Jornal do Centro - Ed577

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| Telefone: 232 437 461 · Avenida Alberto Sampaio, 130 - 3510-028 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 14 pág. 16 pág. 18 pág. 20 pág. 22 pág. 23 pág. 24 pág. 27 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > EM FOCO > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 4 a 10 de abril de 2013 Ano 12 N.º 577 1 Euro 0,80 Euros Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Novo acordo ortográfico Paulo Neto Publicidade Agora com novo preço x xx | págs. 6 e 7 O outro lado da Queima do Judas Publicidade

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário4 a 10 de abrilde 2013

Ano 12N.º 5771 Euro0,80 Euros

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Novo acordo ortográfico

Paul

o N

eto

Pub

licid

ade

Agora com

novo preçoxxx

| págs. 6 e 7

O outro lado da Queima

do Judas

Pub

licid

ade

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praçapública

palavrasdeles

rSe é uma lei que se pretende moralizadora, no sentido de evitar a perpetuação da mes-ma pessoa num cargo, concordo. Se é uma lei para punir só autarcas, presidentes de câmaras e presidentes de juntas, então estamos peran-te uma aberração”(Acerca da Lei de Limitação de Mandato)

José Mário CardosoPresidente da Câmara Municipal de Sernancelhe,

em entrevista ao Jornal do Centro

rDepois um Autarca tem a dimensão dos afetos que tem de saber gerir, que o obri-ga a uma disponibilida-de constante, a uma proximidade e tolerân-cia que são tão impor-tantes quantos a sua capacidade para agir e acrescentar!”

António BorgesPresidente da Câmara Municipal de Resende,

em entrevista ao Jornal do Centro

rÉ a metáfora da trai-ção, daqueles que nos prometem, daqueles que com falinhas mansas nos chamam e nos explicam as coisas mais absurdas do mundo e levam a que o povo nelas acredite, quando, no fim de con-tas, são os políticos, é a alta finança… a temática não falta para o Judas”

José RuiACERT - Trigo Limpo, em entrevista ao Jornal do Centro

rO Cortiço era mais do que um restauran-te onde se vai para comer”

Alberto CorreiaAntropólogo, em declarações ao Jornal do Centro

Rasgou-se o céu e dele caiu som-bra e chuva neste dia de Páscoa, pa-lavra oriunda do hebraico “pessach” e que significa passagem. A Páscoa, no ritual cristão simboliza a Ressur-reição de Jesus Cristo depois da sua morte na cruz. É uma quadra repleta de simbolismo, de dor, mortificação e esperança.

A esperança vem de espera. Aquilo que os portugueses mais fazem e ain-da não perderam de todo. Esperan-ça de se livrarem dos vendilhões do templo, dos trauliteiros, dos vende-dores de banha da cobra e de ilusões, dos vigaristas, dos comentadores e demais artistas. Esperança num futu-ro sem abutres a pairar no céu. Espe-rança num futuro pacificado e amis-toso, sem angústias, nem receios, nem pesadelos, nem políticos de fra-ca extracção e baixo coturno.

O português é crente por nature-za. Paciente de seu estado. Pacífico de seu estar. Brando de seus costu-mes. Talvez por isso tenha assim governantes… E tolere todas as pati-farias e descaramentos. Talvez creia no valor etimológico da “passagem” ou dos tempos passageiros que nos tomam, aviltam e amarguram. E se hoje quase tudo que é malévolo ad-vém dos políticos que nos governam, na sua insciência ou incompetência (ou na sua ciente competência a sol-do de inconfessados fins), porque continuar a acreditar neles, a votar neles, a elegê-los?

Hoje, paradoxalmente, os parti-dos políticos e os batalhões que os integram e engrossam, são o cancro das democracias. Mas não há demo-cracia sem partidos, nem políticos, nem povo que livremente os sufra-gue. Será que o povo português ao fim destes 39 anos de democracia ainda não está suficientemente es-clarecido para votar em consciên-cia? Para distinguir trigo de joio? A verdade da mentira? Os charlatões, embusteiros, fariseus, impostores do

cidadão sério?O parlapatão usa a palavra para

enganar. Hoje, as técnicas do em-buste, sustentadas nos meios de di-fusão de massas, da besta fazem bes-tial e do bestial besta, num ápice. E aquele que mente com eloquência, convicção e sedução – essa forma de induzir alguém ao cometimento de actos alheios à sua vontade por pa-lavras ou actos enganosos – é hoje admirado, respeitado, venerado. Po-rém, venerar é vocábulo oriundo da deusa do amor, Vénus, também transmissora das doenças com seu nome, as venéreas. E elas são uma praga, e eles, os venerados, que nos enganam, são um vírus, uma epi-demia mortífera, que nos rouba a esperança e faz da espera um ab-surdo, porque Godot nunca chega e Alcácer Quibir já foi há 435 anos, Sebastião não regressou e o Messias perdeu-se numas brumas de um dis-tante e irado inverno.

Mas um tal Gonçalo Anes de Bandarra que terá visto a luz em Trancoso por volta de 1500, sapa-teiro de seu mester diário e visio-nário de suas mortas horas, já di-zia…

Vejo posta toda a gentetrabalhando sem comer.Vejo os mortos a correr,e os vivos jazer somente.

O pobre morrendo à míngua.Outros têm a arca cheia.Chove na praça e na areia,como água de seringa.

E se rematava de prevenção e so-lução a tanto mal

Este sonho que sonheié verdade muito certa,que lá da Ilha Encobertavos há-de chegar este Rei.

Pois aqui, hoje e agora, apesar das profecias e dos profetas, vive-se um tempo de desespero, tal modo de não esperar, tempo tão sei lei nem grei, que apetece perguntar, como Alegre um dia fez:

Pergunto ao vento que passanotícias do meu paíse o vento cala a desgraçao vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levamtanto sonho à flor das águase os rios não me sossegamlevam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoasai rios do meu paísminha pátria à flor das águaspara onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhaspede notícias e dizao trevo de quatro folhasque morro por meu país.

Pergunto à gente que passapor que vai de olhos no chão.Silêncio -- é tudo o que temquem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramosdireitos e ao céu voltados.E a quem gosta de ter amosvi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nadaninguém diz nada de novo.Vi minha pátria pregadanos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margemdos rios que vão pró marcomo quem ama a viagemmas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir(minha pátria à flor das águas)vi minha pátria florir(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignoradae fale pátria em teu nome.Eu vi-te crucificadanos braços negros da fome.

E o vento não me diz nadasó o silêncio persiste.Vi minha pátria paradaà beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novose notícias vou pedindonas mãos vazias do povovi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentrodos homens do meu país.Peço notícias ao ventoe o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeiadentro da própria desgraçahá sempre alguém que semeiacanções no vento que passa.

Mesmo na noite mais tristeem tempo de servidãohá sempre alguém que resistehá sempre alguém que diz não.

E por fim, no nosso lírico ecu-menismo lembramo-nos de acabar com um brasileiro de estimação, Carlos Drummond de Andrade, e seu poema Intimação…

Abre em nome da lei.Em nome de que lei?Acaso lei sem nome?Em nome de que nomecujo agora me somese em sonho o soletrei?

Abre em nome do rei.Em nome de que reié a porta arrombadapara entrar o aguazilque na destra um papelsinistramente brancotraz, e ao ombro o fuzil?

Abre em nome de til.Abre em nome de abrir,em nome de poderescujo vago pseudónimonão é de conferir:cifra oblíqua na bulaou dobra na cogulade inexistente frei.

Abre em nome da lei.Abre sem nome e lei.Abre mesmo sem rei.Abre sózinho ou grei.Não, não abras; à forçade intimar-te repara:eu já te desventrei.

Os Passos da Cruz...Editorial

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

Jornal do Centro04 | abril | 2013

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Qual foi a melhor mentiraque já lhe contaram a 1 de abril?

Importa-se de

responder?

A maior mentira que me pregaram nesse dia foi quando um amigo meu me disse que tinha os bilhetes para irmos os dois ver o Sporting - Benfica e eu acreditei. Mas, afinal era mentira.

Não me recordo, já foram muitas...

Que me recorde, foi uma de muito mau gosto. Que a minha avó tinha morrido...

Nunca me contaram nenhuma, ou se contaram nunca che-guei a descobrir...

Gonçalo FélixEstudante

Carlos OliveiraManobrador

Carlos LucasEmpresário

Daniel MorgadoTecnólogo de Comunicação

estrelas

Prazeres DominguesPresidente da Direção

da APPDA Viseu

Um exemplo de dinâmica, caris-ma e capacidade de envolver toda a comunidade na arte de fazer teatro.

Luís Costa MatosMédico no

Centro HospitalarTondela-Viseu

números

200Os envolvidos na con-

cepção, música e coreogra-fia da Queima do Judas, em Tondela.

José RuiACERT - Trigo Limpo

O primeiro médico do Centro Hospitalar Tondela-Viseu a con-cluir o seu doutoramento na es-pecialidade de Medicina Interna, aos 37 anos.

Confrontada com um filho por-tador de autismo, criou a APPDA Viseu que hoje se alargou a todo o distrito, Covilhã e Guarda e festeja uma década.

O regresso do filho pródigo é por estes dias expressão muito usada, não porque liturgicamen-te seja o seu tempo, mas porque há (inexplicavelmente para mim) uma percentagem da população que a usa para descrever o re-gresso de José Sócrates. É verda-de que a importância da sua pes-soa dentro do Partido Socialista e nas suas conquistas recentes, é de uma grandeza relevante, mas in-felizmente para a história do país, tanto a sua permanência como o seu regresso avivam a memó-ria de uma época em que somos postos à prova como nunca, uma

espécie de Pragas do Egipto; po-demos até identificar três que por si só arrasam os crentes mais fi-éis: a descoberta dos grandes bu-racos financeiros, a ajuda exter-na e a austeridade. Talvez a culpa não possa ser personificada num só, e seja o resultado de vários, mas no fim pagamos todos. O re-gresso de José Sócrates abalou os nossos dias e provocou uma eu-foria estranha um pouco por todo o lado, eu considero que lhe foi dada mais atenção do que aquela que merecia. Mas afinal a mon-tanha pariu um rato, principal-mente para aqueles que tinham

esperança de que ele admitisse e explicasse algumas coisas e até talvez pedisse desculpa pela sua gigantesca falta de honestidade, omitindo a verdade dos números e a dimensão do problema, arras-tando-nos penosamente e incons-cientes para um abismo inevitá-vel. José Sócrates não ressusci-tou, foi só mais do mesmo. Pelo contrário, a Igreja de Roma vai ressuscitando a olhos vistos, o Papa é já presença diária nos te-lejornais, pelas melhores razões e pelas razões certas, a maior de-las a humildade, que faz muita falta a José Sócrates e a grande

parte da classe política. O Papa Francisco aproveitou a Quares-ma para relembrar a palavra de Jesus Cristo, e fê-lo à sua ima-gem, levando a sua presença e acções aos mais desfavoreci-dos, sempre despojado de rou-pagens ricas e jóias, mostrando que cumpre a sua “igreja para os pobres”, estando incluídos os po-bres de espírito. É agora além de um dos homens mais poderosos, um verdadeiro homem do povo e para o povo, José Sócrates é o homem afastado do povo, e que continua completamente alheio da sua responsabilidade.

Habemus homem do povo IIOpinião

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Jornal do Centro04| abril | 2013

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

O exercício crítico de opinião num cenário de política local marcada pelo marasmo de ideias e pela roti-neira persistência dos habituais ac-tores em palco eleição após eleição, mandato após mandato, torna-se ao fim de algum tempo cansativo e só possível graças a um exagerado re-curso à imaginação. Ora, não mu-dando as variáveis nem o discur-so qualquer crítica corre o risco de cair em saco roto. Já o mesmo não aconteceu a Napoleão Bonaparte quando numa das suas batalhas e no calor da refrega, disse ao seu Es-tado Maior:

- “(…) quando o inimigo está exe-cutando um movimento em falso, nós devemos ter o cuidado de não inter-rompê-lo”.

Ciente destes riscos, como fugir

ao assunto se outro assunto não há? Falar dos candidatos autárquicos seria uma possibilidade mas para já que diferença fará falar nesse tema? Aguarde-se pelas ideias, pelas pro-postas e pelas equipas e logo se verá se temos assunto! E, o que res-ta? Deixe-se então as locais e pas-semos às regionais… sejamos mais claros e sobretudo factuais. Passo a explicar.

Se alguém pensava que as ques-tões relativas à “Comunidade Inter-municipal “, agora rebaptizada de “Viseu, Dão-Lafões” por proposta de Carlos Marta arrumava o assun-to, está “rotundamente” enganado. Na cabeça de Fernando Ruas con-tinua a necessidade de “arrumar a “Cava de Viriato” em Viseu até ao fim da legislatura. Neste sentido

está aí mais um “braço de ferro” - ver notícia n’O Público de 28 de Março a págs 6 - agora como Pre-sidente da ANMP (Associação Na-cional dos Municípios Portugueses) com o apoio e conivência do socia-lista Rui Solheiro, do executivo da Associação, vem falar em “inconsti-tucionalidade” do diploma que cria as “CIMs” que, no quadro das atri-buições e competências, se assume como uma “qualquer coisa”, uma autarquia “modelo B”, para a qual não conta o voto directo dos eleito-res. Ora, de facto, Ruas tem toda a razão: na Constituição da Repúbli-ca não consta o enquadramento das CIM, o que está previsto mesmo é uma regionalização e não cons-ta que a organização deste poder seja um modelo de regionalização,

Há “qualquer coisa”… de negro, no ar!

Ser desempregada/o é uma con-dição inerente a 40% da população jovem. Não é difícil sequer prever que este número está “arredonda-do por baixo”, pois as/os jovens são quem menos incentivos têm para estarem inscritas/os no Centro de Emprego, não tendo direito a pres-tações sociais nem respostas ade-quadas ao seu nível de formação. Ainda assim, o Centro de Empre-go voltou a reunir as esperanças de

toda uma geração, pois estou em crer que tenha havido um aumen-to de inscrições (ou reinscrições) para permitir o acesso a muitos dos “programas” de promoção do “em-prego jovem”.

Eu não sei que coisa é essa do emprego jovem, mas não é coisa de agora. Sócrates também queria promover o emprego jovem, por isso eu calculo que isso do emprego jovem fosse uma experiência práti-

ca do seu porreirismo doutrinário. Com Passos Coelho, que é mais da linha do relvismo, o emprego jovem parece-me a experiência prática do laboratório dos salários baixos de António Borges.

Tiago Ramalho e João Leal, com 21 e 22 anos, foram nomeados téc-nicos especialistas, pelo Gabinete de Carlos Moedas, para “acompa-nhamento de execução de medi-das do memorando”. A Assessoria

Para emprego jovem, salário jovem?

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

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Redação([email protected])

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Diretora: Catarina [email protected]

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GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai à quinta-feiraMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Opinião

Fernando [email protected]

Opinião

Tem aumentado, substantiva-mente, a toma de medicamentos prescritos para tratamento de do-enças do foro psíquico. Anti de-pressivos, sobretudo, têm vindo a ser alvo de procura por indicação médica, ou por aconselhamento de um amigo, vizinho, ou mesmo companheiro de trabalho. Mas, é minha convicção pessoal de que muitos de nós precisámos de to-mar medicação e desde há muitos anos atrás. Uma coisa bem forte que nos tivesse impedido de ir às urnas votar para virmos a ser “go-vernados” por gente desta extrac-ção e, depois, reclamar disso mes-mo, porque não se está satisfeito.

Sempre teremos de reclamar. É a nossa natureza que o impele. E, é a insatisfação que tem feito, para o bem e para o mal, com que aconte-ça a evolução, a inovação, a busca

pelo contraste e pelo destaque. É a escorva que tem determinado as grandes mudanças e, simultanea-mente, a responsável pelas maio-res desgraças que vêm acontecen-do à humanidade. Mas também é essa insatisfação que determina o estado de ansiedade que muitos não aguentam e, por tal, têm de to-mar ou decisões (ou medicamen-tos) porque há situações que não são passíveis de convívio. O estrei-to, alcantilado e afunilado cami-nho por onde nos vêm conduzin-do aqueles que ajudámos a pôr no mando da Nação é, desde há muito, insuportável.

Não se pode viver em paz acei-tando que as leis nos constranjam ao invés de estarem ao serviço de quem o merece e que nos min-tam dizendo que as medidas que tomam servem para ajudar, en-

quanto me aumentam o irs, o iva, o imi o imposto de selo e outros, fazendo:

. que se permita que a justiça seja o inverso do que a define e que essa inversão esteja coberta pela própria lei;

.que os criminosos passem im-punes por manobras dilatórias e se paguem fortunas descabidas em coimas;

.que se pague a alguns deputa-dos para debitarem discursos su-jos, malcriados, ética e deontolo-gicamente inaceitáveis, dando um exemplo péssimo e evidenciando a sua falta de qualidade para repre-sentar quem os elegeu;

.que o comunicação social este-ja ao serviço sectário e servida por gente sem escrúpulos;

.que seja quase pecado ser-se dono, proprietário, possuidor do

Reclamar de quê?

Sílvia Vermelho Politóloga

Opinião

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

daí a reclamação de inconstitucionali-dade, para além do esvaziamento das freguesias.

Não me admirava nada que o “preço” do “apoio entusiástico” à candidatura de Almeida Henriques a Viseu, que só os “eleitos” descortinaram, ainda pu-desse vir a sofrer de algumas entor-ses, designadamente, com um pedido de fiscalização da constitucionalidade do diploma que oficializa as CIMs para criar alguns engulhos a quem lhe fez “engolir” o Almeida Henriques. Pior só mesmo o Cunhal quando teve que engolir o “sapo“ Mário Soares - ta-pem a foto e votem, disse ele aos ca-maradas.

Curiosa esta posição de Fernando Ruas que pelos vistos teme que Carlos Marta ganhe com a CIM a dimensão re-gional que ele nunca teve, quanto mais

nacional, além daquela que o cargo que ocupou lhe ofereceu por inerência pró-pria. Quem em 23 anos de mandato não conseguiu, imaginem bem, reunir uma única vez a Assembleia Distrital de re-pente preocupar-se com a constitucio-nalidade da CIM só tem paralelo com a quantidade de geminações que levou a cabo no mesmo período e dos quais não é conhecido um único resultado visível que seja no concelho além das viagens que realizou e das prendas que daí pos-sa ter trazido.

Porque não propõe na próxima As-sembleia Municipal que a ADDLAP (Associação de Desenvolvimento Dão Lafões e Alto Paiva), presidida pelo seu activo tóxico do Executivo, mude de designação para ADVDLAP (Associa-ção de Desenvolvimento de Viseu, Dão Lafões e Alto Paiva)? Tem receio que a

ideia possa ser considerada plágio em relação às CIM s? Mais curioso é ver que este mesmo Presidente da ANMP defendia numa entrevista à Agência Lusa difundida a 18 de Maio de 2011 que a regionalização “nunca fez tanto sen-tido”, porque “cada vez mais o Estado é centralista”, que “a regionalização nunca foi tão precisa, considerando que muitas das pessoas que foram contra o processo estão cada vez mais a mudar de opinião”. Nota-se demasiado!

Agora, procurem uma cadeira e sen-tem-se! Durante a sessão de abertura do XX Congresso da ANMP em Santa-rém em 29 de Setembro de 2012, cujos discursos do Presidente é provável que também venham a ser publicados em li-vro, Fernando Ruas “defendeu uma Re-organização Administrativa do Terri-tório, que contemple a criação de áreas

metropolitanas e o fortalecimento das comunidades intermunicipais”. Talvez no “prefácio” venha tudo explicado.

Um ano depois, em 2013, as CIM s afinal são inconstitucionais! Será que o Presidente da Câmara de Viseu não consegue chegar a acordo com o Pre-sidente da ANMP?!... Mais, e permi-tam a especulação, nem me admirava que só para causar ainda mais engulhos a quem de direito, viesse recuperar a ideia da GAMVIS (Grande Área Metro-politana de Viseu) com a qual também em tempos esteve plenamente de acor-do. Se assim for, Carlos Marta que deu de barato a candidatura à CMV, a favor do entusiástico candidato de Ruas, será sem dúvida alguma, com a experiência que já leva da CIM e logo que esta seja extinta, o melhor candidato à presidên-cia da GAMVIS.

do Secretário de Estado acrescenta: “é por serem jovens que ganham um sa-lário abaixo do praticado nos gabinetes ministeriais”. A primeira vez que li isto quis invocar o princípio constitucional que diz que não pode haver discrimina-ção em função da idade. Depois lembrei-me que no nº 2 do artigo 13 da CRP, que estabelece o Princípio da Igualdade, não há nenhuma referência a “idade”. Talvez porque dessa confusão com a idade mí-nima para votar ou talvez por esqueci-

mento. Na onda de indignação que su-cedeu à notícia dos dois jovens especia-listas, não li nada sobre o quão errado e desprezível era afirmar-se que alguém recebia um salário abaixo do pratica-do por ser jovem. Li, sim, imensos co-mentários sobre o escândalo de nome-ar dois recém-licenciados (com nomes simpáticos: frangos, fedelhos, putos de fraldas…). Parece que a generalidade da população vê uma incompatibilidade entre ter 21 anos e ser especialista. E isto

é tão errado. Tal como é perfeitamente possível alguém de 70 anos não saber de nada de nada, é possível a uma pessoa de 20 saber muito de uma coisa. O que não devia ser possível era que alguém, para o desempenho de uma mesma função, ganhasse menos por ser jovem. E se essa frase tivesse “mulher”, em vez de jovem? Ou “deficiente”? Atrever-se-iam? A ver-dade é que a idade é, aparentemente, uma razão de discriminação pacífica para a generalidade da população. Por-

que desaparece? Porque o salário bai-xo é uma praxe na vida activa? Não sei se eles são especialistas – sabemos que os Governos também não se preocu-pam muito com isso. Mas eu preocupo-me quando uma afirmação como a que aqui referi é normalizada. É que o nº 1 do artigo 13 ainda afirmava que todas/os tínhamos a mesma dignidade social. Mesmo as/os jovens. A la Brecht, resta-me dizer: “Primeiro, eles vieram atrás das/os jovens”.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

que quer que seja;. que se definhe a qualidade do ensino; . que despeçam professores;. que atulhem as turmas de alunos;.que se constranja o acesso à acultu-

ração académica através de cinturas financeiras;

. que se diminua o número de camas nos hospitais e os cuidados médicos;.

.que me diminua o vencimento, quan-do merecido, ou a pensão para a qual se descontou uma vida;

. que se restrinja o livre trânsito com subidas de preços de combustíveis e passagens;

. que me impeçam de, respeitosamen-te, manifestar o meu desagrado, a mi-nha indignação sobre, e em qualquer situação;

. que se esbanje o erário público em “tretas” desnecessárias como campos de futebol, estradas e autoestradas, ae-roportos inúteis, polidesportivos, semá-

foros e negociatas conectas;. que maltratem, por desprezo e omis-

são aqueles que lavraram o solo onde hoje semeamos e deem melhores con-dições de vida a bandidos de toda a na-tureza, nacionais e estrangeiros, nas ca-deias, preterindo os Nossos idosos;

. que nos tratem como mentecaptos

acarneirados que tudo suportam, com o beneplácito de quem jurou defender o Povo.

Os políticos são nossos inimigos. Têm feito por prová-lo ao longo dos úl-timos anos. Levam os seus concidadãos a acreditar neles e depois fazem aqui-lo mesmo com que os que os burlões

garantem a sua subsistência. O avanço desta horda foi preparado pela forçada ideia de democracia que nos souberam impor e o esteio que se lhe contrapunha foi, a propósito, estilhaçado e chama-se Ordem. Também acolitado pela Mo-ral, Educação, Honestidade, Civismo, Humanismo, Altruísmo e Bom Senso.

É com estas “ferramentas” que se molda o futuro que almejamos. Elas são o alicerce para a sanidade e felici-dade e o antídoto contra a praga que nos come carne e ossos.

A reclamar, que o façamos pelo incre-mento dessas virtudes e da reconstru-ção de um edifício moral sólido, trans-versal, impermeável à lepra que se vai estendendo através da contaminação perpetrada pelos compadrios partidá-rios, de seitas, clubísticos ou de outra natureza.

Pedro Calheiros

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aberturatexto e fotos ∑ Paulo Neto

Sábado dia 3, à tarde, em Tondela, a acompa-nhar os ensaios para a Queima do Judas fomos falar com José Rui, da ACERT, a entidade cultu-ral e recreativa de Tondela implementadora deste evento.

O que é que temos aqui?Concretamente uma ce-

lebração do teatro. Mas mais que uma celebração do teatro, a sua ligação com a comunidade. E também, procurando fazer um es-pectáculo que reflecte o próprio conceito e a matriz da ACERT. Por um lado, desenvolvimento artístico, mas onde a contempora-neidade está sempre asso-ciada à tradição. A tradição não no sentido da repeti-ção mecânica nem olha-da como museu ou fóssil, mas como motor para criar inputs imaginativos, cria-tivos, transformadores, de forma a envolver estra gen-te tão bonita…

Quantas pessoas estão en-volvidas?200 pessoas, de todas as

faixas etárias, mas, de uma forma particular 90% são jovens, aqui de Tondela, do concelho e do distrito po-rém, coisa interessante, o Judas, cada vez mais, quan-do chegadas as férias, traz amigos dos grandes centros e está a mostrar uma coisa interessante que é: os alu-nos daqui que estão na uni-versidade escolhem o pe-ríodo de férias e trazem os amigos dos grandes centros para participarem neste es-pectáculo. Por outro lado, temos casos incríveis, como por exemplo as viagens de finalistas das escolas que se organizam de forma a esta-rem na semana da fabrica-ção do Judas. Isto quer di-zer, para nós, que por um lado há uma força muito grande para futuro, porque a ACERT não vive de di-nossauros, não tem pesso-as com um sentido de pos-se relativamente ao projec-

to, mas têm sim um sentido de partilha muito grande. E sentimos que entre estes jovens e estas pessoas esta-rá o futuro da ACERT, no ponto de vista de se inquie-tarem, de transformarem a ACERT permanentemen-te, com inquietação e reno-vação, passando, inclusive a tratar-nos ou a vivificar-nos com as suas dúvidas. O seu posicionamento na vida também renova em nós, pessoas que estamos na ACERT desde a origem, e ensina-nos a redimensio-nar o mundo, a não ficar-mos nos nossos circuitos fechados.

Temos hoje perante nós, como vítima, o Judas Isca-riote, um dos discípulos não-alinhados, o que traiu por 30 dinheiros…Sim, não-alinhado e que

nós, simbolicamente, ao longo destes anos vamos transformando naquilo que nos inquieta, não a nível lo-cal mas nacional, mundial. Ou seja, fazemos recair so-bre esta figura, simbolica-mente, os males que nos atormentam.

O Judas é hoje, já não a me-táfora da traição ou ainda a metáfora da traição?É a metáfora da traição,

daqueles que nos prome-tem, daqueles que com fali-nhas mansas nos chamam e nos explicam as coisas mais absurdas do mundo e levam a que o povo nelas acredite, quando, no fim de contas, são os políticos, é a alta finança… a temática não falta para o Judas. Há tanto, neste momento, em termos mundiais a ator-mentar a vida dos povos que realmente este Judas quando arde devia fazer sentir o seu calor em cada um dos espectadores e em cada uma das entidades que o provocam, chamuscando-as com o seu ardor.

Paixão, ira, fogo e ainda sim-bolicamente uma catarse…Sim é uma catarse, uma

catarse porque no momen-to final temos um refrão que é cantado inúmeras vezes e que exalta tanto o público como os actores, no instan-te da queima. E isto quer di-zer que o público ganha o protagonismo no final do espectáculo, o que é muito interessante para nós.

Queimamos também alguns fantasmas nossos?Mais do que fantasmas

algum sebastianismo. Quei-mamos também o senti-mento que temos de algum regresso a coisas que pen-sávamos que nunca mais nos poderiam suceder.

E quem é que finalmente recebe os 30 dinheiros?Julgo que são tantos a re-

ceber estes 30 dinheiros, tantos no sentido de uma minoria, tantos no sentido de várias entidades, mas tão poucos no sentido de uma maioria, de um povo que trabalha, que luta, deseja um futuro que merece pelo que faz, pelo que transfor-ma, pelo que produz e que necessitava de um outro tratamento de respeito por parte de todos estes Judas.

A ACERT pegou nesta tradi-ção que já estava entrosada aqui na localidade?Sim. Ela já vem dos anos

20. Começou com um tal Batatinha, uma figura típi-ca, atarracada, que não ti-nha profissão, fazia bisca-tes e que se juntava com um grupo de carolas para fa-zer o Judas, representado à frente da Igreja. E este Bata-tinha que nós não conhece-mos nem existe em fotogra-fias continua a estar dentro de nós, e é também uma ho-menagem a essa figura po-pular de quem não existem escritos, só memória.

A Queima do Judas, em Tondela, redimensionou-se e neste momento, ultrapassou esse âmbito muito restrito do Batatinha para ser um espectáculo com dimensão nacional…É um espectáculo nacio-

nal, a este nível e sem qual-quer tipo de pretensiosis-mos, mas pelo tipo de en-volvimento de participantes e pelo público que ocorre a uma cidade do interior como Tondela e que che-ga a cinco mil pessoas, ou seja, ultrapassa a população da cidade… ganhou essa di-

mensão. Mas também tra-balhámos para isso.

Quantas horas de trabalho estão aqui?Muitíssimas horas. Uma

semana intensiva com 200 pessoas quer dizer que um espectáculo desta natureza, se fosse com uma compa-nhia, duraria seis, sete me-ses a produzir.

E logo, o que é que aconte-ce?É o espectáculo aqui,

neste campo de jogos do Agrupamento de Escolas de Tondela, com um final onde há a celebração com o público. É uma dramatur-gia, é uma história ficciona-da, todos os anos de forma nova, uma intriga onde se desenrola a Queima. Uma história inovada, carrega-da de simbolismo e ficção, mas que remete para uma descodificação do público, não linear, não personaliza-mos os personagens e dei-xamos também que seja o público, sujeito inteligente e crítico a fazer a sua des-codificação pessoal.

O público adere?Adere muito a este acon-

tecimento que é já mui-to mais que um evento da ACERT, um evento da co-munidade, com apropria-ção da comunidade.

Compreende a mensagem e vive pois a mensagem trans-mitida?Sim. Acho que o públi-

co, tal como nós, espera por este dia para a tal ca-tarse, uma catarse também de identificação com a sua cidade e com a sua região. Como sabe, a ACERT e o Trigo Limpo não têm uma visão redutora da sua activi-dade. Trabalha em Tondela mas é do mundo. Felizmen-te a cultura tem esse dom de não trabalhar fechados e não tem esse regionalismo caduco, esse provincianis-mo caduco que leva a que a minha terra ande a compe-tir com a outra…

Zé Rui diga-me com toda a clareza e sem papas na língua, esse recado é para quem?É um recado que se es-

tende a muita gente e as-sentará nalgumas cabeças. Lamentamos imenso que e por exemplo o Trigo Limpo que já estreou vários espec-táculos em Viseu e por todo o país, não tenha convites da autarquia para termos uma acção mais continu-ada e mais estendida pela cidade.

Será que isso se prende com a vossa qualidade artística ou se prende com o faco de serem de Tondela?Se for pelo facto de ser-

mos de Tondela seria atroz, seria intelectualmente uma coisa muito baixa…

Mas não é de todo impen-sável?Penso que é um absur-

do, para já. Penso, isso sim que quando estou a criti-car, não é a Câmara pro-priamente dita, porque ela assume publicamente o re-conhecimento pelo nosso trabalho quando lá fazemos espectáculos, agora, efec-tivamente, vamos fazer es-pectáculos ao IPJ, a outras salas de Viseu, às escolas, etc. e não estou a aprovei-tar uma contradição que agora existiu ou uma pi-cardia, mas estou apenas a dizer: é tão bom ver “n” participantes da cidade de Viseu neste acontecimen-to, da mesma forma que a ACERT, à sua maneira, é de Viseu. Quando em qual-quer parte do país se fala: a ACERT, ah, a ACERT é de Tondela, é de Viseu! Isso é um orgulho para nós e para a nossa região. Por isso, é mesquinho acirra-rem-nos. A cultura e a arte têm um papel fundamen-tal no descontar deste sen-tido pseudo regionalista. O regionalismo é a siner-gia entre vários agentes: a imprensa, as empresas, o ensino, o território numa conjugação interessante e desinteressada.

“Fazemos recair sobre esta figura,simbolicamente, os males que nos atormentam”

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QUEIMA DO JUDAS | ACERT | TONDELA | ABERTURA

Opinião

A “Queima do Judas”A busca das origens

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

Os já raros rituais da “Queima do Judas” que ainda prevalecem por aí fora constituem-se hoje, no geral, como divertidos instrumentos que propi-ciam o encontro de uma comunidade consigo pró-pria e que, apropriando agora o conceito de festa, se tornam atracção para as comunidades vizinhas que a ela acorrem. Cen-trados na noite de Sábado dito de Aleluia tais rituais perderam, parece, o ele-mento matricial de raiz religiosa cristã que man-tiveram provavelmente durante séculos e a figu-ra simbólica de Judas Is-cariotes, o Apóstolo que traiu Cristo, seu Mestre, não é agora mais do que a personificação de uma qualquer personagem ou entidade que protagoniza o mal, qualquer que seja o entendimento que dele se tenha. E, em jeito de ca-tarse colectiva, o sacri-fício da morte pelo fogo que persiste da longínqua origem, ora sofrido pela figura burlesca do antro-pomorfo assimilado a Ju-das, não representa mais do que a libertação dos males assim exorcisados e a restituição de um tem-po apaziguado, propício a uma ordem nova e se-gura. (Na mística cristã, Cristo é a vítima, o Cor-deiro imolado que toma sobre si os pecados dos homens possibilitando-lhes deste modo a reden-ção). E a própria figura do “testamento” que em determinado momen-to integrou um mais an-tigo rito de morte pelo fogo mais não é, tam-bém, do que uma forma de enunciar a desordem e os subjacentes confli-tos que habitualmente se geram no seio das comu-nidades para, finalmente, sem vinganças pessoais, sem prevalecerem ten-

sões ora desajustadas e perturbadoras, uma vez proclamada a sua origem e natureza, seguir em paz a vida da gente.

Assumida a “Queima do Judas” como tradição vinda de longínqua idade, tem a Antropologia inten-tado uma explicação para este fenómeno que atra-vessa a História e as di-versas culturas onde, em vez do Iscariotes, a vítima personifica outra entida-de, às vezes assimilada ao Inverno, também ela sus-ceptível de comportar-se como vítima em necessá-rio sacrifício. E por esta razão se vai mais longe em busca das raízes deste singular fenómeno, pelo menos aos cultos agrá-rios do Neolítico, quando vítimas humanas, num primeiro tempo, eram sacrificadas pelo fogo, provavelmente antes que tivessem sido escolhidos como vítimas os animais, bois ou cordeiros, que ar-deram, como propiciató-rio holocausto, nos alta-res dos cerimoniais ditos pagãos, uns e outros car-regando sobre si quanto de mal se gerara no seio de uma inquieta comu-nidade de homens deste modo regenerada.

As comunidades cris-tãs, católicas ou ortodo-xas, receberam de velhas culturas estes rituais que celebravam tanto a re-generação dos homens como a regeneração dos campos no dealbar da Primavera, no início de um novo ciclo solar e transfiguraram-nos fa-zendo deles, como fize-ram com as fogueiras do solstício, durante sécu-los, instrumentos efica-zes de uma catequese que entretanto adopta novos padrões enquanto os ve-lhos cerimoniais vestem inocentes roupagens de pura ludicidade.

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em fim de mandatoentrevistas e fotos ∑ Paulo Neto

“Resende voltou a estar no mapa”

Que mudou em Resende com a sua gestão?O que me parece impor-

tante sublinhar é que regres-sámos ao mapa. Resende voltou a estar no mapa.

As décadas anteriores ti-nham sido muito resigna-das e cinzentas e há agora a nossa marca a partir de va-lores e referências que revi-sitámos e atualizámos, que sempre foram nossas, mas que precisavam de ser ab-sorvidas internamente, até redescobertas.

Enfrentámos lógicas mui-to conservadoras do ponto de vista político e social e um concelho que economi-camente não construía o seu horizonte.

Fizemos muito investi-mento.

Reintegrámos o Douro como elemento estruturante no processo de desenvolvi-mento, valorizámos forte-mente a base produtiva local (e não foi só a cereja) e aci-ma de tudo cortámos com o passado no que respeita a um trabalho na autarquia que tem que tratar o cidadão por igual.

Q u a i s a s t r ê s l i n h a s estruturantes da sua gestão em que mais se revê como autarca?Fizemos tanto e em tan-

tos domínios que não é fácil, e às vezes não é justo isolar a atividade municipal des-sa maneira. Tudo acaba por se interligar e representar as oportunidades e a qualifica-ção dos cidadãos.

Quando chegámos à Câ-mara no início de 2002, as redes de água e saneamen-to cobriam o concelho em cerca de 20% das suas ne-cessidades. Hoje esse valor está acima dos 80%. Está en-terrado ninguém vê, mas é impossível aplicar políticas de saúde, de preservação ambiental ou mesmo de or-

denamento de território sem começar por aí!

Também não vale a pena encher a boca a falar das pessoas se, depois a escola logo à nascença é um fator de aprofundamento das di-ferenças de classe, porque uns têm condições de ir à escola, e serem qualifica-dos, e outros desde que pra-ticamente nasceram ficam afastados dessas oportuni-dades.

Fizemos com o impulso dos governos do PS um tra-balho único.

Na abertura do próximo ano escolar entra em funcio-namento o último centro es-colar que falta instalar.

Equipamentos completa-mente novos do pré-escolar ao secundário, que repre-sentam sobretudo um novo projeto educativo com igual-dade de acesso e igualdade de tratamento, independen-temente de origem social ou da condição económica.

No ranking nacional, no que diz respeito à educação, estávamos no penúltimo lu-gar.

Hoje o concelho tem taxas de escolarização, a todos os níveis, acima da média na-cional. Construímos redes com respostas importantes nas políticas sociais (mais três Lares em S. Martinho, Felgueiras e S. Romão), for-çámos a ideia de coesão ter-ritorial interna numa lógica de que todos têm o direito de acesso a tudo, sem que isso represente dispersão de meios ou repetição de solu-ções. Cada freguesia foi um vértice dessa cadeia de res-postas de proximidade e de aposta numa nova vocação territorial.

No desporto (com o novo Estádio, as Piscinas Cober-tas, em Resende, os Pavi-lhões Gimnodesportivos em S. Martinho, Anrea-de e Freigil), na educação (com os Centros Escolares de Resende, S. Martinho e S. Cipriano) na valorização ambiental (com o Parque Fluvial de Porto de Rei, a Marina de Aregos, os Par-ques da Panchorra e da La-gariça e agora Parque Flu-vial do Bernardo), ou ainda os novos Centros de Saúde

de Resende e S. Martinho de Mouros, o novo Quar-tel da GNR, a Loja do Cida-dão, o novo Parque Urbano, o novo Fórum Municipal, os Centros interpretativos da Cereja, do Montemuro ou da Cerâmica... seriam páginas a descrever im-portantes intervenções e investimento de uma dé-cada única nesse domínio. Incomparável!

No domínio imaterial a Festa da Cereja é hoje uma das grandes romarias do Norte de Portugal.

Talvez valha apenas acrescentar a operação de aquisição das Termas de Caldas de Aregos.

A contrapartida para a instalação do Parque da Alagoa de D. João, num investimento de 45 mi-lhões de euros nas ener-gias renováveis, fez com que a Câmara passasse a deter 15% da empresa pro-dutora.

Trocámos esses activos pelas Termas, por todo o seu património (que é pro-priedade dos resendenses) e pelo direito de concessão e exploração para os próxi-mos quarenta anos.

Não saiu um tostão do Município e passámos a de-ter uma posição dominan-te numa área estruturante e essencial para o desenvolvi-mento do concelho.

Quais as qualidades do Poder Local que não encontrou no Poder Central?Lisboa é Lisboa, mas não

gostaria de cair na tentação de correr tudo pela mesma medida, como muitos fazem com os Presidentes de Câ-mara e com o Poder Local em geral.

A proximidade com as pessoas obriga-nos a uma disponibilidade constante e todos os problemas são pro-blemas e não há uns maiores que os outros.

Depois um Autarca tem a dimensão dos afetos que tem de saber gerir, que o obriga a uma disponibilida-de constante, a uma proxi-midade e tolerância que são tão importantes quantos a sua capacidade para agir e acrescentar!

Não quero com isto di-zer que não haja alguns governantes e até responsá-veis da Administração Cen-tral que desenvolvem essa permanente atenção e valo-rizam o Poder Local e a sua autonomia, não só como im-perativo constitucional mas também como instrumen-to de desenvolvimento do País.

Mas o momento que atra-vessamos é, talvez o pior neste domínio!

Qual foi para si o maior políti-co nacional destes últimos 20

anos?O Partido Socialista tem

tido a sorte de ter grandes Secretários Gerais que têm mudado muito a vida po-lítica nacional. Mais atrás Mário Soares e nestas duas últimas décadas com Antó-nio Guterres, José Sócrates e agora com António José Seguro.

Ne s se a sp eto José Sócrates, pelo que fez e lan-çou como bases do futuro no seu Governo maioritário - a educação, as energias re-nováveis, as infra-estrutu-ras tecnológicas, por exem-plo - é uma figura de gran-de expressão e referência políticas.

Ele, juntamente, com José Manuel Durão Bar-roso, sobretudo pelo cargo de Presidente da Comissão Europeia!

Qual foi a maior dificuldade que enfrentou enquanto autarca?Um Presidente em algu-

mas coisas pode ser com-parado a muitos treinado-res... de bestial a besta!

Muitas pessoas avaliam as políticas públicas e res-pectivos desempenhos não tanto por aquilo que re-presentam para todos mas por aquilo que diretamen-te usufruem ou é só para eles.

Há um enorme défice de

cidadania a muitos níveis fruto da desinformação, do desconhecimento e de uma boa formação. Nada que também não seja obri-gação dos responsáveis po-líticos alterar!

Que obras gostaria ainda de ter feito e deixa por fazer?A minha formação na

área de engenharia faz-me conviver com essa situação de maneira diferente. Sem-pre foi assim. Houve sem-pre para mim mais uma obra para fazer ao virar de mais uma esquina.

Mas só são importantes se nos ajudarem a transfor-mar a vida das pessoas e a acrescentar modernidade e oportunidades.

A ligação Resende-Bigor-ne, que teve vários chum-bos ambientais, continua a ser uma prioridade. Ti-vemos que ser nós na Câ-mara, num protocolo com as Estradas de Portugal, a fazer o projecto. Uma res-ponsabilidade do Gover-no Central, mas cujos pro-blemas só foram ultrapas-sados porque metemos os pés ao caminho. Importân-cia pelo meu envolvimen-to e participação, não digo de autor mas quase, e pela importância para Resende de uma concretização pró-xima.

Mas o desenvolvimento do recurso termal de Cal-das de Aregos - o grande pilar do futuro económico de Resende - não é menos importante!

Quem foi a personalidade do seu partido político que mais o desiludiu a nível nacional, regional e local?Só nos desiludimos com

quem criamos ilusões, não foi o meu caso.

Que vai fazer depois de termi-nar o mandato?Daqui até outubro honrar

os compromissos e as obri-gações com os resendenses. É isso que conta!... O futu-ro a Deus pertence, é assim que o nosso povo costuma responder. E não faz senti-do responder doutra forma, da minha parte. Uma coisa de cada vez!

António Manuel Leitão Borges, 56 anos, en-genheiro civil, natural da vila de Resende, Presidente da Câmara desde 9 de Janeiro de 2002, depois de no mandato anterior ser eleito vereador, pelo Partido Socialista.

Nota: Esta rubrica iniciou-se na edição 576 de 28 de março

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ANTÓNIO BORGES | JOSÉ MÁRIO CARDOSO | À CONVERSA

“Há gente que se deixa deslumbrar pelo poder e, quando a subida é meteórica, deixam de sentir o pé na terra”

Que mudou em Sernance-lhe com a sua gestão?Longe do cinzentismo

de outrora, hoje, Ser-nancelhe é um concelho feito de gente com mui-ta autoestima, intensa participação cívica nos destinos da sua terra, consciente dos seus re-cursos endógenos que os tem valorizado e oti-mizado, e do seu vasto património material e imaterial, o qual tem sa-bido projetar, tendo-o como modelo de condu-ta para o futuro.

A melhor obra que dei-xo é comprovada pelo es-tudo independente do Ob-servatório para o Desen-volvimento Económico e Social, da Universidade da Beira Interior, que co-loca o Concelho de Ser-nancelhe na posição 179, entre 308 Municípios do País e em 10º no Distrito de Viseu (só ultrapassado pelos concelhos que são cidades), e que teve em conta indicadores como equipamentos culturais, infraestruturas básicas, despesas com a cultura, despesas com o ambiente e dinamismo económico das empresas locais.

Q u a i s a s t r ê s l i n h a s estruturantes da sua ges-tão em que mais se revê como autarca?Planear, organizar e

moralizar: planear o seu espaço territorial e a sua atividade, disciplinando a sua vida autárquica; or-ganizar os seus serviços, tornando-os eficazes ao serviço das populações e eficientes com custos mínimos; moralizar – fazer bem tudo aquilo que é da sua responsa-bilidade e da competên-

cia qua a lei lhe confere, concretamente a gestão cuidadosa, rigorosa dos seus recursos e exigin-do a cada entidade (Ad-ministração Central) e a cada munícipe o que lhes compete fazer.

Pa rece -me que es-tes três princípios têm criado uma consciência cívica participativa em todo o seu espaço mu-nicipal , enraizada na ideia de que os sernan-celhenses são também autores e atores das po-líticas municipais e não apenas destinatários e espectadores.

Quais as qualidades do Po-der Local que não encon-trou no Poder Central?

Proximidade e afeti-vidade. Dois princípios que levam a um mun-do sem fim de virtuali-dades, destacando uma disciplina democratica-mente consentida, pilar da construção do futu-ro em qualquer socie-dade – princípio atual-mente tão esquecido.

Qual foi para si o maior político nacional destes últimos 20 anos?Professor Cavaco Sil-

va. O político que mais v isitou Sernancelhe; duas vezes como candi-dato a Presidente da Re-pública, numa das quais teve início a sua campa-nha eleitoral (ano 2005), outra como Presidente

da República e uma ou-tra como Primeiro-Mi-nistro. Diz bem da sua sensibilidade para com as terras do Interior cuja voz tem mais dificulda-de em se fazer ouvir.

Qual foi a maior dificulda-de que enfrentou enquan-to autarca?A m acrocefa l i a do

Terreiro do Paço.

Que obras gostaria ainda de ter feito e deixa por fazer?Sinto-me gratificado

pelo que f iz, mas com certeza que sinto que muito fica por fazer. Por isso, não sei especificar qual das obras fica por fa-zer, que são tantas, e que

corresponderiam ao de-sejo de ser eu a fazê-las.

Concorda com a Lei de Limitação de Mandatos?Se é uma lei que se

pretende moralizado-ra, no sentido de evitar a perpetuação da mes-ma pessoa num cargo, concordo. Se é uma lei para punir só autarcas, presidentes de câmaras e presidentes de juntas, então estamos perante uma aberração.

O que é para si fazer po-lítica?Não sei! Não estive

nem estou na autarquia para fazer políticas. Ape-nas para fazer obras e ao serviço das populações.

Quem foi a personalidade do seu partido político que mais o desiludiu, a nível nacional, regional e local?Como em qua lquer

partido político há gen-te que se deixa deslum-brar pelo poder e, quan-do a subida é meteóri-ca, deixam de sentir o pé na terra. A arrogân-cia, o sobranceirismo e a presunção infundada são comuns a este tipo de políticos.

Que vai fazer depois de terminar o mandato?Gozar a reforma que

adquiri como quadro das Finanças, se entre-tanto os cortes não au-mentarem.

José Mário de Almei-da Cardoso, 63 anos, Quadro Superior da Direcção Geral de Con-tribuições e Impostos, Natural de Vila da Pon-te, iniciou a atividade como autarca em 3 de Janeiro de 1990.

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região

CDS ANUNCIACANDIDATOS EM VILA NOVA DE PAIVA E SANTA COMBA

Hugo Trindade, atu-al presidente da Casa do Povo de Vila Nova de Paiva, é o candidato do CDS-PP à Câmara Mu-nicipal daquele conce-lho, nas eleições autár-quicas de outubro.

O anúncio foi feito esta semana pela distri-tal do CDS-PP que con-firmou ainda a candida-tura à Câmara de Santa Comba Dão, de Manuela Alves, atual vereadora independente no execu-tivo do social-democra-ta, João Lourenço.

A aldeia de Valongui-nho, em Resende esteve isolada durante quatro dias devido ao desaba-mento de uma estrada na passada sexta-feira, por causa do mau tempo.

O presidente da Câma-ra Municipal de Resende, António Borges anunciou no fecho da edição do Jornal do Centro (20h00 de terça-feira) que estava

“por horas a abertura de uma via alternativa em Valonguinho, aproveitan-do alguns caminhos de terra batida que já exis-

tem”, assumindo que a estrada que ruiu “vai de-morar algumas semanas a ser reposta”.

Os habitantes de Va-longuinho estiveram des-de sexta-feira de manhã sem acesso de carro a ou-tros pontos da freguesia de Barrô. “A pluviosidade excecional que se tem fei-to sentir deixou os terre-nos saturados e a estrada foi-se degradando. Pri-meiro, abriu-se uma fen-da e, em horas, acabou por ceder”, sustentou o autarca. EA

Mau tempo isolou Valonguinho

A décima edição dos “Dias Abertos” do Ins-tituto Politécnico de Viseu (IPV) está a decor-rer amanhã, dia 5. “Um Politécnico de braços bem abertos recebe alu-nos, professores e psicó-logos de escolas secun-dárias, profissionais e do ensino básico (9º ano), guiando-os a uma viagem inesquecível pelo admi-rável mundo do ensino superior”, refere o presi-

dente do IPV, Fernando Sebastião.

A jornada pretende “proporcionar aos convi-dados um conhecimen-to mais aprofundado e abrangente do quotidiano do ensino superior” atra-vés de uma visita guiada ao Campus Politécnico e às escolas superiores do IPV em plena atividade académica .

O presidente do IPV conta passarem nas es-

colas mais de mil visitan-tes. Os alunos assistem a aulas e palestras sobre os cursos, realizam ex-periências em laborató-rios, participam em inú-meras atividades lúdico-pedagógicas e percorrem espaços de interativida-de, exposições, centros de informática, de do-cumentação e de infor-mação, pavilhões ofici-nais e diversas outras valências”.

“Dias Abertos no Politécnico de ViseuVisitas∑ IPV conta passarem pelas várias escolas mais de mil alunos

A Objetivo é dar a conhecer aos alunos o ensino superior politécnico

Japão, mais um destino

Opinião

Quinhentos anos de his-tória unem e solidificam as relações entre Portugal e o Japão. Em termos alimen-tares, este é um dos países que mais demanda e impõe níveis de exigência e requi-sitos aos produtos que con-some.

Em Dezembro de 2012, numa acção diplomática, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, coadjuva-do pela AICEP (Associa-ção Internacional das Co-municações de Expressão Portuguesa) e a Portugal-Foods, desenvolveram um périplo junto dos países do Golfo Pérsico (Omã, Dubai, Kuwait, Emirados Árabes Unidos). Esta iniciativa ti-nha como alvo a presença no SIAL (Salão de Alimen-tação do Médio Oriente) de um conjunto de produtores do ramo agrícola e agro-ali-mentar que foram mostrar o que de melhor por cá se faz. Os prémios alcançados no referido certame gran-jearam interesse e noto-riedade. Esta iniciativa foi posteriormente secundada por uma visita a Portugal de entidades desses países para desenvolverem e ar-quitectarem negócios nes-tas áreas.

Segundo se consta, mui-tos empresários do sector agrícola e agro-alimentar ficaram surpreendidos com o impetuoso interes-se manifestado. A vontade de apostarem na agricultu-ra e passarem e deter em-presas transformadoras era notória. As propostas apre-sentadas estavam por certo bem alicerçadas em estra-tégias muito bem delinea-das e estudadas.

Um dos seus propósitos era poderem controlar toda a cadeia, assegurando deste modo a entrega de bens ali-mentares onde, em termos agrícolas, pouco se produz.

Se Portugal passou a ser apetecível para os Árabes, igual propensão parecem ter vislumbrado os Japone-ses, que se preparam para investir na fileira do tomate. Portugal já há algum tempo dá cartas nesta fileira. Nos últimos 10 anos, investiram-se 60 milhões de euros na indústria transformadora. Em 2012, tornamo-nos o 4º maior exportador de toma-te transformado. Produzi-mos em 14.000 hectares, 1.2 milhões de toneladas, a que corresponde um volume de negócios de 250 milhões euros/ano. Esta activida-de envolve 6.500 postos de trabalho, na forma direc-ta e indirecta. Exportamos 95% da produção, tendo

como principais destinos o Reino Unido, a Espanha, a Holanda, a Alemanha, o Kuwait e a Rússia. O Japão é responsável por uma cota de 10%.

A recente iniciativa com destino ao Japão teve também o propósito de desbloquear algumas das situações que se encontra-vam pendentes no sector das carnes. Assim, pare-cem estar agora reunidas as condições necessárias para a exportação de carne de suíno e aves. Provavel-mente uma grande aposta no sector dos transforma-dos.

Ao dirigirmos e orientar-mos investimento estran-geiro muito específico para Portugal, estamos por cer-to a procurar incrementar mais-valias, não só nas qua-lidades do tomate como também fomentar acrés-cimos na actual produção para valores das 100-110 to-neladas/hectare, como os que se verificam na Cali-fórnia.

Assim, parece notório que mais uma vez este pe-queno País é alvo de um crescente interesse inter-nacional.

Uma vez que novas por-tas foram abertas, novos mercados foram conquis-tados, importa acarinhar e proteger correctamente es-tas actividades. No entan-to, o sector vai dando notas de algum incómodo, face à previsível redução do apoio à produção dos 2100 euros para os 179 euros/hectare, a que acrescem custos ener-géticos excessivos para uma indústria que con-centra a sua laboração em 2 meses.

Se este é um filão a ex-plorar, urge então preser-var correctamente este sec-tor e encetar desde já uma campanha, um lobby alar-gado e consensual para evi-tar uma situação em tudo idêntica ao que aconteceu com a beterraba sacarina. Aliados já temos!

Os investimentos estran-geiros de dimensão, erigi-dos em Portugal, conduzi-rão por certo ao desenvol-vimento de uma teia que importa urdir correcta-mente para aguentar as pos-síveis pressões europeias e internacionais a desenhar.

Mais um trilho a desbra-var, não?

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

ASSALTOVseu. Um homem de 45 anos foi atacado por dois crimi-nosos à saída de um restau-rante na madrugada do pas-sado sábado, 30 de março. Sob ameaça de uma navalha obrigaram a vítima a entrar no carro e, posteriormente, a levantar 100 euros numa caixa multibanco, na Quin-ta da Carreira. Os assaltan-tes acabaram por ser deti-dos em flagrante pela PSP. Foram apreendidos aos de-tidos duas navalhas um te-lemóvel e 139 euros. Depois de presentes ao juiz, ficaram a aguardar julgamento em liberdade.

DETENÇÃO Viseu A Polícia de Seguran-ça Pública de Viseu anun-ciou a detenção de três ho-mens por conduzirem sob o efeito de álcool e condução ilegal. Um dos detidos, de 21 anos, ao ser sujeito ao teste de alcoolemia revelou uma taxa de 1,90 gramas de álco-ol por litro de sangue e tinha sido interveniente num aci-dente de viação, despistan-do-se. Um outro homem re-velou uma taxa 1,31. A PSP deteve ainda um individuo de 51 anos por conduzir um veículo motorizado sem es-tar devidamente habilitado.

DETENÇÃO Viseu A PSP de Viseu anun-ciou a detenção de um jo-vem de 23 anos, na terça-fei-ra, dia 26 de março, quando este se encontrava a vender droga na cidade e tinha em sua posse 621 doses de es-tupefacientes. A detenção ocorreu no âmbito da ação de combate ao tráfico/con-sumo de estupefacientes da polícia. De acordo com a PSP, o suspeito quando foi detido tinha na sua posse 384 embalagens individu-ais de cocaína e 237 emba-lagens heroína. “Para além do produto estupefaciente foram também apreendidos dinheiro e um telemóvel”.

DR

Jornal do Centro04 | abril | 201310

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REGIÃO | VISEU

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Autismo ∑ APPDA de Viseu espera há 10 anos pela assinatura de um protocolo com a Segurança Social que lhe garanta autonomia financeira

Passaporte para a autonomiaà distância de uma assinatura

Passaram 10 anos. Asso-ciação Portuguesa para as Perturbações do Desen-volvimento e Autismo de Viseu (APPDAV) está a comemorar o seu décimo aniversário até ao dia 12 de abril.

Autismo é designado como uma alteração que afeta a capacidade de co-municação do indivíduo, de socialização e de com-portamento. O país ainda não tem estudos feitos so-bre o número de crianças com o síndrome. No mun-do, estima-se que um em cada 150 tenha perturba-ções do espetro, às vezes difíceis de diagnosticar.

E m 19 93 , P ra zeres Domingues viu-se con-frontada com a realida-de de ter um filho com autismo e sem meios para o ajudar. Cinco anos mais tarde, criou o nú-cleo de Viseu da APPDA de Coimbra. A sua am-bição era constituir uma associação independente no distrito, mas não con-seguia reunir cinco pais, os suficientes para criar a comissão instaladora e foram precisos mais cin-co anos para nascer a 2 de abril de 2003 a APPDA de Viseu.

“Um longo caminho já se percorreu”, reconhece a presidente da APPDAV, Prazeres Domingues ao anunciar que “hoje estão referenciadas 167 crianças no distrito (duas na Guar-da e duas na Covilhã), apoia diretamente na

associação 53 crianças, disponibiliza consultas, terapias e outro tipo de intervenção, presta ser-viço nas escolas e apoio domiciliária, organiza ateliers e atividades que vão da equitação à nata-ção… tudo graças a “um grande envolvimento da Associação, das famílias e da comunidade que cola-boraram na sensibilização desta problemática”.

“A i m a g e m q u e a APPDA criou na comuni-dade já permite às pesso-as acreditarem que é uma boa causa para apoiar e investir”, reconhece.

Mas se há sonhos rea-lizados, outros projetos estão por realizar. Em causa, responde Praze-res Domingues a falta de autonomia financeira da APPDAV. Há mais de 10 anos que a direção luta pela assinatura de um protocolo com a Segu-rança Social (SS) que lhe garantia o financiamen-

to necessário à sua esta-bilidade, nomeadamen-te a criação de uma sede própria e a contratação de técnicos.

“Andamos todos os anos nisto, a formar estagiários neste e naquele método, nesta e naquela terapia e, quando os técnicos estão a funcionar bem, vão em-bora, porque não temos dinheiro para lhes pagar e isto acaba por ser um dos grandes problemas da APPDA”, refere Praze-res Domingues.

A responsável não con-segue entender como é que a SS fecha a porta a um projeto desta natureza quando são financiados outros projetos com mi-lhões de euros, ao avançar que a atribuição de uma verba de 50 mil euros por ano seria suficiente para regularizar os problemas financeiros da APPDA Viseu.

E como sobreviveu 10 anos uma instituição desta

natureza, instalada numa ala do segundo piso do edifício do departamento de psiquiatria do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV), em Abraveses? Através de um protoco-lo com o CHTV que cede instalações, assegura as consultas e cede técnicos especializados; com pa-trocínios de empresas lo-cais e das autarquias; com a apresentação de projetos e graças ao envolvimento dos pais e da comunidade que garante um elevado número de voluntários ao serviço da associação.

Aniversário. A APPDAV apagou 10 velas na terça-feira à noite, durante um convívio que serviu tam-

bém para assinalar o Dia Mundial da Conscien-cialização do Autismo. Juntou no Anfiteatro do Orfeão de Viseu crianças, jovens e pais da APPDA, mas também voluntários, padrinhos e parceiros do projeto. Todos vestidos de azul assistiram a um es-petáculo de artistas que se entregaram sem qual-quer contrapartida.

Tratou-se de uma inje-ção de motivação para dar continuidade ao projeto, mas prazeres Domingues teme pelo futuro: “Às ve-zes, desanima-se e há mo-mentos em que pensamos fechar a associação, mas depois vemos chegar no-vos pais, novos voluntá-rios e novos patrocina-

dores e lá vamos fazendo mais um ano”.

Realidade no terreno. A atividade desenvolvi-da ao longo dos 10 anos pela APPDAV “permite que hoje as crianças se-jam diagnosticadas mais cedo”, assume Prazeres Domingues. Mas a rea-lidade é que nos dias de hoje “ainda continua a ha-ver muitos jovens que an-dam anos e anos perdidos com diagnósticos errados e que tarde chegam a ter o diagnóstico certo”.

Do cruzamento de da-dos possível até ago-ra, a responsável con-ta que “Castro Daire é o concelho [do distrito de Viseu] com mais crian-ças diagnosticadas” com autismo (30), seguido do concelho de Lamego. Por outro lado, o concelho de Sátão regista apenas uma criança referenciada.

“Era interessante inves-tigar esta realidade. Às vezes fazem-se tantos es-tudos sobre a mesma ma-téria que poucos resulta-dos dão e esquece-se esta realidade”, alerta a presi-dente da APPDAV.

Emília [email protected]

“O nascimento de um filho com autismo em 1993 ,fez-nos procurar, a mim e ao meu marido, sobre o que podí-amos fazer por ele e criámos o núcleo juntamente com o dr. Paulo Santos. O projeto foi crescendo e está aí...

Prazeres Domingues Fundadora da APPDA Viseu

AAPPDA de Viseu comemorou o décimo aniversária na passada terça-feira.

DR

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10º ANIVERSÁRIO APPDA VISEU | REGIÃO

APPDA em númerosAtividades da APPDA de segunda a sábado

Dia 6 de abril∑ Entre as 10h00 e as

17h00, no Rossio de Viseu, comemora-se o Dia Mun-dial da Consciencializa-ção do Autismo (2 de abril). Às 10h00 começam as atividades desportivas, animações e pinturas. Das 14h00 às 15h00 atu-am o Rancho Folclóri-co da Casa do Povo de Abraveses, o grupo Os Lavradores de Cubos de Mangualde, o grupo co-ral do Tribunal de Viseu “Cant’habilius”. Às 15h00 decorre a cerimónia ofi-cial com a presença de entidades públicas, se-guindo-se a atuação da Banda Filarmónica Ver-di Cambrense.

Ao longo do dia vai decorrer uma cremesse e uma feira de produtos naturais.

Neste dia, a Câmara de Viseu vai estar ilumina-da com lâmpadas azuis (a cor do autismo). A di-reção da APPDA desafia a população a vestir uma

peça de roupa azul, acen-der uma vela ou uma lâm-pada azul pelo autismo e a participar no programa de atividades.

Dia 12 de abril∑ Pelas 2 1h00, na

Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu, de-corre a II Gala do Rotary Club de Viseu em que o lucro de bilheteira (bi-lhete cinco euros) rever-ta para a APPDA e para o Centro Hípico de Rio de Loba, instituição que também apoia a APPDA.

Atuam em palco nesta gala, a partir das 21h00, o grupo de canto USAVIS, Filipa Peixoto Pereira com canções de sempre, o grupo musical composto pela professora de canto Ecaterina Neagu e outros músicos, o Grupo Coral Mozart, o grupo Tranglo-mango, os “Pauliteiritos de Abraveses” e o grupo de fados Glória Paiva.

Programa Comemorativo 10º aniversário

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A APPDA Viseu funcio-na no 2º andar do edi-fício do Departamen-to de Psiquiatria, em Abraveses, através de um protocolo assinado com o Centro Hospita-lar Tondela-Viseu, ins-titutição que cede tam-bém alguns técnicos.

Atividades∑ Equitação

∑ Natação

∑ Terapia ocupacional

∑ Ensina +

∑ Treino de competên-cias sociais

∑ Treino de autono-mia

∑ Formação intensiva de pais

∑ Ateliers

∑ Saídas para a comu-nidade

∑ Deslocação de técni-cos a escolas

∑ Apoio domiciliário

1998 Ano da constitutição do núcleo da APPDA Viseu

2003 A no da cr i ação da APPDA Viseu como as-sociação independen-te, tornando-se a quarta criada a nível nacional. Hoje existem 10 associa-ções no país a trabalhar pelo autismo.

2012Ano da constituição do Núcleo do Douro da APPDA Viseu, com sede em Armamar, em instalações sedidas para autarquia que canalisou também uma funcioná-ria para apoiar o novo organismo, em ativida-de desde janeiro.

167 O número de crian-ças com autismo apoia-das pela APPDA Viseu (a maioria do distrito de Viseu, duas da Covilhão e duas da Guarda).

53O número de crianças com autismo que têm te-rapia e intervenção di-reta na sede da APPDA Viseu. São 104 as que ali vão à consulta ou têm ou-tro tipo de intervenção.

1/150Estima-se que uma em cada 150 crianças tem perturbações do espetro do autismo, às vezes com traços ligeiros difíceis de diagnosticar.

Frases

∑ “Os meninos com autismo deixados sozi-nhos não aprendem”

∑ “Impressiona ver crianças capazes de evo-luir e as famílias não te-rem condições para essas crianças terem a interven-ção devida”

∑ “A intervenção pre-coce faz a diferença no autismo. Quando cegam com 22 anos, trabalhamos

com eles, mas pouco já se consegue fazer”

∑ “Para os meninos com autismo, o mundo já é um caos”

Balanço de 10 anos da APPDA numa frase:

∑ “Sentimos que está muita coisa feita, mas que ainda está muita coisa para fazer”

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educação&formação

Mortágua recebe a par-tir de amanhã, dia 5 a “in-FORMA’13 - Feira de In-formação Escolar e Pro-fissional, promovida pela Câmara de Mortágua, no âmbito do projeto “Da Es-cola, Agarra a Vida”. O evento decorre no Centro de Animação Cultural, en-tre as 10h00 e as 17h00.

Ao todo, 15 organismos, universidades e outras en-tidades divulgam a ofer-ta educativa e formativa dirigida a alunos do Ensi-no Básico, Secundário e Profissional.

“Esta ação tem como ob-jetivo proporcionar um conhecimento mais alar-gado das diversas entida-des de oferta de educa-

ção/formação existentes, assim como da sua oferta formativa para o ano leti-vo de 2013-2014 “, adianta a autarquia numa nota à imprensa.

Na inFORMA, os alu-nos podem obter, de forma direta e presencial, infor-mação e esclarecimento sobre a oferta dos cursos ministrados em cada es-tabelecimento de ensi-no/formação, mas tam-bém sobre as condições de ingresso, programas curriculares, incentivos, saídas profissionais, asso-ciados a cada curso, pro-porcionando, assim, um conhecimento mais alar-gado sobre as opções que os jovens podem seguir.

Mortágua divulga oferta formativa

A cidade de Lamego volta a receber, a partir de quarta-feira, a 4ª Mon-tra de Oportunidades, numa organização con-junta da Câmara Munici-pal e do Centro de Infor-mação Europe Direct de Lamego, em colaboração com a Escola Superior de Tecnologia e Gestão e a Casa do Pessoal do Hos-pital de Proximidade.

Durante três dias (10, 11 e 12 de abril), no Pavi-lhão Álvaro Magalhães, a montra de oportuni-dades vai dar destaque a três temas considerados pela organização como “centrais e de relevância para o atual contexto so-cioeconómico”: Educa-ção/formação/emprego e saúde/bem-estar aos quais se acrescenta o fa-tor social.

“As temáticas para a 4ª Montra de Oportunida-des refletem a necessida-de de divulgar soluções e respostas de formação, qualificação, emprego e saúde, no atual contex-to socioeconómico que vivemos no país e parti-cularmente na região, in-centivando o desenvol-vimento humano”, sa-lientou a organização durante a apresentação do evento.

Com esta iniciativa, a organização pretende “criar um espaço de in-formação e sensibiliza-ção da população e dos diversos agentes de edu-

cação, de formação e em-presariais, para os de-safios e oportunidades que se colocam ao nível da educação e da forma-ção”. E, assim possibili-tar “à população ativa o conhecimento da oferta formativa existente na região, na perspetiva de aumento das respetivas qualificações”.

O dia 10 é dedicado à temática da educação/formação, sendo cons-tituída por uma feira de orientação vocacional e profissional, workshop’s e atividades no âmbito da juventude. O objetivo é dar a conhecer mais de perto aos jovens o leque de escolhas formativas com vista à sua futura for-mação e possibilitar à po-pulação ativa o conheci-

mento da oferta existente na região, para o aumento das respetivas qualifica-ções e para a divulgação do que melhor se faz no meio escolar.

O segundo dia da mon-tra, 11 de abril foi escolhi-do para o tema saúde e bem-estar, no sentido de poder ali “abordar solu-ções inovadoras para os problemas sociais”, ao divulgar os serviços, as respostas e os produtos ao alcance da população e realçar a importância do bem-estar e qualida-de de vida das pessoas. Dentro desta temática, decorrem as I Jorna-das de Saúde do Douro, dedicadas ao tema “Ci-dadania numa Sociedade em Crise”, composto por três painéis focalizados

na crise social nas suas diversas dimensões e in-tervenientes.

O último dia foi esco-lhido para organizar a Exposocial, em que o objetivo é “promover o debate acerca dos im-pactos da crise multidi-mensional em públicos desfavorecidos”, apre-sentando-se uma montra diversificada de entida-des que compõem o sec-tor social e empresarial do norte e centro do país e, ao mesmo tempo, ex-por as suas experiências, atividades socioculturais desenvolvidas pelos cola-boradores/clientes, com um programa definido das atuações.

Emília [email protected]

Lamego: uma montra de oportunidades em três diasTemas ∑ Educação, formação, emprego, saúde e bem-estar e Exposocial

A Escola Secundária de S. Pedro do Sul promove, na terça-feira, dia 9, a par-tir das 8h30, as Jornadas do Ensino Profissional e Empreendedorismo. A ini-ciativa conta com painéis temáticos, uma sessão so-bre “A Importância do Te-

cido Socioeconómico na Formação dos Jovens”, e uma exposição de cursos profissionais.

A segunda parte das jor-nadas conta com um pai-nel sobre empreendedo-rismo relatado na primei-ra pessoa.

Jornadas de empreendedorismo

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A Escola Profissional Mariana Seixas está a pro-mover e a dinamizar a Pri-mavera das Profissões, inserida num conjunto alar-gado de ações de fidelização, divulgação e de captação de alunos para o próximo ano letivo. Ao longo dos próxi-

mos meses centenas de alu-nos acompanhados por pro-fessores e pelos serviços de psicologia e orientação das suas escolas de origem, te-rão a oportunidade de visi-tar e conhecer de uma for-ma mais aprofundada o pro-jeto educativo da EPMS.

Primavera das profissões

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DR

A Pavilhão Alvaro Magalhães é o local onde vai decorrer o certame dias 10,11 e 12 de abril

Jornal do Centro04 | abril | 201314

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economia

“O Cortiço” pede insolvência

O espaço considerado mais representativo da gastronomia beirã, o res-taurante “O Cortiço” lo-calizado na zona antiga de Viseu e com quase 50 anos de história, pediu a decla-ração de insolvência no fi-nal de fevereiro.

O anúncio da insolvên-cia coincidiu com o encer-ramento temporário do restaurante, chegando a pensar-se que seria o fe-cho em definitivo do espa-ço, mas as portas reabri-ram na semana passada, depois de o seu proprietá-rio ter regressado de Paris onde “O Cortiço” esteve a participar na Semana da Gastronomia Portuguesa.

Serafim Campos adianta que o pedido de insolvên-cia foi um “último recur-so”, depois de reconhecer que “não havia retorno”.

A crise instalada no se-tor da restauração “agra-vou-se” com o aumento do IVA para 23 por cento no setor. Segundo o empre-sário, a decisão do Gover-no fez com que “o Cortiço e outros restaurantes não consigam sobreviver”.

E “O Cortiço” tal como se conhece vai mesmo de-saparecer. Serafim Cam-pos explica que a empre-sa detentora do estabele-cimento desaparece, mas fica a marca Cortiço “no mesmo espaço, mas com uma nova filosofia para se conseguir aguentar”.

Sentimento de per-da. Este é o sentimento de maioria das pessoas que vê desaparecer um ex-líbris de Viseu. O an-tropólogo, Alberto Cor-reia, lembra que, “quan-do hoje se fala da marca Viseu, esta é uma marca que, dentro do quadro da gastronomia e do patri-mónio, trouxe pioneiris-mo, qualidade e inova-ção” ao sector.

Dom Zeferino, seu fundador assim conhe-cido, andou pelas aldeias da região na pesquisa da arte culinária, no levan-tamento de usos e costu-mes, na investigação de receitas antigas que os idosos ainda guardavam

da tradição oral. Destas colheitas resultaram pra-tos para uma ementa que se tornou célebre dentro e fora do país.

Para Alberto Correia “O Cortiço era mais do que um restaurante onde se vai para comer”. O es-pecialista destaca o tra-balho do fundador, D. Zeferino, que assumiu o papel de verdadeiro em-preendedor no setor da restauração. “Ele era um homem do teatro, era um ator na forma como ser-via os clientes, em am-biente de convivialida-de”, descreve ao lembrar que cada frequentador fi-cava com “memórias das refeições”, refeições es-

sas que transformava em “tertúlias e encontros”.

Recebeu vários pré-mios em Portugal e no estrangeiro. D. Zeferino partiu, mas a tradição manteve-se, embora nos últimos anos “desgas-tada”, reconhecem al-guns clientes. Ao longo de décadas “O Cortiço” fez parte de todos os ro-teiros nacionais e inter-nacionais, foi frequen-tado por atores, escrito-res, políticos, turistas... pessoas que faziam dele a sua casa, testemunha-dos com as centenas de mensagens afixadas nas paredes em pedra.

Emília Amaral

Crise∑ Restaurante de Viseu, “cartaz turístico” da região não aguentou o “peso” do IVA

Fortalecer o investi-mento mútuo, a coopera-ção comercial e económi-ca entre os seus membros são os objetivos do Acordo de Cooperação Conjunta, assinado pela Câmara de Comércio e Indústria de Yambol (Bulgária) e a As-sociação Empresarial de Mangualde.

O protocolo, assinado no passado dia 21 de mar-ço, visa melhorarem as re-lações económicas e co-merciais numa interajuda entre os dois países. Além disso, sempre que possí-

vel e apropriado, cada uma das partes irá ajudar a ou-tra a participar em expo-sições nacionais, feiras in-ternacionais, exposições, feiras económicas e téc-nicas, simpósios, confe-rências e outros eventos similares que ocorrem em ambos os países, com o objetivo de fortalecer a cooperação económica.

Este Acordo de Coope-ração Conjunta já em vi-gor é válido por um perío-do indeterminado, salvo se qualquer uma das partes solicitar a sua rescisão.

Mangualdemelhora relações económicascom a Bulgária

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A A marca “Cortiço” vai manter-se no mesmo espaço com outra filosofia

Emíli

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16 Jornal do Centro04 | abril | 2013

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INVESTIR & AGIR | ECONOMIA

AUTARQUIAS DE SANTA COMBA E MOIMENTA VÃO PODER CONTRARIR EMPRÉSTIMOS

As candidaturas das câ-maras de Santa Comba Dão e Moimenta da Beira ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) fo-ram aprovadas pelo Gover-no. Esta deliberação permi-te aos municípios contraí-rem empréstimos de 3,6 e 2,4 milhões de euros, res-petivamente.

O PAEL foi criado para proceder à regularização do pagamento de dívidas dos municípios a fornece-dores vencidas há mais de 90 dias, registadas na Di-reção-geral das Autarquias Locais (DGAL), à data de 31 de março de 2012.

Em declarações à Agên-cia Lusa, o presidente da Câmara de Santa Comba Dão, João Lourenço, consi-derou que a aprovação des-ta candidatura “era funda-mental para pôr as contas do município em ordem”.

Para o presidente da Câ-mara de Moimenta da Bei-ra, José Eduardo Ferreira, a aprovação da candidatu-ra ao PAEL “vem facilitar a vida do município, pois tem um juro mais baixo”.

Continuar a apostar numa marca em que os clientes confiam é o ob-jetivo do novo espaço co-mercial, “Rox”, na Ave-nida Alberto Sampaio, em Viseu.

A loja , que d ispo-nibiliza peças de roupa desportiva, num look mais “casual”, é para o proprietário, Ilídio Rodrigues, uma apos-ta numa marca que os clientes já conhecem e em que confiam, tendo em conta a relação de qualidade/preço”.

Há 10 anos que a Rox era representada num dos espaços comerciais de Il ídio Rodrigues, mas devido à falência

do franchising da mar-ca, teve de pôr f im à sua comercialização. A confiança dos clientes acabou por levar Ilídio Rodrigues a “arranjar outra alternativa e con-

tinuar a dinamizar a marca”.

“Já tinhamos o espa-ço montado, os clien-tes continuavam a pro-curar a marca e por isso achámos que fazia todo

o sentido voltar a repre-sentá-la”, conclui.

A “Rox” está aber-ta de segunda a sába-do, das 9hoo às 19h00 e domingo das 14h00 às 19h00.

Moda desportivana “Rox” em ViseuEspaço comercial∑ Marca espanhola é referência no vestuário e acessórios

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Que valorizamosquando recrutamos?

Clareza no Pensamento

Hoje, e apesar da con-juntura actual, a selec-ção e recrutamento de pessoas representam, cada vez mais, um pro-cesso estratégico nas equipas e organizações. Junto à procura dos grandes talentos técni-cos se procura a capa-cidade de integrar uma equipa, o espírito de serviço, o foco na con-secução de objectivos quer individuais, quer colectivos, ao mesmo tempo que se valoriza aquelas pessoas que de-monstrem vontade e ca-pacidade de aprender e desenvolver-se.

O recrutamento, in-dependentemente do trabalho que se faça an-teriormente, é uma ci-ência pouco exacta, já que, sempre é possível acabarmos por seleccio-nar uma pessoa que não encaixe, na sua totalida-de, na nossa equipa ou organização. Para dimi-nuir a probabilidade de insucesso, deveríamos concentrar-nos em ava-liar, sobretudo, o carác-ter dos candidatos. En-quanto a competência técnica pode ser mais facilmente aprendida, desenvolvida ou treina-da, o comportamento e a atitude são mais com-plicados de mudar. Nes-te sentido, seria aconse-lhável, procurar perfis que se sintam confor-táveis com a nossa filo-sofia ou cultura, e que contribuam para o equi-líbrio e complementari-dade das equipas.

Todavia, recrutar é uma tarefa que exige alguma continuidade e que não termina no sim-ples acto de seleccionar

alguém. Trata-se de um processo dividido em três fases: Seleccionar – o melhor elemento para a nossa equipa e orga-nização; Formar e De-senvolver – competên-cias transversais e es-tratégicas, necessárias para o sucesso e por úl-timo, Liderar – de for-ma a motivar e gerir o desempenho de forma apropriada acrescen-tando valor e marcan-do a diferença.

Tornar-se relevante que no processo de re-crutamento não avalie-mos as pessoas somente através dos seus méri-tos técnicos, é vital que consideremos como as pessoas funcionam quando integradas em equipas ou em organi-zações com umas ca-racterísticas muito de-terminadas, pelo que, a comunicação, os prin-cípios, valores e ética individual de cada um dos possíveis candida-tos são tão importantes como as qualidades téc-nicas dos mesmos.

Se tivermos as pesso-as certas ao nosso lado, aquelas que revelam uma elevada motivação intrínseca, cujos valo-res e princípios estão alinhados com os da or-ganização, a nossa orga-nização ganhará, mar-cará a diferença.

Se somos capazes de escolher as melhores máquinas, a matéria-prima mais vantajosa o mercado mais adequa-do, não será que deve-ríamos investir mais em seleccionar o nos-so principal recurso, as pessoas?

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

Paloma CabañasDir. Recursos Humanos, Huf Portuguesa, Lda.

Docente da cadeira de Gestão de Recursos Humanos IPV

17Jornal do Centro04 | abril | 2013

Page 18: Jornal do Centro - Ed577

O passado fim de se-mana proporcionou uma reviravolta na liderança da série Centro da II Divisão.

O Académico de Viseu venceu e está agora na fren-te da classificação com mais dois pontos que o Cinfães que é segundo.

A faltarem apenas qua-tro jogos para terminar o campeonato, a equipa vi-seense relançou a corrida à subida de divisão e depen-de agora apenas de si pró-pria para conseguir a tão ambicionada promoção às competições profissionais de futebol.

A 26ª jornada correu de feição aos academistas

que venceram por 2 a 1 na difícil deslocação a Gaia, onde defrontaram o Coim-brões, enquanto o então lí-der Cinfães perdia em casa com o São João de Ver (1-2).

E s t e d o m i n g o , o Académico recebe o Tocha, último classificado, mas não tem por isso um adversário a menosprezar. O Tocha, no passado fim de semana, empatou com o Espinho (3º classificado) a um golo e deixou os seus adversários mais longe da equipa de Viseu.

Na primeira volta o Académico foi à Tocha e venceu a partida, resulta-

do que certamente vai que-rer repetir no Fontelo. Na jornada seguinte (28ª) os academistas voltam a jogar em casa frente ao 4º clas-sificado Sp. Espinho, num jogo que poderá ser de ca-pital importância para as contas finais.

Recorde-se que até ago-ra a equipa viseense ainda não perdeu nenhum jogo em casa (apenas com o Portimonense para a Taça de Portugal) e regista a me-lhor defesa e o terceiro me-lhor ataque da série Centro da II Divisão.

Ainda este domingo, o Cinfães vai a Anadia, de-frontar o 9º classificado,

que tem menos 15 pontos que a equipa do norte do distrito e a quem, na pri-meira volta em casa, ga-nhou por duas bolas a uma. Os cinfanenses são o me-lhor ataque com 45 golos marcados nos 26 jogos já disputados.

Uma reta final, “reche-ada” de emoções e para já a correr bem aos acade-mistas, pois mesmo que o Cinfães ganhe os quatro jogos, o Académico está numa posição de vantagem e pode dar-se “ao luxo” de empatar um jogo, desde que ganhe os outros três.

Micaela Costa

desportoMOIMENTA NA TAÇA SÓCIOS DE MÉRITO “GILBERTOCARVALHO”

O Moimenta da Beira é o primeiro finalista apu-rado para a edição de 2013 da Taça Sócios de Mérito – “Gilberto Carvalho” da Associação de Futebol de Viseu.

Em partida das meias-finais, o atual segundo classificado da Divisão de Honra, eliminou a Despor-tiva de Sátão no desempa-te por grandes penalida-des. Venceu por 4 a 1 após uma igualdade a um golo no final dos 90 minutos.

O Moimenta da Bei-ra fica agora à espera do que vai acontecer na outra meia-final, entre Castro Daire e Ferreira D Aves, marcada para o próxi-mo dia 1 de maio, para sa-ber quem vai defrontar na final, ainda sem data marcada, e que deverá ser realizada no estádio do Fontelo, em Viseu.

FUTSAL VISEU 2001 QUER VENCEREM CASA

O Viseu 2001 joga este domingo a 21ª jorna-da frente à formação de Coimbra, Centro Social S. João, 11º classificado com 24 pontos.

As duas equipas es-tão separadas por 7 pon-tos com vantagem para a equipa viseense, que ocu-pa o 8º lugar. Na primeira volta foram os Conimbri-censes a levar a melhor e venceram o Viseu 2001 por quatro bolas a uma.

Na jornada anterior os viseenses perderam por 5-1 frente ao líder Boavista.

Numa fase final do cam-peonato, e a faltarem seis jogos, a conquista dos 3 pontos é fundamental para atingir o objetivo de ainda chegar aos lugares cimeiros.

Na luta pelo segundo lu-gar, que também dá subi-da à I Divisão, os viseen-ses estão a cinco pontos do Lameirinhas, da Guarda.

O jogo, domingo, no Pavilhão do Colégio da Via Sacra, decorre pelas 17h00. MC

Futebol

Subida à II Liga vai ser discutida ao sprintJogos ∑ Académico - Tocha ; Anadia - Cinfães (domingo, 7, pelas 16h00)

A A quatro jogos do final do campeonato Académico lidera a Segunda Divisão Centro

Segunda LigaP J V E D GMGS

1 Belenenses 78 33 24 6 3 59 272 Arouca 59 33 17 8 8 52 363 Leixões 54 34 14 12 8 38 294 Desp. Aves 53 34 13 14 7 41 375 Sporting B 52 33 13 13 7 48 366 Benfica B 51 33 14 9 10 58 427 Santa Clara 50 33 13 11 9 46 368 Oliveirense 50 33 13 11 9 43 379 Penafiel 50 34 14 8 12 38 3510Portimonense 49 34 13 10 11 48 4311FC Porto B 47 33 12 11 10 39 3512Tondela 47 34 13 8 13 41 4513U. Madeira 45 33 10 15 8 37 3414Naval 43 33 10 13 10 43 4415Atlético CP 40 33 11 7 15 37 4716Feirense 40 33 10 10 13 45 4817Marítimo B 37 33 11 4 18 29 3718SC Braga B 30 32 7 11 14 27 3919Trofense 29 33 6 11 16 24 4320Sp. Covilhã 28 33 5 13 15 27 4121Guimarães B 24 33 4 12 17 16 3922Freamunde 24 33 5 9 19 31 57

Portimonense 4 - 0 TondelaArouca 3 - 2 Freamunde

Guimarães B 2 - 2 Naval 1º MaioMarítimo B 1 - 0 FC Porto BOliveirense 0 - 0 Trofense

Penafiel 2 - 0 BelenensesAtlético 1 - 0 Santa Clara

Desp. Aves 2 - 0 Sp. Braga BLeixões 1 - 0 U. Madeira

Sp. Covilhã 0 - 0 FeirenseSporting B 1 - 3 Benfica B

Belenenses - Guimarães BNaval 1º Maio - Sporting BSanta Clara - Marítimo BU. Madeira - PenafielBenfica B - Oliveirense

Desp. Aves - PortimonenseFC Porto B - AroucaFeirense - Atlético

Freamunde - TrofenseSp. Braga B - Sp. Covilhã

Tondela - Leixões

34ª Jornada

Segunda Div. CENTROP J V E D GMGS

1 Ac. Viseu 50 26 14 8 4 38 192 Cinfães 48 26 13 9 4 45 243 Pampilhosa 45 26 13 6 7 41 314 Sp. Espinho 45 26 12 9 5 34 245 Operário 40 26 11 7 8 37 296 Sousense 39 26 10 9 7 34 287 Benfica CB 36 25 9 9 7 36 308 S. João Ver 36 26 10 6 10 32 359 Anadia 33 26 10 3 13 25 3310Coimbrões 33 26 7 12 7 32 3411 Tourizense 31 26 8 7 11 24 2812Nogueirense 31 26 8 7 11 28 3313Cesarense 29 26 7 8 11 23 3314Bustelo 26 26 5 11 10 24 3415Lusitânia 20 25 4 8 13 32 4716Tocha 15 26 2 9 15 21 44

Ac. Viseu 3 - 0 CinfãesAnadia 0 - 2 Sp. Bustelo

Cesarense 2 - 1 SousenseS. João Ver 1 - 1 TourizenseSp. Espinho 3 - 1 Nogueirense

Tocha 1 - 1 CoimbrõesLusitânia 0 - 3 PampilhosaOperário 2 - 0 Benfica CB

26ª Jornada

Benfica CB - LusitâniaCinfães - S. João Ver

Coimbrões - Ac. ViseuPampilhosa - NogueirenseSousense - OperárioSp. Bustelo - Cesarense

Tocha - Sp. EspinhoTourizense - Anadia

27ª Jornada

33ª Jornada

José Cruz e Hugo Lopes, pai e filho, são dois pilotos de Viseu que competem no campeonato de Offroad, e que vão voltar a repetir a ex-periência este ano.

O campeonato deveria ar-rancar este fim de semana, mas a prova foi cancelada pelo que o início da tempo-rada fica adiado para Caste-lo Branco, em maio.

José Cruz vai continuar a conduzir os mais de 400 ca-valos do Peugeot 306 T16,

na agora denominada Divi-são dos Super Cars, a anti-ga Divisão 1, enquanto Hugo Lopes vai também manter a sua participação na Inicia-ção, para pilotos entre os 13 e os 16 anos, e de novo ao vo-lante do Peugeot 106.

Pai e filho têm em agenda a participação em todas as provas do campeonato.

Depois de na temporada passada ter feito apenas al-gumas provas, já que a aqui-sição do Peugeot aconteceu

com a temporada já a decor-rer, a intenção do piloto vise-ense é este ano estar em to-das as provas, sejam em piso de terra – autocross – quer em piso misto – rallycross.

Quanto a Hugo Lopes, o jovem piloto viseense, já por duas vezes vice-campeão na Iniciação, quer este ano chegar ao título que lhe es-capou nas duas edições an-teriores.

Hugo Lopes vai continu-ar a conduzir o Peugeot 106

preparado pela Automotors-port. Um carro fiável com o qual o piloto viseense acre-dita que pode ser campeão.

A cumprir 16 anos, Hugo Lopes tem esta temporada a última na Iniciação, es-tando já nos projectos da equipa o salto para outra categoria competitiva já no próximo ano, mas até lá, os objectivos passam por se sagrar campeão na Iniciação no campeonato de offroad.

Automóveis

Viseenses no campeonato de Offroad

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Futebol

Esperança “alargada”Alargamento ∑ Primeira liga com 18 clubes pode premiar terceiro e quarto classificados da II Liga

A notícia avançada esta semana pela Liga Portu-guesa de Futebol, com a possibilidade da criação de uma “liguilha”, pode dar um novo alento ao Clu-be Desportivo de Tondela, nesta fase final do campe-onato da II Liga.

A ideia surge no segui-mento do já conhecido aumento do número de clubes na I Liga, que pas-sam a ser 18 já na próxi-ma época, e que se prepa-ra para ser debatido em assembleia geral.

A decisão em cima da mesa passa por integrar diretamente o Boavista na I Liga e fazer disputar uma “liguilha” para pre-

encher a 18.º vaga. Um minitorneio no final da época, envolvendo o 15.º e o 16.º classificados da I Liga, e o terceiro e o quar-to classificados da II Liga, excetuando as equipas B.

Em causa está um even-tual convite ao Boavista, depois da recente decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol em anular todos os castigos com que o clube do Bessa havia sido punido.

Uma decisão que pode vir a relançar o interesse nesta fase final do campe-onato da II Liga.

O líder Belenenses já carimbou a subida à liga profissional, o Arouca

continua bem posicionado para garantir a segunda vaga, ao Tondela abre-se a janela de oportunidades para “agarrar” o terceiro ou quarto lugar, tarefa que pode ser conseguida.

Domingo, 7, os tonde-

lenses defrontam, em casa, o agora 3º classifi-cado Leixões que soma mais sete pontos que a formação de Vítor Pa-neira, uma possível vitó-ria encurtará a distância quer do Leixões, quer do

4º classificado, Desporti-vo das Aves (53).

A nove jornadas do fi-nal do campeonato, e caso a “liguilha” seja aprova-da em regime extraordi-nário de preenchimento de vaga, estes últimos jo-

gos podem ficar marca-dos por uma boa opor-tunidade para os 3º e 4º classificados de poderem também lutar pela pro-moção.

A “liguilha” a ser apro-vada vai disputar-se por eliminatórias, sendo a primeira jogada entre o 15º do primeiro escalão e o quarto do segundo, e o 16º da I Liga e o terceiro da II Liga.

Os vencedores desses dois jogos defrontam-se numa segunda elimina-tória final, cujo vencedor garantirá a 18ª vaga no campeonato principal.

Micaela Costa

A Aumento do número de clubes pode alimenta a esperança dos tondelenses

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Decorreu nos dias 23 e 24 de março o Torneio Cidade de Gaia em Té-nis de Mesa. A Associa-ção de Pais e Encarre-gados de Educação do AE Mundão esteve por 12 atletas - 2 iniciados, 3 infantis, 4 cadetes e 3 juniores.

No dia 23 estiveram em prova os iniciados e cadetes, com excelentes resultados. No escalão de iniciados (até 9 anos) os 2 atletas presentes, que pela primeira vez estiveram num torneio desta envergadura, dei-xaram boas indicações para o futuro, sendo de salientar o 19º lugar al-cançado pelo jovem Rui Filipe, que lhe permitiu amealhar 12 pontos para o ranking nacional.

No escalão de Cade-tes a APEE do AE Mun-dão esteve representa-do por quatro atletas, o destaque desta par-ticipação, vai para os atletas Miguel Pereira

e Rodrigo Mendes que conseguiram ultrapas-sar a fase de grupos. Na 2ª fase o Rodrigo Men-des não conseguiu ultra-passar o Ricardo Couto (novelense), tendo per-dido por 3-1. No caso do Miguel Pereira começou por derrotar um forte jo-gador do S. Cibrão por 3-1 e perdeu com o Paulo Silva (Novelense), que é o nº 2 do ranking nacio-nal. Com este resultado, o Miguel Pereira conse-guiu amealhar mais 12 pontos para o ranking nacional e alcançou o 19º lugar, resultado mui-to bom face ao número de participantes.

Já no dia 24 , decor-reram as provas de in-fantis (três atletas) e juniores (seis atletas). No escalão de infantis os atletas de Mundão foram todos elimina-dos na fase de grupo, no entanto, demons-traram desempenho e a vontade em aprender

mais neste evento.N o e s c a l ã o d e

Juniores, apesar do ex-celente nível de jogo demonstrado pelos seis representantes de mun-dão apenas três passa-ram à 2ª fase (Jorge Loureiro, Miguel Perei-ra e Rodrigo Mendes). No entanto, um sorteio menos favorável, que os colocou frente a atletas do top Nacional evitou que chegassem além da 1ª ronda a eliminar, não sem que dessem luta aos adversários valorizando a sua vitória e reforçan-do a posição e imagem que os atletas de Mun-dão começam a ter a ní-vel Nacional.

Ao longo dos dois dias de prova os atletas de Mundão foram acompa-nhados pelo treinador Filipe Lima que con-tou com a colaboração do Jorge Loureiro na orientação dos inicia-dos e do delegado Carlos Alberto.

Ténis de Mesa

Atletas de Mundão com boa prestação no Torneio Cidade de Gaia

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culturasexpos

roteiro cinemas Estreia da semana

O Expatriado – Um ex-agente secreto tenta rea-proximar-se da filha, uma tare-fa que vai ser dificultada pela sua assistente que é na realida-de uma assassina destinada a matá-lo.

Destaque Arcas da memóriaCom Comer e beber

Uma arte do efémeroO gesto de Eva no Paraí-

so colhendo a maçã que ser-ve a Adão é porventura o gesto simbólico da mulher que atravessa a história ser-vindo, na reserva do lar, o alimento da família que se multiplica.

Mas é então um trabalho nobre o trabalho da mulher que reparte tarefas com o esposo guerreiro e caçador, mais tarde condutor de car-ros e arados.

O leite e o mel dos so-nhos de abundância, o pão moído nas voltas de uma mó tardiamente inventada, raízes, sementes, peixes do rio e do mar, aves do céu, animais da terra, frutas de mil espécies… tornaram-se a cadeia alimentar que suporta a vida multiplicada por gerações como os seus elos se entrelaçam no lon-go devir. O lume aceso, um vaso de barro fumegando, a escudela servida amoro-samente, constituem-se como índices de cultura, anúncios de todos os ges-tos ligados à transformação dos alimentos, uma arte do efémero, todavia de conti-nuada renovação. A oficina ficou oficina para sempre. E a mesa ocupou todos os tempos e lugares. Os actos de comer e de beber segui-ram o curso da vida dos ho-mens governado pelo sol e pelas estações do ano.

O pão de cada dia preen-che o eterno retorno dos trabalhos e dos dias onde a rotura benfazeja se intro-duz. E acontece a festa, en-tão. Festa dos campos se-meados, das primícias de verão, das colheitas do Ou-tono. Festas dos ciclos de in-

verno. O Natal. O Carnaval. Festas de Santos patronos. Festa de gados fecundos, de uvas maduras. Festa de sol-dado retornado da guerra. De baptizado. De bodas de noivos. De bodo de pobres. O pão e o vinho multipli-cam-se em espécies, des-dobra-se o engenho da mu-lher que outra vez governa o espaço de uma cozinha generosa e imensa.

À volta da mesa os ho-mens encontram-se para juramentos de paz.

Pão cozido a lenha nos fornos antigos, odores de carnes despertando gulas sobre brasido de carvalho, castanhas cozidas em pú-caras de barro, porosas, pa-delas negras de carnes avi-nhadas, batatas que lem-bram o suor do seu cultivo, especiarias vindas de lon-ge e depois familiares, se-gredos de molhos, frutas de saborosas caldas, doces de ovos embalados na finura de papéis recortados, toa-lha branca escondendo al-moço de campónios, louças finas ou pratas reluzentes cobrindo manjares de fidal-gos e de príncipes… obras da mão da mulher a maior parte das vezes, milénios de trabalho somado, herança, património supremo ofere-cido tão generosamente ao nosso modo de ser tão mal agradecido, tantas vezes, e perdulário.

Vamos ter cuidado com a herança.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

Um mês depois de te-rem começado as “Quin-tas ao Jazz”, da respon-sabilidade do Lugar do Capitão e da Associação Cultural Gira Sol Azul, a iniciativa tem-se revela-do “um sucesso”, quer em termos de programação, quer em termos de aceita-ção por parte do público, revela a organização.

Neste mês de abril, as “Quintas ao Jazz” pros-seguem no lugar com a participação de quatro

grupos musicais. Cabe ao trio Tangerine abrir a programação, esta noi-te de quinta-feira. Será o primeiro concerto deste colectivo que se inspirou na famosa música “Tan-gerine” de Victor Schert-zinger para se identificar enquanto trio. O grupo é composto pelo guitarris-ta Leonardo Outeiro, pela saxofonista Ana Bento e pela vocalista e trompe-tista Catarina Almeida.

Segue-se na próxima

quinta-feira, dia 11 o con-certo de Carlos Peninha Trio. Dia 18 é a vez de Joaquim Rodrigues Duo e, dia 25, Combo Avança-do Gira Sol Azul.

A ideia “Quintas ao Jazz” surgiu da vonta-de dos dois agentes cul-turais de dinamizar a programação cultural nocturna e artística da região e “cultivar um género musical com pou-ca tradição na cidade de Viseu”.

Trio Tangerine abre “Quintas ao Jazz” de abrilSucesso”∑ Evento do Lugar do Capitão e da Gira Sol Azul

OLIVEIRA DE FRA-

DES

∑ Museu Municipal

Até dia 30 de abril

Exposição de pintura

«Realismo Abstrato»

de Wilfred Hildonen

VISEU

∑ FNAC

Até dia 30 de abril

Exposição de fotografia

“Arrefeceu a Cor Dos

Teus Cabelos”, de Lara

Jacinto.

∑ IPJ

Até dia 19 de abril

Exposição de escultura

Artesanato em torgas,

de Arlindo Pereira

TONDELA

∑ Agrupamento de

Escolas / Cândido de

Figueiredo

Até dia 26 de abril

Exposição de fotogra-

fia “A mulher no des-

porto”, de Gil Peres e

Nuno André Ferreira

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 14h00, 16h35, 19h20, 21h50, 00h25*G.I. Joe: Retaliação(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 16h10, 18h45, 21h30, 00h15*Comboio noturno para Lisboa(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h30, 14h20, 16h45, 19h20,

22h00, 00h30*Os Croods VP(M6) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 15h50, 18h00, 21h20, 23h40*Ladrões com Estilo(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 17h00, 21h00, 00h00*OZ: O grande poderoso(M12) (Digital)

Sessões diárias às 15h00, 17h40, 21h10, 23h50*

Um refúgio para a vida(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 14h30, 17h20, 21h10, 00h00* Nómada(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h10, 18h45, 21h30, 00h10*G.I. Joe: Retaliação (M16) (Digital 3D)

Sessões diárias às 21h50, 00h25* Vigarista à vista(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h20, 18h50, 21h20, 23h50*O Expatriado(CB) (Digital)

Sessões diárias às 13h20, 13h20, 15h35, 17h50, 21h40, 23h55* A idade da loucura(M12) (Digital)

Sessões diárias às 11h00* (dom.), 14h10, 16h35, 19h00Os Croods VP(M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 14h40, 17h00, 19h25, 22h00, 00h30* A idade da loucura(M12) (Digital)

Legenda: *sexta e sábado

A Objetivo dos agentes é “cultivar” um género musical com pouca tradição na cidade

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culturas O teatro Ribeiro Conceição recebe sábado pelas 21h30, Jorge Palma acompanhado por um músico muito especial, o seu filho, Vicente Palma. Uma tour acústica, criada especifica-mente para espaços que permitam um maior intimismo.

D Jorge Palma em Lamego

O som e a fúria

Será que tenhoandado enganada?

Sempre fui um bocado crítica desta “coisa” da sociedade em rede. Mas será que tenho andado enganada? Será que es-tes gadgets, a tecnologia e a internet desenvol-vem os nossos espíritos em vez de fazerem de nós preguiçosos, solitá-rios e mesmo estúpidos? Certo é que a Internet não faz parte do nosso cérebro mas, na prática, hoje em dia – e é essa a tendência –, a diferença entre um saber enciclo-pédico e uma conexão à Internet móvel é re-sidual. A internet é um disco duro externo ao nosso cérebro mas que anda por aí, a pairar no ar, à distância de um clique que nos dá pode-res quase sobre huma-nos em vários domínios do conhecimento. Disto já não há dúvidas.

U m a d a s m a i o r e s mo d i f ic açõ e s que a Internet (e ferramentas como o Google, o Face-book e o Evernote) pro-voca no Homem situa-se ao nível das suas ca-pacidades cognitivas, da sua maneira de pen-sar e de comunicar. Há vários estudos científi-cos que insinuam que a internet desenvolve a nossa inteligência por-que forta lece a lguns circuitos neuronais per-mitindo-nos fazer mais com o cérebro mas gas-tando menos energia. É

como a orientação de um Personal Trainer: aprendemos a levantar mais peso, com menos esforço. Mas a Internet afeta a nossa capacida-de de concentração e, sobretudo, a nossa ca-pacidade de ref lexão ao transformar a nos-sa inteligência, medita-tiva ou contemplativa, numa nova espécie de inteligência utilitária. A informação é tanta, tão abundante e tão mi-nuciosa que facilmente dispersamos de um as-sunto para o outro, pu-lamos de um pedaço de informação para o ou-tro e, algures no meio, perdemos a nossa capa-cidade de reflexão.

Mas, numa perspetiva de longo prazo e mes-mo histórica esta re-volução é um só mais um passo na evolução humana comparável à aquisição da linguagem, da ciência, dos telefo-nes, da calculadora e da Enciclopédia Britânica cujo ponto em comum é a expansão do espírito humano e o acesso cor-rente a uma quantidade enorme de informação de outro modo impos-sível. Hoje, todas estas

“invenções” fazem parte da nossa vida e do nos-so quotidiano e, daqui por uns anos, também vai ser assim com os smart phones, com os Ipad’s e afins.

Maria da Graça Canto Moniz

Destaque

O diretor-geral e de programação do Teatro Viriato, Paulo Ribeiro, anunciou na terça-feira, 2, a programação para o quadrimestre abril/ju-lho, fortemente marcada por um conjunto de re-gressos.

“Uma série de artistas que marcaram o Teatro Viriato vão voltar. Apre-sentamos uma progra-mação que não é de todo emergente, mas ao mes-mo tempo não é comer-cial”, sustentou.

Na sua opinião, a pro-gramação dos próximos quatro meses apresenta “valores seguros”, tra-zendo “artistas que têm provas mais que dadas”.

Entre os regressos es-tão Henrique Rodova-lho, Tom Zé, Olga Roriz, o Teatro Meridional e o Teatro do Vestido.

O arranque da pro-gramação dos próximos quatro meses acontece já no sábado, com “Wil-de”, uma coprodução de Jorge Andrade, do tea-tro mala voadora e o co-reógrafo Miguel Perei-ra. Uma crítica social extravagante, carrega-da de ironia, para esque-cer os dias negros. Ain-da no âmbito do teatro, o Teatro Viriato acolhe, a 20 de abril, a peça “O Senhor Ibrahim e as Flo-res do Corão”. No ano

em que o Teatro Me-ridional comemora os seus 20 anos de existên-cia, Miguel Seabra esco-lheu encenar uma histó-ria onde a simplicidade e a dimensão afetiva são o esteio da representação.

A dança estará presen-te através de coreógra-fos de renome e coreo-grafias distintas: “Shel-ters” (11 de maio), Céu na Boca (18 de maio) e a “Sagração da Primave-ra” (15 de junho).

Divino Suspiro, apre-sentada em parceria com o Festival de Mú-sica da primavera (12 de abril), Miguel Moreira (16 de maio), Osso Vai-doso ( 1 3 de ju n ho),

Lokomotov (19 de ju-nho), Tom Zé (10 de ju-lho) e 20 Fingers “De Mozart a Chico Buar-que” (12 de julho), são os músicos e projetos musicais que ocupam o Teatro Viriato nos pró-ximos meses, distribui-dos pela sala e pelo ca-fé-concerto.

Paulo Ribeiro, anun-ciou ainda que estão a prepa ra r, pa ra ju-nho, um espetáculo de dinamização do centro histórico da cidade de Viseu, que terá continui-dade durante o próximo ano. “Vamos concreti-zar algo que nós sempre ambicionámos e que tem a ver com uma política

de extroversão. Trata-se de um projeto que tentei iniciar em 2007, levando o Teatro Viriato a sair portas fora e a habitar e dinamizar, de forma forte e original, o centro histórico” da cidade de Viseu, explicou.

O projeto intitulado ‘Viseu a…’ vai ser uma realidade, porque con-seguiram financiamento com a aprovação de uma candidatura ao Quadro Comunitário de Refe-rência Estratégica Na-cional, em que “a Comu-nidade Intermunicipal Dão Lafões foi motor e parceiro essencial”.

Micaela Costa / Lusa

Teatro Viriatoaposta nos “regressos”Programação∑ Vários artistas voltam a Viseu e o centro histórico recebe um

espetáculo de dinamização

A rev ista de a r tes e cu lt u ra do Teat ro Viriato “Boa União”, ed itou m a is u m nú-m e r o , m a s a o c o n -t r á r io d a s a n te r io -res edições será ape-nas d ispon ibi l i zada

em formato digital, no site of icial do Teatro Viriato. Para este quin-to desafio, uma ref le-xão sobre a circulação dos a r t i stas e sobre o mapa das estrutu-ras culturais do país,

“a sua sustentação e orientação pragmática estratégica, com vista à sua sobrevivência e afirmação inequívoca do território”.

Colaboram nesta edi-ção Carina Martins ,

C a r l o s F e r n a n d e s , Cláudia Dias, Fernan-do Giestas, João Tei-xeira Lopes, João Sousa Cardoso, José Crúzio, José Maria Vieira Men-des, Tiago Bartolomeu Costa, Tiago Guedes e

Tiago Rodrigues.Lançada em 2007, a

revista “Boa União”, pretende ser um es-paço de informação, esclarecimento e dis-cussão sobre cu ltu-ra. Com a revista co-

laboram empresários, governantes, artistas e académicos, quer na-cionais , quer locais , que cr u za m os seus olhares sobre temas li-gados às Artes e à Cul-tura.

Revista “Boa União” já tem 5ª edição onlineLiteratura

A Paulo Ribeiro, diretor-geral e de programação do Teatro Viriato apre-senta programação para abril/julho

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em focoJornal do Centro

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Aliar os conceitos de ginásio e nutrição é o obje-tivo do remodelado ginásio Stargym. No domínio da nutrição propõe consultas e acompanhamento, não só com o objectivo de emagrecimento, mas sobretudo de tonificação. Para além da possibili-dade de frequentar um circuito de manutenção, disponibiliza ainda aulas de grupo, como bodyba-lance, pilates e outros.

O Stargym aposta ainda na criação do conceito “Starkids” através de aulas de dança, com o objec-tivo de melhorar a coordenação e concentração dos mais novos. O ginásio que é exclusivo para mulhe-res, situado frente ao Hotel Montebelo, em Mar-zovelos, está aberto de segunda a sexta das 8h15 às 20h30 e ao sábado apenas para “Starkids”.

Stargym reabre com novo conceito

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saúdesaúde e bem-estar

Entrou em funciona-mento na passada se-gunda-feira , dia 1 de abri l , a nova Unida-de de Saúde Familiar (USF) Alves Martins, em Viseu. Com mais esta unidade alarga-se para seis o número de USF a funcionar no concelho de Viseu, sen-do já nove as USF em funcionamento na área de influência da ACES Dão Lafões.

A USF Alves Martins, a funcionar no Centro de Saúde 1, passa a pres-tar cuidados de saúde a cerca de 14.400 utentes, dos quais 1.473 passam a ter médico de famí-lia atribuído, de acordo com os dados forneci-dos pela Administração Regional de Saúde do

Centro (ARSC).S o b a o r i e n t a ç ã o

da coordenadora Lia Cardoso, a USF Alves Martins dispõe de oito médicos, oito enfer-meiros e seis assisten-tes técnicos. Vai fun-cionar de segunda sex-ta-feira, entre as 8h00 e as 20h00.

“A USF conta com uma equipa disponível para prestar cuidados de saúde personaliza-dos à população inscri-ta”, adianta a ARC do Centro numa nota à im-prensa. Desses cuida-dos contam-se consul-tas programadas, aten-dimento de situações de doença aguda em todo o horário de fun-cionamento, cuidados de enfermagem e cui-

dados domiciliários.“Constituída por pro-

fissionais experientes, a equipa compromete-se a dar resposta a to-

das as solicitações, se-jam de índole médica ou de enfermagem, no próprio dia e durante todo o horário de fun-

cionamento”, refere a ARSC.

Emília [email protected]

Nova Unidade de Saúde Familiar abre em ViseuValência∑ USF Alves Martins funciona no conhecido “edifício da caixa” para 14.400 utentes do concelho

A Nova unidade aposta nos cuidados de saúde personalizados

800 202 669ANGÚSTIA, SOLIDÃO E PREVENÇÃO DO SUICÍDIO

SOS VOZ AMIGA

CHAMADA GRÁTIS

UNIDADE MÓVELREGRESSA EM SÁTÃO

A Unidade Móvel de Saú-de de Sátão reiniciou a sua atividade no dia 25 de mar-ço, com prestação de servi-ços no âmbito da promoção e vigilância da saúde e da prestação de apoio psicos-social.

Na área da Saúde a uni-dade presta cuidados clí-nicos básicos, como a tria-gem e controlo de tensão arterial, glicémia, índice de massa corporal e ainda pe-quenos pensos. No âmbito do apoio psicossocial, o ser-viço descentralizado pre-tende identificar e avaliar situações de vulnerabilida-de e ou risco social e fazer o respetivo encaminhamen-to. Serão também dinami-zadas ações de educação para a saúde e bem-estar onde se pretende chamar a atenção para os benefícios de uma alimentação saudá-vel, apara o perigo do taba-gismo ativo e passivo e para os perigos do consumo de álcool, entre outras. EA

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SAÚDE

Mais de três dezenas de enfermeiros com Contra-to Individual de Trabalho concentraram-se, dia 27 de março, em frente ao hospital de Viseu, para reivindicarem igualdade de direitos relativamen-te aos seus colegas com Contrato de Trabalho em Funções Públicas.

A agência Lusa reve-la que depois de um ple-nário realizado durante a manhã e de tentarem en-tregar um abaixo-assina-do ao conselho de admi-nistração do Centro Hos-pitalar Tondela Viseu, os enfermeiros deslocaram-se para a entrada do edi-fício, levando faixas com as inscrições “Pela igual-dade de direitos” e “En-fermeiros em luta”.

“Neste hospital, como noutros do país, os enfer-

meiros que têm Contrato Individual de Trabalho são remunerados abaixo dos 1.201,48 euros”, que é a remuneração mínima no Serviço Nacional de Saúde para 35 horas se-manais de trabalho, ex-plicou à Lusa Alfredo Go-mes, da direção regional da Beira Alta do Sindica-to dos Enfermeiros Por-tugueses.

Segundo o dirigen-te sindical, cerca de 300 enfermeiros do Cen-tro Hospitalar Tondela Viseu, ou seja, quase me-tade, têm Contrato Indi-vidual de Trabalho, o que gera “desigualdades nos serviços”.

O abaixo-assinado foi enviado para o conselho de administração, junta-mente com um documen-to jurídico. EA

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse em Lamego não estar pre-vista a abertura de uma unidade de radioterapia no Hospital de Viseu, ga-rantindo que o Governo está concentrado em “definir prioridades”.

À margem da inau-guração do Hospital de Proximidade de Lamego, Paulo Macedo lembrou os investimentos previs-tos e em curso, nomea-damente o hospital de Amarante, o Centro de Reabilitação de Gaia e o Centro Materno Infantil do Porto, acrescentando: “Não temos previsto ou-tros investimentos desta grandeza. É uma questão de prioridade, não pode-

mos ter tudo em todo o lado”, frisou.

A ministra da Saúde do Governo do PS, Ana Jorge, terá deixado con-cluído, em 2011, o proces-so para a construção do Centro Oncológico, uma unidade para apoiar to-dos os doentes oncoló-gicos da região envol-vente, nomeadamente dos distritos de Viseu e Guarda.

O presidente do Con-selho de Administrração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) Ermida Rebelo, por vá-rias vezes, reforçou a ne-cessidade daquele equi-pamento.

No início de março, Os deputados socialis-

tas eleitos por Viseu ti-nham questionado o Mi-nistério da Saúde sobre este assunto, tendo re-cebido a resposta de que se “torna inviável, por agora, a criação da uni-dade de radioterapia no CHTV”. Os argumentos dados foram a “ausência de rede de referencia-ção oncológica devida-mente implementada”, a “inexistência, no Cen-tro Hospitalar Tondela Viseu, de um serviço de oncologia médica capa-citado” e o “elevado cus-to associado a tais equi-pamentos, num contexto de assistência económi-ca e financeira”.

Emília Amaral

Paulo Macedo fecha a porta à unidade de radioterapiaDeclarações ∑ Ministro da Saúde confirmou deliberação na inauguração do Hospital de Lamego

∑ O conselho executivo da Comunidade Intermunicipal (CIM) Dão Lafões aprovou por unanimidade uma moção de apoio à criação da unidade de radioterapia e medicina nucle-ar.

A moção, apresentada pelo presidente da CIM, Carlos Mar-ta, durante uma reunião que de-correu no dia 25 de março, pro-põe ao Ministério da Saúde que “crie no mais curto espaço de tempo possível uma unidade de radioterapia e medicina nuclear, no Centro Hospitalar Tonde-la-Viseu, acompanhada do in-vestimento necessário ao pleno funcionamento da mesma, num investimento estimado de qua-tro milhões de euros (em infra-estruturas e equipamentos)”.

Moção da CIM

Enfermeiros do CHTV reivindicam igualdade de direitos

DR

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CLASSIFICADOS

CENTRO DE EMPREGO DE VISEURua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SULRua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96

5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

IMOBILIÁRIO- T1 Mobilado e equipado com água incluído 220,00€. 232 425 755

- T1 dpx - jtº à Segurança Social, terraço com 50m2, ar condicionado 450,00€ 917 921 823

- T2 Junto ao Fórum boas áreas lareira com recuperador 300,00€. 232 425 755

- T2 St.º Estevão, mobilado e equi-pado, ar condicionado e garagem fechada 300,00€ 969 090 018

- T2 Mobilado e equipado Bairro Santa Eugenia 300,00€ 967 826 082

- T3 Jtº ao Hospital na Quinta do Grilo – Mobilado e equipado 300,00€ 917 921 823

- T3 Abraveses, varandas, marquise, cozinha semi equipada, com garagem fechada 250,00€ 969 090 018

- T3 como novo, Junto à fonte cibernética, roupeiros, aqueci-mento e garagem 500,00€ 967 826 082

- T3 Gumirães, bem estimado, boas áreas, bons arrumos 275,00€ 232 425 755

- Andar moradia T3 junto à Cidade, com lareira, cozinha equipada, 250,00€ 232 425 755

- Andar moradia T3 Santiago, boas áreas lareira, cozinha mobilada e equipada 350,00€ 969 090 018

- Andar moradia T4, cozinha mobi-lada e equipada e lareira 250,00€ 967 826 082

- Moradia, a 3 minutos, semi mobilada, garagem, churrasqueira, aquecimento 600,00€ 232 425 755

- Loja Cidade c/ 40m2, ótima loca-lização, w.c. montras 200,00€ 232 425 755

- Snack-bar “moderno” – Centro da Cidade, todo mobilado equipado 850,00€ 917 921 823

- Café/Bar no Centro da Cidade, mobilado e equipado 250,00€ 969 090 018

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro.

EMPREGO

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020

Outros operadores de máquinas de imprimir - Artes gráficas. Tarouca - Ref. 587820907

Eletricista da construção civil. Armamar - Ref. 587858126

Fiel de armazém. Lamego - Ref. 587857844

Serralheiro civil. Lamego - Ref. 587873168

Cozinheiro. Sernancelhe - Ref. 587877167

Ajudante de cozinha. São João da Pesqueira - Ref. 587869870

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Canalizador. Lamego - Ref. 587869103

Canteiro. Lamego - Ref. 587823179

Carpinteiro de tosco. Moimenta da Beira - Ref. 587823653

Encarregado de armazém. Lamego - Ref. 587869222

Técnico de vendasRef. 587930405 – São Pedro do SulPara venda de espaços publicitários Com viatura Própria

Serralheiro mecânicoRef. 587964825 – Oliveira de FradesCom experiencia na área.

Técnico de comunicaçõesRef. 587968105 – Castro DaireCom carta de condução (preferen-

cialmente, pesados - com CAM); disponibilidade para deslocações no estrangeiro (europa) e permanência de 6 meses; experiência anterior relevante em empresas prestadores de serviço para operadores de teleco-municações fixas.

Técnico de controlo de qualidadeRef. 588014425 – Oliveira de FradesPretende-se inspetor de qualidade e segurança ambiental (QSA) com experiencia na área de inspeção e

controlo de qualidade.

CozinheiroRef. 587985925 – São Pedro do Sul Com experiencia

Cortador de tecidos Ref. 588028605 – VouzelaCom experiencia.

Ajudante de pasteleiroRef. 587971367 – Vouzela

Trabalhador indiferenciadoRef. 587994466 – TondelaCom ou sem experiencia.Para trabalho em serração de madeiras

CabeleireiroRef. 587968585 – TondelaCom experiencia.

Técnico de vendasRef. 587886729 – Santa Comba Dão Com ou sem experiencia, para venda porta-a-porta.

EstucadorRef. 57883929 - MortáguaCandidato com experiencia em

gesso projetado

Engenheiro civil – construção de estradasRef. 587967546 – MortáguaPretende-se candidato com expe-riencia em obras públicas

CozinheiroRefª 588014726 - Tempo Completo - Viseu

Técnico VendasRefª 588025025 – Tempo Completo - Viseu

CaixeiroRefª 5880284256 - Tempo Completo - Viseu

Ajudante CabeleireiraRefª 587998045- Tempo Completo - Nelas

Ajudante SerralheiroRefª 588035845 - Tempo Completo – Sátão

Ajudante CozinhaRefª 588046825 - Tempo

Completo – Penalva Castelo

Cortador Carnes VerdesRefª 588047645- Tempo Completo – Viseu

CalceteiroRefª 588038545- Tempo Completo – Viseu

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OBITUÁRIOMiguel da Fonseca, 77 anos. Natural e residente em Travanca, Armamar. O funeral realizou-se no dia 3 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Travanca.

José Maria Guedes da Silva, 62 anos, casado. Natural e residente em Vila Seca, Armamar. O funeral realizou-se no dia 3 de abril, pelas 18.30 horas, para o cemitério de Vila Seca.

Agência Funerária IgrejaArmamar Tel. 254 855 231

José da Rocha Peiximinho, 84 anos, casado. Natural e residente em Mosteirô, Pepim, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 27 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Pepim.

Maria Emília de Almeida, 84 anos, viúva. Natural e residente em Alva, Cas-tro Daire. O funeral realizou-se no dia 2 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Alva.

Agência Funerária Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Palmira do Céu Costa, 79 anos, solteira. Natural de São Sebastião da Pedreira, Lisboa e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 29 de março, pelas 14.30 horas, para o cemitério de Mangualde.

Maria Ascensão Cabral, 83 anos, viúva. Natural e residente em Mangualde. O funeral realizou-se no dia 1 de abril, pelas 10.00 horas, para o cemitério local.

Ramiro dos Santos, 89 anos, viúvo. Natural e residente em Fornos de Macei-ra Dão, Mangualde. O funeral realizou-se no dia 2 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Fornos de Maceira Dão.

Agência Funerária Ferraz & AlfredoMangualde Tel. 232 613 652

Irene da Encarnação, 83 anos, viúva. Natural e residente em Carvalhal Re-dondo, Nelas. O funeral realizou-se no dia 1 de abril, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Carvalhal Redondo. Agência Funerária Nisa, Lda.Nelas Tel. 232 949 009

Camila Maria Henriques, 84 anos, viúva. Natural e residente em Nespereira, Pinheiro de Lafões, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 30 de mar-ço, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Pinheiro de Lafões.

Maria da Piedade, 99 anos, viúva. Natural e residente em Póvoa, Arcozelo das Maias, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 1 de abril, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Arcozelo das Maias.

José Jesus, 78 anos, solteiro. Natural e residente em Paredes de Gravo, Pi-nheiro de Lafões, Oliveira de Frades. O funeral realizou-se no dia 1 de abril, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Pinheiro de Lafões.

Agência Funerária Figueiredo & Filhos, Lda.Oliveira de Frades Tel. 232 761 252

Albertina Nunes, 99 anos, viúva. Natural e residente em Campo, Manhouce, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 26 de março, pelas 15.00 ho-ras, para o cemitério de Manhouce.

Maria José Gomes Riba, 76 anos, solteira. Natural e residente em Malfeitoso, Manhouce, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 28 de março, pelas 9.30 horas, para o cemitério de Manhouce.

José Soares, 84 anos, casado. Natural e residente em Gralheira, São Cristóvão de Lafões, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 30 de março, pelas 10.00 horas, para o cemitério de São Cristóvão de Lafões.

Manuel Gonçalves, 86 anos, viúvo. Natural e residente em Sernadinha, Ma-nhouce, São Pedro do Sul. O funeral realizou-se no dia 30 de março, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Manhouce.

Agência Funerária Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Filomena Pereira, 88 anos, viúva. Natural de Ferreirim, Lamego e residente em Tarouca. O funeral realizou-se no dia 1 de abril, pelas 17.30 horas, para o cemitério de Granja Nova, Tarouca.

Agência Funerária Maria O. Borges DuarteTarouca Tel. 254 679 721

Maria do Céu Lourdes Lourenço, 78 anos, casada. Natural de Silgueiros e re-sidente em Passos, Silgueiros. O funeral realizou-se no dia 2 de abril, pelas 15.30 horas, para o cemitério de Silgueiros.

Silvino de Jesus Ferreira, 69 anos, casado. Natural de Bodiosa e residente em Aval, Bodiosa, Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de abril, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Clara Fernanda Marques Filipe, 65 anos, solteira. Natural de Tondela e resi-dente em São Pedro de France, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de mar-ço, pelas 16.30 horas, para o cemitério de São Pedro de France.

Álvaro do Amaral, 91 anos, viúvo. Natural de São Miguel de Vila Boa, Sátão e residente em Outeiro, São Pedro de France, Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de abril, pelas 17.30 horas, para o cemitério de São Miguel de Vila Boa, Sátão.

Agência Funerária Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

INSTITUCIONAIS

(Jornal do Centro - N.º 577 de 04.04.2013)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 577 de 04.04.2013)

2ª Publicação

Américo Alves Agente de Execução Cédula 3394

EXECUÇÃO PARA PAGAMENTO DE QUANTIA CERTA

Processo Nº. 471/09.0TBLMG Execução Para Pagamento de Quantia Certa N/Referencia: P.I. n.º 64/09 Data: 22/03/2013 Exequente: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Tarouca, CRL. Executado: Jaime Luís do Carmo Lopes e Outra.

ANÚNCIO

Nos autos acima identificados foi designado o dia 16 de Maio de 2013 pelas 14H00, no Tribunal Judicial de Lamego, para a abertura de propostas que sejam entregues até ao momento na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra dos seguintes bens imóveis:

Bens a vender: - Verba 1: Prédio rústico sito em Cadornel, freguesia e concelho de Tarouca, constituído por pinhal e mato com 8000m2,inscrito na matriz sob o artigo 2990º e descrito sob o n.º2605/20021205. Confronta de Norte com herdeiros de Isaura de Melo; Sul e Nascente com Carlos Alberto Aranha Gouveia; Poente com Joaquim Vitorino Teixeira. Verba 2: Prédio rústico sito em Courela, freguesia e concelho de Tarouca, constituído por pinhal e mato com 4540m2, inscrito na matriz sob o artigo 2672º e descrito sob o n.º 2604/20021205. Confronta de Norte com caminho; Sul com Manuel Pereira Pinto; Nascente com herdeiros de Horácio da Silva e Poente com Amadeu Feijó.

Verba 1: Valor base: 970,00€; Valor mínimo das propostas: 679,00€ Verba 2: Valor base: 560,00€; Valor Mínimo das Propostas: 392,00€ .

Penhorados a Jaime Luís do Carmo Lopes e Maria Fernanda do Carmo Carvalho, Lugar de Mataduço, 3610 Arguedeira, Tarouca. É fiel depositário Jaime Luís do Carmo Lopes que o deverá mostrar a pedido.

As propostas enviadas pelo correio deverão conter, sob cominação de não serem consideradas, fotocópia do bilhete de identidade e número de contribuinte do proponente e/ou seu legal representante, bem como telefone de contacto. Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem do agente de execução no montante correspondente a 5 % do valor base dos bens, ou garantia bancária no mesmo valor. Sendo a proponente pessoa colectiva, deverá a referida proposta ser acompanhada por documento onde se possa aferir, sem margem para dúvidas, que quem a representa tem poderes para o acto. Houve reclamação de créditos por parte do Banco Popular Portugal, SA.

Está pendente oposição à execução Não Está pendente oposição à penhora Não

O Agente de Execução,

(Américo Alves) (Jornal do Centro - N.º 577 de 04.04.2013)

2ª Publicação

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(Jornal do Centro - N.º 577 de 04.04.2013)

2ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 577 de 04.04.2013)

1ª Publicação

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clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Avenida Alberto Sampaio, nº 130 - 3510-028, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta secção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 525 | 05 DE ABRIL DE 2012

∑ Prevaricação a quanto obrigas... (Mangualde: Ex-

presidente da Câmara e chefe de gabinete suspeitos de

desvio de documentos)

∑ Vendedores acusados pelo Ministério Público

∑ Homem atira-se à água para apanhar peixe e morre

sob o olhar incrédulo do filho

∑ Chuva intensa e granizo provocam o caos na cidade

∑ Presidente da AIRV quer uma “estratégia comum”

para Viseu

∑ Sabão ao peso é novidade em Viseu

“Um mútuo consentimento

de mim para comigo”

| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

pág. 02pág. 06pág. 08pág. 10pág. 15pág. 16pág. 20pág. 22pág. 24pág. 28pág. 30pág. 32pág. 34pág. 35

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA> À CONVERSA> REGIÃO> EDUCAÇÃO> ESPECIAL SEGURANÇA

> ECONOMIA> ESPECIAL VIAGENS

> DESPORTO> CULTURA> SAÚDE> CLASSIFICADOS

> NECROLOGIA

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETOR

Paulo Neto

Semanário

05 a 12 de abril de 2012

Ano 11

N.º 525

1,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

Pub

licid

ade

∑ Sérgio Godinho, em concerto no Teatro Viriato

∑ Entrevista exclusiva ao Jornal do Centro

Novo acordo ortográfico

Nun

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ndré

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reira

Pub

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LAZER

SUDOKU

DIFERENÇAS (DESCUBRA AS 6 DIFERENÇAS)

Esta rúbrica está aberta à participação dos leitores. Submeta a sua denúncia para [email protected]

FOTO DA SEMANA

Até que a mão nos doa... A 50 metros a montante da casa do presidente da câmara de Viseu, floresce a cada dia que passa esta lixeira de obra a céu aberto, com silvados enormes onde, felizes, pululam ratazanas do tamanho de coelhos. Como é possível tal compactuação e laxismo de uma autarquia e junta de freguesia? A qualidade de vida em Viseu, ou uma bela loira a cheirar mal dos pés?

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Jornal do Centro04| abril | 2013 27

Page 28: Jornal do Centro - Ed577

A Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV), em parceria com o Jornal do Centro promovem no próximo dia 12, a confe-rência “Viseu e a Balança Alimentar - Contributos para o Futuro”. A iniciati-va tem início às 17h45, no Hotel Montebelo em Viseu e conta com a participação de vários especialistas no tema.

Após a abertura da con-ferência pelo presidente da AIRV João Cotta e da presentação dos objetivos do evento, por João Paulo Gouveia, professor na Esco-la Superior Agrária (ESAV) do Instituto Politécnico de Viseu (IPV), o presidente da Comissão Vitivinícola

Regional do Dão, Arlindo Cunha dá “ Contributos dos vinhos para a balança alimentar”. João Madane-lo, da Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE) fala das “Novas perspetivas para os produtos lácteos”, seguindo-se o tema “Opor-tunidades na horticultura nacional”, com a participa-ção de Domingos Almeida, professor da Universidade do Porto.

Os “Apoios públicos ao financiamento de empre-sas” é outro dos temas agendados para a confe-rência, que conta com o presidente do Instituto de Financiamento da Agri-cultura e Pescas (IFAP)

Luís Souto Barreiros, para analisar a problemática. Marta Moreira da McDo-nalds, vai falar da “Qualifi-cação de fornecedores na-cionais - A perspetiva de uma multinacional”, ter-minando a primeira parte do encontro com a apre-sentação de dois projetos de investigação aplicada da ESAV: “CARDOP” e “AquaSense”.

Segue-se o debate da conferência, antes da ses-são de encerramento em que irá participar a minis-tra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas.

Emília Amaral

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JORNAL DO CENTRO04 | ABRIL | 2013Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 4 de abril, aguaceiros. Temperatura máxima de 14ºC e mínima de 5ºC.Amanhã, 5 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 10ºC e mínima de 2ºC.Sábado, 6 de abril, céu pouco nublado. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 1ºC.Domingo, 7 de abril, aguaceiros. Temperatura máxima de 12ºC e mínima de 2ºC.Segunda, 8 de abril, chuva moderada. Temperatura máxima de 11ºC e mínima de 0ºC.

tempo

Quinta, 4 abrilMangualde∑ Ciclo de debates “A ovinicultura de leite/queijo”, às 14h00, no auditório da Câmara Municipal.

Sexta, 5 abrilViseu∑ Seminário “Tendências da Gestão de Recursos Humanos”, 19h00, auditório do Eedificio Soima, com Fernando Mateus e Paulo Lima.

Mortágua∑ Nova edição da inFORMA - Feira de Informação Escolar e Profissional, no Centro de Animação Cultural | entre as 10h00 e as 7h30. Uma iniciativa promovida pelo município de Mortágua, no âmbito do Projeto “Da Escola, Agarra a Vida”.

Sábado, 6 abrilViseu∑ 1º Fórum das Mulheres Socialistas, às 14h30, na Pousada de Viseu, organizada pelo Departamento Federativo das Mulheres Socialistas. Visa motivar as mulheres para a participação ativa na política autárquica.

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

Mário Soares contou a Joaquim Vieira o que aconteceu quando, em 24 de Janeiro de 2011, no dia a seguir às últimas presidenciais, foi chama-do a S. Bento por Sócrates:

«Eu chego e o gajo estava radiante, bem disposto. E a primeira coisa que me diz foi: “Ó Mário, acabá-mos com aquele [insulto].”

E eu disse: “Eh pá, não gosto disso, palavra que não gosto disso, não é bonito, não diga isso.” “Eh pá, mas ele estava na merda, eu nunca o vi as-

sim. (…) Mas agora isto mudou tudo, vou fazer uma grande aproximação aos gajos do PSD”.

E eu fico a olhar para o gajo e digo: “Ó Sócrates, eu acho que você tem grandes méritos. Mas não pode continuar a fazer buracos (...)”»

Onde está “insulto” a Manuel Alegre, também se pode ler “piiiiii!”. Este excerto do livro “Mário Soares, Uma Vida” mostra um momento de sinto-nia emocional entre José Sócrates e Cavaco Silva. Cavaco adorou que Alegre tivesse tido menos de 20% dos votos. Sócrates também.

Mas há mais sintonias entre Sócrates e o ac-tual inquilino do Palácio de Belém: (i) Cavaco e Sócrates foram os únicos primeiros-ministros da terceira república com maiorias absolutas mono-partidárias, (ii) foram ambos autoritários e sem capacidade de diálogo e (iii) foram ambos objecto de culto de personalidade nos seus partidos.

O regresso de Sócrates, em plena quaresma, foi o pré-lançamento da sua candidatura às pre-sidenciais de 2016. Assim como aqui, com mui-ta antecedência, se explicou que a candidatura de Manuel Alegre era a melhor maneira da es-querda facilitar a vida a Cavaco Silva, o mesmo se faz agora a três anos das próximas presiden-ciais: a candidatura do principal responsável pela bancarrota portuguesa de 2011 facilita a vida à direita.

Em Bruxelas, Durão Barroso esfrega as mãos de contente. Há-de querer, depois, retribuir com gra-tidão o célebre abraço e o célebre «porreiro, pá!»

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

Porreiro, pá!

Parceria ∑ Iniciativa da AIRV e do Jornal do centro

agenda∑

Esta quinta-feira, dia 4, a Associação Empre-sarial da Região e Viseu (AIRV), realiza, às 18h00, no Expobeiras, uma ses-são de apresentação dos mercados dos países Bál-ticos - Estónia, Letónia e Lituânia. O objetivo é dar a conhecer novos merca-dos aos empresários da re-gião.

As repúblicas bálticas da Estónia, Letónia e Lituâ-nia, recuperaram em 1991 a sua independência da União Soviética, sofren-

do mudanças impressio-nantes na sua organização económica, e em 2004 ade-riram à União Europeia.

Até 2007, o crescimento das repúblicas bálticas foi superior a cinco por cento ao ano. Depois de um for-te reajuste na economia durante os anos de 2008 e 2009, devido a um cres-cimento que chegou a ul-trapassar os 10 por cen-to ao ano e que provocou fortes desajustamentos, as três repúblicas retomaram um saudável crescimento,

“configurando o conjun-to destas três repúblicas como uma oportunidade de mercado muito interes-sante a explorar”, revela a AIRV em comunicado.

O mercado da Estónia, com Marin Mottus, em-baixadora da Estónia, o mercado da Letónia, com Alda Vanaga, embaixado-ra da Letónia e o merca-do da Lituânia, com Laura Tupe, conselheira Embai-xada da Lituânia são os te-mas em análise ao longo da tarde.

Apresentação dos mercados dos países bálticos

“Viseu e a balança alimentar - contributos para a Europa”

A Vinhos, produção látea, horticultura, financiamentos e qualificação, temas em análise