Jornal do Centro

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A Cidade completa neste dia 31 de julho, 105 anos de vida. Mui-tos foram os sonhos e os desejos para transformá-la num dos centros mais importantes do País que, hoje,

A fé também mora no CentroReligiosos atuantes de Anápolis dão suas impressões sobre a fé no coração da Cidade e como suas denomi-nações agem no local. Pág. 11

JORNAL DO CENTRO-1ª EDIÇÃO JULHO/AGOSTO DE 2012 [email protected]

conta com serviços invejáveis, além de crescente geração de emprego e divisas. Nesta edição histórica, saiba um pouco de sua criação, além de en-contrar assuntos superinteressantes ,

como dados da Anápolis nos dias de hoje e entrevistas com gente que co-labora para o enriquecimento daquela que já é vista como a capital do futuro do País.

ANÁPOLIS, 105 anos!

• VEJA:• CarlaGomeseotoquedeMidas• Mundodospetsebuffetdeprimeira• Comidacomsabordequeromais• Apizzadavez• Nettu’sofereceestiloecriatividade Ainda: Políticos e dirigentes classistas parabenizam a Cidade.

Págs. 4 e 5.

Praça Bom Jesus é restaurada e deve ser entregue em Agosto. Pág. 13

Em pleno mês de julho, com o pico das festividades de comemoração do 105º aniversário de Anápolis, lançamos o Jornal do Centro, um projeto que chega para valorizar ainda mais as potencialidades do Centro e de seu entorno, bair-ros localizados numa faixa que compreende esta grande região. Anápolis, contextualizada no célere desenvolvimento da região Centro-Sul, se faz en-xergar fora do Estado e do País, dando exemplo de cidade que conquistou ao longo de sua história destaque no cenário nacional, com trabalho e suor lancinantes. O turismo de negócios tem crescido a passos largos e angariado a atenção de grandes empresas que por aqui se instalaram nos últimos anos, gerando divisas e fomentando a economia. Outro nicho que aviva a Cidade é o turismo religio-so, incentivado, na maioria, pelas igrejas católicas e evangélicas e pela comunidade espírita, através de eventos e festividades durante o ano todo. Com uma população de 324.303 habitan-tes, a Cidade recebeu mais 36.218 moradores nos últimos 12 anos, segundo dados oficiais do IBGE. Nesta onda de crescimento e incentivos fiscais, Anápolis se tornou a menina dos olhos de investi-dores de pequeno, médio e grande portes. O avanço das novas tecnolgias é outra ca-racterística que tem chamado a atenção nos últi-mos anos, com políticas e ações voltadas para o aprimoramento das comunicações e das gestões no setor. Além disso, fomentos na área da cultura, como a disseminação do audiovisual, e investi-mentos sólidos em espaços públicos, como praças e criações de parques, reforçam o chamado mar-keting social. Falar do Centro e de seu povo, poder reali-zar um jornalismo comunitário e social, longe dos ranços dos grandes veículos de comunicação, é o nosso desafio. E para isso, contamos com o apoio de toda a comunidade anapolina, colaborando para a pesquisa e com opiniões que, certamente, enriquecerão o nosso trabalho. Gostaríamos de agradecer a todos os par-ceiros que nos apoiaram nesta primeira edição, acreditando no nosso trabalho, no intuito de ofe-recer algo novo para Anápolis e para o Centro da Cidade, que merece uma atenção desdobrada, local por onde passam dia-a-dia milhares de pes-

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Edi-torial Ex-

pedientesoas de todos os cantos da Cidade. Muitos foram os desafios para implantar um projeto editorial que fortalecesse a história do local e seu entorno, personagens ilustres e popula-res, sua arquitetura e sua gente, além de promover os negócios, produtos e serviços aqui instalados. Muitos são os desejos e os sonhos, a vontade de poder falar de todos, mas de forma a valorizar as potencialidades de cada indivíduo, de cada mora-dor, comerciante e empresário. Assim, damos início ao Jornal do Centro, focado no resultado coletivo, a fim de colaborar mais uma vez para o enriquecimento da nossa história e da nossa cidadania. Nosso desejo é correr o ano como vencedores ao lado de outros vencedores e com isso, elevar a mais alta alta-es-tima em todos os corações e espíritos. Poder olhar o outro nos olhos e falar com o coração. Poder ser olhados nos olhos pelo outro e ouvir com a alma. E assim nós, o espírito da Cidade, caminhamos... Parabéns, Anápolis, Cidade do futuro!

Quentinhas...

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E assim caminha o Centro... DIRETOR E EDITOR GERAL: Edson Nuno

REVISÃO: Jader Lopes

PESQUISA: E.N.L, Jairo Alves Leite, Lorena Monturil e Michelle Andrade

PROJETO GRÁFICO E PAGINAÇÃO: E.N.L.

FOTOGRAFIA: a equipe, arquivos, Clau-diomir J. Gonçalves, Pedro Henrique, Jayr

Inácio, SECON/Anápolis, Paróquia de Sant’Ana

Jornal do Centro é uma publicação daSUPRA SUMO COMUNICAÇÃO

Av. Santos Dumont nº 329, sl. 04, Jundiaí, Anápolis, Goiás.

TEL.: 33216201/9234-8265/[email protected]

5.000 mil exemplaresDistribuição gratuita

2º Anápolis em Letras, Fatos e Imagens lança terça ( 27), 40 títulos de 17 autores anapolinos. A Secretaria Municipal de Cultura e a União Literária Anapolina (ULA) promovem na terça-feira, 24, a segunda edição do projeto “Anápolis em Le-tras, Fatos e Imagens”. Realiza-se no Centro Admin-istrativo e os livros serão distribuídos nas bibliotecas das redes municipal e estadual de ensino, facul-dades e institutos de tecnologia da Cidade. Um dos escritores é Iron Junqueira (desenho acima).

Matriz de Sant’Ana comemora festa em louvor à padroei-ra de Anápolis, Senhora de Santa Ana. O evento ocorre na praça Santana entre os dias 17 e 26. Na ocasião, são celebradas missas e novena. Há, na ainda, shows artísticos, além de comidas típicas e leilões.

18º Salão Anapolino de Artes inaugura-se dia 28/07, às 20h, na Galeria de Artes Antônio sibasolyO 18º Salão Anapolino de Arte/2012 é um evento re-gional e aberto e nesta edição há obras de artistas dos estados do Centro-Oeste, Distrito Federal, Mato Grosso e Tocantins. Este ano também terá a par-ticipação do estado da Bahia. O Salão Selecionou 15 artistas, sendo três premiados com R$ 5.000,00. A curadoria é de Paulo Henrique Silva e fazem parte da comissão de seleção Gilmar Camilo, Matias Mon-teiro e Rafael Maldonado. Para quem não conhece a Galeria de Artes Antônio Sibasoly, é só se dirigir ao prédio da Secretaria de Cultura, instalado na praça Bom Jesus, no Centro de Anápolis. Na ocasião, será anunciado os premiados. A entrada é franca. Vale a pena conferir.

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MULA TEIMOSA inspirou a criação de Anápolis

Imagem que pertenceu à dona Ana das Dores de Almeida.

Anápolis já desenhava a sua atual mo-vimentação com a chegada de tropeiros que, já no século XVIII, vinham de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópo-lis), Corumbá de Goiás, Santa Cruz, Bonfim (Sil-vânia) e Vila Boa (Cidade de Goiás). O Centro da Cidade foi palco promissor do desenvolvimento de Santana das Antas, quando os sonhos de aventura e de riqueza foram, aos poucos, se desabando em face da exaustão do precioso metal nas lavras da região. Muitos desses viajantes optaram pelas mar-gens do córrego das Antas para estabelecer mora-dia, constituir família e explorar a terra. Alguns dos registros mais antigos que se pode citar sobre a história de Anápolis são do natu-ralista francês Auguste de Saint-Hilaire quando fez o trajeto de Meia Ponte (Pirenópolis) para Bonfim (Silvânia), em 1819, descrevendo em seu diário de viagem: "Há três léguas de Forquilha, apeei-me na Fazenda das Antas, situada acima do rio do mes-mo nome, ainda um dos afluentes do Rio Corumbá. Essa fazenda era um engenho de açúcar que me pareceu em péssimo estado, mas da qual dependia um rancho muito limpo e bastante grande, no qual nos alojamos". Já em 1824, o marechal português, Rai-mundo José da Cunha Matos, deixou registrado: "Rio das Antas nasce na serra ao sul do arraial de Meia Ponte e banha a fazenda de seu nome; tem ponte e mete-se no Rio Corumbá com o curso de mais de oito léguas: consta de muitos braços". Outro viajante francês, Francis Castelnau, quando excursionava de Bonfim para Meia Ponte, em março de 1844 registrou: "Saindo da fazenda, atravessa-se o bonito ribeirão chamado das Antas, nome também da localidade". Registros históricos da época confirmam que no ano de 1859, a área de terras que constituía propriedade de Manoel Ro-drigues dos Santos era um aglomerado de quinze casas.

Sobre o surgimento de Anápolis, conta-se também que em 1859, a fazendeira Ana das Dores de Almeida viajava de Jaraguá para Bonfim (atual Silvânia), quando em determinada etapa da via-gem, uma das mulas de sua tropa que conduzia a imagem de Santa Ana desgarrou-se dos demais. Localizado o animal, os esforços para fazê-lo reto-mar a marcha foram inúteis, o que levou a devota a interpretar o fato como a manifestação de que "a Santa ali desejava ficar". Dona Ana fez propósito de que mandaria construir uma capela no local onde seria introduzida a estátua sagrada. Essa determi-nação de Dona Ana das Dores foi concretizada por seu filho, Gomes de Souza Ramos, 11 anos mais tarde. A 25 de abril de 1870, surge o primeiro documento oficial sobre Anápolis. Um grupo de moradores constituído por Pedro Roiz dos Santos, Inácio José de Souza, Camilo Mendes de Morais, Manoel Roiz dos Santos e Joaquim Rodrigues dos Santos fez a doação de parte de suas terras para a formação do que se denominou de Patrimônio de Nossa Senhora de Santana. (Cont. à pág. 6

‘‘ Alguns dos documentos mais antigos que se pode citar sobre a história de Anápolis são do naturalista francês Au-guste de Saint-Hilaire”.

Dona Ana teria sido levada a fazer propósito de construir a capela (hoje matriz de Santana), onde foi instalada a imagem de Santa Ana.

Movimentação festiva na Estação Fer-roviária Central, na Praça Americano do Brasil (Praça do Avião).

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P E R S O N A L I D A D E S g o i a n a s p a r a b e n i z a m A N Á P O L I S

•1- Marconi PeriloGovernador de Goiás

Anápolis é estuário do desenvolvimento goiano, economia que cresce em ritmo bem a-cima da média nacional, mas sem perder o foco social, levando riqueza e bem estar a nossa gente. Hoje temos grandes indústrias automo-bilísticas consolidadas em chão goiano e, tam-bém graças a Anápolis, somos o segundo em produção de medicamentos genéricos entre to-dos os Estados. E o pólo farmoquímico, consoli-dado, busca agora o ramo altamente complexo e lucrativo da química fina. Além disso, vultosos empreendimentos, nacionais e internacionais, chegam a Anápolis, atraídos pelas excelentes condições locais e

pelos incentivos globais do Governo do Estado. É possível atestar a riqueza anapolina também por seu florescente polo educacional e universitário, a cultura e o dinamismo de sua gente. Enfrentando todas as dificuldades, con-seguimos destravar a economia goiana. Os números alcançados nos motivam a trabalhar para ampliar a meta prevista de 25 bilhões de reais em negócios por ano e para avançar no ranking nacional do PIB e da competitividade. Parabéns a Anápolis por mais de um século de contribuição ao desenvolvimento de Goiás. Sucesso, prosperidade e bem estar aos anapolinos!

•2- Alexandre BaldySec. Comércio e Indústria do Estado de Goiás

Nossos olhos voltam-se neste momento para a bela cidade de Anápolis e para o prós-pero município que ela sedia, à comemoração dos seus 105 anos de emancipação e muitas

conquistas. Cidade focada no futuro, Anápolis e sua população batalhadora emitem mensagem muito mais ampla de seu significado para Goiás e para os goianos, que diz respeito à sua tra-jetória enquanto centro de crescimento social e econômico plantado no coração de Goiás. Com seus cerca de 400 mil habitantes, essa nossa cidade ousada em suas metas, acu-mulou ao longo de pouco mais de um século de vida um bem tão precioso quanto a sua econo-mia, reconhecidamente de peso para o país: o seu capital humano e social, o mais valioso pa-trimônio que um povo pode acumular ao longo de sua história e que motiva o seu enriqueci-mento. Parabéns, Anápolis, e o nosso abraço a seu povo valente!

•3- Ridoval ChiarelotoPresidente GoiásIndustrial

Anápolis é uma cidade de futuro pro-missor, agregando empresas fomentadoras de produtos e serviços de grande porte e com representação internacional. Nesta data, quero parabenizá-la pelos seus laboriosos 105 anos, fazendo história e com um crescimento invejá-vel, como jamais se pôde imaginar. A Cidade, hoje, oferece muito emprego, tem uma renda per capta confortável e um povo que a quer ver cresce, com muito trabalho. Se melhorou, é porque obteve também uma ar-recadação de impostos invejável. Sendo assim, a Prefeitura apenas consegue realizar melho-rias com a renda gerada por estes mesmos im-postos. Hoje, a grande arrecadação da Prefei-tura Municipal dá-se pelo trabalho que nasceu da criação das empresas instaladas no DAIA, que confiaram em Anápolis. Parabéns, Anápo-lis. Continue a crescer, com trabalho, força e determinação.

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•4 - Ubiratan LopesPres. FACIEG

Eu tive a honra e a satisfação de par-ticipar, como filho de Anápolis, do centenário da cidade sendo presidente da Associação Com-ercial e Industrial de Anápolis (ACIA). Momento da minha vida em que participei tanto da aber-tura da urna do centenário quanto na colocação da urna de 150 anos. Agora, quando a cidade completa seus 105 anos, sou feliz por ter a hon-ra de participar como presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agro-pecuárias do Estado de Goiás (FACIEG) e em nome das mais de 80 associações do Estado parabenizando a cidade de Anápolis com dese-jos de um futuro próspero para nossa cidade.

•5 -Luís MedeirosPresidente ACIA

Parabéns, Anápolis! Nossa Cidade chega aos 105 anos es-banjando progresso e desenvolvimento. E a Associação Comercial e Industrial de Anápolis ( ACIA) tem o orgulho de fazer parte desta bela história. Há 76 anos ininterruptos, o empresari-ado anapolino participa, de forma essencial-mente ativa, dessa vitoriosa jornada. E quere-mos continuar assim. Nossa história está ligada, muito direta-mente, à história de Anápolis. Por isso, nesta importante data, desejamos a todos os anapo-linos, nascidos aqui, ou adotados como filhos, muita paz social, muito sucesso e melhores dias, sempre. A ACIA faz parte desta querida Anápolis.

•6 - Reinaldo Del FiacoPresidente CDL/Anápolis

Ninguém pode conter Anápolis, que via-jou tão rápido nas asas de um povo que lutou para torná-la assim; tão aconchegante e tão res-peitada! Uma cidade que conquistou seu status, com a força e a perseverança de seu povo, em meio a desafios e conquistas. E esta trajetória contribuiu também, com a história dos 50 anos de existência da Câmara de Dirigentes Lojistas de Anápolis, que colhe neste cinquentenário, os frutos do trabalho desenvolvido em prol do co-mércio anapolino. Parabéns Anápolis, pelos 105 anos de existência!


•7- Luís Antônio NogueiraPresidente Fundação João Oliveira

Feliz do ser humano que com sonho e dignidade aliada à generosidade do Universo conquista o direito de escolher a sua cidade do coração, ter um caso de amor com ela e, não apenas morar, mas viver nela, provavelmente para sempre. Anápolis, minha casa. Primeiro como Delegado Fiscal do Estado de Goiás, em segui-da ser escolhido e permanecer por onze anos à frente do projeto social Vender, da Fundação João Oliveira, uma escola com uma metodolo-gia de aprendizagem que favorece a interação entre os atores do processo dinâmico educacio-nal, que propõe o foco na solução de problemas

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Em 1871, nas terras doadas, Gomes de Souza Ramos construiu a Capela de Santana (atual matriz de Santana), fato que floresceu rapi-damente o local, sendo elevado à freguesia de Santana, mais tarde se transformando em vila e cidade. A comunidade católica de Anápolis dedica devoção especial à sua padroeira, comemorada no dia é 26 de julho, quando a imagem pode ser admirada durante a novena que se celebra na Ma-triz de Santana, todos os anos. A devoção a Nossa Senhora Santana in-fluiu de forma inequívoca na fundação de Anápo-lis. A partir da construção de uma pequena capela, em 1871, por Gomes de Souza Ramos, formou-se a aglomeração urbana que se constituiria dois anos depois em freguesia de Santana das Antas. Em três de novembro do mesmo ano, o padre Francisco Inácio da Luz foi designado capelão, fato que se tornou um passo importante para o desenvolvimento demográfico e político do lugar, pois em 1872, ele redigiu um documento pedindo a elevação da povoação à categoria de freguesia. Mediante os esforços de Gomes de Sou-sa Ramos e de Zeca Batista, chefes políticos da

época, a freguesia, alguns anos mais tarde, se e-levava à categoria de vila, em 1887. No entanto, devido a alguns fatos de abrangência nacional à época, a vila só viria a ser instalada cinco anos mais tarde. Gomes de Sousa Ramos não chegou a al-cançar essa nova etapa da história da cidade que ajudou a fundar. Ele adoeceu em junho de 1889, vindo a morrer em 22 de setembro do mesmo ano, deixando viúva Messias Gomes Pereira (que era sua sobrinha) com quem tinha seis filhos. O nome do coronel Zeca Batista (José da Silva Batista) está intimamente relacionado à história de Anápolis, para onde se mudou em 28 de fevereiro de 1882, vindo de Meia Ponte (Pirenópo-lis), cidade em que nasceu, em 1º de setembro de 1856. Batista era filho do comendador Teodoro da Silva Batista e de Efigênia Pereira de Siqueira Batista. Em nove de outubro de 1875, Batista ca-sou-se com Francisca de Siqueira, filha de Manuel Barbo de Siqueira e de Maria Luíza Abrantes, ten-do dez filhos. Ele veio para a então freguesia de Santana das Antas como professor e comerciante, mas exercia também atendimentos como médi-

Emancipação se deu antes

co e farmacêutico devido à falta de profissionais na região. Ele morou, inicialmente, no chamado Largo da Igreja Sant’Anna, construindo mais tarde casa que hoje abriga o Museu Histórico Alderico Borges de Carvalho, onde morou. Graças aos esforços conjuntos de Zeca Batista e de Gomes de Sousa Ramos, a freguesia de Santana das Antas foi elevada à vila, pela Lei 811, de 15 de dezembro de 1887, cinco anos após a chegada de Zeca Batista ao lugar. Entretanto, a instalação oficial da vila só aconteceria cinco anos mais tarde. Vários acontecimentos se deram nesse ínterim. Em nível nacional, a abolição da escravatura e a Proclamação da República, e em nível local, o falecimento de Gomes de Sousa Ra-mos, em setembro de 1889. No dia 31 de julho de 1907, a Villa de Sant’Anna das Antas passa a denominar-se An-napolis (cidade de Anna) pela Lei nº 320. Mui-tos escreveram que o processo de emancipação política de Anápolis ocorreu neste ano, porém, documentos municipais apontam que tal acon-tecimento se deu um pouco antes, através da Lei provincial nº 811 de 1887, quando houve a eleva-ção da Freguesia em Villa de Sant’Anna das An-tas, emancipando-se de Meia Ponte (Pirenópolis). (Jairo Alves)

Cont.

‘‘ No dia 31 de julho de 1907, a Villa de Sant’Anna das Antas passa a denomi-nar-se Annapolis (cidade de Anna) pela Lei nº 320. Muitos escreveram que a emancipa-ção de Anápolis ocorreu neste ano, porém documentos apon-tam que tal acontecimento se deu em 1887, pela Lei nº 811”.

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A freguesia de Santana das Antas foi elevada à vila por Zeca Batista e Gomes de Sousa.

CIDADEda criação da


Carla Gomes ( foto) tem tudo para estar radiante. No auge da carreira, foi presenteada com algo valioso: o toque de Midas! Tudo que ela toca, se transforma em produtos e serviços de um requinte inigua-lável. O mais recente investimento desta jovem e bela empresária é a “Enlace Convites Especiais”, situada no sossego do Jardim das Samambaias, logo acima da Vila Goes. Ela investiu com gosto e coragem para assumir um nicho bastante promissor, já que o segmento atualmente vive seus dias de produção em série, automatizada e industrializada, produ-tos pasteurizados que desafiam o bom gosto e o requinte. Na Enlace, tudo é artesanal, feito com esmero, carinho e alta performance manual. Carla Gomes transforma papel em arte e com esta sacada trouxe para Anápolis uma loja exclusiva que trabalha com papéis franceses e italianos. Um luxo! E mais: os lacres dos convites são ao estilo medieval, selados com cera, o que provoca um belíssimo efeito visual. Consultora de etiqueta, autora do livro de etiqueta “Elègancé”, uma obra objetiva, prática e sem enrolação para adultos, crianças e adoles-centes, Carla Gomes tem uma estrada invejável. Diretora da ABAMM (Associação Brasileira de Manequins e Modelos), já organizou eventos de grande porte em Miami (EUA) e Nice (sul da Franca) e ainda foi responsável pela internaciona-lização de vários estilistas brasileiros, dentre eles Samuel Cirnansck, figurinista da Rede Globo. A estilosa Enlace nasceu para brilhar, tão bem como a fonte de Midas. Além de produzir convites especiais para todo o tipo de ocasião, trabalha com papelaria pessoal, tudo persona-lizado, papel, letra, logomarca e, inclusive, brasão da família. Oferece ainda o serviço de papelaria protocolar. Luxo é pouco!

O requinte de quem entende

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Serviço:Enlace Convites EspeciaisRua S-3, Qd. J, Lt. 3 e 3, Jardim das SamambaiasTel.: 33198387/91606088carlagomes.carlagomes@gmail.comwww.carlagomesempreendimentos.com.br


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góciosRox Pizzaria

redescobre o sabor

Fernando (foto), da Pizzaria Rox, está com um sor-riso de fazer inveja. Inicialmente instalado na rua Leopoldo de Bulhões, o negócio deu um salto célere. Quando optou por transferir a pizzaria para o bairro São Lourenço, na mesma região, surpreendeu-se. Há pouco menos de dois meses no local, instalada no segundo andar de um arejado sobrado, já recebe gente de toda a cidade, incluve proeminentes empresários que se deli-ciam com a pizza que ganhou fama. Do alto, o cliente tem uma visão noturna de partes da Cidade. Vale a pena conferir. Ah, e tem serviço de delivery...

Serviço:Roxy Pizzaria

Rua Rita P. Moura, 120, São Lourenço, Anápolis-Go.

Tel.: 3324-2100

Nettu’s Hairatende com estilo

Neto (foto) é um dos cabeleireiros mais atuantes de Anápolis e tem motivo de sobra para estar radiante, assim como na foto. Além da credibilidade que conquistou no mercado ao longo de 22 anos, é uma persona querida e respeitada por onde quer que passe. “O crescimento nao vem por acaso, ele acontece com tempo”, diz o profissional que atende não apenas mulheres da alta sociedade Anapolina, mas gente que vem de longe e descobre nos serviços realizados em seu salão, um atendimento e profissionais qualificados. No auge de seus 45 anos, este jovial atuante e promissor profissional diz que não é apenas cabeleireiro e stylish hair. “Sou mega-multi-funções”, comenta. No seu espaço, no agitado bairro Jundiaí, o cliente pode contar com diversos tipos de serviços, como corte de cabelos e penteados, tingimento com químicas de última geração, alisamento, manicure e pedicure, maquiagem e depilação, dentre outros. Netto diz que não adianta ir ao salão de beleza apenas uma vez para se sentir bem, mas é necessário uma frequência maior consigo mesmo em serviços como este para manter o espírito sempre confiante, obtendo com isso mais alta-estima e saúde mental.

Serviço:Nettu’s HairRua Dr. Pina Junior, 76, Jundiai, Anapolis/GoiásTel.: (62) [email protected]

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A mundo Animal é mais um exemplo de show de negócio! Há 24 anos no mercado e com um aten-dimento familiar e compromissado com a qualidade, a loja, situada no centro de Anápolis tem angariado, a cada dia, um número expressivo de clientes, criadores profissionais e os amantes de pets. Ao entrar na espaçosa loja, o cliente é recebido com um profis-sionalismo de dar inveja aos concorrentes, com uma equipe altamente qualificada e animada. A proprietária Ana Paula Bento comenta que a empresa tem como compromisso ser referência em produtos e ser-viços do segmento de Pet shop, proporcionando um atendimento dife-renciado e grande variedade de produtos, com o objetivo de satisfazer a sua clientela, tornando-a fiel à loja. “Para que seus objetivos sejam alcançados, a empresa tem como prioridade o investimento em pes-soal, o respeito aos animais e ao meio em que vivem e o compromisso com a qualidade e honestidade”, comenta.

Serviço:Rua Doutor Genserico, 270 - Setor Central, Anápolis-GO - (62) 3327-0585http://www.mundoanimalgo.com.br

Atendimento Ímpar

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gócios O setor de alimentaçãop cresce, a cada

dia, em Anápolis e região. Não é à-toa que a gastronomia daqui e de cidades próximas, como Goiânia, Pirenópolis, Cidade de Goiás, dentre outras, tem chamado a atenção de turistas brasileiros e estrangeiros. A Kadu Alimentos não fica atrás e impõe a sua marca no mer-cado anapolino. A empresa, especializada no fornecimento de coffee-break para os mais variados eventos, reuniões, programas educacio-nais e eventos corporativos, oferece uma grande variedade de chás, sucos, salgados, saladas, lanches especiais, pães e doces e um serviço personalizado para cada tipo de evento. Tudo na Kadu é elaborado e organizado por uma equipe altamente qualificada, com muita higiene e uma seleção especial de ingredientes e matérias-primas. A empresa presta serviços de almoço, coquetel, jantar e datas comemorativas, além de administrar o seu refeitório. Para os mais exigentes, apresentamos a Kadu Alimentos.

Chefia em alimentos e bufet

Serviço:Av. Miguel Abrão Dib, 203, Setor Sul Jamil Miguel, Anápolis, GO (62) 33187934/9416-7411/[email protected]


Soninha ( foto acima), diminutivo de Sônia, já é conhecida em grande parte de Anápolis pela fama que esta desdobrada mulher conseguiu ao longo de 13 anos oferecendo comida de qualidade com um belo visual. O restaurante da Soninha, instalado no Central Shopping, traz gente curiosa de toda parte da Cidade querendo saborear o que ele oferece de melhor: comida caseira bem equilibrada nutricionalmente, um cardápio rico e higiene ímpar, além de um preço acessível.

É ela mesma e uma equipe simpática quem recepcionam os clientes sequiosos por “matar” a fome na hora do almoço. A comida dela ficou tão famosa que, em dias mais agitados, tem até fila para se montar o prato, que pode ser acompanhado por carnes grelhadas de primeira, deliciosos sucos naturais e refrigerantes. A fama da Soninha não é só na co-zinha. Atualmente, ela também é conhecida pelos telespectadores que sintonizam o Canal 5, da NET. No comando do “Cozinhando com Soninha”, esta mulher de visão conquistou um espaço também na televisão para falar de comida e dar receitas deliciosas a seus fãs. Sua experiência no ramo vem desde quando preparava congelados, confeites de bolos

Restaurante da Soninha,almoce aqui e sinta-se em casa

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e a fabricação de chocolates. Quando começou no Central Shopping, o restaurante ocupava apenas uma sala e depois de tanto sucesso, atualmente ocupa quatro salas e emprega 12 funcionários. “Adoro cozinhar, gosto de ver as pessoas se deliciando com o que a gente prepara. Como se pega um cliente pelo estômago? Ele tem que se identificar com o paladar que o restaurante oferece e se gostar, com certeza vai voltar e trazer com ele seus amigos. O nosso diferencial é a ‘comidinha’ caseira da mamãe. Esse é o feed back que meus clientes me dão”, observa. Soninha lembra que aprendeu a cozinhar assistindo ao programa da Ofélia e que sempre procurou conduzir o seu programa televisivo com receitas simples, mas saborosas, receitas fáceis que qualquer pessoa consiga fazer. Prove o inigualável sabor da comida do restaurante da Soninha. E bom apetite!

Serviço:Restaurante da SoninhaRua 15 de Novembro, 98, Centro,Anápolis-GO (62) 3321-4906


FÉ E RELIGIÃO no coração da cidade

Líderes religiosos falam da fé e suas manifestações no Centro da Ci-dade, local aparentemente voltado apenas ao comércio.

• Dom João Wilk, Bispo Diocesano A cidade de Anápolis nasceu e cresceu sob os signos de Sant’Ana e Bom Je-sus (no Centro de Anápolis). A primeira capela construída em honra à Sant’Ana, mãe da Mãe de Jesus, sempre foi o ponto de referência para o aspecto religioso e social da Cidade. Hoje, Anápolis é uma cidade grande e em constante crescimento econômico e populacional, uma cidade que vive em ritmo dos tempos pós-modernos. No entanto, esta forte raiz religiosa continua a alimentar a alma do povo anapolino. Mostra que não há contradição entre a fé e o progresso. Já a Igreja Bom Jesus, hoje catedral dioc-esana, é marco referencial do Centro da cidade sob todos os aspectos. Assim como o Setor Central é o coração da vida comercial e social, a Praça e a Ca-tedral Bom Jesus são o coração e referência para a fé da cidade e de toda a Diocese de Anápolis. • Jorge C. Daher Júnior, Pres. da Associação Médico-Espírita do Estado de Goiás O movimento espírita anapolino experimenta o crescimento de adeptos e sim-patizantes, fenômeno que ocorre em todo o Brasil. Nossa cidade possui cerca de 20 casas espíritas em atividade, algumas delas situadas no Centro, como “Amor e Cari-dade”, “Bezerra de Menezes e “Vicente de Paula”. Anualmente realiza-se a Semana Espírita de Anápolis, movimento que congrega todos os espíritas e simpatizantes para uma série de palestras, no auditório do Fórum de Anápolis, que é gentilmente cedido pela magistratura anapolina. No Centro de Anápolis, temos espaço para oficinas de enriquecimento humano, onde valores morais dignos são trabalhados, a tolerância e a compreensão do próximo são ressaltadas. Tem-se, também, espaço e necessidade para atuação junto aos dependentes químicos, papel esse desempenhado pelo grupo AJA, que reune-se no Centro Espírita Amor e Caridade, aos sábados, com coordena-ção da psicóloga Marta Brandão.

• Sandro P. Silva, Pastor da Igreja Cristã Evangélica do Brasil (Maracanã) Embora seja difícil definir uma linha de atuação para a comunidades, que mes-mo professando a mesma fé tenha metodologias, públicos-alvo e rituais tão diferentes, é possível identificar nas igrejas evangélicas mais centralizadas uma preocupação forte com a família e sua formação cristã, com a evangelização, missões transculturais e nacionais e assistência social; tudo com o objetivo central de apresentar o Senhor às nações e direcionar a Ele todo louvor e glória.s

Julho/AGOSTO de 2012/1ª edição12GENTE QUE FAZ ...

Com o iminente crescimento de Anápolis nos últimos anos, a Cidade só teve a ganhar com a miscigenação adquirida de povos e culturas que, hoje, fazem dela uma possível capital econômica do País. A localização geográfica, entre Brasília e Goiânia, trouxe para o local uma infinidade de pro-postas, investimentos e desafios que a colocam como uma das cidades mais proeminentes do País. Jovens profissionais experientes e com graduação a enxergaram com outros olhos, encontrando por aqui possibilidades alentadoras. Gente que Faz, este mês, apresenta Mário Sérgio Moreira, diretor de Gestão Tecnológica da Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Anápolis que, como muitos outros profissionais qualificados, chegou na Cidade para ficar, implan-toando novos conceitos na área de tecnologia. Na-tural de São Bernardo do Campo/SP, Mário diz ser “quase anapolino”, após dez anos vivendo por aqui.

•Pe r f i lData de nascimento 30/07/1982

Profissão Tecnólogo Formação Gestão da Tecnologia da Informação O que tem realizado no trabalho Projetos de implantação do sistema de videomoni-toramento urbano, que contempla 25 câmeras es-palhadas pela cidade. Agora um novo projeto para expandir o sistema e outros como implantação de um Data Center próprio da Prefeitura. Como se recicla Atualmente, palestra sobre o projeto de videomoni-toramento de Anápolis e detalhes como os agentes

GESTÃO TECNOLÓGICA

Mário Sérgio Moreirade videomonitoramento serem contratados através da Associação dos Deficientes de Anápolis.

Como vê Anápolis atualmenteConsolidada. Não é mais uma cidade interiorana, o avanço chegou assim como nas cidades grandes e com ele, os problemas. Parabéns, Anápolis, pelos seus 105 anos!

Julho/AGOSTO de 2012/1ª edição 13

Praça BOM JESUS ganha nova caraApós embargo, revitalização viveu al-guns dias de atraso, mas logradouro deve ser entregue à população anapo-lina na segunda quinzena de agosto.

Depois de alguns empecilhos jurídicos vividos na revitalização da praça Bom Jesus, no centro da Cidade, o local está a um passo de ser entregue à população anapolina, provavelmente na segunda quinzena de agosto. O atraso na reinau-guração do espaço já causa determinado desgosto a muitos moradores da Cidade (assunto para a próxima edição), principalmente, do Centro, além dos trabalhadores que utilizam o local para a sua cesta depois do almoço ou para aqueles que, após deixarem a laboriosa lide diária, se dirigem para o espaço no intuito de se encontrarem com os ami-gos, fazer um lanche e beber aquela cervejinha. Mas, ao que tudo indica, a praça já estará aberta e limpa, no desfile cívico do aniversário da Cidade. Alguns representantes da sociedade civil entraram com denúncia no Ministério Público Es-tadual alegando que os quiosques construídos ao lado do prédio onde hoje está instalada a Secre-taria de Município da Cultura criariam um “tampão” impedindo a visão do prédio tombado pelo pa-trimônio histórico. Os quiosques foram construídos para abrigar e dar lugar às desorganizadas e anti-estéticas barracas que viviam do comércio ao redor da praça, desempenhando um papel muito pior do que os referidos e bem erigidos quiosques. Aliás, muitos destes comerciantes exploravam o local de forma irregular, obrigando a Prefeitura de Anápolis a recadastrá-los e contemplar aqueles com taxas de uso em dia. Denúncia realizada, o MP entendeu que a denúncia procedia e sugeriu ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que averiguasse a situação, ao que o órgão entendeu derrubar dois dos quatro quiosques ali erigidos, fato pelo qual gerou o atraso na entrega da praça. Mas de uma forma ou outra, por mais que o caso ar-raste na justiça, a praça veio para embelezar ainda mais a Cidade e aplicar um charme todo especial ao local que foi, inclusive, pensado por diversos segmentos da Cidade, como a própria Prefeitura, ACIA (Associação Comercial e Industrial de Aná-polis), estudantes de Arquitetura da UEG (Univer-sidade Estadual de Goiás), além dos comerciantes antes ali instalados e dos empresários com lojas que circundam a praça.

O secretário de Meio Ambiente e Agricul-tura, Luís Henrique Fonseca Ribeiro, à frente do projeto, conta que a reforma já era uma reivindi-cação antiga da população anapolina e que foram feitas várias audiências públicas para se discutir o projeto, que custou aos cofres públicos municipais em torno de dois milhões de Reais. “O público em geral opinou sobe como deveria ser a praça, não foi algo feito à revelia”, diz. A pra Bom Jesus, a um passo de ser en-tregue à população anapolina, não tem nada a de-ver para projetos também de excelência realizados em outras cidades do País e do Estado. Pensada inicialmente pelo renomado arquiteto Guilherme Takeda, do sul do País, à convite da ACIA, a planta foi, aos poucos, sendo transformada pela opinião pública, comerciantes e estudantes de arquitetura, até ganhar forma definitiva na prancheta do arquite-to Daniel Fortes, diretor de Habitação e Urbanismo da Secretaria de Município de Desenvolvimento Ur-bano. Luís Henrique aponta diversas melhorias

No topo, praça reformada; acima e ao lado, antes da reforma. Fonte foi preservada.

que a praça adquiriu, respeitando a questão históri-ca e cultural da mesma, buscando pesquisas para que sua essência não fosse transgredida, inclusive com diálogos abertos com o Confica (Conselho do Patrimônio Histórico). Foram criados elemen-tos como um espelho dágua circular de água, indo além da fonte, que permaneceu intacta. Além do espelho dágua, a praça ficou livre das árvores condenadas, dando lugar a belíssimas árvores nativas, como os ipês roxo, rosa e amarelo e ainda palmeiras nativas do cerrado, como o jer-ivá. Ganhou ainda novo piso, além de elementos recreativos. O estacionamento que superlotava o local foi removido, dando mais espaço para a rea-lização de eventos artísticos e culturais. Os pontos de serviços de transporte, como coletivos e taxis, também foram preservados e reformados. “Estamos certos de que respeitamos o pa-trimônio histórico do local. A praça tem uma função social, ela existe para o povo, para o pedestre e não para outros elementos que a enfeiam e a atra-palham”, diz Luís Henrique.

Julho/AGOSTO de 2012/1ª edição14A

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Hoje, a ANÁPOLIS moderna

Na visão de muitos analistas, Anápolis ganha, a cada dia, proporções de cidade grande, com desenvolvimento a passos céleres.

‘‘ Comparamos o tradicional com o moderno e a Cidade tem uma característica diferente do res-tante do Interior do Brasil...”. Augusto C., Sec. de Cultura de Anápolis.

Com a interiorização do País nos anos que seguiram ao fim da Ditadura, a região Centro-Oeste vive, até então, um momento áureo e, com isso, Anápolis se tornou um dos centros comerci-ais mais desejados por investidores nacionais e internacionais. O DAIA, Distrito Agroindustrial de Anápolis, após um período de estagnação que quase o levou ao fim, reviveu como uma fênix ao se reconstituir das cinzas e impor a sua importân-cia. Hoje, a Anápolis moderna é sinônimo de diversos verbetes, como desenvolvimento susten-tável, economia próspera, educação valorizada, cultura para todos, tecnologia consciente e muito mais. A Cidade que segundo o Censo de 2010 conta com 324.303 habitantes, se tornou a bola da vez, ocupando a terceira posição de cidade mais populosa no estado de Goiás e a 70ª no Bra-sil. Um crescimento invejável.

Pró-Reitor de Pós Graduação, Pesquisa, Extensão e Ação Comunitária da UniEvangélica, Itami Campos, comenta que Anápolis está numa fase bastante interessante de crescimento. “O DAIA e o setor empresarial está num crescente de atividade, desenvolvimento e financiamento e isso atrai novos migrantes, fazendo com que a cidade cresça e, é claro, os problemas de várias nature-zas apareçam. O professor analisa que, apesar desta preocupação, a Cidade tem respondido bem a esse confronto e a essa nova problemática e que tem havido um equacionador de problemas e soluções razoáveis. Ainda, segundo Itami, Anápolis está to-mando outro perfil, se tornando mais urbanizada, menos provinciana o que estimulou também a qualificação profissional, transformando-a num polo educacional importante, com instituições que buscam não apenas o ensino, mas a qualificação do ensino, como mestrados e pesquisas. Secretário de Cultura de Anápolis e so-ciólogo, Augusto César de Almeida observa que Anápolis passa pelo surto de desenvolvimento ao qual o Brasil está vivenciando e que a região Cen-tro-Oeste foi a que mais se beneficiou com isso. “A gente relaciona modernidade com industrialização e urbanização. O País vive um surto e atinge com maior evidência a nossa região porque o Sul e o Sudeste já estão saturados” Augusto explica também que existe a posi-tiva possibilidade de se instalar em Anápolis uma

plataforma logística que possa gerar ainda mais recursos e riquezas para esse desenvolvimento, tanto urbano quanto no setor industrial, o que acabaria acelerando o processo de urbanização. “Ao se compar o moderno com o tradicional, a Ci-dade tem uma característica diferente do restante do Interior do Brasil porque ela já nasceu como cidade de comércio, com fortes tendências cos-mopolitas, e não nos deixou a pecha de cidade agrária, voltada à pecuária”, observa. O Presidente do Lions Clube de Anápolis, André Luiz de Almeida, analisa que Anápolis vive um momento interessante construído pela sua própria condição geográfica, o que beneficiou um promissor polo de indústria fina, automobilística e de mecânica industrial. “A Cidade, pela condição de nicho educa-cional, pode vivenciar o futuro no próprio presente, no sentido de que os avanços tecnológicos che-gam primeiro aqui. Anápolis tem bom serviço, uma recente e boa rede hoteleira, além de um exube-rante cenário para se construir um negócio de tu-rismo de excelência, gerando negócio diferencia-dos e mais emprego”, observa André Luiz. Secretário de Ciência, Tecnologia e Inova-ção, Fabrízio de Almeida Ribeiro, reforça o assun-to. “Anápolis é a sexta cidade digital do país, com várias ações de inclusão sócio-digital e com uma boa cobertura para acesso público, onde a popu-lação pode usufruir de alguns serviços, públicos e privados, em ambiente virtual.

Julho/AGOSTO de 2012/1ª edição 15

Tisiano MamedHistoriador/Diretor do MuseuHistórico de Anápolis

O estilo arquitetônico conhecido como art déco surgiu na França, mais especificamente na “Exposição Internacional das Artes Decora-tivas e Modernas”, realizada em Paris, em 1925 e significa artes decorativas, da abreviação do francês arts décoratifs. De forma geral, a arquite-tura déco representa certa tendência de passa-gem entre a arquitetura produzida pelo estilo art nouveau e do ecletismo para o modernismo. No Brasil, esse estilo prevaleceu nos anos 1930 até os anos 1950 e está espalhado por todo o País, mas os principais acervos do art déco brasileiro concentram-se em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. Em Anápolis, para não fugir ao que acontecia em nível mundial, a cidade também adotou este estilo, surgindo grandes construções, como as que se seguem:

• Prédio “Centro Cultural Ulisses Guimarães”, na Praça Bom Jesus, onde hoje está localizada a Secretaria Municipal de Cultura;• Escola de Artes “Oswaldo Verano”, na Rua 14 de julho esquina com a AvenidaGoiás;• Mercado Municipal “Carlos de Pina”, na Rua General Joaquim Inácio;

• Prédio do Itamaraty Hotel, antigo “Goiazbanc”, na Rua Manoel D’Abadia;• Prédio do antigo Cine Roxy, na Praça James Fanstone;• Coreto da Praça James Fanstone;• Prédio do Colégio Auxilium, na Rua 14 de julho;• Prédio da Estação Ferroviária “Prefeito José Fernandes Valente”, na Praça Americano do Brasil, entre outros.

Tais prédios são representativos desse estilo arquitetônico, pois existe a predominân-cia do mesmo, porém, em alguns casos, como o prédio da Estação Ferroviária, pode-se dizer que constitui um estilo próprio da antiga rede ferroviária em Goiás com a mistura do art déco. Existem ainda inúmeras casas, no setor cen-tral, que possuem as fachadas nesse gênero arquitetônico, por exemplo, a antiga casa do ex-prefeito José Fernandes Valente, na Rua A-quiles de Pina, como também a fachada do Cine Santana, na Praça Bom Jesus (hoje Santana Shopping), entre muitas outras escondidas por outdoors e demais acessórios propagandísticos. Em suma, o art déco no setor central de Anápolis representa a entrada do município na modernidade, entendida como a perspectiva do desenvolvimento econômico, social e cultural da cidade.

O ART DÉCO em Anápolis

...visto por Gabrielle CorrêaSocióloga/chefe de gabineteSecretaria de Cultura de Anápolis

O centro da cidade poderia sofrer uma intervenção mais significativa, de forma a valori-zar mais o conjunto arquitetônico. O local possui

muitos prédios “art déco” e que estão total-mente encobertos por placas comerciais que, por não terem nenhum padrão estético, fazem mais poluir a paisagem que informam. Exemplo disso é a fachada do antigo Cine Santana, belo prédio, e com a atual e maravilhosa reforma da Praça Bom Jesus, poderia valorizar ainda mais o local acaso fosse descoberta. Um dos fenômenos mais recor-rente das cidades em expansão é a degradação do centro. Espero que isto não aconteça com nossa cidade. Anápolis tem vocação para ser uma metrópole, e acredito que será muito em breve.

O Centro, tête-à-tête...

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