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Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado Rua do Príncipe, n˚ 106 – Boa Vista – Recife – Pernambuco – (81) 3222-2549 - www.pstu.org.br EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA PROPAGANDA ELEITORAL DO RECIFE REPRESENTAÇAO N˚ 11509.2012.6.17.0005 O PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES UNIFICADO – PSTU, devidamente qualificado no instrumento arquivado em Cartório e com endereço para intimações indicado no rodapé, e JAIR PEDRO DA SILVA, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob o n˚ 296.424.93420 e no RG sob o n˚ 2064609, SSP/PE, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por sua Advogada, ao final firmada, responder aos termos da presente REPRESENTAÇAO movida pela COLIGACAO FRENTE POPULAR DO RECIFE E GERALDO JULIO DE MELLO FILHO, já qualificado nos autos, nos termos a seguir expostos: Sustentam os Representantes que os Representados “ridicularizaram, injuriaram e difamaram” o candidato majoritário da Representante ao veicular mensagem no Programa Eleitoral gratuito de TV onde constava a frase: “Esses senhores não governam para todos, mas para ricos e corruptos.” Além dessa passagem, causou incômodo aos representantes, o trecho segundo a qual, o Representante Geraldo Julio era

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DEFESA DO PSTU QUE DESMASCARA AS DOACOES RECEBIDAS POR GERALDO JULIO, DA FRENTE POPULAR, DA EMPREITEIRA OAS, ACUSADA DE SUPERFATURAMENTO NA REFINARIA DE ABREU E LIMA, EM SUAPE DE DE EMPRESA ENVOLVIDA COM A MAFIA DOS COMBUSTIVEIS. DESMASCARA TAMBEM O ENVOLVIMENTO DE VARIOS PARTIDOS DA FRENTE POPULAR COM OS MAIORES ESQUEMAS DE CORRUPCAO DA HISTORIA RECENTE DO PAIS, TAIS COMO MENSALAO, CACHOEIROGATE, ANP, SINDICATOS FANTASMAS, DENTRE OUTROS.

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EXCELENTÍSSIMO  SENHOR  DOUTOR  JUIZ  DA  PROPAGANDA    ELEITORAL  DO  RECIFE  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REPRESENTAÇAO  N˚  115-­‐09.2012.6.17.0005  

 

 

 

O  PARTIDO   SOCIALISTA   DOS   TRABALHADORES   UNIFICADO   –   PSTU,  

devidamente   qualificado   no   instrumento   arquivado   em   Cartório   e   com   endereço   para  

intimações  indicado  no  rodapé,    e  JAIR  PEDRO  DA  SILVA,  brasileiro,  casado,  inscrito  

no   CPF   sob   o   n˚   296.424.934-­‐20   e   no   RG   sob   o   n˚   2064609,   SSP/PE, vem,  respeitosamente,   perante   Vossa   Excelência,   por   sua   Advogada,   ao   final   firmada,  

responder  aos  termos  da  presente  REPRESENTAÇAO  movida  pela  COLIGACAO  FRENTE  

POPULAR  DO  RECIFE  E  GERALDO   JULIO  DE  MELLO  FILHO,   já  qualificado  nos  autos,  

nos  termos  a  seguir  expostos:  

 

Sustentam   os   Representantes   que   os   Representados   “ridicularizaram,  

injuriaram   e   difamaram”   o   candidato   majoritário   da   Representante   ao   veicular  

mensagem  no  Programa  Eleitoral  gratuito  de  TV  onde  constava  a  frase:  “Esses  senhores  

não  governam  para  todos,  mas  para  ricos  e  corruptos.”  Além  dessa  passagem,  causou  

incômodo  aos  representantes,  o  trecho  segundo  a  qual,  o  Representante  Geraldo  Julio  era  

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apresentado  como  tendo  em  comum  com  outros  postulantes  da  direita  Humberto  Costa,  

Daniel  Coelho  e  Mendonça  Filho,  o  fato  de  que  suas  campanhas  seriam  pagas  por  grandes  

empresas  e  que  seria  para  elas  que  eles  governariam.  

 

Na   decisão   que   determinou   a   suspensão   da   exibição   do   programa  

impugnado,   o  MM   Juízo   assevera   que,   pelo  menos   à   primeira   vista,   os   Representantes  

teriam  extrapolado  a  crítica  política  e  da   livre  manifestação  do  pensamento,  ao  narrar,  

fatos  que  são  passíveis  de  punição  penal.  

 

De   início,   cumpre   descaracterizar,   permissa   venia,   o   argumento   do   MM.  

Juízo   para   conceder   a   liminar,   uma   vez   que   em   nenhum   momento   foi   narrado   ou  

imputado  ao  Representante  qualquer  fato  típico  penal,  único  passível  de  punição  penal,  o  

que   caracterizaria   eventual   calúnia,   acaso,   no   exercício   da   exceção   da   verdade,   não   se  

tivesse   por   comprovada   a   suposta   acusação,   o   que  não   foi,   do   ponto  de   vista   jurídico-­‐

penal,   em   nenhuma   hipótese,   concretizado   no   Programa,   sob   análise.   O   Código   Penal  

Brasileiro   define   a   calúnia   como   o   ato   de   imputar   falsamente   a   alguém,   fato   definido  

como  crime:  

 Art.  138  -­‐  Caluniar  alguém,  imputando-­‐lhe  falsamente  fato  definido  como  

crime:  

§  1º  -­‐  Na  mesma  pena  incorre  quem,  sabendo  falsa  a  imputação,  a  propala  

ou  divulga.  

§  2º  -­‐  É  punível  a  calúnia  contra  os  mortos.  

§  3º  -­‐  Admite-­‐se  a  prova  da  verdade,  salvo:  

I  -­‐  se,  constituindo  o  fato  imputado  crime  de  ação  privada,  o  ofendido  não  

foi  condenado  por  sentença  irrecorrível;  

II  -­‐  se  o  fato  é  imputado  a  qualquer  das  pessoas  indicadas  no  nº  I  do  art.  

141;  

III   -­‐   se   do   crime   imputado,   embora   de   ação   pública,   o   ofendido   foi  

absolvido  por  sentença  irrecorrível.  

 

Ora,  qual  o  fato  típico  penal  que  teria  sido  imputado  ao  candidato  Geraldo  

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Julio  e  que  seria  passível  de  punição  ou  processo  penal?  Rigorosamente  nenhum.    

 PROCESSUAL   PENAL   E   PENAL   -­‐   APELAÇÃO   CRIMINAL   -­‐   CRIMES   DE  

CALÚNIA,  DIFAMAÇÃO  E  INJÚRIA  -­‐  ARTIGOS  138,  139  e  140,  TODOS  DO  CÓDIGO  PENAL  -­‐  

SENTENÇA   ABSOLUTÓRIA   -­‐   ATIPICIDADE   DA   CONDUTA   REALIZADA   PELO   APELADO   -­‐  

RECURSO  APELATÓRIO  INTERPOSTO  PELOS  QUEIXOSOS  -­‐  IMPROCEDÊNCIA  -­‐  OS  CRIMES  

CONTRA  A  HONRA  RECLAMAM,  PARA  A  SUA  CONFIGURAÇÃO,  ALÉM  DO  DOLO,  UM  FIM  

ESPECÍFICO,   QUE   É   A   INTENÇÃO   DE  MACULAR   A   HONRA   ALHEIA,   SEJA   OBJETIVA   OU  

SUBJETIVA   -­‐   INEXISTINDO   O   DOLO   ESPECÍFICO,   AGINDO   O   AUTOR   DO   FATO   COM  

ANIMUS   NARRANDI   OU   ANIMUS   CRITICANDI,   NÃO  HÁ   QUE   SE   FALAR   EM   CRIMES   DE  

CALÚNIA,   DIFAMAÇÃO   OU   INJÚRIA   -­‐   ABSOLVIÇÃO   MANTIDA   -­‐   DECISÃO  

UNÂNIME.138139140CÓDIGO  PENAL  

(706533520078170001   PE   0070653-­‐35.2007.8.17.0001,   Relator:   Romero   de   Oliveira  

Andrade,  Data  de  Julgamento:  21/12/2010,  1ª  Câmara  Criminal,  Data  de  Publicação:  13)  

 

Observe-­‐se   que   os   delitos   contra   a   honra,   conforme   assentado   do   aresto  

trazido  à  colação,  exigem,  para  sua  tipificação,  o  dolo  específico,  que  consiste  no  intuito  

deliberado   de  macular   a   honra   de   outrem   com   inverdades,   o   que   é   bem   diferente   da  

atitude  do  agente  que  pratica  o  fato  com  animus  narrandi  ou  animus  criticandi,  portanto,  

atipicamente  e  ainda  mais  com  lastro  em  sucessivos  fatos  notórios  e  já  publicizados,  seja  

pela   imprensa,   seja   por   órgãos   como   o   Tribunal   de   Contas   da   União,   conforme   se  

demonstrará  a  seguir.  

 

Quando  o  PARTIDO  SOCIALISTA  DOS  TRABALHADORES  UNIFICADO  –  

PSTU   e  seu  candidato  majoritário   JAIR  PEDRO  destacam  em  sua  propaganda  eleitoral  

gratuita,   que   o   candidato   GERALDO   JULIO   tem   sua   candidatura   patrocinada   por  

empresários  está,  tão  somente,  divulgando  o  que  o  próprio  Superior  Tribunal  Eleitoral  já  

divulgou,  em  sua  2ª  parcial  das  doações  recebidas  pelos  candidatos  ao  pleito  municipal  

de  outubro  próximo.  

 

O   candidato   GERALDO   JULIO   é   o   recordista   de   doações   e   dentre   os  

doadores   registrados   no   SPCEWEB,   do   TSE,   quase   a   totalidade   de   doações   recebidas  

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pelo   representado   são   oriundas   de   empresários   (cf.   Planilha   anexa),   totalizando,   até   a  

presente   data,  R$   4.450.932,25.   Desse   total,   boa   parte   tem  origem   em  doações   ainda  

ocultas,   porque   repassadas   ao   candidato   por   intermédio   da   Direção   Nacional   de   seu  

Partido,   o  PSB,  mas  uma  análise  das  doações  que   foram  repassadas  a   esse  Partido  em  

outros  pleitos  trará  luz  a  esse  mistério  que  só  poderá  ser  desvendado  totalmente  após  as  

eleições,   com   a   abertura   dessas   contas   pela   própria   Justiça   Eleitoral,   que   peca   ao   não  

fazê-­‐lo  de  imediato.  

 

Tomaremos,  entretanto,  como  paradigma  de  nossa  análise,  dois  exemplos  

de  doadores  de  recursos  significativos  para  o  candidato  GERALDO  JULIO,  a  empreiteira  

OAS  e  a  DISTRIBUIDORA  TOTAL,   com  o  que  entendemos  poder  provar  a  correção  de  

nosso  raciocínio  e  das  afirmações  que  pretendem  os  Reclamantes  descredenciar.  

 

Da  CONSTRUTORA  OAS  LTDA.,  o  candidato  GERALDO  JULIO  recebeu,  até  

a  presente  data,  doações  declaradas  de  R$  250  MIL.  

 

O  candidato  GERALDO  JULIO  se  jacta  de  muitos  feitos,  dentre  os  quais  de  

ter   presidente   do   COMPLECO   PORTUARIO   E   PETROQUIMICO   DE   SUAPE.   Isso   é  

verdade,   como   é   verdade   também   que   a   CONSTRUTORA   OAS   LTDA,   é   uma   das  

empresas   beneficiária   de   contratos   superfaturados   em   obras   realizadas   em   SUAPE.  

Jamais   se   poderia   admitir   que   alguém   que   dirigiu   SUAPE   recebesse   dinheiro   para   sua  

milionária   campanha   de   empreiteiras   acusadas   pelo   Tribunal   de   Contas   da   União   por  

causar  danos  ao  Erário,  mediante  o  recebimento  de  pagamentos  superfaturados.  

 

A  Refinaria   do   Nordeste   Abreu   e   Lima   –   Rnest,   localizada   dentro   do  

Complexo   de   SUAPE,   é   um   dos   carros-­‐chefes   das   obras   do   PAC,   o   Programa   de  

Aceleração  do  Crescimento  do  governo  da  Frente  Popular.  

 

Inicialmente   orçada   para   custar   R$   8,5   bilhões,   o   balanço   realizado   pelo  

próprio  governo,  nas  obras  do  PAC2,  constata  que  esse  valor  foi  praticamente  triplicado,  

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desde  que  iniciada  a  obra,  em  2007.  Estima  o  próprio  governo  que  o  custo  final  da  Rnest  

poderá  chegar  a  R$  26,5  bilhões  (R$  4,5  bilhões  de  2007  a  2010,  R$  21,1  bilhões  de  2011  

a  2014  e  R$  941  milhões  após  o  ano  de  2014).(1)  

 

Das  causas  para  o  aumento  desproporcional  do  custo  da  Rnest,  já  se  sabe,  

com   certeza   matemática,   que   pelo   menos   R$   1.544.443.935,85   são   fruto   de  

SUPERFATURAMENTO   NOS   CONTRATOS   celebrados   pela   Petrobrás   com   as  

empreiteiras  responsáveis  pela  construção  da  Refinaria.  

 

Isso  mesmo!  O  TCU,  por  meio  de  Auditoria  realizada  já  agora,  em  2012  (TC  

006.583/2012-­‐1.  Ata  n°  26/2012  –  Plenário.  Data  da  Sessão:  11/7/2012  –  Ordinária.  

Código  eletrônico  para  localização  na  página  do  TCU  na  Internet:  AC-­‐1780-­‐26/12-­‐P),  

confirmou   levantamentos   anteriores   que   davam   conta   de   sobrepreço   nos   contratos  

celebrados   entre   a   Petrobrás   e   as   empresas   Norberto   Odebrecht,   Camargo   Correia,  

Queiroz  Galvão,  OAS,  IESA,  CNEC  e  CONDUTO,  referentes  às  obras  da  Refinaria  Abreu  e  

Lima,   em   Ipojuca,   Pernambuco.   Como   os   pagamentos   já   foram   realizados,   o   que  

inicialmente   se   caracterizou   como   sobrepreço   passou   a   ser   definido   como   verdadeiro  

superfaturamento,  com  grave  potencial  de  causar  danos  ao  Erário,  conforme  conclusão  

do  próprio  TCU.  

 

Para   se   ter   uma   ideia,   somente   o   Consórcio   formado   pela   doadora   de  

campanha   de   GERALDO   JULIO,   a   CONSTRUTORA   OAS   LTDA.,   beneficou-­‐se   de  

superfaturamentos,   em   SUAPE,   que   superam   os  R$   480   milhões,   ou   seja,  GERALDO  

JULIO   é   beneficiário   de   doacões   realizadas   por   uma   empresa   que   se   beneficiou  

ilegalmente  de  quase  MEIO  BILHAO  RE  REAIS,  em  recursos  públicos  desviados  de  obras  

realizadas,  justamente,  no  empreendimento  em  que  GERALDO  JULIO  tanto  se  gaba,  por  

intermédio  de  sua  propaganda  eleitoral,  de  ter  dirigido.  É  IMORAL,  para  dizer  o  mínimo,  

tamanha  promiscuidade  entre  o  público  e  o  privado.  Aliás,  mesmo  sabendo  que  a  grande  

especialidade   da   FRENTE   POPULAR   são   as   PPPs,   para   as   quais   têm   verdadeira  

expertise,   segundo   matéria   divulgada   ontem   (cópia   anexa),   no   site   do   TJPE,   não  

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podemos   deixar   de   nos   escandalizar   com   o   nível   de   promiscuidade   que   os  

Representantes   atingiram   com   o   empresariado   que   parasita   as   obras   e   o   orçamento  

públicos:  

 Contrato   0800.0053456.09-­‐2,   28/1/2010,   Serviços   e   fornecimentos  

necessários  à  implantação  das  Unidades  de  Destilação  Atmosférica  -­‐  UDA  (U-­‐11  e  U-­‐

12),   da   Refinaria   Abreu   e   Lima   S.A   -­‐   RNEST,   compreendendo   os   serviços   de  

construção   civil,   montagem   eletromecânica,   fornecimento   de   materiais,  

fornecimento   parcial   de   equipamentos,   preservação,   condicionamento,   testes,   pré-­‐

operação,  partida,  assistência  técnica  à  operação,  assistência  técnica  e  treinamentos  

na  Refinaria  Abreu  e  Lima  S.A  -­‐  RNEST,  Consórcio  Rnest-­‐Conest  (Empresas  Odebrecht  

e  O.A.S.).  SUPERFATURAMENTO:  R$  133.082.906,66;  

 

Contrato   0800.0055148.09-­‐2,   9/2/2010,   Unidades   de  

Hidrotratamento  de  Diesel  (U-­‐31  e  U-­‐32),  de  Hidrotratamento  de  Nafta  (U-­‐33  e  U-­‐34)  

e  de  Geração  de  Hidrogênio  UGH  (U-­‐35  e  U-­‐36),  incluindo  fornecimento  de  materiais,  

fornecimento  parcial  de  equipamentos,  construção  civil,  montagem  eletromecânica,  

preservação,  condicionamento,  testes,  pré-­‐operação,  partida,  assistência  à  operação,  

assistência   técnica   e   treinamentos   na   Refinaria   do   Nordeste   Abreu   e   Lima   S.A   -­‐  

RNEST,   Consórcio   Rnest-­‐Conest   (Empresas   Odebrecht   e   O.A.S.).  

SUPERFATURAMENTO:  R$  351.443.396,04;  

 

Os  superfaturamentos  nas  obras  realizadas  em  SUAPE,  notadamente  no  que  

diz   respeito   à   Refinaria   Abreu   e   Lima   e   a   responsabilidade   do   Governo   Eduardo  

Campos   e,   por   conseguinte,   de   seu   “faz   tudo”   GERALDO   JULIO   de   dar   as   devidas  

explicações  sobre  o  que  ali   foi   flagranteado,  em  termos  de  desvios  do  dinheiro  público,  

uma  vez  que  tudo  foi   feito  não  apenas  debaixo  de  suas  barbas,   já  que  são  responsáveis  

pela   gestão   do   Complexo   de   SUAPE,   mas   envolvendo,   também   recursos   do   próprio  

Estado  de  Pernambuco,  não  passaram  desapersebidos  na  imprensa  e  a  prova  é  a  material  

abaixo  transcrita,  coletada  do  BLOG  DO  MAGNO:  

 

 

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Eduardo  dá  uma  de  Pilatos  

 Muito   cômoda   a   posição   do   Governo   de   Pernambuco   em   relação   ao  

superfaturamento   das   obras   da   refinaria,   quando   joga   a   responsabilidade   direta  na  

conta  da  Petrobras.  Trata-­‐se  de  uma  parceria   entre   a   estatal   petrolífera,   a  União   e   o  

Governo  do  Estado.  Se  há  contrapartida  do  Estado,  como  não  há  responsabilidade  do  

tesouro  estadual?  

O   terreno   foi   doado   ou   comprado?   Qual   a   empreiteira   responsável  

pela  terraplanagem?  Que  participação  está  tendo  a  Secretaria  de  Desenvolvimento  do  

Estado  e  a  empresa  Suape?    Tudo  isso  merece  ecxplicações  de  um  Governo  que  foge  do  

assunto  como  o  diabo  da  cruz.  Segundo  o  TCU,  está  constatado  um  prejuízo  aos  cofres  

públicos  da  ordem  de  R$  126  milhões.  

Dos   15   contratos   irregulares,   11   apresentaram   superfaturamento.  

Foram  detectados  ainda  sobrepreço  em  seis  dos  principais  contratos  da  refinaria.  Há  

suspeitas   nos   contratos   de   projeto   e   execução   de   terraplanagem   e   serviços  

complementares  de  drenagens,  arruamento  e  pavimentação;  serviços  e  fornecimentos  

necessários   à   implantação   das   unidades   de   destilação   atmosférica   e   unidades   de  

coqueamento  retardado.  

Também   está   irregular   a   unidade   de   hidrotratamento   de   diesel,   de  

nafta   e   de   geração   de   hidrogênio;   os   serviços   e   fornecimentos   necessários   à  

implantação  dos  dutos  de  recebimento  e  expedição  de  produtos  da  refinaria;  e  serviços  

e   fornecimentos   necessários   à   implantação   das   tubovias   de   interligações   da   Rnest.  

Diante  de   tanta   tranquinagem,  dá  para  concluir  que   tem  mais  boi  na   linha  do  que  se  

possa  imaginar!  E  o  Estado  não  tem  nada  a  ver  com  isso!  Acredite  se  quiser.  

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NOTA   FAJUTA   –   Tão   logo   postei   uma   nota   no   blog   reclamando   do  

silêncio   do   Governo   nos   esclarecimento   do   relatório   do   TCU   sobre   a   refinaria  

superfaturada   em   Suape,   a   Petrobras   divulgou   uma   nota   oficial   negando   qualquer  

irregularidade   nos   contratos.   Diz   que   o   que   o   TCU   aponta   como   falcatrua   “são  

interpretações  divergentes  daquelas  adotadas  pela  companhia”.  A  nota,  na  verdade,  é  

insossa  não  esclarece  o  que  de  fato  está  sendo  questionado  pela  auditoria  do  TCU.  

 

GERALDO   JULIO   e   a   FRENTE   POPULAR,   sob   o   comando   de   Eduardo  

Campos,  têm  que  responder  perante  a  população  por  seus  atos  de  entrega  do  patrimônio  

do  povo  Pernambucano  à  iniciativa  privada  e  decisões  como  a  que  determinou  a  retirada  

do   Programa   Eleitoral   do   PSTU,   soam   como   censura   quando   o   Representado   e   seu  

candidato   JAIR  PEDRO   são  os  únicos  a   fazerem  essas  denúncias,  notadamente  quando  

percebemos   que   não   há   o  mesmo   ânimo   da   Justiça   Eleitoral,   em   outras   decisões,   com  

relação  aos  demais  postulantes.  

 

Mais   é   preciso   ainda   destacar   o   caso   de   outra   doadora   que   está  

beneficiando  GERALDO  JULIO.  É  o  caso,  por  exemplo  da  DISTRIBUIDORA  TOTAL  S/A.  

Não  há  dúvidas  de  que  se  trata  da  distribuidora  de  combustíveis  que  respondeu  a  duas  

CPIs  por  sonegação  e  adulteração  de  combustíveis,  pois  tomamos  o  cuidado  de  juntar  o  

Comprovante   de   Inscrição   e   de   Situação   Cadastral,   obtido   junto   à   Receita   Federal   do  

Brasil.  Tanto  a  CPI  realizada  pela  Assembleia  Legislativa  de  Pernambuco,  quanto  aquela  

realizada  pela  Câmara  dos  Deputados  investigaram  essa  empresa  por  crimes  tributários  

e   contra   o   consumidor   (V.   Vasto  material   jornalístico   acostado).   É   espantoso   que   essa  

mesma   empresa,   flagranteada   sonegando   e   adulterando,   seja   uma   das   principais  

doadoras  individuais  para  a  campanha  de  GERALDO  JULIO  e  da  FRENTE  POPULAR,  que  

governa   o   Estado   e   é,   portanto,   responsável   pela   fiscalização   e   combate   ao   tipo   de  

sonegação   praticado   pela   TOTAL   e   que   teve   por   vítima,   justamente,   o   Estado   de  

Pernambuco.  A  total  doou,  até  onde  se  sabe,  a  GERALDO  JULIO,  a  quantia  de  R$  150  MIL    

(Dados  do  TSE,  anexos).  

 

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Os   representantes   se   escondem  atrás  da   sigla  FRENTE   POPULAR,  mas   é  

importante  que   se  diga  quem  é   a  Frente  Popular,   indicando  quem  a   compõe.  A  Frente  

Popular  é  composta  por  partidos  cujos  principais  dirigentes  estão  sendo  processados  e  

condenados   por   vários   crimes   contra   a   Administracão   Pública,   no   STF,   dentro   do  

processo  a  que  se  convencionou  chamar  de  MENSALAO.  

 

A  FRENTE   POPULAR   é   formada  pelos   seguintes   Partidos:  PRB   /   PDT   /  

PTB  /  PMDB  /  PSL  /  PTN  /  PSC  /  PR  /  PTC  /  PSB  /  PV  /  PRP  /  PSD  /  PC  do  B.  

 

Dessas   legendas,   pelo   menos   o   PTB   e   o   PR   já   tiveram   confirmadas   sua  

participações  no  esquema  de  corrupção,  onde  a  FRENTE  POPULAR  SOB  O  COMANDO  

DO  PT  (que  faz  uma  falsa  polarização  com  o  PSB  nas  eleições  do  Recife)  comprou  votos  

para  aprovar  projetos  de  lei  de  ataque  à  classe  trabalhadora,  como  é  caso,  por  exemplo,  

da   Reforma   da   Previdência.   Não   são   os   Representados   que   afirmam   isso,   mas   a  

Procuradoria  Geral  da  República  e  o  relator  do  processo,  no  STF,  o  MINISTRO  JOAQUIM  

BARBOSA:  

 

BLOG  DE  JAMILDO  

 O  relator  da  Ação  Penal  (AP  470),  ministro  Joaquim  Barbosa,  retomou  na  

sessão  desta  quinta-­‐feira  (20)  a  leitura  de  voto  quanto  à  imputação  do  crime  de  lavagem  

de   dinheiro   aos   réus   ligados   ao   Partido   Trabalhista   Brasileiro   (PTB)   –   os   ex-­‐deputados  

Roberto   Jefferson   e   Romeu  Queiroz   e   o   ex-­‐tesoureiro   do   partido,   Emerson   Palmieri.   Na  

sessão   plenária   de   ontem   (19),   o  ministro   considerou   que   Jefferson,  Queiroz   e   Palmieri  

cometeram  o  crime  de  corrupção  passiva  ao  receberem  dinheiro  do  PT  para  votar  a  favor  

de  matéria  de   interesse  do   governo  Lula  no  Congresso  Nacional.    Também  na   sessão  de  

ontem,  o  ministro-­‐relator  analisou  as  imputações  formuladas  pela  Procuradoria  Geral  da  

República   aos   réus   ligados   ao   antigo   PL   (Partido   Liberal,   atual   PR).   O   relator   julgou  

procedente   a   denúncia   de   corrupção   passiva   e   lavagem   de   dinheiro   contra   o   deputado  

federal   Valdemar   Costa   Neto,   o   ex-­‐deputado   Carlos   Alberto   Rodrigues   Pinto   (Bispo  

Rodrigues)   e   o   ex-­‐tesoureiro   do   partido,   Jacinto   Lamas.    O   ministro   também   entendeu  

como   culpados   os   réus   Costa   Neto   e   Jacinto   Lamas   por   formação   de   quadrilha   com   os  

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administradores   da   corretora   Guaranhuns   (Lúcio   Bolonha   Funaro   e   José   Carlos   Batista,  

que  respondem  pela   imputação  do  mesmo  crime  na   Justiça  de  primeiro  grau).  Concluiu,  

entretanto,   pela   absolvição   de   Antônio   Lamas,   por   não   haver   provas   nos   autos   de   ele  

integrasse   a   quadrilha   ou   tivesse   conhecimento   de   que   o   único   saque   que   efetuou   na  

agência  do  Rural  em  Brasília  seria  ato  ilícito  de  lavagem.  

(http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2012/09/20/joaquim_barbosa

_ja_um_heroi_nacional_analisa_imputacao_de_lavagem_de_dinheiro_a_reus_ligados_ao_ptb

_138490.php)  

 

Os   escândalos   de   corrupção   envolvendo   o  PDT,   com  desvios   do   imposto  

sindical  durante  a  gestão  de  seu  ex-­‐presidente  CARLOS  LUPI,  à  frente  do  Ministério  do  

Trabalho  são  públicos  e  notórios  e  já  se  converteram  em  processos  criminais  a  cargo  do  

Ministério  Público  Federal:  

 

DO  BLOG  DO  NOBLAT  

 Enviado  por  Ricardo  Noblat  -­‐  15.11.2011  |  04h15m  

POLÍTICA  

Ministro  ajudou  aliado  a  criar  sindicatos-­‐fantasmas  

Deputado  obteve   registro  para  entidades  patronais   sem  representação  no  

Amapá.  Lupi   assinou   sete   certificados   dados   a   associações   e   afirma   ter   apenas   seguido  

procedimentos  legais  

Andreza  Matais  e  José  Ernesto  Credendio,  Folha  de  S.Paulo  

O  ministro  do  Trabalho,  Carlos  Lupi,   concedeu  registro  a  sete  sindicatos  

patronais   no   Amapá   para   representar   setores   da   indústria   que,   segundo   o   próprio  

governo  local,  não  existem  no  Estado.  

Os   certificados   saíram   a   pedido   do   deputado   Bala   Rocha   (PDT-­‐AP),  

dirigente   do  partido  de   Lupi,   que   afirma   ter   se   valido  da  proximidade  partidária   com  o  

ministro.  

Nenhum  dos  presidentes  desses  sindicatos  é  industrial.  São  motoristas  de  

uma   cooperativa   de   veículos   controlada   por   um   aliado   de   Rocha.   Os   sindicatos   têm  

registros  em  endereços  nos  quais  não  há  estrutura  montada.  

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As   certidões   foram   dadas   pelo   ministério   em   abril   e   agosto   de   2009   e  

levam  a  assinatura  de  Lupi,  ao  lado  da  inscrição  "certifico  e  dou  fé",  e  do  então  secretário  

de  Relações  do  Trabalho,  Luiz  Antonio  de  Medeiros.  

O   ministério   foi   avisado   por   ofício   pela   Federação   das   Indústrias   do  

Estado   do   Amapá,   em   fevereiro   de   2009,   de   que   esses   sindicatos   não   tinham  

representação.  

Como  resposta,  a  pasta  alegou  que  "não  cabe  ao  ministério  apurar  se  os  

integrantes   da   entidade   possuem   indústria   no   ramo   ao   qual   pretendem   representar"   e  

que  apenas  sindicatos  poderiam  fazer  esses  questionamentos.  

Em  agosto  deste  ano,  o  deputado  Vinícius  Gurgel  (PRTB-­‐AP)  enviou  ofício  

ao  gabinete  de  Lupi  reiterando  as  suspeitas  de  irregularidades.  

Entre   os   sindicatos   criados   está   o   das   Indústrias   da   Construção   e  

Reparação   Naval.   A   produção   de   navios   no   Estado   é   zero,   segundo   o   secretário   de  

Indústria  do  Amapá,  José  Reinaldo.  

Assim  como  não  há  indústria  de  papel  e  celulose,  segmento  que  também  

ganhou   carta   sindical   de   Lupi.   "No   Amapá   a   gente   apenas   produz   matéria-­‐prima   para  

fabricar  papel",  disse  o  secretário.  

(http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/11/15/ministro-­‐ajudou-­‐aliado-­‐criar-­‐

sindicatos-­‐fantasmas-­‐416637.asp)  

 

 

Falar  do  rumoroso  caso  de  corrupcão  ocorrido  nos  convênios  do  Ministério  

dos  Esportes,  quando  dirigido  pelo  PC  do  B  e  na  Agencia  Nacional  do  Petróleo,  que  sob  

o  commando  do  PC  do  B,  do  candidato  a  vice  de  GERALDO  JULIO,  passou  a  ser  chamada  

de  AGENCIA   NACIONAL   DA   PROPINA,   pela   própria   imprensa   (v.   reportage   anexa)   é  

chover  no  molhado:  

 22/07/2011  -­‐  23:38  -­‐  ATUALIZADO  EM  30/11/2011  -­‐  11:58  

Agência  Nacional  da  Propina  

 ÉPOCA   obteve   vídeos,   documentos   e   cheques   que   revelam   como   o   aparelhamento  

partidário   transformou   a   Agência   Nacional   do   Petróleo   numa   central   de   achaque   e  

extorsão  

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DIEGO  ESCOSTEGUY.  COM  MURILO  RAMOS  

 

PROVAS  DA  EXTORSÃO  

Com  a  ajuda  do  MP,  a  advogada  Vanuza  Sampaio  gravou  um  encontro  que  manteve  com  

dois  assessores  da  ANP,  que  exigem  propina  de  R$  40  mil  para  resolver  um  problema  de  

um  cliente  dela.  Abaixo,  trecho  do  depoimento  prestado  pela  advogada  ao  MP,  no  qual  ela  

detalha  o  caso,  e  o  cheque  que  um  dos  assessores  da  ANP  recebeu  de  um  advogado  ligado  

ao  maior  adulterador  de  combustível  do  país  

   Às   16h23   do   dia   5   de   maio   de   2008,   uma   segunda-­‐feira,   dois   assessores   da   Agência  

Nacional   do   Petróleo   (ANP)   encaminharam-­‐se   discretamente   ao   escritório   da   advogada  

Vanuza   Sampaio,   no   centro   do   Rio   de   Janeiro.   Os   dois,   Antonio   José   Moreira   e   Daniel  

Carvalho  de  Lima,  acomodaram-­‐se  na  sala  de  reuniões  do  escritório,  tomaram  cafezinho  e  

conversaram   por   alguns   minutos   sobre   amenidades.   Ato   contínuo,   a   advogada   Vanuza  

assomou  à  porta.  Vanuza  é  a  advogada  com  mais  volume  de  processos  na  ANP;  conhece  

profundamente   a   agência.   Tem   como   clientes   distribuidoras   de   combustível,   postos   e  

empresários   do   setor   de   petróleo   e   gás   –   todos   dependem   da   ANP   para   tocar   seus  

negócios.  Depender  da  ANP,  conforme  investigou  ÉPOCA  nos  últimos  dois  meses,  significa  

sofrer   continuamente   o   assédio   de   tipos   como  Moreira   e   Daniel.   Não   são   os   únicos.   Há  

muitos   como  eles.  Mas,  para  a   turma  que   transformou  a  ANP  num  cartório  de  extorsão,  

aquela  não  era  uma  segunda-­‐feira  tão  ordinária.  Daquela  vez,  dois  deles   foram  gravados  

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em   vídeo,   em   pleno   expediente   subterrâneo.   ÉPOCA   obteve   cópia   dessa   gravação,   que  

integra  uma  investigação  sigilosa  do  Ministério  Público  Federal  e  da  Polícia  Federal.  

A  pedido  de  ÉPOCA,  a  autenticidade  do  vídeo  foi  atestada  pelo  perito  Ricardo  Molina.  “A  

gravação  é  autêntica  e  não  sofreu  nenhuma  manipulação”,  disse  Molina.  O  vídeo   tem  53  

minutos,   três  personagens  e  um  repertório  espantoso  de   ilegalidades,  abusos  e  escracho  

com  a  coisa  pública.  São  53  minutos  de  corrupção  exposta  em  seu  sentido  mais  puro.  Não  

há  nenhum  vestígio  de  decoro.  O  eventual  medo  de  ser  pilhado  desaparece  e  cede  lugar  ao  

deboche.  Não  há  diálogo  em  código  ou  fraseado  evasivo.  É  tudo  dito  na  lata.  Esse  descaso  

pode  ser  explicado  pela   impunidade  com  que  a   longeva  máfia  dos  combustíveis  atua  no  

país.  Nos  últimos  anos,  a  PF  e  o  MP  já  produziram  provas  robustas  contra  expoentes  desse  

grupo.  Até  o  Congresso  criou  uma  CPI  para   investigar  os   crimes  –  que  engendrou  ainda  

mais  corrupção.  

As   investigações   foram   insuficientes   para   derrubar   as   estruturas   viciadas   do   bilionário  

setor   de   combustíveis,   que   convive   harmonicamente   com   a   ilegalidade.   Gasolina  

adulterada,   sonegação   de   impostos,   lavagem   de   dinheiro   são   práticas   toleradas   com  

frequência   pela   ANP,   agência   que   deveria   fiscalizar   e   regular   esse   rico   mercado.   Sob   a  

condição  de  permanecer  no  anonimato  por  medo  de  sofrer  retaliações,  sobretudo  físicas  –  

o  submundo  do  mercado  de  combustíveis  convive  com  ameaças  de  morte  –,  empresários,  

lobistas,  advogados,  funcionários  da  ANP,  policiais  e  políticos  aceitaram  falar  a  ÉPOCA.  As  

narrativas  não  divergem.  Todos  contaram  que  as  atividades  do  setor  correm  praticamente  

sem  fiscalização  e  que,  no  vácuo,  grupos  rivais  de  funcionários  e  políticos  transformaram  

a  ANP  numa  central  de  achaque  e  extorsão.  

A  advogada  Vanuza  sabe  bem  como  ela   funciona.  Naquele  dia  ordinário  de  maio,  mal  se  

sentou  à  mesa,  Moreira  deu  início  às  tratativas.  Tratou  primeiro  do  caso  da  distribuidora  

Petromarte,   cliente   de   Vanuza   com   “problemas”   para   renovar   seu   registro   na   ANP.  

“Conversei   com   o   Edson   (Silva,   dirigente   do   PCdoB,   ex-­‐deputado   federal   e   então  

superintendente   da  ANP)   e   ele   não   tinha  muita   noção  de   valores,   você   entende?”,   disse  

Moreira.   Ele   relatou   a   conversa   que   tivera   com   o   superintendente   Edson   para   dar   uma  

solução  ao  assunto.  “Você  não  quer  conversar  agora  em  torno  de  R$  40  mil?  (...)  Você  acha  

razoável?”,  diz  Moreira  no  vídeo.  Moreira  prosseguiu,  didaticamente:   “Aí  ele  (Edson)  me  

falou  que  ficaria  com  25  (mil  reais)  e  daria  15  (mil  reais)  para  vocês  (o  próprio  Moreira  e  

Daniel)”.  Mais  estarrecedor  é  o  que  se  segue.  Os  assessores  queriam  também  que  Vanuza  

agisse   em   nome   deles,   numa   espécie   de   terceirização   da   corrupção.   Com   a   palavra,  

Moreira:  

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–  Tá  na  minha  mão  uma,  um  processo  (...)  (empresa)  tradicional  (...)  Chamada  Rodonave,  

de  Manaus.  

Vanuza  intervém:  

–  Mas  por  que  quer  cancelar  o  registro  dela?  Empresa  antiga...  

Moreira  titubeia,  e  Vanuza  pergunta:  

–  Mas  é  para  arrancar  dinheiro  mesmo?  

Moreira  gagueja:  

–  É...  É...  Não  sei  se  para  arrancar  dinheiro,  é  que  não  conheço  o  perfil  das  pessoas.  

Ele  diz  que  “burocratas  são  detestados”  e  que,  por  isso,  não  quer  fazer  contato  direto  com  

os  donos  da  empresa.  Vanuza  insiste  em  saber  a  justificativa  criada  para  ameaçar  cassar  o  

registro   da   empresa.   Moreira   nem   sabe   explicar.   “Eu   encaminhei   um   processo  

superficialmente.  O  assunto  nunca  foi  explorado”,  diz.  Dias  depois,  a  dupla  de  assessores  

da  ANP  entregou  a  ela  os  documentos  de  registro  da  Rodonave.  E  disseram:  “Vanuza,  dá  

para  ganhar  dinheiro  com  esse  processo”.  Moreira  e  Daniel  apresentaram  ainda  uma  lista  

com   três   empresas   que   deveriam   ser   objeto   da   investida   de   Vanuza:   Flexpetro,   Nova  

Gasoil   e   Comos   Distribuidora.   Todas   detinham   apenas   registro   provisório   na   ANP   e  

haviam  pedido  o  registro  definitivo,  que  demora,  em  média,  180  dias.  A  dupla  informou  a  

Vanuza  que,  se  as  empresas  quisessem  obter  o  registro  em  menos  tempo,  deveriam  pagar  

R$  50  mil  de  propina.  

Usina  de  malfeitores  

Propina  de  R$  40  mil,  divisão  de  dinheiro  sujo,  achaque  a  empresas:  há  de  tudo  no  vídeo  

de  corrupção  da  ANP  

“Quarenta  mil   reais   é   razoável?”  Neste   trecho,   os   dois   assessores   da   ANP   (Antonio   José  

Moreira  e  Daniel  Carvalho  de  Lima)  dizem  à  advogada  Vanuza  Sampaio  que  a  Petromarte,  

cliente  dela,  terá  de  pagar  R$  40  mil  de  propina  para  resolver  uma  pendência  na  agência  –  

com  o  aval  do  então  superintendente  de  abastecimento  da  ANP,  Edson  Silva,  dirigente  do  

PCdoB      Moreira:   Eu   conversei   com   o   Edson   (superintendente   da   ANP)   e   ele   não   tinha  

muita  noção  de  valores,  você  entende?  Aí  ele  falou  que  era  possível,  que  ia  mexer.  Mas  ele  

é   lento.    Advogada:   É   baiano.    Moreira:   Baiano...   Aí   ele   me   falou:   “Ó,   você   não   quer  

conversar   agora   em   torno   de   40   mil   reais?   Você   acha   razoável?   Quanto   você   acha  

razoável?”.  Falei   “não  sei,  Edson,  não   sei  quantificar,  não   sei  valor”.  E   foi   a  primeira  vez  

que   aconteceu   alguma   coisa.   A   gente   pode   estabelecer   um   bom   relacionamento.   Aí   ele  

falou   isso,   que   ficaria   com   25   (mil   reais)   e   daria   15   (mil   reais)   pra   vocês.   Esse   é   do  

Rodomarte.  É...  É  do  Petromarte.  

"É   para   arrancar   dinheiro   mesmo?"    Depois   de   cobrar   a   propina,   os   assessores  

oferecem  uma  parceria  à  advogada  Vanuza.  Querem  que  ela  achaque  a  empresa  Rodonave,  

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objeto   de   um   processo   na   ANP.    Vanuza   se   espanta:    “Mas   é   para   arrancar   dinheiro  

mesmo?”      Moreira:   Tá   na   minha   mão   um   processo...   O   interesse   é   muito   grande.  

(Empresa)   tradicional  chamada  Rodonave,  de  Manaus.    Advogada:  Mas  por  que  querem  

cancelar  o  registro  dela?   (...)  É  para  arrancar  dinheiro?    Moreira:  Não  sei...  não,  eu  acho  

que  não  é  para  arrancar  dinheiro  (...)  Eu  também  não  queria  me   indispor,  chegar  e   ligar  

para  a  Rodonave...  Então,  se  você  tiver  interesse,  te  dou  uma  orientada.  

Lógica  Petista    Em  seguida,  os  três  põem-­‐se  a  discutir  as  diferenças  entre  os  corruptos  da  

agência.   Roberto   Ardenghy,   antecessor   de   Edson   Silva   na   Superintendência   de  

Abastecimento,  é  citado  como  exemplo  de  negociante  voraz.  Diz  o  assessor  Moreira:  “Ele  

tinha  uma  lógica  muito  à  petista.  Era  muito  para  ele”      Advogada:  Ele  (Ardenghy)  sempre  

me  travou  de  uma  forma  muito  inteligente.  Só  hoje  consigo  ver  o  que  ele  ganhava  de  um  

outro  lado.    Moreira:  (...)  Era  uma  lógica  muito  à  petista.  Era  muito  pra  ele  e  ele  avançava  

também  para  todos  os  lados  (...)  Uma  vez  eu  trouxe  um  caso,  ele  queria  cobrar  muito.  Falei  

“Ardenghy,  não  é  o  momento  de  cobrar  muito”.  Ele  falou  “não,  mas  se  a  gente  não  cobrar  

muito  (...)  Se  a  gente  cobrar  pouco,  você  vê  fantasmas  todos  os  dias”.    

No   vídeo,   Vanuza   reclama   que   funcionários   da   ANP   assediavam   seus   clientes,  

transmitindo-­‐lhes   o   recado   de   que,   se   não  mudassem  de   advogado,   perderiam   todas   as  

“pendências”  que  tivessem  ou  viessem  a  ter  na  agência.  Esse  ataque  aos  clientes  coincidira  

com  a  mudança  de  nomes  na  ANP,  com  a  chegada  de  políticos  e  filiados  ao  PCdoB.  Desde  o  

começo  do  governo  Lula,  em  2003,  a  ANP  foi  lentamente  repartida  entre  apaniguados  do  

PCdoB.   Entraram   diretores,   como   o   atual   presidente,   Haroldo   Lima,   quadro   antigo   do  

partido,   integrantes   dos   comitês   estaduais   da   sigla   e   comunistas   recém-­‐convertidos   aos  

encantos  do  capitalismo  estatal.  Quase  todos  com  ficha  de  filiação  ao  PCdoB,  mas,  como  se  

descobriu   nos   últimos   anos,   sem   competência   ou   preparo   técnico   para   gerenciar   o  

mercado  de  petróleo  no  país.  A  entrega  da  agência  ao  PCdoB  representou  uma  inflexão  no  

submundo  dos  combustíveis.  Com  a  ascensão  do  partido,  o  esquema  de  corrupção  tornou-­‐

se  orgânico  e  se  ramificou  por  toda  a  ANP.  

No  caso  denunciado  pela  advogada  Vanuza,  a  burocracia  da  ANP  primeiro  passou  a  criar  

dificuldades  para   seus   clientes.   Para  deferir   pedidos   simples,   procrastinavam  o  máximo  

possível,   exigindo  documentos  previamente   entregues  pelas   empresas,   caso  da  Lubcom.  

Em  outros  casos,  como  a  Small  Distribuidora,  os  funcionários  da  ANP  deixaram  de  receber  

pedidos   e,   quando   resolviam   atender   os   representantes   da   empresa,   requisitavam  

documentos  desnecessários.  Como  Vanuza  não  cedesse  às   investidas,   logo  os  assessores  

da  ANP  começaram  a  avançar  diretamente  sobre  seus  clientes.  

 (http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI251404-­‐15223,00.html)  

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O   que   dizer   do   envolvimento   do   PMDB,   outro   aliado   e   integrante   da  

colicagão  da  FRENTE  POPULAR,  através  de  EDUARDO  PAES  e  SERGIO  CABRAL,  este,  

amigo   pessoal   do   dono   da   CONSTRUTORA   DELTA,   protagonista   de   um   dos   maiores  

escândalos  de  corrupcão  deste  País,  envolvendo  o  bicheiro  CARLINHOS  CACHOEIRA  e  

que   deu   origem   a   CPMI   do   Cachoeira,   ainda   em   tramitação   no   Congresso   Nacional?  

Vejamos:  

 

DA  TRIBUNA  DA  INTERNET  

 segunda-­‐feira,  16  de  abril  de  2012  |  05:10  

Sergio   Cabral   tentou   abortar   a   CPI   do   Cachoeira,   para   proteger   o  

amigo  empreiteiro  da  Delta  

Carlos  Newton  

Como   dizia   o   cantor   e   radialista   Henrique   Fróes,   conhecido   como  

Almirante,  é  “incrível,  fantástico,  extraordinário”.  No  caso  do  governador  Sergio  Cabral,  a  

notícia   realmente   é   inacreditável   e   mostra   até   que   ponto   chegou   a   decadência   política  

deste  país.  

A   informação   foi   publicada   com   exclusividade   por   O   Globo,  sábado,   na  

coluna  do  jornalista  Ilimar  Franco.  Sob  o  sugestivo  título  de  “Variável  Delta”,  revela  que  o  

governador   Sergio   Cabral   teve   a   ousadia   e   a   desfaçatez   de   tentar   impedir   a   criação   da  

Comissão   Parlamentar   de   Inquérito   que   vai   investigar   as   ligações   de   Carlinhos   com   a  

classe  política  e  também  com  empresários  ligados  à  administração  pública.  

###  VARIÁVEL  DELTA  

Ilimar  Franco  

O  governador   Sergio  Cabral,   na   visita  que   fez  a  Brasília  para  o   jantar  de  

aniversário   do   PMDB,   conversou   com   dirigentes   nacionais   do   partido   sobre   a   CPI   do  

Carlinhos   Cachoeira.   Cabral   queria   saber   da   possibilidade   de   abortar   a   comissão   e   ouviu  

como   resposta   que   a   esta   altura   isso   era   inviável.   Como   a   construtora   Delta   tem  muitos  

contratos   com  o  governo  estadual,   tendo   recebido  desde  2007  pagamentos  de   cerca  de  R$  

1,47  bilhão,  seu  temos  é  que  a  investigação  transborde  para  o  Rio.  

###  ENVOLVIMENTO  DA  DELTA  

Já   está   mais   do   que   comprovado   o   envolvimento   de   Cavendih   com  

Cachoeira.  O  bicheiro    usou  duas  empresas  de  fachada  —  a  Brava  Construções  e  a  Alberto  

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&  Pantoja  —  para  movimentar  R$  39  milhões,  entre  2010  e  2011.  Os  saques  eram  feitos  

pelo  tesoureiro  da  quadrilha  de  Cachoeira,  Giovane  Pereira  da  Silva,  e  sempre  um  pouco  

abaixo  de  R$  100  mil,  que  é  o  valor  que  obrigaria  a  comunicação  ao  Conselho  de  Controle  

de  Atividades  Financeiras  (Coaf).  

Segundo  os   relatórios  da  Operação  Monte  Carlo,   deflagrada  pela  Polícia  

Federal  em  29  de  fevereiro,  o  repasse  do  dinheiro  foi  feito  pela  Delta  Construções.  

“A   empresa   Delta   Construções   S/A   transferiu   dezenas   de   milhares   de  

reais  para  empresas   ‘de  fachada’  (com  sócios  montados  —  inexistentes)  controladas  por  

Carlinhos   Cachoeira   e   Giovane   Pereira   da   Silva   nos   anos   de   2010   e   2011,   conforme  

demonstram  os   extratos   bancários   vinculados   à   Brava   Construções   e  Alberto  &  Pantoja  

Construções”,  diz  trecho  do  relatório  da  PF  publicado  por  O  Globo.  

O   inquérito  mostra  que  parte  dos   saques   foi   em  período  eleitoral:   “113  

saques   em   espécie   entre   13/08/2010   e   18/04/2011”.   Segundo   os   documentos,   os  

supostos  sócios  da  Brava  e  da  Alberto  &  Pantoja  são  apenas  “bonecos,  montados  para  os  

fins   da   organização   criminosa”   e   alguns   desses   sócios   tiveram   nomes  modificados   para  

criação  de  CPFs  falsos.  

###  CÓDIGO  DE  CONDUTA  ÉTICA  

E  Cabral  ainda  tenta  defender  o  amigo  Cavendish…  A  espantosa  notícia  de  

Ilimar  Franco  demonstra  que  o  governador  realmente  não  leu  o  Código  de  Conduta  Ética,  

que  mandou  redigir  para  passar  a  saber  o  que  é  certo  ou  errado  para  um    homem  público  

fazer,   depois   que   surgiu   o   escândalo   de   suas   ligações   mais   do   que   próximas   com   o  

empresário  Fernando  Cavendish,  dono  da  empreiteira  Delta,  que  é  a  favorita  do  governo  

estadual  e  também  do  governo  federal.  

Na   verdade,  Cabral   não  está   defendendo   apenas   Cavendish,   está  

defendendo  também  seu  governo,  um  dos  mais  corruptos  da  história  do  Rio  de  Janeiro,  e  

seu   fiel  escudeiro  Pezão,  o  vice-­‐governador  que  acumulou  a  Secretária  de  Obras  em  seu  

primeiro  mandato,  para  tudo  ficar  odara,  como  diz  Caetano  Veloso.  Eis  a  questão.  

(http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=35901)  

 

 

Aliás,   no   Recife   não   é   diferente.   O   PARTIDO   SOCIALISTA   DOS  

TRABALHADORES   UNIFICADO   -­‐   PSTU   também   denunciou   ao   Ministério   Público   de  

Pernambuco,  várias   irregularidades  que  vão  desde  pagamentos  antecipados  para  obras  

não  realizadas,  até  direcionamento  de  licitações,  envolvendo  a  CONSTRUTORA  DELTA  e  

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o   Programa  PROMETROPOLE,   coordenado   pelo   governo   do   Estado   de   Pernambuco   e  

realizado  pelas  Prefeituras  do  Recife,  sob  a  gestão  PT/PSB  e  em  Olinda,  sob  a  gestão  PC  

do   B/PT,   mas,   estranhamente,   o   mesmo   Procurador   Geral   de   Justiça   que   hoje   sofre  

acusações  de  uso  politico  do  Ministério  Público  para   favorecer   justamente  o  candidato  

do  governador,  GERALDO  JULIO,  ora  Representante  e  que  foi  seu  assessor  na  Prefeitura  

do   Paulista,   passados   vários   meses   de   nossa   denúncia,   ainda   não   havia   sequer  

distribuído   a   Representacão   a   um   Promotor   de   Justiça,   para   que   se   iniciassem   as  

investigações:  

 

DO  BLOG  DE  JAMILDO  

 

PSOL   e   PSTU   protocolam   representação   contra   Prefeitura   do   Recife  

por  contratos  com  a  Delta  

POSTADO  ÀS  18:01  EM  15  DE  MAIO  DE  2012  

 Foto:  Blog  de  Jamildo  

Os   pré-­‐candidatos   à   Prefeitura   do   Recife   nas   eleições   de   outubro   Jair   Pedro   (PSTU)   e  

Noelia  Brito  (PSOL)  protocolaram  nesta  terça-­‐feira  (15)  uma  representação  no  Ministério  

Público  de  Pernambuco  (MPPE)  contra  a  Prefeitura  do  Recife.  Eles  denunciam  fraudes  em  

contratos  do  órgão  com  a  construtora  Delta,  que  há  semanas  é  o  centro  de  denúncias  de  

corrupção  ligadas  ao  Caso  Cachoeira.    "Os  contratos  da  Prefeitura  e  do  Governo  do  Estado  

com   a   Delta   somam  R$   130  milhões.   São   contratos   sem   apoio   jurídico   e   com   licitações  

direcionadas.   Uma   auditoria   do   Tribunal   de   Contas   da   União   já   constatou   as  

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irregularidades  e  ninguém  faz  nada",  reclamou  Noelia  Brito  durante  coletiva  de  imprensa  

nesta   tarde.    As   obras   suspostamente   irregulares   com   a   empreteira   integram  

principalmente  o  programa  Prometrópole,  que  faz  investimentos  em  áreas  de  baixa  renda.  

Alguns  exemplos:  o  saneamento   integral  da  Bacia  do  Beberibe,  urbanização  do  Canal  do  

Jacarezinho,   na   Campina   do   Barreto   e   do   Canal   do   Vasco   da   Gama.    "O   caso   Cachoeira  

envolve   em   um  mar   de   lama   todos   os   governos   e   há   uma   operação   nacional   para   não  

envolver  Pernambuco,  Estado  onde  a  Delta  nasceu",  acusou  Jair  Brito.  

Questionado  pela   reportagem   sobre   as   denúncias,   o   prefeito   João   da   Costa   afirmou  que  

precisa   analisar   os   contratos   para   poder   se   posicionar.  

(http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2012/05/15/psol_e_pstu_prot

ocolam_representacao_contra_prefeitura_do_recife_por_contratos_com_a_delta_130879.p

hp)  

 

Ora,   Excelência,   diante   de   tantas   denúncias,   processos   e   condenações  

contra   os   aliados   do   Representante   GERALDO   JULIO,   nos   mais   escabrosos   casos   de  

corrupção   da   hsitória   recente   deste   País,   causa-­‐nos   espécie   tamanha   sensibilidade   ao  

conteúdo   do   Programa   Eleitoral   dos   Representados.   Outro   não   é,   portanto,   o   motivo  

desta  Representação,  que  não  seja  o  de  censurar,  amordaçar,  intimidar  os  Representados  

que   não   contam   com   o   aparato   midiático   e   jurídico   que   só   os   milhões   doados   por  

empreiteiras   beneficárias   de   contratos   públicos,   como   a   OAS   e   distribuidoras   de  

combustíveis  processadas  por  sonegação  fiscal,  como  a  TOTAL,  podem  bancar.  Quando  o  

Programa  do  PSTU  afirma  que  esses  senhores  governam  para  “corruptos”  é  com  lastro  

em  todos  esses  fatos  amplamente  divulgados  pela  mídia.  Todos  incontestáveis.  

 

Prova  ainda  de  que  a  FRENTE  POPULAR  governa  para  os  empresários  é  a  

política   de   renúncia   de   receita   praticada   pelo   governo   da   Frente   Popular   sob   a  

coordenação  de  GERALDO  JULIO:  

 

O   PRODEPE,   por   exemplo,   é   um   Programa   de   Desenvolvimento   de  

Pernambuco   totalmente   pautado   em   políticas   de   renúncia   de   receita.   Em   sua   versão  

atual,   concede   incentivos   fiscais   aos   setores   industrial   e   comercial,   sendo,  

essencialmente,  aplicável  em  cinco  situações  distintas,  a  saber:  01   -­‐  Empresa   industrial  

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enquadrada   como   pertencente   a   agrupamento   industrial   prioritário,   fabricante   de  

produto   incentivado   especificado   em   decreto;   agroindústria,   metalmecânica   e   de  

material   de   transporte;     eletroeletrônica;   farmacoquímica;     bebidas;     minerais   não-­‐

metálicos,  textil  e  plástico.  

 

Só  para  se  ter  uma  ideia,  eis  alguns  dos  incentivos  fiscais  que  o  governo  da  

Frente  Popular,  sob  a  coordenação  de  Geraldo  Julio  tem  deferido  aos  empresários  e  nem  

vamos  mencionar   as   extensas   áreas   territoriais   que   têm   sido   doadas   pelo   governo   de  

Pernambuco  a  multinacionais,  como  a  FIAT,  por  exemplo:  

 

·  crédito  presumido:  nas  operações  internas  e   interestaduais,  crédito  presumido  de  75%  

do  imposto  de  responsabilidade  direta  do  contribuinte,  apurado  em  cada  período  fiscal;    ·  

prazo:   12   anos,   contados   a   partir   do   mês   subseqüente   ao   da   publicação   do   decreto  

concessivo;    ·  compensação  do   frete  (   frete  neutro  ):  para  a  comercialização  de  produtos  

incentivados   para   fora   da   Região   NE,   haverá   um   crédito   presumido   adicional  

correspondente  a  5%  do  valor  total  dessas  saídas  no  período  fiscal,   limitado  ao  valor  do  

frete.  Esse  crédito  presumido  deve  ser  usado  antes  da  utilização  daquele  de  75%,  e  não  

poderá  implicar  em  recolhimento  de  imposto  inferior  a  15%  do  valor  do  imposto  devido,  

usado  como  base  do  cálculo  dos  incentivos;  

·   ampliação   do   incentivo   para   os   empreendimentos   localizados   em   SUAPE   ou   em  

município  localizado  fora  da  região  metropolitana  do  Recife  e  cujo  fator  determinante  de  

sua  localização  não  seja  inerente  à  natureza  da  respectiva  atividade,  relativamente  à  fonte  

de  recursos  minerais:  nesse  caso,  mediante  prévia  habilitação  do  interessado,  o  valor  do  

crédito  presumido  poderá  atingir,  nos  quatro  primeiros  anos  do  prazo  de  fruição,  o  valor  

de  85%  do  imposto  devido.  Durante  esses  quatro  anos,  a  empresa  não  poderá  usufruir  do  

benefício  do  frete  e,  após  os  quatro  anos,  passará  a  usar  o  crédito  presumido  de  75%  do  

imposto  devido;  

 

Até  a  Confederação  Nacional  dos  Trabalhadores  Metalúrgicos  (CNTM),  

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ingressou   com  uma  ADI   questionando   os   incentivos   fiscais   concedidos   pelo   “faz   tudo”  

GERALDO  JULIO,  juntamente  com  seu  padrinho  EDUARDO  CAMPOS,  por  beneficiarem  

empresas   estrangeiras,   gerando   desemprego   na   insdustria   local.   Para   quem,   afinal,  

governam   esses   senhores?   É   isso   que   o   Programa   Eleitoral   do  PSTU   questiona   e   não  

pode   ser   por   dizer   a   verdade   que   será   punido,   para   satisfação   dos   donos   do   Poder,   a  

quem  interessa  manter  o  povo  confinado  na  caverna  de  Platão:  

ADIn  contra  benefício  fiscal  pernambuco  terá  rito  abreviado  no  STF  

STF  adota  rito  abreviado  em  Adin  que  questiona  benefício  fiscal  de  PE  

Por  Bárbara  Pombo  |  Valor  Econômico  

SÃO   PAULO  -­‐  O  ministro   Gilmar  Mendes,   do   Supremo  Tribunal   Federal  

(STF),   decidiu   não   analisar   o   pedido   de   liminar   da   Confederação   Nacional   dos  

Trabalhadores  Metalúrgicos   (CNTM)   para   suspender   um   benefício   fiscal   instituído   pelo  

Estado  de  Pernambuco.  

Por  considerar  o  assunto  de  relevância  para  a  “ordem  social”  e  segurança  

jurídica,  Mendes  optou  por  adotar  o  chamado  rito  abreviado  no  julgamento  da  ação  direta  

de   inconstitucionalidade   (Adin).   No   processo,   a   CNTM   questiona   a   lei   e   o   decreto   que  

instituíram  o  Programa  de  Estímulo  à  Atividade  Portuária,  que  tem  como  objetivo  ampliar  

o  volume  de  importações  de  Pernambuco.  Dessa  forma,  a  Adin  será  julgada  em  definitivo  

pelo  plenário  do  STF,  sem  análise  prévia  de  um  ministro.  

Segundo  a  CNTM,  a  lei  estadual  nº  13.942,  de  2009,  concedeu  créditos  de  

Imposto  sobre  Circulação  de  Mercadorias  e  Serviços  (ICMS)  e  reduziu  a  base  de  cálculo  do  

ICMS   na   importação   de   mercadorias.   O   benefício,   porém,   não   teria   autorização   do  

Conselho  Nacional  de  Política  Fazendária  (Confaz),  como  determina  a  legislação.  

O  ministro  Gilmar  Mendes  deu  prazo  de  10  dias  para  que  a  confederação  

e   o   Estado   de   Pernambuco   prestem   informações   detalhadas   sobre   a   lei   questionada.  

Depois   disso,   o   procurador-­‐geral   da   República   e   o   advogado-­‐geral   da   União   deverão  

enviar  parecer  sobre  o  caso.  

Nesta   semana,   a   ministra   Rosa   Weber,   do   Supremo,   também   se  

posicionou  sobre  outro  caso  relacionado  à  guerra  fiscal.  Ela  negou  o  pedido  do  Estado  de  

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Goiás  para  suspender  a  aplicação  de  uma  norma  do  Estado  de  São  Paulo  que  impede  o  uso  

de  créditos  do  ICMS  decorrentes  de  benefícios  fiscais  sem  aprovação  do  Confaz.  A  medida  

foi  instituída  pelo  fisco  paulista  a  partir  da  portaria  CAT  nº  36,  de  2004.  

Goiás   fez   o   pedido   na   Adin   ajuizada   pelo   Estado   de   São   Paulo   contra  

benefícios  fiscais  concedidos  pelo  governo  goiano.  “O  pedido  é  manifestamente  descabido,  

sobretudo  nesta  ação  direta  de  inconstitucionalidade”,  afirmou  Rosa  Weber.  

Para   o   tributarista   Marcelo   Jabour,   diretor   da   Lex   Legis   Consultoria  

Tributária,  a  decisão  da  ministra  se  justifica  porque  o  Estado  de  Goiás  deveria  ter  entrado  

com   outra   ação   para   questionar   a   norma   paulista.   Isso   porque   o   Supremo   não   julga   a  

constitucionalidade  de  norma  administrativa,  apenas  de  leis.  “Mas  o  pedido,  em  si,  não  é  

absurdo”,  diz.  

O  advogado  cita  precedente  de  2010  da  então  ministra  Ellen  Gracie,  em  

que   se   questionava   norma   do   Estado   de  Minas   Gerais   que   também   impede   o   uso   deste  

tipo   de   crédito.   Na   decisão,   ela   afirma   que   o   governo   mineiro   poderia   questionar   os  

benefícios  fiscais  concedidos  por  outros  Estados,  mas  que  o  cancelamento,  puro  e  simples,  

dos   créditos   “apresenta-­‐se   questionável   em   face   da   sistemática   de   tributação  

interestadual  e  da  não-­‐cumulatividade  constitucionalmente  consagradas”.  

Segundo  Jabour,  apesar  de  ter  negado  o  recurso  por  entender  que  não  era  

competente   para   julgá-­‐lo,   “a   ministra   afirmou   que   não   se   poderia   combater   uma  

inconstitucionalidade  com  outra  inconstitucionalidade”,  diz.  

(http://tributaneiro.com/tag/adin/)  

 

Se  os  demais  Partidos  não   trazem  à   tona  essas  denúncias,   é   tão   somente  

porque   não   têm   a   mesma   independência   que   os   Representados,   pois,   assim   como   o  

candidato   “chapa   de   bronze”,   querem   governor   para   as   elites   corruptas   e   corruptoras  

deste  País.  E  quando  se  fala  em  corrupção  tem-­‐se  um  conceito  amplo,  pois  corromper  as  

mentes   e   as   conciências   do  povo   é   uma  das  mais   repugnantes   formas  de   corrupção:   a  

corrupção  ideológica  e  política.  

 

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O   PARTIDO   SOCIALISTA   DOS   TRABALHADORES   UNIFICADO   e   seu  

candidato  JAIR  PEDRO  orgulham-­‐se  de  não  receber  nenhum  tostão  de  empresários,  pois  

quem  paga  a  banda,  escolhe  a  música  que  deve  ser   tocada.  E  é  por  não   ter  relações  de  

nenhuma   natureza   com   empresários   e   politicos   corruptos,   que   o   PSTU   e   suas  

candidaturas,  todos  mantidos  pelo  fervor  de  sua  militância,  a  única  nessas  eleições  que  

não   é   paga,   porque   formada   por   verdadeiros   socialistas,   que   os   Representados   jamais  

poderiam  deixar  de  denunciar  ligações  da  Frente  Popular  e  de  seu  candidato  com  o  que  

há  de  mais  atrasado  na  política  nacional  e  com  o  empresariado  que  vampiriza  o  dinheiro  

público.   Todos   fatos   públicos,   notórios   e   divulgados   exaustivamente   na   imprensa,   sob  

todas  as  suas  formas.  Mas  é  fato  também  que  não  interessa  aos  poderosos  que  o  PSTU  

tenha  voz,  porque  a  voz  do  PSTU  e  de  suas  candidaturas  é  a  voz  dissonante  que  corta  o  

ar  com  a  proclamacão  da  verdade,  mostrando  a  vida  como  ela  é.  

 

Dito   isto   e   estando   suficientemente   evidenciado   que   todas   as   denúncias  

veiculadas  no  Programa  Eleitoral  do  PSTU  são  baseadas  em  fatos  incontestes  noticiados  

na  mídia  em  geral,  não  restam  dúvidas  de  que  não  só  a  liminar  deve,  com  toda  vênia  ser  

cassada,  como  a  ação  julgada  improcedente.  Nesse  sentido,  trazemos  à  colação:  

 

“PROPAGANDA   PARTIDÁRIA.   ALEGAÇÃO   DE   DESVIO   DE   FINALIDADE.   CADEIA  

NACIONAL.   OFENSA.   PARTIDO   POLÍTICO.   PEDIDO.   DIREITO   DE   RESPOSTA.  

INDEFERIMENTO.  IMPROCEDÊNCIA  DA  REPRESENTAÇÃO.    

 Críticas   contundentes   com   relação   à   atuação   de   filiados   de   partido   político   na  

condução   do   Executivo   Federal,   demonstrando   o   posicionamento   do   partido  

frente   a   temas   político-­‐comunitários,   com   base   em   conteúdo   amplamente  

divulgado   pelos   meios   de   comunicação   do   País,   não   constituem   ofensa   às  

disposições  legais  sobre  propaganda  partidária.”1  

 

“Agravo  regimental.  Direito  de  resposta.  Propaganda.  Não-­‐infringência  do  art.  11  

da  Resolução-­‐TSE  nº  22.032/2005.  Improcedência.  

                                                                                                               1  REPRESENTAÇÃO  nº  943,  Acórdão  de  17/04/2007,  Relator(a)  Min.  FRANCISCO  CESAR  ASFOR  ROCHA,  Publicação:  DJ  

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 1.  Não  havendo  demonstração   inequívoca  de  que  houve  divulgação  de  conceito,  

imagem  ou  afirmação  caluniosa,  difamatória,  injuriosa  ou  sabidamente  inverídica,  

não  se  concede,  com  base  no  art.  11  da  Resolução-­‐TSE  nº  22.032/2005,  direito  de  

resposta.  

 2.  É  da  natureza  do  debate  de  idéias  o  exercício  de  crítica  veemente,  como  forma  

de  discordar  dos  pontos  de  vista  apresentados  pela  parte  contrária.  

 3.  O  processo  dialético,   desde  que   exercido  nos   limites  do   respeito   aos  direitos  

individuais  e  institucionais,  deve  ser  assegurado  de  modo  amplo,  sem  submissão  

ao  exercício  do  poder  de  polícia.  

 4.  Agravo  regimental  improcedente.”2  

 

A   jurisprudência   do   Tribunal   Regional   Eleitoral   de   Pernambuco   não  

diverge  desse  posicionamento  da  Corte  Superior:  

 

Recurso  Eleitoral.  Representação.  Eleições  Municipais  (2008).  Propaganda  Irregular.  

Guia  eleitoral.  Veiculação.  Ofensa.  Ausência.  Direito  de  resposta.    

 1.   O   exercício   do   direito   de   resposta   para   esclarecimentos   à   população   é   possível  

presente  ofensa  à  honra    ou  à  imagem  do  candidato  veiculada  por  qualquer  meio  de  

comunicação;  

 2.  A  crítica  política  faz  parte  do  debate  democrático,  mesmo  com  conteúdo  duro  ou  

amargo,  só  cabendo  direito  individual  de  resposta  pela  crítica  ofensiva.3  

 

“Propaganda   Eleitoral.   Preliminar.   Juntada.   Documentos.   Televisão.   Direito   de  

Resposta.   Conteúdo   calunioso.   Ofensas.   Relatório.   Indiciamento.   Polícia   Federal.  

Candidato.   Máfia   dos   Vampiros.   Matéria   jornalística.   Revista   Veja.   Imagem.   Honra.  

Juízo  de  valor.  Direito  de  crítica.  

 1.  Preliminar  de  juntada  de  documento  após  defesa  que  se  acolhe,  por  ser  a  matéria  

de  interesse  público;  

                                                                                                               2  AGRAVO   REGIMENTAL   EM   REPRESENTAÇÃO   nº   817,   Acórdão   nº   817   de   20/10/2005,   Relator(a)   Min.   JOSÉ  AUGUSTO  DELGADO,  Publicação:  PSESS  -­‐  Publicado  em  Sessão,  Data  20/10/2005  RJTSE  -­‐  Revista  de  Jurisprudência  do  TSE,  Volume  16,  Tomo  4,  Página  86.  3  RECURSO   nº   8547,   Acórdão   de   02/10/2008,   Relator(a)   FRANCISCO   JULIÃO  DE  OLIVEIRA   SOBRINHO,   Publicação:  DOE  -­‐  Diário  Oficial  do  Estado,  Volume  75,  Data  02/10/2008.  

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 2.   A   imagem  do   homem  público,   desde   que   não   se   refira   à   sua   esfera   íntima,  mas  

condicionada   à   gestão   de   seus   atos   administrativos,   e   que   não   transborde   para   a  

calúnia  ou  injúria,  é  permitida  na  propaganda  eleitoral;  

 3.   Precedentes   do   TSE   que   trazem   uniformização   no   sentido   de   que     é   lícita   na  

propaganda   eleitoral   gratuita   a   reprodução   de   matérias   jornalísticas,   proibido  

acréscimos   que   contenham   inverdades   ou   afirmações   caluniosas,   injuriosas   ou  

difamatórias;  

 4.  Inexiste,  na  propaganda  impugnada,  emissão  de  juízos  de  valor  que  resultem  em  

afirmações   inverídicas,   não   se   podendo   falar   em   ofensa   ao   direito   à   honra   do  

primeiro  Representado;  

 5.  Notícia  que  se  afigura  como  reprodução   fiel  de  matéria   jornalística,   centrada  na  

crítica  administrativa,  ainda  que  de  conteúdo  ácido  ou  agressivo;  

 6.  Prova  que  não  configura  a  veiculação  de  mensagem   inverídica,  não  ensejando  o  

direito  de  resposta.4  

 

E  mais:  

 

“Eleições  municipais.  Representação.  Propaganda  eleitoral.  

 -­‐    As  críticas  a  pessoa  pública,  não  ofensivas  à  sua  honra  e  dignidade,  não  dão  ensejo  

ao  Direito  de  Resposta.”5  

 

Diante   do   exposto,   o   PARTIDO   SOCIALISTA   DOS   TRABALHADORES  

UNIFICADO   requer   a   revogação   da   decisão   que   deferiu   a   liminar   em   favor   dos  

representantes  e  que  determinou  a  suspensão  da  exibição  do  programa  impugnado.  

 

No   mérito,   requer   a   improcedência   da   ação,   com   a   condenação   do  

Requerente   ao   pagamento   das   custas   processuais,   honorários   advocatícios   e   demais  

cominações  legais.                                                                                                                  4  REPRESENTACAO  nº  830,  Acórdão  de  06/09/2006,  Relator(a)  ALFREDO  SÉRGIO  MAGALHÃES   JAMBO,  Publicação:  DOE  -­‐  ,  Data  6/9/2006,  Página  28.  5  RECURSO  nº  6643,  Acórdão  de  01/10/2004,  Relator(a)  ZAMIR  MACHADO  FERNANDES,  Publicação:  SESSAO  -­‐  Publicado  em  Sessão,  Data  01/10/2004.    

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Protesta  provar  o  alegado  por  todos  os  meios  de  prova  em  direito  admitidos.  

 

N.  Termos,  

P.  Deferimento.  

 

Recife,  21  de  setembro  de  2012.  

   

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