Aula #2 · 2020-03-10 · Aula #2.1 2. Navegação Aérea. Conceito de Navegação Origem do termo:...

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CADERNO IV – CGA

Navegação Aérea

CADERNO IV – CGA

Histórico e Conceitos de Navegação

Aula #2.1

2. Navegação Aérea

Conceito de Navegação

Origem do termo: Navigare (latim)

Navis (navio, embarcação);

Agere (fazer andar para frente, dirigir, conduzir);

Há 5000 anos Egípcios e Babilônicos navegavam em rotas comerciais no

Tigres e Eufrates, utilizando métodos primitivos.

O aperfeiçoamento da Navegação vem da necessidade do homem se

locomover, percorrendo distâncias cada vez maiores, seja por terra ou

em viagens marítimas;

Evolução: Segurança, determinação constante da posição em relação à

superfície da Terra

Conceito de Navegação

Ciência, arte, prática ou tecnologia que permite ao homem se

deslocar com habilidade e segurança de um lugar para outro sobre a

superfície da Terra, podendo a qualquer momento, determinar o local

onde se encontra.

Navegação Aérea: conduzir aeronave de um ponto de origem ao

destino pretendido. Durante o deslocamento o piloto deverá ser capaz

de determinar com precisão sua posição.

CADERNO IV – CGA

Métodos de Navegação

Aula #2.2

2. Navegação Aérea

Métodos de Navegação

Navegação Visual, Por Contato ou Praticagem;

Navegação Estimada;

Navegação Radiogoniométrica;

Navegação Eletrônica;

Navegação por Satélite (Satelital).

Métodos de Navegação

Navegação Visual, Por Contato ou Praticagem:

Não utiliza auxílios de instrumentos;

Totalmente baseada em Referências Visuais: rios, lagos, pontes, ilhas,

rodovias e etc.;

Só pode ser executada em Condição Meteorológicas favoráveis;

Pilota-se olhando para o exterior da aeronave;

Utilizada quando não há auxílios à navegação disponíveis e nos primeiros

passos da carreira de piloto.

Métodos de Navegação

Navegação Visual ou Por Contato

Métodos de Navegação

Navegação Estimada:

A posição, localização e orientação são determinados pelo uso da

bússola, do velocímetro e do relógio.

O deslocamento é sempre calculado pelo desempenho da aeronave,

levando-se em consideração a ação do vento, que pode ser favorável ou

contrário ao deslocamento da aeronave.

Métodos de Navegação

Navegação Estimada

Navegação Radiogoniométrica

Localização e orientação através de ondas de rádio. A aeronave deverá ter

a bordo um aparelho radio receptor, dotado de uma antena especial, que

tem a propriedade de determinar a direção das ondas de rádio emitidas

por um transmissor.

O Aparelho receptor de bordo chama-se ADF (Automatic Direction Finder)

e as antenas Transmissoras de Terra podem ser um NDB (Non-Directional

Beacon) ou mesmo uma estação de rádio comercial (broadcasting).

Métodos de Navegação

Métodos de Navegação

Navegação Radiogoniométrica

Antena do

Radiofarol (NDB)

ADFADF

Navegação Eletrônica

Obtenção da localização e orientação através de informações oriundas

de equipamentos eletrônicos de bordo e em solo.

VOR/DME é um exemplo de auxílio para a navegação eletrônica.

Método simular ao anterior, entretanto as informações recebidas pela

aeronave provem de equipamentos eletrônicos.

Métodos de Navegação

Métodos de Navegação

Navegação Eletrônica

Antena do VOR

VHF Omni-directional Radio RangeEquipamento Receptor do VORPainel de Navegação

Navegação por Satélite ou Satelital

Baseada em informações de satélites artificiais que giram ao redor da Terra.

Tais informações fornecem posição, altitude, velocidade e todas as variáveis

relativas à navegação aérea.

A constelação de satélites mais famosa é a americana GPS (Global Positioning

System), daí alguns se referirem ao método como Navegação GPS.

Também pode-se utilizar o termo Navegação GNSS (Global Navegation Satellite

System) referindo-se ao caráter global da cobertura dos satélites.

Este é o método mais moderno e mais utilizado em termos de navegação.

Métodos de Navegação

Métodos de Navegação

Navegação por Satélite, Satelital ou GNSS

Constelações de Satélites

EUA - Global Positioning System (GPS)

Russia – Global Navegation Satellite System - GLONASS

China - BeiDou Navigation Satellite System (BDS)

União Europeia - Galileo

CADERNO IV – CGA

O Planeta Terra e seus Movimentos

Aula #2.3

2. Navegação Aérea

Forma: semelhante a uma elipse, com achatamento nos polos.

Diâmetro Equatorial: cerca de 12.756 Km

Diâmetro polar: cerca de 12.713 Km

Esta diferença de 43 Km caracteriza a forma elíptica.

Para fins de estudos em Navegação aérea, considera-se o

planeta Terra como uma esfera perfeita.

O Planeta Terra

A Terra gira em torno de um eixo

imaginário (também chamado eixo polar),

que é uma linha imaginária que passa pelo

centro do planeta e pelos dois polos.

O eixo da Terra apresenta uma inclinação

de 23° 27' em relação ao plano da órbita

que o planeta descreve em torno do Sol.

O Planeta Terra

23°27’

21

Movimentos da Terra

22

PERTO

AFASTADO

ÓRBITA ELÍPTICA DA TERRA

PERIÉLIO AFÉLIO

AFÉLIO E PERIÉLIO

d Mínima d Máxima

23

A Rotação é o movimento responsável

pela alternância entre dias e noites.

MOVIMENTOS DA TERRA: ROTAÇÃO

24

A Rotação é o movimento responsável

pela alternância entre dias e noites.

MOVIMENTOS DA TERRA: ROTAÇÃO

25

d Mínima d Máxima

MOVIMENTOS DA TERRA: TRANSLAÇÃO OU REVOLUÇÃO

SOLSTÍCIO

SOLSTÍCIO

EQUINÓCIO

EQUINÓCIO

26

MOVIMENTOS DA TERRA

Rotação: Responsável pelos dias e noites;

Duração 23h 56min 4,09s.

Translação ou Revolução: Responsável pelas Estações do Ano;

Tempo 365 dias, 5 horas e cerca de 48 minutos;

A cada 4 anos, um ano de 366 (bissexto).

Solstício de Verão – Dias maiores que as noites;

Solstício de Inverno – Noites maiores que os dias;

Equinócio – Dias e noites iguais.

27

d Mínima d Máxima

MOVIMENTOS DA TERRA: TRANSLAÇÃO OU REVOLUÇÃO

SOLSTÍCIO

SOLSTÍCIO

EQUINÓCIO

EQUINÓCIO

N - Verão

S - Inverno

21-22 junho

S - Verão

N - Inverno

21-22 dezembro

N - Primavera

S - Outono

21-22 março

22-23 setembroS - Primavera

N - Outono

Observação: As datas podem variar!

CADERNO IV – CGA

Planos da Terra:

Círculos Máximos e Círculos Menores

Paralelos e Meridianos

Aula #2.4

2. Navegação Aérea

Círculos Máximos:

São aqueles cujos planos passam pelo centro da Terra e a dividem em duas

partes iguais.

É a linha de interseção, com a superfície da Terra, de qualquer plano que

passe pelo seu centro.

Um círculo máximo divide a Terra em dois hemisférios.

Um arco de círculo máximo é o caminho mais curto entre dois pontos

numa esfera.

PLANOS DA TERRA

Os Círculos Máximos são aqueles cujos planos passam pelo centro

da Terra e dividem o planeta em duas partes iguais.

PLANOS DA TERRA

Equador: Círculo máximo cujo

plano é perpendicular ao eixo polar

que divide a Terra em duas partes

iguais, chamadas Hemisférios Norte

e Sul. É o único Círculo Máximo no

mesmo sentido dos paralelos.

PLANOS DA TERRA

Círculos Menores ou Mínimos

São aqueles cujos planos não passam

pelo centro da Terra e dividem o

planeta em duas partes diferentes.

Exemplos: Trópicos de Câncer, de

Capricórnio, Círculo Polar Ártico e

Círculo Polar Antártico.

PLANOS DA TERRA

Meridianos

São semicírculos máximos (metade de um

Círculo Máximo) limitados pelos polos, cujos

planos que o formam contém o eixo polar.

São perpendiculares ao Equador.

Os Meridianos alcançam sua máxima

separação no Equador e convergem para os

polos.

PLANOS DA TERRA

Meridianos

Meridiano de Greenwich: é o

meridiano que passa pelo

Observatório Real de Greenwich,

na Inglaterra. Também chamado de

meridiano de origem, meridiano

zero ou primeiro meridiano.

PLANOS DA TERRA

Meridianos

Meridiano de 180º: é o meridiano

que fica 180° defasado em relação

ao meridiano de Greenwich. É

também conhecido como Linha

Internacional de Mudança de Data.

PLANOS DA TERRA

CADERNO IV – CGA

Latitudes, Longitudes e

Coordenadas Geográficas

Aula #2.5

2. Navegação Aérea

Distância medida em graus, entre umdeterminado ponto e a linha do Equador.

A Latitude é um arco de meridiano.

- Medida em graus

- Varia entre 00 e 90º

Do Equador para Norte (N)

Do Equador para Sul (S)

37

LATITUDE

Paralelos de Latitude

São círculos menores, de tamanhos

variados, paralelos à Linha do Equador.

O Equador não é um paralelo, por ser

um Círculo Máximo.

Todo Paralelo é um Círculo Menor, mas

nem todo Círculo Menor é um Paralelo.

PARALELOS DE LATITUDE

Identificação dos Paralelos de Latitude mais importantes

É a distância angular entre uma determinada

latitude e o polo de seu hemisfério.

Numericamente falando é o que falta a uma

latitude para chegar aos 90º (polo).

Um ponto com Latitude 30º N terá uma

colatitude de 60º N.

COLATITUDE

41

Distância medida em graus, entre umdeterminado ponto e o Meridiano deGreenwich.

A Longitude é um arco de Paralelo ou dopróprio Equador.

- Medida em graus

- Varia entre 00 e 180º

De Greenwich para Oeste (W)

De Greenwich para Leste (E)

Meridiano de Greenwich = Meridiano Padrão

LONGITUDE

Meridiano de Longitude

É o meridiano onde determinada

longitude está localizada.

Há dois meridianos de Longitude

muito importantes: o Meridiano de

Greenwich e seu antimeridiano, a

Linha Internacional de Mudança de

Data.

MERIDIANO DE LONGITUDELinha Internacional de

Mudança de Data

Polo Sul

É o meridiano oposto 180º ao meridiano

observado.

Se o meridiano observado estiver no

hemisfério W (oeste), o seu antimeridiano

estará no hemisfério E (leste) e vice versa.

Para calcular um antimeridiano, subtrai-se

a longitude do meridiano escolhido de

180º e troca-se o indicativo do

hemisfério.

Antimeridiano = 180º - Meridiano

ANTIMERIDIANO

Meridiano

Antimeridiano

EQUADOR

44

Ponto de encontro das Linhas imaginárias (paralelos e meridianos)que servem para localizarmos um ponto na superfície terrestre.

Medidas em termos de Latitude e Longitude.

COORDENADAS GEOGRÁFICAS

Paralelos Meridianos

Regras para a escrita das coordenadas geográficas:

A latitude sempre antes da longitude;

Os graus de latitude com dois dígitos e os graus de longitude com três dígitos;

Graus antes de minutos e minutos antes de segundos;

A latitude não pode exceder 90°.

A longitude não pode exceder 180°.

Ex.: 08 08 12S/034 55 37W

COORDENADAS GEOGRÁFICAS

CADERNO IV – CGA

Orientação: Rosa dos Ventos,

Pontos Cardeais e Pontos Colaterais

Aula #2.6

2. Navegação Aérea

ORIENTAÇÃO

Orientação é a forma como determinamos nossa posição ou uma como

determinamos a localização de um dado lugar, ou ainda como determinamos

uma direção a seguir.

O tipo mais comum de orientação é a que toma como referência o sol.

Sabendo-se que o sol nasce no leste (E) e se põe no oeste (W), é possível

determinarmos que direção devemos seguir para alcançar o objetivo

desejado.

É o plano de uma circunferência

dividida em 360 partes iguais, cujo

centro é o ponto de referência e o

contorno é o ponto de leitura do valor

da direção, a partir do Norte (000°),

no sentido horário, ou NESO.

Nela, aparecem marcados os pontos

cardeais, colaterais e sub-colaterais.

Rosa dos Ventos

Pontos Cardeais

N – Norte 000º ou 360º

S – Sul 180º

E – Este ou L – Leste 090º

O – Oeste ou W – West 270º

Pontos ColateraisNE – Nordeste 045º

NO ou NW – Noroeste 315º

SE – Sudeste 135º

SO ou SW – Sudoeste 225º

Pontos Sub-ColateraisENE – lés-nordeste 67,5º

ESE – lés-sudeste 112,5º

SSE – su-sudeste 157,5º

SSO ou SSW – su-sudoeste 202,5º

OSO ou WSW – oés-sudoeste 247,5º

ONO ou WNW – oés-noroeste 292,5º

NNO ou NNW – nor-noroeste 337,5º

NNE – nor-nordeste 022,5º

Rosa dos Ventos

1º quadrante: 0° a 90°;

2º quadrante: 90° a 180°;

3º quadrante: 180° a 270°; e

4º quadrante: 270° a 360°.

Divisão da Terra em Quadrantes

A divisão da Terra em quadrantes é

uma simplificação das Rosa dos

Ventos, dividida em ângulos de 90º,

para que possamos definir a posição

no globo terrestre.

N

000º

S

180º

E

090º

O

270º

I

IIIII

IV

É o senso de orientação, para onde alguém

pretende ir ou está indo. Utiliza-se a rosa-

dos-ventos para tomarmos valores que

indiquem essa direção.

A direção Nordeste, por exemplo, pode ser

lida como 045°, a direção Sul, como 180° e

etc.

Pode ser definida através dos pontos cardeais,

colaterais ou subcolaterais ou através de uma

medida angular em graus.

Direção

CADERNO IV – CGA

Magnetismo Terrestre

Aula #2.7

2. Navegação Aérea

Magnetismo Terrestre

Conceito de Magnetismo:

Magnetismo é o fenômeno físico

formado pelas forças de atração

e repulsão exercidas por

determinados corpos, devido à

presença de cargas elétricas em

movimento.

A Terra comporta-se como um enorme imã em

função da grande quantidade de material

magnético acumulado em seu interior,

principalmente em dois pontos (um próximo ao

polo norte geográfico e outro próximo ao polo

sul geográfico). A presença desta material cria

em torno do planeta um enorme campo

magnético.

Magnetismo Terrestre

O Polo Sul Magnético (PSM) não é

exatamente oposto ao Polo Norte

Magnético (PNM), como acontece nos Polos

Norte e Sul Geográficos.

O Polo Norte Geográfico, também é

conhecido como Norte Verdadeiro (termo

comumente utilizado em Navegação

Aérea).

Magnetismo Terrestre

Declinação Magnética (Dmg):

Como o Norte Verdadeiro e o Norte Magnético não são coincidentes, se

tomarmos um determinado ponto na superfície como referência, teremos

uma variação angular na direção destes.

Este ângulo formado entre a direção do Norte Verdadeiro e do Norte

Magnético é a Declinação Magnética - Dmg.

O valor da Dmg varia dependendo do ponto utilizado como referência.

A Declinação Magnética recebe a

classificação Este (E) ou positiva

quando o ângulo é para a direita do

Norte Verdadeiro e de Oeste (W) ou

negativa quando o ângulo é para a

esquerda.

A referência será sempre o Norte

Verdadeiro.

Declinação Magnética (Dmg):

Declinação Magnética (Dmg):

A Dmg é representada nas cartas através de linhas tracejadas chamadas de

Linhas Agônicas e Linhas Isogônicas.

A Linha Isogônica é aquela que em toda sua extensão tem o mesmo valor de

declinação magnética.

A Linha Agônica é aquela cuja declinação magnética é zero. Não há ângulo

ente os polos. Também chamada “declinação nula”.

Bússola

Instrumento destinado a indicar direções magnéticas.

A agulha de qualquer bússola magnética indica o Polo Norte magnético.

Esta agulha é um imã montado sobre uma superfície circular ou cônica

graduada que tende a alinhar-se com a direção Norte-sul magnética.

Elementos que compõem a Bússola:

Superfície Circular, cônica ou cilíndrica, capaz de girar livremente em

qualquer direção num plano horizontal e tendo dois ou mais imãs ajustados em

sua base.

Uma linha de fé ou marca de referência paralela ao eixo longitudinal do avião.

Escala dividida em graus, ou limbo, conhecida como Rosa dos Ventos, montada

na superfície circular, e cujos números impressos crescem no sentido do

movimento do ponteiro do relógio, de maneira a medir instantaneamente a

proa do avião.

Desvio da Bússola:

Determinados objetos ou superfícies, como

a estrutura metálica da aeronave, próximos

à bússola podem provocar erro na leitura.

Por esse motivo há um “cartão de desvio”

orientando as correções a serem feitas para

corrigir as interferências magnéticas

ocorridas.

O Cartão contém informações como: Para

N, leia 005º.

CADERNO IV – CGA

Orientação: Rota, Rumo, Proa,

Deriva e Correção de Deriva.

Aula #2.8

2. Navegação Aérea

RotaÉ a projeção na superfície terrestre da trajetória prevista ou percorrida,

em nosso caso, por uma aeronave.

Orientação:

A B

Se a aeronave pretende deslocar-se de A para B, o traçado em uma carta

ou mesmo na superfície terrestre, corresponde a Rota AB.

Rumo VerdadeiroÉ a direção da rota com referência ao Norte Verdadeiro. É o ângulo

formado, no sentido NESO, do Norte Verdadeiro até a linha de rota.

Orientação:

A B

NV

Rumo Verdadeiro 090º

Rumo MagnéticoÉ a direção da rota com referência ao Norte Magnético. É o ângulo

formado, no sentido NESO, do Norte Magnético até a linha de rota.

Orientação:

A B

NM

Rumo Magnético 090º

Proa VerdadeiraÉ a direção do eixo longitudinal (o nariz) de uma aeronave. É o ângulo

formado, no sentido NESO, entre o Norte Verdadeiro e o eixo longitudinal

da aeronave.

Orientação:

A B

NV

Proa Verdadeira

Proa Magnética (Pmg)É a direção do eixo longitudinal (o nariz) de uma aeronave. É o ângulo

formado, no sentido NESO, entre o Norte Magnético e o eixo longitudinal

da aeronave.

Orientação:

A B

NM

Proa Magnética (Pmg)

Deriva – O efeito do VentoÉ a ação do vento na aeronave, que provoca um rumo diferente do

desejado. É o ângulo formado entre a proa e o novo rumo provocado pela

ação do vento.

Orientação:

A B

C

Vento

Deriva

Ângulo de Correção de DerivaÉ o ângulo formado do rumo pretendido até a proa. É a atitude tomada pelo

piloto para compensar a ação do vento.

Orientação:

A B

N

Proa

Vento

Ângulo de Correção de Deriva

Rumo

Ângulo de Correção de Deriva

CADERNO IV – CGA

Unidades de Medida

Aula #2.9

2. Navegação Aérea

Unidades de Medida de Distância

Unidades de Medida de Distâncias Horizontais:

Quilômetro – Km;

Milha Náutica – Nm (Nautical Mile);

Milha Terrestre – Mt ou St (Statute Mile);

1 Km = 1.000 m

1 Nm = 1.852 m

1 Mt = 1.609 m

Relação entre arco de círculo máximo e distância

Analisando se um arco de Meridiano ou do Equador (Círculos Máximos),

temos a seguinte relação: 1º = 60 Nm ou 1’ = 1 Nm.

Assim, se tomarmos o exemplo de 3° 20’ de arco de meridiano a distância

em milhas náuticas será:

3° x 60 = 180Nm

20’ = 20Nm;

Logo, 3° 20’ = 180 + 20 = 200Nm.

Relação entre arco de círculo máximo e distância

A que distância equivale 14° 12’ 30” de arco de meridiano?

14° x 60 = 840NM

12’ = 12NM

30”= 0,5NM;

Logo: 14° 12’ 30” = 840+12+0,5 = 852,5NM

Dados os pontos de coordenadas geográficas “A” 18°00’S/028°00’E, “B”

16°00’S/028°00’E, pede-se informar o Rumo Verdadeiro de A para B, e a

distância em milhas náuticas entre os dois pontos:

a) RV 180; 030 Nm

b) RV 180; 120 Nm

c) RV 360; 030 Nm

d) RV 360; 120 Nm

Exercício

Solução

Ponto A: 18°00’S

Ponto B: 16°00’S

Analisando-se os pontos, temos A e B na mesma

Longitude (028º 00’W), ou seja, estão sob o mesmo

Meridiano.

Analisando as Latitudes, concluímos que:

Ambos pontos estão no hemisfério Sul;

As Latitudes variam do equador (latitude 0) para o

Polo Sul (Latitude 090 S);

Logo, o Ponto B (16º S) está mais próximo ao

Equador e, portanto, acima do Ponto A (18º S).

O Rumo de A para B é 360º ou Rumo Norte.

Solução

DLA: 2°

Para calcular a distância, é necessário

analisarmos a DLA (Diferença de Latitude), que

neste exemplo é de 2º.

Sabendo-se que cada grau de círculo máximo

equivale a 60 Nm, logo temos:

2 x 60 = 120 Nm.

A distância entra o Ponto A e o Ponto B é 120 Nm

Ponto A: 18°00’S

Ponto B: 16°00’S

Unidades de Medida de Distância

Unidades de Medida de Velocidade:

Para medir a velocidade, utiliza-se

Quilômetro por Hora – Km/h; e

Nó – Kt (Knot)

O Kt é equivalente a uma milha náutica por hora.

1 Kt = 1 Nm/h

CADERNO IV – CGA

Estudo do Tempo

Aula #2.10

2. Navegação Aérea

Estudo do Tempo

A Terra executa um movimento de rotação em torno do seu eixo polar

fazendo com que “aparentemente” o sol esteja dando voltas em torno da

Terra.

Por questões didáticas, vamos considerar exatamente isso: o sol fazendo

movimentos em torno da Terra, parada.

Importante: Como o movimento aparente do sol é no sentido Leste-

Oeste, podemos observar que nos locais que estão mais a oeste será mais

cedo do que nos locais que estão mais a leste.

Sabendo que um giro completo da Terra em torno de eixo geográfico dura

24h e que a circunferência terrestre está dividida em 360º, concluímos que

o Sol leva 24h para percorrer estes 360º;

Dividindo-se 360 por 24, percebemos que em cada hora o Sol percorre um

arco de longitude de 15º;

Assim, dividimos a Terra em 24 faixas ou “gomos” de 15º de longitude.

Estudo do Tempo

Formação de Fusos Horários

Fuso Horário:

É uma uma faixa de 15° de longitude,

tendo no centro desta faixa, um

meridiano múltiplo de 15.

É uma área limitada por longitudes

distantes 7º 30’ de uma longitude situada

em um Meridiano Central, múltiplo de 15.

Meridiano

Central

7º 30’7º 30’

Fuso Horário

(15º)

Ao tomarmos o Meridiano Zero

(Greenwich), de longitude 000°, o fuso

horário originado a partir deste

meridiano vai de 007°30’W a 007°30’E.

Esta região é chamada Zona Zero ou

Fuso zero e é o único fuso que possui

um lado E e outro W.

Formação de Fusos Horários

Fuso Zero

7º 30’ 7º 30’

07º 30’ E07º 30’ W

Greenwich

00º 00’

A partir do Meridiano de Greenwich as áreas que se encontram a leste

(oriente) aumentam uma hora a cada 15°, e nas áreas a oeste (ocidente)

do meridiano principal a cada 15° diminuem uma hora.

Formação de Fusos Horários

000º 015ºE 030ºE015ºW030ºW

15º15º 15º 15º

7º30’ 7º30’

15º

+1 +2-1-2

Como já foi dito, os Fusos horários geralmente estão centrados em

meridianos de longitudes que são múltiplos de 15°; no entanto, as formas

dos Fusos horários podem ser bastante irregulares devido a questões

políticas.

Formação de Fusos Horários

CADERNO IV – CGA

Linha Internacional de Mudança de Data,

Hora Local, Hora Legal e GMT

Aula #2.11

2. Navegação Aérea

O meridiano 180 graus é a linha internacional de mudança de data. Quando

o sol está sobre Greenwich, são 12:00Z, e em seu oposto, no meridiano

180°, são 24:00Z, ou seja, está se iniciando o novo dia.

Nesse instante o dia é o mesmo em todo o globo terrestre e estará

acontecendo a mudança de data.

Os Fusos M e Y têm 7º 30’ cada um. A zona que engloba esses dois Fusos (a

que tem o meridiano 180° como meridiano central) tem um Fuso em cada

dia. No Fuso M será um dia a mais que no Fuso Y.

Linha Internacional de Mudança de Data - LID

Linha Internacional de Mudança de Data - LID

LID

180º E

Fuso M

Recua ou

perde um dia

Avança ou

ganha um dia

DomingoSegunda-feira

180º W

Fuso Y

Hora Local (HLO) corresponde à hora específica para cada ponto ou lugar,

dentro de uma mesma faixa de Fuso.

É o tempo calculado no meridiano que passa pela longitude de um

observador.

É a hora que leva em consideração cada variação de longitude para a

variação de tempo; de acordo com este conceito, as horas são diferentes em

quaisquer duas localidades com longitudes diferentes.

Hora Local - HLO

Adotar a hora local geraria muitos transtornos para nossa vida cotidiana.

Para o cálculo da Hora Local de uma determinada localidade, devemos

descobrir qual a diferença de longitude entre tal localidade e uma

localidade de referência e converter essa diferença em tempo, de acordo

com a seguinte tabela:

Hora Local - HLO

Arco de Longitude Tempo gasto pelo Sol

360° 24 horas

15° 1 hora

1° 4 minutos

15’ 1 minuto

1’ 4 segundo

15” 1 segundo

Hora Legal (HLE) é aquela estabelecida para ser a mesma, dentro do limite

de cada Fuso. É a hora relacionada com a longitude central de Fuso. É a

hora definida pelas leis de um Estado.

As horas UTC, HLE e HLO, coincidem na longitude 000° (Greenwich).

As horas HLE e HLO depois de Greenwich, só coincidem na longitude central

de cada Fuso.

Hora Legal - HLE

É a hora computada no meridiano de Greenwich, válida para qualquer ponto

da superfície terrestre, internacionalmente usada na aviação.

Também chamada Hora Zulu ou Hora Média de Greenwich (GMT) por

representar a hora no fuso Z (Greenwich).

Hora UTC – Universal Time Coordinated

Y X W V U T S R Q P O N Z A B C D E F G H I K L M12

11

10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011

12

– +

Relação entre Hora UTC e HLE:

HLE = UTC +/- valor correspondente ao Fuso:

Exemplo: 1) P = UTC – 3

2) D = UTC + 4

3) V = UTC – 9

Identificação do fuso com os seus designadores

Para identificarmos um fuso a partir de uma longitude informada devemos:

1º passo: Dividir a longitude por 15° (largura do Fuso);

2º passo: Analisar o resto e

Caso o resto seja entre zero e 7°30’, o Fuso será o próprio quociente da

divisão;

Caso o resto seja maior que 7° 30’, o Fuso será o quociente mais um;

Se o resto for exatamente 7° 30’ o ponto está no limite entre os dois Fusos.

Longitude Oeste (W): Fuso negativo (-)

Longitude Este (E): Fuso positivo (+)

Exemplo:

Identifique o fuso correspondente à Longitude 125° 27’ E

125° 27’ : 15 = 8; o resto é 5° 27’; menor que 7° 30’;

logo, o Fuso é igual a 8;

Como a longitude sendo Leste (E), o fuso é Positivo +;

Assim temos o fuso +8 E, olhando na tabela abaixo, Fuso H.

Identificação do fuso com os seus designadores

Y X W V U T S R Q P O N Z A B C D E F G H I K L M12

11

10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011

12

– +

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