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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA LICENCIATURA EM GEOGRAFIA AGRICULTURA FAMILIAR, COM ÊNFASE AOS PRODUTORES QUE COMERCIALIZAM OS PRODUTOS AGRÍCOLAS NA FEIRA MUNICIPAL EM JUÍNA MT Autor: Antonio Carlos Donato Orientadora: Profa. Dra. Iede Terezinha Zolinger JUÍNA/2015

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

AGRICULTURA FAMILIAR, COM ÊNFASE AOS PRODUTORES QUE

COMERCIALIZAM OS PRODUTOS AGRÍCOLAS NA FEIRA MUNICIPAL EM

JUÍNA MT

Autor: Antonio Carlos Donato

Orientadora: Profa. Dra. Iede Terezinha Zolinger

JUÍNA/2015

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

AGRICULTURA FAMILIAR, COM ÊNFASE AOS PRODUTORES QUE

COMERCIALIZAM OS PRODUTOS AGRÍCOLAS NA FEIRA MUNICIPAL EM

JUÍNA MT

Autor: Antonio Carlos Donato

Orientadora: Profa. Dra. Iede Terezinha Zolinger

“Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Licenciatura em Geografia, da AJES - Instituto Superior de Educação do Vale do Juruena para obtenção do titulo de Licenciado em Geografia”

JUÍNA/2015

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________

Esp. TATIANE FERREIRA GARCIA

_______________________________________________

Ms. CESAR CRISTIANO BELMAR

______________________________________________

Orientadora

Dra. IEDE TEREZINHA ZOLINGER

JUÍNA/2015

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que me apoiaram principalmente as professoras, Ma.

Ana Letícia de Oliveira, Ma. Denise Peralta Lemes e Ma. Marina Silveira Lopes,

ao professor Ms Wagner Smerman, professor Salatiel J.G. Blanco, em especial

a professora Dra. Iede T. Zolinger e aos demais professores do curso. Foi um

grande privilegio ser aluno, agradeço de coração, por acreditarem em mim.

Agradeço também minha esposa pela compreensão e aos parentes que

torceram por mim. Não posso esquecer-me de agradecer a Escola Estadual 9

de Maio, pelo estagio no Ensino Fundamental e a Escola Estadual Dr. Artur

Antunes Maciel, pelo estagio no Ensino Médio. Agradeço os colegas de classe,

que me deram apoio nas horas mais difíceis, até mesmo quando pensava em

desistir. Lembrando também dos feirantes e os funcionários da Secretaria da

Agricultura, que atenderam aos pedidos sobre o tema abordado. Por fim,

agradeço a Deus por me dar força para enfrentar os obstáculos.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia, para uma mulher guerreira que enfrentou

dificuldades para ver seus filhos caminharem em bons caminhos; trabalhou na

lavoura, na agricultura de subsistência, nesta luta não estava sozinha, estava

junto com um homem honrado e trabalhador, um casal de respeito e

responsabilidades, este casal tão glorioso enfrentou a vida com dignidade, este

casal de quem falo são meus pais. Agora entre nós só se encontra minha

mãezinha querida. Dedico também a minha esposa que me incentivou a

estudar e a todos os professores com os quais estudei do ensino primário até o

superior, são muitos, não da de citar o nome de todos, mas muito obrigado por

acreditarem e dar esta oportunidade de hoje eu estar aqui.

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EPÍGRAFE

RETROSPECTIVA DAS LEMBRANÇAS

Autor: Antonio Carlos Donato.

04/11/ 2015

Juína menina morena pequena,

Nasceu na bacia amazónica nas margens do rio Juruena

Cidade tão nova menina morena

Cresceu tão rápido como o caminho dos viajantes

Cresceu com a fama do precioso diamante.

Pequena menina morena Juína, com tudo se depara,

Hoje o que predomina é criação da pecuária,

Na Juína morena menina pequena se encontra prédios

Com poucos andar, mas no seu município,

Encontra muito é a agricultura Familiar.

Menina morena Juína pequena povo hospitaleiro,

Também fez suas histórias o setor dos madeireiros,

Juína pequena menina morena, quem conhece não se

Evade quem vai embora daqui leva na mala muita saudade.

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RESUMO

O presente trabalho visa compreender a importância da agricultura

familiar na região de Juína, Mato Grosso. A agricultura familiar conhecida como

subsistência refere-se a agricultura em que a família trabalha com objetivo de

manter suas necessidades. O desenvolvimento da pesquisa ocorreu com base

em bibliografias referente ao tema e por meio de entrevistas e um questionário

que foi respondido por feirantes do município. De acordo com os agricultores

entrevistados, o cultivo de cada lavoura tem necessidades diferentes, porque

tem cultivares que produzem mais na época da seca e outros no período de

chuvas. Segundo a Secretaria de Agricultura, a maioria das culturas tem o seu

estágio inicial de produção no período das chuvas e a fase de colheita no

período da seca e, os produtos para entregar nos mercados, tanto naturais

quanto industrializados, passam por um processo de fiscalização sanitária.

Existem outras formas der produção agrícola o Plantation e o Agronegócio,

mas estas envolvem grandes áreas; neste trabalho considerações a respeito

das duas são feitas, contudo optou-se por abordar a agricultura familiar que

ocupa pequenas áreas e abastece com seus produtos a região onde as

famílias envolvidas residem.

Palavras-chave: Agricultura familiar. Agronegócio. Plantation. Juína- MT.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - processo de jardinagem em estufa, desenvolvido pela agricultura

familiar .............................................................................................................. 16

Figura 2 - Corte de cana manual. Contudo, atualmente máquinas são usadas

substituindo o trabalhador ................................................................................ 18

Figura 3 - Plantio da monocultura “banana” ..................................................... 18

Figura 4 - Plantação de fumo ........................................................................... 19

Figura 5 - Pé de café com frutos maduros ....................................................... 20

Figura 6 - cafezal com alinhamento das arvores para facilitar a colheita ........ 21

Figura 7 - Trator usado na agricultura .............................................................. 22

Figura 8 - Plantio e colheita mecanizada de soja ............................................. 23

Figura 9 - Parreirais de uvas ............................................................................ 24

Figura 10 - Produtos comercializados na feira municipal de Juína, entre os

quais a banana, abacaxi, laranja, melancia, etc. .............................................. 29

Figura 11 - Produtos produzidos nas lavouras do município ............................ 30

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LISTA DE GRÁFICO

Gráfico 1 - A serie 1 de agricultores que não usam o Pronaf e a serie 2 dos que

usam o Pronaf .................................................................................................. 27

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 10

2 METODOLOGIA ........................................................................................... 12

3 PRONAF – PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA

AGRICULTURA FAMILIAR ............................................................................. 13

4 TIPOS DE AGRICULTURA FAMILIAR ........................................................ 15

4.1 AGRICULTURA FAMILIAR ....................................................................... 16

4.2 AGRICULTURA DE PLANTATIONS ......................................................... 17

4.3 O AGRONEGÓCIO .................................................................................... 21

5 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE JUINA E AGRUCULTURA ................ 25

6 DISCUSSÃO DOS DADOS .......................................................................... 26

7 CONCLUSÕES ............................................................................................. 31

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 32

ANEXO ............................................................................................................ 34

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1 INTRODUÇÃO

O ser humano tem o alimento em sua mesa e nunca presta atenção de

onde vem e qual a sua origem. A agricultura e desenvolvida de três formas:

agricultura de subsistência (familiar), plantation e agronegócio.

A Agricultura Familiar, um sistema simples de agricultura, voltado para

a subsistência é a responsável por abastecer a cidade com seus produtos tanto

naturais quanto industrializados, como por exemplo, os queijos, doces, poupas

de frutas, palmitos em conserva, melancia, mamão, milho, mandioca e

verduras entre outros.

Os trabalhadores da Agricultura Familiar são pessoas da mesma

família, descendentes ou unidos por casamento, não se tem mão de obra

assalariada ou emprego fixo.

O emprego de técnicas primitivas e instrumentos rudimentares, é

comum, por exemplo, a enxada, foice, machado; alguns usa o arado de tração

animal para preparar a roça ou a coivara, um sistema simples de agricultura.

As características desse tipo de produção é a utilização de mão de obra

desqualificada e em pequenas propriedades.

O objetivo geral da pesquisa é mostrar a importância da agricultura

familiar, explanando também a agricultura plantation e o agronegócio. Até os

dias de hoje ainda é usado o plantation, ou cultivo de monoculturas, na

produção de produtos como a banana, o cacau, o café e seringueira que ainda

não são colhidos com maquinário.

A problematização e caracterizar a agricultura familiar da região de

Juína devido a carência de dados na literatura. Para tanto se fez necessário

buscar informações por meio de um questionário respondido pelos feirantes do

município. Assim, 22 agricultores responderam as seguintes questões: Quais

produtos agrícolas que mais se destacam na sua produção? Os produtos são

diferenciados nos período de chuvas e estiagem? Como os mercados recebem

os produtos, naturais ou industrializados? Tem controle sanitário? Há quantos

anos trabalham na feira? Existe algum tipo de ajuda do governo (PRONAF)?

Qual localização da propriedade rural onde a atividade é desenvolvida.

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A Estrutura do Trabalho descrita nos capítulos seguintes trata da

pesquisa de bibliografias pertinentes ao tema, o Agronegócio, Plantation, a

Agricultura Familiar e PRONAF, Programa Nacional para a Agricultura Familiar.

A seguir foi abordado o município de Juína e discutidos os dados obtidos junto

aos produtores locais por meio de um questionário elaborado para perguntas

tais como: se recebem auxilio financeiro na infraestrutura e produção; se os

rendimentos sustentam as famílias; os tipos de cultivares produzidos e

permanência ou não na atividade. Assim foi possível contextualizar a

agricultura familiar em Juína. O ultimo capitulo traz a conclusão sobre o tema

abordado.

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2 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento deste trabalho fez-se levantamento de

bibliografias na biblioteca da Ajes de livros, monografias e artigos. Também

foram consultados trabalhos na internet.

Para as entrevistas com agricultores da região de Juína foi elaborado

um questionário onde as perguntas visam informações referentes aos

cultivares, auxilio financeiro, períodos e maneiras de cultivo e produção e as

pessoas envolvidas no cultivo, transporte e comercialização. O questionário,

com 6 questões inerente ao tema, foi respondido por agricultores do município

que comercializam seus produtos na feira municipal, mercados e na zona rural.

Os dados obtidos foram analisados e os resultados obtidos constam

nos capítulos a seguir, neste trabalho de conclusão de curso.

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3 PRONAF – PROGRAMA NACIONAL DE FORTALECIMENTO DA

AGRICULTURA FAMILIAR

O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar –

(PRONAF), criado em 1995 pelo Governo Federal, destina-se ao apoio

financeiro das atividades e serviços rurais agropecuários e não agropecuários

desenvolvidos em estabelecimento rural ou em áreas comunitárias próximas,

exploradas mediante emprego direto da força de trabalho da família produtora

rural.

O (PRONAF1) Custeio, tem por objetivo o financiamento de despesas

normais de custeio da produção agrícola e pecuária, fortalecer atividades do

agricultor familiar, integrá-lo à cadeia do agronegócio, aumentar sua renda,

melhorar o uso da mão de obra familiar e agregar valor ao produto e à

propriedade.

Pronaf Agroindústria2; contribui para o desenvolvimento do valor

agregado da produção, a geração de ocupações produtivas no campo e a

ampliação da renda agrícola familiar.

O endividamento por mutuário, em operações de Custeio no âmbito do

Pronaf, exceto operações de Pronaf Agroindústria com pessoa jurídica, em

todo o Sistema Financeiro, respeitando os limites de cada linha, não pode

ultrapassar a:

- R$ 200 mil, em operações com risco das instituições financeiras;

- R$ 10 mil, em operações com risco do Tesouro Nacional ou dos

Fundos Constitucionais de Financiamento.

O agricultor familiar deve avaliar o projeto que pretende desenvolver.

Os projetos devem gerar renda aos agricultores familiares e assentados da

reforma agrária. A renda bruta anual dos agricultores familiares deve ser de até

R$ 360 mil.

1 PRONAF. Programa Nacional de Fortalecimento Agricultura familiar

2 PRONAF Agroindústria. Contribui para o aumento do valor agregado da produção a geração

de ocupação, produtiva no campo e a ampliação da Agricultura Familiar.

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Após a decisão do que financiar, a família deve procurar o sindicato

rural ou a EMATER3 para obtenção da Declaração de Aptidão ao Pronaf

(DAP4). Em seguida o agricultor deve procurar a empresa de ATER5 do

município para elaborar o Projeto Técnico de Financiamento.

O projeto deve ser encaminhado para análise de crédito e aprovação

do agente financeiro. Com o Projeto Técnico, deve-se negociar o financiamento

junto ao agente financeiro. Aprovado o Projeto Técnico, o agricultor familiar

está apto a acessar o recurso e começar a programar o projeto.

Como descreve o (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO) “O Pronaf Grupo “B” é uma linha de microcrédito rural voltada para produção e geração de renda das famílias agricultoras de mais baixa renda do meio rural. São atendidas famílias agricultoras, pescadoras, extrativistas, ribeirinhas, quilombolas e indígenas que desenvolvam atividades produtivas no meio rural. Elas devem ter renda bruta anual familiar de até R$ 20 mil”.

O programa de custeio do PRONAF incentiva os agricultores a ampliar

seus negócios, comprando ferramentas e máquinas, sementes, melhorando a

produção, por fim, rendendo mais lucro para o produtor. Pode ser destinado

para o custeio da safra e a atividade agroindustrial, seja para investimento em

máquinas, equipamentos ou infraestrutura.

3 EM ATER. Empresa de assistência técnica e extensão rural do Estado.

4 DAP. Declaração de Aptidão ao PRONAF, o DAP é utilizado como instrumento de

identificação do agricultor familiar. 5 ATER. Assistência técnica e extensão rural, promulgada pelo Presidente Luiz Inácio

da Silva. Em janeiro de 2010.

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4 TIPOS DE AGRICULTURA FAMILIAR

A agricultura familiar é uma forma de cultivo que não usa inseticida;

apenas enxadas, foices, machados ou tração animal para puxar carroça e

arado. “trata-se da forma mais antiga de exploração do solo, que nasceu com

as primeiras civilizações”. As técnicas são sempre rudimentares, sem utilização

de máquinas agrícolas (COLEÇÃO, 2008, p.14). Era muito comum o agricultor

incendiar o terreno para limpar e preparar o plantio, mas isto levava a

empobrecer o solo causando impacto no local da queimada e em pouco tempo

tinham que utilizar outro lugar para plantar.

Além disso, a produção da Agricultura de subsistência é direcionada,

principalmente, para a sobrevivência de quem a produz ou para pequenos

comércios em área urbana e feiras.

De acordo com Coleção (2008) atualmente são poucas as

comunidades que utilizam esta maneira rudimentar de produção agrícola; as

comunidades que continuam com estas atividades são isoladas, distante de

centros urbanos. Mesmo isolados, necessitam de produtos como o sal, roupas,

calçados, remédios e ferramentas, como facão, foice, enxada, machado e

motosserra. Assim, existe a necessidades de vender seus produtos para

comprar o necessário para se manterem nas propriedades.

Em outros locais, como no continente africano, nas áreas próximas do

deserto (zona das savanas), onde é pouca a ocorrência de chuvas, a

população vive das culturas de subsistência, tudo que se planta é para o

próprio sustento. O plantio gira em torno do milhete e do sorgo e do pastoreio

seminômade.

Os asiáticos preparam o terreno em lugar descampado encima de

morros, porque assim podem aproveitar mais o espaço. As mudas são feitas

em estufas e são levados para o lugar de cultivo, em terraços recortados nas

montanhas. São comuns nestas áreas o cultivo de arroz o milhete e o trigo e

são as próprias famílias que fazem o plantio.

Outra técnica de produção agrícola, o plantation, que ocupa grandes

áreas, onde se plantam monoculturas, usava- se mão de obra escrava e

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ferramentas rudimentares, pois o trabalho é executado manualmente nas

plantações de banana, cacau, etc. Atualmente a mão de obra é assalariada.

O Agronegócio, voltado para grandes áreas onde plantam algodão,

soja, milho, sorgo, entre outros, utiliza tecnologia de ponta, tudo mecanizado,

colheita rápida e bem organizada e mão de obra assalariada. A tecnologia, com

máquinas modernas, ajuda a organizar o terreno para o plantio, sem uso de

queimadas, mas podem contaminar os rios com o uso de agrotóxicos.

4.1 AGRICULTURA FAMILIAR

Este sistema agrícola asiático era praticado pelos clãs, ou seja,

descendente da mesma família, que viviam em aldeias isoladas, longe da

civilização. Este sistema é praticado em planícies inundáveis ou áreas

montanhosas.

Figura 1 - processo de jardinagem em estufa, desenvolvido pela agricultura familiar Fonte: [email protected]

Em países como o Japão, Indonésia, Tailândia e China são construídos

terraços nas montanhas onde ocorre a plantação. Suas principais

características são a insuficiência de espaço para o plantio, sendo praticada

em pequenas propriedades agrícolas.

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4.2 AGRICULTURA DE PLANTATIONS

O método de Plantation, a palavra trás o significado de plantação,

iniciou no século XVI, quando os europeus ampliaram sua expansão colonial

sobre a África, Ásia e América (COLEÇÃO, 2008).

A Plantation é diferente da agricultura familiar, porque visa lucros com

o comercio extensivo dos produtos colhidos nas lavouras. Esta forma de

agrícola explorava a mão de obra escrava, com arados a tração animal, era

plantada para manter o mercado interno e externo do Brasil colônia.

Os portugueses foram os primeiros a utilizar este tipo de agricultura

nas ilhas descobertas no atlântico principalmente no arquipélago de Açores,

utilizando escravos africanos para produzir o açúcar em grandes áreas e

vender na Europa (Coleção, 2008, p. 15.).

A plantations de cana-de-açúcar foi rapidamente introduzida no Brasil e

logo após nas ilhas da América Central, pelos Holandeses. No sul da América

do Norte, os ingleses introduziram o algodão, que teve sua origem na Arábia

Saudita, e se espalhou pala América e pelo mundo.

A cana-de-açúcar foi encontrada na região de NOVA GUINÉ6. e se

espalhou para o mundo, e foi uma das monoculturas mais utilizada nas terras

brasileira, juntamente com a plantação de banana, tabaco e o café. A cana de

açúcar é muito utilizada para a fabricação de açúcar, álcool, etanol, gás,

biodiesel e a pinga, mais conhecida como cachaça.

A Figura 2 mostra o canavial com trabalhadores assalariados. Já no

plantio e colheita da banana que é manual; são contratados trabalhadores

temporários durante o plantio das bananeiras, acabando o período de plantar

os trabalhadores são despedidos, quando chega hora de fazer a limpeza e

colheita são contratados novamente.

6 Nova Guiné, fica localizada em uma ilha no sudoeste do Oceano Pacífico, a leste

do arquipélago malaio

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Figura 2 - Corte de cana manual. Contudo, atualmente máquinas são usadas substituindo o trabalhador

Fonte: WWW.infoescola.com/plantas/cana-de-açúcar/

O bananal tem sempre cuidados, o produtor tem que proteger os

cachos para que os insetos não prejudiquem a colheita; a banana é uma das

frutas mais consumidas no território Brasileiro (Figura 3).

Figura 3 - Plantio da monocultura “banana” Fonte: www.wikipedia.org/wik/plantation

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Assim como a cana e a banana, a plantação de tabaco teve uma

grande expansão nos Estados Unidos e no Brasil. O tabaco teve sua origem na

América central, se espalhou pelo México e Estados Unidos da América e a

partir dai pelo mundo. O tabaco é uma planta da qual se usa as folhas, no

processo que da a origem ao fumo e pode também enrolando a própria folha

produzir o charuto.

A folha do tabaco passa por um processo de produção, dai em diante

passa a ter o nome de fumo e este fumo é cortado e empacotado para fazer o

cigarro; pode ser usado como rapé, cigarro e charuto, muitos usam também

para mascar. O tabaco é usado em determinadas regiões para rituais.

Figura 4 - Plantação de fumo Fonte: www.wikipedia.org/wik/plantation

Na atualidade continuam as plantation, mas com uma diferença, sem

mão de obra escrava, hoje se usa mão de obras assalariada. Em cada país

tem culturas diferentes, no Brasil sempre foi predominante o cultivo de café,

banana e cana de açúcar.

O café é um produto conhecido na mesa dos brasileiros, uma espécie

trazida do exterior que se deu bem na região, e se tornou popular no Brasil; as

primeiras mudas de café foram trazidas por Francisco de Melo Palheta, quando

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foi viajar para a Guiana Francesa, mas a origem natural do café e da Etiópia na

África.

O café foi um dos produtos que possibilitou a abertura de estradas

construções de ferrovias e a necessidade de construir secadores e utilização

de máquinas agrícolas.

Figura 5 - Pé de café com frutos maduros Fonte: www.ambiente.culturamix.com/agricultura/plantação-de-café.

Logo no começo da colonização do Brasil os senhores de engenho

plantavam cafezais em grandes áreas; os trabalhadores eram os Africanos que

vinham em navios negreiros trazidos para serem escravos. Posteriormente

passou-se a empregar pessoas que vinham de outros países como da Itália e

Japão. A Figura 6, a seguir, é muito antiga, com plantio totalmente rudimentar,

veiculo com rodas de madeira e puxado por animal, mostra que naquela época

o café já predominava na agricultura brasileira.

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Figura 6 - cafezal com alinhamento das arvores para facilitar a colheita . Fonte: culturamix.com/agricultura/plantação-de-café

4.3 O AGRONEGÓCIO

O agronegócio é diferentemente da plantations e da agricultura familiar,

porque a agricultura é realizada com tecnologia de ultima geração, usando

sempre mão de obras assalariada, contando com a ajuda de maquinários,

como tratores, grades, caminhões, secadores e energia; contando até mesmo

com avião para passar inseticidas.

O agronegócio Brasileiro cresceu 4,7% em 2010, revertendo à queda (-

4,8%) registrada no ano anterior. É o resultado mais elevado desde os 5,0%

alcançados em 2007. Os dados foram divulgados, pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística o IBGE7. A margem de lucro no Agronegócio é maior

porque é produto de exportação, se ganha tempo no preparo do terreno, no

plantio e também na colheita.

7 IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.

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Figura 7 - Trator usado na agricultura Fonte: www.brasil.gov.br

Os produtos utilizados pela agricultura avançaram 12,5%, impulsionado

pela maior fabricação de maquinários e equipamentos agrícola. A

mundialização da economia se completa através de transações de volumoso

capital, de produção e de tecnologias. O fim do colonialismo e a ampliação da

revolução industrial, no século XIX, impulsionaram o desenvolvimento moderno

da agropecuária e do Agronegócio.

Para ter um bom desempenho na produção agrícola o produtor tem

que utilizar tratores e inseticidas, sistema de irrigação, etc. A partir de 1970, o

Brasil teve uma grande expansão na agroindústria, com a produção de cana-

de-açúcar quando o aumento internacional dos preços do petróleo. A crise do

petróleo de 1973 levou o governo brasileiro a lançar o Programa Nacional do

Álcool.

De acordo com (SILVA 2014) a agricultura não se limita só ao aparato

de máquinas, utiliza-se também a biotecnologia, e outros equipamentos que

fornece informações pelos sistemas via satélite onde o produtor pode se

programar para evitar prejuízos. Com isso a modernização da agricultura se

baseia no aumento de produção, e isso só foi possível, graças à tecnologia. O

autor ainda argumenta que com a modernização ocorre o que vários autores

denominam de “industrialização da agricultura”.

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O impacto ambiental acontece em todas as etapas, com a plantação de

lavouras tem que retirar toda a vegetação, passar agrotóxicos para defender as

plantações e acabam por contaminar os alimentos e os rios próximos.

Se não tem uma orientação sobre as APP8, acaba por desmatar a beira

do rio, assim que a terra é preparada para o plantio, com a chuva os detritos

vão sendo transportados para o leito ocasionando o assoreamento, diminuindo

o fluxo da água e dificultando a vida aquática; contudo, muitos respeitam a

distancia correta e assim protegem a natureza.

Figura 8 - Plantio e colheita mecanizada de soja Fonte: www.br.photaki.com

A soja é de originaria da Ásia e expandiu-se para a Europa, logo em

seguida veio parar no continente Americano, se adaptou e tornou-se uma

monocultura muito utilizada no mundo todo; se espalhou no sul do Brasil e veio

para o Sudeste e rapidamente para centro oeste, praticamente esta sendo uma

das monoculturas mais produzida no Mato Grosso.

A uva é uma fruta apreciada em todo o mundo famosa pelo sabor e

pela qualidade de bebidas produzida por sua ceiva, é produzida mais em

região fria na parte Sul do Brasil, o nome cientifico é Vitis vinifera, originaria da

Europa e oriente médio.

8 APP. Área de Preservação Permanente. APP. Área protegida e coberta por vegetação nativa

ou reflorestada, com função de preservar os recursos hídricos.

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A uva tem uma influência nas religiões e na mitologia grega, a uva

seria uma fruta sagrada, pelo seu sabor e pela bebida produzida com ela. “[...]

No Brasil ela chegou com os portugueses e teve sua primeira produção de

vinho na época dos Bandeirantes Paulistas. No entanto, foram os europeus os

primeiros a perceberem o seu poder rica em vitaminas”.[...] (CONHECIMENTO

PRATICO 2010. P. 66.).

Figura 9 - Parreirais de uvas Fonte: www.br.photaki.com

O Brasil atualmente tem os três tipos de agricultura a de Subsistência,

a Plantation e o Agronegócio, no Mato Grosso ocorrem os três, mas vamos

falar um pouco do município de Juína.

Para entender melhor, Juína teve seu projeto inicial a partir da

construção da estrada que liga o município de Vilhena, Rondônia ao município

de Aripuanã.

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5 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE JUINA E AGRUCULTURA

O município de Juína se localiza a noroeste do Estado de Mato Grosso

na coordenada geográfica: latitude 11° 22’ 42” S e longitude 58° 44’28” W; está

a uma altitude de 442 metros e distante 720 quilômetros da capital, Cuiabá.

Possui uma área de 26.251 km², dos quais 61% constituem – se de área

protegidas (IBGE, 2009).

O município de Juína se limita entre, os municípios Aripuanã,

Castanheira, Brasnorte, Sapezal, Comodoro e divisa com Vilhena, município de

Rondônia. Juína era Distrito do município de Aripuanã e em 1982 foi

emancipado passando a município. O município assentava muitos madeireiros,

e quando o garimpo surgiu à população aumentou com migrante de todo os

estados brasileiros que vieram para explorar diamante; com o fechamento dos

garimpos muitos ficaram na região e se tornaram agricultores.

De acordo com o site (SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DE JUÍNA)

a economia do município tem sofrido várias transformações mas prevalece a

exploração extrativista e agropecuária. Prioritariamente a economia se baseia

no extrativismo vegetal - extração de madeiras nobres da região; extrativismo

mineral com exploração de diamantes e agricultura de subsistência.

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6 DISCUSSÃO DOS DADOS

Ao estudar sobre os alimentos que são levados à mesa do cidadão,

como eram produzidos antigamente e como são produzido atualmente; as

diferenças de cada manejo percebe-se a importância de pesquisar sobre os

processos que ocorreram no passado e os que ocorrem nos dias atuais.

O agricultor busca financiamentos atualmente para melhorar suas

atividades agrícolas, comprando boas sementes e fortalecer seus produtos.

Acredita-se que a dificuldade de acesso ao financiamento está na

documentação exigida pelo Banco, o que muitas vezes impede o agricultor que

não as possui.

A produção é controlada pelo clima da região optando-se pelo plantio

no período chuvoso de variedades que necessitam de irrigação e no período de

estiagem as variedades mais resistentes.

E usando este financiamento para irrigação, poderiam produzir nos

períodos de estiagem para não faltar produtos que vem de outros estados e

poderiam render para os agricultores da região. Observa-se a baixa produção

de frutas e legumes por falta de suporte financeiro e de infraestrutura.

Conforme o Gráfico 1, a seguir, alguns dos entrevistados disseram fazer uso do

financiamento PRONAF.

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Gráfico 1 - A serie 1 de agricultores que não usam o Pronaf e a serie 2 dos que usam o Pronaf Fonte: O Autor.

Na Figura 10 observam-se os produtos comercializados na feira

municipal de Juína entre os quais as hortaliças e frutas produzidas na região.

Estas fotos foram tiradas na feira municipal, onde comercializam seus

produtos, que são colhidos em suas propriedades; segundo o relato dos

mesmos são produtos orgânicos, não se utiliza agrotóxicos nas lavouras,

porque o produto orgânico é mais procurado.

A maioria dos agricultores familiares do município de Juína empregam

o método de trabalho orgânico; os agricultores entrevistados disseram que a

agricultura orgânica é mais rendável e no momento da comercialização muitos

procuram os alimentos orgânicos, porque é mais saldável; o alimento orgânico

defende a saúde do consumidor, evitando a contaminação por agrotóxicos.

Na época da estiagem muitos usam a irrigação e afirmam que

dependendo do tipo de plantação, produz mais, devido o controle da água;

outros usam estufa cobrindo a produção com uma espécie de lonas

apropriadas para estes cultivos. E na época da chuva produz melhor aqueles

produtos que se adaptam naquela estação do ano, como o abacaxi o mamão a

cana etc. Os produtos são variados de estação para estação, a cada produto

tem seu tempo e época para se produzidos.

14

4

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

1 2

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Levando em consideração a agricultura familiar em Juína MT. As

informações obtidas no questionário que os 18 agricultores responderam foram

as seguintes:

I Quais produtos que mais se destacam dentre os que você produz?

As respostas foram que as hortaliças e foliosas se destacam mais.

II A produção e diferenciada nos período de chuvas e estiagens?

Sim, as plantas são variadas, cada uma de estação diferente.

III Como os mercados recebem os produtos? Natural ou industrializados? Tem

controle sanitário?

A maioria respondeu que trabalham com produtos naturais e que

poucos trabalham com industrializados e sempre tem a fiscalização sanitária

para manter o bem estar da sociedade.

IV A quantos anos trabalham na feira?

A maioria esta comercializando produtos desde o inicio da cidade e

alguns começaram a pouco tempo.

V Existe algum tipo de ajuda do governo (PRONAF)?

A maioria não utiliza nem um tipo de financiamento.

VI Qual a localização da propriedade rural?

Tem agricultor de todas as linhas trabalhando na feira municipal de

Juína MT.

As Figuras 10 e 11 ilustram a produção do agricultor familiar de Juína

mostrando que o pequeno agricultor tem um papel relevante na economia do

município.

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Figura 10 - Produtos comercializados na feira municipal de Juína, entre os quais a banana, abacaxi, laranja, melancia, etc. Fonte: O Autor.

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Figura 11 - Produtos produzidos nas lavouras do município Fonte: O Autor.

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7 CONCLUSÕES

Os produtos produzidos pelos pequenos agricultores de Juína são em

sua maioria orgânicos, com pouco uso de agrotóxicos; como se vê nas figuras

as plantações são em pequenas escalas e o manejo é ainda com pouco uso de

maquinas agrícolas. Os produtos são provenientes dos assentamentos e

propriedades das Linhas e Distritos do entorno da sede do município.

Os agricultores que desenvolvem a agricultura familiar e comercializam

seus produtos na feira municipal sobrevivem a mais de 10 anos e alguns

chegam a 35 anos na atividade. Portanto, como existe a demanda, entende-se

a necessidade de ampliar o atendimento a população distante do centro,

levando nos demais dias da semana a feira para os outros bairros do

município, entre os quais módulos e 5, 6, Bairro são José Operário, Setor

Industrial, Setor Aeroporto.

Com o aumento da demanda mais famílias poderiam ser inseridas nas

atividades da agricultura familiar, aumentando e escoando a produção e a

diversidade de produtos oferecidos para os bairros distantes do centro

oferecendo assim aos munícipes produtos agrícolas próximos a suas

residências.

Este trabalho trás um breve relato da atividade da agricultura familiar,

sendo importante desenvolver trabalhos futuros para que a agricultura

Plantation e do Agronegócio de Juína e as consequências sócio econômicas

possam ser caracterizadas e documentadas servindo assim como literatura

para trabalhos posteriores.

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REFERÊNCIAS

BARÉA, Neiva Marli Martins dos Santos. Rede de produção e dinâmica na organização das especialidades. 2008 136 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2008. COLEÇÃO ANGLO. São Paulo, 2. (2008). Agricultura de Subsistência. São Paulo: Anglo S/A. COLEÇÃO ANGLO. Agricultura de subsistência. São Paulo: Anglo, 2008, p. 14. COLEÇÃO CRESCER EM SABEDORIA II, Paisagens agrícolas; 1ª Edição. Vol. 8 – 6ª ano. São Paulo: Mackenzie, 2011 p 260. GRAZIANO, PASILVA, José, Tecnologia e Agricultura Familiar. Porto Alegre: editora da Universidade/UFRGS, 1999. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. SAF. Disponível em: <http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/saf-creditorural/como-funciona-o-pronaf> Acesso em: 10 nov. 2015. MIORIM, Vera Maria Favila. Características da modernização da agricultura no centro noroeste do Rio Grande do Sul. 1982. Dissertação (MESTRADO EM GEOGRAFIA.). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, 1982. OLIVEIRA, Ana Letícia de. Complexas agroindústrias e ações na organização sócia espacial: uma analise em geografia rural. p. 18. Santa Maria, RS. Brasil 2011. OLIVEIRA, Ana Leticia de; MIORIM, Vera Maria Favila. (ARTIGO). A influência das complexas agroindústrias na dinâmica das espacialidades locais. Geografia: ensino & Pesquisas, Santa Maria, v, 13 nº 2, p, 109 – 115, 2009. Disponível em; < http://cascavel.ufsm.br > acesso em 04/12/2015. PORTAL CONHECIMENTO PRÁTICO. (REVISTA GEOGRAFIA) Disponível em: <www.conhecimentopratico.com.br> Acesso em: 05 out. 2015.

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SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DE JUÍNA. Juína e suas economias. 2004. Disponível em: <http://www.seplan.mt.gov.br/arquivos/juina.pdf> Acesso em: 12 out. 2015. 2004. SILVA. Aldemiro Antonio Da. Um olhar da geografia agrária sobre Juína – MT: As atividades agroindustriais como fundamentais na geografia agrária; p.15. QUE TIPO DE MONOGRAFIA QUAL CURSO QUAL FACULDADE

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ANEXO

Documento da Secretaria de Agricultura Questionário aplicado aos agricultores

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