ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA: DIFERENTES...
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Me. Joanne Lamb Maluf
Psicopedagoga Clínica e Institucional
ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA:
DIFERENTES POSSIBILIDADES
O OLHAR PSICOPEDAGÓGICO
• http://www.youtube.com/watch?v=xVZ81_oiWic&feature=youtu.be
• A Psicopedagogia está presente em diferentes
espaços, por ser uma área que compreende o
processo de aprender, revela-se desde o
nascimento até o fim da vida;
• A vida intrauterina já permite um aprender.
• Reconhecimento do som (voz da mãe – do pai);
• Reconhecimento do espaço;
• Segurança.
- Reconhecimento corporal;
- Interação:
assimilaçaõ/adaptação dos
objetos e suas características.
- INSERÇÃO NA ESCOLA -
• Apesar de inicialmente estarem acompanhadas de um
adulto, desde o início é fundamental que as crianças
entrem em contato com as principais características do
novo espaço; um espaço de convívio e trabalho não
compartilhado com os pais e, sim, com outras crianças
e outros adultos.
• Neste momento inicial a segurança da criança e
dos pais é fundamental para o início do vínculo que
o aluno estabelecerá com o ambiente escolar e com
a figura do ensinante.
• Com o tempo, a professora começa a conhecer o
perfil de cada aluno e faz-se fundamental que faça
um ‘diagnóstico’ da turma em relação aos
conhecimentos prévios que já estão consolidados.
ALUNO OBJETO
DE
CONHECIMENTO APRENDER
- O PSICOPEDAGOGO E A APRENDIZAGEM -
• Http://www.youtube.com/watch?v=WiLUKGDXy0A
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
DISTÚRBIO – é uma variável indesejada que aplicada a um
sistema afeta a variável controlada; perturbação.
SÍNDROME – é um conjunto de sinais e sintomas que pode ser
produzido por mais de uma causa.
TRANSTORNO – é um desarranjo, desordem pequena,
perturbação de saúde, similar a doença.
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
• As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo
emocionais;
• É importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o
desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão
associadas ao cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre
outros, considerados fatores que também desmotivam o
aprendizado.
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
• Dificuldade de aprendizagem, por vezes referida como
desordem de aprendizagem ou transtorno de
aprendizagem, é um tipo de desordem pela qual um
indivíduo apresenta dificuldades em aprender
efetivamente.
DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM
• A desordem afeta a capacidade do cérebro em receber e
processar informação e pode tornar problemático para
um indivíduo o aprendizado tão rápido quanto o de outro,
que não é afetado por ela.
• As dificuldades de aprendizagem começam a se
tornar mais evidentes a partir do 3º ano.
• É importante que o ensinante, esteja atento ao
contexto em que o aluno está inserido, as questões
emocionais e ao ritmo de cada um (maturidade).
TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM
• A expressão é usada para referir condições sócio-
biológicas que afetam as capacidades de aprendizado de
indivíduos, em termos de aquisição, construção e
desenvolvimento das funções cognitivas, e abrange
transtornos tão diferentes como incapacidade de
percepção, dano cerebral, disfunção cerebral mínima,
autismo, dislexia e afasia desenvolvimental.
• A escola encaminha o aluno para uma avaliação
psicopedagógica com o intuito de compreender o
POR QUE daquele aluno não aprender.
CLÍNICA
PSICOPEDAGÓGICA
• O Psicopedagogo atuará na perspectiva clínica de forma a compreender as causas da dificuldade de
aprendizagem, ‘montando o quebra-cabeça’ a partir das informações da entrevista de anamnese, das
sessões com o paciente e da reunião na escola do paciente.
• No âmbito clínico tem como tarefa a investigação e
a intervenção para que compreenda o significado, a
causa e a modalidade de aprendizagem do sujeito,
com o intuito de sanar suas dificuldades.
• A marca diferencial entre o psicopedagogo e outros
profissionais é que seu foco é o vetor da
aprendizagem, assim como o neurologista prioriza
o aspecto orgânico, o psicólogo a psique, o
pedagogo o conteúdo escolar.
• A Psicopedagogia clínica procura compreender de forma
global e integrada os processos cognitivos, emocionais,
sociais, culturais, orgânicos e pedagógicos, que interferem
na aprendizagem, a fim de possibilitar situações que
resgatem o prazer de aprender em sua totalidade, incluindo
a promoção da integração entre pais, professores,
orientadores educacionais e demais especialistas que
transitam no universo educacional do aluno.
• No ensino público, uma das opções para a
realização da atuação clínica seria o serviço
público de atendimento, onde os psicopedagogos
poderiam contribuir com uma visão mais integrada
da aprendizagem.
• No âmbito institucional a Psicopedagogia assume
um compromisso com a melhoria do ensino,
atendendo, sobretudo aos problemas cruciais da
educação no Brasil.
• Na escola o Psicopedagogo também utiliza instrumental
especializado de avaliação e estratégias capazes de atender
aos alunos em sua individualidade e de auxiliá-los em sua
produção escolar e para além dela, colocando-os em contato
com suas reações diante da tarefa e dos vínculos com o
objeto do conhecimento.
• Dessa forma, resgata positivamente o ato de aprender.
• Cabe ainda, ao Psicopedagogo assessorar a escola, alertando-
a para o papel que lhe compete, seja reestruturando a atuação
da própria instituição junto a alunos e professores, seja ainda
redimensionando o processo de aquisição e incorporação do
conhecimento dentro do espaço escolar, seja encaminhando
alunos para outros profissionais.
BOSSA (2000)
• O psicopedagogo deve reconhecer seu processo de
aprendizagem, seus limites, suas competências,
principalmente a intrapessoal e a interpessoal, pois seu
objeto de estudo é um outro sujeito, sendo essencial o
conhecimento e possibilidade de diferenciação do que
é pertinente de cada um.
• O psicopedagogo tem como função identificar a
estrutura do sujeito, suas transformações no tempo,
influências do seu meio nestas transformações e seu
relacionamento com o aprender.
• Este saber exige do psicopedagogo o conhecimento do
processo de aprendizagem e todas as suas inter-
relações com outros fatores que podem influenciá-lo,
das influências emocionais, sociais, pedagógicas e
orgânicas.
• Pensar na CLÍNICA PSICOPEDAGÓGICA é pensar no
RESGATE do aprender com prazer; é pensar no sujeito
que apresenta dificuldade; é pensar no sujeito que não
aprende ou que aprende lentamente.
GOMES (2010)
“Ele(a) não consegue aprender.”
“Ele tem problema.”
“Ela é fraquinha.”
“Ele já foi reprovado mais de uma vez.”
“Ela não tem mais jeito.”
“Ele não consegue acompanhar a turma.”
“Ela escreve tudo errado.”
• De acordo com Fernàndez (1990) há crianças que
manifestam uma deficiência de aprendizagem
temporária porque o seu desenvolvimento em alguma
área sofre atrasos. Com o tempo superam os sintomas.
• No PROCESSO DE APRENDIZAGEM há uma relação
do sujeito com o objeto do conhecimento, com o
significado do aprender e com o DESEJO de aprender.
• O vínculo de aprendizagem pode ser abordado investigando a
relação:
• A) Com os objetos de aprendizagem;
• B) Com quem ensina;
• C) De quem aprende consigo mesmo, nesta situação.
• Tamanho total do desenho;
• Tamanho dos personagens;
• Tamanho dos objetos;
• Posição dos personagens;
• Distância dos personagens entre si;
• Distância entre os personagens e o objeto de aprendizagem;
• Local da cena.
TAMANHO TOTAL DO DESENHO
TAMANHO DOS PERSONAGENS
TAMANHO DOS OBJETOS
POSIÇÃO DOS PERSONAGENS
DISTÂNCIA ENTRE OS PERSONAGENS E O OBJETO DE
APRENDIZAGEM
LOCAL DA CENA*
• Âmbito escolar - melhor vínculo com a aprendizagem
sistemática, podendo ser positiva ou negativa;
• Âmbito extraescolar – melhor vínculo com a aprendizagem
assistemática.
QUADRANTE
• O local onde o sujeito coloca seu desenho na folha revela
muito de sua orientação geral no ambiente e para
consigo mesmo.
QUADRANTES
3
4
2
1
QUADRANTES
3
4
2
1
QUADRANTE 1
• Indica que o sujeito tem tendência à depressão, mas é
capaz de superar, visto que há desejo de crescer.
QUADRANTE 2
• Indica tendência à depressão, pessoa que vive mais do
passado, é insegura, desconfiada.
QUADRANTE 3
• Indica passividade, atitude de expectativa diante da vida,
inibição reserva, nostalgia e fuga.
QUADRANTE 4
• Indica força, evolução, fantasia, idealização e contato
ativo com a realidade.
M., 13 ANOS • Tamanho total do desenho;
• Tamanho dos personagens;
• Tamanho dos objetos;
• Posição dos personagens;
• Distância dos personagens entre si;
• Distância entre os personagens e o objeto de aprendizagem;
• Local da cena.
L. 10 ANOS
• Tamanho total do desenho;
• Tamanho dos personagens;
• Tamanho dos objetos;
• Posição dos personagens;
• Distância dos personagens entre si;
• Distância entre os personagens e o objeto de aprendizagem;
• Local da cena.
B., 11 ANOS
• Tamanho total do desenho;
• Tamanho dos personagens;
• Tamanho dos objetos;
• Posição dos personagens;
• Distância dos personagens entre si;
• Distância entre os personagens e o objeto de aprendizagem;
• Local da cena.
•Ninguém aprende se não
tiver o prazer e o desejo de
aprender.
• A aprendizagem faz parte de um processo de
crescimento em que o sujeito precisa estar direcionado
positivamente e efetivamente para desejar crescer,
saber e conhecer.
SUJEITO DA PSICOPEDAGOGIA
- DESEJO -
• O desejo está ligado ao processo pulsional, visto que a
sua essência está na busca de uma primeira
experiência de satisfação, por meio de um objeto
capaz de proporcionar experiência de satisfação.
• Para a psicopedagoga Dalva Leonhardt (2004) “o olhar
clínico e a consequente ação terapêutica derivada
desse olhar se fundamentam na profundidade do
pensamento clínico. Um pensar emocionado,
elaborado pelos vínculos intensos estabelecidos entre
terapeuta e paciente.”
• A cada passo, a cada surpresa do paciente, revemos a
nossa vida, nossa autoria, nossa capacidade de ouvir,
de olhar e de fazer aquilo que necessita, deseja e pode
fazer.
LEONHARDT (2004)
• É imprescindível que compreendamos a nossa própria
modalidade de aprendizagem, pois nossas ações,
nosso olhar e nossa escuta estão repletos de
significações.
• O Psicopedagogo Clínico tem como objetivo realizar o
DIAGNÓSTICO para identificar a causa do problema
de aprendizagem manifestado pelo paciente.
- DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO -
• http://www.youtube.com/watch?v=bz_emtEnXb0
• A partir da identificação da causa, quando há
necessidade de um trabalho de intervenção
psicopedagógica, o Pp organiza a intervenção tendo
como objetivo principal devolver ao sujeito o DESEJO
de aprender.
- FAMÍLIA -
• A família é uma das instituições mais antigas da
sociedade, tem em seu contexto fatores relevantes
dirigidos a cada membro deste grupo.
• Os pais exercem grande papel dentro da família,
pois é através deles que a criança dá inicio a seu
contato social em nossa cultura.
• É na família que a criança forma suas primeira ligações
afetivas e encontra seus modelos.
• Mesmo com todas as mudanças, a família não
perdeu seu papel representativo para a manutenção
da espécie humana.
• Faz-se necessário o fortalecimento da identidade,
cujos membros da família unem-se pelos afetos,
costumes e gêneros de vida.
• A concretização familiar como grupo social se dá a
partir do surgimento de novas gerações, onde são
depositadas imagens da criança mesmo antes do
nascer, coisas como, expectativas, desejos e
idealizações para a continuação cultural.
• É no grupo familiar que se inaugura no
desenvolvimento psicológico e o sentimento
de aceitação social, sendo nesse âmbito que
a criança tem suas primeiras e mais
importantes relações.
• É a família que, em nossa cultura, dá a criança o
suporte para enfrentar dificuldades, o que torna
necessário seu entendimento e a aceitação para
trabalhar essa possível dificuldade.
• Os irmãos também desempenham um papel
importante na vida de cada indivíduo, pois a
convivência e os valores que detém estes, acabam
por tomar parte das primeiras relações sociais e os
afetos que nos constituem.
ALUNO
FAMÍLIA SOCIEDADE
(ESCOLA, ETC.)
FAMÍLIA & ESCOLA
• A família e a escola possuem papéis sociais
bastante específicos; porém, não antagônicos.
FAMÍLIA & ESCOLA
• Em muitas circunstâncias podem ser complementares:
se à família cabe cuidar, a escola responsabiliza-se
pelo ensinar.
• “A participação da família no processo de
ensino-aprendizagem do filho é a força
que a educação tem para dar certo”.
PSICOPEDAGOGIA:
INTERVENÇÃO
- CLÍNICA -
• A questão interventiva, passa necessariamente pela
elaboração de um diagnóstico adequado que revele a
especificidade do caso a ser tratado.
- CLÍNICA -
• Pensar na Psicopedagogia Clínica é devolver ao
sujeito o prazer de aprender e criar alternativas para
resgatar seu potencial e sua autonomia.
- CLÍNICA -
• Através do espaço terapêutico, o paciente descobre o
prazer de buscar o conhecimento e a curiosidade de
‘aprender a aprender’.
- INSTITUCIONAL -
A importância desse profissional na instituição se justifica e se
legitima por várias vias:
• Por ser mediante ao convívio cotidiano com os sujeitos da
instituição que o psicopedagogo participa das relações da
comunidade educativa favorecendo assim o processo de
integração e troca;
- INSTITUCIONAL -
• Por ser no desempenho da função preventiva dentro
do espaço escolar, que o psicopedagogo detecta
prováveis perturbações relativas à aprendizagem,
podendo promover orientações relacionadas às
peculiaridades dos sujeitos.
- INSTITUCIONAL -
• O trabalho do psicopedagogo na escola é bastante
denso, essencialmente se considerarmos a
quantidade de questões que estão atreladas à
dificuldade de aprendizagem.
- INSTITUCIONAL -
• Faz-se necessário que o Psicopedagogo investigue
as inúmeras variáveis que podem estar ocasionando
ou colaborando com o aparecimento da dificuldade de
aprendizagem /transtorno de aprendizagem.
De acordo com Bossa (2000), entre as múltiplas atribuições que
o psicopedagogo assume no espaço escolar está:
• a orientação à família;
• o auxilio aos professores e demais profissionais nas questões
pedagógicas;
• a colaboração com a direção;
• a assistência ao aluno que esteja com algum tipo de
necessidade específica.
O psicopedagogo institucional atua em
escolas e/ou em instituições não escolares,
como empresas, hospitais e o
psicopedagogo clínico atua em consultórios
particulares e/ou clínicas interdisciplinares.
• A contribuição psicopedagógica deve ser no sentido
de prevenir os problemas de aprendizagem.
• A ação preventiva pode evitar muitos problemas,
embora não seja a única ação possível para o
psicopedagogo. (terapêutica)
Quando o sintoma já aparece e está instalado, a
atuação do Psicopedagogo dá-se na forma terapêutica,
muitas vezes em conjunto com outros profissionais.
REFERÊNCIAS
• BARBOSA, L.M.S., A História da Pisicopedagogia contou também com Visca. Disponível em www.pisicopedagogia.pro.br , acessado em 25/7/2005.
• BOSSA, Nadia Aparecida. A Pisicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da Prática. Pág 67 ano 2000.
• ______,A Escola Necessária para o presente com vista ao futuro. Disponível em www.pisicopedagogia.pro.br , acessado em 17/7/2005.
• ______,A Dificuldades de Aprendizagem: O que são, Como trata-las?.Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2000.
• PAIN, S. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.
• VISCA, J. Clínica psicopedagógica: Epistemologia convergente. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
• ______. Pisicopedagogia: Novas Contribuições; Organização e Tradução Andréa Morais, Maria Izabel Guimarães – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1991.
• ______. El Diagnostico: Operatorio em la Practica Pisicopedagogica. Bueno Aires, Ag. Serv, G., 1995.
• ______. Técnicas Proyetivas Pisicopedagogicas. Bueno Aires, Ag. Serv, G., 1995.
• SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia e realidade escolar: o problema escolar de aprendizagem. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
• WEISS, Maria Lúcia Leme. Psicopedagogia clínica: Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.