Jornal do Centro - Ed542

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| Telefone: 232 437 461 · Rua Santa Isabel, Lote 3 R/C - EP - 3500-680 Repeses - Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt | pág. 02 pág. 06 pág. 08 pág. 10 pág. 14 pág. 15 pág. 19 pág. 21 pág. 24 pág. 27 pág. 29 pág. 31 UM JORNAL COMPLETO > PRAÇA PÚBLICA > ABERTURA > À CONVERSA > REGIÃO > EDUCAÇÃO > SUPLEMENTO > ECONOMIA > DESPORTO > CULTURA > SAÚDE > CLASSIFICADOS > CLUBE DO LEITOR SEMANÁRIO DA REGIÃO DE VISEU DIRETOR Paulo Neto Semanário 3 a 9 de agosto de 2012 Ano 11 N.º 542 1,00 Euro Distribuído com o Expresso. Venda interdita. Nuno André Ferreira “Mangualde Capital dos 2 CV” Publicidade Novo acordo ortográfico Elísio Oliveira, diretor Financeiro da Elísio Oliveira, diretor Financeiro da PSA Mangualde, ao Jornal do Centro PSA Mangualde, ao Jornal do Centro | págs. 6 e 7 Publicidade

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UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> EDUCAÇÃO

> SUPLEMENTO

> ECONOMIA

> DESPORTO

> CULTURA

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRETORPaulo Neto

Semanário3 a 9 de agostode 2012

Ano 11N.º 5421,00 Euro

Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

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“Mangualde Capital dos 2 CV”

Pub

licid

ade

Novo acordo ortográfico

∑ Elísio Oliveira, diretor Financeiro da Elísio Oliveira, diretor Financeiro da

PSA Mangualde, ao Jornal do CentroPSA Mangualde, ao Jornal do Centro

| págs. 6 e 7

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licid

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praçapública

palavrasdeles

rO Douro é um destino turístico com tipicidades que mais nenhum destino turís-tico tem no país. [...] Será bom refletir sobre essas virtualidades”

António Martinho Presidente do Turismo do Douro

(Inauguração da feira “O Melhor das Nossas Aldeias”, 27 de julho)

r Quem ditou a extinção do serviço de cirurgia na urgência do Hospital de Lamego foi o ministro Correia de Cam-pos e o Partido Socia-lista quando fizeram o programa funcional, e contra o qual continuo a lutar para que não seja um elefante branco”

Francisco LopesPresidente da Câmara Municipal de Lamego

(Declarações aos jornalistas na feira “O Melhor das Nossas Aldeias”, 27 de julho)

rA Feira de S. Mateus tem que ser uma grande iniciativa nacio-nal e internacional

José MoreiraGerente executivo da Expovis

(Entrevista ao Jornal do Centro a propósito da próxima edição da Feira de S. Mateus )

rJesus revolveu as crises da época distri-buindo os bens que existiam por todos os que deles precisavam. [...] É para isto que se atribuem responsabi-lidades a quem nos governa. São para isto os governantes”

D. Ilídio LeandroBispo de Viseu

(Diário de Viseu, carta aberta aos cristãos sobre a crise, 31 de julho)

O Rumo e o RecuarParece arredada da dialógica a

questão do rumo. Rumo é: «1. Direcção que segue um navio,

avião etc., em relação angular com a linha Norte-Sul.

2. Cada um dos raios da rosa-dos-ventos.

3. Direção; destino, meta: vagar sem rumo.

4. Itinerário, caminho: seguir o rumo certo», segundo definição co-lhida na net.

Parece-me que a maioria dos nos-sos responsáveis nem têm ideia do que é o Norte, a Rosa-dos-Ventos, um azimute, um quadrante ou, simples-mente, uma direcção.

Experimente uma qualquer pessoa que saiba nadar, pôr uma venda e ir para uma piscina ou local suficien-temente amplo e começar a nadar, fazendo-se filmar para confirmar o que afirmo. Vai andar aos círculos. Por certo. E vai espantar-se por se ver

a fazer a mesmíssima figura que têm feito a maioria daqueles em quem se tem votado. Ou seja: de venda nos olhos e em círculos, sem esquecer os tampões nos ouvidos.

Atentos à forma como nos temos comportado, em relação ao caótico estado a que chegámos, parece-me pacífico afirmar que não há um “p’ra diante” desinteressado, livre de acor-dos e de compromissos, que nos afas-te do lodo, fazendo correr “água” lim-pa e filtrando o entulho para se lhe dar destino, eterno, em local onde jamais possa renascer. Como é que não passa uma proposta de acerto de agulhas quanto a medidas a tomar no combate à corrupção, no nosso par-lamento? Como é que ainda não se alterou o código penal que nos mer-gulhou neste caos? Como é que há tantos processos a prescrever? Como é que não se apura indelevelmente os milhões das Ilhas Caimão? Ou os negócios de alguns autarcas? Como

é que se permitem as sucessivas der-rapagens financeiras nos contractos do Estado? Como é que um ministro que é “persona non grata” não se de-mite, num estado democrático? Afi-nal…nada se faz? Limitamo-nos to-dos a esta coscuvilhice diária e ma-ledicência permanente (com a venda nos olhos!).

Há que reformular tudo. Há que tomar outra direcção, outro rumo. E rumo porque ele é uma direcção com referências relativizadas, “vizinhan-ças” e sem valores negativos. Tere-mos de nos orientar, em primeiro, e depois recuar, quem sabe? Recuar até encontrar o são, sem mácula, sem podres e aí fazer um recomeço, com a “casa arrumada”. Tentar a anam-nese ao miolo do nosso povo (que cai sempre na mesma esparrela e insis-te, insiste e insiste em criticar a quem escolhe) para que se perceba de que mal sofre e o porquê.

Tanto é o medo que as pessoas

têm de recuar, sem que se aperce-bam da razão, que não é mais do que manipulação de “longo curso”. Só quando se sentir que mais um pas-so nos liquida e que no recuar para lugar seguro está a salvação é que as pessoas o farão. Até lá, deixar-se-ão empurrar como nas procis-sões das romarias, ou a emborcar “penaltis” nos tascos, ou a pagar os bilhetes nos estádios que compram e pagam jogadores milionários, ou simplesmente a culpar tudo e to-dos, excluindo-se, da situação a que aportámos.

Quando se descasca uma batata para meter no tacho não se tem o cui-dado de lhe retirar tudo o que seja impróprio e possa saber mal? Pois fa-ça-se o mesmo no dia-a-dia e em to-das as circunstâncias, para connosco e com os nossos semelhantes. Faltou-nos esse rumo desde há muito.

Pedro Calheiros

Se levantássemos o nariz como o perdigueiro Bréu do meu tio Ja-cinto, fairaríamos no ar os chei-ros a ardido e a ansiedade que, nos animais, muito mais sentida é que nos humanos.

As autárquicas aquecem nas ecopistas desse Portugal. Os can-didatos calçam os running shoes, bebem os red bulls, ajustam os fa-tos de treino ou os calçõezinhos de licra.

Escolhidos os seleccionadores pela sua vasta experiência de ter-reno, em cada concelho come-çam os olheiros a estar atentos às “promessas” e a transmitir, em morse político, as indicações ao quartel-general.

Sempre facilitada a tarefa dos que estão, é preciso ser-se muito mau para sair ao fim de quatro anos e é necessário ser-se muito bom para ficar mais de doze.

Os emergentes queixam-se das dificuldades em lutar contra o

aparelho, contra o sistema. Os mais afoitos, num rapapé dan-çante, começam a merendar com os empreiteiros de obras públi-cas, no maior sigilo, não vá o re-gente saber disso…

Os que estão reúnem a claque.

Contam as inaugurações a fazer. Os piqueniques a organizar com idosos. As sardinhadas a semear pelas freguesias. O bísaro no es-peto a aloirar para os renitentes. As Lilis e os Tonis a cantarem nas bernardas.

É quente, o mês de Agosto. É preciso aproveitar as noites cá-lidas e estreladas, que no inver-no já só à lareira se desenguiça o novelo.

E num assomo de aguerrida galhardia vem o primeiro dizer: “Que se lixem as eleições!”. Fal-tou-lhe rematar, como o outro, com um “pá!” estrondoso, para enfatizar a coisa (e mais se lhe assemelhar).

Isto está lixado, pá!Opinião

Sofia [email protected]

Opinião

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Qual a sua opiniãosobre o Citroën 2CV?

Importa-se de

responder?

Ao mencionar carros com 2 cv, sem sombra de duvida que é o Citroën 2CV o primeiro a invadir a memória.É sem duvida um carro maravilhoso, de uma resistência equiparada a um SUV e sem nunca esquecer o seu baixo custo e simplicidade.De salientar também, e em tom de pregunta: Quantos carros conhece com uma produção sem interrupções durante cer-ca de 40 anos?

Gostava de ter um... se ainda fossem baratos. Mas os preços devem estar muito altos por ser já uma relíquia. Para mim, simboliza tradição, recordação e beleza simples e clássica.

Simboliza uma época em que tudo o que era simples era, ao mesmo tempo, funcional. Ainda conduzi um com 3 velocida-des e nunca me deixou ficar mal.

Foi o meu primeiro carro. Estávamos em 1984. Simboliza um excelente exemplo de automóvel.

Pedro Nuno PeresResponsável de secção

Ana Beato1ª Escriturária

Aquiles GomesAgente técnico agrícola

Carla Marisa GirãoProfessora de desenho

estrelas

Alexandre VazPresidente da Câmara

Municipal de Sátão

Reunir 100 clássicos de todas as épocas, de todos os tipos e das mais diversas nacionalidades, em irrepreensível estado, num espaço atraente e para regozijo do público, é obra que ainda não se tinha visto no distrito.

Irene XavierDirigente na secção de nata-ção do Académico de Viseu

números

45A edição deste ano da Fei-

ra de S. Mateus (10 de agosto a 23 de setembro) vai decor-rer durante 45 dias.

IIº Salão Automóvel Clássi-cos de Sernancelhe

O Académico de Viseu está de parabéns no domínio da natação, ao obter oito medalhas no Campe-onato Nacional de Juvenis e Ab-solutos.

Pela firmeza e frontalidade com que se opõe ao encerramento do Tribunal local, assumindo, ao mesmo tempo, a mágoa por ser a sua família política a propô-lo.

Parecem andar longe os suces-sos.

O nojo pelo despojo eterno a que nos querem votar materializa-se: Portugal veste negro, e não se sabe se é essa desgraça maior que a outra. Não havendo o que levar à boca, já nem os olhos comem, que olhar em redor é ver a mancha preta desespe-rada e desesperante que é a flores-ta de luto.

Com que ficamos?Este ano, a ACERT sofreu, como

todas as associações culturais de-pendentes de apoios do Estado, uma dança que só este conhece, arras-tando os pares, perplexos. Os cor-

tes humilhantes no sector cultural já inviabilizaram algumas iniciati-vas. O Tom de Festa, com uma tra-dição de já vinte e dois anos, viu-se, no vigésimo segundo, com parcas

hipóteses de sobrevivência. E fo-ram, talvez mais do que nunca, os amigos a fazer o festival. É belíssi-mo. É exemplar.

Contudo, sabemos que ainda não é possível que se faça sempre assim com tudo. O porvir já intimida. No presente respiramos. E começa a ser só isso que queremos.

Com que ficamos? No final, é sempre a memória.

O Zeca continua a inspirar a cons-trução de uma fratria, ou de mui-tas.

E, ainda que tudo seja cinzas e nada, a utopia nunca nos perde – en-gana-nos sempre? – e a ideia de uma

Terra da Fraternidade traz o oblívio e desafoga uma esperança, plantada pelo Zeca também. Que não fosse por mais nada, o bravo Tom de Fes-ta deste ano valeu a pena pela impa-gável conclusão de que certamente que só continuamos a acordar por-que afinal ainda acreditamos em alguma coisa. Ainda nos queremos, podemos, sabemos levantar.

Então, assim nos temos a nós mes-mos, festivos descontentes, arrui-nados harmoniosos. Podemos in-cendiar todas as noites com a voz e com o corpo.

Enquanto não morremos. Ou en-quanto não nos matam.

Pionés/Punaise Eles Comem Quase Tudo

Margarida Assis Estudante

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PRAÇA PÚBLICA | OPINIÃO

Chegou ronceiro o mês do vera-neio. Uns partem para o mar (voca-ção ancestral?). Outros ficam pela banheira (hoje já duche).

Por Viseu, uma viração sarilheira sopra do Rossio. No norte de África há um vento assim. Chama-se mis-tral. Se fosse em Cacia ou na Cos-ta de Prata, notava-se pelo cheiro e dava pela graça de nortada.

Vi (r) ver Viseu é um slogan. Mui-to aliterativo/criativo. Até musical,

tipo assobio. A lembrar iniciais de Viriato e as vírias que lhe deram nome.

Mas é também uma cidade na Figueira da Foz. Com pompa e gala, no casino local. Slots, roleta, chás dançantes e “rancheta”. Tudo rima. E ao troar dos Zés Pereiras os veraneantes, atónitos percebem que se o mar não vai a Viseu, vai Viseu ao mar. Mega-operação (esta expressão está na berra e é usada

pelos ministério público sempre que a montanha pare um rato) de marketing com festança e pitança, alegrias e confrarias, degustações e bailações.

Há que lembrar aos conimbri-censes com apartamento em Buar-cos, aos salamantinos albergados em motéis, aos viseenses que fugi-ram de Viseu, há que lhes dizer que Viseu é para vir, ver e viver.

O cartaz alinha o funicular com a

Editorial Let’s go, Vir (i ) ato!

Paulo NetoDiretor do Jornal do Centro

[email protected]

O concelho de Sernancelhe teve honra de receber o seu Foral em 26 de Outubro de 1124 assinado pe-los ricos-homens Egas Gosendas e João Viegas, tornando-o anterior à própria instituição do Reino de Portugal em 1139, e à implantação da Nacionalidade Portuguesa a 5 de Outubro de 1143 então reconhe-cida pelo Reino de Leão e Castela. A primeira descrição data de 960, a sua organização territorial, 17 fre-guesias em 231,42 Km² foi finali-zada em1896, e a feira quinzenal à 5ª feira foi criada por D. Dinis. O 1º foral português (1055-1065) foi para

concelho vizinho, São João da Pes-queira, seguindo-se Coimbra, ci-dade que viria a receber essa hon-ra por 3 vezes até chegarmos ao 22º que foi o de Sernancelhe, encon-trando-se assim no conjunto dos concelhos mais antigos de Portu-gal e pertencente ao historicamen-te chamado “Período Inicial” com-preendido entre os anos de 1050 e 1126. Mesmo demarcando-se sem-pre pela parca população e grande dependência do sector primário devido a conter no seu território bons pastos e solos fecundos, foi berço de grandes personalidades

dedicadas quase em exclusivida-de ao pensamento livre e criativi-dade literária e científica. O maior exemplo é sem dúvida Aquilino Ri-beiro nascido na freguesia do Car-regal, grande escritor de mui vasta obra que marca agora presença no prestigiado Panteão Nacional, é de longe o nosso maior orgulho e a nossa melhor bandeira, mas mui-tos outros são dignos de reparo; Padre João Rodrigues aqui nasci-do em 1560 ou 1561 foi Missionário na China e no Japão onde foi cog-nominado de “Tzuzzu” (Intérpre-te) foi o autor da primeira Gramá-

Sernancelhe, uma primeira análise histórica

DiretorPaulo Neto, C.P. n.º TE-261

[email protected]

Redação([email protected])

Emília Amaral, C.P. n.º 3955

[email protected]

Gil Peres, C.P. n.º 7571 [email protected]

Tiago Virgílio Pereira, T.P. n.º 1574

[email protected]

Departamento Comercial [email protected]

Diretora: Catarina [email protected]

Ana Paula Duarte [email protected]

Departamento GráficoMarcos [email protected]

Serviços AdministrativosSabina Figueiredo [email protected]

ImpressãoGRAFEDISPORTImpressão e Artes Gráficas, SA

DistribuiçãoVasp

Tiragem média6.000 exemplares por edição

Sede e RedaçãoRua Santa Isabel, Lote 3 R/C EP 3500-680 Repeses, ViseuApartado 163Telefone 232 437 461

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Internetwww.jornaldocentro.pt

PropriedadeO Centro–Produção e Ediçãode Conteúdos, Lda. Contribuinte Nº 505 994 666 Capital Social 114.500 Euros Depósito Legal Nº 44 731 - 91Título registado na ERC sobo nº 124 008SHI SGPS SA

GerênciaPedro Santiago

Os artigos de opinião publicados no Jornal do Centro são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. • O Jornal reserva-se o direito de seleccionar e, eventualmente, reduzir os textos enviados paraa secção “Cartas ao Director”.

SemanárioSai às sextas-feirasMembro de:

Associação Portuguesade Imprensa

União Portuguesada Imprensa Regional

Fernando [email protected]

“- Está? Estás bom? Olha lá, tu que como diz o outro só sabes dizer mal na blogosfera já viste quem aperfi-lhou os Jardins Efémeros?

- Olá, não será difícil adiantar-te um nome mas não sei quem é o ou-tro que diz que eu só digo mal e só pode ser algum solipsista de pouca importância para a cidade.

- (risos) Vê o email que te enviei. (…)”

De facto, não seria sequer necessá-rio realizar o teste de DNA ao tema da conversa até porque o assunto deu à estampa nos nacionais na semana seguinte. Não era esta a primeira vez que a ADDLAP, cujo Presidente é o ilustre vereador da CMV e líder da concelhia do PSD Guilherme Almei-da, se via retratada na comunicação social por razões polémicas, de pou-ca transparência, bem como por su-postas ilegalidades na sua gestão. Em

Setembro de 2011 a TSF dava conta de “decisões em causa própria” na exe-cução dos fundos comunitários, num registo muito “dejá vu” da estranha novela dos 25 milhões de euros da Lusitânia ADR, cujo episódio final tarde ou nunca chegará ao conhe-cimento dos viseenses. Na ocasião a Associação de Desenvolvimento veio a público rejeitar as acusações de possíveis irregularidades na apro-vação de candidaturas do PRODER, mas dias depois Amadeu Araújo (jor-nalista da TSF) dava nota e acrescen-tava outros desenvolvimentos nes-te caso de atribuição de dinheiros públicos no valor de 14 milhões de euros. Em Maio deste ano, a mesma ADDLAP, assinou 55 contratos do SP3 PRODER – Abordagem LEA-DER, num investimento elegível de 6.9 milhões de euros – o que não dei-xa de ser uma boa noticia, no entan-

to na data não mereceu sequer qual-quer destaque no site oficial uma vez que nessa altura foi temporariamen-te suspenso. Na cidade não se escon-dia o rumor que a ADDLAP iria lan-çar uma nova página adjudicada por ajuste directo, pelo valor mais ele-vado, à empresa que teria executado o site da candidatura de Guilherme Almeida à Concelhia do PSD e, como não há fumo sem fogo, uma vez mais a polémica saltou para as páginas da imprensa nacional. Algum tem-po depois a nova página oficial do organismo entretanto adjudicada a outra empresa ainda não conseguia espelhar toda a qualidade de gestão e eficiência de Guilherme Almeida à frente da ADDLAP pois nem dava resposta a estas suspeitas nem tão pouco tornava públicos, como a le-gislação em vigor obriga, os relató-rios de gestão e contas! Os cidadãos,

O activo tóxico de Fernando Ruas

Opinião

Maria do Céu Sobral Geóloga

[email protected]

Opinião

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OPINIÃO | PRAÇA PÚBLICA

Sé, a Cava do Viriato e o comboio (a fin-gir, que do outro já não há), o carrossel com os claustros e, até, o pavão do Fon-telo veio ao retrato.

A nossa apelativa modernidade…Quanto a critérios? Sabe-se lá! Ape-

teceu-lhes…Podiam ter ido à Costa Nova ou à Bar-

ra, mais perto e com melhores acessos, mas corriam o risco, como na Figueira, de só lá encontrar viseenses, por um mês arredios de Viseu.

tica da língua Japonesa e do Dicionário Luso-Japonês, escreveu ainda “Histó-ria da Igreja no Japão”, notabilizou-se como diplomata e comerciante promo-vendo a aproximação da China e Japão via Macau; Sebastião José De Carva-lho E Melo vulgo Marquês de Pombal que dispensa quaisquer apresentações (uma das minhas figuras históricas pre-feridas apenas destronada por Afonso Henriques), não é certo que tenha nas-cido em Sernancelhe, mas está indis-cutivelmente ligado à terra passando aqui os seus tempos de rapaz com o tio, Paulo de Carvalho, e de cá foram oriundos os seus mais próximos ascen-

dentes, foi seu tio quem mandou cons-truir o Solar dos Carvalhos elegante casa brasonada, e Sebastião de Car-valho o bisavô foi senhor do morgado por si próprio aqui fundado em 1634 cá residindo; Abade Vasco Moreira nasci-do em 1878 foi o organizador e primei-ro director do Museu de Lamego, ora-dor, arqueólogo, historiador e literato, escreveu “Cernancelhe e seu Alfoz” (1929) a primeira monografia do con-celho e a “Monografia do Concelho de Tarouca-História e Arte” sendo as suas obras maiores. Isto citando apenas os mais emblemáticos personagens, pois outros artigos se fariam usando apenas

como mote as personalidades sernan-celhenses, e devo dizer que há algumas ainda vivas que figurarão sem dúvida nos nossos anais e lembranças. Atrevo-me a opinar que a qualificação de “Con-celho com menor poder de compra do país” resultado de elementos estatísti-cos capitalistas e de alguma forma in-justos para comparação, não me impor-ta, se puder usar antes a de “Concelho mais antigo que a própria nacionalida-de, que vinga orgulhosamente durante séculos contra a maré das adversida-des, e que dá ao mundo personalidades e pensantes do mais alto gabarito”, isto para mim sim, é riqueza.

Artigos de opinião redigidos sem observação do novo acordo ortográfico

mais do que o direito, têm o dever de exi-gir dos políticos uma gestão rigorosa e transparente dos dinheiros públicos. O Estado, ao contrário das empresas priva-das, tem uma obrigação maior de prestar contas aos interessados. Sobre este tema da oposição, Socialista e Democrata Cris-tã, não se ouviu uma palavra. De que es-peram para exigir a divulgação pública e transparente da forma como a ADDLAP gere os dinheiros públicos?

É neste ambiente turvo que chegamos então aos Jardins Efémeros, momento cultural de qualidade indubitável que por breves dias devolveu vida ao centro histórico. Para estes Jardins a ADDLAP, através de um ajuste directo com o valor de 36.331,60€, contratou com a empresa promotora a realização do evento, sen-do que para a mesma finalidade celebra com a CMV um protocolo proposto pelo Presidente da ADDLAP Guilherme e vo-tado pelo Vereador Almeida: “conside-

rando que, no momento, por indisponi-bilidade financeira não pode a ADDLAP iniciar tal execução pelo que o Municí-pio de Viseu num quadro de cooperação, colaboração com esta entidade assumirá os encargos que decorrem da execução deste Subprograma”. Lúcia Araújo Silva (PS Viseu) e José Carreira (CDS Viseu)

importam-se de nos explicar isto? Já ago-ra averiguem e procurem esclarecer o Viseense pagador de impostos, em nome da boa gestão do erário público, porque é que fazendo o cinema ao ar livre parte da programação atribuiu a CMV em pa-ralelo um subsídio ao CCV (que tem tido brilhante actividade) para o mesmo efei-

to? Perguntem ainda a Fernando Ruas o que pensa ele de todo este enredo e que medidas irá tomar no sentido do seu ca-bal esclarecimento! Será que vai exigir a Guilherme Almeida, como a coerência impõe, que se justifique factualmente e afaste de vez a auréola de suspeição que carrega consigo? Irá Ruas retirar-lhe a sua confiança política, caso o vereador e Presidente da Associação não seja ca-paz de se justificar de forma inequívoca? Caso não se queiram dar a tal maçada e desinteressante tarefa não se preocupem porque para não fugir à norma instala-da, o mais provável, como se calcula, é que Fernando Ruas prefira transformar o seu delfim no Miguel Relvas das Bei-ras… efémeros são os Jardins e os dias de mandato que lhe restam, mas os “não as-suntos” de Guilherme Almeida, dada a sua “não existência” fora da vida política, pelos vistos com esta oposição, continua-rão a ser persistentes.

João

C. S

. Rod

rigue

s

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abertura textos ∑ Paulo Neto e Tiago Virgílio Pereirafotografia ∑ Nuno André Ferreira

A cidade de Mangualde acolheu o 3º Encontro Nacional de Clubes 2CV e Derivados e tornou-se a “capital dos 2 cavalos”, entre os dias 26 e 29 de julho.

A iniciativa contou com 250 carros e cerca de 500 participantes. Portugue-ses e espanhóis na gran-de maioria. “Um clube de 2CV do País Basco apare-ceu com sete carros. Ti-vemos também a partici-pação de um francês e um holandês, que alugou um

carro português”, disse ao Jornal do Centro Vítor Cardoso, presidente da Associação do Clube 2CV de Mangualde. “Isto pro-va que o amor ao 2CV não tem fronteiras”, contou.

Com o objetivo de reu-nir num mesmo local o maior número de deten-tores de 2CV e derivados portugueses e estrangei-ros, o encontro promoveu na cidade mais bicavalis-ta de Portugal momen-tos de grande animação, destacando-se a realiza-

ção da tradicional foto-grafia com todos os car-ros colocados em volta da Rotunda 2CV à entrada de Mangualde. “Correu muito bem, foi uma gran-de festa. A satisfação dos participantes é a nossa satisfação”, referiu Vítor Cardoso.

Esta foi a edição que concentrou mais carros em Mangualde. A última contou com 72 veículos, o que mostra que as expe-tativas foram largamen-te superadas. O encontro

nacional juntou 2CV e derivados: Dyane, Méha-ri e Ami. A prova de Pop Cross, no dia 28, contou com 12 participantes na pista de Nelas. “Não fi-zemos tudo o que quería-mos. A pista estava muito poeirenta e, infelizmente, os bombeiros que a rega-vam tiveram que acudir ao incêndio em Tondela, e registaram-se alguns choques”, explicou o pre-sidente do clube man-gualdense. Na manhã de domingo realizou-se

uma gincana, no Largo Dr. Couto. Em junho do ano passado, na Vila de Redondo, o Club 2CV de Mangualde foi escolhido pelos diversos presiden-tes de clubes 2CV de todo o país para a organização deste encontro. A expe-tativa, criada pelos cinco anteriores encontros que já decorreram na cidade de Mangualde, foi um fa-tor determinante na esco-lha do clube mangualden-se para este grande even-to nacional. O próximo

encontro será organiza-do pelo Clube dos Mara-fados, do Algarve, em ju-lho de 2014.

O encontro contou ain-da com a presença de três representantes da organi-zação do 20th World Me-eting of 2CV Friends (20.º Encontro Mundial de amigos do 2CV) que irá realizar-se entre 31 julho e 4 de agosto de 2013 em Alcañiz - Espanha. Todos os interessados em par-ticipar neste evento tive-ram assim a possibilidade

“O amor ao 2CV não tem fronteiras”

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III ENCONTRO NACIONAL DE 2CV E DERIVADOS | ABERTURA

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Qual a real dimensão desta empresa?Trata-se da maior empre-

sa do centro do país. Faz parte do Top 10 das expor-tadoras nacionais. Nos últi-mos 20 anos empregou em média 1000 pessoas (em-pregos directos e pelo me-nos mais 200 em empregos indirectos). Nos últimos 10 anos a média é de 1200. Em 2011 produziu 50 mil veícu-los e o valor da facturação atingiu 404 milhões de euros, sendo 95% para ex-portação.

Qual a interacção da PSA Mangualde com o meio onde se insere?Para além do elevado vo-

lume de emprego directo e indirecto e das compras lo-cais, implementámos prá-ticas de cooperação com

desenvolvimento social do meio. Dou-lhe alguns exemplos: Oferta de veí-culos para fins pedagógi-cos (Escola de Mangualde, IPV, Escola Profissional de Tondela); Oferta de am-bulância e refeições di-árias aos Bombeiros de Mangualde; Parque In-fantil em Mangualde; Rotunda do 2 CV, em co-laboração com fornecedo-res da PSA e câmara mu-nicipal; Restauro do Altar da Capela dos Rebelos; Donativos diversos a ins-tituições; Visitas das esco-las e estágios. Brevemente, doação de duas viaturas a duas instituições locais, para transporte de doen-tes e de cidadãos porta-dores de deficiência, com o apoio da Fundação do Grupo PSA.

Quem lidera hoje a PSA Mangualde?A PSA Mangualde tem

hoje uma equipa directiva jovem, coesa e dinâmica formada, maioritariamente, por pessoas da zona, tendo como Director-Geral um engenheiro de nacionalida-de brasileira, João Matto-sinho, que tem uma vasta experiência internacional e é grande conhecedor dos processos da indústria auto-móvel no Grupo PSA.

Quais os desafios actuais da PSA Mangualde?O central: manter a com-

petitividade e a eficácia operacional deste centro de produção e consolidar a sua posição no seio do dispo-sitivo industrial do Grupo PSA, para bem do emprego e da região.

Tem a Palavra

“Manter a competitividade e a eficácia operacional”

Elísio OliveiraDiretor Financeiro e Relações Institucionais da PSA Mangualde

O Jornal do Centro ouviu Elísio Oliveira, um homem da ter-ra e actual responsável pela direcção financeira e relações institucionais da PSA Mangualde. A PSA Mangualde já tem uma longa história… Foi constituída em 1962 e começou a produzir veículos em 1964. Faz, portanto, este ano, 50 anos de existência. Também este ano atinge a mítica quantidade de um milhão de veículos produzidos.

Que significado teve para o autarca e para a cidade de Mangualde este Encontro Nacional 2CV?Senti uma enorme sa-

tisfação e orgulho. A es-colha foi oportuna e car-regada de simbolismo. Mangualde destaca-se pela afinidade que tem com a marca e com o mo-delo 2CV que foi durante anos aqui produzido.

A comemoração dos 50 da PSA Mangualde ajudou a congregar vontades?A realização do Encontro

Nacional em Mangualde no ano em que a PSA co-memora 50 anos de exis-tência no nosso concelho marcou este evento pela singularidade do aconte-

cimento. Fico muito satis-feito pelas sinergias cria-das entre a organização, a autarquia e a PSA tornan-do possível a realização do evento na nossa cidade, numa conjugação perfeita de vontades e esforços.

Como foi o fim-de-semana?Viveram-se momentos

de nostalgia e de afectivi-dade, mas acima de tudo de grande orgulho man-gualdense e um senti-mento de dever cumpri-do. Mangualde, a PSA e os mangualdenses marcam nas suas histórias uma re-lação de grande afinidade e são estes laços familiares que dão sustentabilidade a um projeto com 50 anos de existência e, espero eu,

com outros tantos no futu-ro próximo.

Uma última palavra…A todos os bicavalis-

tas o meu agradecimen-to pela presença nas Ter-ras de Azurara e Tavares e à organização os meus parabéns pelo sucesso do evento. Ficamos a aguar-dar uma próxima visita, porque esta será sempre a terra dos bicavalistas e o berço nacional da Ci-tröen.

Opinião do Autarca

“Nostalgia, afectividade e orgulho...”

João AzevedoPresidente da Câmara

Municipal de Mangualde

Como aconteceu este IIIº En-contro Nacional 2CV?Com os patrocínios da

PSA, da Câmara Municipal e com a organização do Clu-be 2CV de Mangualde.

Correu bem?Os números da adesão fa-

lam por si: juntaram-se cer-ca de 250 exemplares deste mítico modelo num fim- de-semana recheado de activi-dades a ele dedicadas.

Porquê a envolvência da PSA?A PSA patrocinou este

evento porque tem um cari-nho muito especial por esta manifestação automóvel. O bicavalismo diz muito a esta fábrica e a esta cidade. A fá-brica de Mangualde come-çou a produzir veículos em 1964, tendo sido exactamen-te o Citröen 2CV o primei-ro modelo aqui fabricado. Além disso, o último 2CV da história foi aqui fabricado a 27 de Julho de 1990.

Quais as relações com este Clube?Este vasto conjunto de

pessoas que mantém a mí-tica inerente a este mode-lo deve ser bem recebida e acarinhada. Devemos ali-mentar esta memória colec-tiva. Foi por isso, também, em conjunto com os nossos fornecedores e a câmara lo-cal que se construiu uma rotunda homenageando a presença da indústria auto-móvel em Mangualde, atra-vés de uma escultura que monumentaliza um gran-de 2 CV.

Como vê a PSA estas iniciati-vas?Estes precedentes legi-

timam a apropriação des-te mítico modelo e da sua utilização como referência e como eixo de marketing nacional e internacional para a nossa cidade e para a nossa fábrica. Recordo que no ano passado, em França, se juntaram cerca de 7.000

veículos oriundos dos qua-tro cantos do mundo. Tra-ta-se de aficionados que procuram activamente in-formação específica sobre este tema e, obviamente, nas suas pesquisas acabam por concluir a relação activa com Mangualde, onde du-rante tantos anos o modelo foi fabricado e de onde saiu da linha o derradeiro 2 CV mundial.

O que simboliza para si, o 2 CV?Mais que um automóvel,

o 2 CV é expressão de uma filosofia de vida que incor-pora em si os valores da sim-plicidade, liberdade e sim-patia.

Uma última palavra…Mangualde tem tudo para

ser uma referência interna-cional nesta matéria. Simbo-liza um património de tra-dição industrial e um saber fazer dos mangualdenses e dos concelhos vizinhos.

“Mangualde Capital dos 2CV”

Jornal do Centro03 | agosto | 2012 7

Page 8: Jornal do Centro - Ed542

“Nunca teremos uma feira com a dimensão que queremos, enquanto não tivermos essa estratégia de internacionalização”

Qual foi a sensação que ficou depois de terminada a edição do ano passado da Feira de S. Mateus, a pri-meira organizada por José Moreira?É um lugar-comum di-

zer que me senti satisfeito, mas foi mais do que isso, foi uma experiência nova e sobretudo porque veio de encontro a algo que me está muito intrínseco, que é a vontade de que-rer inovar, de querer criar, de lhe dar um contributo forte para o crescimento da cidade. Julgo que o de-safio que se me impôs foi dar caminho à opinião ge-

neralizada de que a Feira precisava de se rejuvenes-cer e de se reencontrar com a sua própria história e com aquilo que os vise-enses querem que ela seja. Senti que no final da pri-meira edição da minha responsabilidade demos um pequeno passo, mas há ainda bastante cami-nho para fazer.

Que pequeno passo foi esse?Procurar uma interven-

ção diferente, criando o tal ponto de encontro ao dar mais espaço às pes-soas dentro da feira. Jul-

go que isso aconteceu e é a opinião generalidade das pessoas. Numa perspeti-va de autocrítica, reconhe-ço que o espelho de água é uma boa localização, mas não resultou como eu so-nhei.

Vai manter-se este ano?Não. Vamos fazer uma

nova tentativa, embora aquela zona continue a ser aproveitada para ou-tras iniciativas em que procuramos chamar pú-blico (mercado de artigos em segunda mão e arte-sanato “Negócio de Rua”), porque na feira há circui-

tos. Estou convicto que o espaço da feira é um espa-ço historicamente talhado, que está bem recuperado, é muito bonito e tem um enquadramento fantásti-co, mas que precisa de ser repensado e a feira preci-sa de olhares diferentes. É esse caminho que é neces-sário fazer, com um olhar muito especializado que falta à feira.

Enquanto organizava esta edição em que pensava?Um pouco na insatisfa-

ção de não poder concre-tizar tudo ao mesmo tem-po.

Tem sido criticado por ter chegado com muitas e novas ideias para “revolucionar” a Feira e, no entanto, tudo parece manter-se.Esta minha passagem

pela Expovis e pela Feira é uma tentativa de fazer caminho e de procurar ir construindo uma feira que corresponda às expetati-vas.

A feira completa este ano 620 anos, mas o certame nem sempre teve este figu-rino. As edições atuais retra-tam a história do certame?Aí está um dos aspetos

que ainda não consegui concretizar, que é a ideia da celebração da memó-ria das pessoas que são a própria feira. Essas me-mórias, essas vivências estão cá, mas é necessário redescobri-las, não para fazer como se fazia há 60 anos, mas para construir uma feira melhor.

Quando pensou na edição deste ano o que lhe ocorreu imediatamente?A palavra que me ocor-

reu foi desafio.

Qual é o desafio para este ano?

entrevista ∑ Emília Amaralfotos ∑ Nuno André Ferreiraà conversa

José Moreira assumiu no inicio de 2011 a liderança da Expovis, empresa de capitais maioritariamente muni-cipais, que organiza diferentes feiras sectoriais, em Viseu e que tem todos os anos como tarefa principal preparar a Feira de São Mateus. A edição deste ano tem um número redondo, 620 anos. O antigo pro-fessor e ex-vereador do PSD juntamente com a sua equipa introduziu mais algumas alterações pontuais, mas assume, quase num discurso empresarial, que o grande salto do certame passa por uma estratégia internacionalização e que não está só nas suas mãos. A poucos dias de abrir a feira (10 de agos-to), e cerca de dois anos depois de assumir os comandandos da organização,José Moreira tem uma certeza: “Deu para perceber que a Feira de S. Mateus é a grande festa de Viseu”. Agora, é importante que esta grande festa seja a grande festa da região Centro e que seja uma grande festa de Portugal, esse é que é o objetivo”.

Jornal do Centro20 | julho | 2012

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JOSÉ MOREIRA | À CONVERSA

Trazer mais pessoas à feira, fazer mais, fazer me-lhor e conseguir melhores resultados.

Este ano a feira vai ter mais ou menos feirantes?Aumentámos claramen-

te o número.

Curioso em tempo de crise.As pessoas vêm na fei-

ra uma oportunidade de negócio. Não nos pode-mos esquecer que numa feira há negócio. Vou dar um exemplo: o corredor do pavilhão Multiusos destinado a instituições que ficavam ali gratuita-

mente, este ano, foi ven-dido.

Como é que se sente a crise na edição deste ano?Nós sentimos este ano

uma maior motivação co-mercial, de vender e de ga-nhar dinheiro, o que é po-sitivo. Neste ambiente de crise que todos vivemos, a feira é uma oportunidade para ganhar mais algum dinheiro.

A crise acabou por facilitar o negócio de contratação de bandas?Nós contratamos as ban-

das com bastante tempo

rAcho que a edição 620

vai proporcio-

nar grandes espetáculos”

ProgramaPalco principal

∑ Azeitonas∑ Leandro∑ Fernando Pereira∑ The Gift∑ Amor Electro∑ André Sardet∑ Xutos & Pontapés∑ BOSS AC∑ João Pedro Pais∑ Fingertips ∑ Lucky Duckies∑ Quim Barreiros ∑ Paulo Gonzo ∑Tony Carreira ∑ Buraka Som Sistema ∑ Santamaria ∑ David Fonseca ∑ Augusto Canário

Exposições e eventos

∑ Concurso fotográfico. tema: Mãos.∑ XXI Passeio de Cicloturismo, 2 setembro.∑ Mega aula de Zumba, 15 agosto.∑ “Negócio de Rua”, mercado de artigos em 2ª mão e artesanato, quintas e sextas-feiras.∑ Mostra Beirã, 10, 11 e 12 agosto.

rArejámos a comunica-

ção da Feira nas redes sociais”

de antecedência. Progra-mamos, sabemos o que queremos e em função disso criamos a progra-mação.

A aposta é nacional.Sim. Acho que a edição

620 vai proporcionar gran-des espetáculos.

O que lhe está a dar mais gozo fazer este ano?Acho que é tudo. Dá-me

gozo programar a própria feira em termos de espetá-culos. É dá-me muito gozo ouvir os jovens e ouvir as pessoas que me procuram quase diariamente a fazer propostas. Ao longo do ano recebo centenas de pesso-as e imensos mails a dar su-gestões. É um alento muito interessante e já deu para perceber que a Feira de S. Mateus é a grande festa de Viseu. Agora, é importante que esta grande festa seja a grande festa da região centro, que seja uma gran-de festa em Portugal, esse é que é o objetivo. Temos que derrubar essas frontei-ras e alarga-las. A Feira de S. Mateus tem que ser uma grande iniciativa nacional e internacional.

Continua a ter uma estraté-gia de internacionalização para a feira?É um sonho que todos

nós acalentamos. É di-fícil sobretudo nos tem-pos que correm chegar a Salamanca ou a Vigo e di-zer: temos aqui a Feira de S. Mateus. Mas é evidente que esse é o caminho, nós nunca teremos uma feira que tenha a dimensão que queremos, enquanto não tivermos essa estratégia de internacionalização.

Essa internacionalização passa por uma nova progra-mação musical?Não deve ser só isso. É

pensar para além da Serra da Estrela, é pensar para além da Fronteira de Vilar Formoso ou da fronteira de Valença e perceber que do lado de lá, há um con-junto enorme de pesso-as que podem ser público, devem ser público da Feira de S. Mateus e que podem vir fazer negócio.

Não incluiu uma banda estrangeira no cartaz deste ano porquê?Tivemos oportunidade

disso, simplesmente deve

ser avaliada, porque são clachês que, não sendo proibitivos, exigem uma decisão diferente. Gosta-ria imenso de trazer vários nomes e tivemos perspeti-vas de ter grandes nomes na feira deste ano…

É uma questão de orçamen-to?Não é só uma questão

de orçamento, assumo que há limitações orçamentais e tivemos cuidados espe-ciais em tempo de crise.

Como é que se consegue dar o salto para a internacionali-zação de que fala?Eu pergunto. A feira de

S. Mateus tem espaço para levar 40/50 mil pessoas na zona do palco? Há um redimensionamento ne-cessário. Este ano temos uma programação com muita qualidade, muito vi-rada para a juventude, por-que assumo que quero que os jovens venham à feira, e trabalhei afincadamente nesse sentido.

Além do espaço, o chamado preço social de entrada na Feira (2,5 euros) limita a pro-gramação?É evidente que condicio-

na. Mesmo a decisão de no ano passado termos subido para cinco euros a entrada em alguns espetáculos, os James não deram lucro. Há uma cultura de feira com um preço social, que eu concordo.

Que tipo de anfitrião é na feira? No ano passado acu-saram-no de andar pouco no recinto e quando andava por lá nem sequer cumprimenta-va os feirantes…O ano passo estava mais

numa perspetiva de análise e não foi fácil. Este ano es-tou bastante mais tranqui-lo. É legítimo que algumas pessoas sintam a mudan-ça e estranhem um pouco quando aparece uma cara nova com métodos novos. Este ano não há razões ne-nhumas para reticências e tem havido um diálogo muito importante e cons-trutivo. Não há feira sem feirantes, agora, quem or-ganiza a feira é a Expovis.

O tema base do cartaz da edição 620 são os 850 anos da morte de São Teotónio. De que forma é que a feira vai homenagear o padroeiro da cidade de Viseu?

Além do cartaz, o livro oficial da feira vai ter re-ferências ao São Teotónio. Vamos ter também várias iniciativas de um grupo de Viseu que vai celebrar o São Teotónio.

Que perspetiva nova é que quer dar ao livro da feira?Torná-lo um documento

de consulta, de estudo ao ir buscar as memórias de Viseu. O livro continua a ter o suporte de publicida-de, mas queremos dar-lhe uma feição diferente, com novos conteúdos.

O site www.feirasaomateus.pt é também uma aposta da organização. Porquê?Temos que perceber e

respeitar o número de pes-soas que hoje quer saber da feira através desses canais. Arejámos a comunicação da feira nas redes sociais. Esse é um desafio que não está terminado.

Fale-nos da tenda Multiusos que vai ficar instalada em frente ao Forum Viseu?Eu não quero que, ao

fim da primeira semana, as pessoas digam: Já fui à feira, já vi tudo. A nossa ideia é na tenda Multiusos, o tal segundo palco, criado num espaço de 1500 metros quadrados, reunir um con-junto de iniciativas com as quais queremos criar novi-dade dentro da própria fei-ra. A ideia da Mostra Beirã (gastronomia), da saúde e bem-estar, do desporto, de propostas musicais, são iniciativas com que preten-demos trazer mais gente e que a feira seja mais agra-dável para um maior nú-mero de pessoas.

Quais a melhor e pior recor-dação destes cerca de dois anos de trabalho na Feira de S. Mateus?Tive um momento difícil,

que ainda hoje não com-preendo, quando no ano passado houve uma para-lisação dos divertimentos. Foi um momento particu-larmente azedo. A melhor recordação é a própria fei-ra, as pessoas, mas saí par-ticularmente feliz do con-certo dos James. Lutei um pouco por aquele momen-to e, depois, quando termi-nou o concerto vi aqueles milhares de pessoas muito felizes e vi ali um momen-to diferente com o qual me senti recompensado.

(10 de agosto a 23 setembro)

9Jornal do Centro20 | julho | 2012

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regiãoPRAIA FLUVIAL DA SENHORA DA RIBEITA TEM UNIDADE DO POSTO DE TURISMO

A Câmara de Santa Comba Dão e a empresa municipal Combanima inauguraram no sábado, dia 28, uma nova unida-de do Posto de Turismo na praia fluvial da Se-nhora da Ribeira, com o objetivo de promover o turismo no concelho.

“Esta unidade preten-de ser um posto de aten-dimento a turistas e visi-tantes da praia com o in-tuito de prestar apoio aos utentes e de promover e dinamizar o patrimó-nio natural e edificado do concelho de Santa Comba Dão”, sublinhou o presidente da autar-quia, João Lourenço.

O novo espaço vai es-tar a funcionar duran-te os fins de semana de agosto. No entanto, a câ-mara não coloca de lado a possibilidade de alar-gamento do período de funcionamento. EA

PATRULHA A CAVALO VIGIA FLORESTA DE VOUZELA

Uma equipa constituí-da por dois homens a ca-valo está a patrulhar dia-riamente a floresta do concelho de Vouzela.

De segunda a sexta-feira e esporadicamente ao fim de semana, esta equipa percorre cerca de 4o quilómetro, vi-giando o Monte de Se-nhora do Castelo, a Ser-ra da Manga, a Penoita e a zona da Foz.

O presidente da Câ-mara, Telmo Antunes adiantou em comuni-cado que espera que a presença da patrulha a cavalo “tenha um efeito dissuasor de atos de fogo posto, naqueles que são alguns dos pontos mais sensíveis do concelho, a nível de perigosidade de incêndio”.

Os dois voluntários, depois de cumprirem a jornada diária de traba-lho, mantêm-se ao dis-por da proteção civil, en-tre as 17h30 e as 21h00. EA

O Partido Socialista de Mangualde acusa a oposi-ção PSD na Câmara, de ter votado desfavoravelmente uma proposta apresenta-da pelo executivo socialis-ta de João Azevedo, contra a Reforma Administrativa Territorial Autárquica, que prevê a redução de mais de mil freguesias em todo o paísA Câmara submeteu à reu-nião de executivo de 30 de Julho uma proposta sobre a reorganização do mapa de freguesias no concelho. Nessa proposta, a autarquia afirmava que era “contra a extinção de freguesias” e que o executivo do PS “não entregaria qualquer pro-posta de um novo mapa ad-ministrativo à Assembleia da República (AR) ficando essa responsabilidade a car-go do atual governo”. Os três vereadores do PSD votaram contra.

“Foi sem surpresa que tive-mos conhecimento da po-sição favorável deste par-tido (PSD) em reunião de Câmara, para a extinção de freguesias do nosso conce-lho”, comenta o presidente da concelhia do PS, Marco Almeida, acusando os social democratas de quererem

“acabar com as freguesias”.“Quando é oposição é con-tra as portagens ou contra o encerramento de serviços. Quando é poder, diz tudo ao contrário. Parafrasean-do Passos Coelho, este PSD de Mangualde comporta-se com uma ‘barata tonta’”, adianta.A vereadora do PSD, Isabel Ramos responde que a vo-

tação não foi sobre se es-tavam a favor ou contra a extinção de freguesias em Mangualde, mas sim de um parecer em que o executi-vo socialista propunha não avançar com qualquer pro-posta alternativa à da unida-de técnica. “Eu e os meus colegas não votámos a favor ou contra a lei, o que se votou foram os considerandos de um pare-cer com o qual não concor-dámos”, reforça ao lembrar que foi entregue ao executi-vo uma declaração de voto.Isabel Ramos, também presidente do PSD de Mangualde, assume que a reforma “tem que ser feita” porque faz parte do acor-do com a troika “assinado também pelo PS”, mas de-fende uma auscultação às populações. “Estamos sem-pre abertos a debater este assunto, porque as pessoas precisam das juntas de fre-guesia, agora, o que se tinha de fazer era articular com as populações sobre qual a me-lhor” proposta, esclarece.Seis presidentes de junta do concelho de Mangualde, três do PSD, também se ma-nifestaram contra a posição dos vereadores do PSD na autarquia. Em comunicado conjunto, os autarcas decla-ram o seu “profundo desa-grado pela tomada de posi-ção, acusando-os de “colo-carem acima dos interesses das populações os interes-ses partidários”.Em Mangualde a proposta da AR é de redução de qua-tro das 18 freguesias.

Emília Amaral

PS e PSD de Mangualde desentendem-se

“O emissor da TDT de Sátão foi ligado”, a infor-mação foi veiculada, em comunicado, pela Junta de Freguesia de Sátão, no dia 27 de julho.Há muito que Arman-do Cunha, presidente da Junta de Freguesia de Sátão, vinha alertando para a falta de cobertu-ra e falhas constantes de sinal. No dia oito de janeiro, numa carta en-viada à Autoridade Na-cional de Comunicações (ANACOM), podia ler-se: “o sinal da TDT, nesta freguesia, é muito fraco e com falhas frequentes ‘sem sinal’”. Pediam-se também “medidas urgen-tes para se resolverem os problemas e que a infor-mação seja esclarecedo-ra e verdadeira”. Em me-ados de maio, outra carta seguiu da freguesia para a ANACOM a comuni-car os mesmos proble-

mas, depois do “desli-gamento com ‘pompa e circunstância’ do sinal analógico”. “Apesar dos investimentos feitos em descodificadores, ante-nas, estabilizadores, am-plificadores e serviços, continuamos com falta de cobertura e sinal com picos”, referia a carta, que solicitava o auxílio à ANACOM, PT, ANAFRE e ANMP. Recentemen-te, a 28 de junho, lia-se: “são 09h00 e Sátão conti-nua sem sinal TDT”. Por esta altura, os e-mails en-viados para a organismo responsável pelas comu-nicações eram diários. A freguesia e as popula-ções um pouco por todo o concelho, não gostaram de não poder assistir ao jogo Portugal-Espanha, a contar para o Campeo-nato da Europa de Fute-bol, e as críticas subiram de tom.

Ao fim de muita insistên-cia, Armando Cunha ga-rantiu ao JC que “em casa, no centro da vila, a quali-dade do sinal está, desde sexta-feira, a 97 por cento”. O emissor TDT está colo-cado na torre da antena da TMM (junto ao campo de futebol), pelo que as pes-soas devem reorientar a antena e sintonizar o ca-nal 56. Depois de resolvi-do o problema, pelo me-nos tudo aponta para isso, o presidente da Junta de Freguesia de Sátão lamen-tou a falta de apoio dos ou-tros presidentes de juntas do concelho. “Fui o único que reclamei, os meus co-legas presidentes de Junta não se mostraram solidá-rios. Quando as pessoas colocam a política à frente do bem comum nunca dá bom resultado”, concluiu Armando Cunha.

Tiago Virgílio Pereira

Habitantes de Sátão já veem televisão TDT ∑ Freguesia lutou durante vários meses pela qualidade do sinal

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REGIÃO | MANGUALDE

O equilíbrio dos Vinhos Tintos

Opinião

O equilíbrio dos vinhos tintos assenta em três gran-des grupos de sabores: doce, ácido e adstringente, bem como numa vasta pa-nóplia de aromas oriundos das castas, potenciados por diferentes métodos de vini-ficação, estabilização e con-servação.

A determinação e mono-torização destes compos-tos durante o período de maturação das uvas são as-pectos cada vez mais estu-dados, com o propósito de procurar maximizar, se for esse o intuito, a sua plena extracção.

No caso dos vinhos tin-tos obtidos por curtimen-ta, isto é, em que a fermen-tação decorre em contacto com as películas, os proces-sos de extracção de aromas, compostos da cor, sabores doces, ácidos e adstringen-tes são regulados pelo tipo de trabalho desenvolvido no lagar ou na cuba, com especial destaque para o número e intensidade das pisas (cortes do lagar, re-montagens) a desenvolver.

Neste vinho, o que se pre-tende, de um modo muito sucinto, é que a componen-te responsável pela sensa-ção de doçura, açúcares e álcool, possam equilibrar os sabores ácido e adstrin-gente aí presentes.

Assim, o teor de açúcares existente nas uvas e poste-rior teor alcoólico é prova-velmente o factor que mais irá condicionar as possíveis metodologias a desenvol-ver, originando vinhos bas-tante distintos.

No caso dos vinhos mais frutados e frescos, e apa-rentemente mais fáceis de beber, o que se procura pri-vilegiar é o equilíbrio a es-tabelecer entre o álcool, a acidez e os aromas, evitan-do a extracção excessiva de compostos adstringentes (taninos). No entanto, estes vinhos não denotam capa-cidade de evoluírem, pos-suem um tempo de vida re-duzido. Se o propósito do produtor é procurar vinhos mais estruturados, que evi-denciem aptidão de evolu-ção em madeira ou na gar-rafa, os taninos são já extraí-dos em concentrações mais elevadas, mas concomitan-temente o seu tempo de es-

tágio é substancialmente superior, necessitando de um polimento (arredonda-mento).

Assim sendo, parecem existir algumas regras que podem e devem ser respei-tadas. Nos vinhos com gra-duações alcoólicas baixas, em que os compostos áci-dos existem em concentra-ções mais elevadas, é neces-sário um cuidado redobra-do na vinificação, a fim de minimizar a extracção de taninos. Este procedimen-to permite evitar o confli-to muito perceptível entre a acidez e a adstringência, que conduz a vinhos duros e difíceis de beber. Por ou-tro lado, quando se procu-ra privilegiar a extracção de taninos no vinho, favo-recendo a sua evolução e longevidade, é a acidez que se deve dosear. Todo este conjunto de equilíbrios en-tre os diferentes compos-tos é balizado pelo teor al-coólico dos vinhos. Os de graduações alcoólicas mais elevadas suportam níveis de acidez e de adstringên-cia superiores e denotam qualidades distintas de evo-lução.

Os mais desejados vinhos verdes tintos, com uma procura muito particular na sua região, apresentam-se muito aromáticos, fres-cos mas moderadamente adstringentes. No caso dos vinhos oriundos do Dão, a característica dominante é a harmonia que é possível estabelecer entre o álcool, a acidez e a adstringência. Se nos reportarmos aos vi-nhos do Douro, com gradu-ações alcoólicas por norma superiores, a sua estrutu-ra revela maior capacidade de harmonizar os taninos aí existentes de modo mais consolidado.

O domínio adequado destas ferramentas permi-tiu o aparecimento das re-giões vinícolas portugue-sas de vinhos que por vezes vão rompendo com o perfil tradicional, criando novas referências muito aprecia-das pelo público.

Boas férias e bons vinhos.

Rui CoutinhoTécnico Superior Escola Superior Agrária de Viseu

[email protected]

A Associação Huma-nitária dos Bombeiros Mangualde (AHBM) e a Associação Empresarial de Mangualde (AEM) as-sinaram um protocolo de cooperação com vista à formação em combate e evacuação de incêndios nas empresas.

Esta cooperação vai permitir assegurar a arti-

culação entre as duas en-tidades no sentido de mi-nimizar as falhas de orga-nização e a rentabilização dos recursos humanos e

logísticos envolvidos no processo formativo de ambas as instituições.“Em matéria de preven-

ção e proteção contra in-

cêndios nas empresas, a formação é indispensável e obrigatória não devendo ser improvisada ou negli-genciada para que a ação dos trabalhadores desig-nados para as equipas de intervenção de combate a incêndios seja eficaz”, adianta a AHBM e a AEM em comunicado conjun-to. EA

Bombeiros e associação juntos na formaçãoB

ombe

iros.

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Jornal do Centro03 | agosto | 201212

Page 13: Jornal do Centro - Ed542

TONDELA | VISEU | SANTA COMBA DÃO | REGIÃO

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ROUBADOSViseu. Quinze desenhos de Alice Geirinhas, avaliados em cerca de 10 mil euros, de-sapareceram após a conclu-são da exposição da artis-ta que integrava o progra-ma dos “Jardins Efémeros”, que decorreu em Viseu.Sandra Oliveira, da or-ganização dos “Jardins Efémeros”, disse à agência Lusa que as obras - 15 no to-tal, das quais nove integra-vam a exposição -, “desa-pareceram” no momento em que o material da ex-posição era colocado em sua casa.Segundo Sandra Oliveira, o desaparecimento das obras só foi notado na segunda-feira, quando se procurava terminar o processo de de-volução do material expos-to, mas o alegado furto terá ocorrido “na sexta-feira, quando terminou a expo-sição, durante o transporte do conjunto do carro para casa”.Logo após ter sido deteta-do o desaparecimento, foi dada a informação à PSP de Viseu, com a queixa for-mal a ser apresentada hoje. O caso, entretanto, está já a ser investigado pela Polícia Judiciária.Sandra Oliveira disse ter sido já, também, anuncia-da uma recompensa de dois mil euros para quem tiver informações sobre o para-deiro dos desenhos.Os trabalhos desapareci-dos resultam da aplicação de técnicas mistas e consti-tuem retratos, com dimen-sões diversas.

CERCADOSTondela. Cinco bombeiros de Tondela estiveram no sá-bado, dia 28, cercados pelas chamas que lavram na ser-ra do Caramulo, depois da viatura em que seguiram ter tido um acidente, mas foram salvos por descar-gas de água de meios aére-os. ”Os bombeiros não fica-ram feridos e continuaram a combater o incêndio”, dis-se fonte do CDOS.

R O U B A D AE AGREDIDASanta Comba Dão. Uma mulher de 78 anos foi as-saltada e agredida, na sua habitação, durante a ma-drugada de terça-feira, no Bairro da Misericórdia, em Santa Comba Dão. A víti-ma e o assaltante são co-nhecidos.Júlia Ricardo, 78 anos, esta-va a dormir no quarto quan-do ouviu barulho. “Como o carro do lixo estava a recolher o entulho, não dei importância”, contou. Contudo, João Durães, 38 anos, aproveitava o ruí-do para arrombar a porta com uma biga de cimen-to e entrar na casa. “Cada vez que entro no quarto parece que vejo aquele ho-mem”, disse a idosa lava-da em lágrimas. Quando se apercebeu do homem, Júlia gritou por socorro mas ninguém a acudiu. Foi aí que João Durães “lhe tapou a boca e disse: Júlia não te vou fazer mal, só quero o ouro”, lembrou. O homem, filho da terra e que Júlia viu crescer, segu-rava uma lanterna e, atra-vés do reflexo da parede, a idosa não teve dúvidas de o identificar. João arrancou-lhe os brincos de ouro das orelhas e exigiu um fio de ouro, que a idosa tinha es-condido atrás da cama. “Eu já roubei um carro e estou drogado, se não me dás o fio espeto-te com uma faca”, re-corda. Apavorada, Júlia ce-deu e deu o fio e ainda cer-ca de 12 euros que tinha na carteira. À saída, João Du-rães esperou que a idosa se voltasse a deitar e disse: “fi-cas aí calada que eu vou es-perar lá fora e ver se tu vais contar a alguém”.Passados 15 minutos, Júlia ganhou coragem e saiu de casa em direcção à habita-ção do filho, que dista pou-cos metros, e que deu o aler-ta à GNR. A idosa foi assisti-da no Centro de Saúde e na quarta-feira, deslocou-se ao hospital de Viseu para fazer exames.

A Câmara Municipal de Tondela deu início à cons-trução do quarto parque de estacionamento na zona histórica da cidade. Com capacidade para 23 viaturas, o investimento de cerca de 350 mil euros é para o presidente da au-tarquia, Carlos Marta uma “uma mais-valia” para a população e para os co-merciantes instalados na zona histórica da cidade, ao facilitar o acesso àque-la área urbana.

O novo parque de es-tacionamento fica locali-zado entre a Avenida Dr. António José de Almei-da e a Rua Dr. Aníbal de Figueiredo. A autarquia

adquiriu três edifícios de-gradados, que foram de-molidos para dar lugar ao parqueamento.

O investimento surge inserido num projeto glo-bal de regeneração urba-na da zona histórica de Tondela. De acordo com Carlos Marta, chega aos nove milhões de euros,

sendo 85 por cento des-te montante financiado pelo Quadro de Referên-cia Estratégico Nacional (QREN), através do Pro-grama MaisCentro.

O projeto global envol-ve a requalificação de to-das as ruas e avenidas da zona histórica e, entre ou-tros projetos específicos,

a construção de parques de estacionamento, com destaque para o que se si-tua nas traseiras do edifí-cio da Câmara Municipal (150 lugares), a recupera-ção do Mercado Munici-pal e do Museu Terra de Besteiros.

Emília Amaral/Lusa

Novo parque de estacionamento nasce em TondelaInvestimento ∑ Projeto para 23 viaturas vai custar 350 mil euros

SECRETÁRIO DEESTADO DAAGRICULTURAEM VISEU

José Diogo Albuquer-que, secretário de Esta-do da Agricultura, vem ao distrito de Viseu, no domingo, dia 5 de agos-to, pelas 12h00, para participar na abertura do espaço “Projeto Ter-ras”, nas Termas de São Pedro do Sul.

FESTIVAL DOCAMARÃOREGRESSA AOPALÁCIO DO GELO

A Antártida Cerveja-ria, no Palácio do Gelo Shopping, em Viseu, promove, entre 9 e 12 de agosto, a segunda edição do Festival do Camarão, uma expe-riência gastronómica que convida à degusta-ção desta iguaria fres-ca nas mais variadas propostas. A iniciativa inclui a presença dos chefs Licínio Marques e André Condez, da Vi-sabeira Turismo, que estarão diariamente na cervejaria para sessões de show cooking.

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educação&formação

Depois do Jornal do Centro ter publicado na edição passada (nº 541) a lista das 39 escolas bási-cas que vão encerrar no distrito de Viseu, a co-ordenadora distrital de Viseu do Bloco de Es-querda (BE) emitiu um comunicado em que diz que “este programa de de-sinvestimento na escola pública, para além de ser atentatório da qualidade de ensino, está a aumen-tar, exponencialmente, o desemprego e a instabili-dade profissional dos pro-fessores”. Segundo o mes-mo comunicado, que as-senta em informações do

Sindicato dos Professores da Região Centro, “só em 27 escolas, agrupamentos e escolas secundárias do distrito de Viseu existi-rão, no próximo ano le-tivo, 710 horários zero, e 206 professores contra-tados deixarão de traba-lhar nestas escolas. Um dos casos mais controver-sos regista-se no concelho de Tondela, “onde 129 os professores ficarão com horário zero”. No Agru-pamento de Escolas de Viseu Sul, “dos atuais 257 horários, são eliminados 88 (34,4%), deixando no desemprego os 19 docen-tes ali contratados e reme-

tendo para Destacamento por Ausência da Compo-nente Letiva mais 69”.

O concelho de Carregal do Sal será o mais afetado do distrito. Ali, encerra-ram nove estabelecimen-tos escolares. Mas, segun-do Atílio Nunes (PSD), presidente da Câmara de

Carregal do Sal, “o estu-do foi realizado e aprova-do e no Centro Escolar, que está pronto, as crian-ças vão ter condições de aprendizagem que nunca tiveram”. O edil disse ain-da que “há articulação en-tre a autarquia e o Agru-pamento de Escolas para

encarar da melhor forma o novo ano letivo que se aproxima”. O caso mais preocupante prende-se com o transporte dos alu-nos mas o autarca garan-tiu que “tudo está resolvi-do, através de empresas que se ofereceram para transportar as crianças e por carrinhas”, concluiu.

Para Leonel Menezes, 42 anos, “ é fundamental que a tutela transmita aos encarregados de educa-ção o que quer fazer”. O membro da Associação de Pais Encarregados de Educação das Escolas de Mamouros disse que “os pais estão aborrecidos,

porque as medidas são de carater economicista e não são em prol do de-senvolvimento estudan-til das crianças”. Por isso, contesta a decisão de en-cerrar a escola EB de Ma-mouros, no concelho de Castro Daire. “Andamos nesta guerra há dez anos e tudo faremos para impe-dir o fecho da escola bá-sica. As alternativas não são credíveis e distam muitos quilómetros. A das Termas de Carvalhal dista quatro quilómetros e a de Alba cinco quiló-metros”, concluiu.

Tiago Virgílio Pereira

Encerramento de escolas preocupapais e partido políticoMamouros ∑ Membro da Associação de Pais Encarregados de Educação diz que não há alternativas

Bloco de Esquerda ∑ “É um desinvestimento na escola pública”

A Escola Superior Agrá-ria de Viseu (ESAV) inclui na sua oferta formativa mais dois cursos de pós-graduação para o ano leti-vo 2012/2013 – Agropecuá-ria Sustentável e Nutrição e Segurança Alimentar.

O curso de pós-graduação em Nutrição e Segurança Alimentar pretende ofere-cer uma formação interdis-ciplinar no âmbito das ciên-cias da nutrição com vista à promoção da saúde, a ní-vel individual e coletivo, vi-sando simultaneamente conferir competências na área do desenvolvimento e implementação de sistemas de gestão da qualidade, ga-rantindo alimentos mais se-guros e a melhoria contínua da nutrição da população.

Este curso tem como des-tinatários os titulares de for-mação superior, que, pelas suas características pesso-

ais e/ou pela sua experiên-cia profissional, pretendam uma formação de qualidade na área de nutrição e segu-rança alimentar.

O curso de pós-gradu-ação em Agropecuária Sustentável visa propor-cionar uma atualização e aprofundamento de conhe-cimentos aos profissionais que atuam no complexo pro-cesso da sustentabilidade da produção agrícola e produ-ção animal e na proteção do ambiente.

Este curso tem como des-tinatários os titulares de for-mação superior, que, pelas suas características pesso-ais e/ou pela sua experiên-cia profissional, pretendem uma formação de qualidade na área da ciência animal e vegetal.

O período de candidatu-ras decorre até ao dia 15 de setembro.

Escola Agrária com dois novos cursos

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Textos: Andreia MotaGrafismo: Marcos Rebelo

Fotos: Nuno André Ferreira

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Sátão vai estar em festa de 18 a 20 de agosto. O município cumpre a tradi-ção e preparou um cartaz cheio de boas propostas para todos os que quiserem participar no certame em honra de S. Bernardo.

Gastronomia, artesanato, cultura, con-curso de gado e muita música são al-guns dos ingredientes que dão destaque àquela que é já uma iniciativa de referên-cia para a região, sobretudo com a reali-zação da Feira Anual.

O certame arranca no sábado, a partir das 21 horas, com um baile protagoni-zado pela Banda Kayene. Uma hora de-pois é a vez de Carla Linhares subir ao

palco acompanhada pela Tuna Senhora da Beira.

No domingo, a gastronomia estará em destaque nas comemorações, com a re-alização do Festival da Sopa, que irá le-var muitas propostas deliciosas à nova Escola Primária. Às 21 horas, os ritmos animados regressam, com Marcos Frias e Júlia, que serão também responsáveis por encerrar a noite. Mas o grande mo-mento será o Festival de Folclore e Mú-sica Popular, que leva ao recinto da festa vários grupos do concelho ligados à mú-sica tradicional.

O programa do dia 20, em que se as-sinala o feriado municipal, está repleto de

propostas que irão abrilhantar a vila. A feira anual é uma das sugestões, mas há ainda o concurso de gado e a ani-mada garraiada, que suscitam sempre grande curiosidade.

A Banda Ómega foi a escolhida para o baile que terá lugar a partir das 21 ho-ras. Outro momento alto será pro-tagonizado por três gerações de ar tistas. Índia, Ana e José Malhoa prome-tem animar todos os que se deslocarem até ao Largo de S. Bernardo. A entrada no recinto é gratuita.

Festas de S. Bernardoanimam município

O município de Sátão é já conhecido como a capital do míscaro, um fungo que serviu de base também à criação de um percurso pedestre.

A Rota do Míscaro, que tem início no Santuário de Nosso Senhor dos Ca-minhos, em Rãs, freguesia de Romãs, tornou-se num caso de sucesso, sen-do procurada por centenas de pesso-as que procuram não só realizar um pouco de desporto, mas também con-viver com a riqueza paisagística que a caminhada proporciona.

O verde da natureza, conjugado com o azul das águas límpidas, é uma pre-sença constante durante o passeio, que se torna ainda mais agradável se for realizado em grupo. Paralelamen-te, há tempo para desfrutar da riqueza patrimonial que o concelho tem para oferecer.

Partindo do Santuário, os pedestria-

nistas são ladeados por frondosos pi-nheiros e envolvidos pelas margens do Rio Vouga até à Fraga, na freguesia de Ferreira de Aves, onde vão encontrar o Convento do Senhor Santo Cristo da Fraga. O ar puro acompanha-os depois até à Serra de S. Matias, onde merece destaque a beleza da zona envolvente à Capela com o nome do santo, que é também padroeiro da localidade de Vila Boa de Ferreira de Aves. Veiga é o destino que se segue em direção ao Convento de Santa Eufémia. É hora de descansar um pouco e aproveitar para conhecer o convento antes da subida para Vila Boa. Na aldeia, somos recebi-dos pelas casas de pedra, como teste-munhas de histórias antigas. No cami-nho de regresso, pelo Trabulo, é tempo de atravessar as poldras, admirando as águas transparentes do rio que inspira-ram poetas e pintores.

Com uma distância de aproximada-mente 18 quilómetros, o percurso tem um nível de dificuldade baixo/ médio e demora cerca de cinco horas a ser concluído até ao regresso, novamen-te no Santuário de Nosso Senhor dos Caminhos.

Míscarodá nomea percurso pedestre

O património religioso, do qual se desta-ca o estilo Barroco; a riqueza natural, onde densas florestas asseguram momentos de descanso e ar puro; a gastronomia vasta, com o míscaro e os produtos hortícolas a servirem de inspiração para os mais de-liciosos pratos; e a beleza do artesanato que imortaliza tempos antigos transfor-mam o município de Sátão num concelho ímpar e que vale a pena visitar. A estes ele-mentos junta-se ainda a hospitalidade das suas gentes, que fazem questão de pôr em prática a arte de bem receber.

Entre vales graníticos e xistosos, o concelho recebeu Foral a 9 de maio de 1111 e encontra-se integrado na Região Demarcada dos Vinhos do Dão. Paralela-mente aos extensos vinhedos, com uma grande diversidade em termos de castas, serpenteiam inúmeros cursos de águas límpidas.

A par de condições climatéricas nem sempre favoráveis, são estas algumas das características que tornam o território tão fértil e que permitem colher bagas, frutos variados, vegetais e cogumelos, sobretu-do o míscaro. A importância deste fungo faz com que o Sátão seja já conhecido como a Capital do Míscaro.

A par da importância da agricultura, que representa uma fatia relevante na subsis-tência da população, o município distin-

gue-se pela imponência do património religioso e arqueológico. Da sua história resistem ainda vestígios pré-históricos e românicos. Santuários, pelourinhos, er-midas e solares preenchem de beleza os cerca de 200 quilómetros quadrados que constituem o município e enchem de or-gulho as suas gentes.

O Santuário do Senhor da Agonia, o Convento da Fraga, a Igreja de Santa Eufémia, o Museu Etnográfico de Rio de Moinhos, o Santuário de Nosso Senhor dos Caminhos, a Capela de Nossa Se-nhora da Esperança e as inúmeras igrejas paroquiais são alguns dos locais de visita obrigatória.

E depois de longos passeios a desco-brir os recantos encantados do concelho de Sátão há ainda tempo para saborear a gastronomia local feita a partir de pro-dutos de excelência, como os enchidos, os produtos hortícolas e frutícolas, o pão artesanal, a broa de milho ou centeio e, claro, o míscaro. Arroz ou açorda de mís-caro, o feijão vermelho com couves e car-ne de porco, a vitela e cabrito assados no forno de lenha, as papas de Ralão e os bolos de azeite são imperdíveis. Entre os doces há filhós, rabanadas, cavacas, arroz-doce, leite-creme, aletria e pão de ló. Saborosas tentações a que não vale a pena resistir.

Sátão encerra recantos encantados

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Desde que abraçou, há sete anos, o projeto de liderar o município de Sátão quais têm sido as prioridades?A primeira prioridade foi dotar

algumas aldeias de infraestru-turas básicas como saneamen-to e água. Recorremos ao Pro-grama Operacional de Valoriza-ção do Território e investimos cerca de 1,4 milhões de euros na parte sul do município. Na zona norte, foram gastos mais de dois milhões de euros.

Outra grande preocupação foi colocar a autarquia como boa pagadora perante forne-cedores e os munícipes. Her-damos uma dívida de cerca de nove milhões de euros e, nes-te momento, devemos quatro milhões e, além de não termos qualquer fatura em atraso, pro-curamos cumprir os compro-missos no que diz respeito às obras que estão a decorrer.

Tendo em conta o financia-mento d ispon ib i l i zado pe lo Quadro de Referência Estraté-gico Nacional, decidimos tor-nar o concelho mais atrativo. Construímos a Casa da Cul-tura, requalificámos os Paços do Concelho e estamos a con-cluir as obras na Rua Dr. Hilário de Almeida Pereira, no âmbito das quais optámos por fazer um parque infantil. Reabilitá-mos duas praças – a do túnel e a do poço – que estavam em mau estado e continuamos a fazer os contratos-programa com as juntas de freguesia, pe-las quais distribuímos todos os anos 375 mil euros, dos quais 75 mil são para limpezas.

Além da construção do Ca-nil Intermunicipal, que asso-cia o Sátão, Aguiar da Beira e Penalva do Castelo; foram feitas outras pequenas bene-f iciações na rede viár ia. Re-qualificámos a zona da Nossa Senhora da Esperança e me-lhorámos a estrada que liga o Santuário do Senhor dos Ca-minhos a Vila Boa de Ferreira de Aves, à Quinta da Carras-queira, onde existe o Convento do Santo Cristo da Fraga, e ao Convento de Santa Eufémia. O investimento rondou quase 600 mil euros. Requalificamos a es-trada da Carinha, Vila Longa, Cavaca, num investimento de 670 mil euros.

Uma das obras pela qual tem lutado é a requalificação da Estrada Nacional 229. Como está o projeto?Já disse anteriormente que

há duas v ias pr ior i tá r ias no d i s t r i to de V i seu. Na l i ga-ção Viseu-Coimbra, auto es-trada e EN229, Sátão-Viseu. Esta via não liga só o Sátão a Viseu, mas também Vila Nova de Paiva, Moimenta da Beira, São João da Pesqueira, Aguiar da Beira e Sernancelhe. Todos os dias passam nesta via 10 mil viaturas e os cerca de 18 quilómetros, que poderiam ser feitos no máximo em 15 minu-tos, por vezes demoram cerca de 45.

Já fo i f e i to o e s t u do de impacte ambiental e os municí-pios de Viseu e de Sátão, bem como a maioria das freguesias envolvidas, escolheram o me-lhor traçado. Falta agora lan-çar a obra a concurso. Embora não dependa do município, por ser uma obra da Estradas de Por tugal, não gostaria de ter-minar este mandato sem que isso acontecesse.

Falta cerca de um ano para terminar o mandato. Quais são as apostas para o con-celho?É preciso terminar as inter-

venções que estão em curso e vamos iniciar a Praia Fluvial do Trabulo, no Rio Vouga, junto ao Senhor dos Caminhos, que vai ficar integrada num circuito tu-rístico, envolvendo também o Convento de Santa Eufémia e o antigo Convento da Fra-ga. O lançamento da obra já foi feito.

Gostava de continuar esta missão?Sim, mas a minha candidatu-

ra depende do facto da admi-nistração central não retirar do Interior equipamentos/estrutu-ras fundamentais ao seu desen-volvimento. Entendo que, quem nasceu e cresceu num municí-pio do Interior tem direito a con-tinuar a viver nesse município.

Tal como o senhor primeiro-ministro diz que em primeiro lu-gar está o país e depois o parti-do; para mim, em primeiro lugar está o meu concelho e depois o partido.

Sou médico pelo que não de-pendo do trabalho na autarquia. Se esta passagem pelo municí-pio foi boa já ‘provei o meu mel, se foi má já f iz o meu sacrif í-cio’.

Assim, se o Tribunal de Sátão encerrar não me candidato pelo PSD de certeza e não sei se o farei por outro partido.

Está prevista alguma ação para lutar contra o encerra-mento do tribunal?A Associação Nacional de

Municípios Portugueses organi-zou uma manifestação, na qual o município esteve representa-do com vereadores, elemen-tos da Assembleia Municipal e presidentes de Junta. A senho-

ra ministra já disse que se trata apenas de um estudo e que irá receber os autarcas, mas ainda não o fez.

A minha posição passa por pressionar, mostrando que o In-terior também tem direito a vi-ver e que a extinção do Tribu-nal de Sátão não está correta. Se o fecho se dever a questões económicas já nos disponibili-zámos para ceder gratuitamen-te as instalações.

Em 2001, o Sátão tinha 13 144 habitantes; e em 2011 esse número desceu para 12 444. Perdemos cerca de 600 resi-dentes e essa situação vai pio-rar se não lhes dermos condi-ções para continuarem a viver no concelho.

Sendo o município bastante extenso – com doze fregue-sias – como o caracteriza?É um concelho onde a agri-

cultura ainda tem um peso sig-nificativo, sendo praticada so-bretudo pelos mais velhos. A população encontra-se, aliás, bastante envelhecida. Em 2001, para cada 100 jovens havia 122 idosos, um número que subiu para os 188 seniores. Em 2011 para cada 100 jovens há 178 idosos.

Temos várias indústrias, liga-das à cerâmica, aos lacticínios, serrações de madeira e corte de pedra. Destaque ainda para os aviários e algumas vacarias.

A zona industrial está preen-chida e há terreno e projeto para outra, que será iniciada de for-ma faseada. Há possibilidade de o concelho acolher a nova fábrica de cerâmica da Visabei-ra e do Grupo Ikea.

A vertente agrícola encontra-se muito vincada, nomeada-mente com o míscaro, que se já se tornou num ex-libris. Qual o seu impacto para a economia local?O míscaro selvagem, que

para se desenvolver tem de ter calor e humidade, é apanhado na época do outono e há pes-soas que chegam a conseguir cerca de três mil euros.

Depois temos também uma fábrica na Meã que comercia-liza este fungo para todo o país e para o estrangeiro.

Q u a i s s ã o a s o u t r a s potencialidades que o mu-nicípio tem para oferecer a quem o visita?O turismo religioso é muito

r ico. Vale a pena conhecer a Capela de Nossa Senhora da Esperança, que foi requalifica-da e é a joia da coroa a nível distr ital no que diz respeito à arte barroca. A Igreja do antigo Convento de Nossa Senhora da Oliva, o Convento da Fraga e de Santa Eufémia (em Ferreira d’Aves) e o Santuário do Senhor da Agonia (no Avelal) são outros dos pontos de paragem obri-gatória.

Em termos de Natureza temos os rios Paiva e Vouga, com inú-meras potencialidades turísti-cas.

“Em primeiro lugar estáo concelho e depois o partido”

A cerca de um ano de terminar o seu segundo mandato, o presidente da Câmara de Sátão, Alexandre Vaz, faz um balanço positivo desta missão, que não se importa de continuar desde que a administra-ção central não retire do Interior equipamentos/estruturas fundamen-tais ao seu desenvolvi-mento.

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A Casa da Cultura, inaugurada no passado mês de maio, é outro dos projetos ambiciosos acolhidos pelo concelho de Sátão. Resultado de investimento de mais de 580 mil euros, o espaço manteve a fachada do anterior edifício, cuja história se confundia com a do próprio mu-nicípio, uma vez que ali tinham funcionado a Escola Primária e a sede do Clube de Sátão.

A intervenção permitiu dotar um espaço de condições únicas, colocando-as ao serviço da população. A instalação de um Posto de Turismo foi uma das apostas, de modo a possi-bilitar aos visitantes o acesso a meios audiovisuais e impressos sobre as riquezas culturais, arquitetónicas e gastronómicas da região.

Paralelamente, o espaço irá acolher inúmeros eventos, como exposições temporárias, pa-lestras e workshops. A Casa da Cultura foi ainda escolhida para albergar a futura Academia de Música de Sátão, a lançar em parceria com o Conservatório de Música de Aveiro.

A pensar no bem-estar e na qualidade de vida da população, a autarquia apostou também na construção de um ginásio municipal, que teve um custo aproximado de 45 mil euros e deverá ser aberto ao público em breve.

Integrado no edifício da Piscina Municipal, o ginásio vai ter ligação direta a esta, de modo a permitir aos utentes usufruir das duas valências sem sair do mesmo espaço. Estará ain-da disponível um cartão de desconto, para que possam beneficiar de uma mensalidade mais atrativa.

Casa da Culturaé uma obra de referência

O edifício que alberga os Paços do Concelho foi também alvo de obras de beneficiação, o que implicou um investimento de 270 mil euros.

A intervenção incluiu a requalificação de todas as casas de banho no interior e no ex-terior do edifício; a remoção do telhado e implementação de nova cobertura, a substi-tuição de janelas, a instalação de elevador, até ao primeiro andar, para deficientes mo-tores e a pintura e restauro de todo o exterior.

Neste âmbito procedeu-se ainda à requalificação do segundo andar, que funciona-va apenas como depósito. O piso alberga agora quatro arquivos e seis gabinetes, dos quais dois foram cedidos ao Tribunal de Sátão.

Paços do Concelho com cara nova

A construção do Canil Intermunicipal, que englo-ba os concelhos de Sátão, Aguiar da Beira e Penalva do Castelo foi outras das obras muito aguardadas. O equipamento implicou um investimento de cerca de 150 mil euros, e resultou de uma candidatura ao PRODER, através da Associação de Desenvolvimen-to do Dão.

O canil, que está localizado na freguesia de Romãs, já recebeu o aval da Direção Geral de Veterinária e deverá entrar em funcionamento ainda este mês, fal-tando apenas o licenciamento da incineradora. Oito jaulas normais, uma maternidade, uma enfermaria – todas cobertas – e duas jaulas de quarentena cons-tituem a infraestrutura, que dispõe ainda de um gatil

e de um armazém para arrumações. O pavilhão de serviços inclui uma sala de espera, na qual não falta casa de banho adaptada a pessoas com mobilidade condicionada e a área de vacinas e de tratamentos.

O funcionamento do canil vai ser garantido pela rotatividade dos três médicos veterinários munici-pais.

Canil vai albergar animais de três municípios

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Casa da CulturaCasa da Cultura

Os acessos viários têm merecido uma grande preocupação por parte do executivo camarário.

A este propósito foi requalificada a estrada intermunicipal que faz a ligação entre Vila Boa, o Santuário do Senhor dos Caminhos, a Quinta da Carrasqueira, a Aldeia Nova e a Quinta da Madalena, no limite do concelho.

Além da colocação de um novo pavimento betuminoso, a obra, orçada em cerca de 520 mil euros, incluiu a colocação de duas novas pontes, de modo a melhorar o trânsito nos dois sentidos.

A ligação entre Vacaria - concelho de Penalva do Castelo e Cavaca - concelho de Aguiar da Beira, passando por Vila Longa - concelho de Sátão, implicou um investimento do município de 678 mil euros.

Já na vila, a Rua Dr. Hilário de Almeida Pereira apresenta também um novo rosto. Durante a intervenção foi colocada uma nova rede elétrica, de saneamento e água e optou-se pelo calcetamento da via, que vai incluir uma rotunda com fonte luminosa e a reabilitação de duas novas praças. A obra, que ronda os 745 mil euros, contempla também um parque infantil, junto ao Largo de S. Bernardo. Devidamente equipado e vedado, esta infraestrutura dedicada aos mais novos vai dispor de zonas de sombra na área envolvente.

Para breve espera-se o lançamento dos concursos para a limpeza da rede primária e das margens dos cursos de água. Estas intervenções rondam os 400 mil euros, parte dos quais comparticipados.

Rede viária requalificada

Obras de remodelação na CâmaraObras de remodelação na Câmara

Requalificação da rede viáriaRequalificação da rede viária

Estrada Municipal Sr. dos CaminhosEstrada Municipal Sr. dos Caminhos

Canil IntermunicipalCanil Intermunicipal

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economia

Festa da CGD reúne clientes emigrantes

A Caixa Geral de Depósi-tos (CGD) promoveu um encontro com residentes no estrangeiro, na Quin-ta dos Vilhenas (Gradiz), em Aguiar da Beira. Mais de 250 clientes, emigrados por todo o mundo, com-pareceram nesta festa que serviu para conhe-cer e unificar as relações entre o banco (funcioná-rios) e o cliente.

“É importante este con-tato, uma vez que ao lon-go do ano, falamos fre-quentemente e não sabe-mos quem está do outro lado. Desta forma, há um estreitamento de re-lações e isso é benéfico para todos. É uma festa Pra receber e estar com a família e sentir a proxi-midade do banco”, refe-riu Margarida Nave, di-retora comercial da Cai-xa Geral de Depósitos de Viseu.

Por ser uma zona do país em que o tecido emigratório é considerá-

vel, a Quinta dos Vilhe-nas, em Aguiar da Beira foi o palco dos convida-dos. Clientes da Guarda, Gouveia, Seia e Fornos de Algodres também es-tiveram presentes, assim como dos concelhos de Viseu. Com maior desta-que para Nelas, S. Pedro do Sul, Viseu e Castro Daire. Aqui, por esta al-tura, cerca de metade dos clientes são emigrantes. Os clientes “habituais” estão de férias e são os “de fora” que se deslo-cam com maior regulari-dade à agência. Não hou-ve um critério específi-co de seleção de clientes. Segundo Francisco Pe-reira, diretor comercial da região de Viseu nor-te, “este ano convidámos estas pessoas, para o ano serão outras”.

Ao longo da tarde e até ao início da noite, a ani-mação musical foi uma constante. A fazer lem-brar um baile popular, os

emigrantes divertiram-se e participaram em di-versos jogos de lazer.

“A festa está muito boa, é melhor do que um ca-samento porque não te-mos que estar sempre a felicitar os noivos e não gastámos dinheiro numa prenda”, disse ao JC José Ramos, 48 anos. O ho-mem, agente da televisão por cabo, está emigrado em Londres, Inglaterra, há 26 anos com a esposa e as duas filhas.

A Caixa dispõe de uma oferta base dirigida ao segmento de residentes no estrangeiro que reúne um conjunto de soluções que satisfazem diferentes perfis de clientes e tam-bém uma linha telefóni-ca gratuita, 24 horas por dia, exclusiva para os por-tugueses que residam no estrangeiro e que tenham aderido ao serviço “Caixa-directa”.

Tiago Virgílio Pereira

Aguiar da Beira ∑ Cerca de 250 pessoas marcaram presença

A Ana Vinagre, diretora da banca residentes no estrangeiro; Rui Rodrigues, diretor central da direção comercial centro; Francisco Pereira, diretor comercial Viseu Norte; Margarida Nave, diretora comercial de Viseu e Maria Melo, coorde-nadora da direção da banca residentes no estrangeiro

A partir de quarta-feira, dia 8 de agosto, o municí-pio de Penedono promove uma Mostra de Saberes e Sabores, que tem como ob-jetivo promover e divulgar o artesanato e outros pro-dutos endógenos e gastro-nómicos da região, aliando música e animação.

O evento tem início mar-cado às 18h00, junto aos pa-ços do concelho, com uma arruada dos Zés Pereiras de Sabrosa. Os tocadores de concertinas da Terra da

Castanha atuam às 21h30. No dia 9, concertinas e des-garradas com os “Sons do Minho”. “Banda Red” será a grande atração do dia 10 e o Grupo de Cantares Raízes da Terra é cabeça-de-cartaz do dia 11. No úl-timo dia, está agendado o Festival de Folclore Infan-til de Penedono, a meio da tarde, e a atuação da ban-da Second´Floor, ao início da noite, encerrará as fes-tividades.

O evento contará com

a participação de vários artesãos a trabalhar ao vivo. Pretende-se demons-trar aquilo que, com muito sacrifício, força de vonta-de e acima de tudo, amor à arte, ainda se vai fazen-do por estas terras. Conhe-cer e valorizar os saberes ancestrais, que vão transi-tando de geração em gera-ção, e que fazem parte des-ta cultura rural e da nossa identidade são igualmente metas a alcançar durante o certame. TVP

Mostra de Saberes e Sabores arranca em Penedono

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O cantor popular Ema-nuel será a grande atração das Festas Populares de Vila Chã de Sá, que vão decorrer de 2 a 6 de agosto, no campo de futebol da aldeia.

O espetáculo está marcado

para o dia 5, domingo, a par-tir das 00h00. A noite con-tinuará com o DJ Del Cruz. Os festejos arrancam no dia 2, quinta-feira, com “Soma e Segue” como cabeça-de-cartaz. “TV5” e os DJs Pippo

e Pardal animarão a noite de sexta-feira. “Seara Gospel”,

“Pentágono” e “Gandama-lucos” dão show no sábado, dia 4. O grupo “Brinco Baile” encerra as festividades.

A entrada é livre.

Vila Chã de Sá em festaTiag

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ECONOMIA | INVESTIR & AGIR

Autarca de Lamego pede mais estímulo para as micro empresas

O presidente da Câma-ra de Lamego, Francisco Lopes alertou o gover-no para a necessidade de olhar mais de perto para as micro empresas fami-liares e “não apenas para os grandes investimen-tos que empregam muita gente”.

O autarca falava na inauguração da primei-ra edição de “O Melhor das Nossas Aldeias”, a ex-posição e venda de pro-dutos regionais, organi-zada pela Associação de Empresários do Douro AE.HTDOURO e pela Associação de Freguesias do Sudeste do concelho, que decorreu nos dias 27, 28 e 29 de julho, na cidade de Lamego.

“São estas micro em-presas que dão grandeza à atividade económica do país e contribuem para a produção de riqueza e para a empregabilidade”, acrescentou Frasncisco Lopes junto de mais de 30 expositores, a maioria produtores agrícolas.

O autarca explicou que a iniciativa visou “abrir uma nova forma de rela-cionamento direto entre produtores e consumido-res” cada vez mais preci-sa. Por outro lado, Fran-

cisco Lopes considerou que se trata de um evento turístico já que está a “dar vida à cidade” e deixou um recado ao governo:

Quando olhamos para o conjunto de medidas de combate ao défice publico e às dificulda-des financeiras, o que vemos é que, quem sofre mais com os cortes são as pequenas empresas. Em contrapartida, as grandes empresas con-tinuam a ter a sua polí-tica fiscal muito agressi-va ainda agora foi anun-ciado que só um grande grupo nacional recebeu em devolução de IVA o equivalente a meio por cento do PIB, só isso é suficiente para pôr em causa o compromisso das mestas assumidas pela troika”.

O certame decorreu pele primeira vez, com o objetivo de permitir aos pequenos produto-res escoarem os seus produtos. A organização admitiu a possibilidade de o evento vir a tornar-se uma feira de produ-tos locais e regionais de catater regular durante todo o ano.

Emília Amaral

Ideia∑ O melhor das aldeias de Lamego exposto na cidade durante três dias

A Francisco Lopes inaugurou certame onde participaram mais de 30 produtores do concelho

∑ Lúcia Silva, de 37 anos, deixou a vida de emigrante e regressou à sua terra, Lamego. De repente viu-se na lista de desempregados, mas o seu lado empreendedor não a deixou baixar os braços. Abriu uma indús-tria na garagem de casa e começou a fabricar li-cores, compotas e biscoi-tos a partir de receitas antigas da avó e da mãe. Sem pedir ajuda ao Esta-do, investiu 25 mil euros das economias do mari-do emigrante. Em qua-tro anos rentabilizou o investimento, a percor-rer feiras e exposições de produtos regionais com

o licor de lamego, os bis-coitos da avó e as compo-tas. Não faltou à mostra “O Melhor das Nossas Al-deias” e lançou o desafio para se “repetir todos os meses”.

Lúcia tem dois obje-tivos com este projeto. Um está concretizado: “criei o meu emprego”. O segundo é incentivar os jovens a “fazerem algo de novo” por Lamego. Tanto pensou neles que a maior alteração que fez à receita de família do li-cor, foi diminuir a por-ção de álcool. “Temos de ver que os jovens são os maiores consumidores de álcool”, remata.

Exemplo∑ Inovar a partir de receitas da avó

A importância de uma Oferta Turística acessível

Clareza no Pensamento

Foi lançado no passa-do dia 03 de julho em Viseu, o Certif icado de Acessibilidade, pelo Instituto de Cidades e Vilas com Mobilida-de (ICVM). Este “selo” permite identificar os locais onde o acesso universal às atividades económicas, sociais, culturais e turísticas está garantido, reco-nhecendo o seu nível de acessibilidade. O ICVM estabeleceu 3 níveis de acessibilidade ao que correspondem 3 selos distintos: Nível 1 – Fun-cional (cumpre condi-ções de visita e usufru-to do espaço em todas as valências da sua ati-vidade principal para acesso público); Nível 2 – Amigável (cumpre o nível 1 e disponibiliza materiais e conteúdos que reforçam o bem-es-tar dos utilizadores do espaço certificado); Ní-vel 3 – Excelência (cum-pre os níveis 1 e 2 e cria condições para se poder exercer a atividade pro-fissional com as suas di-ferentes limitações).

Este certificado tem uma importância ex-traordinária para que Viseu se assuma como um destino turístico para todos. O desen-

volvimento de produ-tos para pessoas com incapacidade deve ter subjacente uma pers-petiva sistémica, en-volvendo todas as com-ponentes do produto turístico: o alojamen-to (instalações e ativi-dades), os transportes (para o destino e no destino), as atrações naturais e culturais e obviamente recursos humanos qualificados, capazes de dar respos-ta às necessidades mais especiais.

A cidade de Viseu está, mais uma vez, de Parabéns…concretizar o desejo de ser um mu-nicípio acessível passa por todos nós, porque afinal a acessibilidade não se prende só com características físicas (arquitetónicas e natu-rais), mas muitas das vezes com a mudança de atitudes, permitindo uma igualdade de opor-tunidades.

Há que trabalhar nes-se sentido, transformar Viseu num destino para Todos e esperar que muito em breve todas as empresas / entidades públicas e privadas te-nham afixado o Certifi-cado de Acessibilidade, nível 3 – Excelência.

Cristina BarrocoDocente na Escola Superior de Tecnologia de Viseu

[email protected]

(http://clarezanopensamento.blogspot.com)

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desportoVisto e Falado

Vítor [email protected]

Cartão FairPlay Prova a prova os elo-

gios repetem-se. Os na-dadores do Académico de Viseu continuam a conquistar medalhas atrás de medalhas. Desta vez o feito é ainda mais notável por ter sido nos campeonatos nacionais de Juvenis. José Luís Ga-briel e Pedro Santos são duas “jóias” num tesou-ro que a secção vai en-riquecendo. Pena é que, apesar da autonomia, a natação no clube ainda seja vista assim como uma espécie de “paren-te pobre”. Os nadadores mereciam mais apoio.

Cartão FairPlay É ainda uma criança,

mas corre como gente grande. Rodrigo Cor-reia domina a classe Andorinha no Trofeú de Kart do Clube Auto-móvel do Minho, para pilotos entre os 8 e os 10 anos. Em Lafões está a despontar mais um ás do volante..

Cartão Vermelho Se a decisão de não

participar no Nacional de Futebol Feminino já de si é um desastre para o futebol em Viseu, pelo prestígio que o Escola Futebol Clube soube granjear, a forma como acontece é a todos os níveis criticável. Carlos Maneira, presidente do Escola, devia assumir, publicamente as razões que o levaram a assinar o fax enviado à federa-ção. Assim vai ouvindo, e lendo, o que não quer.

Visto

NataçãoAcadémico de Viseu

KartRodrigo Coreia

FutebolEscola Futebol Clube

A Formação de Molelinhos era a única no distrito de Viseu com futebol de 11 senior feminino

Escola Futebol Clube

Pesadelo em MolelinhosRevolta ∑ Jogadoras do clube não gostaram da desistência do Nacional Feminino

Adeptos resignados e jogadoras em choque, a decisão do Escola Futebol Clube em não participar no Campeonato Nacio-nal de Futebol Feminino, sem ser uma total surpre-sa, deixa muitas interroga-ções no ar.

Carlos Maneira, presi-dente da coletividade de Molelinhos, no concelho de Tondela, está no meio do furacão, e é o alvo de todas as críticas. O presi-dente continua sem querer falar sobre o assunto, mas

há muito que, publicamen-te, assumia que a falta de apoios estava a hipotecar a viabilidade do Escola.

As dificuldades finan-ceiras, até melhor e as-sumida posição, vão ser-vindo para justificar esta decisão comunicada à Fe-deração Portuguesa de Fu-tebol de não participação no Campeonato Nacional de Futebol de 11 Feminino, onde o Escola era a única coletividade de Viseu em prova.

Uma participação à fe-

deração, ao que apurámos, assinada apenas pelo pre-sidente da coletividade, o que faz com que o coro de críticas suba de tom. Al-guns membros da dire-ção do clube dizem que a decisão “foi unilateral”, e criticam Carlos Maneira. Nas redes sociais, antigas e atuais jogadoras do clu-be também não calam a revolta e as acusações ao presidente do clube. Epí-tetos como “coveiro do Es-cola” podem ser lidos no mural de algumas.

O Escola Futebol Clube, de Molelinhos, recorde-se, tem no seu historial uma vitória na Taça de Portu-gal e tem dado ao futebol feminino português vá-rias atletas internacionais, casos de Neide Simões,No é m i a , F r a nc i s c a Martins e mais recente-mente as jovens Carolina Silva e Micaela Matos, a “heroína” portuguesa no Europeu de Sub-19.

O futuro das atletas é, nesta altura, uma gran-de incógnita.

O Tondela já não tem qual-quer hipótese matemática de se manter na Taça da Liga de futebol depois de ter perdido os dois primeiros jogos da I Fase.

Após uma derrota casei-ra frente ao Santa Clara dos Açores, o jogo em Vila das Aves era fundamental para os comandados de Paneira.

Um Tondela a mostrar bem mais qualidade que a exibi-da frente aos açorianos, mas a derrota por 3 a 0 a colocar uma pedra sobre as aspira-ções dos tondelenses na pro-va.

É uma equipa que vai apro-veitando para ganhar ritmo, e experiência competitiva para uma época que se sabe

será super exigente com os seus cerca de 50 jogos para disputar.

Agora domingo, na Trofa, duas equipas que se vão limi-tar a cumprir calendário, já que estão as duas arredadas da II Fase da Taça da Liga.

Resta a curiosidade de sa-ber se Paneira vai aproveitar para dar minutos a outros

jogadores, ou se vai procu-rar entrosar mais a equipa que, na perspectiva do téc-nico do Tondela, a uma se-mana do início do campeo-nato, será a que melhor ser-ve os interesses da equipa. A 12 de agosto será o primeiro jogo na Orangina, em casa, frente ao Futebol Clube do Porto B.

Taça da Liga

Tondela fora do apuramento

CICLISMOMORTÁGUA NA VOLTA A PORTUGAL DE CADETESDurante os dias 3, 4 e 5 de Agosto vai decorrer a 5.ª Volta a Portugal para a categoria de cadetes. É a mais importante prova do calendário nacional para jovens de 15 e 16 anos, com a formação do Mortágua a ser uma das equipas na estrada, numa competição onde além de várias formações nacio-nais haverá também algu-mas equipas estrangeiras. A Volta a Portugal para cadetes tem três etapas, todas na região do Minho. Dia 3 em Fafe, no dia se-guinte em Famalicão e a terminar, a 5 de Agosto, entre Roriz e Barcelos. A equipa de Mortágua vai contar com os ciclis-tas Filipe Alves, Gonçalo Carvalho, Carlos Diogo, Simão Pereira, João San-tos e António Sousa.

KARTRODRIGO CORREIA VENCEU EM BRAGA Rodrigo Correia, o jovem piloto de Lafões, dominou a terceira prova do Troféu CAM Kart, na catego-ria Andorinha, destinada aos pilotos de 8 e 10 ano. Rodrigo Correia chegou ao kartódromo de Braga como líder do troféu, de-pois de uma vitória e dum segundo lugar nas duas corridas anteriores. Nesta terceira ronda, dominou em toda a linha, desde os treinos, à corrida onde fez pole-position, venceu as duas mangas e terminou na frente na Final.

A Vitor Paneira treina-dor do Tondela

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DESPORTO | MODALIDADES

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Oliveira de Frades

Plantel jovem e renovadoO Grupo Desportivo

de Oliveira de Frades apresentou o plantel para a nova temporada.

São 22 jogadores os que vão trabalhar às or-dens de Pedro Lopes. Um plantel bem remo-delado onde há apenas a continuidade de meia dúzia de jogadores da época passada e a pro-moção de vários atletas da equipa de juniores que se sagrou campeã distrital.

Quanto a objet ivos para a nova época , e apesar de uma redução no orçamento em cerca de um terço, o vice-pre-sidente do clube, José Baptista, assumiu que passam por “lutar pela subida à segunda divi-são nacional”, aprovei-tando ainda para rea-firmar “total confiança na equipa técnica e no plantel” para que esses objectivos sejam alcan-

çados.Quanto a reforços, são

12.Da época passada en-

tre renovações e ex-ju-niores são:

Farreca, André Lou-rei ro , Diogo Nu nes , Tiago Dias, Micael Gon-çalves, Meireles, Mauro Pinto, Pedro s, Rui Ra-mos e Diogo Nunes.

Reforços são:Canelas e Jorge Cunha,

ex-Ac. Viseu, Nelson (Penalva), Diogo Carva-lho e Ricardo Figueiredo, dois ex juniores do Bei-ra Mar, Leandro Mendes e Diogo Aidos ex-Pam-pilhosa, Fábio Gouveia (Campia), Rafael Melo (Sátão), Rato (Oliveira do Bairro), Nuno Suce (Alba) e Pedro Ribeiro, ex-junior da Oliveiren-se.

O Oliveira de Frades vai jogar mais uma épo-ca na III Divisão Nacio-nal de Futebol. GP

Gil

Pere

s

A João Canelas (ex-Académico Viseu) é reforço

Andebol

Benfica volta a escolher Vouzela

A equipa de andebol do Benfica vai voltar a rea-lizar um estágio de pré-época em Vouzela.

Pelo terceiro ano con-secutivo os encarnados escolhem aquele conce-lho para preparar mais um ano de competição ao mais alto nível.

O estágio do andebol benfiquista em Vouzela vai decorrer entre 5 e 11 de agosto.

Além dos treinos, alguns

dos quais abertos ao públi-co, o estágio inclui, no seu último dia, a realização de um jogo amigável frente ao ABC de Braga, e que vai ser disputado no Pavi-lhão Gimnodesportivo de Vouzela, pelas 6 da tarde, com entrada livre.

A Câmara Municipal de Vouzela, que volta a apoiar este estágio do Benfica, justifica o evento como uma forma de promover o concelho.

A Terceiro ano a estagiar em Vouzela

O C a m p e o n a t o d e Offroad regressa este fim de semana, 4 e 5 de agos-to, com a disputa da pe-núltima prova do ano. Em Sever do Vouga, na Pista do Alto do Roçário, mui-ta coisa pode começar a ficar decidida nas contas finais dos vários títulos em disputa.

Vão ser cinco os pilo-tos de Viseu presentes na prova. José Cruz corre na Divisão 1 com o Peugeot 306 Turbo 16.

O piloto vem de uma série de vitórias que quer manter em Sever. Mate-maticamente, e porque não participou nas duas primeiras provas da épo-ca, as contas do título es-tão complicadas, mas os bons resultados conse-guidos em Montalegre dão alento ao piloto vi-seense para se manter na luta.

Na Divisão 2 vai com-petir João Oliveira. O pi-loto de Mortágua vai es-

trear um Peugeot 206 Gti, preparado pela Au-tomotorsport, depois de um início de época com o Opel Astra.

Na Divisão 5 corre José Dias, piloto de Cinfães que tripula um Lancia Delta HF.

Finalmente na Divi-são 6, a mais animada, Hugo Lopes em Peuge-ot 106 está na luta pelo título. O jovem viseen-se está a uma curta dis-tância para o primeiro da

geral, e uma vitória em Sever do Vouga deixa o piloto de Viseu na fren-te antes da última prova em Montalegre. Poderá ser decisiva nas contas do título nacional. Quan-to a Bernardo Maia, tam-bém na Divisão 6, pro-cura manter a liderança no Troféu Ernesto Gon-çalves que reconquistou com o triunfo há duas se-manas em Montalegre, mas Hugo Lopes está muito perto. GP

Campeonato Nacional Ralicross - Divisão 6

Hugo Lopes em Sever à espreita da liderança

A Viseense quer repetir vitória em Montalegre

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MODALIDADES | DESPORTO

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Voleibol

Lusitano vai ter equipa masculina

A secção de voleibol do Lusitano de Vildemoi-nhos vai ser enriquecida com u m a equ ipa de seniores masculinos.

Está praticamente con-sumada a inclusão na es-trutura do clube trambe-lo da formação que nas últimas épocas tem par-ticipado no Campeonato do Inatel, em representa-ção da PT Viseu.

O Lusitano poderá as-sim na nova época fazer-se representar com equi-pas em femininos e mas-culinos.

A relação de amizade

entre os atletas, cimen-tada pelos diversos trei-nos conjuntos que rea-lizavam, e a vontade de reforçar a estrutura do voleibol no Lusitano leva a esta decisão. Estrutural-mente, e ao nível de ges-tão, cada equipa vai man-ter a sua organização in-dependente, assente num princípio de autossusten-tabilidade.

Entretanto o Lusita-no prepara para outubro mais uma prova de volei-bol. Vai ser mais uma edi-ção da “Maratona Indoor de 24 Horas”.

A Jogadores do Clube PT mudam-se para o Lusitano

Uma de ouro, três de pra-ta e quatro de bronze. Fo-ram oito as medalhas con-quistadas pelo Académico de Viseu no Campeonato Nacional de Juvenis e Abso-lutos, em natação, que decor-reu no Complexo de Piscinas do Jamor.

A equipa viseense fez-se representar nas provas de Ju-venis, masculinos e femini-nos, destacando-se a presta-ção de José Luís Gabriel que confirmou o prémio “Nada-dor Completo”, referente à época 2011/2012, com mais um conjunto de resultados

de grande valor. O nadador viseense conquistou seis me-dalhas – uma de Ouro e títu-lo nacional nos 400 estilos, três de Prata e duas de bron-ze – entre individuais e par-ticipação em estafetas.

Destaque ainda para as 5 medalhas de Pedro Santos,

entre as quais uma de Prata, e mais quatro de Bronze.

Acaba assim mais uma época na Natação Portugue-sa, regressando a equipa vi-seense ao trabalho no dia 3 de setembro, para começar a preparar a época de inver-no. GP

Nacionais de Juvenis e Absolutos de Natação

Oito medalhas para o Académico

A José Luís Gabriel conquistou 6 medalhas

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culturasD Vouzela tem cinema ao ar livre

O município de Vouzela vai promover duas sessões de cinema ao ar livre, durante o mês de agosto. As sessões vão realizar-se nos dias 18, com “A fria luz do dia” e 25, com “O fantástico Homem Aranha”, no Parque da Liberdade, a partir das 21h30. As entradas serão gratuitas e os filmes exibidos em tela gigante.

expos Destaque Arcas da memória

Os três desejos de Alexandre

A propósito dos Jardins Efémeros

Alexandre Magno (356 a. C. – 323 a. C.), dele se tra-ta, nasceu na Macedónia, fi-lho de Filipe II que confiou a educação do filho ao filósofo Aristóteles com o qual apren-deu quanto havia a aprender, saberes de letras, de arte, de ciência, música ou poesia . Herda de seu pai o trono do pequeno reino, o sonho de unificação de uma Hélade vizinha, a ambição de ir mais além, talvez unir o mundo. E ei-lo que parte à conquis-ta. Atenas e Tebas, primei-ro. Atravessa o Helesponto e com um golpe de espada des-faz o impossível “nó górdio” que, dizem os mitos, quem o desfizer se tornará senhor do mundo. Domina o Egipto e funda Alexandria, vence Da-rio, rei dos reis, chega à Índia e os seus soldados acharam, de cansados, que ali era o fim da terra. E ainda não era. O deserto no regresso e a mor-te que também vence os he-róis, em Babilónia, a rainha das cidades. E Alexandre que dita, testamento, os três últi-mos desejos: - Que os melho-res médicos do meu império carreguem meu ataúde; - que se espalhe, no cortejo, toda a riqueza que reuni de ouro e pedrarias; - que, no caminho, minhas mãos possam balou-çar fora do caixão!... Surpresa dos generais que indagam do sentido. E Alexandre respon-de e estas foram suas últimas palavras: - Que os médicos entendam que não têm qual-quer poder sobre a morte; -

que os homens percebam que os bens materiais reu-nidos neste mundo nele per-manecerão quando partir-mos; que é bom pensar que nascemos de mãos vazias e as mãos vazias levaremos. Naturalmente Alexandre se lembrara das lições de Aris-tóteles. E partiu em paz. Em paz não ficaram os seus ge-nerais, que os homens não aprendem jamais. E logo o império se quebrou, desfez-se como poeira em deserto o conceito unificador do es-tratega, a corda do nó górdio voltou a entrelaçar. Gregos e estrangeiros não consegui-ram unir as suas vidas. Mas a lição, feita parábola, per-manece. Que efémera, pas-sagem, viagem, é a vida dos homens sobre esta terra de empréstimo cedida. Éden transitório e esse quase im-possível retorno. E os “Jar-dins Efémeros” plantados na cidade, jeito, talvez, da li-ção que Alexandre aprendeu com Aristóteles, e neles cres-ce e faz sombra o arvore-do como álea imaginal de Academia, e neles se inven-tam saberes, está presente a arte, a música e o teatro e a alegria da gente que partilha, porque só assim terá senti-do o dia de amanhã. Eféme-ro ainda, ao menos florido. Plantemos então flores. Ou tílias.

Alberto CorreiaAntropólogo

[email protected]

“A Camionete da Car-reira”, vigésimo cromo da Viseupédia, será lan-çado amanhã, dia 4, pelas 15h00, na sede da Empó-rio, na Rua Silva Gaio, em Viseu. Os autores do texto e imagem, João Luís Oliva e Júlio Pereira, respetiva-mente, estarão presentes.

No mesmo dia, aquele espaço abraça um proje-to inovador. A Projeto Pa-trimónio e a Associação Cultural Amarelo Silves-tre desafiam os viseenses a criar um documento so-bre a cidade nos dias de hoje. Pode ser o desenho de um café ou de uma rua

pela qual se tenha uma admiração especial, o que importa é que o de-safiante transmita para o papel aquilo que vê e sen-te. Deve escrever a impor-tância do documento, no verso do mesmo, e, até ao dia 25 de agosto, deposi-tá-lo num baú, designado cápsula do tempo IV. Em 2017, a cápsula será aberta e o conteúdo tornado pú-blico através de uma pla-taforma online.

A caixa será selada no dia 25 deste mês, às 19h00.

Tiago Virgílio Pereira

Vigésimo cromo e cápsula do tempo animam EmpórioNovidade ∑ Projeto Património desafia viseenses a desenhar a

cidade. Obras serão tornadas públicas em 2017

VISEU∑ Museu Grão Vasco/Sé CatedralAté dia 7 de outubroExposição “São Teotó-nio. Patrono da diocese e da cidade de Viseu - ref. 1162-2012”.

∑ Palácio do GeloAté dia 31 de agosto Exposição de três carros alegóricos que desfila-ram no cortejo das Ca-valhadas de Vildemoi-nhos.

VILA NOVA DE PAIVA

∑ Auditório Municipal Carlos ParedesAté dia 30 de agosto Exposição de mosaico “Ressurgir do Mosaico”, de Marco Conde.

Até dia 30 de agosto Exposição de foto-grafia “Fotografia no Douro: Arqueologia e modernidade”, pelo Mu-seu do Douro.

SANTA COMBA DÃO

∑ Junta de Freguesia do VimieiroAté dia 23 de agostoExposição de fotografia “Santa Comba Dão no Feminino”, uma parceria conjunta da Biblioteca Municipal Alves Mateus e da Universidade Sénior de Santa Comba Dão.

roteiro cinemas Estreia da semana

O cavaleiro das trevas re-nasce– Passaram-se oito anos desde que Batman desapareceu na noite tornando-se, nesse momen-to, de herói a fugitivo. Assumin-do a culpa pela morte de Harvey Dent, o Cavaleiro das Trevas sacri-ficou tudo o que para ele e para o Comissário Gordon era um bem maior.

VISEUFORUM VISEUSessões diárias às 14h10, 17h40, 21h10*, 21h50O cavaleiro das trevas renasce(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h50, 16h10, 18h30, 21h20, 23h40* Idade do gelo 4: deriva continental VP(M4) (Digital)

Sessões diárias às 14h30, 16h50, 19h10, 21h40,

00h00*Madagáscar 3 VP(M4) (Digital)

Sessões diárias às 14h00, 17h20, 21h00, 00h10*O fantástico homem aranha(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h40, 16h20, 18h55, 21h30, 00h05*Magic Mike(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20,

17h00, 19h25, 21h50, 00h20* Ted(M12) (Digital)

PALÁCIO DO GELOSessões diárias às 10h50 (dom.), 13h30, 15h50, 18h10, 21h10, 23h30A idade do gelo 4: deriva continental VP(M4) (Digital)

Sessões diárias às 11h00* (dom.), 14h00, 16h30, 18h50

Madagáscar 3 VP(M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 21h20,

23h40

Madagáscar 3 VO(M6) (Digital 3D)

Sessões diárias às 13h50,

17h20, 20h50, 00h20

O cavaleiro das trevas renasce(CB) (Digital) Sessões diárias às 14h10,

16h40, 19h05, 21h30, 00h10Um homem com sorte(M12) (Digital)

Sessões diárias às 13h15, 15h20, 17h25, 19h30, 22h00, 00h30O Ditador(M12) (Digital)

Sessões diárias às 14h20, 16h50, 19h20, 21h50, 00h25Ted(M12) (Digital)

Legenda: * sexta e sábado

Arranca no próximo 11, o 15º Festival Altitudes na Serra de Montemuro, com a seguinte programação:

11 de Agosto17h30 - “A Voz que não

se ouve” pelo Teatro de Montemuro

22h00 - “Herança de Je-remias” pelo Teatro do Montemuro

12 de Agosto10h30 - “Casa dos Ven-

tos” pelo Teatro e Mario-

netas de Mandrágora 21h30 - “Medido à Força”

pela Jangada Teatro

13 de Agosto21h30 - “Aniñando” pela

CASEAR, Criação Docu-mentos Teatrais

14 de Agosto21h30 - “Motofonia” de

Fernando Mota

15 de Agosto21h30 - “D Pura e os Ca-

maradas de Abril” pelo Te-

atro das Beiras e Acert

16 de Agosto21h30 - “A Visita” pelo

Teatro Invisível

17 de Agosto 21h30 - “s de Espuma”

pelo Teatro do Mar

18 de Agosto10h30 - “Estória Aben-

sonhada” pelo Teatro Ex-tremo

21h30 - Concerto Fer-nando Tordo

Música

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culturas A FNAC Viseu promove a 4ª maratona fotográfica, no dia 22 de setembro, pelas 10h00. Haverá prémios para os três primeiros classificados. As inscrições decorrem até ao dia 9 de setembro no balcão de fotografia da FNAC Viseu.

D 4ª maratona fotográfi ca FNAC Viseu

TeografiasO Depº de Línguas e

Culturas da Universida-de de Aveiro acaba de pu-blicar, sob a direcção de António Manuel Ferreira, o nº I de “Teografias - Sentimento Religioso e Cosmovisão Literária”, com intervenções do re-ferido, Margarida Santos, José Cândido de Olivei-ra Martins, Paulo Neto, Fernando Vicente, Móni-ca Serpa Cabral, João de Mancelos, Salma Ferraz, Ana Paula Arnaut, Isabel Cristina Rodrigues, Pau-lo Alexandre Pereira, Ma-ria Eugénia Pereira, Luís Machado de Abreu, Sara Augusto, Lola Geraldes Xavier, Marcelo Tadeu Schincariol, Susana Ra-baça e Alex Vilas-Boas.

Ao longo das suas 300 páginas e na perspectiva do sentimento religioso são tratados autores como Régio, Aquil ino, Fei-jó, Eugénio de Andrade, Saramago, Lobo Antunes, Vergílio Ferreira, Alçada Baptista, José R. Miguéis, José A. Mourão, Boaven-tura Cardoso…

Pedidos a Teografias – Dep. Líng. e Cult. - Univ. de Aveiro, 3810-193

Há quem afirme que Gerrit Komrij estava para a Holanda como Saramago para Portugal. Vale o que vale. Certo po-rém Komrij ser um dos mais notáveis escritores contemporâneos dos Pa-íses Baixos com um pro-fícua obra nos plurais gé-neros. Poeta, romancista, polemista, dramaturgo, tradutor e cronista (1944-2012), deixou o seu país em 1984 para se radicar numa aldeia de Trás-os-Montes. Em 1988 escolheu Vila Pouca da Beira, con-celho de Oliveira do Hos-pital para sua residência final, tendo decretado em testamento que o seu cor-po aqui seria sepultado.

Foi agraciado com di-versos prémios relevan-tes: 1970 - Prémio de Po-esia da Cidade de Ames-

terdão pela obra Alle vlees is als gras, of Het kneke-lhuis op de dodenakker; 1975 - Cestoda-prijs; 1979 - Busken Huetprijs pela obra Papieren tijgers; 1982 - Herman Gorterprijs pela obra De os op de klokke-toren; 1983 - Kluwer-pri-js pela sua obra comple-ta; 1992 - Frans Erenspri-js pela sua obra completa; 1999 - Gouden Uil pela obra In Liefde Bloeyende, destacando-se em 1993 o principal galardão literá-rio dos Países Baixos, o prémio P.C. Hooftprijs, pela sua obra completa, e no ano 2000 foi sufragado pelo público para ser o Po-eta da Nação, estatuto ins-tituído na Holanda e que é atribuído por um período de cinco anos.

A editora portuguesa que deu ao prelo Komrij

foi a Assírio & Alvim. Em muitos dos seus

textos presentificava-se o povo português, como por exemplo em Atrás dos Montes, 1990, Um Almo-ço de Negócios em Sintra, 1999, Atrás dos Montes e Vila Pouca, 2008, título nomeado para o prémio Gouden Uil 2009.

O tradutor de Komrij para português, Arie Pos, referiu em declarações à Agência Lusa, que para o escritor «Portugal era um país muito importante; um sítio sossegado, com uma natureza muito bela e pessoas de quem ele gos-tava imenso».

No seu funeral estive-ram presentes os autarcas locais e diversos vultos da cultura holandesa.

Paulo Neto

Gerrit Komrij

Destaque

O escritor holandês ∑ De Winterswijk a Vila Pouca da Beira

O som e a fúria

A lua cheia de Agosto está aí: o Boom já

começou!

Idanha-a-Nova, dis-trito de Castelo Bran-co, Portugal, 41 anos depois do lendário Fes-tival de Woodstock, os seguidores da contra-cultura esperam, an-siosamente, pelo sinal dado pela Lua. A nos-sa querida Beira, co-mummente referida como um terreno bal-dio e desértico, a cada dois anos, quando a lua está cheia, no mês de Agosto, é surpre-endida por milhares de visitantes e artistas, oriundos de mais de 60 países – sim, barreiras interétnicas não são bem-vindas –, que de-ambulam por essa Bei-ra árida e empoeirada, calçando sandálias Bi-rkenstock (embora haja algumas pessoas des-calças), usando pente-ados Rastafari e calças à la Aladdin. O destino? O Boom Festival. Na origem um evento de trance psicadélico, foi-se expandindo não só à música underground como a outros tipos de arte desde a pintura e

graffiti, teatro, vídeo, cinema, escultura à ar-quitetura de paisagem. As propostas artísticas são complementadas por um completíssi-mo cartaz de conferên-cias, exposições, áre-as de “cura” com yoga, massagens, meditação, apresentações de temas como metodologias de ciência a lternati-va, culturas ancestrais, espiritualidade, gnos-ticismo, antropologia, psicologia da consciên-cia, paganismo ou inte-ligência emocional, etc… Além da transdiscipli-naridade o Boom tem uma faceta muito “eco”: por exemplo, as 200 ca-sas banho de compos-tagem, em que todos os resíduos produzidos podem ser depois uti-lizados para adubarem os terrenos e o aprovei-tamento de energias re-nováveis (eólica e so-lar). O festival abriu as portas dia 28 de Julho e o programa pode ser consultado no respecti-vo site http://boomfes-tival.org/boom2012/.

Maria da Graça Canto Moniz

Literatura

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em focoJornal do Centro

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A ACERT, em Tondela, recebeu o “Tom de Festa” - 22º Festival de Músicas do Mundo, nos dias 26, 27 e 28 de julho e “superou todas as expetativas”, disse ao JC José Rui Martins, diretor artístico da Associação Cul-tural e Recreativa de Tondela.

O ponto-alto dos festejos aconteceu no sábado, dia 28, e registou “casa cheia”, no concerto tributo a José Afonso - “Terra da Fraternidade”. “Foi um prazer ver milhares de pessoas a participar num espetáculo gran-dioso. De forma bonita os artistas convidados defen-deram a música do Zeca (José Afonso). A noite acabou sem fronteiras entre o público e os artistas e foi lindo”, disse orgulhoso José Rui.

No dia anterior, Luis Pastor havia dado um “espetá-culo de grande subtileza e qualidade”. Parabéns!

Tom de Festa foi espetáculo “grandioso”

VIII Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra de Sernancelhe

Grande afluência de público e uma pluralidade de propostas que vai desde os 100 expositores presentes, até aos espetáculos de variedades musicais e desportivas, rematando com o Sa-lão Automóvel Clássicos, no Exposalão, com uma centena de veículos de diferentes épocas, tipologias e marcas. A organização é da respon-sabilidade da Associação Sementes da Terra, ACIS (Associação Comercial e Industrial de Sernancelhe), Âmbula (Associação dos Funcio-nários do Município de Sernancelhe) e ESPRO-SER (Escola Profissional de Sernancelhe).

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saúdesaúde e bem-estarTERMAS DO CARVALHALREABREMAO PÚBLICO

As Termas do Carva-lhal, em Castro Daire reabrirem ao público, na quarta-feira, depois de um período encer-ramento de várias se-manas. Os termalistas viram-se privados dos tratamen-tos de fisioterapia e bal-neoterapia, “em virtu-de de ter sido necessá-rio proceder ao ajuste de algumas condutas de água no balneário”, segundo a Câmara Mu-nicipal.

A autarquia adianta que os termalistas po-dem agora voltar a usu-fruir das vantagens dos tratamentos das Ter-mas do Carvalhal.

As Termas do Car-valhal são ainda con-sideradas destino de férias, onde se pode conjugar as vanta-gens do termalismo com a oferta da Serra de Montemuro, do Rio Paiva, e do património cultural e religioso.

O Centro Municipal Mar-cha e Corrida de Lamego vai organizar no dia 9 de setembro a terceira Mar-cha e Corrida da Mulher Duriense que contará com a presença da ma-drinha da prova, Vanes-sa Fernandes, medalha de prata em triatlo nos Jogos Olímpicos de Pe-quim. A iniciativa, de cariz so-lidário, pretende home-nagear a mulher durien-se e motivar para a práti-ca de atividade física de uma forma regular.Este ano, há algumas no-vidades na caminhada que marcará o arranque da nova época do Progra-ma Nacional de Marcha e Corrida. Os participan-tes vão ter, pela primei-ra vez, à sua disposição o espaço saúde que pro-porcionará diversos ras-treios gratuitos e have-rá um grande reforço da promoção desta iniciati-va em vários municípios espanhóis. A organização prevê que cerca de 1000 participan-

tes, de várias idades, se concentrem, a partir das 10h00, na Avenida Dr. Alfredo de Sousa, para percorrerem as princi-pais ruas e avenidas da cidade. Para além de Vanessa Fernandes, está ainda prevista a presença de outras atletas de desta-que do atletismo do país. A terceira Marcha e Cor-

rida da Mulher Duriense terá uma distância apro-ximada de cinco quilóme-tros, sem fins competiti-vos, para atletas mulheres federadas e não federadas. Os homens também po-dem inscrever-se, desde que o façam em conjunto com um elemento femini-no. As inscrições podem ser efetuadas no Pavilhão Desportivo Álvaro Maga-

lhães, na sede da Lamego Convida, EEM ou em mu-lherduriense.cml-mar-chacorrida.org.Cada inscrição tem o va-lor de dois euros, rever-tendo metade deste mon-tante a favor da Associa-ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lamego.

Emília Amaral

Marcha e Corrida da Mulher motiva à prática de exercícioLamego ∑ Atleta Vanessa Fernandes é a madrinha da prova deste ano, marcada para 9 de setembro

PEDALADAS NOTURNASEM MOIMENTADA BEIRA

Todas as quartas-fei-ras, a partir das 21h00, até setembro, há pas-seios guiados de bicicle-ta pela vila de Moimenta da Beira. A organização é do “Pedaladas - Clube de Cicloturismo” que pretende com a iniciati-va “promover o uso da bicicleta junto das popu-lações locais como sen-do um estilo de vida sau-dável e uma alternativa à utilização diária do au-tomóvel”, explica Luís Morgado, presidente da direção do “Pedaladas”.

Os passeios são gratui-tos e abertos a todos, em-bora a organização reco-mende a maiores de 14 anos de idade. O trajeto é de dificuldade reduzida, tem uma extensão mé-dia de 10 quilómetros e demora a percorrer me-nos de uma hora e meia. As bicicletas e os ciclotu-ristas devem estar sem-pre apetrechados dos meios necessários para poderem circular à noi-te, designadamente co-lete refletor, luz na reta-guarda e, claro, o uso do capacete.

A informação está disponível em www.pedaladas.net e pelos telemóveis: 967 419 991, 936 314 725, 969 080 730 e 968 703 387.

A A apresentação pública do evento realizou-se nas piscinas cobertas

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SAÚDE

A Feira de S. Mateus recebe no dia 15 de Agosto uma aula de Zumba(R) Fitness. A moda-lidade, recente no nosso país, mas jácom milhares de segui-dores e fãs, é um novo conceito de exercício, divertido e eficaz, que mistura os ritmos latinos com fitness.

“Esta mega aula terá como convidado o ZES (Zumba Edu-cator Specialist) Hermann Melo. Ele esteve em Portugal já por diversas vezes, como for-mador da modalidade. É um instrutor fora de série, de re-nome internacional, reconhe-cido em todo o mundo pelos amantes da modalidade”, afir-ma Sónia Nascimento, diretora técnica do FFitness Health Club em Viseu, o ginásio que organi-za o evento em conjunto com a Expovis.

A iniciativa visa dar a co-nhecer a nova modalidade em Viseu e emPortugal, e “acima de tudo, incentivar à prática de exercício físico regular como promotor de um estilo de vida saudável”, acrescenta Sónia Nascimento.

Zumba(R) Fitness chegaa Viseu

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CLASSIFICADOS

IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P.Av. Visconde Guedes Teixeira ,25 R/C - Apartado 96 - 5100-073 Lamego | Tel: 254 655 192

CENTRO DE EMPREGO DE SÃO PEDRO DO SUL Rua do Querido, 108 – R/C Dto - 3660-500 São Pedro do Sul | Tel: 232 720 170

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE TONDELAPraceta Dr. Teófilo da Cruz - 3460-589 Tondela | Tel: 232 819 320

e-mail: [email protected]

CENTRO DE EMPREGO DE VISEURua D. José da Cruz Moreira Pinto , Lote 6 - 3514-505 Viseu | Tel: 232 483 460

e-mail: [email protected]

ADVOGADOSVISEUANTÓNIO PEREIRA DO AIDOMorada Rua Formosa, nº 7 – 1º, 3500-135 Viseu. Telefone 232 432 588 Fax 232 432 560

CARLA DE ALBUQUERQUE MENDES Morada Rua da Vitória, nº 7 – 1º, 3500-222 Viseu Telefone 232 458 029 Fax 232 458 029Fax 966 860 580

MARIA DE FÁTIMA ALMEIDAMorada Av. Dr. Alexandre Alves nº 35. Piso 0, Fracção T - 3500-632 Viseu Telefone 232 425 142 Fax 232 425 648

JOÃO PAULO SOUSAMorada Lg. Genera l Humber to Delgado, 14 – 2º, 3500-139 Viseu Telefone 232 422 666

ADELAIDE MODESTOMorada Av. Dr. António José de Almeida, nº275 - 1º Esquerdo - 3510-047 Viseu Telefone/Fax 232 468 295

JOÃO MARTINSMorada Rua D. António Alves Martins, nº 40 – 1º A, 3500-078 Viseu Telefone 232 432 497 Fax 232 432 498

ANA PAULA MADEIRAMorada Rua D. Francisco Alexandre Lobo, 59 – 1º DF, 3500-071 Viseu Telefone 232 426 664 Fax 232 426 664 Telemóvel 965 054 566 Email [email protected]

MANUEL PACHECOMorada Rua Alves Martins, nº 10 – 1º, 3500-078 Viseu Telefones 232 426 917 / 232 423 587 - Fax 232 426 344

PAULO DE ALMEIDA LOPESMorada Quinta Del Rei, nº 10 - 3500-401 Viseu Telefone/Fax 232 488 633 Email [email protected]

ARNALDO FIGUEIREDO E FIRMINO MENESES FERNANDESMorada Av. Alberto Sampaio, nº 135 – 1º, 3510-031 Viseu Telefone 232 431 522 Fax 232 431 522 Email [email protected] e [email protected]

JOÃO NETO SANTOSMorada Rua Formosa, nº 20 – 2º, 3500-134 Viseu Telefone 232 426 753

FABS – SOCIEDADE DE ADVOGADOS – RENATO FERNANDES, JOÃO LUÍS ANTUNES, PAULO BENFEITOMorada Av. Infante D. Henrique, nº 18 – 2º, 3510-070 Viseu Telefone 232 424 100 Fax 232 423 495 Email [email protected]

CONCEIÇÃO NEVES E MICAELA FERREIRA – AD VO GADAS Morada Av. Dr. António José de Almeida, 264 – Forum Viseu [NOVAS INSTA L AÇÕES], 3510 - 043 Viseu Telefone 232 421 225 Fax 232 426 454

BRUNO DE SOUSAEsc. 1 Morada Rua D. António Alves Martins Nº 40 2ºE 3500-078 VISEU Telefone 232 104 513 Fax 232 441 333Esc. 2 Morada Edif ício Guilherme Pereira Roldão, Rua Vieira de Leiria Nº14 2430 -300 Mar inha Grande Telefone 244 110 323 Fax 244 697 164 Tlm. 917 714 886 Áreas prefe-renciais Crime | Fiscal | Empresas

MANUEL COVELOwww.manuelcovelo-advogado.comEscritório: Urbanização Quinta da Magarenha-Rua da Vinha, Lte 4, 3505-639 Viseu Telefone/Fax: 232425409 Telemóvel: 932803710Email: [email protected]

MANGUALDEJOSÉ ALMEIDA GONÇALVESMorada Rua Dr. Sebastião Alcântara, nº 7 – 1º B/2, 3530-206 Mangualde Telefone 232 613 415 Fax 232 613 415 Telemóvel 938 512 418 Email [email protected]

NELASJOSÉ BORGES DA SILVA, ISABEL CRISTINA GONÇALVES E ELIANA LOPES Morada Rua da Botica, nº 1, 1º Esq., 3520-041 Nelas Telefone 232 949 994 Fax 232 944 456 Email [email protected]

RESTAURANTES

VISEURESTAURANTE O MARTELOEspecialidades Cabrito na Gre-lha, Bacalhau, Bife e Costeleta de Vitela. Folga Segunda-feira. Mora-da Rua da Liberdade, nº 35, Falor-ca, 3500-534 Silgueiros. Telefone 232 958 884. Observações Vinhos Curral da Burra e Cavalo de Pau.

RESTAURANTE BEIRÃOEspecialidades Bife à Padeiro, Pos-ta de Vitela à Beirão, Bacalhau à Casa, Bacalhau à Beirão, Açorda de Marisco. Folga Segunda-feira (excepto Verão). Preço médio refei-ção 12,50 euros. Morada Alto do Caçador, EN 16, 3500 Viseu. Tele-fone 232 478 481 Observações Aberto desde 1970.

RESTAURANTE TIA IVAEspecialidades Bacalhau à Tia Iva, Bacalhau à Dom Afonso, Polvo à Lagareiro, Picanha. Folga Domin-go. Preço médio refeição 15 euros. Morada Rua Silva Gaio, nº 16, 3500-203 Viseu Telefone 232 428 761. Observações Refeições econó-micas ao almoço (2ª a 6ª feira) – 6,5 euros.

CORTIÇOEspecialidades Bacalhau Podre, Polvo Frito Tenrinho como Mantei-ga, Arroz de Carqueja, Cabrito As-sado à Pastor, Rojões c/ Morcela como fazem nas Aldeias, Feijocas à maneira da criada do Sr. Abade. Folga Não tem. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Rua Augusto Hilário, nº 45, 3500-089 Viseu. Telefone 232 423 853 – 919 883 877. Observações Aceitam-se reservas; Take-way.

RESTAURANTE CLUBE CAÇADORESEspecialidades Polvo à Lagareiro, Bacalhau à Lagareiro, Cabrito Churrasco, Javali na Brasa c/ Arroz de Feijão, Arroz de Perdiz c/ Míscaros, Tarte de Perdiz, Bifes de Veado na Brasa. Folga Quarta-feira. Preço médio por refeição 15 euros. Morada Muna, Lordosa, 3515-775 Viseu. Telefone 232 450 401. Observações Reservas para grupos e outros eventos.

RESTAURANTE O CAMBALROEspecialidades Camarão, France-sinhas, Feijoada de Marisco. Folga Não tem. Morada Estrada da Ra-malhosa, nº 14, Rio de Loba, 3500-825 Viseu. Telefone 232 448 173. Observações Prato do dia - 5 euros.

TORRE DI PIZZAEspecialidades Pizzas, Massas, Carnes Grelhadas. Folga Não tem. Morada Avenida Cidade de Aveiro, Lote 16, 3510-720 Viseu. Telefone 232 429 181 – 965 446 688. Observações Tem também take-away.

SOLAR DO VERDE GAIOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Mariscos, Peixe Fresco. Fol-ga Terça-feira. Morada Mundão, 3500-564 Viseu. www.solardover-degaio.pt Telefone 232 440 145 Fax 232 451 402. E-mail [email protected] Observações Salão de Dança – Clube do Solar – Sextas, Sábados até às 03.00 horas. Aceita Multibanco.

RESTAURANTE SANTA LUZIAEspecialidades Filetes Polvo c/ Migas, Filetes de Espada com Arroz de Espigos, Cabrito à Padeiro, Arroz de Galo de Cabidela, Perdiz c/ Casta-nhas. Folga Segunda-feira. Morada EN 2, Campo, 3510-515 Viseu. Tele-fone 232 459 325. Observações Quinzena da Lampreia e do Sável, de 17 de Fevereiro a 5 de Março. “Abertos há mais de 30 Anos”.

PIAZZA DI ROMAEspecialidades Cozinha Italiana (Pizzas, Massas, Carnes e Vinhos). Folga Domingo e segunda-feira ao almoço. Morada Rua da Prebenda, nº 37, 3500-173 Viseu Telefone 232 488 005. Observações Menu económico ao almoço.

RESTAURANTE A BUDÊGAEspecialidades Picanha à Posta, Cabrito na Brasa, Polvo à Lagareiro. Acompanhamentos: Batata na Bra-sa, Arroz de Feijão, Batata a Murro. Folga Domingo. Preço médio por refeição 12,50 euros. Morada Rua Direita, nº 3, Santiago, 3500-057 Viseu. Telefone 232 449 600. Ob-servações Vinhos da Região e ou-tros; Aberto até às 02.00 horas.

EÇA DE QUEIRÓSEspecialidades Francesinhas, Bi-fes, Pitas, Petiscos. Folga Não tem. Preço médio refeição 5,00 euros. Morada Rua Eça de Queirós, 10 Lt 12 - Viseu (Junto à Loja do Cida-dão). Telefone 232 185 851. Ob-servações Take-away.

COMPANHIA DA CERVEJAEspecialidades Bifes c/ Molhos Variados, Francesinhas, Saladas Variadas, Petiscos e outras. Preço médio refeição 12 euros. Morada Quinta da Ramalhosa, Rio de Loba (Junto à Sub-Estação Eléctrica do Viso Norte), 3505-570 Viseu Tele-fone 232 184 637 - 918 680 845. Observações Cervejaria c/amplo espaço (120 lugares), exclusividade de cerveja em Viseu, fácil estaciona-mento, acesso gratuito à internet.

RESTAURANTE PORTAS DO SOLEspecialidades Arroz de Pato com Pinhões, Catalana de Peixe e Car-ne, Carnes de Porco Preto, Carnes Grelhadas com Migas. Folga Do-mingo à noite e Segunda-feira. Morada Urbanização Vilabeira - Repeses - Viseu. Telefone 232 431 792. Observações Refeições para grupos com marcação prévia.

RESTAURANTE SAGA DOS SABORESEspecialidades Cozinha Tradicio-nal, Pastas e Pizzas, Grelhados, Forno a Lenha. Morada Quinta de Fora, Lote 9, 3505-500 Rio de Loba, Viseu Telefone 232 424 187 Ob-servações Serviço Take-Away.

O CANTINHO DO TITOEspecialidades Cozinha Regio-nal. Folga Domingo. Morada Rua Mário Pais da Costa, nº 10, Lote 10 R/C Dto., Abraveses, 3515-174 Viseu. Telefone 232 187 231 – 962 850 771.

RESTAURANTE AVENIDAEspecialidades Cozinha Porgugue-sa e Grelhados. Folga Não tem. Morada Avenida Alberto Sampaio, nº9 - 3510-028. Telefone 232 468 448. Observações Restaurante, Casamentos, Baptizados.

CHEF CHINAEspecialidades comida chinesa. Fol-ga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Observações www.chefchinarestaurante.com

RESTAURANTE ROSSIO PARQUEEspecialidades Posta à Viseu, Espetada de Alcatra ao Alho, Ba-calhau à Casa, Massa c/ Bacalhau c/Ovos Escalfados, Corvina Gre-lhada; Acompanhamentos: Migas, Feijão Verde, Batata a Murro. Fol-ga Domingo. Morada Rua Soar de Cima, nº 55 (Junto ao Jardim das Mães – Rossio), 3500-211 Viseu. Telefone 232 422 085. Observa-ções Refeições económicas (2ª a 6ª feira) – sopa, bebida, prato e sobre-mesa ou café – 6,50 euros.

RESTAURANTE CASA AROUQUESAEspecialidades Bife Arouquês à Casa e Vitela Assada no Forno. Folga Domingo. Morada Urbanização Bela Vista, Lote 0, Repeses, Viseu. Telefo-ne 232 416 174. Observações Tem a 3ª melhor carta de vinhos absoluta do país (Prémio atribuído a 31-10-2011 pela revista Vinhos)

MAIONESEEspecialidades Hamburguers, Saladas, Francesinhas, Tostas, Sandes Variadas. Folga Não tem. Preço médio refeição 4,50 euros. Morada Rua de Santo António, 59-B, 3500-693 Viseu (Junto à Estrada Nacional 2). Telefone 232 185 959.

FORNO DA MIMIEspecialidades Assados em Forno de Lenha, Grelhados e Recheados (Cabrito, Leitão, Bacalhau). Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 14 euros. Morada Estrada Nacional 2, Vermum Campo, 3510-512 Viseu. Telefone 232 452 555. Observações Casamen-tos, Baptizados, Banquetes; Res-taurante Certificado.

RESTAURANTE O POVIDALEspecialidades Arroz de Pato, Gre-lhados. Folga Domingo. Morada Bairro S. João da Carreira Lt9 1ª Fase, Viseu. Telefone 232 284421. Observações Jantares de grupo.

RESTAURANTE CACIMBOEspecialidades Frango de Chur-rasco, Leitão à Bairrada. Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 10 euros. Morada Rua Ale-xandre Herculano, nº95, Viseu. Telefone 232 422 894 Observa-ções Serviço Take-Away.

QUINTA DA MAGARENHAEspecialidades Lombinho Pesca-da c/ Molho de Marisco, Cabrito à Padeiro, Nacos no Churrasco. Folga Domingo ao jantar e Segun-da-feira. Preço médio por refei-ção 15 euros. Morada Nó 20 A25, Fragosela, 3505-577 Viseu. Tele-fone 232 479 106 – 232 471 109. Fax 232 479 422. Observações Parque; Serviço de Casamentos.

CHURRASQUEIRA RESTAURANTE STº ANTÓNIOEspecialidades Bacalhau à Lagareiro, Borreguinho na Brasa, Bacalhau à Brás, Açorda de Maris-co, Açorda de Marisco, Arroz de Lampreia. Folga Quarta. Morada Largo Mouzinho de ALbuquerque (Largo Soldado Desconhecido). Tele-fone 232 436 894. Observações Casamentos, Baptizados, Banque-tes, Festas.

RODÍZIO REALEspecialidades Rodízio à Brasilei-ra. Folga Não tem. Preço médio por refeição 19 euros. Morada Repeses, 3500-693 Viseu. Telefo-ne 232 422 232. Observações Ca-samentos, Baptizados, Banquetes; Restaurante Certificado.

RESTAURANTE PINHEIRÃOEspecialidades Rodízio à Brasi-leira, Carnes e Peixes Grelhados. Folga Domingo à noite e Segunda. Sugestão do dia (Almoço): 6,50 euros almoço. Morada Urb. da Misericórdia, Lt A4, A5, Cabanões, Ranhados. Telefone 232 285 210 Observações Serviço de grupo e baptizados.

SANTA GRELHAEspecialidades Grelhados. Folga Não tem. Morada Palácio do Gelo, Piso 3, 3500 Viseu. Telefone 232 415 154. Observações www.san-tagrelha.com

A DIFERENÇA DE SABORESEspecialidades Frango de Chur-rasco com temperos especialida-des, grelhados a carvão, polvo e bacalhau à lagareiro aos domin-gos, pizzas e muito mais.... Folga Não tem. Preço médio por refei-ção 6 euros. Telefone 232 478 130 Observações Entraga ao do-micilio.

PENALVA DO CASTELOO TELHEIROEspecialidades Feijão de Espeto, Cabidela de Galinha, Arroz de Míscaros, Costelas em Vinha de Alhos. Folga Não tem. Preço mé-dio por refeição 10 euros. Mora-da Sangemil, Penalva do Castelo. Observações Sopa da Pedra ao fim-de-semana.

TONDELARESTAURANTE BAR O PASSADIÇOEspecialidades Cozinha Tradi-cional e Regional Portuguesa. Folga Domingo depois do almoço e Segunda-feira. Morada Largo Dr. Cândido de Figueiredo, nº 1, Lobão da Beira , 3460-201 Tondela. Telefone 232 823 089. Fax 232 823 090 Observações Noite de Fados todas as primeiras Sextas de cada mês.

NELASRESTAURANTE QUINTA DO CASTELOEspecialidades Bacalhau c/ Broa, Bacalhau à Lagareiro, Ca-brito à Padeiro, Entrecosto Vi-nha de Alhos c/ Arroz de Feijão. Folga Sábado (excepto p/ gru-pos c/ reserva prévia). Preço médio refeição 15 euros. Mora-da Quinta do Castelo, Zona In-dustrial de Nelas, 3520-095 Ne-las. Telefone 232 944 642 – 963 055 906. Observações Prova de Vinhos “Quinta do Castelo”.

VOUZELARESTAURANTE O REGALINHOEspecialidades Grelhada Mista, Naco de Vitela na Brasa c/ Arroz de Feijão, Vitela e Cabrito no Forno, Migas de Bacalhau, Polvo e Bacalhau à Lagareiro. Folga Domingo. Preço médio refeição 10 euros. Morada Rua Teles Loureiro, nº 18 Vouzela. Telefo-ne 232 771 220. Observações Sugestões do dia 7 euros.

TABERNA DO LAVRADOREspecialidades Vitela à Lafões Feita no Forno de Lenha, Entrecosto com Migas, Cabrito Acompanhado c/ Arroz de Cabriteiro, Polvo Grelhado c/ batata a Murro. Folga 2ª Feira ao jantar e 3ª todo o dia. Preço médio refeição 12 euros. Morada Lugar da Igreja - Cambra - Vouzela. Telefone 232 778 111 - 917 463 656. Obser-vações Jantares de Grupo.

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a refe-rência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização ao Jornal do Centro e a sua publicação.

EMPREGO

Mecânico de automóveis. Sernancelhe - Ref. 587801020

Serralheiro civil. Penedono - Ref. 587809454

Eletricista. Tabuaço - Ref. 587810354

Motorista de veículos pesados – mercadorias. Lamego - Ref. 587816313

Mecânico - reparador de motoci-clos e velocípede. Lamego - Ref. 587820228

Técnico de vendas. Lamego - Ref. 587820232

Engomador manual. Lamego - Ref. 587820663

Caixeiro. Lamego - Ref. 587821100

Mecânico de AutomóveisRef. 587793826 – tempo com-pleto – São Pedro do Sul

Padeiro em GeralRef. 587823363 – tempo com-pleto – São Pedro do Sul

MarceneiroRef. 587800256 - Carregal do Sal. A tempo completoCandidato c/ boa experiência na área.

Técnico de vendasRef. 587821867 – TondelaA tempo completoCom ou sem experiência na área de vendas. Requisito obrigatório:

CabeleireiroRef. 587822205 Tempo Completo - Mangualde

CozinheiroRef. 587823851 – Tempo Completo - Sátão

Empregada de Balcão Ref. 587832144 - Tempo Completo - Viseu

Cozinheiro Ref. 587823512 - Tempo Completo - Viseu

Técnico de GásRef. 587831204 - Tempo Completo – Viseu

Mecânico Auto Veículos PesadosRef. 587826711- Tempo Completo - Viseu

CozinheiroRef. 587820195 - Tempo Completo - Nelas

Vulcanizador ( pneus) Ref. 587823365 – Tempo Completo - Nelas

Ajudante de CozinheiroRef. 587816315 – tempo completo – Vouzela

Trabalhador Avicola Ref. 587825328 – tempo completo – Vouzela

Moto-serristaRef. 587813331 – tempo completo – Oliveira de Frades

Trabalhador IndiferenciadoRef. 587819331 – tempo completo –

Oliveira de Frades

CozinheiroRef. 587815186 – tempo completo – Castro Daire

MarceneiroRef. 587819050 – tempo completo – Castro Daire

Mecânico de AutomóveisRef. 587823275 – tempo completo – Castro Daire

bons conhecimentos de informática.

Bate-chapas de veículos automó-veis. Ref. 587822404 – Tondela.

A tempo completoPretende-se candidato c/experiên-cia na área.

Jornal do Centro03 | agosto | 2012 29

Page 30: Jornal do Centro - Ed542

Marcelino Ferreira de Paiva, 80 anos, casado. Natural e residente em Pepim, Castro Daire. O fune-ral realizou-se no dia 26 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemité-rio de Pepim.

Magnífica Tereso, 93 anos, viúva. Natural de Cujó, Castro Daire e residente em Castro Daire. O fu-neral realizou-se no dia 27 de ju-lho, pelas 18.00 horas, para o ce-mitério de Castro Daire.

António Fernandes Rua, 58 anos, casado. Natural de Ronpecilha, São Martinho das Moitas, São Pedro do Sul e residente em Gri-jó do Gafanhão, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 30 de julho, pelas 10.00 horas, para o cemitério de Reriz.

José Pereira da Costa, 78 anos, casado. Natural de São Joani-nho, Castro Daire e residente em Fareja, Castro Daire. O funeral realizou-se no dia 31 de julho, pelas 16.00 horas, para o cemi-tério de Castro Daire.

Ag. Fun. Amadeu Andrade & Filhos, Lda.Castro Daire Tel. 232 382 238

Custódia do Carmo, 87 anos, vi-úva. Natural e residente em Mo-çamedes, São Miguel do Mato, Vouzela. O funeral realizou-se no dia 28 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério de Moçamedes.

Piedade de Paiva, 76 anos, viú-va. Natural e residente em Fer-montelos, Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul. O funeral rea-

lizou-se no dia 29 de julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva.

José Rodrigues Torneiro, 76 anos, solteiro. Natural e residente em Bodiosa-a-Nova, Viseu. O fune-ral realizou-se no dia 30 de julho, pelas 16.30 horas, para o cemité-rio de Bodiosa.

João do Céu Almeida, 69 anos, casado. Natural de Alva, Castro Daire e residente em Figueiredo de Alva, São Pedro do Sul. O fu-neral realizou-se no dia 1 de agosto, pelas 10.30 horas, para o cemitério de Figueiredo de Alva.

Ag. Fun. Loureiro de Lafões, Lda.S. Pedro do Sul Tel. 232 711 927

Ana Maria dos Santos Sobral Cantanhede, 61 anos, casada. Natural e residente em Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de julho, pelas 16.00 horas, para o cemitério local.

Adelino Marques de Lima, 72 anos, casado. Natural e residen-te em Viseu. O funeral realizou-se no dia 2 de agosto, pelas 16.00 horas, para o cemitério novo de Santiago, Viseu.

Agência Funerária AbílioViseu Tel. 232 437 542

Fernando das Dores Batista, 71 anos, casado. Natural de Ferreira de Aves, Sátão e residente em Gumirães, Viseu. O funeral re-alizou-se no dia 2 de agosto, pe-

CLASSIFICADOS / NECROLOGIA / INSTITUCIONAIS

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(Jornal do Centro - N.º 542 de 03.08.2012)

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1ª Publicação

(Jornal do Centro - N.º 542 de 03.08.2012)

las 16.00 horas, para o cemitério de Viseu.

Agência Funerária Balula, Lda.Viseu Tel. 232 437 268

Angelina do Nascimento Lino, 92 anos, viúva. Natural de Viseu e residente em Esculca, Viseu. O funeral realizou-se no dia 28 de julho, pelas 17.00 horas, para o

cemitério velho de Santiago.

Sara de Almeida Silva, 77 anos, solteira. Natural de Santos Evos e residente em Corvos-à-Noguei-ra, Viseu. O funeral realizou-se no dia 29 de julho, pelas 18.00 horas, para o cemitério de San-tos Evos.

Luís Fernando Simões de Sousa, 45 anos, casado. Natural do Bra-

sil e residente em Travassós de Baixo, Viseu. O funeral realizou-se no dia 30 de julho, pelas 17.00 horas, para o cemitério novo de Viseu.

Hermínio de Almeida Leitão, 88 anos, casado. Natural de Riba-feita e residente em Lustosa, Ri-bafeita. O funeral realizou-se no dia 30 de julho, pelas 19.15 horas, para o cemitério de Ribafeita.

Manuel Gonçalves Fernandes, 57 anos, casado. Natural de Bodio-sa e residente em Travanca de Bodiosa, Viseu. O funeral reali-zou-se no dia 1 de agosto, pelas 16.30 horas, para o cemitério de Bodiosa.

Ag.Fun. Decorativa Viseense, Lda.Viseu Tel. 232 423 131

Jornal do Centro03 | agosto | 201230

Page 31: Jornal do Centro - Ed542

clubedoleitorDEscreva-nos para:

Jornal do Centro - Clube do Leitor, Rua Santa Isabel, Lote 3, R/C, EP, 3500-680 Repeses, Viseu. Ou então use o email: [email protected] As cartas, fotos ou artigos remetidos a esta seção, incluindo as enviadas por e-mail, devem vir identificadas com o nome e contacto do autor. O semanário Jornal do Centro reserva-se o direito de selecionar e eventualmente reduzir os originais.

HÁ UM ANO

EDIÇÃO 490 | 5 DE AGOSTO DE 2011

∑ Viseu de novo nas voltas da Volta.

∑ “Eu sou contra a imoralidade pública dos ordenados e prémios principescos”.

(Mota Faria)

∑ Citroën consolida terceiro turno.

∑ PCP homenageia Jaime Gralheiro em setembro.

∑ Ministro da Economia inaugura Feira de São Mateus.

∑ A bordo da Barca d’Aregos. (Passeios de verão)

l d l

| Telefone: 232 437 461 · Fax: 232 431 225 · Bairro S. João da Carreira, Rua Dona Maria Gracinda Torres Vasconcelos, Lt 10, r/c . 3500 -187 Viseu · [email protected] · www.jornaldocentro.pt |

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pág. 43

UM JORNAL COMPLETO

> PRAÇA PÚBLICA

> ABERTURA

> À CONVERSA

> REGIÃO

> ECONOMIA

> SUPLEMENTO> SUPLEMENTO

> DESPORTO

> PASSEIOS DE VERÃO

> CULTURAS

> EM FOCO

> SAÚDE

> CLASSIFICADOS

> CLUBE DO LEITOR

S E M A N Á R I O D A

REGIÃO DE VISEU

DIRECTOR

Paulo Neto

Semanário

05 de Agosto de 2011

Sexta-feira

Ano 10

N.º 490

1,00 Euro

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ade

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Distribuído com o Expresso. Venda interdita.

∑ Presidente da Comissão Política

Distrital de Viseu do PSD à conversa:

“Não é pela mudança do Governo

que deixamos de reivindicar a

universidade pública”

Nun

o Fe

rrei

ra

| páginas 10,11 e 12

PSD naspalavras deMota Faria

No passado dia 13 de Julho a direcção do Centro de Pro-dução de Mangualde da PSA publicou nesta página uma extensa resposta ao meu ar-tigo de 6 de Julho. Alguns co-mentários.1. Todas e/ou cada uma das questões levanta-das neste artigo foram abor-dadas publicamente ao lon-go dos últimos quatro anos. Sobre elas se pronunciaram membros da Comissão de Trabalhadores, sindicatos do sector, dirigentes sindi-cais, dois secretários gerais da CGTP-IN.

S o b r e e l a s f o r a m publicadas dezenas e deze-nas de notícias e artigos de opinião nos jornais de circu-lação nacional e na imprensa regional. O mesmo se passou nas rádios nacionais e regio-nais. Os canais de televisão ditos generalistas, bem como os de informação, fizeram-se eco dessas questões.

Sobre todas e/ou cada um dos assuntos tomaram posi-ção diferentes partidos polí-ticos e dirigentes partidários. Os temas em causa foram motivo de requerimentos, in-terpelações e debates na As-sembleia da República. Cons-taram da agenda de diversas jornadas parlamentares.

Que nos tenhamos aper-cebido nunca a direcção do Centro de Produção de Mangualde da PSA consi-derou pertinente «esclare-cer» os cidadãos portugue-ses sobre os temas em causa. Registe-se.

2. A comunicação social nos últimos anos referiu inúmeras vezes que duran-te anos os prémios e outras remunerações devidos aos trabalhadores foram canali-zados para Seguros de Vida, ou de Complemento de Re-forma, feitos na segurado-ra AXA. Que a empresa os apresentava como «custos de exercício» para não pa-gar impostos. Que nenhum trabalhador tinha sido bene-ficiário. Que havia processos em tribunal sobre o assunto. A PSA de Mangualde nunca desmentiu estas notícias.

3. O autor destas linhas, até por motivos da sua acti-vidade profissional, não con-funde subsídios com investi-mentos. Um exemplo entre muitos outros que aqui po-deria apresentar:

«O investimento em causa excede os 21 milhões de euros. Prevê – se que alcance, no ano de 2016, um valor de vendas de cerca de 2162,4 milhões de euros e um valor acrescenta-do de cerca de 155,9 milhões de euros, montantes acumu-lados desde o início do inves-timento. Visa-se assegurar a manutenção quer dos 750 postos de trabalho da empre-sa, quer da actividade dos fornecedores e das pequenas empresas que lhe estão asso-ciadas.

É uma boa notícia para o concelho de Mangualde e para toda a região. (Jornal do Centro de 11 de Dezembro de 2009).

A questão é outra. A em-presa, em relação aos 8,6 mi-lhões de euros de 2007, tinha um caderno de encargos que não cumpriu. Em 2009 o nú-mero de trabalhadores redu-ziu-se em mais de 500 (quase 40% da força de trabalho!!!).

Num sector onde as remu-nerações dos trabalhadores representam, em média, 5% (cinco por cento) dos custos do produto final, face à cri-se, a direcção do Centro de Produção de Mangualde da PSA optou por diminuir bru-talmente estes custos em de-trimento dos outros factores de produção. Estamos escla-recidos.

Como confessou um dos patrões do sector, cavalgan-do a actual crise: «agora é trabalhar mais e pagar me-nos».

4. No mesmo sentido a questão da bolsa de horas. As justificações avançadas no referido «esclarecimen-to» deixam-nos uma tremen-da dúvida: como funcionou, sem bolsa de horas, a indús-tria automóvel em geral e a PSA em particular durante mais de um século?

Mas o «esclarecimento» escamoteia que a bolsa de horas começou a ser aplica-da MESES antes da entrada em vigor do novo Código do Trabalho (como seria se em França uma empresa portu-guesa se adiantasse à decisão dos legisladores?). Entrou em vigor apesar não estar pre-visto no contrato colectivo de trabalho aplicável a este sector.

E, para cúmulo, nesta em-presa, como em outras, foi

exigido aos trabalhadores que as licenças de paterni-dade e maternidade, ou as licenças por baixa médica, fossem compensadas à em-presa com dias de trabalho não pago.

Neste contexto de perda efectiva de massa salarial (a maioria dos trabalhadores recebeu em muitos meses em 2009 cerca de 450 euros) e de aplicação do lay-off foi no mínimo estranho que os valores das indemnizações, dos prémios e das mordo-mias de alguns tivessem permanecido obscenamen-te elevados.

5. Sobre as elevadas per-centagens de adesão à bolsa de horas por parte dos tra-balhadores convém esclare-cer os nossos leitores que as mesmas foram obtidas por contacto individual por par-te das chefias e não por voto secreto. Para quando uma consulta por voto secreto, tal como se faz noutras empre-sas do sector em Portugal e em empresas do grupo PSA? E já agora, para quando a rea-lização de plenários dos tra-balhadores no interior da em-presa, tal como estipula a lei e se pratica noutras empresas? De que tem medo a direcção do Centro de Produção de Mangualde da PSA?

6. O autor destas linhas é pelo investimento e pela criação de postos de traba-lho. Única forma de ultra-passar a crise em que estes governos e estas políticas mergulharam Portugal. Por isso apoia quem tem apre-sentado inúmeras propostas muito concretas nesse sen-tido. Mas, ao mesmo tempo, está contra o aproveitamen-to da «crise» para retirar di-reitos aos trabalhadores, de-gradar as suas condições de vida e de trabalho, aumentar a exploração.

Por último, mas não me-nos importante, a legisla-ção sobre o direito de res-posta pressupõe o mesmo destaque e o mesmo tama-nho. A resposta da direcção do Centro de Produção de Mangualde da PSA é mais de 4 vezes superior ao meu artigo. Esta resposta é meta-de da que lhe deu origem…

António [email protected]

Direito de resposta- Ainda a PSA Mangualde

A ACERT agradece a todos os que tornaram este Tom de Festa

um acontecimento que marcará a sua história.

· Sócios da ACERT e Voluntários que participaram no espectáculo e na organização

· Artistas que solidaria e generosamente actuaram e enCANTARAM

· Grupos culturais do Concelho que se associaram à ACERT no espectáculo de abertura

· Empresas que, com a sua parceria, contribuíram para esta realização

· Comunicação social regional e Antena 1, pelo apoio à divulgação

· Associações nacionais e internacionais que cooperaram

· Comunidade do Concelho que se juntou a esta sua Festa

· Câmara Municipal de Tondela pela demonstração plena de que a cultura representa um motor de

progresso para uma comunidade

E, de forma particular, ao público que, do Concelho e de muitas geografias,

viveram com a ACERT este sonho numa…

Tondela, Terra da Fraternidade

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Jornal do Centro03 | agosto | 2012 31

Page 32: Jornal do Centro - Ed542

JORNAL DO CENTRO03 | AGOSTO | 2012Impresso em papel que incorpora 30 por cento de fibra reciclada, com tinta ecológica de base vegetal

Hoje, dia 3 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 27 e mínima de 13ºC. Amanhã, 4 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 25ºC e mínima de 12ºC. Domingo, 5 de agosto, céu com períodos de muito nublado. Temperatura máxima de 21ºC e mínima de 13ºC. Segunda, 6 de agosto, céu limpo. Temperatura máxima de 23ºC e mínima de 13ºC.

tempo

Olho de Gato

Joaquim Alexandre [email protected]

� Estamos sempre a discutir, é melhor separar-mo-nos...

� Já percebi há muito tempo... queres ir viver com a tua galdéria...

� Escusas de ser ofensiva...� Uma galdéria reles...� Se tratarmos do nosso divórcio de maneira

civilizada, as coisas correm melhor... a casa fica para ti...

� Estás mesmo cheio de pressa de ir para o duplex que deste à gaja, cabrão...

� Só levo a minha roupa e coisas pessoais....� Não quero saber...� Livros profissionais, o DVD autografado pelo

Tarantino, o resto fica cá tudo...� Os teus tarecos não me interessam para nada...� O BêÉme fica para ti. Levo a mota...� Para passeares a sem-vergonha agarrada a ti... era

bom que marrassem com os cornos num muro!� Gosto muito do quadro do Tiago Lopes, o da fi-

gura pintada em cartão, tu ficas com os outros to-dos, deixo cá a colecção que andava a fazer de artis-tas de Viseu, os do Luís Calheiros, os da Alice Gei-rinhas, os dos irmãos Tudela, os do José Mouga...

� Não quero discutir partilhas. Que pesadelo!� Depende de nós acabarmos com ele. Se estiver-

mos de acordo, as coisas são rápidas. � Um inferno...� Eu levo o gato... � O Tareco?! Nem sonhes...� Ele gosta de mim, é no meu colo que ele ador-

mece, a ti não te liga nada. Fui sempre eu que tratei dele, que o levei à veterinária...

� Nem sonhes! Tens de escolher: ou o Tareco ou a gaja...

� Estás a ser egoísta. Estou a dar-te tudo: o carro, a casa, a colecção de quadros...

� Tens de escolher: ou o Tareco ou aquela vaca...

* Os anteriores “Ele e Ela” foram publicados aqui nos verões de 2009 e 2010 e podem ser lidos no blogue Olho de Gato.

http://twitter.com/olhodegatohttp://joaquimalexandrerodrigues.blogspot.com

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Sexta, 3 agostoVouzela∑ Feira de Artesanado de Vouzela integrada nas Festas do Castelo, inaugurada às 18h00, na Avenida João de Melo.

Sábado, 4Mangualde∑ 1ª Cãominhada, um passeio de cães organizado pelo Grupo Mangualdense de Apoio e Proteção aos Animais e ao Meio Ambiente - Grumapa, às 11h00, no Largo Dr. Couto, seguindo pelas ruas do centro da cidade.

Domingo, 5Viseu∑ Rota das Termas de Alcafache, integrada na Rede de Percursos Pedestres do concelho de Viseu, a partir das 17h30, junto às termas.

Quinta, 9Vila Nova de Paiva∑ Abertura do VER PAIVA 2012, com o Dia do Emigrante. Até dia 12, há concertos, mostras de artesanato e de gastronomia e o festival do Gelado.

agenda∑Ele e Ela (XI)*

Um grupo de sportin-guistas de Viseu está a reu-nir esforços para a criação de um núcleo sportinguista na cidade.

A mobilização, que co-meçou nas redes sociais, realiza este domingo, dia 5 de Agosto uma “reunião de sportinguistas”, às 16h00,

na Associação Comercial do Distrito de Viseu.

“Sportinguistas de Viseu (Sócios e Não-Sócios) va-mos dar início a um con-junto de iniciativas com o objectivo de criar o “nú-cleo sportinguista de vi-seu”, lê-se no cartaz de di-vulgação da iniciativa.

Do primeiro ponto da ordem de trabalhos cons-ta a subscrição da carta de manifestação de interesse para a criação da nova ins-tituição. Na segunda parte da reunião irá ser consti-tuida uma comissão insta-ladora para o futuro núcleo. EA

Sportinguistas mobilizados

O Expo Salão de Ser-nancelhe recebe a partir de hoje, até domingo, dia 5, o II Salão Automóvel Clás-sicos.

Perto de uma centena de automóveis, de diver-sas épocas e estilos, está confirmada para esta edi-ção. A Associação Feira Se-mentes da Terra, entidade organizadora, juntamen-te com o município de Ser-nancelhe esperam que Ser-nancelhe “seja o ponto de encontro dos amantes dos carros clássicos durante esse fim de semana”, atra-vés de “uma iniciativa que pretende cotar-se como o maior salão do género na região norte do país”.

Ao procurar superar o sucesso da primeira edição, em 2010, em que mais de três mil pessoas visitaram o certame, a organização integrou o evento no VIII

Festival da Amizade, ao de-correr na vila, para dar uma nova dinâmica ao salão.

“Com a segunda edi-ção do Salão de Automó-veis Clássicos, Sernance-lhe posiciona-se como um concelho de eventos de dimensão nacional, com regularidade assinalável, num Expo Salão com ca-

pacidade e qualidade para acolher este tipo de even-tos”, reforça a nota à im-prensa.

A II edição é inaugurada esta sexta-feira, às 18h00. O certame pode ser visitado entre as 10h00 e as 22h00, sábado e domingo.

Emília Amaral

Sernancelhe recebe II Salão Automóvel ClássicosLocal∑ Automóveis de diversas épocas e estilos no Expo Salão

A O evento decorre de hoje até domingo

O Jornal do Centro oferece:

∑ Bilhetes duplos para o Festival do Emigrante, hoje, dia 3 de agosto, na Live Beach, em Mangualde. Ligue 232 437 461. Válido para assinantes. Bilhetes limitados.

Paul

o N

eto