Aula Carnes

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CARNES: características e

componentes fundamentais

Profª Maria das Graças de Assis Bianchini

Universidade Federal de Mato Grosso

Faculdade de NutriçãoDepto de Alimentos e Nutrição

Bromatologia I

Cuiabá, 2012

Carne: Características e componentes fundamentais

• A estrutura do animal é constituída por músculos que promovem a sustentação e força do ser.

• Classificação morfológica: músculos estriados e não estriados (lisos)

• Classificação funcional: músculos voluntários e involuntários

INTRODUÇÃO:

Músculos esqueléticos, cardíacos e lisos

Tecido muscular formado pelo músculo esquelético.

Características e componentes fundamentais

Formado por células longas e estreitas ordenadas de forma paralela - feixes de fibras musculares

Recoberto por tecido conjuntivo

Tecido muscular:

Representação diagramática músculo esquelético

Características e componentes fundamentais

Tecido conjuntivo

Miofibrila: composta por 2 filamentos

Características e componentes fundamentais

Actina: filamentos finos

Sarcômero: unidade funcional, distância entre linhas Z

Miosina: filamentos grossos

Carne: Características e componentes fundamentais

• É um conjunto de tecidos de cor e consistência características que recobre o esqueleto dos animais.

• Comercialmente: carne é a porção comestível dos animais

DEFINIÇÃO DE CARNE:

Após o abate do animal a musculatura ainda permanece "viva“, só após um conjunto de reações bioquímicas e biofísicas é que o

músculo transforma-se em carne.

Conversão do músculo em carne

Transformações

químicas e físicasMÚSCULO CARNE

Após abate

Conversão do músculo em carne

Interrupção do fluxo sanguíneos para o músculo (cessa fornecimento de oxigênio)

Glicólise anaeróbica

Geração de ATP

Acúmulo de metabólicos Reduz a síntese ATPHidrólise do ATP

Rigor-mortis

Atividade enzimática (proteólise)

Maturação (resolução da rigidez cadavérica)

Aumento íons de H+

Queda do pH

Características e componentes fundamentais

Rigor mortis: “Contração muscular, intensa e irreversível, que ocorre com a exaustão das reservas de energia do músculo, conferindo ao tecido muscular a perda de suas propriedades elásticas”

Conversão do músculo em carne

Transformações bioquímicas e biofísicas (rigor mortis)

Degradação do ATP:

acúmulo de íons de

hidrogênio

pH

Chega a 5,5 a 5,4Ácido lático

Carne normal

Qualidade da carne

Anomalias decorrente do pH da carne

DFD (Dark, Firm & Dry) devido ao pH elevado (> 5,8) Fenômeno ocorre indústria carne: bovino, suínos

PSE (Palide, Soft & Exsudative) devido ao pH baixo Fenômeno comum na indústria de carnes: suínos,

aves; Queda muito rápida do pH que pode chegar a 5,0 e

temperatura alta da carcaça

Jejum prolongado, estresse pré-abate

Estresse pré-abate ou durante o abate

Conversão do músculo em carne

Anomalias decorrente do pH da carne

PSE (pale, soft, exudative) pálida, flácida, exudativa

DFD (dark, firm, dry) escura, firme e seca

Conversão do músculo em carne

Prevenção do PSE e DFD: boas práticas de

manejo durante transporte e o abate dos

animais.

Preservar o glicogênio:

facilitar a redução do pH nos

post mortem.

Qualidade da carne

Outros fatores que interferem (pós abate) Temperatura: Resfriamento

Deve ser imediato para evitar a perda de peso, desnaturação proteica e disseminação microbiana e maior oxigenação da hemoglobina (vermelho vivo)

Resfriamento muito rápido no início do rigor mortis leva ao encolhimento pelo Frio (Cold Shortening).Ideal temperaturas acima de 10°C até o estabelecimento do rigor mortis (50% do ATP inicial, pH=6,0 ou 10 horas após a sangria) então reduzir rapidamente a temperatura.

Enzimas endógenas proteolíticas

Conversão do músculo em carne

Mudanças pós mortem: maturação da carne

Processo complexo – desenvolvimento da rigidez –

relaxamento lento do músculo

Fragmentação da miofibrila.

Catepsinas

Calpaínas ou proteinases neutras ativadas pelo cálcio

(CAF)

Qualidade da carne

Fatores que interferem

Ante mortem (intrínsecos): genótipo dos animais e condições ambientais em que se desenvolveram (pecuarista);

Post mortem (extrínsecos): procedimentos técnicos adotados desde o frigorífico até o consumidor final

Carne fresca: CRA, cor e firmeza

Carne preparada para consumo: maciez, sabor e suculência

Carne como matéria prima: emulsão, rendimento de

processo e cor dos produtos.

Tecido Conjuntivo: colágeno, elastina e reticulina.

ESTRUTURA DO MÚSCULO/CARNE:

Tecido Gorduroso: é o componente mais variável. Acumula-se principalmente na cavidade corporal, na zona subcutânea e inter e intramuscular.Pigmentos: hemoglobina (pigmento sangüíneo) e mioglobina (pigmento muscular)

Feixe/Fibra muscular: miofibrilas (actina, miosina).

É influenciada por:

Composição da carne

Espécie do animal

Raça

Sexo

Tipo de alimentação

Corte da carne

No mesmo animal,

pode variar com a

região do corte, pós-

abate,

armazenamento, tipo

de cocção.

Componentes principais:

Composição da carne

Água (65% a 80%)

Proteína (16% a

22%)

Gordura (3% a

13%)

Cinzas (1,0% a

1,2%)

Animal Corte Água Prot. Gord Cinzas

Suíno Paleta 74,9 19,5 4,7 1,1

  Lombinho 75,3 21,1 2,4 1,2

  Chuleta* 54,5 15,2 29,4 0,8

  Presunto 75,0 20,2 3,6 1,1

 Bovino Músculo 76,4 21,8 0,7 1,2

 Lombo* 74,6 22,0 2,2 1,2

Frango Coxa 73,3 20,0 5,5 1,2

  Peito 74,4 23,3 1,2 1,1* com tecido adiposo adjacente. Fonte: Belitz e Grosch em Ordoñez 2005

Composição da carne (%)

Água (65% a 80%):

Composição da carne

Maior parte dentro ou entre as células dos

músculos

Quantidade é afetada principalmente pela

composição da gordura

Lipídios (3% a 13%):

Composição da carne

Formados por triacilglicerois neutros (mais

saturada), ácidos graxos livres, pequenas

quantidades de fosfolipídios – lipídio polar

mais insaturado (membranas celulares) e de

colesterol (membrana plasmática muscular e

no tecido nervoso).

Susceptíveis a reações oxidativa

Lipídios localiza-se principalmente:

Composição da carne

Cavidade corporal: envolvendo

órgãos e vísceras

Externa: Subcutânea fica entre o couro e o músculo.

Intermuscular: ao redor dos músculo-deposita no epimísio.

Intramuscular: entremeada às fibras musculares no perimísio “marmoreio”.

Lipídios

:

Composição da carne

Lipídios: Grau de

insaturação

Composição da carne

Suíno e cordeiro: maior proporção de gordura (5,2% e 6,6%) e de lipídios neutros (4,9% e 6,1%).

Bovino, frango, coelho e peru: níveis entre 2,0% e 3,2% de gordura – menores níveis lipídios neutros.

Exemplos

gordura aves > suínos > bovino ou ovino

Lipídios: efeito diluente da gordura na

carne

Composição da carne

A variação da quantidade da gordura

determina as variações nos percentuais de

umidade, proteína e de sais minerais.

Quando aumenta a porcentagem de gordura

na carcaça, a porcentagem de músculo,

ossos e tendões diminui.

afetam o valor comercial da carcaça

fatores genéticos e ambientais

Lipídios

Composição da carne

Lipídios: fatores que afetam sua

quantidade

Composição do carne

Intrínsecos:

Seleção genética: maior seleção menor o teor de gordura

Idade: acúmulo maior no envelhecimento

Sexo: machos maior gordura intramuscular que fêmeas

Animais castrados: mais gordura (insaturada) que os inteiros

Lipídios: fatores que afetam sua

quantidade

Composição da carne

Extrinsecos:

Alimentação: dietas ricas em CHO e gorduras > acúmulo de gordura nas carcaças.

Animais monogástricos: depositam gordura

dieta sem modifica-la.

Ruminantes: composição da gordura é

constante - microorganismo do rumem

hidrogenam duplas ligações AG.

Proteína (16% a

22%):

Composição da carne

Carne: fonte abundante e de excelente

qualidade proteica. Fonte de aminoácidos

essenciais ao crescimento e manutenção do

organismo humano.

Possibilita a complementação de outras fontes proteica

Cereais (deficiente lisina)Leguminosas (deficiente em Aa

sulfurados)

A – Sarcoplasmática:

Proteínas da carne

Classificação segundo a solubilidade.

B - Miofibrilares

C - Insolúveis ou estroma

A - Sarcoplasmática:

Solúveis em água ou tampão de baixa força

iônica;30 a 35% do total de proteínas;

Enzimas e substancias responsáveis pela

cor mioglobina e a hemoglobina;

Baixa capacidade de reter água e

emulsionante.

Proteínas da carneClassificação segundo a solubilidade.

B - Miofibrilares

65 a 75% do total de proteínas;

Proteínas actina (filamentos delgados) e

miosina (filamentos grossos);

Responsáveis maciez (50%);

capacidade emulsionante (97%);

capacidade de reter água(75%)

Solúveis em tampões de média e alta força iônica;

Proteínas da carne: Classificação segundo a solubilidade

C - Insolúveis ou estroma

Fibras extracelulares: colágeno, elastina

e reticulina;

Tecido conectivo que recobre as fibras e os

feixes musculares;

Tecidos ricos em colágeno ossos, cartilagem,

tendões e pele

Influencia muito na maciez da carne

Proteínas da carne: Classificação segundo a solubilidade

Animal muito jovem

colágeno

Termo-lábil, ou seja, sob calor verifica-se sua

transformação em gelatina carne tenra.

Proteínas da carne: Insolúveis ou estroma

Animais adultos Colágeno

Termo-estabilidade

Não se observa sua transformação em gelatina com o calor, o que torna a carne menos macia

Proteínas da carne: Insolúveis ou estroma

Elastina

Termo-estabilidade

Com a cocção a elastina se intumesce e se alonga, mas não se dissolve

Proteínas da carne: Insolúveis ou estroma

Proteína do músculo: constituídos por mistura

de 20 aminoácidos.

Entre as espécies as diferenças são

pequenas;Entre os tipos de proteínas a diferença é

grande.

Proteínas da carne

Aminoácidos

Colágeno valor nutritivo é baixo ou nulo

Baixo conteúdo de aminoácido – desequilíbrio aminoácidico

Vitaminas

Carne é uma boa fonte de vitamina

hidrossolúveis: B1, B2, niacina, B6, B12.

Carne suína: altos níveis de tiamina (5x) e

baixos de B12Aves: ricas em niacina e B6

Carne bovina:

rica em B6 e B12

Características e componentes fundamentais

Minerais

Destaca-se o ferro, fósforo, potássio, sódio,

magnésio, selenio e zinco.

Cálcio: níveis baixos aos requeridos

nutricionalmente

CMS: podem conter mais cálcio

40% a 60% do ferro (ferro HEME –

mioglobina) é altamente absorvível

Características e componentes fundamentais

Carboidratos

Representam parte pequena da carne

fresca: glicogênio, monossacarídeos,

metabólitos glicolíticos.

Durante a conversão do músculo em

carne o glicogênio é convertido em

lactato por meio da glicolise anaeróbica.

Características e componentes fundamentais

Capacidade de retenção de água (CRA)

É a capacidade da carne de reter sua

própria água durante a aplicação de

forças externas, tais como: cizalhamento,

aquecimentos, congelamento e

compressão.

A perda de água arrasta consigo proteínas solúveis, vitaminas e minerais.

Fatores que afetam a CRA

pH fora do ponto isoelétrico (5,0 a 5,1) CRA

Tratamento térmico

50 C promove a CRA

50 a 90 C afeta pouco a CRA 90 C CRA

transformação do colágeno em gelatina

PSE

Concentração 2% da CRA.

Excesso de sal efeito desidratante

Fatores que afetam a CRA

Força iônica

Cloreto de sódio

Depende:

Quantidade de sal

Tipo de salpH do sistema

Íon cloreto maior afinidade cargas positivas das proteínas

Diminui o pH carne

A da CRA esta relacionada com a perda do fluído (fase aquosa e da gordura).

exudato liberado pela carne crua e não congelada

“gotejamento” liberado pela carne crua e descongelada

“encolhimento” liberado pelas carnes cozidas

Fatores que afetam a CRA

DFD

Varia com espécie:

Suíno bovino equino aves

Animais jovem animais adulto

Gordura intramuscular CRA

Fatores que afetam a CRA

Relaxa microestruturas retenção de água

cor

textura

firmeza

maciez

suculência

CRA

Características sensoriais da carne

2. Suculência

Maciez e a suculência estão intimamente relacionadas

Suculência compreende a liberação de

sucos durante a mastigação.

Sucos: portadores de substâncias sápias e

aromáticas que a satisfação sensorial.

Características sensoriais da carne

Gordura: estimula a salivação e lubrifica o bolo mastigatório.

Suculência:Conteúdo aquoso (CRA)

Gordura intramuscular “marmoreio”

Características sensoriais da carne

A suculência é afetada:

Congelamento se realizado de forma

correta não afeta a suculência

Desidratação reduz a suculência

Preparo procedimentos que produzem

perda de suco e gordura suculência

Características sensoriais da carne

O grau de encolhimento durante a cocção

está diretamente correlacionado com a

perda de suculência sentida pelo paladar

Características sensoriais da carne

Cozimento é fator determinante da CRA (suculência)

Exemplos:

Carne mal passada suculência

Carne de suíno e cordeiro: menos suculentas

que a bovina devido o aquecimento ser

mais longoAssado ao forno em temperaturas as

perdas no cozimento mais suculentas

Características sensoriais da carne

Estriamento da carne aumenta a

suculência:

A gordura ao fundir espalha ao longo das

faixas de tecido conectivo atuando como

barreira na perda de água

Características sensoriais da carne

3. Cor

Primeira característica sensorial

apreciada

Está relacionada com qualidade e ao

grau de frescor

Características sensoriais da carne

Do rosa pálido ao pardo (marrom)

passando pelo vermelho intenso

Tempo/condições de

armazenamento

3. Cor

Formado por dois pigmentos:

Pigmentos da carne

Mioglobina -Mb(pigmento muscular)

Hemoglobina -Hb(pigmento sanguíneo)

Características sensoriais da carne

Fatores que interferem na Cor

Quantidade de mioglobina .

Depende:

Características sensoriais da carne

Espécie do animalSexoRegime de vidaPorção da carcaçaAlimentaçãoExistência de patologia

Fatores que interferem na Cor

Bovino: vermelho cereja

Vitela: rosada

Equinos: vermelho escuro

Ovelhas: vermelho tijolo

Suínos: vermelho pálido e acinzentado

Aves: rosa pálido e esbranquiçado

Características sensoriais da carne

Características sensoriais da carne

Dependendo do estado químico do ferro

distinguem 3 formas de pigmento.

Ferromioglobina

Ferro oxidado

Fatores que interferem na Cor

Equilíbrio entre as formas do

pigmentoDepende das condições presentes no ambiente:

Características sensoriais da carne

Carne fresca – peça inteira

Camada externa: cor vermelha (Mb + O2)Camada logo abaixo: cor vermelha pardacenta

(MetMb)Parte interna: cor violácea

Fatores que interferem na Cor

Metamioglobina: formada pela oxidação da

Mb ou MbO2 .

Características sensoriais da carne

Baixa tensão de O2

Carnes expostas ao ar por longo tempo (ressecamento) – concentração de pigmentos

Presença de cátions bivalentes

Aumento da temperatura

Exposição raios UV

Desenvolvimento microbiano

Fatores que interferem na Cor

Processamento da carne.

Características sensoriais da carne

Embalagem porção de carne fresca:

permeável ao oxigenio e impermeável ao vapor

d`água: celulose, cloreto de polivinila e

polietileno;

Embalagem à vácuo: cor vermelho púrpura

típica da Mb, ao abrir embalagem passa para

MbO2.

Embalagem atmosfera modificada (CO2 e

O2): cor vermelho cereja mais estável que a cor

da MbO2;

Ao ser exposto a luz ocorre a descoloração (óxido nítrico dissocia da Mb).

Fatores que interferem na Cor

Processamento da carne.

Características sensoriais da carne

Produtos curados (sal + nitrito/nitrato):

novas formas de pigmentos – oxido

nitrico mioglobina e oxido nitrico

hemecromogênio).

Fatores que interferem na Cor

Processamento da carne.

Características sensoriais da carne

Temperatur

a:Congelamento: desenvolve cor

pardacenta devido a dificuldade de

penetração do oxigênio e a

concentração de eletrólitos;

Fatores que interferem na Cor

Processamento da carne.

Características sensoriais da carne

Temperatura:

Mioglobina é uma das proteínas mais

estável a ação do calor;

São desnaturadas entre 80 °C e 85 °C

Mio-hemocromgênio: castanho pardo-

claro

Mio-hemicromgênio: castanho pardo-

escuro

Fatores que interferem na Cor

Processamento da carne.

Características sensoriais da carne

Temperatura:

Parte da cor de carne cozida ou assada

é resultante da reação de Maillard e da

caramelização de açúcares;

Coloração esverdeada - sufomioglobina

Fatores que interferem na Cor

Ação de microorganismos.

Características sensoriais da carne

Principalmente de microorganismos que

produz gás sulfídricos (SH2) – Salmonela –

desnaturação da fração proteica do

pigmento.

Características sensoriais da carne

Número de fibras e diâmetros das fibras

4. Textura

Textura

Tamanho dos feixes de fibras

Quantidade de tecido conjuntivo

Textura mais grossa: animais velhos;

machos; músculos que realizam mais

esforço físico

Características sensoriais da carne

Estrutura da carne

4. Textura

Quanto > o tamanho da feixe e >

quantidade de tecido conjuntivo mais rijo

é a textura.

Características sensoriais da carne

Carnes de aves - textura mais fina:

escasso desenvolvimento do perimísio e

os feixes de fibras musculares são mais

finos. Carne bovina – textura mais grossa:

oposto da carne de aves.

Durezaresistência ao corte

Tipo e quantidade de tecido

conectivoEstado de contração em que se

encontram as fibras musculares.

Características sensoriais da carne

4. Dureza

Fatores que afetam a dureza:Antes do abate

Idade

Espécie e raça – 60% hereditariedade

Alimentação

Porção da carcaça

Características sensoriais da carne

Quantidade e distribuição do tecido conectivo

Fatores que afetam a dureza:

Idade: animais jovem > quantidade tecido conjuntivo, mas a carne é mais tenra.

Porção da carcaça: partes que exercitam mais (músculos pernas e próximo da coluna) > a quantidade tecido conectivo.

Características sensoriais da carne

Colágeno nesta fase apresenta ligações

intermoleculares mais lábeis ao ataque químico,

enzimático, tratamento térmico e a tração

mecânica

Fatores que afetam a dureza:

Características sensoriais da carne

Alimentação

gordura intramuscular dilui os elementos do tecido conectivo

Depois do abate

Processamento

Glicólise

Rigor-mortis

Maturação

Características sensoriais da carne

Fatores que afetam a dureza: Encurtamento da fibra

muscular rigor-mortis

Fatores que afetam a dureza:

maturação da carne: diminui a dureza.

Características sensoriais da carne

Ação de diversas enzimas na estrutura

muscular – ação proteolítica endógena da

miofibrila com perda da sua integridade e nas

ligações intermoleculares do colágeno.

Fatores que afetam a dureza:

processamento: tratamento térmico pode diminuir ou aumentar a dureza.

Características sensoriais da carne

Geralmente a cocção amolece a

carne.

Converte colágeno em gelatina

Desnatura (coagulação e endurecimento) as miofibrilas.

Depende do binomino tempo e temperatura

57C a 60C por um certo tempo amolece

o tecido conjuntivo sem endurecer a

miofibrila.

Colágeno para amolecer o tempo é o mais

importante Miofibrilas a temperatura é fator critico

Carne rica em tecido conectivo

tempo de cozimento longo em

temperaturas

Características sensoriais da carne

Tempo: favorece a conversão e o endurecimento

Elastina

Apresenta grande resistência ao calor

Durante a cocção incha e estira

ligeiramente porém, não se dissolve

Resistente a ação de ácidos

Rompe parcialmente em presença de

proteases como papaína

Características sensoriais da carne

Fatores que afetam a dureza:

Congelamento:

Características sensoriais da carne

Crescimento de cristais de gelo no

interior das fibras leva a redução da

dureza.

Mecânico: bater, picar, moer;

Enzimático: enzimas proteolíticas (papaína, bromelina, ficina)

Químico: vinagre, suco de limão

Amaciamento artificial

Tipo de enzima Intensidade do efeito

Actomiosina Colágeno Elastina

Bacterianas e fúngicas

 

Protease 15 +++ - -

Rhozyma ++ - -

Amilase fúngica +++ Residual -

Hidrolase D +++ Residual -

Vegetais  

Ficina (figo) +++ +++ +++

Papaína (papaia)

++ + ++

Bromelina (abacaxi)

Residual +++ +

Características sensoriais da carne

Aroma

compostos voláteis oriundos de várias

reações: Maillard, oxidativa (produtos da

oxidação e degradação lipídica).

Características sensoriais da carne

Odor e sabor

Compostos oriundos dos aminoácidos e

ácidos orgânicos (láticos, ortofosfóricos,

aspárticos), açúcares e sais de sódio.

Componentes resultantes das reações de

hidrólises, oxidativa e interações que

podem favorecer ou não o sabor ou aroma

das carnes.

Sabor

Características sensoriais da carne

Predomínio de peptídeos com grupos

hidrofílicos.

Predomínio de peptídeos com grupos

hidrofóbicos.

Sabor

Características sensoriais da carne

Sabor desejável

Sabor indesejável

Saboroma

Quanto > o tempo de cozimento > a

degradação protéica e perda de

substâncias voláteis

Carne + sabor quando assada até 82°C (T

no centro), com forno a 288°C / 30

minutos do que outra a 177°C / 2 h.

Características sensoriais da carne