Jornal Bem Estar Zona Sul agosto 2012

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A ideia de que individualmente podemos crescer sempre, conhecendo-nos mais e sendo pessoas equilibradas internamente e mais solidárias com os outros, é algo recente e que contagia cada vez mais pessoas. O mundo melhora assim! PESSOAL CRESCIMENTO CRESCIMENTO PESSOAL JORNAL DE COLEÇÃO • Ano 4 • nº 47 • AGoSTo 2012 • 10.000 ExEmp. • TEl. (51) 3268.4984 • ZONA SUL D i s t r i b ui ção gr a t u i t a PELE E BELEZA Saiba os cuidados necessários para encarar o frio Animais de estimação têm grande importância na vida familiar PET DE OLHO NOS EXERCÍCIOS Conheça os 8 sinais de alerta para evitar que eles façam mal

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Jornal Bem Estar Zona Sul agosto 2012

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A ideia de que individualmente podemos crescer sempre, conhecendo-nos mais e sendo pessoas equilibradas internamente e mais solidárias com os outros, é algo recente e que contagia cada vez mais pessoas. O mundo melhora assim!

PessoalCresCimentoCresCimento

Pessoal

Jornal de Coleção • Ano 4 • nº 47 • AGoSTo 2012 • 10.000 ExEmp. • TEl. (51) 3268.4984 •

zonasul

Distribuição gratuita

PELE E BELEZA

Saiba os cuidados necessários para

encarar o frio

Animais de estimação têm grande importância

na vida familiar

PET

DE OLhO nOS ExErcíciOS

conheça os 8 sinais de alerta para evitar que

eles façam mal

Page 2: Jornal Bem Estar Zona Sul agosto 2012

Renato GuarigliaEditores - Zona Sul

Fábio FerreiraArte Final

Renato GuarigliaComercial

Impressão: Grupo SinosTiragem: 10 mil exemplaresContato: (51) 3268.4984

zonasul

@ jornalbemestar.com.br

Que todos os méritos gerados por esse trabalho beneficiem e tragam

felicidade para todos os seres.

PORTO ALEGRE ZONA SUL

CENTRAL BEM ESTAR

Ralph VianaEditor GeralÉrico vieiraDiretor de RelacionamentoMax BofDiretor AdministrativoFábio FerreiraJaqueline BicaDiagramação Central

Jornalista responsável: Max Bof (mtb 25046) Ma-terial: Revistas CUERPOMENTE, UNO MISMO, NEW AGE, PSYCHOLOGY TODAY, BUENA SALUD, THE QUEST, PSYCHOLOGIES, SHAMBHALA SUN, MAGICAL BLEND, NOUVELLES CLÉS.

Informes publicitários, textos e colunas assi-nadas não correspondem necessariamente à opinião do jornal e são de responsabilidade de seus autores.

InFoRMações de QualIdade

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Gratos

Lições de Vida

D efinitivo, como tudo o que é simples: nossa dor não ad-vém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonha-

das e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer.

Apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa que gerou em nós um senti-mento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquece-

mos tudo o que foi desfrutado com ela e focamos nos aspectos irrealizados, pas-samos a sofrer pelas nossas projeções, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os sho-ws e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado e não compartilha-mos. Por todos os beijos cancelados pela eternidade, não em tantos que beijamos.

Mas poderíamos ser agradecidos por tudo o que vivemos com uma pessoa que amamos e nos amou, não é? Porque tan-

VIVER – A DOR FAZ PARTE, O DRAMA É OPCIONALEsquivando-nos do sofrimento perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O drama é opcional.

“Poderíamos ser agradecidos por tudo o que vivemos

com uma pessoa que amamos e nos amou. Porque tantas

coisas boas vividas com alguém não geram sentimentos de dádiva e agradecimento?”

tas coisas boas vividas com alguém não geram sentimentos de dádiva e agrade-cimento?

E no trabalho? Sofremos não por-que ele é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conver-sar com um amigo, para nadar, para na-morar. Podemos melhorar nosso traba-lho? Podemos. (Ou então mudar de tra-balho). Por que escolhemos a queixa e o sofrimento?

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profun-das angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Procuramos en-tendê-la ou simplesmente lamentamos por ela não poder ser tudo o que espe-ramos e idealizamos?

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Mas vale a pena sofrer pela derrota de um time num esporte em que vencer e per-der é a graça de tudo? Criamos dor em algo tão superficial, por quê?

Sofremos não porque envelhe-cemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impe-dindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Mas quantas coi-sas interessantes podem ser vivi-das com uma idade mais avançada e novamente não estão sendo co-gitadas...

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais!

A cada dia que vivemos mais pode-remos nos convencer que o desperdí-cio da vida está no amor que não da-mos, nas forças que não usamos, na pru-dência egoísta que nos faz não arriscar. Por medo de sofrer não nos arriscamos a viver.

Esquivando-nos do sofrimento per-demos também a felicidade.

A dor na vida é inevitável – ninguém nunca afirmou ser possível viver sem so-frer. Já o drama, é opcional.

Parabéns pela matéria “Felicidade. Direito ou dever?” Leva a nos pergun-tar: Quem sou eu? E essa pergunta sos-sega a mente e nos leva a não se preocu-par com o que vem pela frente, e a um bom estado de espirito que leva a com-pletude. Gostei. Muita paz. Abraços

maria Inez melo

O BEM ESTAR tem um propósito muito importante para a sociedade como um todo, trazendo matérias importantes e humanísticas de bom convívio. Sempre se preocupando com conteúdos que trazem algo de útil a sociedade. Parabéns!

Claudio José da Silva

O BEM ESTAR apresenta matérias que nos deixam curiosos pelo conteúdo, conteúdo que nos ensina, nos preenche e nos faz compartilhar. Parabéns!

Cleuma maria Santos

Adoro o BEM ESTAR. As matérias são geniais, esclarecedoras e bem diver-sificadas. Parabéns a toda equipe!

Simone Costa

Procuro ler o BEM ESTAR todos os meses e gosto muito pelas suas alterna-tivas de informações. Parabéns!

Flávio Goularte Simão

Alimentos antioxidantes e suplementos ajudam a prevenir as enfermidades, aumentam a longevidade,

diminuem o estresse e o esgotamento.

LEIA NA PRÓXIMA EDIÇÃO

UMA VIDA PLENA EXIGE BOAS INFORMAÇÕES

BEM ESTARBEM ESTARPessoas inteligentes adoram ler. E anunciar.

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3 • Nº 47 • Agosto 2012 • BEM ESTARInformações importantes

para sua saúde e bem-estar

A educação alimentar é uma dimen-são muito importante na educação das crianças. Ainda mais

na época atual, onde o fast food impera e mais da meta-de das crianças são obesas ou estão acima do peso, o que trará problemas sé-rios de saúde no futuro.

Uma pesquisa reali-zada no Instituto Monell Chemical Senses Cen-ter, nos EUA, mostrou que antes de nascer, os bebês já podem to-mar gosto por consu-mir frutas e legumes. Segundo os pesqui-sadores, ainda no útero os bebês po-der tomar contato com o gosto des-ses vegetais, que são transmitidos pelo líquido amniótico,

desde que, claro, a mãe consuma estes ali-mentos.

Uma das experiências feitas pelos pes-quisadores foi dar suco de cenoura para um grupo de gestantes e constatar que os filhos dessas mulheres tinham mais disposição para comer o vegetal, quan-

do iniciaram a dieta com alimentos sólidos.

Os pesquisadores afirmaram ainda que crianças expostas e

que consumiam frutas e legumes desde cedo e

com frequência, aprendem a gostar desses alimentos e ter um estilo de alimentação mais saudável no futuro.

Ou seja, futura mamãe, você pode ir cuidando da saúde de seu filho a partir da concepção e, por tabela, também da sua. Inclua fru-tas e legumes na sua vida e

na de seus filhos!

Chimarrão do Bem Um mate oriUndo do país vizinho mostra-se

EFEtIVO cONtRA A OStEOPOROSE.

E m Mendoza, Argentina, ter-ra onde se bebe muito vinho e chimarrão, médicos concluí-

ram que o chá-mate consumido dia-riamente na região melhora a densi-dade mineral óssea das pessoas, re-sultando em possível ajuda na pre-venção da osteoporose. Nes-sa doença, portadores de bai-xa massa óssea estão em risco de fraturas espontâneas ou também depois de leves tro-peços.

Os mé-dicos Andrea Conforti, Ma-ria Gallo e Fer-nando Saravi rela-tam, na edição da re-vista “Bone” deste mês, que o consu-mo de erva-mate está associado à pre-sença de alta densidade mineral óssea em mulheres na fase de pós-menopau-

sa. A pesquisa foi realiza-da dentro do programa

para a prevenção e o tra-tamento da osteoporose da

cidade de Mendoza. A erva-mate ‘Ilex paragua-

riensis’ diluída em água quente, na tradicional cuia do chimarrão,

contém xantinas (alcalóides tam-bém presentes no café e no cacau)

na concentração de 330 miligra-mas por litro. Os autores com-pararam 146 mulheres em fase de pós-menopausa que con-sumiam no mínimo um litro de chá-mate diariamente, por mais de quatro anos, com um

grupo controle com o mesmo número de mulheres e o resulta-

do foi significativo. As senhoras que estavam em tratamento para osteo-porose, em uso de corticosteróides, que eram consumidoras de bebidas alcoólicas ou fumantes não participa-ram da pesquisa.

eduCação alimentarGOStO POR ALIMENtOS SAUDáVEIS cOMEÇA NO útERO.

HáBItOS SE INStAURAM NA PRIMEIRA INFâNcIA.

KIRILL ZDOROv/ISTOCKPHOTO/BE STOCKXCHNG/DIvULGAÇÃOBE

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BEM ESTAR • Nº 47 • Agosto 2012 • 4

STOCK.XCHNG/DIvULGAÇÃO/BE

de olho nos exerCíCioscONHEÇA OS 8 SINAIS DE ALERtA PARA EVItAR qUE EXERcícIOS FAÇAM MAL.

A princípio, exercícios sempre fa-zem bem. Mas em várias situações devemos ficar alertas. Quando se

vem de uma longa inatividade, por exem-plo, é conveniente recomeçar aos poucos, por exemplo. Outras questões são tam-bém importantes e devem ser observadas, como o histórico familiar, dores no pei-to e cansaço incomum. Leia abaixo a lista:

1 Histórico familiar: se o pratican-te de esportes ou candidato a atleta tiver casos na família de morte sú-

bita cardíaca, o acompanhamento médico deve ser mais rigoroso que o de um atle-ta comum.

2 Cansaço incomum: se uma pes-soa tem a mesma carga de exercí-cios que os colegas durante as au-

las de educação física, mas apresenta repe-tidas vezes um cansaço muito maior que os demais alunos, é bom procurar um mé-dico.

3 Dor no peito: durante o exercício físico intenso, daqueles em que o praticante tem dificuldade de con-

versar, não é bom sinal sentir dor no pei-to na altura da região que fica por trás da parte inferior esquerda do osso esterno,

aquele que une as costelas. Já a dor no pei-to que não melhora mesmo depois de re-pouso (com uma sensação de aperto e que se irradia para as costas ou o braço) ou a dor forte no estômago que não passa depois do fim do exercício são casos para atendimento médico imediato.

4 Desmaio: Na maioria das vezes, o desmaio na atividade física não se trata de uma queda na taxa de

açúcar no sangue, mas de uma breve pa-

rada cardíaca, segundo o cardiologista Jo-mar Souza. E isso requer acompanhamen-to médico.

5 Como parar: De acordo com os especialistas, não faz bem à saú-de do coração parar um exercício

abruptamente. O ideal é o que se chama de recuperação ativa, em que o corpo re-duz gradativamente o ritmo de uma cor-rida, por exemplo, até interrompê-la em definitivo.

6 Atletas eventuais: São os mais sujeitos a lesões, de acordo com especialistas em medicina do es-

porte. Se são atletas na meia-idade e têm histórico de problemas cardíacos na famí-lia, hipertensão e acidente vascular cere-bral (AvC), o risco é maior.

7 Exame confuso: O médico Jomar Souza explica que há casos em que um atleta passa por um ecocardio-

grama que indica um aumento na espessu-ra da parede que divide os lados esquerdo e direito do coração, o que nem sempre é diagnóstico de miocardiopatia hipertró-fica, doença que mais mata atletas jovens. O médico explica que, se a parede ficar com espessura entre 11 e 16 milímetros, o paciente deve deixar os exercícios por seis meses e repetir o exame. Se a parede voltar ao normal, houve apenas uma adap-tação do músculo cardíaco aos exercícios.

8 Condições ruins: Fumar logo após o fim de um exercício au-menta a probabilidade de ocorrer

um espasmo no músculo cardíaco. O re-comendado, se a pessoa for fumante, é não fumar horas antes e depois dos exer-cícios.

Procure a prefeitura do seu município, a Central de Doações do Estado no (51) 3288.6781ou a Defesa Civil no (51) 3210.4253 e pelo site www.defesacivil.rs.gov.br.

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Page 5: Jornal Bem Estar Zona Sul agosto 2012

5 • Nº 47 • Agosto 2012 • BEM ESTAR

O problema repete-se com frequên-cia, a unha volta a encravar porque a origem do problema não está sendo

combatida devidamente. Assim, o corte mal feito ou o uso de calçados muito apertados, por exemplo, no caso dos pés, pode continu-ar provocando a reincidência do encravamen-to. Em vez de reclamar do incômodo e ficar sofrendo com ele, use as dicas dos dermato-logistas e podólogos para se livrar desse mal.

Corte no formato quadradoA dermatologista Meire Brasil Parada, da

Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que as unhas possuem um espaço de cresci-mento determinado. Se você corta as laterais, a pele passa a ocupar esta região e, assim que a unha começar a crescer novamente, disputa o lugar, fazendo pressão no dedo. Resultado: a unha fica sem espaço pra crescer e acaba en-cravando. Por isso, o ideal é remover o exces-so de pele das laterais, mas nunca deixar bura-quinhos porque a unha foi cortada nos cantos.

Lixe as unhas após o corte Não basta cortar as unhas, é preciso li-

xar também. “O lixamento remove as espícu-

unha EncravadaVários motivos podem provocar este problema, do corte

ao tipo de sapato. Leia e saiba como se prevenir.

las de unha, aquelas pontinhas que podem en-cravar. Isso acontece porque o organismo en-tende essas sobras de unha como um corpo estranho, gerando o processo inflamatório”, afirma Meire.

Evite tirar as cutículas A cutícula incomoda muita gente, mas

esta pele fininha é a proteção da unha con-tra fungos e bactérias. A recomendação dos dermatologistas é manter essa barreira, evi-tando problemas. Sem a cutícula, a unha fica mais propensa às infecções, esta a verdade.

Fuja dos sapatos apertados Sapatos com bico muito fino contrariam

a anatomia natural dos pés. Esse tipo de cal-çado, especialmente, ou outros modelos que apertem demais as unhas, acabam levando ao encravamento. Meire conta que sapatos aper-tados exercem uma pressão sobre os cantos das unhas, o que gera um processo inflamató-rio e a unha acaba encravando. “O sapato ide-al é aquele que tem o bico mais alargado ou arredondado, deixando os dedos fiquem mais soltos, ou uma sandália que deixa o pé bem livre”. Além de mais confortáveis, são muito mais saudáveis.

Deixe os pés limposHigiene sempre é muito importan-

te, especialmente para quem sofre cons-tantemente com unhas encravadas. “O maior acúmulo de células mortas do pé facilita a proliferação de micro-organis-mos. A higiene limita a invasão de fungo ou bactéria”, afirma Meire. Mantenha os pés sempre limpos, principalmente debai-xo das unhas, para não dar espaço às in-fecções!

E quando nada disso adianta?

Muitas pessoas têm o que a dermatologis-ta Meire chama de unha encravada congê-nita, ou seja, o problema decorre do pró-prio formato da unha, que tem um espaço pequeno demais para crescer e, muitas ve-zes, não consegue. Esse problema se mani-festa até mesmo em bebês e um dermato-logista pode ajudar no diagnóstico e na re-comendação do melhor tratamento.

Uma das opções é a instalação de um aparelho, parecido a um ortodôntico, que empurra e aumenta a região de crescimen-to da unha, progressivamente.

Sapatos inadequados provocam o encrave da unha.

Dica de Saúde

O BEM ESTAR é oferecido gratuitamente em mais de 250 pontos de distribuição.É também entregue em mãos de empresários, profissionais liberais, comerciantes,

agentes culturais, educadores etc.

O BEM ESTAR é distribuído em locais selecionados, frequentados por um público especial, de ótimo poder aquisitivo, e exigente com relação à qualidade do que escolhe.

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BEM ESTAR • Nº 47 • Agosto 2012 • 6

Bicho de Estimação

C hamou minha atenção as matérias sobre o tra-balho que Porto Alegre está realizando em prol

dos animais. Como terapeu-ta familiar, sei muito bem da importância que eles têm

na vida familiar, e, foi pensan-do nisso que encontrei um artigo

da Revista ‘Etho News’ 107 (Mai/01) que reflete essa importância:

“O animal de estimação cumpre um importante papel, pois divide a vida cotidiana com numerosas famí-lias, faz parte do lar, pode ser mi-

mado, acariciado, compartilha pas-

seios, férias, se tornando confidente, com-panheiro e até nos permitindo a conectar-mos com outras pessoas. Muitos destes ani-mais humanizados apresentam comporta-mentos inaceitáveis, pois assim como os hu-manos são mal educados, abusados, são ví-timas de abandono, negligência e maus tra-tos por parte dos seus donos”.

Segundo a Etho News, depois dos anos 70, etnólogos, veterinários, psicólogos, psi-quiatras e médicos começaram a prestar atenção na influência que o animal tem so-bre o ser humano, seja no social, emocional e até mesmo fisiológico. Na relação com as crianças, o animal está atento às suas emo-ções e pode, muitas vezes, aceitar e apoiar

uma série de atitudes, tanto a sua agressivi-dade, como seus abraços. Sensível ao esta-do emocional, suas alegrias e seus proble-mas, ele é um confidente incansável. Por sua presença e atividade, o animal também está buscando os sentidos e estimula as ha-bilidades motoras da criança. Ele, finalmen-te, desperta para a natureza e incentiva tor-nar-se “responsável”.

Na relação familiar o animal pode con-viver com a família por muitos anos, visto que, em média, sua expectativa de vida é dez anos, às vezes mais. É uma fonte de fi-xação, pois facilita a comunicação entre os membros da família de todas as gerações. Ele não julga, por vezes, atua como um

O PAPEL DOS ANIMAIS NA VIDA HUMANA

animais de estimação têm grande importância na vida familiar e também para crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais.

Merecem mais atenção e cuidados de todos.

Sylvia Baldino naBinger

ANDREAS RODRIGUEZ/ISTOCKPHOTO/BE

O LADO AnimAL DO bEm ESTAR

51 3268.4984 [email protected]

Bicho de Estimação

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7 • Nº 47 • Agosto 2012 • BEM ESTAR

Ao ligar para os anunciantes, identifique-se

como leitor do BEM ESTAR.

assim você nos ajuda.

E receberá uma condição especial.

substituto quando um parceiro não está disponível. Também pode arbitrar os pro-blemas do casal, ‘neutralizando’ os atritos e desviando a atenção para ele. O animal de estimação oferece suporte à ausência de algum membro da família, ao brindar com seu afeto, sem pedir nada em troca, facili-ta a comunicação e reduz o estresse atra-vés de seu incentivo para jogar e atividades de recreação.

UMA COMPANHIA QUE SÓ FAZ BEM

Muito se questiona sobre como me-lhorar a qualidade de vida de idosos. Dis-cussões e vários projetos estão se multipli-cando sobre o assunto. No entanto, nunca a questão da presença do animal de estima-ção é estimulada. Sabemos que, muitas ve-zes, o último elo com a vida ou com o “ou-tro” é através dele. Histórias curiosas rela-tam fortunas deixadas para esses animais,

“Sensível ao estado emocional, suas alegrias

e seus problemas, ele é um confidente incansável. Por sua

presença e atividade, o animal também

estimula as habilidades motoras da criança.”!

pois seus donos acreditavam que nenhum humano seria merecedor de sua herança.

A relação dos animais com pessoas com necessidades especiais é cada vez mais frequente, pois vários são capazes de guiar pessoas com deficiência visual ou motora, bem como ajudando em tarefas domésticas para dar conforto a pacientes paraplégicos. Os animais sempre parecem incansáveis e de bom humor, alegrando e acompanhan-do o cotidiano difícil do portador de neces-sidades especiais.

Estudos têm mostrado que acariciar um animal é relaxante, pode diminuir a fre-quência cardíaca e pressão arterial e que a sua presença torna o tratamento de doen-ças mais suportável. As vítimas de ataques cardíacos, tendo um animal de estimação, têm mais chance de remissão. Além disso,

crianças e adultos podem gerenciar mais facilmente as suas emoções quando estão na companhia dele, sem contar que os seus donos realizam mais exercícios físicos. Ou-tro estudo australiano realizado por mé-dicos generalistas revelou que a presença de um animal de estimação poderia levar a uma economia de mais de 800 milhões de dólares australianos em despesas com saúde.

Portanto, vamos despertar a nossa hu-manidade para o cuidado com os animais, lembrando que o poder público também deve direcionar parte de suas ações à pro-teção, cuidado e preservação, por serem essenciais para a vida do planeta.

SylvIA é psicóloga e presidente da OSCIP Acolher

STOCK.XCHNG/DIvULGAÇÃO/BE

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matéria de Capa

nos últimos tempos existe uma necessidade cada vez maior de dedicar um espaço ao cuidado do mais íntimo e pessoal de cada um. O espetacular aumento dos

livros de autoajuda, a proliferação de psi-coterapias ou o interesse que despertam outras religiões ou técnicas espirituais são prova disso.

Mas por que razão surge cada vez com mais força esta necessidade? Um motivo pode ser que, ante o vazio de crenças e valores por que passa o mundo ocidental, as pessoas buscam algo que outorgue um sentido à sua existência. Por outro lado, a curiosidade que desperta o saber como so-mos ou porque vemos e reagimos às situa-ções de maneira característica é outro estí-mulo para tratar de conhecer-se com mais profundidade.

Mas o mobilizador maior do interes-se por si mesmo costuma ser a infelicidade

e a insatisfação. Ainda que hoje disponha-mos de facilidades no mundo material – a maioria das pessoas tem acesso a um teto, alimento e companhia – aparecem com maior crueza as carências a nível anímico. Problemas como a depressão, a ansiedade ou o estresse estão mais presentes do que nunca. Talvez ainda falte aprender a desen-volver nossas capacidades emocionais para que não nos transbordem essas situações.

a OrIGEMAté a década de 50 a psicologia esta-

va direcionada para solucionar transtor-nos mais ou menos graves, mas a partir deste momento passam a ser valorizados os recursos psicológicos para se conseguir maior bem-estar.

Durante esse tempo, algumas pessoas de aparente sucesso começaram a buscar

A expressão ‘Crescimento Pessoal’ foi cunhada há mais de meio século e expressa o interesse por aprender mais sobre si mesmo, desenvolvendo o potencial

de cada ser humano para viver com plenitude.

o CresCimento Pessoal

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GUARDE E cONSULTE SEMPRE!

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a

matéria de Capa

“A autorrealização é a culminação de um caminho de autoconhecimento que deriva das múltiplas experiências que aporta a vida. É o nível ideal de realização que se pode alcançar.”

ajuda psicológica. Ainda que não sofressem grandes transtornos e possuíam o que se considerava favorável para estarem satisfei-tos, manifestavam sentir um vazio interno.

Escolas psicológicas como a Humanis-ta e a Existencial e, mais tarde, a Trans-pessoal, foram as que mais reconhece-ram a importância das dimensões existen-cial e espiritual. Seu enfoque era que, en-quanto as pessoas estão ocupadas em sa-tisfazer suas necessidades básicas, não têm tempo para questionar nada mais. Mas pre-cisamente quando conseguem seu objeti-vo aparece com mais intensidade a neces-sidade de desenvolver-se a nível pessoal. Se esta demanda interna não se cumpre, a pessoa pode sentir-se insatisfeita ou incô-moda sem saber por quê.

O hOMEM

auTOrrEaLIZadOA autorrealização é a culminação de

um caminho de autoconhecimento que de-riva das múltiplas experiências que apor-ta a vida. É o nível ideal de realização que se pode alcançar, mas, sem dúvida, pou-cos o conseguem. O que Abraham Maslow denominou autorrealização, outros auto-res o descreveram e denominaram de for-ma diferente. C.G. Jung, o famoso psiquia-tra suíço, falava de ‘processo de individua-ção’, o filósofo Eric Fromm o expressava como ‘indivíduo autônomo’, Wilhelm Rei-ch falava de um ‘caráter genital’, o psicólo-go Carl Rogers, como a pessoa que con-

segue ‘pleno funcionamento’. Todos tenta-ram descrever, portanto, a meta última do desenvolvimento pessoal, para que servisse de guia e inspiração.

A seguir, as características que Abraham Maslow descreveu que possuíam as pessoas realizadas:

Percepção mais

eficiente da realidade

Refere-se à capacidade de julgar as coi-sas mais corretamente e de captar com maior rapidez realidades que possam re-sultar confusas ou encobertas. Uma situa-

ção, pessoa ou coisa pode observar-se, en-tão, com maior neutralidade, sem deforma-ções nem juízos prévios. A pessoa se dá conta de quando está projetando no exte-rior algo pessoal e pode discernir mais ob-jetivamente suas percepções.

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BEM ESTAR • Nº 47 • Agosto 2012 • 10matéria de Capa

a

aceitação de si mesmo

e dos demaisA forma mais básica de aceitação é a

satisfação consigo mesmo. Então a pessoa aprende a reconhecer e a aceitar os de-mais. Isso inclui também menos timidez e sentimento de culpa ou dúvida. A pessoa realizada se sente segura porque não quer ser outra pessoa, não busca ser diferente nem parecer-se com os outros, ainda que reconheça seus defeitos e se esforce por melhorá-los.

(Uma frase do Jung: ‘você cresce não à medida que se pareça com um modelo, mas quando vai se parecendo cada vez mais com você mesmo.’)

Espontaneidade,

simplicidade e naturalidadeEstas características denotam que a

pessoa sabe mostrar-se aos demais como é, sem fingir nem tentar demonstrar nada. São qualidades que de alguma forma têm que ser resgatadas da infância, quando se atua de forma natural e espontânea.

a necessidade de intimidadeMuitas pessoas não suportam estar sozi-

nhas por qualquer tempo, pois é aí que mais aparecem os aspectos pessoais que não são fáceis de aceitar. Uma pessoa madura e rea-lizada necessita, ao contrário, de um espaço e de tempo para si mesma, onde possa en-contrar-se a sós e dialogar consigo mesma.

“A pessoa realizada se sente segura porque não quer ser outra pessoa, não busca ser

diferente nem parecer-se com os outros, ainda que reconheça

seus defeitos e se esforce por melhorá-los.”

“Uma pessoa madura e realizada necessita de um espaço e de tempo para si mesma,

onde possa encontrar-se a sós e dialogar consigo mesma.”

autonomiaEsta é uma qualidade que requer res-

peito por si mesmo e pelas outras pes-soas. Denota, por outro lado, a capacida-de de ser autossuficiente e também inde-pendente. A pessoa que a possui não ne-cessita dos demais para preencher as suas necessidades de afeto e segurança, posto que isso vem dela mesma. Quando se re-laciona com os outros não exige, mas sim pode dar aos demais sem esperar nada em troca.

apreciação contínuaMaslow se refere a isso como a capaci-

dade de maravilhar-se e apreciar os aspec-tos positivos da vida. O mesmo aconteci-mento que para outras pessoas pode pa-recer comum, pode ser vivido como algo cheio de significado, beleza e inspiração. Frequentemente deixamos de apreciar o que temos porque continuamos nos esfor-çando para conseguir o que acreditamos que nos falta. Mas a verdadeira sa-tisfação só é possível quando se va-

JOSHUA HODGE PHOTOGRAPHy/ISTOCKPHOTO/BE ABEL MITJA vARELA/ISTOCKPHOTO/BE

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GUARDE E cONSULTE SEMPRE!

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11 • Nº 47 • Agosto 2012 • BEM ESTAR matéria de Capa

lora o que aporta a existência em cada mo-mento.

Experiência mística

ou experiência cumeAbraham Maslow descobriu que as

pessoas que definiu como realizadas tinham em comum o fato de terem vivido experi-ências de transcendência do próprio eu. Es-sas experiências permitem uma amplifica-ção da própria consciência, que pode apor-tar importantes compreensões ou vivên-cias, que para as pessoas costuma resultar cruciais no curso de sua vida.

Sentimento de comunidadeÉ a capacidade de identificar-se com qual-

quer ser vivo, de sentir compaixão e compre-ensão, inclusive aquelas mais contrárias a si pessoalmente. No que diz respeito às rela-ções, as pessoas autorrealizadas concretizam uniões muito firmes. São mais de poucas, mas ótimas relações íntimas. São pessoas honestas que sabem tanto atender aos demais quanto abrir-se a ser tal como são.

Sentido de humor filosóficoO humor corriqueiro frequentemente

se centra em exteriorizar sentimentos de-sagradáveis, como a hostilidade ou a vergo-nha, enquanto que o humor filosófico versa sobre as peculiaridades das coisas. Uma pes-soa sadia é capar de rir de si mesma, de uma atitude pretensiosa que teve, por exemplo, ao invés de projetar nos demais, rindo-se ou ironizando as coisas dos outros.

“As pessoas que conseguem maior realização costumam ser as que têm fins claros e permanentes,

ainda que os meios possam ir variando em função de como se desenvolvam as situações. Não são, portanto, pessoas rígidas, mas sim que podem mover-se no ritmo dos acontecimentos.”

caráter respeitosoA tolerância bem entendida permite

respeitar e aprender dos demais, especial-mente dos que são diferentes. Em vez de re-afirmar constantemente as próprias opini-ões, tentando mostrar superioridade, se va-loriza os conhecimentos do demais e não compete com eles.

distinção entre meios e finsAs pessoas que conseguem maior reali-

zação costumam ser as que têm fins claros e permanentes, ainda que os meios possam ir variando em função de como se desenvol-vam as situações. Não são, portanto, pesso-as rígidas, mas sim que podem mover-se no ritmo dos acontecimentos.

criatividadeReferem-se mais a uma atitude de es-

pírito inventivo e originalidade em geral, do que a um talento artístico concreto. Se ex-pressa na capacidade de mostrar-se desinibi-do, de gozar ou sentir plenamente.

IntegridadeOs diversos aspectos da personalida-

de estão desenvolvidos de forma integrada e harmoniosa. Isto significa que a pessoa não vive grandes oposições em seu interior. Qua-lidades opostas podem se integrar e se ex-pressar sem contratempos.

Dê sua opinião. Participe. ComEnTE ESTA mATérIA

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Abraham Maslow

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BEM ESTAR • Nº 47 • Agosto 2012 • 12

P essoas com pele sen-sível sentem que no outono e inverno a si-tuação fica mais com-

plicada com o frio, o vento e o tempo seco. O tempo frio piora o aspecto desse tipo de pele, já que as variações brus-cas de temperatura e o clima seco dificultam sua recupera-

ção. Outro fator agravante é o estresse, pois o cortisol, hormô-nio liberado em situações estres-santes, interfere na resposta vas-cular desse órgão (o maior do corpo) – deixando-o mais ver-melho independentemente do

clima.

A pele é nossa defesa, o que nos protege do meio externo. As-sim, é o primeiro órgão que tem que se adaptar às mudanças brus-cas de temperatura. Sai do seu equilíbrio para se readaptar às no-vas condições climáticas e, quando é sensível, sofre mais durante essa readaptação.

Geralmente, a pele sensível é mais fina, mais clara, com ten-dência à vermelhidão e vasodilata-ção rápida. E é no rosto onde se observam mais as evidências e as marcas da sensibilidade excessiva, já que é a parte do corpo que re-cebe mais cosméticos e tem mais anexos (ouvidos, nariz, boca etc.), fazendo com que as substâncias sejam mais absorvidas aí do que em outras regiões.

Isso porque usar muitos pro-dutos também contribui para tornar sensível a pele de quem tem essa tendência. “Existem

muito mais mulheres do que ho-mens com esse tipo de pele, por-que elas usam mais cosméticos. No Brasil não há estatística, mas nos EUA, por exemplo, 40% da população tem pele sensível”, in-forma Ana Paula Meski, dermato-logista do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo).

Esse hábito, principalmente das mulheres, aumenta as chances de irritação e de processos alér-gicos. Isso dá margem também a confusões, já que pode causar mais uma irritação passageira ou uma alergia específica do que uma con-dição constante da cútis.

Segundo a dermatologista Ga-briela Casabona, do Hospital Sa-maritano de São Paulo, “É uma coisa meio vaga dizer ‘eu tenho pele sensível’. Quando o pacien-te diz isso pode ser alergia a qual-quer produto, irritação a um áci-do, por exemplo, ou uma pele que está sempre seca e irritada, e são três coisas diferentes”, diz. Mas,

Beleza

PELE - cuIdadOS nEcESSÁrIOS nO FrIOA chegada das estações frias exige que todos se previnam,

pois as baixas temperaturas afetam muito várias regiões do corpo.

©ISTOCKPHOTO.COM/KyCSTUDIO

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13 • Nº 47 • Agosto 2012 • BEM ESTAR

com a ajuda do dermatologista, é possível saber se a sensibilidade é uma característica permanente da pele. Caso a resposta seja positiva, dá para conviver bem com cosmé-ticos, desde que se tomem alguns cuidados e se escolham produtos adequados.

veja a seguir o que fazer e o que evi-tar para não causar estragos na pele mais

fazem com que as camadas superficiais da pele retenham muita água e, por isso, fiquem mais permeáveis aos agentes externos. Ou-tros podem causar ardência.

As conhecidas linhas de produtos antii-dade e antiacne também não devem ser apli-cadas sem critério, uma vez que geralmente contêm ácidos, que podem sensibilizar a pele e, no caso da sensível, podem causar irrita-ção, dor e vermelhidão.

É bom ter a assistência de um dermato-logista ou profissional de estética, que pode-rá indicar o melhor tratamento contra espi-nhas ou contra marcas de expressão.

Mas quem tem pele sensível deve evitar produtos que contenham ureia, alfahidroxi-ácidos, ácido láctico, óleos que deixam uma película sobre a pele, como os minerais e lac-tatos de amônia.

Por outro lado recomenda-se cerami-das, óleos essenciais de extratos vegetais, NMS (sigla para “natural moisturizer fac-tor”), algum tipo de hidratante fisiológico e Aloe vera.

PROBLEMAS DE PELE PIORAM NO FRIO

Quem já tem problemas de pele sofre mais no inverno. Os banhos mais quentes e o clima mais seco contribuem para a di-minuição da camada de proteção natural da pele”, diz o dermatologista Davi de Lacerda, da USP. Normalmente, quem tem dermati-tes é mais sensível às mudanças bruscas de temperatura, típicas desta época do ano. De acordo com a dermatologista Gabriela Ca-sabona, do Hospital Samaritano, a incidên-cia desses problemas aumenta de 30% a 40% nos meses mais frios. veja quais são os tipos mais comuns e como minimizar as irritações.

n Dermatite atópicaDe origem genética, a inflamação é

uma resposta alérgica na pele a uma subs-tância com que a pessoa entrou em conta-to ou ingeriu. Quem sofre desse problema tem a lubrificação da pele falha. Em casos agudos, a pele fica ainda mais seca e áspe-ra, podendo desenvolver um eczema - áre-as de coceira, com bolhas e vermelhidão.

n Dermatite de contatoApesar de não ter relação direta com a

mudança de temperatura, os hábitos do in-verno (banho quente e prolongado) e a menor umidade do ar podem

“A pele é nossa defesa, que nos protege do meio externo. Assim, é o primeiro órgão que tem que se adaptar

às mudanças bruscas de temperatura. Ela sai do seu equilíbrio para se readaptar às novas condições climáticas e,

quando é sensível, sofre mais durante essa readaptação.”

a

Beleza

©ISTOCKPHOTO.COM/DENIS RAEv

sensível.

A ESCOLHA DE PRODUTOSA hidratação é uma das principais obri-

gações de quem tem pele sensível, por isso é preciso levar em conta que nem todos os produtos podem ser usados. Alguns cremes

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BEM ESTAR • Nº 47 • Agosto 2012 • 14

Fazer a barba diariamente é raspar a pele com uma lâmina, agredindo a pele. É mole?

Homens também podem ter uma sensibilidade ampliada na pele. Aqueles que trabalham em ambientes com ar-con-dicionado forte no verão e enfrentam o cli-ma seco e frio no inverno, precisam usar hidratante diariamente, especialmente no rosto e nas mãos (nestas regiões, mais de uma vez).

Devem também evitar banhos pro-longados e não usar sabonete no rosto, apenas uma loção de limpeza sem álcool.

Quando eles reclamam de pele sen-sível, geralmente falam da região da bar-ba. A recomendação é que deem prefe-rência a lubrificantes e espumas, ao invés de usar sabonete, que têm ação antiifla-matória.

Também devem procurar fazer a barba em dias intercalados, se possível, e sempre depois do banho, quando a bar-ba está mais macia e a agressão à pele é menor. Após a barba, nada de loções per-fumadas e alcoólicas: o ideal é passar um creme hidratante com filtro solar duran-te o dia ou uma loção hidratante à noite.

tornar a pele mais seca e mais suscetível a fatores irritantes. Surge, normalmente, de-pois da exposição repetitiva a uma deter-minada substância ou por causa do contato excessivo com algum produto, como ma-quiagem ou detergentes.

n Dermatite seborréicaTambém genética, é uma disfunção re-

lacionada a um fungo e à produção de óleo da pele. Manifesta-se mais em áreas com maior produção de sebo, e a pele descama e forma crostas brancas.

O que fazer: no caso das dermatites atópicas e de contato, manter a pele hidra-tada e evitar banhos muito quentes ou pro-longados ajudam a manter a proteção natu-ral da pele e melhoram o aspecto durante crises agudas; também é aconselhável usar luvas ao manusear substâncias irritantes. Para tratar a dermatite seborréica, o uso de antiinflamatórios e antifúngicos específi-cos pode ser necessário.

OS MELHORES COSMÉTICOS

São aqueles mais naturais e que contém menos elementos químicos. Assim, dê prefe-rência aos sem fragrância, sem corantes, com o menor número de componentes químicos possível, de pH neutro ou fisiológico, com fil-tro solar físico (geralmente à base de dióxi-do de titânio), e não químico (estes reagem mais com a pele e pode causar irritações mais facilmente), os que vem em forma de creme ou loção (esses hidratam mais a pele, os géis podem conter álcool na formulação e causar irritação), sabonetes líquidos para o rosto e

“A pele das mãos, como a do rosto, é a que sofre mais, já que está sempre em contato com o meio externo e com produtos

potencialmente irritantes, como os detergentes. Até água pura pode fazer mal para quem tem pele sensível, pois em excesso estraga a

barreira lipídica de proteção natural.”

para o corpo (eles tiram menos a gordura na-tural da pele do que as versões sólidas; sabo-netes em barra podem ser usados no corpo desde que tenham base oleosa ou hidratante)

Para as mãos - De acordo com a dermato-logista Ana Paula Meski a pele das mãos, como a do rosto, é a que sofre mais, já que está sem-pre em contato com o meio externo e com produtos potencialmente irritantes, como os detergentes. Até água pura faz mal para quem tem pele sensível nesses membros. “Em exces-

so, estraga a barreira lipídica”, diz. Usar sabo-nete neutro e lavar as mãos o mínimo possível ajuda a diminuir os problemas. Depois, deve-se usar um creme hidratante, que cria um filme protetor contra as agressões.

Na cozinha também há perigo, e não só dos produtos de limpeza. É que alguns vege-tais, como cebola, tomate, limão e pimentão, são ácidos e podem causar ardência e verme-lhidão em peles sensíveis. Para evitar irritações, use sempre luvas ao manusear alimentos.

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15 • Nº 47 • Agosto 2012 • BEM ESTAR

A religião não é só uma, mas cente-nas. A espirituali-

dade é uma. A religião é

para os adormeci-dos. A espirituali-dade é para os des-pertos.

A religião é para aqueles que necessitam que al-guém lhes diga o que fazer, que-rem ser guiados. A religião tem um conjunto de regras dogmáti-cas. A espiritualidade é para os que ouvem a sua voz interior.

A religião impõe, ameaça e amedronta. A espiritualidade convida a raciocinar, a questio-nar tudo.

A espiritualidade questiona tudo, pois sabe que tudo muda.

A espiritualidade descobre. A religião não pergunta nem questiona.

A religião fala de pecado e

de culpa. A espiritualidade dá paz interior.

A religião reprime e torna falso. A espirituali-

dade faz aprender com o erro.

A religião é causa de divisão. A espiritualidade é

causa de união.A religião lhe busca para

que creia. A espiritualidade tem que ser buscada por você.

A religião segue os precei-tos de um livro sagrado. A espi-ritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo. A espiritualidade se ali-menta da confiança.

A religião faz viver no pen-samento. A espiritualidade faz viver na consciência.

A religião se ocupa do fa-zer. A espiritualidade se ocupa do Ser.

A religião alimenta o ego, pois uma se diz melhor que a outra. A espiritualidade faz transcender o ego.

A religião faz renunciar ao mundo. A espiritualidade faz vi-ver em Deus, não renunciar a Ele.

A religião é adoração. A es-piritualidade é meditação.

A religião sonha com a gló-ria e o paraíso. A espiritualidade faz vivê-lo aqui e agora.

A religião vive no passado e no futuro. A espiritualidade vive no presente.

A religião é prisão na me-mória. A espiritualidade é liber-dade na consciência.

A religião crê na vida eter-na. A espiritualidade faz cons-ciente dela.

A religião dá promessas para depois da morte. A espiri-tualidade é encontrar Deus em seu interior.

Os olhos são órgãos ma-rotos. Mesmo perfeitos, não são dignos de con-

fiança. “Não vemos o que vemos; ve-mos o que somos”, escreveu Ber-nardo Soares. A gente pensa que os olhos põem dentro o que está lon-ge, lá fora, quando o que os olhos fazem é por lá longe o que está dentro.

É o caso dos olhos do pai e os olhos do apaixona-do por sua filha... Olho de pai é olho que se educou com a vida. Conhece a menina, viu-a nascer, crescer, voar, cair... Alegrou-se nos dias de sol, entristeceu-se nos dias de sombras e escuridão.

Os olhos do apaixonado são dife-rentes. Neles mora uma pitada da loucu-

ra que se chama fantasia. O apaixo-nado vê como realidade aquilo que existe dentro dele como sonho. ver-sinho de Fernando Pessoa: “Quan-do te vi, amei-te já muito antes”. Tra-

duzindo: vejo no seu rosto o rosto que já morava dentro de mim, adormecido...

O apaixonado é um porta-sonhos.

A paixão obscurece os olhos que se põem en-

tão a construir mitos. E os mitos podem ser enganado-res. O que são mitos? Mi-tos são sonhos transforma-dos em poesia. E a poesia tem poderes mágicos de transfor-mar e dar vida. Quem expli-ca o mito é Fernando Pessoa: “O mito é o nada que é tudo;/ Sem existir, bastou./ Por não ter vindo foi vindo e nos criou./ Assim a lenda se escorre a entrar na realida-de/ E a fecundá-la decorre”.

OLHAREStOLStOI: “SE DEScREVES O MUNDO tAL cOMO é, NãO HAVERá EM tUAS PALAVRAS SENãO MUItAS MENtIRAS E NENHUMA VERDADE”.

ruBem alves

RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE‘A RELIGIãO é HUMANA, é UMA ORGANIzAÇãO cOM REGRAS.

A ESPIRItUALIDADE é DIVINA, SEM REGRAS’. LEIA MAIS:

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