isso, nós que somos todos os velhos de amanhã, concedamos dignidade à ve-lhice, peçamos aos nossos legisladores que façam leis que protejam os idosos e respeitemo-los, por-que eles são a nossa origem, muito do nosso saber e deles advém muito do que temos. Porém, os nú-meros na sua frieza dizem que todos os anos há 8.258 idosos abandonados por filhos e familiares em hospitais públicos… Sinais dos tempos, na sua implacável crueldade.

Alguém escreveu que “o grau de civilização de um povo se vê, também, na maneira como acarinha e cuida os seus anciãos…”. Estamos falados!

Frères humains qui après nous vivezN’ayez les coeurs contre nous endurcisCar se pitiè de nous pauvres avez,Dieu en aura plutôt de vous mercis. (…) (François Villon, Balade des Pendus)Este excerto da “Balada dos Enforcados”, do

poeta medieval François Villon, reflecte clara e oportunamente este tema.

É comum a muito dos nossos poetas a preocu-pação, obsessiva nalguns casos, com a efemerida-de da vida. Ricardo Reis, que só existiu na escrita de Fernando Pessoa, escrevia:

Nada fica de nada. Nada somos.Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamosDa irrespirável treva que nos pese Da húmida terra impostaCadáveres adiados que procriam.Leis feitas, státuas altas, odes findas –Tudo tem cova sua. Se nós, carnesA que um íntimo sol dá sangue, temos Poente, porque não elas?Somos contos contando contos, nada.Este número, o Jornal do Centro traz um suple-

mento sobre os Avós. Sê-lo-emos todos, amanhã, se o Fado o permitir.

O que hoje semearmos, amanhã colheremos. A nossa vénia e o nosso respeito aos gerontes,

nossa esquecida origem e memória.

3 - António Quadros, sob o pseudónimo de Frei Joanes Garabatus, escrevia em “As Quybyricas”:

Se a vida é vã porquê mais vã fazê-laconfiscando-lhe a calma e lavradioem que se passe frutuosa e belalutando apenas contra o desfastio?Aos que por vã a tomem por descrê-lade outro alto sentido e cume friodirei: Não é sangrando o semelhanteque a volverás de vã em interessante.Não é sangrando o semelhante… que tornarás a vida

de vã em interessante.Uma excelente asserção a ser ponderada e con-

siderado pelos nossos governantes, que têm to-dos como boa política brindar-nos, a cada dia que passa, com um novo imposto, seja qual for a con-juntura e a família política de onde são oriundos. Dantes era “marchar, marchar…”. Hoje é “pagar, pagar…” Exangue vai ficando o corpo social lusita-

no e quando o sangue, de todo, se esgotar, tornar-se-ão sorvedores de H2O, ou perderão a sua razão de existir, perecendo à míngua de alimento.

É a crise! (do grego krisis, decisão)…

4 - E já que à pena a Lusitânia veio, a estas horas, apresentadas e aprovadas as contas em Assem-bleia Geral, urge o tempo de delas dar público co-nhecimento à opinião pública para que TODOS possamos saber, sem qualquer ambiguidade, dúvi-da, ou mais delongas, como foram gastos os largos milhões de euros, à sua gestão confiados.

5 - Como uma nuvem carregada de fria chuva, a pairar nos ares de Viseu, fala-se e escreve-se so-bre a Quinta da Escola Agrária, a da Alagoa, doada pela Dª Maria do Céu Mendes, aquisição/permuta (?) da CMV, com alteração do PDM à mistura e o lavrar da leira, que outrora foi de estudo e benfei-toria, para semear o triunfal betão.

Será possível? Pessoalmente, não acredito!

6 - Na Quinta do Bosque, ou no que dela de ver-de sobejou, às espaldas do hotel local, onde outrora havia frondosas árvores, cresce altaneiro o capim. Não posso crer que seja este o magnífico Jardim que o vereador do respectivo pelouro em tempos me mencionou e tinha em mente, quando man-dou cortar parte das seculares árvores lá existen-tes. Ou então (porque não?) é a minha ignorância em colisão com as novas correntes da arquitectura paisagística, que devastam, como Fénix, para re-nascer um dia, das cinzas, na beleza harmoniosa que os viseenses pagam, apreciam e merecem.

7 - Prometi tentar não ser (tanto verbo!) en-fadonho. A escrita é como as rúbidas cerejas de Cinfães e Resende… E desta feita, o Jornal do Cen-tro, na sua política editorial de dar voz a todo o dis-trito, cada vez mais voz, andou por Castro Daire, pelas faldas do Montemuro e desceu às áureas margens do Doiro, a Cinfães, a viver a sua festa e a ouvir o seu Autarca, no entendimento de que, ninguém melhor que os eleitos pelo Povo são do Povo (quase sempre) a Voz.

Aqui me quêdo – para não voltar ao Guinness. Até para a semana.

Não é sangrando o semelhante… que tornarás a vida de vã em interessante

Paulo NetoDirector do Jornal do Centro

[email protected]

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Tenho a honra de ter participado na fundação do Partido Socialista em 1973, na então República Federal da Alema-nha.

Éramos poucos, mas tínhamos um de-sígnio firme: a luta contra a ditadura e o empenho na constituição de um regime democrático em Portugal.

E até hoje nunca deixei de pertencer – aliás com gosto e muito orgulho – aos quadros do partido e já lá vão 38 anos.

Com a Revolução do 25 de Abril de 1974, tudo mudou.

O que sucedeu depois é bem conhecido de todos, quero dizer, dos que ficaram e continuaram a lutar pela liberda-de e pela democracia.

Tais circunstâncias criaram a necessidade evidente do partido ser dirigido por um Secretário Geral combativo, de-terminado, implacável nos seus desígnios e indutor a cons-ciencialização colectiva dos portugueses que acreditassem e se mobilizassem para a reposição democrática do país.

Esta foi a tarefa primeira e mais importante de Mário Soares, dirigente carismático e centralizador de vontades dos seus seguidores que, então, cresceram em progressão quase geométrica.

E ainda bem que assim foi, pois, de contrário, a evolu-ção de Portugal teria sido bem diferente do que foi, com consequências ainda hoje mal avaliadas e mal medidas.

Entretanto, a liderança política de Mário Soares criou, no seio do partido e no pensamento substancial de muitos dos seus militantes, uma cultura política peculiar e a habitua-ção do uso de métodos que, alguns anos depois, se aproxi-mou de uma certa perversidade degenerativa.

Passo a explicar-me: Num partido democrático como é e sempre foi o Partido Socialista, o debate interno é fun-damental.

Seja o debate ideológico, seja o de políticas ou de estra-tégias, todos são fundamentais para que se apresente ao eleitorado uma via e um rumo, dando-lhe a possibilidade de opções traduzidas no voto popular.

Isto é, obviamente, o abc da política, a arte hoje tão vili-pendiada, não sem culpa de alguns dos seus agentes.

Mas ainda me lembro que, nalguns debates, uns ganha-vam e outros perdiam. E estes – os que perdiam – aceitavam os resultados e isso não constituía uma derrota fatal e defi-nitiva do seu posicionamento dentro do partido.

E, se não fosse eleito para os órgãos do partido ou para cargos políticos públicos pelas razões acima aduzidas, tal era compreendido como consequência do funcionamento da democracia interna.

E, como esses militantes eram na sua generalidade pro-fissionais na vida civil, retomavam os seus empregos e os seus mesteres, regressando ou não, no futuro, à vida polí-tica activa.

Conheci todos os Secretários Gerais do Partido, com muitos deles trabalhei intensivamente, menos com outros, nada com poucos e por todos tenho um profundo e salutar respeito humano e político.

Contudo, com o decorrer dos tempos, com as euforias do poder e as angústias das não proeminências públicas e partidárias, surgiu um fenómeno insólito, qual seja o da constituição de pseudo elites nas estruturas regionais e lo-cais do partido, aliás, muitas vezes com a complacência e (ou) a conveniência da estrutura central.

Criou-se, assim, nos concelhos e nos distritos, um centralismo pessoalizado (democrático só formalmente), o qual permitiu a utilização de métodos que favorecessem o êxito dos seus autores, quer dentro da estrutura do parti-do, quer na vida pública.

A burocracia local esplendorou, os caciques e os cabos eleitorais proliferaram e, com a ajuda da burocracia tradi-cional, toda a “concorrência” foi afastada.

Os delegados ao Congresso Nacional passaram a ser sempre os mesmos, os membros da Comissão Nacional e da Comissão Política Nacional idem idem, os candidatos a deputados só os indicados pelos “dirigentes locais” (tam-bém estes eleitos pelas estruturas locais do costume), os caciques locais a aumentarem a conta dos telefones e dos SMS’s nos contactos com os eleitores dedicados, com o tra-balho dos funcionários partidários.

Vieram as eleições directas para o cargo de Secretário-Geral. Perdeu-se o debate e a discussão democrática nos Congressos nacionais. Ficam sempre os mesmos e o partido fechou-se à sociedade, divorciou-se dela, não obstante dever dizer-se com justiça que alguns altos dirigentes do Partido fizeram um enorme esforço para que tal não sucedesse.

Em Junho passado, devido à crise europeia e mundial e também a alguns erros próprios, o Partido Socialista per-deu as eleições legislativas, o que levou o Secretário-Geral José Sócrates a pedir a sua demissão dos cargos de Primei-ro-Ministro e de Secretário-Geral do Partido, aliás num discurso memorável de coragem e honradez políticas.

O Governo de coligação maioritária PSD/CDS foi em-possado pelo Presidente da República, o memorando de “ajuda” da troika entrou em funcionamento e… o partido socialista entrou em período de eleições para o cargo de Secretário-Geral.

Perfilaram-se dois candidatos e os seus nomes são bem conhecidos quer pelos socialistas, quer pelos portugueses em geral.

E eis que a nomenklatura imediatamente começou a ape-lidar um deles “de esquerda” e o outro de “continuidade” (por contraste talvez “de direita”…)

A dualidade política-ideológica dos nossos dias não se cifra na esquerda-direita (como acontecia no século pas-sado), mas na dualidade, essa sim, “Estado Liberal / Estado dos Cidadãos”, ou não fora verdade que muitos dos apani-guados da dita e tradicional “direita” usam no seu discurso político formas de populismo demagógico que preconizam soluções e opções que a dita e tradicional “esquerda” teria vergonha de utilizar.

O importante e o essencial nestas eleições internas do Partido Socialista tem duas vertentes:

A primeira é o modo como o Partido se vai organizar e reformar (reformular?) as suas estruturas organizativas, fe-chando-as ou abrindo-as ao mundo real e circundante, com

prejuízo do funcionalismo político vagamente bacoco.A segunda diz respeito à forma como o Partido vai exer-

cer o seu legítimo e democrático direito de oposição, cum-prindo os compromissos assumidos (referimo-nos à assi-natura pelo Governo anterior do memorando da troika) e defendendo os valores essenciais da sua matriz ideológica, no momento com maior incidência no respeito e fazer cum-prir os direitos sociais que os portugueses, especialmente os mais pobres, os que menos ganham e os que são mais explorados, adquiriram.

Quanto ao primeiro ponto, defendemos que o Partido não poderá continuar a ser “mais do mesmo”. E quando digo “mais do mesmo”, refiro-me ao auto-enclausuramen-to dos militantes, aos aprendizes de pequenos e, quantas das vezes, ridículos “gauleiters” espalhados pelo país, ao sempre os mesmos, com a mesma cara, com a mesma ro-tina, com os mesmos propósitos, sempre também com as suas conveniências próprias.

Um partido político não vive só para os seus militan-tes. Tem de viver e de funcionar para a sociedade em ge-ral, apercebendo-se das suas carências e dos seus dese-jos, da protecção dos seus direitos políticos, económicos, sociais e culturais.

E só o poderá fazer se se abrir a essa mesma socieda-de, libertando-se do seu mofo burocrático, das suas pró-prias preocupações carreiristas e de todo o seu mundo fictício.

Se o não fizer não cumpre dignamente o seu destino e os seus objectivos que não são mais do que ganhar elei-ções e, em consequência, adquirir os instrumentos ne-cessários ao cumprimento das expectativas mais huma-nas, mais decentes e até mais transcendentes do povo que o elegeu.

E estes instrumentos, para serem eficazes na sua função, não podem ser congeminados e escolhidos intra-portas, têm de resultar, isso sim, da consulta e da auscultação da-queles que são do seu uso e da sua valia.

Eis por que defendemos as eleições primárias alargadas ao mundo simpatizante dos socialistas portugueses e não só aos membros partidários com as quotas em dia e obe-dientes ao seu cabo eleitoral.

É assim que se faz e se funciona nos países com a demo-cracia política mais avançada e mais transparente. Não é assim nos países que fazem da burocracia e dos burocratas salvadores da humanidade!

Quanto ao segundo ponto, o enunciado acima elaborado já diz quase tudo o que pensamos.

Cumprir o memorando da troika, sim!Permitir que esse memorando seja também o pretexto

para a consolidação de um Estado Liberal com o atropela-mento dos direitos económicos, sociais e culturais do nos-so povo, isso é que não.

Alguns reputados economistas portugueses dizem de-les próprios que são estúpidos e que têm de o ser. Também concordo com eles!

O Partido Socialista tem dois candidatos à sua liderança. São facilmente distinguíveis face ao que se escreve neste texto. Por mim, já decidi o meu voto.

O dilema eleitoral dos socialistas portugueses - Reflexão

João Lima Fundador Nacional do Partido

Socialista

Opinião

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abertura textos ∑ José Lorenafotos ∑ Nuno Ferreira

“Dizem que a seguir,Aqui vão lutar os bois,Logo na primeira luta,Punha aqui estes dois!”

O menino era também novo na arte de cantar à des-garrada. Mas inventou algu-mas quadras e foi a atracção do momento de cantigas ao desafio numa destas tardes nas festas anuais de Labon-cinho, freguesia de Parada de Ester e concelho de Cas-tro Daire.

De cada um dos lados o moço tinha o pai e outro su-jeito mais velho, dois can-tores de quadras afiadas que ainda animam as fes-tas nas aldeias da serra do Montemuro. A desgarra-da rufia precedia o grande momento: a chega de bois marcada para a tarde festi-va.

A chega ou luta de bois é um costume popular que nada tem a ver com toura-das ou outras tradições tau-

rinas da Península Ibérica. Os actores principais são touros de cobrição de raças autóctones como a Arou-quesa e a Barrosã, de onde saem animais de trabalho dóceis e respeitáveis, po-dendo os machos ultrapas-sar a tonelada de peso. Dois a dois, são obrigados a apro-ximar-se em campo aber-to e sem qualquer vedação que resguarde a tradicio-nal assistência para quem este é o momento mais alto de qualquer festa nas loca-lidades serranas do maci-ço da Gralheira, da serra do Montemuro ou dos plainos das terras altas de Trás-os-Montes.

Os entendidos dizem que os animais entram em con-fronto natural pela proximi-dade de fêmeas, que chei-ram com clareza e desejo. Por isso se atiram um ao ou-tro e só pára a luta quando um fugir.

A refrega impressiona pela monumentalidade dos

animais. Pode durar um mi-nuto ou uma hora, conforme a vontade dos touros. E há mesmo casos em que nem chegam a lutar, embora os urros e sons de ambos pos-sam ser ameaçadores.

A m a ior pa r te da s autarquias onde as che-gas de bois se realizam não aposta numa promoção am-pla a este tipo de eventos de rusticidade inigualável e que se têm mantido intactos ao longo de séculos. A assistên-cia é composta por habitan-tes de aldeias próximas ou distantes (dele sabem por tradição oral ou pelas avisa-das páginas de almanaques como o Borda dÁgua ou o Seringador) que guardam o dia para o evento e nele fa-zem as mais variadas com-pras para além de se diver-tirem e passarem um dia di-ferente.

Em Laboncinho o dia das festas começou cedo com a chegada dos feirantes e dos produtores de gado de raça

Arouquesa que iam partici-par na feira anual e no con-curso de gado que ali se rea-liza todos os anos.

Por um campo aberto sul-cado de urze e carqueija se estendiam barracas de fei-rantes. O espaço termina-va com um campo aterrado para onde estava prevista e é habitual a realização das chegas de bois e até mes-mo corridas de cavalos, um costume da serra que tam-bém nada tem a ver com outros eventos equestres mais longínquos. Estamos em pleno vale do Paiva, nos contrafortes a Sul da serra de Montemuro, e tudo aqui está intacto e de bem com a natureza.

O barulho infernal dos feirantes, com instalações sonoras para apregoar tudo e mais alguma coisa, quase não permite ouvir a azáfa-ma dos espaços onde alguns restaurantes improvisados lançam para o ar os fumos da assadura de carne de por-

O português comum ou não sabe o que são, ou pensa que já não existem, chegas de bois - as lutas entre touros de raças autóctones que se provocam nas aldeias de todo o Norte de Portugal.Na serra do Montemuro, a tradição está bem viva, mas quase não se dá por ela. Talvez por isso ainda tenha vida e ar rústico. Ainda não se adivinham dias em que as chegas de bois venham a ser organizadas por agências de promoção de eventos.Assistir a um dia de festa anual em Labonci-nho, uma aldeia de Parada de Ester, no conce-lho de Castro Daire, é um privilégio raro. Para chegar à encosta da serra de Montemuro, onde se espera mais uma chega de bois em final de festa, atravessa-se e sobe-se o mag-nífico vale do rio Paiva. Chega-se ao tecto do mundo e vê-se gente rara. O maciço da Gralheira e a serra da Estrela vigiam, ao longe. As gentes divertem-se de forma pura. O tempo não parou lá por cima. Apenas acontece um paraíso na terra.Os bois lutam, mas são dóceis. A violência não existe nem por aquelas paragens se co-nhece como noutras existe.Por ali se celebra o gado da raça Arouquesa.

A festa das chegas de boisA festa das chegas de bois

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RAÇA AROUQUESA | ABERTURA

co e galinha. É aí que muita da festa se

faz. A comer e a beber. Eles, com os amigos que só vêm de quando em vez, de caja-do entalado entre o sovaco e o peito - a pose do pastor e do lidador de gado. Con-versas entrecortadas com “vai mais uma rodada, agora pago eu”. Elas, na conversa com outras tantas mulheres deles, de vestidos engoma-dos e coloridos e buço rapa-do. Da lida dos dias falam, entre olhares de preocupa-ção para eles, que bebem.

Espera. A chega de bois nunca mais começa. O sol abrasa, mas o vento disfarça o calor e a luz do astro. Eram para lá das quatro da tarde e ainda se gritavam no minús-culo palco os prémios e os premiados do concurso de gado da manhã.

Os autarcas de Castro Daire e Parada de Ester, os dirigentes da Associação Nacional de Criadores de

Raça Arouquesa (ANCRA) e até os graduados da GNR distribuíram os prémios aos orgulhosos e orgulhosas ga-nhadoras.

Logo a seguir se recla-mou a presença do “senhor Zé, de Laboncinho, e do se-nhor Moreira, de Vila Boa”. São pequenos produtores de gado da raça arouquesa e es-tavam marcados para que os seus dois touros começas-sem a chega de bois.

Eis que os animais asso-mam à arena improvisada, um quase campo de futebol pelado, sem marcas nem ba-lizas. Centenas de pessoas assistem, sentadas nos dois taludes que demarcam o re-cinto.

Os bois defrontam-se. En-talam os cornos na cabeça um do outro. As pessoas gri-tam de satisfação e tentam encorajar e atiçar um e o ou outro. Os bichos investem, de cornos entrelaçados. Mas soltam-se logo e um deles foge. O que fica, urra e ga-

nha. Para quem vê, a derrota e a vitória contam mais que, aparentemente, para os ani-mais. Um deles é da casa e outro recolhe à camioneta do dono, o senhor Moreira de Vila Boa.

Do palco anuncia-se a se-gunda das quatro lutas da tarde. O senhor Saraiva, da Gralheira, trouxe o “Bonito”, uma bizarma com mais de uma tonelada. Do outro lado vem o “Amarelo”, do senhor Cardoso, de Alhões. Qua-tro anos de idade tem cada um e, talvez por ser tenra, nem chegam a zangar-se. Recolhem às camionetas de transporte de “animais vivos”

Seguem-se o “Mourisco”, do senhor Assunção, de Al-varenga, e o “Chico”, do se-nhor Nelson, de Paradela. E ora aqui esteve o momento da tarde. Primeiro olharam-se e pareciam amigos. De-pois, atiçados por Assunção e Nelson, atiraram-se um ao outro. O “Mourisco” lar-gou a luta e fugiu por uma encosta abaixo. O “Chico” seguiu-o, com raiva. Corre-ram duzentos metros e pa-raram ao pé de dois carros estacionados.

O “Chico” atirou-se ao “Mourisco” e este andou de rojo. O desgraçado fez um Citröen AX rodar 90 graus, metendo-lhe uma porta para dentro, mas ainda enfrentou o touro do senhor Nelson. Os donos apartaram-nos e fizeram-nos regressar ao recinto. Lutaram mais um pouco, mas estava feita a tarde: o povo vibrou. Leva-va que contar para casa.

Como por magia o dia es-tava feito. O espectáculo ani-mara as pessoas até ao fim, mas começavam a respirar-se ares de partida e sauda-de dos momentos passados num dia cheio de emoção pertinho do céu dos altos do Montemuro.

Marcavam-se encontros para S. Cristóvão (Resende), onde no próximo fim-de-semana há mais chegas de bois, e também para a Festa da Senhora da Ouvida (Cas-tro Daire) nos primeiros dias de Agosto.

Este é o esplendor das fes-tas da serra do Montemuro, onde ainda se celebra o gado da raça Arouquesa. Por ali se passam tardes inesque-cíveis, ao sol, com as chegas de bois.

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ABERTURA | RAÇA AROUQUESA

Raça de gado bovino que se desenvol-ve nos concelhos de Resende, Cinfães, Marco de Canaveses, Arouca, Vale de Cambra e Castelo de Paiva. Com menos efectivos abrange outros concelhos da orla dos anteriores, como os de Lafões - Oliveira de Frades, Vouzela e S. Pedro do Sul. Tem cor amarelada e castanha clara, pelagem curta e sedosa.

São grandes procriadores de vitelos e produtores de leite de excelente qua-lidade. Mas, acima de tudo, são animais de trabalho e dóceis. Esta raça adaptou-se muito à região de montanha e é de fá-cil maneio.

A origem destes animais perde-se no tempo. Há quem defenda que a raça Arouquesa foi apurada a partir de ani-mais que existiam na região de Trás-os-Montes e atravessavam as serranias para sul no tempo dos antigos mercadores e almocreves. O cruzamento destes ani-mais com outros da zona das marinhas (onde existe a raça Marinhoa), entre a Fi-gueira da Foz e Aveiro, poderá ter dado origem à Arouquesa.

Por outro lado é defendido também que a raça pode também ser provenien-te do boi do Arouque (um animal antigo

que povoou a Europa e a Ásia), cujos tra-ços aparecem bem definidos em Portu-gal nas pinturas rupestres de Foz Côa.

Embora existam vários estudos, de acordo com a Associação Nacional de Criadores de Raça Arouquesa (AN-CRA), a caracterização exacta da raça ainda não se conseguiu ainda especi-ficar.

Os animais têm um porte médio, po-dendo as fêmeas adultas atingir os 500 quilos e os machos, também adultos, chegar aos mil quilos. A adaptação per-feita ao terreno permite um período de vida útil aos animais que pode ultrapas-sar os quinze anos.

As serras da Arada, Freita, Gralheira (o maciço que se estende até S. Macá-

rio, em S. Pedro do Sul) e Montemuro constituem a zona onde a raça prolifera actualmente.

Para a ANCRA, o efectivo total de ani-mais reprodutores ultrapassa os cinco mil, que permitem cerca de três mil ca-beças de gado para abate todos os anos.

A ANCRA existe há precisamente 25 anos, altura em que se estabeleceram parâmetros para a raça Arouquesa. Anos depois iniciou o processo de garantia do livro genealógico - a certificação da raça.

A entidade certificadora da Denomi-nação de Origem Protegida (DOP) da raça Arouquesa é actualmente o Norte e Qualidade - Instituto de Certificação de Produtos de Qualidade, com sede em S. Torcato (Guimarães).

A vitela de Lafões, cuja DOP é certifi-cada também pelo Norte e Qualidade, é uma derivação da morfologia do animal típico das raças Arouquesa e Barrosã em função das características do terre-no por onde está espalhada. É um ani-mal um pouco mais pequeno que o seu par da raça Arouquesa e prolifera unica-mente em zonas como as de Vouzela e S. Pedro do Sul.

Bilhete de Identidade

A produção de gado da raça Arouquesa está ordenada actualmente, anos após ter sido definida, certificada e regulamentada. A ANCRA é a entidade que garante a certificação da raça. Como é que no terreno está espalha-da esta variedade de gado autóctone?Temos que dividir o

processo por etapas da vida animal. Em primei-

ro lugar os animais de tra-balho, que ainda são cria-dos pelos agricultores. Eles ensinam-nos como há séculos acontece por essas serranias e aldeias fora. As vacas começam a parir, a trabalhar ao mes-mo tempo e também pro-duzem leite.

As pessoas que habitam nas zonas serranas vivem à base destes animais e

aproveitam o que eles têm de melhor, ou seja, os seus recursos inatos.

A partir dos nove me-ses de idade, os vitelos já podem ser vendidos para que a respectiva carne seja comercializada para abate.

E que expressão têm essas actividades produtivas? Co-meçando pelo leite, entra em circuitos das grandes casas colectoras e produ-toras?Não, não entra em qual-

quer circuito de comer-cialização. As vacas da raça Arouquesa produ-zem leite essencialmente para o vitelo. Depois de deixarem de amamentar voltam a estar férteis e conseguem-se ainda três ou quatro meses de leite que servem apenas para consumo próprio dos pro-dutores.

O abate de animais da raça é que já tem visibilidade...O abate dos vitelos, cer-

ca de três mil por ano, jé tem expressão e consegue entrar nos circuitos co-merciais como um produ-to com Denominação de Origem Protegida (DOP). Temos uma rede própria

de distribuição. A própria ANCRA comercializa esta carne, como forma de ga-rantir o preço e a divulga-ção deste produto.

Acredito que temos a melhor carne do país. Tem uma tenrura acima da média, uma vez que a sua origem é de um ani-mal ‘mamoto’, ou seja, que vem da mama, do lei-te materno.

Os animais são criados em ‘cortes’ aí pelas serras. Comem bons pastos natu-rais e depois alimentam-se ainda do leite materno. Isso é muito importan-te para as características únicas da sua carne.

A comercialização é notada a nível nacional?Não temos ainda gran-

de expressão nesse domí-nio. Somos conhecidos, estamos divulgados mas queremos ainda mais pe-las possibilidades que te-mos.

Mas queremos um cres-cimento sustentado, aci-ma de tudo, de forma a que a carne chegue ao mercado, vença e con-vença.

O efectivo de cerca de cinco mil animais tem dimensão

perante o de outras raças autóctones portuguesas?Nas regiões Centro e

Norte é, seguramente, o maior efectivo de gado bovino tradicional. Mas não devemos esquecer que temos outras carnes de excelente qualidade, tais como a Mirandesa, a Barrosã ou a do Germe-lo (em desenvolvimento a Norte da Guarda).

Mesmo alargando o nosso leque para todas as raças e carnes autóctones, penso que ninguém pode ofuscar ninguém. Cada um tem o seu caminho, traçamos percursos pa-ralelos e há mercado para todos.

Cada região tem que de-fender a sua raça, puxar por ela e fazer com que os agricultores se sintam felizes. Eles já são pouco, estão velhos e temos que dinamizar a raça para que novos e jovens produtores se fixem na região.

E há espaço para mais produtores certamente. Será que o mais normal é a tradição familiar para a continuidade da produção de animais?Esta é uma região com

muito potencial. Temos

sido esquecidos e há ne-cessidade de colocar no mapa a raça Arouquesa.

Não posso precisar com exactidão, mas penso que temos entre 800 a mil pro-dutores em toda a região onde é criada a raça. Te-mos a satisfação de regis-tar que já existem alguns produtores que criam a raça em regime extensi-vo, com efectivos de 70 ou 80 vacas.

Isso é uma esperança para a manutenção e pre-servação da raça Arou-quesa.

E quais os preços que se aplicam ao gado, quer na venda de vitelos, quer no que os produtores rece-bem quando vendem para abate?O valor do gado nas fei-

ras tradicionais varia mui-to. Os agricultores usam vários critérios e um vite-lo pode custar entre 350 a 600 euros. Por outro lado, a ANCRA paga ao produ-tor cinco euros por quilo em carcaça para abate.

Os consumidores pa-gam a carne da raça Arou-quesa, por questões de qualidade, a preços en-tre os 23 e os 24 euros por quilo.

“Queremos novos e jovens produtores”

A Fernando Moreira, presidente da direcção da ANCRA

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RAÇA AROUQUESA | ABERTURA

A Prereira Pinto, presidente da Câmara Municipal de Cinfães

A A tradicional posta Arouquesa grelhada é uma das atracções do concelho de Cinfães

A XV Feira de Gastro-nomia e Artesanato de Cinfães, que recentemen-te decorreu na vila du-riense, é a principal mon-tra para os produtos en-dógenos do concelho.

A carne da raça Arou-quesa (Cinfães é conside-rado o centro da região produtora e tem a sede da ANCRA) foi um dos produtos locais que mais destaque teve no certame organizado pela Câmara Municipal.

O espaço das tasquinhas e restaurantes da Feira os-tentou durante três dias a marca “Carne Arouque-sa” e ali se podiam de-gustar os principais pra-tos confeccionados com a

iguaria, particularmente a posta grelhada.

“Este é um produto ex-cepcional e temos a hon-ra de ser sede da raça, com um solar a ela dedi-cado aqui no concelho”, diz o presidente da Câma-ra Municipal de Cinfães, Pereira Pinto.

Entre os vários produ-tos regionais do conce-lho, o autarca lembra um que há poucos anos teve um avanço significati-vo e que calha bem com a posta Arouquesa: o vi-nho verde. “Cinfães pos-sui um clima propício e o melhor que nos aconteceu foi a integração na Região Demarcada dos Vinhos Verdes”, sustenta, escla-

recendo que os vinhos do concelho possuem ainda o condão de ser “um pou-co mais adocicados, ada-mados”.

Pereira Pinto deixa para o fim de uma curta conversa sobre os valores gastronómicos e vínicos do concelho, uma “pre-ciosidade” local. Tratam-se dos “Matulos”, um pe-queno bolinho redondo e delicioso, banhado a calda de açúcar. “Há al-guns anos que o Matulo não era feito em quan-tidade nem promovido como deve ser. Vamos tentar reavivar esta que é uma das tradições da nossa doçaria”, promete o autarca.

“Um produto excepcional!”

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região

A Ínsua e os seus encantos “escondidos”Novidade∑ Vai nascer um museu na Casa tornando-a ainda mais única no país

A Casa da Ínsua, situada em Penalva do Castelo, é um hotel de charme de cinco estrelas, resultante da conversão de uma casa senhorial, estilo barroco, do século XVIII. Até ao final do ano, a Casa da Ínsua vai ter um núcleo museológico e, desta for-ma, uma das casas com mais passado do distri-to vai mais uma vez fazer história, visto que será a única unidade hoteleira de charme com um mu-seu adjacente.

No museu, vão cons-tar todos os utensílios li-gados à agricultura, des-de 1780. Alfaias agríco-las e demais ferramentas utilizadas na produção de cereais, azeite, vinho

e na pecuária vão ago-ra ser expostos ao públi-co. “O nosso objectivo é que as pessoas possam ter contacto com as rari-dades utilizadas na Casa da Ínsua no passado e que descubram as dife-renças com as peças do presente”, explicou a di-rectora da Casa, Andreia Rodrigues.

A Casa da Ínsua tem uma história particu-lar, não só por estar as-sociada a Luís de Albu-querque, mas também às gerações seguintes que receberam o morgadio - no regime de morgadio os domínios senhoriais eram inalienáveis, indi-visíveis e insusceptíveis de partilha por morte do

seu titular, transmitin-do-se nas mesmas condi-ções ao descendente va-rão primogénito. Assim, o conjunto dos bens dum morgado constituía um vínculo, uma vez que es-ses bens estavam ligados à perpetuação do poder económico da família de que faziam parte, ao lon-go de sucessivas gerações - e que deixaram também a sua marca na gestão dos negócios da quinta e no seu desenvolvimento.

Exemplo disso, foram os dois últimos fidalgos Manuel de Albuquerque e o seu sobrinho, João de Albuquerque. A sua vi-são permitiu introduzir na Casa da Ínsua avança-dos sistemas de produção

agrícola, 30 anos à fren-te da prática comum em Portugal.

A visita às “catacum-bas”. Para além do ime-diatamente visível, exis-tem recôndidos espaços que guardam tesouros de outrora.

O Jornal do Centro foi visitar as “catacumbas” da Casa da Ínsua, guia-do pela directora Andreia Rodrigues. Visitámos a garrafeira onde encon-tramos diversas precio-sidades vínicas: vinhos velhos do Dão e do Dou-ro que, “serenamente”, aguardam o momento certo de degustação dos mais “finos” provadores. Onde hoje está localiza-

da a garrafeira, em tem-pos esse espaço era o ca-minho que as populações utilizavam para se des-locarem de Penalva à Ín-sua e vice-versa. Os mu-ros altos foram proposi-tadamente construídos para que o povo não ti-vesse acesso às instala-ções da Casa.

O responsável pela construção desdes mu-ros foi um capataz en-carregado de gerir todos trabalhos de produção agrícola, bem como da gestão das propriedades e dos seus rendeiros de quem, Francisco de Al-buquerque não gostava e até mandou despedir. Anos mais tarde, quan-do Luís de Albuquerque

regressou a Portugal viu a “obra” deixada pelo ho-mem e, reconhecendo o erro que o seu pai tinha cometido, voltou a em-pregá-lo na casa.

A Casa da Ínsua sur-preende os seus visitan-tes pela pluralidade de opções que propicia, al-gumas revitalizantes, ou-tras idílicas, outras au-tênticas páginas da nos-sa história.

Uma certeza se perfila, após algumas horas de vi-sita: o despertar do cres-cente interesse e a curio-sidade que, ao dobrar de cada passeio se nos ofe-rece, de modo relaxante, tranquilo e pegadógico.

Tiago Virgílio Pereira

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CASA DA ÍNSUA | REGIÃO

Pioneiros na electricidade:A Casa da Ínsua começou por ter

um sistema de produção suportado por uma central termoeléctrica, ins-talado em 1893, fabricado pela Her-man-Lachapelle de Paris, que pro-duzia a electricidade necessária à elevação da água para a rega e à ilu-minação das várias instalações da Quinta.

Esta disponibilização de energia permitiu à Casa da Ínsua avançar com uma florescente modernização dos seus processos, instalando guin-dastes e sistemas mecânicos e auto-matizados nas mais variadas rotinas da sua produção agrícola, lagares e adegas, e avançar mesmo para a elec-trificação de uma das primeiras fá-bricas de gelo do país.

Ainda hoje é possível conviver na Casa da Ínsua com vestígios destes tempos pioneiro da electricidade no nosso país, na Casa da Electricidade, na Barragem, na Central Hidroeléc-trica e no que resta do quadro eléc-trico da fábrica de gelo ou ainda com alguns postes da antiga rede de dis-tribuição que ainda se conservam ao longo da Quinta.

Maça Bravo Esmolfe:Dentro da Região Demarcada da

Maça Bravo Esmolfe, é na Casa da Ín-sua que se localiza o mais antigo po-mar.

Apesar de se associar a Quinta à pro-dução de vinho, é importante destacar a maça, como um produto endógeno da região.

O pomar tem um grande significa-do histórico e agrícola. A partir dele procedeu-se à enxertia de garfo. O ob-jectivo principal passa por conseguir reproduzir as qualidades dos frutos de uma árvore noutra árvore, ou então conseguir que uma árvore estéril pas-se a dar frutos.

A adega:A adega original era uma das mais

magníficas obras de engenharia daque-le tempo. Construída em granito, todo o trabalho de transporte do vinho para as gigantescas pipas de madeira ameri-cana, era feito por gravidade, através de canais escavados no granito. Nada se perdia, porque se uma pipa rebentas-se, esses canais conduziam o vinho no seu interior para um depósito próprio, onde seria reaproveitado.

Curiosidades

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REGIÃO | VISEU | SERNANCELHE

A recuperação do con-junto principal de edifí-cios da Quinta da Cruz está concluída. O espa-ço situado na freguesia de S. Salvador (próxi-mo de Vildemoinhos) foi adquirido há alguns pela Câmara Municipal de Viseu a particulares da região.

O presidente da au-tarquia, Fernando Ruas, garantiu ao Jornal do Centro que a recupera-ção dos principais edi-fícios está concluída e que o novo espaço será inaugurado “nos próxi-mos dias”.

“Resta apenas definir, o que está em curso, os conteúdos e gestão de

todo o espaço”, diz Fer-nando Ruas, acrescen-tando que a Câmara Municipal está a “envol-ver pessoas diversas, e muitas bem conhecidas do meio cultural, para darem sugestões para a utilização de instala-ções físicas” do empre-endimento.

Tal como se espera há alguns anos, a Quin-ta da Cruz vai receber nos próximos meses o arquivo distrital de Viseu, que actualmente funciona na Casa Ama-rela.

A quinta, que se espa-lha pelas duas margens do rio Pavia, entre S. Salvador e Tondelinha,

possui outra valência que já é utilizada. Para o efeito, o espaço foi dotado de equipamen-to necessário para, por exemplo, receber o es-tágio de equipas de fu-tebol. Ali são realizados treinos da equipa do Lusitano de Vildemoi-nhos e estágios de ou-tros clubes desportivos do concelho.

O conju nto h a bi -tacional já concluído é composto por edifí-cios que aproveitaram as antigas construçãos da quinta e por outros construídos de raiz e de arquitectura moderna.

José Lorena

A Recuperação está concluída e inauguração está prevista para este Verão

Quinta da Cruz à espera de conteúdosComplexo ∑ A quinta vai receber o arquivo distrital de Viseu e aguarda mais ideias

MORTESernancelhe. Um motard de Sernancelhe, com 50 anos, perdeu a vida, na passada quinta-feira, no IP2, na sequência de um acidente de viação que envolveu três automóveis e quatro motas, causando ainda dez feridos. João Carlos Sobral des-locava-se para Faro, Algarve, para se juntar à concentração Motard. O empresário deixa três filhos, um dos quais me-nor de idade.

CORRUPÇÃO Distrito. Três médicos de centros de saúde do dis-trito de Viseu são acu-sados de receitarem aos doentes medicamentos de um laboratório far-macêutico em troca de bilhetes para jogos in-ternacionais do Benfica, dinheiro, brindes e uma consola de jogos. Após uma investigação da PJ do Centro, os clínicos, um homem e duas mu-lheres, com cerca de 50 anos, foram acusados de corrupção passiva para acto lícito pelo Departa-mento de Investigação e Acção Penal de Coimbra, e incorrem numa pena até dois anos de prisão ou multa até 240 dias.Os factos em causa te-rão ocorrido entre 2005 e 2007 e foram alegada-mente denunciados por um delegado de informa-ção médica que trabalha-va no referido laborató-rio de genéricos.

7dias

A população pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico de Rio de Loba, e dos arre-dores, vai ter uma surpresa agradável quando regressar do período de férias gran-des: têm à espera um novo centro escolar, uma nova es-cola.

Trata-se do primeiro

grande estabelecimento de ensino de nova geração construído no concelho de Viseu para o 1º Ciclo com ca-pacidade para centenas de crianças e que levará ao en-cerramento da antiga escola primária de Rio de Loba.

A nova construção possui mais de uma dezena de sa-

las de aula, que estão agora a ser equipadas com mate-riais e tecnologia avançada para os primeiros anos do Ensino.

O novo equipamento tem salas adaptadas para o en-sino especial, destinadas a crianças com necessidades educativas especiais, para

além de uma ampla biblio-teca, refeitório e espaços ex-teriores de recreio.

O presidente da autarquia, Fernando Ruas, visitou re-centemente o espaço e ficou satisfeito com a “dimensão” do centro escolar e com as “possibilidades que oferece” às crianças. JL

Centro Escolar novo em Rio de Loba

O vice-presidente do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), José Costa, assumiu estar disponível para uma candidatura à Câmara de Viseu nas elei-ções autárquicas de 2013. José Costa é a primeira fi-gura oficial a disponibi-lizar-se para encabeçar uma candidatura para ocupar o lugar de Fernan-do Ruas, que não se pode recandidatar ao abrigo da Lei de Limitação de Man-datos.

O social-democrata, membro da Assembleia Municipal de Viseu, terá tornado pública essa de-cisão durante um encon-tro com dirigentes do PSD, onde estaria Gui-lherme Almeida, presi-dente da Comissão Polí-tica Concelhia do parti-do. Uma fonte adiantou ao Jornal do Centro (JC) que José Costa terá mostrado a disponibilidade se can-didatar a vários militan-tes, informando outros potenciais candidatos da sua decisão. Para além disso, José Costa terá ofi-cializado a disponibilida-de por escrito, através de uma carta enviada à con-celhia do partido.

O JC não conseguiu contactar José Costa até à

hora do fecho de edição.O presidente da conce-

lhia considerou “prema-turo” falar no processo autárquico quando “está ainda fechado” e escusou-se a comentar a possível candidatura do vice-presi-dente do IPV. Sem nunca particularizar o nome de José Costa, Guilherme Al-meida encarou uma can-didatura autárquica como “inoportuna” e “sem ló-gica” a dois anos e meio das eleições. “Qualquer intenção de candidatura é da responsabilidade única das pessoas” que a anun-ciam, concluiu.

O líder concelhio re-petiu ainda a resposta dada há um ano no espa-ço “à conversa”, da Rádio Noar e do Jornal do Cen-tro, de que este seu man-dato de dois anos à fren-te do PSD de Viseu não inclui o dossier das elei-ções autarquias, por ter-minar antes do acto elei-toral ocorrer.

O presidente da dis-trital do PSD de Viseu, Mota Faria, escusou-se a fazer qualquer comentá-rio, “sem uma declaração oficial” por parte de José Costa. “Não podemos co-mentar rumores”, disse. EA

José Costa disponível para a CMV

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REGIÃO | S. PEDRO DO SUL | CASTRO DAIRE

Seis trabalhadores pertencentes ao “encla-ve de emprego protegi-do” e que trabalhavam em serviços da Câmara Municipal de S. Pedro do Sul ficaram sem em-prego, depois do Institu-to de Emprego e Forma-ção Profissional (IEFP) ter cortado o apoio fi-nanceiro.

O “enclave de empre-go protegido” foi criado há mais de dez anos para promover a inclusão de cidadões com deficiencia no mercado de trabalho. O apoio estatal, dado atra-vés do IEFP, consistia na atribuição de uma verba correspondente ao grau de deficiencia individual e a decisão do corte apa-nhou todos de surpresa.

O presidente da Câma-ra Municipal de S. Pedro do Sul, António Carlos Figueiredo considerou esta medida “imoral”, porque “apesar destes funcionários não faze-rem parte da autarquia,

estavam a realizar um trabalho válido, à me-dida das suas capacida-des”, disse ao Jornal do Centro.

O autarca sugere que “o Governo tem de ser sensibilizado para esta situação” e lembra que

“não tem possibilidade de os manter nos locais de trabalho nem de lhes pagar, uma vez que não têm enquadramento le-gal para o fazer”. O di-rector da Delegação Re-gional do Centro, Ar-mando Reis disse “estar

disponível para, em con-junto com a autarquia, encontrar uma solução para manter os funcio-nários”.

O sindicalista Manuel Rodrigues, da Associa-ção de Solidariedade So-cial de Lafões (ASSOL) considera que esta atitu-de “não é legítima nem legal” e alerta para o fac-to de “se tratarem de pes-soas que não vão regres-sar tão depressa ao mer-cado de trabalho”.

Ana Maria, uma das funcionárias dispensa-das e que trabalhava na autarquia há 11 anos, “la-menta toda esta situa-ção” e está muito reticen-te quanto ao futuro.

O corte neste apoio destina-se às entida-des públicas - como as autarquias - que têm agora de suportar todos os custos, caso queiram manter os funcionários.

Tiago Virgílio Pereira [email protected]

Corte no “enclave de empregoprotegido” desemprega seis pessoas S. Pedro do Sul∑ Presidente da Câmara classifica medida “imoral”

A Câs

Boa

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) vai voltar a propor a reabilitação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Ponte Pedrinha, em Castro Daire, no âmbito do Orça-mento de Estado para 2012.

Uma delegação do parti-do deslocou-se à ETAR na quarta-feira, depois de dois dias antes, a associação SOS Rio Paiva ter anunciado que a Câmara Municipal de Cas-tro Daire foi alvo de um pro-cesso de contra-ordenação devido à situação “grave e ilegal” daquela infra-estru-tura.

O dirigente nacional do PEV Miguel Martins disse à agência Lusa que “Os Ver-des” há muito vêm acompa-nhando este caso, tendo no âmbito do anterior Orça-mento de Estado apresenta-do uma proposta para rea-bilitação daquela ETAR, re-jeitada com votos contra do PS e a abstenção do PSD e do CDS-PP.

Ainda que considere que o ideal seria construir uma ETAR de terceira geração, Miguel Martins acrescentou que o partido vai lutar para que “pelo menos a que exis-te seja reabilitada”.

Na segunda-feira, a asso-ciação ambiental anunciou que, na sequência de uma denúncia entregue a 9 de Maio no Serviço de Protec-ção da Natureza e do Am-biente (SEPNA) da GNR, se confirmaram “as suspeitas sobre o funcionamento da-quela infra-estrutura”.

O presidente da autarquia, Fernando Carneiro, comen-tou em comunicado que “até à data (19 de Julho) o execu-tivo não recebeu qualquer notificação”, de coima “nem tem conhecimento de qual-quer processo de contra-or-denação em relação ao fun-cionamento da ETAR”.

No mesmo comunica-do, Fernando Carneiro ad-mite que a ETAR com 30 anos “não cumpra na tota-lidade os requisitos de des-carga legalmente exigidos, mas “são realizadas análi-ses mensais ao efluente” e estão a realizar-se “obras de requalificação do lei-to percolador, prevendo-se que num curto espaço de tempo a ETAR se torne mais eficiente, conseguin-do, desta forma, resultados satisfatórios em todos os parâmetros analisados”, acrescenta o autarca.

Os Verdes querem reabilitação da ETAR da Ponte Pedrinha

A Seis deficientes ficaram sem emprego

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DR

Jornal do Centro22 | Julho | 201114

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economiaAguiar da Beira mostra actividade económica

A Câmara Municipal de Aguiar da Beira promo-ve até domingo, dia 24, a X Feira das Actividades Económicas, para promo-ver o tecido empresarial do concelho, o associati-vismo e o empreendedo-rismo local.

Com este certame, o pre-sidente da autarquia con-sidera que está a ser dada a possibilidade a todas as empresas e ao comércio local de promoverem os produtos que comerciali-zam e que fabricam.

Ao longo dos quatro dias de feira são espera-das mais de 10 mil pesso-as para conhecerem o tra-balho desenvolvido pelos cerca de 100 expositores presentes. No recinto en-contra-se artesanato lo-cal e nacional, empre-sas de áreas económicas diversificadas e a gastro-nomia da região.

O cartaz destaca ainda animação diária com mú-

sica tradicional, o festi-val de Acordeão (hoje, às 22h00), o espectáculo de Emanuel (dia 23, às 22h30) e o concerto do grupo Diabo na Cruz (dia24, às 22hoo).

Cortejo. A Feira das Ac-tividades Económicas des-taca-se ainda pelo cortejo etnográfico marcado para domingo, às 18h00, no re-cinto do certame e que conta com a participação das juntas de freguesia, das Instituições Particu-lares de Solidariedade So-cial (IPSS) e das associa-ções do concelho. EA

CIFIAL, DE SANTA COMBA DÃO EM “LAY-OFF”

A fábrica de cerâ-mica Cifial, de Santa Comba Dão, entrou em “lay-off” na se-gunda-feira, envol-vendo 50 dos seus 80 trabalhadores no processo.

Fonte do gabine-te de imprensa, ci-tada pela agência Lusa afirmou que a decisão de entrar em regime de “lay-off” surgiu depois de um grupo de trabalhado-res ter recusado uma proposta da empre-sa, que está a tentar ajustar-se à crise e à redução da activida-de no sector.

“Há cerca de um mês a Cifial propôs aos trabalhadores fa-zer uma redução que equivaleria a dez por cento do salário e a dois dias por mês de paragem. Mas um grupo de trabalha-dores não concor-dou com a medida e rejeitou-a”, contou. EA/Lusa

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Heróis da Vila Moleza vão ao Forum Viseu“Esta é a Tua Praia” ∑ Centro comercial lança lampanha para as famílias

O Forum Viseu celebra o Verão com a campanha “Esta é a Tua Praia”. Até dia 31, no centro comercial, os visitantes, em particular as crianças, podem divertir-se a fazer construções na areia das personagens mais em-blemáticas da Vila Mole-za (programa de televisão que visa estimular crianças e seus pais a tomarem deci-sões saudáveis).

“Os seus heróis vão ga-nhar vida e fazer um espec-táculo muito especial que garante fazer as delícias de todos os fãs”, acrescenta a organização em comuni-cado.

Este sábado, dia 23, entre as 10h00 e as 18h00, os mais pequenos vão ter à disposi-ção ateliês de areia no espa-ço “Sand Box” paraapren-derem as técnicas de cons-trução em areia.

Também este sábado e domingo, e dias 30 e 31, en-tre as 15h00 e as 17h00, vai haver workshops com o escultor José Alexandre, para os visitantes aprende-rem os segredos da escul-tura em areia. “O escultor vai mostrar como construir os heróis de Vila Moleza: o grande Sportacus e a super Estefânia e replicar a Sé de Viseu e o Viriato, dois mo-

numentos em areia que vão ficar em exposição durante o mês de Agosto, concretiza o comunicado.

Dia 31 de Julho, às 11h30 e às 15h00, o Sportacus e a Es-tefânia ganham vida para

um espectáculo de dan-ça. No final, os heróis da Vila Moleza vão distribuir posters autografados aos seus fãs.

Emília Amaral

AConstruções em areia ganham vida até ao fim do mês

EDP instala novos equipamentos no norte do distrito

A EDP distribuição acaba de instalar novos postos de transformação em cinco povoações dos concelhos de Resende, Lamego e Cinfães.

A empresa considera que este investimento de 180 mil euros, está a dotar a região de equipamen-to “cuja capacidade de resposta às solicitações seja compaginável com as crescentes exigências e com o serviço de exce-lência que pretende dis-ponibilizar aos conduto-res”, Lê-se em comuni-cado.

N o c o n c e l h o d e Resende foram benefi-

ciadas as povoações de Pousada, Anho Bom e Vi-larinho. Em Lamego, os melhoramentos ocorre-ram em Quinta da Pega-da, Freguesia de Avões. E em Cinfães na povoação de Bouça Escamarão. EA

16 Jornal do Centro22 | Julho | 2011

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Textos: Andreia Mota Grafismo: Marcos Rebelo

ESTE SUPLEMENTO É PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO JORNAL DO CENTRO, EDIÇÃO 488 DE 22 DE JULHO DE 2011 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE.

suplemento

Avós

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Jornal do Centro22 | Julho | 2011suplemento

18 Avós

Os desafios que se colo-cam aos avós actualmen-te, as barreiras criadas pela sociedade e, sobretudo, o amor infinito que estes têm pelos netos, são as bases para uma conversa com Leonor Cardoso, psicólo-ga doutorada e docente da Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra. Uma conversa que assen-ta na sua experiência como ponte entre os seus pais e os seus dois filhos

Faz sentido assinalar o dia dos avós?Faz todo o sentido se

considerarmos importante assinalar outros dias, como o da Mulher ou o da Crian-ça. Nem que seja para que as pessoas parem para pensar um pouco acerca das questões com ele re-lacionadas.

Qual o papel dos avós na família e na sociedade?Uma resposta abran-

gente conduzir-me-ia, de imediato, a dizer que o seu papel é fundamental. Já se tivermos em consi-deração as múltiplas con-figurações familiares hoje existentes e os contextos em que as famílias vivem o seu dia-a-dia, verificamos que, apesar dessa profun-da relevância, é difícil para os avós cumprirem a sua função. Isso acontece, e tenho ouvido alguns teste-munhos, porque as famílias se reconfiguram e se torna física e psicologicamente difícil estarem próximos.

Mas sem dúvida que o papel dos avós é prepon-derante e determinante, porquanto são quem ama de forma mais serena. A verdade é que conseguem fazer pontes de afecto que mais ninguém consegue e têm uma experiência de vida que lhes permite dis-tinguir muito bem o trigo do jóio e o que é verda-deiramente importante na vida de cada um. Assim, as crianças/ netos são ine-quivocamente percepcio-nadas com a importância

que, de facto, têm.Para os pais, tios, pa-

drinhos ou restantes adul-tos com quem interagem, essa importância mantém-se, mas a clarividência e lucidez acerca do signifi-cado que as crianças têm na nossa vida ganhamo-las com a idade e com a expe-riência que daí advém.

É verdade que os avós são pais duas vezes?Essa é uma expressão

que se ouve muito. Embo-ra ainda não tenha netos, o que espero que possa vir a acontecer, tenho muito próxima a experiência dos meus pais enquanto avós, que pode circunscrever-se no conjunto dos avós que vivem intensa e plenamen-te o seu papel como tal e que retiram o maior prazer da relação que souberam e quiseram construir com os netos.

Duas vezes talvez signi-fique que, nos netos, tam-bém se amam os filhos. É um amor infinito, muito se-reno, seguro, claro, que faz muito bem às crianças.

A sociedade consegue va-lorizar essa importância de que fala?Sendo politicamente cor-

rectos dizemos que sim. Ninguém ousaria dizer que os avós não têm um papel essencial na construção do projecto de vida, em equilí-brio, das nossas crianças.

No entanto, acredito que são várias as circunstân-

cias que levam as pesso-as a não aproveitar a pre-sença dos avós na vida dos mais novos. Mas tam-bém há casos em que os avós continuam muito in-disponíveis, quer seja por-que trabalham cada vez até mais tarde, ou por-que perspectivam o futu-ro fazendo outras coisas que não tiveram tempo de concretizar ao longo das suas vidas e têm outros interesses.

Não estou certa de que todos os intervenientes – pais, crianças e avós – nesta interacção tenham noção da impor tância destes últimos.

Actualmente, tendemos a esquecer que, além de avós, estamos a falar de homens e mulheres. A sociedade está preparada para que se mantenham activos e integrados?Por regra, o que assisto

é que as pessoas são cha-madas a prolongar, quase ad aeternum, a sua acti-vidade profissional, quer seja porque a situação é difícil ou porque se vive uma época de grande in-certeza.

Mas as dificuldades no exercício dos papéis, en-quanto avô e avó, depen-dem sobretudo, e mais do que dos factores externos, das motivações intrínse-cas, daquilo que são os va-lores nucleares para cada um de nós e daquilo que queremos que seja o nos-so legado.

Com a idade que te-nho, olho para a frente e pergunto: como quero ser recordada pelos meus fi-lhos e pelos meus netos? Quando os nossos valo-res estão associados aos afectos, às emoções e às relações com quem ama-mos, as barreiras extrínse-cas superam-se mais facil-mente, dado que há uma mobilização interior.

É preciso que procure-mos perceber, de nós para nós, o que valor izamos nesta etapa da vida.

“Os avós são quem ama de forma mais serena”

Psicóloga Leonor Cardoso fala da importância do seu papel na família

v Leonor Cardoso

A ins t i t u i ção do D ia Nac iona l dos Avós no Par lamento remonta a 2003, e v i sa o “ reco-nhec imen to do pape l fundamenta l dos avós ao nível mais restr ito da famí l ia, quer no p lano mais alargado da socie-dade em geral”.

A d a t a é c e l e b r a d a a 26 de Julho, por ser também o dia de Santa Ana e de S. Joaqu im, pais de Mar ia, avós de Jesus Cristo e padroei-ros de todos os avós.

Ma i s do que os ve -l h i nhos qu e i dea l i z a -mos a contar h istór ias

e a dar car inho às ge-rações mais novas, os avós são chamados a pa r t i c ipa r ac t i vamen-te na soc iedade e na construção do projecto de vida dos netos, sem esquecer, no entanto, que também e les têm uma vida, muita exper i-ência e uma identidade própr ia.

Além de casos de su-cesso, ap resentamos sugestões que preten-dem p romove r a qua-l idade de v ida daque-les que já deram o seu contributo e que deixam agora o seu legado.

Dia dos Avós pretende reconhecer o seu papel na família

Efeméride é assinalada desde 2003

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Jornal do Centro22 | Julho | 2011 suplemento

19Avós

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Falta de dinheiro para medicamentos, alimenta-ção e para as despesas com a habitação. Estas são algumas das áreas onde os idosos parecem sentir maiores dificulda-des. O concelho também não foge a esta realida-de que afecta o país e as juntas de freguesia, os or-ganismos que mais perto estão da população, são as primeiras a ter de lidar com o flagelo.

E não é só nas zonas rurais que o problema se faz sentir. Na freguesia de S. José, por exemplo, a Acção Social é uma pre-ocupação que vem de longa data, mas que ga-nhou uma nova dinâmica há cerca de três anos. De

acordo com o presiden-te da junta, Dário Costa, a celebração de um pro-tocolo com a Escola Su-per ior de Educação de Viseu permitiu à autarquia local ter disponível, anu-almente, uma equipa de três alunas do Curso de Serviço Social, que têm acompanhado a popula-ção sénior mais neces-sitada.

Outro ponto relevante desta parcer ia foi a re-a l i zação de um levan-tamento e da caracte-r i z ação da f regues ia , além da constituição de um Gabinete Social, na sede da Junta. “Regis-t ámos, a té Feve re i ro, um aumento do núme-ro de ped idos de a ju-

da por par te de famílias necessitadas”, aponta o edil, acrescentando que o apoio prestado mere-ce sempre o parecer por par te da Segurança So-cial e o apoio do muni-cípio.

DesempregoAo nível da al imenta-

ção, são doze os agrega-dos familiares ajudados e que têm a possibilidade de tomar as suas refei-ções no restaurante so-cial. “Com o aumento da idade, cresce também a quantidade de medicação necessária aos seniores e esta é outra área em que temos contr ibuído, porque há alguns casais com reformas muito pe-

quenas”, especifica Dário Costa, alertando também para os pedidos de aju-da com rendas de casa (dois até ao momento) e com armações de ócu-los. Na sede da Junta os seniores têm ainda à sua disponibilidade vestuário e calçado que é doado ao organismo.

A estagnação do núme-ro de solicitações é vis-ta, por parte do autarca, com alguma preocupa-ção. “Receio que ainda haja muitas pessoas a receber subsídio de de-semprego, um problema que cresce a cada dia, e que com o fim das pres-tações os pedidos dis-parem”, aler ta o respon-sável.

Idosos recorrem à Juntade S. José para terem comida e medicamentos

Autarca preocupado com população sénior

v Dário Costa, presidente da junta de freguesia de S. José

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20 Avós

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Beneficiar de um apoio completo mas manter a segurança e o confor to do lar. Este é o desaf io lançado pela Home Ins-tead, que funciona em Viseu desde 2008, com o objectivo de assegurar qualidade de vida e bem-estar aos idosos.

Acompanhamento per-sonalizado, preparação de refeições, apoio noc-turno, higiene pessoal e lembrança de medicação são apenas algumas das valências disponibilizadas pela empresa.

O s h o r á r i o s , a s s i m como os ser viços, são adequados às necessi-dades dos utentes. De acordo com o proprietá-rio da empresa, Joaquim

Lacerda, é possível res-ponder a quase todas as solicitações, sem que a população em idade sénior tenha de sair da sua habitação. “Ajudamos a manter as pessoas em suas casas”, sustenta o responsável, explicando que, desta forma, se evi-ta “o cor te radical entre o utente e aquilo que ele mais estima”.

Paralelamente, a Ho-mem Instead pretende contra r ia r o sent imen-to de solidão, comum a muitos idosos e ajudar as famílias a cuidar dos seus entes.

A empresa dispõe de uma equipa especializa-da em geriatria e forma-da para lidar com as mais

variadas situações e ne-cessidades dos seniores. Joaquim Lacerda defen-de mesmo que o fu tu-ro dos cuidados pres-tados à população mais velha passa pelo apoio domiciliário, cuja procu-ra tem vindo a aumentar. “As gerações mais jovens estão mais sensibilizadas para esta área”, conclui o responsável.

Home Instead aposta nos cuidados ao domicílio

Em Viseu desde 2008

A promoção de um ar-raial sénior foi a forma encontrada pela Câmara Municipal de Mangualde para assinalar o Dia dos Avós. A Senhora do Cas-telo foi o local escolhido para acolher a iniciat i-va, que arranca a par tir das 11 horas e vai incluir

missa solene, partilha de merendas e uma tarde cheia de música e ani-mação.

Os par ticipantes são convidados a integrar o programa cultural e a di-namizar canções, ane-dotas, poemas ou mo-mentos de teatro.

Arraial sénior anima Mangualde

Pelo terceiro ano con-secutivo, a data vai ser assinalada pela autar-quia de S. Pedro do Sul, que escolheu o dia 1 de Agosto para premiar a população mais idosa do município.

No Lenteiro do Rio, a autarquia quer juntar os idosos, incluindo os das Instituições Particulares de Solidariedade Social, para uma festa com mú-

sica e muita animação. Além de promover o con-vívio entre os participan-tes, o encontro pretende

promover o desenvolvi-mento das suas dimen-sões f ís ica, ps íqu ica, emocional e social.

Idosos reúnem-se em S. Pedro do Sul

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Avóssuplemento21

Progressivamente te-mos vindo a constatar algumas alterações na concepção da ideia dos “avós”, ao assumirem, cada vez mais, um pa-pel activo na educação dos netos, aconselhando e estabelecendo limites. Tal facto é favorecido pela maior longevidade, pro-piciadora de uma maior participação dos avós na organização familiar, tor-nando-os mais activos e atentos às transforma-ções.

A sua crescente pre-ocupação em participar nas actividades dos ne-tos, faz com que se te-nham vindo a moderni-zar, levando a que muitos aprendam a manusear DVD’s, computadores e até telemóveis. O objec-tivo dos avós será, so-bretudo, melhorar e até optimizar a comunicação

com os netos. Talvez o aspecto mais importante da relação entre os avós e os netos seja o tempo de qualidade que aqueles dedicam a estes, numa relação que se pauta pelo amor e carinho.

Além disso, os avós têm forçosamente mais experiência, pois já foram criadores dos seus pró-prios filhos.

É po r tanto um e r ro pensar que as crianças educadas pelos avós se-rão diferentes e mais mi-madas. Tanto os avós como os pa is podem ser bem ou mal suce-didos nas suas práticas educativas.

Se pensa rmos que cada pessoa tem um modo diferente de edu-car, seja avó, mãe ou pai, podemos conside-rar que esta diversidade é rica para a criança, pois ensina à criança quais os plurais comportamentos que funcionam com uns e com outros.

O problema pode sur-gir não pelo excesso de mimo, mas pela falta de limites à educação. Nes-tes casos, deixam de en-

sinar o que é certo e er-rado, não deixam que as cr ianças percebam as consequências do seu comportamento ou não deixam a criança viver si-tuações de frustração. Além disso, a educação dos pais e avós deve ser coerente, para não con-fundir a criança. É impor-tante evitar as contradi-ções.

Educar as c r ianças é um dever dos pais, o que não significa que os avós permitam compor-tamentos inadequados às crianças, ao permitir que os netos façam tudo o que querem. Não de-vem deixar que estes de-finam a casa/espaço dos avós como o local onde tudo é permitido.

Para finalizar, sendo os netos objecto de amor in-condicional, também as crianças são fonte de re-novação de si mesmo e da família.

A conv ivência ent re netos e avós é assim im-por tante para os avós, ao resgatarem emoções passadas e adquir irem uma postura mais jovial e activa.

Raquel Regalo Psicóloga Clínica

OP

INIÃ

O

“A Educação dos Avós”

A s a ú d e é u m f a c -tor determinante para o ser humano e tem uma impor tância acrescida quando falamos da po-pulação sénior. E se à saúde pudermos acres-centar momentos de re-la xamento, em comu-nhão com a Natureza, estão reunidas as condi-ções para momentos de prazer e de fuga à con-fusão do dia-a-dia.

É o que acontece nas Te rmas de A lca fache, que já se tornaram numa referência a nível nacio-nal e não só. Localizada na margem do Rio Dão, que separa os concelhos de Viseu e Mangualde, a estância funciona des-de 1962 e tem sof r ido

um impor tante proces-so de requal i f icação e crescimento, o que fez com que se tornasse ac-tualmente um moderno complexo.

As águas termais de A l c a f a c h e , c o n s i d e -radas umas das ma is quentes da Europa, são captadas entre 75 e 750 metros de profundida-de a uma temperatu ra de 50 g raus cent íg ra-dos e têm ind icações te rapêu t icas pa ra do-enças reumatológicas, músculo-esquelét icas, pneumológicas e asso-ciadas ao foro da otor-r inolar ingologia. Curas de desintoxicação, ba-nhos de imersão, duche de massagem vichy e ir-

r igações nasais são al-guns exemplos de trata-mentos disponibilizados no balneário.

Os benefícios da fre-q u ê n c i a t e r m a l t ê m s i do comp rovados e, a l ém do amb ien te de d e s c o n t r a c ç ã o e d e conv ív io, as melhor ias serão notadas também na d im inu ição do uso de medicamentos, que são tomados em quan-t i a s ign i f i ca t i va pe los idosos.

Ao nível do spa termal, as Termas Sulfurosas de Alcafache oferecem ain-da um leque alargado de serviços, com destaque para os programas Tra-dições do Oriente, Algo-terapia e Vinoterapia.

Termas de Alcafache melhoram condição física e bem-estar

Águas são benéficas em várias áreas

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Jornal do Centro22 | Julho | 2011suplemento

22 Avós

Do alto dos seus 78 anos, Fernando Lopes é um homem cheio de vida e de vivências. Recebe-nos com um sorriso sim-ples que faz lembrar o das crianças: inocente e pleno de vitalidade.

Junto a este pai e avô de família é impossível fi-car indiferente; a sua boa disposição contagia-nos e leva-nos para um mun-do cheio de histórias. Tra-balhou na resina, foi de assalto para França, es-teve emigrado na Alema-nha, passou por fábricas de confecções, por em-presas de instalação de saneamento e é um ho-mem de vários ofícios. E apesar de todas as via-gens voltou para o seu cantinho em Várzea de Calde, em Viseu.

Fernando Lopes reco-nhece que os seus “bi-chos-carpinteiros o im-pedem de estar quieto” e, por isso, apesar de já estar reformado, man-tém-se sempre ocupa-do, quer seja na manu-tenção do percurso pe-d e s t r e d a a l d e i a , d a barragem ou a desbravar caminhos florestais. Pelo meio, a agenda é preen-chida pela dança no Ran-cho Folclórico d’os ‘car-quejeiros’ (apelido dado aos habitantes da aldeia) e no Grupo Etnográfico de Cantares e do Linho de Várzea de Calde.

É assim que se sente “leve e feliz”, conforme o próprio caracteriza. De-pois de ter f icado viúvo há alguns anos, esta foi a forma encontrada para ev i ta r “ f i ca r p reso em casa”, que faz questão de cuidar sozinho. As refei-ções também ficam a seu cargo e é peremptório ao f r isar que “não é qual-quer dona de casa que lhe põe água nas mãos”. A pequena horta junto da habitação, onde cult iva fruta e legumes para si e para os seus, também fala por si.

“Tenho muito gosto no que faço e ou faço bem

ou desisto”. Este é um dos lemas e talvez o se-gredo para o brilho que este septuagenário guar-da no olhar. E nem as difi-culdades por que passou na sua meninice, quando ia descalço para a escola e tinha de atravessar zo-nas com vários centíme-tros de gelo, o fazem es-morecer. Concluiu a quar-ta classe e, já em adulto, frequentou um curso mi-nistrado na aldeia que lhe permitiu acrescentar o 6º ano ao currículo.

FamíliaA família é outro pilar na

vida de Fernando Lopes, que emprestou o nome ao filho e aos netos; Jor-ge e Rafael, cujo segun-do nome é Fernando e o último Lopes. Quando nascerem os bisnetos, provavelmente receberão também este legado.

A cumplicidade entre avô e netos é flagrante. O mais velho, com 24 anos, cresceu junto àquele que é também seu padrinho, com quem aprendeu a conduzir. Mas mesmo an-tes de saber como ma-nobrar veículos motoriza-dos, já protagonizava his-tórias que ficaram para a posteriori. Um dia, recor-

da o jovem, devido aos ‘bichos-carpinteiros’ que herdou do avô, destravou o tractor e este encurra-lou o idoso no comparti-mento onde guardava as cabras. Riu-se a bandei-ras despregadas, mas o avô lá conseguiu desem-baraçar-se da situação.

Já o septuagenário re-corda quando o petiz se esquecia das horas e fi-cava na br incadeira em vez de i r a lmoça r de-pois das au las. As re-preensões eram sempre brandas e não f icaram na memória. Até porque Fernando realça que “os netos foram sempre bem

comportados e nunca pi-saram o risco”.

Por isso, é com “orgu-lho e muito prazer” que se re fe re aos j ovens. “São do is gua rdas de honra”, aponta, acres-centando que dá “ tudo por eles”. “É recíproco”, a t i r am os i r mãos, em uníssono.

Os programas a t rês são vas tos e i nc luem passeios de carro qua-se sem destino, jantares fora, e idas a bailaricos. “Apesar da idade, o meu avô tem um espírito muito jovem”, explica Jorge que chegou recentemente a levar o avô a dar uma vol-ta de mota.

Avô e netos são inse-pa ráve i s . Mesmo de-pois de estes últimos te-rem passado a residir na sede de concelho, apro-veitam todo o tempo livre para visitar e alinhar nas brincadeiras de Fernando Lopes. “Estes momentos valem mais do que muito dinheiro”, garante o irmão mais velho, que sempre fez questão de incenti-var o avô, mesmo depois deste ter perdido a mu-lher com a qual partilhou mais de 50 anos.

“É um avô, um amigo e um companheiro cinco estrelas”, descreve Jorge, que está a pensar tatuar um retrato do sénior no peito, como forma de ho-menagem.

“Os meus netos são um orgulho”

A solidão é, muitas ve-zes, o pior inimigo dos idosos. Para evitar situa-ções de isolamento social têm surgido instituições que os acolhem, propor-cionando-lhes um enve-lhecimento t ranqui lo e com qualidade.

É o c a s o d o L a r Residencial Santa Ma-ria Rainha das Flores, em Decermilo, a seis quilóme-tros do Sátão, que, sendo uma segunda habitação, pretende min imizar os

efeitos da deslocalização e ser uma verdadeira casa para quem ali mora. Com um ambiente acolhedor, hospeda actualmente 35 utentes que têm a opor-tunidade de viver como uma família.

Os quar tos são pen-sados de acordo com as necess idades dos seniores, havendo espa-ços individuais, duplos e de casal, com casa de banho privativa. Juntam-se-lhes zonas de estar e

de lazer e cuidados alar-gados, que vão desde serviços de enfermagem e médicos, acompanha-mento psicológico e ac-tividades lúdicas promo-vidas por uma gerontó-loga .

Raquel Regalo, direc-tora técnica da insti tui-ção, acrescenta que ou-tra das preocupações é manter a interligação entre os idosos e a comunida-de. “Com o intuito de di-namizar o tempo livre dos

utentes é comum rece-berem visitas de grupos de jovens”, salienta, de-fendendo que se assiste a uma crescente “valoriza-ção” dos seniores, “com-pensando-os pela sua ex-periência de vida e pelo seu trabalho”.

Aberto desde Setembro de 2010, o Lar Residencial de Santa Maria inclui ain-da cinco hectares de zona verde, onde os utentes têm a possibi l idade de desfrutar da natureza.

Lar Residencial Santa Maria acolhe séniores em ambiente familiarCom cuidados médicos e acompanhamento permanente

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SENTEM-SE EM CASA,SENTEM-SE BEM.

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Page 24: Jornal do Centro - Ed488

Jornal do Centro22 | Julho | 2011suplemento

24 Avós

Muitos idosos fazem questão de manter a sua independência. A pen-sar nestes casos surgiu em Viseu a Mundo dos Cuidados, uma empre-sa que oferece um leque alargado de serviços que visam promover a qualidade de vida, a saúde e a auto-estima dos mais velhos, sem que estes tenham de sair do seu domicílio.

A par de uma loja na Avenida In-fante D. Henrique, onde os seniores podem encontrar material ortopé-

dico e artigos específicos para o seu dia-a-dia, beneficiando de aju-da técnica, é ainda disponibilizado um serviço de teleassistência, para os que vivem sozinhos. Se se sen-tirem mal ou caírem, ao premirem o botão é enviado um sinal para uma equipa especializada. Se o utente não responder à chamada feita pe-los técnicos é contactado um fami-liar e feita uma visita ao domicílio.

Com o intuito de permitir aos seniores desfrutarem da sua co-

munidade social e local, a Mundo dos Cuidados disponibiliza ainda apoio domiciliário, que inclui limpe-za, higiene, cuidados médicos, a preparação de refeições, a manu-tenção de roupas ou simplesmen-te momentos de lazer e de com-panhia.

De acordo com Liliana Ferreira, proprietária da empresa que actua em Viseu e nos concelhos limítrofes, é importante os idosos terem “al-guém para partilhar as suas experi-ências”. Por isso, a Mundo dos Cui-dados, que foi criada há três meses, inclui até ao momento “dez ajudan-tes familiares com formação em ge-riatria e idóneas”.

A preocupação em reunir uma equipa especializada é explicada pela responsável: “apesar de a so-ciedade já valorizar o seu papel, os idosos são o retrato da sociedade e se quisermos aprender com eles, temos de apostar no respeito pelos mais velhos”.

Apoio domiciliário permite aos idosos desfrutar da comunidade

Através de um Mundo dos Cuidados

Um carinho é algo sempre bem-vindo, independente-mente da idade. Mas, numa fase da vida em que a solidão e o isolamento são receios constantes, é bom contar com algum “Conforto”.

Foi com este intuito que foi criado o lar “O Conforto”, em Calde, concelho de Viseu.

O centro geriátrico está en-quadrado numa zona onde a beleza paisagística da Serra da Arada salta à vista e com-bina com o ambiente dentro de portas. Conforto, glamour e qualidade são alguns dos vectores privilegiados no lar, que disponibiliza cuidados médico e de enfermagem a tempo inteiro, além de os utentes poderem contar com uma psicóloga e uma anima-dora que dinamizam um vas-to leque de actividades, onde são desenvolvidas as suas

capacidades psicológica, so-cial, emocional e motora.

Melhorar a qualidade de vida dos seniores e proporcio-nar-lhes um envelhecimento tranquilo são alguns dos ob-jectivos do lar que tem como lema apostar nos pormenores em todos os serviços. Além dos quartos individuais e du-plos, com casa de banho pri-vada, há uma biblioteca, uma sala de jogos, espaços poli-valentes para actividades, um bar e uma quinta pedagógi-ca. Ao nível do lazer, desta-que também para os jardins, com circuitos pedestres e de manutenção.

E porque a ocupação dos tempos livres está entre as prioridades, há espaço para a dinamização de oficinas de pintura, artesanato, teatro, in-formática e cozinha, além de passeios e excursões.

Envelhecer com “Conforto” é possível

Centro geriátrico nasceu em Calde

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desportoVisto e Falado

Cartão FairPlayAs águas do Douro, nas

Termas das Caldas de Arêgos, receberam mais uma prova de motonaú-tica, pontuável para o na-cional e também para o Mundial de F4. Aproveitar os recursos existentes tem sido mérito da autarquia de Resende. Quem vai até lá, fica fã, e promete vol-tar. É com organização e credibilidade que se cati-vam, e se mantêm projec-tos como este.

Cartão Fairplay Numa época em que são

correntes as notícias de desistências de clubes, em futsal e futebol, a Associa-ção de Futebol de Viseu, pelo mérito dos seus diri-gentes e dos seus clubes filiados, tem sabido capi-talizar eventuais vagas. Aconteceu com as subi-das do ABC de Nelas à II Nacional de Futsal e do In-ter Futsal de Tarouca à III Nacional. Agora abre-se a porta da III Nacional de Fu-tebol ao Canas de Senho-rim. Seria uma pena que, por falta de apoios, Viseu não visse reforçada a sua representatividade.

Cartão Fairplay Longe vão os anos em

que o Mundial de Ralis passava nos estradões da região. Ver algumas des-sas máquinas é o matar de saudades para os amantes dos automóveis. Viseu e Lamego na rota do rali de Portugal Histórico é uma óptima notícia para quem gosta destas “máquinas”.

Visto

CM Resende

Motonaútica

Futebol e Futsal

AF Viseu

Rali de Portugal Histórico

ViseuLamego

Vítor [email protected]

Gil

Pere

s

A Inscrições ainda decorrem mas esperam-se dezenas de inscritos

Rali de Portugal Histórico

O regresso em OutubroViseu e Lamego ∑ Início e finais de etapa, e de secção anima as duas cidades

Viseu e Lamego vol-tam a figurar no roteiro do Rali de Portugal His-tórico.

A prova, organizada pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP), vai este ano ser disputada de 10 a 15 de Outubro.

É uma prova de regula-ridade histórica que vai para a sua sexta edição e que, ao longo dos últi-mos anos, tem permitido

ver, e rever, algumas das máquinas que fizeram a história do Rali de Portu-gal nos seus tempos áu-reos, assim como outros carros que fazem parte do imaginário de muitos amantes do desporto au-tomóvel, pelo misticismo que carregam e que são sempre um prazer rever na estrada.

Em termos competiti-vos, o rali inicia-se a 11 de

Outubro, com os concor-rentes a partirem do Au-tódromo do Estoril rumo ao Norte.

Depois de passagens pela Figueira da Foz e Anadia, segue-se a eta-pa que trás o rali até Viseu. Chegam no dia 13, pernoitam e rumam no dia seguinte até Lamego onde há final de secção. Dá-se depois o regresso a Viseu com um final de

secção marcado para o Golfe Montebelo.

Pela cidade de Viriato ficam mais uma noite até partirem, no dia 15 de Ou-tubro, rumo a Arganil.

O slalom de final de tarde, na Avenida da Eu-ropa, está mais uma vez previsto.

A VI edição do Rali de Portugal Histórico ter-mina ao final do dia em Cascais.

O Clube Desportivo de Tondela está de regresso ao trabalho. Apesar de ainda não estar fechado, já é co-nhecido o plantel que vai es-tar à disposição do novo téc-nico, Vítor Paneira.

Do plantel da época pas-sada ficam Gomes, Piojo, Márcio Sousa, Emiliano Tê e Diego. Quanto a reforços, e são vários, registam-se as entradas de Carlos André (Olimpyakos Nicósia de

Chipre), Ronan (Benfica e Castelo Branco), Avelino (Varzim), Cláudio Ramos, emprestado pelo V. Guima-rães, Hugo Oliveira (Fafe), Magano (Oliveirense), Raul, Materazzi e Pedrosa, to-dos ex-Gondomar, Ferrei-rinha (Penalva do Caste-lo), Tó Miguel (Santa Cla-ra dos Açores), Helder e Tiago Lopes (Espinho), Mangualde (Doxa de Chi-pre), Luis Aurélio (Reguen-

gos Monsaraz) e Fábio Pa-checo, emprestado pelo Pa-ços de Ferreira .

Definidos estão já alguns jogos de preparação fren-te a adversários como Tou-rizense, Penalva do Caste-lo, Sampedrense e Varzim, ainda a participação no qua-drangular de Lamego, es-tando a apresentação oficial marcada para 10 de Agosto, pelas 18h00, frente ao Vitó-ria de Guimarães.

Clube Desportivo de Tondela

Mão cheia de reforços para Paneira

SUBIDA DO CANAS DE SENHORIM DEPENDE DE APOIOSEstá nas mãos dos di-rigentes do Canas de Senhorim a decisão do clube participar na III Divisão Nacional. Ao que apurámos, o convite formal já terá sido feito à associação de Futebol de Viseu, que entretanto o comunicou ao clube. Falta apenas o “sim” do clube, e é aqui que, aparentemente, tudo se complica. O clube não “nada em dinheiro” e os dirigentes estão reniten-tes em aceitar o convite perante o cenário do au-mento de encargos em relação a uma participa-ção na Dvisão de Honra de Viseu. Contactado pelo Jornal do Centro, Germano Simão, presi-dente do clube, garantiu que a decisão será toma-da esta sexta-feira em reunião de direcção, mas sempre foi adiantando que “sem apoios difi-cilmente estaremos em condições de jogar na III Divisão”. A esperança do clube é que, por parte da autarquia de Nelas haja uma reforço da verba, até porque , recorda, “o clu-be poderá levar o nome do concelho por esse país fora, sendo o único clube de Nelas nos na-cionais de futebol, mas sem apoios dificilmente aceitaremos o convite”. O tempo é escasso e os prazos apertam. A res-posta tem que ser dada, e rapidamente.

A Gomes vai continuar em Tondela

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DESPORTO | MODALIDADES

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“Tínhamos tudo acordado e a dois dias do fecho das ins-crições diz-nos que tinha re-solvido aceitar o projecto do Académico”. Foi assim que Fernando Albuquerque, pre-sidente da Casa do Benfica de Viseu justificou a não ins-crição de uma equipa de fu-tebol de iniciados nas com-petições distritais.

As críticas vão direitinhas para Hugo Pardal, novo co-ordenador do futebol forma-ção do Académico de Viseu, com quem Fernando Albu-querque garante que “estava tudo acertado”, adiantando ainda que, “inclusivamente, ele tinha encontrado outros treinadores para o acom-panhar no nosso projecto,

caso do Vasco, que foi com ele para o Académico, e ou-tros quatro treinadores que iriam ficar ligados às nossas equipas de futsal”.

Perante este cenário, e com o prazo de inscrições a terminar a 15 de Julho, a di-recção da Casa do Benfica resolveu não inscrever a sua equipa. Não escondendo o

seu desagrado pelo compor-tamento de Hugo Pardal, Fernando Albuquerque ga-rantiu que “já havia jogado-res com as fichas assinadas para jogarem na nossa equi-pa”. No fecho desta edição, ainda não tinha sido possível uma reacção de Hugo Par-dal a estas críticas da casa do Benfica de Viseu. GP

Futebol Formação

Casa do Benfica acusa Hugo PardalNatação

Académico soma e segue

O s n a d a d o r e s d o Académico de Viseu do-minaram os Campeona-tos Regionais Absolutos da Associação de Natação de Aveiro, que decorreram no Complexo Olímpico de Coimbra.

A prova foi disputada em conjunto com as Associa-ções de Coimbra e Leiria. Os nadadores viseenses confirmaram ser a equipa mais forte da Associação de Natação de Aveiro, aca-bando por ser a segunda formação mais medalha-da entre as 37 equipas pre-sentes em Coimbra.

Os nadadores viseenses foram presença habitual no pódio. Resultados, no glo-bal, demostrativos da quali-dade técnica dos viseenses, mas também o destaque por algumas das marcas entretanto registadas. Não é por acaso que nos próxi-mos Nacionais Absolutos, que vão decorrer na Pó-voa de Varzim entre 4 a 7 de Agosto, haverá 16 nada-dores do Académico pre-sentes.

Entre os viseenses refe-rência para Inês Sampaio, que além de ter coleccio-nado títulos, nadou os 1500 Livres em 17m55,58s, marca que passa a constituir novo record da Associação de

Natação de Aveiro.Referência ainda para

Rui Fonseca, o melhor das três associações na prova dos 200 Mariposa, soman-do o título de Aveiro ao tí-tulo Inter-Distrital.

Pedro Ribeiro foi ou-tro dos nadadores do Académico de Viseu em evidência, com a “dobradi-nha” nos 100 Bruços.

Ao nível regional é o fi-nal da temporada, restando então, e para fechar a épo-ca, a presença nos Nacio-nais absolutos no primeiro fim-de-semana de Agosto na Póvoa de Varzim.

Apesar de ainda não es-tar a época fechada, e em jeito de balanço, os res-ponsáveis pela natação do Académico de Viseu consideram já esta época como a melhor de sempre no historial do clube, jus-tificando com os títulos alcançados – Regionais e Nacionais, com a subida à II Divisão da equipa mas-culina e feminina, e ain-da pelas vitórias em di-versos torneios, a revali-dação do título de clubes de Aveiro, bem como os triunfos alcançados em Meetings Internacionais, entre outros feitos conse-guidos pelos nadadores do clube

A Inês Sampaio estabeleceu novo record 1500m

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FUTEBOL | DESPORTO

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Canas de Senhorim

Muitas caras novas no plantel de João Bento

O Canas de Senhorim tem o plantel praticamen-te definido para a nova época, seja para jogar na distrital ou nos nacionais. Alguns reajustes pontu-ais serão possíveis caso seja confirmada a pre-sença no nacional da III Divisão mas, para já, João Bento, que lidera a equipa técnica, e que tem como adjuntos André Marques e Bruno Ferreira, dis-pôe do seguinte plantel: São reforços para a nova época João Farturas (Mangualde), Miguel Duarte (Moimenta Dão), Élio (Santacombense), Ca-nário (Carvalhais), Diogo Cunha (Ferreira de Aves), Fábio (Portosantense) e Fernando Pedro, Pedro Correia, Pedro André, três

jogadores ex - “Os Vilano-vense” e que já foram jo-gadores de João Bento no Oliveira do Hospital.

Da época passada per-

manecem João Adrião, L u í s L o p e s , S i m ã o , João Miguel, Lilo, Fino, Roberto, Filipe Figueiredo, e Dominique.

Gil

Pere

s

A João Bento, treinador do Canas de Senhorim

Académico de Viseu

Treinador escolhido, plantel quase definido

A poucos dias do início dos trabalhos de pré-tem-porada, o Académico de Viseu tem já tudo prati-camente definido para a nova época.

Escolhido Lima Pereri-ra como novo treinador, e depois de ter resolvido as questões relacionadas com a renovação da gran-

de maioria dos atletas do plantel da época passada, são os reforços que estão agora na linha da frente das prioridades da direc-ção do clube.

Os trabalhos vão ape-nas começar em Agos-to e até lá a direcção do Académico de Viseu pro-cura o reforço do plantel.

Para já, garantidos, es-tão os reforços Baccari, um avançado ex-Bragan-ça, João Paulo, um médio ex-jogador do Madalena, e que há duas épocas ali-nhou no Pampilhosa, o guarda-redes Nuno Oli-veira (ex-Penalva) e o jo-vem Tiago, que jogava no Canas de Senhorim. GP

A Lima Pereira foi o eleito para substituir Manuel Matias

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passeios de verão

Viseu ∑ O passeio de charrete pela zona histórica é considerada uma das actividades de Verão mais apelativa

Eis uma viagem de meia hora para conhecer o co-ração de Viseu. O cava-lo francês Irish e Catarina Andrade, cavaleira profis-sional dão vida a um dos projectos que mais desper-tou a cidade nos últimos tempos. Passear pelo Viseu antigo de charrete.

“Eu já tinha esta ideia há muitos anos. Um dia, com os amigos, começámos a fa-lar, depois passámo-la para o papel e apresentámos à Câmara, que gostou muito, e avançámos”, explica Ca-tarina Andrade ao longo de uma das nove viagens que faz durante uma tarde. De segunda a sexta-feira, a Ca-tarina e o Irish chegam às 14h00 e regressam a casa por volta das 17h00, ela faz a viagem de volta a Beijós e o cavalo fica hospedado na Quinta de Baixo, o que acontece durante a época de trabalho.

A viagem começa no Ros-sio. Dez litros de água para o cavaco, enquanto é foto-grafado e acarinhado. “O cavalo não tem só o valor

para o turismo, tem já um valor social ao fazer parte da cidade onde toda a gente o conhece, fala com ele, tira fotografias… é quase um serviço familiar”, adianta Catarina Andrade.

Os tempos mortos são poucos e não tarda em apa-recer clientes. Um casal jo-vem do Porto está a conhe-ce Viseu pela primeira vez e, hospedado em S. Martinho de Orgens, reservou o últi-mo dia para uma viagem de charrete pela cidade. Cin-co euros, não pareceu nada de extraordinário para um luxo daqueles e não hesi-taram, mesmo acompa-nhados de uma equipa de reportagem que não pode evitar as fotografias e as perguntas da praxe.

“Vão bem?” pergunta a cavaleira. A pergunta era desnecessária. O deslum-bramento dos jovens esta-va estampado no rosto. E é uma sensação estranha para quem vive o dia-a-dia da cidade de carro ou a pé, mas, ao mesmo tempo, de uma tranquilidade extrema.

A subida da Rua do Comér-cio é emocionante. O cava-lo cruza-se com o comboio de Verão e toma balanço: “ “Não temos marcha a trás, só temos hipótese de ir para a frente”. Ironiza Catarina: Vai Irish”. Atrás, um con-dutor de mota talvez deses-perado, mas o poder de co-municação da cavaleira faz do momento de tensão uma diversão: “suba para o de-grau” e o homem ri com a cabeça enfiada no capacete. “Eu aqui nunca posso parar porque atrapalho muito o trânsito, e o cavalo depois custa-lhe muito arrancar”, justifica-se.

O objectivo da viagem é conhecer Viseu e Catarina Andrade não esquece isso por um momento, mesmo quando parece embalada na entrevista: “Aqui é a Pra-ça D. Duarte, o rei nascido em Viseu”. Uns metros à frente, é o momento de pa-ragem: “Agora, se quiserem podem sair e visitar a Sé que é muito bonita. Têm ainda o Museu Grão Vasco e a Igre-ja da Misericórdia”. Parados

em pleno Adro da Catedral, tudo respira tranquilidade e o Irish é de novo protago-nista de mais um grupo de admiradores.

“Este ano há muitos bra-sileiros, mas já levámos tu-ristas do Gabão, da Indoné-sia, do Zaire, da Tailândia. Todas as pessoas têm uma ideia óptima da cidade, lim-pa, organizada, apreciam a tentativa de recuperar os edifícios antigos, o cuida-do com o centro histórico, gostam muito dos jardins, gostam de ver o trânsito muito organizado e a cal-ma das pessoas”, descreve Catarina Andrade.

O casal regressa e recu-pera-se a viagem que vai a meio. “Boa tarde!” cum-primenta a cavaleira. É um passeio curto mas mágico, em que um grupo de pes-soas se conhece naquele momento, mas, de repen-te, parece familiar tal é a empatia. Os jovens do Por-to sorriem e posam para a fotografia sem receios. O cavalo faz-se ao retrato ao avistar o repórter fotográ-

fico. Quais são as barreiras

que encontra durante a viagem? Pergunta a jorna-lista. “A única barreira é o Irish não gostar de traba-lhar”, sorri Catarina. O ca-valo majestoso e bem trata-do estreou-se em Viseu, é o segundo ano que trabalha. Aparenta ser bom carác-ter, muito paciente e a pre-guiça vem do facto de ser um cavalo pesado, não con-segue grande velocidade, mas tem muita força, por isso ter sido escolhido. “Os condutores são espectacu-lares, as pessoas adoram-no, é quase uma mascote”, conclui enquanto param para dar prioridade à am-bulância do INEM. “Embo-ra Irish, fizeram-te perder a embalagem!”.

A viagem está a chegar ao fim, passada a Porta do Soar e descida a Rua Nunes Carvalho com o Jardim das Mães do lado esquerdo, os jovens turistas não hesita-ram em responder sobre o que mais apreciaram em Viseu: “Os jardins. Foi fan-

tástico” replica o rapaz a ela acrescenta: “Foi a primeira vez que estive tão perto de um cavalo”.

Para a autora do projecto também é este o espírito da experiência. “Não é só pelo lucro que estou aqui, mas por fazer um serviço que fica nas memórias dos mi-údos e dos turistas. Viseu sempre fez parte da mi-nha vida, mas agora vivo-a mais intensamente por an-dar aqui nas ruas”.

Catarina Andrade parti-lha um negócio de família, o picadeiro de Beijós, em Carregal do Sal, onde tra-balha, composto por uma escola de equitação, aulas de hipoterapia (tratamen-to com a ajuda do cavalo), campos de férias e uma série de serviços ligados ao cavalo. Os passeios de Verão na cidade de Viseu, que se repetem no Natal, no Carnaval e na Páscoa, são mais uma actividade do picadeiro.

Emília AmaralEmí[email protected]

∑ Raça Bretão, raros em Portugal

∑ 9 Anos

∑ Natural de França.

∑ Mil quilos de peso

∑ Pacífico, meigo, ami-go, bom carácter.

Irish

∑ Cavaleira profissio-nal e empresária.

∑ 31 Anos

∑ Natural de Beijós, Carregal do Sal

Catarina Andrade

∑ Bolsa (na foto) para os dejectos não cairem pelas ruas da cidade

∑ O Irish bebe até 10 litros de água de uma só vez

∑ Horários. Das 14h00 às 17h00, durante a semana. Todo o dia aos fins-de-semana. partida do Ros-sio

Curiosidades

“Vai Irish!”

textos ∑ Emília Amaralfotos ∑ Nuno Ferreira

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culturas

VISEUFORUM VISEU (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 14h10, 17h40, 21h10, 00h25*Transformers 3(M6Q) (Digital 2D)

Sessões diárias às 14h00, 16h30, 19h10, 21h50, 00h15*Ressaca 2(M16) (Digital)

Sessões diárias às 14h40, 17h50, 21h00, 00h10*Pirata das Caraibas: Por Es-tranhas Marés(M12) (Digital 2D)

Sessões diárias às 11h00 (Só Dom.), 13h40, 16h20, 19h00, 21h40, 00h20*Carros 2(M6) (Digital 2D) (VP)

Sessões diárias às 11h20 (Só Dom.), 13h50, 16h00, 18h20O Panda do Kung Fu 2 VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 10h45 (Dom.), 13h30, 15h55, 18h20, 21h20, 23h45*Os Pinguins do Sr. Popper VP

Sessões diárias às 14h30, 17h30, 21h30, 00h30*O Harry Potter e os Talis-mãs da Morte Parte 2(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELO (LUSOMUNDO)Sessões diárias às 11h00* (*Só Dom.), 17h50O Panda do Kung Fu 2_VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 16h40, 19h00, 21h40, 00h25Larry Crowne

(M12) (Digital)

Sessões diárias às 10h45 (Só Dom.), 13h20, 16h00, 18h40Carros 2(M6) (Digital 3D) (VP)

Sessões diárias às 13h10, 15h20, 17h35, 19h50, 22h00, 00h20Professor Baldas(M12) (Digital)

Sessões diárias às 21h20, 00h30Transformers 3(M12) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h00, 17h00, 21h20, 00h10O Harry Potter e os Talis-mãs da Morte Parte 2(M12) (Digital) 3D

Sessões diárias às 14h40, 21h00, 00h00A Melhor Despedida de Sol-teira (M12) (Digital)Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 21h30, 23h50Hanna(M12) (Digital)

Legenda: * Sexta e Sábado

Arcas da memóriaexposVISEU

∑Instituto Piaget

Até dia 30 de Julho

Exposição “Reinventan-

do a Digressão”, de Mário

Vitória.

TONDELA

∑Museu Terras de Besteiros

Até dia 21 de Agosto

Exposição de pintura de

Alexandre Magno.

SANTA COMBA DÃO

∑Biblioteca Municipal

Até dia 30 de Setembro

Exposição “Viagem pela

História da Imprensa San-

tacombadense”.

LAMEGO

∑Museu de Lamego

Até dia 30 de Setembro

Exposição “Homenagem

às Artes Populares”,

da artista Alexandra As-

sunção Correia.

VILA NOVA DE PAIVA

∑Auditório Municipal

Carlos Paredes

Até dia 31 de Julho

Exposição de escultura

“As Igrejas do Meu Con-

celho”.

roteiro cinemas

Moinhos de águaem Castro Daire

Estreia da semana

Os Pinguins do Sr. Popper– Baseado no conto adorado pelas famílias em todo o mundo, o filme conta-nos a história de um bem sucedido homem de negócios que subitamente herda 6 pin-guins. Graças a este fenómeno, o homem frio e desinteressante torna-se numa pessoa totalmente diferente, descobrindo o valor da família e da amizade.

Destaque

O s m o i n h o s , emblemáticos espéci-mes de uma arquitec-tura de produção, cons-tituem-se como claro retrato das vivências rurais tradicionais. São quase sempre moi-nhos de água, perma-necendo quase estra-nho, quase em deser-to, o moinho de vento, fixo, de tipo torre, er-guido nos termos da Relva , nas Montei-ras. Marcando a pai-sagem ribeirinha para onde desciam os ca-minhos que os burri-cos dos moleiros per-corriam ou as mulhe-res tão só carregando taleigas à cabeça, es-tes engenhos que por mais de mil anos abo-naram de pão a mesa dos homens represen-tam uma extraordiná-ria capacidade de in-venção e adaptação ao meio. Construídos de pedra, granito ou xisto, cobertos de colmo ou lousa em sua origem, cubos de pedra ou ta-lhados em tronco de madeira conduzindo a levada, eis o animado girar do rodízio espar-rinhando água com as penas e no vago acon-chego onde o moleiro

habita nas horas de tra-balho lá está a mó anda-deira, o grão saltando da moega ritmado pelo bater do chamadoiro, o cheiro de agrado da farinha despejada na taleiga, magra maquia que se soma a essa pa-ciente e sábia espera do lento cair do grão, do alegre assobiar pelos caminhos. E nem sem-pre o pão abonava so-bre a mesa.

À beira do Rio Paiva onde a água que cor-ria garantia o curso das levadas, restava sempre trabalho para os moleiros. À beira das ribeiras de Paivô e Carvalhosa, à beira da ribeira de Gosende, os moinhos remansa-vam no pino do Verão quando a água secava nos lenteiros e o fio que sobrava mal dava umas sedes de beber. Precavidas, as mulhe-res dos lavradores re-servavam na masseira os alqueires de farinha que garantiam a pre-sença do saboroso pão quotidiano. E ficavam esperando a colheita farta que encheria as arcas de mais grão e as águas que tornavam no começo do Outono.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

O Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, exibe o filme Gritos 4, hoje, pelas 21h30. O filme de terror é para maiores de 16 anos. O preço do bilhete varia entre os três e os quatro euros.

D Gritos 4

O 16º Festival Interna-cional de Danças Popu-lares - Andanças 2011 -, que acontece em Carva-lhais (S. Pedro do Sul) de 1 a 7 de Agosto próximo tem algumas inovações. A organização quer atrair ainda mais “dançantes” e procura criar mais moti-vos de interesse durante a semana festiva.

Para já, e com os bilhe-tes diários na bitola do ano passado (25 euros), a grande novidade é a re-dução para 10 euros nas entradas da quarta-feira (dia 3) para... os morado-

res dos distritos de Viseu e Aveiro. “Esta é uma ati-tude simpática e um bó-nus para a boa vizinhan-ça”, explica Adriano Aze-vedo, vice.presidente da Câmara de S. Pedro do Sul, a autarquia parceira da associação Pédexum-bo na organização do fes-tival.

O bem-estar dos “an-dantes” é outra das ideias que persegue os organi-zadores. Por isso este ano o espaço vai ter “puff’s”, espreguiçadeiras e cadei-ras um pouco por todo o lado. “Queremos que as

pessoas descansem mes-mo quando estiveram a passear ou mudarem de local”, diz Adriano Aze-vedo.

D e a c o r d o c o m o autarca, as novidades deste ano vão prolongar-se à descentralização do Andanças iniciada há al-guns anos - os “Andamen-tos”. Durante toda a sema-na haverá percursos pe-destres ou cicláveis em que os participantes vão agora ter a oportunidade de perceber o ciclo das coisas, como por exemplo o do pão. José Lorena

Andanças 2011quer boa vizinhança10 euros∑ Um dia de preços mais baratos para moradores de Viseu e Aveiro

A O festival continua a descentralizar actividades pelo concelho de S. Pedro do Sul

Jornal do Centro22 | Julho | 2011

29

Page 30: Jornal do Centro - Ed488

CULTURAS

A Praça D. Duarte, em Viseu, está a ser o palco de sessões de cinema ao ar livre.

Este ano, a iniciativa do Cine Clube de Viseu será acompanhada por um projecto de intervenção no espaço público, Jar-dins Efémeros, pensado pela empresa Cul-De-Sac.

Assim, o centro histó-rico recebe hoje, pelas 22h00, o trailer “Fil mus”, em que Mickey Mouse e Charlie Chaplin, dois mí-ticos protagonistas do ci-nema e da cultura do sé-culo XX, se reunem num espectáculo da ACERT de Tondela.

Mais tarde, “Duas Gui-tarras e uma Cidade”, con-certo e vídeo, num tributo à cidade.

Amanhã, às 23h00, Jari Marjamäki, uma sonori-dade electrónica baseada na natureza. Depois, o fil-me “Indomável”.

“No No”, actua no do-mingo. Trata-se da apre-sentação de um novo pro-jecto musical de Viseu. Às 22h00, o filme “O Mági-co” vai fazer as delícias do grande público e dos ciné-filos.

Novidade. Todos os dias estará presente na Praça D. Duarte um jar-dim efémero, construído com árvores de diversos portes e espécies, articula-dos com plantas e um lago artificial.

Combinando a criação artística multidisciplinar, a interacção com diversos públicos e uma efectiva dinamização da área en-volvente, Jardins Efémeros ensaia uma articulação en-tre vários agentes culturais

e económicos, capaz de re-alçar o potencial da acção cultural para a fruição do espaço público, para o bem-estar social e atractividade do centro histórico.

Tiago Virgílio Pereira“ Doce Fado” é o

nome do primeiro ál-bum lançado pela jo-vem fadista viseense, Mara Pedro. O Teatro Viriato, em Viseu, en-cheu-se para conhe-cer em “primeira mão” as dez faixas do álbum, que con-ta com duas letras originais. “Com este tra-balho pretendendo come-çar uma carreira, que es-pero que seja longa”, dis-se Mara Pedro. A fadista Joana Amendoeiro foi convidada a “apadrinhar” o CD “Doce Fado”. As duas cantaram um tema de Joana Amendoeira, de resto, a fadista viseense

já havia can-tado o tema aquando da participação no progra-ma televisivo “Uma Can-ção Para Ti”.

Aos 1 2 anos , Mara Pedro deu mais um pas-so rumo ao objectivo que sempre ambicionou: “ser uma fadista reconheci-da”. TVP

“Doce Fado” por Mara Pedro

Destaque

A Fundação Lapa do Lobo promove uma oficina de teatro, de 25 a 29 de Julho, sob a orientação de Graeme Pulleyn. A oficina destina-se a jovens dos 12 aos 18 anos. A apresen-tação pública está marcada para dia 30 de Julho.

D Ofi cina de teatro

AO VIVODYOGO DOUROVIAGENS∑ Sábado 23, às 17h00 Dyogo Douro nasceu em Moçambique em 1969na cidade de Maputo, a via-gem com a famíliaem 1975 deu-se em plena guerra colonial.Ao longo dos anos foi escre-vendo e compondo,trabalhando paralelamente no ramo dostransportes. As influências das suas viagensderam corpo e nome ao seu primeiro álbum Viagens que integram 11 temas compostos por Dyogo e com arranjos de Rafael Campanile e Carlos Eduardo (Gordo).

AO VIVOHOMEM AO MAR∑ Domingo 24, às 17h00O Homem nasceu longe do mar, em 2008, fruto doócio, do tédio e da necessida-de criativa e expressivade cidadãos comuns. Após a

aposta do programaPortugália de Henrique Amaro na Antena 3, abanda responsável pelo tema Adeus Até Mais Verfoi seleccionada para integrar a colectânea desteano dos Novos Talentos FNAC. Os Homem ao Marsão João Moutinho Pinto e Mário Moreira (guitarrase vozes) e o convidado José Carlos Martins(percussões).

AO VIVO THE POPPERSUP WITH LUST∑ Sábado 30, às 17h00 The Poppers praticam um rock’n’roll bem definido, in-fluenciado pela sonoridade debandas como os The Rolling Stones ou The Who. Vencedo-res do Festival de Música deCorroios de 2005, editaram um ano depois Boys Keep Swinging. O novo trabalho deoriginais apresenta a banda mais amadurecida e experien-te, assumindo com mestria a reinvenção histórica e musical do estilo que os caracteriza.Up With Lust foi produzido por Nuno Rafael (Huma-nos, Sérgio Godinho, entre outros).

agenda cultural fnac

Praça D. Duarte é o palco de espectáculos ao ar livreCentro histórico ∑ Concertos, cinema e jardim efémero são algumas das propostas

A Jardim efémero novidade deste ano

A Expressart’- Esco-la d’Artes do município de Santa Comba Dão já abriu as inscrições em diversas áreas artísti-cas para o ano lectivo de 2011 /2012.

As inscrições, nas mais variadas modali-dades como a Dança, a Música, Expressão Plás-tica, a Expressão Musi-cal ou o Teatro, estão

abertas a toda a popu-lação.

As aulas decorrem de segunda a sábado, atra-vés de aulas pré-marca-das, workshops, oficinas e ateliers de trabalho.

Durante o mês de Agosto, a Escola d’Artes estará encerrada, rea-brindo as portas no iní-cio do mês de Setem-bro.

Expressart´ abre inscrições para o ano lectivo 2011/2012

A companhia espanho-la de teatro “Lusco e Fus-co” apresenta a peça “En-contros”, no auditório do Teatro Ribeiro Concei-ção, em Lamego, ama-nhã, a partir das 21h30.

“Encontros” é um es-petáculo multidiscipli-nar, onde o teatro físico, a dança e o novo circo se conjugam para criar um código próprio de

expressão, um ponto de partida para comunicar e para contar ao público as inquietudes que nos invadem. A comédia e o virtuosismo fazem parte desta montagem eclética onde duas pessoas se re-encontram e se reconhe-cem novamente, tocan-do-se, sentindo o outro começando de novo a sua caminhada juntos. TVP

“Encontros”no Ribeiro Conceição

TeatroArtes

Música

Jornal do Centro22 | Julho | 2011

30

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CULTURASA Academia de Dança de Viseu vai realizar de 25 a 29 de Julho e de 1 a 5 de Agosto, um curso de Verão com o intuito de oferecer a alunos de várias idades a oportunidade de experimentar novos ritmos e travar novas amizades. Ballet clássico, jazz, dança de salão kids, hip-hop, danças africanas, danças orientais e yoga, são as danças propostas.

D Dançar no Verão

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Como surgiu o “Auto da Fonte dos Amores” ?Este trabalho, que é um

pack entre um libreto e música, é uma história em formato de ópera popular que transporta a paixão de Pedro e Inês desde o seu entorno medieval até aos dias de hoje.

O “Auto da Fonte dos Amores” foi gravado no ano de 2005 (nos 650 anos da Morte de Inês de Cas-tro), nos estúdios da Uni-versidade de Aveiro. Con-tudo, não havia condições económicas para avançar e por isso está a ver a luz do dia agora, no âmbito dos 650 anos da traslada-

ção de Inês de Castro de Coimbra para Alcobaça. Como não sou o único artista da editora, a Tra-disom achou que ago-ra é que era a altura para avançar.

Quem participou mais no trabalho?Conta com 82 intérpretes

vocais e 33 instrumentistas. Uxía, João Afonso, Manuel Freire, Sérgio Godinho, João Maria Pinto, Aurélio Malva são alguns nomes.

E que estilo de música é que podemos encontrar?É um misto de músicas

populares do mundo asso-

ciado à dramaturgia.Entre-cruzam-se neste trabalho diversos géneros e estilos, desde o tango, fado, soul music, morna, chula, mam-bo, tumbao, rock, hip-hop, pantonalismo e minima-lismo.

Tem sido bem aceite por parte do público?Temos tido um feed-

back bastante gostoso e encorajador. Ainda não tivemos nenhuma apre-ciação negativa. As apre-sentações têm-se focado num contacto muito di-recto com o público, em sessões intimistas feitas em livrarias onde apre-

sentamos o livro/disco.

É mais um disco ou um livro? São duas obras que, iso-

ladas, não têm uma autono-mia própria.

Recentemente apresentou a obra no Tom de Festa, quais os próximos locais de apre-sentação?Vamos estar no Festival de Músicas do Mundo, em Sines e no Andanças, em S. Pedro do Sul. Va-mos estar também nas Fnac s por todo o país.

A nível de espectáculo quando será apresentado?Ainda este ano. Estamos

a trabalhar para isso com al-guma ponderação e breve-mente terá a sua exposição pública. Um espectáculo desde envolve muita gente.

Como está a cultura em Viseu?A cultura é um bem es-

sencial tal como o pão. De-viamos ter mais salas de espectáculos. Uma parte significativa da população portuguesa vive ligada à cultura, às artes e ao espec-táculo.

Tiago Virgílio Pereira

conversas

“A cultura é um bem essencial tal como o pão”

Carlos Clara GomesAutor do libreto, da música e também da produção

de “Auto da Fonte dos Amores”

Carlos Clara Gomes é um dos nomes mais sonantes do panorama artístico regional e nacional. Cantautor, com-positor, dramaturgo, encenador e director artístico da companhia “DeMente”, cumpre este ano quarenta anos de carreira. A presença em espectáculos e festivais por todo o mundo é outra das marcas de Clara Gomes. “Auto da Fonte dos Amores” é o mais recente trabalho e foi apresentado aos viseenses durante o Festival Tom de Festa, em Tondela, o Jornal do Centro foi perceber em que se baseia o livro/disco e como tem reagido o público.

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Jornal do Centro22 | Julho | 2011

31

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Page 32: Jornal do Centro - Ed488

em foco texto ∑ Tiago Virgílio Pereirafotografias ∑ Nuno Ferreira

Jornal do Centro22 | Julho | 201132

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O Jornal do Centro inaugura esta semana a rúbrica “Gente que nos Visita” face ao número crescente de pessoas que ocorrem às nossas instalações.

Na sexta-feira recebemos as empresárias Denise Branco da empresa Fra-mework, de Maputo, e Helena Castro, da International Marketing Portugal, Lda sediada em Aveiro.

As administradoras partilharam experiências e possíveis projectos co-muns no futuro.

Famosos visitamHousemoments

O Housemoments Business & SPA recebeu no fim-de-semana várias personalidades mediáticas da vida social do país, para conhecerem o novo “espaço de conto de fadas” de Viseu.

A taróloga Maya, Carla Baía acompanhada da filha, o estilista Antonio Leal e Silva e o Dj Gemma experimentaram um con-ceito inovador ao longo de dois dias. “O nosso espaço caracte-riza-se por uma elegante e agradável atmosfera criando assim um refúgio de requinte e privacidade. Convida-nos a entrar e a rendermo-nos ao puro prazer e à pura evasão. Deixarmo-nos envolver por um ambiente glamouroso onde cada detalhe, desde a arquitectura à decoração, foi pensado e criado ao por-menor, especialmente para conduzir o corpo, mente e o espí-rito a escapar à rotina e stress diários”, descreve a brochura de apresentação do espaço.

Em Abraveses, naquela que chegou a ser a Casa do Povo, por onde Aquilino Ribeiro passou, desfruta-se agora de três Salas de Tratamento, incluindo um duche vichy, sala fitness, sauna, jacuzzi, banho turco, duche escocês, piscina exterior e uma sala de relaxamento onde se poderá beber tranquilamente uma tisana antes ou depois de uma massagem. O ginásio dis-põe ainda de equipamento de cardio –fitness.

GENTE QUE NOS VISITA

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em foco

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Jornal do Centro22 | Julho | 2011 33

Encanto no adroO cantor Paulo de Car-

valho está a comemorar 50 anos de carreira. Esteve no Viseu Naturalmente, no adro da Sé, com a Orques-tra Filarmonia das Beiras, dirigida por António Vas-salo.

Ofereceu momentos de encanto com os seus “Me-ninos do Huambo” e com a saudosa “E depois do Adeus”.

Page 34: Jornal do Centro - Ed488

saúde

População exige reabertura do SAP até ao final do mêsPenalva do Castelo∑ Utentes queixam-se da falta de médicos e dos meios de procedimento

O núcleo de Penalva do Castelo da Comissão de Utentes dos serviços Pú-blicos de Saúde do Distrito de Viseu vai avançar com uma manifestação junto da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) em Coimbra, caso não seja resolvido o problema da “falta de médicos e outros” até ao final do mês, no Cen-tro de Saúde de Penalva do Castelo.

A Comissão de Utentes promoveu na sexta-feira, dia 15, uma concentração da população para debater medidas com vista a exigir melhorias nos serviços, no centro de saúde local. Mais de 100 pessoas juntaram-se no salão da Junta de Ínsua

para reivindicar mais médi-cos, a reabertura do Servi-ço de Atendimento Perma-nente (SAP) e a melhoria dos procedimentos. No ple-nário foi aprovada, por una-nimidade, uma moção na qual exigem que as reivin-dicações sejam atendidas até 31 de Julho. Caso contrá-rio, irão manifestar-se junto da ARSC.

António Vilarigues, do núcleo de Penalva do Caste-lo da Comissão de Utentes, recordou que já em Março foi entregue um abaixo-as-sinado com duas mil assi-naturas para exigir a rea-bertura do SAP e a contra-tação de mais médicos. “Na altura tivemos a promessa de que o horário do SAP era

só uma questão burocráti-ca, pois havia verbas e re-cursos, no entanto, quatro meses depois nada foi fei-to”, sustentou.

Arlete Pereira, de 52 anos pediu a palavra durante o plenário para dizer que os pais, “pessoas idosas e com sofrimento esperam horas por uma consulta”. Revolta-da, esta utente lembrou que as reacções “até são muito pacíficas” numa situação “tão grave”, e que as pes-soas “não reclamam por medo de retaliações”.

Arlelte Pereira lançou o repto para a Câmara de Penalva do Castelo tomar uma posição “mais forte” e, “em último caso, contratar um médico se não se con-

seguir de outra forma”.A revolta estava estam-

pada no rosto de quem par-ticipou na reunião. “Já espe-rei das 8h00 às quatro da tarde, a funcionária disse-me que não tinha consulta e fui-me embora a chorar para casa”, desabafou Ana Melo, de 72 anos vítima de um AVC há algum tempo atrás.

À falta de médicos e do SAP, os utentes lançaram queixas à forma com são recebidos no serviço de atendimento, chegando a ser chamada a GNR para tomar conta de ocorrências que resultam da “indigna-ção” das pessoas.

Emília Amaral

A Plenário de sexta-feira juntou mais de 100 pessoas na Junta de Freguesia de Ínsua

Na passada segunda-feira, dia 18 de Julho, os utentes diabéticos que se deslocaram ao Centro de Saúde nº 1, em Viseu, para controlar o nível de açúcar no sangue tive-ram que regressar a casa sem saber a sua situação clínica.

Isto porque não ha-via tiras de controlo da glicémia para diabéticos no Centro de Saúde. “Eu e todos os outros utentes tivemos que vir embora, não havia tiras e, como tal, não fomos atendidos pelo médico de família”, disse uma utente que pe-diu anonimato.

Contactado pelo Jor-nal do Centro, o coorde-nador da Subregião de Saúde de Viseu (SSV), José Carlos Almeida desvalorizou a situação.

“ Não causou transtorno nenhum”, ainda assim admite que “durante al-gumas horas estivemos sem as fitas” e justifi-ca alegando que “houve uma mudança da marca devido ao novo concur-so e, consequentemente, houve uma mudança de fornecedor que se atra-sou a entregar as fitas”.

A situação ficou resol-vida da parte da tarde, ainda assim são vários os utentes que se têm vindo a queixar da falta de materiais no Centro de Saúde 1.

“Já aconteceu terem acabado as vacinas, o Centro de Saúde é para servir os doentes e es-tas situações não podem acontecer”, disse a mes-ma fonte ao Jornal do Centro. TVP

Tiras de controlode glicémia em falta Centro de Saúde

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Page 35: Jornal do Centro - Ed488

SAÚDE

Rastreio de cancro da mama disponível em Castro Daire

As utentes do Cen-tro de Saúde de Cas-tro Daire podem fazer o rastreio ao cancro da mama até meados d e O ut u b r o . D e s d e sexta-feira, uma uni-dade móvel de mamo-graf ia do Núcleo Re-giona l do Centro da Liga Portuguesa Con-tra o Cancro encon-tra-se junto ao centro de saúde d isponível para realizar de for-ma gratuita o exame mamográf ico digital, de seg unda a sexta-fei ra , das 9h00 e as 1 2h30 e das 14h00 às 17h00.

O p r o g r a m a e s t á aberto a mulheres en-t r e o s 45 a n o s e o s 69 a nos , residentes no concelho de Cas-tro Daire. As mulhe-res inscritas no centro de saúde serão convo-cadas por carta para efectuar o rastreio.

O exame mamográfi-co deve ser repetido de dois em dois anos de forma a garantir uma prevenção eficaz.

As marcações devem ser efectuadas através do número de telefo-ne 239487495/6 ou pelo email [email protected]

800 202 669SOS VOZ AMIGA

Prevenção∑ Administração regional de Saúde do Centro disponibiliza exame até Outubro

A Mamografia destina-se a mulheres entre 45 e 69 anos

O Pla no de Emer-gência Social, a imple-mentar pelo Governo a partir de outubro, pre-vê a distribuição de medicamentos a famí-lias carenciadas atra-vés de um processo de reutilização.

O secretário de Es-tado da Segurança So-cial , Marco António Costa afirmou esta se-mana que o Ministério da Solidariedade Social anunciará “até final do mês” um pla no que contemplará um pro-cesso nacional para re-plicar “bons exemplos” como os já praticados em Cascais e no IPO de Lisboa, na recolha e reutilização de medica-mentos.

“Garantindo as con-

dições de segurança de um processo altamen-te exigente, queremos ir mais longe, ser capa-zes de poupar para reu-tilizar em fins sociais”, explicou.

O governante recor-dou que medicamentos comparticipados pelo Estado “em milhares de milhões de euros” aca-bam por f icar “guar-dados em casa duran-te anos até perderem a validade”. E sublinhou a necessidade de “cha-mar Misericórdias e Instituições Particula-res de Solidariedade So-cial” a colaborar, sobre-tudo na implementação da futura rede de reco-lha e distribuição de medicamentos para reutilização.

Medicamentos reutilizados para a famílias carenciadas

Jornal do Centro22 | Julho | 2011 35

Page 36: Jornal do Centro - Ed488

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

CATARINA DE AZEVEDOMorada Largo General Humberto Delgado, nº 1 – 3º Dto. Sala D, 3500-139 Viseu Telefone 232 435 465 Fax 232 435 465 Telemóvel 917 914 134 Email [email protected]

CARLA MARIA BERNARDESMorada Rua Conselheiro Afonso de Melo, nº 39 – 2º Dto., 3510-024 Viseu Telefone 232 431 005

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295JOÃO MARTINSMorada Rua D. A ntón io A lves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ANTÓNIO M. MENDESMorada Rua Chão de Mestre, nº 48, 1º Dto., 3500-113 Viseu Telefone 232 100 626 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

MARQUES GARCIA Morada Av. Dr. António José de Almeida, nº 218 – C.C.S. Mateus, 4º, sala 15, 3514-504 Viseu Telefone 232 426 830 Fax 232 426 830 Email [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANGUALDEJOSÉ MIGUEL MARQUESMorada Rua 1º de Maio, nº 12 – 1º Dto., 3530-139 Mangualde Telefone 232 611 251 Fax 232 105 107 Telemóvel 966 762 816 Email [email protected]

JOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

RESTAURANTE O VISOEspecialidades Cozinha Caseira, Peixes Frescos, Grelhados no Car-vão. Folga Sábado. Morada Alto do Viso, Lote 1 R/C Posterior, 3500-004 Viseu. Telefone 232 424 687. Observações Aceitam-se reservas para grupos.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Man-teiga, Arroz de Carqueja, Cabrito Assado à Pastor, Rojões c/ Morce-la como fazem nas Aldeias, Feijo-cas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 15 euros. Mora-da Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observa-ções Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes. Folga Segunda-feira. Mo-rada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefo-ne 232 429 181 – 965 446 688. Observações Menu económico ao almoço – 4,90 euros.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos. Folga Terça-feira. Preço médio refeição 8,50 euros. Morada Quinta da Rama-lhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Telefone 232 184 637 - 962 723 772. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), fácil estacionamento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE BELOS COMERES (ROYAL)Especialidades Restaurantes Ma-risqueiras. Folga Não tem. Morada Cabanões; Rua da Paz, nº 1, 3500 Viseu; Santiago. Telefone 232 460 712 – 232 468 448 – 967 223 234. Observações Casamentos, bapti-zados, convívios, grupos.

TELHEIRO DO MILÉNIOQUINTA FONTINHA DA PEDRAEspecialidades Grelhados c/ Churrasqueira na Sala, (Ao Do-mingo) Cabrito e Aba Assada em Forno de Lenha. Folga Sábados (excepto para casamentos, bapti-zados e outros eventos) e Domin-gos à noite. Morada Rua Principal, nº 49, Moure de Madalena, 3515-016 Viseu. Telefone 232 452 955 – 965 148 341.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

GREENS RESTAURANTEEspecialidades Toda a variedade de prato. Folga Não tem. Preço médio refeição Desde 2,50 euros. Morada Fórum Viseu, 3500 Viseu. Observações www.greens-restaurante.com

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Baca-lhau c/Ovos Escalfados, Corvina Grelhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Folga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observações Refeições económi-cas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobremesa ou café – 6,50 euros.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE A COCHEIRAEspecialidades Bacalhau Roto, Medalões c/ Arroz de Carqueija. Folga Domingo à noite. Morada Rua do Gonçalinho, 84, 3500-001 Viseu. Telefone 232 437 571. Ob-servações Refeições económicas ao almoço durante a semana.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

SÃO PEDRO DO SULRESTAURANTE O CAMPONÊSEspecialidades Nacos de Vitela Grelhados c/ Arroz de Feijão, Vite-la à Manhouce (Domingos e Feria-dos), Filetes de Polvo c/ Migas, Cabrito Grelhado c/ Arroz de Miú-dos, Arroz de Vinha d´Alhos. Folga Quarta-feira. Preço médio por re-feição 12 euros. Morada Praça da República, nº 15 (junto à Praça de Táxis), 3660 S. Pedro do Sul. Tele-fone 232 711 106 – 964 135 709.

OLIVEIRA DE FRADESOS LAFONENSES – CHURRASQUEIRAEspecialidades Vitela à Lafões, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau à Casa, Bife de Vaca à Casa. Fol-ga Sábado (excepto Verão). Pre-ço médio por refeição 10 euros. Morada Rua D. Maria II, nº 2, 3680-132 Oliveira de Frades. Telefone 232 762 259 – 965 118 803. Observações Leitão por encomenda.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecos-to com Migas, Cabrito Acompa-nhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Observações Janta-res de Grupo.

RESTAURANTE EIRA DA BICAEspecialidades Vitela e Cabrito Assado no Forno e Grelhado. Fol-ga 2ª Feira. Preço médio refei-ção 15 euros. Morada Casa da Bica - Touça - Paços de Vilhari-gues - Vouzela. Telefone 232 771 343. Observações Casamentos e Baptizado. www.eiradabica.com

FÁTIMARESTAURANTE SANTA RITAEspecialidades Bacalhau Espiri-tual, Bacalhau com camarão, Bacalhau Nove Ilhas, Bife de Atum, Alcatra, Linguiça do Pico, Secretos Porco Preto, Vitela. Fol-ga Quarta-feira. Preço médio refeição 10 euros. Morada R. Rainha Santa Isabel, em frente ao Hotel Cinquentenário, 2495 Fáti-ma. Telefone 249 098 041 / 919 822 288 Observações http://santarita.no.comunidades.net; Aceita grupos, com a apresenta-ção do Jornal do Centro 5% des-conto no total da factura.

GUIA DE RESTAURANTES

ADVOGADOS / DIVERSOSIMOBILIÁRIO

VENDE-SET1 Jtº. Cidade c/pré – inst. A/C, estores elétricos, garagem c/ portão automático. 120.000,00€T. 969 090 018

T2 Dpx Qtª. Bosque novo c/ lareira, aquec. central, cozinha equipada, gara-gem. 170.000,00€917 921 823

T2 Qtª. Bosque c/ aquec. completo, lareira, arrumos, pré – inst. A/c, gara-gem, novo. 132.500,00€914 824 384

T3 Abraveses c/lareira, aquec. com-pleto, A/c, cozinha equipada, arrumos. 70.000,00€ 969 090 018

Moradia c/ cozinha equipada, aquec. completo, arrumos, churrasqueira. 180.000,00€917 921 823

Moradia c/450m2 área, aquec. central, copa, escritório, estores elétricos, chur-rasqueira. 200.000,00€914 824 384

IMOBILIÁRIOARRENDA-SET3 c/ 130m2 área, cozinha mob. e equipada, varandas, roupeiros, aquec. central. 360,00€969 090 018

T2 c/cozinha mob. e equipada, centro cidade, aquec. central, arrumos. 275,00€917 921 823

T2 c/boas áreas, todo mobilado, cozinha equipada, arrumos, Centro Cidade. 325,00€914 824 384

Moradia c/boas áreas, garagem, arrumos, varanda, logradouro. 300,00€ 969 090 018

T1 a 2 min. Cidade c/ cozinha equipada, boas áreas, roupeiro, boa exposição solar. 200,00€917 921 823

Moradia c/ cozinha equipada, aquec. completo, escritório, garagem p/5 carros, churrasqueira. 600,00€914 824 384

Moradia c/ aquec. completo, painéis solares, cozinha equipada, logradouro. 500,00€969 090 018

T4 Duplex c/ 200m2, cozinha mobilada e equipada, arrumos, centro cidade. 400,00€917 921 823

T2 c/110m2 área, cozinha equipada, aquec. completo, terraço, óptimo estado. 275,00€ 914 824 384

T0 Campo, quarto mobilado, cozinha equipada, boas áreas. 150,00€969 090 018

Moradia c/330m2, aquec. completo, lareira, cozinha equipada, churras-queira. 650,00€ 917 921 823

T2 Viso c/boas áreas, cozinha equipada, lareira, arrumos, óptima localização. 325,00€914 824 384

T1 Centro Cidade c/ cozinha equipada, A/c, arrumos, boa exposição solar. 320,00€969 090 018

T2 Cidade c/boas áreas, terraço, cozi-nha equipada, pré – inst. A/c., garagem. 450,00€917 921 823

T1 Centro Cidade c/ cozinha equipada, pré- inst. A/c, arrumos, garagem. 400,00€914 824 384

Andar moradia c/ aquec. central, lareira, cozinha equipada, logradouro. 350,00€ 969 090 018

T1 Centro Cidade c/ cozinha equipada, terraço, roupeiro, óptima localização. 310,00€917 921 823

T2 Viso c/ óptimas áreas, todo mobilado, cozinha equipada, arrumos. 325,00€ 914 824 384

T1 Centro Cidade c/ lareira, bom estado, roupeiro, óptima exposição solar. 250,00€969 090 018

Loja Centro Cidade c/ óptimas mon-tras, óptimo investimento, excelente localização. 500,00€917 921 823

AS

CLASSIFICADOS Jornal do Centro22 | Julho | 201136

Page 37: Jornal do Centro - Ed488

EMPREGOEmpresa Multinacional em Viseu está a selecionar vendedores. Se és trabalha-dor e ambicioso, com vontade de vencer envia o teu currículo para o Jornal do Centro: ref. JC-484

Para o Distrito de Viseu. Empresa de Distribuição procura profissionais na área de vendas.T. 232 951 168

Centro de Emprego de TONDELA(232 819 320)

Soldador por pontos com ou s/experiência. Carregal do Sal – Ref. 587769936

Copeiro preferência por candi-dato com experiência. Mortágua – Ref. 587768750

Cozinheiro com experiência profissional. Mortágua – Ref. 587768754

Empregado de mesa. Pretende-se candidato com expe-riência ou formação na área. Mortágua – Ref. 587768761

Trabalhador florestal com experiência na limpeza de matas. Mortágua – Ref. 587770846

Engenheiro agrónomo / Arq. Paisagista. Santa Comba Dão – Ref. 587764799

Centro de Emprego de LAMEGO(254 655 192)

Servente - construção civil e obras públicas. Lamego – Ref. 587767587

Serralheiro civil. Elaboração e montagem de estruturas metálicas (metalomecânica em geral). Moimenta da Beira – Ref. 587762479

Cabeleireiro com experiência. Lamego – Ref. 587772686

Condução de máquinas gira-tórias e retroescavadoras, com experiência e carteira pro-fissional. Sernancelhe – Ref. 587772954

Designer gráfico para con-cepção e desenvolvimento de trabalhos gráficos diversos. Lamego – Ref. 587773590

Centro de Emprego de S. PEDRO DO SUL

(232 720 170)Mont. de isolamentos, de pre-ferência com experiência em montagem de pladour. São Pedro do Sul – Ref. 587737311

Costureira, trabalho em série, com ou sem experiência. Vouzela – Ref. 587740785

Serralheiro civil, na área da serralharia. Oliveira de Frades – Ref. 587746650

Pedreiro / calceteiro. Oliveira de Frades – Ref. 587755887

Serralheiro mecânico / traba-lhador similar. Vouzela – Ref. 587748245

Servente – Construção civil e obras públicas. Oliveira de Frades – Ref. 587748278

Centro de Emprego de VISEU

(232 483 460)Electromecânico de AVAC. Viseu – Ref. 587773746

Condutor manobrador de espa-lhador de betuminoso e/ou de moto niveladora. Viseu – Ref. 587774552

Cozinheiro. Bodiosa – Ref. 587772430

Empregado de Mesa. Bodiosa – Ref. 587772433

Auxiliar de limpeza. Bodiosa – Ref. 587772434

Administrativo com curso na área da gestão de empresas. Viseu – Ref. 587772585

Pintor da construção civil. Viseu – Ref. 587773808

Carpinteiro de Limpos. Viseu – Ref. 587773811

CLASSIFICADOS

EMPREGO & FORMAÇÃOOFERTAS DE EMPREGO

Os interessados deverão contactar directamente os Centros de Emprego

A associação Florir - Família, Laços, Ori-gens, Rumos, Interajuda e Rede, em parceria com a Câmara de Mangualde está a promover o curso “Desenvolvimento Pes-soal, Social e Profissio-nal” destinado a desem-pregados do concelho de Mangualde.

A acção de forma-ção de 60 horas preten-de aperfeiçoar as com-petências pessoais, so-

ciais e prof issionais dos formandos. “Des-ta forma os formandos vão adquirir capacida-des que lhes permitem construir uma imagem realista de si próprio, de um relacionamento sau-dável com os outros e de um projecto de vida coe-rente e exequível, visan-do a autonomia e a res-ponsabilidade”, revelou a autarquia em comuni-cado.

Florir dá formação a desempregados

ZÉ DA PINHAVende PinhaEntrega em casa

junto ao grelhador e à lareira.T. 967 644 571

CATÓLICALANÇA CINCO PÓS-GRADUAÇÃONA SAÚDE

Biomateriais e Medi-cina Regenerativa, En-velhecimento e Rege-neração, Epidemiolo-gia Molecular e Clínica, Informática e Saúde, e Gestão de Qualidade em Saúde, são as cinco novas pós-graduações anunciadas para arran-carem em Viseu, pelo Departamento de Ciên-cias da Saúde da Univer-sidade Católica.

Com estes novos cur-sos de especialização, a Universidade Católi-ca em Viseu continua a apostar na área da saú-de, integrando a verten-te da investigação mui-to ligada à realidade das populações e comunida-des e também da infor-mática.

Jornal do Centro22 | Julho | 2011 37

Page 38: Jornal do Centro - Ed488

Elvira Rosa Marques Rebelo, 90 anos, viúva. Natural e residente Reriz, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 18 de Julho, pelas 10.30 horas, para o cemitério de Reriz.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

António Joaquim Ladeira, 77 anos, casado. Natural e residente em Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 16 de Julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Cambra.

Manuel Pereira Cardoso, 59 anos, casado. Natural e residente em Caveirós, Cambra, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 17 de Julho, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Cambra.

Maria da Glória Torres, 92 anos, viúva. Natural e resi-dente em S. Vicente de Lafões, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 17 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de S. Vicente de Lafões.

Laurinda de Almeida, 92 anos, viúva. Natural e residente em Cajabens, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 19 de Julho, pelas 19.00 horas, para o cemitério de S. Vicente de Lafões.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Aurora Queiroz Martins, 82 anos. Natural e residente em Casal de Lordosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de Julho para o cemitério de Lordosa.

José dos Santos Marques, 71 anos. Natural de Farminhão e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 22 de Julho para o cemitério de Viseu.

Agência Horácio Carmo & Santos, Lda.Vilar do Monte, Viseu Tel. 232 911 251

Maria Rosa Simões Dias, 81 anos. Natural de Mealhada e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 16 de Julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Olívia Lopes da Cunha, 83 anos, casada. Natural de Rio de Loba e residente em Barbeita, Viseu. O funeral realizou-se no dia 18 de Julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de Barbeita.

Ana Borges, 87 anos, casada. Natural de Murça, Chaves e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 20 de Julho, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Murça.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

NECROLOGIA INSTITUCIONAIS

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 488 de 22.07.2011)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 488 de 22.07.2011)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 488 de 22.07.2011)

1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 488 de 22.07.2011)

Jornal do Centro22 | Julho | 201138

Page 39: Jornal do Centro - Ed488

clubedoleitorJornal do Centro - Clube do Leitor, Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu. Ou então use o email: [email protected] cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir iden-tificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selec-cionar e eventualmente reduzir os originais. Não se devolvem os originais dos textos, nem fotos.

DEscreva-nos para:

FOTO DA SEMANA

Os limites da tolerân-cia?! Não se deve ser apologista da penalização dos utentes das nossas estradas, já por si muito penalizados com a carga fiscal que incide sobre os veículos e sobre os com-bustíveis, etc. Porém, na mesma medida, assiste o dever da urbanidade e o respeito pelos peões. O que parece não acontecer nos bairros periféricos da cidade de Viseu.

Esta rubrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

HÁ UM ANO

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Mais mestrados no

Politécnico para 2010/2011

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

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| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Pedro Costa

Semanário

23 de Julho de 2010

Sexta-feira

Ano 9

N.º 436

1,00 Euro

(IVA 5% incluído)

| página 10

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

EspecialVá às compras

vá às compras Rua 21 de Agosto

Requalificação é necessidade urgenteToponímia∑ Batalha do Vimeiro, que aconteceu no dia 21 de Agosto de 1808, dá nome à rua

Fazendo parte da Fre-guesia de Coração de Jesus, a Rua 21 de Agos-to atravessa a cidade de Viseu num percurso de cerca de dois quilóme-tros.

Com início junto ao edifício da Segurança Social e terminando ime-diatamente antes da sede dos Bombeiros Munici-pais de Viseu, a Rua 21 de Agosto tem no comércio a sua principal fonte de rendimentos, sendo pal-co de diversos espaços comerciais de variadas áreas de negócio.

Presença notável na rua é a do Mercado Mu-

nicipal que serve a cida-de de frutas e legumes frescos diariamente.

Para além disso, e no que diz respeito ao esta-cionamento, na Rua 21 de Agosto são algumas as opções: desde o parque fechado do mercado, até ao conhecido parque do prédio da caixa, muitas são as alternativas, pagas e não pagas, para quem quer parar o seu carro naquela zona.

Para Sofia Pires, sócia-gerente de uma loja de produtos agrícolas esta-belecida na rua há cerca de um ano, o grande pro-blema é a falta de pesso-

as a circular a pé por ali. “As pessoas não saem dos centros comerciais”, diz, lamentando o eleva-do número de lojas que fecharam ou estão em perigo de fechar.

Da mesma opinião par-tilha Clara Silva, gerente de uma loja de puericul-tura. “Estou aqui há oito anos e já vi muitos dos espaços a fecharem, o que não abona nada a fa-vor desta rua”, lamenta.

E x e m p l o d e desertificação é o centro comercial Happy Dream. Outrora recheado de lo-jas, hoje em dia este es-paço encontra-se deser-

tificado e abandonado.

História. No dia 21 de Agosto de 1808, durante a primeira invasão fran-cesa de Portugal, tem lu-gar a Batalha do Vimeiro, no âmbito da Guerra Pe-ninsular. Nesta batalha defrontaram-se as for-ças anglo-lusas coman-dadas pelo tenente-ge-neral Sir Arthur Welles-ley e as forças francesas comandadas pelo gene-ral Jean-Andoche Junot. A batalha resultou numa vitória para as forças an-glo-lusas e determinou o fim da primeira invasão francesa de Portugal. A São muitas as lojas da 21 de Agosto em perigo de fechar

números

4Lojas de Mobiliário

e Decoração

1Imobiliária

2Agências de Viagens

1Óptica

textos ∑ Raquel Rodrigues

3Escritórios de Ad-

vocacia

Jornal do Centro23 | Julho | 2010

14

Medo instala-se na “rua das bocas” em Viseu

∑ Mantém-se o número de 1.548 vagas

nas cinco escolas do IPV

∑ Quase 60 por cento dos candidatos

são do distrito de Viseu

À conversa

“O cidadão

deve ser

colaborante

com as forças de

segurança”Serafim Tavares, comandante da

PSP de Viseupágina 08

João Azevedo

Autarca de

Mangualde candidato

a sucessor

de Junqueiro no PSpágina 11

Nun

o Fe

rrei

ra

José

Lor

ena

NegóciosPSA-Peugeot

Citroën de

Mangualde reabre

terceiro turnopágina 16

FutebolTondela contrata

internacional e

Académico reforça

com Rui Gonçalvespágina 18

Cine Clube de Viseu

Cine Rally

leva cinema

aos baresdo centro histórico

página 20

Pub

licid

ade

| página 6

EDIÇÃO 436 | 23 DE JULHO DE 2010

∑ A maior empresa do distrito de Viseu, PSA-Peugeot

Citroën de Mangualde anunciou a reabertura do tercei-

ro turno na fábrica, devolvendo esperança ao projecto

que tinha sofrido algumas baixas desde o final do ano.

∑ Numa iniciativa inédita, o Cine Clube de Viseu reali-

zou o cine rally em que levou cinema aos bares do cen-

tro histórico da cidade.

∑ Sérgio Gorjão, anunciado para director do Museu

Grão Vasco.

Os cães são animais sociais, privá-los de interacção e de exercí-cio físico é algo extrema-mente cruel que contraria a sua natureza. Existem milhares de animais que vivem acorrentados uma vida inteira, são conde-nados a prisão perpétua, sem que tenham cometi-do nenhum crime. Mui-tos não têm abrigo, dor-mem dentro de uma ca-sota que mal os protege da chuva e das tempera-turas extremas. Não sa-bem o que é passear, cor-rer atrás de uma bola e muito menos o que é se-

rem acarinhados. Lutar por minorar o so-

frimento destes seres é um exercício de cidada-nia, há que sensibilizar os responsáveis pelo animal e se necessário denunciar o caso às autoridades. O SEPNA (Serviço da Pro-tecção da Natureza e do Ambiente da GNR), cos-tuma actuar com celerida-de. Ligue para o número 808 200 520, basta indicar a localização onde se ve-rifica a infracção e pode optar-se por efectuar uma denúncia anónima.

Sara Félix

O Raj tem cerca de dois anos e é um cão muito meigo.

A sua antiga dona faleceu deixando-o sem família.

ANIMAIS DE RUA

Para adopção: Associação Animais de RuaTelefone: 926 662 295 E-mail: [email protected]: http://www.animaisderuaviseu.org/

Transporte de animais domésticos

OPINIÃO

Nem sempre o transporte dos ani-mais de estimação é uma experiên-cia agradável. Enjoos, vómitos, hi-persalivação, perda de urina e fezes, desmaios ou golpes de calor são si-nais de aviso de que algo não está correcto.

Deve iniciar o “treino” com via-gens curtas, que não ultrapassem os 5 minutos, em dias com temperaturas amenas e com um destino de agrado do nosso amigo, como por exemplo, uma mata ou um rio. Não o alimente 5 horas antes e leve água para lhe dar após a viagem. O transporte deve ser dentro de uma caixa transportadora adequada ao seu tamanho.

Aumente gradualmente o tempo das viagens, sem nunca ultrapassar as 2 horas consecutivas.

Em último recurso poderá ser usa-da medicação apropriada.

Em relação aos cães de caça, trans-portados em reboques para o efeito, deve ter em atenção as temperaturas, as paragens regulares com passeio de 15 minutos e fornecimento obri-gatório de água e o espaço de 1m2 por animal com 15kg. Para viajar para fora do país com o seu animal de es-timação tem de cumprir a legislação em vigor. Não se esqueça de consul-tar o seu Médico Veterinário antes de viajar.

Gonçalo SantosMédico Veterinário do Centro Veterinário da Beira Alta

Leito

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Os fins e os meiosSe uma manhã ouvir

vozearia debaixo das suas janelas, à mistura com o motor de moto serra rangendo e descor-tinar indivíduos muros adentro da sua proprie-dade, danificando-lhe sebes e plantas, o mu-nícipe não entre em pâ-nico, não chame a PSP, nem vá buscar a caçadei-ra dentro do armário, se for homem dado à vio-lência. Afinal não são meliantes nem vândalos vindos da noite desregra-da. São funcionários da Vibeiras, mandados, se-gundo eles, pela Câma-ra Municipal de Viseu, pela engª Sandra (creio ter sido este o nome re-ferido no meio da “ser-ração”), para aparar (?) as árvores da cidade.

Muito bem! Mes-mo que os meios justi-fiquem os fins ou que os fins justifiquem os meios, não se espera de funcionários a rogo da CMV atitudes tão displi-centes e lesivas. O bom senso não é uma pala-vra vã e as instruções dadas por um superior hierárquico devem ser claras e nunca propicia-doras de atitudes des-

te teor. A Câmara Mu-nicipal de Viseu, tal como a entendemos na figura primeira do seu autarca, não tem este rosto, nem se identifica com estas arbitrarieda-des. Estas práticas têm limites. E decerto que o

senhor vereador do res-pectivo pelouro não ig-norará que destruição e invasão de proprieda-de alheia não assentam bem à Instituição que representa…

Paulo Neto

Jornal do Centro22 | Julho | 2011 39

Page 40: Jornal do Centro - Ed488

JORNAL DO CENTRO22 | JULHO | 2011Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 22 de Julho, sol. Temperatura máxima de 28ºC e mínima de 12ºC. Ama-nhã, dia 23 de Julho, sol. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 13ºC. Domin-go, dia 24 de Julho, sol. Temperatura máxima de 30ºC e mínima de 14ºC. Segunda, dia 25 de Julho, sol. Temperatura máxima de 33ºC e mínima de 16ºC.

tempo: sol

Sexta, 22S. Pedro do Sul∑ O BLoco de Esquerda está a promover o acampamento “Liberdade 21” até domingo, no Bioparque. Hoje, o ex-deputado José Moura Soeiro lança o debate “Bloco: De onde vimos, para onde vamos?”. Francisco Louçã desloca-se no sábado ao acampamento.

Sábado, 23Viseu∑ 34º Festival Internacional de Folclore, da semana Cultural do Rancho Folclórico de Passos de Silgueiros, às 21h30, no Largo Major Marques, em Passos de Silgueiros.

∑ Rota do Quartzo, às 18h00, em Campo, integrada na Rede Municipal de Percursos Pedestres.

∑ I Torneio de Voleibol de Praia, campo de areia do parque desportivo do Fontelo.

agenda∑ Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Interesse (do) público1. O escândalo das escutas ilegais feitas pelo

defunto News Of The World de Rupert Mur-doch está a salpicar o primeiro-ministro Da-vid Cameron. Contudo, também os traba-lhistas Gordon Brown e Tony Blair (lastimá-vel criatura...) foram, durante o tempo que governaram, uns capachos do sr. Murdoch.O debate deontológico nos media anglo-saxó-nicos procura a linha que separa “interesse público” de “interesse do público”.

Um exemplo pessoal para ilustrar essa di-ferença: tive este mês obras em casa. O que aconteceu nestes penosos dias dava para fa-zer uma ou várias crónicas bem pitorescas e acondimentadas, crónicas que, se escritas com arte, seriam do “interesse do público” leitor mas não teriam “interesse público” nenhum.

É claro que opinião é uma coisa e notícia outra. Em Portugal não há escrutínio nenhum sobre o papel dos media e as suas traficâncias com os políticos: em 18 de Setembro de 2009, o DN publicou um e-mail trocado entre dois jornalistas do Público (principal concorrente do DN). Essa intrusão numa caixa de correio electrónico mudou o curso das legislativas daquele ano mas toda a gente engoliu em seco e ninguém fez nada. Deu para perceber os te-lhados de vidro que há no país ao mais alto nível.

2 . Nas eleições internas do PS ninguém quis fazer o balanço do seis anos socráti-cos. Ora, esse balanço era necessário para o partido poder ganhar balanço para o futuro.Entretanto, o aparelho abafou o “cr ít i-co” A ntón io José Seg uro. Não sur pre -ende que a direita pref ira a sua vitória .O “alinhado” Francisco Assis é mais inconfor-mista, está mais livre para fazer as rupturas necessárias com os últimos 6 anos e fazer uma oposição mais eficaz a Pedro Passos Coelho.

Este fim-de-semana os militantes socialis-tas decidirão.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

O projecto do centro co-mercial a céu aberto para o comércio de rua de Viseu, criado no âmbito da Rede Gestus, tem este fim-de-semana mais um ponto alto com a realização da “Semana da Moda”.

“A semana da Moda é direccionada para vários conceitos de moda aliados à gastronomia”, afirma o presidente da Associação Comercial do Distrito de Viseu (ACDV). Gualter Mirandez acrescenta que “é uma tentativa de cha-mar os clientes, mas sobre-tudo pôr os comerciantes a trabalhar em rede para potenciar negócio”.

Na antiga sinagoga da comunidade judaica da Rua Direita, futura sede da rede municipal de museus, realizam-se por estes dias workshops de maquilha-gem, de penteados e outras iniciativas. Gualter Miran-dez explica que é um “pon-to gestus”, assim chama-do no projecto, onde ha-verá técnicos disponíveis

para apoiar comerciantes na aprendizagem de novas práticas e disponíveis para receber clientes.

Ao longo destes três dias (22, 23 e 24) decorre igual-mente o Fim-de-semana da Cozinha Beirã, em que os restaurantes aderentes seleccionam um prato para a iniciativa e assumem a condição de atribuir uma oferta aos clientes que pos-suam cartão da Rede Ges-tus.

O centro comercial a céu

aberto destinado a dina-mizar o comércio na cida-de de Viseu, está no seu período experimental até Outubro. O projecto conta nesta altura com 80 lojas aderentes. Em Outubro, a ACDV vai proceder a uma avaliação do projecto.

Para Gualter Miran-dez, o projecto ainda está “numa fase muito primá-ria”, mas estas iniciativas não têm resultados ime-diatos”.

Emília Amaral

Rede Getus ∑ Associação Comercial confiante no regresso do comércio de rua

Semana da moda anima centro da cidade

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A Iniciativa integra vários workshops para lojistas

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