EPIDERMÓLISE BOLHOSA DISTRÓFICA DOMINANTE DE …institutobws.com.br/pdf/icad_2016/21) Epidermolise...

1
EPIDERMÓLISE BOLHOSA DISTRÓFICA DOMINANTE DE COCKAYNE-TOURAINE Ingrao GLG¹, Ribeiro CG¹, Bedin V² (1)Pós-graduando da Associação Pele Saudável (2) Professor Coordenador da Associação Pele Saudável INTRODUÇÃO: A epidermólise bolhosa (EB), desordem hereditária na qual as bolhas surgem espontaneamente ou por trauma. Classificação:simples, juncional e distrófica, diferenciadas pelo nível de clivagem, fisiopatologia, manifestações clinicas, modo de herança e prognóstico. RELATO DE CASO: Masculino, 3 anos, natural e procedente de Curitiba, desde o nascimento com lesões bolhosas. A mãe relatava ser portadora de EB na infância e seus outros dois filhos apresentavam lesões semelhantes.Ao exame: dentes hipoplásicos, mílium, placas eritematosas erosadas com crostas, bolhas e onicodistrofia. EXAMES SUBSIDIÁRIOS: Biópsia de bolha compatível com EB Simples. RESULTADOS / DISCUSSÃO: Os achados clínicos e anatomopatológicos são compatíveis com o diagnóstico de EB de Cockayne- Touraine. Esta forma clínica inicia-se nos primeiros dias de vida ou na infância tardia, com bolhas acrais, distrofia ungueal, formação de mília e cicatrizes hipertróficas ou hiperplásicas, com ou sem alterações dentárias.O grau de defeito genético varia de alteração sutil até completa ausência do colágeno tipo VII, devido à mutação no gene COL7A1. CONCLUSÃO: A EB é uma doença crônica e aconselhamento genético deve ser realizado como em todas as desordens genéticas.O tratamento é de suporte, multidisciplinar, incluindo cuidados locais, prevenção de traumas, infecção secundária e distúrbios nutricionais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: WEBRA, P. D.; BETH, D. S.; Epidermolysis Bullosa; A Case Study in Transport, Treatment, and Care. Advances in Neonatal Care • V. 7, No. 6 • p. 289-294, 2007 SAWAMURA, D.; McMILLAN, J. R.; MAKIYAMA, M.; SHIMIZU, H.; Epidermolysis bullosa: directions for future research and new challenges for treatment. Arch Dermatol Res. p.295 : S34S42,2003 BELLO, Y. M.; FALABELLA, A. F.; SCHACHNER, L. A.; Management of Epidermolysis Bullosa in Infants and Children. Clinics in Dermatology .V. 21, p.278282, 2003 MELLERIO, J. E.; WEINER, M.; DENYER, J. E.; PILLAY, E. I.; LUCKY, A. W.; BRUCKNER, A.; PALISSON, F.; Medical management of epidermolysis bullosa: Proceedings of the IInd International Symposium on Epidermolysis Bullosa. International Journal of Dermatology. V. 46, p. 795800, 2007 FINE, J. D.; EADY, R. A. J.; BAUER, E.A.; The classification of inherited epidermolysis bullosa (EB): Report of the Third International Consensus Meeting on Diagnosis and Classification of EB. J Am Acad Dermatol. V. 58, p.931-950, 2008 SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A.; Epidermólise Bolhosa. Dermatologia, 3ª. Ed., Artes Médica, São Paulo, p. 1063-1072, 2007

Transcript of EPIDERMÓLISE BOLHOSA DISTRÓFICA DOMINANTE DE …institutobws.com.br/pdf/icad_2016/21) Epidermolise...

Page 1: EPIDERMÓLISE BOLHOSA DISTRÓFICA DOMINANTE DE …institutobws.com.br/pdf/icad_2016/21) Epidermolise bolhosa... · EPIDERMÓLISE BOLHOSA DISTRÓFICA DOMINANTE DE COCKAYNE-TOURAINE

EPIDERMÓLISE BOLHOSA DISTRÓFICA DOMINANTE DE COCKAYNE-TOURAINE

Ingrao GLG¹, Ribeiro CG¹, Bedin V²

(1)Pós-graduando da Associação Pele Saudável (2) Professor Coordenador da Associação Pele Saudável

INTRODUÇÃO: A epidermólise bolhosa (EB), desordem

hereditária na qual as bolhas surgem

espontaneamente ou por trauma.

Classificação:simples, juncional e

distrófica, diferenciadas pelo nível de

clivagem, fisiopatologia, manifestações

clinicas, modo de herança e prognóstico.

RELATO DE CASO:

Masculino, 3 anos, natural e procedente

de Curitiba, desde o nascimento com

lesões bolhosas. A mãe relatava ser

portadora de EB na infância e seus outros

dois filhos apresentavam lesões

semelhantes.Ao exame: dentes

hipoplásicos, mílium, placas eritematosas

erosadas com crostas, bolhas e

onicodistrofia.

EXAMES SUBSIDIÁRIOS:

Biópsia de bolha compatível com EB

Simples.

RESULTADOS / DISCUSSÃO:

Os achados clínicos e

anatomopatológicos são compatíveis com

o diagnóstico de EB de Cockayne-

Touraine. Esta forma clínica inicia-se nos

primeiros dias de vida ou na infância

tardia, com bolhas acrais, distrofia

ungueal, formação de mília e cicatrizes

hipertróficas ou hiperplásicas, com ou

sem alterações dentárias.O grau de defeito

genético varia de alteração sutil até

completa ausência do colágeno tipo VII,

devido à mutação no gene COL7A1.

CONCLUSÃO: A EB é uma doença crônica e

aconselhamento genético deve ser

realizado como em todas as desordens

genéticas.O tratamento é de suporte,

multidisciplinar, incluindo cuidados locais,

prevenção de traumas, infecção

secundária e distúrbios nutricionais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: WEBRA, P. D.; BETH, D. S.; Epidermolysis Bullosa; A Case Study in

Transport, Treatment, and Care. Advances in Neonatal Care • V. 7, No. 6

• p. 289-294, 2007

SAWAMURA, D.; McMILLAN, J. R.; MAKIYAMA, M.; SHIMIZU, H.;

Epidermolysis bullosa: directions for future research and new

challenges for treatment. Arch Dermatol Res. p.295 : S34–S42,2003

BELLO, Y. M.; FALABELLA, A. F.; SCHACHNER, L. A.; Management of

Epidermolysis Bullosa in Infants and Children. Clinics in Dermatology

.V. 21, p.278–282, 2003

MELLERIO, J. E.; WEINER, M.; DENYER, J. E.; PILLAY, E. I.; LUCKY, A.

W.; BRUCKNER, A.; PALISSON, F.; Medical management of

epidermolysis bullosa: Proceedings of the IInd International

Symposium on Epidermolysis Bullosa. International Journal of

Dermatology. V. 46, p. 795–800, 2007

FINE, J. D.; EADY, R. A. J.; BAUER, E.A.; The classification of inherited

epidermolysis bullosa (EB): Report of the Third International

Consensus Meeting on Diagnosis and Classification of EB. J Am Acad

Dermatol. V. 58, p.931-950, 2008

SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E. A.; Epidermólise Bolhosa.

Dermatologia, 3ª. Ed., Artes Médica, São Paulo, p. 1063-1072, 2007