Caso Clinico Pediatria

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UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco Colegiado de Medicina Disciplina: Medicina Geral da Criança II Aluna: Camila Arcanjo Alves Caso Clínico 1. Principais hipóteses diagnósticas. Justifique-as sumariamente. Lactente sibilante – Hiperresponsividade das vias aéreas A criança apresenta quadro clínico clássico de hiperresponsividade das vias aéreas, com sintomas como dispnéia; tosse seca que piora à noite e pela manhã; sintomas episódicos; história familiar positiva de atopia (mãe com rinite); melhora com medicação (possivelmente broncodilator); e mais de três episódios de sibilância no último ano. A criança apresenta fatores de risco para lactente sibilante como história familiar de atopia, exposição ao tabaco, infecções respiratórias virais, introdução precoce em creches. O aleitamento materno pode ser considerado um fator protetor para sibilância na infância e esse paciente recebeu leite materno por apenas 15 dias. Como se trata de um paciente com apenas 1 ano e 10 meses não é possível confirmar o diagnóstico de asma baseado no critério de que muitos lactentes sibilantes são considerados transitórios. Além disso, essa criança não preenche os critérios clínicos que a classificam como alto risco para sibilância persistente e com provável diagnóstico de asma. Rinite alérgica História familiar de atopia, introdução precoce de fórmulas infantis e exposição à alérgenos, como às infecções respiratórias e ao tabagismo paterno, são fatores de risco para rinite alérgica aos quais o paciente está

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UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São FranciscoColegiado de MedicinaDisciplina: Medicina Geral da Criança IIAluna: Camila Arcanjo Alves

Caso Clínico

1. Principais hipóteses diagnósticas. Justifique-as sumariamente.

Lactente sibilante – Hiperresponsividade das vias aéreasA criança apresenta quadro clínico clássico de hiperresponsividade das

vias aéreas, com sintomas como dispnéia; tosse seca que piora à noite e pela manhã; sintomas episódicos; história familiar positiva de atopia (mãe com rinite); melhora com medicação (possivelmente broncodilator); e mais de três episódios de sibilância no último ano. A criança apresenta fatores de risco para lactente sibilante como história familiar de atopia, exposição ao tabaco, infecções respiratórias virais, introdução precoce em creches. O aleitamento materno pode ser considerado um fator protetor para sibilância na infância e esse paciente recebeu leite materno por apenas 15 dias.

Como se trata de um paciente com apenas 1 ano e 10 meses não é possível confirmar o diagnóstico de asma baseado no critério de que muitos lactentes sibilantes são considerados transitórios. Além disso, essa criança não preenche os critérios clínicos que a classificam como alto risco para sibilância persistente e com provável diagnóstico de asma.

Rinite alérgicaHistória familiar de atopia, introdução precoce de fórmulas infantis e

exposição à alérgenos, como às infecções respiratórias e ao tabagismo paterno, são fatores de risco para rinite alérgica aos quais o paciente está exposto. Nariz obstruído e com muita secreção, prurido ocular, cornetos hipertrofiados e pálidos, palato em ogiva e mordida aberta são características de rinite alérgica.

Dermatite atópicaA presença de pele muito seca, com prurido intenso e descamação,

descamação em couro cabeludo e eczema em região malar bilateral, associados ao quadro de atopia familiar são sugestivos de dermatite atópica.

Amigdalite aguda viralApesar da ausência de febre, a presença de hiperemia e hipertrofia de

amígdalas e a geral associação do quadro de tosse seca à resfriados, faz suspeitar de amigdalite aguda viral.

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2. Descreva a conduta imediata e a médio prazo.

Conduta imediata:1. Internar2. Monitorizar3. Nebulização com beta-2-agonista + Oxigênio a cada 20 minutos – Fazer 3 vezes Avaliar ao término4. Anti-histamínico5. Hidratação da pele

Conduta a médio prazo:1. Orientar a importância de evitar a exposição à alérgenos – Controle de ambiente2. Manter hidratação da pele3. Procurar um médico assistente para acompanhamento4. Avaliação de atopia – Dosagem de IgE sérica total e IgE específica

3. Destaque ao menos 03 fatores de risco ligados ao diagnóstico na história clínica.Mãe com história de atopiaInfecções respiratórias viraisExposição à fumaça do tabaco – AlérgenoIntrodução precoce em crechesAleitamento materno apenas por 15 dias