ESPECIAL - Indústria de shopping center avança a passos largos

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Jornal do empreendedor São Paulo, terça-feira, 16 de outubro de 2012 Suplemento Especial ESPECIAL Paulo Pampolin/Hype Este ano, o setor deve crescer 12% e faturar R$ 122 bilhões. Atualmente, são 441 shoppings em operação, mas em 2013 já serão mais de 500. Indústria de shopping center avança a passos largos Indústria de shopping center avança a passos largos

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Este ano, o setor deve crescer 12% e faturar R$ 122 bilhões. Atualmente, são 441 shoppings em operação, mas em 2013 já serão mais de 500.

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Este ano, o setor deve crescer 12% e faturar R$ 122 bilhões.Atualmente, são 441 shoppings em operação, mas em 2013 já serão mais de 500.

Indústria de shopping centeravança a passos largosIndústria de shopping centeravança a passos largos

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terça-feira, 16 de outubro de 20122 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Este ano, a inauguração doShopping JK Iguatemi foi adiada emdois meses, pois a prefeitura exigiu aconstrução de um viaduto e umapassarela. Melhorias em viaspúblicas não seriam obrigação dopoder público?

Já é uma rotina, em São Pauloe em outras cidades, que, ao fa-zer um empreendimento gran-de, como um shopping, é preci-so criar uma compensação pa-ra a prefeitura e principalmenteà CET, diminuindo o impactoque possa ter no trânsito local.No meu ponto de vista, isso de-veria ser uma obrigação da pre-feitura, principalmente por to-dos os benefícios que eu já co-mentei que um shopping trazpara a cidade, e não pagar algu-ma coisa a mais por um deverpúblico. Aliás, deveria ser até ocontrário: o shopping deveriareceber algo em troca pelos be-nefícios que está gerando. OShopping JK estava programa-do para abrir antes do Dia dasMães, que é a segunda melhordata para vendas no comércio.Todos os lojistas e investidoresforam prejudicados, pois falta-va uma licença para a constru-ção daquelas obras. É uma si-tuação surreal, pois o shoppingquer fazer a obra, mas não po-de, pois não consegue a licen-ça, e a prefeitura proíbe o fun-cionamento do shopping por-que ele não fez a obra.

contrário, há espaço para cres-cer mais. Se compararmos onosso mercado com a de ou-tros países, vamos ver que te-mos um campo imenso paraavançar. É um engano acharque já temos shoppings de-mais no Brasil. Nos EUA, porexemplo, 70% do comércio va-rejista passa por shopping cen-ters; no Canadá, 50%; no Brasilainda estamos com 18%. Háum campo muito grande paraevoluirmos na conquista depúblico. Há ainda nas grandescidades muitos bairros com po-tencial de consumo maior queem muitas cidades do interior.Ocorre que nas grandes cida-des há escassez de grandesterrenos, e quando existem,são muito caros.

Recentemente, irregularidades emshopping centers de São Pauloforam veiculadas na imprensa. O quehouve?

O fluxograma de aprovaçãode projetos grandes em SãoPaulo era tão grande que aprópria prefeitura criou ini-ciativas para deixar mais fá-ceis esses fluxos, centralizan-do vários órgãos através deuma secretaria para aprova-ção de projetos, com transpa-rência e processos online.Realmente, São Paulo teveproblemas sérios em termosde fluxograma, trazendo paraos shoppings muitas dificul-dades. Um shopping é um em-preendimento de investi-mento muito alto, o empresá-rio que faz um shopping cen-ter tem compromissos com ossócios, os investidores, comos lojistas; e este último temcompromissos com seus for-necedores, com os emprega-dos. Mas, de repente, o shop-ping não pode funcionar porcausa da burocracia da pre-feitura. Na hora que o shop-ping está pronto, com todo oinvestimento feito, não só pe-los empreendedores, mastambém pelos lojistas e todosque participam da operação,muitas vezes está pendentecoisas na prefeitura, pois aburocracia era infernal. Nestesentido, aconteceram váriosepisódios, que a mídia cobriu,mas a prefeitura se atentoupara o fato e hoje a tendênciaé de calmaria no setor, por-que, quando as coisas anda-rem na mesma velocidade,não haverá problemas emaprovação de projetos.

shopping center hoje não é ape-nas um centro de compras, masum centro de convivência, on-de as pessoas vão para com-prar, mas também para se di-vertir, se alimentar.

Hoje, muitos investimentos emshoppings estão mirando o interior.Ainda há espaço para o surgimentode empreendimentos nas grandescapitais?

As capitais já estão bem ser-vidas de shoppings, mas issonão significa que o potencial jáesteja esgotado, muito pelo

Shopping centers:3% do PIB passam por aqui

Diretor de RedaçãoMoisés Rabinovici

E d i t o r- C h e feJosé Guilherme R. Ferreira

Edição e reportagemCarlos Ossamu

D i ag r a m a ç ã oLino Fernandes

Ar tePaulo Zilberman

Gerente Executivade PublicidadeSonia Oliveira

Telefone: 3180-3029

[email protected]

Dizem que a praia dos paulistanos é o shopping,mas esses centros de compras têm se espalhado pelo

País, principalmente fora das grandes cidades

Lalo de Almeida/Folhapress

CA R LOS OS SA M U

Aindústria de shop-p ing center vemapresentando umcrescimento invejá-

vel, muito além do PIB brasilei-ro: em 2011 o aumento no fatu-ramento ultrapassou 18%,atingindo R$ 108 bilhões. Esteano, o crescimento será umpouco menor, de 12%, masmesmo assim, o mercado co-memora. O setor representaquase 3% do PIB brasileiro eresponde por mais de 775 milvagas de trabalho.

Os shopping center surgiramno Brasil na década de 60, maso boom do mercado teve inícioem 2007, com a captação de re-cursos na Bolsa de Valores,além das parcerias de investi-dores internacionais com em-presas brasileiras.

A Abrasce - Associação Brasi-leira de Shopping Centers é aentidade que representa o se-tor. Ela agrega 258 shoppingsfiliados em todo o País. Nestaentrevista, o presidente da en-tidade, Luiz Fernando Veiga,traça um panorama do merca-do e condena o fato de os shop-pings serem obrigados pelasprefeituras a fazerem obrasviárias, como viadutos e passa-relas, que são obrigações dopoder público. Em sua opinião,o shopping gera riquezas, em-pregos, recolhe uma enormida-de em tributos e ainda valoriza

a região, não sendo justo quetenha de arcar com responsabi-lidades que são do Estado.

Diário do Comércio - Qual opanorama hoje da indústria deshopping centers?Luiz Fernando Veiga - Fechamoso ano de 2011 com um fatura-mento de R$ 108 bilhões. A pre-visão é de um aumento de 12%este ano, chegando a R$ 122 bi-lhões. Este valor poderá ser ul-trapassado, pois nos sete pri-meiros meses do ano cresce-mos pouco acima de 12% nomesmo período. Hoje, temosem operação 441 shoppingcenters e até o fim do ano de-vem ser inaugurados mais 20empreendimentos. Para 2013,temos a previsão de mais 45 no-vos centros de compras no País,passando a ter mais de 500shoppings.

Mesmo antes de entrar emoperação, a própria construção deum shopping gera investimentos,empregos e beneficia a economia daregião, não é mesmo?

Por todo aspecto que se con-siderar, um shopping center sótraz benefícios para a comuni-dade. Em primeiro lugar, umshopping médio gera entre 2,5mil e 3 mil empregos diretos, fo-ra os indiretos; depois, o reco-lhimento de tributos são subs-tanciais; e o empreendimento

ainda colabora para a valoriza-ção de seu entorno – com imó-veis mais valorizados, o IPTUtambém sobe.

Quais as principais razões para ocrescimento do setor?

Há qualidades que são bemconhecidas em um shopping,como a temperatura climatiza-da – em qualquer época do ano,com chuva, sol, frio ou calor, oconsumidor encontra sempreum ambiente agradável. O con-sumidor também tem uma se-gurança maior do que na rua. O

É um enganoachar que já

temos shoppingsdemais no

Brasil.

LUIZ FERNANDO VEIGA,PRESIDENTE DA ABR ASCE

Pesquisa revela quem sãoos consumidores

Paulo Pampolin/Hype

AAbrasce - AssociaçãoBrasileira deShopping Centers

divulgou uma pesquisasobre o perfil dofrequentador de shoppingcenters. Realizada pela GFK,esta mesma pesquisa jáhavia sido realizada nosanos de 2006 e 2009. Oobjetivo é conhecer o perfildemográfico ecaracterísticas de hábitos eatitudes dos frequentadores.Foram realizadas 3.240entrevistas em 21 centros decompras de Belo Horizonte,Brasília, Salvador, São Paulo,Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Segundo o estudo, namédia nacional, 55% dosfrequentadores deshoppings são mulheres,contra 45% de homens.Estes números sãopraticamente iguais a daspesquisas anteriores. Umfato curioso é que em SãoPaulo o público feminino ébem superior à médianacional: 59% de mulherescontra 41% de homens.Segundo Luiz FernandoVeiga, presidente daAbrasce, houve um aumentona frequência de homensnos últimos anos, mas asmulheres ainda são maioriae também gastam maistempo nos shoppings. Alémdisso, as lojas de artigosfemininos são maioria nosshoppings. "O homem émais objetivo, ele já tem emmente o que quer comprar,enquanto a mulher passeiapelo shopping, entra numaloja para olhar, muitas vezesnão compra nada e vai paraoutra loja. O homem vaisabendo o que quer, entrana loja e compra", diz Veiga."Os shoppings passaram aoferecer diversas atrações, ohomem começou afrequentar mais, ele vai aocinema, à praça de

alimentação".Quanto à classe social, se

fala muito na ascensão dasclasses C e D, mas napesquisa houve uma quedana frequência da classe C,que em 2006 era de 29% eagora está em 23%. Já aclasse B saiu de 44% em2006, foi para 49% em 2009e agora está em 54%. "Isso éfácil de explicar. Quem erada classe C e teve umaascensão social foi para aclasse B. Quem estava nasclasses E e D e foi para aclasse C, o seu poder deconsumo ainda é muitobaixo e não é ainda umfrequentador de shoppingcenters", comenta. Segundoo executivo, é essa ascensãode consumidores da classe Cpara a B que explica ogrande crescimento daindústria de shopping

centers.Em relação ao tempo de

permanência dentro doshopping, em 2006 oconsumidor ficava em média73 minutos, em 2009 essetempo subiu para 79minutos e agora voltou para73 minutos. "Quanto maistempo dentro do shopping,mais as chances deconsumo. Uma pessoa quevai ao cinema não assisteapenas o filme, ela vai àpraça de alimentação edepois dá um volta e acabacomprando algo", diz.

Segundo a pesquisa, osfrequentadores que vão aocinema são aqueles commaior tempo depermanência dentro doshopping, com média de 134minutos. Aqueles que vãoapenas para fazer comprasficam em média 77 minutos,

seguido daqueles que vãonos restaurantes, com 76minutos.

De acordo com apesquisa, o índice médio deconversão de vendasnacional está em 70%, ouseja, do total deconsumidores que vão aoshopping, 70% realizamalgum tipo de compra. Em2006 esse índice era de 58%e em 2009, de 62%. PortoAlegre é a cidade onde osfrequentadores comprammais, chegando a 80%,seguida de Belo Horizonte,com 74%. Em São Paulo,este índice é de 66%. Se porum lado as mulheres sãomaioria dentro do shopping,por outro, os homenscompram mais. Segundo apesquisa, 72% dos homensrealizam uma compra noshopping center. ( C . O. )

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terça-feira, 16 de outubro de 2012 ESPECIAL - 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 16 de outubro de 20124 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

A classe C vai às compras

Desafios e oportunidades da indústria

O grande desafio do setor é como atender os anseios deste público, que entrou no mercado de consumo e alguns estão frequentando o shopping pela primeira vez

Divulgação

Onúmero de brasilei-ros que ascende-ram à classe C che-gou a 40,3 milhões

entre 2005 e 2011. Com isso, aclasse C, em sete anos, passoude 34% para 54% da popula-ção. É o que mostra o estudo"O Observador Brasil 2012",divulgado recentemente pelaCetelem BGN, empresa dogrupo BNP Paribas. Para LuizAlberto Marinho, sócio diretord a G S & B W , u n i d a d e d aGS&MD - Gouvêa de Souza es-pecializada em shopping cen-ters, a grande discussão hojeno mercado é como atendereste novo público. "Existemmodelos de shoppings que es-tão sendo testados, algunssão da opinião de que esteconsumidor quer um shop-ping convencional e não umcom aparência de popular;mas outros dizem o contrário.Esta discussão não ocorreapenas no Brasil, mas em ou-tros países da América Latina,que também tiveram uma as-censão da classe média", co-menta Marinho.

Segundo o executivo, para-fraseando o falecido carnava-lesco Joãosinho Trinta, "pobregosta de luxo, quem gosta demiséria é intelectual". "Só épreciso saber o que é luxo paraessa nova classe média, que édiferente do gosto da classemais rica. Um ambiente me-nos sofisticado também nãotem nada a ver com limpeza econforto; todos, independen-temente da classe social, que-rem isso", diz Marinho. "Ou-tros setores da indústria estãose mexendo para atender estepúblico – a Brasil Cacau temcrescido mais que a Kopenha-gen e ambas são marcas damesma empresa (GrupoCRM)", observa.

Marinho exemplifica os mo-delos de negócios que estãono mercado e que procuramatender a este novo perfil doconsumidor. "O Mais Shop-ping tem lojas mais simples,no formato modular, enquan-to que o Shopping Taboão es-tá partindo para um mix maissofisticado de lojas. Todos es-tão experimentando e procu-rando a sua fórmula", diz oexecutivo. "Outra segmenta-ção que acredito que irá se ex-pandir é de empreendimen-tos que associam lazer e gas-tronomia, com espaços aber-tos, como uma minicidade",diz Marinho.

Lojasm o d u l a re s

Inaugurado no fim de outu-bro de 2010, o Mais ShoppingLargo Treze, na zona sul deSão Paulo, não tem vergonhaem afirmar que veio para aten-der a classe C. "Esta classe so-cial representa 54% da popu-lação, ela ganhou poder aqui-sitivo nos últimos anos e dese-

j a c o n s u m i r " , a f i r m a osuperintendente Marco Antô-nio Ferreira. "É um público exi-gente, que deseja produtos dequalidade, pagar um preçojusto, ter fácil acesso, segu-rança, conforto e comodida-

de", observa Ferreira.Das cerca de 400 lojas, qua-

se 300 são modulares, nãopossuem teto, aproveitando ailuminação e o ar-condiciona-do do próprio shopping center,que também fornece um mo-

delo de vitrine pronto. Isso re-duz os custos de instalação em60%, em média, comparado aum shopping convencional."Temos também lojas satéli-tes, como em shoppings con-vencionais, além de uma pra-

ça de alimentação com 33 res-taurantes fast food e 8 salas decinema da rede Cinépolis, amesma do shopping JK Iguate-mi", observa Ferreira. "O se-gredo é acertar no mix de lojase ter um ambiente agradável,

pois o consumidor quer ver oglamour do shopping – se fos-se só para comprar, ele iria emlojas de rua e galerias do bair-ro", comenta o executivo.

Ferreira conta que os fre-quentadores vêm junto com afamília para passear, comerum lanche e se divertir. Algunsestão frequentando um shop-ping pela primeira vez. "A ven-da por impulso é muito impor-tante neste caso, mas é preci-so oferecer facilidade de pa-g a m e n t o . O u t r o s s einteressam por um produto,mas só compram depois de 30ou 40 dias – o ciclo de vendaaqui é mais longo", diz.

Shoppingsm e n o re s

Para Carlos Felipe Fulcher,presidente da 5R ShoppingCenters, empresa especiali-zada em desenvolvimento,comercialização e administra-ção de shoppings, o mix de lojaé definido pela região onde seencontra o empreendimentoe o perfil dos consumidores."Os shopping mais antigos fo-ram construídos em bairrosnobre, são de grande porte ecom um mix para atender con-sumidores de diversos perfis,de A a Z. O que vem ocorrendohoje são empreendimentos demenor porte e em regiõesmais populares, mas não ne-cessariamente para atendersomente a classe C", opina oexecutivo.

Segundo Fulcher, existeuma tendência de empreendi-mentos de menor porte, maisfáceis de administrar e comum desenho que facilita otrânsito dos consumidores aáreas de serviços. "O horáriode um shopping é diferente deum restaurante, do cinema,do teatro ou da academia. Aslojas funcionam das 10h às22h, a academia começa afuncionar bem cedo e um res-taurante fecha mais tarde",argumenta Fulcher. "O acessoa esses serviços deveria serpela parte externa do shop-ping e é nisso que estamos tra-balhando", diz. ( C . O. )

O investimentoestrangeiro

potencializará aexpansão dos

empreendedorese dos varejistas

Um ambientemenos

sofisticado nãotem nada a vercom limpeza e

conforto

LUIZ ALBER TO MARINHO

Há umatendência deshoppings demenor porte e

em regiões maispopulares

CA R LO S FELIPE FU LC H E R

ABRMalls é a maiorempresa deshopping centers do

Brasil, com participação em48 shopping centers. Aempresa possuiatualmente 1.513,7 mil m²de Área Bruta Locável (ABL)Total e 855,8 mil m² de ABLpróprio, com percentualmédio de participação emseus shoppings centers de56,5%. Comandados porCarlos Medeiros, CEO dacompanhia, os shoppingsda BRMalls estãoespalhados por todas asregiões do País e em 2011apresentaram um total deR$ 16,1 bilhões em vendas.

Medeiros participa comopalestrante da 12º

Congresso Internacional deShopping Centers,abordando os desafios eoportunidade do setor.Nesta entrevista, o CEO daBRMalls adianta algunstemas de sua palestra.

Diário do Comércio - O tema desua palestra será "Indústria deshopping centers:oportunidades e desafios". Quaissão os desafios e oportunidadesdo setor hoje?Carlos Medeiros - O setorainda ofereceoportunidades paracrescimento, seja atravésde consolidação oudesenvolvimento. O setor ébastante fragmentadocomparado a outros

mercados, com as trêsprincipais empresaspossuindo umaparticipação de mercadoinferior a 25%. Em termosde penetração, oABL/Habitantes ou aparcela das vendas novarejo ainda está muitoabaixo se comparado aoutros mercados. Alémdisso, o varejo continua seexpandindo em ummomento que outrossetores da economia seretraem. As redes seguemcrescendo com abertura delojas, com novas marcas eextensão de marcas, e osetor de franquias continuaaquecido. Outrasoportunidades são aindústria indo para varejo,como as lojas da Artex eApple, e a entrada demarcas internacionais.Como desafios, destacariaa necessidade de formaçãode mão de obra qualificadaem velocidade paraatender a inauguração dosnovos empreendimentos, oaumento da competiçãoem alguns mercados, ecasar o ritmo de expansãodos lojistas com ao ritmo deoferta de ABL.

Com a expansão da classemédia, quais estratégias osempreendimentos devemadotar para atrair este público?

Aproximadamente 35milhões de brasileiroschegaram à classe médianos últimos 10 anos,impulsionados pelo

aumento do emprego, darenda real e o acesso aocrédito. Essa nova classemédia deseja ter acessoaos bens, serviços econforto que ela sempresonhou, mas não tinhapoder aquisitivo. Agora, oque era uma aspiração setornou acessível. Paraatender esse alto nível deexpectativas, tanto quantoao conforto doempreendimento, quantoàs lojas, o caminho queacreditamos é oferecer umshopping moderno, commix balanceado de lojas enecessariamente com forteancoragem, com lazer,entretenimento e boasopções de alimentação.

Os shopping centers estãopreparados para estecrescimento, com novosconsumidores, ou ainda estãoem processo de readequaçõespara enfrentar a concorrência,principalmente quanto aosempreendimentos que surgem acada ano?

Os shoppings estãofazendo as duas coisas aomesmo tempo, até porqueambas as questões passampor melhorarias nosshoppings existentes. Porum lado, estamosaprendendoconstantemente sobre aspreferências dos novosconsumidores e adaptandoo mix existente a isso. Poroutro lado, a concorrênciafaz com que osempreendedores

intensifiqueminvestimentos namodernização, visandooferecer melhorexperiência aosconsumidores, e tambémna melhoria do mix, sejaatravés da qualificação daárea existente ou daexpansão da ABL.

O bom momento da economiabrasileira tem trazido muitosinvestidores externos. Como aBRMalls enxerga este cenário?

É um movimento natural,que está acontecendo emtodos os setores daeconomia, e os investidoresinternacionais continuamatraídos pela estabilidadepolítica e econômica, aliadaao crescimento do mercadobrasileiro. Enxergamos issocom ótimos olhos para onosso setor. O investimentoestrangeiro potencializaráa expansão não só dosempreendedores, comotambém dos varejistas,basta ver os recentesinvestimentos feitos emredes de varejo por fundosde private equity, comoCarlyle, BTG e Vinci. Para osshoppings, a entrada docapital estrangeiro ajudarána redução do custo decapital e acesso a know-how de mercados maismaduros. Os investidoresinternacionais reconhecema especificidade domercado brasileiro eenxergam nos gruposlocais uma forma deacelerar o aprendizado.

Divulgação

Ricardo Moraes/Reuters

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terça-feira, 16 de outubro de 2012 ESPECIAL - 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

Comunicaçãoespecializada

A DMV é a única agência de publicidade do mercadodedicada a atender o segmento de shopping centers

Divulgação

Molina:shopping center

não é varejo, não éum produto, asdemandas são

totalmentediferentes.

Segmentação é umadas tendências maisfortes da indústria deshopping centers na

atualidade. Foi pensando na es-pecialização que a segmenta-ção traz que há 26 anos o publi-citário Sergio Molina criou aDMV Comunicações, umaagência de publicidade que sededica exclusivamente a estesegmento. "Shopping centernão é varejo, não é um produto,as demandas são totalmentediferentes. Um shopping preci-sa desde um filme para o Diadas Crianças até um cartaz deporta do fraldário. E a agênciaprecisa estar preparada para

fazer ambos e muito mais", co-menta Molina. "Em shoppingcenter, tudo é muito mais dinâ-mico, tudo é para ontem; e nãoé possível pasteurizar proces-sos e criar linhas de montagens,pois cada cliente tem uma ca-racterística, uma personalida-de, o seu público e seus diferen-ciais, que exigem trabalhos sobmedida".

Criatividadee muito trabalho

Antes de criar a DMV, Molinatrabalhou por seis anos noShopping Iguatemi, onde pas-sou a conhecer o universo e as

necessidades de um shoppingcenter. Segundo ele, faltava àsagências de publicidade um co-nhecimento mais profundodeste segmento, que exigemais criatividade e mais traba-lho do que em outros setores.Um case que ele gosta de con-tar e que deu o impulso inicialpara a agência decolar, foi como Shopping Center Norte e o LarCenter. "Logo no começo, fuiconvidado pela Glor inha(Baumgart) a fazer uma cam-panha para os dois shoppings.Vi no estacionamento muitocarros com placas do interior deSão Paulo e de Minas Gerais",relembra Molina. Segundo ele,

clientes de outras cidades vi-nham fazer compras lá e apro-veitavam para ir aos restauran-tes, cinemas e fazer comprasnas lojas do Center Norte. "Fize-mos uma campanha em TVs dointerior, Vale do Paraíba e Bai-xada Santista, mostrando a co-modidade dos dois shoppings efoi um sucesso".

De lá para cá, o setor de shop-ping center evoluiu muito, tan-to que se fala em indústria doshopping center. Antes, quan-do havia poucos centros decompras estabelecidos, poucaconcorrência, e os diferenciaiseram conforto, segurança e es-tacionamento. Hoje, isso não émais diferencial, é obrigação.

"Nos últimos dois anos, houveum boom de empreendimen-tos no mercado e nos próximos24 meses, mais 140 shoppingcenters serão inaugurados noPaís, muitos em cidades do in-terior. Hoje, estão construindoshopping center em cidadescom 150 mil habitantes, o queno passado era impensável",comenta Molina.

Atualmente com 19 clientese uma equipe com 18 funcioná-rios, a DMV já criou mais de milfilmes, campanhas e ações co-operadas e promocionais. So-mente para lançamentos einaugurações de shoppings emtodo o País, a DMV já fez 55 cam-panhas e eventos.

De acordo com Molina, o pla-nejamento de mídia é um pon-to importante na estratégia decomunicação. "A TV abertapode ser comparada a um tirode canhão e pode ser inefi-ciente se o alvo é uma mosca;vejo a TV paga como boa alter-nativa e a mídia impressa e orádio ainda como mídias im-batíveis", opina o presidenteda DMV. "A internet e as redessociais ainda são um enigma.Alguém ainda precisa mostrarcomo manter esse ovo em pé,é uma questão que me debatotodos os dias", diz. ( C . O. )

Prêmios para osbons compradores

i/D -Programa de

RelacionamentoD&D: cada R$ 1 mil

em compras naslojas equivalem

a 1 ponto

Divulgação

OD&D Shopping,especializado emmóveis e artigos de

decoração, constatou que65% dos seus clientes eramprofissionais dearquitetura, decoração edesign de interiores,conhecidos no meio comoespecificadores. Paraaumentar as vendas paraeste público, o shoppingcriou, em 2010, o i/D -Programa deRelacionamento D&D. Emsua terceira edição, que

abrange o período de 1º dejaneiro a 31 de dezembro, oD&D anunciourecentemente osganhadores do primeirosemestre. A arquitetaAdriana Assumpção,primeira colocada, foipresenteada com carroNew Fiesta. As demaisganhadoras foram: ClaudiaElias, o escritório dearquitetura Rocha Andrade,Carla Barranco e DeborahBasso, que forampresenteadas com viagens.

Para participar, oprofissional deve secadastrar no site do D&DShopping com onúmero/documento doCREA, ABD ou ASBEA. CadaR$ 1 mil em compras nas

lojas aderentes equivalema 1 ponto. Os pontos serãoacumulativos e gerarão umranking para a premiaçãodos profissionais. Osbenefícios podem serresgatados no decorrer da

campanha eos mesmospontos são

mantidos naconta do

profissionalassociado até a data final. Oprimeiro colocado dosegundo semestre levaráum carro EcoSport e osdemais ganharão pacotesde viagens.

Vânia Ceccotto,superintendente do D&D,explica que já são 3,5 milespecificadorescadastrados e que 45 das95 lojas participam doprograma. ( C . O. )

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terça-feira, 16 de outubro de 20126 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 16 de outubro de 2012 7 -.ESPECIALDIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 16 de outubro de 20126 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO terça-feira, 16 de outubro de 2012 7 -.ESPECIALDIÁRIO DO COMÉRCIO

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Page 8: ESPECIAL - Indústria de shopping center avança a passos largos

terça-feira, 16 de outubro de 20128 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Para o presidente da Alshop, a administração dos shoppings deve enxergar os l o j i st a scomo parceiros e oferecer apoio para que eles cresçam

Leandro Moraes/Luz

Os shoppings no ex-terior possuem umdepartamento devarejo para apoiar

os lojistas, prestando consul-toria e oferecendo condiçõespara que eles cresçam. NoBrasil, iniciativas dessa natu-reza são muito raras. Esta é aopinião de Nabil Sahyoun, pre-sidente da Alshop (AssociaçãoBrasileira de Lojistas de Shop-ping). "A maior preocupaçãodos lojistas de shoppings hojeé ter, dentro desses empreen-dimentos, sempre uma rela-ção de parceria junto com osadministradores. A adminis-tração tem de ser cada vezmais profissional, tem que co-nhecer o varejo, ser uma gran-de consultora e dar apoio aoslojistas", comenta Sahyoun.

Segundo ele, 75% dos lojis-tas de shoppings são peque-nos empresários. "Muitos pre-cisam de um diagnóstico da lo-ja para melhorar o desempe-n h o , u m a a v a l i a ç ã o d amontagem de vitrine, do aten-dimento aos clientes, rotaçãode estoque, ou seja, uma ver-dadeira consultoria para es-ses varejistas. Com isso, o fa-turamento do lojista irá cres-cer e o shopping também ga-nhará, pois muitas vezes eletem participação nas vendasdos lojistas".

Alguns empresários têm re-clamado que os aluguéis es-tão altos, inviabilizando a ope-ração. Para o presidente daAlshop, se a venda está boa, ocusto fica barato. Se o lojistareclama do custo de ocupa-ção, é preciso saber a razão,em geral é porque ele não estávendendo o suficiente. "Umaluguel mais barato sempre é

bom, mas estamos em ummercado regido pela lei daoferta e da procura. Se umcliente reclama do seu preço,ou você dá um desconto ouperde o cliente", diz Sahyoun."No shopping, quando vocêentra para fazer o contrato, éestabelecido o valor do alu-guel. Caso aceito o valor, vocêaté pode reclamar depois,mas é preciso ter uma justifi-cativa muito forte para rene-gociar", observa. Para o exe-cutivo, antes de tudo, o lojistatem que buscar competência,

melhorar sua gestão, semprebuscando aumentar o fatura-mento, tornando o custo deocupação mais acessível.

Sahyoun explica que noscustos de ocupação estão oaluguel, o condomínio e verbado fundo de promoção. O con-domínio é o rateio de despe-sas, como limpeza e manu-tenção do shopping , ar-con-dicionado, água, etc. O alu-guel é acordado com as lojas eo valor do metro quadrado va-ria em cada shopping e a loca-lização da loja. Em geral, se

paga o aluguel mínimo ou umpercentual do faturamento, oque for maior. "Com o surgi-mento de novos empreendi-mentos, hoje se tem mais es-paço de locação do que lojis-tas. A tendência é que os pre-ços dos aluguéis caiam nomédio prazo, pois há um au-mento na oferta".

Mesmas lojas

Mesmo com o surgimentode novos empreendimentos,o mix de lojas é muito parecido

nos shopping centers, semprecom grandes redes do varejo efranquias, com o mesmo for-mato de lojas e que oferecemos mesmos produtos. "Osshoppings buscam ter mais lo-jas-âncoras, mais marcas efranquias consolidadas, pois éo que o público deseja. Em úl-timo caso, se busca lojistas pe-quenos para cobrir o mix doshopping ou até na necessida-de de inaugurar o empreendi-mento e ter os espaços loca-dos", explica Sahyoun. Segun-do o executivo, os shoppings

mais populares também estãoseguindo o mesmo caminho."Os shopping Aricanduva e In-terlagos, que estão em re-giões com poder aquisitivomais baixo, também atraíramas grandes marcas, que fazemsucesso em shoppings de re-giões mais nobres".

Já em relação aos grandesgrupos empresariais, que es-tão comprando empreendi-mentos e se fortalecendo ca-da vez mais, Sahyoun acreditaque é um fato irreversível. "OBrasil é muito grande, aindahá muitos proprietários indivi-duais de shoppings, mas aolongo do tempo eles serãocomprados e a concentraçãodeve aumentar", diz.

"É preciso criar condiçõesfavoráveis para os lojistas, se-ja na profissionalização, capa-citação e principalmente naoferta de mais financiamen-tos. É isso que esperamos dosadministradores e investido-res de shoppings", finaliza opresidente da Alshop. ( C . O. )

Decorações natalinasa pleno vapor

A Cipolatti contratou 600 funcionáriostemporários para atender o aumento da demandae espera um faturamento 15% superior este ano

Franquia: a almagêmea do shopping

Assim como o arroz e o feijão, oqueijo e a goiabada, shoppingcenter e franquia é outra

combinação perfeita. Enquanto aindústria de shopping espera crescer12% este ano, o setor de franchisingestima um aumento de 15% nofaturamento. Não é à toa que ospercentuais muito próximos. ParaMarcelo Cherto, presidente do GrupoCherto, consultoria especializada emfranchising, enquanto ofranqueador busca um ponto devenda com grandeconcentração de seupúblico-alvo, o shoppingcenter busca marcas queatraiam clientes. Eis afórmula de sucessodesse casamento. "Oshopping dá prioridadea grandes redes devarejo e franquias demarcas consolidadas,que além de atraíremconsumidores, possuemhistóricos de vendas, umamarca já conhecida, possuemuma estrutura e são mais fáceis deprever o desempenho", explica Cherto."A última coisa que o shopping quer é verlojas fechando", diz.

Segundo o consultor, com os altoscustos de ocupação cobrados pelosshoppings, a franquia pode ser uma boaalternativa para o pequenoempreendedor ter uma loja neste tipo deempreendimento. Como é de interesseda administração do shopping termarcas consolidadas para atrairconsumidores, isso pode servir de

argumento na hora da negociação."Antes, os shoppings faziam oplanejamento do mix de lojas poratividade, agora, eles fazem por marca.O que leva os consumidores aosshoppings são as marcas que elesdesejam consumir", afirma Cherto. Emsua opinião, isso também ocorre nosempreendimentos mais populares,construídos para atender a nova classe

média. "O consumidorquer frequentar umshopping em sua região

e deseja consumir aquela marca queantes ele não podia adquirir", diz.

Como o modelo de franchising étodo formatado, o que acaba

ocorrendo é que osshopping centers estãoficando todos iguais,pelo menos no que serefere ao mix de loja."Este é um fenômenoque ocorre no mundotodo e não será diferente

no Brasil, mas semprehaverá espaço para marcas

regionais, mesmo não sendofranquias", diz Cherto.

Segundo o consultor, para osinteressados em ter uma franquia em umshopping, o caminho mais rápido éprocurar os franqueadores, que em geralpossuem o mapeamento dos pontos devenda disponíveis. "Antes de serinaugurado, o shopping sabe quaismarcas deseja e procura essesfranqueadores. O franqueadornormalmente tem experiência e podeajudar o franqueado em muitasquestões", comenta Cherto. ( C . O. )

Os shopping centers jáestão em ritmo de Na-tal. Eles ainda fazem

segredo quanto às decora-ções deste ano "para não es-tragar a surpresa", dizem.Mas segundo a Cipolatti, em-presa responsável pela deco-ração natalina de diversosshopping brasileiros, a maiorconcorrência, com a abertu-ra de novos centros de com-pras, tem feito com que os in-vestimentos sejam maioreseste ano. "Os consumidoresverão muitas novidades tec-nológicas nos shoppings noperíodo do Natal, muitos bo-necos mecatrônicos enfei-tando os ambientes, brinca-deiras, jogos e interativida-des", diz Conceição Cipolatti,diretora artística da empre-sa. "Árvores de Natal rica-mente decoradas, guirlan-das, presépios e papaisnoéis, estes não podem faltarnas decorações", diz.

C o n c o r rê n c i ae dólar alto

Segundo conta a executi-va, a Cipolatti fechou contra-to, até agora, com 130 shop-ping centers, contra 124 em2011, o que deverá elevar ofaturamento em 15% esteano. "Os grandes projetossão fechados entre março eabril; mas de última horasempre entram projetos me-nores. A decoração natalinaé, principalmente em shop-pings, um projeto grandioso,oneroso e que necessita detempo para sua execução emão de obra especializada",comenta Conceição. "Esteano contratamos cerca de600 funcionários temporá-rios para dar conta da de-manda. Faltam profissionaisespecializados no mercado eos temporários que se desta-cam são sempre efetivados",afirma a diretora.

De acordo com Conceição,nem o dólar mais caro este

ano está inibindo os investi-mentos dos shoppings emdecoração. "Os consumido-res desejam ver os shoppingdecorados, querem coisasnovas, e com tantos shop-pings abrindo, não tem comonão investir", diz. "Nossos in-sumos são, na maioria, im-portados, o que dá para usarde produtos nacionais, nósusamos, mas as luzes, oscomponentes eletrônicos eoutros são quase sempre chi-neses. Com a alta do dólar, ti-vemos de repassar os custospara os nossos clientes", ob-serva Conceição.

Como curiosidade, a Cipo-

latti calculou o volume domaterial que será utilizadoeste ano na montagem dostemas natalinos, que somammais de 20 mil m³, ou quasequatro estádios do Maraca-nã. Serão 9 mil bonecos e bi-chos de pelúcia, 430 mil bo-las, 130 mil laços, 3,5 mil ár-vores pequenas, 6,5 milhõesde microlâmpadas, 260 árvo-res grandes com altura maiordo que 6 metros, 10 mil guir-landas, 3,5 mil topiárias, 800mil metros de fita, 195 milmetros de festão e cerca de80 toneladas de madeira."Temos um showroom de 1mil m², com 600 temas nata-lino. O cliente não precisa virjá com o projeto pronto, po-demos sugerir temas e de-senvolver juntos o projeto",diz Conceição. ( C . O. )

Osconsumidoresverão muitasnovidades

tecnológicas nosshoppings neste

Natal

O shopping dáprioridade a

grandes redesde varejo efranquias

consolidadas

MAR CELO CHER TO

Nabil Sahyoun:com o aumento da

oferta, a tendência éque os aluguéiscaiam no médio

prazo.

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Paulo Pampolin/Hype

A visão dos lojistasA visão dos lojistas

Page 9: ESPECIAL - Indústria de shopping center avança a passos largos

terça-feira, 16 de outubro de 2012 ESPECIAL - 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fotos: Divulgação

Como será o shopping do futuro?Conheça as opiniões

de algunsespecialistas sobre

tendências e as novastecnologias que

estarão impactandoos shopping centers

Jon Feingersh/Image Source

Novastecnologias vão

facilitar a vida dosconsumidores na

hora deestacionar e de

comprar.

Um sofisticadosistema vai

controlar luz,temperatura e

íons do ambiente

PAU LO GUIMARÃES

Ofertaspersonalizadasserão exibidasem um painel

para oconsumidor

JOÃO PI S S U TO

A tendência parao futuro é deshoppings

menores, fáceisde gerenciar, e

temáticos

CL AUDIO F. DE AN G E LO

Além do t râns i to ,quem vai ao shop-ping center de carrotem mais um motivo

para se estressar, ainda maisno fim de semana: achar umavaga para estacionar. A nãoser que seja o seu dia de sorte,em geral é preciso ficar rodan-do pelo estacionamento, se-guir as pessoas que estão compacotes para ver se estão desaída ou ficar esperando atésurgir uma vaga. No futuro, tu-do isso não será necessário. Aochegar na entrada do estacio-namento, uma tela irá mostraras vagas disponíveis e em qualpiso. Como todos os carros te-rão GPS ou um sistema multi-mídia integrado, o sistema doestacionamento irá se conec-tar ao computador de bordo eorientar o motorista até a vagadisponível.

Outra futura inovação nosshoppings é que, ao caminharpelos corredores, as pessoasestarão gerando energia elé-trica para alimentar o sistemade iluminação e refrigeração.Esta tecnologia, que transfor-ma energia cinética em elétri-ca, já é usada experimental-mente em boates europeias eem academias na Ásia. O pisoutiliza a tecnologia piezoelé-trica, em que cristais de quart-zo produzem eletricidadequando pressionados.

De acordo com o consultorde varejo Paulo Guimarães,que por muito tempo traba-lhou na IBM desenvolvendosoluções para o varejo, váriassoluções de controle de aces-so em estacionamentos estãosendo testadas na Europa eEstados Unidos, com o uso desensores que indicam as va-gas em estacionamentos emshoppings. "Outra tecnologiaque em breve estará nos shop-pings é o de identificação depessoas por meio do smart-phones, funcionando comoum cartão de fidelidade. O sis-tema do shopping identificaque o consumidor entrou noshopping e a partir desse mo-mento ele passa a recebermensagens, como descontosem lojas", conta Guimarães,revelando que este sistema foiavaliado pelo recém-inaugu-rado JK Iguatemi.

Ofertaspersonalizadas

A IBM vem trabalhando mas-sivamente na tecnologia des-crita acima. Segundo contaJoão Pissuto, consultor de vare-jo da companhia, entre as ten-dências tecnológicas para2020 está a individualização dorelacionamento do varejo como consumidor. "As ofertas mas-sivas já não são eficientes e atendência é de uso intensivo deinformações pessoais para fa-zer ofertas personalizadas",afirma o consultor da IBM. Aoparar em frente a uma vitrineinteligente, o consumidor seráidentificado pela loja, o seu his-tórico de compras será pesqui-sado em diversos bancos de da-dos, o seu perfil nas redes so-ciais será estudado, o que esteconsumidor andou pesquisan-do no Google recentementetambém será levantado, assimcomo locais que ele frequen-tou, via GPS do smartphone. In-formações valiosas serão ex-traídas desse enorme volumede dados e, em poucos segun-dos, ofertas personalizadas se-rão exibidas em um painel ex-clusivamente para ele. "O riscoé o sistema fazer uma análiseequivocada e exibir algo quenada tenha a ver com o consu-midor", diz Pissuto.

De acordo com o consultorda IBM, o embrião dessa tec-

nologia já existe e é conhecidocomo Big Data, ferramentasde gerenciamento de infor-mações de gigantescos ban-cos de dados. "Acreditamosque até 2020 essa tecnologiaestará bem mais aperfeiçoa-da e os dispositivos móveiscombinarão celulares, com-putadores e meios de paga-mento, substituindo os car-tões de crédito", prevê Pissu-to. "Os bancos de dados esta-rão interconectados e issopermitirá que os sistemasidentifiquem necessidades efaçam ofertas personalizadasaos clientes", prevê.

Ambientec o n t ro l a d o

Segundo o consultor PauloGuimarães, uma das grandesinovações que já está sendousado em shoppings nos Esta-dos Unidos e na França é umsofisticado sistema de contro-le de ambiente, que propor-ciona um maior bem estar nosconsumidores. Trata-se de umsistema computadorizado,que controla temperatura,umidade, iluminação e a con-

centração de íons no ar."A iluminação varia de

acordo com o horá-rio do dia, assim co-mo as condiçõesde temperatura eumidade, simulan-do o frescor da ma-

nhã ou uma brisa no-turna; e a concentra-

ção de íons deixa o am-biente mais agradável. Nosshoppings em que o sistemafoi implantado, o tempo depermanência subiu 15%", co-menta o consultor. "Shop-pings em Dubai e na Ásia semostraram bastante interes-sados nesta tecnologia, queexige grandes investimentosem infraestrutura", diz.

Já longe dos olhos do públi-co, de acordo com Guimarães,os shoppings nos Estados Uni-dos, Europa e Ásia, estão cen-tralizando a logística e tam-bém a administração de lojas.Ao invés de várias docas pararecebimento de mercadoriase matérias-primas, como nocaso de restaurantes, tudo écentralizado e o controle é fei-to por meio de etiquetas RFID(identificação por radiofre-quência). "Em shoppings daÁsia, o lojista só entra com osmóveis e mercadorias, todosos sistemas administrativos,de PDV e meios de pagamentojá estão instalados", afirma.

"Quase todas essas inovaçõessão criadas na Europa e Esta-dos Unidos, mas as implemen-tações são feitas primeira-mente na Ásia, por isso osshoppings lá são mais avança-dos", diz Guimarães.

Shoppingtemático

Para Claudio Felisoni de An-gelo, presidente do Provar/FIA(Programa de Administraçãodo Varejo da Fundação Institu-to de Administração) e do Ibe-var (Instituto Brasileiro deExecutivos de Varejo e Merca-do de Consumo), a tendênciapara o futuro é de empreendi-mentos menores e temáticos."Cada vez mais os shoppingsdeixarão de ser um local decompra para serem um centrode convivência, de encontro.Hoje, com o comércio eletrôni-co e o mobile commerce, aspessoas podem comprar emqualquer lugar, a qualquer ho-ra, além disso, o custo do me-tro quadrado está cada vezmais alto", observa Angelo.

Dentro dessa visão, o presi-dente do Provar acredita queos shoppings estarão inves-tindo cada vez mais em proje-tos de paisagismo e em tecno-logia verdes. "Ainda não se vêpolíticas claras de sustentabi-lidade nos shopping centersnacionais. O tema vem ga-nhando importância e os con-sumidores preocupados coma preservação do meio am-biente vão preferir frequentarlocais que estão investindoem soluções verdes", diz."Com shoppings menores emais fáceis de gerenciar, as lo-jas também serão menores.Em alguns casos não é precisoter estoques na loja – quemcompra uma geladeira, emgeral pede para entregar emcasa", observa Angelo. ( C . O. )

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terça-feira, 16 de outubro de 201210 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

S u ste n t a b i l i d a d e

Shopping também élugar de eventos de negócio

Desde 2006,todas as obras

inauguradas daSonae Sierra

têm certificaçãoambiental

ELIZABETH TIEMI MO R I TA

A preocupação como meio ambiente

começa no projeto eaquisição do

terreno, passandopor muito

treinamento e metasanuais e de longo

p ra zo

Marcelo Soares/Luz

está no DNAda Sonae Sierra

Até dezembro, oShopping Frei Canecadeverá concluir as

obras de ampliação de seuCentro de Convenções, quepassará de 6,5 mil m² para10,5 mil m² de área deexposição, aumentandotambém a capacidade deassentos em suas salasmodulares de 1,5 mil para3,8 mil lugares. A área delojas do shopping tambémestá sendo ampliado em 15mil m², 20% a mais que aárea atual, passando dosatuais 70 mil m² para 85 milm². Com isto, a praça dealimentação será ampliadaem 50% e oestacionamento em 35%,ou seja, ganhará 350 novas

vagas. A ampliação estásendo realizada em terrenode cerca de 10,1 mil m².Para tanto, estão sendoinvestidos R$ 30 milhões,com expectativa de retornodo investimento em umprazo de cerca de cincoanos.

Ocupando integralmenteo 4º e o 5º pisos doempreendimento, foramrealizados no Centro deConvenções Frei Caneca,durante sua primeiradécada de atividades,1.050 eventos, quereceberam cerca de 1,8milhão de visitantes. Oseventos realizados noCentro de Convençõescontam também com o

Teatro Shopping FreiCaneca (no 7º piso) comoopção de espaço deauditório com 600 lugares.Com a ampliação, o 6º piso,que hoje funciona como umfoyer do teatro, seráampliado para 1.100 m² etotalmente destinado àrealização de eventos.

Segundo o diretor doempreendimento, WinstonChagas, em 2011 o Centrode Convenções Frei Canecateve 254 dias locados e hápré-locação para 286 diasem 2012. "O shopping foiprojetado para ter estecentro de convenções, elenão surgiu por acaso.Temos uma ótimalocalização, próximo àavenida Paulista, com fácilacesso, inclusive metrô, etemos todas ascomodidades de umshopping, com praça dealimentação, lojas eestacionamento", diz

Chagas."Abrigamoseventos

corporativos e de negóciose temos muitas solicitaçõespara o período da Copa de

2014 e das Olimpíadasde 2016",

complementaChagas.

Osinvestimentos naampliação doempreendimentoincluem novos

elevadores (umgrande, para as

docas, apto atransportar umautomóvel), alteração no

fluxo interno emodernização da fachada edas áreas de circulação econvivência. Com tudo isso,a expectativa dosempreendedores é de umaumento de cerca de 30%nos resultados do FreiCaneca. O início dautilização dos novosespaços está previsto parafevereiro de 2013. "Há umasinergia entre eventos e aslojas. Em dias em que há umevento, as vendas das lojasaumentam em média 10%",afirma Chagas

O Centro de ConvençõesFrei Caneca foi inauguradoem 2001, período no qual osegmento de eventos denegócios no País estava emfranca expansão devido àabertura do mercadobrasileiro na década de1990, que trouxe empresasorganizadorasinternacionais paradisputar o mercado. Asempresas nacionaisprecisaram, então, sereorganizar e efetuarmudanças substanciais emseus eventos.

O resultado foi a criação denovas feiras e asegmentação de eventos jáexistentes. Toda estamovimentação gerou anecessidade de construçãode novos espaços parasediar os eventos e tambémos que se desmembraram degrandes eventos para uma"carreira solo", estimulandoalguns empresários ainvestir na construção denovos centros deconvenções. ( C . O. )

Em dias em quehá um evento, asvendas das lojasaumentam em

média 10%

WI N S TO N CH AG A S

O Centro deConvenções Frei

Caneca passará de6,5 mil m² para 10,5

mil m² de área deexposição

Divulgação

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eSustentabilidade é

uma das principaispreocupações hojena sociedade e não

poderia ser diferente na indús-tria de shopping centers. En-tre os grandes players que es-tão investindo em empreendi-mentos mais sustentáveis es-tá a Sonae Sierra Brasil.

A empresa possui e admi-nistra 11 shopping centers, to-talizando 402,5 mil m² de ÁreaBruta Locável (ABL) e 2.228 lo-jas, e segue sua estratégia decrescimento com o desenvol-vimento de dois novos proje-tos, com total de ABL de 125,9mil m². A Sonae Sierra Brasiltem como acionistas controla-doras a europeia Sonae Sierrae a americana DDR, e em feve-reiro de 2011 fez a abertura de

capital na Bovespa.Nesta entrevista, Elizabeth

Tiemi Morita, gerente de MeioAmbiente, Segurança e Saúdeda empresa, conta as expe-riências da Sonae Sierra nestesegmento e seus desafios.

Diário do Comércio - A SonaeSierra afirma possuir uma políticaformalizada de sustentabilidadedesde 1998. Como surgiu isso?Elizabeth Tiemi Morita - A sus-tentabilidade realmente estáno DNA da nossa empresa. Es-sa preocupação veio do funda-dor da companhia, o enge-nheiro Belmiro de Azevedo, ecomeçou em uma das empre-sas da holding que fazia o be-neficiamento de madeira (So-nae Indústria). Ele achava queisso seria um diferencial im-

portante e lançou um desafiopara as demais empresas, pa-ra que elas pensassem nestaquestão de sustentabilidade.Na Sonae Sierra, o foco maiorfoi na questão ambiental. Em1998 foi instituída uma políti-ca ambiental, que depois foirevisada em 2005. Desde en-tão, foi desenhada uma políti-ca de gestão ambiental prontapara ser certificada pela ISO14001, que é a norma paragestão ambiental.

Qual o primeiro shopping da SonaeSierra a adotar o conceito desustentabilidade?

No Brasil, foi o ShoppingParque D. Pedro, apesar deter sido certificado após al-guns anos em operação. Masdesde a elaboração do proje-

to, o pessoal da engenharia earquitetura tem procedimen-tos a seguir, de forma a plane-jar e construir o empreendi-mento para que seja mais efi-ciente do ponto de vista am-biental, da segurança dotrabalho, do conforto dos fun-cionários e dos visitantes. OParque D. Pedro foi a nossaprimeira experiência no Bra-sil; e o último inaugurado, oUberlândia Shopping, emmarço deste ano, segue to-dos os procedimentos.

O que foi feito no Parque D. Pedro?O Parque D. Pedro foi inau-

gurado em março de 2002 e foiconstruído já com o conceitode sustentabilidade. Antes daconstrução, a escolha do ter-reno é importante – o Parque

D. Pedro foi erguido em umaantiga plantação de cana deaçúcar e tudo que tinha umarelevância ambiental foi apro-veitado como decoração. Oshopping é tematizado, temosa entrada das Águas, das Ár-vores, das Pedras, etc. Na en-trada das Pedras, no paisagis-mo, foram colocadas rochasencontradas no próprio local.Da pouca supressão de vege-tação que houve, as árvoresque precisaram ser derruba-das estão presentes dentrodo shopping na forma de mó-veis e esculturas, mantendoo histórico ecológico do ter-reno. Desde 2006, todas asobras inauguradas da SonaeSierra têm certificação am-biental, todos os projetostêm essa certificação, e des-de 2011 as obras tambémtêm certificação de seguran-ça do trabalho.

O Uberlândia Shopping é hoje oempreendimento mais sustentávelda Sonae Sierra?

A cada projeto aprendemosum pouco e o UberlândiaShopping, por ser o mais novo,talvez seja hoje o que integroumais acertos do que os outros,mas eu não diria que é o maissustentável. Desde 2004, aSonae Sierra estabeleceu me-tas de longo prazo. Entre asmetas para 2020 estão: obteruma taxa de reciclagem míni-ma de 55%; reduzir a propor-ção de resíduos enviados paraaterro a um limite máximo de30%; atingir um nível de con-sumo de água igual ou inferiora três litros por visitante; pelomenos 10% do total de águaconsumida ser reutilizado, ourecolhida de água da chuva;reduzir em 70% as emissõesde GEE (Gás de Efeito Estufa)por m² de ABL (comparado aonível de 2005); e atingir umconsumo máximo de eletrici-dade de 400 kWh por m² doscorredores e banheiros porano. Definindo metas de longoprazo, conseguimos estabele-cer as metas do ano, mesmoque cada shopping tenha asua característica. ( C . O. )

Praça dealimentação do

Shopping Plaza Sul,cuja administração

passourecentemente à

Sonae Sierra

Page 11: ESPECIAL - Indústria de shopping center avança a passos largos

terça-feira, 16 de outubro de 2012 ESPECIAL - 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

Ro u p a si n fa n t i sde grifeMarcas famosas estãomirando no públicomirim, preparando anova geração deconsumidores paraeste mercado

CAT H Y HO RY N ,THE NEW YORK TIMES

Bolo de chocolate com pão de queijo

OMelhor Bolo deChocolate do Mundo,receita secreta que

nasceu em Portugal há mais de 20anos, acaba de inaugurar sua oitava lojaem São Paulo, no Bourbon Shopping. A unidade já segue onovo modelo de expansão desenvolvido pela CPQ Brasil, oco-branding, no qual Casa do Pão de Queijo e O MelhorBolo de Chocolate do Mundo são integrados no mesmoempreendimento. Neste caso, as marcas convivem lado alado, dividindo o mesmo quiosque, mas com identidadesvisuais distintas. Para o franqueado, há maior vantagemoperacional e de logística, e ainda com duas fontes dereceita.

Sem farinha e nem fermento, o doce é feito com umamousse de chocolate de primeira linha, intercalada comcamadas de merengue. Ele foi criado por Carlos BrazLopes apenas como uma sobremesa em seu restaurante.Mas fez tanto sucesso que ganhou uma loja exclusiva emLisboa, e em 2007, desembarcou em São Paulo, na RuaOscar Freire. Em agosto de 2010, o controle da marca noBrasil foi comprado pelo grupo CPQ Brasil S.A.,proprietário também da Casa do Pão de Queijo, quegarante agora ao Bolo sua estrutura profissional, masmantém receita, cuidado e qualidade de sempre.

Faça sol, faça chuva

OShopping VillaLobos recebeu a primeira unidadeda marca carioca de acessórios para asintempéries do dia a dia Maria Pumar. "Só na

unidade de São Paulo, foram investidos R$ 180 mil. Com anova loja esperamos aumentar o faturamento em 20%nos próximos três meses", comenta a empresária LuciaPumar, diretora da empresa.

No quiosque da marca, localizado no Piso 2, os clientesdo shopping podem encontrar diversos produtos para osdias de chuva ou sol. Entre eles estão guarda-chuvas,bolsas, sapatilhas, capas de chuva e chapéus, todos feitosde material sintético e impermeável. Para os dias de sol, ocharme fica por conta do guarda-sol, travesseirinho decabeça, viseiras, bolsa térmica impermeável e chinelinho.Os guarda-chuvas são o carro-chefe de vendas da loja etem preços entre R$ 89,00 e R$ 129,00.

Além disso, os produtos Maria Pumar possuem seloverde e filtro anti-UV, seguindo a tendência mundial dapreservação do planeta e das espécies. A empresatambém possui a linha Pumar, dedicada ao públicomasculino e uma linha de produtos infantis.

Novidades do Center Norte

OShopping Center Norte anunciou cincoinaugurações previstas para este mês,incrementando o mix de mais de 300 lojas. Entre

elas, está a primeira churrascaria Fogo de Chão da zonanorte, com 1.400 m², 500 lugares e infraestrutura parareceber eventos e encontros de negócios. Outro destaqueé a badalada lanchonete The Fifties, que traz o glamouramericano dos anos 50. Essas duas marcas sãoresponsáveis por qualificar ainda mais os consumidoresdo Center Norte, assim como a iPlace, 9ª unidade nacapital paulista e a 23ª da rede. Trata-se de uma lojaespecializada em produtos da marca Apple, como iPad,iPhone, iPod e os computadores Macintosh. Além desses,abrem as portas a Luz da Lua (calçados e acessóriosfemininos),Malwee para Brasileirinhos e Aramis(vestuário masculino).

O Shopping Center Norte trouxe inovações para ocomércio de shoppings da cidade, como a sua concepçãototalmente plana que, por vários anos, foi única numacidade repleta de empreendimentos planejados emandares. Com um mix de 331 lojas, o Center Norte estáentre os mais completos e diversificados centros decompras do País. Complementam sua oferta de serviços eprodutos 61 restaurantes e lojas de alimentação,incluindo fast-foods, lanchonetes, quiosques e cincocinemas, espalhados nos corredores e ampla área delazer, com pista de boliche e o Playland, tudo issoocupando um espaço de 150 mil m².

Mais opções no Center 3

Um dos mais concorridos endereços da cidade emhorários de refeições, o Shopping Center 3 agreganovas marcas ao seu mix, diversificando as opções

aos consumidores. Entre as novidades, destacam-se orestaurante Viena, com espaço próprio; e o RamovEmpório do Suco, cuja proposta é combinar saúde epreços acessíveis, oferecendo sucos funcionais feitos apartir da fruta fresca, sem a utilização de polpacongelada.

A Loubet Brigaderia é uma nova marca que chega aomercado e elege o Center 3 para inaugurar a sua primeiraloja. Há dois anos atendendo apenas sob encomenda, aLoubet promete inovar nas receitas dos brigadeiros, queainda figuram entre os mais apreciados para festas. E,presente no shopping há nove anos, a Spoleto passa porobras de modernização e reabre em breve, incorporandonovos conceitos de sustentabilidade instituídos pela rede.

Melhor Bolo deChocolate do

Mundo: agora juntocom a Casa do Pão de

Queijo, dividindoo mesmoquiosque.

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O mercado deroupas infantis éestimado em US$

32 bilhões. As grifesfazem fila paraagradar este

público

Numa manhã de ou-tono de 1956, numsalão na East 57thStreet, o famoso es-

tilista norte-americano Char-les James apresentou sua pri-meira coleção infantil a umgrupo de editores, que incluíaDiana Vreeland. Serviu xereze biscoitos e, com um senso deafetação que antecedeu MarcJacobs em 50 anos, teve aideia de vestir de enfermeiraas moças que seguravam osmodelos vestidos com as pe-ças minúsculas.

À frente do desfile, no colode uma enfermeira, vestindouma capa azul claro, estavaCharlie Jr, de oito meses. A pa-ternidade, sem dúvida, afetouJames. O que mais explicaria ofato de um gênio se importarcom um setor tão insignifican-te como o de roupas infantis?Mesmo na época era um negó-cio difícil, cheio de fabricantescom nomes como Cute Togs eBo-peep tentando lucrar aomáximo com o metro da anar-ruga. Por outro lado, o concei-to de roupas infantis de James,assim como todos os outros,estava baseado num princí-pio. "Grande parte da modanorte-americana é baseadaem mulheres mais velhas ten-tando parecer bebês", disseele à revista The New Yorker,referindo-se a Claire McCar-dell e outros que criavam rou-pas de brincar para adultos."Revertemos o processo."

Só que James não estava fa-lando de miniaturas. O que es-panta em suas criações (quepodem ser vistas na Internet)é a precisão minuciosa dasroupas, nas formas e deta-lhes. Sua mágica estava naexecução.

Um estilista malfadado (seudeclínio começou logo depoisdisso) talvez não seja a melhorintrodução de um artigo sobre

o crescimento das linhas in-fantis de grife, ou talvez seja,sim. Nos últimos dois anos,Lanvin, Gucci, Stella McCart-ney e Marni entraram no mer-cado; estranho pensar que, hádez anos, o modelo criado porRalph Lauren de uma grife/es-tilo de vida exclusivo tinhapoucos imitadores.

Mundo da fantasia

A Dior tinha a Baby Dior, fun-dada em 1967 (antes disso, acasa fazia roupas para algunsclientes famosos, como Eliza-beth Taylor, que encomendouterninhos de tweed iguais pa-ra si mesma e sua filha Liza),mas a indústria dos artigos deluxo via a si mesma como ummundo exclusivamente adul-to, e com razão. Dá para ima-ginar uma versão mirim daGucci de Tom Ford? Versace?A fantasia sexual acabaria porcompleto. No fim dos anos 90,essas empresas preferiram seconcentrar em faturar com asbolsas.

Agora, as crianças é que sãoo novo acessório. Por um lado,as grifes fazem fila para agra-dar os conservadores da Gera-ção Y; por outro, usam suasroupinhas diminutas para re-forçar seu poder em regiõescomo a Ásia. No ano passado,a Burberry vendeu US$ 91 mi-lhões em roupas infantis – des-de artigos para recém-nasci-dos, incluindo bolsas para fral-das cobertas com o famosoaxadrezado, até pré-adoles-centes –, com um aumento de23% em relação ao ano ante-rior, sendo que a maioria desuas doze lojas está na Ásia eno Oriente Médio.

A impressão é a de que, dodia para a noite, marcas comoOscar de la Renta, Fendi, MarcJacobs, Roberto Cavalli, Mis-soni, Milly e Phillip Lim se insta-laram na área de confecção in-fantil, como a da Bergdorf Go-odman, e embora não tenhamroubado a primazia de fabri-cantes tradicionais como Flo-rence Eiseman e a britânicaRachel Riley, conseguiramchamar a atenção (apesar dospreços astronômicos).

Apesar de a oferta das gri-fes ser praticamente infinita,as mães jovens não se dei-xam enganar. "Péssimo",disse uma seguidora do blogUrbanBaby sobre a parceriade Diane Von Furstenbergcom a Gap Kids.

Elas também não se inco-modam com a notícia de queas vendas de roupas infantiscresceram mais do que as fe-mininas, segundo o GrupoNPD, com as grifes de luxo pu-xando esses números.

"Não dá para justificar essespreços", disse Chantal Scott,mãe de uma garotinha de cin-co anos e dona da Livie & Boo,uma loja de revenda de roupaspara crianças em Nova York.

Como já trabalhou para umagrife, ela acrescenta: "Eu sei opreço verdadeiro das coisas".

Ela está falando da margemde lucro, que, para as grifes deluxo, chega a 7,5 vezes o cus-to; ou seja, se o preço de umvestido é US$ 375, o custo éUS$ 50. Por sua vez, uma ca-deia de lojas como a Children'sPlace usa uma índice de 3,5.

Não faz muito tempo, umacliente levou para Chantal umvestido Marc Jacobs para ten-tar recuperar parte dos US$400 que tinha gasto nele.

"Eu disse que não podia pe-dir mais que US$ 50", ela con-ta. "É o que as pessoas estãodispostas a pagar por um item

de segunda mão. É claro queela esperava mais."

Consumismo

É fácil se sentir revoltadocom esses preços e a ideia deque as crianças, especialmen-te as meninas, estejam sendopreparadas para serem com-pradoras contumazes, se bemque o fato de a bebê ter um ba-bador Gucci não quer dizerque ela vá necessariamentecomprar uma bolsa da grifeamanhã. A preocupação não énova, como notam escritorese acadêmicos como Daniel T.Cook, professor de estudos in-fantis da Universidade de Rut-gers, em Camden. "Hoje, umaparcela maior da vida dos fi-lhos e dos pais gira em torno docomércio e da imprensa, emcomparação com o início dosanos 60", diz ele. "É um tipo delinguagem universal."

O que mais lhe chama aatenção, porém, é como as gri-fes de luxo, com toda a atraçãoexercida pelas celebridades epontos de acesso fáceis (comoos das roupas infantis), ali-mentam a classe média emtermos mundiais, com os mes-mos estilos aparecendo emParis, Pequim e Rio de Janei-ro.

"Há uma infância global, va-mos dizer assim, que está co-meçando a surgir com as clas-ses profissionais do mundo",explica ele. "E as roupas estãoligadas a ela."

Apesar das cifras impressio-nantes que os estilistas dizemfaturar com suas linhas infan-tis – Michelle Smith, da Milly,disse que chegou a US$ 1 mi-lhão em encomendas na pri-meira temporada – a verdadeé que as roupas de grife res-pondem por uma fração míni-ma do setor de roupas infantis,que vale US$ 32 bilhões.

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Page 12: ESPECIAL - Indústria de shopping center avança a passos largos

terça-feira, 16 de outubro de 201212 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Quem disse que tamanhonão é documento?

Conheça os maiores shopping centers do mundo, o de Dubai e o de Hong Kong, e compare com os dois maiores do Brasil, o Aricanduva e o Parque D. Pedro

Karim Sahib/AFP

Tr ê s - e m - u mO Centro Comercial Aricanduva pode ser considerado o maior shopping center do

Brasil. Há quem discorde, pois ele é, na realidade, formado por três empreendimentos: oShopping Aricanduva, o Auto Shopping São Paulo e o Interlar Aricanduva. Inaugurado emsetembro de 1991, são pouco mais de 247 mil metros quadrados de ABL, com cerca de 500lojas. São 14 salas de cinema Cinemark, constituindo a maior operação da rede em SãoPaulo e incluindo a maior sala de cinema da cidade, que oferece 546 lugares. O ShoppingAricanduva oferece três praças de alimentação, totalizando 66 opções para o visitante,

incluindo quiosquese cafeterias, além de14 restaurantes comespaço próprio. Aotodo são 1.730lugares nas praçasde alimentação.

O CentroComercialAricanduva recebe 4milhões deconsumidores aomês. O CentroComercialAricanduva ainda ésede da unidadeleste do Detran,oferecendo serviçosde vistoria, lacração,

emissão de documentação, prova prática decarros e motos, inclusive para portadores denecessidades especiais com veículosadaptados.

Há cinco anos, o Aricanduva conta com umcampus universitário da Uni Sant´Anna, ondeestudam mais de 2,7 mil alunos e oferece 8cursos. Funciona no shopping uma unidadede medicina diagnóstica Lavoisier, que atendeuma média de 220 clientes/ dia, e umaunidade do CEMA, hospital especializado emolhos e otorrinolaringologia.

Em função do grande fluxo de pessoas, oAricanduva instalou um terminal comcirculação diária de 260 micro-ônibus eterminal de táxi com 60 veículos.

O S M A I O R E S D O B R A S I L

Gigante árabeQuem tiver a oportunidade de visitar Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, não pode deixarde visitar o Dubai Mall, o maior shopping center em área construída do mundo. São nada

menos do que 1,2 milhão de metros quadrados, que abrigam mais de 1,2 mil lojas, 22 salas decinemas, praça de alimentação com 160 operações fast-food e 120 restaurantes. Em ABL (ÁreaBruta Locável), o shopping de Dubai fica apenas na nona colocação, já que o complexo abriga

ainda um dos maiores aquários do mundo, com33 mil espécies de animais marinos; o Iced Rink,

uma pista de patinação no gelo de tamanhoolímpico; o Sega Republic, um parque temáticoem homenagem à fabricante de games Sega; oKidzania, uma minicidade para crianças; e um

hotel com 250 quartos. Inaugurado emnovembro de 2008, o empreendimento custou oequivalente a US$ 20 bilhões. Entre as diversas

atrações, está o show de águas dançantes: são 1,5milhão de fontes iluminada, um belo espetáculode água, luzes e som. O show dura 10 minutos e érepetido a cada 20 minutos nos fins de semana.Em 2011, o Dubai Mall recebeu 54 milhões de

visitantes, equivalente à população da Inglaterra.

O maior em ABLInaugurado em 2005, o New South China Mall,

localizado em Dongguan, norte de Hong Kong, possui maisde 600 mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL),

abrigando 2.350 pontos comerciais, quase o dobro doDubai Mall, e área de construção de 890 mil metrosquadrados. Os visitantes podem conhecer sete zonas

temáticas, que reproduzem alguns dos principais cartõespostais do mundo, como São Francisco, Amsterdã,

Califórnia, Paris, Veneza e outros. O shopping tambémconta com montanha russa ao ar livre, dois hotéis 5 estrelas,

um canal de rio para passeios por toda área comercial. Deponta a ponta, são cerca de um quilômetro de extensão.Para conhecer todo o empreendimento, o visitante pode

alugar um carrinho elétrico, pegar um minitrem ou seaventurar em uma gôndola – um canal de dois quilômetrosliga as diversas áreas do shopping. O Amazing World é umparque de diversões com 10 mil metros quadrados e possuiatrações radicais, como uma montanha russa com percursode 553 metros, elevador com 60 metros de queda livre e até

uma pista de patinação. Outra atração é uma praia artificial,imitando a paisagem do Caribe .

Em áreacontínua

O Parque D. Pedro Shopping, àsmargens da rodovia Dom Pedro I,

em Campinas (SP), é oempreendimento brasileiro commaior ABL contínuo: são 121 milmetros quadrados, abrigando 401operações, sendo 29 lojas âncoras,

290 satélites, 45 lojas de fast-food, 10restaurantes, 15 salas de cinema,teatro, 37 lojas de serviço e 8 mil

vagas de estacionamento.Inaugurado em março de 2002, oParque D. Pedro Shopping é umempreendimento da Sonae SierraBrasil, sendo o primeiro shoppingtemático e setorizado do País. Ele é

dividido em seis alas – Águas,Colinas, Pedras, Árvores, Flores e a

Alameda Parque D.Pedro.O Shopping também foi o

primeiro do Brasil a receber acertificação ISO 14001, pela sua

gestão ambiental, e em 2008conquistou a certificação na área de

Segurança e Saúde Ocupacional.

Foto

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Zé Carlos Barretta/Hype