Controle Interno Administração de Shopping Center

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GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS A ANÁLISE DOS CONTROLES INTERNOS NO SETOR FINANCEIRO DA ADMINISTRAÇÃO DE UM SHOPPING CENTER. UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE

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GRADUAO EM CINCIAS CONTBEIS

A ANLISE DOS CONTROLES INTERNOS NO SETOR FINANCEIRO DA ADMINISTRAO DE UM SHOPPING CENTER. UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CEJUAZEIRO DO NORTE CE

2013

ANTONIO QUIRINO GOMESA ANLISE DOS CONTROLES INTERNOS NO SETOR FINANCEIRO DA ADMINISTRAO DE UM SHOPPING CENTER. UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE

Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito final para a obteno do ttulo de Bacharel em Cincias Contbeis pela Faculdade de Juazeiro do Norte - FJN.

Orientadora: Prof. M.S.C. Juliana Coelho Andrade.

JUAZEIRO DO NORTE CE

2013A ANLISE DOS CONTROLES INTERNOS NO SETOR FINANCEIRO DA ADMINISTRAO DE UM SHOPPING CENTER. UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE

Trabalho de Concluso de Curso apresentado como requisito final para a obteno do ttulo de Bacharel em Cincias Contbeis pela Faculdade de Juazeiro do Norte - FJN.

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BANCA EXAMINADORA

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Prof(a). Msc. Juliana Coelho Andrade - Orientadora

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Prof(a). Esp. Maria do Socorro Oliveira Cavalachy - Examinador 01

________________________________

Prof (a). Msc. Ccera Alves Tavares - Examinadora 02

Aprovado em:

Juazeiro do Norte, CE __/__/____.

A ANLISE DOS CONTROLES INTERNOS DO SETOR FINANCEIRO NA ADMINISTRAO DE UM SHOPPING CENTER. UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE-CE

Antonio Quirino Gomes

Juliana Coelho Andrade

RESUMO: O controle interno um conjunto de procedimentos e mtodos que so aplicados nas rotinas e atividades de uma empresa com o objetivo de proteger os ativos, produzir informaes confiveis e auxiliar na administrao dos negcios. Diversos empresrios ou administradores no tm como acompanhar de perto o andamento e rotinas dos negcios e assim no podem ter a segurana que todos os processos estejam acontecendo da forma preestabelecida para o bom andamento do empreendimento. Para isso procuram aderir e implantar principalmente no setor administrativo e financeiro um sistema que possa dar segurana e confiabilidade nas informaes e sobre o que ocorre nos processos da entidade. O objetivo deste trabalho a analise da aplicao e eficincia do sistema de controle interno do setor financeiro de um Shopping Center no municpio de Juazeiro do Norte. Para a realizao desse estudo se fez necessrio um estudo de caso e pesquisa literria sobre o tema.Palavras-chave: Controle Interno, Shopping Center, Setor Financeiro, Contabilidade, Juazeiro do Norte.ABSTRATIC: Internal control is a set of procedures and methods that are applied in the routines and activities of a company in order to protect assets produce reliable information and assist in managing the business. Many businessmen or administrators do not have to closely monitor the progress and routines of business and thus cannot have the assurance that all processes are happening the way desired preset for the smooth progress of the project. To seek this join and deploy mainly in the administrative and financial system that can provide security and reliability of the information and the processes occurring in the entity. The objective of this work is to analyze the application and efficiency of the internal control system of the financial sector of a shopping mall in the city of Juazeiro. To conduct this study was necessary a case study and research literature on the topic.Keywords: Internal Control, Shopping Center, Sector Financial, Accounting, 1 INTRODUOQualquer empresa independentemente de seu ramo de atividade e porte possui diversos controles internos, com o objetivo de garantir a eficincia das operaes e segurana nas informaes. Toda via esses podem ser eficientes ou no. Com um sistema de controle interno erros e procedimentos ilegais ou fraudes podem ser evitados e, caso ocorram, sero detectados e corrigidos dentro de curto perodo de tempo, pelos funcionrios, como parte de suas funes habituais (RESKE FILHO; JACQUES; MARIAN, 2005).

Entende-se como controle interno toda ao e planejamento destinado vigilncia, fiscalizao e verificao administrativa, que permitam prevenir, detectar e corrigir causas de exposio da empresa, mesmo que o fato j tenha ocorrido, no impedindo tais prejuzos (FRANCO; MARRA, 2007).

Nesse contexto, surge a problemtica deste trabalho: como se d a utilizao dos controles internos no setor financeiro da Administrao de um Shopping Center na cidade de Juazeiro do Norte-CE?O presente trabalho visa apresentar a importncia da aplicao dos Controles Internos no setor financeiro na Administrao de um Shopping Center no municpio de Juazeiro do Norte-CE, a fim de analisar a eficincia e eficcia dos mesmos. O objetivo principal deste estudo analisar a utilizao dos controles Internos no setor financeiro da Administrao da empresa. Estudando seus conceitos e evidenciando a importncia e aplicao dos mesmos, se estes cumprem seu objetivo principal que a de salvaguardar os interesses da empresa, a confiabilidade nos relatrios contbeis, financeiros e operacionais dentro dos procedimentos estabelecidos pela administrao.A motivao para realizao desse trabalho foi a de adquirir conhecimento sobre o tema estudado, como os controles internos colaboram no processo administrativo da empresa estudada e conhecer as rotinas e o processo operacional dos funcionrios desse setor, descobrir se estes funcionrios so conhecedores e aplicadores do Sistema de Controle Interno existente.

Para a realizao do estudo foi feito uma pesquisa bibliogrfica sobre o assunto estudado e para anlise dos dados foram feitas entrevistas com os colaborardes e uma observao das rotinas internas da empresa no setor administrativo. Foi aplicado tambm um questionrio ao gerente financeiro-administrativo da empresa que responsvel pelo setor financeiro e reas afins. Onde o mesmo est encarregado de verificar a utilizao dos controles e funes.2 CONTROLE INTERNOCom a concorrncia e competitividade to acirrada nos tempos atuais, imprescindvel que as organizaes se resguardem e cuidem de seu patrimnio. Como ter certeza que todos os processos desejados estejam acontecendo da forma preestabelecida para o bom andamento da empresa? Alguns empreendedores no tm como acompanhar de perto este andamento dos seus negcios, por isso estes procuram aderir e implantar um sistema que possa lhe dar segurana sobre o que ocorre em seus empreendimentos. O controle interno representa em uma organizao o conjunto de procedimentos, mtodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contbeis e ajudar a administrao na conduo ordenada dos negcios da empresa (ALMEIDA, 2010. pg.42).

O Comit de Procedimentos de Auditoria do Instituto Americano de Contadores Pblico Certificados AICPA apud S (2011) diz que:O controle interno compreende o plano de organizao e o conjunto coordenado dos mtodos e medidas adotados pela empresa, para proteger seu patrimnio, verificar a exatido e a fidedignidade de seus dados contbeis, promover a eficincia operacional e encorajar a adeso poltica traada pela administrao.Segundo os autores Boynton, Jonhson, Kell. (2002, pg.113) temos a seguinte definio: Controles internos so um processo operado pelo conselho de administrao, pela administrao e outras pessoas, desenhado para fornecer segurana razovel quanto consecuo de objetivos nas seguintes categorias: a) confiabilidade de informaes financeiras; b) obedincia (compliance) s leis e regulamentos aplicveis; eficcia e eficincia de operaes. A diminuio de erros, irregularidades e at desfalques permanentes ou temporrios o grande objetivo do controle interno. Segundo Almeida (2010, p. 26) O risco de ocorrncia de um erro, em uma empresa com um bom sistema de controle interno, muito menor do que em uma empresa com um sistema de controle interno ruim. Ainda h quem confunda controle interno com auditora interna, entretanto, a diferena entre as duas so relevantes. O controle interno est voltado para a execuo dos objetivos da empresa, a auditoria interna est mais relacionada a um trabalho organizado de reviso e verificao dos controles internos. (ATTIE, 2011)

Um eficiente controle interno facilita o trabalho dos auditores internos e tambm dos auditores externos, pois, os relatrios e demonstraes contbeis emitidos pela empresa se tornam mais seguros e confiveis, devido haver aplicao de controles rigorosos na emisso dos mesmos, consequentemente faz com que a quantidade de testes a serem aplicados pela auditoria interna e posteriormente pela auditoria externa sejam menores.

O que define se um controle interno eficiente ou no, a quantidade de testes a serem aplicados pela auditoria, pois essa avalia o mesmo para descobri a quantidade de testes que o auditor precisar fazer. Quanto maior o nmero de testes, pior ser o controle interno. Segundo Crepaldi (2011), os levantamentos do sistema de controle interno so obtidos da seguinte forma:

Leitura dos manuais internos de organizao e procedimento;

Conversa com funcionrios da empresa;

Inspeo fsica desde o incio da operao (compra, venda, pagamentos, etc.) at o registro no razo geral. (CREPALDI, 2011, pg.396).

2.1 OBJETIVO E IMPORTNCIA DO CONTROLE INTERNOA implantao de um sistema de controle interno proporciona maior segurana, credibilidade e integridade as informaes administrativas e contbeis, diminui os riscos, como erros ou fraudes nas operaes desempenhadas no dia a dia. possvel verificar a importncia do controle interno a partir do momento em que se verifica que ele que pode garantir a continuidade do fluxo de operaes com as quais convivem as empresa. (CREPALDI, 2011, pg.385).

Para que se verifique a importncia do controle, oportuno analisar o crescimento e a diversificao de uma empresa. (ATTIE, 2006, pg.113), isso se deve, porque quanto maior o porte da empresa, consequentemente mais funcionrios ela possui, ou seja, quanto maiores forem s operaes e o crescimento de uma empresa mais complexa para os scios e administradores terem o controle dela no cotidiano. Assim se torna necessrio a aplicao de um controle interno bem elaborado, de forma que os objetivos da empresa possam ser atendidos, e tambm as informaes contbeis possuam a maior credibilidade possvel.

Almeida (2010, pg. 5) acrescenta que com a grande expanso dos negcios, percebeu-se a necessidade de dar maior importncia a normas ou aos procedimentos internos, devido ao fato do administrador, no poder supervisionar pessoalmente todas as atividades.

Deve se considerar que o controle interno assegura que os funcionrios esto cumprindo as normas exigveis pela empresa, de forma que estes possam agir com liberdade, serem mais eficientes e eficazes e, alm disso, o controle interno assegura que possveis fraudes cometidas por funcionrios, ocasionalmente ou eventualmente sejam evitadas e no causem prejuzos aos ativos da empresa.

O controle interno reafirma sua importncia no seguinte aspecto informaes contbeis distorcidas podem levar a concluses erradas e danosas para a empresa (ATTIE, 2006, pg.114).2.2 TIPOS DE CONTROLES

Partindo das definies de controle internos supracitados, podemos observar que estes podem ser divididos em controles administrativos, so queles relacionados a atingir os objetivos da empresa; e tambm em controles contbeis, que correspondem a todas as medidas necessrias para resguardar os ativos e o patrimnio da empresa.

Conforme Attie (2006) os mecanismos de controle interno se dividem em contbeis e administrativos, sendo eles:

Controles contbeis: compreendem o plano de organizao e todos os mtodos e procedimentos diretamente relacionados, principalmente com a salvaguarda do patrimnio e a fidedignidade dos registros contbeis. Segundo Almeida (2010, pg. 42) so exemplos de controles contbeis:

a) Sistemas de conferencia, aprovao e autorizao;

b) Segregao de funes (pessoas que tm acesso aos registros contbeis no podem controlar os ativos da empresa);

c) Controles fsicos sobre ativos e;

d) Auditoria interna.

Controles administrativos: compreendem o plano de organizao e todos os mtodos e procedimentos que dizem respeito eficincia operacional e deciso poltica traada pela administrao Normalmente, se relacionam de forma indireta aos registros financeiros. Com frequncia abrangem analises estratgicas e estudos de tempos e movimentos, relatrios de desempenho, programas de treinamento e controles de qualidade. Para Almeida (2010, pg.42) so exemplos de controles administrativos;

a) Anlises estatsticas de lucratividade por linha de produtos;

b) Controle de qualidade;

c) Treinamento pessoal;

d) Estudos de tempos e movimentos;

e) Anlise das variaes entre os valores orados e os incorridos; e

f) Controles dos compromissos assumidos, mas ainda no realizados economicamente.Os controles internos administrativos, por sua vez, devem atender aos seguintes fatores estrutura organizacional, identificando as reas responsveis na hierarquia organizacional e a descrio de suas funes; racionalizao de processos, simplificar os processos e operaes, permitindo administrao concentrar seus esforos nos aspectos realmente pertinentes sua gesto; integrao dos processos de planejamento e oramentos que pressupe duas facetas, de um lado, uma funo de planejamento, capaz de conciliar os interesses das reas com objetivos e as metas da organizao como um todo, de outro lado, a integrao dos processos de planejamento e do plano oramentrio.

Nesse contexto, percebe-se que o controle interno contbil est encarregado das premissas de resguardar o patrimnio da empresa e gerar confiabilidade dos registros da organizao. J o controle interno administrativo trata dos interesses direcionados para a realizao dos procedimentos e atividades da empresa.

2.3 PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DO CONTROLE INTERNOA avaliao frequente e manuteno do sistema de controle interno so de grande importncia para verificao do cumprimento do que foi estabelecido pela empresa e cobrado por parte dos funcionrios. De acordo com Crepaldi (2011, pg. 392) no adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno sem que algum o verifique periodicamente.A eficincia do sistema de controle interno como um todo deve permitir detectar no somente irregularidades de atos intencionais, como tambm erros de atos no intencionais. (ATTIE, 2011, pg.204). Os princpios do controle interno visam medidas que propiciem um bom funcionamento das operaes nas organizaes. Attie (2006) enumera os seguintes:a) delimitao exata da responsabilidade;

b) segregao de atividades de contabilizao e de operacionalizao;

c) comprovao das operaes realizadas;

d) pessoal qualificado e treinado;

e) rotatividade entre funcionrios nas atividades;

f) manuais e normas de procedimentos para as atividades;

g) sistemas de reviso e avaliao das operaes.Segundo S (2002), para seguir os princpios fundamentais do controle interno deve haver:a) a existncia de um plano de organizao com a distribuio de responsabilidades;

b) polticas de autorizao e de registros das transaes;

c) zelo de elemento humano no desempenho das funes; e

d) qualidade e responsabilidade do pessoal.Para Almeida (2010, pg.43) A administrao da empresa responsvel pelo estabelecimento do sistema de controle interno, pela verificao de se est sendo seguido pelos funcionrios, e por sua modificao, no sentido de adapt-lo s novas circunstancias.Analisando os princpios acima citados, pode-se dizer que os mais importantes e bsicos dentro de um empreendimento so: primeiro que o responsvel pelo registro na contabilidade no seja o mesmo que controla e tem responsabilidade sobre os ativos. Que os ativos com maior valor e de fcil manuseio no sejam manipulados por muitas pessoas. Que sempre ocorra o confronto do que consta na contabilidade e o que est realmente na empresa. Que mais de uma pessoa sejam preciso para autorizar o uso de recursos e que a funo de cada um no processo do negcio esteja bem definida em um plano de organizao ou manual.

2.4 AS LIMITAES DO CONTROLE INTERNO

At o melhor controle interno existente pode ser passvel de falhas e erros provocados pela no compreenso plena dos procedimentos pelos usurios ou por fraudes com intuito de causar prejuzos entidade.

Segundo Boynton, Jonhson e Kell (2002), as limitaes inerentes aos controles internos so: erros de julgamento por informaes inadequadas, falhas devido falta de entendimento, conluio de indivduos com intuito de alguma vantagem e atos praticados pela administrao com objetivos ilegtimos.Para Crepaldi (2011), as principais limitaes do controle interno so:

Conluio de funcionrios na apropriao de bens da empresa;

Instruo inadequada dos funcionrios com relao s normas internas;

Negligncia dos funcionrios na execuo de suas tarefas dirias. 3 SHOPPING CENTER

O termo Shopping Center, de origem inglesa, traduz-se literalmente por centro de compras. Segundo Lemke (1999) apud Wildner (2011), esta a nomenclatura mais utilizada pelos juristas, talvez por vivermos num pas muito afeito a estrangeirismos. Ela decorre do verbo to shop significando, muito alm de comprar, ficar fazendo compras, at mesmo sem, eventualmente, comprar nada, pois o verbo to buy seria o mais indicado, caso o sentido fosse simplesmente comprar. No Brasil no existe lei que define o que Shopping Center. A definio mais aceita dada pela ABRASCE (Associao Brasileira de Shopping Centers), que representa os interesses econmicos e patronais dos empreendedores de shopping centers (MARINI, 2000). A Associao Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE), define Shopping Center da seguinte forma:

Empreendimento constitudo por um conjunto planejado de lojas, operando de forma integrada, sob administrao nica e centralizada; composto de lojas destinadas explorao de ramos diversificados ou especializados de comrcio e prestao de servios; estejam os locatrios lojistas sujeitos a normas contratuais padronizadas, alm de ficar estabelecido nos contratos de locao da maioria das lojas clusulas prevendo aluguel varivel de acordo com o faturamento mensal dos lojistas; possua lojas-ncora, ou caractersticas estruturais e mercadolgicas especiais, que funcionem como fora de atrao e assegurem ao shopping center a permanente afluncia e trnsito de consumidores essenciais ao bom desempenho do empreendimento; oferea estacionamento compatvel com a rea de lojas e correspondente afluncia de veculos ao shopping center; esteja sob o controle acionrio e administrativo de pessoas ou grupos de comprovada idoneidade e reconhecida capacidade empresarial.Os shoppings Centers funcionam como um condomnio, onde todos os envolvidos, quer sejam funcionrios, proprietrios e moradores no caso em questo locadores zelam e contribuem para a manuteno do mesmo. Existe, porm a figura do empreendedor que o investidor principal do empreendimento, este firma contrato de locao para obter receita com aluguis. Pois, os locadores adquirem sua loja com intuito de tambm auferir receita. Por isso, tem que se entender e distinguir a figura do condomnio e empreendedor. Os shoppings centers de mdia e grande dimenso funcionam como pequenas cidades, possuindo uma administrao e seus servios de polcia, bombeiros, segurana, de limpeza, de abastecimento de gua, de manuteno de infraestruturas, entre outros. (PADILHA, 2006).4 CONTROLES INTERNOS NA REA FINANCEIRAConforme Patrcia Liz - SEBRAE/SP, agesto financeira um conjuntode aes e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a anlise e o controle dasatividadesfinanceirasdaempresa.Oobjetivomelhorarosresultados apresentados pela empresa e aumentar o valor do patrimnio por meio da gerao de lucro lquido. No entanto, muito comum que empresas deixem de realizar uma adequada gesto financeira. Muitas vezes, as atividades so iniciadas com pequena dimenso e, conforme osnegcios se desenvolvem. Uma correta administrao financeira permite que se visualize a atual situao da empresa. Registros adequados permitem anlises e colaboram com o planejamento para aperfeioar resultados.

As principais funes da administrao financeira so: Anlise e planejamento financeiro: analisar os resultados financeiros e planejaraes necessrias para obtermelhorias;

A boa utilizao dos recursos financeiros: analisar e negociar a captao dos recursos financeiros necessrios, bem como a aplicao dos recursos financeiros disponveis;

Crdito e cobrana: analisar a concesso de crdito aos clientes e administrar o recebimento dos crditosconcedidos;

Caixa: efetuar os recebimentos e ospagamentos, controlando o saldo de caixa;

Contas a receber e a pagar: controlar as contas a receber relativas s vendas a prazoecontasapagarrelativasscomprasaprazo,impostosedespesas operacionais; As primeiras providncias que a empresa deve tomar em relaos finanas so:

Organizar os registros e conferir se todos os documentos esto sendo devidamente controlados. Acompanhar as contas a pagar e a receber, montando um fluxo de pagamentos e recebimentos.

Controlar o movimento de caixa eos controles bancrios.

Classificar custos e despesas em fixos evariveis. Definir a retirada dos scios.4.1 Controle Interno do Disponvel (caixa, bancos e aplicaes financeiras)Segundo o IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) nas suas Normas e Procedimentos de Contabilidade NPC1, diz que as disponibilidades compreendem apenas o numerrio em mos, em trnsito e os depsitos em conta corrente que possam ser livremente utilizados. Os numerrios cuja utilizao regular seja obstada por restries de qualquer natureza devem ser excludos deste item.

O controle do disponvel, ou seja, do caixa, das contas bancrias e aplicaes financeiras, um dos mais importantes controles que devem ser feitos pela empresa, visto que se trata de valores lquidos e, portanto, mais fceis de serem desviados. Devido sua natureza merecem uma ateno especial por parte dos administradores.

Segundo o CRC-SP (1998) citado por Zenci (2005) alguns procedimentos podem ser adotados pelo setor contbil para reforar o controle interno do disponvel, so eles:

Designar um funcionrio de confiana para manter um esquema de contagens de caixa, efetuando controle das entradas e sadas de caixa para posterior reconciliao com os respectivos saldos contbeis. Os funcionrios que fazem os recebimentos e pagamentos no devem ter acesso aos registros, e os responsveis pelos registros no devem ter alcance s disponibilidades;

Manter em caixa apenas o montante suficiente para pagamento de pequenas despesas dirias, controlado mediante boletins de caixa;

Determinar um limite mximo para pagamento em dinheiro, acima deste limite, todos os pagamentos devem ser feitos com cheques nominais;

Efetuar depsitos ao final de cada dia de todos os recebimentos em dinheiro;

Providenciar a entrega dos extratos bancrios diretamente ao setor contbil da empresa e proceder a reconciliao de todas as contas bancrias;

Solicitar informaes peridicas diretamente aos bancos nos quais a empresa possui contas, sobre os rendimentos oferecidos pelas aplicaes financeiras. Montar uma planilha peridica especificando os saldos aplicados pela empresa em cada instituio e calcular os rendimento com base nas informaes colhidas e compar-los com os rendimentos efetivos informados e contabilizados.

Em resumo, o controle do disponvel deve ser determinado pela empresa, de acordo com as suas regras e polticas, e deve ser seguido rigorosamente, assegurando assim, a integridade das disponibilidades da empresa. 4.2 Controle Interno do Contas a ReceberPara que se tenha maior confiana no que diz respeito s vendas a prazo, algumas sugestes de procedimentos podem ser adotadas pelas empresas no que diz respeito ao controle de contas a receber, descritos segundo o CRC-SP (1998) apud Zenci (2005):

Fazer reconciliao de recebimentos com os crditos dos extratos bancrios, no caso de recebimentos via banco;

Elaborar conciliao peridica do saldo contbil com a localizao dos documentos representativos dos crditos (as duplicatas). Se possvel, podem ser relacionado com as informaes obtidas das instituies financeiras e de terceiros (ex. empresas de cobrana e advogados);

Revisar as contrapartidas dos lanamentos contbeis a crdito da conta de duplicatas a receber, investigando quaisquer lanamentos cujo dbito seja efetuado em contas transitrias ou de resultado;

Apresentar movimentao detalhada dos clientes, especificando o saldo inicial, vendas, desconto concedido e saldo final. Esse relatrio possibilita verificar se houve movimentao no usual ou justificada ou descontos concedidos que ultrapassem os limites estabelecidos pelas polticas da empresa.4.3 Controle Interno do Contas a PagarO IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) nas suas Normas e Procedimentos de Contabilidade NPC9, diz que as exigibilidades so obrigaes assumidas por uma entidade (ou indivduo) de entregar aterceiros, parte do seu ativo ou lhes prestar servios. Passivos exigveis so aquelas obrigaes que podem ser objeto de mensurao monetria. So, ainda, obrigaes futuras resultantes de transaes completadas.Formam o contas a pagar todas as obrigaes para com terceiros. Conforme Crepaldi (2011, p. 629) as obrigaes representam fontes de recursos e reivindicaes de terceiros contra os ativos da empresa.

O controle das contas a pagar necessrio para evitar que ocorram Pagamentos indevidos ou em duplicidade. Para este controle so necessrios alguns procedimentos, definidos pelo CRC-SP (1998) apud Zenci (2005):

Conferir o valor das notas fiscais de entrada de mercadorias com as duplicatas, verificando se estes valores esto de acordo e se no foram pagos vista;

Fazer uma listagem dos comprovantes em aberto no setor de contas a pagar em certa data, podendo ser ao final de cada ms, procedendo a reconciliao dos totais existentes com os saldos contbeis;

Conferir as datas de vencimento para evitar atrasos e consequentes encargos financeiros;

Preparar mensalmente uma relao dos saldos a pagar por fornecedores de acordo com os registros contbeis para entrega ao setor de contas a pagar para posterior reconciliao;

Fazer uma anlise dos saldos credores e procurar possveis pagamentos em duplicidade;

Fazer uma anlise dos lanamentos mais significativos na conta de fornecedores e pesquisar sua origem, ou seja, a natureza dos materiais ou servios adquiridos verificando a sua correlao com a atividade da empresa.As obrigaes da empresa compreendem normalmente os seguintes grupos:

Fornecedores a pagar;

Emprstimos a pagar;

Impostos a pagar;

Salrios a pagar e encargos sociais a recolher.

5 PROCEDIMENTOS METODOLGICOSPara anlise e desenvolvimento da pesquisa foi realizada consulta bibliogrfica a respeito do tema proposto e tambm se fez necessria elaborao de um estudo de caso para melhor demonstrar a aplicabilidade das questes levantadas pelo trabalho.

O mtodo de pesquisa usado foi o indutivo de forma qualitativa e descritiva. O mtodo indutivo considera o conhecimento como baseado na experincia; a generalizao deriva de observaes de casos da realidade concreta e so elaboradas a partir de constataes particulares. Para Lakatos e Marconi (2013,86): Induo um processo mental por intermdio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, no contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos indutivos levar a concluses cujo contedo muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.

A pesquisa se realizou de forma qualitativa e descritiva no setor financeiro de uma administrao de um Shopping Center situado na cidade de Juazeiro do Norte Cear. Os recebimentos da empresa so referentes a aluguel e condomnio pagos pelos lojistas do empreendimento. Foram acompanhadas as rotinas e operaes do setor mencionado e tambm realizadas entrevistas face a face com os envolvidos e aplicado um questionrio a gerencia do mesmo conforme APNDICE I.

Todos os funcionrios desse setor esto subordinados ao Gerente Administrativo/Financeiro, este o controlador de todo esse rgo na empresa. Porm o mesmo est sob a autoridade mxima dentro de um shopping Center que a do superintendente.O Organograma da empresa estudada consta no Anexo I deste trabalho.6 ACOMPANHAMENTO DAS ROTINAS E CONTROLES INTERNOSO processo de locao de uma loja em Shopping Center, comea atravs do setor comercial, que o responsvel por toda a burocracia e legalizao das lojas. Este no faz parte da administrao da empresa, subordinado a administradora do grupo ao qual pertence empresa estudada. Aps os contratos firmados estes so repassados ao financeiro para cadastro e posteriormente entrarem no faturamento e serem efetuadas as cobranas dos valores mensais a receber dos lojistas.6.1 Auditoria de Lojas Alm dos valores fixos em contrato, h tambm os valores sobre as vendas, estes so faturados de acordo com o faturamento mensal das lojas, chamado de aluguel percentual, a porcentagem usada para clculo tambm consta em contrato. Os lojistas enviam semanalmente seus relatrios de vendas para o departamento financeiro registrar. Para ter segurana da veracidade nesses relatrios, ocorrem as chamadas auditorias de lojas, que se refere a um controle usado em lojas predefinidas ms a ms. Funcionrios ficam em diversas lojas, anotando vendas, atendimento e fluxo de pessoas, os dados so passados para a Assistente Financeira que os lana em um relatrio gerencial e depois lana os valores no faturamento. Ao final da auditoria o relatrio emitido mostrado ao lojista onde este consta pontos positivos e negativos, mostrando-se uma ferramenta de controle tambm para as lojas. Um exemplo de relatrio semanal consta no ANEXO III.Como critrios para a escolha das lojas auditadas, usa-se um calendrio anual que feito uma projeo de qual tipo de negcio mais fatura em determinado perodo. Entretanto a administrao pode realizar a auditoria em uma determinada loja que julgue necessria, por motivos de incompatibilidade dos relatrios ou para conhecer o faturamento da mesma. Mensalmente so escolhidas 20 (vinte) lojas pelo departamento comercial do setor financeiro, estas so repassadas para o superintendente que em reunio com o departamento responsvel escolhe apenas 6 (seis) lojas para ser realizado o trabalho de auditoria durante o ms.

6.2 Contas a Receber e FaturamentoInicialmente o departamento das contas a receber, onde a pessoa responsvel pelo faturamento recebe do setor comercial o contrato firmado pelo shopping e o lojista. Este contrato cadastrado em um sistema computadorizado padro para shopping centers, constando todos os dados e clausulas do mesmo, de onde sero emitidos os valores a receber mensalmente dos locatrios. Em seguida recebe os valores das vendas para lanar o aluguel percentual. Aps o lanamento das vendas, emitido o faturamento atravs do sistema que em convnio com o banco gera os boletos de cobranas que so entregue pelo contnuo da empresa s lojas e por meio de protocolo feito o registro da entrega. Ainda tambm estes boletos so enviados via endereo eletrnico, pois, algumas lojas so filiais e seus respectivos escritrios so fora da cidade ou estado.Diariamente so impressos os extratos e repassados ao responsvel pela cobrana que o mesmo do faturamento, onde so checados quais os boletos foram pagos no dia anterior para dar baixa no sistema, depois so devolvidos para serem anexados no movimento dirio. Os boletos que no foram identificados os respectivos pagamentos, nos dias que se seguem so feitas as cobranas por telefone, e-mail e depois correspondncia escrita. Se aps vrias tentativas de contato sem soluo e acumulo de dbitos por parte dos lojistas, o setor jurdico acionado. Este faz parte e se encontra na sede da administradora do empreendimento que est localizada em outro estado.6.3 Compras e AlmoxarifadoO departamento de compras fica a cargo do setor operacional da administrao. As aquisies de material, imobilizado ou prestao de servios so feitas atravs de cotaes conforme ANEXO IV. Onde so contatados ao menos trs fornecedores para apreciao dos preos e melhor oferta. Aps a escolha do fornecedor, emitida a ordem de compra ou servio conforme ANEXO V. Depois realizada a conferencia da compra ou servio prestado, a nota fiscal recebida pelo setor operacional que confere e repassa as condies de pagamento para o setor financeiro. Normalmente no prazo mnimo de liquidao de 30 (trinta) dias. 6.4 Tesouraria e Contas a PagarA tesouraria o departamento responsvel pelo controle e manuseio dos recursos financeiros da empresa. Onde so dirigidas todas as contas a pagar. Os documentos comprobatrios de dbito ao chegar ao setor financeiro so colocados em uma pasta no dia correspondente a sua data de vencimento. Os pagamentos realizados pela empresa e na maioria das vezes so feitos atravs de boleto bancrio com cdigo de barras, onde se usa o gerenciador online do banco conveniado. Esses pagamentos so lanados antes de seu vencimento e ficam para anlise do gerente financeiro que verifica o saldo dirio e faz uma projeo dos recebimentos do dia, no intuito de saber se a conta haver saldo para pagar todas as obrigaes. Para aprovao desses pagamentos necessrio assinatura online do gerente financeiro e superintendente, que por meio de senhas aprovam os devidos pagamentos. Quando o uso de boleto impedido por algum motivo ou exceo, feita transferncia bancria eletrnica, ou emitido cheque nominal a empresa devedora para o pagamento dos dbitos. Esses cheques tambm precisam da aprovao, autorizao e assinatura do gerente financeiro e superintendente do Shopping Center. Os cheques so preenchidos por uma mquina que recebe os dados e imprime na folha do mesmo, e em outra folha em branco com os mesmos dados para arquivamento no movimento dirio. Como supracitado no uma prtica usual da empresa que trabalha mais com pagamentos eletrnicos.O movimento dirio contem toda a movimentao bancria de cada dia, tantos os boletos recebidos como tambm pagamentos, tarifas, entre outros. Tudo que h no extrato tem que constar no movimento dirio e ter documentao contbil vlida. Este todo digitalizado folha a folha para ficar em forma de arquivo fsico e digital, que fica disponvel para consulta na rede interna de computadores da administrao e logo aps lanado e conferido na contabilidade.

Paralelo ao lanamento na contabilidade o tesoureiro lana todo o movimento mensal em uma planilha eletrnica, contando todos os dados com nome das lojas dos boletos recebidos, nome dos fornecedores, rgos ou pessoas a quem foram efetuados pagamentos e a qual setor compete cada despesa. um relatrio gerencial que enviado aos empreendedores a cada ms.

A tesouraria mantem em caixa um valor pequeno para as despesas mnimas que possam surgir. Para a retirada desses numerrios existe um protocolo conforme ANEXO II onde o solicitante assina, discrimina valor e para qual finalidade ser utilizado o recurso.

6.5 Departamento PessoalCabe ao Departamento Pessoal o registro, controle e arquivo dos dados dos funcionrios da empresa. Em um sistema de computador lanado os dados pessoais dos funcionrios, as funes, salrios, frias, dcimo terceiro e os encargos sociais. Mensalmente emitida a folha de pagamentos dos salrios onde repassada para a tesouraria. Cada funcionrio ao ser admitido deve abrir uma conta bancria caso no tenha para receber sua remunerao mensal por meio de depsito. Algumas excees em que o pagamento feito pessoalmente e assinada a lista de recebimento pelo funcionrio.

Para o controle de presena e faltas dos empregados usado um ponto eletrnico, onde por meio da impresso digital do funcionrio registrada sua entrada e sada no trabalho. Este equipamento emite um relatrio informando de forma individual os horrios e presenas dos funcionrios da empresa.6.6 ContabilidadeA contabilidade da empresa estudada realizada internamente, sendo responsvel pelo registro dos fatos financeiros e patrimoniais da entidade. Com base na movimentao bancria dia a dia realizado o trabalho de contabilizao por meio dos documentos anexados ao movimento dirio. Os valores a receber das lojas so lanados com base em uma planilha que feita pelo responsvel do faturamento. Para os lanamentos das contas recebidas usado principio da competncia, pois os pagamentos so efetuados e s so liberados pelo banco no dia seguinte aps terem sido pagos. As notas fiscais de compra e servios so recebidas pelo setor contbil no momento em que so pagas e assim lanadas na data retroativa a que realmente competem, tendo assim um perodo de defasagem no registro. Os fechamentos dos balancetes so feitos at o dcimo dia do ms seguinte referente ao ms anterior. Onde so repassados para o gerente financeiro para serem enviados aos scios da empresa. Trimestralmente a empresa passa por processo de auditoria externa. 7 AVALIAO DOS PROCEDIMENTOS E SUGESTES DE MELHORIAAps o acompanhamento dos procedimentos da empresa e conforme estudo e reviso da literatura sobre o assunto estudado, foi realizada uma avaliao do funcionamento do setor financeiro, tambm setor Contbil e departamento de compras que faz parte do setor operacional, que esto indiretamente ligados ao mesmo.Constatou-se que a empresa estudada de modo geral na sua administrao aplica e executam diversos controles como a segregao de funes, sistema de autorizaes, delimitao das atividades, confronto dos registros com a posio real da empresa, documentao vlida e amarraes dos controles das rotinas. Porm, devem ser feitas algumas sugestes de melhoria e aplicabilidade em alguns pontos do sistema de controle interno.Inicialmente verificou-se se a empresa possua um manual interno das rotinas e funes de cada departamento, o manual existe, porm disponibilizado a todos os funcionrios e sim apenas a alguns quando solicitado o que prejudica a clareza das responsabilidades de cada individuo na empresa, sendo isso feito de forma verbal no momento da entrevista para admisso. A sugesto que o referido manual seja disponibilizado assim que o funcionrio seja contratado e entregue a ele. Devem conter as funes, responsabilidades de cada colaborador, como devem ser executados os processos e quais ferramentas sero utilizadas, o correto manuseio dos equipamentos e dicas de convivncia em grupo. A empresa possui um timo sistema informatizado, no entanto, seria mais eficiente se o mesmo fosse interligado ao sistema contbil, para o faturamento ser exportado diretamente evitando risco de erros e fraudes nos lanamentos e maior facilidade de conciliao com os valores recebidos.Em relao segregao de funes a empresa atua bem nesse aspecto. Os responsveis pelo registro das informaes na contabilidade no tem contato e nem controlam os ativos da empresa. Porm o responsvel pelas compras o mesmo que tem a funo de almoxarife no setor operacional, o que pode ser ruim para empresa, j que quase o controle de toda a rotina de compra, apenas o pagamento que efetuado pelo setor financeiro e o registro no contbil. Como sugesto a administrao deve adotar a segregao dessa funo ou designar outro responsvel para a conferncia das compras efetuadas e estoques existentes no almoxarifado. Nas aprovaes de pagamentos e uso dos recursos da empresa so necessrias a assinatura de duas pessoas o Superintendente e o Gerente Administrativo/Financeiro. Assim h maior segurana nos controles de pagamentos Na organizao estrutural apenas uma ressalva quanto falta de independncia do setor contbil com a rea financeira, onde aps consulta nos autores citado neste trabalho, sugerimos conforme Organograma no APNDICE II que a contabilidade no pode est diretamente ligada a nenhum setor e nem to pouco responsvel por outros, e sim em modo de staff, ou seja, acima dos demais, abaixo do administrador, mas ao lado significando uma rea com autonomia para registro e analise das rotinas com intuito de no sofrer influncia nos levantamentos patrimoniais e financeiros.O setor contbil recebe as notas fiscais no momento em que so recebidas pelo departamento de contas a pagar ao final de cada ms, mas estas devem ser repassadas no momento do recebimento pelo departamento de compras para o correto o lanamento no sistema de contabilidade, para evitar perodo de defasagem na informao das obrigaes. Tambm ao receber as notas o setor contbil avalia para fazer as devidas retenes de impostos caso seja necessria nas mesmas. Tambm evitando o pagamento de juros, pois h impostos que tem o fato gerador a prestao do servio, outros tem o pagamento.A empresa estudada no que diz respeito a treinamento e qualificao pessoal de seus colaboradores uma forte investidora e incentivadora, sempre proporcionando encontros e cursos proporcionando aprendizado e unio entre todos, com intuito de aperfeioamento nas atividades e uma melhor convivncia na organizao.8 CONCLUSOO controle interno uma ferramenta de gesto tanto financeira como operacional, que visa o aperfeioamento das operaes, buscando sua mxima eficincia e eficcia. Alm disso, possibilita ao(s) administrador(s) a elaborao de estratgias financeiras e administrativas, por meio da gesto de informaes por ele geradas, sendo, portanto, fundamental no contexto empresarial atual.

Constatou-se, pela pesquisa e estudo de caso, a importncia do controle interno em uma empresa independente da sua operao ou porte. A implantao de um sistema de controles internos s tem a agregar valor e confiana nas atividades operacionais executadas, alm de ser uma ferramenta de gesto, emitindo informaes importantes e confiveis, objetivando o alcance das metas e deteco erros e/ou fraudes.

A realizao deste trabalho permitiu tambm verificar a importncia dos sistemas informatizados para o processo operacional da empresa, dos manuais internos para padronizao, conhecimentos e aplicao por todos os funcionrios, a segregao de funes para reduo de risco e irregularidades, alm de possveis fraudes e de uma rotina bem administrada e planejada. Onde constatamos um bom funcionamento e execuo dos controles com base nas referencias bibliogrficas.O presente trabalho buscou analisar como se d a utilizao do sistema de controle interno do setor financeiro de um Shopping Center e se o mesmo contribui para a melhoria dos processos da organizao pesquisada. Para tanto foi primeiramente foi feito uma entrevista com o gerente financeiro/administrativo que o responsvel pelo setor financeiro e conversas com os demais colaboradores do mesmo setor, no intuito de localizar possveis falhas nos processos, em seguida analisado a rotina de controles internos para ento sugerir melhorias para as deficincias encontradas. Entende-se que os objetivos propostos foram alcanados, tendo em vista o conhecimento adquirido sobre o assunto, atravs do referencial terico, da anlise dos controles internos e das sugestes de melhorias efetuadas para que a empresa objeto da pesquisa possa implantar mudanas nos processos e mtodos de maneira simples, mas coerente, minimizando erros e corrigindo pontos falhos para o alcance um melhor resultado com base em informaes confiveis e em tempo hbil.

Espera-se que aps esta pesquisa a empresa analise alguns pontos do seu sistema de controle interno, adquira um sistema informatizado onde seja integrado o sistema financeiro e contbil para auxiliar na funcionalidade dos controles e segurana nos registro. Que o manual de rotinas dos funcionrios esteja ao alcance e conhecimento de todos, para a clareza na execuo das tarefas.9 REFERNCIAS

ABRASCE. Associao Brasileira de Shopping Centers.

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 7 ed. So Paulo: Atlas, 2010.ATTIE, William. Auditoria interna. 2. Ed. So Paulo: Atlas, 2009.ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicaes. 3. ed. - 2. So Paulo: Atlas, 2006. BOYNTON, William C., JOHNSON, Raymond N., KELL, Walter G. Auditoria. So Paulo: Atlas, 2002.CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contbil: teoria e prtica. 7 ed. So Paulo: Atlas, 2011.FRANCO, Hilrio; MARRA, Ernesto. Auditoria contbil. 4 ed. So Paulo: Atlas, 2007.IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.

LIZ, Patrcia. A importncia da administrao financeira da empresa. Sebrae/SP. Disponvel em http://www2.rj.sebrae.com.br/boletim/a-importancia-da-administracao-financeira-da-empresa/ Acessado em 29/06/2013MARINI, Celso. Shopping Center.Jus Navigandi, Teresina,ano 5,n. 43,1jul.2000. Disponvel em Acessado em 25/06/2013.PADILHA, V. Shopping Center a catedral das mercadorias. So Paulo: Editora Bomtempo. 2006. RESKE FILHO, Antonio. JACQUES, Elizeu de Albuquerque. MARIAN Paulo David. O controle interno como ferramenta para o sucesso empresarial. Revista Eletrnica de Contabilidade, v. 1, n. 3, mar./mai. 2005. Acessado em 24/06/2013.S, Antnio Lopes de. Curso de Auditoria. 10. ed. So Paulo: Atlas, 2002.WILDNER, Leonardo Faria. Estrutura Jurdica e Aspectos Contratuais Peculiares dos Shoppings Centers. Disponvel em < http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/monografia_leonardo_faria_wildner.pdf> Acessado em 02/06/2013.Zenci, Shirley Denise. A importncia dos controles internos para o gerenciamento e tomada de decises em uma empresa do ramo de transportes. 2009. Disponvel em < http://www.pb.utfpr.edu.br/bibliotecadigital/index.php/ecap/article/download/789/431.> Acessado em 02/06/2013.

APNDICE I - Questionrio de procedimentos de controle interno

A empresa possui algum manual de controles internos?

R:__________________________________________________________________As atribuies e responsabilidades dos funcionrios, sesses, divises, departamento e gerencia esto claramente definidas nos manuais internos da empresa?

R:__________________________________________________________________

Os procedimentos sobre as principais atividades da empresa (vendas, recebimentos, compras, pagamentos) esto tambm definidos nos manuais internos da empresa?

R:__________________________________________________________________

Existe segregaes de funes de registros contbeis e acesso aos ativos?

R:__________________________________________________________________

A empresa utiliza um sistema oramentrio (receitas, despesas,, compras de matrias-primas, bem do imobilizados etc.)?

R:__________________________________________________________________

Os valores incorridos so comparados com os orados e as variaes anormais e significativas analisadas?

R:__________________________________________________________________

As transaes e os controles internos esto sujeitos a uma verificao peridica de funcionamento?

R:__________________________________________________________________

Existem controles fsicos sobre os ativos, h confronto dos ativos com os registros contbeis?

R: _________________________________________________________________

Existem procedimentos de controle para as contas a receber?

R:__________________________________________________________________

Qual o documento que d origem ao faturamento?

R:__________________________________________________________________

As contas a receber esto representadas por duplicatas? H um registro de emisso dessas duplicatas?

R:__________________________________________________________________Qual a habitualidade da empresa, venda vista ou parcelada?

R:__________________________________________________________________

Quem faz o registro de contas a receber e aonde so mantidos esses registros?

R:__________________________________________________________________

Quem responsvel pelos recebimentos?

R:__________________________________________________________________

limitado o acesso dos funcionrios aos recebimentos?

R:__________________________________________________________________

So segregadas as funes de manuseio de recebimentos e registros nos controles auxiliares?

R:__________________________________________________________________

Os recebimentos so controlados independentemente por outras pessoas que no os manuseiam (custodia independente das duplicatas; conferncia da sequencia numrica de recibos pr-numerados e checagem dos seus valores com os numerrios efetivamente depositados)?

R:__________________________________________________________________

Os cheques recebidos so cruzados e nomeados empresa? Os recebidos pr-datados so descontados nas datas corretas? Como e onde so guardados os cheques pr-datados?

R:__________________________________________________________________

Os recebimentos em espcie so depositados em conta bancria ou so utilizados para fazer pagamentos?

R:__________________________________________________________________

Quando se trata da liquidao de uma duplicata emitido algum documento?

R:__________________________________________________________________

Existe alguma relao de ttulos em atraso e alguma pessoa responsvel pela cobrana dos mesmos?

R:__________________________________________________________________

Os controles atuais asseguram que sejam tomadas providncias para as contas a receber em atraso (anlise das contas em base mensal por idade de vencimento)?

R:__________________________________________________________________

Os controles atuais garantem que os recebimentos sejam contabilizados na poca devida?

R:__________________________________________________________________

A contabilidade elabora conciliaes bancrias em base mensal (poderia detectar um recebimento no identificadorecibo de depsito falso e at mesmo omisso ou erro de contabilizao)?

R:__________________________________________________________________ emitido um relatrio mensal que evidencia ingresso de novas contas, pagamentos efetuados e valores efetuados por data de vencimento?

R:__________________________________________________________________

H um cadastro de clientes para ser consultado quando for necessrio?

R:__________________________________________________________________

feito um estudo sobre a concesso do crdito ao cliente antes de ser prestado o servio a prazo a fim de minimizar as vendas com clientes duvidosos?

R:__________________________________________________________________

As informaes das notas fiscais (quantidade, preo unitrio, clculo, impostos, nome e endereo dos clientes etc.) so conferidas de forma a reduzir a possibilidade de ocorrncia de erros?

R:__________________________________________________________________

Como feita a entrega das notas fiscais ao escritrio contbil?

R:__________________________________________________________________

O sistema de controle assegura que sejam formalizadas apenas as compras previamente aprovadas e nas melhores condies de mercado?

R:__________________________________________________________________

Os setores internos da empresa emitem requisio de bens ou servios pr

-numerada e devidamente aprovada e a remetem para o setor de compras?

R:__________________________________________________________________

O setor de compras tem um cadastro de fornecedores atualizado por natureza de bem ou servio?

R:__________________________________________________________________

feita a cotao de preos junto aos fornecedores, a fim de obter as melhores condies comerciais?

R:__________________________________________________________________

Os controles internos garantem que os bens que passam a ser de propriedades da empresa ou os servios a ela prestados sejam as obrigaes resultantes dessas transaes imediatamente contabilizadas?

R:_________________________________________________________________

Existe centralizao no recebimento das notas fiscais dos fornecedores?

R:__________________________________________________________________

No momento da chegada do bem empresa ou da prestao de servios, dada nas notas fiscais uma sequencia numrica pelo setor centralizador de seu recebimento (emitindo um documento interno pr-numerado ou aplicando sobre a nota fiscal um carimbo datador - numerador)?

R:_________________________________________________________________

Existem procedimentos de controle para as contas a pagar?

R__________________________________________________________________

Quem faz a inscrio em contas a pagar?

R:__________________________________________________________________

Como so feitos os pagamentos na sua maioria, vista ou a prazo?

R:__________________________________________________________________

Existe alguma pessoa responsvel pela autorizao dos pagamentos?

R:__________________________________________________________________

Como so feitos os pagamentos, em dinheiro ou cheques? Se em cheques so nominais?

R:__________________________________________________________________

Quem assina os cheques? E quem os entrega aos fornecedores?

R:__________________________________________________________________

Os cheques so emitidos somente para os documentos habilitados para o pagamento pelo setor de contas a pagar?

R:__________________________________________________________________

Os documentos probatrios dos pagamentos acompanham os cheques quando de sua assinatura?

R:__________________________________________________________________

Os talonrios de cheques so mantidos num lugar seguro?

R:__________________________________________________________________

Os talonrios so acessveis s pessoas que os utilizam no curso normal de suas funes?

R:__________________________________________________________________

Todos os cheques so nominativos?

R:__________________________________________________________________

Os cheques so assinados por dois funcionrios categorizados?

R:__________________________________________________________________

Ambos os signatrios examinam a documentao probatria dos pagamentos antes de assinarem os cheques?

R:__________________________________________________________________

os signatrios cancelam todos os documentos probatrios (rubricando-os, por exemplo) quando da assinatura dos cheques, a fim de evitar a sua reapresentao?

R:__________________________________________________________________

A contabilidade exerce controle sobre a sequncia numrica dos cheques?

R:__________________________________________________________________

A pessoa encarregada pelo pagamento exerce outras funes? Caso sim quais?

R:__________________________________________________________________

Existe segurana de que somente as compras efetivamente recebidas e de acordo com os seus instrumentos formalizadores so liberadas para pagamento?

R:__________________________________________________________________

dado evidncia no verso da nota fiscal de que o bem foi recebido ou de que o servio foi prestado?

R:__________________________________________________________________

Existe um setor de contas a pagar, cujo objetivo habilitar notas fiscais para o pagamento?

R:__________________________________________________________________

Antes de liberar a nota fiscal para o pagamento o setor de compras confere o documento fiscal (incluindo somas, multiplicaes etc.) com ordem de compra ou contrato e inspeciona evidncia do recebimento dos bens ou da prestao dos servios?

R:__________________________________________________________________

Os controles internos asseguram que os documentos sejam pagos na poca devida?

R:__________________________________________________________________

Todo o procedimento de pagamento enviado contabilidade?

R:__________________________________________________________________

Como so registrados os pagamentos? exigido algum pagamento probatrio?

R:__________________________________________________________________

Como so controlados os prazos de vencimentos das faturas e quem os controla?

R__________________________________________________________________

So realizadas conciliaes mensais entre os registros auxiliares de contas a pagar e os registros mantidos pela contabilidade?

R:__________________________________________________________________So realizadas conciliaes peridicas entre os extratos dos fornecedores e com os saldos de contas a pagar?

R:__________________________________________________________________

emitido um relatrio mensal que evidencia ingresso de novas contas, pagamentos efetuados e valores a serem desembolsados por data de vencimento?

R:__________________________________________________________________

APNDICE II

Sugesto de novo Organograma Estrutural.

ANEXO I

SUP Superintendente

GO Gerente Operacional

AO Assistente Operacional

CS Coordenador de Servios

CE Chefe de Estacionamento

CS Chefe de Segurana

FC Faturamento e Cobrana

SL Supervisor de Limpeza

EL Equipe de Limpeza

EM Equipe de Manuteno

SE Supervisor de Estacionamento

EE Equipe de Estacionamento

SU Supervisor

ES Equipe de Segurana

GA Gerente Administrativo e Financeiro

CONT Contabilidade

ASS Assistente de Contabilidade

AA Assistente AdministrativoAI Auditor Interno

CA Auditoria

DP Departamento De Pessoal

EST - Estagirio

TES Tesouraria

ARQ Arquivista

MENSG Mensageiro

TI Tecnologia da Informao

CA Chefe de Auditoria

AUDIT Auditores

GMK Gerente de Marketing

CMKT Coordenadora de MKT

RECEP Recepo

AMK Assistente de MarketingANEXO II

DETALHAMENTO DE USO DE NUMERRIOS DO FUNDO FIXO

SOLICITADO POR:

AUTORIZADO POR:

DATA: ____/____/2013VALOR:

DOCUMENTO:

FINALIDADE:

ASSINATURA AUTORIZADAASSINATURA USURIO

ANEXO IIIPre-relatrio Semanal Auditoria Maro 2013

LojasMixVendasPonto de EquilbrioObservaes

XCalados Feminino6.768,1869.332,60No vende, mesmo em liquidao apresenta

pouco volume de vendas. O atendimento no bom.

YVesturio Geral19.529,23111.040,00A loja vende, a maioria dos clientes que entram na loja

chegam a comprar.

ZVesturio Feminino13.802,3672.397,67Tem pouco fluxo de clientes, segundo auditoras

o preo muito elevado.

ACalados Geral34.962,25100.434,00A loja mostra boa eficincia de vendas, e tem bom fluxo

de clientes.

BCalados Esportivos18.144,2021.266,60A loja vende, porm entra pouco clientes.

ANEXO IV

MAPA DE COTAO

Empreendimento: Cariri Garden ShoppingFornecedor:

Local de Aplicao: Fone:

Data Emisso: Responsvel:

ItemQtdeUnidDescrioValoresAutorizadoValoresAutorizadoValoresAutorizado

UnitrioTotalUnitrioTotalUnitrioTotal

0,000,000,00

0,000,000,00

0,000,000,00

0,000,000,00

0,000,000,00

Sub Total:0,000,000,00

Desconto:

Total:0,000,000,00

Prazo de Entrega:

Condies Pagamento:

Elaborado por:Aprovado por:Autorizado por:Obs.:

vison do NascimentoSuperintendenteGerente Operacional

ANEXO V

Bacharel em Cincias Contbeis Email: [email protected]

Professor Orientador Email: [email protected]